Unidade 1 - Atividades Empresariais e Não Empresariais

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PLANEJAMENTO EPLANEJAMENTO E
ORÇAMENTO EM BIMORÇAMENTO EM BIM
ATIVIDADES EMPRESARIAIS E NÃOATIVIDADES EMPRESARIAIS E NÃO
EMPRESARIAISEMPRESARIAIS
Au to r ( a ) : M a . Pa t r i c i a d e A l m e i d a
R ev i s o r : G a b r i e l a M e l l o Q u i n a D i o g o
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Introdução
Olá, estudante! É com prazer que apresentamos este material com algumas discussões sobre
planejamento e orçamento em BIM (Building Information Modeling).
Certamente, você já pensou em sua formação acadêmica e em sua vida pro�ssional. No caso da
arquitetura, em especial, no segmento de projetos e execução, são necessárias as interfaces de
conhecimentos de outras carreiras. Dessa forma, é preciso conhecer segmentos da administração,
do direito, da engenharia, da tecnologia de informação, do meio ambiente, dentre outros.
Fique tranquilo, caro(a) estudante, pois você não precisa cursar várias graduações, se não quiser,
mas precisa adquirir conhecimentos importantes para sobreviver em um mercado competitivo e
que demanda maturidade no dia a dia pro�ssional.
Nesse sentido, neste material, você vai compreender conteúdos úteis, de muitas áreas e que podem
ajudá-lo(a) a dar o próximo passo decisório ou, até mesmo, fazê-lo(a) mudar o caminho escolhido.
Assim, é importante sempre analisar o tipo de pro�ssional que você deseja ser (empregado,
pro�ssional liberal ou empreendedor) e considerar as áreas de atuação para os arquitetos (que não
são poucas).
A partir de agora, apresentaremos uma área um pouco árdua para muitas formações acadêmicas,
mas quem está no mercado precisa aprender a “jogar”, assim, é importante iniciar a carreira com
conhecimentos, racionalidade, acerca do que ocorre no mercado, e muita vontade de seguir em
frente.
Direito Comercial
O direito comercial tem diversas vertentes e subdivisões, dentre elas, podemos mencionar o direito
empresarial e a teoria da empresa. Segundo Fazzio (2020), a princípio, o direito comercial tratava
Conhecendo outras Áreas
que Cercam a Carreira
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somente de relações jurídicas mercantis e empresariais. As transformações políticas, sociais e
econômicas demonstraram que esse tema não deveria ser restrito ou isolado em uma sociedade
com aspirações jurídicas imparciais. Inicialmente, o conceito, oriundo de uma concepção liberal
burguesa de sociedade, atravessou para o polo oposto. Em outras palavras, o jus mercatorum
diferenciado, com origens medievais, foi substituído pelo direito imparcial, abstrato e unitário. Em
resumo, o ato de comércio não proporciona a quem o exerce a propriedade de comerciante, não
transforma em comércio a atividade pro�ssional produtiva. É exatamente o oposto, ou seja, trata-se
da organização da atividade pro�ssional dirigida e que dá aos atos praticados pelo empresário sua
real especi�cidade.
A atividade econômica organizada da prestação de serviços em larga escala é, portanto, tratada
pelo direito comercial. Não se trata mais de considerar uma empresa um simples empreendimento,
mas de englobar todas as atividades organizadas economicamente para a elaboração ou a
circulação de bens e serviços.
Ainda segundo Fazzio (2020), a empresa almeja compatibilizar, na medida do possível, as
necessidades e os interesses de todos. Sem prejuízo do lucro lícito que se planeja obter, a empresa
justi�ca-se pelo fornecimento de produtos e serviços, pela implementação de mercado consumidor
e por sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social, como instigadora de empregos
e tributos.
Atividade Empresarial e Atividade não Empresarial
A atividade empresarial e a atividade não empresarial têm um fator em comum: a busca pelo lucro.
Ademais, a caracterização como empresa é a forma de exploração. De acordo com o art. 966 do
Código Civil, o empresário é quem exerce uma atividade econômica organizada para a elaboração, o
�uxo de bens ou serviços. Ainda segundo o Código Civil, o termo “empresário”, em direito
empresarial, não se refere a um indivíduo, mas representa uma modalidade de utilização de uma
tarefa.
Existem atividades não empresariais que são, em especial, os trabalhos de pro�ssionais liberais,
estando ou não na forma de sociedade, o que se refere à atividade econômica organizada. Desse
modo,
[...] não se considera empresário quem exerce pro�ssão intelectual, de natureza cientí�ca,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da pro�ssão constituir elemento de empresa (BRASIL, 2002, on-line).
É importante esclarecer, ainda, que está ultrapassado utilizar o termo “empresa” para de�nir
associações pro�ssionais de maior tamanho.
Para paci�car a expressão “atividade intelectual”, o Código Civil esclarece que é preciso estar atento
ao fato de que, caso a atividade intelectual seja parte de uma atividade empresarial, a atividade
empresarial não se caracteriza como intelectual. Como exemplo, é possível mencionar uma
instituição �nanceira, na qual o setor jurídico constitui uma atividade intelectual, mas é somente
uma parte do todo.
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Você já deve ter usado a palavra “empresa” como pessoa jurídica, mas, em termos jurídicos, no
direito comercial, não signi�ca pessoa jurídica ou sociedade. Nesse sentido, sociedade pode não
ser empresa e vice-versa. Um exemplo é o empresário individual, único dono de uma Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Assim, o termo “empresário”, do art. 966 do
Código Civil, pode ser substituído por “quem exerce uma empresa”.
Atividade Econômica Organizada, Registrada ou
Não
A atividade econômica organizada está relacionada aos conceitos do direito empresarial, segundo
Fazzio (2020). Esse tipo de atividade refere-se às sociedades empresariais, que podem ser
registradas ou não registradas e mesmo serem empresários individuais com único dono. O registro
não deve ser confundido com empresa, pois a empresa é a exploração de uma atividade, com base
na produção, não importando se há ou não registro.
