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Mapas mentais 2ª Fase Penal - XXXIII Exame Mapas mentais 2ª Fase Penal - XXXIII Exame Ação Penal Pública Privada É do Ministério Público (art. 100, §1º, do CP) Titularidade Oficialidade Princípios Obrigatoriedade Indisponibilidade Intranscendência Oficiosidade Não depende de representação Incondicionada Depende de representação Condicionada Legitimado para representar: ofendido/ representante legal Prazo: 6 meses a contar da ciência da autoria do fato Retratabilidade Regra até o oferecimento da denúncia Exceção art. 16 da Lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha Regra ação penal pública condicionada à representação Exceção Súmula 542 STJ - no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher é incondicionada Ofendido/representante legal Titularidade Oportunidade ou conveniência Princípios Disponibilidade Indivisibilidade Intranscendência “somente se procede mediante queixa” Identificação 1) Exclusiva Espécies 2) Personalíssima 3) Subsidiária somente o ofendido tem a titularidade - art. 236 do CP o crime é de ação penal pública, mas por conta da inércia do MP surge a legitimidade do ofendido para ingressar com a ação penal pública subsidiária No caso de morte do ofendido C A D I ônjuge scentente escendente rmão No caso de morte do ofendido: C A D I ônjuge scentente escendente rmão Cuidado: Lesão corporal leve e culposa Qualificação Queixa-crime PrazoLegitimidade Descrição dos fatos com circunstâncias Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Crime de Ação Penal Privada Condenação Valor indenizatório mínimo Produção de provas Ofendido procura advogado para providências Art. 30 ou 31 do CPP Art. 41 do CPP Art. 44 do CPP (procuração com poderes especiais) Art. 100, §2º, do CP Autor/querelante Réu/querelado Classificação jurídica do fato Tipificação Recebimento da queixa-crime Designação de audiência preliminar ou de conciliação (se for Juizado Especial Criminal) Rol de testemunhas 6 meses contados da ciência da autoria do fato (art. 387, IV, do CPP) Citação do querelado Art. 30 do CPP Art. 31 do CPP Qualificação Queixa-crime subsidiária Prazo Descrição dos fatos com circunstâncias Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Crimes de ação pública em que o MP fica inerte, ou seja, deixa de: requisitar diligências, promover pelo arquivamento ou oferecer denúncia no prazo legal. Condenação Valor indenizatório mínimo Produção de provas Art. 29 do CPP Art. 5º, LIX, da CF Art. 41 do CPP Art. 44 do CPP (procuração com poderes especiais) Art. 100, §3º, do CP Autor/querelante Réu/querelado Classificação jurídica do fato Tipificação Recebimento da queixa-crime Designação de audiência preliminar ou de conciliação (se for Juizado Especial Criminal) Rol de testemunhas 6 meses contados do dia em que se esgotou o prazo para o MP iniciar a ação penal pública (art. 38, parte final do CPP, e art. 103, in fine, CP). (art. 387, IV, do CPP) Citação Resposta à acusação Prazo Mérito Pedidos Ex.: Art. 397 do CPP Preliminares Identificação Base legal Conteúdo O último ato processual informado no enunciado é a citação! Art. 396 do CPP Art. 396-A do CPP Absolvição sumária, com base no artigo 397 do CPP (indicar o inciso correspondente) 10 dias a contar do efetivo cumprimento do mandado Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.: seja reconhecida a incompetência do juízo) Peça obrigatória Se não for apresentada, deverá o juiz nomear defensor para oferecê- la (art. 396-A, §2º, do CPP) Incompetência Rejeição da denúncia Nulidades causa excludente de ilicitude causa excludente de culpabilidade (salvo a inimputabilidade por doença mental) causa excludente de tipicidade causas extintivas de punibilidade A produção de provas, com designação de audiência de instrução e julgamento Rol de testemunhas Inobservância das formalidades legais Fato típico Dolo Teorias Espécies Art. 18, I, do CP: o crime será doloso “quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” Não se aplica no nosso ordenamento jurídico Vontade Dolo direto Dolo indireto Dolo de primeiro grau Dolo de segundo grau Conceito No crime doloso, o agente desenvolve uma conduta com vontade e consciência dirigida a produzir determinado resultado Representação Para essa teoria, o dolo se caracteriza pela mera previsão do resultado O dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado É a teoria adotada no dolo direto - art. 18, I (1ª parte), do CP Assentimento Há a previsão do resultado e, embora não o deseje diretamente, o agente assume o risco de produzi-lo, sendo, ainda, indiferente às consequências decorrentes da sua conduta É a teoria adotada no dolo eventual - art. 18, I (2ª parte), do CP O agente quer o resultado por ele anteriormente representado O agente não tem a vontade dirigida a um resultado determinado Se subdivide em: 1. Dolo alternativo O agente dirige sua conduta com a intenção de provocar qualquer dos resultados possíveis 2. Dolo eventual O agente assume o risco de produzir o resultado, isto é, admite e aceita o risco de produzi-lo Dolo de dano Dolo de perigo Dolo geral O agente desenvolveu a conduta para provocar lesão ou dano ao bem jurídico Basta expor determinado bem jurídico a perigo para caracterizar o crime. Ex: art. 130, "caput", do CP O agente desenvolve conduta com vontade e consciência de atingir determinado resultado O agente tem o dolo de produzir determinado resultado, mas sabe que a sua conduta vai produzir efeitos colaterais Ex: com a intenção de matar a vítima determinada, o agente instala uma bomba no veículo, que, dada a potência da explosão, provoca a morte de todos os ocupantes do veículo O agente desenvolve uma conduta voltada a uma determinada finalidade e, acreditando ter alcançado o seu intento, realiza, na sequência, outra conduta que efetivamente produz o resultado desejado O dolo integra a conduta e, portanto, o fato típico Fato típico Culpa Elementos Espécies Conceito Culpa inconsciente Art. 18, II, do Código Penal É a conduta humana voluntária desenvolvida sem observar o dever de cuidado objetivo, que, por imprudência, negligência ou imperícia, produz um resultado involuntário, objetivamente previsível, que poderia ter sido evitado Conduta humana voluntária Resultado involuntário Violação do dever de cuidado objetivo Nexo causal Previsibilidade objetiva Tipicidade Ausência de previsão Culpa consciente Culpa própria Culpa imprópria É aquela em que o resultado não é previsto pelo agente, embora objetivamente previsível É a culpa comum, aquela que se caracteriza pela ausência de previsão do resultado Há a previsão do resultado, mas o agente realiza a conduta considerando, sinceramente, que nenhum resultado se produzirá ou, ainda, que reúne habilidade suficiente para evitá-lo É a comum, na qual o agente não quer o resultado nem tampouco assume o risco de produzi-lo O resultado não é previsto pelo agente, embora previsível O agente prevê o resultado, e deseja a sua produção, agindo, no entanto, em erro inescusável quanto à ilicitude do fato, ou seja, no contexto das chamadas descriminantes putativas (artigo 20, §1º, do CP) O agente desenvolve uma conduta voluntária, agindo, porém, sem observar o dever de cuidado objetivo O resultado não é desejado ou tolerado pelo agente Imprudência: conduta positiva Negligência: conduta negativa Imperícia: falta de aptidão para desempenhar determinada arte, profissão ou ofício Uma pessoa mais cautelosa não teria praticado a conduta Integra o elemento normativo da conduta Atos preparatórios É o momento de conclusão do delito, reunindo todos os elementos do tipo penal. 