Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>MANUAL DO ENGENHEIRO DE</p><p>SEGURANÇA DO TRABALHO</p><p>GLAUBER GUIMARÃES FERREIRA</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>OS MOTIVOS1.</p><p>PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO 2.</p><p>2.1. Controle de Risco.</p><p>2.2. Perigo x Risco.</p><p>2.3. Prevenção de Máquinas e Equipamentos.</p><p>2.4. Métodos para prevenção de Controle de Riscos.</p><p>2.5. Na prática o que o Engenheiro deve adotar em Gerenciamento de Risco.</p><p>2.6. Elaboração do PGR.</p><p>3. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO – NR04</p><p>4. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE – NR05</p><p>5. TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS – NR11</p><p>5.1. Acessórios e Plano de Rigging.</p><p>5.2. Plano de Rigging.</p><p>5.3. Segurança em Movimentação de Carga.</p><p>5.4. Case Prático Sistema de movimentação de carga.</p><p>5.5. Na prática o que o Engenheiro deve adotar em Movimentação de carga.</p><p>6. SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - NR12.</p><p>6.1. Sistema de proteção da NR12.</p><p>6.2. Prevenção em Máquinas, Equipamentos e Instalações.</p><p>6.3. Revolução das Máquinas e Equipamentos.</p><p>6.4. Máquinas e Equipamentos Mecânicos.</p><p>6.5. Segurança em Máquinas e Equipamentos conforme NR12.</p><p>6.6. Case Prático Segurança de Máquinas e Equipamentos.</p><p>6.7. Equipamentos Fluidomecânicos.</p><p>6.8. Equipamentos térmicos.</p><p>6.9. Segurança em Equipamentos Fluidomecânicos e Térmicos.</p><p>6.10. Motores, Geradores e Veículos Industriais.</p><p>6.11. Sistemas elétricos.</p><p>6.12. Segurança em equipamentos de Geração de Energia.</p><p>6.13. Apreciação de Risco.</p><p>7. ATIVIDADE E OPERAÇÕES PERIGOSAS – NR16.</p><p>8. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO – NR18.</p><p>9. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS - NR20.</p><p>10. SISTEMA DE GESTÃO.</p><p>11. BIBLIOGRAFIA</p><p>12. AGRADECIMENTOS / CITAÇÕES</p><p>13. DEDICAÇÃO</p><p>MOTIVOS1.</p><p>Há vários motivos que levam o engenheiro a buscar uma jornada</p><p>na Engenharia de Segurança do Trabalho. Existem alguns ditados</p><p>populares que falam: “as pessoas aprendem com a dor ou com o</p><p>amor”.</p><p>Vou contar uma história particular, mas misturam sentimentos</p><p>como dor e amor.</p><p>Cada escolha ao longo da sua jornada de vida o direciona para um</p><p>caminho. Escolhi nos anos 90, ainda no ensino médio, cursar</p><p>Engenharia Mecatrônica. Sempre fui viciado em inovação e queria</p><p>fazer diferente melhorando meu país. Quando um primo, entrou</p><p>ingressou nesta Engenharia, fiquei ainda com mais vontade de</p><p>seguir aqueles caminhos.</p><p>Durante minha formação, início dos anos 2000, conheci várias</p><p>especializações e variadas áreas do ramo da indústria e negócios,</p><p>mas uma tinha certeza de que não faria, ENGENHARIA DE</p><p>SEGURANÇA DO TRABALHO. Um pré-conceito criado na época,</p><p>aonde se você não se desse bem em sua área escolhida, poderia</p><p>fazer Engenharia de Segurança pois aceitava qualquer outra</p><p>engenharia. Escolhi ao longo da minha formação, em se dedicar o</p><p>menor tempo possível neste ramo e me especializei em áreas para</p><p>melhoria dos negócios.</p><p>Meu primeiro cargo na área de engenharia, foi Engenheiro</p><p>Mecânico Trainee, em uma automobilística no estado de Minas</p><p>Gerais, minha terra natal. Minha contratação tinha um</p><p>direcionamento certo: automatizar uma linha de estamparia,</p><p>aumentando a produtividade.</p><p>Em menos de 6 meses, consegui o resultado esperado e o mesmo</p><p>gerente que me contratou, me promoveu a gestor desta empresa.</p><p>Na minha mente, tinha uma certeza de que, para ser promovido,</p><p>deveria cada vez mais, melhorar a produção da empresa. Este</p><p>conceito adquirido na época, foi compartilhado com toda a equipe</p><p>de produção, e aos poucos foram incrementando novas variáveis</p><p>ao conceito inicial. Para ser promovido, deveria cada vez mais,</p><p>melhorar a produção da empresa a quaisquer custos.</p><p>A cada semana, minha equipe desenvolvia uma “melhoria” para</p><p>aumentar a produção e grande parte destas melhorias, burlavam</p><p>os equipamentos criados pela Engenharia de Segurança do</p><p>Trabalho. Até que...</p><p>Um colega, que muito admirava se lesionou gravemente em uma</p><p>das melhorias criadas. Foi um choque de realidade na minha vida,</p><p>pois sabia que ele somente fez aquilo, pois estava claramente</p><p>sendo orientado das minhas estratégias.</p><p>Este choque, fez com que voltasse para minha realidade</p><p>acadêmica, visto a pouca importância que tive com relação a</p><p>Engenharia de Segurança do Trabalho. Voltei a estudar, me</p><p>especializei em Engenharia de Segurança do Trabalho, virei</p><p>coordenador de Curso de Pós-graduação em Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho e me deparei com a baixa oferta de livros</p><p>relacionados ao tema no Brasil.</p><p>Aprendi como muitos, nas práticas de erros e acertos, para o</p><p>desenvolvimento das minhas atividades laborais de Segurança do</p><p>Trabalho. Por isto, para direcionar os Engenheiros de Segurança</p><p>do Trabalho faço aqui o compartilhamento das minhas práticas</p><p>usuais.</p><p>2. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO (PGR) – NR01</p><p>Este livro tratasse de um direcionamento para as atividades laborais do Engenheiro de</p><p>Segurança do Trabalho não importando qual o meio, ramo ou tamanha da empresa na qual</p><p>está situado e sim os direcionamentos macros para a realização das suas atividades laborais.</p><p>O primeiro passo e o mais importante e garantir que os cenários de riscos sejam identificados</p><p>e possuam medidas de controle para garantir a segurança dos trabalhadores.</p><p>IMPORTANTE: O Engenheiro de Segurança é o responsável pelo gerenciamento dos riscos da</p><p>empresa, podendo ser responsabilizado criminalmente por negligência ou imprudência. Cabe</p><p>a este profissional, junto com outros especialistas e alta liderança, garantir o cumprimento do</p><p>PGR.</p><p>2.1. Controle de Risco</p><p>Controlar o risco, é assumir a existência de uma fonte de perigo, e garantir a segurança ao</p><p>aproximar.</p><p>A população de forma em geral não gerencia seus riscos, colocando-se em uma situação de</p><p>perigo diariamente.</p><p>Uma vez escutei de um amigo José Marcelo Ribeiro, Psicólogo especializado na área de</p><p>Segurança do Trabalho a seguinte citação: NORMAL, ANORMAL E COMUM. Sendo o normal</p><p>uma realidade de riscos controlados. Anormal uma realidade de riscos não controlados e</p><p>comum uma realidade de risco não controlados, mas que a organização de forma geral aceita,</p><p>como característica intrínseca, acreditando que este risco não vale a pena gerenciar.</p><p>A condição COMUM é uma condição perigosa, pois permite que a curto prazo tenha ganhos</p><p>de produção, mas em médio e longo prazo, pode acarretar num evento com risco no negócio</p><p>ou em um acidente de trabalho. José Marcelo trata o comum como uma negociação interna</p><p>com situações anormais que, de imediato gera algum tipo de benefício. Enquanto o errado</p><p>estiver dando certo ele se justifica e se sustenta. Quando o errado dá errado, ele traz a conta</p><p>e de maneira explícita classificamos o evento como desvio ou ANORMAL.</p><p>Alguns riscos, devido seu baixo potencial de eventos é assumido pela organização em</p><p>consenso com os profissionais de segurança.</p><p>Alguns destes riscos estão inclusive nos meios domésticos como utilizar uma cafeteira. A</p><p>condição de perigo (queimadura) é conhecida, mas não gerenciamos este risco de forma geral</p><p>(aproximar da jarra quente), como utilizar um Equipamento de Proteção Individual (EPI) para</p><p>fazer um café. Outras condições perigosas, apesar do conhecimento a dificuldade de tratativa</p><p>momentânea faz com que a organização assuma a responsabilidade como conduzir um</p><p>veículo. O risco de uma fatalidade em uma colisão é existente, porém é necessário o</p><p>transporte de pessoas, ou seja, um risco assumido, com poucos gerenciamentos.</p><p>IMPORTANTE: Este Manual, direciona o Engenheiro a focar nas condições de risco principais. E</p><p>para isto devemos utilizar todos os dados disponíveis para facilitar neste direcionamento.</p><p>O custo pelo acidente de trabalho é alto para empresa, pois além da perda do</p><p>acidentado/vítima, há um dispêndio de tempo de outros colaboradores na investigação dos</p><p>motivos que levaram ao evento com perda pessoal.</p><p>Em caso de acidente de trabalho sem fatalidade, várias circunstâncias podem afetar</p><p>negativamente a empresa como:</p><p>1.Paralisação temporária da mão de</p><p>alguns casos para subsidiar as análises de equipamentos</p><p>sobre pressão:</p><p>● Medidas para reduzir o impacto em caso de rompimento de mangueiras, seja por</p><p>chicoteamento ou por projeção de fluidos quentes. A Figura 63, contendo 2 imagens,</p><p>apresenta 2 dispositivos de segurança. O primeiro é um protetor de mangueira espiral, que é</p><p>um dispositivo de segurança que realiza um invólucro das mangueiras. O segundo é um cabo</p><p>de segurança que impede que a mangueira se distancie do cilindro de alimentação. Os dois</p><p>dispositivos servem para em caso de rompimento a ação de chicoteamento e raio de</p><p>exposição do fluido sejam reduzidos.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 63 – Dispositivos de proteção das mangueiras</p><p>● Medidas de engenharia para impedir a ocorrência com fluido sob pressão acima do limite pré-</p><p>determinado. Para garantir a pressão estabelecida pelo fabricante, existe um equipamento que</p><p>mede a pressão no circuito (manômetro). Normalmente este dispositivo somente indica a</p><p>pressão em um determinando ponto, porém para retirar o controle somente da verificação</p><p>humana de alguma anomalia, é importante inserir ligado a este dispositivo, sensores que</p><p>desligam o equipamento ou gere uma ação de eliminação desta pressão.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 64 – Manômetro</p><p>● Em caso de violação, na qual o colaborador adentre em uma zona de risco, pode-se criar</p><p>controles de segurança para desligar os equipamentos de uma determinada área, assim que os</p><p>dispositivos detectam a presença de uma pessoa ou que abra uma porta ou compartimento</p><p>indevido, como os sensores de presença ou sensores de porta conforme Figura 65.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 65 – Sensor de trava de porta</p><p>Com relação aos Macacos Hidráulicos, algumas medidas são básicas para garantia de segurança,</p><p>conforme instruções de Segurança da Enerpac. A figura 66, apresenta alguns riscos relacionados</p><p>a base do macaco hidráulico, formas de trabalho em suas proximidades e os riscos com relação</p><p>a haste.</p><p>Fonte: https://www.enerpac.com/pt-br/treinamento/e/safety-instructions</p><p>Figura 66 – Instruções de segurança para uso do macaco hidráulico</p><p>oCom relação ao posicionamento dos macacos hidráulicos e com as atividades envolvendo</p><p>chamas temos algumas medidas adicionais de segurança ou observações de segurança que se</p><p>devem ser tomadas antes do início das atividades, como apresentado na figura 67 abaixo.</p><p>Fonte: https://www.enerpac.com/pt-br/treinamento/e/safety-instructions</p><p>Figura 67 – Medidas de controle para uso do Macaco Hidráulico</p><p>Para as mangueiras destes equipamentos, alguns riscos podem ocorrer devido a mal uso, ou</p><p>falha na utilização de itens de segurança destes equipamentos ou no transporte conforme figura</p><p>68 abaixo.</p><p>Fonte: https://www.enerpac.com/pt-br/treinamento/e/safety-instructions</p><p>Figura 68 – Os cuidados com as mangueiras do macaco hidráulico</p><p>Em geral, o Engenheiro de Segurança do Trabalho e as equipes mantenedoras, devem conhecer</p><p>o que está descrito no manual destes equipamentos, de forma que a empresa promova</p><p>treinamentos para garantir o bom uso destes equipamentos conforme figura 69 abaixo.</p><p>Fonte: https://www.enerpac.com/pt-br/treinamento/e/safety-instructions</p><p>Figura 69 – Manual do Macaco Hidráulico</p><p>● E uma das responsabilidades do Engenheiro de Segurança do Trabalho e sua equipe de</p><p>Técnicos de Segurança é auditar todo o processo de segurança, garantindo o cumprimento das</p><p>normas internas e externas (Figura 70).</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 70 – Auditoria de Segurança do Trabalho</p><p>6.10. Motores, Geradores e Veículos Industriais</p><p>Motores, geradores e veículos industriais são equipamentos utilizados em larga escala em</p><p>ambientes industriais. Suas demandas são amplas e cabe ao Engenheiro de Segurança do</p><p>Trabalho conhecer suas funções básicas, para propor medidas de controle para gerenciamento</p><p>dos riscos.</p><p>Motores e Geradores elétricos têm por sua essência, converter energia por meio de sua indução</p><p>elétrica.</p><p>O motor elétrico é uma máquina que transforma energia elétrica em energia mecânica. Diferente</p><p>do seu “irmão” motor a combustão que transforma energia química, promovida da combustão</p><p>de diesel, gasolina ou álcool, e transforma em energia mecânica.</p><p>Nos ambientes industriais a demanda é maior por motores elétricos em relação aos de</p><p>combustão devido a:</p><p>●Baixo custo;</p><p>●Facilidade de transporte;</p><p>●Facilidade de limpeza;</p><p>●Facilidade na reposição de peças;</p><p>●Simplicidade de comando;</p><p>●Convenção de energia de entrada ser elétrica, ou seja, sem abastecimento.</p><p>A figura 71 apresenta os componentes internos de um motor elétrico.</p><p>Fonte: https://www.abecom.com.br/tipos-de-motor-eletrico/</p><p>Figura 71 – Motor elétrico e seus componentes</p><p>Os geradores são máquinas que transformam energia mecânica/química em energia elétrica.</p><p>Sua demanda é alta em ambientes industriais devido:</p><p>●Baixo custo;</p><p>●Facilidade de transporte;</p><p>●Facilidade de limpeza;</p><p>●Facilidade de aquisição e locação;</p><p>●Simplicidade de comando.</p><p>Na falta de energia ou em pontos de difícil acesso para energia elétrica, os geradores são</p><p>excelentes alternativas para a demanda.</p><p>A figura 72 demonstra a apresentação dos componentes internos de um Gerador a Diesel.</p><p>Fonte: http://geradordeenergiaeletrica.blogspot.com/2016/03/o-que-e-um-gerador-de-energia-diesel.html</p><p>Figura 72 – Gerador diesel e seus componentes</p><p>Os veículos industriais são equipamentos normalmente usados para transporte de carga dentro</p><p>das empresas ou para acesso em ambientes.</p><p>As empilhadeiras lideram estas movimentações, sendo elas, manuais ou com motorização. Todas</p><p>as duas apresentam risco, porém as motorizadas (figura 73) lideram as estatísticas de acidentes</p><p>fatais, devido à sua carga, peso e velocidade.</p><p>Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/</p><p>Figura 73 – Empilhadeira motorizada</p><p>Além disso, cada vez mais a indústria 4.0 vem adentrando nos ambientes industriais,</p><p>transformando processos e atividades antes conduzidas por mão de obra humana, para</p><p>sistemas computadorizados de inteligência artificial. Desta forma, estes equipamentos</p><p>autônomos necessitam de uma avaliação especializada do Engenheiro de Segurança do</p><p>Trabalho, a fim de mitigar possíveis riscos com as pessoas em seu entorno, conforme a figura 75.</p><p>Os carrinhos de transporte são normalmente elétricos, ou seja, uma fonte de bateria que</p><p>alimenta um motor elétrico, que transforma a energia elétrica em mecânica para os eixos.</p><p>Sua aplicação é somente dentro das empresas, sendo seu uso em áreas externas proibido,</p><p>conforme legislação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).</p><p>A figura 74 demonstra alguns tipos destes equipamentos.</p><p>Fonte: https://www.compactcar.com.br/locacao/</p><p>Figura 74 – Equipamentos de movimentação industrial</p><p>Fonte: https://www.sick.com/br/pt/ramos-industriais/</p><p>Figura 75 – Equipamentos autônomos</p><p>6.11. Sistemas elétricos</p><p>No Brasil, a maior parte energia elétrica é gerada a partir de fontes hidrelétricas, sendo o</p><p>restante de termelétricas e outras alternativas.