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<p>Alto Contraste A- A+ Imprimir GERENCIAMENTO DE ESCOPO, TEMPO, CUSTO E QUALIDADE EM PROJETOS Aula 1 A GESTÃO DO ESCOPO DO PROJETO A gestão do escopo do projeto Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la? Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Bons estudos!</p><p>Ponto de Partida Olá, estudante! Seja bem-vindo! Considerando os conhecimentos adquiridos e desenvolvidos anteriormente, a saber, o cerne do gerenciamento de projetos a partir de um olhar introdutório, é chegado o momento de nos debruçarmos sobre alguns pontos importantes para otimizar resultados e potencializar nossa atuação na área. A gestão de escopo desempenha um papel vital na determinação do sucesso de qualquer projeto, independentemente de sua escala ou complexidade. É ela quem define as fronteiras do que deve ser feito, o que deve ser entregue e quais são os requisitos a serem atendidos. Nesta aula, então, você conhecerá conceitos, técnicas e práticas que o ajudarão a dominar tais habilidades. Como definir claramente os objetivos de um projeto? Como controlar as mudanças no escopo? Como garantir que as entregas atenderão às expectativas do cliente? Esses questionamentos são cruciais para o sucesso do projeto. Ademais, discutiremos como a gestão de escopo está intrinsecamente ligada a outras áreas de gerenciamento de projetos, como o controle de qualidade, a alocação de recursos e a gestão de</p><p>Agora, vamos imaginar um cenário onde você é um membro da equipe de projetos contratada para gerenciar um evento acadêmico, um ciclo de palestras de profissionais de diferentes áreas, destinado a estudantes que buscam aprimorar seus conhecimentos e habilidades. Este evento acontece anualmente em uma universidade renomada na sua região e é muito aguardado pela comunidade acadêmica. Lembre-se: o sucesso de um projeto começa com uma compreensão clara do que precisa ser feito, e é isso o que a gestão de escopo oferece. Desejamos a você, portanto, uma experiência de aprendizado enriquecedora e produtiva. Boa aula! Vamos Começar! Gestão do escopo do projeto: por onde começar? Como discutimos anteriormente, a gestão do escopo desempenha um papel fundamental no sucesso de projetos, independentemente de seu tamanho ou complexidade. O escopo de um projeto refere-se ao conjunto de atividades, objetivos, entregas e requisitos que precisam ser alcançados para atender aos objetivos do projeto. Logo, por qual motivo gerenciar o escopo é importante? Podemos associar sua importância a alguns pontos, notadamente: Clarificação de objetivos: a gestão do escopo ajuda a definir e comunicar claramente os objetivos do projeto. Isso assegura que todas as partes interessadas tenham uma compreensão</p><p>processos para lidar com mudanças ao longo do projeto. Alterações no escopo são inevitáveis, mas devem ser gerenciadas de forma controlada para evitar impactos negativos no cronograma e no orçamento. Previsão de recursos: ao definir o escopo de forma detalhada, é mais fácil estimar os recursos necessários, como pessoal, tempo e custos, o que auxilia na alocação eficiente de recursos e na prevenção de despesas desnecessárias. Aderência ao orçamento e prazo: a gestão do escopo ajuda a manter o projeto dentro dos limites orçamentários e prazos estabelecidos. Evita que o projeto se expanda descontroladamente, o que pode resultar em custos excessivos e atrasos. Melhoria da qualidade: um escopo bem definido permite um foco claro nas entregas do projeto. Isso, por sua vez, contribui para a qualidade das entregas, pois a equipe pode concentrar seus esforços em atender aos requisitos específicos. Satisfação do cliente: um escopo claro e bem gerenciado aumenta a probabilidade de satisfazer as expectativas do cliente, o que é essencial para a reputação da organização e a construção de relacionamentos sólidos com os clientes. Redução de riscos: uma gestão de escopo eficaz ajuda a identificar e mitigar riscos associados ao projeto. A compreensão detalhada do que deve ser entregue permite a implementação de estratégias de gestão de riscos mais eficientes. Melhor comunicação: a gestão do escopo envolve a comunicação eficaz com todas as partes interessadas, garantindo que todos estejam alinhados quanto às metas e limites do projeto.</p><p>reduzindo o risco de distrações. Documentação e histórico: a gestão do escopo produz documentação que serve como registro histórico do projeto. Isso é valioso para futuros projetos semelhantes e para a revisão pós-projeto, que permite aprender com sucessos e erros passados. Partindo do exposto, é possível inferir que a gestão do escopo fornece um roteiro claro para todas as partes interessadas, minimiza riscos, melhora a qualidade das entregas e ajuda a atender às expectativas do cliente. Uma gestão eficaz do escopo é, portanto, uma das chaves para o gerenciamento bem-sucedido de projetos. Mas por onde começar ou como operacionalizar a gestão do escopo? De maneira geral, um dos primeiros pontos na definição do escopo consiste na identificação das partes interessadas. Ou seja, comece identificando todas as partes interessadas no projeto. Isso inclui clientes, membros da equipe, patrocinadores, usuários finais e outros envolvidos. Compreender as necessidades e expectativas de todos é fundamental para definir um escopo eficaz. Na sequência, documentar o propósito do projeto e seus objetivos é muito importante. Nesta etapa, cabe, então, a criação de um relatório ou declaração concisa do propósito e dos objetivos do projeto. Essa declaração deve responder às seguintes perguntas: "por que estamos fazendo este projeto?" e "o que esperamos alcançar com ele?". Definir os objetivos ajuda a manter o foco no que é mais importante. Tendo os objetivos definidos, é preciso identificar os requisitos do projeto, funcionais (o que o sistema ou produto deve fazer) e não</p><p>Neste ponto, vale mencionar a estrutura analítica do projeto (EAP), instrumento importante na medida em que ajuda a visualizar todas as entregas e atividades do projeto, tornando mais fácil a definição do escopo. Siga em Frente... Estrutura analítica do projeto (EAP) A estrutura analítica do projeto (EAP) é uma ferramenta fundamental no gerenciamento