2. Crimes formais 4. Crimes permanentes Iter criminis Cogitação Execução Consumação Aqui o agente delibera mentalmente a prática do delito O passo seguinte é a preparação da ação delituosa. É a fase de exteriorização da ideia do crime, por meio de atos. Ex: aquisição de uma arma para prática deum homicídio Também não são puníveis, salvo quando definidos como atos executórios de outro delito autônomo Em geral, a cogitação não constitui fato punível Após, o agente passa à fase de execução do delito, com a efetiva agressão ao bem jurídico tutelado O agente passa a desenvolver conduta voltada a realizar o verbo nuclear do tipo A partir dos atos executórios o fato passa a ser punível, ao menos na forma tentada Consumação1. Crimes materiais A consumação ocorre com a produção do resultado naturalístico O tipo penal descreve a conduta e o resultado, mas para a consumação não é exigido o resultado naturalístico 3. Crimes de mera conduta Não é necessário resultado naturalístico para a consumação A consumação se prolonga no tempo a depender da atuação do agente 5. Crimes omissivos próprios Consumam-se com a mera abstenção, por parte do agente, do ato que lhe era exigível Elementos Espécies Algumas infrações que não admitem tentativa Teorias para a punibilidade Tentativa Conceito Art. 14, inciso II, do Código Penal Início da execução de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente É uma causa de diminuição da pena 1. Dolo da consumação O elemento subjetivo do crime tentado é o mesmo do crime consumado A tentativa se reveste de todos os elementos do crime desejado, exceto a consumação São três os elementos da tentativa 2. Início da execução do crime É preciso sair da esfera dos atos preparatórios e ingressar na esfera dos atos de execução 3. Não consumação por circunstância alheias à vontade do agente 1. Tentativa perfeita, acabada ou crime falho O agente exauri toda sua potencialidade lesiva, realizado todos os meios executórios que tinha à sua disposição para consumar o delito, que não ocorre, no entanto, por circunstâncias alheias à sua vontade 2. Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita O agente não esgota sua potencialidade lesiva, ou seja, não utiliza todos os meios executórios que tinha ao seu alcance, não atingindo a consumação, por circunstâncias alheias à sua vontade 3. Tentativa incruenta ou branca Não ocorre lesão ao bem jurídico 4. Tentativa cruenta ou vermelha Ocorre lesão ao bem jurídico Crimes culposos Crimes preterdolosos Contravenções Penais Crimes omissivos próprios Crimes unissubsistentes Crimes habituais Crimes de atentado 1. Teoria subjetiva É irrelevante o resultado, o que vale é a intenção do agente 2. Teoria sintomática O fundamento da punição é a exposição de bem jurídico à perigo 3. Teoria da impressão A conduta do agente deve se mostrar apta a abalar a confiança no ordenamento jurídico 4. Teoria objetiva É adotada como regra no Código Penal Art. 14, par. único, do CP - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços Quanto maior a proximidade com a consumação, menor a diminuição da pena Desistência voluntária e arrependimento eficaz não pode ter ocorrido a consumação Requisitos Diferença Consequência Art. 15 do Código Penal Inicio da consumação Não consumação por vontade própria Responde pelos atos praticados Jamais constitui tentativa Ocorre: Desistência voluntária: Arrependimento eficaz: Não esgota os meios executórios Desiste de prosseguir Esgota os meios executórios Antes da consumação age para evitar o resultado O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados Voluntariedade: devem decorrer de atos voluntários, livres de coação física ou moral, ainda que não sejam espontâneos Conceito Se, em que pese tenha buscado evitar a produção do resultado, o crime alcançou a consumação, o agente responderá pelo delito Ex: o agente que ingressa numa residência e, por ato voluntário, desiste de consumar a subtração, não responderá por tentativa de furto, mas pelos atos até então praticados, quais sejam, violação de domicílio = Eficácia: Consequência Requisitos Arrependimento posterior Art. 16 do CP Ocorre depois da consumação Crime sem violência ou grave ameaça Reparação do dano ou a restituição da coisa até o recebimento da denúncia Constitui causa de diminuição da pena de um a dois terços Cuidado: caso a reparação do dano ou a restituição da coisa ocorra após o recebimento da denúncia, não caracteriza o arrependimento posterior, aplicando-se a atenuante genérica do art. 65, III, b, do CP Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços Conceito Comunicabilidade no concurso de pessoas Tratando-se de causa objetiva de diminuição de pena, não se restringe à esfera pessoal de quem o realiza, comunicando-se, por isso, aos demais coautores e partícipes do crime, nos termos do artigo 30 do Código Penal A reparação do dano ou restituição da coisa deve ser voluntária, pessoal e integral = Crime impossível Guarda relação com o objeto material, compreendendo a pessoa ou coisa sobre o qual recai a conduta do agente. Ex: o agente, pretendendo matar a vítima, desfere vários disparos de arma de fogo contra o seu corpo, verificando-se, após, que, ao receber os disparos, já se encontrava morta, em decorrência de ter sofrido, momentos antes, fulminante ataque cardíaco Espécies Ineficácia absoluta do meio Impropriedade absoluta do objeto Guarda relação com o meio de execução ou instrumento utilizado pelo agente, que, por sua natureza, será incapaz de produzir qualquer resultado, ou seja, jamais alcançará a consumação do delito. Ex: o agente, pretendendo matar a vítima, usa como meio executório arma completamente defeituosa, que jamais efetuaria qualquer disparo Artigo 17 do Código Penal Trata-se de hipótese de tentativa não punível, verificando- se quando o agente, por ineficácia absoluta do meio ou impropriedade absoluta do objeto sobre o qual recaiu sua conduta, jamais alcançará a consumação do delito Conceito Erro de tipo Pessoa pretendida Pessoa diversa Pessoa pretendida Pessoa diversa Resultado pretendido Resultado diverso do pretendido Conceito Art. 20, "caput", do Código Penal Erro sobre o elemento constitutivo do tipo penal Elemento constitutivo: a figura típica é composta de elementos específicos ou elementares. Cada expressão que compõe uma figura típica é um elemento que constitui o modelo legal de conduta proibida O erro de tipo pode ser essencial ou acidental Essencial O erro de tipo essencial é aquele que repercute na própria tipificação da conduta do agente, pois, se não tivesse a falsa percepção da realidade, o agente não teria praticado o fato típico, ou, pelo menos, não nas circunstâncias que envolveram o contexto fático. Se divide em: 1. Invencível É aquele erro em que qualquer pessoa, nas mesmas circunstâncias, incorreria Efeito: exclusão do dolo e da culpa, sendo o fato atípico 2. Vencível É aquele erro em que uma pessoa mais cautelosa e prudente, nas mesmas circunstâncias, não incorreria Efeito: exclusão do dolo, mas não da culpa, desde que previsto em lei o crime culposo Acidental É o erro que incide sobre dados acidentais do delito, sobre circunstâncias (qualificadoras, agravantes e causas de aumento de pena) e elementos irrelevantes da conduta típica. Não recai, portanto, sobre elementos essenciais do delito. São casos de erro acidental: 1. Erro sobre a pessoa Art. 20, §3º, do Código Penal Erro de identificação Efeito: consideram-se as condições ou qualidades da vítima pretendida 2. Erro na execução ou "aberracio ictus" Art. 73 do Código Penal Acidente ou erro no uso dos meios de execução Efeito: Com resultado único: consideram-se as condições ou qualidades da pessoa pretendida Com resultado duplo: aplica-se a regra do concurso formal (art. 70 do CP) 3. Resultado diverso do pretendido ou "aberracio criminis" Art. 74 do Código Penal Acidente ou erro nouso dos meios de execução Efeito: Com resultado único: responde por culpa, se