Prévia do material em texto
<p>Terapias</p><p>de suporte</p><p>Prof. Edgard Alencar</p><p>Descrição</p><p>As terapias de suporte disponíveis no tratamento oncológico, o manejo</p><p>da dor, os sintomas gastrointestinais e outras intercorrências que</p><p>podem surgir ao longo das diferentes terapias antitumorais.</p><p>Propósito</p><p>Estudar as terapias de suporte é indispensável para o desenvolvimento</p><p>dos profissionais de saúde que atuam na atenção oncológica, pois o</p><p>cuidado integral requer não apenas a compreensão dos tratamentos</p><p>direcionados à destruição dos tumores, como também o conhecimento</p><p>de outras abordagens terapêuticas, especialmente aquelas que visam o</p><p>bem-estar do paciente e minimização dos efeitos adversos do</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>1 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>tratamento oncológico.</p><p>Objetivos</p><p>Módulo 1</p><p>Manejo da dor no paciente oncológico</p><p>Descrever as principais abordagens terapêuticas para o manejo da</p><p>dor no paciente oncológico.</p><p>Módulo 2</p><p>Manejo dos sintomas gastrointestinais em</p><p>oncologia</p><p>Classificar as estratégias farmacológicas para o manejo dos</p><p>sintomas gastrointestinais no paciente oncológico.</p><p>Módulo 3</p><p>Manejo de outras intercorrências no paciente</p><p>oncológico</p><p>Descrever o manejo de intercorrências sanguíneas, ósseas e outras</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>2 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>terapias de suporte oncológico.</p><p>Introdução</p><p>O tratamento do câncer envolve um conjunto de terapias</p><p>farmacológicas e não farmacológicas que visam à completa ou</p><p>parcial destruição dos tumores. No entanto, é importante</p><p>observar que esses tratamentos podem resultar em uma gama</p><p>de efeitos adversos, seja por sua ação sobre as células sadias ou</p><p>por conta dos subprodutos produzidos na destruição das células</p><p>tumorais.</p><p>Neste conteúdo, abordaremos as principais estratégias de</p><p>tratamento disponíveis para o manejo de sintomas, como a dor</p><p>oncológica, que pode ser causada pelos tumores ou pela</p><p>toxicidade dos tratamentos mais comumente utilizados.</p><p>Além disso, exploraremos as intercorrências gastrointestinais</p><p>associadas ao câncer, examinando as principais classes de</p><p>fármacos que corrigem as toxicidades às quais os sistemas</p><p>fisiológicos são submetidos. Por último, aprofundaremos nossa</p><p>compreensão sobre as complicações hematológicas e ósseas</p><p>que podem surgir como resultado dos tratamentos, bem como as</p><p>estratégias de tratamento adequadas a elas.</p><p>Após este estudo, você obterá os conhecimentos em oncologia</p><p>necessários ao exercício de suas atividades profissionais.</p><p></p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>3 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>necessários ao exercício de suas atividades profissionais.</p><p>1 - Manejo da dor no paciente oncológico</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever as principais abordagens terapêuticas</p><p>para o manejo da dor no paciente oncológico.</p><p>Dor oncológica</p><p>Neste vídeo, você compreenderá a natureza da dor oncológica e a causa</p><p>do seu surgimento, que pode estar vinculada ao próprio tumor ou ao seu</p><p>tratamento.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>4 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Dor e câncer</p><p>A Associação Internacional para o Estudo da Dor (International</p><p>Association for the Study of Pain – IASP) define a dor, entre outras</p><p>palavras, como uma experiência sensorial e emocional desagradável,</p><p>que pode estar associada a outros danos.</p><p>De fato, a experiência da dor não é confortável, sobretudo quando</p><p>associada ao tratamento oncológico, em que outras sensações e</p><p>demandas já são circunstancialmente impactantes para a qualidade de</p><p>vida e saúde mental dos pacientes submetidos aos mais diversos</p><p>tratamentos oncológicos.</p><p>Para facilitar a sua compreensão, podemos classificar a dor relacionada</p><p>ao câncer em dois grandes grupos:</p><p></p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>5 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Dor causada pelo tumor</p><p></p><p>Dor causada pelo tratamento</p><p>A seguir, abordaremos cada um deles.</p><p>Dor oncológica relacionada ao tumor</p><p>De uma forma geral, a existência dos tumores pode gerar dor para</p><p>alguns pacientes. Essa manifestação clínica tem múltiplas causas, e</p><p>deve ser objeto de atenção de toda a equipe assistencial, e não pode ser</p><p>subestimada em razão de outros sinais e sintomas.</p><p>Veja alguns fatores relacionados ao tumor que contribuem para o</p><p>quadro de dor:</p><p> Crescimento e localização do tumor</p><p>O crescimento e a localização dos tumores podem</p><p>resultar em compressões medulares significativas,</p><p>ocasionando não apenas dor intensa, mas também</p><p>restrições nos movimentos e outros aspectos</p><p>sensoriais. Adicionalmente, essas compressões</p><p>podem levar a disfunções musculares e fraturas</p><p>patológicas, o que impacta de forma negativa a</p><p>qualidade de vida do paciente. Dada a fragilidade da</p><p>região, a intervenção cirúrgica não é recomendada,</p><p>pois pode resultar em lesões permanentes.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>6 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p> Citocinas in�amatórias</p><p>Os tumores têm a capacidade de secretar citocinas</p><p>inflamatórias, que podem atuar em receptores de</p><p>células neuronais especializadas na condução de</p><p>estímulos dolorosos, os nociceptores. Esse</p><p>processo promove a hiperestimulação desses</p><p>nociceptores, o que intensifica a sensação de dor.</p><p> Condições neoplásicas</p><p>Outro fator importante relacionado à dor é a</p><p>tumoração óssea. Nesse caso, diferentes</p><p>condições neoplásicas são pertinentes. É possível</p><p>que a dor tenha origem em tumores ósseos de dois</p><p>tipos:</p><p>◦ Primários, como os mielomas e o</p><p>osteosarcoma.</p><p>◦ Secundários, como as metástases ósseas.</p><p>mielomas</p><p>Tumores de células na medula óssea.</p><p>osteosarcoma</p><p>Tipo de tumor ósseo.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>7 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Dor oncológica relacionada ao tratamento</p><p>Os tratamentos antineoplásicos também são fatores que podem gerar</p><p>dor. Nesse sentido, pacientes submetidos a diferentes modalidades</p><p>terapêuticas podem apresentar o desenvolvimento dos quadros</p><p>dolorosos. A seguir, apresentamos a origem desses quadros de acordo</p><p>com o tipo de tratamento.</p><p> Atividade in�amatória</p><p>Os mecanismos associados ao desenvolvimento da</p><p>dor também são diversos, e podemos destacar</p><p>como principais o aumento da atividade</p><p>inflamatória local, com consequente aumento da</p><p>liberação de citocinas como as interleucinas 1 e 6</p><p>(IL-1 e IL-6) e o fator de crescimento transformador</p><p>beta (TGB).</p><p> Atividade osteoclástica</p><p>O aumento da atividade osteoclástica também é um</p><p>mecanismo que estimula a dor. Nesse processo,</p><p>ocorre a desmineralização óssea devido à liberação</p><p>de RANKL (ligante do receptor ativador do fator</p><p>nuclear kappa B) pelos tumores.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>8 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Após procedimentos cirúrgicos, é possível que o local operado</p><p>apresente inchaços, inflamações em razão da manipulação,</p><p>infecções no leito cirúrgico e até quadros neurológicos mais</p><p>complexos, como a síndrome do membro fantasma pós-</p><p>amputações.</p><p>O tratamento com radiação ionizante, ocasionalmente, promove</p><p>a dor, especialmente quando aplicada em locais próximos a</p><p>vértebras e nervos.</p><p>A supressão hormonal, como a observada no bloqueio dos</p><p>receptores estrogênicos, pode induzir sintomas de menopausa,</p><p>que incluem dores articulares.</p><p>Alguns fármacos quimioterápicos clássicos, bem como os mais</p><p>modernos, possuem a capacidade de causar toxicidade nas</p><p>células neuronais responsáveis pela condução de impulsos</p><p>nervosos relacionados aos estímulos dolorosos. Essa</p><p>modalidade de dor, que também pode ser chamada de dor</p><p>Cirurgia </p><p>Radioterapia </p><p>Hormonioterapia </p><p>Quimioterapia </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>9 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>modalidade de dor, que também</p><p>pode ser chamada de dor</p><p>neuropática, é um limitante importante da progressão dos</p><p>tratamentos, podendo ocasionar reduções de dose e até mesmo</p><p>a suspensão dos tratamentos. Nesse caso, destacam-se</p><p>fármacos como a oxaliplatina – um quimioterápico clássico–, e</p><p>o sorafenibe – um inibidor de tirosina-quinase. Um efeito</p><p>secundário da quimioterapia, capaz de causar dor, relaciona-se à</p><p>eventual imunossupressão causada por quimioterápicos, capaz</p><p>de favorecer o aparecimento de lesões oportunistas herpéticas</p><p>(pelo vírus da herpes zoster), que são extremamente dolorosas.