Por exemplo, uma costureira que faz panos de prato em um dos cômodos da sua casa caracteriza
uma empresa sem registro, pois há um objetivo para a produção. Na construção civil, podemos
Figura 1.1 - Atividade empresarial
Fonte: Austin Distel/Unsplash.
#PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotogra�a colorida de um escritório empresarial bem despojado,
com algumas �leiras de mesas com tampo em madeira e pés na cor preta. Há computadores, monitores e
alguns materiais, como canecas e canetas. Há quatro pessoas sentadas. O teto do escritório tem detalhes
de madeira e luminárias em canaletas. No fundo, há uma parede branca; no lado esquerdo, uma parede
com detalhes em madeira; no lado direito, uma parede com detalhes em tijolinhos. Sobre uma mesinha, há
uma planta como decoração, ao lado de um sofá de couro, e, na frente desse sofá, há uma TV grande,
duas poltronas de tecido e uma luminária dourada. No fundo, também é possível ver paredes e uma porta
de vidro, por meio das quais se visualiza outra parte do escritório.
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mencionar os armadores que, nos quintais de suas casas, executam tarefas repetitivas, como a
armação de pilares e vigas-padrão.
Microempreendedor Individual (MEI)
O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro
de 2008, que alterou a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. O objeto dessa alteração foi a
criação da pessoa jurídica e empresarial, ou seja, o microempreendedor individual, que é uma
subcategoria de microempresa(ME).
Segundo a Lei Complementar nº 128/2008, o limite atual de faturamento do MEI é de R$
81.000,00/ano, ou seja, R$ 6.750,00/mês. Se esse valor for ultrapassado, é necessário solicitar o
desenquadramento e passar a atuar como microempresa. Hoje, no Brasil, há mais de 11 milhões de
MEIs, o que con�gura, substancialmente, a saída da informalidade de muitos empreendedores.
É importante salientar que a prestação de serviços de arquitetura não está na lista disponível no
Portal do Empreendedor acerca das atividades possíveis de MEI. As ocupações que exigem alto
potencial intelectual, além das pro�ssões que têm regularização legal e formação acadêmica, não
são permitidas pelo MEI. Arquitetos, engenheiros, advogados, economistas, médicos, dentre outras
pro�ssões que têm atividade regulamentada, não podem ser enquadradas como MEI. Essa
condição não impede que esses pro�ssionais optem por essa modalidade, desde que a atividade
esteja enquadrada na legislação.
Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte
(EPP)
A Lei Complementar nº 123/2006 estabeleceu o Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e da
Empresa de Pequeno Porte (EPP). As ME e EPP, segundo a lei, recebem uma abordagem particular e
favorecida na esfera dos poderes da união, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Segundo o art. 3º,
REFLITA
O objetivo do MEI é tirar da informalidade as atividades e os
pro�ssionais não atendidos por uma legislação especí�ca e cujos
custos �cam inviabilizados em função do faturamento e da
atividade. Ademais, uma característica do MEI é que só é possível
contratar um funcionário.
Considerando as vantagens dessa modalidade e sendo o
faturamento, muitas vezes, similar ao do pro�ssional da
arquitetura, você acha que essa opção também poderia ser
estendida para as pro�ssões regulamentadas?
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[...] consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil
de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I – no caso da microempresa, au�ra, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II – no caso de empresa de pequeno porte, au�ra, em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
§ 1º Considera-se receita bruta, para �ns do disposto no caput deste artigo, o produto da
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais concedidos (BRASIL, 2006, on-line).
Resumindo, a ME é uma entidade jurídica cujo tipo de atividade ou porte da empresa não podem ser
enquadrados como MEI. Além disso, a EPP é orientada pela Lei nº 123/2006 e foi criada para os que
exercem atividades organizadas.
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
(EIRELI)
Segundo o art. 980-A da Lei nº 12.441/2011, Eireli é um tipo de sociedade do porte de uma ME, mas
constituída por apenas um sócio e que não tem faturamento anual limitado. Essa modalidade pode
optar pelo sistema tributário do Simples Nacional e é uma opção viável para os empreendedores e
pro�ssionais que não se enquadram no MEI.
Fonte: Dasit / Freepik.
Escolha da modalidade de
empresa EIRELI
Fonte: Dasit / Freepik.
A Eireli é uma opção viável para quem
não deseja abrir uma sociedade limitada
e ser obrigado a ter um sócio �ctício.
Exigências para abertura
da EIRELI
Fonte: Pch.vector / Freepik.
Segundo o art. 980-A da Lei nº
12.441/2011, a EIRELI tem que ser aberta
com capital social integralizado, igual ou
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Ademais, caso uma pessoa jurídica assuma dívidas ou abra falência, o valor que consta no capital
social pode ser utilizado para sanar as dívidas.
É importante salientar, ainda, que a Lei Complementar nº 123/2006 criou o regime tributário do
Simples Nacional, o qual é o regime exclusivo para micro e pequenas empresas. Enquadrar-se nesse
regime tributário tem várias vantagens, como o valor dos impostos e a facilidade de pagá-los por
meio de uma guia única.
Sociedade Limitada
O modelo de sociedade limitada pode ter, no mínimo, dois sócios. O nome, ou a razão social das
empresas dessa modalidade, é acompanhado pela sigla “Ltda.”. O termo “limitada” tem relação com
a responsabilidade dos sócios. Nesse tipo de pessoa jurídica, pode-se haver um administrador que
não é sócio. Para integralizar o capital social, os sócios podem investir valores idênticos ou
proporcionais à porcentagem de cada um na empresa. Nessa sociedade, o patrimônio particular
dos sócios está protegido e não será usado em caso de falência ou saída de sócios.
Conhecimento
Fonte: Pch.vector / Freepik.
maior que 100 vezes o maior salário-
mínimo vigente no país.
Fonte: Stories / Freepik.
Capital social inicial
mínimo
Fonte: Stories / Freepik.
Com o Salário Mínimo (SM) de R$
1.100,00 de 2021, há um capital mínimo
de R$ 110.000,00, que pode ser feito com
dinheiro ou bens, mas que devem ser
transferidos para a empresa.
