Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>1</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>2</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>3</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Núcleo de Educação a Distância</p><p>GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO</p><p>Capa e Contra-capa: Anna Vasconcelos</p><p>Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino</p><p>Revisão Ortográfica: Fabiana Miraz de Freitas Grecco</p><p>PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.</p><p>O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para</p><p>a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.</p><p>O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por</p><p>fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.</p><p>4</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Prezado(a) Pós-Graduando(a),</p><p>Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!</p><p>Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança</p><p>em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se</p><p>decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as</p><p>suas expectativas.</p><p>A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma</p><p>nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-</p><p>dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a</p><p>ascensão social e econômica da população de um país.</p><p>Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-</p><p>de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.</p><p>Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas</p><p>pessoais e profissionais.</p><p>Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são</p><p>outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-</p><p>ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver</p><p>um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-</p><p>ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo</p><p>importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-</p><p>rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de</p><p>ensino.</p><p>E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)</p><p>nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.</p><p>Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos</p><p>conhecimentos.</p><p>Um abraço,</p><p>Grupo Prominas - Educação e Tecnologia</p><p>5</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>6</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!</p><p>É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha</p><p>é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-</p><p>sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é</p><p>você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-</p><p>rança, disciplina e organização.</p><p>Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como</p><p>as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua</p><p>preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo</p><p>foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de</p><p>qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.</p><p>Estude bastante e um grande abraço!</p><p>Professora: Silvia Cristina da Silva</p><p>7</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao</p><p>longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-</p><p>nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela</p><p>conhecimento.</p><p>Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes</p><p>importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-</p><p>formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao</p><p>seu sucesso profisisional.</p><p>8</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Embora o conceito de Educação à Distância não seja novo,</p><p>é verdade que, com a extensão e a implementação de novas tecnolo-</p><p>gias no setor educacional, esse formato assumiu uma nova dimensão,</p><p>razão pela qual indivíduos, governos e as instituições voltaram-se, de</p><p>maneira especial, para explorar o potencial oferecido pela educação</p><p>à distância. Inserem-se, nesta unidade, os desafios e oportunidades</p><p>de ensino a distância no ensino superior. O autor trabalha em estreita</p><p>colaboração com os alunos no ensino a distância há muitos anos e</p><p>ficou interessado pela maneira que os alunos lidam com os desafios</p><p>em comparação às oportunidades oferecidas pelo ensino a distância.</p><p>O principal objetivo deste capítulo é investigar as oportunidades e os</p><p>desafios do ensino a distância. Nos últimos anos, tem havido um inte-</p><p>resse crescente nessa modalidade, no ensino superior.</p><p>Tecnologia. Formação Continuada. Ensino.</p><p>9</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 01</p><p>ASPECTOS DO ENSINO SUPERIOR</p><p>Apresentação do Módulo ______________________________________ 11</p><p>13</p><p>36</p><p>14</p><p>A Universidade na Sociedade ___________________________________</p><p>A Metodologia na Docência Universitária ________________________</p><p>O Ensino Superior no Brasil _____________________________________</p><p>CAPÍTULO 02</p><p>DIDÁTICA E PRATICAS PEDAGOGICAS NO ENSINO SUPERIOR</p><p>Didática como Ciência no Ensino Superior ______________________ 31</p><p>27Recapitulando ________________________________________________</p><p>Educação Universitária ________________________________________</p><p>Avaliação e Aprendizagem na Educação Superior _______________</p><p>39</p><p>43</p><p>17</p><p>18</p><p>Ensino Superior: Finalidade ____________________________________</p><p>Organização Interna e seu Funcionamento (Ensino, Pesquisa e</p><p>Extensão) ______________________________________________________</p><p>36</p><p>40</p><p>A Metodologia Dialética ________________________________________</p><p>Planejamentos do Ensino ______________________________________</p><p>Recapitulando _________________________________________________ 45</p><p>10</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 03</p><p>TECNOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS</p><p>Ensino a Distância ____________________________________________</p><p>Desafios do Ensino a Distância _______________________________</p><p>Interações em Sala de Aula EaD e Presencial: O Papel dos Pro-</p><p>fessores e dos Alunos _________________________________________</p><p>Recapitulando _______________________________________________</p><p>Referências __________________________________________________</p><p>49</p><p>54</p><p>53</p><p>64</p><p>73</p><p>Ambiente Virtual de Aprendizagem e Tecnologias para o Ensino _</p><p>Formação de Professor no Ensino Superior ______________________</p><p>Fechando a Unidade __________________________________________</p><p>Considerações Finais __________________________________________</p><p>51</p><p>59</p><p>69</p><p>68</p><p>11</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Abordaremos, nesta Unidade, o ensino superior no Brasil. Até</p><p>o final do século XIX existiam apenas 24 estabelecimentos de ensino</p><p>superior no Brasil com cerca de 10.000 estudantes. A partir daí, a ini-</p><p>ciativa privada criou seus próprios estabelecimentos de ensino superior</p><p>graças à possibilidade legal disciplinada pela Constituição da República</p><p>(1891). As instituições privadas surgiram da iniciativa das elites locais e</p><p>confessionais católicas (Teixeira, 1969).</p><p>O sistema educacional paulista surgiu nessa época e repre-</p><p>sentou a primeira grande ruptura com o modelo de escolas submetidas</p><p>ao controle do governo central. Dentre os cursos criados em São Paulo,</p><p>nesse período, constam os de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica</p><p>(1896), da atual Universidade Mackenzie, que é confessional presbite-</p><p>riana. Nos 30 anos seguintes, o sistema educacional apresentou uma</p><p>expansão considerável,</p><p>adquiridos, bem</p><p>como da sua expressão. O trabalho de síntese é fundamental para a</p><p>compreensão concreta do objeto. Por seu lado, a expressão constante</p><p>dessas sínteses (ainda que provisórias) é também fundamental, para</p><p>possibilitar a interação do educador com o caminho de construção de</p><p>conhecimento que o educando está fazendo.</p><p>Acreditar que tais notas ou conceitos possam, por si só, explicar</p><p>o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção,</p><p>sem que sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as con-</p><p>dições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno, a relevância</p><p>deste resultado na continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o pro-</p><p>39</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>cesso avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as possibilidades</p><p>de professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimen-</p><p>tos sobre aprendizagem e ensino. (ZACHARIAS, s/d, p.2).</p><p>De uma forma geral, o método dialético está aplicado de uma</p><p>forma mais presente nas ciências humanas, que buscam entender de</p><p>uma forma mais intensa o porquê, para quê e como os fatos se apresen-</p><p>tam, e como o seu acontecimento se torna uma questão de interesse</p><p>científico e social (DINIZ; SILVA, 2008).</p><p>EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA</p><p>Um conjunto de normas tem de ser formulado para regular esse</p><p>sistema, aplicando-se a todas as universidades, públicas ou privadas,</p><p>e incorporando todas as universidades que fazem parte do sistema de</p><p>produção do conhecimento superior, como institutos de pesquisa, em-</p><p>presas, hospitais, repartições públicas e entidades de formação de nível</p><p>superior. O sistema brasileiro deve atuar no sentido de garantir autono-</p><p>mia a cada entidade, devendo, entretanto, criar um conjunto harmônico,</p><p>capaz de funcionar com sinergia, evitando as dispersões características</p><p>do momento atual (Buarque, 2003).</p><p>Zabalza (2004) atribui três funções aos professores universi-</p><p>tários: o ensino (docência), a pesquisa e a administração em diversos</p><p>setores da instituição. Acrescento ainda a função de orientação acadê-</p><p>mica: monografias, dissertações e teses. Novas funções agregam-se a</p><p>estas, tornando mais complexo o exercício profissional:</p><p>o que alguns chamaram de business (busca de financiamento, negociação de</p><p>projetos e convênios com empresas e instituições, assessorias, participação</p><p>como especialistas em diversas instâncias científicas, etc.). E as relações</p><p>institucionais (que são entendidas de diferentes maneiras: da representação</p><p>da própria universidade nas inúmeras áreas em que é exigida até a criação</p><p>e a manutenção de uma ampla rede de relações com outras universidades,</p><p>empresas e instituições buscando reforçar o caráter teórico e prático da for-</p><p>mação e, em alguns casos, seu caráter internacional). (Ibidem, p.109).</p><p>A docência universitária requer a indissociabilidade entre ensino,</p><p>pesquisa e extensão. Essa característica integra a produção do conheci-</p><p>mento bem como sua socialização. A indissociabilidade direciona-se para</p><p>atividade reflexiva e problematizadora do futuro profissional. A Articula-</p><p>ção dos componentes curriculares e projetos de pesquisa e de interven-</p><p>ção, deve levar em conta que a realidade social não é objetivo de uma</p><p>disciplina e isso exige o emprego de uma pluralidade metodológica.</p><p>40</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>A pesquisa e a extensão devem ser inseridas na docência, vis-</p><p>to a necessidade de interrogar o que se encontra fora do ângulo imedia-</p><p>to de visão. Não se trata de pensar na extensão como diluição de ações</p><p>- para uso externo - daquilo que a " universidade produzir de bom. O</p><p>conhecimento científico produzido pela universidade não é para mera</p><p>divulgação, mas é para a melhoria de sua capacidade de decisão.</p><p>PLANEJAMENTOS DO ENSINO</p><p>O planejamento é essencial para qualquer organização e tam-</p><p>bém é a maneira mais segura de atingir metas. Mas também pode ser</p><p>um pesadelo institucional quando, em vez de ser um facilitador do tra-</p><p>balho, torna-se um obstáculo para o desempenho e o crescimento or-</p><p>ganizacional. Basicamente, porque a maioria das pessoas dentro da</p><p>universidade não sabe como usá-lo (implementação sem treinamento</p><p>adequado), não sabe por que elas precisam usá-lo (falta de comunica-</p><p>ção interna) e, pior ainda, não querem usá-lo isto.</p><p>Gandin (1997) defende a ideia de que existem planejadores,</p><p>executores e avaliadores. Contudo, ele acredita que nesse grupo há</p><p>poucos planejadores e muitos executores. Há pessoas dispostas ape-</p><p>nas em mandar, estão sempre apontando a direção a ser seguida se-</p><p>gundo seu pensamento. O sujeito dotado de consciência crítica, não se</p><p>deixa levar por essa situação, ao contrário da pessoa ingênua ou mítica</p><p>que vai se deixar manipular.</p><p>Planejar não se limita apenas ao ato de fabricar planos, vai</p><p>além do colocar ideias no papel, preparar atividade para serem execu-</p><p>tadas dentro ou fora da sala de aula. Com o planejamento não se reduz</p><p>à elaboração, estende-se também à execução e à avaliação.</p><p>Existem fatores mais importantes que determinam o sucesso</p><p>do planejamento estratégico no superior. A competência dos funcioná-</p><p>rios, a cultura do campus, o orçamento e os regulamentos também são</p><p>elementos essenciais que podem ajudar as universidades a cumprir</p><p>seus objetivos e - ainda mais importante - a sustentar esse sucesso</p><p>a tempo de serem reconhecidos pela sociedade como uma instituição</p><p>fundamental para o bem-estar comum.</p><p>O planejamento estratégico é um processo sistemático para</p><p>projetar o futuro das instituições de ensino superior. Em geral, espera-se</p><p>que o plano estratégico envolva uma abordagem coerente, consistente</p><p>e cuidadosa para garantir as aspirações de longo prazo da organização.</p><p>De acordo com Santana, (1986. P. 26) o planejamento é dividido</p><p>em três etapas: A primeira é a preparação ou estruturação do plano de</p><p>41</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Trabalho Docente. Esta etapa é onde o professor prevê como será de-</p><p>senvolvido o seu trabalho durante certo período. O professor relaciona</p><p>os conteúdos que serão trabalhados e como serão trabalhados, ou seja,</p><p>busca uma metodologia adequada, recursos didáticos e tecnológicos que</p><p>contribuam para melhor desenvolvimento dos conteúdos. Na sequência</p><p>é determinado os objetivos a serem alcançados, viabilizando estratégias</p><p>para que no decorrer do trabalho os objetivos sejam atingidos.</p><p>A segunda etapa é o desenvolvimento do plano de trabalho,</p><p>neste momento as ações que foram organizadas durante a elaboração</p><p>do planejamento são colocadas em prática, para que o processo ensino</p><p>aprendizagem sejam efetivados.</p><p>O trabalho é direcionado e constante por parte do professor,</p><p>para que o aluno construa seu conhecimento ou transforme o conhe-</p><p>cimento existente passando do senso comum, em um conhecimento</p><p>organizado e sistematizado.</p><p>A terceira etapa é a do aperfeiçoamento. Esta etapa envolve</p><p>a verificação para perceber até que ponto os objetivos traçados foram</p><p>alcançados. Neste momento de avaliação é que se fazem os ajustes na</p><p>aprendizagem de acordo com os acertos dos alunos e as necessidades</p><p>dos mesmos.</p><p>Kourganoff entre outros autores, vem chamando a nossa aten-</p><p>ção sobre a necessidade de um estudo sistemático dos problemas didá-</p><p>ticos em nível superior. Segundo ele:</p><p>“A aplicação do espírito de investigação aos problemas pedagógicos deve le-</p><p>var cada docente a fazer uma autocrítica, a tomar consciência de suas respon-</p><p>sabilidades, a repensar a maneira como desempenha suas funções e a fazer</p><p>experiências pedagógicas que visem aperfeiçoar os diversos tipos de ativida-</p><p>des que caracterizam tais funções, em particular, as voltadas à sistematização</p><p>e transmissão do saber, sem esquecer das responsabilidades propriamente</p><p>educativas. Por esta razão, é particularmente urgente melhorar o preparo pe-</p><p>dagógico dos docentes... O número de seminários e outras atividades simila-</p><p>res sobre o ensino universitário é pequeno quando comparado com o número</p><p>de outras iniciativas da mesma natureza dirigidas às diferentes especialidades</p><p>da investigação. Como recomenda o “Rapport of Berkeley”, alguns seminários</p><p>pedagógicos apropriados aos diferentes tipos de disciplinas deveriam formar</p><p>parte da rotina de cada docente universitário. Uma das preocupações de tais</p><p>encontros deveria ser um inventário pedagógico internacional dos melhores</p><p>métodos já utilizados nos diversos países” (1972. p. 84).</p><p>Uma parte significativa do planejamento e preparação é o de</p><p>realizar pesquisas. O estudo da teoria educacional e o exame das me-</p><p>lhores práticas ajudam a definir e moldar o seu próprio ensino, pois</p><p>estudar o conteúdo que você ensina em profundidade também ajudará</p><p>42</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>você a crescer e melhorar seu ensino-aprendizagem, além de poder</p><p>aplicá-lo com maior segurança de conhecimento em relação aos alunos.</p><p>Como professor, você deve ter o conteúdo que ensina domina-</p><p>do. Você deve entender o que está ensinando, por que está ensinando</p><p>e deve criar um plano de como apresentá-lo aos seus alunos todos os</p><p>dias. Isso acaba beneficiando seus alunos. É seu trabalho como pro-</p><p>fessor não apenas apresentar as informações, mas apresentar de uma</p><p>maneira que ressoe com os alunos e faça com que seja importante o</p><p>suficiente para que eles desejem aprender. Isso ocorre através do pla-</p><p>nejamento, preparação e experiência.</p><p>Uma das razões mais importantes para planejar é que o pro-</p><p>fessor precisa identificar seus objetivos para a lição. Os professores</p><p>precisam saber o que querem que seus alunos possam fazer no final</p><p>da lição que não podiam fazer antes. Aqui estão mais algumas razões</p><p>pelas quais o planejamento é importante:</p><p>• dá ao professor a oportunidade de prever possíveis proble-</p><p>mas e, portanto, considerar soluções</p><p>• garante que a lição seja equilibrada e apropriada para a aula</p><p>• dá confiança ao professor</p><p>• o planejamento é geralmente uma boa prática e um sinal de</p><p>profissionalismo</p><p>O plano de aula define “o que” o professor espera alcançar ao</p><p>longo da lição e o “como” ele espera alcançá-lo. Geralmente, eles estão</p><p>na forma escrita, mas não precisam ser. Professores novos ou inexpe-</p><p>rientes podem querer ou ser solicitados a produzir planos muito detalha-</p><p>dos - mostrando claramente o que está acontecendo em um determinado</p><p>momento da lição. No entanto, em um ambiente de ensino realista, talvez</p><p>seja impraticável considerar esses detalhes no planejamento diário.</p><p>Diferença entre Planejamento e Estratégia</p><p>O planejamento como conceito, fica entre a missão e os pla-</p><p>nos operacionais. E historicamente no ensino superior, tem sido negli-</p><p>genciado nas conversas sobre cada um. Uma declaração de missão</p><p>institucional diz por que existe uma faculdade ou universidade; esse é</p><p>o propósito. Os melhores transmitem ações específicas em relação ao</p><p>público-alvo, além de articular resultados.</p><p>Por outro lado, em se tratando da diferença, a estratégia é o</p><p>caminho a cumprir nessa missão, ou seja, é o plano de jogo que contém</p><p>respostas para perguntas-chave, como em quais áreas você se envol-</p><p>verá (graduação, pós-graduação; assistência médica, humanidades; ar-</p><p>43</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>tes liberais, profissionais; local, nacional, global; adulto, idade tradicio-</p><p>nal etc.) e como você vai ter sucesso? As operações são as etapas para</p><p>implementar a estratégia e, portanto, cumprir a missão. Muitos planos</p><p>estratégicos da universidade são principalmente resultados ou ideais</p><p>(ou "listas de desejos" não financiadas),</p><p>A Estratégia tem inúmeras definições, e as pessoas que traba-</p><p>lham com estratégia em outros contextos, como assistência médica ou</p><p>setor corporativo, geralmente discordam de seu significado. Mas o que</p><p>fica claro em muitas definições concorrentes é que a estratégia:</p><p>1) é o elo entre a missão e as realidades do mercado compe-</p><p>titivo externo;</p><p>2) trata de escolhas associadas à direção organizacional e</p><p>3) difere das operações.