</p><p>Abordagem terapêutica da dor</p><p>oncológica</p><p>Neste vídeo, você compreenderá as possibilidades de tratamento da dor</p><p>oncológica com medicamentos. Além disso, verá alguns casos clínicos,</p><p>conhecerá os tratamentos e os fármacos utilizados.</p><p>Infelizmente, a dor é um sintoma comum, que acomete cerca de 70%</p><p>dos pacientes em tratamento contra o câncer em estágio avançado, o</p><p>que potencializa a queda do bem-estar físico e mental dos pacientes</p><p>(FALLON, et al., 2018). Diante das múltiplas causas, a dor no paciente</p><p>oncológico pode ser manejada de diferentes formas, preferindo-se a via</p><p>oral, desde que não haja contraindicação clara para essa opção. A</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>10 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>oral, desde que não haja contraindicação clara para essa opção. A</p><p>seguir, vamos falar sobre as alternativas terapêuticas adotadas.</p><p>Farmacoterapia antiálgica</p><p>A Organização Mundial da Saúde recomenda que o tratamento da dor</p><p>oncológica evolua a partir de três degraus:</p><p></p><p>Iniciar por analgésicos não opioides</p><p></p><p>Seguir para opioides fracos</p><p></p><p>Recorrer a opioides fortes</p><p>Na área da oncologia, diferentes sociedades médicas e organizações,</p><p>como a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a organização</p><p>estadunidense National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e a</p><p>Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical</p><p>Oncology – Esmo), são responsáveis por desenvolver protocolos</p><p>específicos para tratamento farmacológico da dor oncológica. Todos</p><p>esses protocolos são pautados nas graduações da dor, como veremos a</p><p>seguir.</p><p>Dor oncológica leve</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>11 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Para o tratamento de dores de intensidade leve a moderada, comumente</p><p>são recomendados analgésicos não opioides e os anti-inflamatórios não</p><p>esteroidais (AINEs). O paracetamol é um exemplo comum de analgésico</p><p>não opioide. Já os fármacos nimesulida, ibuprofeno, ácido mefenâmico</p><p>são exemplos de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).</p><p>Recomendação</p><p>Os fármacos anti-inflamatórios não esteroidais, classificados como</p><p>AINEs, quando utilizados trazem a necessidade de monitorar os efeitos</p><p>adversos daqueles que são inibidores seletivos da enzima</p><p>cicloxigenase-2 (COX-2), pois nesse caso há um maior risco de</p><p>sangramentos gastrointestinais, disfunções de coagulação, insuficiência</p><p>renal e eventos trombóticos. Alguns exemplos de fármacos que</p><p>demandam esse tipo de atenção são o celecoxibe e o rofecoxibe, por</p><p>exemplo.</p><p>Outro fármaco frequentemente utilizado, especialmente no Brasil, é a</p><p>dipirona. Apesar das restrições ao uso desse medicamento em várias</p><p>partes do mundo, novos estudos têm apresentado dados que indicam</p><p>um uso seguro, quando feito de forma isolada ou em combinação com</p><p>opioides.</p><p>Dor oncológica moderada</p><p>Em geral, o tratamento da dor visa prevenir a progressão dos sintomas.</p><p>Nesse sentido, quando o indivíduo experimenta dores leves a</p><p>moderadas, são utilizados fármacos opioides leves. Vejamos a seguir</p><p>dois fármacos comumente utilizados no tratamento da dor oncológica.</p><p>Tramadol </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>12 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>É comumente utilizado no tratamento da dor oncológica, apesar</p><p>de seus potenciais efeitos adversos, como tontura, náusea e até</p><p>constipação. Na prática farmacêutica, esse remédio pode ser</p><p>associado ao paracetamol no combate à dor.</p><p>Também é classificada como um opioide fraco, e tem seus</p><p>efeitos centrados na metabolização que ocorre no organismo,</p><p>transformando-se em morfina. Os efeitos adversos desse</p><p>fármaco são semelhantes ao do tramadol. Por outro lado,</p><p>destaca-se o caráter antitussígeno da codeína, que reduz</p><p>significativamente a dor em pacientes com neoplasias</p><p>pulmonares.</p><p>Dor oncológica intensa</p><p>Os opioides fortes costumam ser a primeira opção de tratamento para a</p><p>dor oncológica intensa, devido à sua eficácia. No entanto, o uso desses</p><p>fármacos está associado a efeitos adversos significativos, como</p><p>constipação intensa, confusão mental, sedação e risco de uso abusivo.</p><p>Vejamos alguns exemplos de opioides comumente utilizados no</p><p>tratamento da dor:</p><p>• Morfina</p><p>• Metadona</p><p>• Oxicodona</p><p>Fentanila</p><p>Codeína </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>13 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>• Fentanila</p><p>• Buprenorfina e outros da mesma classe</p><p>Em alguns casos, a dor intensa exige hospitalizações ou cuidados mais</p><p>intensivos, sendo importante ressaltar a disponibilidade desses</p><p>fármacos em formas farmacêuticas orais, parenterais e transdérmicas.</p><p>Uma prática usual na área oncológica é realizar o rodízio de opioides</p><p>fortes, especialmente quando há falta de analgesia adequada ou</p><p>ocorrência de efeitos adversos intoleráveis. Nesses casos, os fármacos</p><p>são substituídos por outros da mesma classe, visando atenuar esses</p><p>quadros.</p><p>Um exemplo importante dessa necessidade é a constipação intensa</p><p>causada pelos opioides, que resulta em dores abdominais secundárias e</p><p>reduz de maneira significativa a qualidade de vida dos pacientes em</p><p>tratamento. Diante desse quadro, torna-se necessário alterar o esquema</p><p>analgésico, além de associar o uso de fármacos laxativos para controlar</p><p>a constipação.</p><p>Outras abordagens terapêuticas da</p><p>dor</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>14 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Cannabis medicinal</p><p>Nos últimos anos, tem aumentado a realização de estudos clínicos</p><p>envolvendo derivados da Cannabis sativa de uso medicinal no</p><p>tratamento da dor oncológica. Dentre eles, destacam-se fármacos como</p><p>o dronabinol e substâncias como o D9-tetrahidrocannabinol (D9-THC) e</p><p>o cannabidiol.</p><p>Uso da Cannabis sativa para fins medicinais.</p><p>Em comparação ao uso de placebo, essas substâncias têm</p><p>demonstrado efeitos benéficos e superiores, tornando-se atualmente</p><p>fármacos adjuvantes na terapia antiálgica oncológica, especialmente</p><p>quando utilizados em associação aos opioides. Apesar de promissores,</p><p>novos estudos são necessários para comprovação dos reais benefícios</p><p>e investigação das possibilidades de tratamentos isolados.</p><p>Radioterapia antiálgica</p><p>Essa modalidade de tratamento consiste na utilização da radiação</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>15 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>ionizante como estratégia de controle de dor, especialmente óssea. O</p><p>uso dessa estratégia visa ao controle de dores em pacientes com</p><p>compressões medulares e metástases ósseas, sendo geralmente</p><p>realizado na vigência de tratamentos sistêmicos com opioides.</p><p>Tratamento da dor óssea associada ao câncer</p><p>Para indivíduos que apresentam dor óssea, seja em decorrência de</p><p>metástases ou de tumores primários ósseos, existem radiofármacos</p><p>disponíveis que contêm elementos radioativos como estrôncio, samário,</p><p>rádio e rênio.</p><p>Atenção!</p><p>Os radiofármacos promovem o alívio dos sintomas, mas, na verdade,</p><p>esses tratamentos estão associados à diminuição da contagem de</p><p>leucócitos e plaquetas.</p><p>Outra abordagem importante no manejo da dor óssea é o tratamento da</p><p>hipercalcemia com fármacos bisfosfonatos (ácido zoledrônico, por</p><p>exemplo) e anticorpos monoclonais como o denosumabe, que serão</p><p>abordados mais adiante.</p><p>hipercalcemia</p><p>Aumento anormal dos níveis de cálcio no sangue.</p><p>Tratamento</p><p>da dor neuropática associada ao</p><p>câncer</p><p>Em pacientes oncológicos, a dor neuropática é proveniente de lesões</p><p>induzidas pelo câncer ou pelo tratamento com fármacos</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>16 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>induzidas pelo câncer ou pelo tratamento com fármacos</p><p>quimioterápicos, considerados neurotóxicos ao sistema</p><p>somatossensorial.