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<p>Doença Renal Crônica (DRC) e Injúria Renal Aguda (IRA)</p><p>O que causa lesão renal em pequenos animais?</p><p>RENAL:</p><p>Nefrotoxinas: (potencial nefrotoxico)</p><p>- Antibióticos: aminoglicosídeos*, sulfonamidas, carbapenêmicos, quinolonas</p><p>- Quimioterápicos: doxorrubicina, cisplatina, carboplatina</p><p>- Plantas tóxicas/frutas: lírios, uva, carambola →lírio muito tóxico em gatos IRA bem graves,</p><p>em cães o mais comum é por uva.</p><p>- Antifúngicos: anfotericina B</p><p>- Acidentes ofídicos</p><p>Infecciosas: - Pielonefrite - Piometrite - Leptospirose - Leishmaniose - PIF - Doença</p><p>periodontal</p><p>Neoplasia:</p><p>- Linfoma - + em gatos</p><p>- Carcinoma - + em cães</p><p>Parasitária: Dioctophyma renale</p><p>*Quinolona é usado em pielonefrites, pois consegue penetrar o parênquima renal (potencial</p><p>toxico, porem por conseguir penetrar se usa)*</p><p>Pré-renal:</p><p>Redução do fluxo sanguíneo</p><p>Hipovolemia: - Desidratação - Hemorragia - Diuréticos</p><p>Hipotensão: - Anestesia prolongada - ICC - Sepse</p><p>Alterações hemodinâmicas:</p><p>- Antiinflamatórios não esteroidais</p><p>↳ O Aine tira a resposta da aferente fazendo com que a taxa de filtração diminua - aine</p><p>impede fluxo que já estava ruim piora, por ser mediado por prostaglandina</p><p>- iECA → impede vasoconstrição da eferente (por isso não se usa em obstruido)</p><p>Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs):</p><p>● Como funcionam: AINEs inibem a enzima ciclooxigenase (COX), que é</p><p>responsável pela produção de prostaglandinas. As prostaglandinas desempenham</p><p>um papel importante na vasodilatação da arteríola aferente, que leva sangue ao</p><p>glomérulo renal.</p><p>● Efeito nos rins: Em situações de fluxo sanguíneo renal reduzido (por exemplo,</p><p>hipovolemia, desidratação), os rins dependem das prostaglandinas para manter a</p><p>dilatação da arteríola aferente e, assim, preservar a taxa de filtração glomerular</p><p>(TFG).</p><p>● Consequência: O uso de AINEs inibe a produção de prostaglandinas, resultando</p><p>em vasoconstrição da arteríola aferente. Isso diminui ainda mais o fluxo sanguíneo</p><p>para o glomérulo, reduzindo a TFG e piorando a insuficiência renal pré-renal.</p><p>Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (iECA):</p><p>● Como funcionam: Os iECAs inibem a enzima conversora de angiotensina, que é</p><p>responsável por transformar a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II</p><p>tem um efeito vasoconstritor, principalmente na arteríola eferente (a que sai do</p><p>glomérulo).</p><p>● Efeito nos rins: Em situações de fluxo sanguíneo renal baixo, o organismo tenta</p><p>manter a TFG pela vasoconstrição da arteríola eferente (mediada pela angiotensina</p><p>II), o que aumenta a pressão intraglomerular.</p><p>● Consequência: Quando se usa iECAs, ocorre inibição dessa vasoconstrição da</p><p>arteríola eferente. Isso resulta em uma diminuição da pressão intraglomerular, o que</p><p>reduz a TFG. Por isso, o uso de iECAs pode ser problemático em pacientes com</p><p>fluxo sanguíneo renal comprometido, como na insuficiência renal pré-renal ou em</p><p>situações de obstrução urinária, onde a pressão intraglomerular já está</p><p>comprometida.</p><p>Pós-renal: Obstrução de fluxo renal</p><p>Obstrução ureteral:</p><p>- Urolitíase</p><p>- Coágulos sanguíneos solidificados - em gatos especialmente na pelve renal, causando</p><p>obstrução, acaba fazendo sinais de IRA, mas não tem sinal especifico, não ve no US</p><p>- Estenose</p><p>- Neoplasia</p><p>Obstrução uretral</p><p>Nefropatias familiares</p><p>• Diagnóstico final: biopsia</p><p>• Displasia renal - + comum em cães mais jovens - congenito</p><p>↳ formação incorreta do rim, assimetria/alteração de formato, no desenvolvimento, pode</p><p>ser uni ou bilateral, normalmente bilateral.</p><p>Golden Retriever, Shihtzu, Lhasa, Labrador</p><p>• Doença renal policística (PKD) - gatos persas + idosos - congenito/genetico</p><p>diagnostico seria por biopsia porem não é necessario porque se ve no us, e não há</p><p>tratamento para isso e sim para DRC.</p><p>Definição: O débito urinário é a quantidade de urina produzida por um paciente em um</p><p>determinado período de tempo, geralmente expressa em mililitros por quilograma de peso</p><p>corporal por hora (ml/kg/h).