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1 Apresentação 
 
Olá ! 
Vamos lá futuro Policial Rodoviário Federal, prosseguir com a nossa matéria. Como já 
disse anteriormente, não existe nada de difícil, mas sim, necessita de sua dedicação. 
Aula de hoje será de tipos de sujeito e vozes verbais, além de concordância. Fique 
atento, pois concordância é um tópico que é constantemente cobrado nas provas das 
bancas mais importantes do país. 
Nossa Banca Cebraspe, também cobra bastante. 
Leia com muita atenção e faça todos os exercícios com muito esmero. 
 
Estrutura do PDF FOCADO: 
• Material Teórico Escrito (material pode conter informações além das 
trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua 
aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem menos.) 
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas); 
• Mapa Mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 Conteúdo Programático 
1 Apresentação ....................................................................................................................... 2 
3 O que é Sintaxe? .................................................................................................................. 4 
4 Tipos de Sujeito .................................................................................................................... 5 
5 Tipos de Predicado ............................................................................................................. 11 
6 Concordância utilizando o pronome apassivador “se” ......................................................... 18 
7 Concordância Verbal com Sujeito Oracional ....................................................................... 20 
8 Vozes verbais ..................................................................................................................... 21 
9 Concordância Nominal ....................................................................................................... 24 
10 Concordância Verbal .......................................................................................................... 31 
11 Questões de sala ................................................................................................................ 44 
12 Mapa mental ..................................................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 O que é Sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Nas próximas aulas, 
falaremos muito sobre a sintaxe, mas agora você deve entender que basicamente que 
uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com 
o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo 
com a transitividade. 
 
Veja os exemplos abaixo para que fique tudo bem claro. Vamos sempre lembrar que 
a estrutura de uma oração para que fique na ordem direta deverá se apresentar da 
seguinte maneira: SVO (sujeito→verbo→complemento). Exemplos: 
 
O candidato realizou a prova. 
O candidato duvidou do gabarito. 
O candidato enviou recursos à banca. 
O candidato tem certeza de sua aprovação. 
O candidato viajou. 
O candidato estava tranquilo. 
 
 
 Sujeito Verbo Complemento 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no verbo. A partir 
dele, reconhecemos os outros termos da oração. 
 
 
 
 
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4 Tipos de Sujeito 
4.1 Determinado 
É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal ou do 
contexto. Pode dividir-se em: 
➢ Determinado Simples; 
➢ Determinado Composto; 
➢ Determinado Oculto ou Desinencial; 
➢ Elíptico 
 
Determinado Simples 
Constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo). 
 
Ex: Uma boa Constituição é desejada por todos. 
 Uma: Adj Adnominal 
 Boa: Adj Adnominal 
 Constituição: Núcleo do Sujeito (Substantivo) 
 “Uma boa constituição”: Sujeito determinado ou Simples 
 “É desejada por todos”: Predicado 
 
Muito cuidado quando o sujeito é extenso, pois o verbo fica distante do 
núcleo do sujeito e algumas vezes pode haver confusão na flexão do 
verbo. 
 
4.2 Determinado Composto 
Formado por mais de um núcleo: 
 
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Ex: Manuel e Cristina pretendem casar-se. 
 Manuel e Cristina: Sujeito Composto 
 Pretendem casar-se: Predicado 
 
 
 
 
Determinado Oculto ou Desinencial 
É o que ocorre quando a terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira 
do imperativo) dispensa o uso do pronome pessoal correspondente. Exemplos: 
 
Estou muito feliz. (eu) 
Estás muito feliz. (tu) 
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Para o teu carro. (tu no imperativo) 
Pare o seu carro. (você no imperativo) 
Voltaremos logo! (nós) 
Voltastes logo! (vós) 
 
Elíptico 
Aquele que mantém o verbo na 3ª pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita 
do contexto para permitir saber de quem se trata. Exemplo: 
 
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à 
aula no dia seguinte. 
 
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado pela escrita no texto, 
porém o sujeito da locução verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por 
omissão, para que não haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o 
sujeito elíptico, que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem 
ele não há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado, o qual veremos em 
seguida. 
 