</p><p>Em linhas gerais, essa dor ocorre em situações em que tanto a doença</p><p>quanto os tratamentos induzem transformações neurológicas que</p><p>promovem hiperexcitabilidade nas células neuronais condutoras de</p><p>impulsos dolorosos. Isso gera sensações dolorosas exacerbadas ou</p><p>descabidas.</p><p>Em razão de os neurônios apresentarem inúmeros gatilhos que</p><p>promovam sua excitação, o tratamento da dor neuropática envolve o</p><p>uso de diferentes classes farmacêuticas:</p><p>• Anticonvulsivantes (gabapentina e pregabalina, por exemplo).</p><p>• Antidepressivos (duloxetina e amitriptilina, por exemplo).</p><p>• Antioxidantes redutores do estresse oxidativo, o que também</p><p>auxilia na toxicidade neuronal.</p><p>Tratamento invasivo da dor oncológica</p><p>refratária</p><p>Quando abordagens terapêuticas mais convencionais não são eficazes</p><p>no controle da dor, seja por meio de tratamentos orais ou parenterais,</p><p>tratamentos mais invasivos podem ser considerados.</p><p>Nessa categoria, destacam-se os bloqueios neuronais ou bloqueios de</p><p>plexos nervosos, nos quais são administrados fármacos anestésicos</p><p>para interromper a transmissão dos impulsos dolorosos. Outra opção é</p><p>a aplicação de bloqueadores neuronais nas proximidades dos nervos, ou</p><p>administração intratecal de fármacos opioides na medula espinhal,</p><p>resultando em efeitos centrais de controle de dor.</p><p>Além dos riscos inerentes à aplicação das técnicas invasivas, os efeitos</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>17 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Além dos riscos inerentes à aplicação das técnicas invasivas, os efeitos</p><p>adversos para essa modalidade também são potencialmente perigosos,</p><p>pois podem envolver:</p><p>Reações alérgicas graves</p><p>Infecções</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>18 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Sangramentos e hematomas</p><p>Lesões nervosas</p><p>Complicações respiratórias</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>19 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Disfunção de órgãos adjacentes</p><p>Alguns pacientes que apresentam dores de difícil manejo podem contar</p><p>ainda com a implantação de cateteres peridurais ou espinhais</p><p>temporários, acoplados a bombas infusoras que disponibilizam os</p><p>fármacos de forma lenta e prolongada.</p><p>Por fim, mas não menos importante, é preciso ressaltar que o</p><p>tratamento da dor é sempre urgente e envolve múltiplas abordagens,</p><p>farmacológicas ou não farmacológicas.</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>Quando um paciente é diagnosticado com câncer, é comum que ele</p><p>esteja ciente dos efeitos adversos do tratamento, como náuseas,</p><p>vômitos e alopecia (queda de cabelo). Porém, tanto o câncer quanto</p><p>o tratamento oncológico podem levar ao desenvolvimento de</p><p>quadros dolorosos. Sobre esse tema, considere as assertivas a</p><p>seguir:</p><p>• I – A dor oncológica é multifatorial, sendo necessária a</p><p>identificação da origem para que sejam possíveis o</p><p>planejamento e a disponibilidade das estratégias terapêuticas</p><p>de controle.</p><p>• II – Para um bom controle da dor em um paciente oncológico,</p><p>muitas vezes é necessária a combinação de abordagens</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>20 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>terapêuticas diferentes.</p><p>É possível concluir que</p><p>Parabéns! A alternativa D está correta.</p><p>A dor oncológica tem múltiplas origens. Conhecer as diferentes</p><p>manifestações fisiopatológicas e os efeitos adversos que levam ao</p><p>desenvolvimento da dor, possibilita uma maior assertividade na</p><p>escolha dos tratamentos farmacológicos ou na combinação das</p><p>modalidades terapêuticas.</p><p>Questão 2</p><p>A apenas a assertiva I é verdadeira.</p><p>B apenas a assertiva II é verdadeira.</p><p>C ambas as assertivas são falsas.</p><p>D</p><p>ambas as assertivas são verdadeiras. Sendo a</p><p>assertiva I uma justificativa para assertiva II.</p><p>E</p><p>ambas as assertivas são verdadeiras, mas elas não</p><p>se relacionam.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>21 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>O sr. Josué buscou atendimento médico devido a dores</p><p>persistentes e incômodas no quadril que vinha enfrentando ao</p><p>longo dos últimos oito meses. Após a realização de exames de</p><p>imagem e de sangue, o paciente foi diagnosticado com câncer de</p><p>próstata, que já apresentava focos metastáticos na crista ilíaca.</p><p>Considerando que a dor relatada pelo paciente era de intensidade</p><p>leve, a equipe de cuidados propôs como principal conduta de</p><p>tratamento</p><p>Parabéns! A alternativa B está correta.</p><p>A mensuração da dor é indispensável para que a terapia de controle</p><p>seja assertiva e eficiente, evitando a exposição do paciente a</p><p>A repouso e hidratação.</p><p>B</p><p>o uso de fármacos analgésicos não opioides e anti-</p><p>inflamatórios não esteroidais.</p><p>C</p><p>o uso de fármacos opioides fracos, como oxicodona</p><p>e fentanila.</p><p>D</p><p>o uso de fármacos opioides fortes, como morfina e</p><p>oxicodona.</p><p>E</p><p>o bloqueio de plexo nervoso, via administração</p><p>localizada de neurobloqueadores.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>22 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>toxicidades exageradas observadas nos efeitos adversos das mais</p><p>variadas abordagens terapêuticas disponíveis. Sendo assim,</p><p>segundo os protocolos nacionais e internacionais, dores</p><p>oncológicas de graduação leve devem ser abordadas com</p><p>fármacos analgésicos não opioides e anti-inflamatórios não</p><p>esteroidais.</p><p>2 - Manejo dos sintomas gastrointestinais em oncologia</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de classi�car as estratégias farmacológicas para</p><p>manejo dos sintomas gastrointestinais no paciente oncológico.</p><p>Farmacologia antiemética</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>23 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Neste vídeo, você vai entender como ocorre o estímulo ao vômito e às</p><p>náuseas no sistema nervoso central dos pacientes oncológicos. Além</p><p>disso, conhecerá as principais classes de fármacos utilizados para</p><p>controlar tais sintomas.</p><p>Náuseas e vômitos induzidos pela</p><p>quimioterapia (NVIQ)</p><p>Uma das sensações mais desconfortáveis que pode afetar os indivíduos</p><p>em tratamento oncológico é a náusea. Esse sintoma é incapacitante e</p><p>está diretamente relacionado ao decréscimo do bem-estar geral que</p><p>muitos pacientes oncológicos temem vivenciar. Afinal, a náusea</p><p>atrapalha a realização de todas as atividades rotineiras, bem como</p><p>dificulta o processo de alimentação, tão importante para o</p><p>fortalecimento do corpo durante os tratamentos.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>24 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Apesar de o vômito ser um mecanismo fisiológico natural que nos</p><p>protege de patógenos e substâncias irritantes ao nosso trato</p><p>gastrointestinal (TGI), o sensorial prévio (náuseas) e o ato de vomitar</p><p>são extremamente desconfortáveis, sendo inquestionável a</p><p>necessidade de intervenção farmacológica para suprimir esses quadros.</p><p>E como os estímulos são transformados em gatilhos para essa</p><p>sintomatologia limitante?</p><p>Zona de gatilho quimiorreceptora (ZGQ) e</p><p>centro do vômito</p><p>A ZGQ é uma estrutura do tronco cerebral responsável por receber</p><p>informações provenientes de diferentes regiões do organismo (centrais</p><p>e periféricas) e encaminhá-las ao centro do vômito.</p><p>Mas o que seria o centro do</p><p>vômito? Você já ouviu falar</p><p>nisso?</p><p>Resposta</p><p>É uma região localizada no bulbo e, como o</p><p>nome já sugere, é responsável por provocar</p><p></p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>25 of 70 06/08/2024,</p><p>20:52</p><p>Para obter uma abordagem farmacológica adequada ao controle desses</p><p>sintomas, é necessário conhecer mais profundamente as regiões e</p><p>estruturas envolvidas nesse processo. A imagem a seguir apresenta</p><p>essas estruturas.</p><p>Vias neurológicas envolvidas na ocorrência de náusea e vômito.</p><p>Estímulos eméticos</p><p>São fatores que desencadeiam ou provocam o reflexo de vômito,</p><p>levando à expulsão do conteúdo gástrico através da boca. E como isso</p><p>acontece?</p><p>A zona de gatilho quimiorrecetora (ZGQ) e o centro do vômito possuem</p><p>receptores específicos, que se ligam a algumas moléculas. Vejamos a</p><p>náuseas e vômito.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>26 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>receptores específicos, que se ligam a algumas moléculas. Vejamos a</p><p>seguir quais são essas moléculas.