</p><p>Valores Normais:</p><p>● O valor de referência para animais é de aproximadamente 1-2 ml/kg/hora. Isso</p><p>significa que, para um animal de 10 kg, espera-se que produza entre 10 a 20 ml de</p><p>urina por hora.</p><p>● Valores abaixo disso podem indicar oligúria (produção reduzida de urina) ou anúria</p><p>(ausência de produção de urina), sugerindo comprometimento da função renal.</p><p>Procedimento para Monitorar o DU:</p><p>● Vazão Inicial da Bexiga: Para garantir uma medição precisa, a bexiga deve estar</p><p>vazia no início do monitoramento. Isso pode ser feito por sondagem ou micção</p><p>espontânea.</p><p>● Sondagem:</p><p>○ Introduz-se uma sonda urinária para coletar a urina diretamente da bexiga.</p><p>○ Anota-se o volume de urina coletado e o tempo decorrido desde a última</p><p>sondagem ou esvaziamento.</p><p>○</p><p>Pesagem de Tapete Higiênico:</p><p>○ Uma alternativa é pesar o tapete higiênico antes e após a micção.</p><p>○ A diferença de peso em gramas equivale ao volume de urina em mililitros,</p><p>pois 1 grama de água = 1 ml de água.</p><p>○ Isso é útil para pacientes que não estão sondados, mas requer supervisão</p><p>constante.</p><p>Avaliação da Função Renal:</p><p>● A quantidade de urina produzida reflete diretamente a filtração renal. Na IRA, a</p><p>produção pode ser comprometida, e o DU é um dos primeiros sinais clínicos a serem</p><p>monitorados.</p><p>Estado de Hidratação:</p><p>● Hidratação Adequada: Animais bem hidratados devem manter um DU normal. Se o</p><p>paciente está bem hidratado e o DU está baixo, pode indicar uma falha renal.</p><p>● Desidratação: Quando o animal está desidratado, o corpo retém mais líquido,</p><p>resultando em um DU reduzido. Assim, o baixo débito urinário pode refletir tanto</p><p>desidratação quanto um problema renal subjacente.</p><p>Ajuste Terapêutico:</p><p>● Se o DU está abaixo do esperado, pode ser necessário ajustar a terapia de fluidos,</p><p>como aumentar a taxa de infusão para melhorar a perfusão renal e a produção de</p><p>urina.</p><p>● Em casos de IRA, também pode ser necessário o uso de diuréticos para estimular a</p><p>diurese.</p><p>Agora que já sabemos o que causa lesão renal... Vamos classificar!</p><p>ESTRUTURA E FUNÇÃO SÃO DIFERENTES</p><p>Lesão Estrutural com Função Preservada:</p><p>● Um rim pode apresentar alterações estruturais significativas, como pequenas</p><p>cicatrizes ou alterações na morfologia dos néfrons, mas ainda manter sua função</p><p>relativamente preservada.</p><p>● Exemplos: Uma leve glomerulonefrite pode não causar impacto imediato na taxa de</p><p>filtração glomerular (TFG).</p><p>Função Alterada sem Lesão Estrutural Visível:</p><p>● Inversamente, a função renal pode estar comprometida sem mudanças estruturais</p><p>aparentes.</p><p>● Exemplos: Em condições pré-renais, como desidratação grave, a função renal pode</p><p>estar diminuída por redução do fluxo sanguíneo, mas o tecido renal ainda está</p><p>estruturalmente intacto.</p><p>Lesão Estrutural com Função Comprometida:</p><p>● Em casos mais avançados, a lesão estrutural é acompanhada de disfunção renal</p><p>significativa.</p><p>● Exemplos: Em uma doença renal crônica avançada com fibrose intersticial extensa e</p><p>perda de néfrons funcionais, a capacidade de filtração glomerular é</p><p>significativamente reduzida.</p><p>Impacto Funcional Desproporcional:</p><p>● Pequenas lesões em áreas críticas (como nos glomérulos) podem ter um impacto</p><p>funcional desproporcionalmente grande, enquanto lesões extensas em áreas menos</p><p>críticas podem ter um impacto funcional mais moderado.</p><p>Processo Crônico X Agudo</p><p>Atrofia renal Bilateral ou unilateral com hipertrofia compensatória</p><p>Fibrose → IRREVERSÍVEL</p><p>Renomegalia - Definição das estruturas mantida Inflamação → PODE SER REVERSÍVEL</p><p>IRA: se encontra a causa</p><p>“Redução abrupta da função renal, geralmente caracterizada por falência dos rins em</p><p>exercer suas funções excretórias, metabólicas e endócrinas”.</p><p>DRC: causa normalmente não identificada</p><p>“É caracterizada pela presença de lesões estruturais ou funcionais em um, ou ambos os</p><p>rins, presentes por pelo menos três meses”.</p><p>Que exame avalia estrutura renal? US</p><p>Que exame avalia função renal? Creatinina, urinalise, ureia e SDMA.