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Pal� 1. SUPORTE BÁSICO DE VIDA 2. TRIÂNGULO DE AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 3. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA 4. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Suport� básic� d� vid�: a. O que foi alterado na AHA: estando com dois socorristas ou não, realizar 15 compressões para 2 ventilações em crianças, bebês e adolescentes. Isso se deve ao fato de que em crianças a principal causa de PCR é hipoxia. b. Criança que não responde: se presenciado chame ajuda. Checar o pulso e respiração simultâneos por não menos que 6 e não mais que 10 segundos. Criança respirando, porém sem pulso ou FCde pele ou sinais sugestivos de trauma. Atenção para a diferença de temperatura no corpo, avaliar ao toque e também aferir a temperatura central. Avaliaçã� Secundári� A Avaliação secundária consiste em um histórico específico e exame físico detalhado com reavaliação contínua do estado fisiológico e da resposta ao tratamento. Yasmim Vilela Avaliaçõe� Diagn�tica� ● Exames específicos de acordo com patologia suspeita; ● Gasometria Arterial; ● Concentração de Hb; ● Lactato arterial; ● Monitorizacao da pressao venosa e arterial central; ● Radiografia de Tórax; ● ECG; ● ECO; ● Fluxo expiratório de pico (fluxo máximo gerado pela expiração forçada; avalia doenças obstrutivas como asma). Identificaçã� � Tratament� d� PCR Yasmim Vilela Sinais de uma situação potencialmente fatal A. Vias aéreas Obstrução total ou intensa de via aérea B. Respiração Apneia, aumento significativo ou esforço, bradipneia C. Circulação Pulsos fracos ou ausentes, perfusão deficiente, hipotensão D. Disfunção Incapacidade de responder, RNC E. Exposição Hipotermia significativa, hemorragia, petequial ou púrpuras consistentes com choque séptico ou problemas de coagulação PCR e� bebê� � criança� Diferentemente dos adultos, a PCR em crianças e bebês não decorre de causas primariamente cardíacas. A principal causa é hipoxia ou choque, por isso chamada de hipóxica-isquêmica. A PCR decorrente de arritmia ventricular ocorre em cerca de 5% a 15% de todos os casos EH ou IH. Embora o ritmo chocável (FV ou TVSP) seja o ritmo de apresentação em apenas 14% das PCRs em hospital, ela pode estar presente em até 27% das PCRs durante algum momento da ressuscitação. As taxas de sobrevivência variam de acordo com o local da parada, sendo 43% IH e apenas 8% EH. A sobrevivência é mais alta (25 a 34%) quando o ritmo da parada é chocável, em comparação com a assistolia (7 a 24%) e 38% para AESP. A PCR é a cessação da circulação sanguínea em consequência da ausência ou ineficiência da atividade mecânica cardíaca. As duas vias de pcr em crianças: ● Parada Hipóxica ● Parada Cardíaca Súbita A hipóxica é a principal causa decorrente de insuficiência respiratória ou choque hipotensivo A PC é menos comum. É mais frequentemente causada por FV ou TVSP. As condições de PC súbita podem compreender: ● Cardiomiopatia hipertrófica ● Arteria coronaria anomala ● Síndrome do QT longo ou canalopatias ● Miocardite ● Intoxicação a fármacos (digoxina, efedrina, cocaína) ● Commotio Cordis (pancada forte no tórax) . A maioria das PCRs EH em menores de 6 meses ocorrem devido a SMSL e o compartilhamento de cama é uma crescente causa de morte na população de bebês. Trauma é a causa mais comum em maiores de 6 meses a adultos e podem ser decorrentes Yasmim Vilela de obstrução de vias aéreas, pneumotórax hipertensivo, choque hemorrágico e lesão cerebral. Hs Ts Hipovolemia Tensão do tórax (pneumotórax) Hipóxia Tamponamento cardíaco Hipoglicemia Trombose pulmonar (TEP) Hipotermia Trombose coronariana Hipo/hipercalemia Toxinas Hidrogênio (acidose) Ritmos de parada: ● Assistolia ● AESP ● FV ● TVSP Assistolia: parada cardíaca sem atividade elétrica discernível. Sempre checar cabos, ganhos e derivação. AESP: atividade elétrica sem pulso. É um termo que descreve qualquer atividade elétrica organizada com ausência de pulso palpável. A frequência cardíaca pode ser baixa, normal ou aumentada. Quando é baixa pode ser chamada de agônica. Na AESP o ECG pode exibir complexos QRS normais ou largos ou outras anormalidades, dentre as quais: a. Ondas T de baixas ou alta amplitude b. Intervalos PR e QT prolongados c. Dissociação atrioventricular, bloqueio cardíaco total ou complexos ventriculares sem onda P. Yasmim Vilela Fibrilação Ventricular: não tem ritmo organizado nem contrações coordenadas, logo os pulsos não são palpáveis. A FV sem causa prévia conhecida pode ocorrer, de vez em quando, em adolescentes que, do contrário, parecem saudáveis durante