Inovações na Segurança Urbana_ Integrando Estratégias e Capacitando Agentes no Combate à Violência

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFECAF
GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edmilson Conceição do Nascimento Filho
Inovações na Segurança Urbana: Integrando Estratégias e Capacitando Agentes
no Combate à Violência
Uma Análise das Práticas Efetivas e Investimentos em Tecnologia e Inteligência para
Redução da Criminalidade
Porto Alegre, RS
2024
EDMILSON CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO FILHO
INOVAÇÕES NA SEGURANÇA URBANA:
INTEGRANDO ESTRATÉGIAS E
CAPACITANDO AGENTES NO COMBATE À
VIOLÊNCIA
Uma Análise das Práticas Efetivas e
Investimentos em Tecnologia e Inteligência
para Redução da Criminalidade
Trabalho apresentado como requisito parcial de
avaliação da disciplina Gestão Pública e
Segurança do Curso de Graduação em Gestão
de Segurança Pública do Centro Universitário
UniFECAF.
Tutor: Jair Antonio Motta Barbosa.
Porto Alegre, RS
2024
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 FATORES COMUNS NAS CIDADES MAIS VIOLENTAS 4
2.1 Pobreza e Vulnerabilidade Social 4
2.2 Relação entre Pobreza e Criminalidade 5
3 SOLUÇÕES INOVADORAS NO COMBATE À VIOLÊNCIA URBANA E
DESIGUALDADE SOCIAL 7
3.1 Estratégias de Mossoró para a Redução da Violência: O Caminho para Sair do
Ranking das Cidades Mais Violentas 7
3.2 Construindo a Segurança: O Plano de Vitória da Conquista para Redução da
Violência 8
3.3 Transformando a Realidade: Natal (RN) e a Integração de Estratégias para
Combater a Violência 8
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 10
REFERÊNCIAS 11
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1 INTRODUÇÃO
Este estudo de caso analisa as estratégias governamentais de combate à
violência urbana em municípios brasileiros que compõem o ranking das cidades mais
violentas do mundo. De acordo com o levantamento da ONG mexicana Conselho
Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, com dados referentes a 2022,
dez municípios brasileiros estão entre as 50 cidades mais violentas globalmente.
A abordagem visa compreender as medidas adotadas pelos governos locais
para lidar com essa realidade. São observadas as ações implementadas por esses
municípios para saírem do ranking das cidades mais violentas ou para reduzirem
substancialmente seus índices de violência até o ano de 2024.
Durante a análise, são identificados padrões e semelhanças entre essas
cidades, permitindo uma compreensão mais aprofundada dos fatores que contribuem
para os elevados índices de violência. Além disso, a análise se aprofunda nas
soluções inovadoras propostas pelos governos locais, avaliando sua eficácia e
aplicabilidade em outras localidades que enfrentam desafios similares.
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2 FATORES COMUNS NAS CIDADES MAIS VIOLENTAS
Este capítulo aborda os fatores que contribuem para a violência urbana nas
cidades brasileiras que se fizeram presente em 2022, entre as mais violentas do
mundo segundo o levantamento da ONG mexicana Conselho Cidadão para a
Segurança Pública e a Justiça Penal. Destaca-se a relação entre pobreza,
vulnerabilidade social, desigualdade e a incidência de crimes nesses locais.
2.1Pobreza e Vulnerabilidade Social
Das 10 cidades brasileiras na lista, podemos observar que 9 delas se situam
na região Nordeste do Brasil, são elas Mossoró (RN), Salvador (BA), Feira de Santana
(BA), Vitória da Conquista (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE), Recife (PE), Maceió (AL) e
Teresina (PI), e apenas uma na região norte, Manaus (AM). Essas cidades estão
presentes nas regiões com os maiores índices de pobreza no Brasil, de acordo com o
IBGE, em estudos do FECOP (FIGURA 1).
FIGURA 1 - RELAÇÃO DA POBREZA NO BRASIL POR REGIÃO
FONTE: FECOP(2018)
A região do Nordeste do Brasil, com suas particularidades socioeconômicas,
apresenta índices significativos de pobreza e desigualdade, fatores que estão
diretamente ligados à vulnerabilidade social e à propagação da violência urbana.
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Nessas áreas, a falta de oportunidades, o baixo acesso à educação de qualidade e a
escassez de serviços básicos como saúde e saneamento contribuem para um
ambiente propício à criminalidade.
“Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta
de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento
criminoso, em especial o violento.” (SAMPAIO, 2016)
2.2Relação entre Pobreza e Criminalidade
A relação entre pobreza e criminalidade é complexa e multifacetada. A
escassez de recursos econômicos e sociais aumenta a exposição das comunidades à
criminalidade, seja pela falta de oportunidades de trabalho digno, seja pela ausência
de políticas públicas eficazes de inclusão social. A percepção de injustiça e exclusão
pode levar indivíduos e grupos vulneráveis a buscar soluções alternativas, muitas
vezes recorrendo à criminalidade como meio de sobrevivência ou ascensão social.
