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<p>AULA AO VIVO - 2</p><p>Princípios Jurídicos nas Organizações</p><p>Professor Me. Paulo César Fernandes Rocha</p><p>HERMENÊUTICA JURÍDICA</p><p>• HERMENÊUTICA - A palavra “hermenêutica” vem</p><p>de Hermes, que é o deus da mitologia grega</p><p>chamado de intérprete ou mensageiro. Portanto,</p><p>hermenêutica é a ciência que estuda a</p><p>interpretação.</p><p>• HERMENÊUTICA JURÍDICA - É uma</p><p>especificidade da própria Hermenêutica que vai se</p><p>ocupar de interpretar os dispositivos legais.</p><p>Também vai estabelecer métodos para a</p><p>compreensão de todo ordenamento jurídico.</p><p>ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO</p><p>O Direito pode ser visto como:</p><p>• NORMA</p><p>• FACULDADE</p><p>• JUSTO</p><p>• CIÊNCIA</p><p>• FATO SOCIAL</p><p>Dependo da interpretação realizada, a própria</p><p>palavra DIREITO possui vários significados.</p><p>HERMENÊUTICA JURÍDICA</p><p>A Hermenêutica Jurídica vai investigar:</p><p>• Valores que o legislador quis proteger</p><p>• Em que circunstâncias um determinado dispositivo</p><p>pode ser aplicado</p><p>A hermenêutica é uma</p><p>“chave interpretativa”.</p><p>O juiz pode utilizar essa</p><p>chave de diversas maneiras,</p><p>para proferir sentenças e</p><p>para interpretar o Direito.</p><p>MÉTODOS HERMENÊUTICOS</p><p>Nos séculos 19 e 20 Hans Kelsen, com sua obra Teoria</p><p>Pura do Direito, diferenciou a interpretação da norma</p><p>em dois tipos:</p><p>• A Interpretação Autêntica: Feita por quem tem o poder de</p><p>aplicar a norma. Ex.: o juiz, quando profere uma sentença.</p><p>• A Interpretação Doutrinária: Feita por quem não tem o poder</p><p>de aplicar a norma. Ex.: o professor de direito, quando explica a</p><p>norma jurídica; o jurista, quando escreve um livro sobre</p><p>determinado assunto; um pesquisador, quando escreve um</p><p>artigo jurídico.</p><p>TEORIAS HERMENÊUTICAS</p><p>Existem várias teorias hermenêuticas que tentam explicar a ciência</p><p>da interpretação jurídica:</p><p>• Tipos de Hermenêutica: São os resultados aos quais o</p><p>intérprete pode chegar.</p><p>• Métodos Hermenêuticos: São as ferramentas utilizadas para</p><p>interpretar. Podem ser divididos em três categorias:</p><p>1) a primeira se preocupa com a literalidade da lei;</p><p>2) a segunda se ocupa com o contexto da norma; e</p><p>3) a terceira se preocupa com os objetivos da norma.</p><p>a) Interpretação Gramatical: Analisa o texto literal da</p><p>norma.</p><p>b) Interpretação Lógica: Busca alcançar o sentido da</p><p>norma por meio da utilização de princípios científicos da</p><p>lógica.</p><p>c) Interpretação Sistemática: Relaciona a norma com</p><p>outras normas existentes no ordenamento jurídico</p><p>MÉTODO HERMENÊUTICO - LITERALIDADE DA LEI</p><p>Divide-se em:</p><p>Divide-se em:</p><p>MÉTODO HERMENÊUTICO - O CONTEXTO DA LEI</p><p>a) Interpretação Histórica: Esclarece as circunstâncias</p><p>históricas que levaram à elaboração da norma jurídica.</p><p>b) Interpretação Sociológica: Busca analisar, na sociedade,</p><p>as causas que deram base à elaboração da norma.</p><p>c) Interpretação Evolutiva: Analisa se a lei ainda tem o</p><p>mesmo sentido que o legislador quis lhe dar no momento</p><p>histórico em que foi elaborada.</p><p>a) Interpretação Teleológica: A norma sempre tem um</p><p>propósito, no entanto, nem sempre essa finalidade é clara.</p><p>b) Interpretação Axiológica: Busca compreender quais são os</p><p>valores que a norma pretende concretizar.</p><p>MÉTODO HERMENÊUTICO - FINALIDADE DA LEI</p><p>Divide-se em:</p><p>Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:</p><p>Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos</p><p>fins sociais a que ela se dirige e às exigências do</p><p>bem comum.</p><p>Os tipos de Hermenêutica Jurídica são os resultados que o</p><p>intérprete pode alcançar depois de interpretar a norma jurídica.