</p><p>A estrutura renal irá representar diretamente a função renal? Não</p><p>**Pequenas IRAS ao decorrer da vida podem levar a DRC.**</p><p>Fisiopatologia da Injúria Renal Aguda - se o animal se recuperar da IRA já vira estagio 1 de</p><p>DRC ou óbito</p><p>Demora para melhorar, deve-se tirar o agente agressor causando a IRA e dar suporte ao</p><p>paciente.</p><p>Fisiopatologia da Doença Renal Crônica:</p><p>Causa da DRC raramente é determinada no momento do diagnóstico.</p><p>Processo irreversível e progressivo</p><p>Abordagem diagnostica da IRA: Agente causador pode ser identificado</p><p>Paciente descompensado! Sindrome uremica - tem sinais clinicos</p><p>• Início agudo</p><p>• Exposição a nefrotoxinas ou fatores de risco</p><p>• Vômito e diarreia</p><p>• Anorexia</p><p>• Prostração</p><p>• Desidratação</p><p>• Úlceras na cavidade oral e hálito urêmico - necrose de pontos da lingua</p><p>• Tamanho dos rins normais ou renomegalia</p><p>• Dor à palpação renal - pela renomegalia inflamado dói</p><p>• Hipotensão</p><p>• Hipotermia</p><p>• Oligúria/anuria/poliúria</p><p>Oligúria 2ml/kg/hr = paciente hidratado</p><p>Abordagem diagnóstica da DRC:</p><p>• Evolução crônica</p><p>• Emagrecimento progressivo</p><p>• Perda de massa muscular</p><p>• Pelagem de má qualidade ~ gatos principalmente</p><p>• PU/PD</p><p>• Hiporexia - tendencia a ulceras</p><p>• Vômito e diarreia</p><p>• Mucosas pálidas ~ anemia por ↓eritopoietina = arregenerativa, mas nem toda anemia é por</p><p>isso</p><p>• Alterações na palpação renal - sem dor, vai ter diferença de tamanho</p><p>• Hipertensão (SRAA) = ↓perfusão renal</p><p>• Podem ser assintomáticos? SIM!</p><p>Relação Entre DRC e Produção de Ácido Gástrico</p><p>● Gastrina: É um hormônio produzido principalmente no estômago, responsável por</p><p>estimular a produção de ácido clorídrico (HCl) pelas células parietais.</p><p>● Metabolismo da Gastrina: Normalmente, a gastrina é eliminada pelo rim. Na DRC,</p><p>a função renal está comprometida, o que leva à diminuição da eliminação de</p><p>gastrina.</p><p>● Acúmulo de Gastrina: Como resultado, há um aumento nos níveis de gastrina no</p><p>sangue, conhecido como hipergastrinemia.</p><p>● Efeito no Estômago: O excesso de gastrina estimula as células parietais a produzir</p><p>mais HCl, levando a uma condição chamada de hipercloridria (produção excessiva</p><p>de ácido no estômago).</p><p>Uso do Omeprazol em Cães com DRC</p><p>● Omeprazol: É um inibidor da bomba de prótons (IBP) que diminui a produção de</p><p>ácido gástrico ao inibir a enzima H+/K+ ATPase nas células parietais do estômago.</p><p>● Benefícios: Em cães com DRC, o omeprazol pode ser útil para reduzir a produção</p><p>excessiva de ácido gástrico (causada pela hipergastrinemia) e prevenir problemas</p><p>como úlceras gástricas e refluxo gastroesofágico.</p><p>● Recomendações: O uso do omeprazol em cães com DRC pode ajudar a controlar</p><p>sintomas gastrointestinais, melhorando a qualidade de vida desses animais.</p><p>Uso do Omeprazol em Gatos com DRC</p><p>● Em gatos, o uso de omeprazol na DRC é controverso, principalmente por dois</p><p>motivos:</p><p>Calcificação Distrófica no Estômago</p><p>○ Calcificação Distrófica: Refere-se à deposição anormal de cálcio em</p><p>tecidos que já sofreram dano ou inflamação, mesmo que os níveis de cálcio</p><p>no sangue estejam normais.</p><p>○ DRC em Gatos: Em gatos com DRC, a calcificação distrófica pode ocorrer</p><p>em diferentes órgãos, incluindo o estômago. Isso leva ao depósito de cálcio</p><p>na parede gástrica, prejudicando sua função e integridade.</p><p>○ Consequências: A calcificação na parede do estômago pode causar</p><p>alterações na motilidade gástrica, inflamação e até úlceras.</p><p>Efeito do Omeprazol no Metabolismo de Cálcio</p><p>○ O omeprazol interfere na absorção de cálcio ao diminuir a acidez do</p><p>estômago, o que pode agravar a predisposição para calcificação distrófica</p><p>em gatos com DRC.</p><p>○ Assim, o uso de omeprazol em gatos pode não trazer os mesmos benefícios</p><p>observados em cães e, em alguns casos, pode até agravar as complicações</p><p>associadas à calcificação distrófica.