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Agentes Químicos_ Aerodispersoides e Equipamentos de Proteção Respiratória

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<p>DESCRIÇÃO</p><p>As caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides, as Fichas de Informações de Produtos</p><p>Químicos (FISPQ), as fontes dos aerodispersoides, as poeiras, os fumos, as fibras, as névoas e as</p><p>neblinas, os efeitos biológicos e as medidas de controle pertinentes.</p><p>PROPÓSITO</p><p>O estudo sobre aerodispersoides no dia a dia laboral, é de grande importância de forma que se possa</p><p>determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva concentração, bem como estabelecer</p><p>recomendações de controle de risco, já que os processos industriais, de máquinas e de equipamentos</p><p>podem produzir quantidades de aerodispersoides potencialmente nocivas ao trabalhador.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a</p><p>calculadora de seu smartphone/computador para a realização das tarefas.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides</p><p>MÓDULO 2</p><p>Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos</p><p>Químicos (FISPQ)</p><p>MÓDULO 3</p><p>Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides</p><p>MÓDULO 4</p><p>Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às montagens</p><p>para os aerodispersoides</p><p>O QUE SÃO AGENTES QUÍMICOS?</p><p>AVISO: orientações sobre unidades de medida.</p><p>Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de</p><p>tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a</p><p>unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o</p><p>padrão internacional de separação dos números e das unidades.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Você sabe o que são agentes químicos? Conhece as suas tipologias? Conseguiria identificar uma</p><p>aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição</p><p>ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma</p><p>situação prática, vamos analisar o case da empresa Automecânica do Chicó:</p><p>A Automecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de</p><p>manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em</p><p>alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas</p><p>fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos</p><p>agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém inicialmente, serão</p><p>avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura</p><p>são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,</p><p>lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.</p><p>Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,</p><p>solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são</p><p>empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os</p><p>equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor</p><p>auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,</p><p>botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de</p><p>proteção respiratória pertinentes.</p><p>Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, segundo os requisitos da NR</p><p>9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não</p><p>foram detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional</p><p>correspondente, emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de</p><p>insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó.</p><p>Para chegar a esse resultado, foram consideradas as informações presentes no Relatório em questão,</p><p>sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções</p><p>eficazes, de caráter individual e coletiva, observadas.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>3. VOCÊ JÁ SABE QUE NO SETOR DE CHAPEAMENTO E</p><p>PINTURA DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO FOI</p><p>OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA</p><p>AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13,</p><p>ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS</p><p>SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES.</p><p>QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS DE ANÁLISES A SEREM</p><p>PROCEDIDAS PELOS ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO</p><p>TRABALHO EM FUNÇÃO DA ALOCAÇÃO DOS AGENTES EM</p><p>CADA UM DESSES ANEXOS?</p><p>RESPOSTA</p><p>Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – são as seguintes as condições para a</p><p>caracterização da insalubridade:</p><p>Acima dos limites de exposição do Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais).</p><p>Atividades e operações envolvendo agentes químicos consideradas insalubres em decorrência de</p><p>inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa, excluídos desta relação as</p><p>atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12).</p><p>O QUE SIGNIFICA AERODISPERSOIDE?</p><p>javascript:void(0)</p><p>CONCEITOS INICIAIS</p><p>AERODISPERSOIDES SÃO AGENTES QUÍMICOS</p><p>CONSIDERADOS DE RISCO, POIS AS SUBSTÂNCIAS,</p><p>COMPOSTOS OU PRODUTOS AERODISPERSOS PODEM</p><p>PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA, NAS</p><p>FORMAS DE POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINAS,</p><p>GASES OU VAPORES, OU QUE, PELA NATUREZA DA</p><p>ATIVIDADE DE EXPOSIÇÃO, POSSAM TER CONTATO OU</p><p>SER ABSORVIDOS PELO ORGANISMO ATRAVÉS DA PELE</p><p>OU POR INGESTÃO.</p><p>Cabe aqui ressaltar que a grande maioria das intoxicações originadas nas atividades laborais resulta da</p><p>aspiração de substâncias dispersas no ar. Tais substâncias podem ser retidas no sistema respiratório</p><p>superior, nos pulmões, ou ainda passar para a corrente sanguínea, atingindo outras áreas do organismo.</p><p>Adicionalmente, as normas brasileiras recomendam um teor mínimo de 18% de oxigênio em volume</p><p>para garantir um ar para a respiração que seja isento de substâncias agressivas.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Para Peixoto e Ferreira (2012), são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos, sendo</p><p>alguns deles padronizados e usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Devido à</p><p>quantidade de substâncias existentes nas indústrias que podem apresentar algum efeito tóxico, os</p><p>procedimentos e critérios para análise e avaliação dos agentes químicos podem variar de acordo com a</p><p>sua classificação, funções orgânicas ou inorgânicas e, até mesmo, métodos diferenciados para produtos</p><p>específicos.</p><p>Ainda segundo os autores, isso resulta em uma dificuldade maior para o reconhecimento dos produtos,</p><p>na medida em que cada um tem suas próprias características químicas, como solubilidade (na água ou</p><p>ar), pH (indicação de acidez), concentração, propriedades de alerta (com ou sem odor, por exemplo),</p><p>estado físico, volatilidade, reatividade e níveis de toxicidade.</p><p>Os níveis de toxicidade apresentam diferenças de acordo com os diversos órgãos do organismo,</p><p>variando de acordo com via de penetração (respiratória, pele ou ingestão) e o tempo de exposição a que</p><p>o trabalhador está submetido ao agente. Adicionalmente, os autores alertam para o fato de que a</p><p>avaliação de um agente químico pode ser prejudicada pelas condições do clima (um dia de chuva ou</p><p>dias frios).</p><p>Em uma primeira análise, os agentes químicos são classificados de acordo com o estado físico,</p><p>resultando em duas famílias:</p><p>AERODISPERSOIDES</p><p></p><p>GASES E VAPORES</p><p>É importante destacar que gases e evapores pertencem a um mesmo agrupamento, no entanto existem</p><p>diferenças entre seus conceitos.</p><p>Deve-se ter claro o entendimento da diferença entre os conceitos de</p><p>gases e vapores, a fim de facilitar o reconhecimento e a avaliação de suas concentrações em um</p><p>espaço laboral. Assim temos que:</p><p>GASES</p><p>Substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão em estado gasoso.</p><p>VAPORES</p><p>Fase gasosa de substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, é líquida ou sólida</p><p>(vapores de água e vapores de gasolina).</p><p>AERODISPERSOIDES</p><p>SEGUNDO A NHO – 3 (2001) – AERODISPERSOIDE É A</p><p>REUNIÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E/OU LÍQUIDAS</p><p>SUSPENSAS EM UM MEIO GASOSO POR TEMPO</p><p>SUFICIENTE PARA PERMITIR SUA OBSERVAÇÃO OU</p><p>MEDIÇÃO. ESTÃO INCLUÍDAS NESSA CATEGORIA AS</p><p>PARTÍCULAS MENORES QUE 100ΜM.</p><p>Os aerodispersoides podem ser classificados em:</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>POEIRAS</p><p></p><p>FIBRAS</p><p></p><p>FUMOS</p><p></p><p>NÉVOAS E NEBLINAS</p><p>A seguir, conheça melhor cada um deles:</p><p>POEIRAS</p><p>Formadas por partículas sólidas, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um</p><p>material original sólido, suspensa ou capaz de se manter suspensa no ar. Essas partículas geralmente</p><p>possuem formas irregulares e são maiores que 0,5μm.</p><p>FIBRAS</p><p>Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque apresentam</p><p>forma alongada. As fibras podem ser de origem animal, vegetal e mineral.