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<p>CONTABILIDADE SOCIALCONTABILIDADE SOCIAL</p><p>UM MODELO COMPLETOUM MODELO COMPLETO</p><p>PARA AS CONTAS NACIONAISPARA AS CONTAS NACIONAIS</p><p>Autor: Dr. Claudio Tél lez</p><p>Revisor: Franc isc o Duarte</p><p>INICIAR</p><p>introdução</p><p>Introdução</p><p>Nesta unidade, apresentaremos um tratamento mais abrangente da</p><p>contabilidade social, para uma economia fechada com Governo e para uma</p><p>economia aberta. Você irá identi�car como o Governo se insere nos</p><p>processos macroeconômicos. Em seguida, explicaremos a participação da</p><p>economia nacional nas relações internacionais.</p><p>De posse do modelo completo, apresentaremos a evolução do Sistema de</p><p>Contas Nacionais do Brasil, desde a origem até a estrutura atual. Finalmente,</p><p>discutiremos a metodologia de cálculo para o Sistema de Contas Nacionais</p><p>do Brasil, com o propósito de identi�car as estruturas das contas básicas,</p><p>entender o cálculo do PIB e analisar as estimativas dos produtos setoriais.</p><p>O modelo mais simples para as contas nacionais considera uma economia</p><p>fechada e sem Governo, isto é, sem transações com o exterior e sem</p><p>participação ou interferência do Governo nos processos e atividades</p><p>econômicas. Embora esse modelo seja instrutivo para compreender como a</p><p>mensuração da atividade econômica se expressa nas contas nacionais,</p><p>podemos construir um modelo mais so�sticado e próximo da realidade,</p><p>incluindo o Governo como participante ativo da vida econômica de uma</p><p>nação.</p><p>Agora que já consolidamos os conceitos básicos, nosso objetivo, neste</p><p>momento, passa a ser identi�car as principais maneiras como o Governo se</p><p>insere nos processos macroeconômicos e como contribui para consolidar o</p><p>modelo interno do funcionamento da economia nacional. Além da</p><p>caracterização do Governo como agente ativo da economia, precisamos</p><p>indicar suas fontes de receita, bem como suas despesas, poupança,</p><p>investimento e produção.</p><p>Contas Nacionais paraContas Nacionais para</p><p>uma Economia Fechadauma Economia Fechada</p><p>com Governocom Governo</p><p>O Governo participa das atividades econômicas de diversas maneiras. Por</p><p>exemplo, mediante a oferta e o consumo de bens e serviços com o objetivo</p><p>de proporcionar bens públicos, isto é, bens que são importantes para o bom</p><p>funcionamento de uma sociedade, mas que não são fornecidos de maneira</p><p>adequada apenas pelos mecanismos do mercado. O Governo também</p><p>interfere na economia regulamentando o funcionamento dos mercados e</p><p>efetuando “operações de repartição de renda e de patrimônio” (ALEM, 2010,</p><p>p. 9).</p><p>Para �ns de contabilidade nacional, as empresas estatais e as sociedades de</p><p>economia mista não são consideradas parte do Governo e são tratadas como</p><p>se fossem empresas privadas. No caso brasileiro, o governo inclui “[...] as</p><p>três esferas da administração pública (federal, estadual e municipal), além</p><p>das autarquias” (SIMONSEN; CYSNE, 2009, p. 159).</p><p>Para viabilizar o fornecimento de bens públicos, o Governo precisa obter</p><p>receita. A principal fonte de recursos para o Governo é a arrecadação de</p><p>impostos, que podem ser diretos ou indiretos.</p><p>Os impostos diretos recaem sobre a renda e a propriedade. Recordemos que</p><p>os proprietários dos fatores de produção são a famílias, que auferem renda a</p><p>título de remuneração recebida das empresas, que precisam desses fatores</p><p>para produzir bens e serviços. É sobre essa renda das famílias que recaem os</p><p>impostos diretos, por exemplo o Imposto de Renda. Já os impostos diretos</p><p>que incidem sobre a propriedade incluem, por exemplo o Imposto Predial e</p><p>Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Territorial Rural. Temos, também,</p><p>contribuições para�scais que se destinam a �nalidades sociais, tais como a</p><p>Previdência Social e o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), que se</p><p>agregam à remuneração do trabalho (salários) para possibilitar sua</p><p>caracterização como impostos diretos que são pagos por agentes individuais.</p><p>saiba mais</p><p>Saiba mais</p><p>O FGTS foi criado durante o regime militar</p><p>pela Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966,</p><p>e passou a vigorar desde o dia 01 de janeiro</p><p>de 1967. Seu idealizador foi Roberto Campos,</p><p>Ministro do Planejamento durante o governo</p><p>Castelo Branco. O principal propósito do</p><p>FGTS é proteger o trabalhador no caso de</p><p>sofrer demissão sem justa causa, mas</p><p>também �nanciar a construção de imóveis</p><p>pelo Banco Nacional da Habitação,</p><p>antecessor da Caixa Econômica Federal.