</p><p>A energia gerada nas Usinas Hidrelétricas é transformada em subestações elétricas, elevadas</p><p>a altos níveis de tensão e transportada em corrente alternada (linha de transmissão) através</p><p>de cabos elétricos, até as subestações rebaixadoras, delimitando a fase de transmissão e</p><p>distribuindo em residências, comércio e indústria.</p><p>Muitas das vezes, dependendo do porte e consumo algumas indústrias contêm em suas</p><p>instalações as subestações rebaixadoras. A figura 76 apresenta o fluxo da energia desde a</p><p>saída das Usinas Geradoras até o cliente final.</p><p>Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/um-pouco-mais-sobre-o-sistema-eletrico-de-potencia-sep/</p><p>Figura 76 – Geração de energia no Brasil</p><p>O entendimento do processo e as normativas que apoiam no gerenciamento dos riscos são uma</p><p>das principais ferramentas para garantia de segurança destes estabelecimentos.</p><p>Esta é uma das áreas consideradas PERICULOSAS, conforme NR16 – Atividades e Operações</p><p>Perigosas.</p><p>O exercício do trabalho nestas atividades, principalmente nas consideradas de Geração de</p><p>Energia, assegura ao trabalhador a percepção do adicional de 30% (trinta por cento),</p><p>incidente</p><p>sobre o salário, sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação de lucros</p><p>da empresa, conforme item 16.2 desta norma.</p><p>É de responsabilidade do Engenheiro de Segurança do Trabalho a caracterização ou</p><p>descaracterização da periculosidade mediante a elaboração de laudo técnico, nos termos do</p><p>artigo 195 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).</p><p>Esta importância adicional, é devida ao alto grau de risco na realização destas atividades e as</p><p>poucas margens de erro.</p><p>Pelo Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, dos acidentes envolvendo choque elétrico,</p><p>11% ocorreram nas Obras de geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações</p><p>e 5% nas instalações elétricas conforme figura 77, do período de 2012 a 2021.</p><p>Fonte: https://smartlabbr.org/sst</p><p>Figura 77 – Acidentes com relação a energia elétrica</p><p>6.12. Segurança em equipamentos de Geração de Energia</p><p>Motores e geradores, apesar de muito usuais e importantes no ambiente industrial, o</p><p>não gerenciamento dos seus riscos, podem provocar um acidente de trabalho.</p><p>Existem 3 principais riscos associados a estes tipos de equipamentos: Contato com</p><p>partes elétricas, contato com partes móveis desprotegidas e Imperícia/Imprudência</p><p>dos empregados.</p><p>Choque elétrico</p><p>Muitos acidentes de trabalho, inclusive de fatalidades, são gerados em função do choque</p><p>elétrico. O choque elétrico é a passagem de corrente elétrica pelo corpo. Os resultados desta</p><p>passagem normalmente são:</p><p>●Queimaduras de 1°, 2° e 3° grau;</p><p>●Parada respiratória;</p><p>●Parada cardíaca;</p><p>●Óbito.</p><p>Para evitar este tipo de ocorrência, medidas simples podem apoiar o Engenheiro de Segurança</p><p>do Trabalho nas avaliações como:</p><p>Fazer a base civil dos motores com um incremento de altura. Com esta medida, evita-se que o</p><p>equipamento tenha contato com a umidade dos pisos, evitando assim o contato com partes</p><p>energizadas. A figura 78 apresenta formas de bases para instalação de geradores/motores para</p><p>evitar contato direto com o solo.</p><p>Fonte: https://www.aecweb.com.br/empresa/himoinsa-do-brasil/</p><p>Figura 78 – Bases de Geradores</p><p>Garantir o aterramento das estruturas. Este sistema consiste em ligar o condutor neutro ou fase</p><p>à terra. Esta manobra visa controlar a tensão em relação a terra. Outro fator importante é que</p><p>fornece um caminho para a circulação de corrente, permitindo a detecção de uma ligação</p><p>indesejada. Com esta medida, ao levar a mão na carcaça do equipamento, não levaremos</p><p>choque, pois não haverá diferença de potencial. A figura 79 apresenta a placa indicativa de</p><p>aterramento.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 79 – Placa de aterramento</p><p>Para a garantia da integridade física dos cabos e dos componentes destes motores e</p><p>geradores é necessário acompanhar o calendário de manutenções preventivas. Este</p><p>calendário permitirá que seja efetuada a troca dos componentes antes da degradação. A</p><p>figura 80 apresenta um modelo de cronograma de manutenção.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 80 – Plano e cronograma de manutenção preventiva</p><p>Contato com partes móveis desprotegidas</p><p>Esta condição de risco se apresenta na entrada do Gerador, pois é um sistema de motor a</p><p>combustão e no motor elétrico na transmissão para o eixo mecânico.</p><p>Quando retiradas as proteções do gerador ou do eixo do motor elétrico em manutenção, as</p><p>partes móveis e rotativas ficam a exposição, podendo gerar um risco de corte, prensamento,</p><p>amputação e até o óbito. Algumas medidas são importantes para garantia de gerenciamento</p><p>deste risco como:</p><p>● Criação de um procedimento operacional para manutenção destes equipamentos;</p><p>● Criação de um Check de verificação de todos os itens, acrescentando a colocação das</p><p>proteções para entrega do equipamento;</p><p>● Criação de rotas de inspeções para análise das proteções faltantes;</p><p>● Bloquear acesso de quaisquer empregados a zonas de risco sem proteções;</p><p>● Não permitir operação de equipamentos sem proteção, sem adoção de alguma medida</p><p>adicional;</p><p>● Eliminar uso de adornos em ambientes com máquinas rotativas;</p><p>● Criar medida de bloqueio do equipamento durante as manutenções;</p><p>● Eliminar o uso de roupas/vestuário que possam entrar em contato com partes móveis,</p><p>mesmo com ação involuntária;</p><p>● Criar procedimento de prender o cabelo em ambiente com máquinas rotativas.</p><p>Imperícia ou imprudência</p><p>Um gráfico importante para os Engenheiros de Segurança do Trabalho é a “famosa”, curva da</p><p>banheira de Taxa de Acidente com o Tempo de Empresa. A figura 81 apresenta a curva da</p><p>banheira com relação aos taxa de acidentes.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 81 – Taxa de acidentes x Tempo de empresa</p><p>O novato por desconhecimento entra em uma situação de risco por imperícia, ou seja, por não</p><p>conhecer o real funcionamento e sua respectiva partes perigosas, se coloca em situação</p><p>iminente de risco. Já o experiente, conhecendo o equipamento e seus tempos de</p><p>funcionamento, entra na condição na situação de risco por imperícia. O experiente conhece a</p><p>situação de risco, mas não acredita que terá descuido na realização das tarefas.</p><p>Case Prático Equipamentos de Geração de Energia</p><p>Um laudo de Periculosidade é um documento que somente um médico ou Engenheiro de</p><p>Segurança do Trabalho podem produzir. Este documento analisa conforme Norma</p><p>Regulamentadora 16 – Atividades e Operações Perigosas, e a partir de uma avaliação técnica,</p><p>o Engenheiro ou Médico, em cima de um enquadramento, conclui que o profissional faz jus</p><p>ou não ao adicional de Periculosidade. Este documento também direciona o empregador a</p><p>implementar e gerenciar as medidas de controle. Para garantia de que todos os itens sejam</p><p>implementados e fiscalizados, dentro do laudo há uma coleta de assinaturas (Empregado e</p><p>Empregador), colocando à luz da justiça todos os direitos e deveres de cada parte.</p><p>Itens mínimos neste documento:</p><p>●Dados da função avaliada;</p><p>●Nome dos entrevistados e código de identificação junto a empresa;</p><p>●Descrição das atividades;</p><p>●Locais de realização das atividades;</p><p>●Medidas de proteção;</p><p>●Descrição da área de risco;</p><p>●Tipo de exposição (Habitual / Eventual);</p><p>●Análise técnica para enquadramento conforme NR16. Neste ponto não pode deixar de citar</p><p>os textos da Norma;</p><p>●Citar referências técnicas (CLT / NR16 / Entre outras);</p><p>●Qual enquadramento da NR16 – Qual anexo da NR16;</p><p>●Assinaturas (Empregado / Empregador / Engenheiro de Segurança do Trabalho);</p><p>● ART (Caso seja um laudo para uma empresa que este Engenheiro não possua cargo e</p><p>função).</p><p>Na prática o que o Engenheiro deve adotar</p><p>Criar uma condição básica de avaliação das máquinas e equipamentos que são comprados</p><p>ou alugados, aplicando um Check-list de verificação, garantem condições mínimas de</p><p>segurança antes do início de operação.</p><p>Gerencie bem tanto as condições de capacitação das pessoas que operam estes</p><p>equipamentos quantos das mantenedoras que realizaram as manutenções.</p><p>6.13. Apreciação de Risco</p><p>6.13.1. Métodos de apreciação de risco usados no Brasil</p><p>Análise e Apreciação de riscos possuem conceitos diferentes. Tanto a análise quanto a</p><p>apreciação de risco estão previstas na Norma Regulamentadora 12 e na NBR ISO 12100 –</p><p>Segurança de Máquinas – Princípios de Projeto – Apreciação e redução do risco.</p><p>Análise de risco: é uma avaliação da identificação dos perigos e riscos. Através desta</p><p>identificação, deve-se avaliar o potencial de dano e implementar medidas de controle.</p><p>Apreciação de riscos: é o processo sistêmico que analisa e avalia o risco. A apreciação pode</p><p>acarretar uma variedade de formatos (desenhos técnicos, gráficos, imagens, fotos e até</p><p>vídeos).</p><p>A apreciação de risco em máquinas é uma importante metodologia de segurança, pois esta</p><p>avaliação identifica os perigos que podem acarretar ao empregado durante todas as fases,</p><p>por meio de métodos e medidas, com a proposta de mitigar os riscos.</p><p>Para isto é importante uma avaliação de alto padrão para garantia da qualidade e segurança</p><p>das máquinas e pessoas.</p><p>Para desenvolvimento da Apreciação de Risco faz-se o uso da NBR ISO 12100 (figura 82).</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 82 – Apreciação de risco conforme NBR ISO12100</p><p>Para apreciação de risco</p><p>o método mundialmente utilizado é o HRN - Hazard Rating Number</p><p>(Número de Avaliação de Perigos).</p><p>Este método classifica o risco de modo que sua avaliação o coloca como ACEITÁVEL ou NÃO</p><p>ACEITÁVEL.</p><p>6.13.2. Segurança de Máquinas – Princípio gerais de projeto</p><p>Nesta etapa, vamos entrar em normativos mais específicos. Para avaliar a segurança de</p><p>máquinas em projetos, faremos o uso da NBR14.153 – Segurança de Máquinas – Partes de</p><p>Sistemas de Comando relacionadas à máquina.</p><p>Ela consiste em 5 passos:</p><p>1.Análise do perigo e apreciação de risco</p><p>O foco dessa etapa do projeto de segurança de máquinas é identificar os perigos na</p><p>máquina, sobretudo, durante sua operação. Também se procura mostrar o que pode</p><p>acontecer ao longo de sua vida útil. Outro ponto dessa fase é avaliar os riscos oriundos de</p><p>tais perigos, e posteriormente como evitá-los.</p><p>2.Decisão das medidas para redução do risco</p><p>Neste momento, são definidas quais aplicações de proteção serão adotadas a fim de diminuir</p><p>os riscos.</p><p>3.Requisitos de Segurança das Partes do Sistema</p><p>Neste momento, são especificadas as funções de segurança do sistema de comando.</p><p>4.Projeto</p><p>Momento no qual se projeta as partes do sistema de comando ligados à segurança das</p><p>máquinas. Esse projeto é verificado em todos os estágios, de modo a comprovar sua</p><p>aplicabilidade.</p><p>5.Validação</p><p>Portanto, a fim do processo ser concluído, é necessário validar. O responsável deve conferir</p><p>se o projeto acoberta as funções de segurança das máquinas e se está em conformidade com</p><p>a categoria escolhida. Em caso de não-conformidade, deverá ser reprojetado. Sendo assim, é</p><p>dessa forma que se caracteriza a estratégia geral do projeto de segurança de máquinas.</p><p>6.13.3. Hazard Rating Number - HRN</p><p>Hazard Rating Number (HRN) é um dos métodos mais utilizados para apreciação de risco em</p><p>nível mundial.</p><p>Existem quatro parâmetros na metodologia HRN:</p><p>●Probabilidade de ocorrência (LO);</p><p>●Grau da possível lesão (DPH);</p><p>●Frequência de exposição (FE);</p><p>●Número de pessoas em risco (NP).</p><p>Estas variáveis podem assumir valores diferentes de acordo com o risco avaliado. A tabela 1</p><p>apresenta indicação dos respectivos valores para apreciação.</p><p>Tabela 6 – Valores da apreciação de risco</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Todas as avaliações dos parâmetros do HRN devem ser verificadas a partir de evidências</p><p>encontradas na máquina, levando em consideração os seguintes critérios.</p><p>●Probabilidade de ocorrência (LO):</p><p>o Informações de confiabilidade;</p><p>o Sistemas instalados;</p><p>o Possibilidade de evitar;</p><p>o Histórico de acidentes.</p><p>●Grau da possível lesão (DPH)</p><p>o A natureza do que deve ser protegido (exemplo: pessoas, equipamentos, ambiente etc.)</p><p>o Gravidade da lesão ou tamanho do dano.</p><p>●Frequência de exposição (FE):</p><p>o Necessidade e tipo de acesso;</p><p>o Tempo despendido na atividade;</p><p>o Número de acessos.</p><p>●Número de pessoas em risco (NP)</p><p>o Uma ou várias pessoas expostas;</p><p>o Extensão do dano causado no equipamento, instalações etc.</p><p>Todos os riscos relacionados aos perigos das máquinas devem ser listados em um</p><p>documento e todos os parâmetros devem ser definidos para cada risco individualmente.</p><p>Após definir todos os parâmetros, a fórmula abaixo deve ser aplicada para encontrar a</p><p>pontuação HRN:</p><p>HRN= LO × DPH × FE × NP</p><p>Os valores das pontuações HRN para cada risco devem ser avaliados de acordo com as</p><p>informações de nível de risco indicadas na tabela 2:</p><p>Tabela 7 - Nível de risco</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>O objetivo da avaliação de risco é fazer uma redução significativa, principalmente dos riscos</p><p>considerados Muito Alto e Alto, deixando os mesmos Tolerável ou Aceitável conforme</p><p>metodologia.</p><p>Medidas de projeto inerentemente seguras para eliminar ou reduzir riscos devem ser a</p><p>primeira opção para redução de riscos quando aplicáveis. A redução ou eliminação dos riscos</p><p>pode ser alcançada limitando ou eliminando a exposição aos perigos existentes,</p><p>respectivamente, através de, por exemplo:</p><p>●Maior confiabilidade da máquina;</p><p>●Utilização de automação para reduzir a intervenção humana;</p><p>●Colocação de pontos de manutenção fora de zonas perigosas;</p><p>● Capacidade de realizar as tarefas operacionais e de manutenção rotineiras sem a</p><p>necessidade de energia.</p><p>A alternativa seguinte para redução do risco, caso as soluções acima não forem possíveis ou</p><p>não conseguirem uma redução significativa, devem ser aplicadas medidas de proteções</p><p>como barreiras físicas, medidas de engenharia para garantir o desligamento da condição</p><p>perigosa, caso haja a exposição do colaborador/empregado, conforme imagens das figuras</p><p>83 e 84.</p><p>Fonte: http://belgoprotec.com.br/produtos/modulos-de-protecao-para-correias-transportadoras-nr-12/</p><p>Figura 83 – Proteção das correias transportadoras</p><p>A figura 84 apresenta uma barreira física que impede o contato de qualquer pessoa com as</p><p>partes móveis ou rotativas. Sua remoção somente é realizada com o uso de ferramentas.</p><p>Fonte: https://www.pahcautomacao.com.br/cortina-de-luz-o-que-e-e-como-funciona/</p><p>Figura 84 – Cerca de segurança</p><p>A figura 84 apresenta uma barreira feita por sensores. Na detecção de qualquer pessoa ou objeto em</p><p>seus direcionamentos, a mesma atua no desligamento da fonte de perigo.</p><p>Os riscos remanescentes após a implementação das medidas acima devem ser identificados nas</p><p>informações de uso. Estes riscos podem ser identificados e tratados através de:</p><p>● Avisos (pictogramas, sinais etc.);</p><p>● Sinais audiovisuais;</p><p>● Equipamento de proteção individual;</p><p>● Treinamentos;</p><p>● Procedimentos operacionais seguros etc.</p><p>Case Prático Apreciação de Risco</p><p>Para realização de um caso prático, vamos considerar que será realizado um HRN de um</p><p>torno mecânico, conforme figura 85:</p><p>Fonte: https://www.lojadomecanico.com.br/</p><p>Figura 85 – Torno mecânico</p><p>Para isto, é importante adotar medidas (métricas) para esta avaliação, seguindo tabelas 8, 9, 10, 11 e 12.</p><p>Tabela 8 - Dano</p><p>Tabela 9 – Frequência Tabela 10 – Probabilidade</p><p>Tabela 11 – Número de pessoas expostas</p><p>Tabela 12 - Ação</p><p>Através de planilhas, você pode criar fórmulas para gerar o HRN. Segue um modelo para facilitar a</p><p>visualização segundo figura 86.