</p><p>Cabe nesse ponto destacar que segundo a NHO – 4 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em</p><p>Locais de Trabalho Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase, entende-se por fibra respirável</p><p>aquela com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros e relação entre</p><p>comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1.</p><p>São exemplos de fibras de origem animal:</p><p>Lã</p><p>Seda</p><p>Pelo de cabra</p><p>Pelo de camelo</p><p>São exemplos de fibras de origem vegetal:</p><p>Algodão</p><p>Linho</p><p>Coco</p><p>São exemplos de fibras de origem mineral:</p><p>Asbesto</p><p>Vidro</p><p>Cerâmica</p><p>As fibras podem ainda ser classificadas como:</p><p>Naturais – orgânicas (algodão, linho, cânhamo, sisal, seda, lã) ou inorgânicas (amianto).</p><p>Artificiais – fibras de vidro, poliamida, poliéster, polipropileno etc.</p><p>A fibra mineral de maior importância na Higiene do trabalho é o amianto, também conhecido como</p><p>asbesto.</p><p>FUMOS</p><p>Partículas sólidas, menores que 1μm, resultantes da condensação de vapores ou reação química.</p><p>NÉVOAS E NEBLINAS</p><p>São as partículas líquidas de diâmetro entre 0,1 e 100μm produzidas a partir da ruptura mecânica de</p><p>líquido ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente</p><p>(nebulização, borbulhamento e respingo).</p><p>MATERIAL PARTICULADO</p><p>SÃO AS PARTÍCULAS SÓLIDAS, PRODUZIDAS POR</p><p>RUPTURA DE UM MATERIAL ORIGINALMENTE SÓLIDO,</p><p>SUSPENSAS OU CAPAZES DE SE MANTEREM SUSPENSAS</p><p>NO AR.</p><p>A seguir, veja como essas partículas são classificadas:</p><p>PARTICULADO INALÁVEL</p><p>PARTICULADO TORÁCICO</p><p>PARTICULADO RESPIRÁVEL</p><p>PARTICULADO TOTAL</p><p>PARTICULADO INALÁVEL</p><p>É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico</p><p>menor que 100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a</p><p>inalação. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito</p><p>adverso quando depositadas no trato respiratório como um todo.</p><p>PARTICULADO TORÁCICO</p><p>É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico</p><p>menor que 25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias</p><p>aéreas dos pulmões. É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que</p><p>exercem efeito adverso quando depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.</p><p>PARTICULADO RESPIRÁVEL</p><p>É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico</p><p>menor que 10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca</p><p>de gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local.</p><p>PARTICULADO TOTAL</p><p>É o material particulado suspenso no ar coletado em porta-filtro de poliestireno de 37mm de diâmetro, de</p><p>três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, conhecido como</p><p>cassete. A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica</p><p>para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável.</p><p>PARTÍCULAS NÃO ESPECIFICADAS DE OUTRA</p><p>MANEIRA (PNOS)</p><p>SÃO PARTÍCULAS AS QUAIS NÃO SE CONHECE AO CERTO,</p><p>SE CAUSAM EFEITOS MALÉFICOS À SAÚDE HUMANA,</p><p>MESMO EM CONCENTRAÇÕES EXISTENTES,</p><p>NATURALMENTE, NO AR DOS LOCAIS DE TRABALHO.</p><p>Por conta disso, não existe, ainda, um limite de exposição do trabalhador a tais partículas, estabelecido</p><p>por normas ou legislações. Em geral, as partículas não especificadas apresentam pouca ou completa</p><p>insolubilidade em água ou fluidos aquosos dos pulmões.</p><p> ATENÇÃO</p><p>As partículas não especificadas não podem ser citotóxicas, genotóxicas, nem quimicamente reativa ao</p><p>tecido pulmonar. Essas partículas também não podem emitir radiações ionizantes, não podem causar</p><p>imunossensibilização, ou algum efeito tóxico para o corpo humano.</p><p>EFEITOS SOBRE A SAÚDE</p><p>A seguir, estão listadas as classificações dos agentes químicos a partir dos efeitos sobre a saúde dos</p><p>trabalhadores:</p><p>AERODISPERSOIDES</p><p>Carcinogênicos – causam câncer (amianto).</p><p>Fibrogênicos – produzem nódulos e causam fibroses dos tecidos pulmonares (sílica e amianto).</p><p>Irritantes – causam ulcerações e inflamações no trato respiratório (névoas de ácidos e bases).</p><p>Mutagênicos – causam modificações celulares e alterações genéticas (chumbo, mercúrio).</p><p>Ativadores da febre – podem provocar calafrios e febre (fumos metálicos).</p><p>Sistêmicos – afetam o funcionamento de órgãos e sistemas (manganês e cádmio).</p><p>GASES E VAPORES</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Anestésicos – agem sobre o sistema nervoso central (éteres e cetonas).</p><p>Asfixiantes simples – atuam substituindo o oxigênio do ar (sem ação bioquímica).</p><p>Asfixiantes químicos – têm ação bioquímica na célula, dificultando a agregação do oxigênio com a</p><p>hemoglobina (nitrogênio e monóxido de carbono).</p><p>Carcinogênicos – causam câncer (benzeno).</p><p>Irritantes – causam irritação e ulcerações no trato respiratório (gás sulfídrico).</p><p>Tóxicos – afetam órgãos e sistemas (hidrocarbonetos).</p><p>CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE</p><p>Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, as condições para a caracterização da</p><p>insalubridade são as seguintes:</p><p>Acima dos limites de exposição dos Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais).</p><p>Atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de</p><p>inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa).</p><p>Foram excluídos dessa relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos</p><p>Anexos 11 e 12.</p><p>UNIDADES DE MEDIDA</p><p>A unidade de medida, normalmente empregada para representar a concentração de aerodispersoides,</p><p>assim como os respectivos limites de exposição padronizados, é mg/m³ (miligrama por metro cúbico).</p><p>A concentração, nesse caso, é obtida pela seguinte fórmula:</p><p>Em que:</p><p>– Concentração.</p><p>– Massa da amostra em mg.</p><p>– Volume amostrado em m³.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Cabe ressaltar, por exemplo, que 10 mg/m³ significa que em 1 metro cúbico de ar amostrado existem 10</p><p>miligramas do agente que se quer avaliar.</p><p>A outra unidade de medida é o ppm (partes por milhão). A concentração , nesse caso, é expressa</p><p>em:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Cabe ressaltar, por exemplo, que 5ppm significa que, em 1 milhão de litros de ar amostrado,</p><p>existem 5 litros do agente que se quer avaliar.</p><p>C =  m</p><p>Va</p><p>C</p><p>m</p><p>Va</p><p>(C)</p><p>C = Volume</p><p>Volume</p><p>1ppm = = =1 cm3</p><p>1m3</p><p>1 cm3</p><p>1.000.000 cm3</p><p>1</p><p>1.000.000</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>A Concentração IPVS (imediatamente perigosa para a vida e saúde) ou IDLH (Imediatelly Dangerous for</p><p>Life and Health) significa a exposição respiratória aguda ao agente que pode causar a morte ou</p><p>consequências irreversíveis</p><p>à saúde (instantâneas ou retardadas), ou ainda a exposição dos olhos que</p><p>impeça a fuga do local. Concentração IPVS pode ainda ser entendida como a concentração máxima</p><p>para a exposição, por 30 minutos, que permite ao trabalhador escapar de um ambiente se houver falha</p><p>do protetor respiratório.</p><p>AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS</p><p>Para avaliar de forma adequada a concentração dos agentes químicos, é necessário ter em mãos as</p><p>informações sobre os processos de trabalho executados e as informações caracterizadas sobre os</p><p>agentes químicos presentes no meio ambiente de trabalho, além da probabilidade das reações com o</p><p>corpo humano. É necessário também ter em mãos informações das medidas de:</p><p>controle existentes.</p><p>condições de manuseio de substâncias e operação.</p><p>condições ambientais, dentre algumas outras variáveis envolvidas.</p><p>A partir daqui, vamos apresentar as principais ações de planejamento necessárias, tratadas como boas</p><p>práticas, para garantir boa performance na avaliação.</p><p>DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO DA AMOSTRA E</p><p>INDICAÇÃO DO LOCAL DE COLETA</p><p>O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição</p><p>tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, pode ser necessário um número elevado de</p><p>amostras espaçadas ao longo da jornada. As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato</p><p>respiratório do trabalhador (amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental</p><p>ou estática).</p><p>DIMENSIONAMENTO DA DURAÇÃO DA COLETA DA</p><p>AMOSTRA</p><p>A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar</p><p>adequado, de acordo com o método de coleta padronizado utilizado.