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<p>MBA GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA</p><p>MERCADO INFORMAL E VIOLÊNCIA URBANA</p><p>RAFAEL BRAZ OSWALD</p><p>Orientador: Prof. Lucas Vinícius Fernandes Toledo</p><p>RIO DE JANEIRO</p><p>03/2020</p><p>RAFAEL BRAZ OSWALD</p><p>MERCADO INFORMAL E VIOLÊNCIA URBANA</p><p>Trabalho Final apresentado ao Curso de MBA EM GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA da Universidade Cândido Mendes como parte dos requisitos para atendimento da resolução nº 1 do Conselho Nacional de Educação, de 08 de junho de 2007.</p><p>Orientador: Prof. Lucas Vinícius Fernandes Toledo</p><p>Aprovado em ___/___/______</p><p>Parecer do Prof. ____________________</p><p>Rio de Janeiro</p><p>2020</p><p>Introdução</p><p>Conforme requisitos do curso de pós-graduação em gestão de segurança pública através da percepção do autor, guarda municipal da cidade do rio de janeiro e agente de segurança do tribunal de contas do mesmo município por mais de 10 anos. Pretende-se com o presente trabalho acadêmico, analisar a dinâmica de violência urbana através da percepção da ótica de criminologia direcionada ao município do Rio de Janeiro que, flagelado pela crise econômica, social, urbana, educacional e de segurança pública, encontra-se sobrecarregado pelo excesso de trabalhadores informais em situação de vulnerabilidade ocupando espaços urbanos como calçadas, praças públicas, semáforos, transportes públicos e etc. Este trabalho tem sua relevância acadêmica na necessidade de entendimento dos operadores de segurança pública e seus incentivadores, quanto na perspectiva de educadores da vida social. Por isso delimita-se no objetivo de correlacionar as incertezas do fato social da informalidade como o gatilho da possibilidade de inserção do ambulante na vida do crime, direta ou indiretamente. Também busca demonstrar como o afastamento e descaso do poder público em conjunto com o fato de existirem áreas de risco sem controle do estado, podem ser motivos determinantes ao crescimento da criminalidade.</p><p>Buscaremos aqui, entender todo o contexto que estabelece o caminho entre educação insuficiente, falta de oportunidade de trabalho formal, venda de objetos oriundos de furto ou roubo, vulnerabilidade dos trabalhadores informais e finalmente a entrada na vida do crime, para encontrar meios de fazer com que o estado possa modificar as relações entre os atores dessa dinâmica, e através de um controle social direcionado, fazer com que os vendedores que se encontram na informalidade possam ser inseridos no trabalho formal sem a negligenciada exposição do indivíduo às incertezas da informalidade praticamente imposta pela circunstância da ineficiência estatal.</p><p>Cabe ressaltar, que este estudo procurará observar de forma crítica como a ineficiente dinâmica entre estado e população durante anos, além da falta de investimentos em amplas áreas das necessidades básicas da vida, fizeram com que pessoas das mais diversas regiões esquecidas pelo poder público, tivessem que procurar meios alternativos para se sustentar, inclusive através de maneiras ilegais.</p><p>Fator Histórico</p><p>Não é novidade que historicamente as regiões central e sul da cidade do Rio de Janeiro são regiões mais bem exploradas tanto econômica quanto turisticamente. Esse fato se dá pela localização histórica que a cidade cresceu, fazendo com que essas localidades fossem sendo povoadas primeiro e recebendo os maiores investimentos ao longo dos anos. Coube então às outras áreas da cidade ou suas adjacências, a distribuição gradativa de pessoas conforme seu crescimento demográfico. Com isso, regiões mais distantes consequentemente foram crescendo de forma desordenada e o controle do estado já nessa formação foi se mostrando ineficiente. Há ainda, a questão da desigualdade social acentuada que percebe suas raízes na maneira equivocada a qual a escravidão, que só cessou no Brasil em 13 de maio de 1888, foi encerrada. Após 388 anos de escravidão exploradora e cruel, os negros que sofreram severas humilhações e privações das mais variadas formas, que não tiveram o mínimo de instrução ou de preocupação por parte do estado, foram libertos. Daí haveria de se perguntar qual seria a compensação para ao menos diminuir um pouco as injustiças de tantos anos de crueldade, e a resposta é nenhuma. Os antes escravos foram libertos, mas sua dependência continuou a mesma, não tinham estudo, casa e nem dinheiro. Dessa condição, iniciaram as primeiras favelas do Rio de Janeiro e consequentemente do Brasil.