</p><p>Fonte: HRN VALE, 2018.</p><p>Figura 86 – Resultado apreciação de risco</p><p>Ao final de cada Perigo identificado (Mecânicos, Ruído, Ergonômicos, Vibração, Ambiente,</p><p>Substâncias Perigosas, Elétricos e Térmico) obtém-se um resultado de HRN conforme imagem da</p><p>figura 87.</p><p>Fonte: HRN VALE, 2018.</p><p>Figura 87 – Resultado HRN por perigo</p><p>Após todas as avaliações, faz-se o somatório para identificação do valor gerado (figura 88).</p><p>Fonte: HRN VALE, 2018.</p><p>Figura 88 – Resultado HRN final</p><p>Terminando a apreciação é gerado um relatório técnico explicando a metodologia, com as avaliações via</p><p>imagem e uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do Engenheiro de Segurança do Trabalho</p><p>responsável.</p><p>7. ATIVIDADE E OPERAÇÕES PERIGOSAS – NR16</p><p>O Laudo de Periculosidade é uma avaliação em campo que permite um gerenciamento dos riscos</p><p>por função, conforme fluxo abaixo.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>A figura 89 apresenta um modelo de laudo de periculosidade.</p><p>Fonte: VALE</p><p>Figura 89 – Laudo de Periculosidade</p><p>8. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO – NR18</p><p>Obras / Construção civil</p><p>Obras e construção civil consiste em todas as etapas de levantamento de uma estrutura de</p><p>engenharia fixa, ou seja, sem movimento, com edifícios, casas, pontes, túneis etc., iniciando a</p><p>partir de um projeto de engenharia civil ou arquitetura.</p><p>É um dos processos mais consolidados dentro do ambiente industrial, mesmo assim, ainda é</p><p>um processo que apresenta muitos acidentes de trabalho conforme apresentado na figura 90</p><p>do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho.</p><p>Fonte: https://smartlabbr.org/sst</p><p>Figura 90 – Percentual de acidentes do trabalho no Brasil</p><p>Quando citado no processo de número de acidentes é o 5°</p><p>com maior número de acidentes, porém com relação a</p><p>gravidade, é o 2° em números de fatalidades com 875 casos</p><p>de 21 mil no Brasil, conforme figura 91.</p><p>Fonte: https://smartlabbr.org/sst</p><p>Figura 91 – Percentual de acidentes fatais no Brasil</p><p>Os principais acidentes</p><p>da indústria da construção civil são:</p><p>1)Quedas de altura</p><p>A falta de proteção tanto coletiva quanto individual é um dos principais motivos para</p><p>acidentes envolvendo quedas no trabalho em altura.</p><p>2)Queda de objetos</p><p>Como as construções estão cada vez mais verticais, maior é a quantidade de objetos em piso</p><p>superiores. A falta de amarração ou fixação são um dos principais motivos para os eventos.</p><p>3)Picadas de insetos e animais peçonhentos</p><p>Os materiais envolvidos na construção, mal acondicionados trazem animais com o sem</p><p>peçonha. Outro ponto importante é que muitos ambientes da construção são próximos de</p><p>matas e insetos.</p><p>4)Impacto e colisões causadas por veículos</p><p>Espaços reduzidos e mal gerenciamento da capacitação e frotas provocam altos índices de</p><p>acidente no ambiente da construção civil.</p><p>5)Choques elétricos</p><p>A precariedade das instalações elétricas, o excesso de confiança e a falta de conhecimento</p><p>geram muitos eventos na indústria da construção.</p><p>6)Tombos</p><p>A desorganização e falta de iluminação gera muitos tombos na indústria da construção.</p><p>7)Distensões Musculares</p><p>Excesso de carga manual, com impactos ergonômicos, geram muitos acidentes na indústria</p><p>da construção.</p><p>8)Cortes e Lacerações</p><p>A falta de equipamento de proteção individual é um dos principais motivos para este tipo de</p><p>ocorrência.</p><p>Tipos de Equipamentos</p><p>A construção civil demanda equipamentos como:</p><p>● Ferramentas manuais: são ferramentas de mão que apoiam os trabalhadores nas</p><p>atividades mais simples como cortar, lixar, medir, bater etc.</p><p>● Equipamentos de mão ou bancada: São equipamentos geralmente elétricos ou</p><p>pneumáticos que facilitam em atividades, que podem ser realizadas com ferramentas</p><p>manuais, mas de forma mecanizada como lixadeiras, esmerilhadeira, furadeira etc.</p><p>● Andaimes: São estruturas temporárias criadas para acesso a um determinado nível de</p><p>altura de trabalho, ou seja, são plataformas de trabalho. Existem alguns tipos de andaimes</p><p>como:</p><p>o Andaime fachadeiro (figura 92);</p><p>Fonte: https://www.americandaimes.com.br/andaime-fachadeiro-para-que-serve-e-como-utilizar-corretamente/</p><p>Figura 92 – Andaime fachadeiro</p><p>o Andaimes Móveis (figura 93);</p><p>Fonte: https://www.mmkbrasil.com/andaimes</p><p>Figura 93 – Andaimes móveis</p><p>o Andaime tubular (figura 94);</p><p>Fonte: https://www.vendadeandaimes.com.br/andaimes-tubulares</p><p>Figura 94 – Andaimes tubular</p><p>o Andaime tubo roll (figura 95);</p><p>Fonte: https://www.totalandaimes.com.br/locacao-de-andaime-tubo-roll</p><p>Figura 95 – Tubo roll</p><p>o Andaime suspenso (ou balancim) (figura 96);</p><p>Fonte: https://www.aeroandaimes.com.br/blog/andaime-suspenso-tudo-o-que-voce-precisa-saber.html</p><p>Figura 96 – Andaime suspenso</p><p>o Andaime multidirecional (figura 97);</p><p>Fonte: https://urbe.com.br/</p><p>Figura 97 – Andaime multidirecional</p><p>● Betoneira: equipamento utilizado para realização da mistura de cimento, areia e água. Com</p><p>esta mecanização da mistura, consegue-se adquirir uma massa mais homogênea, garantindo</p><p>assim a qualidade do produto, além de agilidade na atividade.</p><p>● Compressor de ar: equipamento que gera ar comprimido para uma variedade de serviços</p><p>dentro da construção com exemplo: encher pneu, ligar máquinas pneumáticas, limpezas de</p><p>peças e superfícies.</p><p>● Gerador de energia: Equipamento que converte energia química/mecânica em energia</p><p>elétrica. Facilita em muitas atividades na qual não se tem ainda o acesso à energia elétrica.</p><p>● Serra circular ou serra de bancada: a carpintaria é um dos principais auxílios para a</p><p>construção civil e estas serras cortam todo o tipo de material para facilitar a sua aplicação.</p><p>● Equipamentos autopropelidos:</p><p>o Rolos compactadores (figura 98);</p><p>Fonte: https://www.lafaetelocacao.com.br/produto/rolo-compactador/</p><p>Figura 98 – Rolos compactadores</p><p>o Escavadeiras (figura 99);</p><p>Fonte: https://pesa.com.br/pesa-cat-escavadeira-de-esteira-318d2l.html</p><p>Figura 99 – Escavadeira</p><p>o Motoniveladora (figura 100);</p><p>Fonte: https://andaluga.com.br/</p><p>Figura 100 – Motoniveladora</p><p>o Trator de esteira (figura 101);</p><p>Fonte: https://vamosmaquinas.com.br/tratores-de-esteiras/</p><p>Figura 101 – Trator de esteira</p><p>o Retroescavadeira (figura 102);</p><p>Fonte: https://www.valencemaquinas.com.br/produto/retroescavadeira-jcb-4cx/</p><p>Figura 102 – Retroescavadeira</p><p>o Pá carregadeira (figura 103).</p><p>Fonte: https://www.deere.com.br/pt/p%C3%A1s-carregadeiras/624k-ii/</p><p>Figura 103 – Pá carregadeira</p><p>Existe muitos equipamentos específicos, e seu formato irá depender do tipo de atividade, como:</p><p>o Tatuzão gigante (Equipamento criado para fazer túnel) (figura 104):</p><p>Fonte: https://vejario.abril.com.br/cidade/tatuzao-metro/</p><p>Figura 104 – Tatuzão</p><p>o Máquina Ferroviária que construí ferrovia (figura 105).</p><p>Fonte: https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=34158</p><p>Figura 105 – Renovadora de via férrea</p><p>o Máquina que construí pontes (figura 106).</p><p>Fonte: https://www.engenhariaeconstrucao.com/2017/12/slj90032-pontes.html</p><p>Figura 106 – Aranha de pontes</p><p>Existe uma demanda grande de máquinas e equipamentos para o mercado de construção civil, mas é</p><p>importante o Engenheiro de Segurança do Trabalho ficar atento também às novidades de mercado, tanto</p><p>para máquinas mais eficientes para as tarefas propostas, quanto para gerenciar e entender os riscos</p><p>destas novidades.</p><p>Segurança na construção civil</p><p>Como vimos anteriormente na construção civil estão boa parte dos acidentes de trabalho e é</p><p>um dos segmentos que mais registram acidentes de trabalho no Brasil, sendo o primeiro do</p><p>país em incapacidade permanente, o segundo em mortes (perde apenas para o transporte</p><p>terrestre) e o quinto em afastamentos com mais de 15 dias.</p><p>Para gerenciamento neste setor existe um normativo que apoia no controle e gerenciamento</p><p>de risco, a Norma Regulamentadora 18 – Segurança e Saúde no Trabalho da Indústria da</p><p>Construção.</p><p>A NR18 tem como objetivo estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e</p><p>de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos</p><p>de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da</p><p>construção.</p><p>Assim ela traz direitos e deveres para empregado e empregador, tais como as</p><p>responsabilidades da organização da obra:</p><p>a)vedar o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam</p><p>resguardados pelas medidas previstas nesta NR;</p><p>b)fazer a Comunicação Prévia de Obras em sistema informatizado da Subsecretaria de</p><p>Inspeção do Trabalho - SIT, antes do início das atividades, de acordo com a legislação vigente.</p><p>Já para os Engenheiros de Segurança do Trabalho (EST) compete a realização do PGR</p><p>(Programa de Gerenciamento de Risco). O PGR substitui o antigo PCMAT (Programa de</p><p>Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção), porém suas atividades</p><p>inseridas permanecem basicamente as mesmas.</p><p>Então compete ao EST criar o documento e ao Empregador seguir os direcionamentos deste</p><p>documento.</p><p>Quais são as informações importantes que devem constar neste documento?</p><p>● projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em</p><p>conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado;</p><p>● projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente</p><p>habilitado;</p><p>● projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente</p><p>habilitado;</p><p>● projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável,</p><p>elaborados por profissional legalmente habilitado;</p><p>● relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações</p><p>técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes.</p><p>●O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de</p><p>obras.</p><p>● As empresas contratadas devem fornecer ao contratante o inventário de riscos</p><p>ocupacionais específicos de suas atividades, o qual deve ser contemplado no PGR do canteiro</p><p>de obras.</p><p>●As frentes de trabalho devem ser consideradas na elaboração e implementação do PGR.</p><p>● São facultadas às empresas construtoras, regularmente registradas no Sistema</p><p>CONFEA/CREA,</p><p>sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado em segurança do</p><p>trabalho, mediante cumprimento dos requisitos previstos nos subitens seguintes, a adoção de</p><p>soluções alternativas às medidas de proteção coletiva previstas nesta NR, a adoção de</p><p>técnicas de trabalho e o uso de equipamentos, tecnologias e outros dispositivos que: a)</p><p>propiciem avanço tecnológico em segurança, higiene e saúde dos trabalhadores; b) objetivem</p><p>a implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos de segurança nos</p><p>processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção; c)</p><p>garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável.</p><p>●As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas devem estar</p><p>expressamente previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem</p><p>constar: a) os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estarão expostos; b) a descrição</p><p>dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva a serem implementadas; c) a</p><p>identificação e a indicação dos EPI a serem utilizados; d) a descrição de uso e a indicação de</p><p>procedimentos quanto aos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e EPI, conforme as</p><p>etapas das tarefas a serem realizadas; e) a descrição das medidas de prevenção a serem</p><p>observadas durante a execução dos serviços, dentre outras medidas a serem previstas e</p><p>prescritas por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho.</p><p>●As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas com autorização</p><p>especial, precedida de análise de risco e permissão de trabalho, que contemple os</p><p>treinamentos, os procedimentos operacionais, os materiais, as ferramentas e outros</p><p>dispositivos necessários à execução segura da tarefa.</p><p>●A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PGR do canteiro de</p><p>obras, devendo estar disponível no local de trabalho e acompanhada das respectivas</p><p>memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de trabalho.</p><p>Documentações de Segurança</p><p>Conforme visto o principal documento para base de trabalho e gerenciamento de risco é o</p><p>PGR (Programa de Gerenciamento de Risco).</p><p>Para isto ele deve ser acompanhado em reuniões de rotina para garantia do andamento das</p><p>ações.</p><p>Como elaborar um PGR?</p><p>O princípio básico para elaboração do PGR é Antecipação, Identificação, Avaliação e</p><p>Gerenciamento dos Riscos de Acidente.</p><p>Antecipação: Visa a coleta de informações preliminares que são utilizadas nas fases seguintes</p><p>de identificação e análise dos riscos. A importância desta tarefa é interpretar todos os</p><p>possíveis cenários de risco de acidentes. Como fazer esta atividade:</p><p>●Buscar histórico de acidentes com a empresa;</p><p>●Buscar histórico de acidentes com empresas de atividades similares;</p><p>●Avaliar junto de equipes multidisciplinares possíveis situações de acidentes ao longo da</p><p>obra.</p><p>Identificação: nesta etapa deve-se colocar todos os possíveis cenários em um relatório,</p><p>sistema, planilha, entre outros instrumentos para criação de medidas de controle para cada</p><p>evento.</p><p>Avaliar: Através de uma matriz de Risco, deve-se avaliar perante sua Severidade e</p><p>Probabilidade, para classificá-lo.</p><p>Gerenciamento de Risco: É gerar um plano de ação e acompanhamento sistêmico.</p><p>Exemplo:</p><p>Você foi contratado para acompanhar a construção de um prédio de 3 andares. Observando o</p><p>projeto da obra, foi apontada a necessidade de utilização de andaimes fachadeiros.</p><p>O Engenheiro deve criar uma Matriz de Risco para apoiar na tomada de decisão. Vamos fazer</p><p>o uso deste modelo da figura 107 criado para este exemplo.</p><p>Quais são os tipos de eventos que podem ocorrer com o uso de andaimes fachadeiros:</p><p>I. Evento: Queda de pessoas – Severidade: Morte – Probabilidade: Provável (Inaceitável)</p><p>II. Evento: Queda de objetos – Severidade: Morte – Probabilidade: Remoto (Gerenciável)</p><p>III. Evento: Esmagamento de mãos e dedos – Severidade: Afastamento – Probabilidade:</p><p>Remoto (Controlado)</p><p>Quais os tipos de Controles que se tem para o Evento I: Utilização do Cinto de Segurança com</p><p>talabarte duplo, treinamento básico para montador de andaime, treinamento na utilização de</p><p>EPIs.</p><p>Se o Risco na Matriz ficou como inaceitável, não é permitido adentrar qualquer empregado na</p><p>atividade de montagem de andaime sem estes três requisitos. Qualquer quebra destes</p><p>requisitos pode provocar uma demissão por justa causa nos empregados/lideranças que não</p><p>seguirem estas recomendações.</p><p>Quais os tipos de Controles que se tem para o Evento II: Amarração de ferramentas e rodapé</p><p>nos andaimes.</p><p>Se o Risco na Matriz ficou como gerenciável, deve-se criar programas de inspeções para</p><p>acompanhamento do cumprimento deste requisito. Qualquer quebra desses requisitos,</p><p>podem levar o empregado a uma advertência formal.</p><p>Quais os tipos de Controles que se tem para o Evento III: Utilização das luvas e sincronismo.</p><p>Se o risco na matriz ficou como controlado, deve-se criar programas de inspeções para</p><p>acompanhamento das entregas dos EPIs e se faz o uso no ambiente de trabalho. Qualquer</p><p>quebra deste requisito, deve-se aplicar uma advertência verbal à liderança por</p><p>permissibilidade e para o empregado por não fazer o uso de um equipamento obrigatório.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 107 – Matriz de risco</p><p>A ideia da Matriz é direcionar os investimentos e avaliações nas maiores probabilidade de</p><p>ocorrência de eventos e de maiores severidades. Assim estatisticamente o Engenheiro de</p><p>Segurança terá maior probabilidade de sucesso em seu gerenciamento de risco.