atividade física. A causa pode ser uma anormalidade cardíaca ou canalopatia, como síndrome do QT longo não diagnosticada. O commotio cordis pode gerar FV. TVSP: a TV pode se manifestar com ou sem pulso, com tratamentos diferentes! A TVSP se caracteriza com complexos QRS largos e organizados. Normalmente esta forma de PCR é rápida, deteriorando-se em FV. Torsades Points: A TVSP pode ser monomórfica (complexos uniformes) ou polimórficas (complexos não se assemelham). Pode ser causado por síndrome do QT longo congênito, toxicidade farmacológica e anormalidades eletrolíticas (ex. hipomagnesemia) Tratament� d� RCP Yasmim Vilela O que mudou na nova diretriz da AHA 2020: ● O que mudou em 2020: Paciente com pulso porém sem respiração ou gasping: agora é uma respiração a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 respirações por minuto) ● Independente de ser um ou dois socorristas: são 15 compressões para 2 ventilações. ● Crianças ou bebês com via aérea avançada: 1 ventilação para cada 2 a 3 segundos, mantendo frequência de 20 a 30 ipm (antes após VA avançada era um ventilação a cada 6 segundos). Isso porque novos dados mostraram que frequências mais altas de ventilação (no mínimo 30 ventilações por minuto em bebês, ou seja, menores de um ano, e no mínimo 25 por minuto em crianças) estão associadas a melhores taxas de retorno à circulação espontânea e de sobrevivência em parada cardiorrespiratória intra-hospitalar pediátrica. ● Dar preferência para tubos com CUFF (estudos demonstram uma necessidade reduzida de troca, reintubação e risco de aspiração). Não é mais indicado rotineiramente a compressão cricóide. ● Em ritmos não chocáveis, está indicado adrenalina precoce. Estudos demonstraram que para cada minuto de atraso na administração de epinefrina, houve uma redução significativa na RCE, sobrevivência depois de 24 horas, sobrevivência depois da alta e sobrevivência com resultado neurológico favorável. ● Avaliação e suporte para sobreviventes de PCR (agora é aconselhável o suporte de serviços de reabilitação). ● Monitoramento invasivo contínuo da pressão arterial (avaliar a qualidade da RCP através da aferição da pressão arterial diastólica de forma direta); Diastolica de 25 mm Hg em bebês e em, no mínimo, 30 mm Hg em crianças. ● Yasmim Vilela Yasmim Vilela O�ervaçõe�: ● Interrompa o mínimo as compressões, se possível não ultrapassar 10 segundos. ● Se via aérea avançada, aplicar compressões contínuas e ventilações passam a ser assincrônicas (ventilar a cada 2 a 3 seg). ● Sempre checar técnica da massagem, é necessário o retorno completo do tórax. Observar elevação do tórax durante ventilação e ver se máscara está bem vedada. ● Se disponível capnografo, manter curva > que 10 a 15mmHg. ● O excesso de volume corrente ou pressão durante a ventilação pode gerar distensão gástrica. Esta, impede a ventilação e aumenta o risco de regurgitação e aspiração. Via EV: ● A administração do fármaco em via central proporciona um início mais rápido de ação e uma concentração de pico mais alta do que a periférica. ● Se for utilizado o periférico, realizar bolus de 5ml de solução salina para transferir o fármaco da circulação periférica para central. Via IO: ● É permitida em todas as faixas etárias. É preferível do que a via endotraqueal. ● Todo medicamento que pode ser administrado EV pode IO. Via ET: ● A absorção de fármacos pela árvore traqueobrônquica é imprevisível. Por isso, as concentrações e os efeitos medicamentosos serão imprevisíveis. ● A dose dos medicamentos por via ET sao maiores. A dose ET da epinefrina é 10x a dose da IV ou IO (Solução 1mg/ml - pura - faz 0,1ml/kg). ● A dose de outros medicamentos é 2 a 3x a dose IV/IO. ● Técnica: Se um medicamento foi administrado via ET: → Instale o medicamento no tubo (suspenda as compressões momentaneamente). → Acompanhe de uma lavagem com, no mínimo, 5ml de solução salina normal. Em neonatos pode ser usado um valor menor. → Forneça 5 ventilações rápidas com pressão positiva após a instalação do medicamento. Desfibrilaçã� ● O choque ele despolariza uma massa críticado miocárdio para que ele retorne em um ritmo organizado. Se isso acontecer, ele deve produzir atividade mecânica eficaz para que gere RCE (ritmo cardíaco espontâneo), definido pela presença de pulsos centrais palpáveis. ● Ao tentar a desfibrilação, administre compressões até que o desfibrilador seja carregado, administre o choque e reinicie a RCP imediatamente começando pelas compressões torácicas. Yasmim Vilela ● O pulso e o ritmo somente serão checados após novo ciclo (exemplo: choque -> compressões + ventilações por 2 min -> checar