previsto em lei Com resultado duplo: se aplica a regra do concurso formal (art. 70 do CP) Espécies Causas excludentes de ilicitude Estado de necessidade Estrito cumprimento do dever legal Legítima defesa Art. 24 do Código Penal Conflito de interesses legítimos Agressivo: atinge bem jurídico de terceiro inocente Defensivo: atinge bem jurídico da pessoa que criou a situação de perigo Requisitos - Perigo atual - Não provocado voluntariamente - Não podia evitar de outro modo - Ausência do dever legal de enfrentar o perigo - Proporcionalidade Art. 25 do Código Penal Consiste em repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários Requisitos - Agressão injusta, atual ou iminente - Agressão a direito próprio ou de terceiro - Reação com os meios necessários - Uso moderado dos meios necessários Agente de segurança pública: art. 25, par. único, do Código Penal Legítima defesa sucessiva: em caso de excesso Legítima defesa preordenada: ofendículos Agente que praticar um fato típico em face do cumprimento de um dever observando rigorosamente os limites impostos pela lei, de natureza penal ou não Destinatário: agente público Ex: policial que prende o agente em flagrante, embora atinja o seu direito de liberdade, não comete crime algum, porque cumpre o dever que lhe é imposto por lei Exercício regular de um direito É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada por lei, que torna lícito um fato típico Destinatário: cidadão comum Ex: artigo 301, "caput", do CPP (1ª parte); violência desportiva Excesso punível Art. 23, parágrafo único, do Código Penal O agente responderá pelo excesso doloso ou culposo Culpabilidade Psicológica Pressuposto: imputabilidade do agente Psicológico-normativa Normativa pura Elementos: dolo e a culpa são elementos da culpabilidade Manteve o elemento psicológico (dolo e culpa) e introduziu o elemento normativo Elementos: - Imputabilidade - Dolo ou culpa - Exigibilidade de conduta diversa Os elementos devem ser puramente normativos, sem vínculos psicológicos Elementos: - Imputabilidade - Potencial consciência da ilicitude - Exigibilidade de conduta diversa Causas de exclusão Inimputabilidade Por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26 do Código Penal) Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, §1º, do Código Penal) Menoridade penal (art. 27 do CP) Falta de potencial consciência da ilicitude Erro de proibição (art. 21 do CP) Erro sobre a ilicitude do fato O agente considera ser permitido, quando, na verdade, é proibido Se subdivide em: 1. Inevitável 2. Evitável Isento de pena Causa de diminuição da pena Inexigibilidade de conduta diversa Coação moral irresistível (art. 22 do CP) Obediência hierárquica (art. 22 do CP) Somente o coator responde pelo delito Somente o superior hierárquico responde pelo delito É a teoria aplicada Não é aceita, pois não explica situações envolvendo inexigibilidade de conduta diversa e culpa inconsciente Se subdivide em: - Extremada: as descriminantes putativas são tratadas sempre conforme as regras do erro de proibição - Limitada (é a adotada): Situação de fato = erro de tipo - Invencível - exclui o dolo e a culpa - Vencível - exclui o dolo, mas responde por crime culposo, se previsto em lei Situação de direito = erro de proibição - Inevitável - isento de pena - Se evitável - o agente responde pelo delito, mas terá a pena reduzida Elementos Imputabilidade Capacidade do agente maior de 18 anos, que goza de saúde mental, entender, ao tempo da ação ou omissão, o caráter ilícito da sua conduta e de determinar-se de acordo com esse entendimento Se aplica o sistema biopsicológico Potencial consciência da ilicitude Exigibilidade de conduta diversa Coator Grave ameaça Coagido Fato típico e ilícito Superior hierárquico ordem não manifestamente ilegal subordinado pratica fato típico e ilícito Teorias O dolo e a culpa são retirados da culpabilidade, passando a integrar a conduta, elemento do fato típico Aplicação da pena privativa de liberdade Culpabilidade Conduta social Personalidade do agente Motivos do crime Circunstâncias do crime Consequências do crime Comportamento da vítima Antecedentes criminais As circunstâncias judiciais estão previstas no art. 59 do CP: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. As agravantes estão previstas nos arts. 61 e 62 do CP, sendo o rol taxativo Sempre agravam a pena, salvo quando constituam ou qualifiquem o crime 1. 2. As atenuantes estão previstas nos arts. 65 e 66 do CP Podem ser reconhecidas mesmo que não esteja expressamente prevista em lei 1. 2. Causas de aumento Causas de diminuição São causas de aumento ou diminuição da sanção penal em quantidade fixada pelo legislador (1/3, 1/6, o dobro, metade, etc). Ex: arts. 14, parágrafo único; 24, § 2º; 26, § único; 28, § 2º, todos do CP. Após analisar as circunstâncias judiciais encontrando a pena-base e verificar a presença de agravantes e atenuantes, obtendo a pena provisória, o Magistrado deverá, por último, considerar as causas de aumento e de diminuição da pena, se presentes no caso concreto 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase Fixação da pena-base e circunstâncias judiciais A fixação da pena-base leva em conta a análise das circunstâncias judiciais Deve-se observar o mínimo e o máximo da pena legalmente prevista Cuidado Súmula 444 do STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ação penais em curso para agravar a pena-base Deve-se observar o mínimo e o máximo da pena legalmente prevista É possível que a pena fique abaixo do mínimo ou acima do máximo legalAgravantes Atenuantes Cuidado Vedado o "bis in idem" Agravantes Atenuantes Dessa forma: Regime inicial Conceito Reclusão Pena privativa de liberdade A pena privativa de liberdade repercute diretamente no direito de locomoção do agente condenado, por tempo determinado O regime inicial será fixado em observância aos seguintes critérios: A quantidade da pena imposta A reincidência As circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal 1. 2. 3. Detenção condenado a pena superior a 8 anos, reincidente ou não condenado a pena superior a 4 anos e inferior a 8 anos, e não reincidente condenado a pena inferior a 4 anos e não reincidente condenado a pena superior a 4 anos, reincidente ou não condenado a pena inferior a 4 anos e não reincidente Cuidado: Súmulas 269 e 440 do STJ Súmulas 718 e 719 do STF Se o condenado for reincidente, o regime inicial será o semiaberto, independentemente da quantidade da pena Regimes penitenciários Crimes hediondos e equiparados O artigo 2º, § 1º, da Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), foi declarado inconstitucional pelo STF, por considerar que a obrigatoriedade do regime inicial fechado viola o princípio constitucional da individualização da pena e da proporcionalidade (HC 111.840/ES e Informativo 670 do STJ). Fechado Semiaberto Aberto A pena privativa de liberdade é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média A pena privativa de liberdade é executada em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar A pena privativa de liberdade é executada em casa de albergado ou em estabelecimento adequado Art. 34 do Código Penal Art. 35 do Código Penal Art. 36 do Código Penal Fechado: Semiaberto: Aberto: Semiaberto: Aberto: Espécies Penas restritivas Regras para a substituição Prestação de serviço à comunidade Interdições temporárias de direitos Limitação de fim de semana Art. 55 do Código Penal Subjetivos Princípio da suficiência Natureza do crime Quantidade da pena Doloso Culposo Até 1 ano + de 1 ano 2 PRD PRD e multa Reconversão Facultativa Prestação pecuniária Duração Natureza jurídica Requisitos para a substituição de direito São sanções penais substitutivas e autônomas Perda de bens e valores É equivalente a pena privativade