</p><p>O problema com muitos planos estratégicos de faculdades e</p><p>universidades é que eles não articulam escolhas; eles são internamen-</p><p>te, não focados externamente e são confusos pelas operações. Embora</p><p>prioridades operacionais importantes sejam frequentemente avançadas</p><p>nos planos estratégicos tradicionais - como a criação de um modelo de</p><p>negócios financeiramente sustentável, alavancando a tecnologia ou o</p><p>aumento de matrículas -elas não são uma estratégia.</p><p>Sendo assim, a estratégia é o objetivo para o qual você execu-</p><p>tará essas etapas operacionais. As operações abordam como fazer as</p><p>coisas corretamente, enquanto a estratégia é sobre as coisas certas a</p><p>serem feitas.</p><p>AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO SUPERIOR</p><p>De acordo com Bloom (1982), a avaliação é um método de</p><p>adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino</p><p>e aprendizagem; inclui uma grande variedade de evidências que vão</p><p>além do exame usual de papel e lápis. É um auxílio para clarificar os</p><p>objetivos significativos e as metas educacionais, e é um processo para</p><p>determinar em que medida os alunos estão se desenvolvendo dos mo-</p><p>dos desejados; é um sistema de controle de qualidade, pelo qual pode</p><p>ser determinada, etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem.</p><p>A avaliação da aprendizagem na educação superior, de modo</p><p>geral, ainda deveria avançar das práticas focalizadas que Luckesi</p><p>(1994) denominou de “verificação da aprendizagem”. A avaliação preci-</p><p>sa ser exercida como uma “produção de sentidos”, o que não pode estar</p><p>restrito à utilização de instrumentos que apenas explicam o passado.</p><p>Além disso, a avaliação precisa guardar relação com as finali-</p><p>44</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>dades sociais mais amplas da educação, com o que desejamos no futu-</p><p>ro. Finalmente, a adesão a uma ou outra forma de avaliação necessita</p><p>ser vista também como um ato moral, pois nossas escolhas qualificam</p><p>o modo como vemos e interagimos com nossos alunos.</p><p>Apesar de ser quase unânime a ideia de que a avaliação é uma</p><p>prática indispensável ao processo de escolarização, a ação avaliativa</p><p>continua sendo um tema polêmico. Há uma intensa crítica aos procedi-</p><p>mentos e instrumentos de avaliação frequentemente usados na sala de</p><p>aula, que muitas vezes se fazem acompanhar da sinalização de novas</p><p>diretrizes ou de novas propostas de ação. O olhar para essas alterna-</p><p>tivas precisa estar atento aos discursos e às práticas para evitar que a</p><p>perspectiva técnica continue colocando na sombra a perspectiva ética.</p><p>Há vários níveis de relacionamento entre avaliação e aprendiza-</p><p>gem. Diversos estudos sobre a avaliação da aprendizagem na educação</p><p>superior sugerem a existência de uma relação estreita entre as práticas de</p><p>avaliação exercidas pelos professores e os diferentes níveis de desenvol-</p><p>vimento dos estudantes no decorrer da graduação. Tais práticas podem</p><p>influenciar, por exemplo, a natureza das experiências de aprendizagem</p><p>experimentada pelos alunos, como eles se envolvem com os estudos, que</p><p>conhecimentos são importantes e como se veem no ensino universitário.</p><p>Logo, analisar a programática da avaliação é primeiramente con-</p><p>siderar ações e decisões que ela fundamenta de imediato e que atingem</p><p>pessoas bem definidas. Sobre esse ponto deve-se, evidentemente, distin-</p><p>guir as situações: a pragmática da avaliação contínua durante o ano esco-</p><p>lar remete de início, ao andamento da aula, à progressão no programa, à</p><p>manutenção da ordem e, às vezes, à individualização da aprendizagem.</p><p>45</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2015 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2015 - IF-PA -</p><p>Professor - Pedagogia</p><p>Sabe-se que a disciplina Didática faz parte dos currículos de Licen-</p><p>ciaturas e que ela</p><p>faz uso de saberes de diversas áreas do conheci-</p><p>mento humano sendo, portanto, um conjunto de saberes aparente-</p><p>mente constituído e sistematizado. De acordo com Libâneo (1992),</p><p>seu objeto é:</p><p>a) O ensino, em sua totalidade.</p><p>b) A educação em geral.</p><p>c) As disciplinas.</p><p>d) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da Criança - DF</p><p>Prova: FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialis-</p><p>ta Socioeducativo - Artes Plásticas</p><p>Assinale a alternativa que apresenta corretamente as diferenças fun-</p><p>damentais existentes entre a didática tradicional e a didática moderna.</p><p>a) A didática moderna sustenta a concepção de que o ensinar predo-</p><p>mina sobre o aprender, enquanto na didática tradicional o aprender é o</p><p>objetivo principal.</p><p>b) A didática moderna reforça a premissa de que o professor ainda é</p><p>um ser superior que ensina a ignorantes. Para a didática tradicional, o</p><p>educador e o educando constroem o conhecimento em conjunto.</p><p>c) Na didática moderna, por meio dos recursos pedagógicos, o educan-</p><p>do recebe passivamente os conhecimentos. A didática tradicional deixa</p><p>a responsabilidade da escolha para o educando.</p><p>d) Para a didática moderna, a mídia e o game, entre outros, colaboram</p><p>para tornar a aprendizagem motivadora e envolvente. Para a didática</p><p>tradicional, o professor detém o poder do conhecimento.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Suzano - SP Prova:</p><p>VUNESP - 2015 - Prefeitura de Suzano - SP - Professor de Educação</p><p>Básica Adjunto</p><p>O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como</p><p>ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades</p><p>de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente</p><p>com seus objetivos. Nesse sentido, é correto afirmar que</p><p>46</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>a) o ensino deve potencializar a aprendizagem.</p><p>b) a aprendizagem deve se ajustar ao ensino.</p><p>c) as técnicas de ensino fortalecem o professor.</p><p>d) a motivação do aluno fortalece a sequência didática.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2019 Banca: CS-UFG Órgão: IF Goiano Prova: CS-UFG - 2019</p><p>- IF Goiano - Técnico em Assuntos Educacionais</p><p>O trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática</p><p>educativa mais ampla que ocorre na sociedade, por isso, não pode</p><p>ser tratado como atividade restrita ao espaço da sala de aula. A</p><p>disciplina que sistematiza e orienta a organização pedagógica é a</p><p>didática. Qual o objeto de estudo da didática?</p><p>a) O processo pedagógico</p><p>b) O processo de ensino.</p><p>c) O planejamento de ensino.</p><p>d) O plano de aula.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Ano: 2016 Banca: FACET Concursos Órgão: Prefeitura de Marca-</p><p>ção - PB Prova: FACET Concursos - 2016 - Prefeitura de Marcação</p><p>- PB - Professor de Ciências</p><p>De acordo com a formação profissional do professor para o traba-</p><p>lho didático em sala de aula, há duas dimensões, assinale a alter-</p><p>nativa correta que contém as duas dimensões.</p><p>a) A primeira destas dimensões é a teórico-científica formada de co-</p><p>nhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e pedagogia.</p><p>A segunda é a técnico–prática, que representa o trabalho docente in-</p><p>cluindo a didática, metodologias, pesquisa e outras facetas práticas do</p><p>trabalho do professor.</p><p>b) A didática não é a mediação entre as dimensões teórico-científica e</p><p>a prática docente.</p><p>c) A teórico-científica formada de conhecimentos de filosofia, sociologia,</p><p>matemática e pedagogia. A segunda é a técnico–prática, que represen-</p><p>ta o trabalho docente incluindo a didática, excluindo metodologias.</p><p>d) Libâneo (1994, p.3) define a didática como a mediação entre as dimen-</p><p>sões teórico-científica e a prática docente. Uma envolve desde a filosofia</p><p>a matemática e a outra o trabalho docente excluindo a metodologia.</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Partindo do pressuposto que a avaliação diagnóstica é um instrumento</p><p>que tem por objetivo identificar elementos que auxiliam o processo de</p><p>47</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>construção do conhecimento/ aprendizagem do aluno, especifique os</p><p>métodos de aplicação da avaliação diagnóstica.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Assinale a alternativa que indica corretamente o objetivo da avalia-</p><p>ção diagnóstica.</p><p>a) Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno domina</p><p>b) Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno não domina</p><p>c) Identificar inabilidades e competências que o aluno domina</p><p>d) Identificar habilidades e ainda, incompetências que o aluno domina</p><p>e) NDA</p><p>NA MÍDIA</p><p>O QUE É AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ACORDO COM AU-</p><p>TORES DA PEDAGOGIA</p><p>• Luckesi, (1978): a avaliação é definida como um julgamento de valor</p><p>sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma toma-</p><p>da de decisão.</p><p>• Sarrabbi, 1971: a avaliação educativa é um processo complexo, que</p><p>começa com a formulação de objetivos e requer a elaboração de meios</p><p>para obter evidência de resultados, interpretação dos resultados para</p><p>saber em que medida foram os objetivos alcançados e formulação de</p><p>um juízo de valor.</p><p>• Juracy C. Marques, 1956: é um processo contínuo, sistemático, com-</p><p>preensivo, comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite</p><p>avaliar o conhecimento do aluno.</p><p>• Bradfield e Moredock, 1963: a avaliação significa a uma dimensão</p><p>mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza</p><p>social ou científica.</p><p>Fonte: Maria Angélica</p><p>Data: 2017</p><p>Leia na íntegra em: https://canaldoensino.com.br/blog/o-que-e-e-quais-</p><p>-os-tipos-de-avaliacao-da-aprendizagem</p><p>NA PRÁTICA</p><p>AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO</p><p>DE APRENDIZAGEM DO ALUNO</p><p>Existem três tipos de avaliação, entre os quais o professor pode optar</p><p>por um para aplicar em sua sala de aula: avaliação diagnóstica, ava-</p><p>liação formativa e avaliação somativa. A diagnóstica possibilita ao pro-</p><p>fessor identificar progressos e dificuldades por parte do aluno. Já a for-</p><p>mativa, busca identificar as principais insuficiências de aprendizagens</p><p>48</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>iniciais necessárias para o aprendizado de outros conhecimentos.</p><p>Fonte: José Amadeu da Silva Filho, Celeciano da Silva Ferreira, Régia</p><p>Maria Gomes Moreira, Sheila Maria Gonçalves da Silva.</p><p>Data: 2012</p><p>Disponível em: http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/</p><p>f7b399b81548477eec9e94f5cfccffc7_1919.pdf</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Filme: A onda</p><p>Peça de teatro: Trabalho: eu topo</p><p>Acesse os links: https://youtu.be/AHL2Ltq0TwE</p><p>https://youtu.be/cB9yhs9m5T8?t=1</p><p>49</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>Para entender o que é Educação à Distância, Moran (2009, p.</p><p>1) a define como “[...] o processo de ensino e aprendizagem, mediado</p><p>por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/</p><p>ou temporalmente”. Salienta, ainda, que é mais conveniente sua aplica-</p><p>ção para educação de adultos, por terem mais consolidado a aprendiza-</p><p>gem individual de pesquisa. A figura 3 ilustra bem como essa interação</p><p>ocorre nos dias atuais.</p><p>TECNOLOGIAS E RECURSOS</p><p>DIDÁTICOS</p><p>49</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>50</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Figura 3 – EAD na Formação Superior de Ensino</p><p>Fonte: Voz do Planalto (2019).</p><p>Entende-se que não se pode pensar em avanços sociais sig-</p><p>nificativos sem que haja acesso às tecnologias, e é a educação online</p><p>que vai favorecer a aproximação das mídias por um contingente cada</p><p>vez maior de sujeitos, que se tornarão capazes de atribuir-lhes novos</p><p>significados com a transformação de sua visão de mundo. Conforme</p><p>afirma Guatarri (2008, p.16):</p><p>As evoluções tecnológicas, conjugadas a experimentações sociais desses</p><p>novos domínios, são talvez capazes de nos fazer sair do período opressivo</p><p>atual e de nos fazer entrar nessa era pós-mídia, caracterizada por uma apro-</p><p>priação e uma resingularização da utilização da mídia.</p><p>O ensino a distância, é uma alternativa de educação, na qual</p><p>os principais elementos incluem a separação física de professores e</p><p>alunos durante a instrução e o uso de várias tecnologias para facilitar</p><p>a comunicação entre aluno e professor. Tradicionalmente, o ensino a</p><p>distância tem se concentrado em estudantes não tradicionais, como tra-</p><p>balhadores em período integral, militares e não residentes ou indivíduos</p><p>em regiões remotas que não podem participar de palestras em sala de</p><p>aula. No entanto, o ensino a distância tornou-se uma parte estabelecida</p><p>do mundo educacional, com tendências apontando para o crescimento</p><p>contínuo, principalmente no Ensino Superior.</p><p>O ensino a distância é, por definição, realizado por meio de</p><p>instituições; não é um estudo individual ou um ambiente de aprendi-</p><p>zado não acadêmico. As instituições também podem ou não oferecer</p><p>instruções tradicionais em sala de aula, mas são elegíveis para creden-</p><p>ciamento pelas mesmas agências que empregam métodos tradicionais.</p><p>A educação a distância, como qualquer outra educação, esta-</p><p>belece um grupo de aprendizado, às vezes chamado de comunidade de</p><p>51</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>aprendizado, composta por alunos, professor e recursos instrucionais -</p><p>ou seja, livros, áudio, vídeo e gráficos que permitem ao aluno acessar o</p><p>conteúdo da instrução.</p><p>Um dos primeiros assessores tecnológicos da educação foi o</p><p>slide lanterna (por exemplo, o Lanterna de Linnebach), usada no século</p><p>XIX nas aulas de chautauqua e nas escolas de liceu para adultos e em</p><p>shows itinerantes de barracas de palestras em todo o mundo para projetar</p><p>imagens em qualquer superfície conveniente; esses assessores visuais se</p><p>mostraram particularmente úteis na educação de audiências semiletradas.</p><p>No início do século XX, as teorias da aprendizagem começaram a se con-</p><p>centrar em abordagens visuais da instrução, em contraste com as práticas</p><p>de recitação oral que ainda dominavam as salas de aula tradicionais.</p><p>Gonzalez (2005) define que a Educação a distância é uma es-</p><p>tratégia de sistemas educativos que irá ofertar a educação a setores ou a</p><p>um grupo de pessoas que possuem dificuldades de acesso à educação</p><p>presencial, complementando os conceitos abordados anteriormente.</p><p>O Brasil é pródigo em exemplos de professores muito com-</p><p>petentes no uso de tecnologias e educação a distância. Mas, quase</p><p>sempre, eles foram vistos como grupos de excêntricos ou visionários,</p><p>que se dedicaram às pesquisas nesse campo sem apoio oficial – quan-</p><p>do muito, alcançavam a piedosa complacência dos gestores. Algumas</p><p>vezes, os grupos que atuavam na área, disputavam entre si, em vez de</p><p>unidos, buscarem a sensibilização dos dirigentes. O resultado disso foi</p><p>que a educação a distância ficou sendo uma ilha em nossas universida-</p><p>des e instituições. (MEC, 2003).</p><p>Quanto à modalidade de Educação a Distância (EaD), atual-</p><p>mente, a definição que se destaca e marca de forma simples e clara, é</p><p>encontrada no site do Ministério da Educação (MEC, 2005):</p><p>Educação a Distância é a modalidade educacional na qual alunos e profes-</p><p>sores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessá-</p><p>ria a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa</p><p>modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada</p><p>na Educação Básica (educação de jovens e adultos, educação profissional</p><p>técnica de nível médio) e na Educação Superior.(BRASIL, 2005).</p><p>AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIAS PARA</p><p>O ENSINO</p><p>Segundo Moran (2006), p. 25, a educação online pode ser apli-</p><p>cada desde a educação infantil até o ensino superior, contemplando</p><p>não só a educação formal, como também a não formal e a educação</p><p>52</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>corporativa, viabilizando tanto cursos totalmente a distância, quanto se-</p><p>mipresenciais e presenciais:</p><p>Uma estratégia pedagógica dinâmica é realizada com progra-</p><p>mas que sejam atualizados permanentemente, respondendo ao acele-</p><p>rado ritmo de mudança da sociedade do conhecimento e do mercado de</p><p>trabalho atual, superando assim o anacronismo em que, cedo ou tarde,</p><p>caem os conteúdos e programas dos sistemas presenciais.</p><p>Como salienta LÉVY (1999), p. 17:</p><p>tornam-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de educação e</p><p>formação. Primeiro, a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendi-</p><p>zado aberto e a distância (AAD) no cotidiano e no ordinário da educação. É</p><p>verdade que o AAD explora certas técnicas do ensino a distância, inclusive</p><p>a hipermídia, as redes interativas de comunicação e todas as tecnologias</p><p>intelectuais da cybercultura. O essencial, porém, reside num novo estilo de</p><p>pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados</p><p>e o aprendizado cooperativo em rede. Nesse quadro, o docente vê-se cha-</p><p>mado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de</p><p>alunos, em vez de um dispensador direto de conhecimentos.</p><p>Conforme Carvalho et al. (2011), várias são as possibilidades</p><p>de se implementar e usar os métodos de ensino EAD. Ementas de disci-</p><p>plinas específicas se adequam perfeitamente aos moldes desse tipo de</p><p>ensino, de modo que a utilização de recursos computacionais favoreça</p><p>o aprendizado quando comparados ao ensino presencial. Muitas ferra-</p><p>mentas que teriam dificuldades de estarem disponíveis para o aluno em</p><p>sala de aula, são acessadas por estes de maneira rápida, através de</p><p>aplicativos e softwares.</p><p>Diversos recursos virtuais auxiliam na aquisição da informação,</p><p>por meio de chats, correio eletrônico, fóruns e plataformas de buscas</p><p>como o Google, garantindo assim uma extensa flexibilidade do proces-</p><p>so de ensino-aprendizagem entre o aluno e o professor. A EAD, em nos-</p><p>so país, ganhou novos rumos e contornos a partir da Lei de Diretrizes</p><p>e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e, posteriormente, de</p><p>alguns decretos (n°2949, n°2561, n°5622) que detalharam o funciona-</p><p>mento desta modalidade de ensino.</p><p>E. P. Arruda (2015) ainda relata que o decreto nº 5.622/2005</p><p>possibilitou a oferta de cursos à distância em todos os níveis. O referi-</p><p>do dispositivo legal, mesmo cercado de cuidados, possibilitou um cresci-</p><p>mento incomum a esta modalidade educacional, provavelmente devido a</p><p>uma demanda reprimida pela lacuna ocorrida entre 2001 e 2005, período</p><p>em que o número de cursos à distância pouco cresceu no Brasil, saltando</p><p>de 14 em 2001 para 189 em 2005. Para se ter uma ideia, de 2005 ao ano</p><p>53</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>seguinte o número de cursos cresceu para 349, ou seja, quase dobrou.</p><p>Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), órgão</p><p>do governo federal, para o ano de 2013, mostravam que naquele ano o</p><p>número de cursos superiores à distância já ultrapassava 1,2 mil.</p><p>Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias é co-</p><p>laborar para que professores e alunos nas escolas e nas organizações</p><p>transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.</p><p>É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho</p><p>pessoal e profissional do seu projeto de vida, no desenvolvimento das</p><p>habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permi-</p><p>tam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se</p><p>cidadãos realizados e produtivos (MORAN, 2006).