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto. Para elas, o 
sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não necessita possuir verbo na primeira 
ou segunda pessoas, mas também admite a terceira. Basta que não haja literalmente 
a palavra no texto, mas esteja facilmente subentendida. 
 
4.3 Indeterminado 
Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da 
oração se refere. Há dois casos muito cobrados pelas Bancas, sempre focando a flexão 
do verbo: 
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Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto. Exemplos: 
 Falaram bem de você. 
 Colocaram o anúncio. 
 Alugaram o apartamento. 
 
 
Não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito elíptico faz. 
Com o “índice de indeterminação do sujeito” se o verbo no singular. 
Exemplo: 
 Precisa-se de ajudantes. 
 Precisa: Verbo Transitivo Indireto 
 Se: Indice de indeterminação do sujeito 
 De ajudantes: Objeto Indireto 
 
Os verbos transitivos indiretos (VTI), intransitivos (VI) e de ligação (VL), 
quando acrescidos do pronome “se” (índice de indeterminação do sujeito), 
terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular. 
Exemplos: 
Trata-se de casos delicadíssimo. (verbo transitivo indireto) 
Vive-se melhor de fora das cidades grandes. (verbo intransitivo) 
É-se muito pretencioso na adolescência. (verbo de ligação) 
 
 
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4.4 Oração sem Sujeito ou Sujeito Inexistente 
Ocorre quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é impessoal. É 
importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo em vista que o verbo 
deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Os casos mais importantes ocorrem 
com: 
 
Verbos que exprimem fenômenos da natureza. 
Exemplos: 
Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá. 
Nevava bastante. Choveu pouco no último mês. 
 
 
 
Há de se ressaltar que não ocorre sujeito nesse tipo de construção, pois 
o sujeito manteria o mesmo radical do verbo,o que implicaria uma 
repetição viciosa. (A chuva chover; O vento ventar; A neve nevar). 
Justamente por isso, muitos compositores e poetas utilizam essa 
repetição por sonoridade, estilo, estrutura altamente produtiva numa 
linguagem literária. Nesse caso, passaria determinado simples, como nos 
exemplos: 
Ex: Mas também pode ocorrer a possibilidade de o sujeito não receber o 
mesmo radical do verbo, como em “Amanheceu um lindo dia”; 
“Amanheceram lindos dias!”. Esse verbo passa a ter sujeito determinado 
simples. 
 
Por esse princípio, quando esses verbos estão empregados de forma figurada, 
naturalmente recebem sujeito com radical distinto; assim o verbo concorda com ele? 
Ex: Choveram recursos contra a última questão de prova (“recursos” é sujeito) 
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 Verbo haver significando existir, ocorrer: Exemplos: 
Havia muitas pessoas na sala. 
Há vários problemas na empresa. 
 
Tome cuidado quando esse verbo for o principal numa locução verbal. 
 
 
Seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Observe os exemplos: 
➢ Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um 
complemento do verbo) 
➢ Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um 
complemento do verbo) 
➢ Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um 
complemento do verbo) 
 
Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou “ocorrer”, 
passa-se a sujeito determinado simples. Observe os exemplos: 
➢ Existem vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
➢ Devem existir vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
➢ Têm ocorrido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito) 
➢ Estão ocorrendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o 
sujeito) 
 
Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural. Exemplos: 
➢ Já faz meses que não viajo com ele. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
➢ Há três anos não vejo minha família. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
➢ Há quatro dias não a vejo. (É a primeira oração que não tem sujeito) 
➢ Faz muito frio na Europa. 
 
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Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo. 
Exemplos: 
➢ São três horas. 
➢ Hoje são dez de setembro. 
➢ Hoje está muito frio. 
➢ Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É a primeira oração que não tem 
sujeito) 
 
Observe que o verbo “ser” concorda com a quantidade de tempo. Não quer dizer que 
“três horas” e “dez de setembro” (nas orações acima) sejam sujeitos. 
 