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Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), como o próprio nome sugere, é a
empresa constituída de uma única pessoa titular do capital necessário para sua constituição,
correspondente a 100 vezes o salário mínimo vigente à época da constituição da empresa. Muito
se discute atualmente sobre a constitucionalidade da exigência da integralização dos 100 S.M.
Neste sentido, tramita no Supremo Tribunal Federal, desde 2011, a Ação Direta de
Inconstitucionalidade n° 4.637, em que se alega que exigir que o empresário apresente de forma
integral os 100 S.M. para que possa iniciar a atividade empresária como EIRELI fere o princípio da
isonomia.
NIARADI, G. Direito empresarial . São Paulo: Pearson, 2020.
Em relação ao texto, assinale a alternativa correta.
a) A exigência de 100 salários-mínimos a serem disponibilizados pelo empresário da Eireli
para o capital social é justa e adequada ao modelo.
b) Se a empresa Eireli se endividar ou falir, o valor do capital social e os bens pessoais do
empresário são utilizados para honrar as dívidas.
c) Quando se abre uma Eireli, é possível escolher o regime tributário: o simples, lucro
presumido ou lucro real.
d) O capital social a ser integralizado é 100 salários-mínimos, no máximo, e os bens
pessoais do proprietário são utilizados no caso de falência.
e) A Eireli e a MEI não são permitidas para pro�ssionais como arquitetos, engenheiros,
médicos e advogados.
Conforme a�rma Wenceslau (2020), o contrato empresarial tem características de negócio jurídico.
O contrato cria, modi�ca ou extingue regras negociadas em vínculo empresarial e deve ser um texto
escrito, o qual apresente as vontades das partes e mantenha a segurança jurídica. O contrato
representa, portanto, uma prova posterior das manifestações de vontades particulares e da vontade
contratual. Sendo um contrato um negócio empresarial, está sujeito às regras gerais do Código Civil
e das leis especiais de âmbito empresarial.
Contratos Empresariais
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Nesse sentido, você pode estar se perguntando: qual é a relevância do contrato de prestação de
serviços na construção civil? No contextoem questão, o contrato é uma importante ferramenta
devido à complexidade dos serviços, nesse caso, contratação de obras e projetos. Assim, esse
instrumento visa garantir direitos e deveres às partes envolvidas juridicamente, de forma que aquilo
que foi estipulado seja cumprido.
O Profissional Liberal
A expressão “pro�ssional liberal” é utilizada para se referir ao indivíduo que tem instrução técnica ou
acadêmica em determinada área, ou seja, refere-se a quem é habilitado para atuar com autonomia
plena, alicerçado na área de formação especí�ca e de forma independente. Exemplos de
pro�ssionais liberais são: dentistas, advogados, engenheiros, arquitetos, contadores, médicos etc.
Ademais, o pro�ssional liberal pode ser empregado em várias empresas, desde que estabelecida
uma carga horária relativa. Assim, ele pode ter carteira assinada e usufruir das vantagens
proporcionadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas sempre cumprindo os deveres
de um empregado.
Lei nº 13.467/2017 – Altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT)
A Lei nº 13.467/2017 alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, que havia sido
alterada pela última vez em 1991.
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REFLITA
Você sabia que o pro�ssional liberal precisa pagar tributos e a
anuidade de um conselho pro�ssional? É o caso do Conselho de
Arquitetura e Urbanismo (CAU) e do Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (CREA), cuja contribuição é obrigatória
para o exercício legal da pro�ssão. No caso dos arquitetos e
urbanistas, a Lei nº 12.378/2010 regulamenta o exercício da
pro�ssão.
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Os objetivos da reforma de uma lei tão abrangente e importante foram ajustar a legislação para
relações de trabalho mais realistas e combater o desemprego.
Fonte: Freepik.
Modi�icações nas relações
de trabalho
Fonte: Freepik.
Uma das modi�cações mais importantes
foi a permissão para sindicatos e
empresas negociarem novas condições
que não constam nos contratos de
trabalho.
Fonte: Freepik.
Convenções coletivas com
apoio de sindicatos
Fonte: Freepik.
As convenções coletivas puderam, então,
de�nir questões como jornada de
trabalho, intervalo de descanso,
constituição de banco de horas e plano
de carreira.
Fonte: Freepik.
Diferentes formas de
contratação na lei
Fonte: Freepik.
Na Lei 13.467/2017, constam diferentes
formas de contratação, como trabalho
autônomo, carteira assinada (CLT),
contratação temporária, trabalho sob
regime parcial, terceirização, home o�ce
ou trabalho remoto, trabalho intermitente
e trabalho eventual (freelance).
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Formas de Contratação de um Profissional Liberal
Existem possibilidades de contratação de um pro�ssional liberal arquiteto: autônomo, empregado
(CLT), contratação por terceirização ou por tempo parcial, dentre outras. A seguir, vamos detalhar
essas possibilidades.
Contratação como Autônomo
A contratação como autônomo, segundo a Lei nº 13.467/2017, é distinta da contratação como
empregado, pois, no primeiro caso, o trabalhador atua como um prestador de serviços. Não pode
estar sujeito a cumprir um horário de trabalho e não é obrigado a executar seu trabalho no escritório
da empresa. O autônomo entrega o trabalho como combinado com a empresa, a qual deve
remunerá-lo conforme acertado. Nesse sentido, é importante ressaltar que não há vínculo
empregatício entre o autônomo e a empresa e que esse pro�ssional não precisa ser quali�cado ou
certi�cado.
Além disso, o autônomo não precisa ter uma empresa registrada com Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ), apesar de ter que recolher Imposto de Renda e Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). O autônomo também deve fazer a declaração dos rendimentos anualmente. Para receber
por seu trabalho, o documento utilizado é o Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA), que deve ser
feito pelo contratante.
praticar
Vamos praticar
REFLITA
Com essas medidas, pretende-se reduzir os efeitos terríveis das
crises econômicas nos trabalhadores. Você concorda com essa
justi�cativa? Você considera que essas medidas aumentaram a
empregabilidade?
