Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

<p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso</p><p>Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>18 de Março de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>Imunologia - Parte II ..................................................................................................................................... 2</p><p>1 - Considerações Iniciais .......................................................................................................................... 2</p><p>2 - Imunoensaios ....................................................................................................................................... 3</p><p>2.1 - Precipitação................................................................................................................................... 4</p><p>2.2 - Aglutinação ................................................................................................................................... 5</p><p>3.3 - Enzimaimunoensaio - ELISA ........................................................................................................ 15</p><p>2.4 - Imunocromatografia ................................................................................................................... 18</p><p>2.5 - Imunoblot (Western Blotting) ..................................................................................................... 19</p><p>2.6 - Imunofluorescência ..................................................................................................................... 21</p><p>2.7 - Imuno-histoquímica .................................................................................................................... 23</p><p>2.8 - Quimioluminescência e Eletroquimioluminescência ................................................................... 24</p><p>2.9 - Citometria de fluxo...................................................................................................................... 25</p><p>2.10 - Radioimunoensaio ..................................................................................................................... 28</p><p>2.11 - Imunodifusão ............................................................................................................................. 28</p><p>2.12 - Imunofixação (Eletroforese de Imunoglobulinas) ...................................................................... 29</p><p>2.13 - Fixação do complemento........................................................................................................... 30</p><p>2.14 - Imunocitoaderência ................................................................................................................... 31</p><p>3 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 33</p><p>Lista de Questões ....................................................................................................................................... 34</p><p>Questões Comentadas ............................................................................................................................... 42</p><p>Gabarito ..................................................................................................................................................... 56</p><p>Referências ................................................................................................................................................. 57</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>IMUNOLOGIA - PARTE II</p><p>1 - Considerações Iniciais</p><p>Dando continuidade ao estudo da Imunologia, nesta aula iremos estudar sobre os principais</p><p>imunoensaios usados na prática clínica. Este conteúdo é essencial para que você compreenda como é</p><p>realizado o diagnóstico de diversas doenças imunológicas e infecciosas.</p><p>Então, sem mais demora, vamos começar a nossa aula.</p><p>Bons estudos!</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>2 - Imunoensaios</p><p>Para auxiliar o diagnóstico de doenças causadas por microrganismos infecciosos, foram</p><p>desenvolvidos vários tipos de imunoensaios. Essas técnicas bioquímicas e sorológicas são baseadas na</p><p>detecção e quantificação de antígenos ou anticorpos gerados contra um agente infeccioso.</p><p>Nesse contexto, um imunoensaio é um teste bioquímico que mede a presença ou concentração de</p><p>uma molécula em uma solução através do uso de um anticorpo ou um antígeno, sendo o uso de anticorpos</p><p>mais comum. A molécula detectada pelo imunoensaio recebe o nome de analito e, na maioria das vezes, é</p><p>uma proteína, embora outros tipos de moléculas, de tamanhos e tipos diferentes, possam ser detectados</p><p>com o uso de anticorpos que possuam as propriedades adequadas.</p><p>Em alguns casos, um imunoensaio pode usar um antígeno para detectar a presença de anticorpos</p><p>(que reconhecem o antígeno) em uma solução. Ou seja, em alguns imunoensaios, o analito pode ser um</p><p>anticorpo e não um antígeno.</p><p>Além da ligação de um anticorpo ao seu antígeno, uma outra característica importante de todos os</p><p>imunoensaios é a capacidade de produzir um sinal mensurável em resposta à ligação. A maioria dos</p><p>imunoensaios envolve a ligação química de anticorpos ou antígenos com algum tipo de marcador</p><p>detectável. Existe uma grande variedade de marcadores em imunoensaios que permitem a detecção por</p><p>diferentes formas. Muitos marcadores são detectáveis por emitir radiação, produzir uma mudança de cor</p><p>em uma solução, emitir fluorescência sob a luz ou poder ser induzidos a emitir luz.</p><p>Para a realização dos imunoensaios, frequentemente são utilizados calibradores, que são soluções</p><p>que contêm o analito em questão em concentração conhecida. A resposta de um imunoensaio de uma</p><p>amostra real comparada com a resposta do imunoensaio obtida com os calibradores permite interpretar a</p><p>intensidade do sinal e, consequentemente, a presença ou concentração do analito investigado na amostra.</p><p>Você já ouviu falar em sorologia?</p><p>O termo sorologia se refere ao estudo do soro sanguíneo e outros fluidos corporais para a</p><p>identificação de anticorpos.</p><p>Na prática, o termo geralmente se refere à identificação diagnóstica de anticorpos no</p><p>soro ou à detecção de antígenos de agentes infecciosos no soro. Tais anticorpos são</p><p>tipicamente formados em resposta a uma infecção (contra um determinado</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>microrganismo), contra outras proteínas estranhas (como em resposta a uma transfusão</p><p>de sangue incompatível) ou às próprias proteínas (em casos de doença autoimune).</p><p>A sorologia é baseada na detecção dos níveis de imunoglobulina durante o curso de uma</p><p>infecção.</p><p>As técnicas sorológicas podem diferenciar os anticorpos IgM e IgG, determinando o</p><p>estágio da infecção (agudo ou crônico, respectivamente).</p><p>A partir de agora vamos começar a abordar os principais imunoensaios empregados na prática</p><p>clínica. Vamos lá?</p><p>2.1 - Precipitação</p><p>As reações de precipitação (ou imunoprecipitação) são ensaios sorológicos para a detecção de</p><p>níveis de imunoglobulina no soro de um paciente com infecção. Os ensaios de precipitação geralmente são</p><p>realizados em meios semissólidos, como ágar ou agarose, onde anticorpos e antígenos podem se difundir</p><p>um em direção ao outro e formar uma linha visível de precipitação.</p><p>As reações de precipitação são baseadas na interação de anticorpos e antígenos. Elas são realizadas</p><p>com o uso de dois reagentes solúveis que se unem para formar um produto insolúvel, o precipitado. Essas</p><p>reações dependem da formação de redes (ligações cruzadas) quando o antígeno e o anticorpo existem</p><p>em proporções ótimas. O excesso de qualquer um</p><p>com sangue “O” RhD positivo, é correto</p><p>afirmar que ele poderá receber transfusão de hemácias</p><p>A) AB RhD negativo.</p><p>B) AB RhD positivo.</p><p>C) A RhD negativo.</p><p>D) B RhD positivo.</p><p>E) O RhD negativo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>6. (IADES - SES-DF - 2014) A tipagem ABO é definida por meio da(s) prova(s)</p><p>A) de Coombs.</p><p>B) direta e reversa.</p><p>C) de compatibilidade.</p><p>D) de pesquisa de anticorpos irregulares.</p><p>E) direta e indireta.</p><p>7. (IADES - HUOL-UFRN - 2013) A tipagem ABO é definida por meio das provas direta e reversa. Na</p><p>prova direta, pesquisam-se os antígenos do sistema ABO, que estão presentes nas hemácias do</p><p>indivíduo. Já na prova reversa, procura-se determinar os anticorpos do sistema ABO, que estão</p><p>presentes no soro ou no plasma do indivíduo.</p><p>Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o tipo sanguíneo da amostra</p><p>A) 1 é AB+.</p><p>B) 2 é A+.</p><p>C) 7 é O+.</p><p>D) 6 é O-.</p><p>E) 4 é AB-.</p><p>8. (IADES - HUOL-UFRN - 2013) Em relação ao teste de Coombs e suas aplicações, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>A) O teste não pode ser utilizado em testes de doadores e receptores sanguíneos para obtenção de provas</p><p>cruzadas, evitando a incompatibilidade sanguínea.</p><p>B) A prova indireta de coombs é de grande valor no diagnóstico da doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>C) O exame de eritroblastose fetal consiste na adição de antígenos às hemácias lavadas do sangue do</p><p>cordão umbilical.</p><p>D) A prova de coombs é um mecanismo bastante delicado, exigindo controles rigorosos.</p><p>E) O teste de coombs direto detecta anticorpos séricos contra a hemácia.</p><p>9. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A importância do sistema ABO na prática transfusional está</p><p>relacionada à gravidade das reações transfusionais hemolíticas devido à presença regular no plasma</p><p>do receptor de anticorpos naturais contra os antígenos A e B. A respeito da compatibilidade no</p><p>sistema ABO/Rh, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Indivíduos do grupo O- não possuem nenhum dos dois antígenos do sistema ABO (A e B) e nem o</p><p>antígeno D do sistema Rhesus; portanto, podem receber sangue de qualquer grupo, sendo considerado o</p><p>receptor universal.</p><p>B) Indivíduos do grupo A- possuem apenas o antígeno A e, portanto, apresentam os anticorpos anti-B.</p><p>Podem receber sangue dos grupos O- e A+ e doar para os grupos A+ e AB-.</p><p>C) Indivíduos do grupo AB+ possuem ambos os antígenos (A e B) do sistema ABO e o antígeno D do sistema</p><p>Rhesus. Podem receber sangue de qualquer grupo, mas doam apenas para o grupo AB+.</p><p>D) Da combinação entre o sistema ABO e o fator Rh, pode-se encontrar os chamados doadores universais</p><p>(O positivo) e receptores universais (AB negativo).</p><p>E) Indivíduos do grupo B+ possuem o antígeno B e o antígeno D e, portanto, podem receber sangue dos</p><p>grupos AB+ e B+ e doar para os grupos B- e O+.</p><p>10. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A técnica de exsanguineotransfusão está indicada quando houver</p><p>necessidade de remover as hemácias com anticorpos ligados à sua superfície e aos anticorpos livres</p><p>circulantes. Assinale a alternativa em que o sangue do recém-nascido pode se encontrar nessas</p><p>condições.</p><p>A) Toxoplasmose congênita.</p><p>B) Sífilis congênita.</p><p>C) Doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>D) Sepse ou infecção neonatal.</p><p>E) Aids no recém-nascido.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>11. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A respeito da doença hemolítica do recém-nascido, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Os anticorpos maternos da classe IgM comprometem a sobrevida das hemácias fetais.</p><p>B) A hemólise inicia-se no parto, e ação fulminante desse processo pode leva o recém-nascido a óbito em</p><p>até 12 horas.</p><p>C) Na vasta maioria dos casos, ocorre em função dos anticorpos anti-A ou anti-B da mãe com sangue O.</p><p>D) Os antígenos do tipo Rh localizam-se nos leucócitos.</p><p>E) Raramente ocorre na primeira gestação.</p><p>12. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Paciente de sexo feminino, 28 anos, apresenta anemia grave de</p><p>instalação rápida, acompanhada de icterícia e hepatoesplenomegalia. Seu médico suspeita de</p><p>anemia hemolítica autoimune e é encaminhada ao laboratório. Qual dos exames abaixo poderia ser</p><p>solicitado para uma avaliação deste tipo de patologia?</p><p>a) Coombs indireto.</p><p>b) Eletroforese de hemoglobina.</p><p>c) Tempo de sangramento com contagem de plaquetas.</p><p>d) Leucograma.</p><p>e) Coombs direto.</p><p>Imunoensaios</p><p>13. (ADM&TEC - Prefeitura de Mata Grande - AL - 2020 - adaptada) Julgue a afirmativa a seguir:</p><p>Devido à sua baixa especificidade, os imunoensaios (ou ELISA) não permitem detectar quantidades</p><p>mínimas do analito.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>14. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Um dos passos da metodologia do teste de ELISA consiste na adição de Albumina de Soro Bovino</p><p>para prevenção de ligações não específicas. Sobre a nomeação deste passo, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Bloqueio</p><p>B) Detecção</p><p>C) Parada da reação</p><p>D) Lavagem</p><p>15. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Nesse tipo de ELISA, primeiramente são ligados ao fundo da placa de teste os anticorpos de</p><p>captura, seguido da adição da amostra de interesse. Posteriormente, são adicionados os anticorpos</p><p>específicos para o alvo de interesse, conjugados à enzima. Por fim, é adicionado o substrato para a</p><p>revelação do teste. Esta breve descrição corresponde ao método de ELISA _____. Assinale a</p><p>alternativa que preencha corretamente a lacuna.</p><p>A) Indireto</p><p>B) Direto</p><p>C) Sanduíche</p><p>D) Por competição</p><p>16. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Sobre as vantagens da técnica de ELISA é incorreto afirmar que:</p><p>A) É uma técnica de alta sensibilidade</p><p>B) É uma técnica de alta especificidade</p><p>C) Possui baixo</p><p>custo</p><p>D) Pode ser utilizada como teste de diagnóstico rápido, principalmente para o HIV</p><p>17. (Fundação Aroeira - Pref. Taquaral de Goiás/GO - 2019 - adaptada) A citometria de fluxo é uma</p><p>técnica multiparamétrica utilizada para separar, contar e analisar células, moléculas e partículas</p><p>microscópicas em meio líquido em fluxo. Assinale a alternativa em que a marcação imunofenotípica</p><p>corresponde, respectivamente, à marcação celular clássica para os seguintes leucócitos sanguíneos:</p><p>monócitos, linfócitos B (LB) e linfócitos T auxiliares (LTh):</p><p>A) CD4 e CD25; CD3 e CD8; CD3 e CD4.</p><p>B) CD4 e CD16; CD5 e CD8; CD3 e CD16.</p><p>C) CD14 e CD25; CD3 e CD19; CD45 e CD80.</p><p>D) CD14 e CD16; CD45 e CD19; CD3 e CD4.</p><p>18. (UFMT - Pref. Várzea Grande/MT - 2018) A determinação de hormônios e anticorpos no sangue é</p><p>realizada por imunoensaios dos mais variados tipos. Qual é o imunoensaio em que os ésteres de</p><p>acridina são conjugados diretamente com moléculas de proteína e reagem de forma oxidativa com</p><p>H2O2 em condições alcalinas, produzindo intermediários de alta energia?</p><p>A) Quimioluminescência</p><p>B) Enzimaimunoensaio</p><p>C) Fluorescente</p><p>D) Imunocromatográfico</p><p>19. (IADES - SES-DF - 2018) As substâncias adicionadas ao teste imuno-hematológico com o objetivo</p><p>de facilitar a interação entre o antígeno e o anticorpo e aproximar as hemácias, favorecendo a</p><p>aglutinação, são denominadas</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>A) antiglobulinas humanas.</p><p>B) potencializadores.</p><p>C) reagentes eritrocitários.</p><p>D) lectinas.</p><p>E) antissoros.</p><p>20. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) Na citometria de fluxo, conforme as células passam através de um</p><p>feixe de luz (laser ou arco voltaico), promovem o espalhamento da luz em todas as direções, em um</p><p>padrão que depende do seu tamanho, forma e estrutura, e as moléculas marcadas com</p><p>fluorocromos são excitadas e fluorescem. Em uma amostra proveniente de cultura celular contendo</p><p>leucócitos totais, foram adicionados anticorpos marcados com fluorocromos anti CD3⁺ e CD8⁺. Em</p><p>seguida, essa amostra foi passada no citômetro de fluxo, gerando o seguinte histograma.</p><p>Baseado no histograma demonstrado, assinale a alternativa correta.</p><p>A) No quadrante B, encontra-se uma população de linfócitos T citotóxicos.</p><p>B) No quadrante A, encontra-se uma população CD3⁺ CD8⁻.</p><p>C) No quadrante D, encontram-se populações de linfócitos B, células NK e hemácias.</p><p>D) No quadrante B, encontra-se linfócitos T auxiliares.</p><p>E) No quadrante C, encontra-se uma população de linfócitos T citotóxicos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>Imuno-hematologia</p><p>1. (SELECON - Prefeitura de Boa Vista - RR - 2020) Na agência transfusional de uma unidade hospitalar</p><p>de emergência, é recebida uma amostra de sangue em tubo contendo anticoagulante para a</p><p>realização de prova cruzada prévia a uma hemotransfusão. O resultado encontrado foi aglutinação</p><p>do plasma da amostra frente aos eritrócitos A, B, AB e D e nenhuma aglutinação dos eritrócitos da</p><p>amostra frente aos soros anti-A, anti-B e anti-D, desta forma a amostra foi adequadamente</p><p>classificada como:</p><p>A) AB fator Rh negativo</p><p>B) AB fator Rh positivo</p><p>C) O fator Rh negativo</p><p>D) O fator Rh positivo</p><p>Comentários:</p><p>Se o plasma aglutinou com eritrócitos A, B, AB e D, isso significa que a amostra possui anticorpos anti-A,</p><p>anti-B e anti-D.</p><p>Se os eritrócitos não aglutinaram com os soros anti-A, anti-B e anti-D, isso significa que os eritrócitos da</p><p>amostra não possuem antígenos A, B e RhD.</p><p>Logo, pode-se concluir que o tipo sanguíneo da amostra é O negativo.</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>2. (IBFC - SESACRE - 2019) O mais importante de todos os grupos sanguíneos é o ABO. A tabela a</p><p>seguir traz a relação de antígenos e anticorpos presentes em cada grupo sanguíneo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>Grupo Antígeno(s) na hemácia Anticorpo(s) no plasma</p><p>1 -- Anti-A, Anti-B, Anti-AB</p><p>2 A Anti-B</p><p>3 B Anti-A</p><p>4 AB --</p><p>Quanto aos números 1, 2, 3 e 4, é correto afirmar que representam, respectivamente os grupos:</p><p>A) AB, A, B, O</p><p>B) O, A, B, AB</p><p>C) AB, B, A, O</p><p>D) O, B, A, AB</p><p>Comentários:</p><p>1 = Grupo O: Sem antígenos, anticorpos Anti-A, Anti-B, Anti-AB.</p><p>2 = Grupo A: Antígeno A, anticorpo Anti-B.</p><p>3 = Grupo B: Antígeno B, anticorpo Anti-A.</p><p>4 = Grupo AB: Antígenos A e B, sem anticorpos.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>3. (MACHADO DE ASSIS - Pref. Caxias/MA - 2018) Em relação aos testes de Coombs direto e indireto,</p><p>é correto afirmar:</p><p>A) Os testes de Coombs direto e indireto auxiliam durante o exame de pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>B) O teste de Coombs indireto é solicitado durante o pré-natal de mães Rh negativo e teste de Coombs</p><p>direto solicitado durante o pré-natal de mães Rh positivo.</p><p>C) O teste de Coombs direto é utilizado no diagnóstico de doenças autoimunes e o Coombs indireto é</p><p>solicitado no pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>D) Os exames de Coombs direto e indireto são utilizados para auxílio no diagnóstico de doenças</p><p>autoimunes.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Apenas o teste de Coombs indireto auxilia durante o pré-natal de mães Rh</p><p>negativo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>A alternativa B está incorreta. O teste de Coombs indireto é solicitado durante o pré-natal de gestantes Rh</p><p>negativo. Gestantes Rh positivo não precisam realizar teste de Coombs, pois seus filhos não correm risco de</p><p>desenvolver doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. É isso mesmo. O teste de Coombs direto é utilizado</p><p>no auxílio do diagnóstico de anemia hemolítica, enquanto o teste de Coombs indireto é realizado durante o</p><p>pré-natal de gestantes Rh negativo.</p><p>A alternativa D está incorreta. O teste de Coombs direto é utilizado para auxílio no diagnóstico de doenças</p><p>autoimunes, como a anemia hemolítica.</p><p>4. (CESPE - EBSERH - 2018 - adaptada) Julgue os próximos itens, relativos à hematologia.</p><p>I. Indivíduos que possuem antígenos D fracos não apresentam aloanticorpos anti-D, sendo</p><p>identificados sorologicamente somente com o uso de antiglobulina humana ou enzimas.</p><p>II. No teste de antiglobulina humana, podem ser obtidos resultados falsos positivos por</p><p>contaminação bacteriana da salina, centrifugação excessiva, ou na presença de células</p><p>autoaglutináveis. Por sua vez, os resultados falsos negativos podem ocorrer quando o reagente</p><p>antiglobulina humana é não reativo, em condições de incubação inadequadas ou quando, no teste</p><p>indireto, o soro não é adicionado.</p><p>A) As duas afirmativas são verdadeiras.</p><p>B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.</p><p>C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.</p><p>D) As duas afirmativas são falsas.</p><p>Comentários:</p><p>I: errada. Os antígenos D fracos são variações quantitativas do antígeno RhD e todos os epítopos (regiões</p><p>reconhecidas por anticorpos) estão íntegros na membrana eritrocitária, porém expressos fracamente. As</p><p>variações no antígeno, quando acontecem, são transmembranares ou intracelulares e por isso os indivíduos</p><p>que possuem o fenótipo D fraco não produzem aloanticorpos anti-D. Nos testes sorológicos, os antígenos</p><p>D fracos são detectados somente com o uso de potencializadores (antiglobulina humana ou enzimas), mas</p><p>atualmente, com o uso dos reagentes monoclonais, aqueles que não apresentam uma densidade</p><p>antigênica muito baixa são detectados por reação imediata, sem necessidade de potencializadores.</p><p>II: certa. A afirmativa</p><p>apresenta corretamente as causas de resultados falso-positivos e falso-negativos para</p><p>o teste de Coombs (teste da antiglobulina humana).</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>5. (IADES - SEPLAG-DF - 2017) Considerando-se um paciente com sangue “O” RhD positivo, é correto</p><p>afirmar que ele poderá receber transfusão de hemácias</p><p>A) AB RhD negativo.</p><p>B) AB RhD positivo.</p><p>C) A RhD negativo.</p><p>D) B RhD positivo.</p><p>E) O RhD negativo.</p><p>Comentários:</p><p>Pacientes do tipo sanguíneo O podem receber transfusão apenas de hemácias do grupo O, pois possuem</p><p>anticorpos anti-A e anti-B. Quanto ao sistema RhD, indivíduos RhD+ não possuem anticorpos anti-RhD,</p><p>logo, podem receber de quem é RhD+ e RhD-. Dessa forma, o paciente citado, que possui sangue do tipo O</p><p>positivo, pode receber transfusões com hemácias do tipo O positivo ou O negativo.</p><p>Gabarito: alternativa E.</p><p>6. (IADES - SES-DF - 2014) A tipagem ABO é definida por meio da(s) prova(s)</p><p>A) de Coombs.</p><p>B) direta e reversa.</p><p>C) de compatibilidade.</p><p>D) de pesquisa de anticorpos irregulares.</p><p>E) direta e indireta.</p><p>Comentários:</p><p>Para a determinação do sistema ABO realiza-se a prova direta (sangue do paciente + soros comerciais) e</p><p>a prova reversa (soro do paciente com hemácias de um grupo conhecido).</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>7. (IADES - HUOL-UFRN - 2013) A tipagem ABO é definida por meio das provas direta e reversa. Na</p><p>prova direta, pesquisam-se os antígenos do sistema ABO, que estão presentes nas hemácias do</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>indivíduo. Já na prova reversa, procura-se determinar os anticorpos do sistema ABO, que estão</p><p>presentes no soro ou no plasma do indivíduo.</p><p>Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o tipo sanguíneo da amostra</p><p>A) 1 é AB+.</p><p>B) 2 é A+.</p><p>C) 7 é O+.</p><p>D) 6 é O-.</p><p>E) 4 é AB-.</p><p>Comentários:</p><p>Vamos identificar o tipo sanguíneo de cada amostra apresentada no quadro:</p><p>Amostra 1: A positivo</p><p>Amostra 2: A negativo</p><p>Amostra 3: B positivo</p><p>Amostra 4: B negativo</p><p>Amostra 5: AB positivo</p><p>Amostra 6: AB negativo</p><p>Amostra 7: O positivo</p><p>Amostra 8: O negativo</p><p>A alternativa A está incorreta. A amostra 1 é A positivo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>A alternativa B está incorreta. A amostra 2 é A negativo.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A amostra 7 é O positivo.</p><p>A alternativa D está incorreta. A amostra 6 é AB negativo.</p><p>A alternativa E está incorreta. A amostra 4 é B negativo.</p><p>8. (IADES - HUOL-UFRN - 2013) Em relação ao teste de Coombs e suas aplicações, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) O teste não pode ser utilizado em testes de doadores e receptores sanguíneos para obtenção de provas</p><p>cruzadas, evitando a incompatibilidade sanguínea.</p><p>B) A prova indireta de coombs é de grande valor no diagnóstico da doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>C) O exame de eritroblastose fetal consiste na adição de antígenos às hemácias lavadas do sangue do</p><p>cordão umbilical.</p><p>D) A prova de coombs é um mecanismo bastante delicado, exigindo controles rigorosos.</p><p>E) O teste de coombs direto detecta anticorpos séricos contra a hemácia.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. O teste de Coombs indireto tem aplicação no exame pré-natal de gestantes</p><p>(para avaliação do risco de doença hemolítica do recém-nascido) e em testes que antecedem uma</p><p>transfusão sanguínea. O teste detecta anticorpos livres no plasma contra hemácias estranhas.</p><p>A alternativa B está incorreta. O teste de Coombs indireto tem aplicação no exame pré-natal de</p><p>gestantes (para avaliação do risco de doença hemolítica do recém-nascido). Mas para o diagnóstico pós-</p><p>natal da doença hemolítica do recém-nascido o teste utilizado é o Coombs direto.</p><p>A alternativa C está incorreta. O exame de eritroblastose fetal consiste na adição de anticorpos às</p><p>hemácias lavadas.