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<p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>TROMBOSE VENOSA PROFUNDA</p><p>CONCEITO</p><p>FORMAÇÃO DE TROMBOS NO SISTEMA VENOSO PROFUNDO</p><p>É um quadro mais comum nos MEMBROS INFERIORES, especialmente no segmento da PERNA. Esse trombo pode ocluir</p><p>TOTALMENTE ou PARCIALMENTE uma veia do sistema venoso profundo.</p><p>x São elas: veia femoral, veia cava, veia porta e veia da</p><p>panturrilha.</p><p>x Essa doença é um dos espectros da TEV (tromboembolismo</p><p>venoso), que é a migração de trombos oriundos do sistema</p><p>venoso.</p><p>Trata-se de uma SÍNDROME VENOSA AGUDA, tanto a TVP quanto o TEP, são complicações agudas e ESPECTROS DISTINTOS DE</p><p>UMA MESMA DOENÇA (TEV), então a TVP de hoje pode ser o TEP de amanhã, é importante diagnosticar e tratar, pois o TEP é a</p><p>PRINCIPAL CAUSA DE MORTE PÓS OPERATÓRIA EVITÁVEL.</p><p>x TEP é quando um TROMBO OCLUI UM TERRITÓRIO VASCULAR DIFERENTE DAQUELE ONDE</p><p>FOI FORMADO, e se não mata agudamente, deixa sequelas crônicas, que impactam na vida</p><p>do paciente, por isso, o prognóstico de TVP é bem melhor que o do TEP.</p><p>Diagnosticar e tratar TVP é caro para o sistema de saúde, por isso, a melhor opção é fazer a PROFILAXIA, mas o que é mais caro</p><p>ainda é o tratamento das complicações:</p><p>x AGUDAS</p><p>Ö FLEGMASIA</p><p>Ö TEP</p><p>x CRÔNICAS</p><p>Ö SÍNDROME PÓS TVP</p><p>o Quando o trombo se dissolve em 6 a 8 semanas, o paciente geralmente não fica com sequelas. No</p><p>entanto, se ele NÃO FOR REABSORVIDO, o FLUXO SANGUÍNEO INVERTE O SENTIDO DE PROXIMAL PARA</p><p>DISTAL e SOBRECARREGA O SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL, esse sangue atravessa o SVP, por meio</p><p>das veias perfurantes, e migra para o SVS, fazendo sentido inverso ao fisiológico e causando sobrecarga.</p><p>Cirurgia Vascular</p><p>SÍNDROME PÓS TVP</p><p>- alba dolen : polidez</p><p>- cianore</p><p>(-crulea doles : cianor</p><p>↳ Grave</p><p>Obs : O tado que mais</p><p>T</p><p>ocorre TVP é o esquerdo</p><p>porque a ATE passa por cima da Vie Laura estase verova</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>E a Síndrome Pós Trombótica é um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da sobrecarga do</p><p>sistema venoso superficial após um episódio de trombose venosa profunda.</p><p>FISIOPATOLOGIA</p><p>A FISIOPATOLOGIA DA TVP É CARACTERIZADA PELA TRÍADE DE VIRCHOW</p><p>A principal base fisiopatológica da ocorrência de TVP está no FUNCIONAMENTO INADEQUADO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO. Em</p><p>situações fisiológicas, essa sequência TRANSFORMA FIBRINOGÊNIO EM FIBRINA, que se LIGA A PLAQUETAS, formando TROMBOS.</p><p>x Os TROMBOS, portanto, são estruturas formadas de plaquetas e</p><p>fibrina que podem levar à isquemia por OBSTRUÇÃO VASCULAR</p><p>OU EMBOLIA À DISTÂNCIA.</p><p>x Ele flutua na corrente sanguínea e pode ocasionar EMBOLIA</p><p>PULMONAR.