</p><p>Na prática o que o Engenheiro deve adotar</p><p>Garanta que toda máquina e equipamento seja inspecionado antes do início das atividades,</p><p>com o preenchimento de uma lista de itens mínimos de segurança. Inspecione rotineiramente</p><p>para garantir o controle e formar uma cultura de segurança.</p><p>Dica quente para você não esquecer</p><p>A construção civil trabalha com uma quantidade significativa de trabalhadores, e estes</p><p>possuem vários perfis culturais. Para nivelamento com as condições mínimas de segurança, é</p><p>importante antes do início das atividades, gerar uma conversa direta sobre os riscos e</p><p>medidas de controle das atividades do dia, sendo sempre viável seu registro.</p><p>Observação importante: Todo este processo deve ser descrito,</p><p>assinado (Empregador) e gerado um ART de responsabilidade</p><p>técnica pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho.</p><p>9. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS - NR20</p><p>Áreas Classificadas</p><p>Este capítulo trata de temas relativos à atmosfera explosiva e áreas classificadas, para gerar</p><p>suas medidas de controle e seus gerenciamentos.</p><p>Mas antes vamos entender um pouco mais os conceitos de Atmosfera Explosivas e Áreas</p><p>Classificadas.</p><p>Atmosfera explosiva: Mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias</p><p>inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a</p><p>combustão se propaga.</p><p>Áreas classificadas: Local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.</p><p>Vamos citar alguns exemplos de áreas classificadas, separando por tipo (Gases e Poeiras)</p><p>Poeiras</p><p>●Locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos</p><p>usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de artifício (figura 108). São locais</p><p>com alto risco de explosão devido ao armazenamento de substâncias inflamáveis geradas</p><p>pelos explosivos e seus agregados.</p><p>Fonte: http://sinatran.com.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=2966</p><p>Figura 108 – Abrigo de armazenamento de explosivos</p><p>●Terminais portuários para carregamento de soja, açúcar, fertilizantes ou trigo (figura 109).</p><p>São locais com alto risco de explosão devido a poeiras geradas pelos grãos de maneira geral.</p><p>Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/</p><p>Figura 109 – Terminais portuários de grãos</p><p>●Silos e armazéns para transporte e armazenamento de grãos, farelos, fibras combustíveis</p><p>(algodão, juta, linho, serragem) e poeiras não condutivas: açúcar, soja, trigo, milho, cevada,</p><p>aveia, cacau, fertilizantes, carvão (figura 110).</p><p>Fonte: https://sicflux.com.br/blog/aeracao-de-graos-armazenados-calculo-da-vazao-de-ar/</p><p>Figura 110 – Silos de grãos</p><p>Gases</p><p>● Terminais portuários para carregamento e descarregamento de gases e líquidos inflamáveis</p><p>(figura 111). São locais com alto risco de explosão devido aos gases inflamáveis.</p><p>Foto https://br.freepik.com/</p><p>Figura 111 – Terminais portuário de petróleo</p><p>● Postos de abastecimento de Gasolina, Diesel, Álcool e GNV (figura 112). São locais com alto</p><p>risco de explosão devido aos gases gerados pelo abastecimento de veículos e dos próprios</p><p>reservatórios.</p><p>Fonte: http://minaspetro.com.br/blog/2015/05/12/5-dicas-para-ajuda-lo-a-montar-seu-posto-de-combustivel/</p><p>Figura 112 – Posto de combustível</p><p>●Caminhões de transporte de produtos químicos inflamáveis ou gases liquefeitos (figura 113).</p><p>São equipamentos com alto risco de explosão devido aos gases e misturas dentro dos</p><p>reservatórios de armazenamentos.</p><p>Fonte: https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/7-dicas-para-diminuir-o-consumo-de-combustivel-no-caminhao/</p><p>Figura 113 – Caminhão de transporte de inflamáveis</p><p>● Áreas de abastecimento de aviões em aeroportos (figura 114). São locais com alto risco de</p><p>explosão devido aos gases gerados pelo abastecimento de aeronaves.</p><p>Fonte: https://blog.bianch.com.br/por-que-o-combustivel-do-aviao-vai-nas-asas/</p><p>Figura 114 – Abastecimento de aeronaves</p><p>● Indústrias químicas e petroquímicas (processo de fabricação tintas, vernizes, plásticos e</p><p>resinas) conforme figura 115. São locais com alto risco de explosão devido aos gases gerados</p><p>durante o processo de manuseio, fabricação e transporte.</p><p>Fonte: https://sinproquim.org.br/producao-da-industria-quimica-paulista-registrou-crescimento-de-45-em-julho/</p><p>Figura 115 – Industria química</p><p>●Indústrias alcooleiras, alimentícias e de biocombustíveis (figura 116). São locais com alto risco</p><p>de explosão devido aos gases gerados durante o processo de manuseio, fabricação e</p><p>transporte.</p><p>Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/processo-producao-alcool.htm</p><p>Figura 116 – Industria alcooleira</p><p>● Terminais de Armazenamento de Petróleo e combustíveis (figura 117). São locais com alto</p><p>risco de explosão devido aos gases gerados durante o processo de manuseio, fabricação e</p><p>transporte.</p><p>Fonte: https://pt.dreamstime.com/</p><p>Figura 117 – Terminais de armazenamento de petróleo</p><p>● Navios petroleiros e de produção e armazenamento de petróleo do tipo FPSO - Floating</p><p>Production Storage and Offloading (figura 118). São locais com alto risco de explosão devido aos</p><p>gases gerados durante o transporte.</p><p>Fonte: https://marsemfim.com.br/maior-navio-do-mundo-quase-meio-quilometro-de-extensao/</p><p>Figura 118 – Navio petroleiro</p><p>●Refinarias de petróleo (figura 119). São locais com alto risco de explosão devido aos gases</p><p>gerados durante o processo de manuseio, fabricação e transporte.</p><p>Fonte: https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/refinaria-gabriel-passos-regap.htm</p><p>Figura 119 – Refinaria de petróleo</p><p>10. SISTEMA DE GESTÃO</p><p>É importante para o Engenheiro de Segurança do Trabalho saber apresentar suas propostas</p><p>de trabalho. Entender a curva de maturidade da empresa, direciona sua atividade e suas</p><p>apresentações, conforme figura 120.</p><p>Fonte: https://www.consultdss.com.br/bradley-curva/</p><p>Figura 120 – Curva de maturidade de Bradley</p><p>É necessário realizar um diagnóstico da empresa para interpretar qual estágio a empresa está</p><p>preponderantemente.</p><p>As decisões devem ser embasadas em função da técnica de cada estágio.</p><p>Através delas o Engenheiro pode separar ações para avanço de estágio para cada grupo. Nesta</p><p>etapa será inserida nos quadrantes da figura 121, cada ação para melhoria de cada estágio.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 121 – Definição de estratégia por estágio</p><p>Exemplo:</p><p>Se sua empresa foi diagnosticada como maioria dependente. Uma das ações do seu HRN foi</p><p>realizar a capacitação dos empregados na utilização dos calços para bloquear os caminhões</p><p>quando estiverem estacionados. Se não for inserido também uma ação de fiscalização desta</p><p>medida de controle, a ação de capacitação tende a fracassar, pois os empregados ainda não</p><p>possuem maturidade para cumprir os requisitos sem fiscalização.</p><p>De uma forma simples a BMW realizou um vídeo que é importante assistir.</p><p>Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3V5nC_wDGWg</p><p>Na prática o que o Engenheiro deve adotar</p><p>Para garantir o gerenciamento de risco é importante criar um fluxo de verificação de todas as</p><p>máquinas e equipamentos que adentram a unidade sob sua responsabilidade. Assim, estas</p><p>máquinas ou equipamentos, já fazem uma avaliação de apreciação de risco, sendo criado um</p><p>plano de adequação em caso de não conformidade.</p><p>Dica quente para você não esquecer</p><p>A apreciação de risco atualmente é um dos produtos mais requisitados no mercado para o</p><p>Engenheiro de Segurança do Trabalho. Manter-se atualizado nesta disciplina pode trazer bons</p><p>resultados.</p><p>Sistema de gestão das NRs</p><p>Como engenheiro de Segurança do Trabalho da empresa, você possui a responsabilidade de</p><p>direcionar a empresa no gerenciamento do risco associados às atividades da empresa.</p><p>Para isto, é necessário fazer uma estratégia de trabalho, um planejamento.</p><p>Existem várias empresas que apoiam o sistema de Gestão da Normas Regulamentadoras e</p><p>direcionam no processo de implementação. Caso sua empresa financeiramente tenha</p><p>condições, estas empresas podem te auxiliar em sistemas de fácil abordagem. Mas caso não</p><p>seja este o caso da sua empresa, vamos lá!</p><p>Uma das metodologias mais utilizadas nas empresas para a realização de um planejamento é o</p><p>PDCA (figura 122).</p><p>Fonte: https://www.siteware.com.br/metodologias/ciclo-pdca/</p><p>Figura 122 – PDCA</p><p>A técnica de PDCA consiste em dividir o processo em 4 etapas. Outras metodologias apoiam</p><p>também na implementação, conforme figura 123.</p><p>Fonte: https://www.siteware.com.br/metodologias/ciclo-pdca/</p><p>Figura 123 – Metodologias de planejamento</p><p>1° Planejamento:</p><p>Esta primeira etapa irá focar na parte estratégica.</p><p>1.1. Identificação, observação e análise e plano de ação da norma</p><p>Nesta etapa o Engenheiro de Segurança do Trabalho, em conjunto com as áreas irão selecionar</p><p>todos os itens das normas e em campo verificar quais são os itens atendidos e não atendidos e</p><p>gerar um plano de ação para os não atendidos.</p><p>Neste momento deve-se gerar protocolos de verificações em campo, e se possível, utilizando</p><p>sistemas planilhados, gere uma nota de acompanhamento conforme figura 124 ilustrativa</p><p>abaixo:</p><p>2° Execução:</p><p>Nesta etapa o Engenheiro de Segurança do Trabalho coloca em prática o Plano de Ação</p><p>executado, realizando apresentações para a alta liderança dos resultados do Plano.</p><p>3° Verificação:</p><p>Nesta etapa o Engenheiro de Segurança do Trabalho e sua equipe realizam o Check de</p><p>eficácia para confirmar se a ação apresentada realmente foi concluída conforme normativo.</p><p>4° Ação:</p><p>Esta etapa consiste em avaliar o caminho proposto e se o resultado for satisfatório repetir o</p><p>ciclo. Realize auditorias deste Ciclo semestralmente em sua empresa, isto demonstra um</p><p>controle sobre as normas e acompanhamento.</p><p>Na prática o que o Engenheiro deve adotar</p><p>Para garantir o gerenciamento de risco com relação a áreas classificadas, deve-se primeiro</p><p>reconhecer estas áreas em sua unidade de atuação. Após esta etapa é possível seguir as</p><p>medidas de controle diante de uma atmosfera explosiva. É importante garantir todas as</p><p>condições dos equipamentos mecânicos e elétricos para que possam funcionar com</p><p>dispositivos intrinsecamente seguros, sem gerar riscos às pessoas nestas regiões.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 124 – Protocolo das Normas Regulamentadoras</p><p>11. BIBLIOGRAFIA</p><p>Ministério do Trabalho e Previdência – Normas Regulamentadoras - NR. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2022.</p><p>Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 26 jun. 2022.</p><p>CAMISSASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho. 8 ed., 2022.</p><p>Duarte,</p><p>Vagner Lisoski. Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e</p><p>Instalações I. 2020.</p><p>Revista proteção. Disponível em: . Acessado em: 15 ago. 2022.</p><p>CARLETTI Ricardo, BULGARELLI Roberval, RAUSCH Sérgio Moisés. Segurança de</p><p>Equipamentos e Instalações elétricas em áreas classificadas. 1 ed. 2021.</p><p>CONCI, Fernando. Estratégia geral do projeto de segurança de máquinas. 2021.</p><p>Disponível em: .</p><p>Acessado em: 15 dez. 2023.</p><p>CONFEA. Disponível em: https://normativos.confea.org.br/Ementas/Visualizar?id=407.</p><p>Acessado em: 15 dez. 2023.</p><p>Instruções de segurança para uso do macaco hidráulico. Disponível em:</p><p>. Acessado em: 15 dez.</p><p>2023.</p><p>https://normativos.confea.org.br/Ementas/Visualizar?id=407</p><p>12. AGRADECIMENTOS / CITAÇÕES</p><p>Danilo Albanaz pelo incentivo e apoio;</p><p>Blenda Guimarães Ferreira pelo incentivo e apoio;</p><p>Braulio Guimarães Ferreira pelo incentivo e apoio;</p><p>Ana Júlia e Nestor pelo incentivo e apoio;</p><p>Maria Madalena Ribeiro Guimarães Fernandes pelo incentivo, apoio e citações;</p><p>Walter José Ferreira pelo incentivo, apoio e citações;</p><p>José Marcelo Ribeiro pelas citações;</p><p>Denise Martins pelo apoio e coaching;</p><p>Aos meus amigos da Segurança da VALE pelo incentivo e apoio;</p><p>Aos meus amigos da Faculdade Descomplica e Pitágoras pelo incentivo e apoio.</p><p>13. DEDICAÇÃO</p><p>Durante minha jornada pela as Engenharias,</p><p>houve muitos pedidos de ajuda de</p><p>empregados e empregadores para nortear</p><p>quais as melhores práticas do mercado para</p><p>Engenharia de Segurança do Trabalho. Minha</p><p>esposa, percebeu esta grande demanda e de</p><p>forma a multiplicar minhas análises,</p><p>incentivou a publicar minhas atividades. Uma</p><p>dedicação especial a minha esposa, grande</p><p>incentivadora e companheira nesta</p><p>caminhada.</p><p>obra;</p><p>2.Paralisação temporária do setor, devido a coleta de evidências para análise;</p><p>3.Abertura do CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho), consecutivamente terá que pagar</p><p>um maior SAT (Seguro de Acidente de Trabalho);</p><p>4.Perda temporária da mão de obra qualificada;</p><p>5.Treinamento da mão de obra temporária para substituição da vítima.</p><p>E em caso de Fatalidade, tem-se:</p><p>1.Paralisação temporária do setor devido à baixa da mão de obra qualificada;</p><p>2.Paralisação temporária do setor, devido a coleta de evidências para análise;</p><p>3.Abertura do CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho), consecutivamente terá que pagar</p><p>um maior SAT (Seguro de Acidente de Trabalho);</p><p>1.Treinamento da mão de obra para substituição da vítima;</p><p>2.Queda da imagem da empresa;</p><p>3.Riscos de interdições e paralisações das atividades devido a autuação de órgãos externos;</p><p>4.Indenização dos familiares da vítima.</p><p>2.2. Perigo x Risco</p><p>Perigo: O perigo está relacionado à natureza do Elemento. Situação em que se encontra, sob</p><p>ameaça, a existência à integridade a uma pessoa, um animal, objeto etc.</p><p>Risco: Está relacionado a probabilidade de um acidente acontecer. Probabilidade de perigo</p><p>gerar uma ameaça física para uma pessoa, animal, objeto etc.</p><p>A relação PERIGO x RISCO, pode ser considerada aceitável quando fazemos o uso consciente</p><p>da condição perigosa, gerando medidas de controle para que o risco seja considerado</p><p>aceitável.</p><p>Como exemplo o Fogo que é uma fonte de Perigo, porém quando usado com sabedoria,</p><p>gerenciando o Risco, como mantendo o fogo baixo, sem estar próximo, pode ser uma</p><p>condição aceitável para fazer uma boa refeição.</p><p>Toda empresa apresenta seus perigos e riscos. Uma empresa considerada segura, não é a</p><p>empresa que tem ausência de perigos e riscos, e sim, o controle e gerenciamento destas</p><p>medidas.</p><p>2.3. Prevenção de Máquinas e Equipamentos</p><p>Um capítulo especial sobre o tema de prevenção em máquinas e equipamentos. Nas</p><p>estatísticas de acidentes conforme Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, no Brasil</p><p>nos anos de 2012 a 2022, ocorreram 90,1 mil casos de lesões com fraturas. Uma grande</p><p>massa destes eventos ocorre com a falha no gerenciamento dos riscos das máquinas e</p><p>equipamentos de forma geral.</p><p>Para garantir ações e medidas de controle mais adequadas é necessário o entendimento da</p><p>Hierarquia de Controle de Riscos, conforme figura 1:</p><p>Fonte: NIOSH</p><p>Figura 1 – Hierarquia de controle</p><p>Sua efetividade tende a melhorar conforme</p><p>camadas superiores da pirâmide invertida.</p><p>Importante ressaltar que tanto os Equipamentos</p><p>de Proteção Individual (EPI), quanto os controles</p><p>administrativos não eliminam a condição</p><p>perigosa, e sim, diminui a lesão/evento ou</p><p>frequência de exposição (Controles</p><p>Administrativos).</p><p>Os EPIs não impedem da ocorrência do evento,</p><p>somente reduzem o impacto conforme figura 2:</p><p>Fonte: https://br.pinterest.com/alinenpenf/epis/</p><p>Figura 2 – Não uso de EPI</p><p>Os Controles Administrativos são os procedimentos, treinamentos, diretrizes, regras</p><p>invioláveis etc., que fazem orientações que transformam os processos de forma metódicas, ou</p><p>seja, são repetidas várias vezes da mesma forma, de modo que o empregado utilize uma</p><p>medida de controle quando a condição perigosa for presente.