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<p>dentística</p><p>Odontologia</p><p>@resumosemdupla</p><p>Dentística</p><p>Dentística é a parte da odontologia restauradora que nos</p><p>convém a restaurar diretamente sobre a boca, ou seja,</p><p>utilizando um material restaurador direto. Atualmente o</p><p>material mais utilizado para restauração direta é a resina</p><p>composta.</p><p>A nomenclatura dental indica de forma simples e precisa o</p><p>elemento dental, suas partes constituintes e seu</p><p>posicionamento na arcada. Existe dois tipos de</p><p>nomenclatura: descritiva e numérica.</p><p>• Nomenclatura descritiva: é definida por característica de</p><p>classe, tipo, conjunto, arcada e posição em relação ao plano</p><p>sagital mediano. As características de classe dividem os</p><p>dentes em quatro grandes grupos: molares, pré-molares,</p><p>caninos e incisivos. As características de tipo, por sua vez,</p><p>diferenciam os dentes dentro de cada uma das classes:</p><p>incisivo central ou lateral; 1º, 2º ou 3º molar; 1º ou 2º pré-</p><p>molar. As características de conjunto dividem os dentes em</p><p>permanentes e decíduos. Para uma descrição precisa do</p><p>dente em questão, ainda devem ser consideradas a arcada</p><p>(superior ou inferior) e a posição do dente em relação ao</p><p>plano sagital mediano (direito ou esquerdo.</p><p>• Nomenclatura numérica: indica de maneira simples, rápida</p><p>e prática, os elementos dentários, utilizando números.</p><p>Nomenclatura das partes constituintes das</p><p>cavidades</p><p>Em linhas gerais, as cavidades são constituídas de paredes</p><p>circundantes, paredes de fundo, ângulos internos diedros,</p><p>ângulos internos triedros e ângulos cavossuperficiais.</p><p>Paredes circundantes: são as paredes que chegam até a</p><p>superfície externa das cavidades, definindo seu contorno.</p><p>Paredes de fundo: são paredes internas que nunca atingem</p><p>a superfície.</p><p>Ângulos diedros: localizados na região de transição entre</p><p>duas paredes.</p><p>Ângulos triedros: são os ângulos localizados na junção de</p><p>três paredes.</p><p>Ângulos cavossuperficiais: localizados na margem entre a</p><p>superfície externa do dente e o preparo.</p><p>Nomenclatura e classificação</p><p>de lesões e das cavidades</p><p>Classificação das cavidades quanto à</p><p>complexidade</p><p>De acordo com o número das faces envolvidas, as cavidades</p><p>podem ser denominadas simples (1 face), composta (2</p><p>faces) ou complexas (3 ou mais faces).</p><p>Quanto à face envolvida</p><p>Quanto à forma e extensão</p><p>Intracoronárias (inlay): cavidades confinadas no interior da</p><p>coroa dentária.</p><p>Extracoronárias parciais (onlay): cavidades que apresentam</p><p>cobertura de cúspide e/ou de outras faces dos dentes.</p><p>Extracoronárias totais: cavidades que apresentam</p><p>cobertura de todas as faces (axial e oclusal ou incisal).</p><p>Quanto à finalidade</p><p>Terapêuticas: nos casos em que a estrutura dentária</p><p>coronária foi acometida parcial ou totalmente por lesão</p><p>cariosa, abrasão, erosão, abfração, fratura ou outras</p><p>lesões.</p><p>Protéticas: cavidades preparadas para servir como</p><p>retentores ou apoio para prótese fixa ou removível.</p><p>Classificação das cavidades</p><p>Essa classificação complementa a classificação de black.</p><p>• Classe I do tipo ponto: pré-molares</p><p>e molares, quando apenas um ponto do sulco</p><p>principal foi atingido pela cárie.</p><p>• Classe I do tipo risco: em pré-</p><p>molares e molares, quando apenas o sulco</p><p>principal foi atingido pela cárie.</p><p>• Classe I do tipo shot gun: molares</p><p>inferiores com minicavidades na superfície</p><p>oclusal.</p><p>• Classe II do tipo slot vertical: pré-molares e</p><p>molares, quando apenas a face proximal</p><p>cariada foi incluída na preparação, com</p><p>acesso pela crista marginal.</p><p>• Classe II do tipo slot horizontal: pré-molares</p><p>e molares, quando apenas a face proximal</p><p>cariada foi incluída na preparação, com</p><p>acesso pelas superfícies vestibular ou</p><p>lingual/palatina.</p><p>• Classe VI: proposta por Howard e Simon,</p><p>inclui as cavidades atípicas preparadas nas bordas</p><p>incisais e nas pontas de cúspides.</p><p>O preparo cavitário é o tratamento biomecânico da estrutura</p><p>dental que objetiva proporcionar melhor desempenho para o</p><p>conjunto dente-material restaurador.</p><p>Sequência Lógica de Black</p><p>Forma de contorno: é a área da superfície do dente que</p><p>deve ser incluída no preparo cavitário uma restauração. Quando</p><p>realizado para amálgama em classe I todo o sulco principal era</p><p>desgastado mesmo que a cárie não abrangesse toda a área, isso</p><p>era chamado de extensão preventiva.</p><p>Forma de resistência: são as características da cavidade</p><p>para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam</p><p>capazes de resistir às forças mastigatórias. Dois pontos</p><p>importantes a serem destacados:</p><p> Existem estruturas nos dentes formadas por uma</p><p>quantidade de esmalte muito grande que fazem parte</p><p>da resistência do elemento dental. Por exemplo: cristas</p><p>marginais e pontes de esmalte são áreas de grande</p><p>concentração de esmalte.</p><p> Sabe-se que o esmalte tem vantagem de fornecer</p><p>resistência, porém, todo material que possui grande</p><p>resistência também se torna friável. Ou seja, é a</p><p>capacidade do material de se modificar sem distorção.</p><p>No esmalte a cárie apresenta progressão lenta devido à alta</p><p>mineralização, crescendo de forma maior na dentina por</p><p>apresentar material orgânico.</p><p>Forma de retenção: é a forma dada à cavidade para</p><p>torna-la capaz de reter a restauração e evitar seu</p><p>deslocamento. Essa forma não é mais utilizada, pois atualmente</p><p>se têm adesão. Esse método foi utilizado apenas para</p><p>restauração em amálgama visto a incapacidade de aderência na</p><p>cavidade oral.</p><p>Forma de conveniência: é a etapa do preparo cavitário</p><p>que visa proporcionar acesso adequado à cavidade, possibilitando</p><p>uma boa instrumentação e inserção do material restaurador.</p><p>A face distal de dentes posteriores, por exemplo, são de difícil</p><p>acesso, uma forma de conveniência seria tornar a forma do</p><p>preparo cavitário conveniente de certa maneira que facilite a</p><p>inserção do material restaurador.</p><p>Remoção de dentina cariada: é a fase que visa</p><p>remover toda a dentina cariada que houver permanecido após as</p><p>fases prévias de preparo.</p><p>Cárie em dentina é retirada com cureta ou com brocas multi-</p><p>laminadas em baixa rotação. Se for utilizada uma ponta</p><p>diamantada em alta rotação na dentina cariada, a broca gira em</p><p>alta rotação derrapando na cárie e a carie não irá sair. Quando é</p><p>colocada uma broca multi-laminada em baixa rotação na dentina a</p><p>cárie vai descamando, ou seja, saindo em formato de “cascas”,</p><p>não desgastando a dentina e preservando tecido saudável.</p><p>Observação: tratamento que visa a remoção da cárie com</p><p>curetas e utiliza um material restaurado intermediário (como o</p><p>ionômero de vidro, pois libera flúor) para interromper o</p><p>crescimento da cárie é denominado tratamento restaurador</p><p>atraumático (TRA).</p><p>Acabamento das paredes de esmalte: visa a</p><p>remoção das irregularidades e dos primas de esmalte sem</p><p>suporte deixados pela instrumentação inicial, mediante o</p><p>alisamento das paredes do preparo. O acabamento mais</p><p>apropriado para alisar as paredes dos dentes são os de alta</p><p>rotação, com mão leve para não gerar desgaste em excesso.</p><p>Limpeza da cavidade: é a remoção de partículas</p><p>remanescentes do preparo cavitário, o que possibilita a inserção</p><p>do material restaurador sobre uma superfície limpa.</p><p>Antigamente quando era feito restaurações com amálgama as</p><p>cavidades eram limpas com soluções detergentes. Hoje em dia</p><p>quando se faz restaurações com resina composta é feito o</p><p>condicionamento ácido onde irá remover as impurezas do esmalte</p><p>e da dentina. Utilizando adesivos alto condicionantes é dispensada</p><p>a utilização de ácido.</p><p>Em tese a clorhexidina mata as bactérias evitando uma infiltração</p><p>da cárie. Alguns artigos contrariam o uso de clorhexidina</p><p>afirmando que ela não faz diferença ou que podem atrapalhar no</p><p>processo de adesão.</p><p>CASOS Específicos</p><p>Princípios gerais do preparo cavitário</p><p>Na imagem acima é possível observar um tipo de lesão abfração</p><p>(não cariosa) gerada por vários fatores. É uma lesão clássica de</p><p>estresse mastigatório,</p><p>à manutenção da vitalidade pulpar.</p><p>Quando se tem um elemento dental com exposição pulpar é preciso</p><p>realizar alguns tipos de avaliação para saber se vale a pena manter</p><p>aquele dente vital ou se faz um tratamento endodôntico. É preciso</p><p>avaliar:</p><p>• Condição pulpar;</p><p>• Quantidade e qualidade do remanescente dental;</p><p>Condição pulpar: o primeiro fator a ser avaliado para o</p><p>sucesso do tratamento restaurador é a condição pulpar pré-</p><p>operatória do elemento dental. A avaliação deve ser feita levando-</p><p>se em consideração a dor espontânea ou de regressão lenta,</p><p>lesões cariosas extensas, exposição pulpar e alterações</p><p>periapicais. Dessa forma, a condição pulpar é fator determinante</p><p>na escolha do tratamento restaurador.</p><p>Qualidade e quantidade do remanescente</p><p>dental: devido à grande diversidade morfológica das estruturas</p><p>que compõem o dente, a profundidade da cavidade exerce papel</p><p>preponderante na adoção do protocolo do tratamento restaurador.</p><p>Por isso, é de suma importância entender as diferentes estruturas</p><p>que compõem o dente.</p><p>Esmalte: formado basicamente por mineral, não tem contato</p><p>efetivo com a polpa. Assim, restaurações que estejam limitadas ao</p><p>esmalte não requerem preocupação no que tange à proteção</p><p>pulpar.</p><p>Dentina: íntima relação com a polpa e, dependendo da qualidade e</p><p>da quantidade de dentina remanescente entre o fundo da cavidade</p><p>e a polpa, o material restaurador influenciará no estado de saúde</p><p>pulpar. A dentina superficial localizada próximo à junção</p><p>amelodentinária apresenta-se com poucos túbulos dentinários,</p><p>menor permeabilidade e menor interação com o tecido pulpar. À</p><p>medida que se aproxima da polpa, ocorre aumento do calibre e da</p><p>quantidade de túbulos, com isso a dentina profunda apresenta</p><p>maior permeabilidade e maior interação com a polpa. Pode ser</p><p>observada, ainda, dentina com conteúdo mineral aumentado</p><p>(dentina esclerótica), o que diminui a permeabilidade dela. Essa</p><p>alteração pode ocorrer devido à idade, como defesa à lesão de</p><p>cárie, trauma, preparos cavitários ou por exposição direta na</p><p>cavidade bucal, como acontece nas lesões cervicais não cariosas.</p><p>Isso tudo pode influenciar na escolha do protocolo de proteção</p><p>pulpar.</p><p>Polpa: é um tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e</p><p>inervado, que se origina de células ectomesenquimais da papila</p><p>dentária, e diferenciam-se em odontoblastos e começam a</p><p>produzir dentina. Os odontoblastos dispõem-se perifericamente em</p><p>íntimo contato com a matriz dentinária e conduzem os elementos</p><p>nutritivos encontrados no líquido tecidual pulpar para toda a dentina.</p><p>A função sensitiva da polpa gera estímulos quando algo está errado.</p><p>A função defensiva dá-se toda a vez que a polpa é sujeita a</p><p>agressões físicas, químicas ou bacterianas e desencadeia uma</p><p>reação efetiva de defesa, cuja principal característica é a</p><p>formação de dentina reparadora. Além disso, a polpa produz</p><p>dentina secundária durante todo o tempo em que o dente</p><p>permanece vital. Essa capacidade pode ser considerada o principal</p><p>mecanismo de defesa da polpa, pois lhe confere a habilidade de</p><p>compensação da perda de estrutura dental mineralizada ou de</p><p>aumentar o volume de dentina. Dessa forma, a interação da polpa</p><p>com a dentina é benéfica para ambas, e nada melhor para a polpa</p><p>que estar em contato com a dentina e somente com dentina. Sendo</p><p>assim, sempre que houver exposição de tecido pulpar, o ideal é que</p><p>seja restabelecido o equilíbrio pulpar pela formação de uma nova</p><p>dentina na área exposta.</p><p>Agressores do tecido pulpar</p><p>Podem ser de origem: física, química e microbiana.</p><p>Origem física</p><p>Fatores como trauma dental acidental ou trauma dental associado</p><p>ao preparo cavitário e mudanças térmicas exageradas (frio e</p><p>calor) podem provocar alterações pulpares reversíveis ou</p><p>irreversíveis.</p><p>O trauma dental pode romper o feixe vasculonervoso no ápice</p><p>dental ou provocar trincas e fraturas no esmalte e na dentina,</p><p>podendo chegar à polpa e provocar desde inflamações reversíveis</p><p>a necrose pulpar. O esmalte e a dentina servem como isolantes</p><p>térmicos, portanto, quando existir pouca espessura de dentina</p><p>entre o fundo da cavidade e a polpa, um material que tenha</p><p>propriedade de isolante térmico e elétrico deve ser utilizado para</p><p>proteger a polpa de eletricidade e de temperaturas extremas.</p><p>Origem química</p><p>Os agentes tóxicos provenientes dos microrganismos e materiais</p><p>restauradores podem agredir o tecido pulpar e causar reação</p><p>inflamatória de intensidade variada. Essas toxinas podem chegar</p><p>até a polpa, dependendo da quantidade e da qualidade de dentina</p><p>que a recobre especialmente quando há exposições pulpares, o que</p><p>causará danos à polpa.</p><p>Origem microbiana</p><p>A contaminação do tecido pulpar por micro-organismos é</p><p>considerada o principal irritante pulpar. Eles podem chegar até a</p><p>polpa por anacorese, isto é, penetrar na cavidade pulpar pelo</p><p>forame apical, porém, na maioria das vezes, a contaminação pulpar</p><p>dá-se por meio da doença cárie, por exposição pulpar, por trauma</p><p>ou fendas (gaps) formadas entre o material restaurador e a</p><p>parede da cavidade.</p><p>A contaminação da polpa por micro-organismos pode levar a</p><p>pulpites e necrose. Isso contribui para reafirmarmos a importância</p><p>da obliteração dos túbulos dentinários sempre que eles forem</p><p>expostos e, principalmente, da necessidade de formação de</p><p>barreira dentinária em caso de exposição pulpar.</p><p>Modalidades da proteção pulpar</p><p>Existem dois grandes grupos:</p><p>• Proteção piulpar direta: quando existe exposição da</p><p>polpa;</p><p>• Proteção pulpar indireta: quando não há exposição da</p><p>polpa;</p><p>Proteção pulpar direta: caracteriza-se pela aplicação de</p><p>um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto.</p><p>Tem a finalidade de manter sua vitalidade e, consequentemente,</p><p>de promover o restabelecimento da polpa, estimular o</p><p>desenvolvimento de nova dentina e proteger a polpa de irritações</p><p>adicionais posteriores. Esse material protetor tem que se capaz de</p><p>estimular a polpa na formação de uma nova dentina, ou seja, esse</p><p>material vai estimula os odontoblastos a formar uma nova dentina.</p><p>Fazem parte dessa modalidade o capeamento pulpar, a curetagem</p><p>pulpar e a pulpotomia.</p><p>Proteção pulpar indireta: são utilizados materiais com</p><p>o intuito de proteger a polpa dos diferentes tipos de agressões,</p><p>manter a vitalidade pulpar, inibir o processo carioso, reduzir a</p><p>microinfiltração e estimular a formação de dentina esclerosada,</p><p>reacional e/ou reparadora. Caracteriza-se pela utilização de</p><p>materiais restauradores, agentes seladores, forradores e/ou</p><p>bases sobre a dentina. Esse material tem que estimular a</p><p>remineralização do dente, ou pode ser um adesivo que não estimula</p><p>a remineralização mas veda os túbulos dentinários.</p><p>Materiais protetores</p><p>O conjunto de materiais utilizados para restaurar o dente deve:</p><p>• Proteger o complexo dentinopulpar de choques térmicos</p><p>e elétricos;</p><p>• Ter ação bactericida e bacteriostática;</p><p>• Ter adesão às estruturas dentárias;</p><p>• Remineralizar a dentina descalcificada e hipermineralizar</p><p>a dentina sadia subjacente;</p><p>• Estimular a formação de dentina terciária ou reparadora</p><p>nas lesões profundas;</p><p>Normalmente em casos de exposição pulpar os dois materiais</p><p>utilizados com capacidade de estimular a formação de uma nova</p><p>dentina terciária é o MTA (muito utilizado na endodontia, é muito</p><p>acinzentado) e o hidróxido de cálcio PA (muito utilizado na</p><p>dentística). Os sistemas adesivos, cimento de hidróxido de cálcio e</p><p>o ionômero de vidro são utilizados apenas para forramento e</p><p>preenchimento, pois não apresentam capacidade de formar</p><p>dentina terciária.</p><p>MTA: constituído principalmente de cálcio e íons de fósforo, seu</p><p>pH inicial é de 10,2, o qual aumenta para 12,5 três horas após a</p><p>mistura. É radiopaco, tem boa resistência à compressão e baixa</p><p>solubilidade após a presa. De acordo com suas especificações</p><p>técnicas, está indicado para retrobturação, apicificação radicular,</p><p>reparação de perfuração radicular, reabsorções internas e como</p><p>material capeador direto. Segundo alguns estudos, seu uso como</p><p>protetor pulpar direto tem sido encorajador do ponto de vista</p><p>biológico e tem mostrado grande potencial de indução para a</p><p>formação de barreira dentinária. Um fator negativo é que o MTA</p><p>ocasiona forte escurecimento nos elementos dentais com ele</p><p>capeados.</p><p>Hidróxido de cálcio pró-análise (PA): o hidróxido de</p><p>cálcio PA ou em pó pode ser utilizado diretamente sobre o tecido</p><p>pulpar ou diluído em água ou soro fisiológico, dando origem a solução,</p><p>pasta ou suspensão de hidróxido de cálcio.</p><p>Sistemas adesivos: por muito tempo, foram vistos como</p><p>irritantes do tecido pulpar, mas atualmente podem ser</p><p>considerados como protetores dele, dependendo do caso. Esse</p><p>fato dá-se graças à capacidade dos novos sistemas em unir-se à</p><p>dentina, o que a impermeabiliza, evita o fluxo de fluidos e impede a</p><p>invasão de microrganismos para dentro dos túbulos dentinários e,</p><p>consequentemente, para dentro da polpa. Com isso, podem servir</p><p>como base protetora/ forradora para diferentes materiais.</p><p>Podem, ainda, obliterar os túbulos dentinários em casos de</p><p>sensibilidade dentinária e após preparos protéticos.</p><p>Cimento de ionômero de vidro: possui diversas</p><p>indicações, podendo ser utilizado, entre outros, como material</p><p>restaurador, material cimentante e material protetor pulpar. Tem</p><p>como vantagens sua adesão ao esmalte e à dentina, sua ação</p><p>anticariogênica, seu coeficiente de expansão térmica semelhante</p><p>ao das estruturas dentais e sua boa compatibilidade biológica.</p><p>Devido a suas propriedades físicas, mecânicas, biocompatibilidade</p><p>e capacidade de liberação de flúor, os cimentos de ionômero de</p><p>vidro são largamente utilizados para proteção pulpar indireta.</p><p>Hidróxido de cálcio: são bastante difundidos, pois possuem,</p><p>entre outras características, comprovada capacidade de estimular</p><p>a formação de dentina reacional e hipermineralizar a dentina</p><p>remanescente, além de, dependendo de sua formulação, induzir a</p><p>diferenciação das células mesenquimais da polpa em odontoblastos,</p><p>para haver formação de nova camada de dentina em locais onde</p><p>ocorreu exposição pulpar. Como desvantagens desses materiais</p><p>temos a falta de adesão e sua sensibilidade ao condicionamento</p><p>ácido nos procedimentos adesivos, com exceção do hidróxido de</p><p>cálcio fotoativado. Além disso, o contato do hidróxido de cálcio com</p><p>o ácido fosfórico neutraliza a ação benéfica de ambos, pois ocorre</p><p>a diminuição na capacidade protetora do hidróxido de cálcio e a</p><p>diminuição da capacidade de desmineralização do ácido. Sendo assim,</p><p>quando o hidróxido de cálcio for utilizado em cavidades que serão</p><p>condicionadas com ácido fosfórico, necessitam uma sobrebase de</p><p>outro material.