As migrações, fenômeno tão antigo quanto a própria humanidade, assumem hoje papel central no entendimento das dinâmicas sociais, econômicas e culturais do mundo contemporâneo. O deslocamento de indivíduos e grupos, motivado por fatores tão diversos quanto catástrofes naturais, conflitos políticos, sonhos de melhores condições de vida ou a busca por liberdade, revela não apenas as vulnerabilidades de populações inteiras, mas também a capacidade de resiliência e reinvenção diante de adversidades. Não se pode analisar o presente sem considerar como os fluxos migratórios, intensificados pela globalização, desafiam fronteiras, questionam políticas públicas e impõem novas formas de convivência intercultural. O estudo das migrações transcende estatísticas e mapas: ele mergulha no cotidiano de quem parte, de quem chega, e de quem permanece, expondo o quanto a mobilidade humana é, em essência, uma manifestação do desejo universal de dignidade e pertencimento