</p><p>Um exemplo é quando padronizam o processo de troca de uma roda com uma ferramenta</p><p>mais eficiente e segura (parafusadeira com torquímetro), com menos condições perigosas que</p><p>a utilização de uma ferramenta sem mecanização como por exemplo a chave de boca. Se o</p><p>empregado toda vez que fizer o uso do Torquímetro terá menos chances de acidentar com</p><p>excesso de força, pois a máquina irá realizar a força por ele conforme Figura 3.</p><p>Fonte: https://www.reviewbox.com.br/chave-de-impacto-melhores-modelos/</p><p>Figura 3 – Troca da roda com parafusadeira</p><p>Apertando a roda com o torquímetro, além de ser mais rápido, não é necessária muita força</p><p>humana (Figura 4).</p><p>Fonte: https://conecta.fg.com.br/torquimetro/</p><p>Figura 4 – Troca de roda com chave de roda</p><p>Apertar a roda com a chave de roda, além de fazer muita força humana, tem vários outros</p><p>riscos como prensamento das mãos e dedos, risco de a ferramenta soltar nas mãos e vir de</p><p>encontro a alguma parte do corpo etc.</p><p>No caso dos Controles de Engenharia, quando o empregado se coloca na exposição da zona</p><p>de perigo,</p><p>o sistema bloqueia de forma que a condição perigosa deixa de se apresentar em um</p><p>determinado período. Como exemplo, sensores que detectam a abertura de uma porta e</p><p>automaticamente todo o equipamento para, garantindo sua segurança para adentrar (figura</p><p>5).</p><p>https://sensorville.com.br/produtos-solucoes/seguranca-</p><p>maquinas/Figura%205%20%E2%80%93%20Sensor%20de%20presen%C3%A7a%20em%20%C3%A1reas%20de%20riscos</p><p>No caso da Substituição, a Engenharia</p><p>de Segurança do Trabalho direciona</p><p>sua análise para a condição perigosa.</p><p>Um exemplo claro são os produtos</p><p>químicos, na qual você pode substituir</p><p>um produto mais agressivo ao corpo</p><p>ou a natureza, por um menos</p><p>agressivo (figura 6). https://www.youtube.com/watch?v=aIjwdWgxbXo&t=2s</p><p>Figura 5 – Substituição de um produto agressivo</p><p>A Eliminação é sempre o estado desejado, porém não são todas as vezes que são factíveis.</p><p>Um exemplo é a automação de equipamentos, que elimina a mão de obra humana para</p><p>realização de um determinado serviço que pode se acidentar pela troca por robôs.</p><p>A figura 7 mostra uma linha de produção de montagem com pessoas. Existem várias</p><p>condições perigosas na qual os trabalhadores estão expostos.</p><p>Fonte: https://www.novida.com.br/blog/linha-de-producao/</p><p>Figura 7 – Linha de produção automotiva convencional</p><p>Já, a figura 8 mostra uma linha de produção completamente automatizada, sem a exposição de pessoas</p><p>na montagem das peças, ou seja, o risco na montagem de um trabalhador se acidentar é inexistente.</p><p>Fonte: https://www.ecodebate.com.br</p><p>Figura 8 – Linha de produção automotiva automatizada</p><p>A Eliminação é sempre o estado desejado, porém não são todas as vezes que são factíveis.</p><p>Um exemplo é a automação de equipamentos, que elimina a mão de obra humana para</p><p>realização de um determinado serviço que pode se acidentar pela troca por robôs.</p><p>A figura 7 mostra uma linha de produção de montagem com pessoas. Existem várias</p><p>condições perigosas na qual os trabalhadores estão expostos.</p><p>2.4. Métodos para prevenção de Controle de Riscos</p><p>Para garantir que todos os riscos sejam gerenciados, existem vários métodos para controlar. A</p><p>garantia desses controles é significativa quando relacionamos aos acidentes de trabalho. É</p><p>importante o acompanhamento e gerenciamento dos riscos, pois a falha neste gerenciamento</p><p>é um fator preponderante para a viabilidade de um acidente.</p><p>Com a apresentação do CASE do COVID19 (figura 9), fica mais fácil a avaliação, com a aplicação</p><p>do método da NIOSH.</p><p>https://guaraci.pr.gov.br/covid-19/covid19/</p><p>Figura 9 – COVID19</p><p>Fonte: https://www.ufrgs.br/ciencia/</p><p>Figura 10 – Hierarquia de controle COVID19</p><p>a) EPI: Uso de máscaras faciais, luvas, óculos e protetores faciais;</p><p>b) Controles administrativos: Consistem em treinamentos e capacitações relacionados a</p><p>COVID19, além de disponibilizar placas, cartazes e realizar questionários para reduzir sintomas</p><p>entre funcionários;</p><p>c) Controle de Engenharia: Consistem em medidas físicas como instalar barreiras para separar</p><p>as pessoas e melhorar a ventilação e higiene dos locais de trabalho;</p><p>d) Isolamento das equipes: Quando não for possível manter o distanciamento entre os</p><p>funcionários, é preferível manter sempre os grupos de trabalhadores, como dentro da obra</p><p>como no transporte. Estes grupos devem ter o menor número de trabalhadores quanto for</p><p>possível. Cada grupo deve se manter distante dos demais.</p><p>e) Substituição: Consiste em mudar a forma como o trabalho é realizado, aplicando o</p><p>distanciamento seguro no canteiro de obras. Além disso, substituir os equipamentos de uso</p><p>compartilhado por outros de uso individual;</p><p>f) Como não há como eliminar totalmente o vírus ainda, não existe uma medida de eliminação.</p><p>Para este caso específico as Vacinas estão mais próximas do Isolamento ou Substituição do que</p><p>Eliminação.</p><p>Com aplicação da Hierarquia de Controle com o método da NIOSH, temos a figura 10.</p><p>Para este caso específico as Vacinas estão mais próximas do Isolamento ou Substituição do que</p><p>Eliminação.</p><p>E no caso da aplicação do método em MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Utilizando o mesmo</p><p>modelo, para agora para o CEASA (Centrais de Abastecimento dos Grandes Centros</p><p>Urbanos).</p><p>Exemplo:</p><p>Risco de Atropelamento por Empilhadeira.</p><p>Fonte: https://tecnologistica.com.br/categoria/produto</p><p>Figura 11 - Empilhadeira</p><p>1. EPI: Uso de Coletes Refletivos (figura 12): Irá</p><p>facilitar a visualização do Operador de</p><p>empilhadeira;</p><p>Fonte: https://www.americanas.com.br/produto/4450688818</p><p>Figura 12 – Colete refletivo</p><p>2. Controles Administrativos:</p><p>Treinamento prático sobre uso das empilhadeiras;a.</p><p>Regras para circulação de equipamentos;b.</p><p>Check List das condições de operação do equipamentoc.</p><p>Regras e políticas voltadas a proibir a circulação de pessoas na área de trânsito e</p><p>empilhadeiras</p><p>d.</p><p>3. Controle de Engenharia: Inserir um dispositivo que detecta pessoas e freia automaticamente</p><p>caso de proximidade (figura 13);</p><p>Fonte: https://www.terra.com.br/carros-motos/salao-do-automovel-de-genebra/</p><p>Figura 13 –Sensor de presença de pessoas</p><p>4. Isolamento: Aplicação de barreiras</p><p>físicas segregando as pessoas dos</p><p>equipamentos (figura 14);</p><p>Fonte: https://www.vecsa.com.br/barreira-para-empilhadeira.php</p><p>Figura 14 – Isolamento de máquinas x pessoas</p><p>5. Substituição: Troca das empilhadeiras por esteiras transportadoras (Figura 15);</p><p>Fonte: http://www.atontecnologia.com.br/esteiras-transportadoras-que-voce-ainda-nao-conhecia/</p><p>Figura 15 – Esteiras transportadoras</p><p>6. Eliminação:</p><p>Qual o meu motivo para o uso da empilhadeira no CEASA?</p><p>Transporte dos materiais do armazém para os caminhões.</p><p>E se vendermos diretamente do fornecedor para o cliente?</p><p>Não passa pela estocagem no armazém e consequentemente não precisaremos de empilhadeira.</p><p>2.5. Na prática o que o Engenheiro deve adotar em Gerenciamento de Risco</p><p>Apresente os ganhos do bom gerenciamento do Risco para a maior liderança da empresa,</p><p>mostrando os dados estatísticos;</p><p>1.</p><p>Monte uma estratégia de divulgação da metodologia utilizada;2.</p><p>Separe os trabalhos em processos e peça para cada líder coordenar o mapeamento com o</p><p>suporte do time de Segurança do Trabalho. Lembre-se quem deverá mapear o risco e</p><p>inserir as medidas de controle são os responsáveis pela execução do serviço e não a</p><p>Segurança do Trabalho local;</p><p>3.</p><p>Gere um plano de Ação para melhoria das medidas de controle com o acompanhamento</p><p>da liderança.</p><p>4.</p><p>Nunca faça a Segurança do Trabalho da empresa sozinho, ou somente com os profissionais de</p><p>segurança, pois a grande chance de insucesso. Faça parceiros em seu ambiente de trabalho e</p><p>conquiste nas áreas operacionais pessoas que tenham foco em segurança.</p><p>Quando iniciamos em uma nova carreira, a insegurança faz com que nos afastemos de</p><p>pessoas que podem contribuir para o sucesso da organização (gerar lucros, qualidade no</p><p>produto, mas sem gerar acidentes para conquistar este sucesso).</p><p>Se aproximar do seu cliente dentro da organização, faz o Engenheiro de Segurança do Trabalho</p><p>entender os problemas para gerar o produto/serviço na visão de quem o faz, fazendo que as</p><p>decisões de engenharia de segurança sejam mais assertivas.</p><p>Conhecer os indicadores externos, através dos sites governamentais irão trazer para as</p><p>empresas uma referência estatística dos dados relacionados a acidente do trabalho no Brasil e</p><p>no mundo, porém não retrata a realidade de todas as empresas. Sendo assim é importante</p><p>para o Engenheiro de Segurança do Trabalho conhecer e participar dos indicadores internos,</p><p>para gerar confiabilidade de informações casadas com as dinâmicas das atividades da empresa,</p><p>gerando indicadores com ações direcionadas para cada tratativa, com o apoio das lideranças</p><p>organizacionais.</p><p>Atualmente existem várias ferramentas para gerenciamento dos Riscos, que poderá apoiar nas</p><p>reduções de exposição, ou medidas de controle.</p><p>Razão Social: EMPRESAXYZ.LTDA</p><p>Nome Fantasia: EMPRESA BOA</p><p>Endereços:</p><p>AV. NOME, N°:000, BAIRRO: NOME,</p><p>CIDADE: NOME, ESTADO:</p><p>NOME, PAÍS: NOME, CEP. 00.000-000</p><p>CNPJ 00.000.00/0000-00</p><p>CNAE 000-0/00</p><p>GRAU DE RISCO GRAU XX</p><p>ATIVIDADE PRINCIPAL Realização de...</p><p>2.6. Elaboração do PGR</p><p>Para elaboração do PGR vamos instruir para realização do mínimo e atentar a algumas</p><p>informações adicionais que não estão descritas na norma.</p><p>2.6.1. Informações gerais da empresa</p><p>Neste campo, o Engenheiro pode realizar uma capa, sumário com as informações mínimas</p><p>sobre a empresa como Razão Social / Nome Fantasia / Endereço / CNPJ. Pode ser realizado no</p><p>formato de quadro ou tópicos conforme exemplos abaixo:</p><p>2.6.2. Descrição dos processos</p><p>Neste campo, tem que detalhar melhor os processos de cada setor. Exemplo:</p><p>Uma indústria de Refrigerantes temos os seguintes setores:</p><p>·Elaboração do xarope;</p><p>Este setor consiste em dissolução dos açucares em água quente e remoção de compostos</p><p>inadequados.</p><p>Fonte: https://www.liess.ind.br/xaroparias</p><p>Figura 16 – Área para elaboração do Xarope</p><p>·Mistura do xarope;</p><p>·Envasamento;</p><p>·Logística.</p><p>O engenheiro deverá realizar de todas as áreas macros conforme visto no item acima com</p><p>foto.</p><p>2.6.3. OBJETIVO</p><p>Realizar a descrição do programa. Abaixo um texto como exemplo.</p><p>Ex.: Cumprimento das Obrigações Legais da NR01 – Disposições Gerais e no gerenciamento</p><p>saudável dos riscos, visando a segurança dos trabalhadores, processos e ativos da empresa.</p><p>2.6.4. RESPONSABILIDADES</p><p>Cabe a cada empregado o cumprimento do PGR, porém alguns cargos possuem</p><p>responsabilidades que não podem deixar de ser cumpridas, como:</p><p>2.6.4.1. Liderança em geral</p><p>Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PGR. (São eles os responsáveis</p><p>em movimentar o Plano de Ação. Sem a liderança envolvida o programa tende a ser um</p><p>“documento de gaveta”;</p><p>Apresentar o PGR a todos os trabalhadores, informando os riscos aos trabalhadores que</p><p>estão em sua função ou local de trabalho, incluindo os riscos nos entornos que há uma</p><p>necessidade rápida de abandono ou assistência;</p><p>Manter os dados atualizados de cada trabalhador, junto a Saúde e Segurança do</p><p>Trabalho;</p><p>Garantir o cumprimento do direito de recusa, permitindo aos empregados</p><p>interromperem, imediatamente, suas atividades em caso de ocorrência de riscos;</p><p>Informar os riscos para as empresas contratadas/subcontratadas/fornecedores antes de</p><p>adentrar no processo produtivo;</p><p>Programar e realizar treinamentos e orientações com objetivo de instruir os</p><p>empregados sobre os riscos, medidas de controle e avaliações ambientais;</p><p>Elaborar os procedimentos operacionais e dar ciência aos empregados de tais</p><p>procedimentos para que sejam cumpridos.</p><p>2.6.4.2. Dos empregados</p><p>Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho,</p><p>inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;</p><p>Informar ao líder as ocorrências que possam implicar em riscos à sua saúde ou de</p><p>empregados das contratadas;</p><p>Aplicar e cumprir as medidas de controle estabelecidas e todas as suas ferramentas</p><p>aplicáveis e procedimentos específicos;</p><p>Colaborar na avaliação e identificação dos riscos gerados em seu posto de trabalho.</p><p>2.6.4.3. SESMT/RH</p><p>Constituir equipe multidisciplinar para a elaboração do(s) PGR(s).</p><p>Assegurar a gestão técnica do(s) PGR(s);</p><p>Garantir o envolvimento dos empregados na elaboração quanto a percepção de riscos</p><p>ocupacionais.</p><p>Assegurar a comunicação sobre os riscos consolidados no inventário de riscos e as</p><p>medidas de prevenção do(s) PGR(s) aos empregados.</p><p>Analisar e registrar todos os eventos ocorridos na empresa;</p><p>Responsabilizar-se pela guarda e apresentação quando solicitado dos documentos</p><p>pertencentes ao processo de gerenciamento de riscos à segurança dos trabalhadores;</p><p>Contribuir com informações técnicas sobre a saúde e os danos que podem ser causados</p><p>pela exposição aos agentes de risco;</p><p>Garantir que o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO (NR07),</p><p>esteja ligado com os riscos existentes do PGR e estabelecer as medidas de controles</p><p>e</p><p>monitoramento da saúde dos trabalhadores conforme estabelecido na NR7.</p><p>Executar as fases de antecipação, de reconhecimento e de avaliação dos agentes</p><p>ambientais e de monitoramento da exposição aos riscos e propor medidas de controle;</p><p>Divulgar os resultados dos levantamentos ambientais;</p><p>Divulgar os resultados das Análises Ergonômicas do Trabalho.</p><p>2.6.5. INDRODUÇÃO</p><p>Nesta etapa o Engenheiro deve apresentar de forma geral a introdução do programa. Segue</p><p>um texto como base.</p><p>Ex.: De acordo com ABNT NBR ISO 3100:2018. Gerenciamento de riscos consiste em</p><p>“Atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que se refere a riscos</p><p>ocupacionais”.</p><p>Com vistas a atender o gerenciamento de riscos, o PGR estabelecido pela NR 1, é composto</p><p>do Inventário de Riscos e do Plano de Ação.</p><p>O Inventário de Riscos identifica os perigos e riscos ocupacionais que podem comprometer</p><p>a segurança e a saúde dos trabalhadores. Tais riscos estão relacionados a agentes físicos,</p><p>químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, em função disso este documento articula-</p><p>se com as demais legislações, em especial a NR 7, NR 9 e NR17. Outras legislações foram</p><p>levadas em consideração, que tratam de riscos específicos conforme detalhado nas NRs</p><p>aplicáveis.</p><p>O Plano de ação detalha como será feita a gestão dos riscos presentes no inventário,</p><p>através de um cronograma. As ações oriundas das avaliações de riscos estão detalhadas em</p><p>ferramentas específicas e são gerenciadas pela equipe técnica responsável por cada tema.</p><p>2.6.6. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS - IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS</p><p>Esta etapa visa identificar as fontes perigosas de acordo com o agente, sendo ele:</p><p>·Físico;</p><p>·Químico;</p><p>·Biológico;</p><p>·Acidente;</p><p>·Ergonômico.</p><p>Os agentes físico, químico e biológico são tratados junto com a Higiene Ocupacional,</p><p>seguindo premissas da NR09 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes</p><p>Físicos, Químicos e Biológicos. Estes agentes estão diretamente relacionados os PCMSO e</p><p>aos exames de saúde de cada empregado.