PROJECTO DE MEIC-FIDELIZ EDUARDO CHARLES

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<p>7</p><p>Fideliz Eduardo Charles</p><p>GESTÃO DE RESÍDUOS FARMACÊUTICOS, SEUS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE PÚBLICA, NA CIDADE DE TETE.</p><p>Licenciatura em Ensino de Química com Habilidade em Ensino de Biologia</p><p>Universidade Púnguè</p><p>Extensão de Tete</p><p>Outubro de 2024</p><p>Fideliz Eduardo Charles</p><p>Gestão de Resíduos Farmacêuticos, Seus Impactos no Meio Ambiente e na Saúde Pública, na Cidade de Tete, 2015-2020</p><p>Projecto de pesquisa a ser apresentado no curso de Química, Departamento de ciências exactas e tecnológicas, extensão de Tete para avaliação final, sob a orientação do Docente:</p><p>Mestre Assumane Achuate.</p><p>Universidade Púnguè</p><p>Extensão de Tete</p><p>Outubro de 2024</p><p>Índice</p><p>1.	Tema	1</p><p>2.	Enquadramento e Justificativa da Escolha do Tema	1</p><p>2.1. Enquadramento do Tema	1</p><p>2.2. Justificativa da Escolha do Tema	1</p><p>3.	Colocação do problema	1</p><p>3.1.	Caracterização do problema	1</p><p>3.2.	Análise do problema	2</p><p>3.3.	Formulação do problema	3</p><p>4.	Objectivos do trabalho	3</p><p>4.1.	Objectivo Geral	3</p><p>4.2.	Objectivos Específicos	4</p><p>5.	Tipos de estudo	4</p><p>6.	Métodos de Estudo e Instrumentos de Recolha de Dados	4</p><p>6.1.	Métodos de Estudo	4</p><p>6.1.1.	Métodos Bibliográfico	4</p><p>6.1.2.	Métodos Descritivos	5</p><p>6.1.3.	Métodos Explicativos	5</p><p>6.2.	Instrumentos de Recolha de Dados	5</p><p>7.	Fundamentação Teórica	5</p><p>8.	Referência Bibliográfica	7</p><p>i</p><p>1. Tema</p><p>Gestão de Resíduos Farmacêuticos, Seus Impactos no Meio Ambiente e na Saúde Pública, na Cidade de Tete.</p><p>2. Enquadramento e Justificativa da Escolha do Tema</p><p>2.1. Enquadramento do Tema</p><p>Constata-se que um dos grandes problemas do meio ambiente (Direção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente de Tete), é inerente a gestão de resíduos farmacêuticos por parte da população da cidade de Tete, que de uma certa forma tem afectado negativamente ao Departamento da saúde pública, em especial as enfermidades provocadas pelas substâncias químicas. O tema enquadra-se no Plano curricular da cadeira de Química Ambiental e Analítica.</p><p>2.2. Justificativa da Escolha do Tema</p><p>Devido aos problemas oriundo da mã gestão dos resíduos farmacêuticos por parte da população da cidade de Tete em paricular, urge a necessidade de abordar alguns aspectos em relação ao tema. Onde, essa mã gestão desses resíduos parte de no mínimo dois aspectos: por um lado está a falta de conhecimento suficiente por parte da nossa população em relação a gestão dos resíduos farmacêuticos e por outro lado está a falta de conhecimento em relação aos prejuízos causados pelo descarte incorrecto desses resíduos ao meio ambiente e a saúde pública.</p><p>Segundo “Cláudia Afonso” este tema é pertinente pós a gestão de resíduos farmacêuticos, é uma área que está a ganhar cada vez mais importância, pelas questões ambientais e económicas que lhes estão associadas, mas também ao nível da saúde pública. No entanto, parece que ainda existe um caminho longo para percorrer e muitos aspetos a melhorar e por isso é fundamental que se realizem e desenvolvam estudos que permitam conhecer melhor a realidade nas nossas populações, para que se possam introduzir melhorias. E é neste âmbito que se insere esse trabalho.</p><p>3. Colocação do problema</p><p>3.1. Caracterização do problema</p><p>Segundo (ARRAIS et al.,2005 apud HOPPE e ARRAUJO), O medicamento é um bem essencial à saúde, uma importante ferramenta terapêutica nas mãos dos médicos, além de ser responsável por parte significativa da melhoria da qualidade e expectativa de vida da população. Entretanto, uso irracional dessas substâncias e as consequências desta prática elevam os gastos na área da saúde, o que torna o tema de grande relevância para os que trabalham com saúde pública.