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<p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Estudo dos</p><p>Componentes Celulares</p><p>Continuação de Histologia</p><p>1. Introdução</p><p>A célula é a unidade básica estrutural e</p><p>funcional de todos os seres vivos. Todas as</p><p>células se originam de células pré-</p><p>existentes.</p><p>Durante os estudos acerca das células, os</p><p>cientistas constataram a existência de dois</p><p>tipos celulares diferentes:</p><p>As principais estruturas da célula</p><p>eucarionte são: membrana plasmática (ou</p><p>plasmalema), núcleo, citoplasma (também</p><p>chamado de matriz citoplasmática ou citosol)</p><p>e organelas (que estão inseridas no</p><p>citoplasma).</p><p>Em preparados histológicos, só é possível</p><p>identificar o núcleo e o nucléolo. A</p><p>membrana plasmática não pode ser</p><p>observada através das colorações</p><p>tradicionais.</p><p>2. Células Eucariontes - Organelas</p><p>Diversas organelas preenchem o</p><p>citoplasma:</p><p>Membrana Plasmática</p><p>É um tipo de biomembrana, ou seja, é um</p><p>envoltório que estabelece limites estruturais</p><p>e funcionais.</p><p>Existem dois tipos de biomembrana: a</p><p>plasmática e a citomembrana. A membrana</p><p>plasmática corresponde a um limite externo</p><p>da célula, enquanto as citomembranas são</p><p>limites internos presentes em organelas.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Funções da Membrana Plasmática:</p><p>1. Manutenção da constância do meio</p><p>intracelular:</p><p>-Manutenção do pH 7.2 e da</p><p>composição iônica;</p><p>-Funciona como barreira biológica:</p><p>permeabilidade seletiva separa o</p><p>meio intra e extracelular. Entram</p><p>apenas os nutrientes e saem os</p><p>metabólitos.</p><p>2. Estabilidade:</p><p>Evita que os componentes da célula</p><p>se choquem.</p><p>3. Comunicação Celular</p><p>Algumas estruturas específicas da</p><p>membrana plasmática permitem a</p><p>comunicação com as células vizinhas</p><p>e com células distantes.</p><p>Observação: independente do local</p><p>do corpo em que estão, a composição</p><p>das células é sempre a mesma.</p><p>Composição da Membrana Plasmática:</p><p>1. Lipídios – 35%</p><p>2. Proteínas – 60%</p><p>3. Carboidratos – 5%</p><p>A membrana plasmática é constituída por</p><p>uma estrutura trilaminar, onde estão</p><p>agrupados os seus componentes.</p><p>Não existe uma simetria entre a face</p><p>interna e externa da membrana.</p><p> Proteínas Periféricas: estão</p><p>fracamente ligadas às membranas.</p><p>Geralmente estão associadas ao</p><p>interior hidrofóbico e/ou aos lipídios;</p><p> Proteínas Integrais: inseridas na</p><p>bicamada lipídica. Atravessam da</p><p>porção externa até a interna da</p><p>membrana. Podem ser de passagem</p><p>única (quando atravessam a</p><p>membrana uma única vez, com um</p><p>“tubo” só) ou múltipla (quando</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>atravessam a membrana mais de uma</p><p>vez, com vários “tubos”).</p><p>Funções das Proteínas:</p><p> Estrutura;</p><p> Transporte;</p><p> Adesão;</p><p> Enzimas;</p><p> Receptores;</p><p> Sinalização.</p><p>Modelo do Mosaico Fluido:</p><p>Proposto por Singer e Nicholson em 1972.</p><p>De acordo com esse modelo, a membrana</p><p>plasmática se comporta de forma dinâmica:</p><p>as proteínas se movimentam entre os</p><p>lipídios, o que confere uma fluidez à</p><p>membrana.</p><p>Glicocálice:</p><p>Composto por cadeias glicídicas</p><p>(glicoproteínas e glicolipídios) e</p><p>proteoglicanos. Sua função é promover a</p><p>adesão entre as células, o reconhecimento</p><p>celular e participa da sinalização</p><p>(receptores).</p><p>Para realizar a integração de uma célula</p><p>com outra, as membranas plasmáticas</p><p>desenvolveram especializações que</p><p>permitem isso.</p><p>Junções Intercelulares:</p><p>São regiões especializadas da</p><p>membrana. Existem diversos tipos de</p><p>junções, cada um com uma função</p><p>específica:</p><p> Junções de Adesão: promovem a</p><p>vedação, separam um ambiente do outro:</p><p> Junções de Oclusão</p><p>Formam uma faixa/cinturão circular</p><p>contínuo ao redor das células. Ocorre</p><p>uma fusão das membranas por meio</p><p>de filamentos proteicos. As junções</p><p>formam barreiras de permeabilidade</p><p>seletiva e determinam a polaridade</p><p>das células.</p><p> Junções de Coesão:</p><p> Junções de Ancoragem</p><p> Zônulas de Adesão</p><p>Formam uma faixa circular</p><p>contínua ao redor das células.</p><p>Mantém as células unidas umas às</p><p>outras, com espaços, por meio da</p><p>relação com o citoesqueleto</p><p>(actina) e mediado por proteínas.</p><p>Ocorrem nos domínios laterais de</p><p>células adjacentes.</p><p>Função:</p><p>-Resistência ao stress mecânico;</p><p>-Previne ruptura lateral.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Desmossomos</p><p>São placas que mantém as</p><p>células unidas fortemente.</p><p>Frequentes em células</p><p>submetidas a tração (epiderme,</p><p>esôfago e músculo cardíaco).</p><p>Formados por filamentos de</p><p>queratina do citoesqueleto.</p><p>A união é realizada por meio de</p><p>proteínas, as quais podem ser</p><p>divididas em proteínas de adesão</p><p>célula-célula e proteínas</p><p>acessórias.</p><p> Hemidesmossomos</p><p>Promovem a adesão entre a</p><p>célula e a lâmina basal. Fazem</p><p>isso por meio de proteínas</p><p>integrinas:</p><p>-Placa citoplasmática:</p><p>tonofilamentos;</p><p>-Placa de membrana: filamentos</p><p>de ancoragem.</p><p> Comunicação: promovem a</p><p>comunicação / sinalização:</p><p> Junções Comunicantes: junções</p><p>do tipo “GAP”</p><p>-Locais especializados = Grandes</p><p>canais intercelulares</p><p>-O par de meios-canais é chamado de</p><p>conexons;</p><p>-As conexinas são formadas por seis</p><p>subunidades proteicas simétricas;</p><p>-O poro aquoso central é por onde</p><p>passam íons, hormônios e moléculas</p><p>sinalizadoras (depende do tecido e da</p><p>função da célula);</p><p>-Os canais estão alinhados entre as</p><p>células, formando um canal único.</p><p>Eles podem abrir e fechar,</p><p>dependendo do estímulo que</p><p>recebem.</p><p>Resumo das junções intercelulares e suas funções</p><p>Outras Especializações da Membrana:</p><p>Além das já mencionadas, a célula possui</p><p>como especializações os microvilos, os</p><p>cílios, os flagelos e os estereocílios.</p><p> Microvilos (Microvilosidades):</p><p> São projeções digitiformes do</p><p>citoplasma. A quantidade dessas</p><p>projeções varia muito e podem ser</p><p>curtas ou longas. São formados por</p><p>proteínas de actina e conectados ao</p><p>citoesqueleto;</p><p> Estão presentes em células epiteliais</p><p>(relacionados a uma grande</p><p>absorção). Exemplo: intestino</p><p>delgado (absorção de nutrientes) e</p><p>tubo proximal dos rins (reabsorção de</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>substâncias que devem voltar para o</p><p>sangue);</p><p> Estão localizados na superfície apical</p><p>e aumentam a área de contato da</p><p>membrana da célula com o meio</p><p>externo.</p><p> Cílios:</p><p> São prolongamentos móveis e</p><p>numerosos. Formados por:</p><p> 2 microtúbulos centrais + 9 pares</p><p>de microtúbulos periféricos</p><p> Estão inseridos nos corpúsculos</p><p>basais (ápice das células);</p><p> Estão presentes em células epiteliais</p><p>(movimento rápido de vai e vem);</p><p> Exemplo: traqueia e tuba uterina.</p><p> São responsáveis pela defesa e</p><p>transporte.</p><p> Flagelos:</p><p> São estruturas semelhantes aos</p><p>cílios. São mais longos e limitados a</p><p>um por célula;</p><p> Fazem um movimento helicoidal;</p><p> São formados por:</p><p> 2 microtúbulos centrais + 9 pares</p><p>de microtúbulos periféricos</p><p> Estão inseridos nos corpúsculos</p><p>basais (ápice das células);</p><p> Estão presentes na cauda dos</p><p>espermatozoides.</p><p> Estereocílios:</p><p> São parecidos com as</p><p>microvilosidades, com a diferença de</p><p>serem mais longos e ramificados.</p><p>Além disso, são imóveis (por isso</p><p>estereocílios).</p><p> Formados por:</p><p> Eixo de microfilamentos de actina</p><p>(mais discretos)</p><p> Estão conectados ao citoesqueleto e</p><p>presentes na região do epidídimo e</p><p>nas células pilosas do ouvido interno;</p><p> Aumenta a área de superfície.</p><p>Citoplasma</p><p>É um fluido homogêneo e viscoso</p><p>presente no interior da célula e composto por</p><p>citosol, citoesqueleto e pelas organelas.</p><p> Citosol: material de consistência</p><p>2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Vale ressaltar que várias substâncias</p><p>podem ser liberadas na fenda sináptica.</p><p>Existem várias substâncias que podem</p><p>controlar a atividade neuronal. Algumas</p><p>controlam a atividade propriamente dita</p><p>(neurotransmissores), enquanto outras</p><p>modulam (neuromoduladores).</p><p>Os efeitos serão diferentes dependendo</p><p>do neurotransmissor e do local do sistema</p><p>que está sendo estimulado ou recebendo a</p><p>informação. Dessa forma, as sinapses</p><p>podem ser:</p><p>o Excitatórias: interagem com canais</p><p>de Na+:</p><p>o Despolarização da membrana</p><p>pós-sináptica;</p><p>o Potencial excitatório pós-</p><p>sináptico.</p><p>o Inibitórias: interagem com canais de</p><p>Cl-:</p><p>o Hiperpolarização da</p><p>membrana pós-sináptica;</p><p>o Potencial inibitório pós-</p><p>sináptico.</p><p>Em alguns locais a célula recebe sinais</p><p>excitatórios e em outros recebe sinais</p><p>inibitórios. A somatória dos sinais (aquilo que</p><p>for mais intenso) decidirá qual resposta será</p><p>dada. (somatória decide o potencial de</p><p>membrana que decide o potencial de ação).</p><p>Por fim, há uma última forma de classificar</p><p>as sinapses:</p><p>o Axossomática: entre um axônio e um</p><p>corpo celular;</p><p>o Axodendrítica: entre um axônio e um</p><p>dendrito;</p><p>o Axoaxônica: entre dois axônios;</p><p>o Dendodentrítica: entre dois</p><p>dendritos.</p><p>Células da Glia</p><p>São as células mais numerosas do</p><p>sistema nervoso (a proporção é de cerca de</p><p>10 células da glia para cada neurônio). O</p><p>termo glia significa “cola”, o que denota uma</p><p>das principais funções desse tipo de célula:</p><p>o suporte.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>A quantidade de MEC entre as células</p><p>neuronais e as da glia é mínima. Logo, um</p><p>dos papeis da neuróglia é gerar um</p><p>microambiente ao redor dos neurônios.</p><p>Principais Funções:</p><p>o Sustentação;</p><p>o Síntese de mielina;</p><p>o Nutrição (transporte subst. capilar-</p><p>neurônio);</p><p>o Proteção;</p><p>o Revestimento;</p><p>o Produção e reabsorção do LCR;</p><p>o Cicatricial;</p><p>o Equilíbrio eletrolítico.</p><p>As células gliais recebem nomes</p><p>diferentes de acordo com a localização:</p><p>o SNC: oligodendróglia, astrócitos,</p><p>células ependimárias e micróglia</p><p>(pequenas células gliais);</p><p>o SNP: células-satélites ao redor dos</p><p>neurônios nos gânglios espinais e</p><p>autônomos e as células do neurolema</p><p>(ou de Schwann).</p><p> Astrócitos:</p><p>o Células mais numerosas do</p><p>encéfalo;</p><p>o Células em forma de estrela;</p><p>o Possuem múltiplos</p><p>prolongamentos;</p><p>o Núcleo grande e ovoide, rico em</p><p>eucromatina e com um nucléolo</p><p>central;</p><p>o Possuem no citoplasma uma</p><p>proteína ácida fibrilar glial;</p><p>o Comunicam-se entre si (junções</p><p>GAP);</p><p>Astrócito</p><p>fibroso</p><p>Astrócito</p><p>protoplasmático</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Astrócito protoplasmático:</p><p> Prolongamentos mais</p><p>espessos e curtos;</p><p> Ramificam-se</p><p>profusamente;</p><p> Substância cinzenta.</p><p>o Astrócito fibroso:</p><p> Prolongamentos mais finos</p><p>e longos;</p><p> Ramificam-se pouco;</p><p> Substância branca.