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Considere que você é um pro�ssional, contratado como autônomo por R$ 12.000,00, que mora na
cidade de São Paulo. Para atuar como autônomo, você deve ter inscrição prévia na prefeitura de
São Paulo. Com base nesse contexto, calcule seus tributos:
1. 5% de ISS (Imposto Sobre Serviços – tributo municipal);
2. 20% de INSS (previdência – tributo federal). Valor máximo: R$ 1.220,20 na tabela;
3. para calcular o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), utilize a tabela de Imposto de Renda
(imposto federal), após descontar o INSS de sua base de cálculo.
Um ponto importante, aluno(a), é que o pro�ssional liberal não pode ser confundido como
pro�ssional autônomo. A maior distinção entre os dois é que o autônomo não precisa ter formação
técnica. Por outro lado, o pro�ssional liberal tanto pode ser um autônomo como pode ser
contratado pela empresa. O engenheiro, de qualquer modalidade, ou o arquiteto são exemplos de
pro�ssionais liberais que podem trabalhar com ou sem vínculo empregatício.
Carteira Assinada (CLT)
Os pro�ssionais liberais podem ser contratados com carteira assinada, como empregados e
seguindo a CLT. Nesse tipo de relação contratual, esse trabalhador tem os mesmos direitos e
deveres que qualquer outro trabalhador da empresa, por isso, deve cumprir os horários estipulados,
trabalhar no escritório da empresa, se essa for a exigência contratual, trajar uniforme, se for o caso,
dentre outras regras estabelecidas pela empresa. O funcionário tem direito às vantagens oferecidas
pela empresa e pela legislação, como 13º salário, férias remuneradas, Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), vale-transporte e vale-alimentação/refeição, plano de saúde, participação nos
lucros, dentre outros benefícios.
Contratação Temporária
A contratação temporária é regulamentada pela CLT e foi criada para ser utilizada quando é
necessário um volume extra de trabalho ou há transições de pessoal. Nesse caso, não há um
trabalho permanente e deve ser elaborado um contrato especí�co para essa modalidade.
Além disso, no caso de contratação temporária, a empresa não é obrigada a arcar com os custos
adicionais de férias, o 13º salário e o FGTS. Os valores relacionados aos benefícios, mesmo que
caracterizada a habitualidade, como o auxílio-alimentação, não integram a remuneração do
empregado e não podem ser incluídos no contrato de trabalho.
Contratação por Trabalho Parcial
Em relação à contratação por trabalho parcial, o art. 58-A da Lei nº 13.467/2017 prevê a contratação
por meio dessa jornada especial. Nesse caso, o período máximo é de 30 horas semanais, mas é
possível o acréscimo de 6 horas por semana, quando se trata de uma jornada de 26 horas
semanais.
Nesse contexto, o salário é calculado de forma proporcional à jornada trabalhada. O contratado tem
o direito de receber férias proporcionais, depois de 12 meses de contrato, além de vale-transporte.
Terceirização
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A reforma trabalhista legitimou a contratação de terceirizados para as atividades-�m da empresa,
não somente para as atividades-meio. A terceirização permite que a empresa contrate pessoas
quali�cadas, dentro de um processo habitual de recrutamento de pessoal.
Teletrabalho, Trabalho Remoto ou Home Of�ice
No que se refere ao teletrabalho, trabalho remoto ou home o�ce, a Lei nº 13.467/2017, de�ne-se
teletrabalho como uma prestação de serviços executada , de forma mais frequente, fora das
dependênciasdo contratante . Nesse sentido, são utilizadas tecnologias de informação e de
comunicação não caracterizadas como trabalhos externos.
O teletrabalho foi formalizado como uma nova forma de contratar e é uma tendência no mundo
todo. Nessa modalidade, as regras são pactuadas em contratos individuais entre o trabalhador e a
empresa, considerando, inclusive, despesas com equipamentos, gastos com energia e uso de
internet.
Prestador de Serviços PJ (Pessoa Jurídica)
Conforme estabelecido na Lei n° 13.467, art. 4°-A, pode ser feita a prestação de serviços por
terceirizados Pessoa Jurídica (PJ), incluindo atividades principais. O prestador de serviços,
denominado, comumente, como PJ, é o trabalhador que não tem vínculo empregatício, assim, a
relação jurídica com o contratante não é a de empregado conforme as regras da CLT.
Figura 1.2 - Trabalho remoto
Fonte: Tina Witherspoon / Unsplash.
#PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotogra�a colorida de uma uma mulher, de costas, sentada,
trabalhando em casa, em uma pequena mesa, sobre a qual há um computador e uma xícara de café. A
mulher está de frente para uma parede branca e uma janela. Na janela, há um quadro, no qual está escrito
“Fique em casa. Fique seguro em 2020”.
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Nesse sentido, a contratação desse prestador de serviços deve ser feita por meio de um contrato.
Os benefícios podem ser negociados, caso haja interesse das duas partes. Ademais, esse prestador
de serviços não pode ter habitualidade ou subordinação, as quais são características do vínculo
celetista.
Para aprofundar um pouco mais seus conhecimentos sobre prestador de serviços PJ, a seguir,
caro(a) aluno(a), há um infográ�co que apresenta importantes considerações sobre essa temática.