</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O teste de Coombs é complexo e exige cuidados</p><p>para a sua realização.</p><p>A alternativa E está incorreta. Através do teste de Coombs direto é possível detectar anticorpos ou</p><p>proteínas do sistema complemento ligadas à superfície das hemácias.</p><p>9. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A importância do sistema ABO na prática transfusional está</p><p>relacionada à gravidade das reações transfusionais hemolíticas devido à presença regular no plasma</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>do receptor de anticorpos naturais contra os antígenos A e B. A respeito da compatibilidade no</p><p>sistema ABO/Rh, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Indivíduos do grupo O- não possuem nenhum dos dois antígenos do sistema ABO (A e B) e nem o</p><p>antígeno D do sistema Rhesus; portanto, podem receber sangue de qualquer grupo, sendo considerado o</p><p>receptor universal.</p><p>B) Indivíduos do grupo A- possuem apenas o antígeno A e, portanto, apresentam os anticorpos anti-B.</p><p>Podem receber sangue dos grupos O- e A+ e doar para os grupos A+ e AB-.</p><p>C) Indivíduos do grupo AB+ possuem ambos os antígenos (A e B) do sistema ABO e o antígeno D do sistema</p><p>Rhesus. Podem receber sangue de qualquer grupo, mas doam apenas para o grupo AB+.</p><p>D) Da combinação entre o sistema ABO e o fator Rh, pode-se encontrar os chamados doadores universais</p><p>(O positivo) e receptores universais (AB negativo).</p><p>E) Indivíduos do grupo B+ possuem o antígeno B e o antígeno D e, portanto, podem receber sangue dos</p><p>grupos AB+ e B+ e doar para os grupos B- e O+.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Indivíduos do grupo O- não possuem nenhum dos dois antígenos do sistema</p><p>ABO (A e B) e nem o antígeno D do sistema Rhesus, mas possuem anticorpos contra estes três tipos de</p><p>antígenos; portanto, só podem receber sangue do tipo O-.</p><p>A alternativa B está incorreta. Indivíduos do grupo A- possuem apenas o antígeno A e, portanto,</p><p>apresentam os anticorpos anti-B e anti-RhD. Podem receber sangue dos grupos O- e A- e doar para os</p><p>grupos A+, A-, AB+ e AB-.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Indivíduos do grupo AB+ possuem ambos os</p><p>antígenos (A e B) do sistema ABO e o antígeno D do sistema Rhesus. Estes indivíduos não possuem</p><p>anticorpos anti-A, anti-B nem anti-D, por isso, podem receber sangue de qualquer grupo, mas doam</p><p>apenas para o grupo AB+. São considerados os receptores universais.</p><p>A alternativa D está incorreta. Da combinação entre o sistema ABO e o fator Rh, pode-se encontrar os</p><p>chamados doadores universais (O negativo) e receptores universais (AB positivo).</p><p>A alternativa E está incorreta. Indivíduos do grupo B+ possuem o antígeno B e o antígeno D e, portanto,</p><p>podem receber sangue dos grupos O+, O-, B- e B+ e doar para os grupos B+ e AB+.</p><p>10. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A técnica de exsanguineotransfusão está indicada quando houver</p><p>necessidade de remover as hemácias com anticorpos ligados à sua superfície e aos anticorpos livres</p><p>circulantes. Assinale a alternativa em que o sangue do recém-nascido pode se encontrar nessas</p><p>condições.</p><p>A) Toxoplasmose congênita.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>B) Sífilis congênita.</p><p>C) Doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>D) Sepse ou infecção neonatal.</p><p>E) Aids no recém-nascido.</p><p>Comentários:</p><p>Recém-nascidos com doença hemolítica do recém-nascido podem ser tratados por exsanguíneo-</p><p>transfusão (que é uma técnica que remove a bilirrubina</p><p>sérica e os anticorpos maternos, reduzindo assim a</p><p>hemólise).</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>11. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) A respeito da doença hemolítica do recém-nascido, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Os anticorpos maternos da classe IgM comprometem a sobrevida das hemácias fetais.</p><p>B) A hemólise inicia-se no parto, e ação fulminante desse processo pode leva o recém-nascido a óbito em</p><p>até 12 horas.</p><p>C) Na vasta maioria dos casos, ocorre em função dos anticorpos anti-A ou anti-B da mãe com sangue O.</p><p>D) Os antígenos do tipo Rh localizam-se nos leucócitos.</p><p>E) Raramente ocorre na primeira gestação.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Os anticorpos maternos da classe IgG comprometem a sobrevida das</p><p>hemácias fetais.</p><p>A alternativa B está incorreta. A hemólise inicia-se na vida intrauterina.</p><p>A alternativa C está incorreta. A causa mais frequente e mais grave de doença hemolítica do feto e recém-</p><p>nascido é a incompatibilidade Rh(D) entre a mãe e o feto.</p><p>A alternativa D está incorreta. Os antígenos do tipo Rh localizam-se na superfície das hemácias.</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Na primeira gestação de uma mãe Rh negativo com</p><p>um feto Rh positivo os anticorpos produzidos são da classe IgM. Esta classe de anticorpos não ultrapassa a</p><p>barreira placentária, não causando prejuízo ao feto.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>12. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Paciente de sexo feminino, 28 anos, apresenta anemia grave de</p><p>instalação rápida, acompanhada de icterícia e hepatoesplenomegalia. Seu médico suspeita de</p><p>anemia hemolítica autoimune e é encaminhada ao laboratório. Qual dos exames abaixo poderia ser</p><p>solicitado para uma avaliação deste tipo de patologia?</p><p>a) Coombs indireto.</p><p>b) Eletroforese de hemoglobina.</p><p>c) Tempo de sangramento com contagem de plaquetas.</p><p>d) Leucograma.</p><p>e) Coombs direto.</p><p>Comentários:</p><p>O teste de Coombs direto é usado para investigar casos de anemia hemolítica autoimune, que é uma</p><p>condição em que o sistema imunológico destrói as hemácias, levando à anemia. Através do teste de</p><p>Coombs direto é possível detectar anticorpos ou proteínas do sistema complemento ligadas à superfície</p><p>das hemácias.</p><p>Gabarito: alternativa E.</p><p>Imunoensaios</p><p>13. (ADM&TEC - Prefeitura de Mata Grande - AL - 2020 - adaptada) Julgue a afirmativa a seguir:</p><p>Devido à sua baixa especificidade, os imunoensaios (ou ELISA) não permitem detectar quantidades</p><p>mínimas do analito.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Comentários:</p><p>A técnica de ELISA é um método sensível e específico, permitindo a detecção de baixas quantidades de</p><p>analitos com poucos resultados falso-positivos.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>14. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Um dos passos da metodologia do teste de ELISA consiste na adição de Albumina de Soro Bovino</p><p>para prevenção de ligações não específicas. Sobre a nomeação deste passo, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Bloqueio</p><p>B) Detecção</p><p>C) Parada da reação</p><p>D) Lavagem</p><p>Comentários:</p><p>O objetivo do uso de Albumina de Soro Bovino (BSA) na técnica de ELISA é bloquear as áreas onde os</p><p>anticorpos não aderiram na placa (sítios inespecíficos).</p><p>Gabarito: alternativa A.</p><p>15. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Nesse tipo de ELISA, primeiramente são ligados ao fundo da placa de teste os anticorpos de</p><p>captura, seguido da adição da amostra de interesse. Posteriormente, são adicionados os anticorpos</p><p>específicos para o alvo de interesse, conjugados à enzima. Por fim, é adicionado o substrato para a</p><p>revelação do teste. Esta breve descrição corresponde ao método de ELISA _____. Assinale a</p><p>alternativa que preencha corretamente a lacuna.</p><p>A) Indireto</p><p>B) Direto</p><p>C) Sanduíche</p><p>D) Por competição</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>Comentários:</p><p>O enunciado descreve a técnica de ELISA sanduíche, onde um antígeno fica entre dois anticorpos.</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>16. (IBFC - SESACRE - 2019) O teste de “ELISA” (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) é</p><p>um teste imunoenzimático largamente utilizado em pesquisa e diagnóstico de doenças. A revelação</p><p>do teste consiste em adicionar o substrato da enzima, gerando “cor” conforme ocorre a reação.</p><p>Assim, quando há a presença do antígeno em análise, os equipamentos de detecção percebem e</p><p>quantificam a mudança de cor observada, cuja intensidade se refere a concentração de substrato</p><p>que reagiu com a enzima, atestando maior ou menor concentração do antígeno.</p><p>Sobre as vantagens da técnica de ELISA é incorreto afirmar que:</p><p>A) É uma técnica de alta sensibilidade</p><p>B) É uma técnica de alta especificidade</p><p>C) Possui baixo custo</p><p>D) Pode ser utilizada como teste de diagnóstico rápido, principalmente para o HIV</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta. De fato, a técnica de ELISA possui alta sensibilidade.</p><p>A alternativa B está correta. A técnica de ELISA também tem alta especificidade.</p><p>A alternativa C está correta. Trata-se de uma técnica de baixo custo, sendo por isso utilizada na etapa de</p><p>triagem de algumas doenças.</p><p>A alternativa D está INCORRETA e é o gabarito da questão. O ELISA é utilizado como teste de triagem</p><p>para o HIV. O teste rápido baseia-se no princípio da imunocromatografia e não é suficiente para estabelecer</p><p>diagnóstico.</p><p>17. (Fundação Aroeira - Pref. Taquaral de Goiás/GO - 2019 - adaptada) A citometria de fluxo é uma</p><p>técnica multiparamétrica utilizada para separar, contar e analisar células, moléculas e partículas</p><p>microscópicas em meio líquido em fluxo. Assinale a alternativa em que a marcação imunofenotípica</p><p>corresponde, respectivamente, à marcação celular clássica para os seguintes leucócitos sanguíneos:</p><p>monócitos, linfócitos B (LB) e linfócitos T auxiliares (LTh):</p><p>A) CD4 e CD25; CD3 e CD8; CD3 e CD4.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>B) CD4 e CD16; CD5 e CD8; CD3 e CD16.</p><p>C) CD14 e CD25; CD3 e CD19; CD45 e CD80.</p><p>D) CD14 e CD16; CD45 e CD19; CD3 e CD4.</p><p>Comentários:</p><p>Os marcadores imunofenotípicos das células apresentadas são:</p><p>Monócitos: CD4, CD45+, CD14+, CD114+, CD11a, CD11b, CD91+, CD16+.</p><p>Linfócitos B: CD45+, CD19+, CD20+, CD24+, CD38, CD22.</p><p>Linfócitos T auxiliares: CD45+, CD3+, CD4+.</p><p>Gabarito: alternativa D.</p><p>18. (UFMT - Pref. Várzea Grande/MT - 2018) A determinação de hormônios e anticorpos no sangue é</p><p>realizada por imunoensaios dos mais variados tipos. Qual é o imunoensaio em que</p><p>os ésteres de</p><p>acridina são conjugados diretamente com moléculas de proteína e reagem de forma oxidativa com</p><p>H2O2 em condições alcalinas, produzindo intermediários de alta energia?</p><p>A) Quimioluminescência</p><p>B) Enzimaimunoensaio</p><p>C) Fluorescente</p><p>D) Imunocromatográfico</p><p>Comentários:</p><p>As reações de quimioluminescência mais utilizadas envolvem reações de oxidação do luminol e do</p><p>isoluminol, ésteres de acridina e decomposição catalisada pela fosfatase alcalina de adamantil 1,2-</p><p>dioxetano aril-fosfato.</p><p>Gabarito: alternativa A.</p><p>19. (IADES - SES-DF - 2018) As substâncias adicionadas ao teste imuno-hematológico com o objetivo</p><p>de facilitar a interação entre o antígeno e o anticorpo e aproximar as hemácias, favorecendo a</p><p>aglutinação, são denominadas</p><p>A) antiglobulinas humanas.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>B) potencializadores.</p><p>C) reagentes eritrocitários.</p><p>D) lectinas.</p><p>E) antissoros.</p><p>Comentários:</p><p>As substâncias adicionadas ao teste imuno-hematológico com o objetivo de facilitar a interação entre o</p><p>antígeno e o anticorpo e aproximar as hemácias, favorecendo a aglutinação, são denominadas</p><p>potencializadores. Essas substâncias são utilizadas na detecção do antígeno D fraco.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>20. (IADES - MEJC-UFRN - 2013) Na citometria de fluxo, conforme as células passam através de um</p><p>feixe de luz (laser ou arco voltaico), promovem o espalhamento da luz em todas as direções, em um</p><p>padrão que depende do seu tamanho, forma e estrutura, e as moléculas marcadas com</p><p>fluorocromos são excitadas e fluorescem. Em uma amostra proveniente de cultura celular contendo</p><p>leucócitos totais, foram adicionados anticorpos marcados com fluorocromos anti CD3⁺ e CD8⁺. Em</p><p>seguida, essa amostra foi passada no citômetro de fluxo, gerando o seguinte histograma.</p><p>Baseado no histograma demonstrado, assinale a alternativa correta.</p><p>A) No quadrante B, encontra-se uma população de linfócitos T citotóxicos.</p><p>B) No quadrante A, encontra-se uma população CD3⁺ CD8⁻.</p><p>C) No quadrante D, encontram-se populações de linfócitos B, células NK e hemácias.</p><p>D) No quadrante B, encontra-se linfócitos T auxiliares.