</p><p>Na tabela abaixo, observa-se as opções em restaurações com</p><p>resina composta:</p><p>Cavidades 1º opção 2º opção</p><p>Cavidades rasa</p><p>ou média</p><p>Sistema adesivo</p><p>Cavidade</p><p>profunda</p><p>Sistema adesivo</p><p>Cimento de</p><p>ionômero de vidro</p><p>+ sistema adesivo</p><p>Cavidade muito</p><p>profunda</p><p>Sistema adesivo</p><p>Cimento de</p><p>hidróxido de cálcio</p><p>+ cimento de</p><p>ionômero de vidro</p><p>+ sistema adesivo</p><p>OU cimento de</p><p>ionômero de vidro</p><p>+ sistema adesivo</p><p>Exposição pulpar</p><p>Uma cavidade rasa é aquela que está apenas no esmalte. A</p><p>cavidade média é aquela que tem mais de 3 mm de dentina entre</p><p>a cavidade e a polpa. A cavidade profunda é aquela que tem 2 a 3</p><p>mm de dentina entre a cavidade e a polpa. Uma cavidade muito</p><p>profunda é aquela que tem menos de 1 mm de dentina entre a</p><p>cavidade e a polpa.</p><p>Obs.: remineralização é diferente de formação de dentina</p><p>reparadora.</p><p>Tratamento expectante</p><p>E um tipo de proteção pulpar indireta para dentes sem</p><p>sintomatologia que indique alteração pulpar reversível e com</p><p>preparos muito profundos onde existe risco de exposição pulpar</p><p>durante a remoção de toda a dentina cariada.</p><p>Pó de hidróxido de cálcio (PA) +</p><p>cimento de hidróxido de cálcio +</p><p>cimento de ionômero de vidro +</p><p>sistema adesivo</p><p>Indicação: cavidades profundas, quando a remoção de cárie da</p><p>parede pulpar ou axial implica grandes riscos de exposição pulpar,</p><p>especialmente em lesões de cáries agudas ou mistas.</p><p>Objetivo: possibilitar um tratamento mais conservador, permitindo</p><p>a formação de dentina reacional, o que pode favorecer a</p><p>manutenção da vitalidade pulpar.</p><p>A técnica consiste na remineralização da dentina desmineralizada</p><p>e não infectada e no estímulo da formação de dentina reparadora</p><p>para que, futuramente, seja possível a remoção de todo o tecido</p><p>cariado, sem riscos de exposição. O tratamento é realizado em</p><p>duas sessões.</p><p>Na primeira, fazem- -se anamnese, exames clínicos, radiográficos</p><p>e teste de vitalidade. Constatadas a vitalidade e a ausência de</p><p>alterações periapicais, faz-se a anestesia (quando necessário),</p><p>realiza o acesso a lesão de cárie e remoção parcial de esmalte sem</p><p>suporte, para facilitar a ação dos instrumentos. A remoção do</p><p>tecido cariado deve ser iniciada próximo da junção amelodentinária.</p><p>A remoção parcial da cárie na zona de maior proximidade pulpar</p><p>deve ser realizada preferencialmente com broca esférica de</p><p>maior diâmetro, removendo o tecido cariado superficialmente e</p><p>sem exercer pressão excessiva. Nesta fase, o uso de curetas</p><p>aumenta o risco de exposição, uma vez que com este instrumento</p><p>o corte é realizado na base da cárie. Nota a presença de tecido</p><p>cariado apenas na área de maior proximidade pulpar. Quando se</p><p>aproxima da polpa a cavidade deve ser higienizada com a clorexidina</p><p>e em seguida realizar a aplicação do cimento de hidróxido de cálcio.</p><p>Preenche a cavidade com ionômero de vidro, não é necessário</p><p>restaurar com resina composta, apenas protege a cavidade com</p><p>o sistema adesivo.</p><p>O paciente é liberado e instruído a retornar após 45 a 60 dias, ou</p><p>antes, caso haja sintomatologia dolorosa. Na segunda sessão,</p><p>decorrido o tempo recomendado, fazem-se o exame clínico, o</p><p>teste de vitalidade e o exame radiográfico. Neste retorno, o</p><p>material restaurador e o restante do tecido cariado devem ser</p><p>removidos para a restauração definitiva. O êxito do tratamento</p><p>está relacionado à ausência de sensibilidade e de imagem</p><p>radiográfica sugestiva de lesão periapical, além disso o dente deve</p><p>responder positivamente ao teste de sensibilidade pulpar. O</p><p>insucesso do tratamento expectante pode indicar a necessidade</p><p>de proteção pulpar direta ou mesmo de tratamento endodôntico</p><p>do elemento em questão.</p><p>Ergonomia e posição de trabalho</p><p>Ergonomia odontológica</p><p>Em relação ao local de trabalho, a</p><p>adequação consiste num arranjo</p><p>equilibrado dos componentes do</p><p>consultório. Normalmente o dentista</p><p>trabalha sempre na posição de 8h ou</p><p>12h.</p><p>Regras básicas</p><p> Escolher a melhor postura para trabalhar;</p><p> Trabalhar com o corpo em “torque zero”;</p><p> Trabalhar com o corpo na vertical, sem curvatura do</p><p>tronco e sem elevações dos membros superiores;</p><p> Eliminar os esforços estáticos.</p><p>Preensão dos instrumentos</p><p>Assim como as posições do dentista e do paciente contribuem</p><p>para a eficiência do trabalho, a maneira correta de empunhar os</p><p>instrumentos pode auxiliar na execução dos diferentes</p><p>procedimentos.</p><p>E necessário ter cuidado com a forma que se aperta o</p><p>instrumento contra os dentes do paciente, pois isso pode causar</p><p>lesão por repetição na mão do cirurgião dentista (CD). É muito</p><p>comum que o CD desenvolva problemas no ligamento e</p><p>musculatura das mãos devido ao excesso de força.</p><p>Tipos de posição</p><p>Quando se utiliza canetas de alta rotação e de baixa rotação do</p><p>tipo contra-ângulo a posição correta é posição de escrita, posição</p><p>de escrita invertida ou quando se utiliza para prótese em peça</p><p>reta em posição digitopalmar.</p><p>Sempre que o CD for se posicionar em relação ao paciente é</p><p>importante seguir as seguintes regras: posição de 8h ou 12h,</p><p>coluna reta, ombros abaixado, cotovelo colado no corpo e espelho</p><p>como visão indireta para não ficar abaixando.</p><p>Acesso à superfície oclusal do hemiarco</p><p>inferior esquerdo:</p><p>Acesso à superfície vestibular do hemiarco</p><p>inferior esquerdo</p><p>Acesso à superfície oclusal do hemiarco</p><p>inferior direito</p><p>Acesso à superfície vestibular do hemiarco</p><p>inferior direito</p><p>Acesso à superfície oclusal do hemiarco</p><p>superior direito</p><p>Acesso à superfície vestibular do hemiarco</p><p>superior direito</p><p>Acesso à superfície oclusal do hemiarco</p><p>superior esquerdo</p><p>Acesso à superfície vestibular do hemiarco</p><p>superior esquerdo</p><p>Acesso palatino à região anterossuperior</p><p>Acesso palatino à região anterossuperior</p><p>esquerda</p><p>Acesso vestibular à região anterossuperior</p><p>Acesso vestibular à região anterossuperior</p><p>esquerda</p><p>Acesso vestibular à região anterossuperior</p><p>direita</p><p>Restauração estética em resina composta</p><p>A observação constante de diversos padrões de beleza por</p><p>parte do profissional é um dos fatores determinantes para o</p><p>sucesso do tratamento estético em odontologia. Observar</p><p>tamanho, forma e textura, assimilando a riqueza de detalhes que</p><p>os dentes possuem, bem como sua relação com os tecidos que os</p><p>cercam, ajuda a conhecer e a entender o que é estético e</p><p>natural.</p><p>Por isso, o tratamento restaurador estético necessita de um</p><p>minucioso planejamento visual e técnico como forma de</p><p>assegurar o sucesso.</p><p>Cor x forma</p><p>Para realização da odontologia estética, dois pontos devem ser</p><p>observados:</p><p>Percepção da cor: o tratamento envolve desgaste da</p><p>estrutura dental.</p><p>Percepção de forma: trabalha-se com o conceito de</p><p>odontologia minimamente invasiva, realizando apenas o necessário.</p><p>Enceramento diagnóstico</p><p>É realizada uma moldagem em um paciente com a forma alterada</p><p>do dente ou com desgaste, obtendo assim, um modelo de estudo.</p><p>É encaminhado o modelo de gesso para o laboratório, onde o</p><p>mesmo irá produzir um modelo de cera no formato desejado</p><p>sobre a peça de gesso antes enviada ao laboratório. Esse</p><p>processo é denominado</p><p>enceramento diagnóstico, onde</p><p>o laboratório faz um</p><p>enceramento com a finalidade</p><p>de diagnóstico de algum</p><p>problema de forma no elemento</p><p>dentário.</p><p>Depois, realiza-se a moldagem do enceramento diagnóstico com</p><p>silicone, e na remoção terá a peça em amarelo, que será um guia</p><p>de desgaste (molda a arcada inteira e depois corta o silicone ao</p><p>meio). Onde será observada a diferença do dente do paciente em</p><p>relação ao enceramento diagnóstico (esse espaço observado</p><p>entre a peça amarela e o dente).</p><p>Caso entre o dente natural e a moldagem de enceramento não</p><p>haja espaço ou for muito pequeno, será necessário desgastar o</p><p>dente criando o espaço necessário.</p><p>Tipos de resina composta</p><p>É necessário observar os seguintes pontos na resina:</p><p>• Cor;</p><p>• Translucidez: capacidade que o material tem de</p><p>deixar a luz atravessar;</p><p>• Viscosidade: regular e fluida;</p><p>• Opalescência.</p><p>Resina flow: possui pouquíssima carga mineral, ou seja, não</p><p>apresenta resistência nenhuma. Não podendo ser utilizada em</p><p>área que necessita de resistência oclusal, por exemplo, em</p><p>dentes posteriores. Ou seja, esse tipo de resina só pode ser</p><p>utilizada em casos que não necessitam de resistência, por</p><p>exemplo, dentes anteriores/face vestibular de dente anterior.</p><p>Resina bulk fill: são de incrementação única, apresentam</p><p>matriz orgânica modificada e combinação de fotoativadores para</p><p>melhorar o grau de conversão de polimerização, porém, ainda</p><p>está sendo estudado.</p><p>Resina vittra: resina nacional.</p><p>Estratificação</p><p>Para a realização da confecção de restaurações estéticas é</p><p>necessário compreender o conceito de estratificação, esse</p><p>processo consiste em criar camadas com resinas de diferentes</p><p>opacidades e translucidez a fim de imitar a estrutura dental da</p><p>forma que realmente são.</p><p>Para restauração estética é necessário trabalhar em seu</p><p>processo de estratificação com mais de uma bisnaga de resina,</p><p>podendo variar entre 2,3,4 e assim por diante.</p><p>Camadas da resina</p><p>Normalmente, em dentes anteriores utilizando boas resinas é</p><p>utilizado quatro graus de opacidade e translucidez.</p><p>Em um kit de resina sempre terá uma resina mais opaca,</p><p>intermediária, translúcida e de incisal (bem translúcida).</p><p>O ideal é montar um gabarito da forma do dente para que seja</p><p>feito as camadas corretamente respeitando a estrutura dental</p><p>correta.</p><p>Obs: a criação de camadas é feita de baixo para cima.</p><p>O gabarito é feito nos seguintes passos:</p><p>1. Dente antes de fazer a restauração.</p><p>2. Deve ser uma resina translúcida (resina de esmalte)</p><p>aplicada na porção lingual ou palatina, para permitir a</p><p>passagem de luz e a opacidade serem trabalhada aos</p><p>poucos nas aplicações acima desta camada.</p><p>3. Aplicação da camada da resina de dentina (resina</p><p>opaca).</p><p>4. Aplicação da resina com opacidade intermediaria,</p><p>formação do corpo da restauração acima da dentina.</p><p>5. Aplicação da resina de esmalte novamente.</p><p>6. Aplicação da resina translúcida, dando brilho e</p><p>promovendo o efeito de esmalte e opalescência (a</p><p>opalescência é a capacidade que o material tem de</p><p>emitir luz azulada para luz transmitida e um efeito</p><p>alaranjado para luz refletida).</p><p>Se a luz bater no dente e atravessar será transmitido através</p><p>do material, enxergando azulado. Se a luz bater no dente</p><p>refletindo e voltar direto no material translúcido enxerga-se</p><p>alaranjado, isso é opalescência. Alguns materiais tem capacidade</p><p>de fazer opalescência, o esmalte é um deles.</p><p>A última camada de resina precisa ser uma camada</p><p>extremamente translúcida, ganhando assim os efeitos do esmalte.</p><p>Esmalte: para ser utilizado como resina de esmalte, em</p><p>camadas externas da restauração. Possui a característica</p><p>de ser muito translúcida, por isso é necessário utilizar uma</p><p>espessura de no máximo 0,5 mm. Uma camada mais</p><p>espessa pode acinzentar a restauração.</p><p>Dentina: extremamente opaca, pode ser utilizada como</p><p>opacificador ou dentina profunda na técnica estratificada.</p><p>Importante para casos onde se busca “esconder”</p><p>substratos escurecidos ou a interface dente-restauração</p><p>(linha de fratura), como restauração classe IV e III. Muitos</p><p>dentistas utilizam a WD para “esconder” parafusos de</p><p>coroas sobre implantes, cobrindo posteriormente com a</p><p>opacidade corpo.</p><p>Corpo: utilizada para restaurações de única opacidade ou</p><p>como dentina superficial na técnica estratificada. Resina</p><p>coringa, para uso na maioria dos casos clínicos.</p><p>Translúcida: resina super translúcida, com elevada</p><p>opalescência, utilizada pra efeito de bordo incisal.</p><p>Forma, textura e proporção</p><p>Quando se observa um dente e detecta algo fora da normalidade</p><p>provavelmente esse elemento possui alguma distorção de forma,</p><p>textura superficial e proporção. É necessário trabalhar com</p><p>simetria, pois o sorriso consequentemente aparecerá harmônico.</p><p>Forma: na concepção de um sorriso estético, os incisivos</p><p>centrais superiores são os de maior importância devido a sua</p><p>posição no arco. São os dentes dominantes e os mais observados.</p><p>Assim, nas reabilitações estéticas do sorriso, são o ponto de</p><p>partida para a determinação das características dos demais</p><p>elementos dentais.</p><p>Embora existam muitas formas de incisivos centrais superiores,</p><p>eles podem ser classificados basicamente como:</p><p> Triangulares: quando as faces proximais dispõem-se</p><p>convergindo para a raiz;</p><p> Quadrados: quando as faces proximais dispõem-se</p><p>paralelamente uma à outra;</p><p> Ovais: quando as faces proximais convergem para</p><p>incisal.</p><p>Obs: a forma triangular do incisivo central superior é a mais</p><p>frequentemente encontrada, sendo seguida da forma quadrada</p><p>e, com menor frequência, da forma ovoide.</p><p>Para a completa assimilação da morfologia natural do elemento</p><p>dental, é importante uma observação detalhada de todas as</p><p>faces, nas diferentes vistas, como:</p><p> Vista por incisal: permite capturar as mudanças</p><p>morfológicas que ocorrem da superfície vestibular para</p><p>as proximais.</p><p> Vista por proximal: permite a observação dos planos</p><p>cervical, médio e incisal.</p><p>A área plana, que é a principal responsável pela reflexão da luz e,</p><p>consequentemente, pela aparência dos dentes, situa-se na face</p><p>vestibular do elemento dental e pode variar em forma, dimensões</p><p>e localização (mais para incisal, mais para o centro ou mais para</p><p>cervical).</p><p>Textura: a textura de superfície dos dentes é outro fator de</p><p>grande importância na aparência deles, pois cria diferentes</p><p>ângulos de reflexão da luz.</p><p>Podemos considerar dois tipos de textura:</p><p> Textura horizontal: composta de sulcos horizontais e</p><p>periquimáceas, que correspondem às linhas de</p><p>crescimento e consistem em irregularidades finas,</p><p>transversais e com sulcos em forma de ondas. Tende a</p><p>desaparecer com o desgaste da superfície vestibular</p><p>dos elementos dentais.</p><p> Textura vertical: composta essencialmente de lóbulos e</p><p>sulcos de desenvolvimento na face vestibular.</p><p>Geralmente possui três cristas (mesial, central e distal)</p><p>e dois sulcos (mesial e distal) interpostos.</p><p>A textura de superfície dos dentes anteriores superiores é um</p><p>fator de grande importância na aparência deles, pois cria</p><p>diferentes ângulos de reflexão da luz.</p><p>A textura dos dentes naturais sofre modificações com o passar</p><p>do tempo em função do desgaste do esmalte devido à atividade</p><p>fisiológica. Com isso existem variações da textura com a idade,</p><p>por exemplo:</p><p> Pacientes jovens os dentes possuem mais</p><p>características de textura;</p><p> Pacientes de meia-idade as características de</p><p>superfície são menos acentuadas e normalmente com</p><p>maior polimento, quando comparadas com as de</p><p>indivíduos jovens;</p><p> Pacientes idosos as características de superfície são</p><p>menos acentuadas, quando comparadas com as de</p><p>indivíduos de meia-idade.</p><p>Proporção: para um sorriso estético e harmônico, a largura</p><p>dos dentes na visão frontal também deve ser analisada,</p><p>independentemente do tamanho real deles.</p><p>Uma proporção estética para a relação entre os dentes é</p><p>quando o tamanho de visualização decresce do incisivo central</p><p>para os dentes posteriores.</p><p>Essa proporção é denominada de proporção áurea e refere-se à</p><p>largura aparente dos dentes em vista frontal, porém, nem</p><p>sempre é encontrada na composição dentária da população em</p><p>geral e não deve ser aplicada sistematicamente em todos os</p><p>pacientes.</p><p>Para detectar se algo realmente está fora da normalidade é</p><p>necessário observar os dentes de três formas:</p><p>Vista lingual: observação das ameias interdentais que no</p><p>caso é o triangulo formado entre os dentes (ângulo formado pelo</p><p>ponto de contato), quando se utiliza resina na ameia interdental</p><p>muda-se a proporção, se for feito algo mais arredondado traz</p><p>uma percepção de dente mais estreito, se for algo menor traz a</p><p>percepção de dente mais largo.</p><p>Vista lateral: vista de perfil que permite observar a silhueta</p><p>do dente. Quando o paciente é colocado de lado é interessante</p><p>detectar o dente que está sendo restaurado e o dente contra</p><p>lateral, para observar a simetria dos dentes.</p><p>Os dentes anteriores apresentaram três</p><p>inclinações: incisal, médio, cervical.</p><p>Vista frontal: percepção da</p><p>forma do dente onde é necessário</p><p>observar sua área plana.</p><p>Casos clínicos</p><p>Confecção do diastema</p><p>1. Moldagem dos dentes e encaminhamento para o</p><p>laboratório criar o modelo de enceramento;</p><p>2. Moldagem do modelo de enceramento pela porção</p><p>lingual/palatina;</p><p>3. Observação da diferença entre o modelo de</p><p>enceramento e o dente natural;</p><p>4. Checagem dos pontos de contato. (se depois da</p><p>restauração os pontos de contato estiverem alterados</p><p>a restauração está alta);</p><p>5. Profilaxia;</p><p>6. Mockup com resina de esmalte (ensaio da restauração</p><p>para verificação da cor da resina.</p><p>7. Após isso, iniciam-se os procedimentos para</p><p>restauração (isolamento absoluto, ataque ácido,</p><p>lava/seca, sistema adesivo (...)</p><p>8. Aplicação da resina translúcida e fotopolimeriza, depois</p><p>de polimerizado tem-se o gabarito.</p><p>9. Feito isso, começa a extratificação. Tem-se o gabarito</p><p>com uma resina translúcida onde se aplicou uma resina</p><p>de corpo, resina de esmalte e resina translúcida;</p><p>Obs: neste caso não precisou de resina de dentina opaca, pois já</p><p>estava em esmalte.</p><p>10. Utilização de pincel pelo de marta para suavizar a</p><p>restauração;</p><p>11. Na resina de corpo é necessário criar os lobos de</p><p>desenvolvimento, pois caso deixe o dente reto não se</p><p>tem textura/profundidade;</p><p>12. Aplicação da ultima camada de resina e polimeriza;</p><p>13. Acabamento, primeiro na região cervical com ponta</p><p>diamanta/multilaminada ou bisturi. Depois é feito na</p><p>região interproximal com lixas de aço ou poliéster de</p><p>granulação fina ou extrafina;</p><p>14. Discos de lixa para trabalhar as ameias;</p><p>Existem três tipos de meias:</p><p> Interdentais: olhando na face lingual/palatina;</p><p> Gengivais;</p><p> Incisais: olhando na face vestibular.</p><p>15. Restauração finalizada.</p><p>Técnica a mão livre em dente conóide</p><p>Antes de tudo é necessário observar ponto de contato, fazer</p><p>profilaxia, isolamento absoluto, ataque ácido, lava/seca, sistema</p><p>adesivo (...).</p><p>1. Ao invés de fazer a barreira de silicone é utilizada</p><p>resina de esmalte e acomodada na lingual, construindo o</p><p>gabarito por meio das técnicas manuais do profissional.</p><p>2. Com o auxilio da espátula almore o material é ajeitado</p><p>nas proximais e adaptado de forma correta.</p><p>3. Após a construção do gabarito realiza-se a</p><p>estratificação.