</p><p>Vários eventos podem desencadear uma situação de ESTÍMULO INADEQUADO OU EXAGERADO À FORMAÇÃO DE TROMBOS por</p><p>meio da ativação da cascata de coagulação e Tríade de Virchow é composta pelos principais elementos associados a isso:</p><p>x ESTASE VENOSA</p><p>Ö Imobilização prolongada; Doença venosa crônica; Viagens prolongadas; Via aérea prolongada e Politraumas.</p><p>x LESÃO ENDOTELIAL</p><p>Ö Traumas na cirurgia; Cateteres; Via aérea prolongada; Politraumas e Sepse.</p><p>x HIPERCOAGULABILIDADE</p><p>Ö Malignidade; Gestação e puerpério; Terapia estrogênica; Sepse e Trombofilias.</p><p>Paciente Cirúrgico</p><p>Esses 3 componentes são encontrados ao mesmo tempo no PACIENTE CIRÚRGICO, por isso, se diz que o LEITO CIRÚRGICO É UMA</p><p>FÁBRICA DE COÁGULOS, por isso, é necessário realizar a PROFILAXIA para que ele não desenvolva trombose venosa profunda.</p><p>x A ESTASE ocorre quando o paciente se deita na mesa cirúrgica</p><p>e fica imobilizado.</p><p>x A LESÃO ENDOTELIAL é o próprio trauma advindo da</p><p>manipulação cirúrgica.</p><p>x A HIPERCOAGULABILIDADE faz parte de todo pós-operatório,</p><p>pois compõe a responda endócrina e metabólica ao trauma, que</p><p>é uma defesa natural do organismo para parar o sangramento.</p><p>TRÍADE DE VIRCHOW</p><p>ESTASE VASCULAR HIPERCOAGULABILIDADE LESÃO DO ENDOTÉLIO</p><p>Quando maior a cirurgia, maior a chance de formar</p><p>um trombo.</p><p>↑</p><p>meia e anticoagulação evitam</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Síndrome Pós-Trombótica</p><p>Os TROMBOS VENOSOS geralmente se formam PRÓXIMOS AS VÁLVULAS desses vasos, esse sangue preso ao redor das válvulas,</p><p>provoca:</p><p>x DEFICIÊNCIA DE FUNCIONALIDADE DA VÁLVULA</p><p>Ö Então, mesmo que o coágulo seja reabsorvido com 6 a 8</p><p>semanas, a VÁLVULA PERDE SUA FUNÇÃO e não volta a</p><p>fechar, fazendo com que o paciente fique com REFLUXO DO</p><p>SISTEMA VENOSO PROFUNDO PARA O SUPERFICIAL, o que</p><p>causa doença venosa crônica.</p><p>x FATOR OBSTRUTIVO PERSISTENTE</p><p>Ö Se não ocorrer recanalização completa do vaso.</p><p>x TROMBOEMBOLIA PULMONAR</p><p>Ö Quando o trombo se fragmenta, formam-se ÊMBOLOS, que pode provocar embolia arterial aguda.</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>ESTÃO LIGADOS À GÊNESE DOS TROMBOS: ESTASE, LESÃO ENDOTELIAL E HIPERCOAGULABILIDADE</p><p>x IMOBILIZAÇÃO OU INTERNAÇÃO PROLONGADA</p><p>x CIRURGIAS E TRAUMA</p><p>x NEOPLASIAS</p><p>x IDADE ACIMA DE 60 ANOS</p><p>x TABAGISMO</p><p>x ESTADO GRAVÍDICO-PUERPERAL</p><p>Ö A gravidez é a condição não patológica que mais aumenta o risco de</p><p>TVP (12X).</p><p>x HISTÓRIA PRÉVIA DE TVP</p><p>x USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS E TERAPIA DE REPOSIÇÃO</p><p>HORMONAL</p><p>x DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL</p><p>x SÍNDROME NEFRÓTICA</p><p>x TROMBOCITOPENIA INDUZIDA POR HEPARINA</p><p>x DOENÇA AGUDA GRAVE</p><p>x ACESSO VENOSO CENTRAL</p><p>x COVID-19</p><p>x LESÃO MEDULAR</p><p>x POLICITEMIA VERA</p><p>Ö Doença crônica em que ocorre aumento de todas as células sanguíneas.