</p><p>Já os agentes de Acidente e Ergonômicos, são mapeados de acordo com cada atividade,</p><p>sendo gerenciados pelas equipes de Segurança do Trabalho/Ergonomia (Conforme NR17 –</p><p>Ergonomia).</p><p>IMPORTANTE: Para realização de avaliações com relação ao risco é</p><p>importante separar os agentes, inserindo:</p><p>·Higiene ocupacional nas APR-HO (Análises preliminar de risco – Higiene</p><p>Ocupacional);</p><p>·Ergonomia em um Plano de Ergonomia da Empresa (PE”X”);</p><p>·Acidentes realizar uma divisão em processo e tarefa. Existem no mercado</p><p>vários no contexto. Em geral uma APR (Análise Preliminar de Risco)</p><p>2.6.7. AVALIAÇÃO DE RISCOS</p><p>A avaliação dos perigos e riscos ocupacionais compreende o processo de tomada de</p><p>decisões, com base nos resultados da classificação de risco, definindo quais ações devem</p><p>ser tomadas para gerenciamento destes riscos.</p><p>Abaixo um exemplo de matriz de risco:</p><p>Fonte: Fonte: NOR 0003-G - VALE</p><p>Figura 17 – Exemplo de Matriz de Risco</p><p>A figura 17 mostra uma matriz para um exemplo mais severo, sendo assim consideramos a vida</p><p>humana como base para esta avaliação.</p><p>Para garantir o controle e arquivamento, segue a tabela abaixo como exemplo que deve</p><p>constar no PGR.</p><p>2.6.8. DEFINIR E IMPLANTAR CONTROLE DE RISCOS</p><p>Controle é qualquer processo, política, dispositivo, prática ou qualquer outra ação que</p><p>modifica o risco, ou seja, que minimiza seus efeitos.</p><p>Os controles são categorizados da seguinte forma:</p><p>Controles de prevenção: atuam sobre as causas do evento, reduzindo as chances de sua</p><p>ocorrência (por exemplo: execução do plano de manutenção preventiva dos equipamentos</p><p>e instalações).</p><p>Controles de mitigação: reduzem a severidade dos impactos que poderiam advir da</p><p>ocorrência do evento (por exemplo: sistema de combate a incêndio).</p><p>Os controles para os riscos mapeados nas ferramentas de análise de riscos estão descritos</p><p>nas próprias ferramentas para cada risco mapeado.</p><p>Todos os riscos mapeados em processos ou tarefas são controlados seguindo, por ordem</p><p>de prioridade, as etapas da hierarquia de controle de riscos, de acordo com a figura abaixo.</p><p>Fonte: Fonte: https://manualdaseguranca.com.br/</p><p>Figura 17 – Hierarquia de controle</p><p>O controle de riscos é um processo contínuo e precisamos estar atentos a toda e qualquer</p><p>mudança nos ambientes de trabalho. Por essa razão os procedimentos de controle e gestão de</p><p>risco devem ser monitorados regularmente para garantir sua qualidade e total eficácia.</p><p>O monitoramento dos controles também é verificado através dos exames médicos previstos no</p><p>PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).</p><p>2.6.9. PLANO DE AÇÃO</p><p>O Plano de Ação é uma parte essencial para garantir a eficácia do PGR. Nele deve constar a</p><p>ação para reduzir ou eliminar o risco, responsável e prazo.</p><p>Abaixo segue o modelo:</p><p>2.6.10. COMUNICAÇÃO AO TRABALHADOR</p><p>As informações referentes a este documento, incluindo os inventários de riscos, bem como as</p><p>medidas a serem adotadas para prevenir ou limitar tais riscos e a proteção contra eles, são</p><p>fornecidas aos trabalhadores através de:</p><p>• Diálogos Diários de Segurança e Saúde Ocupacional – DDS ou Diálogo de Saúde e Segurança</p><p>– DSS;</p><p>• Treinamentos admissionais e periódicos;</p><p>• Campanhas educativas;</p><p>• Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), emitidos em função da realização de exames médicos</p><p>admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho ou de mudança de função;</p><p>• Alertas, Paradões de Segurança, dentre outros.</p><p>2.6.11. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO</p><p>A empresa proporciona aos trabalhadores treinamento, qualificação, informações, instruções e</p><p>reciclagens necessárias para preservação da sua segurança e saúde. Os registros de</p><p>capacitação e treinamento no sistema de gestão de treinamento estão disponíveis com a</p><p>equipe de Segurança do Trabalho. (O texto acima pode ser alterado para equipe responsável</p><p>pela capacitação da empresa).</p><p>2.6.12. RESPONSÁVEIS PELA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>Conforme definição legal ficam responsáveis pela implementação das ações previstas nos</p><p>cronogramas citados neste documento o representante máximo da empresa ou a pessoa a</p><p>ele designado com cargo de liderança para promover o andamento do Plano de Ação e</p><p>acompanhamento.</p><p>Por fim, este arquivo normalmente é concebido de uma ferramenta como Word da Microsoft,</p><p>porém não é limitado somente a este modelo.</p><p>3. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO – NR04</p><p>O engenheiro, não somente de Segurança do Trabalho, tem obrigação de conhecer o</p><p>normativo do CONFEA. Nele descreve os itens na qual o Engenheiro é responsável, inclusive</p><p>gerando Anotação de Responsabilidade Técnica. Sendo assim tem-se:</p><p>·Conforme CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) tem as seguintes</p><p>atribuições:</p><p>1 - Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho;</p><p>2 - Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e</p><p>equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de</p><p>poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento;</p><p>3 - Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamento e controle de</p><p>riscos;</p><p>4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar</p><p>medidas de controle sobre grau de exposição a agentes agressivos de riscos físicos,</p><p>químicos e biológicos, tais como poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral e</p><p>pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos;</p><p>5 - Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas preventivas e</p><p>corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a custo;</p><p>6 - Propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do Trabalho, zelando</p><p>pela sua observância;</p><p>7 - Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos de</p><p>obras, instalação e equipamentos, opinando do ponto de vista da Engenharia de Segurança;</p><p>8 - Estudar instalações, máquinas</p><p>e equipamentos, identificando seus pontos de risco e</p><p>projetando dispositivos de segurança;</p><p>9 - Projetar sistemas de proteção contra incêndios, coordenar atividades de combate a</p><p>incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes;</p><p>10 - Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do Trabalho,</p><p>delimitando áreas de periculosidade;</p><p>11 - Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de</p><p>segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio,</p><p>assegurando-se de sua qualidade e eficiência;</p><p>12 - Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja</p><p>manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar riscos,</p><p>acompanhando o controle do recebimento e da expedição;</p><p>13 - Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes,</p><p>promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento;</p><p>14 - Orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e assessorar a elaboração</p><p>de programas de treinamento geral, no que diz respeito à Segurança do Trabalho;</p><p>15 - Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas de</p><p>segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir;</p><p>16 - Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, apontando</p><p>os riscos decorrentes desses exercícios;</p><p>17 - Propor medidas preventivas no campo da Segurança do Trabalho, em face do</p><p>conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do acidente de trabalho,</p><p>incluídas as doenças do trabalho;</p><p>18 - Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus</p><p>representantes, as condições que possam trazer danos a sua integridade e as medidas que</p><p>eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas.</p><p>O gerenciamento da NR04 é de responsabilidade do Engenheiro ou Médico do Trabalho,</p><p>sendo atribuído a estes profissionais, não comente uma função técnica, mas também uma</p><p>função de Gestão, na qual na grande maioria das pós-graduações não há esta orientação.</p><p>Muitas demissões para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho, passa a ser na</p><p>falha no gerenciamento de pessoas. Este livro não traz o tema com a profundidade</p><p>necessária, mas encaminha dicas para melhorar a rotina.</p><p>Passos importantes:</p><p>1. Conheça a fundo a NR04, pois ela é um dos principais motivos da sua</p><p>contratação. A grande maioria das empresas, somente tem estes</p><p>profissionais (Engenheiro e Técnico de Segurança) devido a esta</p><p>obrigação.</p><p>2. Cobre do empregado o atendimento a este normativo, apresentando</p><p>para ele a Tabela de Dimensionamento do SESMT.</p><p>a. Ter sua equipe completa é o mínimo exigido na norma.</p><p>b. A equipe do quadro é importante para gerar uma rotina do setor do</p><p>SESMT;</p><p>3. Gere a maior parte das ações, de cima para baixo hierarquicamente. A</p><p>liderança tem que “comprar” as atividades do setor do SESMT, pois senão</p><p>tem-se um tendencia forte ao fracasso;</p><p>4. Por último, não menos importante, compartilhe práticas com outros</p><p>colegas de profissões na mesma empresa ou de empresas diferentes.</p><p>Existem no mercado muitas ações/programas de parceiros e/ou práticas</p><p>já estabelecidas como referências.</p><p>4. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE – NR05</p><p>Nem todas as NRs serão citadas neste livro. Esta tem um capítulo especial, devido ao</p><p>número de notificações apontadas pelo Ministério do Trabalho MTE.</p><p>Em uma inspeção de rotina ou uma denúncia, os auditores do MTE avaliam o propósito da</p><p>inspeção e na maior parte das avaliações buscam a pasta da CIPA para verificar como esta o</p><p>andamento das atividades desta equipe.</p><p>Garantir um profissional bem direcionado, metódico e que mantenha as ações relacionadas</p><p>a esta norma em dia, como todos os documento arquivados e assinados quando solicitado,</p><p>haverá menos impacto de notificações e multa para a empresa.</p><p>5. TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS – NR11</p><p>Equipamentos de movimentação de carga são utilizados para movimentação de qualquer</p><p>tipo de carga em um ambiente industrial. Este tipo de serviço/atividade é realizado em larga</p><p>escala e qualquer erro pode provocar uma fatalidade.</p><p>Existem vários tipos de equipamentos utilizados para Movimentação de Carga, porém é</p><p>importante conhecer os mais usuais, como:</p><p>Ponte rolante (figura 18): é um equipamento restrito à área implementada para</p><p>movimentar itens que possuam grande volume ou pesados, correndo sobre trilhos,</p><p>geralmente no teto das edificações, usualmente em ambientes fechados.</p><p>Fonte: https://www.ferroindustria.com.br/ponte-rolante-industrial</p><p>Figura 18 – Ponte rolante</p><p>● Pórtico (figura 19): é um equipamento similar a ponte rolante, usualmente localizado em</p><p>ambientes abertos, correndo sobre trilhos na parte do piso.</p><p>Fonte: https://www.rescuecursos.com/laudo-portico/</p><p>Figura 19 – Pórtico</p><p>Monovia (figura 20): São trilhos que movimentam um equipamento de içamento de</p><p>carga (talha).</p><p>Fonte: https://ssengenharias.com.br/portfolios/monovias/</p><p>Figura 20 – Monovia</p><p>● Talha elétrica (figura 21): Equipamentos elétricos normalmente acoplados a outro</p><p>equipamento cuja função é içar a carga.</p><p>Fonte: https://www.mshimizu.com.br/produtos/talha-eletrica-de-alta-capacidade-para-ate-20-toneladas/</p><p>Figura 21 – Talha elétrica</p><p>Pórtico Manual (figura 22): Equipamentos de içamento de carga de forma mecanizada</p><p>(manual) para pequenas distâncias.</p><p>Fonte: https://www.pgtalhas.com.br/portico-manual</p><p>Figura 22 – Pórtico manual</p><p>● Grua (figura 23): são equipamentos utilizados para movimentação de carga em um raio de</p><p>ação pré-determinado. Muito usual na indústria civil, pois suas dimensões são flexíveis, com</p><p>facilidade de instalação em pequenos espaços.</p><p>Fonte: https://centrallocadora.com.br/grua-ascensional-e-opcao-para-canteiros-com-limitacao-de-espaco/</p><p>Figura 23 – Grua</p><p>Guindaste (figura 24): Caminhão que contém um implemento de içamento capaz de içar</p><p>grandes cargas. Por ser sobre rodas, possui facilidade de deslocamento até o ponto de</p><p>içamento da carga e mobilização e desmobilização.</p><p>Fonte: https://www.cetrempresolucao168.com.br/cursos/guindaste</p><p>Figura 24 – Guindaste</p><p>● Caminhão guindauto (figura 25): caminhão com um implemento de içamento de carga,</p><p>utilizado para içamento de cargas médias em peso e tamanho.</p><p>Fonte: https://planarequipamentos.com.br/caminhoes-guindauto/</p><p>Figura 25 – Caminhão guindauto</p><p>Guincho hidráulico (figura 26): Equipamento muito utilizado em oficinas, possui um</p><p>guincho hidráulico para içar cargas de média capacidade e percorre distâncias</p><p>reduzidas, por ser manual.</p><p>Fonte: https://www.hfmultiferramentas.com.br</p><p>Figura 26 – Guincho hidráulico</p><p>5.1. Acessórios e Plano de Rigging</p><p>Os acessórios de içamento de carga são complementos para os equipamentos de içamento de</p><p>carga. Estes complementos não fazem parte do corpo do equipamento, mas apoiam na</p><p>amarração, içamento e movimentação.</p><p>Os acessórios que fazem a junção entre o equipamento e os acessórios complementares são</p><p>as Manilhas, Ganchos, Sapatilhas, Anelão, Soquetes e Terminais. Os acessórios podem ser</p><p>metálicos como mostrados na figura 27.</p><p>Fonte: https://www.cabema.com.br/acessorios-cabo-aco</p><p>Figura 27 – Acessórios de içamento de carga</p><p>Ou podem ser de fibra de aramida que é um material sintético 5 vezes mais resistente que</p><p>o aço. Este material é resistente, leve e suporta altas temperaturas. A figura 28 apresenta</p><p>imagens ilustrativas de cintas e catracas utilizadas como acessórios de içamento de carga.</p><p>Fonte: https://www.cintaselevacao.com.br</p><p>Figura 28 – Cintas</p><p>Outros acessórios fazem o conjunto completo para içamento como a Linga, Correntes e</p><p>Estropo.</p><p>A Linga é um acessório constituído de uma ou mais correntes. Estes acessórios são</p><p>encontrados de 1 até 4 pernas ou em formato de cesto ou sem fim para recebimento de</p><p>outros complementos.</p><p>O Estropo é um cabo curto ou lona que tem sua servidão envolver o objeto a ser içado.</p><p>As correntes são feitas de aço que possuem elos entrelaçados com anelão ou ganho em suas</p><p>pontas. A figura 29 apresenta</p><p>os formatos das lingas, estropos e correntes.</p><p>Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/suppliers/code_conduct/requisitos-atividades-criticas</p><p>Figura 29 – Lingas, estropos e correntes</p><p>5.2. Plano de Rigging</p><p>Conceito: O Plano de Rigging é um planejamento detalhado das atividades de</p><p>Movimentação e Içamento de carga, visando a segurança da Operação. Alguns normativos</p><p>apoiam o fortalecimento da aplicação do Plano, porém não existe uma exigência legal.</p><p>Não existe carga mínima para adoção do Plano de Rigging. Muitas empresas adotam regras</p><p>para acima de 10 toneladas de carga, porém é recomendado fazer o uso sempre que o</p><p>içamento não tiver seu completo gerenciamento como cargas com centro de gravidade</p><p>indefinido, utilização de mais de um equipamento de Movimentação de Carga, conforme</p><p>figuras 30 e 31.</p><p>Fonte: https://grupotransmaquinas.com.br/plano-rigging.php</p><p>Figura 30 – Içamento de carga com dois guindastes</p><p>Fonte: sumaqguindastes.com.br</p><p>Figura 31 – Içamento em local complexo</p><p>Engenheiros e Técnicos que apresentam CREA podem ser elaboradores do Plano de Rigging</p><p>junto com apreciação de uma Anotação de Responsabilidade Técnica.</p><p>5.3.Segurança em Movimentação de Carga</p><p>Para garantir a segurança na Movimentação de carga, alguns cuidados são indispensáveis</p><p>para avaliação: conhecer, inspecionar, retirar e preparar.</p><p>Na etapa conhecer deve-se:</p><p>Nunca utilizar acessórios danificados.