</p><p>A C ESSA R</p><p>Os impostos indiretos compõem o preço dos bens e serviços ofertados no</p><p>mercado. Por exemplo, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o</p><p>Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e impostos</p><p>diversos sobre serviços, importações e exportações, além de operações</p><p>�nanceiras.</p><p>No lado do crédito da Conta Corrente do Governo, incluem-se, ainda, outras</p><p>receitas correntes (líquidas), que correspondem aos “[...] resultados das</p><p>participações acionárias do Governo (dividendos) bem como o das suas</p><p>atividades imobiliárias (renda de aluguéis etc.)” (SIMONSEN; CYSNE, 2009, p.</p><p>160).</p><p>No lado do débito da Conta Corrente do Governo, temos o consumo do</p><p>Governo, que consiste nos bens e serviços de consumo adquiridos das</p><p>empresas, nos bens e serviços de consumo importados e salários pagos; as</p><p>transferências efetuadas a indivíduos, a empresas e ao exterior; subsídios; e</p><p>o saldo do Governo em conta corrente. O Quadro 3.1 apresenta uma versão</p><p>simpli�cada da Conta Corrente do Governo.</p><p>http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/fundo-de-garantia-do-tempo-de-servico-fgts</p><p>Débito Crédito</p><p>P) Consumo do Governo</p><p>P.1) Bens e serviços de consumo adquiridos</p><p>das empresas</p><p>P.2) Bens e serviços de consumo</p><p>importados</p><p>P.3) Salários pagos</p><p>Q) Transferências</p><p>Q.1) A indivíduos</p><p>Q.2) A empresas</p><p>Q.3) Ao exterior</p><p>R) Subsídios</p><p>S) Saldo do Governo em Conta Corrente</p><p>T) Impostos Diretos</p><p>T.1) Dos indivíduos</p><p>T.2) Das empresas</p><p>U) Impostos Indiretos</p><p>V) Outras Receitas</p><p>Correntes (Líquidas)</p><p>Quadro 3.1 - Conta Corrente do Governo</p><p>Fonte: Simonsen e Cysne (2009, p. 160).</p><p>Embora estejamos tratando, neste momento, de uma economia fechada,</p><p>incluímos no Quadro 3.1 os itens P.2 e Q.3, que correspondem a transações</p><p>econômicas efetuadas com o resto do mundo.</p><p>O consumo do Governo compreende a aquisição de bens e serviços e os</p><p>salários que são pagos aos servidores públicos. Esses bens e serviços</p><p>bene�ciam a população do país, contudo não correspondem a despesas</p><p>voluntárias dos indivíduos (SIMONSEN; CYSNE, 2009). Trata-se dos bens</p><p>públicos, tais como defesa, segurança nacional, justiça, e assim por diante.</p><p>Por transferências entendemos os pagamentos que o Governo efetua aos</p><p>indivíduos, às empresas e ao exterior sem que haja contrapartida de</p><p>serviços. Incluem-se aqui, por exemplo, as aposentadorias e os donativos.</p><p>Incluem-se também os juros da dívida interna. A esse respeito, Simonsen e</p><p>Cysne observam:</p><p>Os juros da dívida interna também se costumam contabilizar como</p><p>transferências, não se considerando, pois, como prestação efetiva</p><p>de serviços. Trata-se de uma classi�cação questionável, pois é</p><p>possível argumentar que esses juros remuneram o capital</p><p>emprestado pelo setor privado ao Governo. A convenção resulta de</p><p>que, na maior parte dos casos, o Governo não se endivida para</p><p>investir em �ns lucrativos, mas apenas para cobrir o seu dé�cit</p><p>orçamentário. Em particular, quando se iniciaram os sistemas de</p><p>contabilidade nacional, a maior dívida pública era representada</p><p>por obrigações de guerra, às quais di�cilmente se poderia associar</p><p>qualquer prestação à sociedade (2009, p. 161).</p><p>Finalmente, os subsídios são auxílios ou benefícios que o Governo</p><p>proporciona a certos setores ou empresas por razões de planejamento</p><p>estratégico, por exemplo para que certos bens e serviços possam ser</p><p>oferecidos à sociedade a preços mais baixos sem que os fornecedores</p><p>incorram em prejuízos. Subsídios funcionam como impostos indiretos com</p><p>sinal contrário. .</p><p>Em uma economia que inclui a participação do Governo, as famílias</p><p>destinam, agora, parte da sua renda (Y) ao pagamento de impostos (T).</p><p>Assim, com C correspondendo ao consumo e S correspondendo</p><p>à poupança,</p><p>temos:</p><p>Y ≡ C + S + T</p><p>Agora, na Despesa Agregada (DA), precisamos também incluir o consumo do</p><p>governo (G) além do consumo (C) e dos investimentos (I). Dessa maneira,</p><p>DA ≡ C + I + G</p><p>Dado que há uma equivalência entre a Renda e a Despesa Agregada (Y ≡ DA),</p><p>temos:</p><p>Y ≡ C + S + T ≡ C + I + G ≡ DA</p><p>Portanto,</p><p>S + T ≡ I + G</p><p>Rearranjando os termos, chegamos a:</p><p>S - I ≡ G - T</p><p>Essa última equação é interpretada da seguinte maneira: sempre que o</p><p>governo gastar mais do que a arrecadação (G > T), o Governo deverá ser</p><p>�nanciado por um excesso de poupança do setor privado (S > I) (LOPES;</p><p>VASCONCELLOS, 2008, p. 25).