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PROVA TESTEMUNHAL! 
Autora : Camilla Danielle - monitora da disciplina Direito Processual Civil II na Universidade 
Católica de Pernambuco (UNICAP) e integrante do grupo “Processo com Quê?”. 
 
Quando a pessoa é vista como fonte de provas, mas é uma das partes do processo, então o meio 
de prova é o depoimento pessoal; quando se trata de um terceiro, surge a prova testemunhal. 
PROVA TESTEMUNHAL = TRATA-SE DE PRESTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE FATO 
POR TERCEIRO NÃO INTERVENIENTE E NÃO ENQUADRADO COMO AUXILIAR DO 
PODER JUDICIÁRIO, MEDIANTE COMPROMISSO EXPRESSO E DESDE QUE 
SUBJETIVAMENTE COMPATÍVEL COM O PROCESSO. 
TESTEMUNHA – TERCEIRO; NÃO É SUJETO PROCESSUAL. 
NÃO INTERVENIENTE – O ASSISTENTE, O CURADOR ESPECIAL NÃO 
PODEM SER TESTEMUNHAS. QUALQUER PESSOA QUE TENHA PRATICADO 
QUALQUER ATO NO PROCESSO NÃO PODERÁ SER TESTEMUNHA. 
TESTEMUHA É O PRIMEIRO ATO NO PROCESSO 
NÃO ENQUADRADO COMO AUXILIAR NO JUDICIÁRIO – ESCRIVÃO, 
OFICIAL DE JUSTIÇA, PERITO E ETC. QUALQUER UM QUE EXERCER UMA 
DESSAS FUNÇÕES NÃO PODERÁ SER TESTEMUNHA NAQUELES 
PROCESSOS DE SUA COMPETÊNCIA. 
COMPROMISSO EXPRESSO – A TESTEMUNHA, ANTES DE PRESTAR SUAS 
DECLARAÇÕES, REALIZA O COMPROMISSO FORMAL DE DIZER A VERDADE 
SOBRE O FATO, ASSUMINDO RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO DE SUAS 
DECLARAÇÕES NA ESFERA CIVIL, PENAL E ADMINSTRATIVA. A TESTEMUNHA 
PRATICA O ÓNUS PÚBLICO TEMPORÁRIO: A TESTEMUNHA ESTÁ PRESTANDO 
SERVIÇO AO PODER JUDICIÁRO. SE A TESTEMUNHA DESCUMPRIR O 
COMPROMISSO, ELA NÃO IRÁ PREJUDICAR A PARTE, MAS O PODER PÚBLICO, 
DEVENDO, ASSIM, SER GRAVEMENTE PUNIDA. 
 RESPONSABILIDADE CIVIL= PREJUÍZO MORAL OU MATERIAL – PAGAR 
INDENIZAÇÃO 
 RESPONSABILIDADE PENAL = CRIME DE FALSO TESTEMUNHO OU CRIME 
DE DESOBEDIÊNCIA 
 RESPONSABILIDADE ADMINSTRATIVA = SE A TESTEMUNHA FOR 
SERVIDOR – PENA DE DEMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO. 
DEVER DE COOPERAÇÃO: A TESTEMUNHA TEM O DEVER DE RESPONDER TODAS 
AS PERGUNTAS DOS FATOS ALEGADOS, NÃO SENDO APLICADA A 
PRERROGATIVA DE PERMANECER CALADO. NÃO CABE A TESTEMUNHA FAZER 
JUÍZO DE VALORES SOBRE OS FATOS. 
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DIREITO AO SILÊNCIO – Art. 448: A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos: I - que 
lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes 
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau; II - a cujo respeito, por 
estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
 
COMPATIBILIDADE SUBJETIVA: O TERCEIRO INDICADO COMO TESTEMUNHA NÃO 
PODERÁ ESTAR ENQUADRADO EM SITUAÇÕES PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO NAS 
QUAIS SE PRESUMAM A SUA INCAPACIDADE DE COMPREENSÃO DO FATO OU O 
SEU INTERESSE EM FAVOR DE UMA DAS PARTES. (ART. 447, CPC) regra – todas as 
pessoas podem depor como testemunhas. Exceção – os incapazes, os impedidos e os suspeitos. 
AS CAUSAS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DA TESTEMUNHA NÃO SE 
CONFUNDEM COM AQUELAS CAUSAS PREVISTAS PARA O JUIZ. A 
INCAPACIDADE PARA TESTEMUNHAR É DE NATUREZA EXCLUSIVAMENTE 
PROCESSUAL, PODENDO OU NÃO COINCIDIR COM A CAPACIDADE CIVIL. 
 - incapazes: o interdito por enfermidade ou deficiência mental; II - o que, acometido por 
enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-
los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; III - o que 
tiver menos de 16 (dezesseis) anos (MAIORES DE 16 – TEM CAPACIDADE DE 
TESTEMUNHAR, EXCEÇÃO: NOS PROCESSOS REGIDOS PELO ECA E NAQUELE DE 
DIREITO DE FAMILIA O MENOR DE 16 ANOS TEM CAPACIDADE PLENA DE 
TESTEMUNHAR); IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que 
lhes faltam (INCAPACIDADE EVENTUAL, SÓ NÃO PODEM TESTEMUNHAR QUANDO 
DA CIÊNCIA DO FATO DEPENDER DOS SENTIDOS QUE LHES FALTAM). 
- impedidos: o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o 
colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, SALVO 
SE O EXIGIR O INTERESSE PÚBLICO OU, TRATANDO-SE DE CAUSA RELATIVA AO 
ESTADO DA PESSOA, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária 
ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; (DEPOIMENTO PESSOAL) III - o que 
intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o 
advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. (TERCEIROS QUE 
PRATICAM OU JÁ PRATICARAM NO PROCESSO) 
- suspeitos: o inimigo da parte (AQUELE QUE TENHA AGIDO DE FORMA TENTADA OU 
CONSUMADA CONTRA A INTEGRIDADE FÍSICA OU MORAL DA PARTE) ou o seu 
amigo íntimo (TRATAMENTO SOCIAL DIFERENCIADO); II - o que tiver interesse no litígio 
(AQUELE QUE FOR BENEFICIADO NO PROCESSO). 
INFORMANTE: Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, 
impedidas ou suspeitas. Sendo que tais depoimentos serão prestados independentemente de 
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer. O JUIZ VAI OUVIR O 
INFORMANTE APENAS PARA SABER SE TAIS INFORMAÇÕES DE ALGUM MODO 
SÃO RELEVANTES. NÃO TEM CONTEÚDO PROBATÓRIO