</p><p>A educação a distância também deve ser vista como uma for-</p><p>ma de respeito ao ritmo e à forma de aprender, já que a configuração da</p><p>educação presencial coloca obstáculos ao pleno desenvolvimento do</p><p>estilo de aprendizagem do aluno, já que homogeneíza os estudantes —</p><p>como se todos aprendessem no mesmo tempo e de modo igual.</p><p>No ensino a distância, existem tarefas de leitura e compreen-</p><p>são de texto, exercícios que exigem maior raciocínio e atividades de</p><p>elaboração de resumos, por exemplo — cada qual exigindo habilidades</p><p>cognitivas específicas.</p><p>O Ensino Superior a distância deve ser reconhecido e regula-</p><p>mentado pelo Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, ele cumpre</p><p>todas as exigências, seja no conteúdo ou na carga horária, que um cur-</p><p>so no formato tradicional. Por isso, não há diferença entre os diplomas.</p><p>INTERAÇÕES EM SALA DE AULA EAD E PRESENCIAL: O PAPEL</p><p>DOS PROFESSORES E DOS ALUNOS</p><p>Embora as práticas de ensino a distância sejam teoricamente</p><p>aceitas como um modelo para auxiliar na educação formal, uma pesqui-</p><p>sa aprofundada deve ser conduzida sobre as práticas de ambos os sis-</p><p>temas de ensino, sendo EAD e presencial, e os efeitos dessas práticas</p><p>em estudantes e professores devem ser medido. No ensino a distância,</p><p>são importantes o conhecimento e as tecnologias interativas, bem como</p><p>a capacidade dos professores e alunos de usar essas tecnologias inte-</p><p>rativas. O foco em uma metodologia para educação a distância geral-</p><p>mente se torna um foco em tecnologia.</p><p>O ensino a distância aberto está agora amplamente disponível na</p><p>maior parte do mundo e muitos adultos que trabalham optam pelo ensino</p><p>a distância para obter qualificações. Com as prioridades concorrentes de</p><p>54</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>trabalho, casa e escola, os adultos em todos os lugares desejam educação</p><p>com um alto grau de flexibilidade e acessibilidade. A estrutura do ODL ofe-</p><p>rece aos alunos a maior flexibilidade. Isso lhes dá controle sobre o tempo,</p><p>o local e o ritmo de sua educação. No entanto, aprender a distância não é</p><p>isento de desafios (Dzakiria, Kasim, Mohamed & Christopher, 2013).</p><p>À medida que os alunos em um ambiente de EAD iniciam o</p><p>trabalho de aprendizado, precisam de acesso contínuo a professores,</p><p>bibliotecas e outros recursos dos alunos. Os alunos devem ter aces-</p><p>so adequado aos recursos apropriados para apoiar seu aprendizado.</p><p>A instituição de ensino deve avaliar a capacidade dos alunos de obter</p><p>sucesso no aprendizado on-line.</p><p>A maioria das instituições de ensino a distância espera que os</p><p>alunos interajam principalmente por meio de suas ferramentas tecno-</p><p>lógicas on-line prescritas, a fim de aprender com sucesso e alcançar o</p><p>resultado pretendido. Espera-se que os alunos interajam ativamente on-</p><p>-line com outros alunos, professores, universidade, conteúdo e material</p><p>de estudo para obter sucesso acadêmico.</p><p>A instituição do EAD prescreve o fórum de discussão como um link</p><p>para a interatividade on-line entre os alunos e entre o aluno e o professor.</p><p>Os professores e o pessoal da administração da universidade postam infor-</p><p>mações na página do fórum de discussão, e os alunos são incentivados a</p><p>formar grupos de estudo e são lembrados a fazer suas tarefas para facilitar</p><p>o aprendizado. As atividades nos fóruns de discussão também ajudam os</p><p>alunos a compartilhar seus conhecimentos e aprender uns com os outros. .</p><p>DESAFIOS DO ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>Um problema secundário na educação a distância é a falta de</p><p>comunicação aluno-aluno. As aulas tradicionais geralmente são minis-</p><p>tradas em ambientes de grupo, onde os alunos podem aprender e com-</p><p>partilhar informações com seus colegas. É certo que a metodologia de</p><p>ensino nas formas anteriores de instrução vistas no início do ensino a</p><p>distância geralmente não dependia de muita interação ponto a ponto.</p><p>No entanto, em várias partes do mundo, assuntos como filoso-</p><p>fia, idiomas e debate foram ensinados com a confiança nas interações</p><p>ponto a ponto. Sem essa interação, os programas de educação a dis-</p><p>tância serviriam apenas como meios de transferência de informações, e</p><p>não como uma classe verdadeira.</p><p>Para muitos, uma comunidade física de alunos em uma sala</p><p>de aula tradicional é uma fonte importante de motivação, criatividade</p><p>e comprometimento com o aprendizado. No entanto, no ensino a dis-</p><p>55</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>tância, essa comunidade é problematizada porque existe no mundo vir-</p><p>tual, pelo qual os alunos são estimulados a participar de atividades de</p><p>aprendizado e a um diálogo aberto mediado pela passividade do mundo</p><p>virtual. Este ambiente de aprendizagem carece da conexão emocional</p><p>e física entre os alunos que é cultivada por meio de comunicação verbal</p><p>e não verbal. O processo de aprendizagem, como resultado, é diferente</p><p>e, em alguns casos, mais lento.</p><p>Na maioria dos dias, nossa motivação e compromisso com o</p><p>aprendizado são constantemente testados. Já estive em situações em</p><p>que não queria, por toda a minha vida, concluir uma tarefa porque me</p><p>sentia exausta e esgotada. Eu só queria dormir e comer. Essa é uma</p><p>experiência comum para muitos alunos, especialmente aqueles em um</p><p>ambiente de ensino a distância. Ainda, nesse ambiente, os professores</p><p>precisam ter o apoio da gerência, para que, por sua vez, possam apoiar</p><p>seus alunos através da personalização do curso e da atenção individual.</p><p>De preferência, isso deve ocorrer através de videoconferência</p><p>ao vivo - ou pelo menos através de e-mails regulares (individuais). Isso</p><p>mantém os alunos envolvidos e permite que os professores forneçam</p><p>feedback individual e os ajudem a resolver problemas de aprendizagem,</p><p>além de oferecer aos alunos uma conexão humana durante o curso.</p><p>Duas tendências são observadas na literatura sobre o impacto</p><p>da integração de tecnologia na prática pedagógica. A primeira é que,</p><p>contrariamente às expectativas, as abordagens de ensino em contextos</p><p>de e-learning não estão necessariamente sendo transformadas ou alte-</p><p>radas para melhor (Conole, 2007). Em vez disso, há uma persistência</p><p>dos modos tradicionais de ensino e, em alguns casos, resistência total</p><p>à inovação educacional.</p><p>Em um estudo sobre o uso do AVA por professores de uma</p><p>universidade na Irlanda, Blin & Munro (2008) descobriram que o uso do-</p><p>minante do AVA era para a disseminação de materiais relacionados ao</p><p>curso distribuídos anteriormente pela Intranet ou no papel (veja também</p><p>Sharpe et al. al., 2006).</p><p>Hedberg (2006) cita os resultados da pesquisa indicando que</p><p>para a maioria de mais de 20, Com 100 estudantes e 800 funcionários</p><p>pesquisados em cinco grandes universidades tecnológicas da Austrália,</p><p>o aprendizado on-line significou o fornecimento de informações on-line</p><p>e discussões não moderadas.</p><p>Kirkwood, observa que “Apesar do enorme investimento em</p><p>infraestrutura por governos e instituições individuais, existem níveis de-</p><p>cepcionantes de aceitação, engajamento e desenvolvimento limitado de</p><p>'comunidades de aprendizagem'” em ambos os campus contextos de</p><p>aprendizagem e DE (2009, p. 109).</p><p>56</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O maior desafio para as instituições de ensino em direção ao</p><p>ensino a distância é adotar uma visão, políticas e procedimentos singu-</p><p>lares para a sua implementação. Em geral, o planejamento do ensino</p><p>a distância é focado em questões de orçamento e de pessoal, e não</p><p>nas questões pedagógicas críticas do ensino a distância. No entanto, o</p><p>ODL é muito mais do que apenas um modo ou método de ensino; é um</p><p>campo educacional distinto e coerente, focado em novos métodos de</p><p>entrega com uma filosofia pedagógica</p><p>Desafios enfrentados pelos Alunos</p><p>Insegurança quanto ao aprendizado devido à razões como</p><p>perturbações da vida familiar, irrelevância percebida de seus estudos e</p><p>falta de apoio dos empregadores. Não há contato pessoal com profes-</p><p>sores e os alunos têm problemas no auto avaliação.</p><p>O conteúdo do curso afeta a persistência do aluno e os ma-</p><p>teriais do curso mal projetados contribuem para as taxas de desgaste</p><p>dos alunos, assim como o sentimento de estar isolado, já relatado por</p><p>estudantes da modalidade de ensino a distância, pois eles sentem falta</p><p>da colaboração de uma comunidade escolar maior e de uma parte im-</p><p>portante de suas vidas sociais.</p><p>Desafios enfrentados pelo Professor</p><p>Interesse e motivação não são fatores de sucesso reservados</p><p>apenas para o aluno, mesmo os professores</p><p>precisam do mesmo. Pro-</p><p>jetar material de ensino a distância aumenta a carga de trabalho de</p><p>professores, que já possuem material para salas de aula tradicionais.</p><p>O corpo docente deve atender às necessidades dos alunos a</p><p>distância, sem contato pessoal. O corpo docente pode perceber o en-</p><p>sino a distância como uma ameaça à posse do serviço e ao pessoal de</p><p>recursos humanos. Os professores têm menos respeito pelos acadêmi-</p><p>cos dos cursos a distância. Isso pode ser aprimorado, fazendo com que</p><p>os programas a distância tenham um processo de admissão semelhan-</p><p>te aos cursos presenciais.</p><p>Desafios enfrentados pela Universidade / Instituição</p><p>As pessoas acreditam que os cursos a distância são inferiores</p><p>aos cursos tradicionais e isso reduz a motivação de professores e alu-</p><p>57</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>nos. Para provar que a crença está errada, as universidades precisam</p><p>garantir a qualidade do conteúdo e a oferta desses cursos, compatíveis</p><p>com o aprendizado regular em sala de aula, no campus.</p><p>Embora as universidades compreendam alguns dos desafios</p><p>enfrentados pelos estudantes, elas têm desafios próprios que os impe-</p><p>dem de resolver os problemas de alunos e professores. Há conectivi-</p><p>dade/rede confiável à Internet para transportar grande quantidade de</p><p>conteúdo de aprendizado.</p><p>Atualmente é difícil encontrar alguém que não tenha feito um</p><p>curso on-line. Alunos do ensino fundamental e médio, estudantes de</p><p>graduação, pós-graduação, doutorandos e adultos com empregos em</p><p>período integral ou em regime de meio período estão procurando pro-</p><p>gramas de educação a distância em busca de uma solução de baixo</p><p>custo, apoio, flexibilidade e estabilidade para sua continuidade.</p><p>Alguns dos desafios que os programas de educação a distân-</p><p>cia enfrentam incluem a avaliação de alunos, segurança em exames,</p><p>suporte a alunos, questões técnicas e conhecimento em informática. No</p><p>entanto, com o software de avaliação correto, os programas de educa-</p><p>ção a distância podem começar a enfrentar esses desafios um a um.</p><p>Por fim, o ensino aberto e a distância se transformará gradual-</p><p>mente em um campo de aprendizado on-line no futuro. A conectividade</p><p>com a Internet e a flexibilidade no programa seriam os maiores facilita-</p><p>dores do aprendizado on-line.</p><p>Tecnologias e Mídias Educacionais</p><p>O ambiente digital, baseado na aplicação intensa e ampla de tec-</p><p>nologia de informação e comunicação, está afetando o processo educacio-</p><p>nal em várias e profundas dimensões. Este efeito pode ser estudado com</p><p>base nos seguintes fatos: a educação não é algo que acontece somente</p><p>na juventude; o conhecimento tende a tornar-se obsoleto exigindo um am-</p><p>biente que permita o aprendizado contínuo; a educação e o entretenimento</p><p>estão convergindo para um mesmo ambiente; a entrega de instruções edu-</p><p>cacionais está sendo alterada para um meio eletrônico e mais informal; e</p><p>os acessos eletrônicos a bases de conhecimento estão sendo viabilizados</p><p>de forma fácil, barata e livre (KALAKOTA e WHINSTON, 1996).</p><p>De acordo com Evans (2002), todo processo educacional diz</p><p>respeito à tecnologia. Nesse sentido, a EAD tem se desenvolvido pa-</p><p>ralelamente, juntamente com as tecnologias de comunicação, utilizan-</p><p>do meios como o correio, rádio, televisão, telefone e, agora, as novas</p><p>tecnologias, chamadas de tecnologias de informação e comunicação</p><p>58</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>(TICs). Segundo Evans (2002),</p><p>“[…] a palavra tecnologia significa mais do que mero hardware ou ferramen-</p><p>ta. Tecnologia significa a lógica, compreensão ou ciência do uso de ferra-</p><p>mentas particulares, portanto, sons, por exemplo, são as ferramentas da</p><p>linguagem (a tecnologia: a lógica, compreensão ou ciência dos sons para</p><p>construir palavras e significados). Portanto, as tecnologias educacionais, são</p><p>as maneiras as quais nós entendemos como usar ferramentas particulares,</p><p>como a impressa, as salas de aula, os retroprojetores, os computadores,</p><p>para propósitos educacionais”. (EVANS, 2002, p.7).</p><p>Assim, em termos de representação do conhecimento, pode-</p><p>mos pensar nos seguintes meios para fins educacionais:</p><p>• Áudio</p><p>• Gráficos</p><p>• Informática</p><p>• Texto</p><p>• Vídeo</p><p>Dentro de cada uma dessas mídias, existem subsistemas, como:</p><p>• áudio: sons, fala</p><p>• gráficos: diagramas, fotografias, desenhos, pôsteres, grafite</p><p>• informática: animação, simulações, fóruns de discussão on-li-</p><p>ne, mundos virtuais.</p><p>• texto: livros didáticos, romances, poemas</p><p>• vídeo: programas de televisão, clipes do YouTube, 'cabeças</p><p>falantes'</p><p>O professor precisa deixar de ser o repassador de conheci-</p><p>mento – um computador pode fazer isso e o faz muito mais eficiente-</p><p>mente do que o professor – e passar a ser o criador de ambientes de</p><p>aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectu-</p><p>al do aluno (VALENTE, 1993, p.6).</p><p>Masetto (2001, p. 23) explica o que já se pensou a respeito da</p><p>tecnologia junto ao sistema educativo:</p><p>[...] tempos houve em que se pensou que a tecnologia resolveria todos os proble-</p><p>mas da educação, e outros em que se negou totalmente qualquer validade para</p><p>essa mesma tecnologia, dizendo-se ser suficiente que o professor dominasse</p><p>um conteúdo e o transmitisse aos alunos, hoje, encontramos em uma situação</p><p>que defende a necessidade de sermos eficientes e queremos que nossos obje-</p><p>tivos sejam atingidos da forma mais completa e adequada possível, e para isso,</p><p>não podemos abrir mão da ajuda de uma tecnologia pertinente.</p><p>59</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>FORMAÇÃO DE PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR</p><p>Morosini (2000, p. 12) ao questionar</p><p>quem é o professor universitário, no âmbito de sua formação didática [...]</p><p>parte-se do princípio de que sua competência advém do domínio da área de</p><p>conhecimento, na qual atua”. Nos cursos de licenciatura, dentre as discipli-</p><p>nas específicas, uma de notório destaque é a disciplina de Didática. Em Di-</p><p>dática, os discentes, futuros docentes, aprendem “técnicas” para o exercício</p><p>da docência. A Didática investiga os fundamentos, as condições e os modos</p><p>de realizar a educação mediante o ensino.</p><p>O professor deste século necessita compreender que existem</p><p>novos desafios a serem alcançados entre eles identificar o colapso das</p><p>velhas certezas, da docência obsoleta orientadas por paradigmas indi-</p><p>vidualistas, centralistas e transmissores de verdades absolutas. O pro-</p><p>fessor deve ser um profissional diferente, com competências científica,</p><p>pedagógica e didática e está estruturada de maneira que possa permitir</p><p>o docente refletir a prática pedagógica adaptando‐a aos desafios de en-</p><p>frentar os novos problemas, conviver com as incertezas, com a transito-</p><p>riedade dos conhecimentos e com as situações ambíguas e conflituosas.</p><p>Na formação de professores, são necessários momentos de dis-</p><p>cussão em que haja troca de conhecimentos e de práticas, para que pos-</p><p>sam juntos, analisar seus caminhos pedagógicos. Numa profissionalização</p><p>docente, não há aulas a serem lecionadas, e sim, momentos de reflexão</p><p>para analisar como está sendo o trabalho em sala de aula, pois o desen-</p><p>volvimento docente se dá por meio da reflexão e da avaliação das próprias</p><p>práticas. Esse processo possibilita que sejam evidenciados os embriões</p><p>para seu aprimoramento e para a formulação de soluções inovadoras.</p><p>Segundo Tardif (2002), toda a formação docente não são au-</p><p>las, em que os professores viram alunos para aprender a trabalhar, mas</p><p>“[...] parceiros e atores de sua própria formação, que eles vão definir em</p><p>sua própria linguagem e em função de seus próprios objetivos.</p><p>[...] Noutras palavras, o que se propõe é considerar os professo-</p><p>res como sujeitos que possuem, utilizam e produzem saberes específicos</p><p>ao seu ofício, seu trabalho. A grande importância dessa perspectiva reside</p><p>no fato de os professore ocuparem, na escola, uma posição fundamental</p><p>em relação ao conjunto dos agentes escolares: em</p><p>seu trabalho cotidiano</p><p>com os alunos, são eles os principais atores e mediadores da cultura e</p><p>dos saberes escolares. Em suma, é sobre os ombros deles que repousa</p><p>no fim das contas, a missão educativa da escola. (TARDIF, 2002. p. 228).</p><p>Em continuidade ao pensamento de Pimenta, os novos desafios</p><p>60</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>para a docência, o domínio restrito de uma área científica do conhecimento</p><p>não é suficiente. O professor deve desenvolver também um saber peda-</p><p>gógico e um saber político. Este possibilita ao docente, pela ação educati-</p><p>va, a construção da consciência, numa sociedade globalizada, complexa</p><p>e contraditória. Conscientes, docentes e discentes fazem-se sujeitos da</p><p>educação. O saber-fazer pedagógico, por sua vez, possibilita ao educando</p><p>a apreensão e a contextualização do conhecimento científico elaborado.</p><p>Importância da Formação Continuada</p><p>A formação continuada é necessária para o desenvolvimento</p><p>profissional dos professores ao longo de toda sua carreira docente, ―</p><p>para que estes possam acompanhar a mudança, rever e renovar os seus</p><p>próprios conhecimentos, destrezas e perspectivas sobre o bom ensino.</p><p>O processo formativo continuado faz com que o docente tenha</p><p>confrontos entre o seu modelo pedagógico de referência com o modelo</p><p>pedagógico do formador, resultando desse confronto um novo modelo</p><p>pedagógico personalizado (Flores, 1999) que é o seu modelo pedagó-</p><p>gico ressignificado a partir dos conhecimentos adquiridos durante sua</p><p>formação continuada. Partindo do princípio que a formação continuada</p><p>perdure durante toda a carreira profissional do docente, esses confron-</p><p>tos passarão a fazer parte do cotidiano do professor, já que a educação</p><p>e o mundo são dinâmicos, estão em constante transformação.</p><p>No processo de Formação Continuada efetivo é contemplar as</p><p>três áreas da formação docente: a dimensão científica, a dimensão pe-</p><p>dagógica e a dimensão pessoal.</p><p>A dimensão científica volta-se para o desenvolvimento e atu-</p><p>alização dos conteúdos a serem ensinados e da forma pela qual o ser</p><p>humano aprende. Os professores precisam estar atualizados com os</p><p>conteúdos e com às descobertas das ciências. A dimensão pedagógica</p><p>se ocupa dos métodos, técnicas e recursos de ensino. Um sem fim de</p><p>possibilidades metodológicas se apresentam aos professores em fun-</p><p>ção do avanço da tecnologia em todas as áreas. A atividade de troca de</p><p>experiências através de oficinas e workshops mostra-se bastante eficaz</p><p>na concretização dessa dimensão.