Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU ENGENHARIA QUÍMICA SCHULZ, Luciane. Unidade 1 - Webaula 6 – Dimensões territorial, cultural e psicológica. Blumenau, FURB. Giovana Beatriz Schweder A autora, Luciane, nos oferece uma visão abrangente dos impactos da urbanização, tanto no aspecto territorial quanto nas esferas sociais, culturais e psicológicas, destacando os desafios que surgem no contexto de um crescimento urbano acelerado e, muitas vezes, desorganizado. A relação entre o planejamento urbano e a qualidade de vida é um tema recorrente, mostrando que a forma como organizamos nossos espaços tem consequências profundas para o bem-estar das pessoas e a sustentabilidade das cidades. Primeiramente, Schulz enfatiza a importância da dimensão territorial para a construção de sociedades sustentáveis. Ele argumenta que a expansão desordenada das cidades compromete a qualidade de vida dos habitantes, especialmente quando o crescimento urbano supera os limites de planejamento adequado, resultando em redução dos espaços livres. Um exemplo é a cidade de São Paulo, que apresenta um déficit significativo de áreas verdes por habitante em comparação à recomendação da ONU, o tópico mostra como a falta de espaços naturais impacta diretamente a vida urbana e reforça a necessidade de um planejamento territorial que considere o bem-estar humano e ambiental. No entanto, Luciane poderia ter se aprofundado mais em soluções práticas para o problema, como iniciativas de urbanismo sustentável ou políticas públicas que visam reverter essa situação. A autora também explora a trajetória dos povos indígenas e sua relação com o território, ressaltando como as práticas e modos de vida tradicionais possuem uma ligação com a sustentabilidade. Ele destaca que os povos indígenas, como os xoclengues de Santa Catarina, enfrentaram a colonização e a perda de seus territórios com resistência, utilizando seus conhecimentos sobre a natureza para sobreviver e proteger suas culturas. A reflexão trazida por Espinheira (2007) sobre a forma como os indígenas percebem os elementos ( 1 ) naturais como complementares ao seu modo de vida reforça a ideia de que o desenvolvimento sustentável passa por um respeito mais profundo à sabedoria ancestral, que vê o ser humano como parte de um todo. Luciane também discute os efeitos da urbanização sobre a dimensão psicológica dos habitantes das cidades, evidenciando que o distanciamento da natureza e a falta de espaços públicos de qualidade têm um custo alto para a saúde mental e o desenvolvimento psicológico das pessoas. A perda das ruas como espaços de socialização, substituídas por ambientes fechados e muitas vezes artificiais, cria uma dinâmica de isolamento que é reforçada pela insegurança e pela falta de áreas de convivência. Ao mesmo tempo, a crescente "intoxicação digital" revela o impacto do estilo de vida urbano na desconexão com o mundo real e no aumento de problemas como sedentarismo e obesidade. Porém, a autora neste trecho esquece dos fatores psicológicos e sociais que podem fazer uma pessoa estar “intoxicada digitalmente”, e que, por muitas vezes, a pessoa pode estar querendo justamente buscar uma fuga da realidade. A aula de Luciane nos faz refletir sobre a interdependência entre os espaços físicos, a cultura e o bem-estar humano. Eles mostram que a urbanização, quando não é acompanhada de um planejamento compatível das necessidades sociais e ambientais, acaba intensificando as desigualdades, reduzindo a qualidade de vida e enfraquecendo laços culturais que poderiam contribuir para uma convivência mais sustentável. A diferença entre os que têm acesso a espaços de qualidade e aqueles que vivem em ambientes precários evidencia um abismo social que precisa ser superado para que possamos construir cidades mais justas e equilibradas. image1.jpeg