</p><p>DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRAGEM</p><p>Existem dois tipos de classificação para amostragem: contínuas ou instantâneas. As continuas</p><p>apresentam um tempo de coleta de informação superior a 30 minutos, enquanto as instantâneas</p><p>possuem tempo de coleta de informação inferior a 5 minutos. Com o tipo de amostragem instantânea, é</p><p>possível determinar concentrações mais elevadas (picos de concentração). Cabe salientar que a</p><p>amostragem contínua pode ainda ser classificada em: amostra única de período completo, amostras</p><p>consecutivas de período completo e amostras de período parcial.</p><p>Na amostragem completa da jornada com várias amostras consecutivas (melhor forma de amostragem),</p><p>a precisão cresce com o número de amostras. Oito amostragens de uma hora cada são mais precisas</p><p>do que duas amostragens de quatro horas cada. Na amostragem completa da jornada com uma única</p><p>amostra, ela deve ser coletada de forma contínua por, pelo menos, 70% da jornada. Amostra integral da</p><p>jornada de trabalho se faz recomendada para jornadas em que a exposição ocorre de forma contínua e</p><p>uniforme, ou seja, quando não há atividades que exponham os trabalhadores a concentrações</p><p>significativamente mais elevadas.</p><p>DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRADOR</p><p>Os instrumentos para amostragem dos agentes químicos podem ser divididos em dois grupos:</p><p>AMOSTRADORES ATIVOS</p><p></p><p>AMOSTRADORES PASSIVOS</p><p>No grupo dos amostradores ativos estão todos os dispositivos que succionam determinado volume de</p><p>ar, por efeito de uma bomba de amostragem, fazendo-o passar através de um suporte de retenção para</p><p>reter o agente. Os amostradores passivos se utilizam apenas da difusão molecular, ou seja, dispensam</p><p>o emprego de dispositivos de sucção.</p><p>OS AMOSTRADORES PODEM SER DE LEITURA DIRETA</p><p>QUANDO FORNECEM A CONCENTRAÇÃO DO</p><p>CONTAMINANTE POR LEITURA DIRETA, EM SUPERFÍCIES</p><p>GRADUADAS, OU DISPLAY DE EQUIPAMENTOS OU DE</p><p>LEITURA INDIRETA QUE ATUAM RETENDO O</p><p>CONTAMINANTE PARA POSTERIOR ANÁLISE EM</p><p>LABORATÓRIO.</p><p>INDICAÇÃO DO MÉTODO DE COLETA</p><p>A metodologia de coleta consiste na separação ou não dos contaminantes. Um dos métodos de coleta</p><p>de amostras do ar ambiente se chama “Ar total”, que corresponde à obtenção de uma amostra do ar</p><p>recolhida no ambiente de execução do trabalho e encaminhá-la ao laboratório. Outro método muito</p><p>utilizado, considerado alternativo, é o método em que se obtém a “Separação dos contaminantes</p><p>através de retentores”. Nesse método, os retentores fazem uma separação dos contaminantes, que são</p><p>enviados posteriormente para análise em laboratório.</p><p>INDICAÇÃO DO TIPO DE RETENTOR</p><p>De forma geral, os retentores são classificados em três grupos: filtros de membrana, sólidos adsorventes</p><p>(tubos adsorventes com retenção na superfície) e líquidos absorventes (impingers com retenção no</p><p>interior).</p><p>MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO</p><p>As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente ou ao homem. Isso é o que você vai</p><p>conferir a seguir.</p><p>Principais medidas de controle relativas ao ambiente</p><p>a) Substituição do produto tóxico (quando possível).</p><p>b) Mudança ou alteração do processo ou operação (pintura por imersão x pistola).</p><p>c) Encerramento ou enclausuramento da operação (confinamento da operação, objetivando-se,</p><p>assim, a impedir a dispersão do contaminante para todo o ambiente de trabalho).</p><p>d) Segregação da operação ou processo (isolamento da operação, limitando seu espaço físico</p><p>fora da área de produção).</p><p>e) Umidificação.</p><p>f) Ventilação geral diluidora (insuflação e exaustão de ar em um ambiente de trabalho – promove a</p><p>redução da concentração de poluente).</p><p>g) Ventilação local exaustora (captação dos poluentes de uma fonte antes que eles se dispersem</p><p>no ar do ambiente de trabalho).</p><p>h) Ordem e limpeza.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Principais medidas de controle relativas ao homem</p><p>a) Limitação do tempo de exposição (redução dos períodos de trabalho quando todas as outras</p><p>medidas possíveis forem impraticáveis ou insuficientes no controle de um agente).</p><p>b) Educação e treinamento (conscientização quanto aos riscos inerentes às operações, riscos</p><p>ambientais e formas operacionais adequadas).</p><p>c) Equipamentos de proteção individual (segunda linha de defesa nas operações em que as</p><p>concentrações de poluentes são superiores ao limite de tolerância): respiradores de filtro químico</p><p>(gases e vapores); mecânico (fumos, poeira) e filtro combinado em ambientes onde há a presença</p><p>e gases e poeiras.</p><p>d) Controle médico.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>MÓDULO 2</p><p> Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de</p><p>Produtos Químicos (FISPQ)</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Você sabe o que são agentes químicos? Conhece a Ficha de Informações de Segurança de Produtos</p><p>Químicos (FISPQ)? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim</p><p>como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os</p><p>conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa</p><p>AutoMecânica do Chicó. Veja a seguir:</p><p>A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de</p><p>manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em</p><p>alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas</p><p>fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.</p><p>Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos</p><p>agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão</p><p>avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura</p><p>são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,</p><p>lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.</p><p>Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,</p><p>solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são</p><p>empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os</p><p>equipamentos de proteção individual</p><p>pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor</p><p>auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,</p><p>botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de</p><p>proteção respiratória pertinentes.</p><p>Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,</p><p>thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e</p><p>Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas</p><p>situações insalubres.</p><p>Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos</p><p>engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na</p><p>AutoMecânica do Chicó, pois foram respeitadas as considerações apresentadas no Relatório em</p><p>questão, sobre as concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de</p><p>proteções eficazes, de caráter individual e coletivo.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER</p><p>RELATIVAS AO AMBIENTE E, AINDA, RELATIVAS AO</p><p>HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM</p><p>ALTAS CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO</p><p>INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE,</p><p>INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO</p><p>INDIVIDUAL. A AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO</p><p>REQUISITO DE PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO</p><p>SETOR DE PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ,</p><p>DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS?</p><p>JUSTIFIQUE.</p><p>“Usar óculos de segurança que obedecem aos padrões estabelecidos sempre que uma avaliação de</p><p>risco indicar que existe risco de exposição respingos, gases, vapores ou pós”.</p><p>RESPOSTA</p><p>Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de óculos de segurança.</p><p>javascript:void(0)</p><p>O QUE SIGNIFICA FISPQ?</p><p>FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE</p><p>SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS</p><p>A ABNT NBR 14725</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu a Norma brasileira NBR 14725, sob o título</p><p>geral “Produtos Químicos – Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente”, que tem amparo</p><p>legal no Decreto 2657, de 03/07/1998, promulgando a Convenção 170, da Organização Internacional do</p><p>Trabalho (OIT), e está subdividida nas seguintes partes:</p><p>NBR14725-1 | Produtos químicos</p><p>Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 1: Terminologia, que trata da</p><p>terminologia a ser utilizada.</p><p>NBR14725-2 | Produtos químicos</p><p>Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 2: Sistema de classificação de</p><p>perigo, que trata do sistema de classificação de perigo.</p><p>NBR 14725-3 | Produtos químicos</p><p>Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 3: Rotulagem, que tem como foco</p><p>o alinhamento das empresas brasileiras em relação ao Sistema globalmente harmonizado (GHS),</p><p>com informações de segurança para produtos químicos perigosos, a serem incluídas na</p><p>rotulagem.