</p><p>Obs: restauração de dentes conóides e diastema tem-se</p><p>problema de forma.</p><p>Confecção de facetas</p><p>Um paciente sofreu um trauma e o elemento dentário escureceu,</p><p>tem-se problema de cor e não de forma.</p><p>1. Checagem dos pontos de contato;</p><p>2. Moldagem com silicone (não necessita de modelo de</p><p>enceramento diagnóstico);</p><p>3. Aplicação de uma resina de corpo e fotopolimerizou</p><p>para confirmação da cor a ser utilizada;</p><p>4. Isolamento absoluto/profilaxia/marcação/desgaste;</p><p>5. Desgastar todo esmalte preservando e ir igualando;</p><p>6. Marcação;</p><p>7. Com a broca cilíndrica vai realizando o preparo,</p><p>preservando a borda incisal, pois o escurecimento não</p><p>era no esmalte;</p><p>8. Acabamento no preparo com a broca multilaminada;</p><p>9. Aplicação de ácido no esmalte e na</p><p>dentina/lava/seca/aplicação do sistema</p><p>adesivo/seca/fotopolimeriza;</p><p>10. Aplicação de uma resina branca (flow), pois é</p><p>necessário mascarar substrato;</p><p>11. Fotopolimeriza;</p><p>12. Coloca-se resina de corpo e resina de esmalte utilizando</p><p>pincel/espátula, por último, fotopolimeriza. É necessário</p><p>trabalhar os mamelos, cor, estratificação e</p><p>opalescência.</p><p>Clareamento Dental</p><p>A busca pela estética vem influenciando amplamente a</p><p>percepção e a exigência dos indivíduos por motivos diversos,</p><p>desde a descoloração de um único dente até um grupo de dentes</p><p>que interferem negativamente na harmonia do sorriso, além</p><p>disso, a alteração de cor pode ter impacto significativo na</p><p>satisfação dos indivíduos com sua aparência e,</p><p>consequentemente, influenciar sua qualidade de vida.</p><p>As técnicas clareadoras promovem a remoção de pigmentos</p><p>orgânicos da estrutura dentária por uma reação de oxirredução,</p><p>proporcionada pela ação de agentes químicos. Esse procedimento</p><p>pode ser realizado tanto em dentes vitais quanto em dentes</p><p>desvitalizados, porém, um resultado mais satisfatório vai</p><p>depender, principalmente, da etiologia e do diagnóstico da</p><p>alteração de cor, da seleção do agente clareador e da técnica de</p><p>aplicação.</p><p>Etiologia das alterações cromáticas</p><p>Sabe-se que a coloração dentária é determinada pela combinação</p><p>das propriedades de esmalte, dentina, cemento e polpa. A dentina</p><p>tem maior importância na coloração final dos elementos dentários</p><p>e o esmalte, por apresentar certo grau de translucidez, atua</p><p>filtrando a coloração natural da dentina.</p><p>O escurecimento dentário pode estar relacionado com fatores de</p><p>natureza extrínseca, intrínseca ou pela associação de ambos.</p><p>Alteração cromática extrínsecas</p><p>Está associada à precipitação de pigmentos</p><p>provenientes da</p><p>dieta, como:</p><p> Bebidas, por exemplo: café,</p><p>chá, vinho tinto,</p><p> Corante e pigmento;</p><p> Produtos de uso oral, como</p><p>bochecho de clorexidina;</p><p> Tabaco, grande aliado ao</p><p>escurecimento dentário;</p><p> Bactérias cromogênicas.</p><p>Esse tipo de descoloração pode ser tratado de maneira simples e</p><p>rápida, por meio da profilaxia profissional ou polimentos</p><p>coronários. Deve ser feita de 6 em 6 meses em consúltorio,</p><p>dependendo do paciente pelo menos uma vez ao ano.</p><p>Sem técnica adequada e sem supervisão profissional utilizando</p><p>,por exemplo, carvão ativado em exesso tem-se lesões</p><p>gravissimas.</p><p>Alteração cromática intrínsecas</p><p>Podem ser decorrentes de variados fatores que resultam no</p><p>manchamento do esmalte e da dentina subjacente.</p><p>Classificam-se como:</p><p>Congênitas: associadas às malformações dentárias, como</p><p>hipoplasias e dentinogênese imperfeita.</p><p>Adquiridas: que podem ser de origem pré-eruptiva ou pós-</p><p>eruptiva.</p><p>Uma particularidade é referente à fluorose dentária, a qual pode</p><p>causar alterações tanto em dentes decíduos (descoloração</p><p>congênita) quanto em permanentes (descoloração intrínseca pré-</p><p>eruptiva).</p><p>Clinicamente, o esmalte fluorótico caracteriza-se pela existência</p><p>de linhas horizontais brancas, finas e difusas, até manchamentos</p><p>em forma de placas, de coloração amarronzada e com perda de</p><p>estrutura dental.</p><p>As alterações de cor pré-eruptivas acontecem antes da dentição</p><p>permanente, onde pode está relacionado com:</p><p> Dentes naturalmente escurecidos;</p><p> Ingestão de medicamentos causada pelo uso sistêmico</p><p>de tetraciclina durante o período de formação do</p><p>elemento dentário;</p><p>A tetraciclina pode ter grau médio a grave e tendem a</p><p>apresentar um prognóstico favorável, quanto ao período do</p><p>tratamento clareador caseiro com moldeiras é prolongado para 2</p><p>a 6 meses. Vale ressaltar que o clareamento caseiro só pode ser</p><p>realizado por até 6 meses.</p><p>O pior prognóstico dessa situação clínica se dá quando a</p><p>descoloração acinzentada ou azulada ocorre próximo à cervical</p><p>dos elementos dentários.</p><p> Trauma eruptivo quando a criança bate o dente e o</p><p>mesmo está começando a nascer.</p><p>As alterações de cor pós-eruptivas acontecem em indivíduos que</p><p>já possuem dentição permanente, onde pode está relacionado</p><p>com:</p><p> Traumatismo dentário que representa uma das</p><p>principais causas de alterações de cor adquiridas após a</p><p>erupção do dente, podendo ou não resultar em necrose</p><p>pulpar;</p><p>Obs: o escurecimento dentário decorrente do processo de</p><p>necrose está associado principalmente ao extravasamento</p><p>sanguíneo nos túbulos dentinários, que resulta em uma</p><p>pigmentação amarronzada,</p><p>muitas vezes difícil de ser</p><p>removida por técnicas</p><p>clareadoras.</p><p> Iatrogenias são causadas por dentistas em</p><p>restaurações mal executadas/antigas, tratamento</p><p>endodôntico inadequado, permanência de medicação</p><p>intracanal, como</p><p>iodofórmio, cloreto de</p><p>mercúrio e eugenol, ou</p><p>cimentos obturadores na</p><p>câmara pulpar.</p><p> Envelhecimento fisiológico, a dentina é responsável pela</p><p>coloração amarela do dente, quando se é jovem a polpa</p><p>é muito ampla e com o passar do tempo o dente vai</p><p>formando dentina e a polpa vai diminuindo, ou seja, o</p><p>volume de dentina fica maior que a polpa, quanto maior</p><p>mais amarelo.</p><p>Mecanismo de ação dos Agentes clareadores</p><p>O clareamento dentário, independentemente da técnica e do</p><p>agente utilizado, é baseado em uma reação de oxirredução entre</p><p>a solução clareadora (agente redutor) e a molécula a ser clareada</p><p>(agente oxidante).</p><p>O mecanismo de ação é realizado da seguinte forma:</p><p>Os agentes clareadores são carreadores de radicais de oxigênio,</p><p>que, por apresentarem baixo peso molecular (30 g/mol), são</p><p>capazes de se difundir pelos tecidos dentários mineralizados e</p><p>sofrer reação de oxidorredução, degradando as macromoléculas</p><p>dos pigmentos responsáveis por sua descoloração em moléculas</p><p>menores. Estas, por sua vez, são parcial ou totalmente eliminadas</p><p>da estrutura dentária por difusão, promovendo o clareamento.</p><p>O ponto de saturação (clareamento excessivo) é quando não se</p><p>tem mais macromoléculas de pigmento com ligações duplas, a</p><p>partir dai quebra-se estrutura do dente tendo uma degradação</p><p>da matriz do esmalte.</p><p>Agentes clareadores</p><p>Peróxido de hidrogênio (H2O2)</p><p>É o principal agente utilizado para promover o clareamento</p><p>dentário. O peróxido de hidrogênio quando entra em contato com</p><p>tecidos ou saliva tem-se uma reação que libera água e oxigênio,</p><p>onde o oxigênio irá penetrar na estrutura dental realizando o</p><p>clareamento por oxidação/redução.</p><p>Têm sido utilizadas fontes de luz como lâmpada halógena, LED</p><p>ou laser. No entanto, estudos têm demonstrado que a utilização</p><p>desses equipamentos não aumenta a efetividade do tratamento.</p><p>Peróxido de carbamida</p><p>É um gel mais ameno, capaz de se decompor em peróxido de</p><p>hidrogênio e ureia quando entram em contato com tecidos ou</p><p>saliva. Enquanto o peróxido de hidrogênio decompõe-se em</p><p>oxigênio (princípio ativo) e água, a ureia, que tem a capacidade de</p><p>aumentar o pH do meio, decompõe-se em amônia (o que aumenta</p><p>a permeabilidade da estrutura dentária) e dióxido de carbono (o</p><p>que favorece a difusão das moléculas de pigmentos).</p><p>A amônia + dióxido de carbono tem a capacidade de inibir a</p><p>fermentação dos carboidratos e a formação de ácido lático na</p><p>placa.</p><p>Uma solução de 10% de peróxido de carbamida equivale a 3,6%</p><p>de peróxido de hidrogênio e a 6,4% de ureia. Isso faz com que os</p><p>agentes clareadores à base de peróxido de carbamida tenham</p><p>uma concentração menor do que os à base de peróxido de</p><p>hidrogênio, utilizados para a mesma modalidade de tratamento.</p><p>A vantagem da utilização do peróxido de carbamida é quando se</p><p>precisa de um tratamento com menos concentrações e menos</p><p>agressivo onde com esse material se consegue utilizar por mais</p><p>tempo, pois ele consegue estabilizar o PH da boca tendo uma</p><p>ação lenta e efetiva. Ou seja, o clareamento é mais efetivo</p><p>quando se clareia devagar liberando varias concentrações de</p><p>oxigênio por um tempo mais prolongado.</p><p>Tabela das concentrações</p><p>Peróxido de</p><p>hidrogênio 1% e 12%</p><p>Caseiro</p><p>Peróxido de</p><p>hidrogênio 30% e</p><p>40%</p><p>Consultório</p><p>Peróxido de</p><p>carbamida 10% e 22%</p><p>Caseiro</p><p>Peróxido de</p><p>carbamida 30% e 35%</p><p>Consultório</p><p>Perborato de sódio</p><p>Pó e líquido (tratamento</p><p>intrapulpar em dentes</p><p>desvitalizados)</p><p>Protocolo</p><p>É necessário realizar uma anamnese como protocolo inicial, pois</p><p>caso o paciente tenha algo fora da normalidade, o clareamento</p><p>dental pode acentuar esse problema.</p><p>É necessário saber sobre o paciente:</p><p> Rotina diária (dorme de 8h em 8h por dia, se tem</p><p>tempo para realizar tratamento diurno ou noturno);</p><p> Hábitos alimentares (alimentos e bebidas ácidas);</p><p> Hábitos parafuncionais (problema de</p><p>bruxismo/apertamento, lesão, DTM, dentina cervical</p><p>exposta);</p><p> Tabagismo.</p><p>É realizado um exame clínico com o intuito de diagnosticar se o</p><p>paciente poderá realizar o clareamento, caso o paciente tenha</p><p>algum dos itens citados não será feito o procedimento, pois é</p><p>necessário trata-los antes.</p><p>São eles:</p><p> Cárie ou restauração infiltrada/desadaptada;</p><p> Fratura dental com exposição de dentina;</p><p> Doença periodontal;</p><p> Placa dental/biofilme;</p><p> Recessão gengival;</p><p> Lesão cervical não cariosa.</p><p>Modalidades de clareamento</p><p>Os tratamentos para descoloração dentária podem ser</p><p>classificados quanto à condição dos dentes, à técnica de aplicação</p><p>do agente clareador e à composição do agente clareador.</p><p>Quanto à condição dos dentes, podem ser classificados em:</p><p> podem ser feitos clareamento caseiro Dentes vitais:</p><p>supervisionado, no consultório ou combinar ambos.</p><p> só podem ser feitos em Dentes desvitalizados:</p><p>consultório.</p><p>Clareamento caseiro supervisionado</p><p>É o mais comum, simples e com resultados duradouros. Nessa</p><p>técnica, o agente clareador deve ser em baixas concentrações,</p><p>pois o procedimento será realizado</p><p>em casa e em uso mais</p><p>prolongado. Geralmente, emprega-se peróxido de carbamida para</p><p>uso noturno e o peróxido de hidrogênio para uso diurno.</p><p>O paciente utiliza moldeiras individuais com aplicações diárias</p><p>(noturno ou diurno), variando os protocolos de tratamento de</p><p>acordo com o que for escolhido pelo profissional.</p><p>No protocolo de tratamento é necessário seguir os seguintes</p><p>passos na 1° sessão:</p><p> Anamnese;</p><p> Profilaxia;</p><p> Avaliar o padrão de manchamento dos dentes;</p><p> Tomada de cor, com o auxilio de uma escala de cor</p><p>e/ou tomadas radiográficas;</p><p> Exame clinico.</p><p> Exame radiográfico: periapical completo e</p><p>interproximais;</p><p> Adequação do meio com remoção de possíveis causas</p><p>de sensibilidade e dificultadores do clareamento;</p><p> Moldagem e confecção dos modelos de gesso;</p><p> Confecção da moldeira individual;</p><p> Recorte da moldeira.</p><p>Na 2° sessão se realiza:</p><p> Prova da moldeira na boca do paciente;</p><p> Instrução de uso;</p><p> Reavaliação após 72 horas;</p><p> Acompanhar paciente durante tratamento;</p><p> Término do tratamento: atingir as expectativas do</p><p>paciente ou ponto de saturação.</p><p>Na instrução de uso do peróxido de carbamida (noturno) é</p><p>necessário instruir o paciente em escovar os dentes/passar fio</p><p>dental antes de colocar a moldeira. Na moldeira coloca-se o gel</p><p>clareador em quantidade de um grão de arroz na face vestibular,</p><p>não possuindo necessidade de espalhar. O gel precisa ficar em</p><p>contato com os dentes do paciente de 6h à 8h, logo que o</p><p>paciente acordar, remove-se a moldeira e escova, seca e guarda.</p><p>O paciente só ira bochechar a boca com água e não irá escovar</p><p>os dentes logo que remove a moldeira, é necessário esperar que</p><p>tampão da saliva “funcione”, pois logo que se acorda tem-se</p><p>acidez na boca e pode ser que o esmalte esteja poroso, quando</p><p>se escova logo que acorda é removido superfície externa do</p><p>esmalte. É necessário esperar de 20 a 30 minutos.</p><p>Na instrução de uso do peróxido de hidrogênio (diurno) o protocolo</p><p>de uso é o mesmo na escovação/aplicação, usa-se de 1 a 2</p><p>horas por dia.</p><p>Obs: o noturno é melhor pela concentração baixa, longo período</p><p>de tempo e quando se dorme para-se de salivar, durante o dia</p><p>normalmente a pessoa tende a salivar muito podendo diminuir o</p><p>grau de efetividade já que a saliva pode “lavar” o produto aplicado</p><p>na moldeira.</p><p>Vantagens:</p><p> Técnica simples e de fácil aplicação;</p><p> Tempo de atendimento clínico reduzido quando</p><p>comparado ao da técnica em consultório;</p><p> Baixo custo;</p><p> Utilização de agentes clareadores em baixas</p><p>concentrações;</p><p> Eficácia e segurança comprovadas por evidências</p><p>científicas;</p><p> Não emprega calor;</p><p> Baixa incidência de sensibilidade dentinária;</p><p> Não promove alterações estruturais no dente e</p><p>periodonto;</p><p>Desvantagens:</p><p> Possibilidade de hipersensibilidade dental durante</p><p>tratamento (principalmente em pacientes com</p><p>exposição de raiz ou lesão cervical não cariosa);</p><p> Menor controle da atuação do agente clareador;</p><p> Colaboração do paciente;</p><p> Tempo de tratamento;</p><p> Moldeira plástica;</p><p> Resultado imprevisível.</p><p>Contra-indicações</p><p> Fumante</p><p> Alimentos ácidos (esse tipo de alimento aumenta a</p><p>hipersensibilidade dentinaria ao tratamento clareador);</p><p> Lesão cervical</p><p> Recessão gengival</p><p>Sensibilidade</p><p>Um dos efeitos adversos mais comuns durante o clareamento</p><p>dentário da técnica caseira é a sensibilidade dentinária, que</p><p>geralmente causam desconforto ao paciente.</p><p>Depende de fatores como:</p><p> Limiar de sensibilidade do individuo;</p><p> Tempo e modo de uso;</p><p> Volume da câmara pulpar;</p><p> Porcentagem do agente clareador;</p><p> Presença de trincas;</p><p> Exposição de dentina;</p><p> Restauração mal adaptadas.</p><p>Caso haja sensibilidade é necessário:</p><p> Suspender o tratamento por 2 a 3 dias;</p><p> Diminuir a quantidade de gel clareador por dente quando</p><p>voltar com o regime de clareamento;</p><p> Pressionar a placa sobre os dentes e tecidos moles e</p><p>retirar todo o excesso possível do agente clareador;</p><p> Diminuir o tempo de uso diário;</p><p> Recomendar o uso de um agente dessensibilizante, por</p><p>15 minutos diários.</p><p>Obs: a sensibilidade dentinária é mais frequente no clareamento</p><p>realizado em consultório do que no caseiro. Ensaios clínicos</p><p>mostram que essa sensibilidade é transitória e tende a cessar de</p><p>1 a 5 dias após a conclusão do tratamento.</p><p>Clareamento ambulatorial/consultório</p><p>Essa técnica normalmente utiliza como agente clareador o</p><p>peróxido de hidrogênio em concentrações que variam de 30 a</p><p>40% pois ele é mais forte.</p><p>É necessário fazer o isolamento do campo operatório, pois</p><p>podem ocorrer queimaduras na gengiva ou nos lábios caso haja</p><p>contato do produto com a mucosa ou a pele desprotegida. No</p><p>entanto, episódios como esses advêm de negligência do</p><p>profissional, pois a etapa de proteção prévia dos tecidos moles</p><p>com barreira gengival, afastadores para lábios e língua não deve</p><p>ser negligenciada, evitando potenciais intercorrências.</p><p>Obs: lembrando que pode variar os protocolos de tratamento de</p><p>acordo com o que for escolhido pelo profissional.</p><p>No protocolo de tratamento do clareamento é necessário seguir</p><p>os seguintes passos:</p><p> Proteção gengival;</p><p> Aplicação de gel clareador;</p><p> Após 15 minutos, remover o gel;</p><p> Repetir esse processo de 3 a 4 vezes por sessão</p><p>clínica, respeitando-se o limiar de tolerância do paciente.</p><p>Vantagens:</p><p> Técnica de fácil aplicação</p><p> Supervisão direta do profissional: controle das áreas</p><p>que serão aplicadas o agente clareador;</p><p> Rapidez na visualização dos resultados e bom</p><p>prognóstico;</p><p> Dispensa uso de moldeiras: boa opção para pacientes</p><p>que possuem dificuldade de serem moldados.</p><p>Desvantagens:</p><p> Requer tempo maior de atendimento clínico;</p><p> Afastador bucal;</p><p> Custo maior;</p><p> Maior índice de sensibilidade.</p><p>Indicações</p><p> Pacientes com lesões cervicais não cariosas extensas e</p><p>acentuado desgaste dentário;</p><p> Pacientes que rejeitam moldagem e/ou uso de</p><p>moldeiras;</p><p> Exigência de agilidade do tratamento.</p><p>Contra-indicação</p><p> Lesão cariosa</p><p> Hábitos alimentares</p><p> Fumantes</p><p>Sensibilidade</p><p>Um dos efeitos adversos mais comuns durante o clareamento</p><p>dentário da técnica ambulatorial/consultório é a sensibilidade</p><p>dentinária, que geralmente causam desconforto ao paciente.</p><p>É necessário:</p><p> Aplicar agente dessensibilizante (KF 2%) em consultório,</p><p>durante 10 minutos antes da sessão de aplicação do gel</p><p>clareador;</p><p> Suspender o uso de fontes de luz que trazem</p><p>aquecimento ao dente, caso esteja sendo usada;</p><p> Diminuir o tempo de aplicação do produto em uma</p><p>mesma sessão;</p><p> Reduzir a concentração do gel;</p><p> Considerar a troca da técnica utilizando o clareamento</p><p>caseiro;</p><p> Em casos extremos é necessário considerar prescrição</p><p>de medicamentos e suspender tratamento.</p><p>Tratamento misto</p><p>É a utilização das duas técnicas de clareamento para dentes</p><p>vitais com o intuito de potencializar o efeito do tratamento</p><p>clareador, trazendo melhores resultados.</p><p>Clareamento intrapulpar</p><p>Para dentes não vitais, por exemplo, com tratamento</p><p>endodôntico insatisfatório devido a:</p><p> Remoção incorreta do teto da câmara pulpar;</p><p> Controle de hemorragia onde não foi limpo a tempo;</p><p> Medicamento intra-canal;</p><p> Materiais obturadores</p><p>Nesses tipos de caso é necessário pré-requisitos para realização</p><p>do clareamento intrapulpar, são eles:</p><p> Quantidade satisfatória de remanescente dental sadio;</p><p> Tratamento endodôntico satisfatório com condutos</p><p>hermeticamente obturados;</p><p> Região periapical e periodontal saudáveis;</p><p> Remoção de toda dentina cariada;</p><p> Remoção de todo material obturador e restaurador da</p><p>câmara pulpar;</p><p> Eliminação de qualquer área retentiva (na câmara</p><p>pulpar) para facilitar a remoção de detritos.</p><p>O tampão cervical serve como uma barreira física que dificulta a</p><p>penetração do agente clareador para o interior do canal radicular</p><p>e, dessa forma evitar possíveis efeitos, como a reabsorção</p><p>radicular externa.