</p><p>FATORES DE</p><p>RISCO</p><p>ADQUIRIDOS</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>x DOENÇAS RELACIONADAS A HIPERCOAGULABILIDADE (TROMBOFILIAS)</p><p>Ö Fator V de Leiden</p><p>Ö Deficiência de proteína C e S</p><p>o Essas proteínas também são consumidas pelo MAREVAN, um anticoagulante, que inibe os fatores</p><p>da coagulação dependentes da vitamina K. Atualmente, o Marevan é mais utilizado em apenas duas</p><p>situações:</p><p>- SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE</p><p>- PÓS OPERATÓRIO DE VALVA CARDÍACA</p><p>o Ele nunca pode ser iniciado sozinho, sempre com HEPARINA.</p><p>Ö Síndrome Antifosfolípide</p><p>Ö Mutação do gene da protrombina</p><p>Ö Deficiência de antitrombina III</p><p>Ö Hiperhomocisteinemia</p><p>o Os níveis plasmáticos elevados de homocisteína são um fator de</p><p>risco independente para a doença arterial coronária, doença</p><p>vascular periférica, doença cerebrovascular e trombose venosa.</p><p>x TIPOS SANGUÍNEOS A, B E AB</p><p>SÍTIOS DE TVP</p><p>O SÍTIO MAIS COMUM É O MEMBRO INFERIOR (80%)</p><p>FATORES DE</p><p>RISCO</p><p>HEREDITÁRIOS</p><p>MARAVAN PODE LEVAR A DEFICIÊNCIA DAS PROTEÍNAS C E S</p><p>O MAREVAN (VARFARINA) é um CUMARÍNICO, ou seja, ANTAGONISTA DA VITAMINA K e tem seu efeito anticoagulante mediado por:</p><p>x INIBIÇÃO DOS FATORES DE COAGULAÇÃO VITAMINA K-DEPENDENTES ( II, VII, IX e X)</p><p>x INIBIÇÃO DAS PROTEÍNAS C E S, QUE POSSUEM PROPRIEDADES ANTICOAGULANTES</p><p>Devido a esses efeitos concorrentes, os antagonitas da vitamina K criam um PARADOXO BIOQUÍMICO atracés de um</p><p>EFEITO ANTICOAGULANTE devido à inibição de fatores pró-coagulantes (II, VII, XI e X) e EFEITO TROMBOGÊNICO devido</p><p>à inibição das proteínas C e S.</p><p>Durante os primeiros dias de tratamento com varfarina, ocorre DEPRESSÃO DO VII, enquanto os outros fatores se mantêm</p><p>relativamente inalterados, isso faz com que o paciente NÃO ESTEJA COMPLETAMENTE ANTICOAGULADO e que seja</p><p>necessário HEPARINAR POR 4 A 5 DIAS, sendo descontinua após esse período, quando garantido um NÍVEL TERAPÊUTICO</p><p>DE INR (2-3).</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>No entanto, pode ocorrer também nos MEMBROS SUPERIORES e em LOCAIS INCOMUNS, como veias mesentéricas, veia porta, veia</p><p>esplênica e veias cervicais. Quando a trombose venosa profunda ocorre nesses locais incomuns, é importante pensar que há um</p><p>ESTADO MUITO PRÓ-TROMBÓTICO ou uma ALTERAÇÃO LOCAL.</p><p>x TROMBOSE EM VEIA JUGUKAR</p><p>Ö Mais relacionada a tumores de cabeça e pescoço.</p><p>x TROMBOSE EM VEIA MESENTÉRICA, PORTA E ESPLÊNICA</p><p>Ö Mais relacionadas a tumor de cabeça de pâncreas e hepatocarcinoma.</p><p>x TROMBOSE EM VEIA CAVA SUPERIOR</p><p>Ö Mais relacionada a acesso venoso com cateteres cronicamente</p><p>implantados. Pode acontecer também na síndrome da veia cava superior,</p><p>nos tumores de pulmão.</p><p>MEMBRO SUPERIOR</p><p>Na anatomia do membro superior, as VEIAS SUPERFICIAIS são:</p><p>x VEIA CEFÁLICA</p><p>Ö Perfura a</p><p>fáscia muscular e desemboca na veia subclávia.</p><p>x VEIA BASÍLICA</p><p>Ö Perfura a fáscia muscular e desemboca na veia axilar.