Deve-se lembrar que todos os verbos vistos podem fazer parte de uma 
locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os verbos 
auxiliares flexionar-se conforme visto acima. Exemplos: 
➢ Deve ventar muito naquelas cidades. 
➢ Amanhã não deve chover. 
➢ Podia haver muitas pessoas na sala. 
➢ Está fazendo muito frio na Europa. 
➢ Devem ser três horas 
➢ Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal. 
5 Tipos de Predicado 
 
 
 
 
 
 
 
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Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de 
concordância verbal. Daqui a pouco aprofundaremos nisso. 
Para não perdermos tempo lá na frente, temos que identificar os termos principais. 
Veja agora a relação do verbo dentro do predicado. Nas frases de “1” a “4”, os verbos 
“realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para 
terem sentido na oração, por exemplo: realizou o quê? duvidou de quê? enviou o quê? 
a quem? tem o quê? 
 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem 
sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. 
Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não consegue transmitir todo o 
sentido, necessitando de um complemento. Dessa forma, os termos “a prova”, “do 
gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” e “certeza” completam o sentido destes 
verbos. 
 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um obstáculo. 
Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a preposição, o trânsito 
é livre, direto. 
 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o termo que vem 
em seguida é seu complemento verbal direto. Já o complemento do verbo “duvidou” 
é indireto, pois o trânsito está dificultado (indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
 
Já que, na frase “1”, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é chamado de 
transitivo direto (VTD). Na frase “2”, como há preposição exigida pelo verbo “duvidou”, 
diz que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu complemento é indireto. Na frase 
3, há dois complementos exigidos pelo verbo: um (direto) e (indireto). 
 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o 
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto é 
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o objeto indireto (OI). 
 
Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois necessita de 
um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo de “Regência”, pois 
ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, é natural que a regência seja 
verbal. Há um capítulo na gramática que trabalha só isso: Regência Verbal 
(reconhecimento da transitividade do verbo), a qual veremos nas próximas aulas. Mas 
agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. Veja: 
 
 
É importante lembrar que o núcleo do sujeito será um substantivo e o 
núcleo do predicativo será um verbo. 
Mas não é o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ser 
transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel 
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento 
para ter sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência 
a alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. 
Alguém é fiel a algo ou a alguém. 
 
Estes nomes acima citados na observação exigem transitividade, com isso há um 
complemento, o que é chamado de complemento nominal (CN). 
Há contextos em que o complemento não estará explícito na frase; por exemplo, se 
queremos dizer que alguém reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe. 
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Neste caso o nome “longe” deixou de ser transitivo, não exigiu o complemento 
nominal, pois este ficou implícito. 
 
Por isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o nome 
exige complemento, mas tudo depende do contexto. 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se há um 
nome que exige complemento, então temos a Regência Nominal. Veja o exemplo 
abaixo: 
 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. 
A expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela 
complementa o nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrimos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
Prestemos atenção agora neste outro exemplo: 
 
 
 
 
Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal. Então não há 
transitividade, por isso chamamos de intransitivo. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a 
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causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, 
tempo, modo e causa. Essas são as circunstânciasbásicas, mas há mais e veremos isso 
nas próximas aulas. 
 
Então veja como ficaria: 
 
 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. O adjunto 
adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer 
verbo. 
 
Os verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI). Toda vez que, 
na oração, ocorrem esses tipos verbais, dizemos que eles são os núcleos (palavra mais 
importante) do predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte 
estrutura: 
 
 
 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e 
complemento nominal em todos eles 
Prestemos atenção neste outro exemplo: 
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O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se flexiona de acordo 
com ele. 
 
O verbo “estava” serve para ligar esta característica ao sujeito, por isso é chamado de 
verbo de ligação, e o termo que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona com 
ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo seria “tranquila". A essa 
flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos o nome de Concordância 
Nominal. Na gramática, há um capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do 
predicativo em relação ao sujeito é um dos pontos principais, mas isso veremos 
adiante. 
 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu predicado é 
chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
 
PREDICADO NOMINAL = VL + Predicativo 
 
O predicativo não ocorre somente no predicativo nominal, ele também 
pode fazer parte do predicativo verbo-nominal; mas isso é assunto para 
outra aula. 
Prestamos atenção neste exemplo: 
 
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O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se no plural 
porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por ser a palavra 
principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição, possui a função 
sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a concordar com ele 
(concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também (concordância nominal). 
Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem para caracterizá-lo: “As”, 
“primeiras” e “de Pedro”. Essas palavras têm o nome de adjunto adnominal, cujo papel 
é caracterizar o núcleo e se flexionar de acordo com ele (concordância nominal). 
 