#PraCegoVer : o infográ�co apresenta o título “Prestador de serviços PJ (Pessoa Jurídica)” e forma de
pop-up, com imagem de fundo com três botões para interagir e realizar a leitura do conteúdo de cada
botão. A imagem é de ícones de con�guração na cor amarela, com algumas folhagens e um avião de
papel contornando a imagem. Em meio a essas ilustrações, estão duas pessoas, um homem e uma
mulher, usando seus respectivos notebooks. Em torno deles, estão quatro pessoas minúsculas: uma está
utilizando uma escada para pintar um dos ícones de con�guração; uma está lendo um livro; uma está
analisando um painel com seu tablet e a outra está utilizando um telescópio. Ao clicar nos três botões
sobre a imagem, eles nos dão os respectivos conteúdos: no 1º botão, há o texto “De�nição de PJ: A
caracterização dessa modalidade se dá pela atuação do contratado como uma empresa, portanto, o
pro�ssional precisa constituir uma empresa registrada, com CNPJ ativo, para emitir notas �scais pelos
serviços prestados” e a imagem, em vetor, de um notebook aberto com ícone de con�guração e uma
mulher na tela, de forma que a cabeça da mulher sai da tela do notebook, simbolizando a saída do modo
virtual. A mulher está utilizando fone de ouvido com microfone e há um balão saindo do seu lado
esquerdo, com reticências, e, no lado direito, há um balão com uma chave inglesa desenhada. No 2º botão,
há o texto “Contribuições e impostos: Quem contribui com o INSS, e paga todos os impostos devidos, é
chamado de prestador de serviço contratado. Os lançamentos de informes tributários são também de
responsabilidade do prestador de serviço. E não se esqueça da declaração de Imposto de Renda da
empresa, além da declaração como pessoa física. Diferentemente do trabalhador celetista contratado, o
PJ não tem os mesmos direitos. Sendo assim, o recolhimento para o INSS, a título de aposentadoria, deve
ser feito pelo contratado” e a imagem, em vetor, de um homem sentado em uma poltrona azul, mexendo
no que parece ser uma calculadora. Ao lado dele, há uma mesa lateral, com um calendário em cima dela.
Atrás do homem, há uma calculadora em tamanho grande, quase do tamanho do homem, e uma folha
com a escrita TAX, que, em português, signi�ca IMPOSTO. No 3º botão, há o texto “Direitos diferentes de
Prestador de serviços PJ
(Pessoa Jurídica)
De�nição de PJ
Contribuições e impostos
Direitos diferentes do CLT
Fonte: @katemangostar/freepik.com
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CLT: Não há direito a férias remuneradas e recebimento de 13º salário. Também não há o recebimento, ao
término dos serviços prestados, de aviso-prévio remunerado (ou usufruído) e recolhimento de FGTS. Vale-
transporte, alimentação, refeição e planos de saúde não entram na conta de benefícios do PJ. A vantagem
é que existe uma maior �exibilidade com relação ao trabalho” e a imagem, em vetor, de uma mulher
vestindo saia preta, camisa branca e óculos de grau. Ela está com expressão séria, com a mão levantada e
palma aberta, simbolizando uma negativa. Ao fundo, que é em tom amarelo, está a escrita grande NO, que,
em português, signi�ca NÃO.
A partir do que foi apresentado no infográ�co, é possível estudar ainda mais as formas de
contratação de um pro�ssional liberal. Vamos lá?
Trabalho intermitente
Como um pro�ssional liberal pode ser contratado por trabalho intermitente? Segundo a Lei n°
13.467, em seus arts. 443 e 444, no contrato de trabalho intermitente, os trabalhadores recebem por
jornada ou hora de serviço. Essas jornadas ou horas trabalhadas resultam no direito a férias, FGTS,
INSS e 13º, calculados proporcionalmente. Essa caracterização foi de�nida em lei para as
convocações da contratante, em caso de necessidade de horas adicionais ao período normal do
empregado.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
REFLITA
Atualmente, o processo denominado pejotização tem sido
aplicado por empresas que precisam sanear os custos
relacionados à folha de pagamento de funcionários registrados
conforme a CLT. Esse processo é vantajoso para o funcionário? É
possível transformar essa migração em uma boa estratégia para
os dois lados?
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O teletrabalho, mais conhecido como home o�ce, é a “prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo
[…]”.
BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017 . Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Brasília, DF: Presidência da República, 2017.
Em relação ao texto, assinale a alternativa correta.
a) O teletrabalho descaracteriza o regime de CLT, portanto, os direitos são diferentes.
b) O home o�ce é a alternativa viável para a maioria das atividades, em tempos de
pandemia da covid-19.
c) O trabalho remoto não exige planejamento e reuniões periódicas, �cando o funcionário
mais liberado.
d) É correta a interrupção dos benefícios de auxílio-transporte e auxílio-refeição dos
funcionários no teletrabalho.
e) As férias do teletrabalho devem ser usufruídas em dois períodos, no máximo, como
ocorre no trabalho presencial.
Quanto às atribuições da pro�ssão de arquiteto e urbanista, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), na resolução nº 21, detalha as atividades possíveis.
Atuação do Arquiteto e
Urbanista
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Nesse contexto, é possível fazer um questionamento: se houvesse um canal de comunicação com o
seu conselho, como você poderia opinar e contribuir para uma melhoria na atuação do conselho e
uma aproximação dos contribuintes (os pro�ssionais)?
Projeto
O segmento de projeto é um dos destaques das oportunidades de trabalho para os arquitetos. A
formação acadêmica é bastante abrangente, e os pro�ssionais podem escolher segmentos de
atuação e podem se especializarposteriormente.
Muitos segmentos que constam nas atribuições do CAU também são atribuições de outros
pro�ssionais liberais. Essa diversidade é muito importante para que parcerias com pro�ssionais não
arquitetos sejam bem-sucedidas. Nesse caso, caro(a) estudante, qual é a importância da parceria
de arquitetos com as diversas modalidades de engenharia? Apesar de as atribuições dos arquitetos
serem muito abrangentes, é interessante executar o projeto de uma edi�cação somente com
arquitetos? Para responder a esses questionamentos, re�ita acerca das informações expostas a
seguir.
As atividades de projetos, segundo a resolução nº 21 do CAU, contemplam:
arquitetura das edi�cações com atividades de levantamento arquitetônico, projeto
arquitetônico, projeto arquitetônico de reforma, projeto de edifício efêmero ou instalações
efêmeras, projeto de monumento, projeto de adequação de acessibilidade e built (como
construído);
as atividades estão divididas em sete grupos principais: projeto; execução; gestão; meio
ambiente e planejamento regional e urbano; atividades especiais; ensino e pesquisa;
engenharia de segurança do trabalho;
conforto ambiental, que inclui projeto de adequação ergonômica, projeto de luminotécnica,
projeto de condicionamento acústico, projeto de sonorização, projeto de ventilação, exaustão
e climatização e projeto de certi�cação ambiental. Nesse item, em geral, existem muitas
parcerias com pro�ssionais de engenharia, especializados no segmento especí�co
mencionado, como é o caso do engenheiro eletricista, parceiro no desenvolvimento de
projeto de luminotécnica, e do engenheiro acústico, especializado no projeto de
Fonte: boygointer / Freepik.