</p><p>NBR14725-4 | Produtos químicos</p><p>Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 4: Ficha de Informações de</p><p>Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), que se refere à ficha de informações de segurança de</p><p>produtos químicos (FISPQ).</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Segundo a NBR 14725, a FISPQ fornece informações sobre aspectos de produtos químicos</p><p>(substâncias ou misturas) em relação à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ</p><p>fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações</p><p>sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. Em alguns países, essa ficha é</p><p>chamada safety data sheet (SDS).</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Ainda segundo a NBR 14725, a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais</p><p>sobre os perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio,</p><p>armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas</p><p>necessárias relativas à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para</p><p>transferir essas informações para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança,</p><p>pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições,</p><p>serviços e outras partes envolvidas com o produto químico.</p><p>A elaboração da ABNT NBR 14725 foi embasada pelas seguintes premissas básicas do sistema</p><p>globalmente harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS):</p><p>A necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à segurança, à</p><p>saúde e ao meio ambiente.</p><p>O direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que utilizam e os</p><p>perigos que eles oferecem.</p><p>A utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes</p><p>locais onde os produtos químicos perigosos são utilizados.</p><p>A necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para todos os perigos</p><p>previstos pelo GHS.</p><p>A necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações</p><p>confidenciais.</p><p>A capacitação e o treinamento dos trabalhadores.</p><p>A educação e a conscientização dos consumidores.</p><p>A NR 26</p><p>NESTE PONTO, CABE RESSALTAR A RECOMENDAÇÃO DA</p><p>NR 26 (2015) – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, NO SENTIDO</p><p>DE QUE O PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO NO LOCAL DE</p><p>TRABALHO DEVE SER CLASSIFICADO QUANTO AOS</p><p>PERIGOS PARA A SEGURANÇA E PARA A SAÚDE DOS</p><p>TRABALHADORES, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS</p><p>ESTABELECIDOS PELO SISTEMA GLOBALMENTE</p><p>HARMONIZADO DE CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE</p><p>PRODUTOS QUÍMICOS (GHS), DA ORGANIZAÇÃO DAS</p><p>NAÇÕES UNIDAS.</p><p>Ainda segundo a NR 26 (2015), a classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de</p><p>classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação. Na</p><p>ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode ser utilizada</p><p>lista internacional. Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica</p><p>oficial vigente.</p><p>A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas,</p><p>relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o</p><p>produto. A NR 26 (2015) prevê que a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:</p><p></p><p>I. Identificação e composição do produto químico.</p><p>II. Pictograma(s) de perigo.</p><p></p><p></p><p>III. Palavra de advertência.</p><p>IV. Frase(s) de perigo.</p><p></p><p></p><p>V. Frase(s) de precaução.</p><p>VI. Informações suplementares.</p><p></p><p>Já o produto químico não classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores,</p><p>conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a</p><p>indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e</p><p>recomendações de precaução.</p><p>CONTEÚDO E MODELO GERAL DE UMA FISPQ</p><p>As informações que devem constar da FISPQ são:</p><p>Identificação do produto e da empresa</p><p>. Nome do produto expresso no rótulo.</p><p>. Código interno da empresa para o produto.</p><p>. Nome da empresa.</p><p>. Endereço.</p><p>. Telefone/fax/e-mail.</p><p>Composição e informações sobre os ingredientes</p><p>. Nome químico/sinônimo.</p><p>. Número de registro do produto no Chemical Abstract Service, da Chemical Society.</p><p>. Número da ONU.</p><p>. Natureza química/ingredientes: (faixas de concentração).</p><p>. Classificação e rotulagem.</p><p>Identificação de perigos</p><p>. Perigos e os efeitos adversos para a saúde e meio ambiente.</p><p>Medidas de primeiros socorros</p><p>. Ações que devem ser tomadas e, também, aquelas que não devem ser praticadas.</p><p>. Dividir as informações por via de penetração no organismo (inalação, contato com a pele,</p><p>contato com os olhos e ingestão).</p><p>. Recomendações para a proteção do socorrista e para o médico.</p><p>. Sinais e sintomas de exposição: (pele, olhos, via respiratória, ingestão).</p><p>Medidas de combate a incêndio</p><p>. Meios de extinção apropriados e os</p><p>não recomendados.</p><p>. Necessidade de equipamentos especiais para combate às chamas.</p><p>. Métodos especiais de extinção.</p><p>Medidas de controle para derramamento ou vazamento</p><p>. Precauções pessoais (inalação, contato com a pele e olhos).</p><p>. Necessidade de manter afastadas as fontes de ignição.</p><p>. Ações e precauções relativas ao meio ambiente.</p><p>. Métodos de recuperação, limpeza e disposição.</p><p>Manuseio e armazenamento</p><p>. Medidas técnicas para a prevenção da exposição humana e do meio ambiente.</p><p>. Embalagem apropriada e imprópria.</p><p>. Prevenção de incêndio e explosão.</p><p>. Necessidade de ventilação.</p><p>. Materiais incompatíveis.</p><p>Controle de exposição e proteção individual</p><p>. Medidas técnicas para a proteção e controle na fonte e na trajetória.</p><p>. Procedimento para monitoramento.</p><p>. Tipo de proteção para inalação, mãos, olhos e pele.</p><p>. Equipamentos especiais.</p><p>Propriedades físico-químicas</p><p>. Aspecto, estado físico, forma, cor e odor.</p><p>. Ponto de fulgor.</p><p>. Pressão de vapor.</p><p>. Densidade em água.</p><p>. Limiar do odor.</p><p>. Ponto de ignição.</p><p>. Peso molecular.</p><p>. Densidade no ar.</p><p>. Limites de exposição: TLV-TWA, STEL.</p><p>. Ponto de ebulição.</p><p>. Limites de inflamabilidade: LIE, LSE.</p><p>. Solubilidade em água.</p><p>. Incompatibilidades.</p><p>Estabilidade e reatividade</p><p>. Condições específicas que tornam o produto instável ou que possa reagir perigosamente.</p><p>. Materiais ou produtos incompatíveis.</p><p>. Necessidade de inibidores ou de aditivos para evitar reação perigosa.</p><p>. Produtos que podem ser formados se houver decomposição.</p><p>Informações toxicológicas</p><p>. Efeitos agudos, crônicos, local, sensibilização.</p><p>. Característica cancerígena, mutagênica, teratogênica.</p><p>. Produtos que causam efeito aditivo ou sinérgico.</p><p>Informações ecológicas</p><p>. Mobilidade.</p><p>. Persistência/degradabilidade.</p><p>. Bioacumulação.</p><p>. Impacto ambiental esperado.</p><p>Considerações sobre tratamento e disposição</p><p>. Métodos para tratamento e disposição segura e ambientalmente aprovado (produto e</p><p>embalagem).</p><p>. Regulamentação para tratamento e disposição.</p><p>Informações sobre transporte</p><p>. Número da ONU (produtos perigosos).</p><p>. Código e classificação para o meio de transporte que será usado (terrestre, fluvial,</p><p>marítimo, aéreo).</p><p>. Regulamentações nacionais e internacionais – terrestres, hidroviário e aéreo.</p><p>Regulamentações</p><p>. Riscos e medidas de segurança conforme descrição no rótulo.</p><p>Outras informações</p><p>. Outras características importantes não citadas nos itens anteriores.</p><p>. Treinamentos especiais e restrições ao uso do produto.</p><p>. Bibliografia.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Cabe salientar que o usuário da FISPQ é responsável por escolher a melhor maneira de informar e</p><p>treinar os trabalhadores sobre identificação do produto, composição, identificação dos perigos, medidas</p><p>de primeiros-socorros, medidas de combate a incêndio, medidas de controle para derramamento ou</p><p>vazamento, instruções para manuseio e armazenamento, medidas de controle de exposição e proteção</p><p>individual, as informações sobre estabilidade e reatividade, as informações toxicológicas e as</p><p>considerações sobre tratamento e disposição.</p><p>Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o receptor deve levar em</p><p>consideração as recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto. Cabe ainda ressaltar que as</p><p>informações quantitativas contidas na FISPQ devem ser expressas pelo Sistema Internacional de</p><p>Unidades (SI). A FISPQ é uma excelente ferramenta para o profissional da área de saúde e segurança</p><p>do trabalho determinar os riscos envolvidos na utilização de produtos químicos na organização.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>MÓDULO 3</p><p> Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Você sabe o que são aerodispersoides? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade</p><p>do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos</p><p>“névoas e neblinas”? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação</p><p>prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir:</p><p>A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de</p><p>manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em</p><p>alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas</p><p>fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.</p><p>Dentre os diversos setores na empresa aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos</p><p>agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão</p><p>avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura</p><p>são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,</p><p>lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.</p><p>Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,</p><p>solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são</p><p>empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os</p><p>equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor</p><p>auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,</p><p>botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de</p><p>proteção respiratória pertinentes.</p><p>Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,</p><p>thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e</p><p>Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas</p><p>situações insalubres.</p><p>Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos</p><p>engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na</p><p>AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as</p><p>concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de</p><p>caráter individual e coletiva observadas.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, NO</p><p>SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA, NÃO FOI</p><p>OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA</p><p>AGENTES QUÍMICOS. A NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13,</p><p>ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM ALGUMAS</p><p>SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERTINENTES. JÁ</p><p>A NHO 8 (2009) – COLETA DE MATERIAL PARTICULADO</p><p>SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE TRABALHO,</p><p>DENTRE OUTRAS RECOMENDAÇÕES, ESTABELECE A</p><p>NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO</p><p>TÉCNICO DAS AVALIAÇÕES EXECUTADAS. QUAIS SÃO AS</p><p>RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER ATENDIDAS PARA A</p><p>FORMATAÇÃO PADRÃO, DO RELATÓRIO, SEGUNDO A NHO</p><p>8?</p><p>RESPOSTA</p><p>O relatório técnico deve abordar, no mínimo: introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas</p><p>ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas; materiais e equipamentos utilizados;</p><p>javascript:void(0)</p><p>metodologias utilizadas; descrição das situações de exposição avaliadas; resultados obtidos; conclusões e</p><p>recomendações, além de referências bibliográficas.</p><p>QUAIS SÃO AS ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO DA</p><p>EXPOSIÇÃO AO PARTICULADO SÓLIDO EM SUSPENSÃO?</p><p>AVALIAÇÃO DE AERODISPERSOIDES</p><p>MUITAS OCUPAÇÕES EXPÕEM TRABALHADORES AO</p><p>RISCO DE INALAÇÃO DE POEIRAS CAUSADORAS DE</p><p>PNEUMOCONIOSES (ASBESTOSE, SILICOSE ETC.) E</p><p>ESTÃO RELACIONADAS A DIVERSOS RAMOS DE</p><p>ATIVIDADES, TAIS COMO MINERAÇÃO, CONSTRUÇÃO</p><p>CIVIL, METALURGIA, CERÂMICA, VIDROS, ACABAMENTO</p><p>DE PEDRAS ETC.</p><p>As poeiras podem ser classificadas em dois tipos, dependendo da sua composição química:</p><p>ORGÂNICAS</p><p></p><p>INORGÂNICAS</p><p>POEIRAS ORGÂNICAS</p><p>Constituem risco por</p><p>provocarem doenças pulmonares ou intoxicações. Outro aspecto importante</p><p>associado às poeiras orgânicas é o risco de explosões pela combustão violenta de partículas suspensas</p><p>no ar (excrementos de aves, madeira, algodão etc.).</p><p>POEIRAS INORGÂNICAS</p><p>Que contêm sílica cristalina são as de maior interesse para a higiene do trabalho. Resultam de materiais</p><p>existentes em grande quantidade na crosta terrestre, como rochas, minérios e areias.</p><p>Já a sílica, apresenta-se geralmente como dióxido de silício ( ), nas formas cristalina e amorfa.</p><p>Sílica amorfa</p><p>Terra diatomácea, sílica gel, sílica precipitada.</p><p></p><p>Sílica cristalina</p><p>Cristobalita, quartzo, tridimita.</p><p>A forma cristalina apresenta o maior risco, podendo causar uma grave pneumoconiose chamada de</p><p>silicose, que é a enfermidade pulmonar mais conhecida, relacionada ao trabalho. O quartzo é o tipo mais</p><p>comum de sílica cristalina. Classificado pela ACGIH como A2 (suspeito de provocar câncer). Avaliações</p><p>da exposição são realizadas através da coleta e mensuração das poeiras presentes na zona de</p><p>respiração do trabalhador durante a jornada de trabalho.</p><p>SiO2</p><p> Exemplo de sílica cristalina.</p><p>LIMITES DE EXPOSIÇÃO DA NR 15 (2019)</p><p>ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES</p><p>A NR 15, em seu Anexo 12, apresenta os limites de tolerância para as poeiras minerais, a saber:</p><p>ASBESTO</p><p>O limite de tolerância para fibras respiráveis (diâmetro inferior a 3 micrometros, comprimento maior ou</p><p>igual a 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1) de asbesto</p><p>crisotila é de 2,0 f/cm³ (fibras por centímetro cúbico). Já a NHO 04 (2001) – Método de Coleta e Análise</p><p>de Fibras em Locais de Trabalho, análise por microscopia ótica de contraste de fase, estabelece as</p><p>metodologias para a avaliação de fibras não orgânicas.</p><p>SÍLICA</p><p>Os limites de exposição para fumos metálicos poeira total e respirável, expressos em mg/m³, estão</p><p>apresentados respectivamente pelas seguintes expressões:</p><p>a) Poeira total</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>b) Poeira respirável</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Observação: A norma define que o quartzo deverá sempre ser entendido como sílica livre cristalizada.</p><p>FUMOS METÁLICOS</p><p>Os fumos são, notadamente, resultantes das operações de soldagem e de fundição de metais. Nesses</p><p>processos, desprendem-se vapores e gases, que, após resfriamento e condensação, oxidam-se</p><p>rapidamente e formam os fumos metálicos. Dependendo do processo e das matérias-primas utilizadas,</p><p>pode ocorrer a exposição ao ferro, manganês, zinco, chumbo, cromo. A exposição a fumos metálicos</p><p>pode produzir a “febre dos fundidores”, pneumoconioses (doenças ocupacionais pulmonares), tais como:</p><p>siderose (ferro), saturnismo (chumbo) e manganismo (manganês).</p><p>Os limites de exposição fixados pela NR 15 (2019) são:</p><p>a) Manganês – anexo XII, NR 15.</p><p>Obs.: insalubridade máxima - 5,0 mg/m³ exposição à poeira (extração, moagem, transporte de minério);</p><p>1,0mg/m³ exposição a fumos (baterias, pilhas secas, vidros especiais, cerâmicas).</p><p>b) Chumbo – anexo XI, NR 15 - 0,1 mg/m³ exposição a fumos.</p><p>Obs.: os demais metais na forma de fumos não possuem limites fixados na NR 15, outros são citados</p><p>para avaliação qualitativa, no anexo XIII.</p><p>EFEITOS COMBINADOS</p><p>Principalmente na avaliação de fumos metálicos, devemos levar em consideração os efeitos</p><p>independentes e os efeitos combinados. Segundo a ACGIH, quando os componentes da mistura têm</p><p>efeitos tóxicos similares, devem ser considerados seus efeitos combinados, sendo o limite da mistura</p><p>igual a:</p><p>LT = (mg /m3)24</p><p>(% SiO2+3)</p><p>LT = (mg /m3)8</p><p>(% SiO2+2)</p><p>+ +. . . . . . . . . . . . . + = 1</p><p>C1</p><p>LE1</p><p>C2</p><p>LE2</p><p>Cn</p><p>LEn</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Em que:</p><p>- concentração do agente n.</p><p>- limite de exposição do agente n.</p><p>MEIO DE COLETA PARA FUMOS METÁLICOS</p><p>Temos como meio de coleta para fumos metálicos o filtro de éster de celulose de 0,8μm de porosidade e</p><p>37mm de diâmetro. Os fumos são coletados em particulado total, isto é, sem o separador de partículas.</p><p>Em laboratório, as amostras são tratadas com ácido nítrico, a fim de dissolver os metais presentes na</p><p>amostra, para posterior análise por espectrofotometria de absorção atômica (uma fonte de energia de</p><p>radiação para cada metal).</p><p>AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL</p><p>PARTICULADOS SÓLIDOS – NHO 8 (2009)</p><p>Segundo a NHO 8 (2009) – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de</p><p>Trabalho, as principais medidas de planejamento para a avaliação da exposição ocupacional são as</p><p>seguintes:</p><p> Para uma avaliação adequada, são necessárias, além das informações sobre o processo de</p><p>trabalho e caracterização da exposição, as informações sobre os agentes presentes no ambiente e suas</p><p>Cn</p><p>LEn</p><p>possíveis interações, as medidas de controle existentes, as condições de manuseio e operação, e as</p><p>condições ambientais, dentre outras variáveis.