</p><p>Em outras palavras, a poupança pública ou poupança do Governo</p><p>corresponde ao saldo da arrecadação menos os gastos do governo: T - G.</p><p>Quando temos que T > G, dizemos que o Governo está em superávit público.</p><p>Quando o Governo consome mais do que arrecada, vive-se uma situação de</p><p>dé�cit público. Quando há dé�cit público, o equilíbrio macroeconômico</p><p>requer que a poupança privada seja maior do que a poupança do Governo.</p><p>Os investimentos do Governo, ou do setor público, desempenham um papel</p><p>estratégico no desenvolvimento econômico de uma nação. Compreendem,</p><p>por exemplo, investimentos em infraestrutura, que são importantes para</p><p>promover o crescimento e o desenvolvimento. O Grá�co 1.1 mostra a</p><p>evolução temporal do investimento público de 1947 até 2018. Observa-se um</p><p>pequeno aumento dos investimentos públicos, em percentual do PIB, em</p><p>2018, que pode re�etir o aumento esperado em anos eleitorais (PIRES, 2019,</p><p>on-line ).</p><p>Grá�co 3.1 - Investimento público (% PIB) entre 1947 e 2018</p><p>Fonte: Pires (2019, on-line).</p><p>Finalmente, a produção do Governo, do ponto de vista das atividades</p><p>econômicas, corresponde aos serviços não mercantis (sem �ns de lucro) que</p><p>são disponibilizados às famílias. Como se trata de bens que não têm preço</p><p>de mercado, a mensuração é realizada pelo custo de produção, que</p><p>corresponde aos salários pagos mais os gastos com a compra de bens e</p><p>serviços (MONTORO FILHO, 1994, p. 46).</p><p>Para uma economia fechada na qual o Governo participa do �uxo circular de</p><p>renda, as contas do produto, da apropriação e a Conta de Capital são</p><p>apresentadas nos Quadros 3.2, 3.3 e 3.4, respectivamente.</p><p>Débito Crédito</p><p>A) Renda ou Produto Nacional</p><p>Líquido</p><p>a1) Salários</p><p>a2) Lucros</p><p>a3) Aluguéis</p><p>a4) Juros</p><p>B) Depreciação</p><p>Q-N) Impostos Indiretos Líquidos</p><p>de Subsídios</p><p>C) Consumo Pessoal</p><p>G) Consumo do Governo</p><p>D) Variação de Estoques</p><p>E) Formação Bruta de Capital Fixo</p><p>Oferta de bens e serviços Demanda por bens e serviços</p><p>Quadro 3.2 - Conta do Produto para uma economia fechada com governo</p><p>Fonte: Adaptado de Paulani e Braga (2012, p. 54).</p><p>Débito Crédito</p><p>C) Consumo pessoal</p><p>P-M) Impostos diretos líquidos de</p><p>transferências</p><p>R) Outras receitas correntes</p><p>líquidas</p><p>F) Poupança privada líquida</p><p>a1) Salários</p><p>a2) Lucros</p><p>a3) Aluguéis</p><p>a4) Juros</p><p>Utilização da renda líquida Renda líquida</p><p>Quadro 3.3 - Conta de Apropriação para uma economia fechada com governo</p><p>Fonte: Adaptado de Paulani e Braga (2012, p. 54).</p><p>Débito Crédito</p><p>D) Variação de Estoques</p><p>E) Formação Bruta de Capital Fixo</p><p>F) Poupança Privada Líquida</p><p>B) Depreciação</p><p>O) Saldo do Governo em Conta</p><p>Corrente</p><p>Investimento bruto total Renda líquida</p><p>Quadro 3.4 - Conta de Capital para uma economia fechada com governo</p><p>Fonte: Adaptado de Paulani e Braga (2012, p. 55).</p><p>Agora, temos a descrição das contas nacionais para o modelo, ainda</p><p>simpli�cado, de uma economia fechada com a participação do Governo</p><p>como agente ativo nas atividades econômicas da nação. Embora ainda não</p><p>seja um modelo completo, é importante atentar para o fato de que o</p><p>Governo apresenta motivações distintas dos objetivos que orientam as ações</p><p>econômicas dos agentes que compõem o setor privado.</p><p>praticar</p><p>Vamos Praticar</p><p>O Governo pode ser considerado um agente econômico que mantém relações</p><p>tanto com empresas quanto com famílias, porém com características particulares</p><p>que o diferenciam dos demais agentes econômicos, dado que as motivações do</p><p>setor público são distintas das motivações do setor privado. A respeito da Conta</p><p>Corrente do Governo, assinale a alternativa correta:</p><p>a) A principal fonte de recursos para o Governo é a venda de bens públicos.</p><p>b) Os impostos diretos recaem sobre a renda, mas não sobre a propriedade.</p><p>c) Impostos indiretos compõem o preço dos bens e serviços ofertados no</p><p>mercado.</p><p>d) O consumo do Governo é contabilizado no lado do crédito da conta</p><p>corrente.</p><p>e) As transferências são auxílios que o Governo proporciona a certos setores</p><p>ou empresas.