Para REZENDE(2020):
Municípios com maior desigualdade econômica possuem maiores taxas de
criminalidade. É o que aponta o Boletim Segurança Pública, um estudo
conduzido pelos professores Luciano Nakabashi e Amaury Gremaud, e pelos
mestrandos André Menegatti e Nícolas Scaraboto, da FEA-RP, que analisou
dados dos municípios paulistas de 2010 e 2019.
2.3Desigualdade Social e Violência
A desigualdade social, marcada pela disparidade na distribuição de renda e
acesso a recursos, é um fator determinante na configuração dos cenários de violência
urbana. A concentração de riqueza em determinadas áreas e grupos populacionais
contrasta com a carência e a exclusão presentes em outras partes da cidade. Essa
disparidade cria um ambiente propício ao surgimento de conflitos e tensões,
favorecendo a ocorrência de crimes. A falta de oportunidades equitativas e a sensação
de injustiça social alimentam um ciclo de violência que afeta diretamente a qualidade
de vida das comunidades mais vulneráveis.
Essas análises mais detalhadas evidenciam a importância de políticas
públicas integradas que abordem não apenas a segurança, mas também as questões
sociais e econômicas como forma de reduzir os índices de violência urbana e
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promover uma convivência mais pacífica e inclusiva.
“É premente a necessidade de redução da criminalidade violenta no país, em
especial por meio de melhores políticas governamentais de distribuição de renda para
todas as classes sociais.” (SAMPAIO, 2016)
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3 SOLUÇÕES INOVADORAS NO COMBATE À VIOLÊNCIA URBANA E
DESIGUALDADE SOCIAL
Este capítulo se destina à análise das estratégias adotadas por três cidades
brasileiras: Mossoró (RN), Vitória da Conquista (BA) e Natal (RN), que, no ano de
2022, foram elencadas no ranking das cidades mais violentas do mundo, conforme
levantamento realizado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança
Pública e a Justiça Penal. O escopo deste estudo é compreender as medidas
inovadoras implementadas por essas localidades para lidar com os desafios
relacionados à violência urbana e à desigualdade social, bem como avaliar o
impacto dessas ações em sua saída desse ranking em uma nova avaliação
efetuada em 2024.
3.1Estratégias de Mossoró para a Redução da Violência: O Caminho para Sair
do Ranking das Cidades Mais Violentas
O município de Mossoró, que em 2022 figurou no ranking das cidades mais
violentas do mundo, registrou uma queda significativa nos índices de homicídios,
alcançando uma conquista histórica na luta contra a violência.
“Um dos principais pontos que contribuíram para essa redução é o
investimento em tecnologia, aprimorando as investigações e auxiliando no combate
ao crime. Além disso, a integração de informações entre diferentes agências
governamentais permite uma resposta mais ágil e eficaz.” BRUNO (2023)
Além das ações policiais, Mossoró também investiu em outras áreas como
educação, cultura, esporte e lazer. Essas iniciativas visam promover o
desenvolvimento social e a inclusão, afastando jovens e adolescentes de situações
de vulnerabilidade e risco, contribuindo para a construção de uma comunidade mais
segura e resiliente.
3.2Construindo a Segurança: O Plano de Vitória da Conquista para Redução da
Violência
A terceira maior cidade do estado da Bahia adotou um plano de segurança
para sair de vez das listas de cidadesmais violentas. O poder público municipal
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desenvolveu o Plano Municipal de Segurança Pública, que buscou capacitar mais
agentes de segurança da Guarda Civil Municipal e investir mais recursos em
tecnologia.
Faz parte também do plano a criação de um observatório da violência, que é
formado por especialistas que se dedicam a estudar essa questão de forma
aprofundada.
Para LEMOS (2023):
Serão pessoas com expertise nas áreas de informática, inteligência,
estatística e segurança pública. Esse observatório vai fazer todo o
monitoramento da nossa cidade sobre violência. Nós queremos saber quais
são as causas que estão provocando essa violência. E combater as causas é
melhor do que combater as consequências.
3.3Transformando a Realidade: Natal (RN) e a Integração de Estratégias para
Combater a Violência
A capital do Rio Grande do Norte, Natal, seguiu a tendência de outras
cidades como Mossoró e Vitória da Conquista ao adotar medidas assertivas para a
redução dos índices de violência. Os esforços resultaram em uma significativa
diminuição dos crimes violentos no período de 2023 em relação a 2022, como
evidenciado nos registros do portal do estado do Rio Grande do Norte, que apontam
uma redução de 190 Mortes Violentas Intencionais.
Para CANINDÉ (2023):
Este é o resultado de uma integração mais eficaz das forças de segurança,
melhor e mais investimentos em equipamentos, armamentos e mais viaturas,
além de melhores ações de inteligência e valorização dos profissionais que
atuam no sistema de segurança pública.
