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<p>TRATADOS INTERNACIONAIS</p><p>Por Júlio César</p><p>- Os tratados de direitos humanos ratificados pelo Brasil se incorporam à nossa legislação, desde que sejam aprovados em cada casa do Congresso Nacional com quórum qualificado de três quintos.</p><p>- Assim, tais tratados possuem força constitucional e como também devem possuir</p><p>imediata aplicabilidade, de acordo com a nova tendência doutrinária e jurisprudencial: o</p><p>neoconstitucionalismo.</p><p>- A Convenção, em seu art. 2.º, definiu o tratado como sendo um "acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação particular".</p><p>- Trata-se, portanto, de um acordo formal concluído entre os sujeitos de direito</p><p>internacional público, regido pelo direito das gentes, visando a produzir imprescindivelmente efeitos jurídicos para as partes contratantes.</p><p>- A definição de BEVILÁQUA: "Tratado internacional é um ato jurídico, em que dois ou mais Estados concordam sobre a criação, modificação ou extinção de algum direito", completando que a "definição acima exposta abrange todos os atos jurídicos bilaterais ou multilaterais do direito público internacional, que, realmente, podem ser designados pela denominação geral de tratados, mas que recebem, na prática e nos livros de doutrina, qualificações diversas”.</p><p>- Uma vez celebrado o tratado passa a valer no plano internacional, surtindo</p><p>efeitos no plano internacional. Para vigência do tratado no ordenamento jurídico nacional são necessárias várias formalidades. Segundo MORAES (2010):</p><p>1ª fase: compete privativamente ao Presidente da República celebrar todos os</p><p>tratados, convenções e atos internacionais (CF, art. 184, VIII);</p><p>2ª fase: é de competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente</p><p>sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional (CF, art. 49, I). A deliberação do Parlamento será realizada através da aprovação de um decreto legislativo, devidamente promulgado pelo Presidente do Senado Federal e publicado;</p><p>3ª fase: edição de um decreto do Presidente da República, promulgando o ato ou</p><p>tratado internacional devidamente ratificado pelo Congresso Nacional. É nesse momento que adquire executoriedade interna a norma inserida pelo ato ou tratado internacional, podendo, inclusive, ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.” Assim, explicitado o processo de formação dos tratados internacionais, cumpre tecer</p><p>algumas considerações acerca de sua hierarquia no ordenamento jurídico pátrio.</p><p>- é lícito afirmar que os tratados e convenções internacionais sobre</p><p>direitos humanos ainda não processados sob a ritualística do § 3° do Art. 5° da CRFB/1988, não se equiparam formalmente às Emendas Constitucionais.</p><p>- Os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil têm índole e nível constitucionais, além de aplicação imediata, não podendo ser revogados por lei ordinária posterior.</p><p>- Para nós, a cláusula aberta do 2.º do art. 5.º da Carta da 1988 sempre admitiu o</p><p>ingresso dos tratados internacionais de proteção dos direitos humanos no mesmo grau</p><p>hierárquico das normas constitucionais, e não em outro âmbito de hierarquia normativa.</p><p>-</p>

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