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FACULDADE UNICA A CONTRIBUIÇÃO DA DIDÁTICA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: O USO DA TECNOLOGIA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO ENSINO- APRENDIZAGEM. SÃO JOSÉ DO RIO CLARO – MATO GROSSO 2024 FACULDADE UNICA ROSEANE MOREIRA DA SILVA IZAIAS A CONTRIBUIÇÃO DA DIDÁTICA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: O USO DA TECNOLOGIA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO ENSINO- APRENDIZAGEM. Artigo Científico apresentado à Faculdade Única, como parte das exigências para a obtenção do título de pós-graduada em Neuropsicopedagogia e Psicomotricidade. SÃO JOSÉ DO RIO CLARO – MATO GROSSO 2024 A CONTRIBUIÇÃO DA DIDÁTICA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: O USO DA TECNOLOGIA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO ENSINO- APRENDIZAGEM. RESUMO O artigo aborda a evolução da tecnologia e sua influência no contexto educacional, ressaltando como as ferramentas tecnológicas têm sido utilizadas para simplificar a vida humana e contribuir para o aprendizado. O estudo investiga o desenvolvimento das tecnologias educacionais no Brasil desde a década de 1960, analisando a implementação do tecnicismo e a evolução das práticas pedagógicas. A pesquisa destaca a criação do Programa Nacional de Informática na Educação (PRONINFE), que visou integrar a informática à educação, e os desafios enfrentados por esse programa ao longo de uma década. Conclui-se que o uso da tecnologia pode sistematizar os processos educacionais, mas exige uma reestruturação do papel docente para incorporar as novas competências necessárias no processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Tecnologia. Educação. Informática educativa. PRONINFE. Desenvolvimento tecnológico. Introdução A tecnologia tem sido um dos principais motores de transformação social ao longo da história, impactando diversos aspectos da vida humana, incluindo a educação. Desde tempos antigos, a criação e o aperfeiçoamento de ferramentas têm facilitado a sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade. Com o passar dos séculos, as inovações tecnológicas evoluíram de forma acelerada, e, atualmente, exercem um papel central na sociedade moderna, especialmente no ambiente escolar. A introdução de tecnologias digitais na educação representa um marco na maneira como o conhecimento é transmitido e adquirido. A partir da década de 1960, o Brasil começou a discutir e implementar o uso de tecnologia nas instituições educacionais, um movimento que resultou em programas como o PRONINFE, que visava integrar a informática na educação. Entretanto, a incorporação efetiva da tecnologia no ensino apresenta desafios tanto para professores quanto para estudantes, exigindo novas competências e metodologias para um processo de aprendizagem mais dinâmico e eficiente. Este trabalho tem como objetivo analisar a evolução da tecnologia e sua aplicação no ensino, destacando como as ferramentas tecnológicas têm transformado a prática pedagógica e o processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa também explora a necessidade de adaptação por parte dos docentes frente ao avanço tecnológico e como esses recursos podem ser utilizados para aprimorar a educação. Desenvolvimento O conhecimento que o estudante constitui com o meio sociocultural onde vive deve ser considerado ao se elaborarem propostas metodológicas. As tecnologias da comunicação e informação fazem parte do cotidiano da sociedade contemporânea, porém nem todos têm o conhecimento de como utilizá-la. Os meios de comunicação (mídias), que dependem de aparatos tecnológicos para veicular informação, oferecem diversas possibilidades para aquisição do conhecimento e devem ser explorados nas instituições escolares. "A tecnologia já mudou a forma como a gente faz muitas coisas na vida, como produz, consome, interage até como exercemos nossa cidadania. Agora devemos usar a tecnologia para aprender e ensinar. Antes os professores educavam os alunos para usar a tecnologia, hoje usamos a tecnologia para educar os alunos." (Orientações Curriculares, Área de Linguagens, pg. 74) Possuímos vários tipos de ferramentas tecnológicas para o uso dos alunos dentro da escola, como TV, DVD, aparelhos de som, computadores, celulares e, o mais utilizado, a internet. Temos disponíveis muitas informações e, como precisamos estar atualizados com os acontecimentos do mundo e com os fatos históricos, a internet nos deixa sempre por dentro dos conteúdos. Os livros são muito importantes, mas há muito mais informações