</p><p>• Serotonina (5HT3)</p><p>• Dopamina (D2)</p><p>• Acetilcolina (M1)</p><p>• Histamina (H1)</p><p>• Canabinoides (CB1)</p><p>• Substância P (NK1)</p><p>São justamente as transmissões relacionadas a essas moléculas que</p><p>são convertidas em estímulos eméticos.</p><p>Esses mecanismos são bastante complexos e podem ser</p><p>desencadeados por diferentes fatores, como substâncias químicas</p><p>irritantes, sensações de mal-estar, distúrbios no labirinto (responsável</p><p>pelo equilíbrio) ou outros estímulos que ativam as vias neurológicas</p><p>envolvidas no reflexo emético.</p><p>A quimioterapia convencional, por exemplo, é assim chamada em razão</p><p>dos alvos moleculares serem compartilhados por células tumorais e</p><p>células sadias, o que aumenta o risco emetogênico.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>27 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Quando os quimioterápicos atuam em locais além das células tumorais,</p><p>é possível ocorrer um aumento na neurotransmissão citada</p><p>anteriormente. Nesse sentido, o potencial para causar náuseas e</p><p>vômitos varia de acordo com a classe e a dose do fármaco utilizado.</p><p>Segundo ROBERT et al., (2019, p. 984-987), dependendo da</p><p>classificação, da dose e do fármaco utilizado, existe um potencial maior</p><p>ou menor de ocorrer náuseas e vômitos. Compreenda a seguir essa</p><p>variação no risco emetogênico!</p><p> Alto</p><p>Frequência de indução > 90%</p><p>Fármacos utilizados:</p><p>◦ Doxorrubicina ≥ 60 mg/m2</p><p>◦ Cisplatina</p><p>◦ Carmustina</p><p> Moderado</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>28 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Frequência de indução de 30 a 90%</p><p>Fármacos utilizados:</p><p>◦ Irinotecano</p><p>◦ Oxaliplatina</p><p>◦ Doxorrubicina ≤ 60 mg/m2</p><p>◦ Temozolomida</p><p> Baixo</p><p>Frequência de indução de 10 a 30%</p><p>Fármacos utilizados:</p><p>◦ Etoposido</p><p>◦ Gencitabina</p><p>◦ Paclitaxel</p><p>◦ Topotecano</p><p> Mínimo</p><p>Frequência de indução</p><p>• Difenidramina</p><p>• Xidroxizina</p><p>• Ciclizina</p><p>Apesar de alto perfil de segurança, esses fármacos devem ser utilizados</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>34 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Apesar de alto perfil de segurança, esses fármacos devem ser utilizados</p><p>com cautela, em razão da intensa sonolência que provocam.</p><p>Antagonistas da substância P</p><p>Atualmente, o bloqueio dos receptores NK1 é considerado o tratamento</p><p>de referência para as NVIQ. Durante a administração de quimioterápicos</p><p>e a exposição à radioterapia, ocorre o estímulo dos neurônios sensoriais</p><p>do TGI, que liberam um neurotransmissor ainda pouco explorado</p><p>chamado substância P.</p><p>Esse neurotransmissor promove seus efeitos ao se ligar aos receptores</p><p>do tipo NK1 no nervo vago ou na ZGQ. Em ambas as situações, ocorre</p><p>um estímulo intenso ao centro do vômito, promovendo o quadro</p><p>emético.</p><p>Vejamos alguns fármacos que promovem o bloqueio desses receptores</p><p>NK1, evitando assim a neurotransmissão relacionada à substância P:</p><p>• Aprepitanto</p><p>• Rolapitanto</p><p>• Fosaprepitanto</p><p>• Netupitanto</p><p>Essa ação inibe o desenvolvimento de quadros eméticos, especialmente</p><p>aqueles induzidos pela quimioterapia.</p><p>Esses fármacos possuem bom perfil de segurança e efeitos adversos</p><p>pouco expressivos, sendo uma excelente opção para profilaxia de</p><p>quadros eméticos em quimioterapias potencialmente emetogênicas.</p><p>Além disso, apresentam características farmacocinéticas favoráveis,</p><p>com meia-vida variando de 9 a 13 horas para o aprepitanto e até 90</p><p>horas para o netupitanto</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>35 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>horas para o netupitanto.</p><p>Outros agentes antieméticos</p><p>Outras classes terapêuticas podem ser utilizadas contra as NVIQ,</p><p>conforme veremos a seguir.</p><p>Glicocorticoides</p><p>Os glicocorticoides, como a dexametasona, são frequentemente</p><p>utilizados como adjuvantes no tratamento de sintomas eméticos,</p><p>sempre em combinação com outras classes já descritas.</p><p>Veremos a seguir, com dados baseados em Whalen; Finkell; Panavelil</p><p>(2016, p. 409), a eficácia das combinações feitas entre dexametasona e</p><p>outros fármacos no controle de náuseas e vômitos. O mecanismo</p><p>antiemético exercido pela dexametasona ainda requer maiores</p><p>investigações, mas atualmente está relacionado à supressão de</p><p>processos inflamatórios e à atividade contra náuseas. Confira!</p><p></p><p>Dexametasona + Ondansetrona</p><p>91% de reposta no tratamento.</p><p></p><p>Dexametasona + Difenidramina +</p><p>Metoclopramida + Droperidol</p><p>76% de reposta no tratamento.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>36 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p></p><p>Lorazepam + Dexametasona +</p><p>Metoclopramida</p><p>63% de reposta no tratamento.</p><p></p><p>Difenidramina + Dexametasona +</p><p>Metoclopramida</p><p>58% de reposta no tratamento.</p><p>Canabinoides</p><p>São uma classe de medicamentos com potencial antiemético. Como</p><p>exemplos dessa classe temos o dronabinol (natural) e a nabilona</p><p>(sintética).</p><p>Embora os mecanismos moleculares dos canabinoides ainda não sejam</p><p>completamente compreendidos atualmente, sabe-se que essas</p><p>substâncias, derivadas da planta Cannabis sativa (maconha), atuam</p><p>estimulando os receptores CB1, o que reduz a sintomatologia das NVIQ.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>37 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Antipsicótico atípico</p><p>A olanzapina é um antipsicótico que atua em múltiplos receptores no</p><p>sistema nervoso central, incluindo os receptores dopaminérgicos,</p><p>serotoninérgicos, histaminérgicos e colinérgicos.</p><p>Recomendação</p><p>O uso da olanzapina deve ser considerado em última análise, devido aos</p><p>inúmeros efeitos associados a ele.</p><p>Farmacologia antiespasmódica</p><p>Neste vídeo, vamos explorar a fisiopatologia dos distúrbios</p><p>gastrointestinais, os fármacos disponíveis para o tratamento, seus</p><p>mecanismos de ação e possíveis efeitos adversos.</p><p>Fisiopatologia dos distúrbios</p><p>gastrointestinais</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>38 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>gastrointestinais</p><p>Além de náuseas e vômitos, a quimioterapia também é responsável por</p><p>desencadear distúrbios de motilidade gastrointestinal, que podem se</p><p>transformar em quadros de intenso desconforto e dor. No entanto, é</p><p>possível compreender a origem desses sintomas e então executar um</p><p>manejo farmacológico adequado para atenuar ou evitar esse tipo de</p><p>intercorrência.</p><p>O trato gastrointestinal (TGI) como um todo é revestido por uma</p><p>camada muscular lisa que possui atividade contrátil e propulsora,</p><p>favorecendo um caminho único do seu conteúdo desde a boca até o</p><p>ânus. Essa atividade muscular é complexa, pois é modulada por</p><p>diferentes mecanismos, tanto centrais quanto periféricos. O sistema</p><p>nervoso autônomo, a secreção de hormônios e a própria atividade das</p><p>células epiteliais, que podem ser irritadas pelos fármacos</p><p>quimioterápicos, desempenham um papel importante nesse processo.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>39 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>quimioterápicos, desempenham um papel importante nesse processo.</p><p>Fármacos para tratamento de</p><p>distúrbios gastrointestinais</p><p>Quando a motilidade gastrointestinal é exagerada, o excesso de</p><p>contrações gera sensações dolorosas, que devem ser atenuadas. Agora,</p><p>conheceremos alguns fármacos disponíveis para o tratamento dos</p><p>distúrbios gastrointestinais ocasionados ao longo do tratamento</p><p>oncológico.</p><p>Nitratos orgânicos</p><p>Alguns nitratos orgânicos, e até mesmo a toxina botulínica, podem ser</p><p>utilizados por via endoscópica, a fim de reduzir a transmissão</p><p>colinérgica local.</p><p>Atenção!</p><p>Essa é uma prática bastante invasiva e pouco usual durante o curso do</p><p>tratamento oncológico.</p><p>Fármaco antidiarreico e antiespasmódico</p><p>Quimioterápicos, como o irinotecano, apresentam como efeito adverso a</p><p>perturbação das células intestinais, ocasionando diarreia e espasmos</p><p>que podem ser dolorosos. Nesse caso, além da utilização de fármacos</p><p>antidiarreicos como a loperamida e a racecadotrila, é possível contar</p><p>com fármacos antiespasmódicos ou espasmolíticos.