</p><p>● Na doença renal crônica (DRC), o rim perde a capacidade de regular o cálcio e o</p><p>fósforo. Isso leva a um aumento do fósforo no sangue e uma diminuição do cálcio</p><p>disponível. Para compensar, o corpo libera mais hormônio paratireoideano (PTH),</p><p>mobilizando cálcio dos ossos para o sangue.</p><p>● Nos gatos, esse excesso de cálcio pode se depositar em tecidos danificados, como</p><p>a parede do estômago, causando calcificação distrófica. Esse acúmulo de cálcio</p><p>ocorre porque, com a DRC, o corpo não consegue equilibrar adequadamente os</p><p>níveis de cálcio e fósforo, predispondo a depósitos anormais de cálcio em várias</p><p>partes do corpo.</p><p>Não existe um único método de diagnóstico que seja sensível e específico, portanto:</p><p>Imagem - US Abdominal</p><p>• tamanho, forma, contorno, arquitetura, simetria dos rins</p><p>Exame de sangue - Creatinina Ureia</p><p>Exame de urina - EQU</p><p>Abordagem diagnóstica: Urinálise</p><p>↱ concentração da urina</p><p>• DU (Densidade urinária)→ Reflete a habilidade dos túbulos renais em concentrar urina de</p><p>acordo com o requerimento de água pelo organismo;</p><p>--não tem um valor de referência certo, vai conforme a clínica do paciente:</p><p>+desidratado = ↑densidade = se o rim estiver funcionando normalmente, na drc poderia</p><p>estar em isostenuria pode ter a densidade “normal”</p><p>+hidratado = ↓densidade</p><p>Paciente Desidratado:</p><p>● Densidade Urinária Elevada (↑DU):</p><p>○ Quando o animal está desidratado e os rins estão funcionando normalmente,</p><p>os túbulos renais concentram a urina, resultando em uma densidade urinária</p><p>mais alta. Isso ocorre porque o organismo tenta conservar água,</p><p>reabsorvendo mais água de volta para o sangue e eliminando uma urina</p><p>mais concentrada.</p><p>2. Paciente Hidratado:</p><p>● Densidade Urinária Baixa (↓DU):</p><p>○ Em um animal bem hidratado, os rins excretam o excesso de água,</p><p>produzindo uma urina mais diluída, com densidade urinária mais baixa.</p><p>Nesse caso, o corpo não precisa reter tanta água, então a urina será mais</p><p>clara e menos concentrada.</p><p>3. Doença Renal Crônica (DRC):</p><p>● Isostenúria:</p><p>○ Na DRC, a capacidade dos rins de concentrar ou diluir a urina é prejudicada,</p><p>resultando em uma densidade urinária que fica em torno de 1.008 a 1.012,</p><p>conhecida como isostenúria. Isso significa que a densidade da urina é</p><p>semelhante à do plasma sanguíneo, indicando que os rins perderam a</p><p>capacidade de regular adequadamente a concentração da urina. Mesmo que</p><p>o animal esteja desidratado ou bem hidratado, a densidade urinária não varia</p><p>conforme o esperado.</p><p>• Indica-se avaliar a DU de amostras seriadas; - pelo menos 2 urinalises</p><p>• Como deve estar em um animal desidratado com função renal normal? E se tiver DRC? E</p><p>na IRA?</p><p>Hiperstenuria = ↑densidade</p><p>hipostenuria = ↓densidade</p><p>Em um animal desidratado com função renal normal:</p><p>● Densidade urinária esperada: Hiperstenúria (↑ densidade urinária)</p><p>Em um animal com Doença Renal Crônica (DRC):</p><p>● Densidade urinária esperada: Isostenúria (densidade urinária próxima ao</p><p>plasma, entre 1.008 e 1.012) ou hipostenúria (↓ densidade urinária).</p><p>Em um animal com Insuficiência Renal Aguda (IRA):</p><p>● Densidade urinária esperada: Normalmente isostenúria ou hipostenúria (↓</p><p>densidade urinária).</p><p>Abordagem diagnóstica: Hemograma</p><p>IRA: - inflamação!</p><p>• Leucograma de estresse</p><p>• Ht e PPT aumentados - hemoconcentração</p><p>DRC: - fibrose do néfron!!</p><p>• Anemia da doença renal - arregenerativa</p><p>↓eritropoietina</p><p>identificar a causa da anemia = úlceras gastrointestinais podem levar a anemias também</p><p>Abordagem, diagnóstica: SDMA</p><p>- Às vezes creatina alta e SDMA normal não é tão preciso</p><p>• Marcador indireto da TFG;</p><p>• Aumenta aproximadamente 40% de perda da função renal;</p><p>• Não é influenciado por fatores externos como perda de massa muscular → paciente</p><p>caquético.</p><p>SEMPRE DEVE SER AVALIADO COM O VALOR SÉRICO DE CREATININA</p><p>creatinina que mede o estadiamento!