de projetos. Ela é uma representação hierárquica de todas as entregas, tarefas e componentes do projeto organizados de maneira lógica e estruturada. A EAP divide o projeto em partes menores e mais gerenciáveis, tornando mais fácil a compreensão, o planejamento e o controle de suas atividades. A principal finalidade da EAP é desmembrar o projeto em elementos mais simples, que possam ser atribuídos a membros da equipe, estimados quanto ao tempo e custo, monitorados e controlados de forma eficiente. Ela oferece uma visão clara das relações hierárquicas entre as tarefas e ajuda a garantir que nenhum aspecto do projeto seja esquecido. Os elementos da EAP são geralmente organizados em uma árvore hierárquica semelhante a um organograma - em que o nível superior representa o objetivo global do projeto e os níveis subsequentes desdobram esse objetivo em componentes cada vez mais específicos. A estrutura pode ter vários níveis de profundidade, dependendo da complexidade do projeto. A EAP, pois, é uma ferramenta versátil que desempenha diversas funções no gerenciamento de projetos, incluindo:</p><p>detalhados de projeto. Atribuição de responsabilidades: cada elemento da EAP pode ser atribuído a um membro específico da equipe, estabelecendo claramente quem é responsável pelo quê. Estimativa de custos e duração: facilita a estimativa de custos e duração para cada elemento do projeto, uma vez que quebra o projeto em partes menores que podem ser analisadas com mais precisão. Controle e monitoramento: permite, à medida que o projeto avança, o acompanhamento do progresso de cada componente e ajuda a identificar desvios do plano original. Comunicação: fornece uma visão geral clara e visual do projeto. Essa ferramenta de comunicação poderosa ajuda a equipe e as partes interessadas a entender o escopo e a estrutura do projeto. Tomada de decisões: auxilia na tomada de decisões, uma vez que oferece insights sobre como as diferentes partes do projeto estão interconectadas e onde os recursos devem ser alocados. Projeto 1.1 1.2 1.3 1.4 Figura 1 Níveis da EAP. Fonte: elaborada pela autora.</p><p>todos os estágios de um projeto. Ela ajuda a transformar um projeto complexo em partes mais gerenciáveis, facilitando o sucesso da equipe do projeto. Validando escopo do projeto A validação do escopo, após sua definição, é uma etapa crítica no gerenciamento de projetos, pois garante que o trabalho foi realizado conforme planejado e que todas as entregas atendem aos requisitos estabelecidos. Assim, é importante que a equipe, antes mesmo de iniciar o projeto em si, se atente para a definição dos critérios de aceitação. Tais critérios versam sobre cada entrega e objetivo do projeto. Eles estabelecem as expectativas sobre o que é considerado um trabalho bem-feito, podendo incluir especificações técnicas, prazos, padrões de qualidade e outras métricas mensuráveis. Em síntese, a definição do escopo deve ser um processo colaborativo que envolva a equipe do projeto e as partes interessadas. É fundamental ser claro, detalhado e preciso na documentação do escopo para evitar mal-entendidos e garantir que o projeto siga na direção certa desde o início. Vamos Exercitar? Nesta aula, vimos que a EAP é uma ferramenta muito útil na gestão do escopo do projeto. Ela pode variar de acordo com a complexidade, o tamanho e a natureza do projeto. Neste sentido, retornando ao nosso cenário inicial, onde você é um membro da equipe de projetos contratada para gerenciar um evento acadêmico, um ciclo de palestras ministradas por profissionais de</p><p>aguardado pela comunidade acadêmica. Nesse sentido, como você elaboraria a EAP de um projeto para realização de um evento acadêmico? A seguir, tem-se um exemplo genérico de como poderia ser a EAP desse evento: Tópico 1 - Evento ciclo de palestras: planejamento 1.1.1 Estabelecer objetivos 1.1.2 Definir data e local 1.1.3 Orçamento inicial 1.1.4 Identificação de parceiros 1.1.5 Seleção da equipe de planejamento Tópico 2 - Divulgação do evento 1.2.1 Desenvolver estratégia de marketing 1.2.2 Criar material de divulgação 1.2.3 Gerenciar campanhas de mídias sociais 1.2.4 Venda de ingressos 1.2.5 Relações com a imprensa Tópico 3 - Logística do evento 1.3.1 Contratar fornecedores (aluguel de local, catering, equipamento de áudio e vídeo) 1.3.2 Gerenciar registro de participantes</p><p>1.3.5 Gerenciamento de estacionamento Tópico 4 - Execução do evento 1.4.1 Configurar o local 1.4.2 Coordenação da programação 1.4.3 Recepcionar os participantes 1.4.4 Gerenciamento de palestrantes 1.4.5 Gerenciar a equipe de apoio Este é o exemplo de uma EAP simplificada de um evento. Em projetos mais complexos, você pode adicionar níveis adicionais de detalhamento, conforme necessário. A EAP é uma ferramenta flexível que pode ser adaptada de acordo com as necessidades específicas do projeto. Ela ajuda a organizar e visualizar as diferentes tarefas e componentes envolvidos na realização de um projeto bem-sucedido, facilitando o planejamento, o controle e a comunicação ao longo do processo. Saiba Mais Dicas para a criação de EAP: Considerando que a EAP é uma ferramenta bastante visual, é preciso contar com o apoio de algumas ferramentas para a sua construção. Nesse ponto, você pode escolher ferramentas voltadas para criação de diagramas e gráficos como, por exemplo, o Microsoft Project, o MindMeister, o Microsoft PowerPoint ou, até mesmo, o Microsoft Excel.</p><p>sequência, a ideia é dividi-las em entregas ou tarefas. Ou seja, dentro de cada categoria principal, divida o projeto em entregas e tarefas menores. Continue a desdobrar cada uma delas em níveis mais detalhados à medida que você avança na estrutura. Também é importante adicionar responsáveis e prazos às tarefas. Uma dica importante é personalizar o visual da EAP com cores, ícones ou estilos de fonte, conforme desejado. Depois de criá- la visualmente na ferramenta escolhida, é necessário exportá-la como imagem para compartilhamento ou apresentações. Lembre-se de que a estrutura real da EAP dependerá das necessidades específicas do seu projeto e das tarefas envolvidas. A EAP é uma ferramenta flexível que pode ser adaptada às particularidades do projeto. Sugestão de leitura: a edição do PMBOK traz o conteúdo de EAP na página 58. Vale a pena a leitura! PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI USA). Criar a estrutura analítica do projeto (EAP). In: Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 58-ss. Referências G. Gerenciamento de riscos em projetos: ferramentas, técnicas e exemplos para gestão integrada. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018. CAMARGO, M. Gerenciamento de projetos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018.</p><p>WYSOCKI, R. K. ; MARQUES, A. S. Gestão eficaz de projetos: o ambiente organizacional de gerenciamento de projetos (Vol. 2). São Paulo: Saraiva, 2020. Aula 2 GERENCIANDO TEMPO DO PROJETO Gerenciamento tempo do projeto Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la? Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Bons estudos!</p><p>Ponto de Partida Olá, estudante! Bem-vindo a mais uma aula da disciplina Gestão de Projetos. Como aprendemos anteriormente, a gestão do tempo faz parte do que chamamos de tríplice restrição no gerenciamento de projetos, juntamente com a gestão de custos e gestão do escopo. Por ser, justamente, um dos tópicos capazes de restringir o projeto e, consequentemente, desempenhar um papel fundamental no sucesso deste, a gestão do tempo precisa ser estudada, em particular os principais processos e práticas no que tange à elaboração e gestão de um bom cronograma. De maneira geral, além dos prazos, a gestão do tempo está diretamente associada à alocação de recursos, definição de metas e atendimento das expectativas/necessidades das partes interessadas, sendo então bastante importante desde o planejamento até o controle do projeto. Além disso, uma boa gerência do tempo permite a identificação de problemas de forma a não comprometer o desenvolvimento do projeto como um todo, auxiliando na adoção de uma postura proativa ou preventiva e mitigando possíveis atrasos ou riscos na execução do projeto.</p><p>Pronto para começar? Boa aula! Vamos Começar! Gestão do tempo em projetos Segundo a quinta edição do PMBOK (2014, p. 63), "o gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto". Ainda de acordo com o guia, a gestão do tempo envolve sete atividades principais. São elas: 1. Planejar o gerenciamento do cronograma: processo de estabelecimento das políticas, dos procedimentos e da documentação para o planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto. 2. Definir as atividades: processo de identificação e documentação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto. 3. Sequenciar as atividades: processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto. 4. Estimar os recursos das atividades: processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, recursos humanos, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade. 5. Estimar as durações das atividades: processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados. 6. Desenvolver o cronograma: processo de análise das sequências das atividades, suas durações, recursos</p><p>andamento das atividades do projeto para atualização no seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado. Partindo das etapas apresentadas, uma vez definidas as atividades necessárias à execução do projeto, é preciso estabelecer uma ordem. Ou seja, qual é o grau de interdependência entre uma atividade e outra? Qual atividade precisa terminar para que outra possa começar? Quais atividades podem ser realizadas em concomitância? Para auxiliar nesta tarefa de sequenciamento de atividades, o PMBOK apresenta Método do Diagrama de Precedência (PDM). O método do diagrama de precedência (em inglês, Precedence Diagram Method) é uma técnica utilizada no gerenciamento de projetos para representar e visualizar a sequência e a relação de dependência entre as atividades de um projeto. É uma das ferramentas mais comuns na criação de diagramas de rede, amplamente utilizada na elaboração do cronograma do projeto. Nesse método, as atividades são representadas como nós (ou caixas) em um diagrama, e as relações de dependência entre elas são representadas por setas direcionais que conectam esses nós. Cada seta indica a direção e a natureza da dependência. As relações entre as atividades se apresentam, pois, das seguintes formas: Início para início (Start-to-Start SS): a atividade sucessora começa ao mesmo tempo que a atividade predecessora. Término para início (Finish-to-Start - FS): a atividade sucessora começa imediatamente após o término da atividade predecessora.</p><p>sucessora termina ao mesmo tempo que a atividade predecessora. PMD permite, assim, uma representação visual clara das relações de dependência entre as atividades, facilitando o planejamento do cronograma do projeto. Ele também ajuda a identificar caminhos críticos, isto é, as sequências de atividades que determinam a duração total do projeto e que não podem sofrer atrasos, pois podem atrapalhar o desenvolvimento do projeto como um todo. O sequenciamento das atividades pode ser ilustrado em um diagrama de rede, conforme observamos na figura a seguir. B E A C F D Figura 1 Exemplo de diagrama de rede. Fonte: elaborada pela autora. O exemplo de diagrama da Figura 1 apresenta o sequenciamento das tarefas A, B, C, D, E, F e G. Através das setas é possível perceber que as atividades B, C e D só começam quando a atividade A estiver finalizada. A atividade F depende das atividades C e D, enquanto a E depende da atividade B. Ainda, as atividades E e F podem ser realizadas paralelamente, enquanto a G só poderá ter início quando finalizadas a E e a F. diagrama, pois, deixa as atividades e suas respectivas relações de interdependência bem visuais e organizadas. Mas como determinar o caminho crítico?