</p><p>A formação continuada é, segundo Nóvoa, (1991), Freire, (1991)</p><p>e Mello, (1994) saída possível para a melhoria da qualidade do ensino,</p><p>dentro do contexto educacional contemporâneo; é recente o bastante para</p><p>não dispor ainda de mais teorias consistentes, provavelmente, ainda em</p><p>processo. É uma tentativa de resgatar a figura do mestre, tão carente</p><p>do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias.</p><p>61</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O profissional consciente sabe que sua formação não termina</p><p>na Universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e</p><p>ideias, a matéria-prima de sua especialidade. O resto é por sua con-</p><p>ta. "Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente</p><p>se faz educador, a gente se forma, como educador, permanente-</p><p>mente, na prática e na reflexão da prática". (Freire, 1996, p. 58).</p><p>A formação continuada de professores não pode prescindir da</p><p>dimensão pessoal através de atividades que permitam profundas refle-</p><p>xões sobre crenças, valores e atitudes que permeiam a ação docente.</p><p>Assim, ainda em acordo com Delors (2003), ao tratar do pro-</p><p>fessor e seu fazer explicita que para ser eficaz terá de recorrer a com-</p><p>petências pedagógicas muito diversas e a qualidades humanas como</p><p>autoridade, paciência e humildade, melhorar a qualidade e a motivação</p><p>dos professores deve, pois ser uma prioridade em todos os países. Par-</p><p>tindo dessa afirmação podemos compreender que para bem realizar</p><p>suas atividades é necessário que busque novas formas de trabalhar</p><p>conteúdos, assim, podendo tornar o cotidiano mais leve.</p><p>Em consonância a isso Freire, (1996, p. 43), afirma que “na for-</p><p>mação permanente dos professores, o momento fundamental é a refle-</p><p>xão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou</p><p>de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Assim, é necessário</p><p>que os docentes saiam do dito comodismo de uma prática constante e</p><p>imutável, e (re) planejem suas ações dentro da sala de aula para que</p><p>alcance melhor os educandos.</p><p>De acordo com Sanmartí (2009) ensinar, aprender e avaliar,</p><p>são na realidade, três processos inseparáveis. Portanto, é necessário</p><p>sempre repensar a prática pedagógica. É evidente que a necessidade</p><p>de avaliação constante por parte dos professores quanto a sua meto-</p><p>dologia, da sua maneira de ensinar, se o mesmo está correspondendo</p><p>ao resultado final que é a aprendizagem do aluno. Muitas vezes, o pro-</p><p>fessor fica em dúvida quantos aos seus saberes, se estão a altura da</p><p>necessidade do estudante e é aí que nota-se a importância da troca de</p><p>informações entre a equipe de trabalho.</p><p>62</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Gráfico 1 – Evolução do número de matrículas em cursos de graduação, se-</p><p>gundo a modalidade de Ensino no Brasil, entre 2003 e 2014.</p><p>Fonte: Censo 2014 (ROSINI; FIGUEIREDO; AMARAL, 2016, p. 3)</p><p>De acordo com os dados apresentados no Gráfico 1, a par-</p><p>ticipação da modalidade de ensino a distância aumentou 4,61 pontos</p><p>percentuais entre 2008 e 2014. Naquele ano, a quantidade de matrícu-</p><p>las no Ensino a Distância (727.961) representava 12,53% do total de</p><p>matrículas em cursos de Graduação (5.808.017 – considerando as duas</p><p>modalidades). Já no último ano da amostra, os matriculados em EaD</p><p>(1.341.842) representavam 17,14% do total (7.828.013). Vale destacar</p><p>que foi em 2012 que a EaD atingiu seu primeiro milhão de matrículas.</p><p>Tabela 1 - Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação - 2017</p><p>63</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Fonte: INEP (2019).</p><p>Notas:</p><p>(1) Não constam dados de cursos de Área Básica de Ingres-</p><p>santes;</p><p>(2) Não incluem os docentes que atuam exclusivamente na</p><p>Pós-Graduação Lato Sensu;</p><p>(3) Corresponde ao número de vínculos de docentes a Institui-</p><p>ções de Educação Superior;</p><p>(4) Quantidade de CPFs distintos dos docentes em exercício em</p><p>cada Categoria Administrativa, podendo um docente estar em duas ou</p><p>mais categorias diferentes. O total não é a soma das diferentes categorias.</p><p>64</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IFF Prova: CESPE - 2018 - IFF -</p><p>Técnico em Assuntos Educacionais</p><p>A educação a distância está entre as modalidades de atuação com</p><p>maior índice de crescimento nos últimos anos. Com o surgimento</p><p>das novas tecnologias de informação e comunicação, essa modali-</p><p>dade de ensino/aprendizagem sofreu modificações que ampliaram</p><p>suas vantagens e reduziram suas desvantagens. Entre as possí-</p><p>veis desvantagens apontadas pelos especialistas está</p><p>a) a alta relação custo-benefício.</p><p>b) a ausência de comunicação direta.</p><p>c) a baixa sociabilização.</p><p>d) a dificuldade de estudo em grupo.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2016 Banca: FUNIVERSA Órgão: IF-AP Prova: FUNIVERSA -</p><p>2016 - IF-AP - Técnico em Assuntos Educacionais</p><p>Acerca da educação a distância, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Nos cursos superiores ofertados na modalidade a distância, as ativida-</p><p>des presenciais são optativas de acordo com o projeto de cada instituição.</p><p>b) As universidades estaduais só poderão ofertar cursos superiores a dis-</p><p>tância se autorizadas pelos respectivos conselhos estaduais de educação.</p><p>c) A educação a distância poderá ser ofertada na educação</p><p>básica, na</p><p>educação especial, na educação profissional e na educação superior,</p><p>inclusive para cursos de mestrado e doutorado.</p><p>d) Os cursos no nível básico a distância nas modalidades de educação</p><p>de jovens e adultos, educação especial e educação profissional só po-</p><p>derão ser ofertados quando autorizados pelo Ministério da Educação.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: FEPESE - 2014 -</p><p>MPE-SC - Analista - Pedagogia - Reaplicação</p><p>Cada vez mais utilizada no Brasil, a modalidade de Educação a Dis-</p><p>tância tem se tornado um instrumento fundamental de promoção</p><p>de oportunidades para muitos indivíduos, colaborando assim no</p><p>processo de democratização do ensino.</p><p>Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) so-</p><p>bre essa modalidade.</p><p>( ) A Educação a Distância é modalidade educacional efetivada</p><p>através da intensa utilização de meios e tecnologias de informação</p><p>65</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>e da comunicação, com estudantes e professores, desenvolvendo</p><p>atividades educativas em lugares ou tempos diversos.</p><p>( ) As atividades obrigatórias, compreendendo avaliação, estágios,</p><p>defesa de trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1°</p><p>, § 1° , deverão ser monitoradas, através de câmeras, para que os</p><p>professores e demais profissionais da instituição possam analisar</p><p>o desempenho dos alunos.</p><p>( ) A criação de cursos superiores em direito, medicina, odonto-</p><p>logia e psicologia, inclusive em universidades e centros univer-</p><p>sitários, deverá ser submetida, respectivamente, à manifestação</p><p>do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do</p><p>Conselho Nacional de Saúde.</p><p>( ) Polo de apoio presencial é a unidade operacional que funciona</p><p>exclusivamente no País para o desenvolvimento centralizado de</p><p>atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e</p><p>programas ofertados a distância.</p><p>( ) A matrícula em cursos a distância para educação básica de jo-</p><p>vens e adultos poderá ser feita independentemente de escolariza-</p><p>ção anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação do</p><p>aluno, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme</p><p>normas do respectivo sistema de ensino.</p><p>Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para</p><p>baixo.</p><p>a) V • V • F • V • F</p><p>b) V • F • V • F • V</p><p>c) F • V • F • V • V</p><p>d) F • F • V • V • F</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: FCC - 2016 - AL-MS -</p><p>Analista em Recursos Humanos</p><p>A Educação à Distância − EaD é normatizada pela Lei de Diretrizes</p><p>e Bases da Educação Nacional e tem, como características bási-</p><p>cas, a separação física entre o professor e o aluno e a utilização</p><p>de meios técnicos para a comunicação. São tecnologias utilizadas</p><p>nas diversas gerações de EaD, usualmente narradas na literatura:</p><p>a) distributivas, interativas e colaborativas.</p><p>b) padronizadas, individualizadas e customizadas.</p><p>c) fechadas, compartilhadas e abertas.</p><p>d) segmentadas, integradas e globais.</p><p>66</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: UEG Prova: FUNIVERSA -</p><p>2015 - UEG - Analista de Gestão Administrativa - Pedagogia</p><p>A educação a distância (EaD) é um processo de ensino-aprendiza-</p><p>gem mediado por tecnologias nas quais professores e alunos es-</p><p>tão separados espacial e(ou) temporalmente. Considerando essa</p><p>informação, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Com a educação a distância, há a possibilidade de interação on-line.</p><p>Esse é um processo de mudança uniforme e fácil que depende apenas</p><p>da motivação e da vontade das pessoas.</p><p>b) Com o avanço das tecnologias de comunicação virtual, o conceito de</p><p>presencialidade se altera, mudando o conceito de curso, de aula, que</p><p>passa a existir em um tempo e em um espaço cada vez mais flexíveis.</p><p>c) Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), proporcionados pelas</p><p>novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), são os únicos</p><p>meios de realização da educação a distância.</p><p>d) Os cursos oferecidos na modalidade a distância não são os mesmos</p><p>daqueles ofertados presencialmente, porque as aulas práticas não po-</p><p>dem ser realizadas por meio de ambientes virtuais.</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Sabendo que o ensino EAD cresce de maneira significativa no Brasil,</p><p>explique o que é e, ainda, qual a função do AVA.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Sobre o significado da sigla AVA, assinale a alternativa correspon-</p><p>dente.</p><p>a) Ambiente virtual de aprendizagem</p><p>b) Ambiente veicular de aprendizagem</p><p>c) Ambiente veicular autônomo</p><p>d) Ambiente variável de aprendizagem</p><p>e) NDA</p><p>NA MÍDIA</p><p>COMO FUNCIONA O EAD?</p><p>O EAD funciona de uma forma prática e simples. Para o ingresso em um</p><p>curso EAD, o aluno precisa de um computador com acesso à internet e</p><p>conhecimentos básicos de informática. Ao garantir esta primeira parte,</p><p>o restante é mais simples ainda. Após a escolha do curso, da instituição</p><p>e da aprovação no processo seletivo, faz-se o acesso ao site. Pronto,</p><p>surge um ambiente inovador e dinâmico, onde serão disponibilizadas</p><p>inúmeras ferramentas, como áreas com conteúdo de aulas, exercícios</p><p>67</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>e trabalhos.</p><p>Fonte: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html</p><p>Fonte: ENADE</p><p>Data: Sem data</p><p>Leia na íntegra em: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html</p><p>NA PRÁTICA</p><p>EAD</p><p>A plataforma mais utilizada é a Moodle, por ser gratuita e de software</p><p>aberto, mas há outras, como Blackboard e TelEduc. Cabe à instituição</p><p>de ensino customizar a plataforma e agregar os recursos necessários.</p><p>Ela traz seções para o material pedagógico (como os textos e exercí-</p><p>cios), para videoaulas, para transmitir aulas ao vivo, para acessar as</p><p>notas de trabalhos e provas, área de suporte técnico e de apoio peda-</p><p>gógico, além de outras áreas que a instituição pode criar.</p><p>Fonte: Guia do estudante</p><p>Data: 2018</p><p>Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/ead-</p><p>-como-funciona-uma-graduacao-a-distancia/</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Filme: Entre os muros da escola</p><p>Peça de teatro: Sala de aula</p><p>Acesse os links: https://youtu.be/GitE0S0Dqkg</p><p>https://youtu.be/YUkgXmrFcBQ</p><p>68</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Para minimizar os desafios enfrentados pelo ensino a distân-</p><p>cia, o uso da tecnologia deve ser incentivado. A infraestrutura pode ser</p><p>atualizada com a introdução de tecnologia moderna, conexão rápida</p><p>à Internet, fornecimento contínuo de energia, segurança, manutenção</p><p>regular e administração eficiente de ensino a distância.</p><p>As universidades a distância devem fornecer um laboratório de</p><p>informática equipado com número suficiente de computadores e conecta-</p><p>do à Internet rapidamente. Professores e estudantes também devem ter</p><p>habilidades e confiança para usar equipamentos eletrônicos e ter o conhe-</p><p>cimento necessário sobre o método em que as informações são entregues.</p><p>Logo, a tecnologia também pode ser usada para melhorar a qualidade da</p><p>educação tradicional, em vez de alterar os métodos de instrução.</p><p>69</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>GABARITOS</p><p>CAPÍTULO 01</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO</p><p>DE RESPOSTA</p><p>Segundo o artigo 6º da Lei 9235/2017, compete ao CNE:</p><p>I - exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento</p><p>ao Ministro de Estado da Educação nos temas afetos à regulação e à</p><p>supervisão da educação superior, inclusive nos casos omissos e nas</p><p>dúvidas surgidas na aplicação das disposições deste Decreto;</p><p>II - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre pedidos</p><p>de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento de IES e</p><p>autorização de oferta de cursos vinculadas a credenciamentos;</p><p>III - propor diretrizes e deliberar sobre a elaboração dos instrumentos</p><p>de avaliação para credenciamento e recredenciamento de instituições a</p><p>serem elaborados pelo Inep;</p><p>IV - recomendar,</p><p>por meio da Câmara de Educação Superior, providên-</p><p>cias da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior</p><p>do Ministério da Educação, quando não satisfeito o padrão de qualida-</p><p>de para credenciamento e recredenciamento de universidades, centros</p><p>universitários e faculdades;</p><p>V - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre a in-</p><p>clusão e a exclusão de denominação de curso do catálogo de cursos</p><p>superiores de tecnologia, nos termos do art. 101;</p><p>VI - julgar, por meio da Câmara de Educação Superior, recursos a ele</p><p>dirigidos nas hipóteses previstas neste Decreto; e</p><p>VII - analisar e propor ao Ministério da Educação questões relativas à</p><p>aplicação da legislação da educação superior.</p><p>Parágrafo único. As decisões da Câmara de Educação Superior de que</p><p>trata o inciso II do caput serão passíveis de recurso ao Conselho Pleno</p><p>do CNE, na forma do art. 9º, § 2º, alínea “e”, da Lei nº 4.024, de 20 de</p><p>dezembro de 1961, e do regimento interno do CNE.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: A</p><p>70</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Justificativa: A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que no arti-</p><p>go 7º da lei 9235/2017 está disposto que compete ao Inep: I - conceber,</p><p>planejar, coordenar e operacionalizar: a) as ações destinadas à avalia-</p><p>ção de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo; e b) o</p><p>Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - Enade, os exames e</p><p>as avaliações de estudantes de cursos de graduação; II - conceber, pla-</p><p>nejar, coordenar, operacionalizar e avaliar: a) os indicadores referentes</p><p>à educação superior decorrentes de exames e insumos provenientes de</p><p>bases de dados oficiais, em consonância com a legislação vigente; e) a</p><p>constituição e a manutenção de bancos de avaliadores e colaboradores</p><p>especializados, incluída a designação das comissões de avaliação; III</p><p>- elaborar e submeter à aprovação do Ministro de Estado da Educação</p><p>os instrumentos de avaliação externa in loco , em consonância com</p><p>as diretrizes propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da</p><p>Educação Superior e pelos outros órgãos competentes do Ministério</p><p>da Educação; IV - conceber, planejar, avaliar e atualizar os indicadores</p><p>dos instrumentos de avaliação externa in loco , em consonância com</p><p>as diretrizes propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da</p><p>Educação Superior do Ministério da Educação; V - presidir a Comissão</p><p>Técnica de Acompanhamento da Avaliação - CTAA, nos termos do art.</p><p>85; e VI - planejar, coordenar, operacionalizar e avaliar as ações ne-</p><p>cessárias à consecução de suas finalidades. As alternativas B, C e D</p><p>estão incorretas, vez que seu texto é o contrário do que vem expresso</p><p>no artigo acima mencionado. Já a alternativa E está errada, pois infor-</p><p>ma que não há alternativa correta, entretanto, a alternativa “a” dispõe a</p><p>veracidade das informações analisadas.</p><p>71</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 02</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO</p><p>DE RESPOSTA</p><p>• Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;</p><p>• Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno</p><p>se relaciona;</p><p>• Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do</p><p>aluno;</p><p>• Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias</p><p>de aula;</p><p>• Questionários, perguntas e conversa com alunos.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: A</p><p>Justificativa: A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que é importan-</p><p>te observar que, em ambas as possibilidades interpretativas, a avaliação</p><p>diagnóstica é um instrumento da interação pedagógica que tem como foco</p><p>parte de um percurso da aprendizagem, visando à delimitação de pontos</p><p>de partida e/ou de retomada para o ensino. Para ser qualificada como diag-</p><p>nóstica, uma avaliação precisa privilegiar os processos de ensino e apren-</p><p>dizagem e não a indicação de notas, classificações ou hierarquizações. À</p><p>avaliação diagnóstica caberia contribuir para a identificação de habilidades</p><p>e/ou competências que o aluno já domina, auxiliando na apreensão da-</p><p>quilo que precisa ser ensinado. Na concepção diagnóstica de avaliação,</p><p>a apreensão de dificuldades de aprendizagem, visa à delimitação de es-</p><p>tratégias voltadas à sua superação e não à produção de classificações ou</p><p>hierarquias de excelência. As alternativas B, C, D estão erradas, pois não</p><p>especifica adequadamente a definição de avaliação diagnóstica e, por fim,</p><p>a alternativa E está errada, pois diferente do que dispõe na alternativa em</p><p>análise, existe veracidade no especificado na alternativa “A”.</p><p>72</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 03</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO</p><p>DE RESPOSTA</p><p>O ambiente virtual de aprendizagem é composto por um conjunto de fer-</p><p>ramentas disponíveis na internet. É nesta página da internet (ou softwa-</p><p>re) que estão dispostos os conteúdos e cursos online. Neste local tam-</p><p>bém é permitida a interação dos alunos entre si e com os professores. O</p><p>ambiente virtual de aprendizagem e ensino possibilita aos professores o</p><p>acompanhamento dos seus alunos. Isso traz para o acadêmico a tutela</p><p>em seu aprendizado, essencial para a compreensão do conteúdo.</p><p>Fonte: EADBOX</p><p>Data: 2016</p><p>Disponível em: https://eadbox.com/o-que-e-ambiente-virtual-de-apren-</p><p>dizagem/</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: A</p><p>Justificativa: A alternativa “a” está correta, pois o significado da sigla AVA</p><p>é ambiente virtual da aprendizagem que tem por objetivo específico si-</p><p>mular o funcionamento de uma sala de aula. As alternativas B, C, D estão</p><p>erradas, pois não especifica adequadamente a denominação da sigla e,</p><p>por fim, a alternativa E está errada, pois diferente do que dispõe na alter-</p><p>nativa em análise, existe veracidade no especificado na alternativa “A”.