</p><p>Na imagem abaixo tem-se o exemplo de como é realizado:</p><p>Observa-se o tratamento endodôntico feito (gutapercha), é</p><p>necessário recuar da junção amelocementaria por volta de 3 mm</p><p>e aplicar cimento de hidróxido de cálcio e ionômero de vidro</p><p>confeccionando um tampão. A partir dai, aplica-se o clareador</p><p>que normalmente é o perborato de sódio e fecha-se com</p><p>ionômero de vidro.</p><p>Nas técnicas o que muda basicamente é o agente clareador, sua</p><p>concentração e o tempo de ação do gel no elemento dental.</p><p>São elas:</p><p>Técnica imediata: realizada em consultório</p><p> Registro da cor do dente;</p><p> Isolamento do elemento dental;</p><p> Preparo do tampão cervical;</p><p> Aplicação do gel clareador –</p><p>peróxido de hidrogênio a 35%,</p><p>espalhar o gel sobre toda a</p><p>superfície vestibular do dente e</p><p>dentro da câmara;</p><p> 10 a 15 minutos repetir 2 a 3</p><p>vezes;</p><p> Restauração provisória;</p><p> Ajuste da oclusão.</p><p>Técnica mediata: tratamento demorado com liberação</p><p>baixa de peróxido de hidrogênio.</p><p> Após preparo do tampão cervical;</p><p> Agente clareador no interior da</p><p>câmara pulpar, a mesma é</p><p>vedada, e o paciente é liberado;</p><p> Procede-se a troca do agente</p><p>clareador depois de 3 a 7 dias até</p><p>que o resultado final seja</p><p>alcançado.</p><p>Misto</p><p> Abertura do dente;</p><p> Preparo do tampão cervical;</p><p> Aplicação do gel por volta de 45 minutos de aplicação;</p><p> Lava/seca;</p><p> Aplicação do perborato de sódio;</p><p> Fechamento com ionômero de vidro;</p><p> Aguardar 7 dias.</p><p>Obs: caso faça o protocolo corretamente e mesmo assim não</p><p>clarear é necessário realizar a restauração.</p><p>Pinos intrarradiculares e núcleo de preenchimento estético</p><p>A confecção do núcleo é realizada quando o dente passou por</p><p>tratamento endodôntico e perdeu muita estrutura coronária</p><p>tendo a necessidade de devolver a estrutura perdida.</p><p>Todo núcleo é dividido em partes:</p><p>Parte radícular: chama-se de pino, conhecidos como retentores</p><p>intrarradiculares, tendo como função de reter a restauração,</p><p>não é para dar resistência)</p><p>Parte coronária: chama-se de núcleo, devolve a estrutura perdida</p><p>e possibilita uma futura restauração, seja direta ou indireta.</p><p>FUNÇÃO dos núcleos e pinos intra-radiculares</p><p>Permitir que o dente obtenha características biomecânicas</p><p>suficientes para suportar a reconstrução coronária, podendo</p><p>servir de retentor para uma prótese ou comportar uma</p><p>restauração direta. Ou seja, devolver a estrutura perdida e ao</p><p>mesmo tempo fazer o papel de retenção.</p><p>Utiliza-se o pino para auxiliar a reter/segurar a restauração</p><p>quando provavelmente há perda de muita estrutura dentária,</p><p>principalmente de muito esmalte, onde o sistema adesivo costuma</p><p>falhar, necessitando obter retenção, por isso se utiliza o pino.</p><p>Obs: adesão em esmalte é mais fácil que em dentina.</p><p>Pode-se colocar pino para vários tipos de restauração, e é</p><p>necessário tratar o canal quando houver necessidade. Quando se</p><p>trata canal o primeiro ponto a se fazer é avaliar o</p><p>remanescente dentário, observando o dente/se há estrutura.</p><p>Caso o paciente tenha muita estrutura dental e está indicada</p><p>restauração direta com resina composta, coloca-se pino e resina</p><p>finalizando o atendimento com o paciente.</p><p>Caso o paciente não tenha muita estrutura dental, é necessário</p><p>reconstruir um núcleo (metálico ou resina composta) que servirá</p><p>de suporte para uma coroa total (prótese).</p><p>O objetivo dos pinos e núcleos é favorecer a retenção de um</p><p>tipo/qualquer que seja de restauração.</p><p>Materiais</p><p>Núcleos metálicos são extremamente consagrados na odontologia</p><p>onde o mais usado é o cromo + cobalto / níquel + cromo.</p><p>Na imagem abaixo se tem representado uma oxidação na raiz</p><p>muito pigmenta, onde foi ocasionado pelo material metálico. A</p><p>pigmentação pode ser superficial ou pode chegar até o ápice.</p><p>A maioria dos cimentos endodônticos que é utilizado, possui</p><p>partículas de prata onde é possível radiografar e observar uma</p><p>imagem radiopaca.</p><p>Obs: a prata acaba oxidando/ficando preto, onde muito das</p><p>vezes o cimento endodôntico escurece a raiz.</p><p>O problema desse escurecimento é que atrapalha a visão que</p><p>temos da gengiva, onde fica um entorno acinzentado, ocasionando</p><p>um escurecimento da raiz causada pelo núcleo, normalmente</p><p>metálico.</p><p>Por isso, ao longo dos anos foram desenvolvidos os núcleos</p><p>estéticos, ou seja, núcleo que saiu de uma cor metálica para uma</p><p>cor mais parecida com a do dente.</p><p>Obtinham vários tipos de pino, como os de carbono/vidro onde foi</p><p>evoluindo para atualmente onde se usa os pinos de fibra de vidro</p><p>com núcleo em resina composta.</p><p>Existem divergências quanto à indicação do que usar, em livros de</p><p>prótese fixa quase sempre indicam o uso de núcleos metálicos. Já</p><p>em dentística, indicam o uso de resina e pinos de fibra de vidro.</p><p>A partir disso, definiu-se que tudo depende da quantidade de</p><p>remanescente dentário, por exemplo:</p><p> Se houver muito remanescente utiliza-se pino de fibra</p><p>de vidro.</p><p> Se houver pouco ou nenhum remanescente utiliza-se</p><p>núcleo metálico.</p><p>Atualmente é possível realizar técnicas de núcleos estéticos</p><p>mesmo que o paciente tenha perdido muita estrutura dentária.</p><p>Indicação</p><p> Comprimento e forma de raízes;</p><p> Perda de estrutura dental;</p><p> Remanescente cervical (o que sobrou de dente na</p><p>região cervical-férula);</p><p> Suporte periodontal;</p><p> Condições do tratamento endodôntico (satisfatório ou</p><p>insatisfatório);</p><p> Trabalho a ser realizado.</p><p>É necessário levar em consideração:</p><p> Preparo do remanescente dental</p><p>Antes de confeccionarmos qualquer núcleo é necessário saber</p><p>qual tipo de restauração será feita (direta ou indireta) para assim</p><p>preparar a cavidade.</p><p> Término do preparo em dente</p><p>Caso seja feito uma restauração indireta o término do preparo</p><p>deve estar sempre no dente (término chanfrado).</p><p> 1/3 do preparo em dente</p><p>Atualmente com as técnicas mais novas é possível revitalizar</p><p>dentes que tenham perdido toda estrutura, pois os pinos e as</p><p>resinas compostas nanohibridas e nanopartículas são de boa</p><p>qualidade.</p><p>Desta forma, muita das vezes vale a pena salvar uma raiz do</p><p>que extrair e colocar implante, qualquer dente salvo é melhor do</p><p>que um implante.</p><p>Obs: é necessário sempre se perguntar “quanto existe de</p><p>remanescente dental?”.</p><p>A maioria dos artigos na literatura diz que todos os núcleos</p><p>metálicos podem falhar, por exemplo, por descolamento e</p><p>fratura, geralmente quando isso ocorre, a falha é catastrófica.</p><p>O metal é muito rígido/duro, por isso quando há uma força</p><p>obliqua incidindo sobre o núcleo, normalmente ele falha e acaba</p><p>fraturando ou trincando a raiz do dente. Caso isso aconteça, o</p><p>dente deve ser extraído.</p><p>Já o pino de fibra de vidro ou núcleo de resina, quando falha,</p><p>normalmente a falha é no material, por quebra do pino, ou</p><p>quebra da resina. Sendo possível remover endodonticamente o</p><p>pino e confeccionar tudo novamente.</p><p>Obs: o consenso é que as falhas no pino de fibra de vidro são</p><p>menos catastróficas que as de metal.</p><p>Vantagens</p><p>A tendência hoje é o uso de materiais mais estéticos trabalhando</p><p>com pino de fibra de vidro e resina composta, as vantagens são:</p><p> Provisório apenas coronário;</p><p>Ao fazer o núcleo metálico fundido, deve-se trabalhar o conduto</p><p>e modelar o pinjet com a resina. Onde será enviado para o</p><p>laboratório para fundir (demorando por volta de duas semanas),</p><p>nesse período, o paciente não pode ficar sem dente, sendo</p><p>necessário realizar um provisório intraradicular.</p><p>Com o pino de fibra de vidro, ao fazer o preparo do conduto, a</p><p>cimentação é feita na mesma sessão, o provisório será apenas</p><p>coronário.</p><p> Possibilitam o preparo e moldagem na mesma sessão;</p><p>Alguns profissionais não recomendam devido ao risco de</p><p>ocasionar uma retenção ou retração gengival.</p><p> Diminuem os custos;</p><p>Sem custo de laboratório, feito em apenas 1 sessão, já o de</p><p>metal é em 2.</p><p> Mais conservadores.</p><p>Sem tanta necessidade do preparo da raiz.</p><p>É necessário ter em mente o término</p><p>do dente, 1/3 do</p><p>remanescente dental e tratamento endodôntico correto. Tendo</p><p>essa sequência, consegue-se realizar o pino fibra de vidro. Como</p><p>representado na imagem acima.</p><p>A indução de tensões está relacionada diretamente ao risco</p><p>da fratura radicular, e tanto os pinos pré-fabricados quanto</p><p>os metálicos fundidos apresentam geração de tensões, no</p><p>entanto, quando referem-se ao primeiro relatam padrão de</p><p>fraturas menos catastróficas.</p><p>Quando indicar o pino?</p><p>Outra indicação é quando se irá fazer uma reabilitação estética,</p><p>como representado em dentes anteriores na imagem abaixo com</p><p>pino de fibra de vidro.</p><p>Exemplo de manchamento por oxidação:</p><p>Em rosa tem-se núcleo de prata com manchamento na raiz por</p><p>oxidação e em roxo tem-se um dente vitalizado.</p><p>Foi feito um coping de emax (silicato de lítio). Mesmo colocando</p><p>um coping de alta opacidade, pode-se ver o escurecimento</p><p>ocasionado pelo manchamento. Pode ser que a espessura da</p><p>restauração seja suficiente para bloquear o escurecimento, o</p><p>problema é se não for suficiente para bloquear.</p><p>Obs: acima de 1,5 mm (restauração de cerâmica) a chance de</p><p>aparecer é bem pequena.</p><p>Preparo do conduto</p><p>O canal tradado possui a forma cônica onde o protesista remove</p><p>parte da guta percha, respeitando a conicidade para ficar um</p><p>preparo expulsivo, feito isso modela-se fazendo um núcleo</p><p>metálico.</p><p>É necessário levar em consideração o tipo do pino e observar a</p><p>anatomia do dente e anatomia do pino. Afinal, existem vários</p><p>tipos de formato do pino, onde precisa ser o mais conservador</p><p>possível, entrando justaposto.</p><p>Regras gerais</p><p> Selamento apical</p><p>Regra mais importante no preparo do conduto, se não for</p><p>respeitada, nenhum tipo de material salvará. Quando for</p><p>preparar o remanescente deve-se deixar de 3 a 4 mm.</p><p> Comprimento radicular do pino</p><p>Esse comprimento precisa ter pelo menos a metade da altura da</p><p>inserção óssea.</p><p>Ex: se medirmos a altura do dente e for 20, o pino deverá ter</p><p>pelo menos 10 (metade do comprimento da inserção óssea).</p><p> Estrutura dental coronária remanescente</p><p>Do remanescente dental, o pino deverá ter dois terços do</p><p>comprimento total do dente.</p><p>Pinos</p><p>Pinos rosqueados (circulado na imagem em roxo) são metálicos e</p><p>não tem adesão ao cimento resinoso, além disso, o coeficiente de</p><p>elasticidade dele é diferente da resina e da dentina.</p><p>Antigamente os dentistas rosqueavam esses pinos dentro da</p><p>dentina, porém, não pode ser rosqueado como um parafuso, pois</p><p>se gera uma tensão muito grande podendo trincar a raiz. A ideia</p><p>é que o cimento ficasse aderido, porém ele não se adere a metal.</p><p>Atualmente tem-se cimentos auto-adesivos que possuem</p><p>monômeros com certo grau de adesão, podendo ser usado.</p><p>O pino rosqueado é barato, porém, esse cimento auto-adesivo é</p><p>3 ou 4 vezes mais caro que o cimento normal, não valendo a</p><p>pena.</p><p>Pinos estéticos</p><p> Forma: cilíndricos ou cônicos;</p><p> Superfície: ativo ou passivo (ter retenção ou liso);</p><p> Material: metálicos ou não metálicos;</p><p>Os pinos não metálicos são:</p><p> Fibra de vidro</p><p> Fibra de carbono</p><p> Cerâmicos</p><p>Os primeiros que surgiram foram os pinos de fibra de carbono,</p><p>pois é um material muito resistente e leve, porém, com custo alto</p><p>e coloração escura/acinzentada.</p><p>Com o passar dos anos esses pinos foram evoluindo para o pino</p><p>de fibra de vidro, é um material menos resistente, mas suportam</p><p>as restaurações, seu custo é mais barato e são mais estéticos.</p><p>Não iremos tratar o de cerâmica, pois atualmente devem ser</p><p>desenhados e feitos por computador, com isso, se torna muito</p><p>caro. Além de a cerâmica ser muito friável/dura, ou seja, ocorre</p><p>fratura muito fácil.</p><p>A resina não pode ficar em cima do pino, ele deve ser o limite da</p><p>restauração. Imagem abaixo representando um pino de fibra de</p><p>carbono:</p><p>Numa microscopia eletrônica de varredura é possível observar os</p><p>pinos de fibra de vidro embebidas em resina epóxi.</p><p>O ataque ácido é feito no pino fibra de vidro para realizar uma</p><p>limpeza e retirar impurezas.</p><p>Existem ácidos que ataca vidro (acido fluorídrico) que são usados</p><p>para retenção em cerâmicas (cimentação). Esse ácido só deve</p><p>ser usado na cerâmica, pois coroe vidro (perde a resistência</p><p>mecânica).</p><p>Ou seja, não é necessário realizar condicionamento ácido em pino</p><p>fibra de vidro para ter adesão, apenas aplica para</p><p>limpeza/retirar impurezas. Em caso de dúvida, pode usar o álcool</p><p>também.</p><p>Características dos pinos:</p><p> Módulo de elasticidade semelhante ao da dentina;</p><p> Coloração favorável;</p><p> Cimentação adesiva;</p><p> Biomecânica favorável (entra sem gerar muita força no</p><p>dente).</p><p>Cilíndrico ou cônico</p><p>.</p><p>Cilíndrico</p><p>O problema do cilíndrico é que o canal idealmente deve estar</p><p>cônico. Possui um filamento dentro que serve como um guia caso</p><p>seja necessário retirar para retratar.</p><p>A broca de largo é usada</p><p>para preparar o conduto,</p><p>possuindo de vários</p><p>diâmetros.</p><p>Normalmente é mandado um</p><p>gabarito para posicionar a</p><p>radiografia e ver o comprimento do</p><p>pino que será utilizado.</p><p>Por ser cilíndrico, é preciso a</p><p>utilização de pinos acessórios</p><p>para preencher o canal.</p><p>Cônicos</p><p>Já tem o formato mais ou menos do canal, de acordo com a</p><p>amplitude do canal, tem-se o pino n° 1, n° 2 e n°3 e assim</p><p>sucessivamente, algumas marcas possuem uma broca do mesmo</p><p>formato do pino.</p><p>Desta forma, utilizando a broca e ao colocar o pino em posição</p><p>dentro do canal, só terá espaço para uma camada fininha de</p><p>cimento, ficando bem adaptado.</p><p>Existem kits que apresentam dupla conicidade (DC), uma na parte</p><p>coronária e outra na parte radicular, facilitando a restauração:</p><p>Possuem também o de dupla conicidade especial (DC-E).</p><p>Protocolo de cimentação pinos de fibra de vidro</p><p>Primeiro passo</p><p> Conduto</p><p>Análise da remoção da guta.</p><p>Com a radiografia, medimos o comprimento,</p><p>aplicando as regras (3 ou 4 mm, dois terços</p><p>do comprimento total, metade da altura da</p><p>inserção óssea).</p><p>Em seguida, remover a guta seguindo esses</p><p>preceitos.</p><p>Segundo passo</p><p> Remoção da guta com a broca.</p><p>Importante não angular a broca (corre risco de</p><p>perfurar o canal), deve ir sempre no longo eixo do</p><p>dente.</p><p>Terceiro passo</p><p> Coloca o pino em posição e realiza a radiografia</p><p>Quarto passo</p><p> Preparo do pino</p><p>Limpeza com ácido fosfórico 37% ou com álcool. Seca e aplica</p><p>silano (agente de união). Não precisa aplicar sistema adesivo, pois</p><p>o cimento resinoso gruda no silano tanto quanto o adesivo.</p><p>Quinto passo</p><p> Preparo do remanescente</p><p>Sistema adesivo de escolha: químico, dual ou fotoativado.</p><p>O melhor sistema adesivo atualmente é o cimento autoadesivo,</p><p>porém é muito caro. Não precisa da hibridização.</p><p>Obs: os outros cimentos deverão fazer</p><p>hibridização/condicionamento: ácido, adesivo e depois cimento. .</p><p>Existem três opções para se utilizar os sistemas adesivos:</p><p>A indicação é sempre utilizar fotoativado, pois depois se utiliza um</p><p>cimento dual, como ele tem um componente químico de</p><p>polimerização vai ajudar a polimerizar no final o adesivo que não</p><p>polimerizou.</p><p>O sistema adesivo dual é utilizado, pois a luz não chega ao final do</p><p>conduto, o cimento pode começar a polimerizar e o pino pode não</p><p>descer.</p><p>Passo a passo do preparo remanescente:</p><p>Obs: importante passar o cone de papel absorvente, pois se</p><p>fotopolimerizar com muito sistema adesivo, pode ser que o pino</p><p>não entre.</p><p>Atualmente o processo correto de cimentação é encher o</p><p>conduto de cimento ( com a centrix), ao invés de apenas sujar o</p><p>pino com cimento.</p><p>Núcleo de preenchimento anatômico</p><p>Esta técnica é usada quando não há remanescente, canal</p><p>ampliado e não se quer fazer núcleo metálico.</p><p>Dessa maneira, será construído um</p><p>núcleo em resina composta.</p><p>(Mesma técnica do pinjet com a resina acrílica).</p><p>1° Opção</p><p>FOTOATIVADO</p><p>(2 passos)</p><p>Ác. Total</p><p>Adesivo + Primer</p><p>2° Opção</p><p>FOTOATIVADO</p><p>(2/3 passos)</p><p>Ác. Total</p><p>Adesivo</p><p>Primer</p><p>3° Opção</p><p>DUAL</p><p>(2 passos)</p><p>Ác. Total</p><p>Adesivo + Primer</p><p>Aplicação de ácido fosfórico 37%</p><p>durante 15s</p><p>Sistema adesivo de escolha:</p><p>FOTOATIVADO</p><p>Lavagem abundante com água</p><p>removendo o ácido</p><p>Secagem com cone de papel</p><p>absorvente retirando excesso de</p><p>água sem ressecar dentina</p><p>Secagem do excesso de sistema</p><p>adesivo com cone de papel</p><p>absorvente</p><p>Fotopolimerização</p><p>Cimentação com cimento resinoso</p><p>Cimento de escolha:</p><p>DUAL</p><p>Aplicação do sistema adesivo</p><p>Fotopolimerização</p><p>Radiografia final</p><p> Dente Isolado com KY;</p><p> Com o pino higienizado e limpo é colocado resina</p><p>composta no pino modelando-o.</p><p>É realizado pequenos movimentos vibratórios dentro do conduto</p><p>(modelando), podendo fotopolimerizar por 2 segundos para dar a</p><p>polimerização inicial, depois retira esse pino e recoloca repetindo</p><p>o processo de fotopolimerização novamente por 2 segundos.</p><p> Deixado à resina entrar em estado pré-gel,</p><p>fotopolimeriza 20 segundos;</p><p> Confecção do núcleo de preenchimento;</p><p> Núcleo feito, remove-se excesso;</p><p> Limpeza com ácido fosfórico 37%;</p><p> Lavagem</p><p> Aplicação de silano (agente de união);</p><p> Condicionamento do substrato (dentro do conduto)</p><p>Hibridização: condicionamento ácido 15s/ lavagem 30s/ aplicação</p><p>do adesivo/fotopolimeriza;</p><p>Prova do pino/cimento/coloca-se o pino em posição depois da</p><p>aplicação do cimento/fotopolimerização/acabamento no preparo</p><p>e construção do provisório em cima.</p><p>Cuidados:</p><p> Lavagem de canal com hipoclorito (limpar o canal com</p><p>ácido ou álcool)</p><p> Secagem do conduto (não ressecar demais a dentina);</p><p> Correta aplicação do adesivo (depois de aplicar o</p><p>adesivo, pegar um cone de papel absorvente ou</p><p>aplicador descartável e retirar o excesso);</p><p> Seleção do diâmetro do pino (quanto mais bem adaptado</p><p>à parede, melhor será a qualidade de cimentação);</p><p> Tipo de cimento endodôntico utilizado;</p><p> Tipo de restauração provisória utilizada.</p><p>Obs: cimento endodôntico e restauradores provisórios com</p><p>eugenol altera a polimerização e adesão da resina composta</p><p>Problemas comuns da dentística restauradora:</p><p>Causa e solução</p><p>Causa X Solução</p><p>O ponto de partida é sempre identificar a causa do que o</p><p>cirurgião dentista imagina ser uma lesão ou uma restauração</p><p>insatisfatória.</p><p>Além disso, para realizar um retratamento do paciente, é preciso</p><p>determinar qual foi à falha que ocorreu e o porquê de ela ter</p><p>ocorrido. Somente através disso que é possível ter a condição de</p><p>fazer um tratamento que possa entregar um melhor resultado</p><p>ao paciente.</p><p>Um exemplo para seguir como reflexão é de um caso de</p><p>pigmentação do primeiro pré-molar, sendo necessário se fazer</p><p>perguntas mediante a esse exemplo, como:</p><p>1) É uma cárie ou um selamento biológico?