</p><p> O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a</p><p>exposição tem uma grande variabilidade ao longo da jornada, então, pode ser necessário um número</p><p>elevado de amostras espaçadas ao longo da jornada.</p><p> As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador</p><p>(amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática).</p><p> A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar</p><p>adequado, de acordo com o método de coleta padronizado a ser utilizado.</p><p> Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade com</p><p>relação à fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças</p><p>em hábitos operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho.</p><p> Montagem para amostragem.</p><p> Montagem para amostragem.</p><p> Quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de maior risco para cada</p><p>atividade, define-se, estatisticamente, um subgrupo de tamanho adequado, de tal maneira que essa</p><p>amostra aleatória tenha elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador com alta exposição.</p><p> O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta a ser</p><p>utilizado e a capacidade de retenção do filtro de membrana, variando conforme o tipo de amostra,</p><p>podendo ser:</p><p>Amostra única de período completo.</p><p>Amostras consecutivas de período completo.</p><p>Amostras de período parcial.</p><p> A seleção do filtro de membrana deve atender aos requisitos do método a ser aplicado para a</p><p>análise do material particulado. A seleção do porta-filtro depende da fração de material particulado a ser</p><p>coletada.</p><p> Montagem do retentor.</p><p> Para a coleta de material particulado inalável, utilizar um dispositivo de coleta projetado para</p><p>selecionar partículas com diâmetro aerodinâmico de até 100μm, com 50% de eficiência de coleta.</p><p> Para a coleta de material particulado torácico, utilizar um separador projetado para selecionar</p><p>partículas menores que 25μm, com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro</p><p>aerodinâmico de 10μm.</p><p> Para a coleta de material particulado respirável, utilizar um separador, do tipo ciclone, projetado para</p><p>selecionar partículas menores que 10μm com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro</p><p>aerodinâmico de 4μm.</p><p> Para a coleta de material particulado total, utilizar porta-filtro de 37mm de diâmetro, de três peças,</p><p>com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, até que outra recomendação seja</p><p>especificada.</p><p> Montagem do retentor.</p><p> Selecionar uma bomba de amostragem que atenda às características técnicas definidas na NHO 08.</p><p>A calibração da bomba deve ser realizada a partir de um padrão primário de calibração ou um padrão</p><p>secundário devidamente calibrado conforme a norma NHO 07. A vazão da bomba deve ser ajustada de</p><p>acordo com orientações definidas para o desempenho correto do dispositivo</p><p>de coleta utilizado.</p><p> Utilizar mangueiras flexíveis de material plástico, de preferência inerte, tipo Tygon, com diâmetro e</p><p>comprimento adequados a fim de evitar a interrupção do fluxo de ar ou vazamentos.</p><p>PROCEDIMENTO DE COLETA</p><p>Os principais elementos a serem considerados na fase de coleta são os seguintes:</p><p>Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que realizará a análise</p><p>sobre: os métodos analíticos utilizados, o fornecimento de dispositivos e filtros para a coleta, prazo</p><p>de validade dos filtros, acondicionamento e transporte das amostras, entre outros.</p><p>Utilizar métodos de análise específicos para determinar a concentração dos particulados no</p><p>ambiente de trabalho. Para tal, pode-se utilizar conhecimentos científicos produzidos ou</p><p>recomendados por organismos nacionais e/ou internacionais da área.</p><p>Calibrar a bomba de amostragem.</p><p>Montar o sistema de coleta acoplando o dispositivo de coleta à bomba de amostragem por meio</p><p>da mangueira.</p><p>Instalar o sistema de coleta no trabalhador ou posicioná-lo por meio de um tripé no local de</p><p>trabalho a ser avaliado.</p><p>Verificar se a entrada de ar do dispositivo de coleta está livre e ligar a bomba de amostragem.</p><p>Anotar data, horário do início da coleta, código do filtro, número da bomba e demais dados em um</p><p>formulário de registro.</p><p>Acompanhar e observar o processo e as atividades de trabalho, assim como as ocorrências que</p><p>podem interferir nos resultados durante o período de coleta.</p><p>Desligar a bomba de amostragem após concluído o período de coleta e anotar o horário.</p><p>Desconectar, cuidadosamente, a mangueira da bomba de amostragem e, posteriormente, do</p><p>dispositivo de coleta.</p><p>Retirar o porta-filtro do sistema de coleta, tampar o orifício de entrada do ar e, em seguida, o de</p><p>saída do ar com os plugues adequados.</p><p>Guardar o porta-filtro com a face amostrada voltada para cima, em caixa apropriada para</p><p>transporte, de maneira a evitar o desprendimento do material coletado.</p><p>Verificar a variação da vazão, considerando para análise somente as amostras coletadas com</p><p>bombas que apresentaram variação de vazão (∆Q) inferior a 5%.</p><p>DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO</p><p>A seguir, estão apresentados os principais passos para a determinação da concentração:</p><p>O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte</p><p>expressão:</p><p>Sendo:</p><p>- Volume de ar amostrado em m³</p><p>- Vazão média em l/min</p><p>- Tempo total de coleta em minutos</p><p>A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra, de acordo</p><p>com a seguinte expressão:</p><p>Sendo:</p><p>- Concentração da amostra em</p><p>- Massa da amostra em mg</p><p>- Volume de ar mostrado em m³</p><p>V =</p><p>Qm . t</p><p>1000</p><p>V</p><p>Qm</p><p>t</p><p>C = m</p><p>V</p><p>C</p><p>mg</p><p>m3</p><p>m</p><p>V</p><p>Os resultados de concentração de material particulado de cada amostra são utilizados para o</p><p>cálculo da concentração média ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho, conforme a</p><p>seguinte expressão:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Sendo:</p><p>- Concentração média ponderada pelo tempo</p><p>- Concentração do particulado obtida na amostra</p><p>- Tempo de coleta da amostra</p><p>- Tempo total de coleta =</p><p>RESULTADOS E RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO</p><p>Os resultados obtidos podem ser utilizados para: avaliar a exposição dos trabalhadores; subsidiar a</p><p>tomada de decisões quanto à implantação de medidas de controle preventivas e corretivas nos</p><p>ambientes de trabalho; estudos epidemiológicos e de análise de risco, entre outros.</p><p>Na interpretação dos resultados, além da comparação dos valores de concentração com os limites de</p><p>exposição ocupacional, deve-se levar em consideração as informações obtidas na literatura, o objetivo</p><p>da avaliação quantitativa, a variabilidade das concentrações, as características específicas do material</p><p>avaliado e do processo de trabalho, entre outras.</p><p>CMPT =</p><p>(C1⋅t1+C2⋅t2+....+Cn⋅tn)</p><p>Ttotal</p><p>CMPT</p><p>Cn n</p><p>tn n</p><p>Ttotal t1 + t2+. . . tn</p><p>O relatório técnico deve abordar, no mínimo, os aspectos:</p><p></p><p>Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas</p><p>as avaliações quantitativas.</p><p>Materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta).</p><p></p><p></p><p>Metodologias utilizadas (estratégia de coleta, métodos de coleta e métodos analíticos).</p><p>Descrição das situações de exposição avaliadas.</p><p></p><p></p><p>Resultados obtidos.</p><p>Conclusões e recomendações.</p><p></p><p></p><p>Referências bibliográficas.</p><p>CÁLCULOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS</p><p> EXEMPLO</p><p>Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável em uma empresa de corte</p><p>de rochas, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir:</p><p>Tempo de amostragem - 300 min</p><p>Vazão da bomba - 1,7 l/min</p><p>Massa da amostra - 2,5mg</p><p>Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 4%</p><p>Observação: O tempo de amostragem e a vazão da bomba de amostragem pessoal utilizados foram</p><p>aqueles estabelecidos por metodologia NIOSH.</p><p>Cálculo do volume amostrado:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Cálculo da concentração da poeira:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Cálculo do limite de tolerância - poeira respirável:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Conclusão – a concentração de poeira respirável (4,9 mg/m³) superou o limite de tolerância calculado</p><p>(1,33 mg/m³), caracterizando a exposição insalubre.