disponíveis na rede. A internet tem o potencial de democratizar o acesso à informação, facilitar a geração e publicação de conteúdos, fomentar a construção do conhecimento, além de permitir o intercâmbio de informações por meio de plataformas como as redes sociais. A educação vem se aproximando do universo dos alunos, e esse recurso ajuda, mas é preciso mesclar atividades convencionais para que o aluno não se perca. O professor tem que estar apto a auxiliar o aluno, criando práticas pedagógicas para garantir a qualidade, pois, por mais que tenhamos todos esses recursos, a tecnologia não substitui o professor. Algumas atividades, como conteúdos e transmissões de informação, podem ser feitas pelas máquinas, mas o professor sempre será o mediador da aprendizagem. Para que essa aprendizagem tecnológica ocorra, é preciso conectividade. As escolas devem oferecer recursos para que alunos e professores tenham acesso rápido à plataforma e a recursos mais sofisticados. A tecnologia pode ser usada de diferentes formas, desde que o professor esteja capacitado para utilizá-las na prática, criando uma metodologia inovadora. Os diversos aparelhos tecnológicos estão modificando as formas de ensinar na sala de aula. Os alunos estão se tornando mais autônomos, produzindo informações e solucionando problemas de forma independente. Os professores são responsáveis por preparar diferentes oportunidades. A mídia digital apresenta uma importante característica: a flexibilidade. Essa flexibilidade permite a personalização e o acesso a conteúdo de estudo, de forma que atenda às preferências ou necessidades dos estudantes. Tudo isso pode ser feito em ambientes compartilhados entre o professor e os alunos, assim como entre colegas. O fato de a mídia digital estar conectada à internet amplia as fontes de pesquisa, utilizando diversos sites e suportes educacionais de acordo com o tema e as características do estudante. "Para isso servem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos ensinam a andar sobre terra firme. Mas as perguntas nos permitem andar pelo mar desconhecido." (ALVES, 2007) Hoje, com a popularização da tecnologia, o conhecimento está disponível em grande escala. O acesso à informação é fácil, e isso modificou a relação das pessoas com a aprendizagem real. O estudante deverá saber identificar e elaborar questões relevantes para seu aprendizado, planejar e conduzir a busca de informações, e fazer uma observação crítica sobre as fontes, chegando a conclusões. O professor passa a ser mediador nesse processo, ajudando a orientar a leitura crítica das fontes pesquisadas e a aquisição de habilidades e competências necessárias para o aprendizado autônomo. Com o apoio da tecnologia e a liberdade para usar a criatividade, os estudantes podem utilizar diferentes ferramentas para expressar o conhecimento adquirido, como textos, vídeos, áudios e imagens. Ao longo dos anos, o governo tem criado programas para promover o uso de tecnologia na educação, mas é preciso saber como e quando a tecnologia deve ser usada de forma efetiva. Algumas escolas ainda têm dificuldades em se adaptar, visto que muitas não possuem computadores suficientes. A escola, como um espaço formal de educação, tem enfrentado desafios significativos na adaptaçãoàs mudanças tecnológicas que transformam a sociedade contemporânea. Conforme Moran (2007) destaca, a educação no futuro será mais complexa, pois as atividades de ensino e aprendizagem irão além da sala de aula, sendo descentralizadas para incluir múltiplos ambientes presenciais e virtuais. Nesse novo contexto, o professor deixa de ser o centro de transmissão de informação para assumir papéis de mediador e facilitador do aprendizado, auxiliando os alunos a aprenderem de maneira colaborativa e crítica. Litto (2002), por sua vez, reforça a ideia de que a educação do futuro será personalizada, centrada no protagonismo do estudante. Cada aluno tomará decisões sobre o que aprender, respeitando seus próprios estilos de aprendizado, sem a pressão de atingir desempenhos homogêneos em todas as áreas acadêmicas. Esse foco na personalização da educação exige que a escola busque maneiras de tornar o processo educativo mais contextualizado, de forma que o aluno se reconheça como protagonista de sua própria história e cultura. A incorporação da tecnologia na escola é um caminho inevitável, porém desafiador. Ela tem o potencial de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais atraente e interativo para crianças e jovens, como observa Lévy (2010). Contudo, a resistência a essas transformações por parte de