</p><p>73</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>ALTHAUS, Maiza Taques Margraf. Ação Didática no Ensino Superior: A</p><p>Docência em Discussão. Rev. Teoria e Prática da Educação, v.7, n.1.,</p><p>p.101-106, jan./abr. 2004. Disponível em: . Acessado em Março de 2016.</p><p>AMARAL, A. Aula universitária: um espaço com possibilidades interdis-</p><p>ciplinares. E: VEIGA, I. Pedagogia universitária: a aula em foco. Campi-</p><p>nas: Papirus, 2000.</p><p>ANASTASIOU, L. G. C. Estratégias de Ensinagem. In: ANASTASIOU,</p><p>L. G. C.; ALVES, L. P. (org.). Processos de ensinagem na universidade:</p><p>pressupostos para as estratégias do trabalho em aula. 6. ed. Joinville:</p><p>Univille, 2003.</p><p>ARRUDA, E. P; ARRUDA, D. E. P. Educação à Distância no Brasil: po-</p><p>líticas públicas e democratização do acesso ao ensino superior. Edu-</p><p>cação em Revista. Belo Horizonte. v.31, n.03, p. 321-338, jul-set. 2015.</p><p>Blin, F. & Munro, M. (2008). Por que a tecnologia não interrompeu as</p><p>práticas de ensino dos acadêmicos? Compreendendo a resistência à</p><p>mudança através das lentes da teoria da atividade. Computers & Edu-</p><p>cation , 50 , 475-490.</p><p>BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 27.ed. São Paulo:</p><p>Malheiros, 2012.</p><p>BORBA, Ernesto Oliveira; SILVA, Regina Nogueira da. A Importância</p><p>da Didática no Ensino Superior. [S.I.]. [S.D.]. Disponível em: . Acessado em Março de 2016.</p><p>BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: http://www.</p><p>planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:</p><p>13.10.2019.</p><p>BRASIL. Decreto nº 3.860, de 09.07.2001. Disponível em: http://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm. Acesso em:</p><p>14.10.2019.</p><p>BRASIL. Decreto nº 5.773, de 09.05.2006, Disponível em : http://www2.</p><p>mec.gov.br/sapiens/portarias/dec5773.htm. Acesso em: 14.10.2019.</p><p>74</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>BRASIL. Lei nº 13.174, de 21.10.2015. Disponível em: http://www.pla-</p><p>nalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13174.htm. Acesso em</p><p>13.10.2015.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 10.12.1996. Disponível em: http://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 13.10.2019.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância.</p><p>Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância. 2005.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 13 out 2019.</p><p>BROWN, G.; BULL, J.; PENDLEBURY, M. Assessing student learning in</p><p>higher education. London: Routledge, 1997.</p><p>BUARQUE,, Cristovam. A Universidade numa Encrusilhada. Trabalho</p><p>apresentado na Conferência Mundial de Educação Superior +5, UNES-</p><p>CO, Paris, 23-25 de junho de 2003.</p><p>CARVALHO, E. F.; CUNHA, C. R.; MELGAÇO, L.O.; DIAS, C.A.C.;</p><p>MOURA, A.C.E. EaD e Ensino Superior: vantagens e desvantagens da</p><p>aplicação e conclusão sobre método efetivo. Anais do Congresso Nacio-</p><p>nal Universidade, EAD e Software Livre. Belo Horizonte, v.2, n.2, 2011.</p><p>Conole, G. (2007). Uma comparação internacional da relação entre polí-</p><p>tica e prática no e-learning. Em R. Andrews e C. Haythornthwaite (Eds.),</p><p>Manual SAGE de pesquisa de e-learning (pp. 286-310). Londres, Reino</p><p>Unido: Sage Publications Ltd.</p><p>CUNHA, A. M. de O.; BRITO, T. T. R.; CICILLINI, G. A. Dormi aluno (a)</p><p>acordei professor: interfaces da formação para o exercício do ensino</p><p>superior. In: SILVA, João dos Reis; OLIVEIRA, João Ferreira de; MAN-</p><p>CEBO, Deise (Orgs.). Reforma universitária: dimensões e perspectivas.</p><p>São Paulo: Alínea e Átomo, 2006. v. 1, p. 146-161.</p><p>DAY, Christopher. Desenvolvimento Profissional de Professores: os desa-</p><p>fios da aprendizagem permanente. Porto, Portugal, Porto Editora, 2001.</p><p>DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 8. ed. - São Paulo: Cor-</p><p>tez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2003.</p><p>DIÁRIO DE PERNANMBUCO. Brasil forma mestres e doutores para</p><p>o desemprego. 2019. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.</p><p>75</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>com.br/noticia/brasil/2019/04/brasil-forma-mestres-e-doutores-para-o-</p><p>-desemprego.html. Acesso em: 14.10.2019.</p><p>DIAS SOBRINHO, J. Avaliação educativa: produção de sentidos com</p><p>valor de formação. Avaliação, v. 13, n. 1, p. 193-207, 2008.</p><p>DURHAM, E. R. A autonomia universitária: extensão e limites. Disponí-</p><p>vel em: http://www.ufam.edu.br/attachments/article/2317/Artigo%20Au-</p><p>tonomia%20Universit%C%A 1ria%20Eunice%20Durham.pdf > Acesso</p><p>em: 14de Out. 2019.</p><p>Dzakiria et al., 2013 H. DZAKIRIA, A. Kasim, AH Mohamed , AA Chris-</p><p>topherInteratividade efetiva no aprendizado como pré-requisito para o</p><p>sucesso do ensino a distância aberto (EAD): um estudo de caso de</p><p>estudantes no estado norte de Kedar e Perlis, Malásia.</p><p>EVANS, T. Uma revisão da educação superior a distância: uma perspecti-</p><p>va Australiana. In CONGRESSO DE ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA</p><p>APRESENTAÇÃO, I, 2002. Petrópolis. Anais. Petrópolis: ESud, 2002.</p><p>FRANÇA, S. F. Uma visão geral sobre a educação brasileira. Integra-</p><p>ção, p. 75-87, 2008.</p><p>FRANÇA, S. F. Uma visão geral sobre a educação brasileira. Integra-</p><p>ção, p. 75-87, 2008.</p><p>FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.</p><p>GANDIN, Danilo. Planejamento como Prática Educativa. 9. ed., São</p><p>Paulo: Loyola, 1997.</p><p>GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2010.</p><p>GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da tutoria em Educação a Distân-</p><p>cia. 2005. São Paulo: Avercamp</p><p>GUATARRI, F. Caosmose. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008.</p><p>HEDBERG, JG (2006). Futuros de e-learning? Especulações por um</p><p>tempo ainda por vir. Estudos em Educação Continuada, 28 (2), 171-183.</p><p>76</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional. Formar-se para a mu-</p><p>dança e a incerteza. 8 ed. São Paulo Cortez, 2010.</p><p>INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAL</p><p>ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Superior 2018. Bra-</p><p>sília: Inep, 2019. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinop-</p><p>ses-estatisticas-da-educacao-superior> Acesso: 14 de outubro de 2019.</p><p>KARADUMAN E MENCET, 2013 M. Karaduman , MS MencetAtitude e</p><p>abordagens dos professores em relação aos programas de educação</p><p>formal e ensino a distância Procedia Ciências do Comportamento Social</p><p>e , 106 ( 2013 ) ( 2013 ) , pp. 523 – 532.</p><p>KENSKI, V. M. Educação e Comunicação: interconexões e convergên-</p><p>cias. Educação e Sociedade. Campinas, CEDES/Ed. Cortez, v. 29, n.</p><p>104, p. 647-666, 2008.</p><p>KIRKWOOD, A. (2009). E-learning: você nem sempre consegue o que</p><p>deseja. Tecnologia, Pedagogia e Educação 18 (2), 107-121.</p><p>LÉVY, P. Cibercultura. Disponível em: http://www1.portoweb.com.br/</p><p>pierrelevy/ educaecyber.html. Acesso em: 13 out. 2019.</p><p>LEVY, S. (2003). Seis fatores a serem considerados ao planejar progra-</p><p>mas de ensino a distância on-line no ensino superior. Revista Online de</p><p>Administração de Ensino a Distância, VI (1), 1-19.</p><p>LIBÃNEO, J. C Didática. São Paulo: Cortez ,1994. Coleção Magistério</p><p>2º grau. Série formação do professor.</p><p>LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1994.</p><p>LUZURIAGA, L. Dicionário de Pedagogia. 3. ed. Bueno Aires: Losa-da, 2001.</p><p>LUZZI, D.; LUSWARGHI, A. Os desafios da educação a distância no</p><p>contexto LatinoAmericano. Aquifolium. Disponível em: http://www.aqui-</p><p>folium.com.br/ educacional/artigos/. Acesso em: 12 out. 2019.</p><p>MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. 2.</p><p>ed. São Paulo: Summus, 2012.</p><p>MASETTO, Marcos T. Atividades pedagógicas no cotidiano da sala de</p><p>77</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>aula universitária: reflexões e sugestões práticas. In. CASTANHO, Sér-</p><p>gio e CASTANHO, Maria Eugênia (orgs.). Campinas-SP: Papirus, 2001.</p><p>MELO, Alesandro; URBANETZ, Sandra Teresinha. Fundamentos da Di-</p><p>dática. Curitiba: Ibpex, 2008. 286p.</p><p>MOITA, F.M.G.S.C; ANDRADE, F.C.B. Ensino-pesquisa-extensão: um</p><p>exercício de indissolubilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de</p><p>Educação, Rio de Janeiro, 2009, v. 14, n.41, p. 269-393, 2009.</p><p>MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24. ed., São Paulo:</p><p>Atlas, 2009.</p><p>MORAN, J. M. O que é educação à distância. 2006.</p><p>MOROSINI, Marília Costa. Docência Universitária e os Desafios da</p><p>Realidade Nacional. In: MOROSINI, Marília Costa (Org.). Professor do</p><p>Ensino Superior: identidade, docência e formação. Brasília: Instituto Na-</p><p>cional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2000.</p><p>NANDI et al., D. Nandi , S. Chang , N. Balbo. Uma estrutura conceitual</p><p>para avaliar a qualidade da interatividade em fóruns de discussão on-li-</p><p>ne, 2009.</p><p>NÓVOA, António. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa:</p><p>Educa, 2009.</p><p>NUNES, R. História da Educação na Idade Média. São Paulo: EPU:</p><p>EDUSP, 1979</p><p>NUNES, R. História da Educação na Idade Média. São Paulo: EPU:</p><p>EDUSP, 1979</p><p>OXFORD. Oxford's international profile. Disponível em: https://www.</p><p>ox.ac.uk/about/international-oxford/oxfords-international-profile?ws-</p><p>sl=1. Acesso em: 06.10.2019.</p><p>OXFORD. Oxford's international profile. Disponível em: https://www.</p><p>ox.ac.uk/about/international-oxford/oxfords-international-profile?ws-</p><p>sl=1. Acesso em: 06.10.2019.</p><p>PACHANE, G. G. Teoria e prática na formação pedagógica do professor</p><p>78</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>universitário: elementos para discussão. Publicação UEPG. Ciências Hu-</p><p>manas, Ciências Sociais Aplicadas, Líng. Letras e Artes, Ponta Grossa,</p><p>PR, v. 13, n. 1, p. 13 – 24, 2005. Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2019.</p><p>PACHECO, José Augusto; FLORES, Maria Assunção. Formação e ava-</p><p>liação de professores. Porto, Portugal: Porto: 1999.</p><p>PAIM, Antônio. A História das Ideias Filosóficas no Brasil. 4ª ed. São</p><p>Paulo: Ed. Convívio, 1987.</p><p>PAIM, Antônio. A História das Idéias Filosóficas no Brasil. 4ª ed. São</p><p>Paulo: Ed. Convívio, 1987.</p><p>PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das apren-</p><p>dizagens - entre</p><p>passando de 24 escolas isoladas a 133, 86 das</p><p>quais criadas na década de 1920 (Teixeira, 1969).</p><p>A partir da Lei nº 4.024/60 – a primeira Lei de Diretrizes e Ba-</p><p>ses da Educação Nacional –, começou a se delinear um modelo fe-</p><p>derativo da administração da educação nacional. Nas legislações que</p><p>a sucederam – Leis nº 5.692/71 e nº 5.540/78 – esse modelo veio se</p><p>consolidando num sistema em que o ensino superior ficou sob a tutela</p><p>da União e o ensino de 1º e 2º graus a cargo dos Estados.</p><p>Com a Lei nº 9.394/96, verificou-se uma ampliação do princípio</p><p>federativo, aumentando a responsabilidade da administração municipal na</p><p>gerência e condução da educação básica da sua população, bem como,</p><p>transferindo para os sistemas estaduais a supervisão e a gerência dos</p><p>Conselhos Estaduais de Educação sobre as Instituições de Ensino Supe-</p><p>rior mantidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.</p><p>A formação do professor e a busca pela melhoria na qualidade</p><p>do trabalho que realiza vem sendo discutida há algum tempo, mas uma</p><p>discussão sistemática sobre o tema é recente e emergiu com mais for-</p><p>ça, no cenário nacional, somente na década de 1980. No que concerne</p><p>ao ensino superior, o que se propunha, era uma ampla reforma do sis-</p><p>tema, substituindo escolas autônomas por universidades, com espaço</p><p>para o desenvolvimento das ciências básicas e da pesquisa, além de</p><p>formação profissional. Nesse mesmo contexto, insere-se a discussão</p><p>sobre a expansão e o papel da educação superior e da docência nesse</p><p>nível de ensino (Durham, 2005).</p><p>Quando falamos em formação de professores, a primeira coisa</p><p>que nos vem à cabeça é a formação de professores para a docência</p><p>na Educação Básica. A formação exigida para a docência no ensino</p><p>superior tem sido restrita ao conhecimento aprofundado da disciplina a</p><p>12</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>ser ensinada, sendo este conhecimento prático decorrente do exercício</p><p>profissional ou teórico, resultante do exercício acadêmico.</p><p>Pouco tem-se exigido dos docentes de ensino superior em termos</p><p>de conhecimentos pedagógicos. A cada dia, ampliam-se mais as exigên-</p><p>cias de que o professor universitário tenha títulos de mestre e doutor, no</p><p>entanto, há ainda um grande questionamento: se esta titulação, da maneira</p><p>como vem acontecendo nos cursos stricto - sensu, contribui efetivamente</p><p>para a melhoria da qualidade didática do professor no ensino superior.</p><p>13</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>A UNIVERSIDADE NA SOCIEDADE</p><p>Toda sociedade precisa se desenvolver para sobreviver. Na me-</p><p>dida em que o desenvolvimento deve ter por base a sustentabilidade, ele</p><p>deve atender às necessidades do presente sem comprometer a capacida-</p><p>de das gerações futuras de atender às delas; ele deve ser economicamen-</p><p>te eficiente, socialmente equitativo e ecologicamente tolerável. Todadia,</p><p>ditas necessidades nem sempre são econômicas, sociais ou ecológicas.</p><p>Elas podem relacionar-se ao conhecimento científico, daí a importância da</p><p>Universidade na sociedade e seu papel no desenvolvimento nacional.</p><p>A universidade tem sua origem na da Idade Média. Segundo</p><p>Nunes (1979), as Universidades com seus estatutos, organização ju-</p><p>rídica e os graus acadêmicos surgiram, espontaneamente, no seio da</p><p>ASPECTOS DO ENSINO SUPERIOR</p><p>13</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>14</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>cristandade medieval. Nesse sentido, impossível dissociar a criação da</p><p>universidade da igreja, no seu contexto instituição, eis que era o gru-</p><p>po historicamente dominante naquele período, sendo autorizadas por</p><p>bulas papais. Seguindo este entendimento, ressalta o autor que o pro-</p><p>cesso de instrumentalização do conhecimento ocorre quando essa cos-</p><p>movisão dominante, esse ideal de homem – aliado à nobreza – trans-</p><p>fere-se para as instituições de ensino, eis que o currículo das escolas</p><p>medievais culminava com o estudo da Sagrada Escritura e a convicção</p><p>de que só a Bíblia continha a verdadeira e salutar sabedoria. ...............</p><p>Não obstante, tornaram-se substanciais para a construção do conheci-</p><p>mento ocidental porque havia estudiosos nelas preocupados, priorita-</p><p>riamente, com o desenvolvimento da ciência nos currículos e eram en-</p><p>contradas nas sete artes liberais, notadamente, Aritmética, Geometria,</p><p>Astronomia, Lógica, Gramática, Música e Retórica, responsabilizadas</p><p>pela formação profissional nas áreas de Teologia, Direito e Medicina.</p><p>O surgimento das universidades modernas datam do período</p><p>de 1500-1800, na Europa, o que possibilitou a dissipação do pensamen-</p><p>to crítico e acabou por originar o Renascimento e, tempos após, o tarde</p><p>o Iluminismo.</p><p>A despeito da imprecisão dos registros, historicamente, credita-se</p><p>que o início na difusão das universidades pela Europa ocorreu no século</p><p>XII, com a fundação da Universidade de Paris. Embora já sem vínculos</p><p>com a Igreja (não católicas), necessitavam receber o aval do clero ou do</p><p>governo para o funcionamento, dedicando-se originariamente ao ensino</p><p>da medicina, das leis, da astronomia e da lógica. Em 1700, as mais conhe-</p><p>cidas destacavam-se por divulgar suas revistas científicas. Considerada</p><p>a melhor Universidade da Europa e a 1ª melhor universidade do Mundo,</p><p>fundada em 1090, Oxford é a universidade mais antiga de língua inglesa.</p><p>Como um lugar também de liberdade, independência e reflexão,</p><p>a Universidade é um instrumento de mudança que, respeitando os valores</p><p>que promove, estimula todas as formas de inovação, sejam elas tecnoló-</p><p>gicas ou sociais. Ao fazer isso, presta imensurável serviço à sociedade.</p><p>A junção entre o mercado profissional e o universo acadêmico</p><p>se faz substancial ao estímulo de profissionais com espírito de inova-</p><p>ção, partindo-se da premissa que é a contribuição de vários agentes</p><p>econômicos e sociais, com diferentes tipos de informações e conheci-</p><p>mentos, permitam a sua materialização.</p><p>O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL</p><p>No Brasil colônia desenvolveu-se apenas atividades escolares</p><p>15</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>de catequese de indígenas, conduzidas por sacerdotes Jesuítas, por</p><p>quase 300 anos, até 1792, quando veio a ocorrer a expulsão dos Jesuí-</p><p>tas do Brasil. Membros de famílias brasileiras abastadas eram enviados</p><p>para obter educação em outros países, principalmente Portugal.</p><p>O primeiro colégio jesuíta foi fundado na Bahia em 1550, servin-</p><p>do de modelo e inspiração para os outros colégios a serem criados pelo</p><p>país posteriormente e os cursos oferecidos eram segundo Paim (1987):</p><p>Chegava tão-somente ao que hoje se denomina de ensino médio de tipo</p><p>clássico. Apenas nos colégios de Bahia e do Rio de Janeiro ministrava-se o</p><p>curso de artes, intermediário entre o de humanidades e os superiores. Para</p><p>as carreiras eclesiásticas, entretanto, existiam cursos superiores de teologia</p><p>e ciências sagradas, tanto no Colégio Central da Bahia como nos seminários</p><p>maiores. Para os que não se destinavam ao sacerdócio só restava o caminho</p><p>das universidades europeias. (p. 214)</p><p>De acordo com França (2008), foi com a Proclamação da Re-</p><p>pública (1889) que a educação começou a ser prioridade para o Estado.</p><p>Com o regime republicano, cada Estado da Federação passou a ter</p><p>sua própria Constituição, com governos eleitos e forças políticas autô-</p><p>nomas. As transformações ocorridas na área educacional durante esse</p><p>período foram positivas.</p><p>Na Reforma Antônio Carlos (1841), a pesquisa científica pas-</p><p>sou a ter mais importância. A investigação científica era realizada por</p><p>institutos de pesquisa sem vínculo com o ensino superior (França, 2008).</p><p>A criação do ensino superior no Brasil ocorreu no período Impe-</p><p>rial, com a transferência da sede do poder no ano de 1808, época em que</p><p>cursos de ensino superior foram instalados no Rio de janeiro e</p><p>duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.</p><p>PIMENTA, SELMA GARRIDO et al. A construção da didática no GT Di-</p><p>dática–análise de seus referenciais. Revista Brasileira de Educação, v.</p><p>18, n. 52, p. 143-162, 2013.</p><p>PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo.</p><p>Docência no Ensino Superior. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2010.</p><p>PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos;</p><p>CAVALLET, Valdo José. Docência no ensino superior: construindo cami-</p><p>nhos. In: SEVERINO, Antônio Joaquim; FAZENDA, Ivani Catarina Aran-</p><p>tes (Orgs.). Formação docente: rupturas e possibilidades. Campinas,</p><p>SP: Papirus, 2002. p. 207-221.</p><p>PORTO, Claudio; RÉGNIER, Karla. O ensino superior no mundo e no</p><p>Brasil – Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-</p><p>2025. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/ensino-</p><p>superiormundobrasiltendenciascenarios2003-2025.pdf. Acessado em:</p><p>13.10.2019.</p><p>RAYS, Oswaldo Alonso. Ensino-pesquisa-extensão: notas para pensar</p><p>a indissociabilidade. Palestra proferida. Santa Maria, 2003.</p><p>SANMARTÍ, Neus. Avaliar para aprender, Porto Alegre, Editora Artmed,</p><p>2009, página 21.</p><p>SANT’ANNA, Flávia Maria et al. Planejamento de Ensino e Avaliação.</p><p>79</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>11 ed. Porto Alegre: Sagra, 1986.</p><p>SLIDESHARE. Estrutura da educação no Brasil. Disponível em:. https://</p><p>pt.slideshare.net/israelfaifa/estrutura-da-educao-no-brasil. Acesso em:</p><p>14.10.2019.