Note que, dentro do sujeito, apenas a expressão “de Pedro” não sofreu flexão, isso 
porque é uma locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja 
as funções sintáticas de cada termo da oração acima: 
- As: Adj Adnominal 
- Primeiras: Adj Adnominal 
- Viagens: Núcleo do sujeito (substantivo) 
- De Pedro: Adj Adnominal 
- Foram: Verbo de Ligação 
- Excelentes: Predicativo 
 
 
 
 
 
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PREDICADO VERBO-NOMINAL 
 
 
 
 
 
É aquele que expressa uma dupla informação: ação e estado. 
 
Houve a fusão de dois predicados – um verbal e um nominal – em apenas um. 
 
6 Concordância utilizando o pronome apassivador “se” 
Vimos que o pronome “se”, com o verbo transitivo indireto (VTI), intransitivo (VI) e de 
ligação (VL), tem o nome de índice de indeterminação do sujeito (IIS). Com isso o 
verbo fica flexionado obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. 
 
Agora, veremos o pronome “se” com o verbo transitivo direto (VTD) ou com o verbo 
transitivo direto e indireto (VTDI). Esse “se” é chamado de pronome apassivador. Isso 
força a seguinte estrutura: 
 
É natural você fazer a seguinte pergunta: se o verbo é transitivo direto, onde está o 
objeto direto? 
 
Bom, como dissemos que esse pronome “se” é o apassivador (PA), então temos voz 
passiva sintética. Na voz passiva, não existe objeto direto. O termo que seria o objeto 
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direto passou a ser o sujeito paciente. 
 
Prestemos atenção nestes exemplos: 
 
Note que “aluga” é verbo transitivo direto. Assim, o pronome “se” é apassivador e o 
termo posterior “casa” é o sujeito paciente. Toda vez que tivermos esta estrutura 
passiva sintética, troque-a pela analítica (casa é alugada), para ter certeza de que 
realmente há voz passiva. Veja no segundo exemplo. O sujeito ficou no plural (“casas”), 
por isso o verbo também se flexionou no plural: “Alugam”. Transpondo para a analítica 
(casas são alugadas), confirmamos que temos voz passiva. 
 
 
O pronome apassivador não ocorre só com o verbo transitivo direto 
(VVTD). Ele também ocorre com o verbo transitivo e direito indireto 
(VTDI), preste atenção na construção e logo após no exemplo: 
 
 
 
Enviaram -se ao gerente pedidos de aumento 
VTDI + PA + OI + Sujeito paciente 
Para se ter certeza de que há pronome apassivador, basta transformamos para a voz 
passiva analítica: 
Pedidos de aumento foram enviados ao gerente. 
 
Essas construções podem ser estruturadas também com locução verbal. Para isso, 
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basta observar a transitividade do verbo principal (sempre o último). 
 
 
 
 
 
 
7 Concordância Verbal com Sujeito Oracional 
Quando o sujeito recebe um verbo, passa a ser uma oração. Essa oração força o verbo 
para o singular. Veja a frase abaixo, com sujeito determinado simples: 
 
 
 
 
 
Chamamos de período simples o enunciado que possua apenas uma oração (um 
verbo). Neste caso, o verbo “É” (de ligação) serve para ligar o predicativo ao sujeito 
determinado simples “o estudo organizado”, por isso se flexiona no singular. 
Note agora que este sujeito pode receber um verbo, passando a ser considerado um 
sujeito oracional. 
 
 
 
 
 
Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por isso temos um 
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período composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo organizado”, agora 
temos o sujeito oracional “que você estude organizadamente”. 
 
Note na estrutura acima que este sujeito oracional possui um verbo intransitivo. Este 
verbo tem seu sujeito (“você”) e um adjunto adverbial de modo (“organizadamente”). 
Assim, note que, sempre que tivermos um verbo, é natural que haja um tipo de sujeito 
relacionado a ele e também um complemento verbal, quando possível. 
 