</p><p>o Funções:</p><p> Sustentação;</p><p> Isolamento;</p><p> Regulação do conteúdo</p><p>químico no espaço</p><p>extracelular (íons);</p><p> Remoção de</p><p>neurotransmissores da</p><p>fenda sináptica;</p><p> Formam pés vasculares</p><p>(ligação dos neurônios aos</p><p>capilares e à pia-máter);</p><p> Principal sítio de</p><p>armazenamento de</p><p>glicogênio;</p><p> Regulação de várias</p><p>atividades neuronais</p><p>(noradrenalina, GABA,</p><p>hormônio natriurético etc.);</p><p> Gliose (reação tecidual</p><p>muito semelhante à fibrose,</p><p>em que os astrócitos</p><p>sofrem hiperplasia e</p><p>hipertrofia para preencher</p><p>os espaços lesados).</p><p> Oligodendrócitos:</p><p>o Menores e com poucos</p><p>prolongamentos;</p><p>o Substância cinzenta: próximos</p><p>aos corpos celulares neuronais;</p><p>o Substância branca: envolve os</p><p>axônios;</p><p>o Satélites ou perineuronais: ficam</p><p>próximo dos dendritos e do corpo;</p><p>o Fasciculares: ficam próximos do</p><p>axônio e são responsáveis pela</p><p>formação da bainha de mielina (1</p><p>oligodendrócito fascicular é capaz</p><p>de dar origem à bainha de mielina</p><p>em múltiplos axônios).</p><p> Células de Schwann:</p><p>o Células alongadas;</p><p>o Responsáveis pela formação da</p><p>bainha de mielina no SNP</p><p>(diferentemente do SNC, cada</p><p>célula de Schwann forma um</p><p>pedaço da bainha de mielina de um</p><p>único axônio, relação 1:1).</p><p> Microgliócitos:</p><p>o Células pequenas e ligeiramente</p><p>arredondadas;</p><p>o Prolongamentos curtos e</p><p>irregulares;</p><p>o Núcleos escuros e alongados;</p><p>o Presentes na subs. branca e na</p><p>cinzenta;</p><p>o Predomínio de lisossomos;</p><p>o Pertencem ao sistema</p><p>mononuclear fagocitário;</p><p>o Funções:</p><p> Atuam como macrófagos</p><p>especializados;</p><p> Destroem células mortas,</p><p>detritos e microrganismos</p><p>invasores;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Apresentação de</p><p>antígenos;</p><p> Secreção de citocinas</p><p>reguladoras de respostas</p><p>imunes;</p><p> Remoção de restos</p><p>neuronais.</p><p> Células ependimárias:</p><p>o Células cúbicas ou colunares;</p><p>o Revestem:</p><p> Ventrículos cerebrais;</p><p> Canal central da medula</p><p>espinal.</p><p>o Podem ser ciliadas (movimento do</p><p>LCR) e possuírem microvilos</p><p> Células satélites</p><p>o Pequenas, achatadas;</p><p>o Núcleo heterocromático;</p><p>o Fazem parte do sistema nervoso</p><p>periférico. Ficam ao redor dos</p><p>corpos celulares dos gânglios</p><p>nervosos;</p><p>o Função: manter um microambiente</p><p>controlado ao redor do neurônio,</p><p>realizar o isolamento elétrico e</p><p>ajudar nas trocas metabólicas.</p><p>Distribuição das Células pelo Corpo</p><p>SNC:</p><p> Substância cinzenta:</p><p>o Corpos celulares, dendritos,</p><p>porções iniciais não mielinizadas</p><p>dos axônios e células da glia;</p><p>o Local onde ocorrem as sinapses</p><p>entre os neurônios.</p><p> Substância branca:</p><p>o Fibras de axônios mielinizados,</p><p>oligodendrócitos e outras células</p><p>da glia.</p><p>Subs. cinzenta e branca, respectivamente</p><p>3. Cérebro</p><p> Substância cinzenta:</p><p>o Presente no córtex cerebral;</p><p>o 6 camadas de Brodman = forma e</p><p>tamanho dos neurônios:</p><p> Molecular;</p><p> Granular Externa;</p><p> Piramidal Externa;</p><p> Granular Interna;</p><p> Piramidal Interna;</p><p> Multiforme.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Neurônios principais (de</p><p>projeção):</p><p> Neurônios piramidais;</p><p> Neurônios fusiformes.</p><p>o Interneurônios:</p><p> Estrelados;</p><p> Células de Cajal;</p><p> Células de Martinotti;</p><p> Núcleos (do tipo caudado,</p><p>amigdaloide etc.)</p><p>aglomerados de neurônios</p><p>na substância branca.</p><p> Substância branca:</p><p>o Fibras de axônios mielinizados,</p><p>oligodendrócitos e outras células</p><p>da glia.</p><p>4. Cerebelo</p><p> Substância cinzenta:</p><p>o Córtex cerebelar (3 camadas):</p><p> Molecular (mais externa);</p><p> Central (células de</p><p>Purkinje, neurônios de</p><p>grandes dimensões);</p><p> Granulosa (neurônios</p><p>muito pequenos e</p><p>compactos).</p><p>5. Medula Espinal</p><p> Substância cinzenta:</p><p>o Localização inversa em relação ao</p><p>cérebro e cerebelo:</p><p> Externamente: subs.</p><p>branca;</p><p> Internamente: subs.</p><p>cinzenta (a subs. cinzenta</p><p>tem forma de “H” ou</p><p>borboleta).</p><p>o Traço horizontal: canal central da</p><p>medula, revestido por células</p><p>ependimárias;</p><p>o Traços verticais:</p><p> Cornos anteriores:</p><p>neurônios motores +</p><p>axônios (raízes ventrais</p><p>dos nervos raquidianos);</p><p> Cornos posteriores:</p><p>recebem as fibras dos</p><p>neurônios da raiz dorsal</p><p>dos nervos espinhais.</p><p>o Neurônios são multipolares e</p><p>volumosos (motores).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Substância branca:</p><p>o Axônios mielinizados e células da</p><p>glia ao redor dos axônios.</p><p>6. Meninges</p><p>As meninges são membranas de tecido</p><p>conjuntivo que têm por função proteger e</p><p>vascularizar</p><p>os neurônios. São elas:</p><p>Dura-Máter</p><p>o Mais externa e espessa;</p><p>o Tecido conjuntivo denso modelado;</p><p>o Adjacente ao periósteo dos ossos da</p><p>caixa craniana;</p><p>o Possui células meningoteliais.</p><p>Obs: na medula a dura-máter é separada</p><p>do periósteo das vértebras. Nessa</p><p>localização, o espaço entre a dura-máter e</p><p>os ossos vertebrais é chamado de espaço</p><p>peridural. Nesse espaço ficam contidas</p><p>veias de paredes muito delgadas e um tecido</p><p>conjuntivo frouxo, associado ao adiposo.</p><p>Ademais, entre a dura-máter e a</p><p>próxima meninge (aracnóide) está presente</p><p>um espaço que é chamado de subdural. Ele</p><p>é um local de clivagem e rupturas, onde pode</p><p>haver o acúmulo de sangue em algumas</p><p>patologias.</p><p>Aracnóide</p><p>o Camada intermediária;</p><p>o Tecido conjuntivo denso sem vasos;</p><p>o Superfícies revestidas (epitélio</p><p>pavimentoso simples);</p><p>o Emite expansões capazes de perfurar</p><p>a dura-máter, as quais fazem</p><p>conexões com seios venosos e</p><p>terminam como dilatações fechadas.</p><p>Função: transferir o líquido</p><p>cefalorraquidiano para o sangue;</p><p>o É dividida em duas porções:</p><p> Membrana em contato com a</p><p>dura-máter;</p><p> Traves que ligam a aracnóide à</p><p>pia-máter.</p><p>o O espaço entre essas traves é</p><p>chamado de espaço subaracnóideo,</p><p>o qual funciona como colchão</p><p>hidráulico (confere proteção contra</p><p>traumatismos), além de diminuir o</p><p>peso do cérebro.</p><p>Pia-Máter</p><p>o Muito vascularizada;</p><p>o Presença de células meningoteliais e</p><p>tecido conjuntivo frouxo;</p><p>o Aderente ao tecido nervoso (com</p><p>prolongamentos de astrócitos</p><p>interpostos);</p><p>o Superfície externa revestida por</p><p>células achatadas;</p><p>o O espaço perivascular é um local</p><p>onde os vasos sanguíneos penetram</p><p>no cérebro. Ele funciona como</p><p>interface dura-máter / aracnóide.</p><p>Também é uma região onde pode</p><p>ocorrer ruptura de vasos e acúmulo de</p><p>sangue.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>7. Barreira Hematoencefálica</p><p>o Barreira estrutural e funcional que</p><p>separa o sangue do tecido nervoso;</p><p>o Dificulta a passagem de diversas</p><p>substâncias (antibióticos, agentes</p><p>químicos e toxinas).</p><p>o A barreira é dividida em algumas</p><p>partes:</p><p> Capilar contínuo</p><p>-Junções oclusivas entre</p><p>células endoteliais;</p><p>-Células não fenestradas,</p><p>poucas vesículas pinocíticas;</p><p>-Transporte mediado por</p><p>receptor.</p><p> Lâmina Basal Desenvolvida</p><p> Limitante Glial Perivascular</p><p>8. Plexos Coróides e LCR</p><p>o Regiões específicas do encéfalo,</p><p>localizados no interior dos ventrículos</p><p>cerebrais;</p><p>o Formam o teto do 3° ventrículo e parte</p><p>das paredes dos ventrículos laterais;</p><p>o Compostos por pregas da pia-máter;</p><p>o Regiões ricas em capilares</p><p>fenestrados e dilatados;</p><p>o Composição histológica: tecido</p><p>conjuntivo frouxo (pia-máter) e</p><p>revestido por epitélio simples cúbico</p><p>ou colunar baixo (células</p><p>especializadas no transporte de íons);</p><p>o Função: secretar LCR;</p><p> Líquido claro, de baixa</p><p>densidade e de produção</p><p>contínua. É absorvido por</p><p>vilosidades aracnoides;</p><p> Funções: metabolismo do SNC</p><p>e proteção contra</p><p>traumatismos.</p><p>o Hidrocefalia: corresponde à</p><p>obstrução dos ventrículos cerebrais e</p><p>do espaço subaracnoideo pelo</p><p>acúmulo de líquido. Pode se dar por</p><p>obstrução do fluxo ou por diminuição</p><p>da absorção do LCR pelas vilosidades</p><p>aracnóideas.</p><p>Pode ocorrer devido à presença de</p><p>tumores ou obstrução do líquido. Se</p><p>ocorrer antes do nascimento ou em</p><p>crianças pequenas pode levar a um</p><p>quadro de aumento progressivo do</p><p>tamanho da cabeça.</p><p>9. SNP</p><p>É formado por nervos e gânglios. Além</p><p>disso, o sistema nervoso periférico possui</p><p>duas subdivisões: sistema nervoso</p><p>somático e sistema nervoso autônomo. O</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>autônomo, por sua vez, é subdividido em</p><p>simpático e parassimpático.</p><p>Fibras Nervosas</p><p>Conjunto formado por axônio + bainha</p><p>envoltória (bainha de mielina).</p><p>No SNC, essas fibras formam feixes ou</p><p>tratos. Já no SNP, formam nervos.</p><p>As fibras podem ser mielínicas ou</p><p>amielínicas.</p><p> Fibras mielínicas:</p><p>o Possuem um revestimento de</p><p>mielina;</p><p>o A mielina é um conjunto de</p><p>prolongamentos de membrana</p><p>plasmática, de constituição</p><p>lipoproteica;</p><p>o A espessura da bainha (quantidade</p><p>de voltas ao redor do axônio) é</p><p>diretamente proporcional ao</p><p>diâmetro do axônio;</p><p>o Estruturas da bainha de mielina:</p><p> Mesaxônio Interno:</p><p>Porção da célula que faz o</p><p>envoltório da mielina e a</p><p>prende ao axônio;</p><p> Mesaxônio Externo:</p><p>Porção da bainha que está</p><p>presa à célula envoltória.</p><p>o Incisuras de Schimdt-</p><p>Lantermann: restos de citoplasma</p><p>das células de Schwann.</p><p>o Nódulo de Ranvier: são espaços</p><p>presentes entre as células de</p><p>Schwann. Apesar de não haver</p><p>mielina recobrindo essa porção, ela</p><p>não é completamente</p><p>desprotegida: no SNC, os nódulos</p><p>de Ranvier são recobertos por</p><p>prolongamentos de astrócitos. No</p><p>SNP, por expansões laterais das</p><p>células de Schwann.</p><p> Fibras amielínicas:</p><p>o Axônios são envolvidas por uma</p><p>única dobra da célula envoltória;</p><p>o Ou seja, uma única célula de</p><p>Schwann envolve o axônio.</p><p>Nervos</p><p>Os nervos são feixes (ou conjuntos) de</p><p>fibras nervosas (podem ser tanto</p><p>mielinizadas quanto amielinizadas)</p><p>envolvidas por tecido conjuntivo. Têm a</p><p>função de estabelecer a comunicação entre</p><p>os centros nervosos, os órgãos da</p><p>sensibilidade e os efetores.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Organização Estrutural:</p><p> Nervos calibrosos:</p><p>o Endoneuro (reveste as fibras</p><p>nervosas individualmente);</p><p>o Perineuro (reveste o feixe de fibras</p><p>nervosas);</p><p>o Epineuro (reveste o nervo).</p><p> Nervos delgados:</p><p>o Revestidos por tecido conjuntivo</p><p>que forma o estroma dos órgãos</p><p>(sem revestimento próprio).</p><p>Organização Funcional:</p><p> Nervos sensoriais (aferentes):</p><p>levam informações do interior do</p><p>corpo e do ambiente para o SNC;</p><p> Nervos motores (eferentes): levam</p><p>impulsos dos centros nervosos para</p><p>órgãos efetores (como músculos);</p><p> Nervos mistos: componentes</p><p>sensoriais + componentes motores.</p><p>Gânglios</p><p>São acúmulos de corpos celulares de</p><p>neurônios, localizados fora do encéfalo e da</p><p>medula espinhal (ou seja, fora do SNC). No</p><p>geral, temos duas organizações principais:</p><p>o Gânglios que formam órgãos</p><p>esféricos, envoltos por cápsulas de</p><p>tecido conjuntivo e associados a</p><p>nervos;</p><p>o Gânglios intramurais, que</p><p>correspondem a pequenos grupos de</p><p>células nervosas presentes no interior</p><p>de órgãos. Por exemplo: os que estão</p><p>presentes no trato gastrointestinal.