</p><p>E) No quadrante C, encontra-se uma população de linfócitos T citotóxicos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>Comentários:</p><p>Antes de interpretar o histograma, vamos nos lembrar quais células possuem marcadores CD3⁺ e CD8⁺:</p><p>Linfócitos T: CD45⁺, CD3⁺</p><p>Linfócito T auxiliar: CD45⁺, CD3⁺, CD4⁺</p><p>Linfócito T citotóxico: CD45⁺, CD3⁺, CD8⁺</p><p>Agora vamos analisar cada uma das alternativas:</p><p>A alternativa A está incorreta. No quadrante B, encontra-se uma população CD8⁻ e CD3⁻, logo, não são</p><p>linfócitos T citotóxicos.</p><p>A alternativa B está incorreta. No quadrante A, encontra-se uma população CD3⁻ CD8⁺.</p><p>A alternativa C está incorreta. Como a marcação realizada foi apenas por anticorpos marcados com</p><p>fluorocromos anti CD3⁺ e CD8⁺, não podemos afirmar que as populações do quadrante D são referentes a</p><p>linfócitos B, células NK e hemácias.</p><p>A alternativa D está incorreta. No quadrante B, encontra-se uma população CD8⁻ e CD3⁻, logo, não são</p><p>linfócitos T auxiliares.</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. No quadrante C, encontra-se uma população CD3⁺ e</p><p>CD8⁺, logo, são linfócitos T citotóxicos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>GABARITO</p><p>1. C</p><p>2. B</p><p>3. C</p><p>4. C</p><p>5. E</p><p>6. B</p><p>7. C</p><p>8. D</p><p>9. C</p><p>10. C</p><p>11. E</p><p>12. E</p><p>13. Errado</p><p>14. A</p><p>15. C</p><p>16. D</p><p>17. D</p><p>18. A</p><p>19. B</p><p>20. E</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia Celular e Molecular. 6. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Elsevier, 2008.</p><p>BENDER, Ana Lígia; VON MÜHLEN, Carlos Alberto. Testes Laboratoriais Aplicados à Imunologia Clínica.</p><p>Disponível em: .</p><p>BORBA, Helena H. L.; WIENS, Astrid; PONTAROLO, Roberto. Novas estratégias terapêuticas para o</p><p>tratamento do lúpus eritematoso sistêmico. Visão Acadêmica, Curitiba, v.14, n.1, Jan. - Mar./2013.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO</p><p>HOSPITALAR E DE URGÊNCIA. Imuno‑hematologia laboratorial. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 60 p.</p><p>Disponível em: .</p><p>SOBRAU - Sociedade Brasileira de Autoimunidade. Disponível em: .</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dos componentes (antígeno ou anticorpo) reduz a</p><p>formação das redes e a precipitação subsequente.</p><p>Curva de precipitação</p><p>Para se obter uma curva de precipitação clássica deve-se adicionar antígeno (em</p><p>diferentes concentrações) ao anticorpo (em concentração constante), tal curva</p><p>apresenta um padrão parabólico. Dessa forma, a curva de precipitação apresenta três</p><p>regiões (zonas):</p><p>Zona de equivalência: região na qual a precipitação máxima é observada, possui</p><p>proporções ideais de antígeno e anticorpo. E o imunocomplexo se dissolve à medida que</p><p>mais antígeno é adicionado.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>Prozona: região com excesso de anticorpos (ou falta de antígeno). Nessa região os</p><p>imunocomplexos não podem ser observados por serem pequenos, levando a resultados</p><p>falso-negativos.</p><p>Pós-zona: região com excesso de antígeno. Nessa região ocorre a formação de pequenos</p><p>imunocomplexos que também não podem ser visualizados, o que leva a resultados falso-</p><p>negativos.</p><p>O efeito prozona ocorre quando a amostra do paciente está muito concentrada com</p><p>anticorpos. Tal problema é corrigido ao diluir a amostra do paciente.</p><p>Legenda: Curva de formação de imunocomplexo em função da quantidade de antígeno adicionada.</p><p>Fonte: https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf</p><p>As reações de precipitação diferem das reações de aglutinação (que veremos a seguir) no tamanho</p><p>e na solubilidade do antígeno e na sensibilidade. Nas reações de precipitação, os antígenos são moléculas</p><p>solúveis e maiores. Existem vários métodos de precipitação aplicados em laboratório clínico para o</p><p>diagnóstico de doenças. Estes podem ser realizados em meios semissólidos, como ágar ou agarose, ou em</p><p>outros meios de suporte, como acetato de celulose.</p><p>2.2 - Aglutinação</p><p>Os testes de aglutinação são fáceis de executar e, em alguns casos, são os testes mais sensíveis</p><p>disponíveis. Esses testes têm uma ampla gama de aplicações no diagnóstico clínico de doenças infecciosas</p><p>e de distúrbios imunológicos não infecciosos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>As reações de aglutinação são usadas para avaliar a presença de anticorpos em uma amostra,</p><p>misturando-a com antígenos particulados. A aglutinação é a expressão visível da agregação de antígenos</p><p>e anticorpos. As reações de aglutinação aplicam-se a antígenos particulados que foram conjugados a um</p><p>transportador. O transportador pode ser artificial (como partículas de látex ou carvão) ou biológico (como</p><p>hemácias). Estas partículas conjugadas reagem com o soro do paciente, presumivelmente contendo</p><p>anticorpos. O ponto final do teste é a observação de aglomerados resultantes da formação do complexo</p><p>antígeno-anticorpo. A qualidade do resultado é determinada pelo tempo de incubação com a fonte de</p><p>anticorpo, quantidade e avidez (força da interação) do antígeno conjugado ao transportador e condições</p><p>do ambiente de teste (por exemplo, pH e concentração de proteínas). Vários métodos de aglutinação são</p><p>usados na imunologia diagnóstica e incluem a aglutinação do látex, testes de floculação, aglutinação</p><p>bacteriana direta e hemaglutinação.</p><p>Na aglutinação do látex, muitas moléculas de anticorpo são ligadas a esferas de látex (partículas),</p><p>o que aumenta o número de sítios de ligação ao antígeno. Se um antígeno estiver presente em uma amostra</p><p>de teste, ele se ligará ao anticorpo e formará agregados visíveis e reticulados. A aglutinação do látex</p><p>também pode ser realizada com o antígeno conjugado às esferas para testar a presença de anticorpos em</p><p>uma amostra de soro.</p><p>Os testes de floculação são projetados para a detecção de anticorpos e são baseados na interação</p><p>de antígenos solúveis com anticorpos, produzindo um precipitado de partículas finas que podem ser vistas</p><p>a olho nu.</p><p>A aglutinação bacteriana direta usa patógenos inteiros como fonte de antígeno. Ela mede o nível</p><p>de anticorpos produzidos por um hospedeiro infectado contra esse patógeno. A ligação de anticorpos a</p><p>antígenos de superfície nas bactérias resulta em aglutinações visíveis.</p><p>A hemaglutinação usa hemácias como portadores biológicos de antígenos bacterianos e</p><p>polissacarídeos ou proteínas purificadas para determinar a presença de anticorpos correspondentes em</p><p>uma amostra.</p><p>Aglutinação Direta, Aglutinação Indireta e Reação de Inibição da Aglutinação</p><p>Em um teste de aglutinação direta, o antígeno é parte integrante da superfície celular</p><p>(glóbulos vermelhos, bactérias). Uma suspensão de partículas é aglutinada diretamente</p><p>por anticorpos específicos presentes na amostra examinada. Este ensaio é</p><p>frequentemente usado na hematologia para a determinação do grupo sanguíneo ou no</p><p>diagnóstico imunológico para detecção de anticorpos específicos direcionados contra</p><p>antígenos que ocorrem naturalmente na superfície de alguns microrganismos (por</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>exemplo, contra Salmonella typhi - o teste Widal). Para o exame de anticorpos, o teste</p><p>geralmente é realizado com diluições em série da amostra. A maior diluição de soro que</p><p>ainda causa aglutinação é indicada como título do anticorpo.</p><p>O ensaio de aglutinação indireta utiliza partículas com os antígenos que foram</p><p>passivamente ligados à sua superfície. Originalmente, as hemácias eram usadas como</p><p>portadoras de antígenos. Ultimamente, partículas inertes como látex, ouro coloidal e</p><p>outras substâncias têm se mostrado mais versáteis para a técnica de aglutinação. Muitas</p><p>proteínas, antígenos bacterianos e virais são facilmente adsorvidos na partícula, enquanto</p><p>outras substâncias requerem modificação pelo ácido tânico ou cloreto de cromo. As</p><p>partículas revestidas com os antígenos específicos são usadas para a detecção de</p><p>anticorpos contra antígenos de superfície de alguns patógenos e alguns autoanticorpos</p><p>(por exemplo, fator reumatoide). Em vez dos antígenos, as partículas também podem ser</p><p>revestidas por anticorpos específicos. Essa técnica também é chamada de aglutinação</p><p>reversa e pode ser utilizada para a detecção de antígenos solúveis (por exemplo, proteína</p><p>C-reativa ou gonadotrofina coriônica humana).</p><p>O teste de inibição da aglutinação é outra forma de reação de aglutinação que permite a</p><p>determinação de antígenos solúveis. É baseado na competição entre os antígenos em</p><p>solução e os mesmos antígenos na superfície das partículas por quantidade limitada</p><p>de anticorpos. Os anticorpos específicos são incubados com a amostra de teste contendo</p><p>os antígenos solúveis (amostra positiva). Após a adição das partículas revestidas com os</p><p>antígenos, a aglutinação não ocorre porque a maioria dos anticorpos já foi saturada com</p><p>uma forma solúvel do mesmo antígeno da amostra. Portanto, os locais de ligação ao</p><p>anticorpo não estão disponíveis para fazer a ponte das partículas revestidas. A falta de</p><p>aglutinação indica um resultado positivo. Por outro lado, se o antígeno solúvel não</p><p>estiver presente na amostra testada (amostra negativa), ao adicionar as partículas</p><p>revestidas com antígenos a aglutinação irá ocorrer.</p><p>Uma das principais aplicações da metodologia de aglutinação é a tipagem sanguínea. Para entender</p><p>como este exame é feito, é necessário estudar um pouco sobre imuno-hematologia, assunto que veremos</p><p>no tópico a seguir.</p><p>2.2.1 - Imuno-hematologia e tipagem sanguínea</p><p>Existem vários tipos de grupos sanguíneos, mas nessa aula vamos estudar apenas os mais</p><p>conhecidos: o sistema ABO e o sistema Rh.</p><p>O sistema de grupos sanguíneos ABO é a classificação do sangue humano com base nas</p><p>propriedades herdadas das hemácias, conforme determinado pela</p><p>presença ou ausência dos antígenos A e</p><p>B, que são transportados na superfície das hemácias. Assim, as pessoas podem ter sangue do tipo A, tipo</p><p>B, tipo O ou tipo AB, conforme demonstrado na figura a seguir:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>Grupo A Grupo B Grupo AB Grupo O</p><p>Hemácias</p><p>Genótipos IAIA ou IAi IBIB ou IBi IAIB ii</p><p>Antígenos</p><p>Antígeno A</p><p>Antígeno B</p><p>Antígenos A e B</p><p>Não possui</p><p>Anticorpos</p><p>Anti-B</p><p>Anti-A</p><p>Não possui</p><p>Anti-A e Anti-B</p><p>Pode doar</p><p>sangue para</p><p>A e AB B e AB AB</p><p>Todos (doador</p><p>universal)</p><p>Pode receber</p><p>sangue de</p><p>A e O B e O</p><p>A, B, AB e O</p><p>(receptor universal)</p><p>O</p><p>Fonte: adaptado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ABO_sangre_tipo.svg</p><p>Os anticorpos do sistema ABO são chamados de naturais, pois ocorrem de maneira natural nos</p><p>indivíduos desde o seu nascimento, sem necessidade de sensibilização prévia. O sangue contendo</p><p>hemácias com antígeno do tipo A em sua superfície possui anticorpos séricos contra os antígenos do tipo B.</p><p>Se durante uma transfusão o sangue do tipo B for injetado em pessoas com sangue do tipo A, as hemácias</p><p>do sangue do doador serão destruídas pelos anticorpos do sangue do receptor. Da mesma forma, as</p><p>hemácias do tipo A serão destruídos por anticorpos anti-A no sangue de um receptor do tipo B. O sangue</p><p>tipo O pode ser transfundido em pessoas com sangue tipo A, B, AB ou O, a menos que haja</p><p>incompatibilidade em relação a algum outro sistema de grupo sanguíneo também presente (como o fator</p><p>Rh). Pessoas com sangue do tipo AB podem receber sangue do tipo A, B, AB ou O, conforme mostrado na</p><p>tabela.</p><p>O sistema de grupos sanguíneos RhD (o fator Rh) é o segundo sistema sanguíneo mais importante,</p><p>depois do sistema ABO. O sistema Rh é composto por 49 antígenos de grupo sanguíneo, entre os quais os</p><p>cinco antígenos "D", "C", "c", "E" e "e" são os mais importantes. Não existe antígeno "d".</p><p>O status RhD de um indivíduo é normalmente descrito com um sufixo positivo ou negativo após o</p><p>tipo ABO. Por exemplo, alguém que é A positivo possui o antígeno A e o antígeno RhD, enquanto alguém</p><p>que é A negativo possui o antígeno A e não possui o antígeno RhD.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>Indivíduos RhD+ não possuem anticorpos anti-RhD, mas indivíduos RhD- possuem. Dessa forma,</p><p>indivíduos RhD+ podem doar sangue apenas para quem também é RhD+, e receber de quem é RhD+ e RhD- ;</p><p>e indivíduos que são RhD- podem doar sangue para quem é RhD+ e RhD-, mas só podem receber de quem</p><p>é RhD-. Anticorpos para antígenos Rh podem estar envolvidos em reações transfusionais hemolíticas e</p><p>estão relacionados com o risco de desenvolvimento de doença hemolítica do recém-nascido</p><p>(eritroblastose fetal). Ao contrário do sistema ABO, os anticorpos do sistema RhD não ocorrem de forma</p><p>natural, mas necessitam de inoculação prévia para que ocorra a sensibilização e produção dos anticorpos.