Neste sujeito oracional, perceba a conjunção integrante “que”, ela faz com que o verbo 
nesta oração seja conjugado em tempo e modo verbal (“estude”: presente do 
subjuntivo). 
 
Agora veja o período abaixo. Retiramos a conjunção integrante “que”. 
Naturalmente reduzimos o número de palavras da oração, por isso a 
chamamos de oração reduzida. Isso faz com que o verbo deixe de ser 
conjugado em modo e tempo verbal (“estude” e passe pra a forma 
nominal infinitiva: “estudar”. Veja: 
É fundamental você estudar organizadamente 
VL + Predicativo Sujeito + VI + Adj Adv de modo 
O sujeito oracional é chamado de oração subordinada substantiva. Esta 
opção possui várias funções sintáticas, mas cabe agora trabalharmos 
apenas o valor do sujeito. 
Tudo isso foi visto com a única exclusiva intenção de você perceber que 
toda vez que tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional, 
obrigatoriamente deverá permanecer na terceira pessoa do singular. 
 
8 Vozes verbais 
 
A partir de agora, precisamos entender os tipos básicos de vozes verbais (ativa e 
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passiva) para aprofundarmos na concordância, além de iniciar assunto novo: a 
transposição das vozes verbais e reconhecer o pronome apassivador “se”. 
 
A voz verbal baseia-se no sujeito. Quando o sujeito é agente, a voz é chamada de 
ATIVA. Quando o sujeitosofre a ação, ou seja, é paciente; a voz é chamada de 
PASSIVA. A estrutura da voz ativa é basicamente a das seis frases inseridas no início 
do nosso estudo, quando falamos sobre os tipos básicos de predicação (verbal e 
nominal); 
 
Transposição para voz passiva quando há VTD ou VTDI: 
Veja o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos perceber que o sujeito da voz ativa é agente (“O concurseiro”). Quando este 
termo agente passa para a voz passiva, automaticamente, muda o nome para agente 
da passiva (“pelo concurseiro”). 
Quando temos a voz ativa, o objeto direto (“a prova”) é o termo paciente (sofre a ação 
que o sujeito realiza). Ao passarmos para a voz passiva, este termo paciente passa a 
ter a função de sujeito paciente (“A prova”). 
Para transpormos da voz ativa para a passiva, devemos inserir o verbo “ser”, no mesmo 
tempo que o verbo original. Por isso “realizou” transformou-se em “foi realizada”. 
 
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Vejamos agora a transposição de outros tempos verbais. Fique atento a inserção do 
verbo “ser” no mesmo tempo do verbo original: 
 
➢ O concurseiro realiza a prova. 
 
A prova é realizada pelo concurseiro 
 
➢ O concurseiro realizava a prova. 
 
 
A prova era realizada pelo concurseiro. 
➢ O concurseiro realizará a prova. 
 
 
A prova será realizada pelo concurseiro. 
 
➢ O concurseiro realizaria a prova. 
 
 
A prova seria realizada pelo concurseiro 
 
 
Preste bastante atenção em relação ao tempo e o modo dos verbos para não errar 
nesta passagem!!! 
Passagem das vozes quando o sujeito é indeterminado! 
 
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9 Concordância Nominal 
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou 
numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, 
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-
se da relação entre nomes. 
 
Normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da 
oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. 
 
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 
 
- O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único 
substantivo. Exemplo: 
 
 
 
- Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. 
Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: 
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: 
• O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. 
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Exemplos: 
o Encontramos caídas as roupas e os prendedores. 
o Encontramos caída a roupa e os prendedores. 
o Encontramos caído o prendedor e a roupa. 
 
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre 
concordar no plural. Exemplos: 
 
 
 
 
 
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 
• O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles 
(assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e 
masculino). Exemplos: 
o A indústria oferece localização e atendimento perfeito. 
o A indústria oferece atendimento e localização perfeita. 
o A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. 
o A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. 
 
Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o 
adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o 
adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante 
quando há substantivos de gêneros diferentes. 
 
Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural. 
Exemplos: 
• A beleza e a inteligência feminina(s). 
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• O carro e o iate novo(s). 
 
- Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: 
 
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado 
de nenhum modificador. Exemplo: 
• Água é bom para saúde. 
 
 
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo 
ou qualquer outro determinativo. Exemplo: 
• Esta água é boa para saúde. 
 
- O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se 
refere. Exemplo: 
• Juliana as viu ontem muito felizes. 
 
Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, 
etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino 
singular. Exemplo: 
• Os jovens tinham algo de misterioso. 
 
 A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda 
normalmente com o nome a que se refere. Exemplo: 
• Cristina saiu só. 
• Cristina e Débora saíram sós. 
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Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “apenas”, tem função 
adverbial, ficando, portanto, invariável. Exemplo: 
- Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais 
adjetivos no singular, podem ser usadas as construções: 
 
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último 
adjetivo. Exemplo: 
• Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. 
 
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. Exemplo: 
• Admiro as culturas espanhola e portuguesa. 
 
Veja esta construção: 
Estudo a cultura espanhola e portuguesa. 
Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de 
uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo. 
 
 
 
 
Casos particulares 
 
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido 
 
 
 
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Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o 
substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo). 
Exemplos: 
 
• É proibido entrada de crianças. 
• Em certos momentos, é necessário atenção. 
• No verão, melancia é bom. 
• É preciso cidadania. 
• Não é permitido saída pelas portas laterais. 
 
Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou 
adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele. Exemplos: 
 
• É proibida a entrada de crianças. 
• Esta salada é ótima. 
• A educação é necessária. 
• São precisas várias medidas na educação. 
 
 
Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou 
pronome a que se referem. Observe os exemplos: 
• Seguem anexas as documentações requeridas. 
• A menina agradeceu: - Muito obrigada. 
• Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso. 
• Seguem inclusos os papéis solicitados. 
• Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites. 
 
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite 
 
 
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Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o 
nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos ou 
numerais. Exemplos: 
 
• As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) 
• Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo) 
• Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) 
• As casas estão caras. (adjetivo) 
• Achei barato este casaco. (advérbio) 
• Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 
• “Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas. ”(Cecília Meireles)” 
(Advérbio) 
• “Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!” (Cecília Meireles) (adjetivo) 
 
 
A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o 
nome a que se refere. Exemplo: 
• Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. 
 
Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável. 
 
Bastante - Caro - Barato - Longe 
 
 
 
 
Meio - Meia 
 
 
 
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Exemplo: 
• A noivaestá meio nervosa. 
 
 
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis. Exemplos: 
• Os escoteiros estão sempre alerta. 
• Carolina tem menos bonecas que sua amiga. 
 
 
 
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente. Exemplos: 
• As garotas são vaidosas tais qual a tia. 
• Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. 
 
 
Não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no plural sem 
preposição. Exemplos: 
 
Alerta - Menos 
 
 
 
 
Tal Qual 
 
 
 
 
Haja vista 
 
 
 
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• Haja vista (hajam vistas) os comentários feitos 
• Haja vista dos recados do chefe 
 
 
 
O verbo fica no singular ou no plural. Exemplos: 
• Um e outro já veio / vieram aqui. 
• Nem um nem outro já veio / vieram aqui. 
 
Ao indicar reciprocidade, é obrigatório o verbo no plural. Exemplo: 
• Nem um nem outro se abraçaram aqui 
Se o sujeito for constituído pela expressão um ou outro, o verbo fica no 
singular. Exemplo: 
• Um ou outra conseguirá uma boa classificação 
 
10 Concordância Verbal 
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito. 
 
a) Sujeito Simples 
 Regra Geral 
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Exemplos: 
• A orquestra tocou uma valsa longa. 
• Os pares que rodeavam a nós dançavam bem. 
 
Um e outro; nem um nem outro 
 
 
 
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 * Casos Particulares 
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante 
hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a 
concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões 
que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. 
Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir. 
 
Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o 
grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de 
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. 
Exemplos: 
 
• A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. 
• Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta 
interessante. 
 