</p><p> EXEMPLO</p><p>Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável e para poeira total em uma</p><p>empresa de arte em pedras, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a</p><p>seguir:</p><p>a) Poeira total:</p><p>Tempo de amostragem - 300 min</p><p>Vazão da bomba - 2 l/min</p><p>V = = = 0,51 m³Qm.t</p><p>1000</p><p>(1,7 l/min×300  min)</p><p>1000</p><p>C = = = 4,9  mg /m³m</p><p>V</p><p>2,5  mg</p><p>0,51 m³</p><p>LT = = = 1,33  mg /m³8</p><p>(% SiO2+2)</p><p>8</p><p>(4+2)</p><p>Massa da amostra - 4mg</p><p>Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 3%</p><p>b) Poeira respirável:</p><p>Tempo de amostragem - 300 min</p><p>Vazão da bomba - 1,7 l/min</p><p>Massa da amostra - 1,5mg</p><p>Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 0,5%</p><p>a) Cálculos para a poeira total.</p><p>• Cálculo do volume amostrado:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>• Concentração da poeira:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>b) Cálculos para a poeira respirável.</p><p>• Cálculo do volume amostrado:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>• Concentração da poeira:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:</p><p>V = = = 0,6 m³Qm⋅t</p><p>1000</p><p>(2 l/min×300  min)</p><p>1000</p><p>C = = = 6,6  mg /m³m</p><p>V</p><p>4  mg</p><p>0,6 m³</p><p>LT = = = 4  mg /m³24</p><p>(% SiO2+3)</p><p>24</p><p>(3+3)</p><p>C = = = 2, 9  mg /mm</p><p>V</p><p>1,5  mg</p><p>0,51 m3</p><p>LT = = = 3, 2  mg /m³8</p><p>(% SiO2+2)</p><p>8</p><p>(0,5+2)</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>• Conclusão – a concentração obtida para a poeira total (6,6 𝑚𝑔/𝑚³) superou o limite de tolerância</p><p>calculado (4 𝑚𝑔/𝑚³). A concentração obtida para a poeira respirável (2,9 𝑚𝑔/𝑚³) é inferior ao limite de</p><p>tolerância calculado (3,2 𝑚𝑔/𝑚³). Essa situação caracteriza uma exposição insalubre, na medida em que</p><p>houve a superação de pelo menos um dos limites.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>MÓDULO 4</p><p> Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às</p><p>montagens para os aerodispersoides</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Você sabe o que significa EPR? Você sabe o que são medidas de controle de ordem coletiva e</p><p>individual? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como</p><p>estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos</p><p>os</p><p>conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa</p><p>AutoMecânica do Chicó:</p><p>A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de</p><p>manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em</p><p>alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas</p><p>fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.</p><p>Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos</p><p>agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão</p><p>avaliados apenas os agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura</p><p>são desenvolvidas as atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar,</p><p>lavar, pintar e polir, assim como a limpeza geral dos automóveis após os serviços.</p><p>Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura,</p><p>solda elétrica e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são</p><p>empregadas técnicas de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os</p><p>equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor</p><p>auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais,</p><p>botas, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de</p><p>proteção respiratória pertinentes.</p><p>Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva,</p><p>thiner e primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e</p><p>Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas</p><p>situações insalubres.</p><p>Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos</p><p>engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na</p><p>AutoMecânica do Chicó, considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as</p><p>concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de</p><p>caráter individual e coletiva observadas.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER</p><p>RELATIVAS AO AMBIENTE E AO HOMEM. PARA OS</p><p>TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS</p><p>CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO INDICADAS</p><p>DIVERSAS MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS</p><p>EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. A</p><p>AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE AO REQUISITO DE</p><p>PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO SETOR DE</p><p>PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ, A SEGUIR,</p><p>DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS?</p><p>JUSTIFIQUE.</p><p>Proteção para as mãos – luvas resistentes a produtos químicos, impermeáveis que obedecem a um</p><p>padrão aprovado devem ser usadas todo tempo enquanto produtos químicos estiverem sendo</p><p>manuseados se a determinação da taxa de risco indicar que isto é necessário.</p><p>RESPOSTA</p><p>Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de luvas impermeáveis de borracha.</p><p>javascript:void(0)</p><p>O QUE É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA</p><p>(EPR)?</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA</p><p>(EPR)</p><p>É UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL</p><p>DESTINADO À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES</p><p>CONTRA A INALAÇÃO DE CONTAMINANTES, COMO</p><p>AERODISPERSOIDES, GASES E VAPORES, ASSIM COMO A</p><p>INALAÇÃO DO AR COM DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO.</p><p>As recomendações a seguir não cobrem os respiradores para mergulho, os sistemas com oxigênio para</p><p>aviação, o uso de respiradores em combates militares e os inaladores ou ressuscitadores utilizados na</p><p>área médica.</p><p>USO DO EPR</p><p>Segundo o Programa de Proteção Respiratória – PPR (2016), o uso de EPR é considerado o último</p><p>recurso na hierarquia das medidas de controle e deve ser adotado somente após cuidadosa avaliação</p><p>dos riscos. Existem situações, entretanto, nas quais ainda pode ser necessário o uso de um respirador,</p><p>como:</p><p>Outras medidas de controle já foram adotadas, mas a exposição à inalação não está adequadamente</p><p>controlada.</p><p>A exposição por inalação excede os limites de exposição e as medidas de controle necessárias estão</p><p>sendo implantadas.</p><p>A exposição por inalação é ocasional e de curta duração, sendo impraticável a implantação de medidas</p><p>de controle permanentes (por exemplo, em trabalhos de manutenção, de emergência, fuga e resgate).</p><p>ESCOLHA DO RESPIRADOR</p><p>AINDA SEGUNDO O PPR (2016), O RESPIRADOR</p><p>ADEQUADO À EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS É</p><p>AQUELE QUE REDUZ A EXPOSIÇÃO DO USUÁRIO A</p><p>VALORES ABAIXO DOS VALORES CONSIDERADOS</p><p>ACEITÁVEIS, COMO O LIMITE DE EXPOSIÇÃO</p><p>OCUPACIONAL (LEO).</p><p>Para a seleção do respirador com nível de proteção adequado à exposição, é necessário conhecer o</p><p>fator de proteção mínimo requerido (FPMR) para o respirador, o qual é determinado da seguinte forma:</p><p>Calculando quantas vezes a concentração mais crítica de exposição (C), prevista nas operações de</p><p>rotina ou de emergência, é maior do que o limite de exposição ocupacional aplicável (LEO), isto é:</p><p> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>FPMR = C</p><p>LEO</p><p>Obedecendo os regulamentos ou legislação específica. Uma vez determinado o FPMR, a seleção é feita</p><p>escolhendo um respirador que possua fator de proteção atribuído (FPA) maior do que esse valor de</p><p>acordo com o quadro a seguir:</p><p>Tipo de EPR</p><p>Tipos de coberturas das vias respiratórias</p><p>Com vedação facial Sem vedação facial</p><p>Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca</p><p>A – Purificador de ar</p><p>• não</p><p>motorizado</p><p>10 100 1000 25</p><p>• motorizado 50 ------ ------</p><p>B – De adução de ar</p><p>B1 – Linha de ar comprimido</p><p>• de demanda</p><p>sem pressão</p><p>positiva</p><p>10 100 1000 1000</p><p>• de demanda</p><p>com pressão</p><p>positiva</p><p>50 1000 1000 25</p><p>• de fluxo</p><p>contínuo</p><p>50 1000 1000 25</p><p>B2 – Máscara autônoma (Circuito aberto ou fechado)</p><p>• de demanda</p><p>sem pressão</p><p>positiva</p><p>10 100 ------ ------</p><p>1000(b)</p><p>Tipo de EPR</p><p>Tipos de coberturas das vias respiratórias</p><p>Com vedação facial Sem vedação facial</p><p>Peça semifacial ⁽ᵃ⁾ Peça facial inteira Capuz e Capacete Touca</p><p>• de demanda</p><p>com pressão</p><p>positiva</p><p>------ ------ ------</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Quadro: Níveis de proteção dos EPR.</p><p>Adaptado de Brasil, 2009. p.93.</p><p>⁽ᵃ⁾ Inclui a peça semifacial filtrante (PFF) e as peças semifaciais de elastômeros.</p><p>⁽ᵇ⁾ Os níveis de proteção apresentados são de EPR com filtros P3. Com filtros classe P2, deve-se usar</p><p>nível de proteção 100, devido às limitações do filtro.</p><p>TIPOS DE PEÇAS FACIAIS</p><p>Quanto ao tipo de peça facial, temos as seguintes classificações:</p><p>PEÇA FACIAL INTEIRA</p><p>Cobre a boca, o nariz e os olhos.