</p><p>SOARES, Ingred. Desemprego entre mestres e doutores no Brasil che-</p><p>ga a 25%. 2019. O Estado De Minas. Disponível em: https://www.em.</p><p>com.br/app/noticia/economia/2019/03/10/internas_economia,1036705/</p><p>desemprego-entre-mestres-e-doutores-no-brasil-chega-a-25.shtml.</p><p>Acesso em: 14.10.2019.</p><p>UNESCO. Desafios e perspectivas da educação superior brasileira para</p><p>a próxima década. 2012. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/</p><p>ark:/48223/pf0000218964. Acesso em 13.10.2019.</p><p>UOL. Menos de 2% das universidades do país têm nota máxima em</p><p>avaliação do Inep. 2018. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/</p><p>noticias/2018/12/18/16-instituicoes-ensino-superior-conceito-5-mec.</p><p>htm. Acesso em: 14.10.2019</p><p>VALENTE, J. A. Diferentes usos do computador na Educação. Campi-</p><p>nas: Gráfica Central UNICAMP, 1993.</p><p>VASCONCELLOS, C. S. Metodologia dialética em sala de aula. In:</p><p>Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Liberdade.</p><p>2002. 13 ed.p. 28-54.</p><p>VASCONCELLOS, C. S. Metodologia dialética em sala de aula. Revista</p><p>de Educação AEC, Brasília, n. 83, abril, 1992.</p><p>VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Docência universitária na educação</p><p>superior. Educação Superior em Debate, Brasília, v. 5, 2006. Disponível</p><p>em: . Acesso em: 12 out. 2019.</p><p>VILLANOVA, José (Org.) Universidade do Brasil. Rio de Janeiro: Servi-</p><p>ços dos Países S.A., 1948.</p><p>VILLANOVA, José (Org.) Universidade do Brasil. Rio de Janeiro: Servi-</p><p>ços dos Países S.A., 194</p><p>VILLAS BOAS, B. Avaliação no trabalho pedagógico universitário. In:</p><p>80</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. (Org.). O Que há de novo na edu-</p><p>cação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Cam-</p><p>pinas: Papirus, 2000. p. 133-158.</p><p>VOZ DO PLANALTO. EAD na Formação Superior de Ensino. 2019. Dis-</p><p>ponivel em: https://vozdoplanalto.com.br/ead-impulsiona-formacao-su-</p><p>perior-em-pernambuco/> Acesso em: 14 de outubro de 2019.</p><p>81</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>na Bahia</p><p>a fim de atender a formação das pessoas que compunham as classes</p><p>dominantes, para qualifica-las ao exercício do poder, formação de espe-</p><p>cialistas para a produção de bens, e a formação de profissionais liberais.</p><p>Foi criado, em 1808, o curso Médico de Cirurgia na Bahia e no</p><p>mesmo ano é instituído no Rio de Janeiro o Hospital Militar, uma escola</p><p>Anatômica, Cirúrgica e Médica. Após, tem-se a instalação, na Bahia e</p><p>Rio de Janeiro, dois centros médicos cirúrgicos, matrizes das atuais Fa-</p><p>culdades de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da</p><p>Universidade Federal da Bahia. Em 1810, é instituída a Academia Real</p><p>Militar na qual se implantou o início da atual Escola de Engenharia da</p><p>Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Villanova, 1948)</p><p>O sistema universitário é composto por instituições públicas</p><p>(federais ou estaduais), católicas e privadas. A estrutura compreende</p><p>universidades, faculdades e instituições isoladas. O objetivo do ensino</p><p>superior, no Brasil, é implantar ensino, pesquisa e extensão, embora</p><p>16</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>a pesquisa seja principalmente realizada em instituições federais. As</p><p>universidades também oferecem cursos de curta duração em diversas</p><p>disciplinas, atendendo a população universitária e a comunidade.</p><p>As carreiras do ensino superior são integradas em blocos,</p><p>como:</p><p>• Ciências Biológicas e Saúde (Ciências Biológicas e da Saúde);</p><p>• Ciências Exatas da Terra (Ciências Exatas);</p><p>• Ciências Humanas e Sociais (Ciências Humanas e Sociais);</p><p>• Ciências Sociais Aplicadas (Ciências Sociais Aplicadas) e</p><p>• Engenharias e Tecnologias (Engenharia e Tecnologias).</p><p>O Conselho Federal de Educação (CFE) determina o currículo</p><p>mínimo e a alocação de tempo para os diferentes cursos. Cada institui-</p><p>ção tem a liberdade de incluir assuntos adicionais. No ano de 1998, foi</p><p>criado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a finalidade de</p><p>avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, po-</p><p>dendo participar do referido exame alunos que estão concluindo ou que</p><p>já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O Enem é utilizado</p><p>como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer</p><p>a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Aproxima-</p><p>damente, 500 (quinhentas) universidades já utilizam o resultado desse</p><p>exame como critério para selecionar o ingresso no ensino superior, seja</p><p>complementando ou até substituindo o vestibular.</p><p>Na Constituição de 1988, foi determinado que os empréstimos</p><p>estudantis, anteriormente financiados pelo Fundo de Assistência Social,</p><p>seriam alocados a partir dos recursos do Ministério da Educação e ad-</p><p>ministrados pela Caixa Econômica Federal. Os empréstimos são usa-</p><p>dos principalmente pelos estudantes para pagar as mensalidades em</p><p>universidade ou faculdades particulares, que se utilizam de um progra-</p><p>ma de financiamento chamado Financiamento Estudantil (FIES), que foi</p><p>criado no ano de 1999.</p><p>A pós-graduação já se destacou como uma referência na edu-</p><p>cação brasileira. Nos anos 50, por exemplo, as Fundações Ford e Ro-</p><p>ckefeller concederam bolsas para levar estudantes brasileiros para os</p><p>Estados Unidos para seus estudos de pós-graduação. Fundos foram</p><p>concedidos por vários órgãos públicos para financiar estudos de pós-</p><p>-graduação no exterior e internamente, órgão esses nos quais se inclu-</p><p>íam a FINEP, FAPESP, CNPQ e CAPES.</p><p>Muitas universidades têm seus próprios programas de mestra-</p><p>do e doutorado. Os programas de pós-graduação são avaliados e, de</p><p>acordo com seu desempenho, recebem recursos públicos em quantida-</p><p>des maiores ou menores para promover pesquisas e pagar bolsas de</p><p>estudo para seus alunos.</p><p>17</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>ENSINO SUPERIOR: FINALIDADES</p><p>A educação, acima de qualquer lei que lhe venha a reger, é ma-</p><p>téria com disciplina constitucional. A constituição federal (BRASIL, 1988),</p><p>elenca a educação como um direito social e, como os demais, tem por</p><p>premissa garantir uma melhor condição de vida e trabalho à população.</p><p>Segundo leciona Moraes (2009):</p><p>Direitos sociais são direitos fundamentais do homem, caracterizando-se</p><p>como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um</p><p>Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria de condições de</p><p>vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social, e são</p><p>consagrados como fundamentos do Estado democrático, pelo art. 1º, IV, da</p><p>Constituição Federal. (p. 195).</p><p>As normas que não são auto executáveis exigem providências</p><p>legislativas ulteriores para sua aplicabilidade. Assim explicava Rui Bar-</p><p>bosa (apud BONAVIDES, 2012):</p><p>Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deva atribuir meramente o valor</p><p>moral de conselhos, avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras.</p><p>Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu exercício, os</p><p>direitos, que outorgam, ou os encargos, que impõem: estabelecem competên-</p><p>cias, atribuições, poderes, cujo uso tem de aguardar que a Legislatura segundo</p><p>seu critério, os habilite a exercer. A Constituição não se executa a si mesma:</p><p>antes requer a ação legislativa, para lhe tornar efetivos os preceitos (p. 216).</p><p>A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB</p><p>(BRASIL, 1996) ressalta, em seu conteúdo, a figura do educando como</p><p>sendo a de maior relevância na atividade educacional, dispondo que a</p><p>educação, na condição de dever da família e do Estado, possui inspira-</p><p>ção nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana.</p><p>Estabelece finalidades específicas, a saber:</p><p>I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do</p><p>pensamento reflexivo;</p><p>II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a</p><p>inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento</p><p>da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;</p><p>III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o de-</p><p>senvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,</p><p>desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;</p><p>IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos</p><p>que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do</p><p>ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;</p><p>18</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional</p><p>e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos</p><p>que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do co-</p><p>nhecimento de cada geração;</p><p>VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em parti-</p><p>cular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade</p><p>e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;</p><p>VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à</p><p>difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pes-</p><p>quisa científica e tecnológica geradas na instituição.</p><p>VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação</p><p>básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização</p><p>de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão</p><p>que aproximem os dois níveis escolares. (art. 43).</p><p>A última finalidade foi inserida pela Lei nº 13.174/2015 (BRA-</p><p>SIL, 2015), contudo, se contradiz ao que foi estabelecido nos artigos 10</p><p>e 11, porquanto a oferta adequada de educação básica, compreenden-</p><p>do a educação infantil e os ensinos fundamental e médio, é atribuição</p><p>legal dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>A Educação superior contempla tão somente a educação esco-</p><p>lar, sendo justificável por conter objetivos específicos e voltados para a</p><p>cultura de transformação, trabalhando conhecimentos, atitudes e valo-</p><p>res. Em</p><p>síntese, é uma educação destinada a aperfeiçoar competências</p><p>voltadas ao mundo do trabalho, além da perspectiva de pesquisa.</p><p>ORGANIZAÇÃO INTERNA E SEU FUNCIONAMENTO (ENSINO,</p><p>PESQUISA E EXTENSÃO)</p><p>De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), as univer-</p><p>sidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão</p><p>financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade</p><p>entre ensino, pesquisa e extensão (art.207, caput). Nesse contexto, cabe a</p><p>elas a criar, organizar e extinguir cursos; elaborar estatutos; atribuir graus,</p><p>expedir e registrar diplomas; fixar currículos de cursos e seus programas;</p><p>fixar o número de vagas; celebrar contratos, acordos e convênios; adminis-</p><p>trar rendimentos; programar pesquisas e atividades de extensão; contratar</p><p>e dispensar de professores; definir planos de carreira.</p><p>A LDB define que as universidades são instituições pluridiscipli-</p><p>nares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pes-</p><p>quisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano. E ainda, que</p><p>devem atender a três requisitos: um terço do corpo docente com titulação</p><p>acadêmica de mestrado ou doutorado; igual percentual enquadrado em</p><p>19</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>regime de tempo integral; produção intelectual institucionalizada.</p><p>A avaliação é considerada fundamental. Nesse sentido, dispõe</p><p>que se deve buscar a implementação de processos com vistas à melho-</p><p>ria do ensino e à qualidade, sob a responsabilidade da União, assegurar</p><p>processo de avaliação de instituições em todo território nacional.</p><p>Pelo Decreto n.º 3.860 (BRASIL, 2001), o Ministério da Edu-</p><p>cação é órgão responsável pela coordenação da avaliação de cursos,</p><p>programas e instituições de ensino superior. A avaliação de cursos e</p><p>instituições de ensino superior está sob a organização e execução do</p><p>Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).</p><p>O último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes</p><p>(Enade), a que submetidos os formandos dos cursos de graduação,</p><p>foi aplicado pela instituição no ano de 2017. Das 2.066 instituições de</p><p>ensino superior em avaliação, apenas 34 – o equivalente a 1,6% do to-</p><p>tal – obtiveram a nota máxima, em uma escala que varia de 1 a 5. Das</p><p>instituições restantes, 278 receberam notas 1 ou 2, ficando abaixo do</p><p>limite de qualidade estabelecido pelo Sinaes.</p><p>Figura 1 - Instituições por faixa do IGC 2017</p><p>Fonte: UOL (2018)</p><p>À legislação permitiu-se uma maior flexibilização do ensino su-</p><p>perior, ao ceder espaço à iniciativa privada, resultando posteriormente</p><p>na edição do Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, regulamentando</p><p>o ensino a distância não presencial – EaD, sob o credenciamento e au-</p><p>torização do MEC.</p><p>O contexto socioeconômico do mundo globalizado exige a pro-</p><p>fissionalização, fazendo surgir também a especialização, como fruto da</p><p>integração com as inovações e tecnológicas que se apresentam em</p><p>constante movimento:</p><p>20</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>...a ampliação da demanda também é resultante de outras forças, como</p><p>a necessidade de aquisição de competências essenciais para enfrentar um</p><p>mercado de trabalho instável e cada vez mais seletivo e excludente, as trans-</p><p>formações no conteúdo das ocupações e nas profissões, trazendo de volta</p><p>para os bancos escolares uma população adulta, as facilidades que o desen-</p><p>volvimento das tecnologias de informação e comunicação apresentam para</p><p>o campo do ensino em termos de aumento da capacidade de atendimento</p><p>das instituições (estimulando as experiências com ensino a distância) e, final-</p><p>mente, no campo cultural, a combinação de todos estes vetores que incidem</p><p>sobre os anseios e expectativas dos estudantes e de suas famílias: “em cada</p><p>faixa de renda familiar, um número maior de jovens aspira a prosseguir seus</p><p>estudos além do secundário” (Porto e Régnier, 2003, p. 17).</p><p>A representação da UNESCO, no Brasil, articula permanente</p><p>diálogo com o poder público, universidades e instituições de ensino e</p><p>pesquisa e, em decorrência dessa parceria com o CNE – Conselho Na-</p><p>cional de Educação, publicou, em 2012, uma coletânea de artigos sob o</p><p>título de “Desafios e perspectivas da educação superior brasileira para a</p><p>próxima década 2011/2020”, assentando que o compromisso social da</p><p>universidade com o avanço do conhecimento e com a inovação precisa</p><p>alcançar as suas salas de aula de graduação e pós-graduação.</p><p>O processo de ensino-aprendizagem não pode desvincular-</p><p>-se dos processos de investigação acadêmica e, por consequência, é</p><p>necessário que seja compreendido como um desafio à inovação. Os</p><p>meios tecnológicos contemporâneos viabilizam essas relações em no-</p><p>vas bases, mas o desafio é maior ainda:</p><p>O sentido da relação educação-comunicação vai além das possibilidades</p><p>oferecidas pelas mídias contemporâneas e dos níveis segmentados dos sis-</p><p>temas educacionais atuais. Ultrapassa a tentativa de ordenação dos conte-</p><p>údos escolares e a profusão/confusão dos dados disponíveis em múltiplas</p><p>bases. O ato comunicativo com fins educacionais realiza-se na ação precisa</p><p>que lhe dá sentido: o diálogo, a troca e a convergência comunicativa, a par-</p><p>ceria e as múltiplas conexões entre as pessoas, unidas pelo objetivo comum</p><p>de aprender e de conviver (Kenski, 2008).</p><p>Para fins de estatística, o Ministério de Educação do Brasil de-</p><p>fine que as instituições de Ensino Superior estão classificadas da se-</p><p>guinte forma:</p><p>• Públicas (federais, estaduais e municipais);</p><p>• Privadas (podendo ser comunitárias, que incluem em sua en-</p><p>tidade mantenedora representantes da comunidade; confessionais, que</p><p>atendem a uma orientação ideológica; filantrópicas, que prestam servi-</p><p>ços à população, em caráter complementar às atividades do Estado e</p><p>21</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>particulares).</p><p>De acordo com Decreto nº 5.773 (BRASIL, 2006), faculdades e</p><p>centros universitários são entidades com enfoque na oferta de gradua-</p><p>ção, mediante a supervisão do Ministério da Educação (MEC), enquan-</p><p>to as universidades possuem mais autonomia e ofertam, não apenas</p><p>graduação, mas também pesquisa e extensão.</p><p>Figura 2 - Estrutura da Educação Brasileira</p><p>Fonte: SlideShare (2011)</p><p>A graduação: são cursos que conferem o diploma do ensino</p><p>superior, com duração média de 4 a 5 anos e oferece a maior quanti-</p><p>dade de conhecimento teórico e prático. Uma vez concluído, é possível</p><p>fazer cursos de pós-graduação e MBA. As formas de ingresso são atra-</p><p>vés de vestibular, Enem e Sisu.</p><p>Oferecem a titulação de:</p><p>• Bacharelado: forma profissionais e pesquisadores para o</p><p>mercado de trabalho;</p><p>• Licenciatura: forma professores para o ensino fundamental e</p><p>médio;</p><p>• Tecnólogo: cursos com tempo de duração menor se compa-</p><p>rados ao bacharelado e licenciatura, que forma profissionais em áreas</p><p>específicas do mercado.</p><p>Existem formas de conseguir cursar a graduação com descon-</p><p>to. São elas:</p><p>• Quero Bolsa (bolsas de estudo sem processo seletivo);</p><p>• Prouni (bolsas de estudo para os melhores no Enem);</p><p>• Fies (financiamento para os melhores no Enem).</p><p>Não há dúvidas de que a educação superior possui considerável</p><p>relevância no currículo de um indivíduo, quer em razão da exigência do</p><p>22</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>mercado ou de trabalho, quer pelo próprio desenvolvimento pessoal. Con-</p><p>tudo, ocorrem circunstâncias em que um curso de bacharelado no formato</p><p>tradicional possa não atender às expectativas e necessidades apresen-</p><p>tadas. Enquanto a graduação tradicional possui foco mais amplo em ele-</p><p>mentos teóricos e conceituais, a tecnológica privilegia o desenvolvimento</p><p>de competências profissionais, de acordo com as demandas do mercado.</p><p>Uma das vantagens dos cursos superiores de tecnologia é a</p><p>redução no tempo em o aluno faz uma graduação e garante lugar no mer-</p><p>cado de trabalho. Os</p><p>tecnólogos foram pensados para atender à deman-</p><p>da por mão de obra qualificada dos mais diversos setores da economia</p><p>brasileira. Em apenas dois anos e meio de estudos, em média, é possível</p><p>a obtenção de um diploma de nível superior e, com maior perspectiva,</p><p>uma vaga de emprego tão logo ocorra a conclusão e a formatura.</p><p>A especialização é um curso de pós-graduação lato sensu</p><p>que informa, atualiza e capacita o profissional que está no mercado de</p><p>trabalho. Diferentemente da graduação, generalista por excelência, a</p><p>especialização define habilidades técnicas específicas a determinado</p><p>tema, com programas nas mais diversas áreas de conhecimento, sendo</p><p>recomendado aos alunos que almejam seguir uma carreira acadêmica,</p><p>quer lecionando ou atuando em projetos, pesquisas, etc.</p><p>Segundo o Ministério da Educação (MEC), as pós-graduações</p><p>também incluem os cursos designados como MBA (Master Business</p><p>Administration). É um curso lato sensu voltado para quem quer aprimo-</p><p>rar conhecimentos de administração e obter uma visão aprofundada e</p><p>global do mundo corporativo, sendo geralmente procurado por empre-</p><p>sários, executivos e gestores. Com duração mínima de 360 horas, ao</p><p>final do curso, o aluno obterá certificado e não diploma. São abertos a</p><p>candidatos diplomados em cursos superiores e que atendam às exigên-</p><p>cias das instituições de ensino, consoante a LDB. As aulas à distância</p><p>não devem exceder 20% da carga horária.</p><p>Neste curso o profissional vai aprender como administrar uma</p><p>empresa, que poderá ser seu negócio próprio ou trabalhar em um gran-</p><p>de grupo. O MBA é um curso oneroso, e varia de acordo com a maté-</p><p>ria escolhida, a escola, a duração e a qualidade do mesmo. Existe um</p><p>ranking anual onde são apresentadas as melhores escolas e universi-</p><p>dade de MBA no mundo, sob o título de "Global MBA Ranking".