</p><p>Desequilíbrios Eletrolíticos:</p><p>O rim deveria mandar embora o potássio mas não consegue pela drc</p><p>Potássio</p><p>• Hipercalemia • Estágios avançados de DRC - rim parando • IRA oligúrica - retendo</p><p>• Hipocalemia • DRC • IRA poliúrica • Fluidoterapia</p><p>A hipocalemia leva a fraqueza muscular não consegue sustentar o peso do pescoço =</p><p>pescoço caido</p><p>Fósforo e cálcio - fosforo devia ser jogado fora</p><p>• DRC → Diminuição da excreção de fósforo pelos rins → Hiperfosfatemia → estimula a</p><p>secreção de PTH e a ressorção óssea;</p><p>O excesso de fosforo leva a desbalanço do calcio = ativação do paratormonio - reabsorção</p><p>ossea - podendo levar a alteração de madibula levando a:</p><p>• Hiperparatireoidismo secundário renal</p><p>• Ideal dosar PTH</p><p>• Avaliação de cálcio e fósforo</p><p>• Calcificação distrófica gástrica em felinos - depositado em tecidos, estomago, pulmão,</p><p>baço, rim.</p><p>- dosar calcio e fosforo devia dosar PTH mas é dificil</p><p>Desequilíbrios ácido-base: - O que determina o PH é o H+</p><p>Acidose metabólica</p><p>• O rim é responsável pela reabsorção de bicarbonato e excreção de H+ ; - controle do ph</p><p>sanguineo pela excreção de H+</p><p>• Qual é a resposta compensatória? pH sanguíneo é regulado principalmente pela</p><p>concentração de íons de hidrogênio (H⁺), e tanto os rins quanto os pulmões desempenham</p><p>papéis cruciais no equilíbrio ácido-base.</p><p>Acidose metabólica</p><p>Na acidose metabólica, ocorre uma queda no pH sanguíneo devido ao acúmulo de ácido ou</p><p>à perda de bicarbonato (HCO₃⁻). O rim, normalmente, responde a isso reabsorvendo</p><p>bicarbonato e excretando H⁺ para corrigir o pH. Quando há uma falha renal ou o distúrbio é</p><p>de origem metabólica, os pulmões entram em ação para compensar, em um mecanismo</p><p>conhecido como compensação respiratória.</p><p>Resposta compensatória: Rim e Pulmão</p><p>● Compensação respiratória: Se o problema é metabólico e os rins não conseguem</p><p>regular o pH adequadamente, o corpo tenta compensar por meio dos pulmões. Isso</p><p>acontece com a hiperventilação ou taquipneia (respiração rápida e profunda),</p><p>onde o corpo tenta expelir dióxido de carbono (CO₂), que é um ácido volátil. Expelir</p><p>mais CO₂ ajuda a reduzir a quantidade de H⁺ no sangue, já que CO₂ se combina com</p><p>H⁺ para formar ácido carbônico (H₂CO₃), que depois se decompõe em água e CO₂,</p><p>que pode ser exalado.</p><p>Fórmula da compensação: H++HCO3−↔H2CO3↔CO2+H2OH^+ + HCO₃⁻ ↔</p><p>H₂CO₃ ↔ CO₂ + H₂OH++HCO3− ↔H2 CO3 ↔CO2 +H2 O</p><p>Ao exalar CO₂, o pH tende a se normalizar.</p><p>Gatos e a compensação respiratória</p><p>Os gatos têm uma resposta respiratória compensatória menos eficiente comparada a outras</p><p>espécies. Isso pode ser explicado por uma combinação de fatores:</p><p>1. Menor sensibilidade ao CO₂: O sistema respiratório dos gatos parece ser menos</p><p>sensível a variações de CO₂ no sangue, o que resulta em uma resposta ventilatória</p><p>menos agressiva em casos de acidose metabólica.</p><p>2. Capacidade ventilatória limitada: Gatos têm uma capacidade ventilatória menor e</p><p>podem não aumentar suficientemente a taxa respiratória ou a profundidade da</p><p>respiração para compensar a acidose.</p><p>3. Diferenças metabólicas: O metabolismo de felinos pode gerar uma maior tendência</p><p>a estados de acidose, especialmente em situações de doença renal crônica, uma</p><p>condição comum em gatos.</p><p>Como resultado, gatos podem ser menos capazes de hiperventilar e reduzir os níveis de</p><p>CO₂ no sangue, limitando a compensação respiratória em resposta à acidose metabólica.</p><p>Isso faz com que eles dependam mais da função renal, o que pode ser problemático em</p><p>casos de doenças renais, exacerbando o desequilíbrio ácido-base.</p><p>Doença Renal Crônica: Estadiamento e tratamento - após diagnóstico</p><p>SDMA pode servir para desempatar creatina</p><p>volumes muito divergentes dosar 3 vezes</p><p>Paciente deve estar hidratado para fazer dosagem da creatinina</p><p>Urinalise para ver se tem sedimento + pressao + RPCU - p ver origem</p><p>Urianálise para verificar sedimento</p><p>● A urianálise é um exame comum que analisa a urina para identificar anormalidades.</p><p>A presença de sedimento urinário indica a existência de partículas visíveis na</p><p>urina, como células, cristais, bactérias ou cilindros.</p><p>● Significado:</p><p>○ Células inflamatórias ou sanguíneas: Podem sugerir inflamação ou</p><p>infecção do trato urinário (como uma cistite ou pielonefrite).