liberdade Conceito São penas alternativas às privativas de liberdade, com a finalidade de evitar o encarceramento de determinados criminosos Objetivos Não reincidente em crime doloso Sem violência ou grave ameaça Pena aplicada até 4 anos Qualquerpena Uma pena Duas penas Obrigatória Art. 44, §4º, do CP Art. 44, §5º, do CP PRD Multaou ou Suspensão Condicional da Execução da Pena Recebimento da denúncia Audiência de instrução Sentença condenatória Requisitos Suspensão da execução da pena Quantidade da pena: Regra pena aplicada na sentença até 2 anos; Exceção Sursis etário e humanitário até 4 anos Crime ambiental até 3 anos Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias judiciais forem favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do §1º pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (SURSIS) Conceito Condições Requisitos Objetivos Subjetivos É uma medida alternativa ao encarceramento O sujeito foi condenado, mas por atender a determinados requisitos a execução da pena fica suspensa, mediante condições Denúncia Citação Resposta à acusação Alegações Finais Natureza da pena: pena privativa de liberdade (não cabe para PRD e multa) Não tenha havido substituição por PRD Não reincidente em crime doloso (Cuidado: se a pena anterior for de multa, será possível - Art. 77, §1º, do CP e Súmula 499 do STF) Circunstâncias judiciais favoráveis Período de prova Revogação Simples Art. 78, §1º, do Código Penal No primeiro ano do prazo, deverá o condenado: 1) prestar serviços à comunidade; ou 2) submeter-se à limitação de fim de semana Especial Art. 78, §2º, do Código Penal 1) proibição de frequentar determinados lugares; 2) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz 3) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades Regra: de 2 a 4 anos Exceção: etário e humanitário (de 4 a 6 anos) Prorrogação do período de prova: art. 81, §2º, do CP Obrigatória Facultativa 1) Condenação irrecorrível pela prática de crime doloso 2) Frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano 3) Descumpre a condição do § 1º do art. 78 do CP (descumprir a prestação de serviços à comunidade ou a limitação de fim de semana) 1) O condenado deixa de cumprir as obrigações judiciais 2) Condenação irrecorrível, por crime culposo ou contravenção, à pena privativa de liberdade e restritiva de direitos Condições Preliminares Memoriais Prazo Mérito Identificação Base legal Conteúdo Pedidos O último ato processual informado no enunciado é a audiência de instrução! Além disso, o enunciado também poderá informar que o MP pugnou pela condenação Art. 403, §3º, do CPP Absolvição, com base no artigo 386 do CPP (indicar o inciso correspondente) 5 dias Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.: nulidade, diminuição da pena, regime carcerário, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos) Inobservância das formalidades legais Ex.: Extinção da punibilidade Nulidades Art. 386 do CPP Pela complexidade da causa ou número de acusados Art. 404, parágrafo único, do CPP Quando na audiência for determinada realização de diligências M A T I C S aterialidade utoria ipicidade licitude ulpabilidade ubsidiariedade Prazo Mérito Ex.: Art. 386 do CPP *JEC Peça bipartida Interposição Razões *JEC *Assistente de acusação não habilitado *na prova da OAB as razões são apresentadas junto com a interposição, no prazo de 5 dias Preliminares Apelação Identificação Base legal Conteúdo Pedidos O último ato processual informado no enunciado é a sentença! Art. 593, inciso I, do CPP Absolvição, com base no artigo 386 do CPP (indicar o inciso correspondente) Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.: nulidade e subsidiariedade) Extinção da punibilidade Nulidades Sentença definitiva de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular Art. 593, inciso II, do CPP Decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no art. 581 do CPP M A T I C S aterialidade utoria ipicidade licitude ulpabilidade ubsidiariedade Art. 82 da Lei 9.099/95 O prazo para interposição é, em regra, 5 dias*, a contar da intimação Conhecimento, provimento e reforma da decisão 10 dias, já com as razões 15 dias Juiz de 1º grau Tribunal *JEC - decisão de rejeição da denúncia ou queixa e sentença Deve-se buscar no enunciado informações que permitam desenvolver teses voltadas à manutenção da decisão recorrida, bem como refutar os argumentos lançados pela acusação. Contrarrazões de Apelação Prazo Identificação Base legal Conteúdo Pedidos O recurso de apelação é interposto e arrazoado pelo apelante, sendo, na sequência, o apelado intimado para oferecer as contrarrazões Art. 600 do CPP Peça bipartida Petição de juntada Razões 8 dias Não conhecimento do recurso, improvimento do recurso e manutenção da decisão recorrida Juiz de 1º grau Tribunal Prazo Mérito Ex.: Peça bipartida Interposição Razões *na prova da OAB as razões são apresentadas junto com a interposição, no prazo de 5 dias Recurso em sentido estrito O último ato processual informado no enunciado é a decisão de pronúncia! O prazo para interposição é, em regra, de 5 dias, a contar da intimação Impronúncia Desclassificação Absolvição sumária Preliminares Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Art. 581, inciso IV, do CPP No que tange ao mérito, o pedido deve guardar relação com a(s) tese(s) invocadas: Impronúncia; e/ou absolvição sumária; e/ou desclassificação Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.: nulidade e subsidiariedade) Extinção da punibilidade Nulidades Conhecimento, provimento e reforma da decisão Juiz da Vara Criminal do Tribunal do Júri Tribunal contra decisão de pronúncia Juízo de retratação Na peça de interposição, lembre-se de postular o juízo de retratação, conforme artigo 589 do CPP Art. 414 do CPP Art. 415 do CPP Art. 419 do CPP Eventuais teses subsidiárias podem consistir no afastamento da qualificadora e/ou de causa de aumento de pena Extinção da Prescrição, decadência ou perempção Art. 107 do CP - Rol exemplificativo Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e a competência é do Congresso Nacional (ex: Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais Graça: de iniciativa do Presidente da República e é individual - não apaga os efeitos penais secundários - continua sendo reincidente se cometer novo crime Indulto: de iniciativa do Presidente da República e é coletivo - não apaga os efeitos penais secundários - continua sendo reincidente se cometer novo crime (Súmula 631 do STJ) Renúncia Punibilidade Morte do agente Anistia, graça ou indulto Perdão judicial Renúncia ou perdão do ofendido Abolitio criminis Retratação do agente Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a morte do agente faz com que o Estado perca o direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros qualquer obrigação de natureza penal Cuidado: crimes hediondos ou equiparados não possuem direito a anistia, graça ou indulto Lei posterior deixar de considerar determinado fato como sendo criminoso Apaga todos os efeitos penais (se cometer novo crime não será reincidente) Não apaga os efeitos civis da prática delituosa Decadência: é a perda do direito de ação do ofendido em face do decurso do tempo Perempção: é a perda do direito de demandar o querelado pelo mesmo crime em face de inércia do querelante, diante do que o Estado perde o jus puniendi - só é possível para crimes de ação penal exclusivamente privada Queixa-crime Perdão do ofendido Ex: art. 143 do CP e art. 342, §2º, do CP O juiz, não obstante comprovada a prática da infração penal pelo sujeito culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias Ex: art. 121, §5º, do CP e art.180, §5º, do CP É uma decisão declaratória - não gera reincidência (Art. 120 do CP e Súmula 18 do STJ) Renúncia: É a abdicação do ofendido