</p><p>Segundo a OMS (1998), a automedicação responsável é entendida como parte das ações de autocuidado, a mesma define autocuidado como: automedicação é a seleção e o uso de medicamentos por pessoas para tratar doenças autodiagnosticadas ou sintomas e deve ser entendida como um dos elementos do autocuidado e diz, automedicação responsável requer que os medicamentos utilizados sejam de segurança, qualidade e eficácia comprovadas; e que sejam aqueles indicados para “condições” autorreconhecíveis e para algumas condições crônicas ou recorrentes (seguindo um diagnóstico médico inicial). Em todos os casos, estes medicamentos devem ser especificamente designados para o propósito, e requerem dose e forma farmacêutica apropriada.</p><p>O destino dos medicamentos que sobram de tratamentos finalizados e dos que são comprados em quantidades desnecessárias são guardados para serem utilizados novamente. Assim, a falta de tempo para ir ao médico ou a carência de atendimento de consultas gratuitas, ou o acreditar que não é necessário procurar um médico faz com que se utilizem prescrições anteriores.</p><p>3.2. Análise do problema</p><p>No entanto, o descarte inadequado de medicamentos vencidos pode causar sérias intoxicações no ser humano e também no meio ambiente. “Os remédios têm componentes resistentes que se não forem tratados acabam voltando para nossa casa e a gente pode até consumir água com restos de remédios. Eles são produtos químicos e não podem ser jogados no lixo comum”. (NASCIMENTO, 2008, p. 01)</p><p>GASPARINI, 2010 apud HOPPE e ARRAUJO, Para o descarte correto de medicamentos, devem ser observados os critérios específicos diante das propriedades características de cada um deles, no intuito de evitar danos ao meio ambiente, águas, solos e animais, e são vistas como tendências básicas quanto às tentativas de minimização desses resíduos a: reciclagem, incineração completa e aterros sanitários.</p><p>Mas o uso inadequado de substâncias e até mesmo de drogas consideradas simples pela população da cidade de Tete, como os medicamentos de venda livre, como os analgésicos, podem acarretar diversas consequências como: reações de hipersensibilidade, resistência bacteriana, estímulo para a produção de anticorpos desnecessária, dependência do medicamento sem necessidade, hemorragias digestivas, dentre outros.</p><p>O descarte inadequado é feito pela maioria das pessoas da cidade de Tete por falta de informação e divulgação sobre os danos causados pelos medicamentos ao meio ambiente e por carência de postos de coleta. Para tal, a falta de informação faz com que as pessoas descartem esses medicamentos no lixo comum ou em vasos sanitários, mesmo sabendo que a cidade de Tete não possue o sistema de Esgoto desses Resíduos.</p><p>3.3. Formulação do problema</p><p>População é a peça chave na solução dos problemas causados pelos medicamentos quando inadequadamente descartados no ambiente. Porém, para que esse papel seja exercido de forma consciente e absoluta, é necessária a educação juntamente com a consciência ambiental e o acesso à informação ambientalmente correta, para que assim, com essa informação, possa exercer, de forma plena, a defesa da sustentabilidade.