</p><p>Realidade Atual</p><p>Advindo da grande disparidade histórica com efeitos catastróficos nos dias atuais, o Brasil e o Rio de Janeiro, passeiam por índices deficientes e alarmantes. Segundo dados do site G1 através de informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o Brasil tem índice de informalidade que atinge aproximadamente 40,7% da população em dados atuais, e por mais que seja menor que o trimestre passado, ainda é um número muito alto, já que na realidade essa redução se dá ao fato de que o número de pessoas que não estão procurando emprego bateu recordes e subiu para aproximadamente 65,7 milhões de pessoas. Há de se levar em consideração aqui que não há a afirmação que implique dizer que todo trabalhador informal estaria direcionado à atividade ilegal ou ao crime organizado, mas a exposição e a vulnerabilidade podem ser condicionantes aditivas que promovam essa fatalidade.</p><p>Mais especificamente direcionando a dinâmica social estudada ao efeito do crime, a cidade carioca e sua sociedade, na sua grande maioria, definidas como classe média baixa ou pobres, encontram duas realidades parecidas. Ou pertencem às áreas de risco ou vivem nos seus entornos. Em ambos os casos, todos estão reféns do perigo do crime organizado e vivem em constante estado de atenção.</p><p>Modalidades de crimes foram ocorrendo ao avanço da sociedade, e tanto o tráfico de drogas, roubo ou furto a transeuntes, roubo de cargas e veículos, e outras modalidades foram ganhando espaço. Direta ou indiretamente, essas formas de crimes são exploradas através do comércio informal. Seja na receptação e venda de produtos provenientes de roubo ou furto, seja na modalidade de venda de produtos lícitos para legitimar a venda de produtos ilegais de forma secundária, o desempregado em situação de necessidade poderá ser induzido à atividade ilegal como alternativa de fuga das condições do mercado atual em baixa.</p><p>Da Lei Penal e da Ordem Pública</p><p>Como trata-se de estudo sobre mercado informal e violência urbana na Cidade do Rio de Janeiro, utilizaremos a perspectiva da forma de maior recorrência que envolve o mercado informal através da receptação de materiais adquiridos das mãos de criminosos que praticam roubos a cargas transportadas neste estado e consequente município.</p><p>Segundo o site G1, foi divulgado pelo instituto de segurança pública um estudo que mostra que em 2018, 25 roubos a cargas foram registrados por dia no estado do Rio de Janeiro. Mais precisamente, na capital do estado, os bairros de Bangu, Penha e Vigário Geral foram as mais visadas.</p><p>Da referência entre cidade com crimes direcionados ao furto de cargas e a relação com o mercado informal, não há grandes dificuldades em relacionar a compra e venda de produtos ilícitos pelos ambulantes e o repasse desses produtos ao consumidor final. Geralmente a venda desses produtos na rotina diária não direciona o comprador final à exigência de nota fiscal, promovendo grande facilidade à continuidade do modus operandi da criminalidade.