</p><p>Antígeno D fraco e antígeno D parcial</p><p>Muitas vezes, quando o resultado do teste do paciente é RhD negativo, isso significa que</p><p>ele não possui o antígeno D. Porém, em alguns casos, ele pode possuir uma expressão</p><p>diminuída desse antígeno na superfície das hemácias, o que dá origem a uma reação</p><p>mais fraca. É o chamado antígeno D fraco (antigamente chamado de DU). Geralmente, as</p><p>hemácias destes indivíduos não aglutinam com soro anti-D IgM, mas aglutinam com soro</p><p>anti-D IgG. O resultado deste paciente deve ser liberado como RhD positivo.</p><p>O resultado negativo também pode ser devido ao chamado antígeno D parcial, que como</p><p>o nome sugere, trata-se de uma mutação no antígeno com a substituição de alguns</p><p>aminoácidos, o que interfere na afinidade com os anticorpos anti-D. Por se tratar de um</p><p>antígeno diferente, estes indivíduos geralmente são classificados com RhD negativo, pois</p><p>se receberem uma transfusão de um sangue RhD positivo o corpo pode reconhecer o</p><p>antígeno D "normal" como estranho e produzir anticorpos contra ele.</p><p>A tipagem sanguínea (determinação do tipo sanguíneo) pode ser realizada por aglutinação direta</p><p>em lâminas, tubos e tubos-gel, através da reação das hemácias do paciente com soros comerciais contendo</p><p>anticorpos anti-A, anti-B e anti-D. Porém, não é recomendada a realização do teste em lâmina, pois os</p><p>resultados não são confiáveis. A aglutinação indica resultado positivo, assim, se o sangue do paciente</p><p>aglutinar com os três soros, o seu tipo sanguíneo é AB positivo, e se não aglutinar com nenhum, é O</p><p>negativo.</p><p>Para a determinação do sistema ABO realiza-se a prova direta (sangue do paciente + soros</p><p>comerciais) e a prova reversa (soro do paciente com hemácias de um grupo conhecido). Não existe prova</p><p>reversa para o sistema RhD.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>(Fundação Aroeira - Pref. Taquaral de Goiás/GO - 2019) A determinação de grupos sanguíneos do</p><p>sistema ABO/Rh realiza-se confrontando os glóbulos vermelhos do paciente com anticorpos</p><p>monoclonais específicos para antígenos desses grupos sanguíneos. A presença ou ausência de</p><p>aglutinação dos eritrócitos confrontados com cada um dos reagentes indica a presença ou ausência dos</p><p>correspondentes antígenos. Sobre o teste de tipagem sanguínea ABO/Rh em lâminas ou tubos,</p><p>assinale a afirmativa CORRETA:</p><p>A) Baseia-se no princípio da hemoaglutinação indireta pela reação de aglutininas específicas com</p><p>aglutinogênios expressos na superfície de eritrócitos humanos.</p><p>B) Os reagentes antissoros necessitam atingir a temperatura ambiente antes de iniciar a reação, devendo</p><p>ser armazenados em refrigerador, na temperatura de 0 a 10ºC.</p><p>C) Resultados falso positivos podem ser observados devido a anticorpos que reagem com drogas, corantes,</p><p>compostos químicos ou com partículas de sílica coloidal produzida pela má qualidade dos frascos de vidro</p><p>utilizados na sua embalagem.</p><p>D) Uma agitação excessiva, quando utilizada a técnica de tipagem em tubo, pode desagregar as</p><p>aglutinações débeis e produzir resultados falso positivos.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. A tipagem sanguínea é realizada pelo método de hemaglutinação DIRETA, pois os</p><p>anticorpos presentes nos soros comerciais reagem com antígenos naturalmente presentes na superfície das</p><p>hemácias.</p><p>Letra B: errada. Os reagentes são estáveis sob refrigeração (2-10oC) até a data do vencimento indicada na</p><p>embalagem. Não se deve congelar os reagentes.</p><p>Letra C: correta. Foram observados problemas produzidos na tipificação dos grupos sanguíneos ABO</p><p>(reações falso-positivas) devido a anticorpos que reagem com drogas, corantes, compostos químicos ou</p><p>com partículas de sílica coloidal produzida pela má qualidade dos frascos de vidro utilizados na sua</p><p>embalagem. Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra D: errada. Uma agitação excessiva quando utilizar a técnica em tubo, pode desagregar as aglutinações</p><p>débeis e produzir resultados falso-negativos.</p><p>(IBFC - SESACRE - 2019) O sistema Rh é o mais complexo dos sistemas eritrocitários, sendo o segundo</p><p>mais importante, depois do sistema ABO, na medicina transfusional. Em relação à sua classificação, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>A) São aplicadas provas direta e reversa para identificação</p><p>B) É um ensaio colorimétrico</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>C) Os anticorpos do sistema Rh, em especial o anti-D, não são naturais</p><p>D) Os antígenos do sistema Rh são encontrados nas hemácias e no soro</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Não existe prova reversa para o sistema Rh.</p><p>Letra B: errada. Não se utiliza método colorimétrico,</p><p>mas sim hemaglutinação direta.</p><p>Letra C: correta. Os anticorpos do sistema Rh não são naturais, pois só são produzidos no organismo após</p><p>a sensibilização, ou seja, o contato com o antígeno Rh positivo. Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra D: errada. Os antígenos Rh são encontrados nas hemácias, os anticorpos são encontrados no soro.</p><p>2.2.2 - Teste de Coombs direto e indireto</p><p>O teste de Coombs, também chamado de teste antiglobulina humana, se apresenta sob duas</p><p>formas: teste de Coombs direto e indireto. O teste de Coombs direto detecta anticorpos presos à superfície</p><p>das hemácias. Como esses anticorpos às vezes destroem as hemácias, esse teste pode ajudar a esclarecer</p><p>um caso de anemia (anemia hemolítica). Já o teste Coombs indireto detecta anticorpos que estão flutuando</p><p>livremente no sangue. Esses anticorpos podem agir contra algumas hemácias e o teste pode ser feito para</p><p>investigar o risco de reações a uma transfusão de sangue ou ainda doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>O teste de Coombs direto é usado para investigar casos de anemia hemolítica autoimune, que é</p><p>uma condição em que o sistema imunológico destrói as hemácias, levando à anemia. Através do teste de</p><p>Coombs direto é possível detectar anticorpos ou proteínas do sistema complemento ligadas à superfície</p><p>das hemácias. Para realizar o teste, uma amostra de sangue é coletada e as hemácias são lavadas</p><p>(removendo o próprio plasma do paciente e anticorpos não ligados às hemácias) e depois incubadas com</p><p>antiglobulina humana (reagente de Coombs). Se as hemácias se aglutinarem, o teste de Coombs direto é</p><p>considerado positivo, pois esse resultado é um indicativo de que os anticorpos ou proteínas do</p><p>complemento estão se ligando à superfície das hemácias e podem causar a destruição dessas células.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Coombs_test#/media/File:Coombs_test_schematic.png</p><p>O teste de Coombs indireto tem aplicação no exame pré-natal de gestantes (para avaliação do</p><p>risco de doença hemolítica do recém-nascido) e em testes que antecedem uma transfusão sanguínea. O</p><p>teste detecta anticorpos livres no plasma contra hemácias estranhas. Nesse caso, o soro é extraído de</p><p>uma amostra de sangue colhida do paciente. O soro é incubado com hemácias estranhas de antigenicidade</p><p>conhecida. Por fim, é adicionada antiglobulina humana. Se ocorrer aglutinação, o resultado do teste de</p><p>Coombs indireto é considerado positivo.</p><p>Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Coombs_test#/media/File:Coombs_test_schematic.png</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>Doença hemolítica do feto e recém-nascido</p><p>A causa mais frequente e mais grave de doença hemolítica do feto e recém-nascido é a</p><p>incompatibilidade Rh(D) entre a mãe e o feto. Os antígenos do tipo Rh localizam-se na</p><p>superfície das hemácias, o que pode levar a um quadro de hemólise ainda na vida</p><p>intrauterina.</p><p>Na primeira gestação de uma mãe Rh negativo com um feto Rh positivo, os anticorpos</p><p>produzidos são da classe IgM. Esta classe de anticorpos não ultrapassa a barreira</p><p>placentária, não causando prejuízo ao feto. Contudo, em uma segunda gestação de feto</p><p>Rh positivo, os anticorpos maternos da classe IgG, que consegue atravessar a placenta,</p><p>podem comprometer a sobrevida das hemácias fetais.</p><p>Apesar de o teste de Coombs indireto ser aplicado no exame pré-natal de gestantes (para</p><p>avaliação do risco de doença hemolítica do recém-nascido), para o diagnóstico pós-natal</p><p>da doença hemolítica do recém-nascido o teste utilizado é o Coombs direto.</p><p>Recém-nascidos com esta patologia costumam apresentar um quadro de icterícia</p><p>(causada pelo excesso de bilirrubina indireta no sangue). Esses recém nascidos podem ser</p><p>tratados com fototerapia (a bilirrubina é fotossensível e se degrada sob ação da luz);</p><p>imunoglobulina endovenosa (que bloqueia os receptores Fc no sistema retículo-</p><p>endotelial e impede a destruição das hemácias sensibilizadas); ou ainda por exsanguíneo-</p><p>transfusão (que é uma técnica que remove a bilirrubina sérica e os anticorpos maternos,</p><p>reduzindo assim a hemólise).</p><p>(Fundação Aroeira - Pref. Palminópolis/GO - 2018) O soro de Coombs é considerado uma importante</p><p>descoberta da medicina transfusional, permitindo que anticorpos, especialmente anti-eritrócitos,</p><p>fossem detectados com seus respectivos antígenos. Em relação aos testes de Coombs direto e indireto,</p><p>é correto afirmar:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>A) Os testes de Coombs direto e indireto são utilizados para o auxílio diagnóstico de diversas doenças</p><p>autoimunes, da eritroblastose fetal e da doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>B) O teste de Coombs direto é utilizado no diagnóstico de anemia hemolítica autoimune e o Coombs</p><p>indireto é solicitado no pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>C) Os testes de Coombs direto e indireto auxiliam durante o exame de pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>D) O teste de Coombs indireto é solicitado durante o pré-natal de mães Rh negativo e teste de Coombs</p><p>direto solicitado durante o pré-natal de mães Rh positivo.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Apenas o teste de Coombs indireto é utilizado para investigação do risco de eritroblastose</p><p>fetal e doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>Letra B: correta. Exatamente! O teste de Coombs direto é utilizado no auxílio do diagnóstico de anemia</p><p>hemolítica, enquanto o teste de Coombs indireto é realizado durante o pré-natal de gestantes Rh negativo.</p><p>Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra C: errada. Apenas o teste de Coombs direto é realizado durante o pré-natal de gestantes Rh negativo.</p><p>Letra D: errada. O teste de Coombs indireto é solicitado durante o pré-natal de gestantes Rh negativo.</p><p>Gestantes Rh positivo não precisam realizar teste de Coombs, pois seus filhos não correm risco de</p><p>desenvolver doença hemolítica do recém-nascido.</p><p>2.2.3 - Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)</p><p>A pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) se refere à triagem de anticorpos que não pertencem</p><p>ao sistema ABO, sendo fundamental para garantir a segurança dos procedimentos de transfusão sanguínea</p><p>ao reduzir a ocorrência de reações transfusionais.</p><p>Os anticorpos regulares são aqueles dirigidos contra os antígenos A e B do grupo sanguíneo ABO.</p><p>Por serem produzidos muito cedo na vida, os anticorpos regulares são frequentemente chamados de</p><p>anticorpos naturais.</p><p>Por outro lado, os anticorpos irregulares referem-se a todos os anticorpos, com exceção daqueles</p><p>pertencentes ao sistema ABO. Esses anticorpos não estão presentes em condições normais, mas podem ser</p><p>produzidos após sensibilização por antígenos eritrocitários estranhos, como resultado de transfusões de</p><p>sangue, incompatibilidade de grupo sanguíneo entre a mãe e o feto durante a gravidez, dentre outros</p><p>estímulos. São exemplos de anticorpos irregulares os direcionados aos sistemas Kell, MNSs, Lewis, Duffy</p><p>e Kidd.</p><p>Se anticorpos irregulares estiverem presentes no sangue de um receptor ou doador, podem ocorrer</p><p>reações transfusionais imediatas ou tardias. Por este motivo, a pesquisa de anticorpos irregulares antes</p><p>dos procedimentos transfusionais é realizada com o intuito de reduzir a incidência de reações hemolíticas</p><p>após a transfusão de sangue, garantindo a segurança dos pacientes.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>De acordo com a Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017, em seu artigo 177,</p><p>inciso I: os métodos usados para pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares no soro</p><p>ou plasma devem</p><p>ser capazes de detectar anticorpos clinicamente significativos e devem incluir incubação a 37 °C e o uso do soro</p><p>antiglobulina humana (anti-IgG ou poliespecífico). Ou seja, a pesquisa de anticorpos irregulares é realizada</p><p>através da técnica de Coombs.