</p><p>Uma economia aberta se de�ne como aquela que mantém transações e</p><p>relações econômicas com o resto do mundo. Por resto do mundo,</p><p>entendem-se os agentes que não residem no território nacional, isto é, as</p><p>famílias, empresas e governos de outros países. As transações de bens e</p><p>serviços com o exterior correspondem às exportações e importações. As</p><p>exportações (X) ocorrem quando há demanda externa por bens e serviços</p><p>produzidos internamente. Já as importações (M) são a aquisição, por parte de</p><p>residentes, de bens e serviços que são produzidos em outros países.</p><p>Também devemos considerar a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), que</p><p>é</p><p>[...] a diferença entre o que é pago por fatores de produção</p><p>externos utilizados internamente e o que é recebido do exterior por</p><p>fatores de produção nacionais empregados em outros países.</p><p>Assim, se RLEE > 0, o país envia mais renda do que recebe do</p><p>exterior. Se RLEE</p><p>historicamente a RLEE é positiva. Isso signi�ca que</p><p>o PIB é maior do que o PNB. É importante re�etir sobre</p><p>como a diferença entre o PIB e o PNB se relaciona com o</p><p>endividamento externo. Países com características de</p><p>credores internacionais recebem mais renda do exterior do</p><p>que enviam. Já países que enviam mais renda para o exterior</p><p>do que recebem apresentam alto endividamento externo.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>Para uma economia aberta, o Sistema de Contas Nacionais original</p><p>compreende quatro contas, que correspondem à produção (Conta PIB),</p><p>apropriação (Conta Renda Nacional Disponível Líquida), Conta de Transações</p><p>Correntes com o Resto do Mundo e acumulação (Conta de Capital). Essas</p><p>contas são apresentadas nos Quadros 3.5, 3.6, 3.7 e 3.8, respectivamente.</p><p>Débito Crédito</p><p>7. Salários</p><p>8. Excedente Operacional Bruto</p><p>9. Impostos Indiretos</p><p>10. (-) Subsídios</p><p>1. Consumo das Famílias</p><p>2. Consumo do Governo</p><p>3. Investimentos em Bens de</p><p>Capital (Formação Bruta de Capital</p><p>Fixo)</p><p>4. Variação de Estoques</p><p>5. Exportações de Bens e Serviços</p><p>Não Fatores</p><p>6. (-) Importações de Bens e</p><p>Serviços Não Fatores</p><p>PIB a Preços de Mercado</p><p>Despesa Interna Bruta a Preços</p><p>de Mercado</p><p>Quadro 3.5 - Conta Produto Interno Bruto para uma economia aberta com governo</p><p>Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008, p. 30).</p><p>Débito Crédito</p><p>1. Consumo das Famílias</p><p>2. Consumo do Governo</p><p>14. Saldo: Poupança Interna</p><p>7. Salários</p><p>8. Excedente Operacional Bruto</p><p>9. Impostos Indiretos</p><p>10. (-) Subsídios</p><p>11. (-) Depreciação</p><p>12. (-) Renda Enviada ao Exterior</p><p>13. Renda Recebida do Exterior</p><p>Utilização da Renda Nacional</p><p>Disponível Líquida</p><p>Apropriação da Renda Nacional</p><p>Disponível Líquida</p><p>Quadro 3.6 - Conta Renda Nacional Disponível Líquida para uma economia aberta</p><p>com governo</p><p>Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008, p. 31).</p><p>Débito Crédito</p><p>5. Exportações de Bens e Serviços</p><p>Não Fatores</p><p>13. Renda Recebida do Exterior</p><p>15. Saldo: Poupança Externa</p><p>6. Importações de Bens e Serviços</p><p>Não Fatores</p><p>12. Renda Enviada ao Exterior</p><p>Utilização dos Recebimentos</p><p>Correntes</p><p>Recebimentos Correntes</p><p>Quadro 3.7 - Conta Transações Correntes com o resto do mundo para uma</p><p>economia aberta com governo</p><p>Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008, p. 32).</p><p>Débito Crédito</p><p>3. Investimento em Bens de Capital</p><p>4. Variação de Estoques</p><p>11. (-) Depreciação</p><p>14. Poupança Interna</p><p>15. Poupança Externa</p><p>Total da Formação de Capital</p><p>Financiamento da Formação de</p><p>Capital</p><p>Quadro 3.8 - Conta de Capital para uma economia aberta com governo</p><p>Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008, p. 32).</p><p>É importante, ainda, diferenciar entre o Produto Real, que se mede a preços</p><p>constantes (isto é, com relação a algum ano-base), e o Produto Nominal, que</p><p>se mede a preços correntes. Para tanto, é necessário usar um índice</p><p>chamado de�ator implícito do produto, que se emprega para remover os</p><p>efeitos in�acionários. O de�ator implícito do produto mede, portanto, como</p><p>a média dos preços varia em um determinado período com relação aos</p><p>preços do ano anterior. Para tanto, mantemos constantes as quantidades no</p><p>período anterior, para mensurar apenas a variação dos preços entre os dois</p><p>períodos. Por convenção, os números-índice apresentam base 100. Temos,</p><p>portanto:</p><p>Finalmente, o Balanço de Pagamentos de um determinado país, conforme a</p><p>de�nição do Fundo Monetário Internacional (FMI),</p><p>[...] é o registro sistemático de todas as transações econômicas</p><p>realizadas entre os residentes em determinado país e os residentes</p><p>no restante do mundo, durante certo período, geralmente de um</p><p>ano. Como residente entende-se a pessoa física ou jurídica</p><p>domiciliada no país. Inclui os indivíduos com residência �xa,</p><p>mesmo que sejam imigrantes, as �liais de empresas estrangeiras</p><p>sediadas no país, os funcionários em serviço no exterior, assim</p><p>como os indivíduos que se encontram transitoriamente no exterior</p><p>em viagens de turismo, negócios etc. (KLOTZLE; PINTO; KLOTZLE,</p><p>2007, p. 5).