ritmo e pulso). Objetivo da administração de medicamentos durante a RCP são: ● Aumentar as pressões de perfusão coronária e cerebral e o fluxo sanguíneo; ● Estimular a contratilidade miocárdica espontânea ou forçada ● Acelerar a FC ● Corrigir e tratar as possíveis causas de PCR ● Suprimir ou tratar arritmias Manej� d� Vi� aére� Avançad� ● Ao ventilar com bolsa-mascara (ciclos de 15 compressões para 2 ventilações), administre cada ventilação durante um segundo e fornece apenas o volume suficiente para elevar o tórax. ● O excesso de volume corrente pode distender o estômago; a distensão gástrica impede a ventilação e aumento o risco de regurgitação e aspiração. ● Use capnografia com forma de onda ou capnometria com exame clinico para confirmar e monitorar a colocação do tubo ET. RESUMO DO ALGORÍTMO ETAPA 1: Criança não respira e não responde, cheque se o local esta seguro, chame por ajuda e solicite um DEA. Iniciar compressões de alta qualidade (frequência e profundidade adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada compressão, evitar ventilações excessivas. Uma vez colocado o monitor/desfibrilador, verificar o ritmo. ETAPA 2: RITMO CHOCÁVEL Se o ritmo foi chocável, administre um choque não sincronizado. Excute a RCP enquanto o desfibrilador estiver sendo carregado, se possível. Manter o intervalo menor possível sem compressões (menos de 10 segundos). Imediatamente após o choque, retornar RCP de alta qualidade começando pelas compressões. Obs.: se for ambiente de UTI e paciente estiver com PAI,a presença de forma de onda com uma PA adequada será útil na identificação do RCE. Yasmim Vilela # Desfibrilador Manua� # Inicie com a carga de 2j/kg. Se a FV/TVSP persistir na próxima verificação de ritmo, administre a carga de 4j/lg no próximo choque. Se FV persistir após segundo choque, use 4j/kg ou mais, sem exceder 10j/kg ou carga adulta máxima. Podem ser usadas pás autoadesivas ou manuais, as autoadesivas são preferíveis. Se usar pás manuais, aplique gel para diminuir a impedância transtorácica. Não usar compressas de gazes embebidas de solução salina, geis de sonografia ou compressas de álcool. Pás manuais PESO/IDADE TAMANHO DA PÁ MANUAL > 10 KG (aproximadamente 1 ano ou mais) Pás manuais grandes para adultos (8 a 13cm) adminis trar fluidos em alíquotas de 10 mL/kg ou 20 mL/kg com reavaliação frequente. Escolha de vasopressor 2020 (Novo): Em bebês e crianças com choque séptico refratário a fluidos, é acon selhável usar epinefrina ou norepinefrina como infusão vasoativa inicial. Administração de corticosteroide 2020 (Novo): Para bebês e crianças com choque séptico que não respondem aos fluidos e que requerem suporte vasoativo, pode ser aconselhável considerar corticoi des de dose de stress. Choque hemorrágico 2020 (Novo): Entre os bebês e as crianças com choque hemorrágico depois de trauma, é aconselhável administrar deri vados do sangue, quando disponíveis, em vez de cristaloides, para ressuscitação de volume contínuo. Overdose de opióides 2020 (Atualizado): Para os pacientes em parada respiratória, a ventilação de resgate ou a ventilação com bolsa-máscara deverá ser mantida, até que a respiração espontânea retorne, e as medidas de SBVP ou SAVP padrão devem continuar se o retorno da respiração espontânea não ocorrer. 2020 (Atualizado): Para um paciente com suspeita de overdose de opioides que tem pulso definido, mas não respiração normal ou apenas gasping (ou seja, uma parada respiratória), além de fornecer SBVP ou SAVP padrão, é aconselhável que os socorristas administrem naloxona intra muscular ou intranasal. 2020 (Atualizado): Para os pacientes que se sabe ou se suspeita estarem em PCR, na ausência de um benefício comprovado com o uso de naloxona, medidas de ressuscitação padrão deverão ter prioridade ante a administração da naloxona, com foco na RCP de alta qualidade (compres sões mais ventilação). Miocardite 2020 (Novo): Devido ao alto risco de PCR em crianças com miocardite aguda que demonstram arritmia, bloqueio cardíaco, alterações do segmento ST e/ou baixo débito cardíaco, a consideração inicial de transferência para monitoramento e trata mento na UTI é recomendada. 2020 (Novo): Para crianças com miocardite ou cardiomiopatia e débito cardíaco baixo refra tário, o uso pré-PCR de SVE ou de suportecirculatório mecânico pode ser benéfico para fornecer suporte ao órgão final e evitar a PCR. 2020 (Novo): Dados os desafios de uma res suscitação bem-sucedida de crianças com miocardite e cardiomiopatia, depois de a PCR ter ocorrido, a consideração precoce de RCP extracorpórea pode ser benéfica. Yasmim Vilela Yasmim Vilela