</p><p>3.3 - Enzimaimunoensaio - ELISA</p><p>O ELISA (do inglês enzyme-linked immunosorbent assay) é uma técnica de ensaio em placa projetada</p><p>para detectar e quantificar substâncias como peptídeos, proteínas, anticorpos e hormônios. Outros nomes,</p><p>como imunoensaio enzimático, também são usados para descrever a mesma tecnologia. Em um ELISA,</p><p>um antígeno deve ser imobilizado em uma superfície sólida e depois complexado com um anticorpo</p><p>que está ligado a uma enzima. A quantidade de anticorpo que se liga ao antígeno é proporcional à</p><p>quantidade de antígeno presente, que é determinada medindo espectrofotometricamente a conversão de</p><p>uma substância clara em um produto colorido pela enzima acoplada. O elemento mais importante dessa</p><p>técnica é uma interação anticorpo-antígeno altamente específica.</p><p>Os ELISAs são tipicamente realizados em placas de poliestireno de 96 poços (ou 384 poços), que</p><p>se ligam passivamente a anticorpos e proteínas. É essa ligação e imobilização de reagentes que torna os</p><p>ELISAs tão fáceis de projetar e executar. A imobilização dos reagentes do ELISA na superfície da microplaca</p><p>facilita a separação do material ligado e não ligado durante o ensaio. Essa capacidade de lavar materiais não</p><p>ligados torna o ELISA uma ferramenta poderosa para medir analitos específicos em uma amostra contendo</p><p>uma variedade de substâncias.</p><p>Uma enzima de detecção, ou outro marcador, pode ser diretamente ligada ao anticorpo primário,</p><p>ou ainda acoplada a um anticorpo secundário que reconhece o anticorpo primário. Também pode-se usar</p><p>uma proteína, como estreptavidina, se o anticorpo primário for marcado com biotina. Os marcadores</p><p>enzimáticos mais usados são a peroxidase de rábano silvestre (HRP) e a fosfatase alcalina (AP). Outras</p><p>enzimas também já foram usadas, como β-galactosidase, acetilcolinesterase e catalase, mas não obtiveram</p><p>ampla aceitação devido às opções limitadas de substrato. Uma grande variedade de substratos para a</p><p>realização de ELISA está disponível com um conjugado HRP ou AP. A escolha do substrato depende da</p><p>sensibilidade requerida do ensaio e da instrumentação disponível para a detecção do sinal</p><p>(espectrofotômetro, fluorômetro ou luminômetro).</p><p>Os ELISAs podem ser executados com várias modificações no procedimento básico. O passo</p><p>chave, imobilização do antígeno de interesse, pode ser realizado por adsorção direta à placa de ensaio ou</p><p>indiretamente através de um anticorpo de captura anexado à placa. O antígeno é então detectado</p><p>diretamente (anticorpo primário marcado) ou indiretamente (anticorpo secundário marcado). O formato</p><p>mais poderoso de teste ELISA é o sanduíche. Esse tipo de ensaio de captura é chamado de ensaio</p><p>"sanduíche" porque o analito a ser medido é ligado entre dois anticorpos primários - o anticorpo de</p><p>captura e o anticorpo de detecção. O formato sanduíche é usado porque é sensível e robusto.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>O método de detecção direta usa um anticorpo primário marcado que reage diretamente com o</p><p>antígeno. A detecção direta pode ser realizada com um antígeno imobilizado diretamente na placa de</p><p>ensaio ou com o formato de captura. A detecção direta, embora não seja amplamente utilizada no ELISA, é</p><p>bastante comum na coloração imuno-histoquímica de tecidos e células.</p><p>O método de detecção indireta usa um anticorpo secundário marcado para detecção e é o formato</p><p>mais popular para o ELISA. O anticorpo secundário tem especificidade para o anticorpo primário.</p><p>Em um ELISA sanduíche, no qual o analito fica entre um anticorpo de captura e um anticorpo de</p><p>detecção, é essencial que o anticorpo secundário seja específico apenas para o anticorpo primário de</p><p>detecção (e não para o anticorpo de captura) ou o ensaio não será específico para o antígeno. Geralmente,</p><p>isto é alcançado usando anticorpos de captura e primários de detecção de diferentes espécies hospedeiras</p><p>(por exemplo, IgG de camundongo e IgG de coelho).</p><p>Além dos formatos direto, indireto e sanduíche descritos acima, existem outros tipos de ELISA. O</p><p>ELISA competitivo é uma estratégia comumente usada quando o antígeno é pequeno e possui apenas um</p><p>epítopo ou local de ligação ao anticorpo. Uma variação deste método consiste em marcar o antígeno</p><p>purificado em vez do anticorpo. O antígeno não marcado das amostras e o antígeno marcado competem</p><p>pela ligação ao anticorpo de captura. Uma diminuição no sinal do antígeno purificado indica a presença do</p><p>antígeno nas amostras, quando comparado aos poços de ensaio apenas com o antígeno marcado.</p><p>Uma das etapas do teste de ELISA sanduíche consiste em, após a adição do anticorpo</p><p>primário e subsequente lavagem, adicionar uma solução contendo proteína de alto peso</p><p>molecular, como a Albumina de Soro Bovino (BSA) para bloquear as áreas onde os</p><p>anticorpos não aderiram na placa (sítios inespecíficos).</p><p>A figura a seguir mostra uma representação esquemática dos métodos de ELISA indireto, sanduíche</p><p>e de competição.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>Legenda: Esquemas dos testes enzimáticos heterogêneos do tipo indireto (a), sanduíche (b) e competitivo (c).</p><p>Fonte: https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf</p><p>(FAUEL - Pref. Guarapuava/PR - 2019) Assinale a alternativa CORRETA para o teste de ELISA:</p><p>A) O teste de “ELISA” baseia-se nas reações de falha do anticorpo detectáveis através de reações</p><p>enzimáticas.</p><p>B) O modelo do ELISA é único e não pode ser variado ou alterado.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>C) A sensibilização das placas de ELISA com o anticorpo é o primeiro passo.</p><p>D) A enzima mais comumente utilizada nestas provas é a peroxidase, que catalisa a reação de</p><p>desdobramento da água oxigenada (H2O2) em H2O mais O2.</p><p>Comentários:</p><p>Letra E: errada. O de ELISA baseia-se nas reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações</p><p>enzimáticas.</p><p>Letra B: errada. Existem vários modelos de testes de ELISA.</p><p>Letra C: errada. A sensibilização das placas de ELISA com o antígeno é o primeiro passo, quando se trata</p><p>do ELISA direto ou indireto.</p><p>Letra A: correta. A enzima peroxidase é a mais comumente utilizada em testes ELISA. Este é o nosso</p><p>gabarito.</p><p>ELFA e MEIA</p><p>O Enzyme-Linked Fluorescent Assay (ELFA) e o Microparticle Enzyme Immunoassay (MEIA)</p><p>são variantes da técnica de ELISA.</p><p>O ELFA combina a metodologia do ELISA com uma etapa final de detecção fluorescente.</p><p>O MEIA utiliza micropartículas revestidas de anticorpos que, na presença do antígeno,</p><p>formam complexos antígeno-anticorpo. A adição de um anticorpo marcado com enzima</p><p>resulta na reação com o substrato para produzir um produto fluorescente, que é medido</p><p>em um analisador automático.</p><p>2.4 - Imunocromatografia</p><p>O ensaio de imunocromatografia, também chamado de teste de fluxo lateral, é um dispositivo</p><p>simples destinado a detectar a presença ou ausência do analito alvo. O conceito de imunocromatografia é</p><p>uma combinação de cromatografia (separação dos componentes de uma amostra com base nas diferenças</p><p>de movimento através de um sorvente) e reações imunoquímicas. O sistema imunocromatográfico mais</p><p>difundido é o teste em tira (teste rápido).</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza</p><p>Vieria</p><p>19</p><p>Na imunocromatografia um anticorpo de captura é imobilizado sobre a superfície de uma membrana</p><p>porosa e uma amostra passa ao longo da membrana. O analito da amostra é ligado pelo anticorpo que é</p><p>acoplado ao reagente detector. À medida que a amostra passa pela zona em que o reagente de captura foi</p><p>imobilizado, o complexo de reagentes do detector de analito fica preso e uma cor se desenvolve</p><p>proporcionalmente ao analito presente na amostra.</p><p>Fonte: figura adaptada de https://www.creative-diagnostics.com/Immunochromatography-guide.htm</p><p>2.5 - Imunoblot (Western Blotting)</p><p>Imunoblot é uma técnica para analisar proteínas através de reações específicas de antígeno-</p><p>anticorpo. Nas técnicas de imunoblot, como a análise por Western blotting, as proteínas são separadas</p><p>por eletroforese e transferidas para folhas de nitrocelulose, sendo então identificadas por sua reação</p><p>com anticorpos marcados. A eletroforese usa uma corrente elétrica para separar as proteínas com base em</p><p>seu tamanho. As proteínas grandes migram mais devagar e são representadas pelas bandas mais altas,</p><p>enquanto as proteínas pequenas migram mais rapidamente e são indicadas pelas bandas mais baixas. Os</p><p>ensaios de imunoblot são geralmente realizados para confirmar os resultados obtidos por outras técnicas,</p><p>como ELISA.</p><p>Essa técnica analítica segue as seguintes etapas: As proteínas são geralmente separadas por</p><p>tamanho usando eletroforese em gel de poliacrilamida com dodecil sulfato de sódio (SDS). Depois disso,</p><p>elas são transferidas para uma membrana sintética por métodos de secagem a seco, semisseco ou úmido.</p><p>No campo elétrico gerado por uma fonte de alimentação, as proteínas revestidas com SDS com carga</p><p>negativa migram em direção ao eletrodo positivo. À medida que as proteínas migram para fora do gel, elas</p><p>são capturadas em uma membrana. A ligação de proteínas à membrana é um mecanismo irreversível. As</p><p>membranas podem ser da variedade nitrocelulose, difluoreto de polivinilideno (PVDF) ou nylon. A</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>membrana pode então ser bloqueada com albumina sérica ou solução de leite para evitar a ligação</p><p>inespecífica de anticorpos. A próxima etapa é a sondagem com anticorpos específicos para a proteína em</p><p>estudo na membrana, um método semelhante à imunohistoquímica, mas sem necessidade de fixação. Esta</p><p>técnica explora a especificidade inerente ao reconhecimento antígeno-anticorpo. A detecção é</p><p>normalmente realizada usando anticorpos secundários ligados ao cromogênio ou peróxido para catalisar</p><p>uma reação cromogênica ou quimioluminescente.</p><p>O Western blotting é um método de rotina de biologia molecular que pode ser usado para comparar</p><p>semi-quantitativamente os níveis de proteínas entre as amostras. A separação do tamanho, antes da</p><p>transferência, permite aferir o peso molecular da proteína, em comparação com marcadores de peso</p><p>molecular conhecidos. Os imunoblots são mais frequentemente usados em ambientes de pesquisa e</p><p>geralmente são realizados para confirmar os resultados do ELISA ou de outros imunoensaios.</p><p>Fonte: figura adaptada de https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/western-blotting</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>2.6 - Imunofluorescência</p><p>Moléculas fluorescentes, que são usadas como substitutos para marcadores de radioisótopos ou</p><p>enzimas, podem ser utilizadas para demonstrar a complexidade de antígenos e anticorpos. A técnica de</p><p>imunofluorescência consiste em marcar o anticorpo com corantes fluorescentes, como isotiocianato de</p><p>fluoresceína (FITC). Estes compostos têm alta afinidade por proteínas com as quais se conjugam.</p><p>As técnicas baseadas em anticorpos fluorescentes são muito específicas e sensíveis e requerem um</p><p>microscópio fluorescente. Uma substância fluorescente absorve a luz de um comprimento de onda e emite</p><p>luz de um comprimento de onda mais longo. O marcador fluorescente conhecido como fluoresceína</p><p>apresenta uma cor verde-maçã intensa quando excitada sob microscopia fluorescente.</p><p>A manipulação química na marcação de anticorpos com corantes fluorescentes não prejudica a</p><p>atividade do anticorpo. Assim sendo, após a marcação de um anticorpo específico com uma molécula</p><p>fluorescente, ele ainda pode reagir com seu antígeno e ser identificado microscopicamente. Dentre os</p><p>métodos que utilizam anticorpos fluorescentes, estão o ensaio de imunofluorescência direta, indireta e de</p><p>inibição.</p><p>Na técnica de imunofluorescência direta, um anticorpo fluorescente é usado para detectar reações</p><p>antígeno-anticorpo em nível microscópico. O ensaio de imunofluorescência indireta baseia-se na</p><p>capacidade de os anticorpos reagirem com antígenos, além de atuarem como antígenos e reagirem com</p><p>anti-imunoglobulinas (o anticorpo secundário é marcado com fluorescência). Esta técnica é extensivamente</p><p>usada para a detecção de autoanticorpos e anticorpos para antígenos teciduais e celulares. Já o ensaio de</p><p>inibição imunofluorescente é um teste de bloqueio no qual um antígeno é exposto primeiro a um anticorpo</p><p>não marcado, depois a um anticorpo fluorescente e é finalmente lavado e examinado.