</p><p>Conheça o peso e o centro de gravidade da carga;</p><p>Obtenha catálogos técnicos;</p><p>Crie ficha de inspeção para cada acessório;</p><p>Mantenha em arquivo próprio o registro de inspeção dos acessórios;</p><p>Consultar a empresa fabricante em caso de dúvidas;</p><p>Nunca ultrapasse o limite estipulado pelo fabricante;</p><p>Toda movimentação deve ser planejada e sinalizada para proporcionar segurança aos</p><p>envolvidos;</p><p>As cintas de poliéster não devem ser usadas em temperaturas acima de 100° e em</p><p>ambientes agressivos.</p><p>Na etapa inspecionar deve-se:</p><p>Inspecionar os acessórios antes de cada uso observando as imperfeições e</p><p>identificações;</p><p>Inspecionar todos os pontos de ancoragem e quinas;</p><p>Observar as condições do material a ser içado e embalagem.</p><p>Na etapa retirar deve-se:</p><p>Retirar todos os acessórios danificados ou avariados nas suas marcações, ou seja,</p><p>ilegíveis gerando dúvida do seu funcionamento ou capacidade de carga. Nos casos dos</p><p>acessórios danificados é recomendado o descarte imediato, para evitar seu uso</p><p>indevido.</p><p>Na etapa preparar deve-se:</p><p>Proteger a cinta de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se proteções</p><p>complementares;</p><p>Preparar o local de destino.</p><p>5.4. Case Prático Sistema de movimentação de carga</p><p>No estudo de caso proposto, você como engenheiro de Segurança do Trabalho foi</p><p>convidado a avaliar uma movimentação de um gerador com um caminhão guindauto. Para</p><p>esta avaliação foi necessário fazer o uso dos conhecimentos adquiridos ao longo deste</p><p>conteúdo. Sendo assim, foi necessário avaliar seguindo os 4 passos apresentados:</p><p>Conhecer, Inspecionar, Retirar e Preparar.</p><p>A figura 32 apresenta a imagem do cenário proposto.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 32 – Caminhão com gerador</p><p>Os possíveis eventos de acidentes estão apresentados nas imagens da figura 33.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 33 – Acidentes envolvendo caminhão guindauto</p><p>As três imagens superiores da figura 33 apresentam os acidentes materiais possíveis, como</p><p>tombamento/adernamento do caminhão, colisão e avaria no equipamento de guindar. As</p><p>três imagens inferiores são os principais riscos envolvidos neste tipo de atividade como</p><p>esmagamento, queda da carga ou choque elétrico.</p><p>Para isto, é necessário verificar cada etapa com muito critério.</p><p>Na etapa conhecer, como o equipamento a ser movimentado é um gerador, verifique se ele</p><p>é simétrico (figura 34). Caso positivo, veja no manual o valor do seu peso.</p><p>Foto: https://pt.scribd.com/document/319363368/Manual-Servico-Gerador-Diesel-Branco</p><p>Figura 34 – Manual de gerador</p><p>Verifique a tabela de carga do Guindauto para avaliar se é possível movimentar esta carga com</p><p>o tamanho de lança (figura</p><p>Fonte: http://www.vale.com/brasil/PTf</p><p>Figura 35 – Tabela de carga</p><p>Na etapa inspecionar, garanta:</p><p>Que o caminhão esteja em condições;</p><p>Que suas patolas estejam em condições;</p><p>Que os acessórios estejam em condições;</p><p>Que os pontos de ancoragem estejam em condições.</p><p>Obs.: Registre tudo em Check List.</p><p>Na etapa retirar, elimine todos os dispositivos que não possuam condições de uso. Registre!</p><p>Na etapa preparar:</p><p>Proteger a cinta de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se proteções</p><p>complementares;</p><p>Preparar a base para patolamento;</p><p>Preparar o local de destino.</p><p>5.5.Na prática o que o Engenheiro deve adotar em Movimentação de carga</p><p>Tenha procedimentos claros e faça acompanhamento dos treinamentos com registro de</p><p>presença de forma que os empregados entendam o que estão fazendo e os riscos que</p><p>estão inseridos.</p><p>Alguns passos são fundamentais para garantia de uma qualidade na movimentação, onde</p><p>são eles:</p><p>1º Passo: Realizar inspeção pré-uso dos equipamentos de movimentação de carga;</p><p>2ª Atividade: Realizar inspeção pré-uso dos acessórios de içamento de carga;</p><p>3ª Atividade: Isolar e sinalizar a área de movimentação de carga;</p><p>4ª Atividade: Sinalizar a área da movimentação da carga;</p><p>5ª Atividade: Avaliar necessidade de Plano de Rigging;</p><p>6ª Atividade: Realizar verificações, testes e aprovações dos equipamentos na</p><p>aquisição/contratação antes do primeiro uso.</p><p>Ponto importante: após a conclusão da atividade, revise seu PGR para garantir</p><p>que todos os riscos sejam gerenciados.</p><p>6. SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - NR12</p><p>Uma das maiores normas em termos de páginas e informações é a NR12. Uma norma de</p><p>difícil implantação devido a um mercado sucateado de máquinas existentes no Brasil, desde</p><p>as autopropelidas ou as fixas. Durante anos importamos as máquinas, peças que não são</p><p>mais usuais na Europa, EUA e Japão.</p><p>Para entender melhor este cenário com exemplo, vamos falar do modal ferroviário. A Europa</p><p>para conseguir unificar os países adotou um padrão de engenharia para as bitolas de linha</p><p>férrea, chamado de Standart com 1,435m, assim um trem neste continente consegue rodar</p><p>de Cabo da Roca em Portugal à Cabo Nordkinn na Noruega, sem precisar transpor cargas,</p><p>facilitando na logística do continente. Isto significa, que linha de equipamentos com padrões</p><p>diferentes destes, teriam alto custo de adaptação ou não haveria mais utilidade (sucatas).</p><p>Assim para não perder este material, foi ofertado aos países subdesenvolvidos como o Brasil</p><p>a um preço mais acessível. Atualmente o modal ferroviário brasileiro é um mix de bitolas,</p><p>variando de 1,00 metros a 1,60 metros, com um alto número de equipamentos usados</p><p>(locomotivas e vagões dos mercados considerados de primeiro mundo).</p><p>Esta simples análise realizada no modal ferroviário, também ocorre em vários outros setores</p><p>da indústria brasileira, desfavorecendo as novas técnicas de engenharia para garantir a</p><p>segurança dos trabalhadores.</p><p>6.1.Sistema de proteção da NR12</p><p>A NR12 é um normativo brasileiro que define em todo o seu corpo os sistemas de proteção,</p><p>tantos para os meios mecânicos, mas como também para todas as outras fontes, como</p><p>elétrico, pneumático, gravitacional etc. Esta norma possui uma série de avaliações que</p><p>podem cruzar com informações de outras normas vigentes como NR10 e NR13.</p><p>Em todos os desafios de segurança das empresas, a total adequação da NR12, tem se</p><p>provado um obstáculo muito severo para os Engenheiros de Segurança. Não por esta norma</p><p>está mal escrita, e sim pelo fato que nosso país ainda é novo com relação a disciplina de</p><p>Segurança e ainda por muitos empregadores, fazer segurança não é valor e sim um custo</p><p>alto em seus negócios, aliados a falta de profissionais para fiscalização, seja eles internos</p><p>(Engenheiros e Técnicos de Segurança) ou externos, como fiscais dos trabalhos. Outro ponto</p><p>importante é que esta norma é brasileira, e com o mercado globalizado a aquisição de</p><p>máquinas e equipamentos se tornou muito acessível nos mercados estrangeiros, onde</p><p>muitos deles não existem políticas ou</p><p>normas de segurança aplicadas.</p><p>Os sistemas de proteção conforme NR12 são direcionados para:</p><p>Arranjo físico e instalações: que visa garantir as condições de circulação e demarcações,</p><p>desobstruídas e de forma que cada área seja concebida a partir de um projeto padrão;</p><p>Instalações e dispositivos elétricos: que visa garantir que não haja choques elétricos,</p><p>incêndios e explosões, direciona as questões de aterramento, as condições das</p><p>alimentações de energia, das proteções dos condutores, dos painéis elétricos, da</p><p>segurança das ligações e derivações, dos componentes e baterias;</p><p>Dispositivos de partida, acionamento e parada: visa garantir de forma segura os</p><p>requisitos mínimos para partida, acionamento e parada;</p><p>Sistemas de segurança: visa sistemas de segurança para garantir uma ação em caso de</p><p>erro humano;</p><p>Dispositivos de parada de emergência: visa garantir uma parada de emergência às</p><p>máquinas e equipamentos de forma a parar o equipamento imediatamente em uma</p><p>situação de risco a integridade física de uma pessoa;</p><p>Componentes pressurizados: visa garantir a segurança do empregado no entorno ou que</p><p>faça o uso dos componentes pressurizados;</p><p>Transportadores de materiais: visa a garantir a segurança dos operadores que fazem o</p><p>transporte de materiais e das pessoas do entorno;</p><p>Aspectos ergonômicos: visa garantir às questões de ergonomia física e cognitiva das</p><p>pessoas que operam máquinas e equipamentos;</p><p>Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza: visa garantir a criação de</p><p>procedimentos padrões de Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza</p><p>das máquinas e equipamentos;</p><p>Sinalização: Visa garantir às questões de sinalização das máquinas e equipamentos;</p><p>Procedimentos de trabalho e segurança: visa garantir a criação de procedimentos de</p><p>segurança, além dos operacionais e manutenção;</p><p>Capacitação: visa garantir que os colaboradores que operam ou realizam as</p><p>manutenções tenham as capacitações necessárias para um trabalho de qualidade.</p><p>Na prática o Engenheiro de Segurança deve mapear os principais riscos relacionados ao não</p><p>atendimento da norma, moderando eles do Maior para o menor em grau de risco, ou seja,</p><p>separa os Riscos (Muito Alto / Alto / Médio / Baixo) por exemplo, e direcionar em um plano de</p><p>ação com a priorização dos risco Muito Alto. Foque seus esforços e energia em situações de</p><p>risco que podem causar impactos significativos.</p><p>Importante: O não direcionamento dos recursos</p><p>financeiros para Segurança do Trabalho é um erro crucial</p><p>e bem comum nas empresas e seus impactos futuros são</p><p>severos.</p><p>6.2. Prevenção em Máquinas, Equipamentos e Instalações</p><p>Vivemos em um País onde a cultura de segurança do trabalho é praticamente nova em</p><p>relação a países considerados desenvolvidos. Este fato pode ser concretizado respondendo</p><p>este seguinte questionamento:</p><p>O brasileiro tem o hábito de ler?</p><p>O brasileiro segue bem as ordens ou regras em geral?</p><p>O brasileiro gerencia o risco?</p><p>O processo cultural brasileiro infelizmente conduz a uma resposta negativa para as</p><p>perguntas acima, gerando uma insegurança quando o assunto é Segurança do Trabalho.</p><p>Segurança do trabalho está ligada diretamente a leitura, interpretação, conhecimento de</p><p>regras/ordens, além dos impactos do não gerenciamento do risco. No Brasil a segurança do</p><p>trabalho é nova, devido regras recentes de obrigações do empregador e empregado para</p><p>garantia da vida no ambiente laboral. E estamos andando a passos lentos com relação a</p><p>inserção da educação em nosso país em relação aos países considerados desenvolvidos.</p><p>Nos últimos dez anos (2012-2021), 22.954 pessoas morreram em acidentes de trabalho no</p><p>Brasil, de acordo com dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho,</p><p>desenvolvido e mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a</p><p>Organização Internacional do Trabalho (OIT).</p><p>A figura 36 apresenta algumas das principais consequências dos riscos em um ambiente de</p><p>trabalho.</p><p>Fonte: https://www.sogi.com.br/blog/controle-operacional-para-mitigar-riscos-acidentes/</p><p>Figura 36 – Consequência dos riscos</p><p>Entre 2012 e 2021, foram registradas 6,2 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho</p><p>(CATs) e o INSS concedeu 2,5 milhões de benefícios previdenciários acidentários, incluindo</p><p>auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente. No</p><p>mesmo período, o gasto previdenciário ultrapassou os R$120 bilhões somente com despesas</p><p>acidentárias, conforme o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho.</p><p>Os custos com acidente de trabalho são significativos e podem até mesmo fechar uma</p><p>empresa que não gerencia o risco. Os impactos do acidente ultrapassam as barreiras do</p><p>financeiro, afetando as questões sociais, jurídicas, inclusive da imagem da empresa,</p><p>desvalorizando a mesma no mercado global.</p><p>Conforme a figura 37, existem 734.786 casos relacionados a acidente de trabalho de 2012 a</p><p>2021 estão relacionados a Máquinas e Equipamentos. Somente em 2021 foram mais de 71</p><p>mil casos.</p><p>Fonte: https://smartlabbr.org/sst</p><p>Figura 37 – Acidentes de Trabalho 2012 a 2021</p><p>Através destes dados sabemos que o campo de atuação desta disciplina é muito amplo, e</p><p>que o Engenheiro de Segurança do Trabalho tem condições de realizar várias atividades,</p><p>tanto em uma empresa de pequeno, médio e grande porte, quando em um negócio próprio,</p><p>como especialista em Normativos padrões como NR12 – Segurança no Trabalho em</p><p>Máquinas e Equipamentos, desenvolvendo trabalhos de consultoria para qualquer nível de</p><p>empresas (Públicas ou particulares).</p><p>A figura 38 apresenta a variedade ampla da atuação e mercado do Engenheiro de Segurança</p><p>do Trabalho, mostrando que pode ter atuação direta em indústrias, comércios, hospitais ou</p><p>inclusive como consultor.</p><p>Fonte: https://www.google.com/search?q=nr12</p><p>Figura 38 – Mercado do Engenheiro de Segurança do Trabalho</p><p>6.3. Revolução das Máquinas e Equipamentos</p><p>Um dos momentos mais impactantes na história mundial foi o movimento da Revolução</p><p>Industrial. Este período, que teve seu início na segunda metade do século XVIII na Europa,</p><p>especificamente na Inglaterra, alterou o mundo com grandes transformações. A figura 39</p><p>apresenta a representação da indústria têxtil.</p><p>Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm</p><p>Figura 39 – Fábrica têxtil</p><p>Um destes momentos foi a transformação da indústria neste período que provocou um grande avanço</p><p>tecnológico, que permitiu o desenvolvimento das Máquinas e Equipamentos.</p><p>A evolução das máquinas a vapor é considerada o marco de partida desta revolução. E uma das</p><p>máquinas a vapor que mais se desenvolveram neste período foram as locomotivas. Elas aproveitaram</p><p>este período de capitalismo, onde a indústria Inglesa não conseguia absorver internamente todos os</p><p>itens produzidos. Assim a ampliação das ferrovias se tornou algo essencial para o desenvolvimento, para</p><p>escoamento da produção excedente. A figura 40 apresenta o desenvolvimento das ampliações</p><p>ferroviárias.</p><p>O surgimento da mecanização alterou quase todos os processos na qual solicitada demanda</p><p>operária. Processos constantes, que demandavam muita mão de obra humana para</p><p>realização das tarefas em pouco espaço de trabalho.</p><p>A mecanização não parou no setor têxtil, passando para outros setores como transporte,</p><p>agricultura, metalurgia, pecuária, bélica etc. Esta mecanização, provocou uma falta de mão de</p><p>obra masculina, obrigando mulheres e crianças suprir esta necessidade de mercado. A figura</p><p>41 apresenta mulheres sendo inseridas nos ambientes industriais.</p><p>Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm</p><p>Figura 40 – Locomotiva a vapor</p><p>Fonte: https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/</p><p>Figura 41 – Mulheres na indústria</p><p>Um dos precursores da indústria automotiva, Henry Ford (1863 – 1947), dando continuidade à</p><p>teoria de Taylor, desenvolveu sua indústria baseada na linha de montagem. Na época, os países</p><p>desenvolvidos aderiram praticamente ao método denominado Fordismo. Este processo foi</p><p>extremamente importante para a consolidação dos Norte Americanos</p><p>no processo desta</p><p>revolução já no século XX. Os países desenvolvidos saíram na frente no processo do Fordismo,</p><p>pois conseguiram consumir os produtos gerados destas indústrias. Os países subdesenvolvidos,</p><p>em geral agrários, não se adequaram ao Fordismo, pois suas populações não tiveram acesso aos</p><p>produtos gerados destas indústrias, chamadas de indústrias de produção em massa. A essência</p><p>do fordismo tem como pilar o consumo em massa para gerar a produção em massa. A figura 43</p><p>apresenta uma linha organizada no sistema Fordismo.</p><p>O termo Taylorismo vem do engenheiro americano Frederick</p><p>W. Taylor (1856-1915). Observando os trabalhadores da</p><p>indústria, Taylor desenvolveu uma metodologia de trabalho</p><p>fundamental para o desenvolvimento desta revolução.