</p><p>Quanto ao tipo de informação que</p><p>retransmitem, podem ser classificados em:</p><p> Gânglios Sensoriais:</p><p>o Gânglios cranianos: associados</p><p>aos nervos cranianos;</p><p>o Gânglios espinhais: raízes dorsais</p><p>dos nervos espinhais.</p><p> Gânglios do SNA:</p><p>o Formações bulbosas ao longo aos</p><p>nervos;</p><p>o Gânglios intramurais.</p><p>Com relação à composição, eles são</p><p>formados por neurônios (sensitivos e</p><p>motores), células da glia (células satélites e</p><p>células de Schwann) e tecido conjuntivo</p><p>(cápsula e septos).</p><p>Sistema Nervoso Autônomo</p><p>É o sistema que ajusta as atividades do</p><p>organismo, com o objetivo de manter a</p><p>homeostase. Ele não funciona de forma</p><p>independente.</p><p>Componentes:</p><p>o Aglomerados de células nervosas do</p><p>SNC;</p><p>o Fibras que saem por nervos cranianos</p><p>ou espinais (pré-ganglionar);</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Gânglios do SNA;</p><p>o Fibras nervosas que conectam os</p><p>gânglios (pós-ganglionar).</p><p>Gânglios:</p><p> Gânglio Simpático</p><p>o Localizados nas cadeias de</p><p>gânglios de cada lado da coluna</p><p>vertebral;</p><p>o Células ganglionares (largas, com</p><p>núcleo e nucléolo proeminentes);</p><p>o Células satélites (núcleo pequeno e</p><p>periférico);</p><p>o Cápsula de tecido conjuntivo</p><p>denso</p><p>irregular.</p><p> Gânglio Parassimpático</p><p>o Corpos celulares em pequenos</p><p>gânglios no interior dos órgãos que</p><p>inervam.</p><p>Terminações Nervosas Livres:</p><p>Receptores especializados que estão</p><p>localizados em locais específicos, como a</p><p>pele, mesentério, articulações e órgãos</p><p>abdominais.</p><p>Anotações Aula Prática</p><p>No SNC, quem produz a bainha de mielina</p><p>são os oligodendrócitos. No SNP, são as</p><p>células de Schwann.</p><p>*Cada célula de Schwann forma um único</p><p>segmento de bainha de mielina. Já o</p><p>oligodendrócito pode formar a bainha de</p><p>mielina de múltiplos axônios.</p><p>Observações:</p><p> Os dendritos recebem e integram os</p><p>impulsos nervosos;</p><p> O corpo celular apresenta alta</p><p>atividade sintética;</p><p> Os axônios não são autossuficientes</p><p>no quesito organelas;</p><p>I: Axônio</p><p>II: Corpo Celular</p><p>III: Núcleo</p><p>IV: Dendrito</p><p> Obs: A diferenciação entre dendritos</p><p>e axônio é feita pela presença dos</p><p>corpúsculos de Nissl (feixes em azul</p><p>escuro): enquanto os dendritos os</p><p>possuem, os axônios não;</p><p> Astrócitos:</p><p>o Células estreladas cuja função é</p><p>a sustentação, controle das</p><p>trocas de substâncias da</p><p>barreira hematoencefálica para</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o tecido nervoso e regulação da</p><p>composição iônica e molecular</p><p>do ambiente onde estão</p><p>localizados os neurônios;</p><p> Micróglia:</p><p>o São os macrófagos do SNC,</p><p>responsáveis pela remoção de</p><p>restos celulares durante o</p><p>desenvolvimento normal do</p><p>sistema nervoso e pela</p><p>fagocitose de outras substâncias</p><p>estranhas que podem aparecer</p><p>no tecido nervoso;</p><p> Oligodendrócitos:</p><p>o São responsáveis pela</p><p>mielização dos axônios do SNC.</p><p>Seus prolongamentos são</p><p>capazes de envolver os</p><p>prolongamentos dos neurônios</p><p>do SNC, podendo formar a</p><p>bainha de mielina de vários</p><p>neurônios ao mesmo tempo;</p><p> Células de Schwann:</p><p>o São as responsáveis pela</p><p>mielização da fibra nervosa do</p><p>SNP. Essas células podem se</p><p>enrolar em volta de um único</p><p>axônio inúmeros vezes,</p><p>formando a bainha de mielina;</p><p> Células Ependimárias:</p><p>o Células de origem epitelial que</p><p>revestem os ventrículos e o</p><p>canal medular. Sua função é</p><p>garantir a movimentação do</p><p>líquido cefalorraquidiano (obs:</p><p>elas não produzem o líquor). São</p><p>ciliadas.</p><p> Estrutura 1: Corno Dorsal ou</p><p>Posterior (recebe estímulos</p><p>sensoriais de neurônios periféricos);</p><p> Estrutura 2: Corno Ventral ou</p><p>Anterior (contém os corpos celulares</p><p>de neurônios motores que dão origem</p><p>à parte motora dos nervos</p><p>periféricos);</p><p> Estrutura 3: Canal Medular (é</p><p>revestido por células epiteliais</p><p>colunares, também chamadas de</p><p>ependimárias. É onde se encontra o</p><p>líquido cefalorraquidiano);</p><p> Estrutura 4: Massa Branca (é</p><p>constituída basicamente por</p><p>prolongamentos de neurônios e</p><p>algumas células da glia. Tem essa cor</p><p>devido à presença de mielina);</p><p> Estrutura 5: Massa Cinzenta (é</p><p>formada principalmente por corpos</p><p>celulares de neurônios e células da</p><p>glia, podendo ainda ter</p><p>prolongamentos de neurônios. É onde</p><p>ocorrem as sinapses).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> A lâmina histológica acima é de um</p><p>nervo periférico. As estruturas</p><p>indicadas pelos números são:</p><p>o Epineuro (1), que circunda o</p><p>nervo;</p><p>o Perineuro (2), que circunda o</p><p>fascículo nervoso;</p><p>o Endoneuro (3), que circunda a</p><p>fibra nervosa.</p><p> Na clínica neurológica, normalmente</p><p>dividem-se de forma simples as fibras</p><p>nervosas em do tipo C ou do tipo A-</p><p>delta;</p><p> As fibras C são amielínicas e</p><p>costumam ser relacionadas à dor</p><p>visceral, crônica ou “arrastada” e não</p><p>localizada. As fibras A-delta, por sua</p><p>vez, são mielínicas e responsáveis</p><p>pela dor imediata (por exemplo: a dor</p><p>aguda ao se pisar em um prego).</p><p>Ambas fazem parte do sistema</p><p>somatossensitivo.</p><p> Parte patológica:</p><p>o O tumor mais comum no</p><p>encéfalo é o glioma. O</p><p>astrocitoma é um tipo desse</p><p>tumor e ocorre a partir dos</p><p>astrócitos (células da Glia). O</p><p>astrocitoma grau 1 é comum em</p><p>jovens e afeta principalmente o</p><p>cerebelo, responsável pela</p><p>coordenação motora e tônus</p><p>muscular.</p><p>Zona A indicando lesão cerebelar</p><p> Obs: a sinapse ocorre na substância</p><p>cinzenta por causa da presença de</p><p>neurônios intermediários.</p><p>Lembrando que nem sempre os</p><p>neurônios intermediários estão</p><p>presentes: por exemplo, quando</p><p>ocorre o arco-reflexo a sinapse é</p><p>direta entre os sensitivos e motores;</p><p> Célula satélite é um sinônimo de</p><p>célula da glia no SNP.</p><p>sol-gel,</p><p>que contém água e íons. É formado por</p><p>pequenas moléculas (glicose, vitaminas</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>e aminoácidos) e macromoléculas</p><p>(proteínas motoras, proteínas do</p><p>citoesqueleto, enzimas, ácidos nucléicos</p><p>e lipídios).</p><p> Funções: preenche o espaço entre as</p><p>organelas, possibilita a ocorrência de</p><p>reações químicas vitais e serve para</p><p>armazenar substâncias de reserva</p><p>das células (gordura e glicogênio).</p><p> Citoesqueleto: rede 3D de proteínas</p><p>estruturais. Estão distribuídas ao longo</p><p>do citoplasma.</p><p> Funções: o citoesqueleto confere à</p><p>célula o seu formato, suporte e</p><p>resistência. Além disso, participa das</p><p>junções célula-célula e célula-matriz</p><p>extracelular. Permite a localização</p><p>definida das organelas, os</p><p>movimentos celulares e participa da</p><p>divisão celular;</p><p> É composto por microtúbulos,</p><p>filamentos intermediários e filamentos</p><p>de actina;</p><p> Microtúbulos:</p><p> Formados por heterodímero-α e β-</p><p>tubulinas formam dímeros</p><p>chamados tubulina;</p><p> Subunidades de tubulina se</p><p>polimerizam=protofilamentos;</p><p> 13 protofilamentos compõem um</p><p>microtúbulo;</p><p> São estruturas dinâmicas:</p><p>crescem e encurtam;</p><p> Presentes em cílios, flagelos,</p><p>corpúsculos basais e centríolos;</p><p> Funções: tráfego de vesículas,</p><p>transporte e posicionamento de</p><p>organelas, fusos mitóticos e</p><p>migração de cromossomos;</p><p> Algumas proteínas se associam</p><p>aos microtúbulos. Elas são de</p><p>diversos tipos e com variadas</p><p>funções:</p><p>Proteínas Motoras: cinesina e</p><p>dineína. São responsáveis pelo</p><p>transporte retrógrado ou</p><p>anterógrado de substâncias dentro</p><p>do citoplasma.</p><p> Drogas que afetam a dinâmica dos</p><p>microtúbulos: algumas drogas são</p><p>capazes de afetar a dinâmica de</p><p>polimerização e despolimerização</p><p>dos microtúbulos. São elas: taxol,</p><p>colchicina, vimblastina e</p><p>vincristina. Elas são utilizadas</p><p>como quimioterápicos.</p><p> Filamentos Intermediários:</p><p> É o componente mais resistente</p><p>do citoesqueleto. Comprometido</p><p>exclusivamente com o papel de</p><p>sustentação.</p><p> Eles são constituídos por</p><p>diferentes proteínas: queratina,</p><p>vimentinas, desmina, laminas e</p><p>neurofilamentos.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Filamentos de Actina</p><p>(Microfilamentos):</p><p> São formados por polímeros;</p><p> Estão organizados nas células de</p><p>diferentes formas:</p><p>-Formam redes no citoplasma;</p><p>-Formam o córtex celular: delgada</p><p>camada abaixo da membrana</p><p>plasmática;</p><p>-Associações a organelas,</p><p>vesículas e grânulos</p><p>citoplasmáticos;</p><p>-Formam cinta de constrição na</p><p>divisão celular.</p><p> Organelas:</p><p> Mitocôndria:</p><p> Organela responsável por gerar</p><p>energia (ATP) para o</p><p>funcionamento da célula;</p><p> Podem ter um formato esférico,</p><p>alongado ou pleomórfico;</p><p> Localização, número e tamanho</p><p>variam conforme a atividade</p><p>metabólica e o tipo celular.</p><p>Exemplo: os eritrócitos maduros</p><p>não têm nenhuma e os hepatócitos</p><p>têm cerca de 2500. Nas células</p><p>ciliadas está presente no polo</p><p>apical, nos espermatozoides na</p><p>peça intermediária e podem estar</p><p>presentes também na região basal</p><p>das células que transportam íons;</p><p> São formadas por uma membrana</p><p>externa, a qual é lisa e tem o</p><p>formato da própria organela.</p><p>Contém porinas (permeabilidade);</p><p> Além disso, conta com uma</p><p>membrana interna que forma</p><p>cristas ou pregas (que aumentam</p><p>a superfície). A porção interna da</p><p>membrana é preenchida pela</p><p>matriz mitocondrial e contém</p><p>componentes para a produção de</p><p>ATP;</p><p> A matriz mitocondrial contém</p><p>DNA (dupla hélice circular,</p><p>semelhante ao das bactérias).</p><p>Esse DNA tem uma duplicação</p><p>independente do DNA nuclear;</p><p> Contém também RNA, RNAm e</p><p>RNAt, ribossomos e alguns</p><p>polirribossomos livres.</p><p> Patologias associadas a mutações</p><p>na mitocôndria:</p><p>-Doenças hereditárias (mutações</p><p>no DNA mitocondrial/nuclear);</p><p>-Mitocôndrias com morfologia</p><p>alterada (não conseguem produzir</p><p>energia);</p><p>-Miopatias mitocondriais:</p><p>Levam ao surgimento de sintomas</p><p>como fraqueza muscular severa,</p><p>câimbras, espasmos e</p><p>envolvimento cardíaco.</p><p> Oftalmoplegia externa</p><p>progressiva crônica: afeta</p><p>músculos extraoculares;</p><p> Neuropatia óptica</p><p>hereditária de Leber: afeta</p><p>a visão;</p><p>-Encefalopatias mitocondriais:</p><p>envolvimento do encéfalo,</p><p>convulsões neurológicas.</p><p> Ribossomos:</p><p> São estruturas celulares</p><p>constituídas por RNA (4 tipos) +</p><p>proteínas (80 diferentes);</p><p> Presentes em células eucariontes</p><p>e procariontes;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Não possuem membranas;</p><p> São sintetizados no nucléolo e</p><p>transferidos para o citoplasma;</p><p> São formados por uma</p><p>subunidade maior e por uma</p><p>subunidade menor;</p><p> São estruturas pequenas;</p><p> Podem estar livres (atuam no</p><p>citosol e estão dispersos nele) ou</p><p>ligados (presos ao retículo</p><p>endoplasmático ou ao envelope</p><p>nuclear. As proteínas produzidas</p><p>por eles serão utilizadas por</p><p>alguma organela ou secretadas</p><p>para o exterior da célula);</p><p> Nas células procariontes os</p><p>ribossomos ficam apenas livres no</p><p>hialoplasma;</p><p> A principal função deles é a</p><p>síntese de proteínas. Atuam na</p><p>tradução (RNAm proteína);</p><p> As subunidades só se ligam no</p><p>momento da tradução da proteína;</p><p> No caso dos ribossomos livres, a</p><p>proteína permanece no</p><p>citoplasma. Já as proteínas dos</p><p>ribossomos ligados ao retículo</p><p>endoplasmático granuloso são</p><p>secretadas nas cisternas desse</p><p>retículo;</p><p>Esquema do caminho percorrido pela proteína após</p><p>a sua formação</p><p> Retículo Endoplasmático:</p><p> É uma tortuosa rede de delicados</p><p>túbulos, pequenas vesículas</p><p>circulares e sacos membranosos</p><p>achatados em comunicação;</p><p> Quantidade, distribuição e</p><p>complexidade estão relacionadas</p><p>ao tipo celular e função;</p><p> Existem duas formas principais de</p><p>retículo: agranular ou liso e</p><p>granular ou rugoso. No caso do</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>rugoso, ele possui ribossomos</p><p>associados à sua parede.