</p><p>2) Devo ou não substituir por um material restaurador?</p><p>Outro exemplo é a restauração do segundo pré-molar, sendo</p><p>necessário se perguntar também:</p><p>3) Está infiltrada e desadaptada, ou se trata apenas de</p><p>uma percolação da margem da restauração?</p><p>4) Se for uma percolação pode ter ocorrido por qual</p><p>motivo (hábitos alimentares, cigarro)?</p><p>5) Há quanto tempo existe essa restauração?</p><p>6) Foi utilizada uma boa resina ou foi utilizado um bom</p><p>sistema adesivo?</p><p>7) Foi realizado o sistema de polimento e acabamento?</p><p>8) Como foi realizado o protocolo de polimerização?</p><p>9) O tratamento que o cirurgião dentista irá propor terá</p><p>melhores resultados com relação à situação atual do</p><p>paciente?</p><p>Isso tudo deve ser colocado em questão para solucionar e dar a</p><p>hipótese diagnóstica correta ao paciente.</p><p>Isolamento inadequado do campo operatório</p><p>Por definição o isolamento compreende a um conjunto de</p><p>procedimentos que viabiliza a eliminação ou a diminuição da</p><p>umidade na região a ser trabalhada.</p><p>O isolamento do campo operatório pode tornar-se inadequado</p><p>pelas seguintes causas:</p><p> Não utilização ou lençol de borracha permitindo</p><p>infiltração de saliva;</p><p> Isolamento inadequado com rolete de algodão;</p><p> Descuidado durante a execução da técnica de</p><p>isolamento;</p><p> Preparos tão profundos no sentido gengival impedindo o</p><p>isolamento adequado do campo operatório.</p><p>Absoluto ou relativo?</p><p>Se não houver uma justificativa plausível para a utilização do</p><p>isolamento relativo é interessante sempre optar por realiza o</p><p>isolamento absoluto.</p><p>No isolamento relativo utilizam-se os seguintes materiais e</p><p>instrumentos: rolos de algodão, gaze, sugador, afastador, pinça e</p><p>espelho.</p><p>As técnicas utilizadas são:</p><p> Remoção dos materiais de</p><p>absorção</p><p>Pode ser necessário umedecê-los</p><p>para evitar a remoção acidental do</p><p>epitélio dos lábios ou bochecha.</p><p> Isolamento rasgado</p><p>Também conhecido como absoluto</p><p>modificado.</p><p> Dispositivos auxiliares</p><p>Como por exemplo: fio retrator, afastador bucal, barreira</p><p>gengival, absorvente salivar, substâncias químicas.</p><p>Isolamento relativo Isolamento absoluto</p><p>A justificativa plausível para se usar isolamento relativo pode ser,</p><p>por exemplo:</p><p> Utilizar materiais restauradores que não dependem de</p><p>adesão;</p><p> Paciente alérgico a látex;</p><p> Lesões cervicais subgengivais (pode-se fazer</p><p>isolamento absoluto, porém, existe uma dificuldade</p><p>técnica atrelada).</p><p>No isolamento absoluto têm-se vantagens e desvantagens como,</p><p>por exemplo:</p><p>Vantagens:</p><p> Campo limpo e seco;</p><p> Boa visualização;</p><p> Proteção do paciente.</p><p>Desvantagens:</p><p> Dificuldade da técnica,</p><p> Desconforto;</p><p> Intolerância.</p><p>Possíveis soluções para um isolamento inadequado do campo</p><p>operatório incluem os seguintes itens:</p><p> Uso da técnica mais adequada (adequar a técnica ao</p><p>paciente);</p><p> Uso de matriz para ajudar no isolamento (silicone);</p><p> Uso de outro material que não seja compósito e que não</p><p>necessite ser aderido ao dente (um dos motivos para o</p><p>amalgama já ter sido muito utilizado no setor público);</p><p> Repetir os procedimentos de adesão (se a área for</p><p>contaminada).</p><p>Halo adjacente à margem da restauração</p><p>A primeira coisa que se</p><p>deve fazer para evitar</p><p>um halo/linha escurecida</p><p>entre o dente e a</p><p>restauração é realizar o</p><p>biselamento do ângulo cavo-superficial (arredondar os ângulos e</p><p>deixá-los mais suáveis), estendendo em alguns milímetros a</p><p>aplicação da resina para a região de esmalte de maneira que ela</p><p>reduza a sua espessura gradativamente.</p><p>Os seguintes fatores podem causar microfraturas da margem</p><p>do esmalte:</p><p> Técnicas de escultura e acabamento traumáticas</p><p>(mexer o mínimo possível na resina);</p><p> Condicionamento e adesão da área inadequada;</p><p> Excessiva tensão de polimerização gerada por luzes</p><p>fotopolimerizadoras de alta intensidade (manter o</p><p>estado pré-gel por mais tempo).</p><p>Possíveis soluções para melhorar a restauração:</p><p> Reaplicação do condicionamento ácido e sistema adesivo</p><p>da área;</p><p> Remoção conservativa da área e restaurar novamente</p><p>a área;</p><p> Realização de acabamento e polimento mais suaves (por</p><p>exemplo: pressão intermitente, ou seja, passar de leve</p><p>os sistemas de acabamento e polimento);</p><p> Uso da técnica de soft-start para polimerização</p><p>(trabalhar a intensidade de luz na polimerização);</p><p> Deixar como está e realizar o monitoramento quanto à</p><p>infiltração marginal.</p><p>Bolhas</p><p>São espaços deixados pelos incrementos durante a inserção,</p><p>muitas das vezes as bolhas acontecem por negligência do</p><p>cirurgião dentista.</p><p>Esses espaços podem resultar em uma proliferação bacteriana</p><p>que por conta de seus subprodutos deixará a região com um</p><p>aspecto mais negro acinzentado, resultando em um</p><p>manchamento da restauração. Além disso, pode haver também</p><p>uma diminuição da resistência à mastigação.</p><p>As causas da formação de bolhas incluem:</p><p> Espaços deixados entre os incrementos das</p><p>restaurações durante a inserção;</p><p> Compósitos mais pegajosos</p><p>que se soltam das paredes</p><p>durante a inserção.</p><p>Possíveis soluções para não criação de bolhas:</p><p> Inserção cuidadosa;</p><p> Reparo de bolhas marginais com preparo da área e</p><p>posterior a restauração.</p><p>Uso de</p><p>resinas bulkfill</p><p>São resinas de incrementação única em que sua matriz orgânica</p><p>é modificada, sendo utilizada em combinação com novos</p><p>fotoativadores, permitindo um bom grau de conversão dessa</p><p>resina, além de diminuir o problema da contração de</p><p>polimerização.</p><p>Desta forma podemos utilizar resinas fluidas do tipo bulkfill para</p><p>evitar a formação de bolhas dentro de uma cavidade.</p><p>Obs: resinas fluidas convencionais não devem ser utilizadas para</p><p>essa técnica, pois elas não têm resistência flexural.</p><p>Falta de contato proximal</p><p>A falta de contato proximal pode gerar alguns problemas como,</p><p>por exemplo:</p><p>Movimentação do dente e impactação do alimento na região da</p><p>papila interdental. Resultando em problemas periodontais como</p><p>reabsorção da crista marginal</p><p>e por consequente migração</p><p>do epitélio juncional,</p><p>resultando em retração</p><p>gengival.</p><p>Causas de falta ou deficiente contato proximal são as seguintes:</p><p> Contorno inadequado da tira matriz;</p><p> Posicionamento inadequado da cunha, antes e durantes</p><p>a inserção do compósito;</p><p> Movimento da matriz durante a inserção do compósito</p><p>ou a tira matriz não mantém um contato direto com a</p><p>superfície proximal adjacente;</p><p> Uso de uma matriz circunferencial em restaurações</p><p>que necessitem da reconstrução do ponto de vista de</p><p>apenas uma das faces;</p><p> Compósitos que apresentem consistência pegajosa</p><p>podem se distanciar da matriz durante a inserção;</p><p> Tira de matriz muito grossa (pode deixar não anatômico</p><p>ou perda do ponto de contato).</p><p>Possíveis soluções para se obter contato proximal:</p><p> Contorno adequado da tira de matriz (usar matriz</p><p>anatômica para restauração);</p><p> Manter a tira matriz em contato com o dente</p><p>adjacente;</p><p> Uso da cunha posicionada firmemente durante a fase</p><p>pré-operatória e inserção do compósito;</p><p> Uso de sistema matriz que permita o posicionamento</p><p>apenas da face proximal a ser restaurada;</p><p> Pontas de fotopolimerização triangulares, especialmente</p><p>desenvolvidas para polimerizar o material segurando a</p><p>matriz de encontro com o dente adjacente;</p><p> Uso de instrumentos manuais que seguram a matriz</p><p>contra o dente adjacente enquanto os incrementos</p><p>inseridos são polimerizados;</p><p> Cuidado durante a técnica de inserção.</p><p>Seleção incorreta da cor</p><p>Existem luz quente e luz fria, a luz quente é aquela luz mais</p><p>amarelada/alaranjada e a luz fria é uma cor branca/azulada. A</p><p>luz do dia gira em torno de 5000k, sendo interessante comprar</p><p>uma lâmpada com essa temperatura de cor.</p><p>Sendo assim, se terá uma correta simulação do ambiente para</p><p>escolha da cor de cada paciente.</p><p>Exemplo do mesmo dente, porém, em luzes diferentes:</p><p>As causas de uma seleção incorreta da cor são as seguintes:</p><p> Luz inapropriada durante a seleção de cor</p><p>(interessante manter uma luz constante durante todos</p><p>os atendimentos);</p><p> Seleção da cor após a desidratação dos dentes (quando</p><p>selecionamos a cor depois do isolamento);</p><p> Escala de cor não compatível com a cor do compósito</p><p>utilizado (utilizar uma escala cerâmica);</p><p> Erro na seleção da cor.</p><p>Possíveis soluções para acertar na seleção da cor:</p><p> Selecionar a cor utilizando a luz natural, se possível;</p><p> Selecionar a cor antes de isolar o dente;</p><p> Não ligar a luz do refletor durante a seleção da cor;</p><p> Entender a zonas típicas de diferença de cores nos</p><p>dentes naturais.</p><p>Falta de</p><p>contato proximal</p><p>Contato</p><p>proximal</p><p>correto</p><p>Luz quente Luz fria</p><p> Antes da intervenção, colocar um pequeno incremento</p><p>da resina que será utilizada próximo ao dente a ser</p><p>restaurado e fotopolimerizar;</p><p>Retenção deficiente</p><p>Existem alguns fatores que podem levar a perda da retenção</p><p>micromecânica que devem ser levadas em consideração, as</p><p>causas são:</p><p> Forma do preparo inadequado (sem bordas arredondas,</p><p>sem acabamento);</p><p> Contaminação do campo operatório (principalmente</p><p>saliva);</p><p> Técnica de adesão inadequada (dentina é diferente);</p><p> Uso de materiais para adesão incompatíveis (usar</p><p>sempre resinas e sistemas adesivos da mesma marca).</p><p>As possíveis soluções para se obter retenção:</p><p> Confecção de biséis e artefatos apropriados para</p><p>retenção secundária, quando necessário;</p><p> Manter o campo operatório isolado durante os</p><p>procedimentos de adesão;</p><p> Seguir exatamente as instruções do fabricante.</p><p>Exemplo de classe VI fraturada, muitos cirurgiões dentistas</p><p>realizam a restauração apenas na parte onde fraturou (parte</p><p>quebrada) não dando atenção ao terço médio do esmalte para</p><p>obter a retenção.</p><p>Caso não seja feito da forma correta, quando o paciente for</p><p>morder ou realizar movimentos de lateralidade/protrusivos a</p><p>restauração não irá suportar.</p><p>Para uma boa restauração é necessário utilizar bons sistemas</p><p>adesivos e fotopolimerizador. Quando se fala de adesão o sistema</p><p>adesivo é o primordial.</p><p>Contornos e acabamentos inadequados</p><p>É necessário conhecer a anatomia dental, pois isso facilita na</p><p>hora de realizar uma boa restauração, contornos e acabamentos</p><p>adequados são essenciais para uma restauração de boa qualidade.</p><p>Sempre olhar o dente em três visualizações diferentes: incisal,</p><p>lateral e frontal</p><p>As causas de contorno e acabamento inadequados são as</p><p>seguintes:</p><p> Injúrias aos dentes adjacentes íntegros (não usar</p><p>matriz de aço para preparo de regiões proximal);</p><p> Sobrecontorno da restauração;</p><p> Subcontorno da restauração;</p><p> Irregularidades do cemento;</p><p> Confecção de forma anatômica dental inadequada;</p><p> Realizar esses procedimentos em margens de difícil</p><p>visualização.</p><p>Possíveis soluções para realizar um bom contorno e acabamento:</p><p> Uso cuidadoso dos instrumentos rotatórios, de modo a</p><p>evitar afetar prejudicialmente as estruturas</p><p>adjacentes;</p><p> Utilizar matrizes apropriadas para adequado ângulo</p><p>axiais e perfil de emergência;</p><p> Criar contornos compatíveis com os dos dentes</p><p>adjacentes;</p><p> Não utilizar instrumentos rotatórios que deixem</p><p>rugosidade superficial acentuada;</p><p> Utilização de um instrumento adequado conformado</p><p>para as áreas a serem criadas.</p><p>Assuntos controversos</p><p>Forramentos e bases de preenchimento</p><p>Vários materiais têm sido promovidos para o uso rotineiro com</p><p>forramentos ou bases embaixo de restaurações de compósito.</p><p>Entre estes podemos citar o IVMRs (ionômero de vidro</p><p>modificado por resina) e os compósitos fluidos (esses materiais</p><p>não são ideais para forramento). Defensores dessa técnica não</p><p>classificam esses materiais como protetores pulpares.</p><p>Material bom para se utilizar são o ionômero de vidro</p><p>convencional (sem ser modificado por resina) e resinas fluidas só</p><p>irá utilizar se forem resinas de incrementação única (resina</p><p>bulkfill).</p><p>O ionômero de vidro convencional tem baixíssima contração de</p><p>polimerização, liberação de flúor na região da dentina e adesão</p><p>molecular à dentina, ou seja, é um material excelente.</p><p>Classe V radicular</p><p>Lesão no terço cervical onde tem acometimento de muita dentina</p><p>cervical, muitos cirurgiões dentistas fazem o uso de ranhuras</p><p>retentivas em preparos dentais para melhorar a adesão, porém,</p><p>isso só trará dificuldades no assentamento e adaptação da resina</p><p>composta. Paredes de cavidades precisam ser bem acabadas e</p><p>não ter arestas.</p><p>No entanto, com os sistemas adesivos atuais, artifícios visando à</p><p>criação de retenção adicional são necessários.</p><p>Conseguir retenções em classe V radicular é necessário biselar o</p><p>ângulo cavo-superfical e estender a restauração até o terço</p><p>médio, buscando sempre a retenção no esmalte.</p><p>Além disso, como é uma região com muita dentina, é necessário</p><p>utilizar sistemas adesivos mais atuais como, por exemplo, os</p><p>sistemas adesivos auto condicionantes.</p><p>Desgaste</p><p>É necessário observar o desgaste dos elementos quando se fará</p><p>ajuste oclusal do material restaurador.</p><p>Importante se atentar ao</p><p>carbono,</p><p>trauma oclusal e excesso de força</p><p>durante a mastigação. O esmalte sem suporte deve ser retirado</p><p>e a limpeza da cavidade precisa ser feita. Não é possível verificar</p><p>a olho nu se ouve extensão ou não da lesão, portanto é</p><p>importante o preparo antes de inserir o material restaurador.</p><p>Na imagem acima é possível observar que o elemento 21 sofreu</p><p>uma lesão cervical não cariosa classificada de um trauma,</p><p>podendo ter acometimento endodôntico ou não. Nesse caso o</p><p>clareamento não será tão eficaz, sendo que a opção mais</p><p>adequada para o paciente ter um sorriso mais harmônico é</p><p>desgastando o dente e colocando um material restaurador. O</p><p>desgaste de tecido sadio só se justifica em casos específicos. Por</p><p>exemplo: estética, casos de abfração e forma de conveniência.</p><p>Na imagem acima é possível observar sem analises radiográficas</p><p>uma lesão cariosa, porém, sem saber a profundidade dessa cárie.</p><p>Na primeira imagem tem-se a impressão que a cárie é pequena,</p><p>apesar do manchamento escurecido na face oclusal indicando que</p><p>a lesão é muito maior em dentina do que em esmalte. Na segunda</p><p>imagem foi removida a ponte de esmalte. Na terceira imagem é</p><p>possível observar que a extensão da cárie é muito maior,</p><p>precisando ser removido com cureta ou com brocas multi-</p><p>laminadas em baixa rotação.</p><p>Os princípios atuais de preparo cavitário</p><p>O conhecimento dos fatores etiológicos da doença cárie e o</p><p>abandono da filosofia de extensão preventiva, por si só, resultam</p><p>em cavidades mais conservadoras. Entretanto, só com o</p><p>desenvolvimento dos materiais adesivos, capazes de reforçar a</p><p>estrutura dental debilitada, tornou-se possível a manutenção do</p><p>esmalte sem suporte dentinário, peça chave para colocar os</p><p>princípios clássicos propostos por Black. Em uma análise simplista,</p><p>as cavidades atuais devem ser preparadas com base em dois</p><p>preceitos básicos: máxima conservação de estrutura dental sadia</p><p>e bom senso.</p><p>Cada lesão e cada dente apresentam características únicas e</p><p>devem, portanto, ser tratados de maneira individualizada. A</p><p>máxima conservação da estrutura dental é a filosofia</p><p>restauradora moderna.</p><p>Compreende o conjunto de procedimentos que viabiliza a eliminação</p><p>ou a diminuição da umidade na região a ser trabalhada.</p><p>Um adequado controle da umidade inclui evitar a presença de saliva,</p><p>de fluidos ou de sangue. O acesso ao campo operatório envolve a</p><p>manutenção da boca do paciente aberta, a retração da língua, dos</p><p>lábios e do tecido gengival.</p><p>O isolamento pode ser absoluto ou relativo. O isolamento executado</p><p>com o dique de borracha é chamado de isolamento absoluto,</p><p>enquanto o que não envolve o uso de dique é chamada de isolamento</p><p>relativo.</p><p>Algumas das situações mais comuns em que o uso do dique de</p><p>borracha é recomendado:</p><p>→ Durante a remoção do tecido cariado, em especial em</p><p>cavidades profundas;</p><p>→ Durante a remoção de restauração insatisfatórias;</p><p>→ Em todos os procedimentos que envolvam amálgama, para</p><p>reduzir a aspiração e/ou deglutição de mercúrio pelo paciente;</p><p>→ Durante todo os procedimentos adesivos, sejam eles, diretos</p><p>ou indiretos, uma vez que a ausência de contaminação e o</p><p>controle da umidade são aspectos críticos para o sucesso da</p><p>adesão;</p><p>→ Em situação em que o acesso à lesão ou cavidade depende do</p><p>afastamento gengival promovido por grampos retratores;</p><p>→ Em pacientes com necessidades especiais e/ou dificuldades</p><p>motoras para reduzir a possibilidade de aspiração ou</p><p>deglutição de instrumentos e objetos;</p><p>As vantagens desse isolamento são: campo limpo e seco, boa</p><p>visualização e proteção do paciente. Já as desvantagens são:</p><p>dificuldade técnica, desconforto e intolerância.</p><p>Materiais e instrumentos</p><p>Lençol ou dique de borracha: é a</p><p>folha (dique) de borracha</p><p>responsável por separar o campo</p><p>operatório da cavidade bucal. É</p><p>impermeável, disponibilizado em</p><p>espessuras e cores variadas. O ideal é que sejam utilizados diques</p><p>que apresentem bom contraste com a cor dos elementos dentais.</p><p>Arco de Young: é um dispositivo metálico em formato de U, utilizado</p><p>para esticar e apreender o lençol de borracha. Também pode se</p><p>utilizar o arco de Ostby.</p><p>Perfurador de borracha: é utilizado para perfurar o lençol de</p><p>borracha na área correspondente ao dente que será isolado. Os</p><p>furos devem ser de acordo com o tamanho dos dentes que vão</p><p>ser isolados.</p><p>Pinça porta-grampos: tem as funções de aprender e abrir o</p><p>grampo, a fim de permitir seu posicionamento no dente. Ao final</p><p>do procedimento, também é empregada na apreensão e remoção</p><p>do grampo.</p><p>Sugadores: responsáveis pela sucção da saliva e da água presente</p><p>na cavidade bucal.</p><p>Grampos: é utilizado para estabilizar o lençol de borracha em torno</p><p>do dente. O último dente, ou seja, o dente mais distal, sempre vai</p><p>levar o grampo, pois é ele que vai fazer a estabilização e segurar</p><p>todo o sistema de isolamento dentro da boca o paciente.</p><p>Arco de Young Arco de Ostby.</p><p>Técnica de isolamento</p><p>Existe várias técnicas na ordem de colocação dos dispositivos. A</p><p>escolha da técnica depende do caso e da preferencia de cada</p><p>profissional.</p><p>1) Colocação do grampo (com asa) na borracha perfurada, seguida</p><p>da instalação do arco e leva a boca do paciente.</p><p>2) Colocação do grampo (sem asa) e em seguida o lençol preso ao</p><p>arco.</p><p>3) Colocação do lençol e arco e depois o grampo (com ou sem asa).</p><p>Passo a passo</p><p>1) Procedimentos prévios: realizar a profilaxia dos dentes, pois a</p><p>presença de biofilme atrapalha o isolamento. Em seguida passar o</p><p>fio dental para verificar o espaço interdental. Caso o fio dental não</p><p>passe entre os dentes, é preciso utilizar uma tira de lixa de aço e</p><p>passar entre os dentes para abrir espaço.