</p><p>Ele constatou que a mão de obra operária deveria ser mais</p><p>organizada de forma hierarquizada e sistematizada, sendo que</p><p>cada trabalhador deveria ocupar seu posto de trabalho fixo,</p><p>sendo especializado no que fazia. Assim conseguia realizar sua</p><p>tarefa em menor tempo, garantindo uma produção mais</p><p>assertiva. Esta maior produção, por indivíduo, gerava</p><p>premiação para aqueles que se destacavam. Isto provocou</p><p>uma exploração do proletariado, para o cumprimento de</p><p>metas cada vez mais altas e cronometradas. A figura 42</p><p>apresenta a imagem de Taylor.</p><p>Frederick W. Taylor (1856-1915)</p><p>Figura 42 – Frederick w. Taylor</p><p>Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm</p><p>Figura 43 – Linha de produção do sistema Fordismo</p><p>Importante: Nesta época, não se preocupava com o trabalhador</p><p>(acidentes). Caso ele sofresse um acidente, simplesmente era substituído</p><p>por outro. Por isto, pouco importava a exigência de máquinas ou</p><p>equipamentos mais seguros</p><p>6.4. Máquinas e Equipamentos Mecânicos</p><p>É importante, inicialmente, apresentar os conceitos para diferenciar as máquinas dos</p><p>equipamentos e entender as suas diferenças.</p><p>Máquina: é um dispositivo que utiliza energia e trabalho para atingir um objetivo predeterminado.</p><p>Na física, é todo e qualquer dispositivo que muda o sentido ou a intensidade de uma força com a</p><p>utilização do trabalho.</p><p>Equipamento: é uma ferramenta que o ser humano utiliza para realizar alguma tarefa ou</p><p>atividade de modo que garanta melhores condições de trabalho.</p><p>Exemplos de máquinas e equipamentos utilizadas nas indústrias:</p><p>●Os robôs são máquinas utilizadas em grande escala, principalmente nas indústrias de linha de</p><p>produção como Automobilística, Envase, Fabricação etc. Com estas máquinas, tem-se um alto</p><p>ganho em produtividade e qualidade, pois com sua utilização, o processo produtivo é constante,</p><p>com a garantia de sequência na criação do produto. Cada máquina leva uma ferramenta</p><p>específica para realização de sua atividade.</p><p>A figura 44 apresenta os robôs e suas ferramentas de trabalho.</p><p>Fonte: https://legacyautomacao.com.br/automacao-maquinas-industriais.html</p><p>Figura 44 – Robôs e suas ferramentas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_(f%C3%ADsica)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferramenta</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ser_humano</p><p>Equipamentos de usinagem são muito comuns na fabricação de peças e ferramentas de</p><p>trabalho na indústria, como tornos, fresadoras e prensas. As figuras 45, 46 e 47</p><p>apresentam máquinas-ferramenta de usinagem:</p><p>Fonte: https://fortg.com.br/categoria/maquinas-industriais</p><p>Figura 45 – Torno mecânico</p><p>Fonte: https://blog.superbid.net/maquinas-fresadoras-</p><p>aprenda-a-usinar-metais/</p><p>Figura 46 – Fresadora</p><p>Fonte: https://www.prensajundiai.com/pt/tipo-c/serie-ce/</p><p>Figura 47 – Prensa mecânica</p><p>Máquinas de geração de energia, são utilizados em larga escala para suprir as demandas em</p><p>áreas que não se consegue energia elétrica como os geradores a combustível fóssil. A figura</p><p>48 apresenta um modelo clássico de gerador.</p><p>Fonte: https://www.setgeradores.com.br/blog/dicas/por-que-comprar-geradores-de-energia/</p><p>Figura 48 – Gerador</p><p>Os equipamentos para transporte variam desde equipamento fixos a equipamentos em</p><p>movimento, como as esteiras e caminhões/equipamentos de movimentação.</p><p>Esteiras. A figura 49 apresenta modelos de esteiras para diferentes tipos de produtos.</p><p>Fonte: 2022, autoral</p><p>Figura 49 – Tipos de esteira</p><p>● Máquinas para transporte nas fábricas em geral. A figura 50 apresenta modelos de máquinas na</p><p>indústria.</p><p>Fonte: 2022, autoral.</p><p>Figura 50 – Tipos de máquinas industriais</p><p>Máquinas agrícolas (Figura 51) são utilizadas em larga escala na indústria e fazendas</p><p>agrícolas. Porém muitos destes equipamentos também auxiliam em outros setores</p><p>industriais. Um exemplo clássico é o trator, que tanto pode ser utilizado no ambiente</p><p>agrícola como na indústria de construção civil.</p><p>Fonte: 2022, autoral.</p><p>Figura 51 – Máquinas agrícolas</p><p>● Equipamentos para Içamento de carga. Estes equipamentos elevam a carga para outro</p><p>patamar e se movimentam com ela içada.</p><p>Fonte: 2022, autoral.</p><p>Figura 52 – Máquinas de movimentação de carga</p><p>6.5. Segurança em Máquinas e Equipamentos conforme NR12</p><p>É importante entender os conceitos gerais descritos na Norma Regulamentadora 12 -</p><p>Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, apresentando o conteúdo de forma</p><p>resumida. Sendo assim temos:</p><p>Princípios gerais;</p><p>12.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR e seus anexos definem referências técnicas,</p><p>princípios fundamentais e medidas de proteção para resguardar a saúde e a integridade física</p><p>dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças</p><p>do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à sua</p><p>fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as</p><p>atividades econômicas;</p><p>Aplicabilidade</p><p>12.1.4 Esta NR não se aplica: a) às máquinas e equipamentos movidos ou impulsionados</p><p>por força humana ou animal; b) às máquinas e equipamentos expostos em museus, feiras e</p><p>eventos, para fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não sejam mais</p><p>empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a</p><p>preservação da integridade física dos visitantes e expositores; c) às máquinas e equipamentos</p><p>classificados como eletrodomésticos; d) aos equipamentos estáticos; e) às ferramentas</p><p>portáteis e ferramentas transportáveis (semiestacionárias), operadas eletricamente, que</p><p>atendam aos princípios construtivos estabelecidos em norma técnica tipo “C” (parte geral e</p><p>específica) nacional ou, na ausência desta, em norma técnica internacional aplicável; f) às</p><p>máquinas certificadas pelo INMETRO, desde que atendidos todos os requisitos técnicos de</p><p>construção relacionados à segurança da máquina.</p><p>Responsabilidades</p><p>12.1.7 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e</p><p>equipamentos, capazes de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores.</p><p>12.1.8 São consideradas medidas de proteção, a serem adotadas nessa ordem de</p><p>prioridade: a) medidas de proteção coletiva;</p><p>b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e c) medidas de proteção</p><p>individual.</p><p>12.1.10 Cabe aos trabalhadores: a) cumprir todas as orientações relativas aos</p><p>procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção,</p><p>inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos; b)</p><p>não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança</p><p>de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e</p><p>integridade física ou de terceiros; c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou</p><p>dispositivo de segurança foi removido, danificado ou se perdeu sua função; d) participar dos</p><p>treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos</p><p>nesta NR; e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta</p><p>NR.</p><p>6.6. Case Prático Segurança de Máquinas e Equipamentos</p><p>Iniciando com 3 passos importantes:</p><p>1. Mapear quais equipamentos têm disponibilizados na</p><p>empresa;</p><p>2. Realizar um Check List de Segurança conforme NR12;</p><p>3. Criar Plano de Ação para adequação.</p><p>Para isto foi apresentado um modelo de Inventário, contendo as informações básicas para</p><p>controle e rastreamento destas máquinas e equipamentos (Tabela 04).</p><p>Fonte: 2022, autoral.</p><p>Tabela 04 – Inventário da NR12</p><p>Nota: O número de colunas para identificação do equipamento não está</p><p>vinculado somente ao referenciado na tabela 01. Pode e deve acrescentar o</p><p>máximo de informações possíveis para uma boa avaliação.</p><p>Após esta etapa foi apresentado um Check List (Itens de verificação), sobre a NR12, conforme</p><p>tabela 05.</p><p>Fonte: 2022, autoral.</p><p>Tabela 05 – Diagnóstico NR12</p><p>Nota: O documento acima não possui todos os requisitos da NR12, somente</p><p>uma ilustração. Cabe ao Engenheiro de Segurança analisar TODOS os itens da</p><p>norma e verificar quais são aplicados ao seu ambiente de trabalho.</p><p>E na sequência é a criação do Plano de Ação, que deve no mínimo conter:</p><p>1. Ação;</p><p>2. Responsável;</p><p>3. Prazo.</p><p>Nota: Cabe ao empregador e ao Engenheiro de Segurança do Trabalho</p><p>acompanhar as implementações.</p><p>Na prática o que o Engenheiro deve adotar</p><p>Existe um número muito grande de máquinas e equipamentos na indústria. O Engenheiro de</p><p>Segurança do Trabalho deve conhecer o princípio de funcionamento, para entender melhor sua</p><p>aplicação.</p><p>É importante conhecer o processo da fábrica ou indústria que está realizando o trabalho e não</p><p>somente as normas de segurança. Sem este conhecimento, o Engenheiro de Segurança do</p><p>Trabalho não irá perceber os desejos e anseios dos responsáveis pelas</p><p>produções/manutenções, e não conseguirá realizar trabalhos sólidos e sustentáveis em</p><p>gerenciamento de risco.</p><p>6.7. Equipamentos Fluidomecânicos</p><p>Por sua natureza, os equipamentos fluidomecânicos constituem sistemas hidráulicos e</p><p>mecânicos na aplicação dos princípios da mecânica dos fluidos compressíveis e</p><p>incompressíveis cuja aplicabilidade visa movimento do fluido em dispositivos mecânicos</p><p>gerando torque ou velocidade.</p><p>Na indústria em geral temos alguns modelos mais largamente utilizados. Mas conforme o</p><p>módulo anterior, o Engenheiro de Segurança do Trabalho não deve conhecer todos os</p><p>equipamentos e sim seus princípios de funcionamento.</p><p>A figura 53 apresenta equipamentos fluidomecânicos utilizados no meio industrial.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 53 – Equipamentos fluidomecânicos</p><p>A bomba hidráulica é um equipamento que tem como</p><p>objetivo a transformação de energia potencial em</p><p>energia cinética ou energia de pressão. Para seu pleno</p><p>funcionamento, é necessário que ela conte com algum</p><p>tipo de fluido para a transformação de pressão em</p><p>energia. A figura 54 apresenta um modelo básico de</p><p>bomba hidráulica.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 54 – Bomba hidráulica</p><p>Sozinha as bombas hidráulicas não são responsáveis pela pressão, somente gera um fluxo</p><p>de líquido e a pressão acaba sendo uma decorrência desse fluxo. A pressão é gerada com</p><p>auxílio de pistões e outros atuadores.</p><p>Quais os tipos de bombas hidráulicas?</p><p>Bombas de engrenagem: estes equipamentos possuem uma carcaça, e dentro delas se</p><p>movimentam um par de engrenagens em que uma das engrenagens é acoplada em um</p><p>motor e a segunda é acionada pela primeira. As duas juntas geram um movimento para o</p><p>bombeamento de óleo, convertendo a pressão mecânica em hidráulica. Suas características</p><p>são:</p><p>●Mancais deslizantes para altas cargas;</p><p>●Alto rendimento;</p><p>●Robusta;</p><p>●Dimensões reduzidas;</p><p>●Baixo ruído;</p><p>●Possibilidade de várias combinações de montagens.</p><p>Bomba dupla de palhetas vazão fixa: Estes equipamentos possuem dois conjuntos</p><p>rotativos de fácil substituição, melhorando a manutenção, garantindo agilidade e eficiência.</p><p>Suas propriedades são:</p><p>●Baixa pulsação da vazão;</p><p>●Baixo nível de ruído;</p><p>●Variedade de viscosidades;</p><p>●Fácil manutenção;</p><p>●Diversas opções de vazões.</p><p>A figura 55 apresenta uma bomba dupla de palhetas vazão fixa.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 55 – Bomba dupla de palhetas vazão fixa</p><p>Bombas fixas: esses equipamentos possuem pistões radiais auto seccionantes, com volume</p><p>constante comandada por válvulas de atuação externa. Suas propriedades são:</p><p>●Baixo nível de ruído;</p><p>●Longa vida útil;</p><p>●Auto seccionando, comandada por válvulas.</p><p>Os pistões são equipamentos utilizados para geração de movimento linear. Os pistões</p><p>hidráulicos são peças integrantes dos cilindros e bombas, que têm a função de realizar</p><p>movimentos conforme a pressão de um fluido, geralmente óleo, que proporciona a</p><p>transmissão da força necessária para o equipamento. Possuem larga aplicação no âmbito</p><p>industrial e fácil reposição, devido à grande utilização.</p><p>A figura 56 apresenta um pistão repartido e seus complementos.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 56 – Pistão hidráulico</p><p>A junção dos dois conceitos da Bomba e dos Pistões compõem uma série de máquinas e</p><p>equipamentos capazes de transformar o mercado mundial, como apresentado na figura 57.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 57 – Equipamentos com uso de Pistões</p><p>Uma junção muito utilizada é dos macacos hidráulicos, que normalmente têm seu uso</p><p>preponderante nos ambientes de manutenção, mas também podem ser facilmente</p><p>encontrados na fabricação, produção e inclusive no transporte como apresentado na figura</p><p>58.</p><p>Fonte: https://www.nauticexpo.com/pt/prod/yardarm/product-25460-121890.html</p><p>Figura 58 – Macaco de movimentação para barco</p><p>6.8. Equipamentos térmicos</p><p>Equipamentos térmicos: são dispositivos que convertem a energia térmica (calor), em trabalho</p><p>mecânico.</p><p>Em geral são eles:</p><p>● Caldeira;</p><p>A caldeira é um equipamento de larga utilização na indústria, onde sua principal função é</p><p>gerar vapor para diversos fins. Estes equipamentos térmicos tão importantes, transformam</p><p>água em vapor, utilizando para isso a queima dos mais diversos tipos de combustíveis.</p><p>A figura 59 apresenta os vários componentes existentes em uma caldeira, incluído seus</p><p>equipamentos de segurança.</p><p>Fonte: http://togawaengenharia.com.br/partes-que-compoem-uma-caldeira/</p><p>Figura 59 – Componentes da caldeira</p><p>●Trocadores de calor;</p><p>Trocadores de calor são dispositivos usados para transferir energia térmica de um fluido</p><p>para outro sem misturar os dois fluidos. Os fluidos geralmente são separados por uma</p><p>parede sólida (com alta condutividade térmica ) para impedir a mistura ou podem estar em</p><p>contato direto. A figura 8 apresenta os componentes básicos dos trocadores de calor.</p><p>Fonte: https://www.trocadordecalor.com.br/trocador-de-calor</p><p>Figura 60 – Componentes do Trocador de Calor</p><p>Fonte: https://erzinger.com.br/estufas-para-processos-industriais/</p><p>Figura 61 – Estufa</p><p>●Estufas;</p><p>Estufas são equipamentos com o objetivo de acumular e conter o calor no seu interior,</p><p>mantendo assim uma temperatura maior no seu interior que ao seu redor. A figura 61</p><p>apresenta uma estufa normalmente utilizadas para fixação da tinta em peças da indústria</p><p>automotiva.</p><p>https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-energia-interna-energia-termica-definicao/</p><p>https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-condutividade-termica-definicao/</p><p>●Tubulação.</p><p>São componentes para transferência de qualquer substância sendo ela vapor, líquido ou</p><p>pastosa. A figura 62 apresenta tubulações na indústria petrolífera.</p><p>Fonte: autoral, 2022.</p><p>Figura 62 – Tubulação de petróleo</p><p>6.9. Segurança em Equipamentos Fluidomecânicos e Térmicos</p><p>Equipamentos Pressurizados: Devem ser adotadas medidas adicionais de proteção das</p><p>mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados sujeitos a eventuais impactos</p><p>mecânicos e outros agentes agressivos, quando houver risco.</p><p>O profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho deve sempre zelar pela integridade</p><p>física das pessoas, e sendo assim, deve manter uma rotina de controle e gestão sobre o</p><p>processo de segurança da empresa, para garantir que não haja acidentes.</p><p>Para isto, o profissional deve sempre raciocinar, pensando no erro, seja ele por imprudência,</p><p>imperícia ou negligência.</p><p>Com isto deve sempre propor medidas para garantir que tanto a atividade quanto os</p><p>Equipamentos mantenham seu padrão de trabalho, sem desvios.</p><p>Neste estudo foram apresentados</p>

Mais conteúdos dessa disciplina