</p><p> Granular / Rugoso</p><p>-Possuem polirribossomos na</p><p>superfície citosólica;</p><p>-Cisternas saculares achatadas;</p><p>-Membrana contínua com</p><p>envoltório nuclear;</p><p>-Funções: separar proteínas</p><p>(armazena em vesículas; citosol),</p><p>síntese de proteínas (para</p><p>secreção, lisossômicas ou de</p><p>membrana), glicosilação das</p><p>glicoproteínas, síntese de</p><p>fosfolipídios (montagem de</p><p>moléculas proteicas);</p><p>-Os retículos rugosos são</p><p>abundantes em células que</p><p>secretam proteínas, tais como:</p><p>acinares do pâncreas (enzimas</p><p>digestivas), fibroblastos (colágeno),</p><p>plasmócitos (ligamento);</p><p>-As proteínas sintetizadas no</p><p>retículo endoplasmático podem</p><p>ficar livres no citosol, serem</p><p>segregadas em grânulos</p><p>citoplasmáticos (com finalidade</p><p>específica), serem exportadas do</p><p>retículo direto para o meio</p><p>extracelular ou podem ser</p><p>armazenadas em grânulos para</p><p>exocitose.</p><p> Agranular / Liso</p><p>-Não possui polirribossomos na</p><p>superfície;</p><p>-As cisternas são túbulos</p><p>anastomosados;</p><p>-Membrana contínua com a</p><p>membrana do outro retículo;</p><p>-Funções (tipo de célula): células</p><p>que produzem esteroides</p><p>(adrenal, ovários e testículos),</p><p>hepatócitos (conjugação, oxidação</p><p>e metilação), células musculares</p><p>estriadas (retículo</p><p>sarcoplasmático - armazena</p><p>cálcio) síntese de fosfolipídios</p><p>para todas as membranas,</p><p>hidrólise do glicogênio (formação</p><p>de glicose).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Complexo de Golgi:</p><p> Conjunto de vesículas achatadas</p><p>e empilhadas – porções</p><p>periféricas dilatadas;</p><p> Estrutura polarizada, possui duas</p><p>faces:</p><p>-Face Cis: convexa, mais próxima</p><p>do núcleo e do retículo</p><p>endoplasmático granuloso, recebe</p><p>mais vesículas.</p><p>-Face Trans: côncava e oposta à</p><p>face Cis, rede de túbulos mais</p><p>complexa, origina vesículas.</p><p> Funções: produção e</p><p>processamento dos produtos de</p><p>secreção que chegam pelo</p><p>retículo endoplasmático</p><p>granuloso. Formam vesículas de</p><p>secreção (exocitose), promove a</p><p>fusão de membranas (inserção de</p><p>proteínas e lipídios) e formação de</p><p>lisossomos.</p><p> Lisossomos:</p><p> Conjunto de vesículas e</p><p>vacúolos, revestido por</p><p>membranas, derivado do</p><p>Complexo de Golgi;</p><p> Possuem formato esférico ou</p><p>irregular;</p><p> Possuem um aspecto denso e</p><p>granular;</p><p> Lisossomos Primários: são</p><p>armazenadores;</p><p> Lisossomos Secundários:</p><p>relacionados ao processo</p><p>catalítico;</p><p> Estão presentes em todas as</p><p>células, mas a quantidade varia</p><p>conforme a função e tipo</p><p>celular;</p><p> Abundantes em células</p><p>fagocíticas;</p><p> Contém mais de 50 enzimas</p><p>hidrolíticas;</p><p> Estão presentes em células de</p><p>defesa (macrófagos e neutrófilos),</p><p>digerem e reciclam organelas,</p><p>contribuem para autólise das</p><p>células;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p> Patologias associadas às</p><p>alterações dos lisossomos:</p><p>-Deficiência enzimática dos</p><p>lisossomos: uma enzima está</p><p>ausente ou inativa, o que prejudica</p><p>a digestão de certas moléculas e o</p><p>acúmulo de substrato das</p><p>enzimas, resultando em uma</p><p>função celular alterada.</p><p> Leucodistrofia</p><p>Metacromática: deficiência na</p><p>enzima arilsulfatase A,</p><p>resultando em lipídios</p><p>metacromáticos. Acúmulo no</p><p>SNC, nervos periféricos, rins,</p><p>baço e outros órgãos.</p><p>Leva a uma destruição da</p><p>mielina, o que culmina em</p><p>paralisia progressiva,</p><p>demência e neuropatia</p><p>periférica.</p><p> Peroxissomos:</p><p> Organelas esféricas limitadas por</p><p>membranas;</p><p> Particularmente evidentes em</p><p>células do rim e fígado de</p><p>mamíferos;</p><p> Possuem enzimas oxidativas</p><p>produzidas por polirribossomos</p><p>livres no citosol;</p><p> A composição enzimática e as</p><p>funções variam conforme a célula;</p><p> A principal função é oxidar</p><p>substratos orgânicos</p><p>específicos;</p><p> Patologias associadas às</p><p>alterações nos peroxissomos:</p><p>-Adrenoleucodistrofia ligada ao</p><p>cromossomo X: defeito em</p><p>proteína integral da membrana.</p><p>Transporte de ácidos graxos para</p><p>dentro = acúmulo de ácidos graxos</p><p>nos líquidos destrói a mielina do</p><p>SN (sintomas neurológicos</p><p>graves);</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>-Síndrome de Zellweger:</p><p>deficiência nas enzimas dos</p><p>peroxissomos. É fatal, pois resulta</p><p>em lesões musculares graves,</p><p>lesões no fígado e rins,</p><p>desorganização do SN central e</p><p>periférico.</p><p>Anotações da Aula Prática</p><p> Heterocromatina: DNA compacto e</p><p>uniforme, baixo nível de atividade</p><p>transcricional;</p><p> Eucromatina: DNA menos compacto,</p><p>apresenta-se mais compacto e denso</p><p>nas regiões periféricas do nucléolo e</p><p>do núcleo, alto nível de atividade</p><p>transcricional.</p><p>Esquema do núcleo de uma célula pancreática</p><p>I: Nucléolo</p><p>II: Heterocromatina</p><p>III: Eucromatina</p><p>O material genético fica espalhado por</p><p>todo o núcleo (tanto na forma de eucromatina</p><p>quanto na forma de heterocromatina). O</p><p>interior do nucléolo, por sua vez, contém</p><p>RNA ribossômico e proteínas (que são</p><p>formados a partir do comando da</p><p>eucromatina).</p><p>O Complexo de Golgi tem uma face CIS</p><p>voltada para o retículo endoplasmático</p><p>rugoso, na qual as vesículas provenientes do</p><p>retículo se fundem. Além disso, ele tem uma</p><p>face TRANS, que é oposta à CIS, e é nela</p><p>que as vesículas brotam para serem</p><p>secretadas.</p><p>O nucléolo produz as duas subunidades</p><p>de ribossomos, que saem separadas pelos</p><p>poros do núcleo e se encontram</p><p>posteriormente no citosol.</p><p>O Complexo de Golgi e o Retículo</p><p>Endoplasmático Rugoso estão em contato</p><p>DIRETO com a parede do núcleo (através</p><p>dos poros nucleares).</p><p>Obs: sempre haverá eucromatina perto dos poros.</p><p>Cada organela tem uma constituição</p><p>diferente e por isso precisam de corantes</p><p>diferentes. Por exemplo, as proteínas tem</p><p>grupamentos carboxila que se unem mais</p><p>facilmente a corantes básicos. Os corantes</p><p>básicos se ligam a componentes aniônicos,</p><p>enquanto os corantes ácidos se ligam a</p><p>componentes catiônicos.</p><p>Portanto, de acordo com a quantidade de</p><p>cada uma dessas estruturas, as organelas</p><p>serão coradas de formas diferentes.</p><p>O núcleo tem muito ÁCIDO nucleico,</p><p>então ele é BASOFÍLICO e se cora com a</p><p>hematoxilina, que é roxa. Já o citoplasma é</p><p>mais BÁSICO para uma certa proteção</p><p>contra ação de enzimas lisossômicas que</p><p>podem ser liberadas eventualmente. Então</p><p>se cora com eosina, que é vermelha / rosa.</p><p>Vale ressaltar também que hemácias e</p><p>plaquetas são anucleadas.</p><p>As células produtoras de proteínas são</p><p>muito ativas (tem mais eucromatina). Já as</p><p>células mais especializadas (como linfócitos)</p><p>tendem a ter mais heterocromatina.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>A hematoxilina carrega carga positiva e é</p><p>básica. Portanto, ela é atraída por</p><p>substâncias ácidas e pode marcá-las.</p><p>A eosina carrega uma carga negativa e é</p><p>ácida. Portanto, ela é atraída por substâncias</p><p>básicas e pode marcá-las.</p><p>Tecidos Fundamentais</p><p>Tecido Epitelial/Tecidos de Revestimento;</p><p>Epitélio Glandular</p><p>1. Introdução</p><p>Os tecidos são uma junção de células</p><p>mais a matriz extracelular. No corpo</p><p>humano existem quatro tipos de tecido:</p><p>epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso,</p><p>sendo que cada um deles possui uma</p><p>característica quanto ao tipo (formato) das</p><p>células, quantidade de MEC e funções.</p><p>Por exemplo: o tecido epitelial é</p><p>responsável pelo revestimento da superfície</p><p>e pela secreção. Portanto, as células</p><p>precisam estar justapostas, para evitar, entre</p><p>outras coisas, a invasão de microrganismos.</p><p>Vale ressaltar que dentro de cada um dos</p><p>diferentes tecidos (epitelial, conjuntivo,</p><p>muscular e nervoso) existem variações dos</p><p>tipos celulares, as quais refletem em</p><p>pequenas diferenças funcionais.</p><p>Além disso, os tecidos não ficam</p><p>separados uns dos outros no organismo,</p><p>mas eles são estudados de forma separada</p><p>para facilitar a compreensão posterior.</p><p>Epitelial</p><p>Conjuntivo</p><p>Muscular</p><p>Nervoso</p><p>2. Tecido Epitelial - Definição</p><p>O epitélio é um tecido avascular composto</p><p>por células que recobrem as superfícies</p><p>corporais externas e revestem as</p><p>cavidades fechadas internas (incluindo</p><p>sistema circulatório) e os tubos corporais que</p><p>se comunicam com o exterior (tratos</p><p>gastrointestinais, respiratório e</p><p>geniturinário).</p><p>O epitélio também forma a porção</p><p>secretora (parênquima) das glândulas e</p><p>seus ductos.</p><p>Além disso, células epiteliais</p><p>especializadas funcionam como receptores</p><p>para sensações especiais (olfato, paladar,</p><p>audição e visão).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>O epitélio está presente em todos os</p><p>órgãos e sistemas. A origem embrionária do</p><p>epitélio depende do local em que está</p><p>localizado:</p><p>o Ectoderme: origina o epitélio da</p><p>região da epiderme, anexos</p><p>epidérmicos, sistema nervoso e</p><p>cavidades;</p><p>o Mesoderme: origina o epitélio da</p><p>região da derme, músculos, ossos,</p><p>sistema circulatório e reprodutor;</p><p>o Endoderme: origina o epitélio dos</p><p>órgãos do trato digestivo e sistema</p><p>respiratório.</p><p>3. Funções</p><p>o Revestimento e proteção do tecido</p><p>conjuntivo;</p><p>o Secreção: glândulas salivares,</p><p>hipófise, glândulas sudoríparas e</p><p>sebáceas;</p><p>o Absorção: intestino delgado;</p><p>o Reabsorção e Excreção: túbulos</p><p>renais;</p><p>o Impermeabilização: epiderme, bexiga;</p><p>o Sensorial: epitélio olfatório.</p><p>Em alguns locais específicos, o epitélio é</p><p>bem fino. Isso ocorre para facilitar o próprio</p><p>funcionamento do corpo (por exemplo, o</p><p>revestimento dos alvéolos pulmonares</p><p>precisa ser</p><p>fino para que as trocas gasosas</p><p>ocorram).</p><p>O epitélio da traqueia, por sua vez, possui</p><p>a função de revestir e proteger o trato</p><p>respiratório, retendo as partículas contidas</p><p>no ar e impedindo que elas cheguem até o</p><p>pulmão. Para fazer isso, ele conta com a</p><p>presença dos cílios.</p><p>A queratina/ceratina está presente nas</p><p>porções que sofrem atrito (parte externa,</p><p>cavidade bucal e regiões urogenitais).</p><p>Embora pequenas alterações ocorram</p><p>dependendo da localização, a aparência</p><p>geral do epitélio é sempre a mesma.</p><p>4. Características Gerais</p><p>o Os espaços intercelulares são</p><p>reduzidos;</p><p>o Há a presença de junções celulares</p><p>(oclusão, adesão e comunicantes);</p><p>o É um tecido avascular (é nutrido pelo</p><p>tecido conjuntivo, que é o mais</p><p>vascularizado. Além disso, o</p><p>conjuntivo também realiza a</p><p>sustentação física do epitelial);</p><p>o Glicocálice desenvolvido.