</p><p>Os métodos descritos são realizados principalmente em lâminas de vidro com soro ou seções de</p><p>tecido do paciente. A imunofluorescência também pode ser realizada para identificar antígenos específicos</p><p>nas células vivas em suspensão. Esse método é conhecido como citometria de fluxo e requer um</p><p>classificador de células de fluxo em vez de um microscópio fluorescente.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>Legenda: Testes fluorescentes heterogêneos: em (a) imunofluorescência direta (IFD), em (b) imunofluorescência indireta</p><p>(IFI) com anticorpo antiisotipo e em (c), IFI com proteína A marcada com substância fluorescente. O ensaio de inibição não está</p><p>representado na figura acima.</p><p>Fonte: https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf</p><p>Os anticorpos fluorescentes podem ser usados para marcar proteínas do soro ou tecido</p><p>do paciente fixadas em uma lâmina ou células vivas em suspensão.</p><p>Os anticorpos fluorescentes podem ser detectados com um microscópio fluorescente ou</p><p>um classificador de células de fluxo (citometria de fluxo).</p><p>(VUNESP - EBSERH - 2020) Em relação à metodologia de imunofluorescência indireta, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) A técnica não permite diluição seriada para determinação de grau de positividade.</p><p>B) O teste denominado FTA-ABS é utilizado para acompanhamento da toxoplasmose.</p><p>C) Para detecção de fase aguda de doenças, utiliza-se conjugado anti-IgG.</p><p>D) Presença de fator reumatoide no soro do paciente causa resultados falso-negativos.</p><p>E) É empregada para detecção de anticorpos no soro e em outros fluidos biológicos.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. A técnica permite diluição seriada para determinação de grau de positividade.</p><p>Letra B: errada. O teste denominado FTA-ABS é utilizado para diagnóstico de sífilis.</p><p>Letra C: errada. Para detecção de fase aguda de doenças, utiliza-se conjugado anti-IgM.</p><p>Letra D: errada. Presença de fator reumatoide no soro do paciente causa resultados falso-positivos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>Letra E: correta. A técnica de imunofluorescência pode ser aplicada em amostras de tecido, soro e outros</p><p>líquidos corporais. Este é o nosso gabarito.</p><p>2.7 - Imuno-histoquímica</p><p>A imuno-histoquímica é um método laboratorial que usa anticorpos</p><p>para detectar antígenos</p><p>celulares (como proteínas ou outras macromoléculas) em uma amostra de tecido. Os anticorpos</p><p>geralmente estão ligados a uma enzima ou um corante fluorescente. Depois que os anticorpos se ligam ao</p><p>antígeno na amostra de tecido, a enzima ou corante é ativado e pode ser visualizado por microscopia.</p><p>A vantagem da imuno-histoquímica é a possibilidade de se detectar visualmente a existência e a</p><p>localização de uma proteína-alvo em diferentes tipos de células, estados biológicos e/ou localização</p><p>subcelular em tecidos complexos. Por este motivo, a imuno-histoquímica é usada no auxílio diagnóstico de</p><p>doenças como o câncer, sendo também usada para ajudar a diferenciar os tipos de câncer.</p><p>O ensaio imuno-histoquímico clássico envolve a detecção de epítopos expressos por um único alvo</p><p>de proteína dentro de uma amostra de tecido usando um anticorpo primário capaz de se ligar a esses</p><p>epítopos com alta especificidade. Após o evento de ligação epítopo-anticorpo, é adicionado um anticorpo</p><p>secundário capaz de se ligar ao anticorpo primário com alta especificidade. O anticorpo secundário é</p><p>acoplado a uma molécula sinalizadora e após o evento de ligação anticorpo-anticorpo é adicionado um</p><p>substrato químico que reage com a molécula sinalizadora para produzir um precipitado colorido no local de</p><p>todo o complexo epítopo-anticorpo.</p><p>Fonte: https://www.anticorpos.com.br/exames/imuno-histoquimica</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>2.8 - Quimioluminescência e Eletroquimioluminescência</p><p>A quimioluminescência é definida como a emissão de radiação eletromagnética causada por uma</p><p>reação química para produzir luz. A emissão de luz ocorre quando um elétron retorna de um nível de</p><p>energia superior para um nível inferior. A excitação é decorrente de uma reação química envolvendo</p><p>compostos como: luminol, isoluminol, luciferina, ésteres de acridínio, hipoclorito, peróxido de hidrogênio e</p><p>oxigênio. Uma reação de oxidação forma um produto que irá emitir luz na presença de catalizadores, tais</p><p>como: enzimas (peroxidase de raiz forte, fosfatase alcalina, microperoxidase), íons ou complexos metálicos</p><p>(como o íon Cu2+ ou o complexo Fe3+ ftalocianina) e hemina.</p><p>A eletroquimioluminescência, por sua vez, emprega precursores estáveis na superfície de um</p><p>eletrodo que são capazes de gerar a reação quimioluminescente eletroquimicamente. O marcador mais</p><p>utilizado nesta técnica é um quelato de tris(bipiridil) rutênio (Ru2+), sendo a reação gerada em um eletrodo</p><p>através uma reação do tipo oxidação-redução com tripropilamina. Pelo fato de ser pequeno e estável, este</p><p>quelato tem sido utilizado na marcação de haptenos ou de moléculas grandes, como proteínas e</p><p>oligonucleotídeos. Por esta razão, a eletroquimioluminescência tem sido empregada tanto para</p><p>imunoensaios quanto para ensaios de biologia molecular, para avaliação de ácidos nucleicos.</p><p>O imunoensaio de quimioluminescência (ou imunoquimioluminescência) é um ensaio</p><p>que combina a técnica de quimiluminescência com reações imunoquímicas. Semelhante</p><p>a outros imunoensaios marcados (como o ELISA), a imunoquimioluminescência utiliza</p><p>sondas químicas que podem gerar emissão de luz por meio de reação química para</p><p>marcar o anticorpo.</p><p>Contudo, diferentemente das técnicas que utilizam marcadores fluorescentes ou enzimas,</p><p>a quimioluminescência se baseia na emissão de luz produzida a partir de algumas reações</p><p>químicas de oxidação. Dentre as reações quimioluminescentes, as mais utilizadas são as</p><p>reações de oxidação do luminol e do isoluminol, ésteres de acridina e decomposição</p><p>catalisada pela fosfatase alcalina de adamantil 1,2-dioxetano aril-fosfato.</p><p>Nos últimos anos, a imunoquimioluminescência ganhou atenção crescente em diferentes</p><p>áreas dentro da biologia, como no diagnóstico clínico, monitoramento ambiental,</p><p>segurança alimentar e análises farmacêuticas, devido à sua alta sensibilidade, boa</p><p>especificidade, ampla gama de aplicações, equipamentos simples e ampla faixa de</p><p>linearidade.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>25</p><p>Legenda: Esquema da reação de eletroquimioluminescência. A micropartícula magnética (fase sólida) suporta a estrutura</p><p>do imunoensaio, em que o marcador é a molécula de rutênio. O marcador participa de uma reação de oxidação-redução com a</p><p>tripropilamina (TPA).</p><p>Fonte: figura adaptada de https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-</p><p>Imunologia-Clinica.pdf</p><p>2.9 - Citometria de fluxo</p><p>A citometria de fluxo é um método amplamente utilizado para analisar a expressão da superfície</p><p>celular e de moléculas intracelulares, caracterizando e identificando diferentes tipos de células em uma</p><p>população celular heterogênea, avaliando a pureza de subpopulações isoladas e analisando o tamanho e a</p><p>complexidade das células. A partir da citometria de fluxo também é possível separar populações celulares</p><p>diferentes. Dessa forma, esta técnica permite a análise simultânea multiparâmetros de diferentes</p><p>populações celulares.</p><p>É usada predominantemente para medir a intensidade de fluorescência produzida por anticorpos</p><p>marcados com marcadores fluorescentes que detectam proteínas ou ligantes que se ligam a moléculas</p><p>específicas associadas a células, como a ligação de iodeto de propídio ao DNA.</p><p>Durante o procedimento de coloração, células provenientes de uma cultura celular ou amostra de</p><p>tecido devem ser suspendidas e incubadas em tubos ou placas com anticorpos não marcados ou marcados</p><p>com fluorocromo e posteriormente analisadas no citômetro de fluxo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>Legenda: Esquema de separação de população de células expressando ou não antígenos A e B marcados, identificados por</p><p>anticorpo marcado com molécula fluorescente. Após análise computadorizada as populações celulares são representadas</p><p>graficamente em função da fluorescência emitida após marcação.</p><p>Fonte: https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf</p><p>2.9.1 Marcação imunofenotípica</p><p>A imunofenotipagem é a análise de populações heterogêneas de células com o objetivo de</p><p>identificar a presença e proporções das várias populações de interesse. Os anticorpos são usados para</p><p>identificar células detectando antígenos específicos expressos por essas células, que são conhecidos como</p><p>marcadores. Esses marcadores são geralmente proteínas funcionais da membrana envolvidas na</p><p>comunicação, adesão ou metabolismo celular. A imunofenotipagem usando citometria de fluxo tornou-</p><p>se o método de escolha na identificação e classificação de células em populações complexas, por exemplo,</p><p>a análise de células imunológicas em uma amostra de sangue. As aplicações desta tecnologia são usadas</p><p>tanto em pesquisa básica quanto em laboratórios clínicos.</p><p>Marcadores de células são uma maneira muito útil para identificar uma população celular específica.</p><p>No entanto, eles geralmente são expressos em mais de um tipo celular. Portanto, estratégias de coloração</p><p>por citometria de fluxo envolvem métodos para imunofenotipagem de células com dois ou mais</p><p>anticorpos simultaneamente. Ao avaliar o repertório único de marcadores celulares usando vários</p><p>anticorpos juntos, cada um acoplado a um fluorocromo diferente, uma determinada população de células</p><p>pode ser identificada e quantificada. Muitos marcadores de células imunológicas são os chamados</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>marcadores de CD e são comumente</p><p>usados para detecção em citometria de fluxo de populações e</p><p>subpopulações de células imunológicas específicas.</p><p>O cluster de diferenciação (CD, do inglês cluster of differentiation) é um protocolo usado para a</p><p>identificação e investigação de moléculas da superfície celular que fornecem alvos para</p><p>imunofenotipagem de células. Por este motivo, o sistema CD é comumente usado como marcador celular</p><p>na imunofenotipagem, permitindo que as células sejam definidas com base em quais moléculas estão</p><p>presentes em sua superfície. Esses marcadores são frequentemente usados para associar células a certas</p><p>funções imunológicas. Embora o uso de uma única molécula de CD para definir populações seja incomum,</p><p>a combinação de marcadores permitiu que fossem identificados tipos celulares com características muito</p><p>específicas no sistema imunológico.</p><p>As moléculas de CD são utilizadas na classificação de células usando vários métodos, incluindo a</p><p>citometria de fluxo. Os marcadores imunofenotípicos para as principais células são:</p><p>Célula Marcador CD</p><p>Células tronco CD34+, CD31-, CD117</p><p>Todos os leucócitos CD45+</p><p>Granulócitos CD45+, CD11b, CD15+, CD24+, CD114+, CD182+</p><p>Monócitos CD4, CD45+, CD14+, CD114+, CD11a, CD11b,</p><p>CD91+, CD16+</p><p>Linfócitos T CD45+, CD3+</p><p>Linfócito T auxiliar CD45+, CD3+, CD4+</p><p>Linfócito T regulador CD4, CD25, FOXP3</p><p>Linfócito T citotóxico CD45+, CD3+, CD8+</p><p>Linfócito B CD45+, CD19+, CD20+, CD24+, CD38, CD22</p><p>Trombócito CD45+, CD61+</p><p>Células natural killer CD16+, CD56+, CD3-, CD31, CD30, CD38</p><p>(Fundação Aroeira - Pref. Palminópolis/GO - 2018 - adaptada) A citometria de fluxo é uma técnica</p><p>multiparamétrica utilizada para separar, contar e analisar células, moléculas e partículas microscópicas</p><p>em meio líquido em fluxo. Assinale a alternativa onde a marcação imunofenotípica corresponde,</p><p>respectivamente a marcação celular clássica para: linfócitos B (LB), linfócitos T auxiliares (LTh) e células</p><p>Natural Killer (NK):</p><p>A) CD19 e CD25; CD3 e CD8; CD16 e CD80.</p><p>B) CD45 e CD19; CD3 e CD4; CD16 e CD56.</p><p>C) CD20 e CD21; CD3 e CD24; CD45 e CD80.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>D) CD5 e CD80; CD3 e CD8; CD16 e CD86.</p><p>Comentários:</p><p>Os marcadores imunofenotípicos para cada tipo celular são:</p><p>Linfócitos B: CD45+, CD19+, CD20+, CD24+, CD38, CD22</p><p>Linfócitos T auxiliares: CD45+, CD3+, CD4+</p><p>Células natural killer: CD16+, CD56+, CD3-, CD31, CD30, CD38</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>2.10 - Radioimunoensaio</p><p>Um radioimunoensaio é um imunoensaio que utiliza moléculas radiomarcadas em uma formação</p><p>gradual de complexos imunes. Um radioimunoensaio é uma técnica de ensaio in vitro muito sensível usada</p><p>para medir concentrações de substâncias, geralmente medindo concentrações de antígenos (por exemplo,</p><p>níveis hormonais no sangue) pelo uso de anticorpos.