</p><p>2) Seleção do grampo: de</p><p>acordo com o dente e</p><p>com a técnica de</p><p>colocação do lençol. É</p><p>preciso testar o grampo</p><p>antes, para isso vai</p><p>colocar uma amarilha de fio dental para impedir a deglutição do</p><p>grampo e em seguida vai testar a adaptação cervical do grampo.</p><p>3) Seleção e preparo do lençol de borracha: deve se observar</p><p>tamanho, cor e espessura. Para fazer o preparo do lençol é</p><p>preciso fazer os seguintes passos:</p><p>• Divisão em quadrantes: traçar duas linhas, uma horizontal</p><p>e outra vertical, dividindo em 4 quadrantes;</p><p>• Em seguida, por cima do lençol vai posicionar o arco e</p><p>prender o lençol nas garras desse arco;</p><p>• Fazer a marcação dos orifícios e perfuração do lençol;</p><p>• Por último, é bom fazer uma lubrificação do lençol, com</p><p>um gel a base de água ou a base de glicerina.</p><p>4) Colocação do isolamento: uma vez que o último elemento está</p><p>com grampo, o isolamento está estabilizado, em seguida faz o</p><p>isolamento dos outros elementos. É preciso fazer a passagem da</p><p>borracha nas interproximais dos dentes.</p><p>5) Invaginação da borracha na gengiva: utilizando fio dental,</p><p>espátula supra fio ou espátula para inserção de fio retrator</p><p>número 1.</p><p>6)Amarrias: devem sem</p><p>realizados quando o lençol não</p><p>permanecer estável na região</p><p>cervical dos dentes isolados.</p><p>Remoção</p><p>1) Corta as amarrias uma por uma.</p><p>2) Esticar o lençol para vestibular e vai cortando as áreas</p><p>proximais.</p><p>3) Remove todo o isolamento.</p><p>Fatores que determinam o espaço e a relação</p><p>entre os orifícios a serem perfurados</p><p>Tamanho e contorno dos dentes; Altura da gengiva interdental;</p><p>Espaço entre os dentes ou ausência de dentes; Má posição dos</p><p>dentes no arco dental; Posição da cavidade no dente.</p><p>É utilizado em procedimentos de curta duração. Sua utilização</p><p>restringe-se aos casos de impossibilidade de uso do isolamento. Ex.:</p><p>clareamento dental, restaurações temporárias.</p><p>Materiais e instrumentais</p><p>Rolos de algodão, gaze, sugador, afastador, pinça, sonda e espelho.</p><p>Dispositivos auxiliares</p><p>Fios retratores: além de retrair</p><p>a gengiva, colaboram no controle</p><p>da umidade.</p><p>Afastador bucal: são capazes de retrair os lábios e as bochechas,</p><p>mantendo-os afastados</p><p>pedindo para que o</p><p>paciente morda e o cirurgião</p><p>dentista veja o excesso de</p><p>material presente.</p><p>O problema não é o ponto de contato na resina, mas sim o</p><p>excesso de material (a sobrecarga oclusal) em cima da resina</p><p>composta.</p><p>As restaurações com compósito serão bem sucedidas casos os</p><p>contatos oclusais sejam distribuídos sobre a restauração e a</p><p>estrutura dental.</p><p>Obs: é necessário observar os pontos de contato antes e depois</p><p>da restauração.</p><p>Fendas na interface</p><p>Fendas na interface entre a restauração e o dente. A formação</p><p>das fendas acontece na extensão radicular da restauração,</p><p>podendo não ter</p><p>nenhum significado</p><p>clínico ao longo do</p><p>tempo.</p><p>Como as duas partes envolvidas no defeito são compostas por</p><p>resina ou compósito, a cárie recorrente não seria um problema.</p><p>É desconhecido quanto à resina da camada híbrida permanecerá</p><p>intacta. No entanto, se a camada híbrida se deteriorar</p><p>rapidamente, a área ficará exposta ao risco de cárie.</p><p>Obs: toda restauração em dentina dura em média cinco anos.</p><p>Pode ser estendido esse prazo caso seja utilizado materiais mais</p><p>caros com uma técnica mais minuciosa.</p><p>Técnicas restauradoras alternativas</p><p>Injúrias traumáticas envolvendo elementos dentários são episódios</p><p>comuns, tanto na infância, quanto na adolescência, afetando,</p><p>principalmente os incisivos centrais e laterais superiores. Essas</p><p>fraturas caracterizam-se como uma situação de urgência</p><p>frequente nos consultórios odontológicos.</p><p>A colagem de fragmentos surge como uma alternativa viável de</p><p>reparo dos elementos dentários, uma vez em que eles sofreram</p><p>algum tipo de trauma. Em virtude disso, é uma excelente opção</p><p>clínica para o reestabelecimento funcional e estético da</p><p>estrutura dentária comprometida.</p><p>Para o reparo dessas fraturas, podem ser utilizadas as</p><p>diferentes técnicas e produtos disponíveis no mercado, porém,</p><p>depende muito de como esse trauma aconteceu, sendo</p><p>necessário colocar em questão, por exemplo:</p><p> A importância do trauma;</p><p> Se houve envolvimento de esmalte, dentina, periodonto,</p><p>raiz;</p><p> Presença de sangramento junto ao trauma.</p><p>É necessário ter em mente que o paciente não pode ficar sem o</p><p>dente, devendo uma solução provisória ser encontrada até que</p><p>possa ser realizada uma restauração definitiva. Se o fragmento</p><p>está em condições adequadas, a colagem surge como uma</p><p>alternativa viável.</p><p>Atendimento do paciente com trauma</p><p>Os pacientes com traumatismo dentário agudo sempre chegam</p><p>de forma inesperada, e devem, por obrigação legal, serem</p><p>atendidos pelo cirurgião dentista (independentemente do horário,</p><p>dia, final de semana e feriado).</p><p>A única exceção se aplica quando o profissional não se sentir</p><p>seguro de realizar o procedimento requerido, devendo o dentista</p><p>obrigatoriamente encaminhar o paciente a outro profissional</p><p>capacitado.</p><p>Além disso, geralmente os pacientes, principalmente crianças,</p><p>vêm acompanhados de familiares abalados emocionalmente,</p><p>devendo o profissional buscar uma forma de tranquilizá-los</p><p>quanto aos procedimentos de urgência.</p><p>Outro ponto importante é que em casos de trauma dentário, a</p><p>cavidade bucal encontra-se quase sempre intensamente</p><p>contaminada, devendo o meio ser devidamente condicionado antes</p><p>de se realizar qualquer procedimento.</p><p>Deve ser realizada uma análise criteriosa do quadro clínico do</p><p>paciente, para poder se organizar e iniciar os procedimentos</p><p>clínicos.</p><p>Casos clínicos</p><p>Caso 1</p><p>Caso relativamente comum, se</p><p>tratando de pacientes adultos que já</p><p>realizaram tratamento de canal. Esse</p><p>elemento dentário por sua vez se</p><p>encontra mais desidratado e frágil,</p><p>sendo mais susceptível a esse tipo de</p><p>falha.</p><p>Para esse caso em específico, não há a possibilidade de</p><p>restaurar esse dente diretamente com resina composta, é</p><p>necessidade haver uma preparação e uma confecção de um</p><p>núcleo para retenção da restauração, e posteriormente a</p><p>colocação de uma coroa provisória.</p><p>Toda essa sequência de procedimentos exige tempo, havendo a</p><p>necessidade de se pensar em soluções alternativas para</p><p>reabilitação desse dente, tais como a colagem de fragmento para</p><p>os casos de trauma dentário.</p><p>Para casos de traumas mais complexos, a colagem de</p><p>fragmentos pode ser entendida como uma medida provisória de</p><p>tratamento. Em casos mais brandos, pode ser pensada como uma</p><p>medida definitiva.</p><p>Caso 2</p><p>Caso quando ocorre laceração do</p><p>lábio, onde têm muito sangramento</p><p>O que fazer com dentes</p><p>fraturados?</p><p>devido à alta vascularização nesta região.</p><p>Podem variar de lacerações simples até as mais complexas como,</p><p>por exemplo, em casos que tenham que suturar.</p><p>Caso 3</p><p>Caso múltiplo, quando ocorre a</p><p>fratura de mais de um elemento</p><p>dentário.</p><p>Quanto maior a quantidade de</p><p>dentes envolvidos, maior é a necessidade de se agir com</p><p>velocidade.</p><p>Urgência é quando há necessidade da realização de um</p><p>atendimento em caráter imediato (trauma, laceração de tecido,</p><p>pulpite, dor de dente).</p><p>Emergência é quando existe uma situação em que a vida do</p><p>paciente se encontra em risco, havendo a possibilidade de óbito</p><p>(raramente visto na área odontológica).</p><p>Fraturas coronárias</p><p>Existem dois tipos de fratura:</p><p>Fraturas de esmalte</p><p>São mais simples de se resolver,</p><p>pois normalmente são pequenas e</p><p>não há presença de dor. É feito uma</p><p>radiografia para avaliar a condição</p><p>do trauma, e é restaurado com</p><p>resina composta.</p><p>A colagem de fragmentos nesses casos não é muito indicada por</p><p>conta de o fragmento ser muito pequeno. Como a adesão de</p><p>resina ao esmalte é muito boa, acaba sendo mais fácil/viável</p><p>apenas restaurar o dente com resina.</p><p>Fraturas de esmalte/dentina</p><p>Pode acontecer em vários níveis e graus de complexidade, tais</p><p>como:</p><p> Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço</p><p>biológico;</p><p> Sem exposição pulpar e com invasão do espaço</p><p>biológico;</p><p> Com exposição pulpar e sem invasão do espaço</p><p>biológico;</p><p> Com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico.</p><p>Exemplo sem envolvimento da polpa e sem invasão do espaço</p><p>biológico:</p><p>Em caráter de urgência odontológica,</p><p>pode deixar o paciente do jeito que está</p><p>(embora exista sensibilidade, não se</p><p>trata de uma urgência muito grave),</p><p>porém, se o paciente tiver o</p><p>fragmento, é possível realizar a colagem desse fragmento.</p><p>Caso exista uma urgência estética apresentada pelo paciente, e</p><p>ele não tenha o fragmento do dente, é necessário abrir espaço</p><p>na agenda e tratá-lo realizando uma restauração com resina</p><p>composta.</p><p>Exemplo em que há o envolvimento de polpa:</p><p>É necessário anestesiar o paciente de</p><p>imediato por conta da intensa</p><p>sensibilidade dolorosa apresentada pelo</p><p>paciente. A colagem de fragmentos é</p><p>até possível de ser realizada, no</p><p>entanto, é preciso avaliar a complexidade desse trauma, o nível</p><p>de contaminação e idade do paciente.</p><p>Caso a recuperação da polpa não seja uma opção viável, é</p><p>possível realizar como medida provisória a pulpectomia do</p><p>elemento dentário e a posterior colagem dos fragmentos, para</p><p>depois encaminhá-lo para um tratamento endodôntico. Caso não</p><p>tenha o fragmento, é possível realizar a restauração com resina</p><p>composta.</p><p>Exemplo de envolvimento periodontal severo:</p><p>Muitas vezes a fratura acontece no</p><p>nível gengival, ou seja, não houve</p><p>acometimento da raiz do dente e do</p><p>espaço biológico.</p><p>Normalmente há ocorrência de sangramento local, sendo,</p><p>portanto, contraindicado a realização de uma restauração direta</p><p>com resina composta. Nesses casos, por muitas vezes a colagem</p><p>de fragmentos acaba por se tornar uma opção reabilitadora</p><p>muito viável, ou então a realização de uma restauração provisória.</p><p>Qual a diferença de urgência e</p><p>emergência?</p><p>É necessária a realização de radiografia, pois podem ter uma</p><p>fratura vertical que vá invadir a raiz e/ou espaço biológico.</p><p>Nos casos em que há envolvimento da raiz e/ou espaço biológico,</p><p>pode ser indicado à realização de próteses unitárias, ou então</p><p>exodontia para colocação</p><p>de um implante.</p><p>Lembrando que é importante primeiramente parar o</p><p>sangramento, realizar uma restauração provisória e reavaliar</p><p>melhor o caso após algum tempo.</p><p>Exemplo que fraturou a raiz do dente:</p><p>Não há a possibilidade de colar</p><p>fragmentos. Visualmente o dente</p><p>irá aparentar estar normal,</p><p>sendo perceptível apenas a</p><p>inflamação e sangramento da</p><p>mucosa.</p><p>Nesses casos o que se recomenda é buscar estabilizar esses</p><p>dentes, fazendo uma contenção semirrígida com fio ortodôntico e</p><p>resina composta, e posteriormente planejar a exodontia e</p><p>colocação do implante nesse local.</p><p>Planejamento clínico</p><p>As restaurações adesivas diretas em dentes anteriores</p><p>fraturados são, geralmente, incompatíveis com sessões de</p><p>emergência.</p><p>Isto porque, nestes casos, o paciente e seus pais se encontram</p><p>com a condição psicológica alterada e em função disso, podem</p><p>comprometer o desempenho do profissional.</p><p>Deve-se ter em mente também que independentemente do tipo</p><p>de tratamento a ser adotado, seja restauração direta ou colagem</p><p>de fragmentos, haverá envolvimento de sistemas adesivos.</p><p>Por conta disso, é necessário observar as condições que</p><p>dificultam a aplicação do sistema adesivo, tais como:</p><p> Presença de sangramento,</p><p> Laceração de lábio,</p><p> Limitação quanto ao tipo de isolamento</p><p>(absoluto/relativo).</p><p>Uma das vantagens da técnica de colagem de fragmentos é que</p><p>ela minimiza o tempo de atendimento, reduzindo o sofrimento do</p><p>paciente e dos acompanhantes.</p><p>Fluorose e microabrasão</p><p>Fluorose dentária é um problema de hipoplasia do esmalte, ou</p><p>seja, má formação do esmalte provocada através da ingestão de</p><p>quantidades excessivas de flúor (exposição crônica) durante o</p><p>período de formação dos dentes. Possui caráter adquirido</p><p>apresentando diferentes graus de intensidade.</p><p>Particularidades da fluorose:</p><p> Alteração hipoplásicas;</p><p> Causa sistêmica;</p><p> Caráter adquirido;</p><p> Alteração da matriz do esmalte;</p><p> Diferentes graus.</p><p>A fluorose apresenta um aspecto clínico que lembra muito uma</p><p>lesão cariosa incipiente (cárie de esmalte), apresentando um</p><p>aspecto bem esbranquiçado, fosco e rugoso.</p><p> Realizar uma anamnese minuciosa;</p><p> Analisar a evolução das manchas (muito tempo estável</p><p>é fluorose);</p><p> Verificar se essas manchas podem ser identificadas em</p><p>todos os dentes (fluorose) ou só em alguns em</p><p>específico (cárie);</p><p> Formação de cavidades (cárie);</p><p> Ingestão em excesso de flúor durante o período de</p><p>formação dentária (fluorose).</p><p>Alterações do esmalte</p><p> Problemas de aparência pessoal – dependendo da</p><p>severidade da fluorose;</p><p> Problemas em relação ao convívio social do indivíduo;</p><p> Estética dental – é necessário ter diferentes opções</p><p>de tratamento para oferecer ao paciente.</p><p>Características da Fluorose</p><p> Esmalte opaco;</p><p> Com ou sem erosão;</p><p> Manchas brancas e castanhas;</p><p> Estrias longitudinais.</p><p>Classificação dos tipos de Fluorose</p><p>Em 1978, Thylstrup e Fejerskov propuseram o índice TF</p><p>(atribuição do nome de cada um), que foi desenvolvido para</p><p>aperfeiçoar, modificar e ampliar os conceitos originais que Dean</p><p>(1942) fez. São ao todo nove classificações ao contrário das</p><p>quatro propostas por Dean.</p><p>TF Grau 1</p><p>Apresenta finas linhas brancas</p><p>opacas cruzando a superfície do</p><p>dente, tendo também uma</p><p>“cobertura de neve” na borda</p><p>incisal.</p><p>Assemelha-se muito a uma cárie incipiente (pontinho branco e</p><p>opaco), porém é verificado em todos os dentes, o que</p><p>provavelmente não será uma cárie. O tratamento nesses casos e</p><p>completamente opcional.</p><p>É necessário enfatizar que o clareamento como uma opção</p><p>reabilitadora em um primeiro momento só intensificaria o</p><p>problema da fluorose (deixaria as manchas brancas mais brancas</p><p>ainda).</p><p>No entanto, usando a técnica de microabrasão, consegue-se lixar</p><p>esse esmalte superficial mais defeituoso e polir, deixando-o mais</p><p>liso, e tornando efetiva a aplicação do clareamento</p><p>posteriormente para melhores resultados (a mancha terá</p><p>sumido).</p><p>TF Grau 2</p><p>Apresenta linhas brancas fundindo-</p><p>se com áreas nebulosas, um aspecto</p><p>de pontos brancos muito próximo</p><p>uns dos outros.</p><p>Apresentando também uma</p><p>“cobertura de neve” na borda incisal. O tratamento nesses casos</p><p>e completamente opcional.</p><p>Como diferenciar cárie de fluorose?</p><p>TF Grau 3</p><p>Apresenta fusão das linhas brancas,</p><p>áreas brancas extensas e presença</p><p>de minas longitudinais.</p><p>Ocorre a formação de linhas</p><p>brancas horizontais, sendo o tipo de fluorose mais comum de se</p><p>observar (não é o mais comum que existe), pois a partir desse</p><p>ponto o fator estético já começa a incomodar o paciente,</p><p>havendo necessidade de tratamento.</p><p>TF Grau 4</p><p>Apresenta opacidade marcante ou</p><p>branca calcária.</p><p>Já é um grau que começa a afetar</p><p>muito a estética do paciente, visto</p><p>que além daquelas linhas, tem-se</p><p>uma característica mais opacificada. Nesse estágio, ainda é</p><p>possível tratar o paciente utilizando microabrasão.</p><p>TF Grau 5</p><p>A partir desse estágio é</p><p>necessário pensar diferente</p><p>quanto ao tipo de tratamento a ser</p><p>realizado, pois além de todo o</p><p>esmalte/superfície se encontrar</p><p>opaco (como se trata de uma lesão hipoplásica não há formação</p><p>do tecido completo), começa-se a ver depressões redondas</p><p>menores que 2 mm.</p><p>Sendo assim, apenas a aplicação da técnica de microabrasão não</p><p>será suficiente para se solucionar o caso, podendo ser cogitada a</p><p>possibilidade de se utilizar essa técnica em associação à</p><p>restauração com resina das cavidades formadas.</p><p>TF Grau 6</p><p>Apresenta pequenas depressões se</p><p>fundindo no esmalte opaco e com a</p><p>borda incisal trincada.</p><p>Pessoas de classes sociais mais baixas</p><p>e que não possuem muita informação tendem a achar isso</p><p>normal, não sendo um fator que os incomoda esteticamente. A</p><p>restauração convencional com resina composta passa a ser cada</p><p>vez mais considerada como uma opção desejável.</p><p>Pode-se fazer também microabrasão e preencher as cavidades</p><p>com resina composta, não precisa necessariamente fazer</p><p>faceta. Porém, isso vai depender da escolha de cada profissional.</p><p>TF Grau 7</p><p>Perda do esmalte externo, o que</p><p>leva a uma mudança da forma do</p><p>dente, existindo assim áreas</p><p>irregulares. Nesses casos, é</p><p>obrigatória a restauração com</p><p>resinas compostas para impedir sua progressão.</p><p>Realizar uma microabrasão nesses casos pode ser considerado</p><p>uma perda de tempo, pois terá que restaurar o elemento por</p><p>inteiro, não existindo a possibilidade de restaurar apenas algumas</p><p>cavidades em separado.</p><p>O esmalte que ainda está no dente é totalmente opaco e muito</p><p>rugoso (característica muito perceptível durante a sondagem).</p><p>Essas características favorecem o acúmulo de biofilme dentário,</p><p>levando ao desenvolvimento de doenças periodontais (gengivite,</p><p>periodontite, reabsorção óssea).</p><p>TF grau 8</p><p>Perda do esmalte externo (mais da</p><p>metade), restando apenas algumas</p><p>poucas áreas com esmalte opaco</p><p>(região cervical e incisal).</p><p>Possui uma lesão que se assemelha</p><p>muito a uma cárie. A diferença é perceptível ao sondar o</p><p>paciente e verificar que o tecido é duro, diferentemente da cárie</p><p>que apresenta um aspecto mais amolecido.</p><p>TF Grau 9</p><p>Apresenta perda por completo do</p><p>esmalte externo modificando a</p><p>forma do dente, havendo uma</p><p>alteração hipoplásica completa, se</p><p>assemelhando muito a uma</p><p>hipoplasia do esmalte (patologia congênita).</p><p>Geralmente a fluorose é um dos últimos dos problemas em</p><p>pacientes nesse estágio.</p><p>Obs: pacientes que atingiram esses estágios mais avançados</p><p>devem ser encaminhados a um médico visto a possibilidade alta de</p><p>apresentar algum acometimento sistêmico decorrente da</p><p>ingestão de fluoretos</p><p>Protocolo clínico</p><p>Vai depender muito do grau de fluorose.</p><p>Variando do grau 1 ao 4 tem-se três</p><p>opções, sendo elas:</p><p> Tratamento de microabrasão do</p><p>esmalte;</p><p> Microabrsão associada ao clareamento externo;</p><p> Clareamento associado à restauração estética.</p><p>Passou do grau cinco é necessário realizar restauração.</p><p>Indicações:</p><p> Melhorar o padrão estético;</p><p> Remover manchas intrínsecas não muito profundas;</p><p> Corrigir irregularidades superficiais (impedir o acumulo</p><p>excessivo de biofilme).