</p><p>E as VEIAS PROFUNDAS são:</p><p>x VEIA SUBCLÁVIA</p><p>x VEIA AXILAR</p><p>x VEIA BRAQUIAL</p><p>x VEIA RADIAL</p><p>x VEIA ULNAR</p><p>MEMBRO INFERIOR</p><p>Na anatomia do membro inferior, as VEIAS SUPERFICIAIS são:</p><p>x VEIA SAFENA PARVA</p><p>Ö Se inicia no maléolo lateral e vai até a junção safeno-poplítea.</p><p>x VEIA SAFENA MAGNA</p><p>Ö Se inicia no maléolo medial e vai até a junção safeno-femoral.</p><p>Em relação as VEIAS PROFUNDAS, as principais são:</p><p>x VEIA FEMORAL (principal) e VEIA POPLÍTEA.</p><p>Ö Principal</p><p>A TROMBOSE NESSAS VEIAS É A TROMBOFLEBITE</p><p>SUPERFICIAL</p><p>A TROMBOSE NESSAS VEIAS É A TROMBOSE</p><p>VENOSA PROFUNDA</p><p>A TROMBOSE NESSAS VEIAS É A TROMBOFLEBITE</p><p>DE MEMBRO INFERIOR</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Veias Profundas da Pelve</p><p>x VEIA CAVA</p><p>x VEIA ILÍACA COMUM</p><p>x VEIA ILÍACA EXTERNA</p><p>x VEIA ILÍACA INTERNA</p><p>Veias Profundas da Coxa</p><p>Na COXA, a relação é sempre 1 VEIA PARA 1 ARTÉRIA.</p><p>x VEIA FEMORAL COMUM</p><p>x VEIA FEMORAL PROFUNDA E SUPERFICIAL</p><p>Veias Profundas da Perna</p><p>Na PERNA, a relação passa a ser 2 VEIAS PARA 1 ARTÉRIA.</p><p>TROMBOSE VENOSA PROFUNDA PROXIMAL</p><p>TROMBOSE QUE ACOMETE A VEIAS DE PERNA OU</p><p>PANTURRILHA</p><p>TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DISTAL</p><p>SÍNDROME DE MAY-THURNER OU SÍNDROME DE COCKETT</p><p>É uma SÍNDROME DE COMPRESSÃO DA VEIA ILÍACA ESQUERDA, causada pela compressão</p><p>da veia ilíaca pela ARTÉRIA ILÍACA DIREITA, proporcionando uma série de sintomas, como:</p><p>x Edema assimétrico de membro inferior esquerdo; Dor; Varizes e Trombose venosa.</p><p>Em todas as pessoas, a veia ilíaca esquerda está sob a artéria ilíaca direita , mas 1% da</p><p>população evolui com compressão da veia e desenvolve a síndrome. O TRAUMA</p><p>REPETITIVO causado pela PULSATILIDADE da artéria sobre a veia, culmina no</p><p>desenvolvimento de FIBROSE VENOSA, gerando ESTASE.</p><p>x Então, essa paciente já tem um fator para TVP da Tríade de Virchow e falta só mais um para que desenvolva a trombose,</p><p>podendo ser trombofilias, uso de anticoncepcional, desidratação aguda, entre outras causas que também induzam a</p><p>hipercoagulabilidade.</p><p>Ocorre mais em PACIENTES DO SEXO FEMININO (sem fatores de risco ou uso de ACO) e é uma causa de TVP ILÍACO-FEMORAL ESQUERDA,</p><p>não é de perna e nem de poplítea, por isso, é POTENCIALMENTE MAIS GRAVE, já que o coágulo está ocupando uma veia muito calibrosa.</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>DISTAL</p><p>Quando ocorre nas VEIAS DA PERNA.</p><p>x Fibulares</p><p>x Tibiais</p><p>x Soleares</p><p>x Musculares</p><p>Em 30% dos casos, pode progredir para TVP de poplítea, por isso hoje em dia ANTICOAGULA TODOS OS PACIENTES.</p><p>PROXIMAL</p><p>Quando acomete a VEIA POPLÍTEA.</p><p>DIAGNÓSTICO DIFERENCIAIS</p><p>Até 75% dos pacientes com suspeita de TVP possuem outro diagnóstico diferencial que não a trombose e os principais são:</p><p>O trombo se inicia, geralmente, na VEIA FEMORAL</p><p>e o coágulo se desprende por inteiro ou se</p><p>fragmenta, tornando-se um ÊMBOLO, que cai na</p><p>circulação sanguínea, migra através da VEIA CAVA</p><p>INFERIOR para o território da pequena circulação,</p><p>que tem como epicentro o CORÇÃO DIREITO E A</p><p>ARTÉRIA PULMONAR, se ocluir a artéria, provoca</p><p>TROMBOEMBOLIA PULMONAR, mas pode</p><p>IMPACTAR NA SAÍDA DO VENTRÍCULO DIREITO,</p><p>causando colapso circulatório e MORTE SÚBITA.