Essas medidas têm sido fundamentais para fortalecer a capacidade de
resposta diante dos desafios enfrentados e para promover um ambiente mais
seguro e tranquilo para os cidadãos natalenses.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as análises realizadas ao longo deste estudo de caso, é
possível concluir que as inovações adotadas pelos governos das cidades de
Mossoró (RN), Vitória da Conquista (BA) e Natal (RN) demonstram um esforço
significativo na busca por soluções eficazes no combate à violência urbana e à
desigualdade social. Os investimentos direcionados para a área de segurança
pública, especialmente na capacitação de agentes e na integração entre as
diferentes forças de segurança, como a Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda
Municipal, têm se mostrado estratégicos na redução dos índices de criminalidade.
Destaca-se também o papel fundamental da adoção de tecnologias e
estratégias de inteligência, que proporcionam uma resposta mais rápida e eficiente
diante dos desafios enfrentados na segurança pública. Além disso, é importante
ressaltar o compromisso com o desenvolvimento social e a inclusão, como
evidenciado pelas ações em Mossoró, que buscam não apenas combater o crime,
mas também promover um ambiente de convivência pacífica e equitativa para toda a
comunidade.
Diante desse panorama, é imperativo que os gestores públicos continuem a
investir em políticas e programas que fortaleçam a segurança, valorizem os
profissionais envolvidos nessa área e promovam a integração entre as diversas
esferas de atuação governamental. Somente por meio de uma abordagem ampla e
integrada será possível avançar na construção de cidades mais seguras e justas
para todos os cidadãos.
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REFERÊNCIAS
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https://istoedinheiro.com.br/brasil-tem-10-municipios-em-ranking-mundial-de-cidades-
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https://forumseguranca.org.br/publicacoes/atlas-da-violencia/ Acesso em 05mai.2024
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https://tcmnoticia.com.br/mossoro/mossoro-tem-reducao-de-47-de-mortes-violentas-e
m-2023/ Acesso em 05mai.2024
FECOP, Região Nordeste possui quase metade de toda a pobreza no Brasil, segundo
IBGE . Acesso em
https://www.fecop.seplag.ce.gov.br/2020/11/20/regiao-nordeste-possui-quase-metade-
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SAMPAIO, Karla. A Criminalidade e a Desigualdade Social.Jus.com.br, 2016.
Disponível em:
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/328605993/a-criminalidade-e-a-
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REZENDE, Leonardo. Estudo Aponta Relação entre Desigualdade e Criminalidade.
FEA-RP.USP, 2020. Disponível em:
https://www.fearp.usp.br/institucional/item/8353-estudo-aponta-relacao-entre-desigual
dade-e-criminalidade.html Acesso em 05mai.2024
BRUNO, Italo. Acesso em
https://www.prefeiturademossoro.com.br/noticia/49403/mossoro-registra-queda-signifi
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https://istoedinheiro.com.br/brasil-tem-10-municipios-em-ranking-mundial-de-cidades-mais-violentas/
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https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados
https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados
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https://tcmnoticia.com.br/mossoro/mossoro-tem-reducao-de-47-de-mortes-violentas-em-2023/
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https://www.fecop.seplag.ce.gov.br/2020/11/20/regiao-nordeste-possui-quase-metade-de-toda-a-pobreza-no-brasil-segundo-ibge/
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https://www.fearp.usp.br/institucional/item/8353-estudo-aponta-relacao-entre-desigualdade-e-criminalidade.html
https://www.prefeiturademossoro.com.br/noticia/49403/mossoro-registra-queda-significativa-no-numero-de-homicidios-em-2023
https://www.prefeiturademossoro.com.br/noticia/49403/mossoro-registra-queda-significativa-no-numero-de-homicidios-em-2023
11
LEMOS, Guarda Municipal de Vitória da Conquista. Acesso em
https://www.pmvc.ba.gov.br/prefeitura-intensifica-acoes-para-manter-vitoria-da-conqui
sta-fora-do-ranking-das-cidades-mais-violentas-do-pais/ Acesso em 05mai.2024
CANINDÉ, Francisco de Araújo Silva para Portal do Rio Grande do Norte. Em
https://www.rn.gov.br/materia/rn-tem-maior-reducao-de-mortes-violentas-do-brasil-em-
2023/ Acesso em 05mai.2024
https://www.pmvc.ba.gov.br/prefeitura-intensifica-acoes-para-manter-vitoria-da-conquista-fora-do-ranking-das-cidades-mais-violentas-do-pais/
https://www.pmvc.ba.gov.br/prefeitura-intensifica-acoes-para-manter-vitoria-da-conquista-fora-do-ranking-das-cidades-mais-violentas-do-pais/
https://www.rn.gov.br/materia/rn-tem-maior-reducao-de-mortes-violentas-do-brasil-em-2023/
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