</p><p>O MEC permite que os cursos latu sensu sejam ministrados</p><p>em cursos presenciais ou à distância, de modo que o certificado será</p><p>o mesmo, tanto para quem frequentou uma instituição física como para</p><p>quem concluiu o ensino a distância (cursos online).</p><p>O mestrado é um curso analítico e de pesquisa. O mestrado</p><p>tradicional é voltado para áreas de interesse acadêmico e é conside-</p><p>23</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>rado um passo para quem tem interesse em seguir a carreira docente.</p><p>Atualmente, já é possível encontrar o mestrado profissional, que tem</p><p>como foco a formação de profissionais com uma visão analítica, co-</p><p>nhecimentos teóricos e atuação prática sobre uma determinada área. A</p><p>duração é de cerca 24 meses, exigindo pesquisa consistente que será</p><p>transformada em uma dissertação sobre um tema específico, trabalho</p><p>que será defendido, ao final do curso, por uma banca rigorosa.</p><p>Para se candidatar a uma vaga de mestrado, seja no Brasil ou</p><p>em outro país, é comum ao processo seletivo a realização das seguin-</p><p>tes etapas:</p><p>1. Inscrição</p><p>2. Provas</p><p>3. Currículo acadêmico e profissional</p><p>4. Pré-Projeto ou Memorial</p><p>5. Entrevista Resultado</p><p>Para conseguir um bom curso, e bolsa de estudos, o candidato</p><p>deve apresentar ótimo histórico escolar e, de preferência, ter realiza-</p><p>do, durante a graduação, programa de iniciação científica. A prova de</p><p>proficiência em inglês geralmente apresenta características peculiares</p><p>e as instituições que preparam os testes, com o objetivo de fazer uma</p><p>triagem efetiva entre os candidatos, inserem estruturas complexas de</p><p>gramática e interpretação de textos de nível avançado.</p><p>Além de assistir às aulas, cabe ao aluno reservar o seu tempo</p><p>para a leitura e participação em palestras, conferências e congressos. O</p><p>estudante é acompanhado por um orientador, que o introduz num grupo</p><p>de pesquisa já desenvolvida pela instituição, ajuda-o a selecionar as dis-</p><p>ciplinas e acompanha a redação da dissertação de conclusão do curso.</p><p>O Doutorado é o passo seguinte ao mestrado, denominado</p><p>PhD, Doctor of Philosophy. É um grau acadêmico conquistado por quem</p><p>demonstra a capacidade de desenvolver novo conhecimento científico.</p><p>Enquanto no mestrado o estudante tem contato com os principais cami-</p><p>nhos teóricos e a produção intelectual, no doutorado ele vai dedicar-se</p><p>ao trabalho de criar conhecimento e adicionar novas descobertas ao</p><p>que é discutido na academia. A duração de um doutorado é de 4 a 5</p><p>anos, com uma carga horária de aulas bem reduzida, já que a maior</p><p>parte do trabalho é realizar as leituras necessárias, pesquisar e escre-</p><p>ver a tese, geralmente com dedicação de modo exclusivo.</p><p>É permitido cursar o doutorado após a graduação, sem passar</p><p>pelo mestrado, caso a instituição de ensino considerar relevante a proposta</p><p>de pesquisa do candidato a aluno. Na maioria das instituições, contudo, a</p><p>preferência é que se tenha o título de mestre. A seleção inclui análise do</p><p>currículo, aprovação do projeto de pesquisa e entrevista. Pode haver uma</p><p>24</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>prova de conhecimentos específicos e gerais. Os programas mais concei-</p><p>tuados exigem o domínio de, pelo menos, dois idiomas estrangeiros.</p><p>A extensão universitária é um meio de interação que deve exis-</p><p>tir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma</p><p>espécie de ponte permanente entre a universidade e os diversos se-</p><p>tores da sociedade. Funciona como uma via de duas mãos, em que a</p><p>Universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e re-</p><p>cebe dela influxos positivos como retroalimentação tais como suas reais</p><p>necessidades, seus anseios, aspirações e também aprendendo com o</p><p>saber dessas comunidades.</p><p>Ocorre, em realidade, uma troca de saber, em que a universi-</p><p>dade também aprende com a comunidade sobre os valores e a cultu-</p><p>ra dessa comunidade. Assim, a universidade pode planejar e executar</p><p>as atividades de extensão respeitando e não violando esses valores e</p><p>cultura. Por meio da Extensão, a universidade influencia e também é</p><p>influenciada pela própria comunidade, significando dizer que permite</p><p>uma troca de valores entre a universidade e o meio.</p><p>Além dos cursos de graduação e pós-graduação, a Universi-</p><p>dade oferece, também, cursos de formação, capacitação e qualificação</p><p>para o público, bem como elabora e administra projetos sociais e am-</p><p>bientais articulados para a comunidade. Outra função social importante</p><p>da Universidade é a elaboração e articulação de políticas públicas por</p><p>meio da participação em fóruns, consultorias e núcleos específicos de</p><p>atuação. Assim, além da sua importância como geradora de políticas</p><p>públicas, a Extensão Universitária deve servir como instrumento de in-</p><p>serção social, aproximando a academia das comunidades adjacentes.</p><p>O artigo 207 da Constituição, ao preceituar que "...as universida-</p><p>des obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa</p><p>e extensão", propõe que as universidades sejam conduzidas, associando</p><p>e integrando as atividades de ensino, extensão e pesquisa de maneira</p><p>que se complementem, para bem formar seus profissionais universitários.</p><p>Como detém o conhecimento, o transmite, por meio do ensino,</p><p>aos educandos. Através da pesquisa faz aprimorar os conhecimentos en-</p><p>tão existentes, são produzidos novos saberes. Pelo ensino, são condu-</p><p>zidos esses aprimoramentos e os novos conhecimentos aos educandos.</p><p>Por meio da extensão, é fomentada a difusão, socialização e democra-</p><p>tização do conhecimento, bem assim, das novas descobertas à comuni-</p><p>dade. A Extensão também propicia a complementação da formação dos</p><p>universitários, dada nas atividades de ensino, com a aplicação prática.</p><p>De maneira geral, as universidades têm um departamento espe-</p><p>cífico para gestão das atividades e projetos de extensão universitária. Ali,</p><p>os alunos podem obter informações sobre tudo que está sendo realizado</p><p>25</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>pela instituição nesse sentido e, inclusive, candidatar-se para participar.</p><p>Todos os projetos de extensão universitária</p><p>são coordenados</p><p>e acompanhados por professores e profissionais das respectivas áreas</p><p>do conhecimento a qual se destinam. Qualquer aluno universitário pode</p><p>participar das atividades de extensão; dependendo do projeto, há, inclu-</p><p>sive, a possibilidade de receber uma bolsa-auxílio. Os requisitos para se</p><p>candidatar variam bastante e dependem de cada projeto. Dentre outras,</p><p>podemos elencar as seguintes ações de extensão:</p><p>- Cursos, palestras e conferências;</p><p>- Cursos de ensino a distância;</p><p>- Cursos de verão, ou sazonais;</p><p>- Colônia de férias;</p><p>- Viagens de estudo;</p><p>- Campus avançados;</p><p>- Associações de ex-alunos;</p><p>- Apresentações musicais, teatrais e feiras;</p><p>- Programas e eventos culturais e esportivos;</p><p>- Universidades volantes;</p><p>- Escolas e hospitais flutuantes, etc.</p><p>Seu caráter mais prático, naturalmente, funciona para enrique-</p><p>cer o currículo de quem participa e serve de base para eventualmente</p><p>conseguir uma vaga de estágio ou em uma iniciação científica. Existem</p><p>projetos de extensão que complementam o ensino em algumas unidades.</p><p>Faculdades de engenharia mecânica, como exemplo, não con-</p><p>tam com aulas aprofundadas de automobilística ou aeronáutica, mas</p><p>possuem grupos de extensão ligados às competições da SAE de fabri-</p><p>cação de automóveis ou aviões de rádio controle, o que ajuda os alunos</p><p>envolvidos a direcionarem seus estudos para essas áreas.</p><p>Com base nessa diretriz conclui-se que a educação superior</p><p>tem como um de seus princípios formar cidadãos conscientes, capazes</p><p>de contribuir ativamente para melhoria de nossa sociedade. Para que</p><p>isso ocorra, as Universidades, segundo a legislação, deve estar apoia-</p><p>da sobre o tripé, ensino, pesquisa e extensão, que juntos constituem o</p><p>eixo fundamental da Universidade Brasileira e de forma alguma pode</p><p>ser compartimentado (Moita; Andrade, 2009).</p><p>Infelizmente, os dados mostram que muitos pós-graduados es-</p><p>tão sem um lugar no mercado de trabalho. Mesmo os mais bem qua-</p><p>lificados profissionais têm dificuldades para encontrar um emprego no</p><p>país. Por isso, não é exagero afirmar que o Brasil está formando mes-</p><p>tres e doutores para o desemprego. A frase é de Silvio Meira, profes-</p><p>sor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco</p><p>(UFPE) e da Escola de Direito do Rio da FGV. Os números demonstram</p><p>26</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>isso friamente: enquanto no mundo a taxa de desocupação desse grupo</p><p>gira em torno de 2%, por aqui, a média é de 25%. Os mestres estão em</p><p>situação ainda pior: 35% fora do mercado de trabalho (Soares, 2019).</p><p>Pesquisa promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estra-</p><p>tégicos (CGEE, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Co-</p><p>municações), publicada em 2014, consta que já havia 445.562 mestres</p><p>titulados contra 293.381 empregados. Neste mesmo intervalo, forma-</p><p>ram-se 168.143 contra 126.902 empregados.</p><p>Segundo o último levantamento organizado pela Coordenação</p><p>de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, do gover-</p><p>no federal), no ano de 2017, foram titulados no país 50.306 mestres,</p><p>21.591 doutores e 10.841 no mestrado profissional. Segundo a asses-</p><p>soria, nos últimos anos, a Capes tem mantido o orçamento em cerca de</p><p>R$ 4 bilhões, e o número de bolsas seguiu estável. Logo, a título de úl-</p><p>tima informação, são 93,5 mil bolsistas na pós-graduação no Brasil e no</p><p>exterior, número que também tem se mantido estável nos últimos anos.</p><p>27</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2014 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2014 -</p><p>UFF - Técnico em Assuntos Educacionais</p><p>Na década de 1990, frente aos desafios que se impunham no final</p><p>do século XX, a universidade enfrentava crises que demonstravam</p><p>a necessidade de reforma. As crises são:</p><p>I. da hegemonia.</p><p>II. da legitimidade.</p><p>III. institucional.</p><p>IV. de infraestrutura.</p><p>Dentre as afirmativas acima descritas:</p><p>a) somente I e II estão corretas.</p><p>b) somente I, II e III estão corretas.</p><p>c) todas estão corretas.</p><p>d) somente II e III estão corretas.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2014 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: IF-SP</p><p>Prova: FUNDEP - 2014 - IF-SP - Professor - Pedagogia</p><p>Considerando-se as reflexões de Silva Júnior e Sguissardi (2001) so-</p><p>bre a educação superior no Brasil, analise as seguintes afirmativas.</p><p>I. Ocorreu uma mercantilização do saber e do ensino superior nas</p><p>últimas décadas.</p><p>II. A qualidade dos cursos está relacionada à dedicação de prefe-</p><p>rência integral do corpo docente e aos altos níveis de qualificação</p><p>profissional.</p><p>III. A autonomia universitária é vista como indissociável da demo-</p><p>cracia interna dos Institutos de Ensino Superior.</p><p>A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS</p><p>a) I e II apenas.</p><p>b) I e III apenas.</p><p>c) II e III apenas.</p><p>d) I, II e III.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2017 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2017 -</p><p>UFC - Psicólogo - Escolar e Educacional</p><p>A Educação Superior tem como finalidade central a formação para</p><p>a vida em sociedade, o que implica em uma inserção ativa de seus</p><p>indivíduos no sentido de transformá-la, para superar as limitações</p><p>28</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>que lhe impedem de ser um espaço de crescimento coletivo e indi-</p><p>vidual. Analise as proposições abaixo e marque a opção incorreta.</p><p>a) Podem ser considerados tipos de intervenção da Psicologia Escolar</p><p>no ensino superior uma assessoria ao Plano de Desenvolvimento Insti-</p><p>tucional (PDI) e aos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs).</p><p>b) O processo educativo tem como objetivo norteador colocar-se como</p><p>instrumento de organização, reorganização e ressignificação de valores</p><p>e conceitos que permitirão aos estudantes uma atuação consciente e</p><p>intencional no contexto em que estão inseridos.</p><p>c) Podem ser consideradas dimensões de intervenção institucional da</p><p>Psicologia Escolar na Educação Superior a gestão de políticas, progra-</p><p>mas e processos educacionais na IES. Também as propostas pedagó-</p><p>gicas e funcionamento do curso e o perfil do estudante.</p><p>d) Embora se apresente a importância do campo de atuação da Psico-</p><p>logia Escolar nas IESs, seu reconhecimento como importante colabora-</p><p>dor diante dos atuais desafios que enfrentam é praticamente inexistente</p><p>nos principais centros urbanos brasileiros.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2015 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE -</p><p>2015 - UFRN - Técnico em Assuntos Educacionais</p><p>Leia as afirmações a seguir, relacionadas ao funcionamento das</p><p>instituições da educação superior.</p><p>I. O ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo,</p><p>duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo.</p><p>II. Antes de cada período letivo, as instituições devem informar aos</p><p>interessados os programas dos cursos e demais componentes</p><p>curriculares.</p><p>III. Os cursos de graduação, no período noturno, devem ter pa-</p><p>drões de qualidade diferentes do período diurno.</p><p>IV Nas instituições públicas de educação superior, o professor fica</p><p>obrigado ao mínimo de quatro horas semanais de aula.</p><p>Das afirmações, estão corretas</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d) III e IV.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Ano: 2010 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Provas: IFC - 2010 - IFC-SC -</p><p>Professor - Geografia</p><p>Tendo por base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,</p><p>29</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>assinale a alternativa INCORRETA sobre a formação dos profissio-</p><p>nais da educação:</p><p>a) A formação de profissionais de educação para administração, pla-</p><p>nejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a edu-</p><p>cação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em</p><p>nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida,</p><p>nesta formação, a base comum nacional.</p><p>b) A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em</p><p>nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em univer-</p><p>sidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação</p><p>mínima para</p><p>o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro</p><p>primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na</p><p>modalidade Normal.</p><p>c) A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática</p><p>de ensino de, no mínimo, duzentas horas.</p><p>d) Os institutos superiores de educação manterão cursos formadores de</p><p>profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior,</p><p>destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as</p><p>primeiras séries do ensino fundamental.</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Sabendo que a lei federal de número 9235/17 dispõe sobre o exercício das</p><p>funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação</p><p>superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sis-</p><p>tema federal de ensino, especifique quais são as funções do CNE.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Assinale a alternativa correta que indica adequadamente uma das</p><p>funções do INEP.</p><p>a) conceber, planejar, coordenar e operacionalizar as ações destinadas</p><p>à avaliação de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo;</p><p>b) conceber e planejar, apenas as ações destinadas à avaliação de IES,</p><p>de cursos de graduação e de escolas de governo;</p><p>c) conceber, apenas as ações destinadas à avaliação de IES, de cursos</p><p>de graduação e de escolas de governo;</p><p>d) conceber e operacionalizar, apenas as ações destinadas à avaliação</p><p>de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo;</p><p>e) NDE</p><p>NA MÍDIA</p><p>DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere</p><p>30</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>o art. 84, caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto</p><p>no art. 9º, caput , incisos VI, VIII e IX, e no art. 46, da Lei nº 9.394, de</p><p>20 de dezembro de 1996, na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, na</p><p>Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO</p><p>SISTEMA FEDERAL DE ENSINO</p><p>Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação,</p><p>supervisão e avaliação das instituições de educação superior - IES e</p><p>dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação lato sensu,</p><p>nas modalidades presencial e a distância, no sistema federal de ensino.</p><p>§ 1º A regulação será realizada por meio de atos autorizativos de fun-</p><p>cionamento de IES e de oferta de cursos superiores de graduação e</p><p>de pós-graduação lato sensu no sistema federal de ensino, a fim de</p><p>promover a igualdade de condições de acesso, de garantir o padrão de</p><p>qualidade das instituições e dos cursos e de estimular o pluralismo de</p><p>ideias e de concepções pedagógicas e a coexistência de instituições</p><p>públicas e privadas de ensino.</p><p>Fonte: BRASIL</p><p>Data: 2017</p><p>Leia na íntegra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-</p><p>2018/2017/Decreto/D9235.htm</p><p>NA PRÁTICA</p><p>EDUCAÇÃO INFANTIL: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA</p><p>Dados preliminares mostram que 75% das professoras que responde-</p><p>ram à pesquisa disseram alfabetizar seus alunos, o que nos leva a infe-</p><p>rir que há uma preocupação em preparar as crianças para o ensino fun-</p><p>damental, o que não constitui, segundo a LDB, finalidade da educação</p><p>infantil. Um aspecto interessante apresentado nos resultados é que a</p><p>preocupação em alfabetizar está presente mesmo entre as professoras</p><p>que possuem formação em Pedagogia.</p><p>OLIVEIRA, Maria Izete de. Educação infantil: legislação e prática pe-</p><p>dagógica. Psicol. educ. São Paulo, n. 27, p. 53-70, dez. 2008. Dis-</p><p>ponível em . Acesso em 09 out. 2019.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Filme: Sociedade dos poetas mortos</p><p>Peça de teatro: Vida de professor</p><p>Acesse os links: https://youtu.be/l7L5rve1IEA</p><p>https://youtu.be/uASK8hkxHDE</p><p>31</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>DIDÁTICA COMO CIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR</p><p>A dialética aplicada à metodologia científica, tem a finalidade</p><p>de analisar, de modo crítico, os acontecimentos descritos através de</p><p>um fenômeno, de forma mais aprofundada, descrevendo o fenômeno e</p><p>suas causas e suas consequências, a fim de entender a realidade em</p><p>sua totalidade.</p><p>Nesse sentido, através do método dialético podemos rever o pas-</p><p>sado diante dos acontecimentos ocorridos no presente, facilitando o ques-</p><p>tionamento sobre o futuro em relação aos repetidos assuntos estudados.</p><p>Considerada uma ciência que estuda os saberes necessários</p><p>á prática docente a Didática é um dos principais instrumentos para a</p><p>formação do professor, pois é nela que se baseiam para adquirir os en-</p><p>DIDÁTICAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS</p><p>NO ENSINO SUPERIOR</p><p>31</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>32</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>sinamentos necessários para a prática. De acordo com Libâneo (1990,</p><p>p. 26) “a didática trata da teoria geral do ensino”. Como disciplina é</p><p>entendida como um estudo sistematizado, intencional, de investigação</p><p>e de prática (LIBÂNEO, 1990).