Conselhos Pro�ssionais
Você, às vezes, pode se perguntar por que são cobradas taxas
sobre cada serviço executado de arquitetura e engenharia. É
verdade que o desempenho dos conselhos vem sendo
contestado pelos pro�ssionais de diversas carreiras. Ademais, é
importante salientar que é obrigação do CAU “zelar pela �el
observância dos princípios de ética e disciplina da classe em
todo o território nacional, bem como pugnar pelo
aperfeiçoamento do exercício  da arquitetura e urbanismo”
(BRASIL, 2010, on-line ).
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condicionamento acústico e sonorização. O projeto de ventilação, exaustão e climatização
está relacionado à engenharia mecânica, quando envolve equipamentos de ar-condicionado
e exaustão. Por sua vez, o projeto de certi�cação ambiental, embora executado por muitos
pro�ssionais, é foco da engenharia ambiental, carreira relativamente nova, mas que abrange
o nicho ambiental no mercado. É possível conhecer um pouco mais sobre um projeto de
conforto ambiental no estudo preliminar da Figura 1.4:
arquitetura de interiores: contempla o projeto de arquitetura de interiores, o projeto de
reforma de interiores e o projeto de mobiliário, conforme ilustra a Figura 1.5:
Figura 1.3 - Estudo preliminar de conforto ambiental
Fonte: O que... (2021, on-line).
#PraCegoVer : a imagem apresenta um desenho em perspectiva, com todos os princípios do projeto de
conforto ambiental, indicados por legendas e setas no sentido previsto de ventilação do imóvel.
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Figura 1.4 - Projeto de interiores
Fonte: Mel Elías / Unsplash.
#PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotogra�a colorida de um ambiente decorado. Trata-se de um
banheiro, com bancada de pias de concreto, paredes de madeira e vasos pendurados. Há uma placa
sinalizando que se trata de um banheiro feminino.
instalações e equipamentos referentes à arquitetura: contempla projetos de instalações
hidrossanitárias prediais, águas pluviais, gás canalizado, gases medicinais, prevenção e
combate a incêndios, proteção contra incêndios e catástrofes, instalações elétricas de baixa
tensão, instalações telefônicas prediais, instalações prediais de TV,  comunicação visual para
edi�cações e de cabeamento estruturado, automação e lógica em edifícios;
arquitetura paisagística: levantamento paisagístico, prospecção e inventário, projeto de
arquitetura paisagística, projeto de recuperação paisagística e plano de manejo e
conservação paisagística. Os projetos paisagísticos de acesso público, como praças e
parques, são preciosidades para a população (Figura 1.6). O alvo é o projeto de áreas
externas no setor público. A parceria com os engenheiros agrônomo e �orestal é praticada
largamente, em especial, com manejos, plantios de espécies arbóreas e planos de
conservação;
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relatórios técnicos de arquitetura: contempla memorial descritivo, caderno de especi�cações
ou de encargos, orçamento, cronograma, estudo de viabilidade econômico-�nanceira e
avaliação pós-ocupação. Esses segmentos são complementares aos projetos;
urbanismo e desenho urbano: levantamento cadastral, inventário urbano, projeto urbanístico,
projeto de parcelamento do solo mediante loteamento, projeto de parcelamento do solo
mediante desmembramento ou remembramento, projeto de regularização fundiária, projeto
de sistema viário e acessibilidade, projeto especializado de tráfego e trânsito de veículos e
sistemas de estacionamento e projeto de mobiliário urbano.
O urbanismo é considerado por muitos arquitetos um trabalho grati�cante pro�ssionalmente,
porque enseja o estudo e a integração dos campos sociais, culturais, ambientais, dentre outros, para
a melhoria da cidade para seus usuários. Esse trabalho depende, no entanto, de políticas públicas.
Assim, como fazer os governantes estimularem essa área?
No que se refere ao urbanismo, é possível citar itens importantes, como:
instalações e equipamentos referentes ao urbanismo, relacionados aos projetos
urbanísticos;
relatórios técnicos urbanísticos relacionados aos projetos urbanísticos;
patrimônio arquitetônico, urbanístico e paisagístico, com um desmembramento considerável,
em especial, quanto ao subitem de preservação de sítios histórico-culturais. É importante
Figura 1.5 - Paisagismo
Fonte: Kosuke Noma/Unsplash.
#PraCegoVer : a imagem apresenta um ambiente externo, com muita vegetação, �ores e um caminho
onde pessoas estão passeando.
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salientar que preservar o patrimônio é manter viva a história da sociedade.
No que se refere à representação de projetos, segundo Montenegro (2017), o caminho atual é
híbrido, pois são utilizados tanto o lápis como as ferramentas tecnológicas nas etapas de
concepção dos projetos, como o CAD (Computer Aided Design) e os programas compatíveis com a
plataforma BIM.
Execução
Em relação à execução dos projetos, muitos arquitetos e engenheiros que participam dos projetos
apresentam propostas para a execução da obra. Caso haja interesse da empresa, pode ser dado
prosseguimento e o trabalho tem sequência.
Gestão
A gestão contempla os segmentos de coordenação, supervisão, direção, gerenciamento e
acompanhamento ou �scalização de obras ou serviços técnicos. Os contratos de supervisão ou
�scalização são feitos, principalmente, para que os projetos sejam respeitados.
Meio Ambiente e Planejamento Regional e Urbano
Um projeto inclui a execução e a interpretação de georreferenciamento e topogra�a, os
planejamentos regionais e urbanos (geralmente, contratados pelo poder público) e os trabalhos
relacionados ao meio ambiente.