</p><p>5. Características das Células</p><p>o Células epiteliais possuem</p><p>conformação poliédrica e são</p><p>justapostas (ou seja, apresentam</p><p>muitas faces aderidas umas às</p><p>outras);</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o São polarizadas (morfológica e</p><p>funcional):</p><p>o As células epiteliais apresentam três</p><p>domínios:</p><p>o Domínio Apical: fica voltado</p><p>para a cavidade ou espaço e</p><p>conta com especializações</p><p>(microvilosidades,</p><p>estereocílios e cílios);</p><p>o Domínio Basal: porção da</p><p>base da célula, por onde o</p><p>epitélio se fixa no conjuntivo;</p><p>o Domínio Lateral: é por onde a</p><p>célula se comunica com as</p><p>células adjacentes, complexos</p><p>juncionais.</p><p>o As células epiteliais são fixadas à</p><p>lâmina basal (união ao tecido</p><p>conjuntivo):</p><p>o A lâmina basal é uma delgada</p><p>lâmina de moléculas,</p><p>composta por colágeno tipo IV</p><p>e glicoproteínas. É composta</p><p>pela lâmina lúcida e pela</p><p>lâmina densa.</p><p>o Lâmina reticular: fibras</p><p>reticulares produzidas pelos</p><p>fibroblastos.</p><p>o Funções da lâmina basal:</p><p>promover adesão do epitélio</p><p>com o conjuntivo, filtração de</p><p>moléculas, polaridade das</p><p>células, regular a diferenciação</p><p>e proliferação celular, oferecer</p><p>um caminho e um suporte para</p><p>a migração celular.</p><p>6. Classificação</p><p>Quanto à estrutura, arranjo das células e</p><p>função:</p><p>o Tecido Epitelial de Revestimento:</p><p>Responsável pelo revestimento da</p><p>superfície externa do corpo, da luz</p><p>dos órgãos, das cavidades do corpo e</p><p>da luz do sistema vascular;</p><p>o Tecido Epitelial Glandular: Forma o</p><p>parênquima das glândulas e seus</p><p>ductos.</p><p>Tecido Epitelial de Revestimento</p><p>I. Classificação quanto à forma:</p><p>o Pavimentosa / Escamosa: células</p><p>achatadas com núcleos alongados;</p><p>o Cúbicas: células cuboides com</p><p>núcleos arredondados;</p><p>o Colunares Altas / Prismáticas:</p><p>células e núcleos alongados.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>II. Classificação quanto ao número de</p><p>camadas:</p><p>o Simples: 1 camada de células;</p><p>o Estratificado: 2 ou + camadas de</p><p>células.</p><p>Obs: dentro dessa classificação, os</p><p>epitélios podem ser pavimentosos, cúbicos</p><p>ou colunares. Por exemplo: epitélio</p><p>estratificado cúbico.</p><p>o Categorias Especiais:</p><p>-Pseudoestratificado</p><p>1 camada de células com núcleos de</p><p>diferentes alturas</p><p>-De transição</p><p>A forma da célula mais superficial</p><p>varia com o grau de distensão /</p><p>relaxamento do órgão. Ex: bexiga</p><p>urinária.</p><p>Nesse caso, as células não possuem</p><p>uma forma definida e, por isso, são</p><p>chamadas de células “guarda-chuva”.</p><p>Por fim, cabe mencionar que o tecido</p><p>epitelial de revestimento está relacionado,</p><p>sobretudo, à renovação e proliferação</p><p>celular. As suas células se renovam</p><p>constantemente e a velocidade de</p><p>proliferação é variável (no intestino o</p><p>intervalo é de 1 semana e no fígado quase</p><p>nunca ocorre). Nos epitélios estratificados a</p><p>proliferação acontece na porção basal e a</p><p>parte superficial sofre descamação.</p><p>Tecido Epitelial Glandular</p><p>As células epiteliais glandulares são</p><p>responsáveis pela secreção de diversas</p><p>moléculas. Elas podem sintetizar,</p><p>armazenar e eliminar:</p><p>o Proteínas (ex: pâncreas);</p><p>o Lipídios (ex: adrenal e glândulas</p><p>sebáceas);</p><p>o Complexos carboidratos/proteínas</p><p>(ex: glândulas salivares);</p><p>o Proteínas, lipídios e carboidratos (ex:</p><p>glândulas mamárias);</p><p>o Polipeptídios (ex: hipófise);</p><p>o Muco (ex: células caliciformes).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>As glândulas são formadas a partir da</p><p>proliferação e penetração das células</p><p>epiteliais no tecido conjuntivo subjacente. As</p><p>glândulas podem ser de dois tipos:</p><p>exócrinas ou endócrinas.</p><p>o Exócrinas: têm comunicação com o</p><p>meio externo;</p><p>(obs: vale lembrar que não</p><p>necessariamente a secreção precisa</p><p>ir para fora do corpo. No caso das</p><p>glândulas digestivas, por exemplo, a</p><p>secreção é lançada no lúmen no</p><p>órgão);</p><p>o Endócrinas: degeneração do contato</p><p>com meio externo (porção secretora).</p><p>A secreção é feita diretamente nos</p><p>vasos sanguíneos.</p><p>Classificação do Epitélio Glandular:</p><p>Glândulas Exócrinas</p><p>I. Classificação quanto ao nº de células:</p><p>o Unicelular;</p><p>o Multicelular.</p><p>II. Classificação quanto ao nº de ductos:</p><p>o Simples;</p><p>o Composta;</p><p>III. Classificação quanto à forma da porção</p><p>secretora:</p><p>o Acinosa;</p><p>o Tubulosa;</p><p>o Tubuloacinosa.</p><p>IV. Classificação quanto à forma de</p><p>eliminar a secreção:</p><p>o Merócrina;</p><p>o Holócrina;</p><p>o Apócrina.</p><p>V. Classificação quanto ao tipo de</p><p>secreção:</p><p>o Mucosa;</p><p>o Serosa;</p><p>o Mista.</p><p>Glândulas Endócrinas</p><p>I. Classificação quanto ao arranjo das</p><p>células secretoras:</p><p>o Cordonal;</p><p>o Vesicular;</p><p>o Difusa.</p><p>II. Classificação quanto ao nº de células:</p><p>o Unicelular: 1 célula com função</p><p>secretora. Ex: célula caliciforme</p><p>(sistemas respiratório e digestivo);</p><p>o Multicelular: formada por um</p><p>conjunto de células secretoras. Ex:</p><p>todas as glândulas verdadeiras.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>III. Classificação quanto ao nº de ductos:</p><p>o Glândulas simples: 1 ducto SEM</p><p>ramificações. Ex: glândula sudorípara</p><p>o Glândulas compostas: 1 ducto COM</p><p>ramificações. Ex: pâncreas.</p><p>IV. Classificação quanto à forma da porção</p><p>secretora:</p><p>o Simples:</p><p>o Composta:</p><p>V. Classificação quanto à forma de eliminar</p><p>a secreção:</p><p>o Merócrina: exocitose. Ex: célula</p><p>caliciforme intestinal;</p><p>o Holócrina: morte celular. Ex:</p><p>glândula sebácea;</p><p>o Apócrina: perda da porção apical da</p><p>célula. Ex: glândula mamária.</p><p>VI. Classificação quanto ao tipo de</p><p>secreção:</p><p>o Glândulas serosas:</p><p>o Secretam um fluido aquoso;</p><p>o Células colunares/piramidais;</p><p>o Núcleos arredondados / porção</p><p>basal;</p><p>o Polarizadas:</p><p>-Basal: RER / Polirribossomos</p><p>-Apical: Golgi + Vesículas</p><p>o Ex: células acinosas do</p><p>pâncreas.</p><p>o Glândulas mucosas:</p><p>o Secretam fluido espesso e</p><p>viscoso glicoproteíco (muco);</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Célula cuboide / colunar;</p><p>o Núcleo oval / porção basal;</p><p>o Grande variabilidade</p><p>morfológica / química;</p><p>o Polarizadas:</p><p>-Basal: RER</p><p>-Apical: Golgi + grânulos de</p><p>secreção</p><p>o Ex: células calciformes,</p><p>estômago, glândulas salivares,</p><p>trato respiratório e trato genital.</p><p>o Glândulas mistas:</p><p>o Células mucosas e serosas;</p><p>o Apical: Golgi + Grânulos de</p><p>secreção;</p><p>o Ex: glândulas salivares</p><p>Anotações da Aula Prática</p><p>o Os epitélios estão misturados no</p><p>mesmo ambiente. Dessa forma, é</p><p>necessário reconhecer cada tipo de</p><p>tecido epitelial de forma separada</p><p>para, posteriormente, identificá-los</p><p>em um mesmo órgão;</p><p>o Células ciliadas da tuba uterina:</p><p>transportam o ovócito para dentro da</p><p>tuba, em direção ao útero;</p><p>o Células não ciliadas</p><p>da tuba uterina</p><p>(aciliadas): secretam líquido nutritivo</p><p>para nutrir o gameta até que possa</p><p>ocorrer a nidação do embrião no</p><p>útero;</p><p>o A unidade fundamental da tireoide é o</p><p>folículo, o qual armazena a secreção</p><p>produzida pela glândula. O epitélio da</p><p>tireoide é chamado de glandular</p><p>vesicular;</p><p>o A paratireoide, por sua vez, é</p><p>composta por um epitélio glandular</p><p>cordonal. Nesse caso, não há uma</p><p>organização estrutural muito precisa</p><p>(é um tecido desorganizado). Nessas</p><p>glândulas não existe a possibilidade</p><p>de acúmulo da secreção. Portanto, ela</p><p>é lançada direto nos vasos</p><p>sanguíneos;</p><p>o A concha nasal é composta por um</p><p>tecido epitelial colunar</p><p>/cilíndrico/prismático do tipo</p><p>pseudoestratificado, com a</p><p>presença de cílios nas extremidades;</p><p>o A concha nasal possui alguns</p><p>grânulos (aparecem com uma cor</p><p>mais branca) que são responsáveis</p><p>pela secreção de muco, que tem a</p><p>função de revestir, filtrar e proteger a</p><p>região contra partículas que possam</p><p>ser danosas, como poeira e</p><p>microrganismos;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Um mesmo epitélio pode aparecer de</p><p>diferentes formas, depende muito do</p><p>corte que é feito;</p><p>o Nessa lâmina a seguir, podemos</p><p>observar um tecido do tipo</p><p>escamoso/pavimentoso e</p><p>estratificado, pois as camadas estão</p><p>BEM definidas e no mesmo nível.</p><p>Nesse caso, ele é ciliado (embora não</p><p>dê para visualizar os cílios) e não é</p><p>queratinizado. Obs: vale ressaltar que</p><p>quando há a presença de cílios</p><p>obrigatoriamente não haverá</p><p>queratina e vice-versa.</p><p>o Alguns estratificados não tem o</p><p>citoplasma muito bem definido;</p><p>o Quando quisermos saber se uma</p><p>estrutura é muco ou cera, um</p><p>parâmetro que deve ser analisado é a</p><p>cor:</p><p>o Mais escuro cera</p><p>o Mais claro muco</p><p>o Camadas da epiderme:</p><p>o A: Estrato basal ou germinativo</p><p>o B: Estrato espinhoso</p><p>o C: Estrato granuloso</p><p>o D: Estrato córneo</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o Na imagem acima é possível ver o</p><p>contato da epiderme avascular com a</p><p>derme vascularizada. O contato é feito</p><p>de forma irregular para permitir o</p><p>aumento da superfície de contato e,</p><p>consequentemente, facilitar a</p><p>nutrição.</p><p>Imagem da Hipoderme</p><p>Imagem do Epitélio da Bexiga (Epitélio de Transição)</p><p>o Microscopia ótica: não possibilita a</p><p>visualização com clareza da célula e</p><p>dos núcleos;</p><p>o Microscopia eletrônica: tem uma</p><p>riqueza maior de detalhes. Obs: uma</p><p>curiosidade: a coloração da</p><p>microscopia eletrônica é colocada de</p><p>forma artificial.</p><p>o I: Microvilosidades</p><p>o II: Mitocôndria</p><p>o III: Grânulos de secreção</p><p>Imagem do Epitélio da Traqueia</p><p>o Estrutura A: célula caliciforme;</p><p>o Estrutura B: membrana basal.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Imagem do Epitélio do Intestino Delgado</p><p>o Obs: a função das células caliciformes</p><p>é sintetizar e secretar muco;</p><p>o Imagem 1: epitélio estratificado</p><p>escamoso queratinizado;</p><p>o Imagem 2: epitélio colunar</p><p>pseudoestratificado ciliado;</p><p>o Imagem 3: epitélio colunar simples;</p><p>o Imagem 4: epitélio cuboide simples.</p><p>o Diferença entre microvilosidades e</p><p>vilosidades:</p><p>o Vilosidades: é um</p><p>dobramento tecidual (a nível</p><p>macroscópico);</p><p>o Microvilosidades:</p><p>dobramentos a nível celular</p><p>(presentes na membrana</p><p>plasmática, a nível</p><p>microscópico).</p><p>Vilosidades</p><p>Microvilosidades</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Tecido Conjuntivo</p><p>1. Introdução</p><p>O tecido conjuntivo situa-se</p><p>profundamente em relação ao epitelial. Ele é</p><p>originado pelo mesoderma e se caracteriza</p><p>por apresentar um abundante material</p><p>intercelular, a matriz extracelular. Nele, estão</p><p>presentes células que são responsáveis,</p><p>sobretudo, pelo(a):</p><p> Sustentação</p><p> Transporte e nutrição</p><p> Preenchimento</p><p> Armazenamento</p><p> Defesa</p><p> Reparo</p><p>Percebe-se, pois, que as células do tecido</p><p>conjuntivo desempenham numerosos papeis</p><p>biológicos. A maioria delas tem origem</p><p>mesenquimal (células tronco) ou</p><p>hematopoiética.</p><p>É importante ressaltar que as células não</p><p>ficam imóveis. Elas estão conectadas à</p><p>matriz extracelular e podem se mover</p><p>através dela.