</p><p>A deposição inadequada de medicamentos é comum nos lixos urbanos e rurais, não sendo motivo de preocupação por parte da população quanto às alterações significativas da qualidade da água e do solo e de suas consequências sob a saúde humana. Os medicamentos podem possuir substâncias resistentes que contaminam a água, a qual pode ser consumida pela mesma população da cidade de tete e desencadear vários tipos de enfermidades. Portanto, a população precisa e deve ser consciencializada acerca dos perigos produzidos pelo descarte de sobras de medicamentos decorrentes de aquisição desnecessária ou do não cumprimento do esquema terapêutico proposto pelo médico, bem como diminuir a automedicação. Nessa óptica de ideia, faz-se a seguinte indagação:</p><p>Até que Ponto a Educação Ambiental da População da Cidade de Tete, Pode Minimizar os Impactos Causados Pelo Descarte Inadequado dos Resíduos Farmacêuticos, Ao Meio Ambiente e a Saúde Pública ?</p><p>4. Objectivos do trabalho</p><p>4.1. Objectivo Geral</p><p>· Demostrar a População, os Impactos Causados Pelos Resíduos Farmacêuticos ao Meio Ambiente e a Saúde Pública.</p><p>4.2. Objectivos Específicos</p><p>Para atingir o objectivo geral deste presente projecto de pesquisa, foram definidos os seguintes objectivos específicos:</p><p>· Explicar os impactos provocados pelo descarte incorrecto dos resíduos farmacêuticos;</p><p>· Esclarecer o destino final dos medicamentos;</p><p>· Comprovar que, os medicamentos vencidos e descartados são considerados resíduos e que apresentam riscos à saúde humana e ao meio ambiente;</p><p>5. Tipos de estudo</p><p>De modo a recolher mais informações e abordar o problema de estudo, far-se-á de forma mista, isto é,uma pesquisa qualitativa e quantitativa.</p><p>De acordo com GERHARDI e SILVEIRA, a utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.</p><p>6. Métodos de Estudo e Instrumentos de Recolha de Dados</p><p>6.1. Métodos de Estudo</p><p>Segundo KOCHE e RUIZ, O planeamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser investigado, de sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do investigador. Tendo em conta esses aspectos, o projecto terá como métodos os seguintes:</p><p>6.1.1. Métodos Bibliográfico</p><p>Explica um problema através de teorias publicadas em livros ou obras do mesmo gênero, tendo como objetivo conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer pesquisa (KOCHE e RUIZ). Pode-se usá-la para:</p><p>· Ampliar o grau de conhecimento em uma determinada área;</p><p>· Dominar o conhecimento disponível e utilizá-lo como instrumento auxiliar para a construção e fundamentação das hipóteses;</p><p>· Descrever ou organizar o estado da arte, daquele momento, pertinente a um determinado assunto ou problema.</p><p>6.1.2. Métodos Descritivos</p><p>Faz a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou a relação entre determinadas variáveis e uma das suas características mais significativas está na utilização de instrumentos ou técnicas padronizados de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.</p><p>6.1.3. Métodos Explicativos</p><p>Identifica os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. E é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas.</p><p>6.2. Instrumentos de Recolha de Dados</p><p>O instrumento para a recolha de dados usado nesse presente projecto de pesquisa é o “Questionário”</p><p>O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. Vieira (2009:15) apud MAGIBIRE, define o questionário como sendo o “instrumento de pesquisa constituído por uma série de questões sobre determinado tema”, que normalmente é entregue aos respondentes para o preenchimento e as respostas transformadas em dados estatísticos. Por ser um instrumento mais barato é utilizado nas pesquisas em ciências sociais, humanas e de saúde e podem produzir dados de bom nível. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. Todo questionário a ser enviado deve passar por uma etapa de pré-teste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação.</p><p>7. Fundamentação Teórica</p><p>O Decreto Moçambicano N.º 13 /2006 de 15 de Junho, define Resíduos Farmacêuticos ou Biomédicos o lixo resultante da actividade de diagnóstico, tratamento e investigação humana e veterinária.</p><p>Segundo HOPPE e ARRAUJO (2012), Consideram Resíduos Farmacêuticos, os medicamentos vencidos e descartados, que apresentam riscos à saúde humana e ao meio ambiente, principalmente a água e ao solo.</p><p>De acordo com as referências acima citadas, Resíduos Farmacêuticos são quaisqueres materiais e ou produtos resultantes das actividades de prevenção e ou protenção, investigação, diagnóstico, tratamento, de uma moléstia em seres humanos e outros animais vivos ou mortos.</p><p>Saúde Pública: é área da medicina que visa a promoção de saúde em populaçoes através de esforços comunitários organizados ( Jekel,2005 apud Zuneid Osman, MD). Ao passo que Segundo R.Bonita (2010), Saúde Pública refere-se a ações coletivas visando melhorar a saúde das populações.</p><p>Tendo em consideração a esses autores a cima citados, pode-se dizer que, o comportamento e estilo de vida são de grande importância nessa conecxão e a epidemiologia sendo área da saúde pública é cada vez mais usada para estudar a influência e a possibilidade de intervenção preventiva através da promoção da saúde, tendo como objectivo melhorar a saúde da população.</p><p>O Meio Ambiente é o meio em que o Homem e outros seres vivem e interagem entre si e com o próprio meio, e inclui: o ar, a luz, a terra, a água, os ecossistemas, a biodiversidade e as relações ecológicas, toda a matéria orgânica e inorgânica e todas as condições socioculturais e económicas que afectam a vida das comunidades Ambiente é o meio em que o Homem e outros seres vivem e interagem entre si e com o próprio meio, e inclui: o ar, a luz, a terra, a água, os ecossistemas, a biodiversidade e as relações ecológicas, toda a matéria orgânica e inorgânica e todas as condições socioculturais e económicas que afectam a vida das comunidades (PAULA DE CASTRO SILVEIRA 2010).</p><p>O meio ambiente é composto por quatro esferas diferentes: atmosfera é a camada ar que envolve o planeta, formada por gases como oxigênio, gás carbônico, metano e nitrogênio. A litosfera é a camada mais externa do planeta, formada pelo solo e por uma superfície rochosa, também chamada de crosta terrestre. Já a hidrosfera inclui todas as águas do planeta (rios, mares, lagos, oceanos e etc) e a biosfera é a camada referente à vida e engloba todas as formas de vida que existem na Terra.</p><p>Em relação a poluição, as condições actuais de saneamento e de gestão dos resíduos sólidos urbanos produzidos na Cidade de Tete são de molde a originarem situações de poluição e mesmo de riscos para a saúde pública diz o (GOVERNO Distrital da Cidade de Tete, 2015).</p><p>8. Referência Bibliográfica</p><p>· KOCHE, José Carlos. Fundamentos da metodologia</p><p>· RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica</p><p>· PINTO, Natália Bitu, et al, o descarte incorreto de fármacos e seus impactos no meio ambiente e na saúde pública, Brazil, 2017</p><p>· HOPPE, Taíse Raquel Grings, ARRAÚJO, Luiz Ernani Bonesso, Contaminação do meio ambiente pelo descarte inadequado de medicamentos vencidos ou não utilizados, 2012</p><p>· MUJOVO, António, et al, Estratégia Nacional para Gestão do Lixo Hospitalar, 2014.</p><p>· SILVEIRA, paula de castro, algumas considerações sobre a lei do ambiente em Moçambique, 2010</p><p>· GOVERNO Distrital da Cidade de Tete, Perfil Distrital da Cidade de Tete, Dezembro 2015</p><p>· GERHARDI,Tatiana Engel e SILVEIRA, Denise ToIfo,métodos de pesquisa ,2004</p><p>· MAGIBIRE, Zacarias Mendes, Modulo de Metodologia de Investigação Cientifica, ISCED, Beira-Moçambique.</p>