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando 
especificados. Exemplo: 
• Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. 
 
Quando a expressão “mais de um” se associar a verbos que exprimem 
reciprocidade, o plural é obrigatório. Exemplo: 
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem 
(ofenderam um ao outro) 
 
Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita 
levando- se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar 
no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural. Exemplos: 
 
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• Os Estados Unidos possuem grandes universidades. 
• Alagoas impressiona pela beleza das praias. 
• As Minas Gerais são inesquecíveis. 
• Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. 
• Os Sertões imortalizam Euclides da Cunha. 
 
Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, 
alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo 
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o 
pronome pessoal. Veja os exemplos: 
 
• Quais de nós são / somos capazes? 
• Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 
• Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. 
 
Veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou aa exclusão 
do emissor. Quando alguém diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de 
tudo e nada fizemos”, esta pessoa está se incluindo no grupo dos 
omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve “alguns de nós 
sabiam de tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. 
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o 
verbo ficará no singular. Exemplo: 
• Qual de nós é capaz? 
• Algum de vós fez isso. 
 
Quando o sujeito é formado por número percentual, o verbo poderá concordar com 
o numeral ou com o termo a que se refere a porcentagem. Exemplos: 
 
 
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➢ 1% dos coveiros recebeu aumento salarial. 
➢ 1% dos coveiros receberam aumento salarial. 
Ou o verbo concordará com o numeral, se este aparecer com determinantes. 
➢ Os 87% da produção de arroz foram vendidos. 
➢ Aqueles 30% de lucro obtido desapareceram. 
 
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo 
deve concordar com o número. Veja os exemplos 
 
➢ 25% querem a mudança 
➢ 1% conhece o assunto. 
 
 
Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é 
feita com o antecedente do pronome. Exemplos: 
 
➢ Fui eu que paguei a conta. 
➢ Fomos nós que pintamos o muro. 
➢ És tu que me fazes ver o sentido da vida. 
➢ Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem 
 
Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. Exemplos: 
➢ Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. Se você 
é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance. 
 
Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira 
pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome. Exemplos: 
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➢ Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. 
➢ Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro. 
 
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular 
ou plural. Exemplo: 
 
➢ Vossa Excelência é diabética? 
➢ Vossas Excelências vão renunciar? 
 
A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral. 
Exemplos: 
 
➢ Deu uma hora no relógio da sala. 
➢ Deram cinco horas no relógio da sala. 
 
Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc ... o verbo 
concordará com esse sujeito. Exemplo: 
➢ O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. 
 
Verbos impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª 
pessoa do singular. São verbos impessoais: 
Haver – no sentido de existir; 
Fazer – indicando tempo transcorrido; 
 
Aqueles que indicam fenômenos da natureza. 
Exemplos: 
➢ Havia muitas garotas na festa. 
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➢ Faz dois meses que não vejo meu pai. 
➢ Chovia ontem à tarde. 
 
b) Sujeito Composto 
Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural. 
Exemplos: 
➢ Pai e filho conversavam longamente. 
➢ Pai e filhos devem conversar com frequência. 
 
Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância 
ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda 
pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. 
Veja os exemplos: 
➢ Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. (Nós) 
➢ Tu e teus irmãos tomareis a decisão. (Vós) 
➢ Pais e filhos precisam respeitar-se. (Eles) 
 
Quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda 
pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa 
do plural. Aceita-se, pois, a frase: “Tu e teus irmãos tomarão a decisão” 
 
No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova 
possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do 
sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais 
próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação. Exemplos: 
 
➢ Falaram coragem e competência; 
➢ Faltou coragem e competência. 
 
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Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita 
obrigatoriamente no plural. Observe os exemplos: 
 
➢ Abraçaram-se vencedor e vencido. 
➢ Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
 
* Casos Particulares 
Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o 
verbo pode ficar no plural ou no singular. Exemplo: 
 
➢ Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento. 
 
Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo 
pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito. Exemplo: 
 
➢ Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / 
satisfaz. 
 
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na 
combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da 
série gradativa. 
 
Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo 
deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos 
os núcleos. Exemplos: 
 
➢ Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. 
➢ Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 
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Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos 
do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular. 
Exemplos: 
➢ Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. 
➢ Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um) 
 
Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. 
Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" 
tem sentido muito próximo ao de "e". Veja os exemplos: 
 
➢ O pai com o filho montaram o brinquedo. 
➢ O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. 
 
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro 
elemento. 
 
➢ O pai com o filho montou o brinquedo. 
➢ O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre. 
 
Com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O 
sujeito é simples, uma vez que as expressões “com o filho” e “com o 
secretariado” são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como 
se houvesse uma inversão de ordem. Veja: 
Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só... 
mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o 
verbo concorda de preferência no plural. Exemplos: 
 
➢ Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. 
➢ Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 
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Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto 
recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor. Exemplo: 
 
➢ Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. 
➢ Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas. 
 
* Outros Casos 
O Verbo e a Palavra "SE" 
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a 
concordância verbal: 
a) Quando é índice de indeterminação do sujeito; 
b) quando é partícula apassivadora. 
 
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos 
intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados 
na terceira pessoa do singular. Exemplos: 
 
➢ Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. 
➢ Confia-se em teses absurdas. 
➢ Era-se mais feliz no passado. 
 
 
Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e 
transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, 
o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: 
➢ Construiu-se um posto de saúde. 
➢ Construíram-se novos postos de saúde. 
➢ Não se pouparam esforços para despoluir o rio. 
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➢ Não se devem poupar esforços para despoluir o rio. 
 
O Verbo "Ser" 
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do 
verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do 
sujeito. 
 
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito: 
 
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, 
o - e o predicativo estiver no plural. Exemplos: 
 
➢ Isso são lembranças inesquecíveis. 
➢ Aquilo eram problemas gravíssimos. 
➢ O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos. 
 
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um 
substantivo no plural. Exemplos: 
 
➢ Nosso piquenique foram só guloseimas. 
➢ Sua rotina eram só alegrias. 
 
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Exemplos: 
 
➢ Gustavo era só decepções. 
➢ Minhas alegrias é esta criança. 
 
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Admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer 
um elemento sobre o outro. 
Exemplo: A vida é ilusões 
 
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Exemplos: 
 
➢ Que são esses papéis? 
➢ Quem são aquelas crianças? 
 
Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o 
numeral. Exemplos: 
 
É uma hora. 
São três da manhã. 
Eram 25 de Julho quando partimos. 
Daqui até a padaria são dois quarteirões. 
 
e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras 
ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no 
singular. Exemplos: 
➢ Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. 
➢ Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. 
➢ Duas semanas de férias é muito para mim. 
 
f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do 
caso reto, com este concordará o verbo. Exemplos: 
 
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➢ No meu setor, eu sou a única mulher. 
➢ Aqui os adultos somos nós. 
 
Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por 
pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito. Exemplos: 
Eu não sou ela 
Ela não é eu 
 
g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o 
predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Exemplos: 
 
➢ A grande maioria no protesto eram jovens. 
➢ O resto foram atitudes imaturas. 
 
3) O Verbo "Parecer" 
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: 
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. Exemplo: 
 
➢ Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. 
 
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão. Exemplo: 
 
➢ Alguns colegas parecia chorarem naquele momento. 
 
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A primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda 
literária. 
Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. 
Exemplo: 
As paredes parece que têm ouvidos. (parece que as paredes têm ouvidos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Questões de sala 
 
 
Julgue a frase quanto à correção gramatical: A multiplicidade de manifestações de 
insurgência contra toda e qualquer disposição judicial, com invocação das garantias 
constitucionais de ampla defesa e devido processo, fazem com que o exame do mérito 
das causas seja adiado quase que indefinidamente. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
Fragmento de texto: A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os 
representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para 
com as reivindicações e os interessesde seus eleitores. 
A forma verbal “têm” concorda com o núcleo nominal “representantes”, flexionado no 
plural, o que torna obrigatório o emprego do acento circunflexo nessa forma verbal. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
Julgue o trecho subsequente quanto à correção gramatical: Existe outras peças que 
chamam a atenção... 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
GABARITO: 01 Errado; 02 Certo; 03 Errado 
 
12 Mapa mental 
 
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