</p><p>○ Cristais: Podem indicar risco de formação de cálculos renais (litíase</p><p>urinária).</p><p>○ Cilindros: São formações compostas de proteínas e células que podem</p><p>sinalizar lesão tubular renal.</p><p>○ Bactérias: Podem confirmar a presença de infecção urinária.</p><p>Pressão arterial</p><p>● A pressão arterial elevada pode ser um sinal de disfunção renal ou de problemas</p><p>sistêmicos que afetam os rins. A pressão alta pode tanto causar quanto ser</p><p>consequência de doença renal.</p><p>● Significado:</p><p>○ A hipertensão frequentemente está associada à progressão de doenças</p><p>renais crônicas, pois os rins danificados podem ter dificuldade em regular a</p><p>pressão sanguínea.</p><p>○ A hipertensão renal pode aumentar a pressão nos glomérulos, levando a</p><p>mais dano renal.</p><p>○ Relação proteína-creatinina urinária (RPCU)</p><p>● A RPCU é um exame que mede a quantidade de proteína na urina em comparação</p><p>com a creatinina. A creatinina é uma substância produzida pelos músculos e</p><p>excretada pelos rins, sendo usada como referência para a quantidade de proteína</p><p>eliminada.</p><p>● Significado:</p><p>○ Proteinúria (excesso de proteína na urina) pode indicar lesão glomerular, ou</p><p>seja, um problema nos filtros dos rins, o que é típico de doenças renais.</p><p>○ A RPCU elevada sugere que os rins não estão filtrando corretamente as</p><p>proteínas do sangue, podendo indicar uma doença renal primária ou ser</p><p>consequência de condições sistêmicas, como hipertensão ou diabetes.</p><p>O que essa combinação de exames pode indicar?</p><p>● Urianálise com sedimento anormal + pressão arterial elevada + RPCU elevada:</p><p>Isso pode indicar que o problema tem origem renal. Se houver sedimento anormal</p><p>(como cilindros, células ou cristais), isso sugere uma disfunção renal direta ou um</p><p>processo inflamatório/infeccioso no trato urinário. A pressão alta reforça a ideia de</p><p>envolvimento renal, já que os rins desempenham um papel fundamental na</p><p>regulação da pressão arterial. A RPCU elevada sugere que há perda de função de</p><p>filtração, especificamente nos glomérulos renais.</p><p>PROTEINURIA NA DRC:</p><p>excluir causas de pre e pos renal, de acordo com o sedimento urinario</p><p>• Proteinúria persistente de origem renal é um fator de progressão da DRC e deve ser</p><p>monitorada e tratada. - rim ficando pior</p><p>O estadiamento da Doença Renal Crônica (DRC) é feito com base na creatinina sérica,</p><p>que indica a gravidade da disfunção renal. Quanto maior a creatinina, mais avançada a</p><p>doença.</p><p>O subestadiamento envolve duas análises complementares:</p><p>1. Urinálise e RPCU: A relação proteína/creatinina urinária (RPCU) avalia a presença</p><p>de proteína na urina, o que indica dano renal. Quanto maior o RPCU, mais grave é o</p><p>dano.</p><p>2. Pressão arterial sistêmica: A hipertensão pode agravar a DRC, por isso medir a</p><p>pressão arterial é crucial para avaliar o risco de complicações.</p><p>a relação proteína/creatinina urinária (RPCU), uma alta proteinúria em urina diluída é</p><p>considerada pior porque a urina diluída normalmente teria menos proteínas devido à maior</p><p>quantidade de água. Quando se detecta uma alta quantidade de proteínas em uma urina</p><p>diluída, isso indica uma perda significativa de proteínas pelos rins, sugerindo que o dano</p><p>renal é mais severo.</p><p>Em condições normais, uma urina diluída deveria ter níveis mais baixos de proteína devido</p><p>à filtragem eficiente do rim. Quando essa filtragem é prejudicada (como em casos de lesão</p><p>glomerular), o rim permite que quantidades excessivas de proteína passem para a urina,</p><p>mesmo que esteja diluída. Isso significa que o dano ao rim é tão avançado que o órgão não</p><p>consegue evitar a perda de proteínas, mesmo com a urina menos concentrada.</p><p>Proteinuria renal persistente:</p><p>pre renal - antes do rim - hipertensao (ver se animal é hipertenso)</p><p>pos renal - cistite (itu) equ bact/leucocitos/sedimentos ativos</p><p>renal - sedimento inativo - morte dos nefros - barreira de filtraçao ruim = proteinas saindo</p><p>se diferencia renal da pre renal vendo se o animal é hipertenso, se tiver = tratar e dosar</p><p>novamente pra ver se também é renal.</p><p>Rins, cerebro, olhos, coração podem ter lesão pela hipertensão.