</p><p>ANGIOTC COM TROMBO NA ARTÉRIA</p><p>PULMONAR</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>LESÃO MUSCULAR AGUDA</p><p>Ocorre ROTURA AGUDA DOS MÚSCULOS DA PANTURRILHA.</p><p>x Também é conhecida como “síndrome da pedrada” e é o principal diagnóstico diferencial de</p><p>TVP.</p><p>Caracteriza-se por DOR INTENSA NA PANTURRILHA de início abrupto, geralmente após a PRÁTICA DE</p><p>EXERCÍCIOS FÍSICOS, como corrida. Além da dor, é possível observar EDEMA E ENDURECIMENTO DO</p><p>MEMBRO AFETADO.</p><p>CELULITE E LINFAGITE</p><p>São INFECÇÕES BACTERIANAS CAUSADAS POR GERMES DA PELE, como estafilococos e estreptococos.</p><p>x Comuns em pacientes com insuficiência venosa ou linfática crônica.</p><p>Além de HIPEREMIA e EDEMA, pode ter formação de BOLHAS, aumento de</p><p>LINFONODOS regionais e ALTERAÇÃO DA PELE (casca de laranja), além de</p><p>manifestações sistêmicas como FEBRE E CALAFRIOS.</p><p>OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS</p><p>x MÚSCULO ESQUELÉTICAS</p><p>Ö Trauma; Hematoma; Miosites, Cisto de Baker e Sinovites.</p><p>x NEUROLÓGICAS</p><p>Ö Ciatalgias.</p><p>x VENOSAS</p><p>Ö Flebite e Síndrome Pós TVP</p><p>x ARTERIAL</p><p>Ö Oclusão arterial aguda</p><p>x EDEMA GENERALIZADO</p><p>Ö Insuficiência cardíaca congestiva</p><p>DIAGNÓSTICO CLÍNICO</p><p>ANAMNESE + EXAME FÍSICO</p><p>x DOR (90%)</p><p>Ö No trajeto venoso e na musculatura</p><p>Ö Sinal Homans</p><p>o Dor à compressão da panturrilha contra a tíbia quando se faz a dorsiflexão</p><p>do pé.</p><p>x EDEMA (84%)</p><p>LEMBRE-SE:</p><p>TEM PULSO!!</p><p>+ crisipela</p><p>TVP : pulsos +</p><p>↑</p><p>- O que diferencia :</p><p>& DAA : pulsos</p><p>↳ bairo valor preditivo</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>Ö Unilateral</p><p>Ö Cacifo +</p><p>Ö Sinal da Bandeira</p><p>o Empastamento muscular, que gera redução da mobilidade da panturrilha.</p><p>x CALOR LOCAL (72%)</p><p>No entanto, os sinais e sintomas não são específicos e boa parte dos pacientes é ASSINTOMÁTICA. O diagnóstico somente a partir</p><p>de anamnese + exame físico tem baixa acurácia, havendo a necessidade de ÍNDICES DE PREDIÇÃO, com uma pontuação baseada</p><p>no EXAME FÍSICO e nos FATORES DE RISCO.</p><p>CRITÉRIOS DE WELLS - TVP</p><p>Pacientes com BAIXA PROBABILIDADE devem ser submetidos ao teste de D-DÍMERO, caso dê negativo, EXCLUI-SE a possibilidade</p><p>TVP. Caso dê positivo, indica-se a USG COM DOPPLER. Pacientes com MODERADA PROBABILIDADE, devem ser submetidos ao D-</p><p>3 A 8 PONTOS ALTA PROBABILIDADE</p><p>1 A 2 PONTOS MODERADA PROBABILIDADE</p><p>-2 A 0 PONTOS BAIXA PROBABILIDADE</p><p>EDEMA RISOMÉLICO</p><p>É um edema que se estende DESDE A RAIZ DA COXA. As situações que causam são:</p><p>x TVP</p><p>x LINFEDEMA POR LINFADENECTOMIA INGUINAL E PÉLVICA</p><p>- e fibrinogênio</p><p>D-démero : bom valor preditivo negativo</p><p>- NEG : exclui</p><p>- pos : não confirma</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>DÍMERO, caso dê negativo, exclui-se a possibilidade de TVP e caso dê positivo, indica-se a realização de ultrassonografia com</p><p>doppler.