</p><p>Contraindicações:</p><p> Manchas profundas;</p><p> Descolorações causadas por tetraciclina;</p><p> Dentinogênese imperfeita;</p><p> Pacientes não cooperadores;</p><p> Impossibilidade de realizar normas de biossegurança.</p><p>Obs: microabrasão envolve isolamento absoluto, existindo a</p><p>possibilidade de se aplicar ácido em todos os dentes da boca,</p><p>havendo necessidade de proteger os tecidos adjacentes</p><p>(semelhante ao clareamento de consultório).</p><p>Materiais</p><p>Para realização da microabrasão é utilizado ácido e abrasivo. O</p><p>ácido é utilizado para desmineralizar o dente para que depois</p><p>possa utilizar abrasivos para lixar o dente (tirando a porosidade</p><p>superficial da mancha do dente).</p><p>Os materiais mais comumente utilizados são o ácido clorídrico a</p><p>18% com e sem pedra-pomes e o ácido fosfórico 37% com ou</p><p>sem a pedra-pomes.</p><p>Para técnicas mais efetivas, têm-se materiais como prema,</p><p>opalustre e whitness RM. Consistem basicamente em ácidos e</p><p>abrasivos.</p><p>Procedimento clínico – passo a passo</p><p>Os protocolos consistem em até 15 aplicações de 20 segundos,</p><p>utilizando uma escova própria para aplicação que vem no kit</p><p>(escova robson até pode ser utilizada, mas não é o ideal).</p><p>Caso as 15 aplicações não tenham ficado da forma desejada, é</p><p>necessário remarcar uma próxima consulta para realizar o</p><p>procedimento novamente. Vale ressaltar que caso em 15</p><p>aplicações não tenha ficado da forma desejada, provavelmente</p><p>não adiantará fazer novamente, pois a mancha deve está muito</p><p>profunda.</p><p>Posteriormente é interessante fazer um polimento com pasta</p><p>diamantada e aplicar flúor para contrapor a desmineralização. Se</p><p>o resultado ainda não estiver satisfatório, pode ser realizada uma</p><p>restauração convencional (o caso estará mais simplificado, o que</p><p>torna a restauração mais fácil).</p><p>.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>al., BARATIERI, Luiz Narciso E. Odontologia Restauradora - Fundamentos & Técnicas. Grupo GEN, 2010.</p><p>MASIOLI, Marco Antonio. Odontología restauradora de a A a a Z. Ponto, 2013. Capítulo 8</p><p>BUSATO, A.L.S. et al – Dentística, restauração de dentes anteriores, São Paulo, Artes Médicas, 1997.</p><p>MONDELLI, J. et al – Dentística, procedimentos pré-clínicos. São Paulo, Santos 2002.</p><p>BUSATO, A.L.S. et al – Dentística, restaurações em dentes posteriores. São Paulo,Artes Médicas, 1996.</p><p>SERRA et al. Dentística e manutenção de saúde bucal. In: ABOPREV. Promoção de Saúde Bucal. cap.12, p.213-264, 2003.</p><p>MONDELLI, J.; ISHIQUIRIAMA, A.; FRANCHISCONE, C.E.; NAVARRO, M.F.L.; GALAN JR.,J. Dentística Restauradora – Tratamentos clínicos</p><p>integrados. Livraria Editora Santos. Quintessence. Rio de Janeiro, 1984, 1ª ed. 484p.</p><p>durante todo o procedimento.</p><p>Barreira gengival: utilizado para proteger a gengiva.</p><p>Absorvente salivar: colocado na região sublingual. Tem o poder de</p><p>absorção melhor do que o rolo de algodão.</p><p>Substancias químicas: indicadas em casos muito específicos, em</p><p>que o paciente apresente fluxo salivar intenso e impossibilidade de</p><p>controle salivar pelos métodos convencionais.</p><p>Técnica</p><p>Consiste basicamente na colocação de rolos de algodão nas regiões</p><p>que existe uma grande quantidade de salivação e de sugador de</p><p>saliva. Os rolos de algodão devem ser colocados no sulco vestibular</p><p>e nas faces linguais dos dentes.</p><p>O fluxo salivar existente na cavidade bucal é proveniente das</p><p>glândulas parótidas, sublingual e submandibular.</p><p>Isolamento rasgado</p><p>Os sistemas adesivos são substâncias capazes de unir o material</p><p>restaurador à estrutura dentária, possibilitando restaurações mais</p><p>estéticas e conservadoras.</p><p>O sistema adesivo é utilizado em: restaurações em lesões cariosas</p><p>e em lesões não cariosas; restaurações indiretas em resina</p><p>composta ou cerâmica; selamento preventivo de defeitos</p><p>estruturais; colagem de bráquetes e bandas ortodônticas; reparo</p><p>de RC, cerâmica ou amálgama; reconstrução de núcleos para</p><p>coroas; colagem de fragmentos em dentes fraturados;</p><p>desensibilizar raízes expostas.</p><p>Em esmalte</p><p>É um tecido altamente mineralizado,capaz de sofrer</p><p>condicionamento ácido. O condicionamento tem como principais</p><p>funções o aumento do molhamento e da energia de superfície.</p><p>O mecanismo de união do adesivo ao esmalte é explicado pelo</p><p>aumento de energia superficial do esmalte. A superfície do esmalte</p><p>é bem lisa, tem baixa energia de superfície, o sistema adesivo não</p><p>consegue penetrar. Com isso, é preciso aumentar a energia de</p><p>superfície, passando o ácido fosfórico 37%, que vai desmineralizar</p><p>essa superfície, criando micro retenções, e, consequentemente,</p><p>aumenta a área de contato.</p><p>Em dentina</p><p>Na dentina o percentual inorgânico cai. Comparado ao esmalte, na</p><p>dentina terá muito mais água, material orgânico. Portanto, como a</p><p>composição da dentina é diferente do esmalte, consequentemente,</p><p>a adesão na dentina vai ser diferente da adesão no esmalte.</p><p>A maneira de realizar a adesão na dentina é através da formação</p><p>de uma zona de interdifusão, chamada camada híbrida, nessa</p><p>camada tem: água, fibras colágenas, adesivo.</p><p>Na dentina tem muita água, os sistemas de adesivos são</p><p>hidrofóbicos, com isso criou um componente de adesão hidrofílico,</p><p>chamado de primer.</p><p>Existem dois tipos de dentina:</p><p>→ Dentina intertubular: está localizada entre os túbulos</p><p>dentinários. É mais mineralizada e possui uma melhor</p><p>qualidade de adesão.</p><p>→ Dentina peritubular: está localizada em volta dos túbulos</p><p>dentinários. É pouco mineralizada e não possui muita</p><p>adesão.</p><p>Próximo do esmalte tem uma quantidade grande de dentina</p><p>intertubular, já em direção a polpa é encontrado mais a dentina</p><p>peritubular. Ao passar ácido na dentina, ela fica extremamente</p><p>porosa, com pouca quantidade de dentina intertubular.</p><p>Na dentina, embora tenha muita micro retenção é uma superfície</p><p>com uma baixa energia, então ao aplicar o sistema adesivo</p><p>(hidrofóbico), ele não vai conseguir penetrar nessas micro</p><p>retenções. Para solucionar esse problema, foi desenvolvido um</p><p>componente adesivo hidrofílico, chamado de primer.</p><p>O primer aumenta a energia de superfície, e tem afinidade a água.</p><p>Ao passar o primer na dentina, ele consegue aumentar a energia</p><p>de superfície, penetrando nessas micro retenções, e molhando</p><p>toda a superfície. Esse primer também é compatível com o adesivo</p><p>(hidrofóbico-bond).</p><p>Cuidados:</p><p>→ Ao fazer a adesão a dentina, não se deve secar a dentina,</p><p>caso seque a dentina e ocorra a evaporação de toda a água</p><p>presente ali, vai sobrar então apenas fibras colágenas. Essas</p><p>fibras colágenas vão colabar (colar), impedindo a adesão da</p><p>dentina.</p><p>→ Ao remover cárie, misturado as fibras colágenas, a água,</p><p>encontra-se muita bactéria, restos de dentina, e isso forma</p><p>uma lama que tampa os túbulos dentinários, chamado de</p><p>smear layer. Dentro dos túbulos dentinários também fica um</p><p>pouco dessa lama camada, chamada smear plug. O</p><p>condicionamento ácido serve para limpar essas camadas de</p><p>lama, expondo as fibras colágenas e os túbulos dentinárias.</p><p>Realizando isso, é possível aplicar uma camada do componente</p><p>hidrofílico, e depois uma camada do componente hidrofóbico,</p><p>por difusão isso entre nas micro retenções, formando a</p><p>camada hibrida.</p><p>Composição dos adesivos</p><p>Basicamente é composto por uma matriz resinosa orgânica, sendo</p><p>a mais comum o bisfenol glicidil dimetacrilato (bis-GMA). Outros tipos</p><p>de monômeros são:</p><p>→ Hidroxietil metacrilato (HEMA);</p><p>→ Dipentaeritritol pentacrilato éster fosfato (PENTA);</p><p>→ Uretano etileno glicol dimetacrilato (EG-DMA);</p><p>→ Bisfenil dimetacrilato (BPDM);</p><p>→ Uretano dimetacrilato (UDMA);</p><p>→ Trietileno glicol dimetacrilato (TEGDMA).</p><p>Os monômeros são misturados em solventes (etanol e a acetona).</p><p>Após infiltrar o sistema adesivo na dentina, esse solvente vai se</p><p>misturar a água, com isso o solvente vai evaporar e levar com sigo</p><p>o excesso de água. Fazendo isso, a camada hibrida fica basicamente</p><p>com fibras colágenas e sistema adesivo, permitindo uma boa</p><p>adesão.</p><p>Classificação</p><p>Podemos classificar os adesivos dentais: quanto ao</p><p>condicionamento ácido prévio; quanto a afinidade aos fluidos</p><p>dentinários, quanto a forma de polimerização e quanto ao número</p><p>de passos.</p><p>Quanto ao condicionamento ácido prévio:</p><p>(condicionamento ácido convencional)</p><p>Apresenta duas formas:</p><p>→ Convencionais: usa o ácido fosfórico para fazer o</p><p>condicionamento acido prévio.</p><p>→ Autocondicionantes: elimina a necessidade de condicionamento</p><p>ácido, pelo uso do primer ácido.</p><p>Em esmalte: usar o ácido fosfórico 37% de 30 a 60 segundos.</p><p>Na dentina usar o ácido fosfórico no máximo 15 segundos.</p><p>Quanto a afinidade aos fluidos dentinários:</p><p>→ Hidrofóbico: adesivo propriamente dito (bond).</p><p>→ Hidrofílico: primer utilizado em dentina.</p><p>Quanto a forma de polimerização:</p><p>Apresenta diferentes tipos e polimerização:</p><p>→ Polimerização química (auto polimerizáveis): mistura o adesivo</p><p>com o catalizador e por reação química, esse material vai se</p><p>polimerizar.</p><p>→ Polimerização física (foto polimerizáveis): ocorre através de</p><p>onda de luz.</p><p>→ Polimerização dual: mistura as duas polimerizações, inicia-se a</p><p>auto polimerização, porém se jogar luz ao mesmo tempo,</p><p>acelera a polimerização.</p><p>Para polimerizar tem que aplicar o primer, depois o bond e depois</p><p>polimerizar. Quando o primer e bond são juntas, deve usar um</p><p>ativador de primer bond.</p><p>Obs.: Na dentística, se utiliza a polimerização física.</p><p>Quanto ao número de passos:</p><p>Só observar quantos componentes estão sendo utilizados.</p><p>N° de</p><p>passos</p><p>Convencionais</p><p>3 (ácido+primer+bond)</p><p>2(ácido+primer/bond)</p><p>Autocondicionantes</p><p>2(ácido/primer+bond)</p><p>1(ácido, primer e bon)</p><p>Convencional Auto condicionante</p><p>Tem o sistema hibrido: vai fazer um condicionamento convencional</p><p>com o ácido no esmalte, e aplicar o sistema auto condicionante na</p><p>dentina.</p><p>Fatores clínicos que interferem na</p><p>adesão</p><p>→ Tempo de condicionamento ácido.</p><p>→ A dentina deve ser mantida levemente umedecida.</p><p>→ Evaporação do solvente.</p><p>Podemos descrever as resinas compostas atuais como uma matriz</p><p>orgânica que contêm inibidores e ativadores de polimerização,</p><p>saturada com partículas de carga previamente sinalizadas.</p><p>As propriedades favoráveis são: adesão ao esmalte e dentina,</p><p>preparos conservadores, e promove estética (cor, textura,</p><p>opacidade e translucidez).</p><p>As propriedades desfavoráveis são: contração de polimerização,</p><p>sorção de água e pigmentos (capacidade que o material tem de</p><p>aderir água e pigmento na superfície), envelhecimento da matriz</p><p>orgânica, degradação em meio ácido e álcool, manchamento</p><p>(instabilidade de cor por conta do envelhecimento da matriz</p><p>orgânica).</p><p>São indicadas para: restaurações</p><p>estéticas, selamento de fissuras</p><p>e fóssulas, reparo em restaurações diretas e indiretas, núcleo de</p><p>preenchimento</p><p>Como o próprio nome indica, as resinas compostas têm sua</p><p>estrutura formada por vários componentes. Há quatro</p><p>componentes principais, sendo as características e os percentuais</p><p>de cada um deles variáveis de um material para o outro.</p><p>Matriz orgânica: geralmente um dimetacrilato com o Bis-GMA ou o</p><p>UDMA, associado a outros monômeros de menor peso molecular,</p><p>como o TEGD-MA – necessários para regular a viscosidade.</p><p>Carga inorgânica: são partículas microscópicas de natureza</p><p>inorgânica que melhoram as propriedades físico-químicas da matriz.</p><p>É formada por partículas de vidro, quartzo e/ou sílica, presentes</p><p>em diferentes tamanhos, formas e quantidades.</p><p>Agente de união: exemplo o silano, uma molécula bifuncional, capaz</p><p>de se unir tanto à carga inorgânica como à matriz polimérica.</p><p>Sistema acelerador-iniciador: envolve os componentes</p><p>responsáveis pela reação de polimerização. Além disso, também</p><p>tem os inibidores de polimerização, para que não ocorra</p><p>espontaneamente.</p><p>Ex..: Canforoquinona, ela é sensível a luz, quando a luz bate nela ela</p><p>consegue iniciar o processo de polimerização da resina. O problema</p><p>dela, é a cor amarela. Outros exemplos são: bafo e TPO.</p><p>A canforoquinona é muito utilizada pela capacidade de iniciação da</p><p>polimerização. Os outros se mostram com um déficit grande de</p><p>polimerização. O bapo e TPO não conseguem um grau de conversão</p><p>de monômeros em polímero grande como a canforoquinona.</p><p>Além da sua composição, podem variar de forma e tamanho,</p><p>alterando características como: resistência a fratura, fadiga,</p><p>desgaste, consistência de fluidez e lisura de superfície.</p><p>Limitações</p><p>→ Extensão da cavidade (mais de 3 parades, normalmente tem</p><p>que fazer restauração indireta). Se a extensão da cavidade</p><p>for no sentindo vestíbulo lingual for mais que 1/3 dessa</p><p>distância é considerada grande.</p><p>→ Alto índice de cárie à má higienização.</p><p>→ Dificuldade técnica (isolamento).</p><p>Histórico</p><p>Na década de 40/50 os materiais restauradores eram metálicos,</p><p>como o amálgama. O problema principal desses materiais eram a</p><p>estética.</p><p>Os primeiros materiais restauradores diretos estéticos foram o</p><p>cimento de silicato (baixa resistência, com desgaste muito grande)</p><p>e resinas acrílicas – PMMA (ainda se usa bastante em prótese,</p><p>apresenta uma contração elevada).</p><p>Em 1953: invés de se ter só matéria orgânica começaram a</p><p>adicionar carga. A carga é uma estrutura mineral. Perceberam que</p><p>essa resina falhava muito, isso era porque existia uma incapacidade</p><p>dessa matriz orgânica se aderir a essa carga mineral. Essas</p><p>resinas eram chamadas de resina pseudo-composta.</p><p>Em 1962: foi desenvolvida a matriz resinosa de BISGMA, com a</p><p>utilização de um agente de ligação chamado de silano orgânico, unido</p><p>as partículas de carga e a matriz resinosa.</p><p>Vantagens da BISGMA</p><p>Apresenta baixa contração de polimerização; resistência mecânica;</p><p>menor volatilidade; estabilidade dimensional e de cor, sendo um</p><p>material que manchava e desgastava menos.</p><p>Porém esse material não era moldável, por isso foi acrescentado</p><p>alguns diluentes: Bisma (bisfenol dimetacrilato), DEGMA (dieleno do</p><p>ester do glicidil dimetacrilato), TEGDMA (trietileno do ester do glicidil</p><p>dimetacrilato) e Te-EGMA (tetraetileno do ester de glicidil</p><p>dimetacrilato).</p><p>O mais utilizado atualmente é o TEGDMA. Os diluentes apresentam</p><p>a função de tornar o material mais moldável, diluindo o BISGMA,</p><p>levando a formação de uma pasta moldável.</p><p>Classificação</p><p>As resinas compostas podem ser classificadas de acordo com o</p><p>tamanho da partícula, de acordo com a fluidez e de acordo com o</p><p>sistema de polimerização.</p><p>De acordo com o tamanho das partículas</p><p>A quantidade de carga de uma resina composta é o principal fator</p><p>determinante de suas propriedades físico-mecânicas. Quanto</p><p>maior o percentual de carga inorgânica, maior a resistência, maior</p><p>o modulo de estabilidade e menor a contração de polimerização.</p><p>Macropartículas: consideradas grandes, com até 40 micrometros,</p><p>podendo variar entre 1 e 100 micrometros. Apresentam como</p><p>grandes desvantagens a dificuldade de obtenção de um bom</p><p>polimento e, principalmente, a dificuldade de manutenção da lisura</p><p>superficial ao longo do tempo,</p><p>Era um material duro e extremamente resistente, só sirva para</p><p>fazer restaurações de dentes posteriores. Caiu em desuso.</p><p>Micropartículas: apresentam partículas com tamanho médio de</p><p>0,04 micrometros o que resulta em superfícies que, além de</p><p>extremamente fáceis de polir, mantêm o brilho e a lisura</p><p>superficiais por mais tempo. Não apresenta resistência mecânica</p><p>do material. E tem a função de restaurações de áreas estéticas</p><p>que não requer esforço oclusal (face vestibular de dentes</p><p>anteriores).</p><p>São indicadas para as restaurações em áreas que necessitam de</p><p>alto polimento sem a necessidade de alta resistência – facetas,</p><p>restaurações classe III e V, facetas estritamente vestibulares ou</p><p>somente para a camada mais vestibular de restaurações</p><p>anteriores.</p><p>Apresenta pequena incorporação de carga, sendo contraindicadas</p><p>em restaurações submetidas a grandes esforços.</p><p>Nanopartículas: partículas que variam de 0,02 a 0,075</p><p>micrometros. A maior vantagem vantagem desses compósitos,</p><p>especialmente em comparação às resinas de micropartículas, é</p><p>que o método de fabricação permite agregar um maior volume de</p><p>carga à matriz, permitindo combinar boas propriedades físico-</p><p>mecânicas, em virtude da alta quantidade de carga, e um bom</p><p>polimento, uma vez que as partículas são extremamente pequenas.</p><p>São obtidas por processo químico sintético. Associam excelentes</p><p>propriedades mecânicas (resistência) com elevado polimento.</p><p>Utilizadas para todos os casos.</p><p>Híbridas: mistura de micropartículas com partículas maiores. Tem o</p><p>objetivo de melhorar as propriedades mecânicas sem perder o</p><p>polimento e o brilho superficial. Essas resinas hibridas, podem ser</p><p>divididas em:</p><p>• Micro-híbridas: partículas inorgânicas que variam de 0,2</p><p>e 1 micrometro. Mais indicada para dentes anteriores.</p><p>• Nano-híbridas: mistura de nanopartículas com partículas</p><p>de tamanho variados.</p><p>As resinas micro-híbridas e nano-híbridas têm uso universal e</p><p>podem ser utilizadas em restaurações de dentes anteriores e</p><p>posteriores.</p><p>De acordo com a com a fluidez (viscosidade)</p><p>Regulares ou convencionais: para restaurações direta.</p><p>De baixa viscosidade (flow): bem fluida. São utilizadas para</p><p>selamento de cicatrículas e fossas, preenchimento de</p><p>irregularidades de cavidade, e como cimento resino de faceta.</p><p>Alta viscosidade: apresentam características de menor</p><p>escoamento, devido ao aumento de proporção carga-matriz.</p><p>Facilidade de inserção, porém apresentam difícil adaptação e</p><p>entraram em desuso.</p><p>De acordo com o sistema de polimerização</p><p>A polimerização transforma a resina composta, inicialmente</p><p>plástica, manipulável e facilmente esculpível, em um material rígido,</p><p>devolvendo estética e função aos elementos dentais.</p><p>O processo de polimerização ocorre em três fases: Iniciação ou</p><p>indução, propagação e terminação:</p><p>Grau de conversão de polimerização</p><p>Grau de conversão dos monômeros presentes nos cimentos</p><p>resinosos é a capacidade que o material tem de sintetizar a partir</p><p>de tais monômeros, cadeias complexas de oligômeros, também</p><p>chamados de polímeros.</p><p>Nenhum material resinoso tem capacidade de grau de conversão</p><p>de 100%. O grau de conversão de polimerização está diretamente</p><p>ligado as propriedades físicas do material. Quanto pior o grau de</p><p>polimerização das resinas, pior as características biomecânicas da</p><p>resina.</p><p>Ativação: fisicamente ativadas ou fotoativas; quimicamente</p><p>ativas ou auto polimerizáveis, e química e fisicamente ativadas</p><p>(dual). A polimerização dual assim como as auto polimerizáveis, são</p><p>acondicionadas em diferentes recipientes, e embora foto</p><p>polimerizáveis, contam também com a polimerização química (locais</p><p>onde a luz não é suficiente).</p><p>Contração de polimerização</p><p>Normalmente é onde a resina falha.