</p><p>Doença Renal Crônica: reavaliar estadiamento a cada 6 meses</p><p>Tratamento</p><p>• Evitar drogas nefrotóxicas;</p><p>• Ajuste de doses de medicações → estágios III e IV</p><p>• Tratar condições complicantes: pielonefrite, urolitíase.</p><p>1- Desidratação - Aumentar a ingestão hídrica;</p><p>- Fluidoterapia SC (manutenção) ou IV (desidratados) → Ringer lactato</p><p>2- Dieta → estágios II, III e IV</p><p>- Diminuir a progressão da doença e risco de crises urêmicas;</p><p>- Antioxidantes; - omegas</p><p>- Controle da acidose;</p><p>- Restrição de fósforo e proteína; - Controverso em felinos</p><p>- Suplementação de potássio</p><p>e vit D. - 2 bioativações 1 no rim e outra no figado por isso</p><p>diminui</p><p>3- Controle do vômito, náusea e inapetência - III e IV normalmente</p><p>- Protetores gástricos e antiácidos: omeprazol, ranitidina(não é mais indicado), sucralfato -</p><p>ulceração gastrointestinal</p><p>- Antieméticos: maropitant, ondansetrona;</p><p>- Estimulantes de apetite: mirtazapina 1,88 mg/animal q 48 hrs (gatos), ciproeptadina; -</p><p>Sonda esofágica. - pode usar para manter animal hidratado</p><p>4- Controle da hipertensão</p><p>- iECA (cães)</p><p>- Anlodipino (gatos) - bloqueador de canais de calcio</p><p>- Telmisartan (associar) - bloqueador de angiotensina 2</p><p>5- Controle da proteinuria (renal) *paciente normohidratado</p><p>- iECA: benazepril (excreção hepatobiliar)- Telmisartan (associar)</p><p>Vasoconstrição da arteríola eferente: Normalmente, a angiotensina II promove a</p><p>constrição da arteríola eferente, o que aumenta a pressão no glomérulo e ajuda a manter a</p><p>filtração glomerular, mesmo com redução no fluxo sanguíneo renal. Isso pode ser útil em</p><p>situações de baixa perfusão renal.</p><p>Ação do benazepril: Ao bloquear a angiotensina II, o benazepril reduz a vasoconstrição</p><p>da arteríola eferente, diminuindo a pressão glomerular. Como consequência, isso pode</p><p>reduzir a taxa de filtração glomerular (TFG), fazendo com que menos creatinina seja</p><p>eliminada do sangue.</p><p>Aumento da creatinina: No início do tratamento com benazepril, pode ocorrer um</p><p>aumento temporário da creatinina sérica. Isso acontece porque, com a menor pressão</p><p>intraglomerular (devido à vasodilatação da arteríola eferente), há uma queda na filtração da</p><p>creatinina. Esse aumento, se for leve, costuma ser esperado e não significa que a função</p><p>renal piorou; ao contrário, pode indicar que o rim está sendo protegido de danos futuros</p><p>pela redução da pressão glomerular.</p><p>**a combinação de anlodipino (para controlar a pressão arterial sistêmica) e benazepril ou</p><p>outro iECA (para reduzir a proteinúria e proteger os rins) é indicada para tratar gatos com</p><p>hipertensão e proteinúria na DRC. Essa abordagem integrada melhora o controle da</p><p>doença e ajuda a reduzir a progressão do dano renal.</p><p>6- Controle da anemia - Avaliar a causa</p><p>- EPO (Eritropoietina recombinante humana) + suplementação de ferro → avaliar</p><p>necessidade - epo não é formulada para animais corpo do animal pode rejeitar AC contra</p><p>ela.</p><p>- Transfusão de sangue</p><p>*Ht + sinais clinicos</p><p>7- Controle da hiperfosfatemia</p><p>- Dieta</p><p>- Hidróxido de alumínio: 30-60mg/kg/dia (junto com alimento) - se fraciona no numero de</p><p>alimentação diaria, é um quelante que neutraliza o fosforo.</p><p>Doença Renal Crônica: Prognóstico • Depende do estágio; • Depende dos fatores de</p><p>progressão: hipertensão, proteinúria, hiperfosfatemia; • Sobrevida de meses a anos.</p><p>Injúria Renal Aguda: - pode evoluir para baixo ou p cima</p><p>5 estágios</p><p>Deve Se tirar causa base</p><p>Tratamento 1) Causa de base Exs: leptospirose, pielonefrite, toxinas, piometrite</p><p>2) Suporte • Fluidoterapia: rehidratação + manutenção + perdas</p><p>*Monitorar pH e eletrólitos</p><p>*Cuidado com excesso de fluido → hipertensão, edema</p><p>*Monitorar o débito urinário, hidratação, peso, PAS, ausculta pulmonar.