Atividades Especiais em Arquitetura e Urbanismo
As atividades especiais em arquitetura e urbanismo são trabalhos que podem estar relacionados a
quaisquer atividades mencionadas nos outros segmentos, como assessoria, consultoria, vistoria,
perícia e laudo técnico. Essas atividades são, portanto,um coringa que pode ser usado em
trabalhos diversi�cados ou especializados.
Ensino e Pesquisa
O segmento de docência e pesquisa segue regras de titulação das instituições de ensino superior
para a de�nição dos pré-requisitos de contratação, como especialização, mestrado, doutorado, MBA
(Master in Business Administration – Mestre em Negócios e Administração) e experiência
pro�ssional.
Engenharia de Segurança do Trabalho
Para compreender o papel da engenharia de segurança do trabalho, caro(a) aluno(a), é importante
considerar o art. 1° da Lei n° 7.410, de 27 de novembro de 1985:
[…] o exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho será permitido
exclusivamente ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certi�cado de conclusão de
curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, a ser ministrado no
País, em nível de pós-graduação; ao portador de certi�cado de curso de especialização
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em Engenharia de Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério
do Trabalho; ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurança do Trabalho, expedido
pelo Ministério do Trabalho, até a data �xada na regulamentação desta Lei (BRASIL,
1985, on-line).
O CAU de�ne muitas atribuições possíveis aos arquitetos, mas você, estudante, deve escolher o
caminho que mais se aproxima de suas ambições pro�ssionais e, é claro, deve considerar as
oportunidades de carreira.
Em relação aos tipos de obras, este material focaliza as obras civis, que incluem residências,
edifícios, pontes, barragens, fundações, estradas, aeroportos, dentre outras. O termo “civil” pode ser
considerado a primeira classi�cação de uma construção, visto que havia a divisão entre construção
civil e militar. A formação do engenheiro era separada entre engenharia civil e militar. No Brasil, essa
formação começou paralelamente à do arquiteto, no século 19.
Ademais, os tipos de obras podem ser classi�cados de várias formas; quando se trata do objeto do
contrato, podem ser: residencial, comercial, industrial, hospitalar, de infraestrutura e de saneamento
e hidráulicos. Quanto aos tipos de intervenção, há: construção, manutenção, reforma, reforço,
recuperação, modernização, demolição, restauração, dentre outros.
Contratação de Obras
Na contratação de obras, o contratado e o contratante devem de�nir qual é a forma mais adequada.
As opções são: contrato por preço global, contrato por administração, contrato por preço máximo
garantido, contrato por preço unitário e contrato de terceirização.
Contrato de Preço Global
Para o contratante, o contrato de preço global é o mais prático e com menos riscos. Nesse caso, as
partes acertam um valor predeterminado, e a construtora deve entregar o objeto contratado
completo, no prazo combinado. Esse tipo de contrato é utilizado quando há projetos executivos, de
forma que a construtora tenha condições de fazer um orçamento criterioso. O memorial descritivo
da obra deve ser detalhado, para que não haja dúvidas de ambos os lados.
Tipos de Obras
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Contrato de Construção por Administração
No contrato de construção por administração, normalmente, não se tem um projeto executivo e o
escopo com memoriais descritivos ainda pode ser alterado durante a execução. Em outras palavras,
nesse caso, a construtora pode ser contratada com recebimento percentual sobre os custos de
material e mão de obra efetivamente despendidos na obra. Essa porcentagem varia, dependendo do
tamanho ou do tipo de obra.
Para que não haja a falta de recebimentos na obra, por indecisão ou por falta dos materiais
adquiridos pelo contratante, geralmente, é de�nido um pagamento �xo mínimo e, com o desenrolar
da obra, são acrescentados os valores percentuais.
Contrato por Preço Máximo Garantido (PMG)
O contrato por Preço Máximo Garantido (PMG) é uma modalidade mista do sistema preço global e
por administração, na qual se busca obter as vantagens do contrato por preço global, sem oneração
por maior carga de tributos. Nesse caso, a construtora faz um orçamento aberto e de�ne sua
porcentagem de remuneração. Existem duas condições em relação ao custo �nal do serviço: se o
custo for inferior ao esperado, construtora e contratante dividem o lucro da diferença; se o custo da
obra for maior, a construtora assume o prejuízo do negócio.
Empreitada por Preço Unitário
A empreitada por preço unitário é um tipo de contrato usual em obras de reformas, manutenção e
infraestrutura. Em geral, há poucos serviços e grandes quantidades. Assim, o preço �nal da
construção é mais previsível e é a soma do preço dos serviços realizados multiplicado pela
quantidade. Nesse caso, é muito importante que �quem claros, para o contratante e o contratado,
os critérios de medição.
Terceirização (contrato civil)
No que se refere à terceirização (contrato civil), a nova legislação permite que todas as atividades,
em todos os setores econômicos, sejam terceirizadas. A empresa terceirizada pode ser contratada
para executar grande variedade de atividades da construtora. Nesse contexto, o trabalhador executa
serviços para a contratante (construtora), mas é remunerado pela empreiteira . Assim, a empresa
deve ter capital social compatível com o número de empregados, para que os direitos trabalhistas
sejam assegurados. Ademais, podem haver as subcontratações de outras empresas pela
empreiteira, denominadas quarteirizadas.
Processos entre Projeto X Obra
Passada a fase de entrega dos projetos de�nitivos ou aptos a serem executados, iniciam-se, de
imediato, as trocas de informações, para sanar as dúvidas e esclarecer os dados que estão
faltando. Desse modo, uma série de revisões é liberada, para que haja excelência executiva. Em
paralelo, surgem novas necessidades, em função de di�culdades na obra ou de erros detectados, o
que exige alterações no projeto. Os pedidos dessas alterações devem ser encaminhadas
formalmente, para que não se percam ou afetem o prazo da obra.
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Fonte: Freepik. Fonte: Seventyfour / Freepik. Fonte: Freepik.