</p><p>Embora a técnica de radioimunoensaio seja extremamente sensível e específica, exigindo</p><p>equipamentos especializados, ela permanece entre os métodos menos dispendiosos para realizar essas</p><p>medições. Contudo, requer precauções especiais e licenciamento, pois são usadas substâncias radioativas.</p><p>2.11 - Imunodifusão</p><p>A imunodifusão é um teste de diagnóstico que envolve a difusão através de uma substância como</p><p>o ágar, que geralmente é ágar em gel mole (2%) ou agarose (2%), usado para a detecção de anticorpos ou</p><p>antígenos.</p><p>A imunodifusão é baseada em técnicas de imunoprecipitação em meios fluidos, mas com a</p><p>vantagem de que o precipitado é fixado no gel de suporte e aparece como uma linha de precipitina</p><p>discreta. Em geral, nas reações mistas antígeno-anticorpo, cada combinação antígeno-anticorpo formará</p><p>uma linha separada de precipitação, distinta da de outras interações antígeno-anticorpo.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>Legenda: Reações de imunodifusão radial simples e dupla.</p><p>Fonte: https://www.sobrau.com/wp-content/uploads/2016/11/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf</p><p>2.12 - Imunofixação (Eletroforese de Imunoglobulinas)</p><p>A imunofixação (também chamada de eletroforese de imunoglobulinas ou eletroforese por</p><p>imunofixação) permite a detecção e tipagem de anticorpos monoclonais em função de sua mobilidade</p><p>eletroforética específica. Para fins de identificação, são utilizados antígenos específicos para o anticorpo</p><p>alvo. Especificamente, a imunofixação permite a detecção de anticorpos monoclonais representativos de</p><p>doenças como mieloma múltiplo, amiloidose ou macroglobulinemia de Waldenström.</p><p>Trata-se de um método usado para identificar bandas anormais observadas na eletroforese de</p><p>proteínas no soro, na urina ou no líquido cefalorraquidiano (LCR), para determinar qual tipo de anticorpo</p><p>(imunoglobulina) está presente. A imunofixação identifica o tipo de proteína(s) de imunoglobulina</p><p>presente(s) em bandas monoclonais em um padrão de eletroforese de proteínas. Tipicamente a</p><p>imunofixação determina a presença de uma cadeia pesada (IgG, IgM ou IgA) e uma cadeia leve (kappa ou</p><p>lambda).</p><p>A realização da imunofixação se dá em duas fases: uma fase de eletroforese e uma fase de fixação,</p><p>descritas a seguir.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>Na fase de eletroforese, o soro é aplicado a um gel de agarose e as proteínas séricas carregadas</p><p>negativamente se movem em direção ao cátodo sob a influência de uma corrente elétrica. A velocidade</p><p>do movimento é determinada pela carga de cada proteína.</p><p>Durante a fase de fixação, inocula-se anti-soro contendo anti-IgG, anti-IgA, anti-IgM, anti-cadeia</p><p>leve kappa (k) ou anti-cadeia leve lambda (λ) com as proteínas séricas. Se uma proteína monoclonal estiver</p><p>presente, um precipitado se formará nesta fase.</p><p>A última etapa envolve a lavagem, para remover as proteínas que não precipitaram, e a coloração</p><p>do gel. O resultado revela bandas mais ou menos estreitas no gel, com diferentes imunoglobulinas.</p><p>Legenda: Resultado da revelação de um gel de eletroforese por imunoprecipitação.</p><p>Fonte: https://healthjade.net/immunofixation/</p><p>2.13 - Fixação do complemento</p><p>A reação de fixação do complemento se baseia nos princípios do sistema complemento para</p><p>detectar anticorpos presentes em uma amostra. Existe também uma variante desta metodologia para</p><p>detecção de antígenos, chamada de inibição da fixação do complemento.</p><p>Conforme estudamos anteriormente nesta aula, o sistema complemento pode ser ativado a partir</p><p>de três vias, sendo que na reação de fixação do complemento a metodologia se baseia na via clássica</p><p>(ativação por anticorpos), na qual as proteínas do complemento se ligam ao sítio que se forma na região Fc</p><p>após a formação do imunocomplexo (ligação antígeno-anticorpo).</p><p>Lembrem-se de que a ativação do complemento leva à formação do complexo de ataque à</p><p>membrana (MAC), que promove a lise celular. Como na reação de fixação do complemento os antígenos</p><p>estão adsorvidos em hemácias, uma reação positiva levará à hemólise, que é um indicativo de presença de</p><p>anticorpos na amostra do paciente.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>Para a visualização dos resultados, a solução deve ser centrifugada. Após a centrifugação, um teste</p><p>positivo apresentará coloração vermelho-amarronzada homogênea, devido à liberação da hemoglobina.</p><p>Já um teste negativo se apresentará na forma de um precipitado vermelho no fundo do tubo.</p><p>Os resultados deste teste podem ser interpretados de forma qualitativa (reação positiva ou</p><p>negativa) ou de forma semiquantitativa, na qual se realizam diluições seriadas da amostra e se registra</p><p>a</p><p>última diluição na qual o teste apresentou resultado positivo.</p><p>A reação de inibição da fixação do complemento, como dito anteriormente, é utilizada para</p><p>detecção de antígenos presentes na amostra. Neste teste, a amostra é incubada com anticorpos</p><p>monoclonais específicos para o antígeno que se deseja pesquisar. Caso o antígeno esteja presente na</p><p>amostra, haverá a formação de imunocomplexos. A seguir, adiciona-se o sistema complemento e hemácias</p><p>cobertas por antígenos específicos (sistema hemolítico). Nesta etapa, se os anticorpos já tiverem se ligado</p><p>aos antígenos da amostra, eles não se ligarão aos antígenos da superfície das hemácias e não ocorrerá</p><p>hemólise.</p><p>Dessa forma, uma reação positiva se caracterizará pela ausência de hemólise, com visualização de</p><p>um precipitado vermelho no fundo do tubo. E em uma reação negativa haverá hemólise, uma vez que os</p><p>anticorpos monoclonais estarão livres na solução e se ligarão aos antígenos da superfície das hemácias,</p><p>ativando o complemento e a lise celular.</p><p>Algumas fontes consideram a reação para detecção de antígenos, que nesta aula foi</p><p>chamada de inibição da fixação do complemento, simplesmente como reação de</p><p>fixação do complemento. Portanto, muita atenção caso tenha uma questão sobre este</p><p>tema na sua prova. Leia com bastante atenção para identificar se o examinador está se</p><p>referendo à reação para detecção de anticorpos ou antígenos.</p><p>2.14 - Imunocitoaderência</p><p>O fenômeno de imunocitoaderência, também chamado de formação de rosetas, se baseia na</p><p>observação de que células produtoras de anticorpos contêm uma certa quantidade de anticorpos em suas</p><p>superfícies e que eles se ligam especificamente aos antígenos correspondentes. Ou seja, a</p><p>imunocitoaderência se baseia principalmente no fenômeno de aglutinação.</p><p>Se uma suspensão de células produtoras de anticorpos for misturada com um antígeno particulado</p><p>ou com células antigênicas (como hemácias), este antígeno irá se aderir firmemente e especificamente às</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>células formadoras de anticorpos. O número de aglomerados, ou rosetas, pode ser observado ao</p><p>microscópio, evidenciando anticorpos específicos produzidos por células individuais.</p><p>Dessa forma, o fenômeno da imunocitoaderência é a base de um método simples e quantitativo de</p><p>detecção e contagem populações específicas de células produtoras de anticorpos. A reação de</p><p>imunocitoaderência tem valor como procedimento para a detecção de uma resposta imunológica e pode</p><p>ser usada como uma ferramenta diagnóstica para detecção de doenças infecciosas e de base imunológicas.</p><p>Legenda: Imunocitoaderência ou formação de roseta.</p><p>Fonte: Bier, O. et al. Fundamentals of Immunology.</p><p>(IBFC - SESACRE - 2019) O imunodiagnóstico engloba testes realizados para detecção de anticorpos ou</p><p>de antígenos. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.</p><p>I. Qualquer molécula que se comporte como antígeno pode ser identificada.</p><p>II. O teste de Coombs Indireto pesquisa a presença de anticorpos presentes nas hemácias.</p><p>III. Hemaglutinação, ELISA e Western Blotting são exemplos de técnicas de imunodiagnóstico.</p><p>IV São técnicas de alto custo operacional.</p><p>A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas</p><p>B) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas</p><p>C) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas</p><p>D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das alternativas:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>I: correta. Um antígeno pode ser identificado por um anticorpo específico através de várias técnicas</p><p>imunológicas.</p><p>II: errada. O teste de Coombs direto pesquisa anticorpos presentes na superfície das hemácias. O teste de</p><p>Coombs indireto pesquisa anticorpos presentes no soro.</p><p>III: correta. As três metodologias apresentadas são testes de base imunológica.</p><p>IV: errada. No geral, as técnicas imunológicas não são de alto custo.</p><p>Logo, estão corretas apenas as afirmativas I e III.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>3 - Considerações Finais</p><p>Chegamos ao final de mais uma aula. A imunologia é um assunto bastante extenso e que despenca</p><p>nas provas de concursos. Então, estudem bastante, façam revisões e resolvam muitas questões sobre o</p><p>tema.</p><p>Além das questões comentadas ao longo da aula, eu também disponibilizei várias questões de</p><p>concursos recentes no final deste PDF. Não esqueçam de conferir e praticar bastante.</p><p>Se tiverem dúvidas, sugestões ou críticas fiquem à vontade para entrar em contato comigo no fórum</p><p>de dúvidas. Também podem me seguir no meu canal do Instagram. Estou sempre à disposição para ajudá-</p><p>los.</p><p>Ana Cristina Lopes</p><p>Instagram: https://www.instagram.com/prof.anacristinalopes/</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>Imuno-hematologia</p><p>1. (SELECON - Prefeitura de Boa Vista - RR - 2020) Na agência transfusional de uma unidade hospitalar</p><p>de emergência, é recebida uma amostra de sangue em tubo contendo anticoagulante para a</p><p>realização de prova cruzada prévia a uma hemotransfusão. O resultado encontrado foi aglutinação</p><p>do plasma da amostra frente aos eritrócitos A, B, AB e D e nenhuma aglutinação dos eritrócitos da</p><p>amostra frente aos soros anti-A, anti-B e anti-D, desta forma a amostra foi adequadamente</p><p>classificada como:</p><p>A) AB fator Rh negativo</p><p>B) AB fator Rh positivo</p><p>C) O fator Rh negativo</p><p>D) O fator Rh positivo</p><p>2. (IBFC - SESACRE - 2019) O mais importante de todos os grupos sanguíneos é o ABO. A tabela a</p><p>seguir traz a relação de antígenos e anticorpos presentes em cada grupo sanguíneo.</p><p>Grupo Antígeno(s) na hemácia Anticorpo(s) no plasma</p><p>1 -- Anti-A, Anti-B, Anti-AB</p><p>2 A Anti-B</p><p>3 B Anti-A</p><p>4 AB --</p><p>Quanto aos números 1, 2, 3 e 4, é correto afirmar que representam, respectivamente os grupos:</p><p>A) AB, A, B, O</p><p>B) O, A, B, AB</p><p>C) AB, B, A, O</p><p>D) O, B, A, AB</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 12</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>3. (MACHADO DE ASSIS - Pref. Caxias/MA - 2018) Em relação aos testes de Coombs direto e indireto,</p><p>é correto afirmar:</p><p>A) Os testes de Coombs direto e indireto auxiliam durante o exame de pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>B) O teste de Coombs indireto é solicitado durante o pré-natal de mães Rh negativo e teste de Coombs</p><p>direto solicitado durante o pré-natal de mães Rh positivo.</p><p>C) O teste de Coombs direto é utilizado no diagnóstico de doenças autoimunes e o Coombs indireto é</p><p>solicitado no pré-natal de mães Rh negativo.</p><p>D) Os exames de Coombs direto e indireto são utilizados para auxílio no diagnóstico de doenças</p><p>autoimunes.</p><p>4. (CESPE - EBSERH - 2018 - adaptada) Julgue os próximos itens, relativos à hematologia.</p><p>I. Indivíduos que possuem antígenos D fracos não apresentam aloanticorpos anti-D, sendo</p><p>identificados sorologicamente somente com o uso de antiglobulina humana ou enzimas.</p><p>II. No teste de antiglobulina humana, podem ser obtidos resultados falsos positivos por</p><p>contaminação bacteriana da salina, centrifugação excessiva, ou na presença de células</p><p>autoaglutináveis. Por sua vez, os resultados falsos negativos podem ocorrer quando o reagente</p><p>antiglobulina humana é não reativo, em condições de incubação inadequadas ou quando, no teste</p><p>indireto, o soro não é adicionado.</p><p>A) As duas afirmativas são verdadeiras.</p><p>B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.</p><p>C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.</p><p>D) As duas afirmativas são falsas.</p><p>5. (IADES - SEPLAG-DF - 2017) Considerando-se um paciente</p>

Mais conteúdos dessa disciplina