</p><p>PEÇA SEMIFACIAL</p><p>Cobre a boca e o nariz, e se apoia sob o queixo.</p><p>PEÇA UM QUARTO FACIAL</p><p>Cobre a boca e o nariz, e se apoia sobre o queixo.</p><p> Respirador de segurança</p><p>CAPUZ</p><p>Envolve a cabeça e o pescoço, podendo cobrir parte dos ombros.</p><p>CLASSIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À INALAÇÃO</p><p>DO AR</p><p>Quanto à inalação do ar, temos:</p><p>Respiradores purificadores</p><p></p><p>Respiradores de adução de ar</p><p>O RESPIRADOR PURIFICADOR UTILIZA O AR DO PRÓPRIO</p><p>AMBIENTE, QUE PASSA POR UM MEIO FILTRANTE ONDE</p><p>OS CONTAMINANTES SÃO RETIDOS. OS FILTROS PODEM</p><p>SER MECÂNICOS, USADOS PARA RETER</p><p>AERODISPERSOIDES, OU FILTROS QUÍMICOS, USADOS</p><p>PARA GASES OU VAPORES.</p><p>Cabe destacar que a peça facial filtrante ou PFF é um respirador cujo filtro é a própria peça facial. A</p><p>seguir são apresentadas as eficiências para cada um dos PFF:</p><p>PFF1 – Possuem eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20%).</p><p>PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (penetração máxima de 6%).</p><p>PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1%).</p><p> ATENÇÃO</p><p>S - Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de</p><p>água;</p><p>SL - Resistentes a aerossóis à base de água e oleosos. Capazes</p><p>de reterem partículas sólidas e líquidas</p><p>à base de água e oleosas.</p><p>Não utilizar os modelos de PFF nas seguintes situações:</p><p>Para proteção contra gases e/ou vapores, pintura com aplicação por spray com tinta à base de</p><p>solvente, jateamento de areia ou em atmosferas com névoas oleosas.</p><p>Em atmosferas com concentração (em volume) de oxigênio abaixo de 18%, em ambientes</p><p>fechados e sem ventilação, como: câmaras, tanques, silos e tubulações, ou onde a concentração</p><p>de oxigênio pode ser menor que 19,5% em volume ou acima de 23%.</p><p>Em atmosferas explosivas.</p><p>Quando a concentração do contaminante ultrapassar os valores imediatamente perigosos à vida e</p><p>à saúde - IPVS.</p><p>Cabe esclarecer que, diferentemente do respirador, que é um EPR que cobre boca e nariz e proporciona</p><p>uma vedação adequada sobre a face do usuário e, ainda, possui filtro eficiente para retenção dos</p><p>contaminantes presentes no ambiente de trabalho, na forma de aerossóis, a máscara cirúrgica não</p><p>protege o usuário adequadamente em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois,</p><p>independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de</p><p>máscara.</p><p>A máscara cirúrgica é tão somente uma barreira de uso individual, que cobre nariz e boca, indicada para</p><p>proteger o trabalhador da saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e</p><p>pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. A</p><p>máscara é indicada, ainda, para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias</p><p>geradas pelo próprio trabalhador da saúde ou pelo paciente em condição de transporte.</p><p>Os respiradores purificadores podem ainda ser:</p><p>RESPIRADOR NÃO MOTORIZADO</p><p>O ar chega até a zona respiratória através da ação de inspirar.</p><p> EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos pares</p><p>RESPIRADOR MOTORIZADO</p><p>O ar chega até a zona respiratória forçado por uma ventoinha.</p><p> EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “touca” com anteparo</p><p>tipo protetor facial</p><p>RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR</p><p>OS RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR SE UTILIZAM DO</p><p>AR ORIUNDO DE UMA FONTE EXTERNA.</p><p>Estes respiradores são classificados, ainda, de acordo com o método pelo qual o ar respirável é</p><p>fornecido e, também, pelo sistema usado para regular o suprimento de ar em:</p><p> Máscara respiratória com ar mandado</p><p>RESPIRADOR DE AR NATURAL</p><p>RESPIRADOR DE LINHA DE AR COMPRIMIDO</p><p>Exemplo de EPR de adução de ar tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positiva e com</p><p>peça facial inteira.</p><p>APARELHO AUTÔNOMO OU MÁSCARA AUTÔNOMA</p><p>Exemplo de respirador de adução de ar comprimido com máscara autônoma e cilindro.</p><p>Cabe observar que a linha de ar comprimido pode ser:</p><p>DE FLUXO CONTÍNUO</p><p>Garante uma pressão ligeiramente positiva dentro da cobertura das vias respiratórias.</p><p>DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA</p><p>Válvula de exalação que garante que a pressão dentro da peça facial seja mantida acima da pressão</p><p>ambiente.</p><p>DE DEMANDA SEM PRESSÃO POSITIVA</p><p>Válvula de demanda que garante o fluxo de ar exclusivamente durante a inalação.</p><p>TIPOS DE FILTROS</p><p>Os filtros podem ser:</p><p>Mecânicos</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p></p><p>Químicos</p><p>Os filtros mecânicos, indicados para aerodispersoides, podem ser:</p><p>P1</p><p>P2</p><p>P3</p><p>P1</p><p>Indicados contra poeiras vegetais e minerais e névoas inorgânicas, tais como névoas de soda cáustica</p><p>(poeiras de sílica com diâmetro superior a 2μm).</p><p>P2</p><p>Aerodispersoides descritos na classe P1 e, também, para fumos metálicos. Podem ser usados contra</p><p>pesticidas que não contenham vapores associados.</p><p>P3</p><p>Além das classes P1 e P2 são de uso contra partículas de metais radionuclídeos, poeira de sílica com</p><p>diâmetro menor que 2μm e fibra de asbestos com concentração superior a 10 fibras/cm³.</p><p>Os filtros químicos podem ser classificados em:</p><p>Vapores orgânicos.</p><p>Gases ácidos (exceto CO).</p><p>Amônia.</p><p>Gases e vapores especiais (vapor de mercúrio, monóxido de carbono e outros).</p><p>Finalmente, temos as seguintes classificações, para os filtros químicos:</p><p>CLASSE 1</p><p>Contaminante gasoso em concentração máxima de 1000ppm.</p><p>CLASSE 2</p><p>Contaminante gasoso em concentração máxima de 5000ppm.</p><p>CLASSE 3</p><p>Contaminante gasoso em concentração máxima de 10.000ppm.</p><p>RESPIRADOR DE FUGA</p><p>Veja a imagem ilustrativa de um respirador para emergências. Ele possui um conjunto bocal e presilha</p><p>nasal.</p><p> Ilustração de respirador de fuga.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>CONCLUSÃO</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Como vimos, muitas são as áreas em que os aerodispersoides estão presentes, razão pela qual, os</p><p>profissionais da área de saúde e segurança devem estar permanentemente atualizados em relação às</p><p>medidas de controle pertinentes.</p><p> PODCAST</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH). Limites de</p><p>exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos & índices biológicos</p><p>de exposição (BEIsR). Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais), p. 4-5.</p><p>São Paulo: ABHO, 2021.</p><p>ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de</p><p>Janeiro: GVC, 2013.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Organização Pan-americana da Saúde no Brasil. Doenças</p><p>relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. p. 15, 324, 325,</p><p>334 e 337. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes</p><p>Biológicos para Trabalhadores de Saúde. Brasília: Anvisa, 2009.</p><p>BRASIL. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Consultado na internet em: 10 jun. 2021.</p><p>BREVIGLIERO, E.; SPINELLI.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: Agentes biológicos, químicos e</p><p>físicos. 10. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2017.</p><p>COSTA, Paulo. Segurança do trabalho II. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio</p><p>Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.</p><p>FUNDACENTRO. Análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos coletados sobre filtros de</p><p>membrana- NHO -3. São Paulo: Fundacentro, 2001.</p><p>FUNDACENTRO. Método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho análise por</p><p>microscopia ótica de contraste de fase- NHO 4. São Paulo: Fundacentro, 2001.</p><p>FUNDACENTRO. Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho</p><p>NHO 8. São Paulo: Fundacentro, 2009.</p><p>GONÇALVES, E. A.; GONÇALVES, D. C. e GONÇALVES, I. C. Manual de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2018.</p><p>PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa</p><p>Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.</p><p>SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: Avaliação e controle dos riscos</p><p>ambientais. 1. ed. São Paulo: LTr, 2005.</p><p>VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança no Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para ampliar o conhecimento sobre o assunto, pesquise pelos vídeos da 3M:</p><p>Vídeo 3D Proteção Respiratória 3M</p><p>3M Aura: Colocação correta do Respirador</p><p>3M Scott: Demonstração do respirador autônomo ProPak</p><p>3M Scott: Demonstração do respirador de linha de ar mandado Flite COV</p><p>Respirador Motorizado ADFLO</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Lucio Villarinho Rosa</p>

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