</p><p>2. Células</p><p>As células presentes no tecido conjuntivo</p><p>podem formar a matriz extracelular (como é</p><p>o caso dos fibroblastos, principalmente) ou</p><p>então interagir com a matriz extracelular.</p><p>Elas são supridas diretamente por vasos</p><p>sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.</p><p>As células são classificadas em</p><p>residentes ou imigrantes (células</p><p>inflamatórias):</p><p>a) Residentes:</p><p>São aquelas que estão presentes no</p><p>tecido em condições de saúde,</p><p>homeostasia. É o caso dos</p><p>fibroblastos, das células</p><p>especializadas (osteoblastos,</p><p>condrócitos, adipócitos), e dos</p><p>macrófagos, mastócitos e</p><p>plasmócitos.</p><p>b) Imigrantes:</p><p>Geralmente aumentam de quantidade</p><p>em casos de inflamação. São elas:</p><p>neutrófilos polimorfonucleares,</p><p>macrófagos, linfócitos T e B,</p><p>eosinófilos e mastócitos.</p><p>Células Residentes</p><p>I. Fibroblastos</p><p> São células secretoras, produzem</p><p>fibras e a substância fundamental do</p><p>tecido (RER e Complexo de Golgi</p><p>desenvolvidos);</p><p> Atuam na formação da MEC;</p><p> Citoplasma abundante (diversos</p><p>prolongamentos);</p><p> Núcleo grande, ovoide (cromatina</p><p>fina, nucléolo proeminente);</p><p> São capazes de modular sua</p><p>capacidade metabólica, a qual</p><p>refletirá na sua morfologia;</p><p> As células com intensa atividade de</p><p>síntese são denominadas</p><p>fibroblastos, enquanto as</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>metabolicamente quiescentes (em</p><p>repouso) são conhecidas como</p><p>fibrócitos.</p><p>Fibroblasto em Microscopia</p><p> São células que secretam:</p><p>-Colágeno;</p><p>-Proteínas não-colagenosas;</p><p>-Componentes da MEC:</p><p> Glicosaminoglicanos;</p><p> Proteoglicanos;</p><p> Glicoproteínas;</p><p>-Fatores de crescimento (que</p><p>controlam a proliferação e a</p><p>diferenciação celular);</p><p>II. Fibrócitos (Fibroblastos em Estado</p><p>Quiescente)</p><p> Os fibroblastos só se transformam em</p><p>fibrócitos após o desenvolvimento</p><p>completo dos órgãos. Isso não ocorre</p><p>necessariamente na idade adulta dos</p><p>indivíduos;</p><p> Citoplasma acidófilo (poucos</p><p>prolongamentos, fusiforme);</p><p> Núcleo pequeno;</p><p> Menos RER e Complexo de Golgi;</p><p> Alta capacidade regenerativa (podem</p><p>se transformar em fibroblastos para</p><p>atuarem na cicatrização e</p><p>regeneração).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>HISTOLOGIA APLICADA</p><p>A capacidade de regeneração dos tecidos</p><p>conjuntivos é claramente observada quando</p><p>eles são destruídos por lesões inflamatórias</p><p>ou traumáticas. Nesses casos, os espaços</p><p>deixados pela lesão em tecidos cujas células</p><p>não são capazes de se regenerar (p. ex.,</p><p>músculo cardíaco) são preenchidos por uma</p><p>cicatriz de tecido conjuntivo. Assim, a</p><p>cicatrização de incisões cirúrgicas depende</p><p>da capacidade de o tecido conjuntivo se</p><p>regenerar. A principal célula envolvida na</p><p>cicatrização é o fibroblasto.</p><p>Quando estimulados adequadamente,</p><p>como durante a cicatrização, os fibrócitos</p><p>revertem-se para o estado de fibroblastos, e</p><p>sua capacidade de síntese é reativada.</p><p>Durante o processo de reparação de feridas,</p><p>observam-se células conhecidas como</p><p>miofibroblastos. Elas reúnem a maioria das</p><p>características dos fibroblastos, mas contêm</p><p>maior quantidade de filamentos de actina e</p><p>de miosina (proteínas do citoesqueleto) e se</p><p>comportam como células musculares lisas.</p><p>Sua atividade contrátil</p><p>é responsável pelo</p><p>fechamento das feridas após as lesões,</p><p>processo conhecido como contração da</p><p>ferida.</p><p> Dependendo da forma como as fibras</p><p>se arranjam, o tecido conjuntivo pode</p><p>ser classificado em:</p><p>III. Macrófagos</p><p> São células fagocitárias;</p><p> Originados por diferenciação de</p><p>monócitos*, tipo de leucócito</p><p>originado na medula óssea vermelha;</p><p>*Obs: macrófagos e monócitos são a</p><p>mesma célula em diferentes estágios</p><p>de maturação. Os macrófagos</p><p>derivam de células precursoras da</p><p>medula óssea, as quais se dividem,</p><p>produzindo os monócitos, que</p><p>circulam no sangue. Em uma segunda</p><p>etapa, os monócitos cruzam as</p><p>paredes de vênulas e capilares e</p><p>penetram o tecido conjuntivo, onde</p><p>amadurecem e adquirem as</p><p>características morfológicas e</p><p>funcionais de macrófagos. Vale</p><p>ressaltar que os macrófagos dos</p><p>tecidos podem proliferar localmente,</p><p>produzindo novas células.</p><p> Turnover tecidual (remoção de restos</p><p>de células ou de restos da MEC);</p><p> São elementos de defesa: atuam</p><p>fagocitando agentes invasores ou</p><p>identificando substâncias estranhas.</p><p>Em função disso, apresentam muitos</p><p>lisossomos, um complexo de Golgi</p><p>bem desenvolvido e um RER</p><p>proeminente;</p><p> São células residentes, mas também</p><p>atuam em processos inflamatórios.</p><p>Nesse último caso, estão ativadas e</p><p>com maior capacidade funcional;</p><p> Estão presentes na maioria dos</p><p>órgãos, com variações na</p><p>nomenclatura:</p><p>o Fígado: células de Kupffer;</p><p>o SNC: micróglia;</p><p>o Pele: células de Langerhans;</p><p>o Tecido ósseo: osteoclastos.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>HISTOLOGIA APLICADA</p><p>Os macrófagos atuam como elementos de</p><p>defesa. Eles fagocitam restos celulares,</p><p>fragmentos de fibras da matriz extracelular,</p><p>células neoplásicas (cancerosas), bactérias</p><p>e elementos inertes que penetram o</p><p>organismo. Os macrófagos também são</p><p>células secretoras capazes de produzir uma</p><p>impressionante variedade de substâncias</p><p>que participam nas funções de defesa e</p><p>reparo dos tecidos.</p><p>Os macrófagos têm papel preponderante</p><p>na remoção de restos celulares e</p><p>componentes extracelulares alterados</p><p>formados durante os processos de involução</p><p>fisiológica de tecidos ou órgãos. Durante a</p><p>gestação, por exemplo, o útero aumenta de</p><p>tamanho, e sua parede se torna espessa.</p><p>Imediatamente após o parto, esse órgão</p><p>sofre involução, durante a qual o excesso de</p><p>tecido é destruído pela ação de macrófagos.</p><p>No sangue estão presentes na forma de</p><p>monócitos e isolados</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>O papel dos macrófagos na resposta</p><p>imunológica</p><p>Os macrófagos participam nos processos</p><p>de defesa imunológica (resistência mediada</p><p>por células) contra infecção por bactérias,</p><p>protozoários, fungos e metazoários (p. ex.,</p><p>parasitoses por vermes). Atuam também na</p><p>defesa imunológica contra tumores, na</p><p>produção extra-hepática de bile, no</p><p>metabolismo de gordura e ferro e na</p><p>destruição de hemácias envelhecidas.</p><p>Quando estimulados (por injeção de</p><p>substâncias estranhas ou por infecções), os</p><p>macrófagos passam por modificações</p><p>morfológicas e metabólicas, sendo</p><p>chamados de macrófagos ativados. Essas</p><p>células adquirem novas características,</p><p>ativando seu metabolismo e aumentando</p><p>sua capacidade de matar, fagocitar e digerir</p><p>partículas estranhas por meio da ativação de</p><p>suas enzimas lisossômicas. Os macrófagos</p><p>participam ainda dos processos de digestão</p><p>parcial e da apresentação de antígenos</p><p>(embora outras células também</p><p>desempenhem esse papel).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>IV. Mastócitos</p><p> São células grandes, têm formato</p><p>ovalado e núcleo central. Têm origem</p><p>na medula óssea, assim como os</p><p>macrófagos;</p><p> Possuem grânulos citoplasmáticos</p><p>que são liberados em determinadas</p><p>situações. São ricos em heparina</p><p>(anticoagulante) e histamina</p><p>(vasodilatador que atua nas reações</p><p>alérgicas);</p><p>Obs: esse efeito vasodilatador da</p><p>histamina permite a entrada de mais</p><p>macrófagos e outras células imunes</p><p>na região.</p><p> São células inflamatórias que atuam</p><p>na resposta imune, normalmente em</p><p>associação com os eosinófilos. Atuam</p><p>na presença de parasitas e em</p><p>quadros de alergia.</p><p>V. Adipócitos</p><p> São produzidos pelas células do</p><p>mesênquima e têm quase todo o</p><p>espaço central preenchido por um</p><p>grande vacúolo contendo lipídios;</p><p> Funcionam como reserva energética</p><p>(na forma de triglicerídios) e</p><p>constituem o tecido adiposo;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Tabela Resumo das Células do Tecido Conjuntivo</p><p>3. Tipos de Fibras</p><p>As fibras do tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam, formando</p><p>estruturas muito alongadas. Os três tipos observados ao microscópio são as colágenas, as</p><p>reticulares e as elásticas. No entanto, bioquimicamente, tanto as fibras colágenas quanto as</p><p>reticulares são formadas pelo colágeno, enquanto as elásticas são formadas pela elastina.</p><p>Portanto, na realidade, existem apenas dois sistemas de fibras: o sistema colágeno e o sistema</p><p>elástico.</p><p>A distribuição desses três tipos de fibras varia em diferentes tipos de tecidos conjuntivos. Em</p><p>muitos casos, as características morfológicas e funcionais dos tecidos dependem do tipo</p><p>predominante de fibra neles presente, que confere as propriedades específicas ao tecido. Um</p><p>exemplo é o caso do tecido elástico, variedade de tecido conjuntivo dotado de grande</p><p>elasticidade, graças à sua riqueza em fibras elásticas.</p><p>Fibras Colágenas</p><p>O colágeno é o tipo mais abundante de proteína do organismo, representando 30% do seu</p><p>peso seco. Os colágenos dos vertebrados constituem uma família de proteínas produzidas por</p><p>diferentes tipos de células e se distinguem pela sua composição única, características</p><p>morfológicas, distribuição, funções e patologias. Os principais exemplos dos vários tipos de</p><p>colágeno são encontrados na pele, no osso, na cartilagem, no músculo liso e na lâmina basal.</p><p>Dependendo do tipo de tecido, existem diferentes tipos de colágeno e diferentes associações</p><p>a outros elementos. Os tipos de colágenos são agrupados em quatro grandes grupos: colágenos</p><p>que formam fibrilas, colágenos associados a fibrilas, colágeno que forma fibrilas de ancoragem</p><p>e colágeno que forma rede.</p><p>As fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas</p><p>denominadas tropocolágeno.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Fibras Reticulares</p><p>As fibras reticulares são formadas predominantemente por colágeno do tipo III, associado a</p><p>elevado teor de glicoproteínas e proteoglicanos. Elas são extremamente finas e formam uma</p><p>rede extensa em determinados órgãos. Este tecido suporta grandes trações em diferentes</p><p>direções.</p><p>As fibras reticulares são particularmente abundantes em músculo liso, endoneuro e em órgãos</p><p>hematopoéticos como baço, nódulos linfáticos e medula óssea vermelha. As finas fibras</p><p>reticulares constituem uma delicada rede ao redor de células de órgãos parenquimatosos (nos</p><p>quais predominam as células) como as glândulas endócrinas. O pequeno diâmetro e a disposição</p><p>frouxa das fibras reticulares criam uma rede flexível em órgãos que são sujeitos a mudanças</p><p>fisiológicas de forma ou volume, como artérias, baço, fígado, útero e camadas musculares do</p><p>intestino.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Corte histológico do córtex da glândula adrenal corado pela prata para mostrar as fibras reticulares. Este corte é</p><p>propositalmente espesso para enfatizar a rede formada por essas fibrilas finas formadas por</p><p>colágeno do tipo III.</p><p>Os núcleos das células aparecem em preto, e o citoplasma não está corado. As fibras reticulares são os principais</p><p>componentes estruturais deste órgão e de vários outros, como, por exemplo, os órgãos hemocitopoéticos, e criam</p><p>as condições locais adequadas para as atividades desses órgãos.