</p><p>O Balanço de Pagamentos compreende o Balanço de Transações Correntes,</p><p>a Conta Capital e Financeira, Erros e Omissões e a Variação de Reservas. O</p><p>Quadro 3.9 apresenta a estrutura do Balanço de Pagamentos para um</p><p>determinado país.</p><p>ProdutoReal = × 100</p><p>ProdutoNominal</p><p>Deflator Implícito no Produto</p><p>Balanço de Pagamentos</p><p>A. Balanço de Transações Correntes</p><p>A.1 Balança Comercial</p><p>A.1.1 Exportações</p><p>A.1.2 Importações</p><p>A.2 Conta Serviços e Rendas</p><p>A.2.1 Serviços</p><p>A.2.1.1 Transportes</p><p>A.2.1.2 Viagens</p><p>A.2.1.3 Seguros</p><p>A.2.1.4 Financeiros</p><p>A.2.1.5 Computações e Informações</p><p>A.2.1.6 Royalties e Licenças</p><p>A.2.1.7 Aluguel de Equipamentos</p><p>A.2.1.8 Serviços Governamentais</p><p>A.2.1.9 Outros</p><p>A.2.2 Rendas</p><p>A.2.2.1 Salários e Ordenados</p><p>A.2.2.2 Renda de Investimentos</p><p>A.2.2.2.1 Renda de Investimentos Diretos</p><p>A.2.2.2.2 Renda de Investimentos em Carteira</p><p>A.2.2.2.3 Renda de Outros Investimentos</p><p>A.3 Transferências Unilaterais Correntes</p><p>B. Conta Capital e Financeira</p><p>B.1 Conta Capital</p><p>B.2 Conta Financeira</p><p>B.2.1 Investimento Direto (líquido)</p><p>B.2.1.1 Participação no Capital</p><p>B.2.1.2 Empréstimo Intercompanhias</p><p>B.2.2 Investimento em Carteira</p><p>B.2.2.1 Ações</p><p>B.2.2.2 Títulos de Renda Fixa</p><p>B.2.3 Derivativos</p><p>B.2.4 Outros Investimentos</p><p>C. Erros e Omissões</p><p>A+B+C. Resultado do Balanço de Pagamentos</p><p>D. Variação das Reservas</p><p>Quadro 3.9 - Balanço de Pagamentos</p><p>Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008, p. 37).</p><p>As reservas internacionais correspondem ao “[...] estoque de ativos em poder</p><p>das autoridades monetárias disponíveis para pagamento de dívidas ou</p><p>aquisição de direitos de não residentes no país” (KLOTZLE; PINTO, KLOTZLE,</p><p>2007, p. 16). No Balanço de Pagamentos, a Variação das Reservas é a</p><p>contrapartida do resultado global do Balanço de Pagamentos, isto é,</p><p>VR = - BP</p><p>BP + VR = 0 (após incluídos os erros e omissões)</p><p>Assim, quando ocorre um dé�cit no Balanço de Pagamentos, ocorre também</p><p>uma variação negativa nas reservas do país. Quando o Balanço de</p><p>Pagamentos é superavitário, a Variação das Reservas é positiva.</p><p>praticar</p><p>Vamos Praticar</p><p>O Sistema de Contas Nacionais original para um modelo completo, isto é, para</p><p>uma economia aberta, compreende contas relativas à produção, apropriação,</p><p>acumulação e transações com o resto do mundo. A respeito desse modelo,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>a) A Conta PIB apresenta, no lado do crédito, os pagamentos que as</p><p>unidades produtivas efetuam aos fatores de produção.</p><p>b) A Conta PIB apresenta, no lado do débito, o que as empresas recebem</p><p>dos agentes que adquirem bens e serviços �nais.</p><p>c) A conta da apropriação lança, no lado do débito, as rendas recebidas</p><p>pelas famílias e pelo Governo.</p><p>d) A Renda Enviada ao Exterior é lançada como crédito na Conta de</p><p>Transações Correntes com o Resto do Mundo.</p><p>e) Na Conta Transações Correntes com o Resto do Mundo, o investimento</p><p>em bens de capital é lançado no lado do débito.</p><p>A primeira obra que aborda as contas nacionais no Brasil é o livro Renda</p><p>Nacional , de Antônio Dias Leite Júnior, publicado em 1948. Entretanto, a</p><p>utilização mais so�sticada de dados econômicos começou a partir da</p><p>segunda metade da década de 1940, quando a Fundação Getulio Vargas</p><p>montou uma equipe técnica para construir as Contas Nacionais do Brasil.</p><p>Em 1949, os primeiros resultados deste projeto são divulgados</p><p>pela FGV, por intermédio das estimativas da renda nacional líquida</p><p>para o ano 1947. Em 1953, a instituição publica o produto nacional</p><p>bruto e líquido relativos ao período de 1947 a 1952. Em 1956, sua</p><p>equipe apresenta, a partir de uma nova metodologia, os resultados</p><p>para o período de 1948 a 1955 [...] (HALLAK NETO, 2014, p. 23).