</p><p>método do caminho crítico (Critical Path Method - CPM) é uma técnica de gerenciamento de projetos que se concentra em identificar a sequência de atividades que determina a duração mais longa do projeto, ou seja, o caminho mais longo para a sua conclusão. As atividades que compõem o caminho crítico são aquelas que não podem sofrer atrasos sem afetar o prazo de conclusão do projeto como um todo. Portanto, o CPM é usado para ajudar a planejar, programar e controlar projetos com base na gestão do tempo. Para a identificação de qual caminho tem a maior duração, é preciso estimar a duração de cada atividade. Podemos seguir o mesmo exemplo de sequenciamento apresentado anteriormente no diagrama de rede. Assim, se: Atividade A = 4 dias de execução Atividade B = 3 dias de execução Atividade C = 4 dias de execução Atividade D = 1 dia de execução Atividade E = 5 dias de execução Atividade F = 6 dias de execução Atividade G = 5 dias de execução No diagrama, as informações poderão ser dispostas da seguinte forma:</p><p>D = 4 D=4 E D =5 A D = 6 D =1 F Figura 2 Diagrama de rede com alocação de duração das tarefas. Fonte: elaborada pela autora. Se o caminho crítico é aquele que tem a maior duração, precisamos somar as sequências: caminho de maior duração é o ACFG, o qual dura 19 dias. Logo, sabemos que o tempo mínimo de duração desse projeto é de 19 dias e que, ainda, as atividades pertencentes a este caminho não podem atrasar. Outra informação que podemos interpretar é que o caminho ABEG possui dois dias de folga, enquanto o caminho ADFG possui três dias. Vamos Exercitar? Lembra do nosso exemplo prático apresentado no início da aula? Então, vamos exercitar a elaboração de um diagrama de rede associado à gestão de um projeto para a construção de uma casa? Atividades e durações: Pesquisa e compra do terreno (A): 2 meses Design arquitetônico (B): 3 meses Aprovações regulatórias (C): 1 mês</p><p>Estrutura (G): 3 meses Encanamento e fiação (H): 2 meses Paredes e telhado (I): 2 meses Janelas e portas (J): 1 mês Instalações elétricas (K): 2 meses Instalações hidráulicas (L): 2 meses Acabamentos internos (M): 3 meses Acabamentos externos (N): 2 meses Paisagismo (O): 1 mês Inspeções finais (P): 1 mês Mudança para a nova casa (Q): 1 mês Para a elaboração do diagrama de rede, é preciso, após a identificação das atividades, sequenciá-las. Como você sequenciaria as atividades listadas? Existem atividades que podem ser feitas ao mesmo tempo? Depois do sequenciamento, é necessário desenhá-las no formato do diagrama, no qual cada atividade é representada por um nó (ou caixa), setas indicam a ordem e os números sua duração. Por fim, deve-se somar as durações do caminho crítico, o que configura, então, o tempo total de duração do projeto. Na medida em que o diagrama de rede ajuda a visualizar a sequência das atividades e suas dependências, permitindo um melhor planejamento e controle do projeto, a intenção é exercitarmos o uso e a utilidade de tal instrumento. Saiba Mais O gráfico de Gantt - também chamado de diagrama de Gantt consiste em um instrumento de barras horizontais voltado para</p><p>No livro Fundamentos de gestão de projetos, p. 82, Cavalcanti e Silveira explicam, de uma forma bem didática, a elaboração de um gráfico de Gantt enquanto ferramenta para ilustrar o cronograma de maneira efetiva. CAVALCANTI, F. R. P.; SILVEIRA, J. A. N. Fundamentos de gestão de projetos.1 ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 82. Referências CAVALCANTI, F. R. P.; SILVEIRA, J. A. N. Fundamentos de gestão de projetos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016. G. Gerenciamento de riscos em projetos: ferramentas, técnicas e exemplos para gestão integrada. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Aula 3 GERENCIANDO os CUSTOS DO PROJETO Gerenciando os custos do projeto</p><p>Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Bons estudos! Ponto de Partida Olá, estudante! Bem-vindo à aula de gestão de custos do projeto. Assim como a gestão do escopo e do tempo, a gestão de custos compõe a conhecida tripla - ou tríplice - restrição, sendo, então, claramente associada ao sucesso ou insucesso de um projeto. De fato, ela interfere diretamente na gestão do projeto em si, até mesmo na própria configuração do escopo, pois perguntas como "quanto vou gastar com esse projeto?" ou "quanto vou poder investir nesse projeto?" são determinantes do planejamento até a execução. Gerenciar os custos em projetos envolve a elaboração de um orçamento efetivo, além de processos e práticas de controle os quais busquem garantir que os recursos financeiros sejam utilizados de forma eficaz, que os riscos sejam minimizados e que os objetivos do projeto sejam alcançados dentro do previsto.</p><p>que o projeto atenda às expectativas das partes interessadas. Nesta aula, vamos pensar no cenário onde você é o gestor de projetos para a realização de um festival de rock na sua região! Você já parou para pensar nos custos envolvidos na realização de um festival? Os custos associados a esse evento podem variar bastante, dependendo de vários fatores. Isso inclui o tamanho do evento, o número de artistas, a localização, a duração, a infraestrutura necessária e os serviços adicionais oferecidos. É crucial fazer uma estimativa detalhada de todos os custos envolvidos na organização do festival de rock. Além disso, é importante elaborar um orçamento cuidadoso para garantir que todas as despesas sejam cobertas e que o evento seja financeiramente viável. Pronto para começar? Boa aula! Vamos Começar! Gestão de custos em projetos Segundo o PMBOK (2014, p. 80), gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado". De maneira geral, segundo o guia, a gestão de custos engloba quatro atividades fundamentais: Planejar gerenciamento dos custos: processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação</p><p>estimativa de custos dos recursos financeiros necessários para terminar as atividades do projeto. Determinar o orçamento: processo de agregação dos custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada. Controlar os custos: processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base de custos. A partir do exposto, é possível perceber uma relação direta com as funções administrativas de planejar, organizar, executar e controlar. Ou seja, a gestão de custos compreende as práticas gerenciais clássicas inerentes à toda atividade voltada à busca pelo alcance de objetivos. De maneira geral, o gerenciamento de custos no campo da gestão de projetos é importante por uma série de razões, desempenhando um papel determinante no sucesso global do projeto. A seguir, a fim de tornar mais palpável a relevância dos nossos estudos nessa área, tem-se algumas delas: 1. A maioria dos projetos tem orçamentos limitados, o que significa que há recursos financeiros finitos disponíveis para concluí-lo. gerenciamento de custos ajuda a garantir que esses recursos sejam alocados e utilizados de forma eficaz. 