alguns educadores pode dificultar a adaptação aos novos modelos pedagógicos que exigem um maior uso das tecnologias. A prática docente deve evoluir para oferecer aos alunos um aprendizado mais envolvente e contextualizado, com o professor assumindo o papel de mediador do conhecimento, utilizando as tecnologias como ferramentas que facilitem a construção do saber. Segundo Veen e Wrakking (2011, p. 4-5), as crianças de hoje estão expostas a uma grande quantidade de informações por meio de diversas plataformas tecnológicas, como televisão, computadores, telefones celulares e redes sociais. Esse fenômeno globalizado obriga os professores a se adaptarem rapidamente a esse novo cenário, utilizando essas ferramentas de maneira eficaz no processo educacional. O professor, portanto, deve ser um facilitador que guie os alunos na busca pelo conhecimento, sem ignorar as possibilidades que o mundo digital oferece para a educação. O desafio de implementar as tecnologias nas escolas também implica na necessidade de reestruturar o currículo e as metodologias de ensino. A tecnologia não deve ser apenas uma ferramenta adicional, mas sim um componente integrado ao processo de ensino-aprendizagem. Como afirma Moran (2007), a escola precisa oferecer experiências que despertem o desejo pelo saber e que permitam ao aluno explorar o mundo ao seu redor de maneira crítica e colaborativa. Para isso, o professor deve estar atualizado e aberto a novas formas de ensinar, adaptando-se às necessidades e características dos alunos contemporâneos, que estão cada vez mais conectados e habituados ao uso de tecnologias. “[...] um mundo virtual, no sentido amplo, é um universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e criação coletivas.” (LÉVY, 2010, p. 75) Em conclusão, o uso da tecnologia nas escolas oferece inúmeras possibilidades para a educação, tornando o aprendizado mais dinâmico e interativo. No entanto, o papel do professor continua sendo fundamental para mediar esse processo, orientando os alunos em suas descobertas e incentivando o uso consciente e crítico das ferramentas tecnológicas. O professor que não se adapta às novas exigências da era digital corre o risco de se distanciar dos alunos e de perder relevância no mercado educacional. Assim, a escola precisa estar atenta às transformações sociais e tecnológicas e reorganizar seu modelo de ensino, preparando-se para um futuro em que o aprendizado não estará mais limitado às paredes da sala de aula, mas será um processo contínuo e colaborativo. Conclusão Este trabalho abordou a utilização de novas tecnologias no contexto educacional, revelando que o educador se encontra em um ambiente dinâmico e em constante transformação. O objetivo central de entender como essas tecnologias podem ser aplicadas de maneira eficaz no ensino foi alcançado. Observou-se que, embora não exista uma tecnologia única ou uma forma fixa de utilização, as diversas oportunidades educativas proporcionadas pelos recursos tecnológicos podem ser adequadas às necessidades específicas da escola e dos alunos. Para que essa adaptação ocorra de forma eficiente, é essencial que os professores dominem o uso das tecnologias e saibam explorar suas possibilidades pedagógicas. No que se refere à educação infantil, conclui-se que o uso das tecnologias favorece a aprendizagem mais rápida e torna as aulas mais atrativas. Quando utilizadas de forma lúdica e dinâmica, respeitando as individualidades dos alunos, essas ferramentas contribuem para o desenvolvimento integral da criança. Além disso, jogos e brincadeiras realizados com o auxílio de computadores ou outros recursos tecnológicos aumentam a absorção de informações e conteúdos, ampliando o processo educativo para além do material impresso. Por outro lado, um desafio importante destacado foi a necessidade de integração eficiente entre as práticas pedagógicas e o uso de tecnologias já presentes no cotidiano das crianças, como tablets e celulares. O objetivo de explorar essa capacidade tecnológica foi em grande parte alcançado, mas permanece a demanda por maior conscientização sobre o uso correto desses aparelhos, tanto na escola quanto em casa. Embora os principais objetivos tenham sido atingidos, algumas barreiras, como a falta de infraestrutura adequada e a capacitação insuficiente de alguns educadores, ainda limitam o pleno potencial das tecnologias na educação. Essas limitações indicam a necessidade de esforços contínuos para a implementação mais efetiva das ferramentas tecnológicas no ensino, visando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficaz. REFERÊNCIAS