</p><p>Essa “nova metodologia” utilizava as orientações da Organização das Nações</p><p>Unidas (ONU) publicadas no manual SNA 1953. A seguir, nos anos 1960, a</p><p>FGV revisou novamente a metodologia e fez uma atualização do período de</p><p>1947 a 1960, porém ainda se baseava no SNA 1953. Com a atualização das</p><p>recomendações da ONU, publicadas no manual SNA 1968, o Brasil iniciou</p><p>O Sistema de ContasO Sistema de Contas</p><p>Nacionais do Brasil:Nacionais do Brasil:</p><p>Origem e Estrutura AtualOrigem e Estrutura Atual</p><p>um processo de adaptação para as novas recomendações, que durou até</p><p>1984. Até o início da década de 1990, o Brasil baseou sua contabilidade</p><p>nacional no manual SNA 1968. Ademais, até 1986 o cálculo e elaboração das</p><p>contas nacionais do Brasil eram de responsabilidade do Centro de Contas</p><p>Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE-FGV).</p><p>A partir de 1986, as contas nacionais do Brasil passaram para o Instituto</p><p>Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), que introduz um sistema de</p><p>quatro contas, a saber: Conta PIB, Conta Renda Nacional Disponível Bruta,</p><p>Conta de Capital e Conta Transações Correntes com o Resto do Mundo,</p><p>detalhadas na seção anterior. A Conta Corrente do Governo passou a ser</p><p>apresentada à parte.</p><p>Com o advento do manual SNA 1993 da ONU, o IBGE deu início novamente à</p><p>adaptação do sistema brasileiro para as novas orientações. O novo sistema</p><p>veio a público em 1997 e foi denominado Novo Sistema de Contas Nacionais</p><p>do Brasil.</p><p>A versão do NSCN trouxe uma profunda alteração no sistema de</p><p>contas brasileiro, com mudanças não só nas bases provedoras de</p><p>dados, mas também em sua própria estrutura, que foi</p><p>signi�cativamente ampliada. Tal alteração levou à divulgação de</p><p>uma série revisada para os anos de 1990 a 1997, que, como de</p><p>praxe, substituiu o�cialmente os dados obtidos pela metodologia</p><p>anterior para o período. O NSCN seguiu produzindo resultados</p><p>anuais até o ano de referência de 2003 e estabeleceu, em grande</p><p>medida, a estrutura do SCN do Brasil na forma como ele vigora até</p><p>hoje (HALLAK NETO, 2014, p. 24-25).</p><p>Em conformidade com as recomendações internacionais, a série atual do</p><p>Sistema de Contas Nacionais do Brasil apresenta modernizações conceituais</p><p>e metodológicas, conforme pode ser constatado no relatório metodológico</p><p>publicado pelo IBGE (IBGE, 2016). Na produção, houve considerações a</p><p>respeito do peso das atividades econômicas em relação ao PIB (aumento do</p><p>setor de serviços e diminuição da agropecuária e construção civil). Sob a</p><p>perspectiva da despesa, deu-se ênfase à diminuição da formação bruta de</p><p>capital �xo e ao aumento do consumo das famílias. Finalmente, na conta da</p><p>renda, contemplou-se o crescimento dos rendimentos associados ao</p><p>trabalho, paralelamente à redução do excedente operacional bruto.</p><p>A partir de 2012, o IBGE deu início à mudança de série com ano de referência</p><p>2010. Pretende-se que a nova metodologia incorpore algumas das</p><p>recomendações internacionais do manual SNA 2008.</p><p>É importante ressaltar que as contas nacionais apresentam uma natureza</p><p>dinâmica, em consonância com as recomendações internacionais, com os</p><p>avanços nas metodologias estatísticas e com as transformações das</p><p>economias e do sistema internacional.</p><p>praticar</p><p>Vamos Praticar</p><p>As contas nacionais apresentam uma natureza dinâmica, em consonância com as</p><p>recomendações internacionais, com os avanços nas metodologias estatísticas e</p><p>com as transformações das economias e do sistema internacional. A respeito da</p><p>evolução do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, assinale a alternativa correta:</p><p>a) Até o início da década de 1990, o Brasil baseou sua contabilidade</p><p>nacional no manual SNA 1968.</p><p>b) A partir de 1986, as contas nacionais do Brasil passaram a ser</p><p>responsabilidade da Fundação Getulio Vargas.</p><p>c) O Novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil se baseia nas orientações</p><p>do manual SNA 1968 da ONU.</p><p>d) O Sistema de Contas Nacionais em vigor no Brasil em 2019 se baseia nas</p><p>recomendações do manual SNA 2008.</p><p>e) O Novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil contempla a diminuição</p><p>dos rendimentos associados ao trabalho.</p><p>O Sistema de Contas Nacionais brasileiro apresenta as Contas Econômicas</p><p>Integradas (CEI), que descrevem a produção, o consumo, a acumulação e a</p><p>riqueza da economia e que fornecem uma visão de conjunto, e as Tabelas de</p><p>Recursos de Usos (TRU), que mostram, sob a perspectiva dos diversos</p><p>setores da atividade produtiva, a produção e a renda gerada pela economia.