2. Quando os custos de um projeto não são gerenciados adequadamente, há um risco significativo de ultrapassar os planos previstos no orçamento o que pode levar a problemas financeiros, atrasos no projeto e, até mesmo, a sua descontinuidade. 3. Um sistema eficaz de gerenciamento de custos fornece informações em tempo real sobre o estado financeiro do</p><p>4. gerenciamento de custos envolve o acompanhamento contínuo dos gastos reais em comparação com o orçamento planejado, o que facilita a identificação de possíveis desvios e a implementação de medidas proativas ou corretivas antes que se tornem problemas significativos. 5. Em situações em que os recursos são escassos, o gerenciamento de custos ajuda a priorizar atividades e alocar recursos para as áreas mais críticas do projeto. 6. Ao gerenciar os custos de um projeto, é possível identificar oportunidades de negociação com fornecedores e contratantes para obter o melhor valor pelo dinheiro investido. 7. O gerenciamento de custos também é importante para garantir a sustentabilidade financeira da organização. Projetos que excedem continuamente seus orçamentos podem ter um impacto negativo na gestão de custos organizacional como um todo. 8. Um sistema eficaz de gerenciamento de custos promove a transparência e a prestação de contas, pois permite que todas as partes interessadas acompanhem e compreendam como os recursos financeiros estão sendo usados. Torna-se, pois, evidente a importância de uma gestão efetiva de custos em projetos. Mas quais instrumentos ou ferramentas se deve usar nesse processo? Siga em Frente... O gerenciamento de custos de um projeto envolve uma variedade de ferramentas e indicadores para ajudar a planejar, controlar e monitorar os custos ao longo do ciclo de vida do projeto.</p><p>de sua execução: Orçamento do projeto: o orçamento do projeto é a linha de base inicial que estabelece a quantidade de recursos financeiros que serão alocados para o projeto. É uma referência importante para acompanhar os gastos ao longo do tempo. Estimativas de custo: estimativas de custo são usadas para prever o custo de cada atividade e tarefa do projeto. Elas são fundamentais para o planejamento e a elaboração do orçamento. Plano de gerenciamento de custos: o plano de gerenciamento de custos descreve como os custos do projeto serão gerenciados, documentando os processos e procedimentos a serem seguidos. Relatórios de desempenho: relatórios regulares de desempenho fornecem uma visão geral dos custos reais em relação ao orçamento planejado, o que ajuda a identificar desvios e tomar medidas corretivas. Análise de valor agregado (EVA): a EVA é uma técnica que compara o valor agregado das atividades realizadas com o custo real, permitindo avaliar o desempenho do projeto e prever seu custo final. Índices de desempenho: são usados para avaliar o desempenho do projeto em relação ao orçamento e ao cronograma. Reservas de contingência: as reservas de contingência são fundos alocados para lidar com custos imprevistos ou variações. Elas são uma parte importante do orçamento do projeto. Revisões de mudanças de escopo: quando ocorrem mudanças de escopo, é importante avaliar seu impacto nos</p><p>o que ajuda a prever o custo final do projeto. Além desses conceitos, é importante frisar que muitas das ferramentas utilizadas em gestão de custos organizacionais são aplicadas na gestão de projetos. Na maior parte dos casos, identificar a viabilidade financeira do projeto - isto é, se ele terá um retorno satisfatório - envolve a realização de um estudo aprofundado, pautado em análises numéricas que sejam capazes de apresentar essa resposta. O payback, por exemplo, pode ser muito útil neste contexto, visto que se trata de uma métrica financeira usada para avaliar o retorno de um investimento. Ele indica o período necessário para recuperar o valor investido em um projeto, podendo ser usado para a avaliação do retorno do investimento para a realização de um novo projeto. Neste sentido, quando falamos em gestão de custos, estamos nos referindo tanto ao estudo de viabilidade do projeto, quanto à gestão dos gastos envolvidos na sua execução. Vamos Exercitar? Retomando nosso cenário apresentado no início da aula. Você já parou para pensar nos custos envolvidos na realização de um festival de rock? Imagine, então, quais seriam os custos referentes, por exemplo, à infraestrutura e logística necessários para a realização de um evento de acordo com as suas proporções. Na sequência, temos a lista de alguns deles: 1. Aluguel do local: avaliação dos custos de aluguel do local do festival, que pode incluir custos fixos e variáveis, dependendo da duração e do tamanho do evento.</p><p>evento. 3. Sistemas de áudio e iluminação: avaliação dos custos de aluguel, instalação e operação de sistemas de áudio e iluminação de alta qualidade para os palcos e áreas de entretenimento. 4. Logística de transporte: cálculo dos custos de transporte de equipamentos, materiais e pessoal para o local do evento, incluindo custos de frete e de aluguel de veículos. 5. Segurança e serviços médicos: avaliação dos custos de segurança, incluindo seguranças, controle de multidões e serviços médicos de emergência durante o festival. 6. Infraestrutura de alimentação e bebida: análise dos custos associados à operação de barracas de alimentos, bares e serviços de bebida, como alimentos, bebidas, pessoal e licenças. 7. Serviços de limpeza: avaliação dos custos de limpeza e gerenciamento de resíduos, incluindo mão de obra e equipamentos de limpeza. 8. Acomodações e alojamento: se houver a necessidade de acomodar artistas, equipe e outros participantes, essa atividade pode incluir o cálculo dos custos de alojamento e hospedagem. Além dos custos mencionados, há muitos outros indiretos - ou até mesmo diretos - necessários. A estimativa dos gastos permite que a equipe se prepare adequadamente para os custos associados a cada aspecto da infraestrutura e logística, e viabilize, então, a execução do evento dentro do esperado em termos de qualidade e de atendimento às expectativas e necessidades do público-alvo e das demais partes interessadas.