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>40 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Na clínica oncológica, os espasmos relacionados à utilização de</p><p>quimioterápicos são tratados com fármacos antagonistas muscarínicos,</p><p>sendo os mais comumente utilizados a atropina e a escopolamina, além</p><p>de outros fármacos de menor expressão na prática oncológica, como a</p><p>diciclomina e o glicopirrolato.</p><p>Esses fármacos exercem suas atividades a partir de mecanismos</p><p>anticolinérgicos, podendo ser administrados por via oral e parenteral.</p><p>Fármacos laxativos</p><p>Outra abordagem que reduz os desconfortos gastrointestinais está na</p><p>resolução das constipações, que podem ser oriundas dos tratamentos</p><p>oncológicos, tratamentos antiálgicos (com fármacos opioides) ou</p><p>antieméticos (antagonistas 5-HT3).</p><p>A constipação promove sintomas dolorosos que reduzem a qualidade</p><p>de vida dos indivíduos. Sendo assim, fármacos laxativos não</p><p>promotores de cólicas devem ser utilizados, com destaque para os</p><p>agentes osmóticos, umectantes e emolientes fecais.</p><p>Tratamento pro�lático na terapia oncológica</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>41 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Tratamento pro�lático na terapia oncológica</p><p>O tratamento contra o câncer parte de uma premissa muito relevante,</p><p>que é a realização de estudos clínicos robustos. Sendo assim, o</p><p>diagnóstico implica abordagens terapêuticas já consolidadas e</p><p>conhecidas, especialmente no que se refere aos efeitos adversos.</p><p>Diferentemente de outras terapias, a terapia oncológica adota a</p><p>profilaxia como regra. Sabendo-se estar diante de um tratamento que</p><p>cause espasmos musculares intestinais, é preciso que seja realizado</p><p>tratamento profilático com fármacos antiespasmódicos, seja durante ou</p><p>após a infusão</p><p>dos quimioterápicos. Essa regra se aplica também aos</p><p>antieméticos, cuja utilização deve ser prévia, durante e após os</p><p>tratamentos direcionados ao câncer.</p><p>Resumindo</p><p>Minimizar os efeitos que o tratamento do câncer pode causar é</p><p>indispensável para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes.</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>A quimioterapia contra o câncer apresenta inúmeros efeitos</p><p>adversos, como náuseas e vômitos, alopecia, complicações</p><p>sanguíneas e distúrbios da motilidade intestinal. No controle da</p><p>motilidade e na redução de quadros dolorosos a ela relacionados,</p><p>destacam-se os fármacos</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>42 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Parabéns! A alternativa E está correta.</p><p>O antagonismo dos receptores muscarínicos no trato</p><p>gastrointestinal promove o relaxamento da musculatura lisa do</p><p>intestino, resultando em uma diminuição da peristalse. Assim,</p><p>fármacos como a escopolamina e a atropina atuam como</p><p>antiespasmódicos, suavizando os espasmos musculares no trato</p><p>gastrointestinal. As demais alternativas apresentam fármacos</p><p>antieméticos ou agentes que estimulam as contrações intestinais, e</p><p>que são contraindicados para esse cenário.</p><p>Questão 2</p><p>O sr. Emerson foi diagnosticado com tumor de laringe depois de</p><p>muitos anos de tabagismo. Após realizar todos os exames</p><p>necessários, incluindo os de imagem e a biópsia, o paciente foi</p><p>A antagonistas D2.</p><p>B antagonistas 5-HT3.</p><p>C agonistas canabinoides.</p><p>D agonistas muscarínicos.</p><p>E antagonistas muscarínicos.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>43 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>necessários, incluindo os de imagem e a biópsia, o paciente foi</p><p>submetido ao tratamento com cisplatina, um fármaco</p><p>quimioterápico bastante eficiente, mas com o inconveniente de</p><p>apresentar alto potencial emetogênico. Sendo assim, o oncologista</p><p>responsável prescreveu junto ao quimioterápico a utilização de um</p><p>potente antiemético da classe dos inibidores dos receptores NK1, o</p><p>padrão ouro no tratamento e na profilaxia da náusea e do vômito</p><p>induzidos pela quimioterapia. Assinale a seguir o fármaco dessa</p><p>classe que foi prescrito.</p><p>Parabéns! A alternativa D está correta.</p><p>O tratamento referência da náusea e do vômito induzidos pela</p><p>quimioterapia utiliza os antagonistas NK1, como o aprepitanto, o</p><p>rolapitanto, o fosaprepitanto e o netupitanto. A carboplatina é um</p><p>quimioterápico; a ondansetrona e a palonosetrona, apesar de</p><p>excelentes antieméticos, são da classe dos antagonistas de</p><p>receptores serotoninérgicos 5-HT ; a dexametasona é um</p><p>A Carboplatina</p><p>B Ondansetrona</p><p>C Palonosetrona</p><p>D Aprepitanto</p><p>E Dexametasona</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>44 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>receptores serotoninérgicos 5-HT3; a dexametasona é um</p><p>glicocorticoide.</p><p>3 - Manejo de outras intercorrências no paciente oncológico</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever o manejo de intercorrências sanguíneas,</p><p>ósseas e outras terapias de suporte oncológico.</p><p>Toxicidade sanguínea e repositores</p><p>sanguíneos</p><p>Neste vídeo, vamos compreender a toxicidade sanguínea decorrente do</p><p>tratamento quimioterápico, os medicamentos utilizados, seus</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>45 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>mecanismos de ação e possíveis efeitos adversos. Além disso,</p><p>compreenderemos a neutropenia febril e seus riscos.</p><p>A terapia contra o câncer tem evoluído ao longo dos anos e se tornado</p><p>cada vez mais lesiva para as células tumorais. Entretanto, outro grupo</p><p>de células com intenso potencial proliferativo também sofre as</p><p>consequências das terapias antineoplásicas mais inespecíficas.</p><p>Estamos falando das células sanguíneas, como os leucócitos, as</p><p>hemácias e as plaquetas.</p><p>Apesar disso, já estão disponíveis terapias promissoras para o controle</p><p>dessas toxicidades hematológicas, visando prevenir o paciente de</p><p>maiores complicações.</p><p>A seguir, veremos as terapias baseadas em cada tipo celular, e que</p><p>chamamos didaticamente de fatores estimuladores de colônia.</p><p>Fatores estimuladores da</p><p>eritropoiese</p><p>Dentro do conjunto das toxicidades hematológicas, as anemias se</p><p>destacam em razão dos seguintes fatores:</p><p>Decréscimo da</p><p>eficiência dos</p><p>Risco aumentado de</p><p>mortalidade.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>46 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>tratamentos.</p><p>Nesse sentido, a correção dos quadros anêmicos está associada a</p><p>ganhos de qualidade de vida e melhores taxas de sucesso nas terapias</p><p>farmacológicas.</p><p>Atualmente, é possível utilizar agentes como a alfaepoetina e a</p><p>alfadarbepoetina como alternativas às transfusões de hemácias no</p><p>tratamento antineoplásico. No entanto, é necessário realizar exames de</p><p>sangue para identificar os pacientes que se beneficiarão desses agentes</p><p>terapêuticos.</p><p>Nesse caso, alguns marcadores importantes devem ser avaliados:</p><p></p><p>Dosagem de ferro sérico</p><p></p><p>Capacidade de saturação de transferrina,</p><p>ferritina, vitamina B12</p><p></p><p>Contagem total de hemácias e reticulócitos</p><p>No entanto, o marcador que determina com maior clareza a indicação</p><p>desses agentes é a redução sérica da hemoglobina, a níveis abaixo de</p><p>10 g/dL.</p><p>É importante destacar que toda abordagem terapêutica possui</p><p>vantagens e desvantagens. No caso dos fatores estimuladores da</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>47 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>eritropoiese, eles aumentam os riscos de eventos tromboembólicos e,</p><p>em alguns casos, contribuem com a progressão dos tumores e a</p><p>recorrência do câncer, devendo ser evitados.</p><p>Fatores estimuladores de colônias de</p><p>neutró�los</p><p>Os leucócitos são tipos celulares hematológicos responsáveis pela</p><p>defesa do nosso organismo. Essas células hematológicas são</p><p>responsáveis por identificar células atípicas ou patógenos,</p><p>desencadeando sua destruição. Além disso, os leucócitos liberam</p><p>citocinas, que promovem o recrutamento de outras células,</p><p>especialmente do sistema imune.</p><p>Dentre os diferentes tipos de leucócitos, os neutrófilos são</p><p>particularmente importantes. Essas células de linhagem granulocítica</p><p>possuem capacidade fagocítica e são produtoras de citocinas</p><p>inflamatórias.</p><p>A redução dos neutrófilos na circulação sanguínea, conhecida como</p><p>neutropenia, torna os indivíduos mais susceptíveis a infecções</p><p>bacterianas oportunistas, o que aumenta significativamente o risco de</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>48 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>bacterianas oportunistas, o que aumenta significativamente o risco de</p><p>infecções generalizadas e até mesmo de morte.