</p><p>Ainda, nesta mesma linha de pensamento, Pimenta et al, diz que:</p><p>A didática, como área da pedagogia, estuda o fenômeno ensino. As recentes</p><p>modificações nos sistemas escolares e, especialmente, na área de formação</p><p>de professores configuram uma “explosão didática”. Sua ressignificação apon-</p><p>ta para um balanço do ensino como prática social, das pesquisas e das trans-</p><p>formações que têm provocado na prática social de ensinar (2013, p.146).</p><p>No entendimento de Luzuriaga (2001), a Didática originariamen-</p><p>te significou a arte de ensinar. Durante muito tempo, ensinou-se conforme</p><p>certas regras e normas, porém estas tinham mais um caráter empírico,</p><p>pessoal ou procediam da tradição de modelos ou da habilidade pessoal.</p><p>Somente a partir do século XVII, Comenius estabeleceu a Didática sobre</p><p>as bases gerais, denominando precisamente de Didática Magna, que era</p><p>uma espécie de manual escrito em um livro elaborado com a pretensão</p><p>de ensinar tudo a todos. A Didática Magna foi a principal obra de Come-</p><p>nius, que compreendia não apenas os métodos e regras de ensinar, mas</p><p>também a totalidade ação educativa. Segundo Gil (2010, p.2) didática é a</p><p>“arte de ensinar”. Ele segue citando Comenius, que afirmava que didática</p><p>é a “arte de ensinar tudo a todos” e Masetto, que diz que didática “é o</p><p>estudo do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula e de seus</p><p>resultados”. Falando acerca de didática Libâneo diz:</p><p>A didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto,</p><p>no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se</p><p>relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos</p><p>alunos uma aprendizagem significativa. Ela ajuda o professor na direção e</p><p>orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe segu-</p><p>rança profissional. (LIBÂNEO, 2002, p.5).</p><p>A palavra Didática refere-se à ordem, clareza, simplificação e cos-</p><p>tuma, portanto, também conotar rigor, bitolamento, limitação, quadratura.</p><p>Se ela adquiriu significados negativos, supõe-se que a origem deles esteja</p><p>na práxis, ou seja, no exercício regular da Didática, em todos os níveis de</p><p>ensino, seria responsável pelo seu desprestígio ou má fama. Realmente,</p><p>muitos manuais de Didática estão cheios de itens e subitens, regras e con-</p><p>selhos: o professor deve, o professor não deve e ficam, portanto, muito pró-</p><p>ximos dos receituários ou listagens de permissões e proibições, tentando</p><p>inutilmente disfarçar o seu vazio atrás de excessivo formalismo.</p><p>A Didática associa-se à ciência desde o momento em que os</p><p>33</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>homens passaram a questionar, de forma exaustiva, todas as formas</p><p>possíveis de se ensinar algo a alguém. De modo que, ela passou a es-</p><p>tar presente quando o homem organizou a maneira de transmitir seus</p><p>conhecimentos ao exercitar uma prática pedagógica</p><p>– uma Didática.</p><p>Libâneo (2007) aponta que a Didática tem como objeto de es-</p><p>tudo o processo de ensino, finalidades, pedagogias, condição e meios</p><p>de direção e organização do ensino e aprendizagem, pelos quais se as-</p><p>seguram a mediação docente de objetivos, os conteúdos e os métodos</p><p>para atingir a efetivação da assimilação dos conhecimentos.</p><p>Apesar da discussão de como ensinar e como sistematizar o</p><p>ensino ter sido uma preocupação dos educadores desde que se orga-</p><p>nizou a relação pedagógica, a Didática é considerada uma teoria do</p><p>ensino apenas a partir do século XVII:</p><p>a história da Didática está ligada ao aparecimento do ensino – no decorrer do</p><p>desenvolvimento da sociedade, da produção e das ciências - como atividade</p><p>planejada e intencional dedicada à instrução.[...] Na chamada Antiguidade</p><p>Clássica ( gregos e romanos) e no período medieval também se desenvol-</p><p>vem formas de ação pedagógicas, em escolas, mosteiros, igrejas, universi-</p><p>dades. Entretanto, até meados do século XVII não podemos falar de Didática</p><p>como teoria do ensino, que sistematize o pensamento didático e o estudo</p><p>científico das formas de ensinar (LIBÂNEO, 1994, p. 54- 55).</p><p>Não há dúvidas sobre a complexidade do trabalho docente fren-</p><p>te às atribuições que lhe são exigidas. Neste contexto Veiga (2006, p. 2),</p><p>menciona que a “[...] docência universitária exige a indissociabilidade entre</p><p>ensino, pesquisa e extensão, faz parte dessa característica integradora a</p><p>produção do conhecimento bem como sua socialização”. A indissociabilida-</p><p>de aponta para a atividade reflexiva e problematizada do futuro profissional.</p><p>A autora salienta, ainda, que formar professores universitários</p><p>implica compreender a importância do papel da docência, proporcio-</p><p>nando um aprofundamento científico aliado ao conhecimento pedagógi-</p><p>co, que os capacite a responder questões fundamentais da universida-</p><p>de como instituição social, uma prática social que implica as ideias de</p><p>formação, reflexão, e crítica.</p><p>Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cur-</p><p>sos fica claro as deficiências na formação do professor universitário. É</p><p>comum que a maioria das críticas nesses cursos em relação aos profes-</p><p>sores refere-se à falta de didática, por essa razão muito professor vem</p><p>realizando cursos de didática do ensino superior.</p><p>A prática pedagógica no Ensino Superior passa por diversos de-</p><p>safios, visto que, precisa sempre articular ensino, pesquisa e extensão</p><p>e, por outro lado, a ausência de preocupação explícita das autoridades</p><p>34</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>educacionais com a preparação de professores para o Ensino Superior.</p><p>As autoridades acreditam que o corpo discente das escolas superiores</p><p>é constituído por adultos, não precisando tanto de dedicação quanto no</p><p>corpo discente do ensino básico, constituído por crianças e adolescentes.</p><p>Os alunos do ensino superior, por já possuírem uma “personalidade for-</p><p>mada” e por saberem o que pretendem, não exigiriam de seus professo-</p><p>res mais do que competência para transmitir os conhecimentos e para sa-</p><p>nar suas dúvidas, caso esse muito controverso quando posto em prática.</p><p>Segundo ALTHAUS (2004), a ação didática no ensino superior</p><p>é pautada pelas tensões enfrentadas no cotidiano universitário e conso-</p><p>lida-se pelo o que é inerente à extensão: “A autêntica ação de estender</p><p>o conhecimento, via extensão universitária, operacionaliza-se por meio</p><p>de umas práxis dialética (mediadora entre universidade-sociedade-u-</p><p>niversidade) de produção/reprodução crítica do conhecimento” (RAYS,</p><p>2003, p.3). Segundo BORBA e SILVA ([s.d]):</p><p>Quando nos referimos às necessidades dos estudos didáticos dirigidos ao</p><p>ensino de nível superior, a sua aplicação e investigação aos problemas pe-</p><p>dagógicos deve levar cada docente a fazer uma autocrítica e a tomar cons-</p><p>ciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar a melhor forma</p><p>de desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiências pedagógicas</p><p>que vise aperfeiçoar os diversos tipos de atividades que caracterizam tais</p><p>funções, em particular podemos citar as voltadas à sistematização e trans-</p><p>missão do conhecimento, sem deixar em segundo plano ou de lado as res-</p><p>ponsabilidades propriamente educativas.</p><p>Frente a esse cenário, Cunha, Brito e Cicillini (2006) afirmam que</p><p>a formação pedagógica para o professor da educação superior é quase</p><p>inexistente e isto recai na grande dificuldade de o docente enfrentar os</p><p>desafios de sua profissão. Assim, evidenciamos que o professor da atuali-</p><p>dade precisa alargar seu repertório de conhecimentos, visto que ter o título</p><p>acadêmico apenas não garante uma atuação qualificada em sala de aula.</p><p>A “Didática do Ensino Superior” volta-se para aos alunos dos</p><p>cursos de graduação e pós-graduação, com o objetivo de analisar, mi-</p><p>nuciosamente, e refletir sobre o panorama da educação nacional, a fim</p><p>de capacitar os docentes e interessados em atuar nas áreas de ensi-</p><p>no, pesquisa ou gestão, sendo possível uma melhor compreensão das</p><p>competências, habilidades e atividades necessárias para atuação no</p><p>ensino. A partir dessas disposições, Nóvoa (2009) recomenda fatores</p><p>importantes para alicerçar programas de formação de professores:</p><p>• A formação de professores precisa articular teoria e prática, a</p><p>partir da análise de situações concretas do cotidiano escolar, à procura</p><p>de um conhecimento pertinente na reelaboração desse conhecimento,</p><p>35</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>traduzindo um processo de inovação;</p><p>• É relevante que a formação de professores passe para “dentro</p><p>da formação”, isto é, ser conduzida e planejada pelos próprios professo-</p><p>res, de forma que os principiantes aprendam com os mais experientes;</p><p>• A formação de professores necessita valorizar o trabalho em</p><p>equipe, pois a reflexão e o trabalho coletivo transformam-se em conhe-</p><p>cimento profissional, instigando processos de mudança e práticas con-</p><p>cretas de intervenção.</p><p>• A formação precisa incentivar os professores a darem visi-</p><p>bilidade social ao seu trabalho, a aprenderem a se comunicar com o</p><p>público, “a ter uma voz pública, a conquistar a sociedade para o trabalho</p><p>educativo, comunicar para fora da escola” (NÓVOA, 2009, p. 43).</p><p>Considera-se a docência, independentemente do nível de ensino</p><p>em que ela aconteça, uma ação humana. Reconhecer a dimensão humana</p><p>da docência é admitir e assumir que ela se constitui histórica e socialmente</p><p>e, por conseguinte, a formação é parte integrante da identidade profissional</p><p>do professor; é a “humana docência, onde ser educador é ser o mestre de</p><p>obras do projeto arquitetado para sermos humanos”. (NÓVOA, 2009)</p><p>Veiga (2006) defende a formação do futuro professor univer-</p><p>sitário articulando conhecimento da área especifica e conhecimentos</p><p>pedagógicos para que eles possam compreender e realizar, efetiva-</p><p>mente, um trabalho que contemple a indissociabilidade entre o ensino,</p><p>a pesquisa e a extensão, condição, segundo a autora, indispensável à</p><p>atividade reflexiva, problematizadora e inerente à docência.</p><p>Faz parte dessa característica integradora a produção do co-</p><p>nhecimento bem como sua socialização. Articula componentes curricu-</p><p>lares e projetos de pesquisa e de intervenção, levando em conta que a</p><p>realidade social não é objetivo de uma disciplina, e isso exige o empre-</p><p>go de uma pluralidade metodológica.</p><p>Ainda que pese, as discussões e proposições advindas de inúme-</p><p>ras pesquisas, as entrevistas com os pós-graduandos que tinham experi-</p><p>ência docente no ensino superior evidenciaram que eles se consideravam</p><p>pouco capazes de articular o ensino, a pesquisa e a extensão nas institui-</p><p>ções públicas de ensino superior onde trabalhavam, em função das inú-</p><p>meras exigências administrativas, burocráticas e, principalmente nas ins-</p><p>tituições da rede particular, pois o trabalho docente é exclusivo ao ensino.</p><p>Contudo, o que fica evidenciado, no mais das vezes, nesses</p><p>processos de capacitação, ainda é</p><p>uma didática pautada no domínio</p><p>que o professor tem da sua área de formação e especialização. Os</p><p>próprios concursos de ingresso à carreira universitária exigem este do-</p><p>mínio, embora tal proficiência no conhecimento científico não garanta a</p><p>sua tradução adequada em saber acadêmico, por parte do aluno e da</p><p>36</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>comunidade. E, sem negar a importância desse conhecimento, conside-</p><p>ramos que a didática universitária precisa ir além disso.</p><p>A METODOLOGIA NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA</p><p>A Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá juí-</p><p>zos de valor. Juízos de realidade são juízos descritivos e constatativos. Juí-</p><p>zos de valor são juízos que estabelecem valores ou normas. A partir dessa</p><p>diferenciação, concluímos que podemos ser metodologistas sem sermos</p><p>didáticos, mas não podemos ser didáticos sem sermos metodologistas,</p><p>pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o estudo da Metodologia</p><p>é importante por uma razão muito simples: para escolher o método mais</p><p>adequado de ensino precisamos conhecer os métodos existentes.</p><p>Para efetivação do ensino e aprendizagem deve-se destacar que</p><p>é muito importante a interação do aluno e professor. Além disso, é possível</p><p>ocorrer uma relação dialética, na qual o papel do professor e do aluno se</p><p>unam e estimulem a aprendizagem, através das tarefas contínuas dos su-</p><p>jeitos, de tal forma que o processo interligue o aluno ao objeto de estudo.</p><p>Assim, espera-se do professor:</p><p>Que tenha conhecimento de várias técnicas ou estratégias, bem como o do-</p><p>mínio do uso destas para poder utilizá-las em aula; Que desenvolva capa-</p><p>cidade de adaptação das diversas técnicas, modificando-as naquilo que for</p><p>necessário para que possam ser usadas com aproveitamento pelos alunos</p><p>individualmente ou em grupos; Que, pelo conhecimento e domínio prático de</p><p>muitas técnicas e por sua capacidade de adaptação das técnicas existentes,</p><p>se torne capaz de criar novas técnicas que melhor respondam às necessida-</p><p>des de seus alunos. Afinal, técnicas são instrumentos e como tais podem ser</p><p>criadas por aqueles que vão usá-las (MASETTO, 2012, p. 103).</p><p>A METODOLOGIA DIALÉTICA</p><p>Sobre a metodologia dialética entende-se o conhecimento não</p><p>pode ser transferido, porém construído nas suas ligações com o outro e</p><p>com o mundo. Nesse diapasão:</p><p>Quando o estudante se confronta com um tópico de estudo, o professor pode</p><p>esperar que ele apresente, a respeito do mesmo, apenas uma visão inicial, ca-</p><p>ótica, não elaborada ou sincrética, e que se encontra em níveis diferenciados</p><p>entre os alunos. Com a vivência de sistemáticos processos de análise a respei-</p><p>to do objeto de estudo, passa a reconstruir essa visão inicial, que é superada</p><p>por uma nova visão, ou seja, uma síntese. A síntese, embora seja qualitativa-</p><p>mente superior à visão sincrética inicial, é sempre provisória, pois o pensamen-</p><p>37</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>to está em constante movimento e, consequentemente, em constante altera-</p><p>ção. Quanto mais situações de análises forem experiências, maiores chances</p><p>o aluno terá de construir sínteses mais elaboradas. O caminho da síncrese</p><p>para a síntese, qualitativamente superior, via análise, é operacionalizado nas</p><p>diferentes estratégias que o professor organiza, visando sistematizar o saber</p><p>escolar. É um caminho que se processa no pensamento e pelo pensamento</p><p>do aluno, sob a orientação e acompanhamento do professor, possibilitando o</p><p>concreto pensado. (ANASTASIOU, 2005, p. 09, grifos no original).</p><p>Uma metodologia na perspectiva dialética baseia-se em ou-</p><p>tra concepção de homem e de conhecimento. Entende o homem como</p><p>um ser ativo e de relações. Assim, entende que o conhecimento não é</p><p>"transferido" ou "depositado" pelo outro (conforme a concepção tradi-</p><p>cional), nem é "inventado" pelo sujeito (concepção espontaneísta), mas</p><p>sim que o conhecimento é construído pelo sujeito na sua relação com</p><p>os outros e com o mundo.</p><p>Isso significa que o conteúdo que o professor apresenta pre-</p><p>cisa ser trabalhado, refletido, reelaborado pelo aluno, para se consti-</p><p>tuir em conhecimento dele. Caso contrário, o educando não aprende,</p><p>podendo, quando muito, apresentar um comportamento condicionado,</p><p>baseado na memória superficial.</p><p>O professor, ao organizar sua aula e propor uma avaliação,</p><p>tem que considerar as etapas que o aluno irá percorrer, a partir de sua</p><p>vivência social, de seu conhecimento prévio. Esse processo tem que ser</p><p>entendido de forma dinâmica e não estática ou como um ritual burocráti-</p><p>co que todos devem, necessariamente, cumprir, tendo como parâmetro</p><p>um modelo ideal. Assim, a teoria dialética do conhecimento nos aponta</p><p>que o conhecimento se dá, basicamente, em três grandes momentos: a</p><p>Síncrese, a Análise e a Síntese.</p><p>A mobilização para o conhecimento – a síncrese da teoria dialéti-</p><p>ca - procura estabelecer um vínculo inicial entre o aluno e o objeto de estu-</p><p>do através de uma provocação, de uma pergunta instigadora. Vasconcellos</p><p>(2002) acredita que realizar uma tarefa sem saber o porquê é uma situação</p><p>típica do trabalho alienado que acaba por exigir do aluno memorização e</p><p>não inteligência. Nesta etapa, é preciso resgatar a realidade concreta do</p><p>aluno, seja ela coletiva ou pessoal e considerar que os alunos já possuem</p><p>uma concepção, ainda que não científica, sobre o conteúdo abordado.</p><p>Vasconcellos (2002, p. 39) considera que “o papel específico</p><p>do educador não se restringe à informação que oferece, mas exige sua</p><p>inserção num projeto social (...) para que o educando possa continuar</p><p>autonomamente a elaboração do conhecimento”. Neste processo, cabe</p><p>ao professor provocar a abertura para a aprendizagem e colocar meios</p><p>que possibilitem e direcionem esta etapa.</p><p>38</p><p>D</p><p>O</p><p>C</p><p>Ê</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>N</p><p>O</p><p>E</p><p>N</p><p>SI</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>E</p><p>R</p><p>IO</p><p>R</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Uma metodologia dialética poderia ser expressa através de</p><p>três grandes momentos que, na verdade, devem corresponder mais a</p><p>três grandes dimensões ou preocupações do educador no decorrer do</p><p>trabalho pedagógico, já que não os podemos separar de forma abso-</p><p>luta, a não ser para fins de melhor compreensão da especificidade de</p><p>cada um. Como superação da metodologia tradicional, exige-se pois:</p><p>• Mobilização para o Conhecimento.</p><p>• Construção do Conhecimento.</p><p>• Elaboração da Síntese do Conhecimento.</p><p>A mobilização se coloca como um momento especificamente</p><p>pedagógico, em relação à teoria dialética do conhecimento, uma vez que</p><p>esta supõe o interesse do sujeito em conhecer. De modo geral, na situa-</p><p>ção pedagógica este interesse tem que ser provocado. Visa possibilitar o</p><p>vínculo significativo inicial entre sujeito e o objeto ("approche"), provocar,</p><p>acordar, desequilibrar, fazer a "corte". O trabalho inicial do educador é</p><p>tornar o objeto em questão, objeto de conhecimento para aquele sujeito.</p><p>Aqui é necessário todo um esforço para dar significação inicial, para que</p><p>o sujeito leve em conta o objeto como um desafio. Trata-se de estabele-</p><p>cer um primeiro nível de significação, em que o sujeito chegue a elaborar</p><p>as primeiras representações mentais do objeto a ser conhecido.</p><p>Construção do Conhecimento é possibilitar o confronto de co-</p><p>nhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar</p><p>no objeto, compreendê-lo em suas relações internas e externas, captar-</p><p>-lhe a essência. Trata-se aqui de um segundo nível de interação, onde o</p><p>sujeito deve construir o conhecimento através da elaboração de relações</p><p>o mais totalizantes possível. Conhecer é estabelecer relações; quanto</p><p>mais abrangentes e complexas forem as relações, melhor o sujeito estará</p><p>conhecendo. O educador deve colaborar com o educando na decifração,</p><p>na construção da representação mental do objeto em estudo.</p><p>Elaboração da Síntese do Conhecimento é ajudar o educando</p><p>a elaborar e explicitar a síntese do conhecimento. É a dimensão relativa</p><p>à sistematização dos conhecimentos que vêm sendo</p>

Mais conteúdos dessa disciplina