ou de seu representante legal do direito de promover a ação penal privada Perdão do ofendido: é o ato pelo qual iniciada a ação penal privada, o ofendido ou seu representante legal desiste de seu prosseguimento Cálculo: pena máxima cominada ao delito enquadrar no artigo 109 do CP Cálculo: pena aplicada enquadrar no artigo 109 do CP Cálculo: pena aplicada enquadrar no artigo 109 do CP Cálculo: pena aplicada enquadrar no artigo 109 do CP Data da consumação Recebimento da denúncia Publicação da sentença condenatória recorrível Causas de aumento e de diminuição da pena: interferem no cálculo Cuidar: art. 115 do CP Termo inicial: art. 111 do CP - Regra: do dia em que o crime se consumou Termo inicial: da data da publicação da sentença condenatória para trás Causas interruptivas Data da consumação Recebimento da denúncia Publicação da sentença condenatória recorr. Decisão de pronúncia Decisão conf. de pronúncia Termo inicial: da data da publicação da sentença condenatória para frente Prescrição Prescrição da pretensão punitiva Conceito Pressuposto: 1. Não tenha ocorrido a prescrição punitiva 2. Sentença condenatória 3. Trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação e para a defesa Superveniente Pressupostos: 1. Sentença condenatória 2. Trânsito em julgado para a acusação Não ocorreu prescrição em abstrato Pressupostos: 1. Sentença condenatória 2. Trânsito em julgado para a acusação Não ocorreu prescrição em abstrato e retroativa Termo inicial: da data do trânsito em julgado para a acusação (art. 112, inciso I, do CP) Reincidente: o prazo de prescrição é aumentado em 1/3 (antes da sentença condenatória transitada em julgado) (depois da sentença condenatória transitada em julgado) É a perda do direito de punir do Estado pelo não exercício em determinado lapso de tempo Constitui causa de extinção da punibilidade (art. 107, IV, do CP) PRD: o mesmo prazo que para a PPL (exceção: art. 28 da Lei 11343/06) Só se aplica para a prescrição da pretensão executória Não se aplica para a prescrição da pretensão punitiva, conforme Súmula 220 do STJ Causas interruptivas: art. 117 do CP Pena de multa: Art. 114 do CP Concurso de crimes: Art. 119 do CP e Súmula 497 do STF Causas impeditivas: Art. 116 do CP Cuidado Prescrição da pretensão executória Procedimento comum Em abstrato Retroativa Art. 109, "caput", CP Art. 110, §1º, CP Art. 110, §1º, CP Art. 110, "caput", CP Procedimento do Júri Art. 117 do CP PPPA PPPA PPPA PPPA PPPA PPPA PPPRPPPRPPPRPPPR PPPR PPPR PPPS PPPS Fato típico Conduta consciência Ação Omissão Própria Imprópria Dever de agir Responde pelo resultado Lei Assumiu a responsabilidade Criou o risco Teorias Nesta teoria o dolo e a culpa integram a culpabilidade Teorias Clássica, naturalísta ou causal Considera os aspectos objetivos da conduta, isto é, um movimento corpóreo que produz um resultado Final ou finalista Considera que a conduta é uma movimentação ou ausência de movimentação corpórea voltada a uma finalidade O dolo e a culpa integram a conduta É a teoria adotada Social Considera a ação a realização de um resultado socialmente relevante, questionado pelos requisitos do Direito e não pelas leis da natureza Aspectos objetivos (movimentação corpórea) e subjetivos (dolo e culpa) Exclusão da conduta Conduta vontade finalidade Causas de exclusão: 1. Caso fortuito e força maior 2. Coação física irresistível 3. Atos e movimentos reflexos 4. Estados de inconsciência Evento fora do alcance da vontade humana Ex: sonambulismo e hipnose O coator emprega força física no coagido, gerando o resultado ≠ coação moral irresistível Ex: espirro gera acidente de trânsito Formas Tipo penal específico Dever de agir Ex: art. 135 do Código Penal Não admite tentativa Evitar o resultado + Admite tentativa Naturalística (considera que a própria omissão gera o resultado) Normativa (considera que o dever de agir é imposto por uma norma) - é a teoria adotada Art. 13, §2º, do CP Conflito aparente de normas Conceito Princípios Subsidiariedade Especialidade Consunção Alternatividade É o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas aparentemente aplicáveis ao mesmo fato É aparente, porque apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese A norma especial afasta a aplicação da lei geral Uma norma é subsidiária à outra, quando a conduta nela prevista integra o tipo da principal, significando que a lei principal afasta a aplicação da lei secundária Ex: uma mãe matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, logo após o parto. Nesse caso, o infanticídio prevalece sobre o homicídio Expressa Tácita O fato mais abrangente e grave absorve o fato menos abrangente e grave que figura como meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime Ex: art. 132 do CP Ex: crime de constrangimento ilegal é tacitamente subsidiário em relação ao crime de estupro A própria lei indica ser a norma subsidiária Nos crimes de ação múltipla, se o agente praticar mais de uma ação, descrita no tipo misto, no mesmo contexto fático, responde por crime único utilizados para a solução dos conflitos aparentes de normas Concurso material Crime continuado Conceito Aplicação da pena Conceito Espécies Aplicação da pena Número de crimes 2 crimes 3 crimes 4 crimes 5 crimes 6 crimes ou mais Aumento da pena 1/6 1/5 1/4 1/3 1/2 Conceito Concurso de crimes Unidade de desígnios Natureza jurídica Teoria da ficção jurídica Espécies e aplicação da pena Espécies Art. 69 do Código Penal Concurso formal Pluralidade de crimes Pluralidade de condutas Cúmulo material - as penas são somadas Art. 70 do Código Penal Pluralidade de crimes Unidade de conduta Concurso formal perfeito Art. 70, 1ª parte, do Código Penal Resulta de um único desígnio Concurso formal imperfeito Art. 70, 2ª parte, do Código Penal Resulta de desígnios autônomos Concurso formal perfeito Se for homogêneo, aplica-se a pena de qualquer dos crimes, acrescida de 1/6 até a metade Se for heterogêneo, aplica-se a pena do mais grave, aumentada de 1/6 até a metade Concurso formal imperfeito As penas devem ser somadas, de acordo com a regra do concurso material Art. 71 do Código Penal Pluralidade de crimes da mesma espécie Pluralidade de condutas Cuidado: concurso material benéfico Conexão: Temporal, modal e espacial Crime continuado comum Art. 71, caput, do CP Aplica-se a pena do crime mais grave, aumentada de 1/6 até 2/3 Crime continuado específico Art. 71, par. único, do CP Aplica-se a pena do crime mais grave aumentada até o triplo Homogêneo - mesmos crimes Heterogêneo - tipos penais distintos Número de crimes 2 crimes 3 crimes 4 crimes 5 crimes 6 crimes 7 crimes ou mais Aumento da pena 1/6 1/5 1/4 1/3 1/2 2/3 Há uma pluralidade de delitos, mas o legislador, por uma ficção, presume que eles constituem um só crime, apenas para efeito de sanção penal Homogêneo e heterogêneo Conceito Modalidades Requisitos Coautoria Concurso de Ocorre quando duas ou mais pessoas, em conjugação de esforços e comunhão de vontades, reúnem-se para a prática de um ou mais delitos Punibilidade Pluralidade de condutas Relevância causal das condutas Liame subjetivo Identidade de infrações Autoria Participação Algumas teorias Extensiva Domínio do fato Restritiva Moral Material Parcial Direta Comunicabilidade Medida da culpabilidade Participação de menor importância art. 29, caput, do CP art. 29, §1º, do CP Circunstâncias Elementares Pessoais Objetivas Próprio agente Fato Integram o tipo penal Espécies Concurso eventual exige para sua configuração o concurso de pelo menos duas pessoas não incidem as regras do concurso depessoas incidem as regras do concurso de pessoas Circunstâncias de caráter pessoal Autor é quem tem o controle final do fato Autor é quem pratica a ação descrita no verbo nuclear do tipo penal Participação impunível:art. 31 do CP