O replanejamento ocorre com muita frequência, pois uma obra é um processo dinâmico, no qual
intercorrências surgem e devem ser solucionadas. Como exemplo, podemos citar a pandemia de
covid-19, que interrompeu muitas obras e ocasionou atrasos, devido à falta de materiais e mão de
obra.
Processos entre
projeto x obra:
exemplo
Em uma obra, podem haver
ocorrências que forçam as
chamadas “adequações”. Por
exemplo, caso uma viga tenha sido
executada com um deslocamento
em relação à planta de estruturas
original, essa demanda deve ser
encaminhada ao engenheiro
estrutural, que de�nirá a
necessidade ou não de reforço.
O diálogo e a
busca pela
solução
Como essa viga �cou em posição
diversa, devem ser revistos os
projetos de arquitetura e instalações
que possam ter sido afetados ou
que serão alterados em função de
um reforço estrutural. Um erro,
aparentemente pequeno, torna-se
grande, em função de revisões e
responsabilidades relacionadas aos
projetos e às obras.
Replanejar
prazos e custos
O planejamento da obra deve ser
atualizado, para evidenciar as
mudanças. É importante ressaltar
que todo o processo de alteração
gera custos, seja para os projetistas,
devido às horas trabalhadas, seja os
custos diretos na obra.
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Material
Complementar
L I V R O
Inovação: artigos e casos de sucesso
Editora : SEBRAE.
Autor : Dorival Paula Trindade (org.).
ISBN : T832i.
Comentário : Esse livro reúne vários textos interessantes, com experiências
pessoais. O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Microe Pequenas
Empresas) sempre está de olho nas iniciativas inovadoras. Nesse livro, além
de outros textos importantes, recomendamos a leitura do texto “De
Microempreendedor Individual (MEI) a Empresa de Pequeno Porte (EPP): os
desa�os do crescimento empresarial”, de Mauro Mansano dos Santos.
ACESSAR
W E B
Arquitetura e design de interiores: esclarecimentos
sobre a Resolução Cau/Br nº 51
Ano : 2018.
Comentário : No vídeo, Luciano Guimarães, presidente do CAU em 2018,
explica algumas questões, para esvaziar as discussões que provocam
con�itos entre as carreiras de arquitetos e designers.
ACESSAR
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https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/50cce612e7df55c0290dfc60b0fd7139/$File/9897.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=jnmZGzpiH1I&list=PLRvsyS2pIRty72ex9hSCGIzBGM4IP96NO
L I V R O
Empreendedorismo: business model generation
Editora : Alta Books.
Autores : Yvez Pigneur e Alexander Osterwalder.
ISBN : 978-8576085508.
Comentário: Abrir uma empresa está relacionado à vontade que uma pessoa
tem de criar o seu modelo de trabalho, de ter a liberdade de horários e
decisões. No caso dos arquitetos, não adianta só saber arquitetura, pois o
pro�ssional deve aprender a fazer o seu plano de negócios. Nesse contexto,
o livro ensina o business model canvas , uma metodologia moderna
relacionada a esse assunto.
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Conclusão
Caro(a) aluno(a), neste material, �zemos uma longa trajetória pelas legislações, apresentando os
principais tipos de atividades econômicas empresariais e não empresariais ligados à prática pro�ssional
do arquiteto e urbanista. As atribuições relacionadas às formas como os arquitetos podem atuar no Brasil
também provêm da lei que criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e regulamentou o exercício
da pro�ssão.
Ademais, é importante salientar que a pejotização, aplicada, largamente, no mercado de trabalho, as
opções de pessoa jurídica e a forma de tributação estão regulamentadas por leis e decretos. Após ler este
material, estudante, você já pode pensar em como se posicionar administrativa e juridicamente falando,
para trabalhar na área com a qual você mais se identi�ca.
Um abraço!
Referências
ARQUITETURA e design de interiores – esclarecimentos sobre a
Resolução CAU/BR nº 51. [ S. l.: s. n. ], 2018. 1 vídeo (1 min 25 s).
Publicado pelo canal CAU/BR. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=cI02KpYChmc&list=PLRvsyS2pIRty72ex9hSCGIzBGM4IP96NO&index=3
. Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 . Institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Brasília, DF: Presidência da República, [2006]. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm . Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008 . Altera a Lei Complementar n° 123/2006.
Brasília, DF: Presidência da República, [2008]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm . Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985 . Dispõe sobre a especialização de engenheiros e
arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho. Brasília, DF: Presidência da República, [1985].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7410.htm . Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 . Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência da
República, [2002]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm .
Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010 . Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo;
cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR. Brasília, DF: Presidência da República,
[2010]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12378.htm . Acesso
em: 14 maio 2021.
26/10/2024, 11:14 E-book
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https://www.youtube.com/watch?v=cI02KpYChmc&list=PLRvsyS2pIRty72ex9hSCGIzBGM4IP96NO&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=cI02KpYChmc&list=PLRvsyS2pIRty72ex9hSCGIzBGM4IP96NO&index=3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7410.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12378.htm
BRASIL. Lei nº 12.441, de 11 de julho de 2011 . Altera a Lei nº 10.406 para permitir a constituição de
empresa individual de responsabilidade limitada. Brasília, DF: Presidência da República, [2011]. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12441.htm . Acesso em: 14 maio 2021.
BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017 . Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Brasília,
DF: Presidência da República, [2017]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13467.htm . Acesso em: 14 maio 2021.
CAU/BR – CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Resolução CAU/BR n° 21 :
atribuições pro�ssionais dos Arquitetos e Urbanistas. Brasília: CAU/BR, 2015. Disponível em:
https://www.caubr.gov.br/conheca-os-sete-grupos-de-atividades-dos-arquitetos-e-urbanistas/ . Acesso em:
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FAZZIO, J. W. Manual de direito comercial . São Paulo: Atlas, 2020. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597024890 . Acesso em: 15 abr. 2021.
MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico . 5. ed. São Paulo: Blucher, 2017. (Biblioteca ).
NIARADI, G. Direito Empresarial . São Paulo: Pearson, 2020.
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26/10/2024, 11:14 E-book
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