</p><p>Pacientes com ALTA PROBABILIDADE devem ser submetidos DIRETAMENTE À USG COM DOPPLER. O D-dímero não está indicado.</p><p>Além disso, quando é alta probabilidade, o médico está autorizado para TRATAR A TVP SEM FAZER O ULTRASSOM.</p><p>EXAMES LABORATORIAIS (D-DÍMERO)</p><p>O D-dímero é um PRODUTO DE DREGRADAÇÃO DA FIBRINA, que se encontra elevado em quase todos os pacientes com TVP, ou</p><p>seja, é ALTAMENTE SENSÍVEL.</p><p>x No entanto, é MUITO POUCO ESPECÍFICO, pois diversas outras condições aumentam o seu valor:</p><p>trauma ou cirurgia recente, sepse, neoplasias, insuficiência renal, gravidez, entre outras.</p><p>Um RESULTADO NEGATIVO ( 500ng/mL) não confirma TVP e deve ser COMPLEMENTADO com</p><p>outros exames, como a ultrassonografia.</p><p>EXAMES DE IMAGEM</p><p>O método de escolha para o diagnóstico de TPV é a ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER COLORIDO (Duplex Scan).</p><p>x Não é invasivo e é barato em relação aos outros métodos diagnóstico.</p><p>O diagnóstico é feito através dos seguintes sinais:</p><p>SUSPEITA DE TVP</p><p>BAIXA ALTA OU MODERADA</p><p>D-DÍMERO USG COM DOPPLER</p><p>NEGATIVO POSITIVO</p><p>DESCARTA TVP</p><p>↳ ANTICOAGULAR</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>x AVAIAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO</p><p>x AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DAS</p><p>VEIAS</p><p>o Veias normais são facilmente compressíveis,</p><p>no entanto, na presença de trombo, há</p><p>RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO.</p><p>Além desses sinais, o ultrassom permite visualizar:</p><p>x TROMBO INTRALUMINAL</p><p>x FLUXO PERITROMBO</p><p>x ASPECTO DO TROMBO (RECENTE OU ANTIGO)</p><p>Se o TROMBO FOR RECENTE ( 14</p><p>dias), tem um aspecto mais ISOECOGÊNICO, esbranquiçado e de subcutâneo.</p><p>x O trombo SUBAGUDO OU CRÔNICO cursa com MENOR RISCO DE TEP, o que mais tem risco de evoluir com embolia</p><p>pulmonar é o AGUDO.</p><p>OUTROS MÉTODOS DE IMAGEM</p><p>x PLETISMOGRAFIA A AR</p><p>Ö Observa-se a lentidão do esvaziamento</p><p>venoso após liberação do manguito proximal.</p><p>x TOMOGRAFIA COM CONTRASTE</p><p>Ö Possibilita pesquisa de doenças de base.</p><p>o Pode ser usado também em pacientes que a ULTRASSOM NÃO VISUALIZA MUITO BEM, como um</p><p>paciente obeso com suspeita de TVP de veia ilíaca ou veia porta.</p><p>Ö Tem custo elevado e usa contraste.</p><p>x RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>Ö Tem custo elevado e é indisponível.</p><p>x FLEBOGRAFIA</p><p>Ö É considerada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular e por diversas</p><p>literaturas como o PADRÃO-OURO para o diagnóstico de TPV. No entanto, é</p><p>um exame invasivo, que usa contraste e pode causar FLEBITE e NÃO avalia</p><p>a VEIA FEMORAL PROFUNDA.