Agentes praticam atos diversos Somados, geram o resultado Agentes executam atos semelhantes Cooperação dolosamente distinta Regra: não se comunicam a outro agente Exceção: se for elementar do crime Circunstâncias objetivas sempre se comunicam, desde que estejam dentro do alcance de previsibilidade do agente Não é aplicada É a aplicada induzir ou instigar auxiliar a executar a ação Geram o resultado art. 29, §2º, do CP Concurso necessário é possível a prática por uma única pessoa Cuidado pessoas CONCEITO ESPÉCIES Ratione materiae: estabelecida em razão da natureza do crime praticado GUIA DE FIXAÇÃO PRERROGATIVA DE FUNÇÃO REGRA GERAL CRIME CONTINUADO E PERMANENTE CONEXÃO E CONTINÊNCIA Art. 76 do CPP Art. 77 do CPP DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA Competência é a delimitação do poder jurisdicional (fixa os limites dentro dos quais o juiz pode prestar jurisdição) Competência de jurisdição – qual é a justiça competente? Para a determinação da competência lugar do crime é o lugar da consumação Cuidado: deputados federais e senadores possuem foro por prerrogativa de função apenas para crimes cometidos após a sua diplomação no cargo e se o crime tiver relação com o cargo ocupado Ratione personae: em razão da qualidade das pessoas acusadas Competência absoluta não pode ser modificada, ou seja, cuida-se de competência improrrogável ou imodificável pode ser modificada, ou seja, cuida-se de competência prorrogável ou modificável Competência originária – o acusado tem foro por prerrogativa de função? Competência territorial – qual a comarca competente? Competência de juízo – qual a vara competente? Competência interna – qual o juiz competente? Competência recursal – para onde vai o recurso? Determinadas pessoas, por exercerem funções específicas, possuem a prerrogativa de serem julgadas originariamente por determinados órgãos Art. 70 do CPP Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção (art. 71 do CPP) Art. 83 do CPP Art. 78 do CPP Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu §1º - Mais de uma residência = prevenção §2º - Não tiver residência ou for ignorado o paradeiro = primeiro juiz que tomar conhecimento §1º - Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele = lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução §2º - Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional = juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado §3º - Incerto o limite territorial ou incerta a jurisdição = prevenção DEFINIÇÃO DE DROGAS CONSUMO PESSOAL LEI DELEI DE DROGASDROGAS SISNAD (ART. 1º) Prescreve medidas para: prevenção do uso indevido; atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; Art. 1º/ Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. PROIBIÇÃO (ART.2º) Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas. EXCEÇÕES: hipótese de autorização legal ou regulamentar. plantas de uso estritamente ritualístico- religioso disciplinada na Convenção de Viena. Drogas para fins medicinais ou científicos, se houver autorização da União. 1. 2. 3. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (Art. 28). Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa. juiz atenderá à natureza e à quantidade, ao local e as condições bem como à conduta e aos antecedentes do agente (§2º) Assim, quem infringir a lei será submetido às seguintes penas: I – advertência sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços à comunidade; III – medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo. estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. TRÁFICO Atente-se que a conduta independe de lucro, assim caso alguém forneça drogas, mesmo que gratuitamente, será tipificado. CRIMES EQUIPARADOS I – preparo de drogas II- planta ou colhe os vegetais para preparo de drogas III – utilização de bem ou local de qualquer natureza para o tráfico IV – venda de produtos destinado à preparação de drogas a agente policial disfarçado ASSOCIAÇÃO PARA TRÁFICO Basta que se reúnam para praticar um único delito, pelo menos 2 agentes (art.35 da lei de drogas) ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA os agentes se reúnem para praticar número indefinido de crimes, pelo menos 3 agentes (art.288 do CP) x 1) Violência física: Mais comum. Pode ser desde uma contravenção penal de vias de fato até um homicídio. 2) violência psicológica: Qualquer conduta que lhe cause dano emocional... Controlar suas ações... (controle excessivos dos gastos). 3) violência sexual: Não existe o exercício regular do direito. Proibição de usar métodos contraceptivos. 4) violência patrimonial: A violência patrimonial impede as escusas patrimoniais? Considerando o princípio da legalidade não impede a escusas do artigo 181 e 182. Posição do STJ - HC 42.918. 5) violência moral: Calúnia, Difamação ou Injúria LEI MARIA DALEI MARIA DA PENHAPENHA REQUISITOS PARA A APLICAÇÃO 1) A vítima necessariamente deve ser mulher 2) A violência deve ser praticada em um dos contextos do artigo 5º da Lei 11.340/06 3) A prática de uma das violências do artigo 7º da Lei 11.340/06 SUJEITO ATIVOFINALIDADE Coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher Prestar assistência a mulher vítima Proteção para a mulher vítima da violência doméstica e familiar PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas Estamos diante de uma violência de gênero. O agente aproveita que a vítima encontra-se em situação de vulnerabilidade para praticar violência doméstica e familiar A violência deve ser cometida no âmbito da unidade doméstica (art. 5º, I, da Lei 11340/06), na esfera familiar (art. 5º, II, da Lei 11340/06) ou em qualquer relação íntima de afeto (art. 5º, III, da Lei 11340/06) Vale dizer, basta a presença de uma das formas de violência (violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral) Homem Neste caso haverá uma presunção absoluta de vulnerabilidade Mulher Presunção relativa Mãe contra a filha menor – ok Irmã de 20 contra irmã de 18 – vai depender do caso concreto ÂMBITO FAMILIAR Súmula 600 do STJ: Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO Art. 16 da Lei 11.340/06: Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvidoo Ministério Público PENA Art. 17 da Lei 11.340/06: é vedada a aplicação de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa JEC X LEI MARIA DA PENHA Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099/95 Súmula 588 do STJ : a prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos Súmula 536 do STJ - A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha Criação do Juizado Especial de violência doméstica e familiar PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO BEM JURÍDICO TUTELADO REGISTRO Uso permitido Uso restrito Art. 5º da Lei 10.826/03 Registro vencido PORTE RURAL PORTE CIVIL PORTE FUNCIONALArt. 6º, §5º, da Lei 10.826/03 EMBRIAGUEZ DISPARO DE ARMA DE FOGO POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO ESTATUTO DOESTATUTO DO DESARMAMENTODESARMAMENTO Os bens jurídicos tutelados são a segurança pública e a incolumidade pública, que são interesses da coletividade São crimes de perigo abstrato, ou seja, para a sua configuração não necessitam demonstrar a existência de um perigo no caso concreto Art. 3º da Lei 10.826/03 Polícia Federal Comando do Exército É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente Art. 4º da Lei 10.826/03 Requisitos autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa constitui infração administrativa, não há crime residentes em áreas rurais, maiores de 25 anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar Art. 6º, § 6º, da Lei 10.826/03 se der outro uso, responde por porte ilegal/disparo de arma de fogo de uso permitido Art. 10 da Lei 10.826/03 A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm Não se estende aos aposentados (informativo 554 STJ) Art. 10, §2º, da Lei 10.826/03 se embriagar portando arma de fogo faz com que seja automaticamente retirado o direito de portar arma Art. 12 da Lei 10.826/03 Uso permitido Interior de sua residência ou no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa Art. 14 da Lei 10.826/03 Uso permitido Estar na rua ou local de trabalho, não sendo o titular ou responsável legal do estabelecimento ou empresa Art. 15 da Lei 10.826/03 Lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela Art. 16 da Lei 10.826/03* Uso restrito É crime hediondo Possuir três armas de fogo de uso permitido em sua residência sem registro Crime único Possuir uma arma de uso permitido e uma arma de uso restrito em sua residência sem registro Responde por dois crimes (art. 12 + art. 16 da Lei 10.826/03) LIBERDADE PROVISÓRIA Base legal Art.310, III, do CPP Art. 5º, LXVI, da CF Art. 321 do CPP Pedidos Fixação de Fiança e/ou medida cautelar diversa da prisão.