</p><p>Alguns fármacos quimioterápicos e outras terapias oncológicas podem</p><p>promover a diminuição da contagem de neutrófilos, o que representa um</p><p>fator limitante para a realização de novos ciclos de tratamento. A</p><p>seriedade da neutropenia é avaliada a partir de três parâmetros, de</p><p>acordo com a contagem de neutrófilos no sangue:</p><p>A neutropenia grave, quando associada à febre acima de 37,8° C, é</p><p> Neutropenia leve</p><p>Caracteriza-se pela contagem de neutrófilos entre</p><p>1000 e 1500 por mm3 de sangue.</p><p> Neutropenia moderada</p><p>Caracteriza-se pela contagem de neutrófilos entre</p><p>500 e 1000 por mm3 de sangue.</p><p> Neutropenia grave</p><p>Caracteriza-se pela contagem de neutrófilos abaixo</p><p>de 500 por mm3 de sangue.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>49 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>considerada uma emergência oncológica chamada neutropenia febril.</p><p>Essa complicação oncológica é responsável pelo aumento das taxas de</p><p>mortalidade relacionadas aos tratamentos oncológicos.</p><p>Nesse caso, adotam-se prontamente os seguintes procedimentos:</p><p>O paciente é imediatamente submetido a um tratamento com</p><p>antibióticos de amplo espectro ou associações,</p><p>sem aguardar os</p><p>resultados da cultura. O objetivo é combater as possíveis</p><p>infecções bacterianas oportunistas.</p><p>É realizada uma coleta de amostras de sangue para análise</p><p>laboratorial a fim de obter uma identificação precoce dos</p><p>patógenos causadores da infecção e da sua sensibilidade aos</p><p>antibióticos disponíveis.</p><p>Como agentes estimulantes de colônia de granulócitos e aptos ao</p><p>tratamento das neutropenias, temos a filgrastima e suas variações,</p><p>como a pegfilgrastima e a lipegfilgrastima, que apresentam</p><p>modificações que promovem melhorias farmacocinéticas e maior</p><p>comodidade posológica.</p><p>Após administração subcutânea, esses biofármacos atuam estimulando</p><p>a produção de novos neutrófilos na medula óssea. Podem ser utilizados</p><p>diante de quadros de neutropenia, ou de forma profilática, caso exista o</p><p>risco de ocorrência neutropenia durante o tratamento.</p><p>Tratamento antibiótico empírico </p><p>Hemocultura </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>50 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Fatores estimuladores de colônias de</p><p>plaquetas</p><p>Ainda no contexto das toxicidades hematológicas, podemos destacar</p><p>também a trombocitopenia, que se caracteriza pela redução da</p><p>contagem de plaquetas. Essa condição aumenta significativamente os</p><p>riscos de sangramentos e pode atrasar ou interromper os tratamentos</p><p>contra o câncer.</p><p>Atualmente, ainda não temos disponíveis no mercado farmacêutico</p><p>opções farmacológicas capazes de elevar a produção de plaquetas.</p><p>Desse modo, diante de quadros de trombocitopenia induzida por</p><p>quimioterapia as principais abordagens são:</p><p></p><p>Reduzir a doses dos quimioterápicos</p><p></p><p>Indicar a hemotransfusão</p><p>Fármacos como romiplostim e eltrombopague, apesar de serem</p><p>indicados para o tratamento de plaquetopenias, como na púrpura</p><p>trombocitopênica idiopática, têm o uso evitado em concomitância com</p><p>a quimioterapia. Esse fato se deve à falta de dados de segurança para</p><p>essa associação.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>51 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Manejo do metabolismo ósseo em</p><p>oncologia</p><p>Neste vídeo, vamos compreender o funcionamento do metabolismo</p><p>ósseo normal e a desmineralização óssea que ocorre no câncer. Além</p><p>disso, veremos quais são os medicamentos utilizados no manejo do</p><p>metabolismo ósseo em oncologia, incluindo seu mecanismo de ação, os</p><p>principais efeitos adversos e os cuidados necessários.</p><p>Ao longo da vida, o tecido ósseo sofre uma série de transformações</p><p>perceptíveis, tanto no crescimento quanto no envelhecimento. No curso</p><p>da doença oncológica, os ossos são comumente afetados, sendo</p><p>necessária a utilização de medicamentos para controlar a degradação</p><p>da matriz óssea e evitar maiores transtornos.</p><p>Esses danos podem ser ocasionados por tumores e metástases ósseas,</p><p>mas também podem surgir como efeito adverso de terapias para o</p><p>controle do câncer.</p><p>Desmineralização óssea e câncer</p><p>Tumores ósseos, como o osteossarcoma, são neoplasias primárias, ou</p><p>seja, se iniciam no próprio osso. No entanto, no decorrer das doenças</p><p>oncológicas, alguns tipos de neoplasias, como os tumores de mama,</p><p>próstata e pulmão, apresentam tropismo para a matriz óssea e</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>52 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>próstata e pulmão, apresentam tropismo para a matriz óssea e</p><p>promovem o desenvolvimento de metástases.</p><p>Uma vez que os tumores se estabelecem no tecido ósseo, eles</p><p>desencadeiam uma série de transformações locais que estão</p><p>associadas à redução da qualidade de vida dos indivíduos e ao aumento</p><p>de riscos de insucesso da terapia contra a doença.</p><p>Para compreender os efeitos do câncer no metabolismo ósseo, é</p><p>preciso levar em consideração três tipos celulares. Confira!</p><p>São células imaturas, que produzem matriz óssea e armazenam</p><p>substâncias inorgânicas, como fosfatos e cálcio.</p><p>São células maduras que fazem parte da matriz óssea.</p><p>São células maiores, e promovem a regeneração dos tecidos</p><p>ósseos mediante a reabsorção das matrizes e dos minerais que</p><p>as compõem. Em situações fisiológicas normais, como no</p><p>crescimento, o balanço das atividades osteoblástica e</p><p>osteoclástica promove o crescimento observado.</p><p>Agora, observe a imagem a seguir para compreender a dinâmica da</p><p>Osteoblastos </p><p>Osteócitos </p><p>Osteoclastos </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>53 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Agora, observe a imagem a seguir para compreender a dinâmica da</p><p>estrutura do metabolismo ósseo.</p><p>Metabolismo ósseo.</p><p>Sob a perspectiva molecular, os osteoblastos liberam a citocina RANKL,</p><p>que se liga aos receptores RANK em células derivadas dos macrófagos,</p><p>transformando essas células em osteoclastos. Os osteoclastos também</p><p>possuem receptores RANK e, quando estimulados pela citocina RANKL,</p><p>aderem à matriz óssea e liberam citocinas que promovem a digestão</p><p>dessa matriz. Esse processo é chamado de reabsorção óssea.</p><p>Os osteoblastos desempenham um papel importante na regulação do</p><p>equilíbrio entre a formação e a degradação óssea. Eles secretam a</p><p>citocina osteoprotegerina (OPG), que se liga à citocina RANKL,</p><p>impedindo a maturação e a ativação de novos osteoclastos. Assim, a</p><p>integridade do tecido ósseo é mantida.</p><p>Em casos de câncer, as células tumorais podem estimular os</p><p>osteoblastos a liberarem mais RANKL, ativando os osteoclastos e</p><p>promovendo a degradação da matriz óssea. Além disso, alguns</p><p>tratamentos contra o câncer também podem promover esse tipo de</p><p>estímulo.</p><p>Isso ocorre, por exemplo, na supressão hormonal como abordagem</p><p>terapêutica contra o câncer de mama. Essa abordagem reduz os níveis</p><p>de estrogênio circulante, impactando sua função protetora no tecido</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>54 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>ósseo. Como resultado, a liberação de RANKL pelos osteoblastos não é</p><p>inibida de forma adequada, o que leva a um aumento na atividade dos</p><p>osteoclastos. Esse mecanismo se assemelha ao processo de</p><p>osteoporose associado à menopausa.</p><p>E quais são os fármacos utilizados para inibir a degradação óssea?</p><p>Vejamos a seguir.</p><p>Bisfosfonatos</p><p>São amplamente utilizados para inibir a degradação óssea. Ao longo</p><p>dos anos, eles se destacaram no tratamento de doenças não</p><p>oncológicas, como a doença de Paget e a osteoporose.</p><p>Vejamos os principais medicamentos dessa classe. Vamos lá!</p><p></p><p>Pamidronato</p><p></p><p>Alendronato</p><p></p><p>Ácido zoledrônico ou zoledronato</p><p>Agora, vamos conferir o funcionamento e os principais efeitos desses</p><p>fármacos:</p><p>Mecanismo de ação </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>55 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Os bisfosfonatos exercem seus efeitos terapêuticos a partir da</p><p>inibição da atividade osteoclástica, responsável pela</p><p>desmineralização óssea. O mecanismo de ação se dá pela</p><p>inibição de vias metabólicas, que ocorre após a ativação dos</p><p>osteoclastos, mas os detalhes sobre tais etapas ainda são</p><p>desconhecidos.