</p><p>São eles:</p><p>TIPOS DE HERMENÊUTICA JURÍDICA</p><p>a) Interpretação Especificadora: Parte do pressuposto de que as</p><p>palavras da norma expressam exatamente o sentido da lei.</p><p>b) Interpretação Restritiva: Limita o sentido da norma, pois</p><p>supõe que sua amplitude prejudica determinados direitos, ao</p><p>invés de protegê-los.</p><p>c) Interpretação Extensiva: Amplia o sentido da norma,</p><p>alcançando algumas situações que não estavam previstas nela.</p><p>• Princípio da ”vedação ao non liquet”, pelo qual o juiz</p><p>não pode deixar de julgar um caso por não saber como</p><p>decidir.</p><p>• Non liquet (do latim non liquere = "não está claro")</p><p>• A integração do Direito, se traduz como um</p><p>preenchimento de lacunas que existem na lei. Significa</p><p>que, na hipótese de vazios na lei, devemos preencher</p><p>esses espaços para que seja dada uma resposta</p><p>jurídica a quem dela se socorre.</p><p>INTEGRAÇÃO DO DIREITO</p><p>Princípio da ”vedação ao non liquet”, pelo qual o juiz não pode</p><p>deixar de julgar um caso por não saber como decidir.</p><p>Non liquet (do latim non liquere = "não está claro")</p><p>Preenchimento de Lacunas da Legislação</p><p>INTEGRAÇÃO DO DIREITO</p><p>Art. 4° da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro</p><p>(LINDB), “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de</p><p>acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais</p><p>de direito”.</p><p>• Costumes: São os hábitos, são as práticas reiteradas no</p><p>tempo.</p><p>• Princípios Gerais de Direito: São regras básicas</p><p>consagradas pelo Direito. Os princípios são conceitos</p><p>amplos, muitas vezes abstratos, porém, em alguns casos,</p><p>definidos pela própria Constituição Federal.</p><p>MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO DO DIREITO</p><p>INTEGRAÇÃO DO DIREITO</p><p>Pela ANALOGIA, aplicamos a um caso não</p><p>previsto pelo legislador a mesma solução</p><p>aplicada a um caso semelhante, em igualdade</p><p>de razões jurídicas. Na situação que estamos</p><p>analisando, não há uma lei ou norma específica</p><p>que contemple a discriminação por orientação</p><p>sexual e identidade de gênero. Desta forma, o</p><p>STF entendeu que deverá ser aplicada a casos</p><p>concretos a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de</p><p>1989 que trata de discriminação ou preconceito</p><p>de raça, cor, etnia, religião ou procedência</p><p>nacional, devendo o intérprete utilizar a</p><p>analogia para preencher o vazio deixado pela</p><p>legislação atual no tocante ao assunto. Sendo</p><p>assim, o STJ decide pela aplicação da Lei do</p><p>Racismo por analogia à discriminação por</p><p>orientação sexual e identidade de gênero,</p><p>passando a ser considerado crime este tipo de</p><p>conduta.</p><p>INTEGRAÇÃO DO DIREITO</p><p>No que diz respeito aos COSTUMES, estes</p><p>correspondem aos hábitos que, praticados de forma</p><p>reiterada (de forma repetida, frequente), acabam se</p><p>consolidando como prática, tendo em vista como</p><p>obrigatório o caráter lícito.</p><p>Quanto aos PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO,</p><p>devemos considerar regras básicas cujo uso é</p><p>consagrado pelo Direito.</p><p>CONCLUSÃO!</p><p>Concluindo!</p><p>Os métodos de integração</p><p>do Direito estão previstos no</p><p>art. 4° da Lei de Introdução</p><p>às Normas do Direito</p><p>Brasileiro (LINDB) e são</p><p>estes:</p><p>A analogia, os costumes e</p><p>os princípios gerais de</p><p>Direito”.</p><p>Art. 4° da Lei de Introdução às Normas do Direito</p><p>Brasileiro (LINDB), “quando a lei for omissa, o juiz</p><p>decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e</p><p>os princípios gerais de direito”.</p><p>Regra de Ouro: Quando surge um caso não previsto</p><p>pelo legislador, aplicamos a mesma solução que foi</p><p>dada a um caso semelhante, em igualdade de razões</p><p>jurídicas = ANALOGIA</p><p>INTEGRAÇÃO DO DIREITO - ANALOGIA</p><p>Muito</p><p>Obrigado!</p><p>Até a próxima a aula!</p><p>Prof. Paulo</p>