</p><p>basilares e fundamentais da gestão de custos organizacionais. As referências a seguir podem, assim, ajudar na construção de alguns conhecimentos importantes no campo. SANTOS L. A. dos. Gestão de custos e análise de viabilidade financeira. São Paulo: Saraiva, 2021. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018. Referências CAVALCANTI, F. R. P.; SILVEIRA, J. A. N. Fundamentos de gestão de projetos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI USA). Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. SANTOS L.A. dos. Gestão de custos e análise de viabilidade financeira. São Paulo: Saraiva, 2021. Aula 4 GERENCIANDO A QUALIDADE</p><p>Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la? Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Bons estudos! Ponto de Partida Olá, estudante! Seja bem-vindo à aula de gestão da qualidade em projetos, a qual está diretamente associada à gestão de tempo, escopo e custo, na medida em que cria os parâmetros para o planejamento e a execução de tais áreas. Como delimitar o escopo? Quais os elementos centrais a serem considerados? E no que tange à gestão de custos? É possível economizar no orçamento caso alguma eventualidade aumente os custos em determinado processo ou atividade? Frente à gestão do tempo, como gerenciar a linha tênue entre "correr para terminar dentro do prazo" ou atrasar no cronograma para cumprir com alguns critérios indispensáveis?</p><p>De onde vêm os parâmetros e indicadores de qualidade? Aliás, como definir a qualidade? A figura a seguir ilustra bem a relação da qualidade com a tripla restrição, sendo, portanto, um elemento fundamental para o sucesso do projeto. Escopo QUALIDADE Tempo Custo Figura 1 Tríplice restrição em projetos e a qualidade. Fonte: elaborada pela autora. Vamos para um exemplo prático! Imagine que você faz parte de uma equipe de projetos responsável pela realização de um evento gastronômico anual que ocorre durante o inverno na sua região. Este evento celebra a culinária e a cultura alimentar, reunindo chefs, restaurantes, produtores de alimentos, especialistas em gastronomia e amantes da boa comida em um ambiente festivo e animado. O evento pode ser realizado em vários locais, como praças públicas ou um grande parque no centro da cidade, proporcionando um ambiente descontraído e acolhedor. O evento conta com uma variedade de stands de alimentação, onde chefs e restaurantes locais oferecem uma ampla seleção de pratos e especialidades culinárias. Os participantes têm a oportunidade de</p><p>Para enriquecer a experiência gastronômica, o evento também oferece entretenimento ao vivo, como música e apresentações culturais, além de atividades para crianças. E, claro, além da comida, o evento também oferece uma variedade de opções de bebidas, incluindo vinhos, cervejas artesanais, coquetéis especiais, sucos naturais e outras bebidas para acompanhar as refeições. Como um dos responsáveis por assegurar a qualidade, você precisará responder o que tange à operacionalização da gestão e do controle da qualidade do projeto de um evento deste tipo. Pronto para conhecer os pressupostos fundamentais para responder a todas perguntas? Boa aula! Vamos Começar! Gestão da qualidade em projetos estudo da gestão da qualidade em projetos requer compreender, primeiramente, o próprio conceito de qualidade. A qualidade pode ser entendida tanto a partir de um olhar objetivo, quanto de uma ótica subjetiva. A qualidade subjetiva se refere a uma avaliação ou percepção da qualidade que é baseada em opiniões, preferências individuais e experiências pessoais em vez de critérios objetivos e mensuráveis. Ela é subjetiva porque varia de pessoa para pessoa e pode não ser quantificável de maneira universalmente aceita. A qualidade subjetiva é frequentemente influenciada pelas expectativas, gostos, valores e experiências de cada indivíduo. Já a qualidade objetiva remete a uma avaliação da qualidade que é baseada em critérios mensuráveis e padronizados, com base em</p><p>de maneira consistente, de modo que diferentes pessoas ou organizações cheguem a conclusões semelhantes ao usar os mesmos critérios de avaliação. No entanto, é importante frisar que tanto a qualidade subjetiva, quanto a objetiva estão voltadas para a mesma essência: buscar a garantia de que o produto do projeto atenda às partes interessadas, indo ao encontro de suas necessidades ou expectativas. Logo, quem determina os requisitos? Os envolvidos com o projeto e que receberão seus resultados/produtos. Gerenciando a qualidade do projeto O PMBOK, ao tratar da gestão da qualidade, inclui os processos e as atividades da organização executora que determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça às necessidades para as quais foi empreendido. De acordo com o guia, gerenciamento da qualidade do projeto usa as políticas e procedimentos para a implementação, no contexto do projeto, do sistema de gerenciamento da qualidade da organização e, de maneira apropriada, dá suporte às atividades de melhoria do processo contínuo como empreendido no interesse da organização executora" (PMI, 2014, p. 91). Ainda segundo ele, são três as atividades centrais dessa área: 1. Planejar gerenciamento da qualidade: processo de identificação dos requisitos e/ou padrões da qualidade do projeto e de suas entregas, além da documentação de como o projeto demonstrará a conformidade com os requisitos e/ou padrões de qualidade.</p><p>apropriadas. 