</p><p>Os principais efeitos são a nefrotoxicidade, a hipocalcemia e a</p><p>osteonecrose da mandíbula, sendo esse último o efeito mais</p><p>grave. Por sua característica, a osteonecrose da mandíbula</p><p>promove a contraindicação de realização de tratamentos</p><p>odontológicos durante os tratamentos.</p><p>Assim, esses fármacos são indispensáveis no tratamento de quadros de</p><p>metástases ósseas, nos quais as doenças oncológicas são precedidas</p><p>por quadros de osteoporose, e no tratamento da hipercalcemia da</p><p>malignidade, uma condição grave, na qual o cálcio proveniente da</p><p>degradação óssea é liberado na corrente sanguínea, o que pode evoluir</p><p>para o óbito.</p><p>Denosumabe</p><p>Outra abordagem farmacológica é a utilização do anticorpo monoclonal</p><p>denosumabe. Inicialmente, o denosumabe foi desenvolvido para o</p><p>tratamento da osteoporose, mas atualmente é utilizado também no</p><p>Mecanismo de ação</p><p>Principais efeitos adversos </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>56 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>tratamento da osteoporose, mas atualmente é utilizado também no</p><p>tratamento de metástases ósseas.</p><p>Agora, vamos conferir o funcionamento e os principais efeitos desse</p><p>fármaco:</p><p>Esse anticorpo se liga especificamente à citocina RANKL,</p><p>impedindo que ela se ligue aos receptores RANK e promova a</p><p>maturação dos osteoclastos. Com isso, observa-se a redução da</p><p>desmineralização óssea.</p><p>Embora os efeitos adversos do denosumabe sejam mais</p><p>brandos, a ocorrência de necrose mandibular também está</p><p>associada ao uso desse fármaco. Além disso, recomenda-se</p><p>cautela no uso em pacientes com hipocalcemia.</p><p>A utilização dos bisfosfonatos e dos anticorpos monoclonais, como o</p><p>denosumabe, é indispensável no tratamento do câncer com metástase</p><p>óssea, pois inibem os processos celulares que causam a</p><p>desmineralização óssea, sendo cruciais na prevenção de fraturas</p><p>patológicas, que são extremamente dolorosas e incapacitantes.</p><p>Práticas integrativas e</p><p>Mecanismo de ação </p><p>Principais efeitos adversos </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>57 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Práticas integrativas e</p><p>complementares em oncologia (PICs)</p><p>Neste vídeo, você compreenderá a possibilidade de uso das práticas</p><p>integrativas e complementares (PICs) em pacientes oncológicos.</p><p>O tratamento oncológico por meio da combinação das principais</p><p>modalidades terapêuticas já é realidade em muitos países do mundo.</p><p>Entretanto, não podemos desconsiderar que o acesso aos</p><p>medicamentos não é o mesmo ao redor do globo. Muitos países, e até</p><p>mesmo regiões dentro de um mesmo país, não têm acesso aos</p><p>tratamentos de suportes necessários.</p><p>Neste contexto, as práticas integrativas e complementares (PICs) se</p><p>destacam como fortes aliadas à prevenção dos agravos e à</p><p>minimização das complexidades impostas pelos tratamentos.</p><p>Veremos a seguir, com base em dados de Mao et al. (2022, p. 147,</p><p>2022), as diferentes ações existentes entre as modalidades tradicionais</p><p>e as práticas integrativas no tratamento do câncer. Veja!</p><p>PICs</p><p>• Experiência prática</p><p>• Centrada no</p><p>paciente</p><p>• Sintomas múltiplos</p><p>Medicina convencional</p><p>• Ensaios clínicos</p><p>• Foco na doença</p><p>• Alvo terapêutico</p><p></p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>58 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Sintomas múltiplos</p><p>• Harmonização</p><p>• Combativa</p><p>Também podemos perceber a diferença nas práticas mais utilizadas</p><p>nessas duas perspectivas. Confira!</p><p>PICs</p><p>• Fitoterapia</p><p>• Acupuntura</p><p>• Terapias de toque</p><p>• Terapias de movimento</p><p>• Práticas espirituais</p><p>Medicina convencional</p><p>• Cirurgia</p><p>• Quimioterapia</p><p>• Radioterapia</p><p>• Terapias hormonais</p><p>• Imunoterapia</p><p>Mas afinal, qual é a diferença entre essas abordagens?</p><p>As práticas integrativas se distinguem consideravelmente da medicina</p><p>convencional ao adotar abordagens terapêuticas mais centradas no</p><p>indivíduo como um todo, diferentemente do enfoque exclusivo em alvos</p><p>moleculares específicos, como acontece nas práticas tradicionais.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>59 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Como os argumentos passam por vieses diferentes, muitas vezes as</p><p>polêmicas geradas costumam colocar o paciente em posição de</p><p>descrédito e, portanto, devem ser evitadas pelos profissionais de saúde.</p><p>A seguir, confira dois tipos de terapias comumente utilizadas no</p><p>tratamento de pacientes oncológicos.</p><p>São aquelas que apresentam como princípios norteadores dados</p><p>obtidos em pesquisas clínicas, foco nas doenças, busca por</p><p>alvos terapêuticos e combate às doenças. Nesse contexto, os</p><p>tratamentos propostos contra o câncer são orientados por esses</p><p>parâmetros, sendo dispostos em cirurgias, quimioterapia,</p><p>radioterapia, terapias hormonais e imunoterapia.</p><p>Apresentam como filosofia norteadora as experiências práticas,</p><p>os cuidados centrados no paciente, a harmonização dos</p><p>indivíduos e a escuta de todas as queixas apresentadas. Com</p><p>bases nesses parâmetros, os tratamentos propostos consideram</p><p>a utilização de ervas, técnicas da medicina tradicional chinesa,</p><p>como a acupuntura, terapias de toque e outras práticas,</p><p>independentemente do estado da doença.</p><p>Não se trata de um duelo ou de uma escolha cabível ao paciente e sua</p><p>equipe de cuidados. É preciso compreender que as terapias integrativas</p><p>são complementares e bem-vindas ao longo dos tratamentos</p><p>Terapias convencionais </p><p>Terapias integrativas </p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>60 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>oncológicos no controle dos sintomas e na melhoria do bem-estar geral</p><p>dos pacientes. Porém, como os dados relacionados ao tratamento</p><p>oncológico convencional seguem associados a maiores taxas de cura e</p><p>melhores desfechos clínicos, as terapias convencionais não devem ser</p><p>abandonadas.</p><p>Acupuntura</p><p>As terapêuticas milenares chinesas rompem em parte com a medicina</p><p>tradicional, uma vez que o fluxo energético vital e sua interação com o</p><p>ambiente são o elo principal do desenvolvimento dessas práticas. Uma</p><p>prática bastante presente durante o curso dos tratamentos oncológicos</p><p>é a acupuntura.</p><p>Essa prática tem se destacado ao longo dos anos como uma ferramenta</p><p>para minimizar os efeitos adversos dos tratamentos convencionais.</p><p>Alguns estudos apontam os benefícios da acupuntura no controle da</p><p>fadiga, da náusea, do vômito e da leucopenia induzidos pela</p><p>quimioterapia, sem que sejam observados efeitos adversos graves</p><p>relacionados à prática.</p><p>Outros trabalhos associam a prática da acupuntura à redução de</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>61 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>quadros dolorosos, que são bastante limitantes e incapacitantes.</p><p>Fitoterapia</p><p>O câncer exprime nos pacientes enorme atenção sobre a própria saúde.</p><p>Esse fato induz o paciente a utilizar plantas medicinais de forma</p><p>desassistida, o que acentua os riscos de interações medicamentosas e</p><p>outras complicações, dada a alta taxa de falsificações e contaminações</p><p>presentes em ervas medicinais. Diante desse cenário, a prática</p><p>integrativa deve ser pautada na utilização de fitoterápicos devidamente</p><p>registrados.</p><p>Há uma grande biodiversidade e disponibilidade de moléculas de origem</p><p>natural com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias,</p><p>incentivadoras da imunidade e até mesmo com atividades antitumorais,</p><p>o que oferece muitas oportunidades para a evolução de pesquisas</p><p>voltadas para tratamentos oncológicos mais naturais.</p><p>Atualmente, alguns fitoterápicos podem ser utilizados por pacientes</p><p>oncológicos para o manejo de sintomas como náuseas, vômitos e</p><p>transtornos de ansiedade relacionados ao tratamento.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>62 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Homeopatia</p><p>Essa prática também tem se popularizado ao longo dos anos como</p><p>aliada ao tratamento oncológico. Por possuir um sistema de</p><p>tratamentos muito diferente do tratamento alopático, sua indicação em</p><p>oncologia se concentra em reduzir os desconfortos ocasionados pelos</p><p>quimioterápicos e por outras estratégias terapêuticas, além de auxiliar</p><p>no equilíbrio mental dos indivíduos para melhor aceitação da doença.