</p><p>Ö É reservada para casos em USG E OUTROS EXAMES SÃO INCONCLUSIVOS.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>Artéria com fluxo e Veia sem fluxo</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>AGUDA</p><p>Pode ser: TEP; Phlegmasia cerulea dolens e Phlegmasia cerulea alba.</p><p>PHLEGMASIA CERULEA DOLENS</p><p>É rara e se caracteriza por uma TROMBOSE VENOSA MASSIVA ASSOCIADA À OBSTRUÇÃO COMPLETA DA DRENAGEM VENOSA</p><p>PROFUNDA, a hipertensão capilar e o edema secundários a trombose levam ao comprometimento do SUPRIMENTO ARTERIAL DO</p><p>MEMBRO.</p><p>x Decorre de TROMBOSES PROXIMAIS (ilíaco femoral), se estende até os capilares, provocando GANGRENA VENOSA.</p><p>x Com frequência, leva a AMPUTAÇÃO, mesmo o paciente com pé quente e com pulso, pois ele não tem nutrição por</p><p>oclusão da arteríola capilar.</p><p>O quadro é caracterizado por:</p><p>x DOR INTENSA DE CARÁTER PROGRESSIVO</p><p>Ö Se inicia na região femoral e se estende pelo membro.</p><p>x EDEMA DO MEMBRO</p><p>x CIANOSE</p><p>x SÍNDROME COMPARTIMENTAL</p><p>Ö Devido ao comprometimento arterial do membro.</p><p>Ö Se faz FASCIOTOMIAS DESCOMPRESSIVAS.</p><p>PHLEGMASIA CERULEA ALBA</p><p>É rara e decorre de um VASOESPASMO ARTERIAL ASSOCIADO ao quadro de TROMBOSE VENOSA MASSIVA.</p><p>x Esse vasoespasmo arterial é decorrente do processo inflamatório</p><p>gerado pela trombose e leva a um EMPALIDECIMENTO DO</p><p>MEMBRO E AUSÊNCIA DE PULSO, mas após algum tempo, ela</p><p>evolui para CIANOSE, caracterizando a Dolens.</p><p>x Geralmente, não leva a amputação.</p><p>TRATAMENTO</p><p>O objetivo do tratamento é EVITAR EMBOLIZAÇÃO e REDUZIR SINTOMAS E RECORRÊNCIA e baseia-se em:</p><p>x ANTICOAGULAÇÃO</p><p>Ö AGUDA</p><p>o Heparina não fracionada</p><p>o Heparina de baixo peso (Enoxaparina)</p><p>Ö MANUTENÇÃO</p><p>o Warfarina</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>o DOACS</p><p>x MEIA ELÁSTICA</p><p>x TROMBÓLISE</p><p>x FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR</p><p>A ANTICOAGULAÇÃO PLENA É O TRATAMENTO DE PRIMEIRA ESCOLHA PARA PACIENTES COM TVP</p><p>A anticoagulação plena deve ser INICIADA DE FORMA BREVE e mantida, por no mínimo, 3 MESES. Para casos em que os fatores</p><p>de risco persistam após esse tempo, a anticoagulação pode ser estendida por 6 meses, 1 ano ou até para toda a vida, como em</p><p>pacientes ACAMADOS ou portadores de TROMBOFILIAS. A antiagregação plaquetária não está prevista no tratamento.</p><p>HEPARINA NÃO FRACIONADA (HNF)</p><p>Seu uso é habitualmente RESTRITO A PACIENTES INTERNADOS.</p><p>x A monitorização dos efeitos da heparina é feito através da dosagem do TTPA.</p><p>x Seu efeito pode ser revertido com o uso de PROTAMINA.</p><p>A dose inicial é de 80UI/KG EV + 18UI/KG/EV de manutenção.</p><p>x Ela é feita preferencialmente VIA VENOSA, mas se não tiver bomba de infusão, faz subcutânea,</p><p>mesmo não sendo o ideal.</p><p>Ela tem AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA, então também melhora a dor do paciente.