</p><p>Fibras Elásticas</p><p>O sistema elástico é composto por três tipos de fibras: oxitalânica, elaunínica e elástica.</p><p> Oxitalânicas: podem ser encontradas nas fibras da zônula do olho e em determinados</p><p>locais da derme, onde conecta o sistema elástico com a lâmina basal;</p><p> Elaunínicas: são encontradas ao redor das glândulas sudoríparas e na derme;</p><p> Elásticas: são responsáveis pela elasticidade da pele e representam o componente mais</p><p>numeroso do sistema elástico.</p><p>As fibras oxitalânicas não têm elasticidade, mas são altamente resistentes às forças de tração,</p><p>enquanto as fibras elásticas, ricas em proteína elastina, distendem-se facilmente quando</p><p>tracionadas. Por usar diferentes proporções de elastina e microfibrilas, o sistema elástico</p><p>constitui uma família de fibras com características funcionais variáveis capazes de se adaptar às</p><p>necessidades locais dos tecidos.</p><p>As principais células produtoras de elastina (a qual compõe os três tipos de fibras do sistema</p><p>elástico, porém em concentrações diferentes) são os fibroblastos e o músculo liso dos vasos</p><p>sanguíneos.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>4. Tipos de Tecido Conjuntivo</p><p>Quando falamos em tecido conjuntivo, é importante lembrar que existem três subtipos: tecido</p><p>conjuntivo propriamente dito, tecido conjuntivo de propriedades especiais e tecido conjuntivo de</p><p>suporte.</p><p>Tecido Conjuntivo Propriamente Dito</p><p>É dividido em tecido frouxo e denso.</p><p>I. Tecido Conjuntivo Frouxo:</p><p>O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos</p><p>pequenos. É um tecido conjuntivo muito comum que preenche espaços entre grupos de</p><p>células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos</p><p>sanguíneos. É também encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas</p><p>serosas que revestem as cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas.</p><p>As células mais numerosas são os fibroblastos e os macrófagos, mas todos os outros</p><p>tipos celulares do tecido conjuntivo também estão presentes, além de fibras dos</p><p>sistemas colágeno e elástico. O tecido conjuntivo frouxo tem uma consistência delicada,</p><p>é flexível, bem vascularizado e não muito resistente a trações.</p><p>II. Tecido Conjuntivo Denso:</p><p>O tecido conjuntivo denso é adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos.</p><p>É formado pelos mesmos componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo,</p><p>entretanto, existem menos células e uma clara predominância de fibras colágenas. O</p><p>tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais resistente à tensão que o tecido</p><p>conjuntivo frouxo.</p><p>Quando as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida, o</p><p>tecido chama-se denso não modelado.</p><p>Neste tecido, as fibras formam uma trama tridimensional, o que lhes confere certa</p><p>resistência às trações exercidas em qualquer direção. Este tipo de tecido é encontrado,</p><p>por exemplo, na derme profunda da pele. O tecido denso modelado apresenta feixes</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. Trata-se de um</p><p>conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta às forças de tração exercidas</p><p>em um determinado sentido. Um exemplo típico de tecido conjuntivo denso modelado é</p><p>o tendão. Os feixes de colágeno do tendão (feixes primários) se agregam em feixes</p><p>maiores (feixes secundários) que são envolvidos por tecido conjuntivo frouxo contendo</p><p>vasos sanguíneos e nervos.</p><p>Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais</p><p>I. Tecido Elástico:</p><p>O tecido elástico é composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. O</p><p>espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibrócitos. A</p><p>abundância de fibras elásticas neste tecido lhe confere uma cor amarela típica e grande</p><p>elasticidade. O tecido elástico não é muito frequente no organismo e está presente nos</p><p>ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.</p><p>II. Tecido Reticular</p><p>O tecido reticular é muito delicado e forma uma rede tridimensional que suporta as células</p><p>de alguns órgãos. É constituído por fibras reticulares intimamente associadas a</p><p>fibroblastos especializados chamados de células reticulares. O tecido reticular provê</p><p>uma estrutura arquitetônica tal que cria um ambiente especial para órgãos linfoides e</p><p>hematopoéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). O resultado deste</p><p>arranjo é a formação de estrutura trabeculada semelhante a uma esponja, dentro da qual</p><p>as células e fluidos se movem livremente.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Ao lado das células reticulares encontram-se células do sistema fagocitário mononuclear</p><p>que estão estrategicamente dispersas ao longo das trabéculas. Estas células funcionam</p><p>monitorando o fluxo de materiais que passa lentamente através de espaços semelhantes</p><p>a seios, removendo organismos invasores por fagocitose.</p><p>III. Tecido Mucoso:</p><p>O tecido mucoso tem consistência gelatinosa graças à preponderância de matriz</p><p>fundamental composta predominantemente de ácido hialurônico com pouquíssimas</p><p>fibras. As principais células desse tecido são os fibroblastos. Esse tecido está presente</p><p>no cordão umbilical (geleia de Wharton) e na polpa jovem dos dentes.</p><p>IV. Tecido Adiposo:</p><p>Células adiposas são células do tecido conjuntivo que se tornaram especializadas no</p><p>armazenamento de energia na forma de triglicerídios (gorduras neutras). Essas células</p><p>podem ser encontradas isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo,</p><p>porém a maioria delas forma grandes agregados, constituindo o tecido adiposo distribuído</p><p>pelo corpo. O tecido adiposo é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de</p><p>triglicerídios, os quais são a principal reserva de energia do organismo. Além do papel</p><p>energético, o tecido adiposo tem outras funções. Localizado sob a pele, modela a</p><p>superfície, sendo em parte responsável pelas diferenças de contorno entre os corpos da</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>mulher e do homem. Forma também coxins absorventes de choques, principalmente na</p><p>planta dos pés e na palma das mãos. Como as gorduras são más condutoras de calor, o</p><p>tecido adiposo contribui para o isolamento térmico do organismo. Além disso, preenche</p><p>espaços entre outros tecidos e auxilia a manter determinados órgãos em suas posições</p><p>normais. O tecido adiposo tem também atividade secretora, sintetizando diversos tipos de</p><p>moléculas.</p><p>Células Adiposas Uniloculares (gordura branca):</p><p> Citoplasma com uma grande vesícula lipídica;</p><p> Coloração branca ou amarelo-escura;</p><p> Maior porcentagem de gordura do corpo humano;</p><p> Deslocamento núcleo posição excêntrica;</p><p> Células grandes e esféricas;</p><p> Presente em locais de tecido conjuntivo frouxo;</p><p> Reserva energética;</p><p> Isolamento térmico;</p><p> Proteção e preenchimento de espaços.</p><p>Esse tecido forma o panículo adiposo, camada disposta sob a pele, e que é de espessura</p><p>uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Com a idade, o panículo adiposo tende a</p><p>desaparecer de certas áreas, desenvolvendo-se em outras. Essa deposição seletiva de</p><p>gorduras é regulada, principalmente, pelos hormônios sexuais (contorno entre os corpos</p><p>da mulher e do homem) e pelos hormônios produzidos pela camada</p><p>cortical da glândula</p><p>adrenal.</p><p>O tecido unilocular apresenta septos de conjuntivo, que contêm vasos e nervos. Desses</p><p>septos partem fibras reticulares (colágeno III) que sustentam as células adiposas. A</p><p>vascularização do tecido adiposo é muito abundante quando se considera a pequena</p><p>quantidade de citoplasma funcionante.</p><p>As células adiposas podem sintetizar ácidos graxos e glicerol a partir de glicose,</p><p>processo que é acelerado pela insulina. Quando necessária, a hidrólise dos triglicerídios</p><p>é desencadeada principalmente pela norepinefrina.</p><p>O tecido adiposo unilocular é também um órgão secretor. Sintetiza várias moléculas como</p><p>a lipase lipoproteica e a leptina. A leptina é um hormônio proteico que participa da</p><p>regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos. A leptina</p><p>atua principalmente no hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o</p><p>gasto de energia.</p><p>As células adiposas uniloculares se originam no embrião, a partir de células derivadas do</p><p>mesênquima, os lipoblastos.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Células Adiposas Multiloculares (gordura marrom):</p><p> Dissipar energia: termogênese;</p><p> Feto e recém-nascidos</p><p> Células ricas em mitocôndrias (coloração avermelhada – citocromos);</p><p> Circundadas de forma abundante por vasos sanguíneos;</p><p> Células menores e com formato poligonal;</p><p> Citoplasma carregado de diversas gotículas lipídicas.</p><p>Ao contrário do tecido unilocular, que é encontrado por quase todo o corpo, o tecido pardo</p><p>é de distribuição limitada. No feto humano e no recém-nascido, o tecido adiposo</p><p>multilocular apresenta localização bem determinada e atua na termorregulação (auxiliar).</p><p>Como esse tecido não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Em humanos, a função desse tecido está restrita aos primeiros meses de vida pós-natal.</p><p>Durante esse tempo, o tecido adiposo multilocular produz calor, protegendo o recém-</p><p>nascido contra o frio. Ao ser estimulado pela liberação de norepinefrina nas terminações</p><p>nervosas abundantes em torno das suas células, o tecido adiposo multilocular acelera a</p><p>lipólise e a oxidação dos ácidos graxos. A oxidação dos ácidos graxos produz calor e não</p><p>ATP, como a dos tecidos em geral, porque as mitocôndrias do tecido multilocular</p><p>apresentam, nas suas membranas internas, uma proteína transmembrana chamada</p><p>termogenina ou UCP l.</p><p>Não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento nem ocorre</p><p>transformação de um tipo de tecido adiposo em outro.</p><p>Anotações Aula Prática</p><p>Nessa lâmina</p><p>histológica,</p><p>podemos observar</p><p>feixes irregulares</p><p>em uma coloração</p><p>avermelhada, que</p><p>são as fibras de</p><p>colágeno. Os</p><p>filamentos mais</p><p>escuros dispersos,</p><p>por sua vez, são as</p><p>fibras elásticas.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Essa lâmina ao lado</p><p>representa um</p><p>tecido conjuntivo</p><p>do tipo denso</p><p>regular, que está</p><p>presente em</p><p>tendões (entre</p><p>ossos e músculos).</p><p>Esse corte</p><p>histológico, por sua</p><p>vez, foi extraído de</p><p>uma pele espessa.</p><p>Corresponde a um</p><p>tecido conjuntivo</p><p>do tipo denso</p><p>irregular, cuja</p><p>principal célula é o</p><p>fibroblasto.</p><p>Essa imagem</p><p>corresponde a um</p><p>fibroblasto que</p><p>contém,</p><p>predominantemente,</p><p>retículo</p><p>endoplasmático e</p><p>complexo de</p><p>Golgi, em função de</p><p>seu papel na</p><p>síntese e secreção</p><p>de proteínas.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Essa imagem</p><p>mostra as células do</p><p>tecido adiposo, que</p><p>é um tipo de tecido</p><p>conjuntivo frouxo.</p><p>Os filamentos em</p><p>rosa visíveis na</p><p>imagem da direita</p><p>são as fibras</p><p>reticulares, que são</p><p>bem finas e</p><p>responsáveis pela</p><p>sustentação.</p><p>Essa lâmina mostra</p><p>um macrófago,</p><p>célula que possui</p><p>atividade fagocítica.</p><p>Em função disso,</p><p>ele apresenta</p><p>muitos lisossomos,</p><p>fagossomos</p><p>(vesículas que</p><p>contém o material</p><p>ingerido) e os</p><p>corpos residuais</p><p>no seu citoplasma.</p><p>1- Linfócito</p><p>2- Mastócito</p><p>3- Adipócito</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Retângulo amarelo</p><p>= conjuntivo</p><p>propriamente dito.