</p><p>IRA poliúrica → hipovolemia; hipocalemia</p><p>IRA oligúrica/anúrica → hipervolemia; hipercalemia</p><p>• Correção da oligúria/anúria</p><p>Furosemida: 2 mg/kg IV 0,66 mg/kg IV seguido de IC 0,66 mg/kg/hr</p><p>Manitol: 0,5-1g/kg 15-20min</p><p>“Pode aumentar o débito urinário, mas não aumenta a TFG e nem melhora o desfecho”</p><p>• Correção da oligúria/anúria Terapia de reposição renal: Diálise peritoneal Hemodiálise</p><p>IRA > intoxicações > DRC descompensada</p><p>• Tratamento de outras complicações: Vômito/náusea: ranitidina, omeprazol, maropitant,</p><p>metoclopramida, ondansetrona</p><p>Manejo nutricional</p><p>Prognóstico • Pior nos estágios mais avançados (III-V);</p><p>• Depende da causa de base;</p><p>• Mortalidade em torno de 50%;</p><p>• Presença de comorbidades (exs: pancreatitie, sepse) piora o prognóstico.</p><p>Tratar a causa subjacente</p><p>Identificar e tratar a causa que levou à IRA é essencial. Algumas causas possíveis incluem:</p><p>● Leptospirose: Infecção bacteriana que pode causar danos aos rins, tratada com</p><p>antibióticos.</p><p>● Pielonefrite: Infecção bacteriana dos rins, tratada com antibióticos apropriados.</p><p>● Toxinas: Ingestão de substâncias tóxicas, como medicamentos ou produtos</p><p>químicos, que afetam os rins. A remoção do agente tóxico e suporte renal são</p><p>cruciais.</p><p>● Piometrite: Infecção uterina grave que pode causar septicemia e insuficiência renal,</p><p>tratada cirurgicamente (ovario-histerectomia) e com suporte antibiótico.</p><p>2. Suporte clínico</p><p>O suporte envolve a estabilização do paciente, mantendo a função renal, o equilíbrio hídrico</p><p>e o estado hemodinâmico.</p><p>Fluidoterapia</p><p>● Objetivos: Reidratar o paciente, manter o volume circulante e compensar as perdas</p><p>hídricas.</p><p>● Cuidado: Monitorar cuidadosamente o estado de hidratação, eletrolíticos (como</p><p>sódio e potássio), e o pH sanguíneo.</p><p>○ Excesso de fluido pode causar complicações, como hipertensão e edema,</p><p>incluindo edema pulmonar.</p><p>○ Monitoramento contínuo: Débito urinário, hidratação, peso corporal,</p><p>pressão arterial sistêmica (PAS), e ausculta pulmonar são fundamentais para</p><p>evitar sobrecarga hídrica.</p><p>Complicações da IRA:</p><p>● IRA poliúrica: O paciente produz muita urina, o que pode causar hipovolemia</p><p>(baixo volume de sangue) e hipocalemia (baixa concentração de potássio).</p><p>● IRA oligúrica/anúrica: O paciente produz pouca ou nenhuma urina, levando a</p><p>hipervolemia (excesso de fluido no corpo) e hipercalemia (altos níveis de</p><p>potássio), ambos potencialmente fatais.</p><p>3. Correção da oligúria/anúria (redução ou ausência de urina)</p><p>Uso de diuréticos:</p><p>● Furosemida: Diurético de alça utilizado para tentar aumentar o débito urinário.</p><p>Dose: 2 mg/kg IV, seguido de infusão contínua de 0,66 mg/kg/h.</p><p>● Manitol: Agente osmótico utilizado para aumentar o débito urinário em doses de</p><p>0,5-1 g/kg IV. Ele ajuda a mobilizar fluido, mas não aumenta a taxa de filtração</p><p>glomerular (TFG) nem melhora o desfecho final da insuficiência renal.</p><p>4. Terapia de reposição renal:</p><p>Quando os métodos conservadores falham, pode ser necessária uma terapia de reposição</p><p>renal:</p><p>● Diálise peritoneal: Utilizada para remover toxinas e excesso de fluido quando o rim</p><p>falha.</p><p>● Hemodiálise: Técnica mais avançada para filtrar o sangue de toxinas e excesso de</p><p>fluido, indicada em casos de IRA grave, intoxicações ou DRC descompensada.</p><p>5. Tratamento de outras complicações:</p><p>● Vômitos e náuseas: Sintomas comuns na IRA, gerenciados com medicamentos</p><p>como:</p><p>○ Ranitidina ou omeprazol: Para reduzir a produção de ácido gástrico.</p><p>○ Maropitant, metoclopramida ou ondansetrona: Anti-eméticos para</p><p>controlar náuseas e vômitos.</p><p>6. Manejo nutricional:</p><p>O suporte nutricional adequado é importante para manter o estado metabólico e prevenir a</p><p>desnutrição, comum em pacientes renais.</p><p>7. Prognóstico:</p><p>● Pior em estágios mais avançados (III-V da DRC) ou se a IRA for severa.</p><p>● O prognóstico depende da causa da insuficiência renal. Por exemplo, se a causa for</p><p>tratável (como uma infecção ou piometrite), o desfecho pode ser melhor.</p><p>● A taxa de mortalidade em pacientes com IRA gira em torno de 50%.</p><p>● A presença de comorbidades como pancreatite ou sepse piora o prognóstico,</p><p>pois essas condições aumentam o risco de complicações sistêmicas e insuficiência</p><p>multiorgânica.</p>

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