* Causa excludente de ilicitude Situação econômica Art. 350 do CPP Presunção da Inocência Art.5º. LVII da CF Aplicação, se for o caso, de fiança e/ou medida Cautelar diversa da Prisão (art. 319 e 320 do CPP)* Conveniência da Instrução Criminal Alvará de Soltura; Vista ao MP; Concessão da liberdade provisória; *Analisar se o crime é afiançável e extrair do enunciado a medida mais adequada ao caso concreto. Ex.: Prisão em Flagrante LEGAL Art.312 do CPP Identificação Conteúdo Garantia da ordem pública Garantia da ordem econômica Ausência dos requisitos que autorizam a prisão preventiva: Art.313 do CPP. Assegurar aplicação da Lei Penal. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Base legal Art.316 do CPP; Art. 282, §5º, do CPP Pedidos Alvará de Soltura; Revogação da prisão preventiva; Subsidiariamente, aplicação de medida cautelar diversa da Prisão * A prisão preventiva é legal, mas não mais subsistem os motivos que a ensejam. Buscar no enunciado informações no sentido de que não mais subsistem os motivos que ensejaram o decreto da prisão preventiva, previstos no artigo 312 do CPP; Identificação Conteúdo Ausência dos requisitos que autorizam a prisão preventiva: Por cautela, abrir um tópico falando do princípio da presunção de inocência; Vista ao MP; *Analisar se é cabível e extrair do enunciado a medida mais adequada ao caso concreto. Postular, se for o caso, aplicação de medida cautelar diversa da Prisão (Art. 282,319 e 320 do CPP)* Acordo descumprido Condições Acordo cumprido Requisitos Pena mínima cominada inferior a quatro anos Reparar o dano/restituir a coisa Renunciar aos bens produto/proveito do crime Prestação de Serviço à Comunidade ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL Sem violência ou grave ameaça Confissão formal e circunstanciada Prestação pecuniária ao ente público/ interesse social Cumprir demais condições indicadas pelo MP Extingue a punibilidade Oferecimento da denúncia pelo MP Juizado Especial Criminal #1 Justiça Estadual Justiça Federal Suspensão condicional do processo Cuidado: Súmula 38/STJ - Juízes Federais não julgam contravenções. Art. 61 da Lei 9.099/95. Infrações de menor potencial ofensivo Contravenções penais e os crimes com pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. Competência Art. 63 da Lei 9.099/95. Será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. Art. 89 da Lei 9.099/95. Para infrações cuja pena mínima é igual ou inferior a 1 ano, abrangidas ou não pela Lei 9.099/95. Oferecida pelo MP. Requisitos: Não esteja sendo processado por outro crime; Não tenha sido condenado por outro crime; Demais condições do art. 77, CP. Condições: Obrigatórias: art. 89, §1º, Lei 9.099/95; Facultativas: art. 89, §2º, Lei 9.099/95. Revogação da suspensão: Obrigatória: art. 89, §3º, Lei 9.099/95; Facultativa: art. 89, §4º, Lei 9.099/95. Critérios e objetivos Critérios: eleridade conomia processual nformalidade ralidade implicidade C E I O S Objetivos: Reparação do dano (diferente da ação civil "ex delicto"); Aplicação de pena não PPL (sempre que possível) Considerações iniciais Art. 98 da Constituição Federal Lei 9.099/95 Lei 10.259/01 Situações de remessa para o juízo comum Complexidade ou circunstância do caso (art. 77, §2º e §3º da Lei 9.099/95); Acusado não localizado para ser citado (art. 66, p. ú. da Lei 9.099/95); Lei Maria da Penha (art. 41, Lei 11.340/06); Conexão ou continência com outro crime (que não seja de menor potencial ofensivo), porém as medidas despenalizadoras deverão ser observadas; Causas de aumento de pena, ultrapassando o patamar da pena máxima de 2 anos. Importante: Art. 538, CPP. Observa-se o procedimento sumário. Juizado Especial Criminal #2 Recebimento da denúncia ou queixa Atenção Suspensão condicional do processo (art. 89, Lei 9.099/95) Procedimento Sumaríssimo Oferecida a denúncia ou queixa Art. 77 da Lei 9.099/95 Citação Audiência de instrução e julgamento Audiência ou na forma do art. 66 e 68, Lei 9.099/95 Arts. 80 e 81 da Lei 9.099/95 Palavra ao defensor/ defesa oral Oitiva da vítima e testemunhas Interrogatório Debates orais Sentença Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa, e da sentença caberá apelação Início Termo circunstanciado Art. 69 da Lei 9.099/95 Audiência preliminar Não aceita ou não oferecida transação/composição cível Fase prelinar Art. 72 da Lei 9.099/95 Possibilidade de: Composição cívelde danos: Art. 74 da Lei 9.099/95; Acordo entre as partes; Sentença irrecorrível; Em caso de descumprimento, executa-se no cível. Art. 76 da Lei 9.099/95; Aceita a proposta, o Juiz aplicará PRD ou multa; Não importará em reincidência; Não se admitirá transação: I -ter sido condenado à PPL por crime; II - ter sido beneficiado, antes, prazo de 5 anos; III - quando as circunstâncias judiciais não indicarem. Transação: Memoriais Prazo Identificação Base legal Conteúdo Pedidos O último ato processual informado no enunciado é a audiência de instrução! Ocorrem antes da decisão de pronúncia, de impronúncia, da absolvição sumária ou desclassificação Art. 403, §3º, do CPP 5 dias Pela complexidade da causa ou número de acusados Art. 404, parágrafo único, do CPP Quando na audiência for determinada realização de diligências Mérito Ex.: Impronúncia Desclassificação Absolvição sumária Preliminares Extinção da punibilidade Nulidades Art. 414 do CPP Art. 415 do CPP Art. 419 do CPP Eventuais teses subsidiárias podem consistir no afastamento da qualificadora e/ou de causa de aumento de pena No que tange ao mérito, o pedido deve guardar relação com a(s) tese(s) invocadas: Impronúncia; e/ou absolvição sumária; e/ou desclassificação Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.: nulidade e subsidiariedade) do júri Utiliza-se, por analogia: Prazo Interposição Razões Base legal *Assistente de acusação não habilitado Peça bipartida *na prova da OAB as razões são apresentadas junto com a interposição, no prazo de 5 dias Apelação Identificação Conteúdo Pedidos O último ato processual informado no enunciado é a sentença proferida pelo Juiz após o julgamento no Plenário do Júri! Art. 593, inciso III, do CPP (indicar as alíneas correspondentes) Seja declarada a nulidade do processo a partir do ato "X" e, por consequência, seja o réu submetido a novo júri (se pela alínea "a" do art. 593, III, do CPP) O prazo para interposição é, em regra, 5 dias, a contar da intimação Conhecimento, provimento e reforma da decisão Juiz Presidente do Tribunal do Júri Tribunal no Tribunal do Júri 15 dias a) nulidade posterior à pronúncia; b) sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c) erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Seja retificada a decisão, a fim de que prevaleça a decisão dos jurados, no sentido de que... (se pela alínea "b" do art. 593, III, do CPP) Seja retificada a pena, a fim de que seja fixada