</p><p>Essa imagem é uma</p><p>lâmina da região da</p><p>mama. O tecido</p><p>conjuntivo é do tipo</p><p>frouxo e está</p><p>alterado, pois está</p><p>hiperplásico (por</p><p>conta do</p><p>crescimento do</p><p>estroma) e</p><p>comprimindo os</p><p>ductos.</p><p>Imagem de um</p><p>tecido conjuntivo</p><p>denso irregular.</p><p>Esse tipo de tecido</p><p>está presente na</p><p>epiderme e, em</p><p>função do arranjo</p><p>irregular das fibras,</p><p>fornece uma</p><p>resistência</p><p>direcional (é</p><p>resistente ao</p><p>tracionamento</p><p>proveniente de</p><p>diferentes regiões).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Vale destacar que</p><p>os adipócitos nem</p><p>sempre estão</p><p>“inchados”, depende</p><p>da quantidade de</p><p>energia que eles</p><p>armazenam. As</p><p>fibras reticulares</p><p>possibilitam essa</p><p>mudança de volume</p><p>celular</p><p>A diferença consiste no limite (se é bem definido ou não).</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Histologia do Tecido</p><p>Nervoso</p><p>1. Introdução</p><p>A função principal do sistema nervoso é</p><p>realizar a integração e coordenação das</p><p>funções biológicas. Ele está dividido</p><p>anatomicamente em sistema nervoso central</p><p>(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O</p><p>SNC inclui o encéfalo (cérebro, cerebelo e</p><p>tronco encefálico) e a medula espinal. Já o</p><p>SNP inclui nervos, gânglios e terminações</p><p>nervosas.</p><p>Componentes do SNC</p><p>O sistema nervoso central tem um papel</p><p>tão fundamental que é protegido por</p><p>estruturas ósseas, que correspondem ao</p><p>chamado esqueleto axial.</p><p>Os componentes do encéfalo, por sua vez,</p><p>também são subdivididos:</p><p>O sistema nervoso periférico, por sua vez,</p><p>também é subdividido:</p><p>Apesar do sistema nervoso central e do</p><p>periférico serem segmentações distintas,</p><p>ambos trabalham em conjunto para</p><p>possibilitar o funcionamento do organismo.</p><p>Eles recebem informações e as</p><p>transmitem por meio de neurônios e</p><p>estímulos sensoriais. Para tanto, é de</p><p>extrema importância que o SNC seja capaz</p><p>de analisar, organizar e coordenar as</p><p>funções motoras, viscerais, endócrinas e</p><p>psíquicas.</p><p>2. Células do Tecido Nervoso</p><p>Os neurônios (células do tecido nervoso)</p><p>são as principais células do organismo.</p><p>Existem cerca de 100 bilhões deles</p><p>presentes no corpo humano. São</p><p>responsáveis pela recepção, transmissão e</p><p>processamento da informação.</p><p>Além disso, também existe a neuróglia</p><p>(células da glia), que atuam como</p><p>coadjuvantes, mas estão presentes em</p><p>maior quantidade em comparação aos</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>neurônios (cerca de 10x mais). Fazem o</p><p>suporte, nutrição, sustentação, defesa, etc.</p><p>Neurônio</p><p>Aspectos Gerais:</p><p> É a unidade estrutural e funcional do</p><p>SN;</p><p> Alguns relatos da literatura mostram</p><p>que, a despeito do que sempre foi</p><p>dito, os neurônios que estão situados</p><p>no bulbo olfatório e no hipocampo</p><p>podem se dividir;</p><p> Tem as funções de estabelecer a</p><p>sinapse: receber, gerar, conduzir e</p><p>transmitir o impulso nervoso;</p><p> É dividido em três partes: dendrito,</p><p>corpo celular e axônio;</p><p> Dendritos:</p><p>o São prolongamentos múltiplos que</p><p>partem do corpo celular</p><p>do</p><p>neurônio. O diâmetro dos</p><p>prolongamentos diminui à medida</p><p>que se afastam do corpo celular (ou</p><p>pericário);</p><p>o São ramificados e numerosos.</p><p>Dessa forma, podem receber</p><p>estímulos de muitos axônios ao</p><p>mesmo tempo;</p><p>o São as “antenas dos neurônios”, na</p><p>medida em que atuam na</p><p>percepção e recepção dos</p><p>estímulos;</p><p>o Têm uma composição semelhante</p><p>à do pericário. A única diferença é</p><p>que o citoplasma dos dendritos não</p><p>tem complexo de Golgi;</p><p>o Espinhas dendríticas:</p><p>Corresponde à parte alongada com</p><p>pequenas dilatações. Nessas</p><p>dilatações estão localizados os</p><p>receptores de estímulos.</p><p> Corpo Celular, Soma ou Pericário:</p><p>o É composto por duas porções:</p><p>núcleo e citoplasma. Ou seja, é o</p><p>centro trófico, responsável pela</p><p>produção de neurotransmissores;</p><p>o O núcleo pode ser esférico,</p><p>piriforme ou anguloso (depende da</p><p>região anatômica). Além disso, no</p><p>geral ele é pouco corado, devido à</p><p>presença de cromossomos</p><p>distendidos e à alta atividade</p><p>sintética. Dentro do núcleo é</p><p>possível ver um grande nucléolo</p><p>centralizado;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>o O citoplasma é rico em organelas,</p><p>sendo que a mais importante e</p><p>abundante é o RER, juntamente</p><p>com os polirribossomos livres.</p><p>Isso se deve à grande capacidade</p><p>sintética dessa célula;</p><p>Corpo celular (note as manchas em roxo)</p><p>o Manchas basófilas = Corpúsculo</p><p>de Nissl (RER + polirribossomos</p><p>livres). Essas manchas são</p><p>características de células</p><p>neuronais e ajudam a diferenciar os</p><p>neurônios da neuróglia, além de</p><p>permitirem o estudo da</p><p>citoarquitetura dos neurônios);</p><p>o Quanto maiores os neurônios e</p><p>mais funcionais, mais corpúsculos</p><p>de Nissl serão visíveis;</p><p>o No citoplasma também estão</p><p>presentes outras organelas, tais</p><p>como o complexo de Golgi (que é</p><p>exclusivo do pericário) e as</p><p>mitocôndrias (que são moderadas</p><p>no pericário e abundantes nas</p><p>terminações dos axônios);</p><p>o Alguns locais do citoplasma contêm</p><p>pigmentos, como a melanina e a</p><p>lipofucsina. No entanto, não se</p><p>sabe ao certo qual a função deles</p><p>nessas células;</p><p>o No citoesqueleto das células</p><p>nervosas estão presentes</p><p>microtúbulos, microfilamentos e</p><p>neurofilamentos (substituem os</p><p>filamentos intermediários);</p><p>Obs: a doença de Alzheimer está</p><p>relacionada com a degeneração</p><p>desses neurofilamentos.</p><p>o Os neurofilamentos são</p><p>bioquimicamente diferentes dos</p><p>filamentos intermediários de outras</p><p>células, por isso são alvo de</p><p>patologias;</p><p>o Vale ressaltar que a função do</p><p>pericário é receber, integrar e</p><p>conduzir os estímulos.</p><p> Axônio</p><p>o É um prolongamento único;</p><p>o Diâmetro constante e ramificado na</p><p>terminação. O comprimento dele</p><p>varia, mas no geral é bem longo;</p><p>o É divido em regiões:</p><p> Cone de implantação ou</p><p>proeminência axonal</p><p>(corresponde à origem). É</p><p>desprovido de RER e</p><p>Corpúsculos de Nissl;</p><p> Axônio propriamente dito</p><p>(corresponde à extensão</p><p>após o cone de</p><p>implantação);</p><p> Terminação axonal (são</p><p>as ramificações onde estão</p><p>presentes os botões</p><p>sinápticos ou botões</p><p>terminais).</p><p>o Função dos axônios: transmissão</p><p>do impulso nervoso para o próximo</p><p>neurônio ou para uma célula</p><p>efetora. Ou seja, realiza a</p><p>condução de estímulos às regiões</p><p>distantes do corpo;</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>Fluxo retrógrado:</p><p>axônio corpo celular</p><p>Fluxo anterógrado:</p><p>corpo celular axônio</p><p>o Embora quase sempre os axônios</p><p>sejam únicos, em algumas</p><p>situações eles podem apresentar</p><p>ramificações. Essas ramificações</p><p>serão chamadas de colaterais</p><p>axonais;</p><p>o As colaterais recorrentes são</p><p>aquelas que se comunicam com a</p><p>própria célula;</p><p>o O citoplasma dos axônios</p><p>(chamado de axoplasma),</p><p>diferentemente do pericário, é</p><p>pobre em organelas. Possui</p><p>poucas mitocôndrias, algumas</p><p>cisternas de REL, muitos</p><p>microfilamentos e microtúbulos</p><p>(que são importantes para o</p><p>transporte) e não tem RER e</p><p>polirribossomos;</p><p>o Bainha de mielina: estrutura que</p><p>reveste o axônio. Aumenta a</p><p>velocidade de condução do impulso</p><p>nervoso (impulso saltatório). No</p><p>SNC é formada nos</p><p>oligodendrócitos e no SNP nas</p><p>células de Schwann;</p><p>o Realizam o transporte</p><p>axoplasmático: transporte de</p><p>substâncias, vesículas ou</p><p>moléculas que ocorre entre o</p><p>pericário do neurônio e o axônio do</p><p>neurônio;</p><p>o Fluxo Anterógrado:</p><p> Tem o intuito de suprir as</p><p>necessidades. Portanto, é</p><p>usado para a translocação</p><p>de organelas e vesículas,</p><p>assim como de</p><p>macromoléculas, tais como</p><p>actina, miosina e clatrina,</p><p>além de algumas enzimas</p><p>necessárias para a síntese</p><p>de neurotransmissores dos</p><p>terminais axônicos;</p><p> Proteína cinesina.</p><p>o Retrógrado:</p><p> Tem o intuito de sinalizar as</p><p>necessidades. Portanto, é</p><p>usado para transportar</p><p>proteínas essenciais para a</p><p>síntese de</p><p>neurofilamentos,</p><p>subunidades de</p><p>microtúbulos, enzimas</p><p>solúveis, e materiais</p><p>capturados por endocitose,</p><p>tais como vírus e toxinas</p><p>diversas;</p><p> Proteína dineína.</p><p>Classificação dos Neurônios:</p><p>A classificação dos neurônios pode ser</p><p>feita com base em vários critérios:</p><p>I. Quanto ao tamanho</p><p>o Pequenos = 4 e 5 µm;</p><p>Ex: células granulosas do</p><p>cerebelo</p><p>o Grandes = 130 a 150 µm;</p><p>Visível a olho nu isolado</p><p>II. Quanto ao número de neuritos</p><p>(dendritos)</p><p>o Multipolar: possuem mais de</p><p>dois dendritos;</p><p>o Bipolar: um único axônio e um</p><p>único dendrito (por isso bi);</p><p>o Pseudounipolar: aparentam</p><p>ter mais de um dendrito, mas</p><p>na verdade têm apenas um;</p><p>o Anaxônica: possuem somente</p><p>dendritos, sem axônios.</p><p>SOI – MÓDULO 2 REBECA TORRES (T4)</p><p>III. Quanto às conexões</p><p>o Motor: neurônios que</p><p>controlam órgãos efetores:</p><p>glândulas exócrinas e</p><p>endócrinas e fibras</p><p>musculares;</p><p>o Sensoriais: neurônios que</p><p>recebem estímulos sensoriais</p><p>do meio ambiente e do meio</p><p>interno;</p><p>o Interneurônio: neurônios que</p><p>fazem conexão entre</p><p>neurônios.</p><p>IV. Quanto ao formato dos dendritos</p><p>o Células estreladas</p><p>o Células piramidais</p><p>V. Quanto ao comprimento</p><p>o Golgi tipo I: neurônios de</p><p>projeção, axônio maior do que</p><p>a árvore dendrítica;</p><p>o Golgi tipo II: neurônios locais,</p><p>axônio menor do que a árvore</p><p>dendrítica.</p><p>VI. Quanto aos neurotransmissores</p><p>usados na comunicação</p><p>o Colinérgicos</p><p>o Outros</p><p>Independentemente da classificação que</p><p>o neurônio receba, todos eles só conseguem</p><p>exercer as suas atividades por meio de um</p><p>mecanismo único, que acontece da mesma</p><p>maneira em todas as células nervosas.</p><p>Impulso Nervoso:</p><p>A sinapse (ou impulso nervoso) pode ser</p><p>de dois tipos:</p><p>o Elétrica: são constituídas por junções</p><p>do tipo comunicante (formadas a partir</p><p>de proteínas conexinas), que</p><p>possibilitam a passagem de íons de</p><p>uma célula para a outra, promovendo,</p><p>assim, uma conexão elétrica e a</p><p>transmissão de impulsos. Elas</p><p>existem em vários locais do SNC, e a</p><p>transmissão de informação por meio</p><p>delas é mais rápida, porém com</p><p>menor possibilidade de controle;</p><p>o Química: também chamado</p><p>simplesmente de sinapse, esse tipo</p><p>de transmissão predomina em relação</p><p>ao outro. Um sinal representado pela</p><p>chegada de um potencial de ação</p><p>(impulso nervoso) ao terminal axonal</p><p>é transmitido a outra célula por</p><p>sinalização química. Esta consiste em</p><p>moléculas denominadas</p><p>neurotransmissores, que são</p><p>liberadas para o meio extracelular por</p><p>exocitose.</p><p>Os neurotransmissores geralmente são</p><p>sintetizados no corpo celular do neurônio e</p><p>transportados até os botões sinápticos, onde</p><p>são armazenados em pequenas vesículas</p><p>chamadas de vesículas sinápticas.</p><p>A maioria dos neurotransmissores são</p><p>aminas, aminoácidos ou pequenos</p><p>peptídeos (neuropeptídios). Porém, outros</p><p>tipos de moléculas e até compostos</p><p>inorgânicos, como o gás óxido nítrico, são</p><p>utilizados pelos neurônios como</p><p>neurotransmissores.</p><p>SOI – MÓDULO</p>