3. Controlar a qualidade: processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias. Assim, é importante que, para a execução dessas três etapas, uma série de processos basilares estejam alinhados. É necessário o estabelecimento de objetivos claros quanto à qualidade do projeto, o que envolve a definição de padrões e critérios que se deseja atender. Por exemplo, é possível definir objetivos de qualidade relacionados à experiência do participante, à segurança, à pontualidade, à satisfação do cliente e a outros aspectos específicos escopo do projeto. E, claro, se as partes interessadas estão diretamente relacionadas à própria delimitação dos indicadores, é extremamente importante identificar quem são os stakeholders do projeto. Estes são investidores, fornecedores, clientes e equipes envolvidas na organização. Siga em Frente... Sob uma perspectiva mais operacional, o desenvolvimento de um plano de qualidade também se mostra importante. Documentar como se planeja atender aos objetivos de qualidade, incluindo a definição de processos de controle, os critérios de aceitação, as responsabilidades das equipes e etapas de revisão e validação, agrega valor e traz mais confiabilidade ao projeto. Nesse momento é que se dá o estabelecimento de métricas, parâmetros, indicadores de qualidade, os quais podem ser</p><p>A gestão da qualidade do projeto, ademais, também envolve a identificação dos possíveis riscos. Ou seja, as situações ou acontecimentos que podem ocasionar a perda da qualidade ou o não atingimento dos parâmetros pré-estabelecidos. A intenção é reconhecer e avaliar os possíveis riscos que podem incidir sobre o projeto, tais como condições climáticas adversas, atraso de fornecedores, problemas técnicos, mudanças no escopo do projeto, entre outros. Uma vez identificados os riscos, planos de contingências podem ser desenvolvidos para solucioná-los de forma que a execução do projeto não seja prejudicada e nem impacte a qualidade percebida pelos envolvidos. Por fim, a gestão da qualidade também compreende a gestão dos fornecedores, sendo importante se certificar de que estes atendam aos padrões de qualidade acordados, o que pode incluir a negociação de acordos contratuais que estabeleçam expectativas claras quanto à qualidade. Em suma, o planejamento da qualidade de um projeto é um processo contínuo que requer atenção aos detalhes, monitoramento constante e ação proativa para garantir que os padrões de qualidade sejam atendidos. Controlando a qualidade do projeto controle da qualidade parte do processo de controle gerencial, o qual consiste na comparação entre o previsto e o realizado. Logo, uma vez estabelecidos os critérios de qualidade de forma clara, as métricas entram em cena de forma a serem o parâmetro de comparação.</p><p>Outro ponto importante diz respeito à realização de auditorias e inspeções para garantir que o produto do projeto esteja em conformidade com os padrões de qualidade, o que pode incluir verificações de segurança, inspeções de instalações e avaliações de conformidade com regulamentos. Nesse contexto, a equipe envolvida no desenvolvimento do projeto é peça fundamental no controle da qualidade, pois configura fontes importantes de avaliação quanto ao desempenho, permitindo a identificação de quaisquer problemas de qualidade que possam surgir e contribuindo para a adoção de uma postura proativa ou preditiva ao longo do projeto para que tudo ocorra dentro do esperado. O controle da qualidade em projetos exige vigilância constante e ação proativa para garantir que o produto do projeto atenda às expectativas das partes interessadas. É um processo iterativo que envolve a identificação de problemas, a implementação de soluções e o aprimoramento constante para futuros projetos. Vamos Exercitar? Vamos retomar o contexto do evento gastronômico apresentado no início desta aula? Imagine que, neste projeto, você é um dos responsáveis por assegurar a qualidade! Neste sentido, no que tange à operacionalização da gestão e do controle da qualidade do projeto de um evento, há várias ferramentas que podemos utilizar a fim de otimizar e potencializar os resultados! Vamos conhecer algumas delas?</p><p>garantir que todas as responsabilidades sejam atribuídas adequadamente. Checklists de verificação: checklists de verificação para atividades críticas, como montagem de equipamentos, verificações de segurança, inspeções de instalações, entre outras. Essas listas podem ser usadas para garantir que todas as etapas sejam concluídas conforme o planejado. Auditorias de qualidade: realize auditorias regulares de qualidade para avaliar o cumprimento dos padrões de qualidade, o que pode incluir auditorias internas ou auditorias conduzidas por terceiros. Pesquisas de satisfação: após a finalização do projeto, pesquisas de satisfação das partes interessadas para coletar feedback podem ser bastante úteis. Os resultados vão permitir a identificação de áreas de melhoria. Análise SWOT: a análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) pode ajudar a identificar os pontos fortes e fracos do projeto ou do produto do projeto, bem como as oportunidades e ameaças relacionadas à qualidade. Gráficos de controle: os gráficos de controle são usados para monitorar o desempenho ao longo do tempo. Eles podem ajudar a identificar tendências e desvios que podem afetar a qualidade. Diagramas de causa e efeito (Ishikawa ou Espinha de Peixe): esse diagrama pode ser utilizado para identificar as causas raízes de problemas de qualidade. Ele permite entender as relações entre diferentes fatores que afetam a qualidade. Brainstorming: sessões de brainstorming com a equipe do projeto podem ser bem úteis para gerar insights e identificar possíveis problemas de qualidade, bem como apresentar formas de solucioná-los.</p><p>Essas ferramentas de gestão da qualidade podem ser adaptadas às necessidades específicas do projeto e ajudam a garantir que a qualidade seja monitorada, mantida e melhorada ao longo do processo. Partindo do conteúdo exposto, qual outra ferramenta pode ser bastante útil na gestão da qualidade do projeto, visando o alcance efetivo de seu objetivo? Sua missão é fazer uma pesquisa a respeito deste assunto para ampliar ainda mais o seu repertório de conhecimento sobre o campo. Saiba Mais Ampliar nosso repertório no campo da gestão da qualidade em projetos requer um aprofundamento nos conceitos gerais da gestão da qualidade organizacional. Nesse sentido, as leituras recomendadas a seguir podem ser bastante úteis. Na obra a seguir, sugerimos a leitura dos Capítulos 1 e 2. FERREIRA, L. Gestão da qualidade e produtividade. São Paulo: Saraiva, 2021. Nesta indicação, sugerimos a leitura do Capítulo 1. LOBO, R. N. Gestão da qualidade. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. Referências FERREIRA, L. Gestão da qualidade e produtividade. São Paulo: Saraiva, 2021.</p><p>2020. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI USA). Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Encerramento da Unidade GERENCIAMENTO DE ESCOPO, TEMPO, CUSTO E QUALIDADE EM PROJETOS Videoaula de Encerramento Estudante, esta videoaula foi preparada especialmente para você. Nela, você irá aprender conteúdos importantes para a sua formação profissional. Vamos assisti-la? Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. Bons estudos!</p><p>Ponto de Chegada Olá, estudante! Chegamos ao final de mais uma unidade de estudo. Partindo dos conhecimentos desenvolvidos ao longo das nossas aulas, foi possível identificar por qual motivo a famosa tripla restrição leva justamente esse nome. De fato, esses três elementos - escopo, tempo e custo - estabelecem os limites gerenciais do projeto e configuram, então, os norteadores a serem seguidos. Assim, ao longo desta unidade, você conheceu os principais conceitos inerentes à tríplice restrição, mas também desenvolveu um olhar sistêmico diante de como a qualidade está diretamente associada a tal tríade, impactando no projeto como um todo. Assim, ao longo desta unidade, você conheceu os principais conceitos inerentes à tríplice restrição, mas também desenvolveu um olhar sistêmico diante de como a qualidade está diretamente associada a tal tríade, impactando no projeto como um todo. É Hora de Praticar! Para a análise e resolução da atividade proposta, imagine o seguinte caso sobre a implementação de um novo modelo de gestão</p><p>transformação organizacional para implementar um novo modelo de gestão que visa melhorar a eficiência, a colaboração e a satisfação dos clientes. A empresa percebeu a necessidade de uma mudança significativa para se adaptar a um ambiente de negócios em constante evolução. Você, consultor na área da gestão de projetos, foi contratado pela empresa de tecnologia para auxiliá-los em tal implementação. Sua primeira atividade nesse contexto foi realizar um diagnóstico organizacional, coletando dados sobre a empresa a fim de identificar os pontos de melhoria e melhor compreender as necessidades e expectativas dos gestores da organização, bem como dos colaboradores que irão utilizar desse novo modelo gerencial. Feita a coleta de dados, o objetivo do projeto é implementar o novo modelo de gestão em toda a organização, com um foco especial na qualidade dos processos e resultados. A empresa está comprometida em fornecer produtos e serviços de alta qualidade, além de aprimorar a experiência do cliente, e é nesta entrega então que o projeto em questão deve se pautar. Sua missão, então, consiste em organizar as fases do projeto e construir um "checklist da qualidade" para garantir que a entrega seja satisfatória. Ao pensar na solução deste caso, perceba como um checklist detalhado pode originar os indicadores/parâmetros de qualidade a serem utilizados como base em toda a organização/execução do projeto. Reflita Agora você possui os conhecimentos basilares para refletir sob uma ótica crítica e analítica acerca dos seguintes questionamentos:</p><p>Se a tripla restrição estabelece os limites do projeto, como trabalhar a qualidade a partir de recursos limitados? É possível atender todas as partes interessadas em igual proporção, dada a tripla restrição? Dê play! Clique aqui e acesse os slides do Dê o play! Resolução do estudo de caso Partindo do exemplo apresentado e dos conhecimentos desenvolvidos ao longo da desta Unidade, nota-se que não existe uma resposta padrão, mas que, dependendo do contexto, é possível pensar em algumas ações basilares. Na sequência, então, apresentaremos um exemplo de resposta que pode ser utilizado como norteador: Sobre as possíveis fases de tal projeto: Planejamento Desenvolver uma equipe de projeto multidisciplinar. Realizar uma análise detalhada dos processos existentes. Identificar áreas críticas que precisam de melhorias. Desenvolvimento do novo modelo de gestão Criar um comitê de liderança para orientar o desenvolvimento. Implementar treinamentos para os funcionários sobre os princípios do novo modelo. Desenvolver manuais e documentação para orientar as equipes. Testes piloto</p><p>Coletar feedback dos colaboradores para ajustes. Implementação total Lançar o novo modelo em toda a organização. Realizar treinamentos em larga escala. Monitorar e ajustar conforme necessário durante a implementação. Monitoramento e melhoria contínua Implementar sistemas de monitoramento de desempenho. Coletar dados sobre a eficácia do novo modelo. Realizar avaliações regulares para identificar oportunidades de melhoria. Sobre o check list da qualidade: Definição de indicadores de qualidade: Taxa de conformidade com os novos processos. Satisfação do cliente. Tempo de resposta a problemas identificados. Treinamento e capacitação Garantir que todos os funcionários estejam devidamente treinados. Oferecer programas de capacitação contínua para manter a equipe atualizada. Feedback e melhoria contínua Estabelecer canais de comunicação para que os funcionários possam fornecer feedback regular.</p><p>Certificações de qualidade Buscar certificações de qualidade reconhecidas para validar a conformidade com padrões internacionais. Em síntese, este case destaca a identificação de elementos que podem ser percebidos como "qualidade" e que serão traduzidos como indicadores/critérios de qualidade objetiva e/ou subjetiva. Assim, torna-se possível inferir como a manutenção constante, o planejamento efetivo e uma boa a comunicação podem resultar em um projeto que atenda às expectativas e necessidades de todos os envolvidos. Dê o play! Assimile Olá, estudante! A fim de consolidar nossos estudos, servindo também como um guia básico que ilustra, de maneira bem visual, os principais conceitos</p><p>Objetivo Orçamento central Custo Escopo Controle de custos Mudanças no escopo TRIPLA Recursos RESTRIÇÃO Cronograma Prazos Tempo QUALIDADE Sequenciamento Figura A tripla restrição em projetos. Fonte: elaborada pela autora. Quais outros elementos ou ramificações você incluiria neste mapa mental? Referências CAMARGO, M. Gerenciamento de projetos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI USA). Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. WYSOCKI, R. K.; MARQUES, A. Gestão eficaz de projetos: o ambiente organizacional de gerenciamento de projetos (Vol. 2). São Paulo: Saraiva, 2020.</p>