</p><p>As CEI apresentam seus valores discriminados em empresas não �nanceiras,</p><p>empresas �nanceiras, administrações públicas, instituições sem �ns</p><p>lucrativos a serviço das famílias (ISFSF) e famílias. A estrutura das CEI no</p><p>Brasil é apresentada no Quadro 3.10.</p><p>O Sistema de ContasO Sistema de Contas</p><p>Nacionais do Brasil:Nacionais do Brasil:</p><p>Metodologia de CálculoMetodologia de Cálculo</p><p>Grupo A - Conta de Bens e Serviços</p><p>Conta 0: Conta de Bens e Serviços</p><p>Grupo B - Contas de Produção, Renda e Capital</p><p>Conta 1: Conta de Produção</p><p>Conta 2: Conta de Renda</p><p>Conta 2.1: Conta de Distribuição Primária da Renda</p><p>Conta 2.1.1: Conta de Geração de Renda</p><p>Conta 2.1.2: Conta de Alocação de Renda</p><p>Conta 2.2: Conta de Distribuição Secundária da Renda</p><p>Conta 2.3: Conta de Uso da Renda</p><p>Conta 3: Conta de Acumulação</p><p>Grupo C - Conta das Operações Correntes com o Resto do Mundo</p><p>Conta 4: Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo (RM)</p><p>Conta 4.1: Conta de Bens e Serviços do RM com a Economia Nacional</p><p>Conta 4.2: Conta de Distribuição Primária da Renda e Transferências</p><p>Correntes do RM com a Economia Nacional</p><p>Conta 4.3: Conta de Acumulação do RM com a Economia Nacional</p><p>Quadro 3.10 - Estrutura das CEI</p><p>Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 105).</p><p>Como as CEI são elaboradas por setores institucionais, o primeiro passo na</p><p>elaboração das CEI são as CEI institucionais, que, para �ns de metodologia,</p><p>discriminam os valores que aparecem nas CEI de acordo com os tipos de</p><p>agentes ativos na economia (Empresas, Famílias, Administração Pública e</p><p>Resto do Mundo).</p><p>As CEI institucionais compreendem a Conta de Produção, que apresenta o</p><p>valor adicionado bruto de cada setor institucional, a Conta de Geração de</p><p>Renda em sua Distribuição Primária, que expressa como os rendimentos da</p><p>economia se dividem entre as categorias de renda, a Conta de Alocação da</p><p>Renda, que mostra como os valores da Conta de Geração de Renda em sua</p><p>Distribuição Primária são alocados entre os setores institucionais, a Conta de</p><p>Distribuição Secundária da Renda, que contempla as transferências correntes</p><p>recebidas e enviadas pelo país, a Conta de Uso da Renda, que expressa como</p><p>os setores distribuem a renda entre consumo e poupança, e a Conta de</p><p>Capital, que corresponde à poupança bruta de cada setor e da economia</p><p>como um todo.</p><p>Já as Tabelas de Recursos e Usos compreendem seis matrizes, de acordo</p><p>com Paulani e Braga (2012, p. 97):</p><p>A - matriz de Oferta.</p><p>A1 - matriz de Produção.</p><p>A2 - matriz de Importação.</p><p>B1 - matriz de Consumo Intermediário.</p><p>B2 - matriz de Demanda Final.</p><p>C - matriz de Componentes do Valor Adicionado.</p><p>Essas matrizes compreendem as estimativas de produtos setoriais. Temos:</p><p>[...] os setores que aparecem nas tabelas de recursos e usos são os</p><p>seguintes: Agropecuária (A), Indústria (I), que engloba indústria de</p><p>transformação, indústria extrativa mineral, construção civil e</p><p>serviços industriais de utilidade pública, Comércio (C), Transportes</p><p>(T), que envolve também Correio e Armazenagem, Intermediação</p><p>Financeira (F), que envolve também seguros e previdência</p><p>complementar, Serviços (S), que envolve também atividades</p><p>imobiliárias, aluguel e serviços de informação e administração</p><p>pública (G), que envolve também saúde e educação públicas</p><p>(PAULANI; BRAGA, 2012, p. 100).</p><p>A partir das contas nacionais, pode-se realizar o cálculo do PIB de acordo,</p><p>por exemplo, com a ótica do dispêndio. Dessa maneira, o PIB decorre da</p><p>despesa interna, que corresponde ao consumo privado (C), aos gastos do</p><p>Governo (G) e às despesas com investimentos (I), mais o saldo da balança</p><p>comercial (X - M). As despesas com investimentos podem ser decompostas</p><p>em Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mais Variação nos Estoques (EST).</p><p>Assim:</p><p>PIB ≡ C + G + I + X - M ≡ C + G + FBCF + EST + X - M</p><p>Utilizando a Conta de Bens e Serviços das CEI, podemos considerar o PIB</p><p>como:</p><p>PIB ≡ VBP - CI + (IpM - Sub pM)</p><p>Ou seja, o PIB corresponde ao Valor Bruto da Produção (VBP) menos o</p><p>Consumo</p><p>Intermediário (CI), para não incorrer em dupla contagem, mais os</p><p>Impostos líquidos de subsídios sobre produtos e importação (IpM - Sub pM).