no mínimo legal, fixado regime carcerário semiaberto, etc (se pela alínea "c" do art. 593, III, do CPP) Seja o réu submetido a novo júri pelo Plenário do Júri, nos termos do artigo 593, § 3º, do Código de Processo Penal (se pela alínea "d" do art. 593, III, do CPP) Prazo Peça bipartida Interposição Razões Agravo em Execução Juízo de retratação Na peça de interposição, lembre-se de postular o juízo de retratação, conforme artigo 589 do CPP *na prova da OAB as razões são apresentadas junto com a interposição, no prazo de 5 dias O último ato processual informado no enunciado é uma decisão do juízo da execução! O prazo para interposição é, em regra, de 5 dias, a contar da intimação (Súmula 700 do STF)* Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Art. 197 da Lei 7.210/84 (LEP) Pedir tudo o que foi alegado nas teses Conhecimento, provimento e reforma da decisão Juiz de 1º Grau Tribunal Não há um rol taxativo, sendo cabível para impugnar qualquer decisão proferida pelo juízo da execução penal, cuja competência é definida no art. 66 da LEP, como, por exemplo, em relação aos seguintes temas: Decisão que concede ou nega a progressão de regime; Decisão que determina a regressão do regime carcerário e perda dos dias remidos; Decisão que indefere o pedido de unificação das penas; Decisão que concede ou nega o pedido de livramento condicional; Decisão que indefere o pedido de saídas temporárias; Decisão que concede ou nega o pedido de indulto, comutação, remição. Rito Deve ser adotado o mesmo rito do recurso em sentido estrito, notadamente no que se refere ao prazo, juízo de retratação e processamento Prazo Peça bipartida Petição de juntada Razões Considerando que segue o rito do recurso em sentido estrito, o prazo para contrarrazões é de 2 dias, conforme artigo 588 do CPP Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Art. 588 do CPPJuiz de 1º Grau Tribunal Contrarrazões de Agravo em Execução O recurso de agravo em execução é interposto e arrazoado pelo recorrente, sendo, na sequência, o recorrido intimado para oferecer as contrarrazões Deve-se buscar no enunciado informações que permitam desenvolver teses voltadas à manutenção da decisão recorrida, bem como refutar os argumentos lançados pela acusação Improvimento do recurso e manutenção da decisão recorrida Revisão Criminal Prazo Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso correspondente) Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após a extinção da pena Absolvição; sentença condenatória contrária ao texto expresso da lei penal; sentença com contrariedade à evidência dos autos; sentença condenatória fundada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; após a sentença, se descobriram novas provas de inocência do condenado ou circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. Legitimidade Do réu ou do procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (Art. 623 do CPP) Competência É originária dos tribunais, jamais sendo apreciada por juiz de primeira instância Alteração da classificação do crime; Modificação da pena; Anulação do processo; Indenização; Pode solicitar a concessão de liminar, se for o caso. Não cabe em prol da sociedade, somente em prol do réu Habeas Corpus Ativa Pedidos Conceito Quando o coator for juiz de direito e representante do MP Estadual Espécies Base legal Conteúdo Tem por finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou a coação à liberdade de locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder Art. 5º, LXVIII, da CF Conforme o fundamento invocado: - trancamento do inquérito policial ou ação penal (por falta de justa causa) - extinção da punibilidade - nulidade - revogação da prisão preventiva - relaxamento da prisão em flagrante - concessão de liberdade provisória quando não houver justa causa – art. 648, I, do CPP quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei – art. 648, II, do CPP quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo – art. 648, III, do CPP Legitimidade Competência Arts. 647 e 648 do CPP Habeas corpus liberatório ou repressivo Habeas corpus preventivo Passiva quando houver cessado o motivo que autorizou a coação – art. 648, IV, do CPP quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza – art. 648, V, do CPP quando extinta a punibilidade – art. 648, VII, do CPP qualquer pessoa, independentemente de habilitação legal ou representação de advogado Autoridade ou particular apontado como coator Do juiz de direito de primeira instância Do Tribunal de Justiça Do Tribunal Regional Federal Do Superior Tribunal de Justiça Do Supremo Tribunal Federal Quando o coator for Delegado ou particular Quando o coator for juiz federal (art. 108, I, “d”, da CF) Art. 105, I, "c", da CF Art. 102, I, “i", da CF Pode ser impetrado por Pedido liminar Somente será necessária a criação deste item na peça se for evidente a possibilidade de antecipação de algum pedido Prazo Peça bipartida Folha de interposição Razões Regra: 5 dias (artigo 30 da Lei 8.038/90) - decisão denegatória de Habeas Corpus Identificação Base legal Conteúdo Pedidos STF O último ato processual informado é decisão denegatória de Habeas Corpus, decidido em única ou última instânciaOs fundamentos de mérito guardam relação com as hipóteses do artigo 648 do CPP Conhecimento e provimento do recurso, para o fim de que seja reformado o acórdão, concedendo-se a ordem de Habeas Corpus, a fim de que... (exemplos): STJ Trancamento do inquérito policial ou ação penal (por falta de justa causa) Extinção da punibilidade Nulidade Art. 102, II, alínea "a", da CF Art. 105, II, alínea "a", da CF Recurso ordinário constitucional Revogação da prisão preventiva, com expedição do alvará de soltura Tribunal (dependendo do Regimento Interno será dirigido ao Grupo Criminal na Justiça Estadual / Seção Criminal na Justiça Federal) Prazo Folha de interposição Razões Art. 609, parágrafo único, do CPP Embargos infringentes e de nulidade Base legal Recurso privativo da defesa Peça bipartida 10 dias, a contar da publicação do acórdão Identificação Conteúdo Pedidos Deverão ser expostos os motivos para prevalecer o voto vencido Seja conhecido e provido o recurso, acolhendo o voto vencido, reformando o acórdão recorrido, para o fim de... O último ato processual informado é decisão de segunda instância não unânime desfavorável ao réu (referente a recurso em sentido estrito, a apelação e, segundo a jurisprudência majoritária, a agravo em execução) Desembargador Relator do acórdão embargado Legitimidade Conceito Tecnicamente, o recurso de embargos infringentes guarda relação com a matéria de mérito, enquanto os embargos de nulidade guardam relação com nulidade processual Embargos de Declaração Prazo Identificação Base legal Art. 382 do CPP 1º Grau Art. 619 e 620 do CPP Tribunal JEC Ambiguidade: é o estado daquilo que possui duplo sentido, gerando equivocidade e incerteza, capaz de comprometer a segurança do afirmado Conteúdo Pedidos Decisão obscura, contraditória, omissa ou ambígua Ante o exposto, requer sejam recebidos os presentes embargos e, ao final, declarada a sentença ou acórdão embargado, corrigindo-se a omissão, contradição, obscuridade ou ambiguidade Obscuridade: é o estado daquilo que é difícil de entender, gerando confusão e ininteligência no receptor da mensagem Contradição: trata-se de uma incoerência entre uma afirmação anterior e outra posterior, referentes ao mesmo tema e no mesmo contexto, gerando a impossibilidade de compreensão do julgado. Omissão: é a lacuna ou o esquecimento Efeito interruptivo Por analogia ao disposto no art. 1026 do CPC, os embargos de declaração possuem o efeito de interromper o prazo para interposição de recurso Sentença Acórdãos 5 dias 2 dias 2 dias*JEC - Art. 83, §2º, da Lei 9.099/95 Art. 83 da Lei 9.099/95 JEC