</p><p>HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (ENOXAPARINA)</p><p>É um fragmento da heparina não fracionada e tem um efeito dose-resposta mais previsível, em relação a heparina não fracionada,</p><p>por isso, é segura para uso AMBULATORIAL.</p><p>x Tem uma ação preferencial sobre o FATOR XA.</p><p>Ö Por isso, não requer controle do TTPA.</p><p>x A reversão de seus efeitos com PROTAMINA pode não ser completamente efetiva.</p><p>É a medicação de ESCOLHA PARA GESTANTES COM TVP.</p><p>A dose inicial é 1MG/KG SC 12/12H, sendo essa a apresentação de primeira escolha. Caso não</p><p>possa ser feita, pode fazer 1,5MG/KG SC 1X/DIA.</p><p>VARFARINA SÓDICA (MAREVAN)</p><p>É um ANTAGONISTA DA VITAMINA K que atua na inibição dos fatores II, VII, IX e X.</p><p>x No fígado, há um sítio de ligação da ENZIMA EPÓXI-REDUTASE, que é responsável por receber a vitamina K e</p><p>transportá-la para dentro do hepatócito e permitir a produção dos fatores II, VII, IX e X.</p><p>Ö A Warfarina, por ter formado semelhante ao da vitamina K, SE LIGA AO SÍTIO ATIVO E INIBE A EPÓXI-REDUTASE</p><p>POR COMPETIÇÃO, dessa forma, os fatores da coagulação dependentes de vitamina K deixam de ser produtos.</p><p>-></p><p>não trata TVP</p><p>Anticoagulante direto : na hora que toma o 1o p</p><p>DOAC</p><p>já estáanticoagulado</p><p>Marevar (Varfarina) : só está enticoagulado com INR</p><p>I entre 2-3 (an vezes , demoral</p><p>por isso que faz heparina junto /Img/kg, 52 , 12/124)</p><p>I</p><p>pode causar trombocitopenia</p><p>induzida por</p><p>heparina</p><p>Isabella Melo Soares – Med XXX</p><p>x A reversão de seus efeitos pode ser feita com administração de VITAMINA K e PLASMA FRESCO CONGELADO.</p><p>Deve ser feito um CONTROLE RIGOROSO DO INR (2-3) a cada 15 dias no primeiro mês e uma vês por mês nos próximos.</p><p>x Esse controle é importante porque o Marevan sofre INTERCORRÊNCIA DE OUTRAS DROGAS, como AINES e até</p><p>mesmo de alimentos ricos em vitamina K.</p><p>O tempo de tratamento pode ser de 3 MESES, no caso de eventos transitórios, como TRAUMA. De 6</p><p>MESES, para fatores de risco menor ou trombose idiopática e INDEFINIDO quando o fator de risco</p><p>permanecer por tempo indefinido, como TROMBOFILIAS e CÂNCER.</p><p>Nos primeiros dias de uso, o paciente não se encontra completamente anticoagulado, pois a Varfarina</p><p>também um efeito PRÓ-TROMBÓTICO à medida que INIBE AS PROTEÍNAS C E S, que possuem propriedades</p><p>anticoagulantes. Por isso, DEVE SER USADA COM A HEPARINA NOS PRIMEIROS 4-5 DIAS.</p><p>RIVAROXABANA (XARELTO)</p><p>É uma medicação oral que age INIBINDO O FATOR XA.</p><p>x O teste de escolha para avaliar sua ação terapêutica é a dosagem de</p><p>antifator XA.</p><p>x Para reversão dos efeitos dessa medicação, deve ser usado o</p><p>ANDEXANET ou COMPLEXO PROTROMBÍNICO ATIVADO.</p><p>A dose inicial é de 15MG VO 2X/DIA POR 21 DIAS e depois 20MG VO 1X/DIA.</p><p>x Pode ser usado tanto na fase aguda quanto para manutenção.</p><p>Restrições</p><p>Para pacientes com CLEARENCE</p><p>No entanto, esse tratamento não serve para todo mundo, pois os DOACS SÃO</p><p>CONTRAINDICADOS PARA INSUFICIÊNCIA RENAL (ClCr</p>