</p><p>Segundo o artigo 180 do Código Penal Brasileiro:</p><p>Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)</p><p>Ainda no artigo, em seu parágrafo 3º:</p><p>Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)</p><p>Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.426, de 1996)</p><p>Percebe-se no artigo 180 que não simplesmente adquirir tão somente, mas induzir pessoa de boa-fé à compra de coisa adquirida de forma ilegal é crime. Já no parágrafo 3º condiciona-se que, aquele ao qual se faz por adquirir coisa com valor monetário muito inferior ao preço normal é passível de no mínimo ter dúvida sobre a procedência do produto e, portanto, ter cautela. Inclusive, há previsão de detenção pela compra de material com proveniência duvidosa. Percebe-se aí, que não somente o indivíduo receptador é irresponsável e estará transcendendo a lei, mas o cidadão que compra dele também, pois passa a ser receptador também. Há então, a necessidade de se exigir a nota fiscal da mercadoria que comprove sua origem lícita. Obviamente, deve-se levar em consideração que para objetos de menor valor, que sejam vendidos em pequenas quantidades, como balas, doces, e outros afins, o vendedor não teria a nota fiscal para entregar a cada cliente. Porém, deverá estar portando no mínimo sua nota fiscal individual da compra total do produto.</p><p>Já no que se refere ao ordenamento do espaço público na cidade do Rio de Janeiro, a previsão jurídica municipal advém do decreto Nº 43579 de 24 de agosto de 2017, onde nele regula-se a utilização dos espaços municipais e a fiscalização do comércio ambulante. Há no decreto, uma previsão da existência sustentável quanto ao comércio ambulante e o espaço urbano. Contudo, em seu parágrafo 3º diz-se que, “não serão concedidas novas autorizações para o exercício da atividade de comércio ambulante em ponto fixo, salvo na hipótese de vacância ou preenchimento de lista de espera e aquelas, objeto de processos em curso”. (Redação dada pelo Decreto nº 43.844/2017). É relevante observar que o legislador é taxativo em não conceder novas autorizações de vendas fixas. E a partir daí muitos vendedores optam pela venda itinerante de materiais leves ou utilizam carrinhos chamados vulgarmente de “burrinhos sem rabo”, para carregar seus materiais devido a facilidade de deslocamento por ocasião de alguma operação dos órgãos competentes de repressão.</p><p>Conclusão</p><p>Segundo o material de estudos de criminologia do curso de gestão de segurança pública no seu capítulo 3 em seu segundo parágrafo, o crime é um fenômeno social, comunitário e que se mostra como um “problema” maior, a exigir do pesquisador uma empatia para se aproximar dele e o entender em suas múltiplas facetas. Destarte, a relatividade do conceito de delito é patente na criminologia, que o observa como um problema social. Por isso, o estado deve direcionar-se não somente a coerção da atividade, mas a solução do problema social que a gerou. Particularmente sobre essa assertiva, a proximidade dos órgãos fiscalizadores e policiais fomentando atividades de conscientização e explicação entre os populares é fundamental tanto na educação dos ambulantes, quanto dos cidadãos, preconizando assim, a possibilidade da redução do acesso a produtos provenientes de ilícitos penais.</p><p>Contudo, somente através do investimento em educação de qualidade, além da criação de oportunidades trabalhistas, redução da desigualdade social, regulamentação compromissada dos ambulantes, fiscalização comprometida e eficiente dos produtos comercializados, serão as atitudes derradeiras que propiciarão os efeitos essenciais e que entregarão a melhor maneira de se conseguir o eventual enfraquecimento dos meios penais de roubo e furto de cargas e haverá a possibilidade de retirada dos ambulantes do Rio de Janeiro da situação de vulnerabilidade a que se encontram.</p><p>Referências:</p><p>https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/28/desemprego-fica-em-112percent-em janeiro-e-atinge-119-milhoes-diz-ibge.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/12/02/rio-de-janeiro-registrou-25-roubos-de-carga-por-dia-em-2018.ghtml</p><p>Vade Mecum Rideel. Código Penal Brasileiro. 30ª edição.</p><p>Zylberg, Sônia. Morro da Providência – Memórias da Favela. Edição Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.</p><p>Carlos, Ana Fani Alessandri. O Espaço Urbano: Novos Escritos Sobre a Cidade. São Paulo, Labur Edições, 2007.</p><p>8</p>

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