</p><p>praticar</p><p>Vamos Praticar</p><p>O Sistema de Contas Nacionais brasileiro compreende as Contas Econômicas</p><p>Integradas (CEI), que descrevem a produção, o consumo, a acumulação e a riqueza,</p><p>e que fornecem uma visão de conjunto da economia. A respeito das CEI, assinale a</p><p>alternativa correta:</p><p>a) As CEI apresentam a produção e a renda gerada pela economia sob a</p><p>perspectiva dos diversos setores da atividade produtiva.</p><p>b) As CEI institucionais discriminam os valores que aparecem nas CEI de</p><p>acordo com os tipos de agentes ativos na economia.</p><p>c) As CEI institucionais contemplam a Conta de Produção, porém não</p><p>incluem a Conta de Alocação de Renda.</p><p>d) A Conta de Distribuição Secundária da Renda contempla apenas as</p><p>transferências correntes recebidas pelo país.</p><p>e) A Conta de Uso da Renda corresponde à poupança bruta de cada setor e</p><p>da economia nacional como um todo.</p><p>indicações</p><p>Material</p><p>Complementar</p><p>L I VRO</p><p>História econômica e social do Brasil: o</p><p>Brasil desde a República</p><p>Editora: Saraiva</p><p>Autor: Herbert S. Klein e Francisco Vidal Luna</p><p>ISBN: 978-8547207762</p><p>Comentário: O livro trata da evolução das tendências</p><p>socioeconômicas que culminam na de�nição da</p><p>economia brasileira moderna, explorando a relação</p><p>entre a economia e a história política do Brasil. Dessa</p><p>maneira, trata-se de uma obra que complementa a</p><p>evolução do Sistema de Contas Nacionais do Brasil por</p><p>fornecer o pano de fundo histórico para os processos e</p><p>transformações da sociedade em paralelo ao</p><p>desenvolvimento da modernização econômica</p><p>brasileira.</p><p>F I LME</p><p>Real: O plano por trás da história</p><p>Ano: 2017</p><p>Comentário: Nas Contas Nacionais, a in�ação</p><p>representa um problema para a mensuração dos</p><p>agregados econômicos. No Brasil, historicamente a</p><p>in�ação e a estabilização monetária representaram um</p><p>dos maiores desa�os para os gestores públicos. O</p><p>�lme Real: O Plano por Trás da História trata da</p><p>história da criação do Plano Real, uma medida</p><p>econômica que conseguiu, em 1994, controlar a</p><p>hiperin�ação e estabilizar a economia do Brasil.</p><p>TRAILER</p><p>conclusão</p><p>Conclusão</p><p>Nesta unidade, apresentamos um modelo completo para a contabilidade</p><p>social. Explicamos como o governo desempenha papéis pertinentes em</p><p>diversos processos econômicos e incluímos as transações com o resto do</p><p>mundo, de modo a compreender o que se modi�ca nas relações econômicas</p><p>quando consideramos as relações econômicas internacionais.</p><p>Com o modelo completo para uma economia aberta, apresentamos a</p><p>evolução histórica do Sistema de Contas Nacionais do Brasil e discutimos</p><p>como se realiza o cálculo das contas nacionais brasileiras, de modo a</p><p>identi�car as estruturas das contas básicas, entender como se realiza o</p><p>cálculo do PIB e analisar as estimativas dos produtos setoriais.</p><p>re ferências</p><p>Referências</p><p>Bibliográ�cas</p><p>ALEM, A. Macroeconomia: teoria e prática no Brasil. São Paulo: Elsevier,</p><p>2010.</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Biogra�a FGTS . Livro 1, 2016. Disponível em:</p><p>http://www.caixa.gov.br/Downloads/fgts-informacoes-diversas/livro-</p><p>digital_bio-fgts-parte_I.pdf . Acesso em: 1 dez. 2019.</p><p>HALLAK NETO, J. O Sistema de Contas Nacionais: evolução, principais</p><p>conceitos e sua implantação no Brasil. Textos para discussão. Rio de Janeiro:</p><p>IBGE, Coordenação de Contas Nacionais, 2014.</p><p>IBGE - Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Sistema de contas</p><p>nacionais do Brasil: ano de referência 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.</p><p>KLOTZLE, M. C.; PINTO, A. C. F.; KLOTZLE, A. C. Finanças internacionais . Rio</p><p>de Janeiro: Saraiva, 2007.</p><p>LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de (Orgs.). Manual de</p><p>macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo: Editora Atlas, 2008.</p><p>MONTORO FILHO, A. F. Contabilidade social: uma introdução à</p><p>macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 1994.</p><p>PAULANI, L. M.; BRAGA, M. B. A nova contabilidade social: uma introdução à</p><p>macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2012.</p><p>PIRES, M. Investimentos públicos: 1947-2018. Observatório de Política</p><p>Fiscal , 5 jun. 2019. Disponível em: https://observatorio-politica-</p><p>�scal.ibre.fgv.br/posts/investimentos-publicos-1947-2018 . Acesso em: 1 dez.</p><p>2019.</p><p>SIMONSEN, M. H.; CYSNE, R. P. Macroeconomia . São Paulo: Atlas, 2009.</p><p>https://observatorio-politica-fiscal.ibre.fgv.br/posts/investimentos-publicos-1947-2018</p>