</p><p>Vale lembrar que, segundo a teoria homeopática, a busca pelo</p><p>tratamento dos indivíduos reflete em melhorias físicas, que podem</p><p>auxiliar nos tratamentos contra o câncer.</p><p>Outras práticas integrativas podem e devem ser utilizadas pelos</p><p>pacientes, como a massoterapia, a aromaterapia, as terapias musicais,</p><p>entre outras, desde que realizadas por profissionais habilitados e</p><p>respeitando as limitações impostas pelo tratamento oncológico. O</p><p>conjunto de todas essas abordagens contribui para melhorias na</p><p>qualidade de vida dos indivíduos com câncer, pois visam obter ganhos</p><p>de bem-estar físico, mental, social e espiritual, tornando os tratamentos</p><p>menos pesarosos.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>63 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>A sra. Carmem foi submetida a um tratamento contra o câncer de</p><p>mama. Ao longo da terapia, houve redução do tamanho do tumor e</p><p>melhora significativa dos marcadores tumorais. Porém, durante o</p><p>intervalo dos ciclos de quimioterapia, a paciente apresentou febre</p><p>de 38,4° C e foi encaminhada ao serviço de emergência para</p><p>realização de exames de sangue. Foi constatada uma contagem de</p><p>neutrófilos em 86 unidades por mm3 de sangue, de modo que a</p><p>paciente foi internada com o diagnóstico de neutropenia febril,</p><p>recebendo tratamento antibiótico venoso e injeções subcutâneas</p><p>de fator estimulante de colônia de neutrófilos até se recuperar por</p><p>completo. Assinale a seguir a opção que apresenta um estimulante</p><p>de colônia de neutrófilos.</p><p>A Filgrastima</p><p>B Alfadarbepoetina</p><p>C Alfaepoetina</p><p>D Romiplostim</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>64 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Parabéns! A alternativa A está correta.</p><p>A filgrastima é um medicamento que atua como um estimulante de</p><p>colônia de neutrófilos, sendo utilizado no tratamento da</p><p>neutropenia, uma condição caracterizada pela redução dos níveis</p><p>de neutrófilos no sangue. A alfadarbepoetina e a alfaepoetina são</p><p>fatores estimuladores de eritrócitos, enquanto o romiplostim e o</p><p>eltrombopague são estimuladores de plaquetas.</p><p>Questão 2</p><p>A hipercalcemia da malignidade é uma emergência oncológica que,</p><p>quando não tratada em tempo, pode ocasionar desfechos graves e</p><p>até a morte dos pacientes com câncer. Sua origem está associada</p><p>à intensa desmineralização óssea observada nos quadros de</p><p>metástases ósseas ou em tumores primários ósseos. Em 2018, foi</p><p>aprovado no Brasil o primeiro anticorpo monoclonal para</p><p>tratamento da osteoporose e desmineralização relacionada ao</p><p>câncer, que recebeu o nome de</p><p>E Eltrombopague</p><p>A pamidronato.</p><p>B alendronato.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>65 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Parabéns! A alternativa E está correta.</p><p>A desmineralização óssea deve ser tratada imediatamente após o</p><p>seu diagnóstico. Em casos de metástase óssea, identificada em</p><p>exame de imagens, o tratamento pode ser realizado de forma</p><p>profilática. Para o tratamento da desmineralização óssea, podem</p><p>ser prescritos fármacos bisfosfonatos, como o pamidronato, o</p><p>alendronato e o zoledronato. Quanto à utilização de anticorpos</p><p>monoclonais, o anticorpo disponível para essa demanda é o</p><p>denosumabe, pois o rituximabe é um anticorpo utilizado no</p><p>tratamento de leucemias e linfomas.</p><p>Considerações �nais</p><p>Atuar na área da oncologia está longe de ser uma prática simples, pois</p><p>exige muita dedicação e estudo. O cenário das práticas terapêuticas em</p><p>oncologia está em crescente desenvolvimento, com o surgimento de</p><p>novos fármacos e novas estratégias de tratamento ao longo dos anos.</p><p>C zoledronato.</p><p>D rituximabe.</p><p>E denosumabe.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>66 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>novos fármacos e novas estratégias de tratamento ao longo dos anos.</p><p>No entanto, junto com esses avanços, surgem novos efeitos adversos e</p><p>novos desafios para os profissionais de saúde que desempenham um</p><p>papel importante na rede de apoio e cuidados aos pacientes</p><p>oncológicos.</p><p>Como vimos, o tratamento do câncer vai muito além da destruição e</p><p>completa extirpação das células tumorais. É preciso compreender que,</p><p>apesar de a doença ser potencialmente letal, os tratamentos também</p><p>podem oferecer risco de morte ou impactar de forma significativa e</p><p>negativa a qualidade de vida dos pacientes. Descompensações</p><p>gastrointestinais, enfraquecimento ósseo, anormalidades sanguíneas,</p><p>manifestações de quadros dolorosos e outras complicações são alguns</p><p>dos efeitos adversos associados aos tratamentos oncológicos que</p><p>estudamos neste conteúdo.</p><p>Diante desse cenário, pacientes com câncer podem contar com</p><p>profissionais que compreendem essas demandas e buscam melhorias</p><p>dos sintomas que são potencialmente debilitantes. É por esses</p><p>pacientes que devemos seguir trilhando nosso aprendizado.</p><p>Siga firme nos estudos!</p><p>Explore +</p><p>No canal da Academia Nacional de Cuidados Paliativos você poderá</p><p>saber mais sobre a importância da comunicação sobre a dor ao longo</p><p>dos tratamentos entre pacientes com câncer e profissionais de saúde,</p><p>assistindo ao vídeo Dor oncológica, disponível no YouTube.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>67 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>Dor oncológica, disponível no YouTube.</p><p>Veja como o cirurgião-dentista da Universidade Federal de São Paulo</p><p>Sérgio Spezzia aborda uma complicação séria relacionada ao uso dos</p><p>bisfosfonatos no artigo Implicações odontológicas oriundas do</p><p>emprego dos bisfosfonatos , publicado em 2022 na revista Ciência e</p><p>Odontologia.</p><p>Confira a opinião de Taisa Soares da Silva e colaboradores sobre a</p><p>atuação profissional na área oncológica no artigo Percepção dos</p><p>acadêmicos de farmácia sobre a atuação do farmacêutico nas práticas</p><p>integrativas e complementares em saúde , publicado em 2021 na</p><p>revista Contexto e Saúde.</p><p>Referências</p><p>BRUNTON, L. L. et al. As bases farmacológicas da terapêutica de</p><p>Goodman e Gilman. Porto Alegre: AMGH, 2019.</p><p>FALLON, M. et al. Management of cancer pain in adult patients: ESMO</p><p>Clinical Practice Guidelines. Annals of oncology: official journal of the</p><p>European Society for Medical Oncology, v. 29, n. 4, p. 166-191, out. 2018.</p><p>GOVINDAN, R.; MORGENSZTERN, D. Washington Manual: oncologia. 3</p><p>ed. Rio de Janeiro: Thieme Revinter, 2017.</p><p>HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H. Fundamentos em hematologia de</p><p>Hoffbrand. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.</p><p>KATZUNG, B. G.; VANDERAH; TODD, W. V. Farmacologia básica e clínica.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2023.</p><p>MAGEE, D. et al. Cancer pain: where are we now? Pain Management, v. 9,</p><p>n. 1, p. 63–79, jan. 2019.</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>68 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>n. 1, p. 63–79, jan. 2019.</p><p>MAO, J. J. et al. Integrative oncology: addressing the global challenges</p><p>of cancer prevention and treatment. CA: A Cancer Journal for Clinicians,</p><p>v. 72, n. 2, p. 144–164, mar. 2022.</p><p>MBESE, Z.; ADERIBIGBE, B. A. Bisphosphonate-based conjugates and</p><p>derivatives as potential therapeutic agents in osteoporosis, bone</p><p>cancer and metastatic bone cancer. International Journal of Molecular</p><p>Sciences, v. 22, n. 13, jun. 2021.</p><p>RODRIGUES, A. B. et al. Oncologia multiprofissional: bases para</p><p>assistência. São Paulo: Manole, 2016.</p><p>SWARM, R. A. et al. Adult Cancer Pain, Version 3.2019, NCCN Clinical</p><p>Practice Guidelines in Oncology. Journal of the National Comprehensive</p><p>Cancer Network: JNCCN, v. 17, n. 8, p. 977–1007, ago. 2019.</p><p>WHALEN, K.; FINKELL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2016.</p><p>ZHANG, H. Cancer pain management-new therapies. Current Oncology</p><p>Reports, v. 24, n. 2, p. 223–226, fev. 2022.</p><p>Material para download</p><p>Clique no botão abaixo para fazer o download do</p><p>conteúdo completo em formato PDF.</p><p>Download material</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>69 of 70 06/08/2024, 20:52</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>javascript:CriaPDF()</p><p>O que você achou do conteúdo?</p><p>Relatar problema</p><p>Terapias de suporte https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/39988/index.html?br...</p><p>70 of 70 06/08/2024, 20:52</p>