</p><p>O fator C é o fator de configuração cavitário, é relacionado com</p><p>a geometria do preparo cavitário e representado pela relação</p><p>entra as áreas de superfície aderidas e não-aderidas.</p><p>É importante pois quanto maior o número de superfície aderidas</p><p>na resina composta maior a possibilidade de falha. Quanto maior o</p><p>número de paredes maior o fator C.</p><p>Para diminuir os problemas causados pelo fato C alto utiliza-se a</p><p>técnica restauradora incremental, que precisa colocar quantidades</p><p>reduzidas de resina composta que não devem ultrapassar 2mm,</p><p>na menor quantidade de paredes possíveis, de preferência uma ou</p><p>duas paredes.</p><p>Resinas de incrementação única (bulk</p><p>fill)</p><p>os fabricantes modificaram a matriz orgânica para que contração</p><p>de polimerização seja tão pequena ao ponto de ser desconsiderada.</p><p>Ela se contrai tão pouco que permite a colocação de camadas de</p><p>4 a 5mm sem que haja descolamento nas paredes. Essa resina</p><p>apresenta alguns problemas como: sofre desgaste acentuado,</p><p>adaptação menor do que é dita por aí, e é uma resina muito</p><p>translúcida.</p><p>Instrumentos Operatórios</p><p>Instrumentos rotatórios</p><p>São utilizados rotineiramente no consultório odontológico para</p><p>diagnóstico, visualização e acesso. O jogo clínico básico é</p><p>composto por uma sonda n° 5, pinça e espelho. Atualmente</p><p>recomenda-se que seja acrescentada uma sonda milimetrada</p><p>periodontal, pois faz parte do jogo cínico em uma abordagem</p><p>periodontal inicial seja para qualquer especialidade.</p><p>Espelho clínico: pode ser de</p><p>vários tipos (simples ou</p><p>aumentado), e apresenta</p><p>função de visão indireta</p><p>oferecendo uma visualização do</p><p>campo operatório, iluminação e afastamento dos tecidos.</p><p>Pinça clínica: utilizada para</p><p>preensão e deslocamento de</p><p>objetos pequenos, como</p><p>gazes, roletes e bolinhas de</p><p>algodão, além de diversos resíduos.</p><p>Sonda exploratória:</p><p>apresenta função tátil,</p><p>permitindo diagnosticar</p><p>irregularidades nas</p><p>superfícies, aonde há algum tipo de fenda de Gap, amolecimento</p><p>da estrutura dentária e desadaptação de restaurações, além de</p><p>função restauradora.</p><p>Antigamente utilizava a sonda exploradora para detectar cárie,</p><p>porém, atualmente não se opta pela sonda para detecção de</p><p>cárie, visto que há possibilidade de desmineralização de tecido</p><p>saudável, além de contaminar a ponta da sonda que pode passar</p><p>por outra região posteriormente.</p><p>Sonda milimetrada: mais</p><p>utilizada na periodontia</p><p>para avaliar e sondar a</p><p>bolsa periodontal. Na</p><p>odontologia restauradora serve para mensurar aspectos</p><p>dentários, como, largura de dentes, espaços interdentários e</p><p>dimensões de preparo.</p><p>Dentro do kit básico de dentística têm-se as escovas e taças de</p><p>borracha para remoção de biofilme. É utilizado na limpeza da</p><p>estrutura dentária, o que auxilia na prevenção de lesões e</p><p>permitem melhor visualização e diagnóstico de imperfeições e</p><p>lesões na estrutura dental.</p><p>Fio dental: útil na limpeza e diagnóstico de lesões, cálculos,</p><p>irregularidades e desadaptação de restaurações nas superfícies</p><p>proximais, além de amarrilhos.</p><p>Obs: todos os materiais anteriores devem estar na mesa clínica</p><p>durante a consulta</p><p>Instrumentos rotatórios</p><p>Turbina de alta rotação ou caneta de alta rotação possuem dois</p><p>tipos de motores, sendo eles:</p><p>As canetas de saca broca necessitam de</p><p>um aparato que possui funcionalidade de</p><p>colocar a broca e remover a broca.</p><p>As canetas de pus button são mais versáteis, porém de custo</p><p>mais elevado. Não necessitando de aparatos para colocar e</p><p>retirar broca.</p><p>A alta rotação gira em alta velocidade, sendo necessário destacar</p><p>que esse material vem acompanhado de calor quando realizado os</p><p>procedimentos, por este motivo a caneta apresenta furos que</p><p>liberam água para amenizar o calor criado pela alta rotação,</p><p>evitando assim que haja necrose pulpar por um aumento</p><p>excessivo da temperatura do dente. A alta rotação aplica-se em</p><p>esmalte, dentina saudável e em materiais restauradores.</p><p>Micromotores: os micromotores podem ser encaixados em alguns</p><p>tipos de acessórios, como contra-ângulo, peça reta e contra</p><p>ângulos redutores. Ao contrário da alta rotação, o micromotor</p><p>não necessita de utilizar água. Para remoção de cárie se utiliza</p><p>micromotor acoplado ao contra-ângulo e para desgastar dente</p><p>usa-se ponta diamantada em alta rotação.</p><p>Corte e desgaste</p><p>Brocas ou fresas: instrumentos de corte constituído de um único</p><p>material, normalmente o aço (liga ferro-carbono) ou o carboneto</p><p>de tungstênio (carbide). As brocas apresentam: ponta ativa,</p><p>parte intermediária, e haste.</p><p>Em alta rotação se opta pelas brocas carbide, pois é resistente a</p><p>altas temperaturas sem perder o corte da lâmina, em baixa</p><p>rotação podem-se usar brocas de aço, pois são mais baratas e</p><p>não apresentam problemas com o aquecimento.</p><p>As brocas são divididas em três partes que são: haste,</p><p>intermediário e ponta ativa.</p><p>As brocas são diferentes para turbina de alta rotação (mais</p><p>finas e lisas) e para contra-ângulo (mais larga e encaixe em</p><p>forma de T no final). Além disso, podem apresentar diferentes</p><p>formatos de ponta-ativa (cilíndricas, cônicas e entre outras).</p><p>As brocas podem apresentar diferentes números de lâmina na</p><p>ponta ativa, variando de 8 a 12 lâminas. As brocas que</p><p>apresentam 12 lâminas são utilizadas para acabamento da</p><p>cavidade e não para corte, apresentam haste dourada.</p><p>Pontas diamantadas: apresentam função de desgaste e por esse</p><p>motivo possuem diferentes tipos de formatos, pois dependendo</p><p>da forma em que a cavidade será produzida necessitará de uma</p><p>específica ponta diamantada.</p><p>As pontas diamantadas podem apresentar diferentes tipos de</p><p>granulação, variando desde granulações extra-grossas e grossas</p><p>para confecção de desgaste (haste preta, azul ou verde)</p><p>granulação normal (haste prateada) e as que são utilizadas pra</p><p>acabamento sendo as granulações finas (haste vermelha) e</p><p>extra-finas (haste amarelas).</p><p>Pedras montadas: é uma pedra abrasiva que realiza desgaste,</p><p>mas servem basicamente para acabamento de restaurações</p><p>apresentando granulação finas. São de óxido de alumínio, mas</p><p>podem ser de outros tipos.</p><p>Borrachas montadas: podem ser siliconadas ou impregnadas por</p><p>diamante e servem para fazer polimento de qualquer material</p><p>restaurador, não se faz acabamento.</p><p>Mandris: não apresentam ponta ativa, são formadas por haste e</p><p>porção intermediária. Nela podem ser acoplados discos, pontas de</p><p>feltro, rodas de algodão e entre outros.</p><p>Cada fabricante produz os mandris de um jeito diferente</p><p>apresentando especificidade de encaixe.</p><p>Cortantes manuais</p><p>São instrumentos empregados para cortar, clivar, e planificar a</p><p>estrutura dentária ou complementar a ação dos rotatórios</p><p>durante o preparo cavitário.</p><p>Apresentam numerações que indica o comprimento da haste,</p><p>largura da haste e comprimento da ponta ativa. Esses materiais</p><p>durante o uso devem estar sempre afiados, deve-se afiar com,</p><p>por exemplo, discos/pedras.</p><p>Instrumentos restauradores</p><p>Condensadores: inicialmente utilizado para adaptar e condensar o</p><p>amálgama a cavidade. Atualmente, é utilizado para inserção e</p><p>adaptação de diversos materiais.</p><p>Brunidores: utilizados para brunidura em restaurações de</p><p>amálgama e para inserção, acomodação e escultura em</p><p>restaurações de resina composta.</p><p>Esculpidores: são utilizados para inserção e acomodação de</p><p>diversos materiais.</p><p>Porta amálgama: utilizado para a preensão do amálgama após a</p><p>trituração, além de servir para inserir materiais como hidróxido</p><p>de cálcio PA e o MTA.</p><p>Espátula de manipulação: utilizada para manipulação de diversos</p><p>materiais, tanto convencionas como resinosos.</p><p>Normalmente as mais utilizadas são as de número 7, 70, 24, 36.</p><p>Matrizes</p><p>São utilizados para restabelecer os contornos proximais das</p><p>restaurações. Quando de poliéster, são mais indicadas em</p><p>dentes</p><p>anteriores, e quando metálicas, para restaurações de dentes</p><p>posteriores. Na imagem abaixo se tem a unimatrix:</p><p>Utilizadas em caso de perda do ponto de contato ou quando a</p><p>cavidade entrar na face proximal.</p><p>Matriz e porta matriz: algumas matrizes se associam com porta-</p><p>matrizes. O mais comum deles é o porta-matriz que é utilizado</p><p>principalmente em restaurações de AAG. (amálgama). Servem</p><p>para proteger dente vizinho durante o desgaste.</p><p>Cunha: são pequenos dispositivos de formato piramidal,</p><p>geralmente constituído de madeira ou plástico, são utilizadas para</p><p>adaptar bem a matriz na região interproximal.</p><p>Coloca-se em região interproximal entre o dente a ser</p><p>restaurado e o dente vizinho, permitindo que a matriz fique bem</p><p>adaptada no contorno próximal, estabilizando para que a matriz</p><p>não solte durante a restauração.</p><p>Espátulas de resina</p><p>Apresentam-se com diferentes angulações, tamanhos,</p><p>espessura e flexibilidade, para o uso em diferentes situações.</p><p>Pincéis: auxiliam as espátulas na acomodação de resina composta,</p><p>definição de forma, lisura de superfícies e pigmentação de resina</p><p>composta.</p><p>Aplicadores descartáveis (microbrush): possuem diversos</p><p>tamanhos e são utilizados para aplicação e acomodação dos</p><p>materiais.</p><p>Pinça de miller: permite a preensão de papel articular ou de</p><p>carbono durante os ajustes oclusais.</p><p>Materiais para acabamento</p><p>Lâmina de bisturi: em odontologia restauradora, têm a função de</p><p>remover pequenos excessos de adesivo ou material restaurador.</p><p>As lâminas do tipo 11, 12 e 15 são excelentes para remover</p><p>pequenos excessos tanto de resina composta quanto de adesivos</p><p>sem a preocupação de desgastar o dente.</p><p>Tiras de lixa: são para acabamento da região interproximal,</p><p>podem ser tanto em metal (para acabamento grosseiro) como</p><p>em poliéster para polimento (podem ser finas ou extrafinas).</p><p>Discos abrasivos apresentam função principal de acabamento e</p><p>polimento (dependendo da granulação) de restaurações em faces</p><p>lisas.</p><p>Escovas, taças e feltros: servem para o polimento de</p><p>restaurações juntamente com pastas para esse fim.</p><p>Instrumentos alternativos</p><p>Instrumentação ultrassônica, laser de alta potência, microabrasão</p><p>a ar e soluções químicas são alternativas aos instrumentos</p><p>rotatórios convencionais e têm como principal objetivo diminuir a</p><p>sintomatologia dolorosa e diminuir o desconforto sonoro</p><p>proveniente dos instrumentos rotatórios convencionais. O</p><p>problema desses materiais é o seu alto custo, não sendo muito</p><p>acessíveis financeiramente.</p><p>As resinas compostas apresentam uma matriz orgânica formada</p><p>por moléculas muito pequenas, conhecidas como monômeros. Os</p><p>monômeros são as unidades estruturais básicas da matriz. Ao se</p><p>unirem quimicamente em longas cadeias, por meio de um processo</p><p>conhecido como polimerização (reação química que dá origem aos</p><p>polímeros), os monômeros formam macromoléculas conhecidas</p><p>como polímeros.</p><p>A matriz orgânica das resinas compostas é a parte quimicamente</p><p>ativa do material, responsável por sua transformação de uma</p><p>massa plástica em um sólido rígido. Essa reação química ocorre por</p><p>meio da ativação de um sistema acelerador-iniciador que, em uma</p><p>análise simplista, gera radicais livre, que quebram as duplas ligações</p><p>(C-C), dos monômeros e, em seguida, geram novos radicais livres,</p><p>que promovem a união dos monômeros em polímeros.</p><p>Dentre as matrizes orgânicas, as mais utilizadas são o UDMA e,</p><p>em especial, o Bis-GMA.</p><p>Existem 3 tipos de polimerização:</p><p>Mecanismo de fotopolimerização</p><p>Indução</p><p>R-C-O-O-R + ATIVADOR R-C-O*</p><p>Inicia com a quebra das moléculas de iniciador por ação do ativador,</p><p>gerando radicais livres.</p><p>Propagação</p><p>R-C-O* + C=C R-C-O-C-C*</p><p>R-C-O-C-C-C-C* + C=C R-C-O-C-C-C-C-C-C*</p><p>A presença dos radicais livres dá início à propagação, uma reação</p><p>em cadeia caracterizada pela quebra das ligações duplas presentes</p><p>nos monômeros. A liberação de radicais livres, faz com que as</p><p>duplas ligações sejam quebradas, liberando mais radicais livres, que</p><p>proporcionam a propagação do processo de polimerização.</p><p>Formando cadeias maiores de carbono.</p><p>Terminação</p><p>R-C-O-C-C* + *0-C-R R-C-0-C-C-0-C-R</p><p>R-C-0-C-C* + *C-C-0-C-R R-C-0-C-C-C-C-O-C-R</p><p>No momento em que a ligação dupla é quebrada, o monômero é</p><p>ativado e passa a agir como um radical livre, fazendo com que a</p><p>reação prossiga até duas moléculas ativas se unam, trocando</p><p>energia e fechando a cadeia de polímero. Ou seja, à medida que o</p><p>material vai se tornando mais rígido, dificulta a ocorrência de</p><p>reações químicas responsáveis pela polimerização e a terminação</p><p>acaba por finalizar este processo.</p><p>Polimerização química</p><p>• Base + Catalisador;</p><p>• Iniciador: peróxido de benzoíla;</p><p>• Ativador: amina terciária;</p><p>• Pasta única;</p><p>• Sistema iniciador: fotoativador + amina ativadora</p><p>• Ativados por luz</p><p>Polimerização dual</p><p>• Dois sistemas de ativação: químico +</p><p>físico</p><p>Polimerização física</p><p>Iniciador Radical livre</p><p>Dupla</p><p>ligação</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Radical livre</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Dupla</p><p>ligação</p><p>Radical livre</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Polímero</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Radical</p><p>livre</p><p>Polímero</p><p>Quanto mais polimerizar a resina melhor é a resina, em vários</p><p>fatores: dureza, rugosidade de superfície, estabilidade cromática,</p><p>resistência a fratura, resistência ao desgaste.</p><p>Fotoiniciador</p><p>O mais utilizado é a canforquinona, encontrada na maioria dos</p><p>compósitos contemporâneos. Ela é excitada pela luz visível de cor</p><p>azul, entre 400nm e 550nm, com o pico de absorção em torno</p><p>de 470nm. Uma desvantagem importante é sua coloração</p><p>excessivamente amarelada, que faz com que alguns fabricantes</p><p>evitem empregá-la em compósitos de cor clara, como os</p><p>desenvolvimentos para restauração de dentes clareados. Uma</p><p>alternativa é utilizar os fotoiniciadores alternativos, como o bafo e</p><p>CPO. Esses não apresentam a coloração amarela, porém seu pico</p><p>de absorção de luz situa-se em uma faixa do espectro inferior à</p><p>da canforquinona – em geral entre 400 e 450 nm – exigindo</p><p>alguns cuidados na seleção da unidade de fotoativação.</p><p>Unidades de fotoativação</p><p>Existem diversos tipos de unidades, que emitem luz com diferentes</p><p>características e comprimentos de onda. Exemplo:</p><p>• Lâmpadas halógenas de quartzo e tungstênio;</p><p>• Diodos emissores de luz (LED);</p><p>• Arco de plasma;</p><p>• Laser de argônio.</p><p>Atualmente se usa basicamente só os diodos emissores de luz</p><p>(LED).</p><p>Lâmpadas halógenas:</p><p>apresentava um espectro amplo de</p><p>onda 350 e 700nm, então consegui</p><p>polimerizar bastante a resina composta.</p><p>Operam em uma faixa de 400 a 500</p><p>mW/cm2, sendo que alguns podem chegar a 1.100 mW/cm2.</p><p>Vantagens: boa efetividade e baixo custo.</p><p>Desvantagens: altas temperaturas e alto nível de ruído – sistema</p><p>de ventilação; vida útil pequena (50h a 10h) – queimava muito;</p><p>espectro contínuo e largo – necessidades de filtros.</p><p>Diodos emissores de luz (LED):</p><p>A 1ª geração consegue sensibilizar a canforquinona, porém com</p><p>uma potência muito baixa, e não apresenta uma boa efetividade</p><p>para polimerizar o material.</p><p>A 2ª geração, chamado Mono whey, são os LEDs mais vendidos,</p><p>pois apresentam um preço acessível. São bons para polimerização</p><p>de compósitos que tem como iniciador a canforquinona, porém se</p><p>tiver um iniciador que exige um espectro de onde diferente, ele</p><p>não vai conseguir.</p><p>A 3ª geração chamada Poly whey, tem</p><p>mais de um comprimento de onda no</p><p>seu espectro de luz, ou seja, além de</p><p>excitar a canforquinona, consegue</p><p>excitar também os fotoiniciadores</p><p>alternativos. O problema é que esses LEDs são extremamente</p><p>caros</p><p>Vantagens: vida útil maior (10.000h); não provoca aquecimento;</p><p>baixo consumo de energia; equipamentos compactos (sem filtros</p><p>ou sistema</p><p>de ventilação).</p><p>Desvantagens: estreito intervalo de emissão espectral (440 a 490</p><p>nm), só tem essa desvantagem nos LEDs de segunda geração.</p><p>Intensidade de luz ou densidade de potência</p><p>Para que os compósitos fotoativados sejam polimerizados de</p><p>forma adequada e, consequentemente, desfrutem de suas</p><p>melhores propriedades físico-mecânicas, é essencial contar com</p><p>uma unidade de fotoativação que ofereça intensidade de luz</p><p>suficiente.</p><p>A intensidade de luz é medida em quantidade de energia por área</p><p>de superfície - mW/cm2.</p><p>Quanto maior for a intensidade de luz, melhor a polimerização.</p><p>No exemplo 1) apresenta um fotopolimerizador com 1.000</p><p>mW/cm2, ou seja, a cada cm2 de área ele consegue lançar uma</p><p>densidade de energia de 1.000 mW.</p><p>1ª</p><p>geração</p><p>• Densidade de potência entre 100 e</p><p>150 mW/cm2</p><p>• Espectro: entre 450 a 490 nm;</p><p>2ª</p><p>geração</p><p>• Densidade de potência entre 300</p><p>a 1.100 mW/cm2</p><p>• Espectro: entre 450 a 490 nm;</p><p>3ª</p><p>geração</p><p>• Densidade de potência a partir de</p><p>1.100 mW/cm2</p><p>• Espectro: entre 375 a 510nm.</p><p>Fonte de luz – 1.000 mW/cm2 – 470nm</p><p>Fonte de luz – 100 mW/cm2 – 470nm</p><p>Fótons com a</p><p>mesma energia</p><p>No exemplo 2) apresenta um fotopolimerizador com 100</p><p>mW/cm2, ou seja, a cada cm2 de área ele consegue lançar uma</p><p>densidade de energia de 100 mW.</p><p>Densidade de energia (J/CM2)</p><p>É a intensidade de luz (ou densidade de potência – mW/cm2) X</p><p>tempo de exposição (segundos). É a energia total resultante da</p><p>exposição.</p><p>Não basta ter só a potência do aparelho, deve se também calcular</p><p>o tempo de exposição, ou seja, a quantidade de tempo que deixa</p><p>aquela luz atingindo, com isso você obtém a energia total de</p><p>aplicação na sua exposição.</p><p>Energia ideal para polimerização adequada</p><p>Se uma resina necessita de 8J/cm2 (8.000 mJ/cm2) como</p><p>energia para sua ativação, podem ser feitas várias combinações</p><p>como:</p><p>Aparelhos com</p><p>400mW/cm2</p><p>Polimerização de</p><p>20s</p><p>8.000 mJ/cm2</p><p>Aparelhos com</p><p>200mW/cm2</p><p>Polimerização de</p><p>40s</p><p>8.000 mJ/cm2</p><p>Aparelhos com</p><p>800mW/cm2</p><p>Polimerização de</p><p>10s</p><p>8.000 mJ/cm2</p><p>Aparelhos com</p><p>1000mW/cm2</p><p>Polimerização de</p><p>8s</p><p>8.000 mJ/cm2</p><p>Obs.: vai ser sempre energia/tempo.</p><p>A cada centímetro que se afasta a lâmpada polimerizadora da</p><p>resina composta, perda cerca de 40% da potência. Então se seu</p><p>polimerizador for de 1000mJ e você o afasta 1 centímetro do</p><p>dente você perde cerca de 40% da sua potência, ou seja, o seu</p><p>fotopolimerizador que é de 1000mJ só vai entregar 600mJ. Então</p><p>quando mais longe do dente, mais tempo você tem que deixar a luz</p><p>polimerizando.</p><p>Grau de conversão</p><p>O grau de conversão pode variar: 50% a 90%. Baixo grau de</p><p>conversão resulta em falhas.</p><p>Quanto maior for a intensidade de luz, maior vai ser o grau de</p><p>conversão.</p><p>Contração de polimerização</p><p>A reação de polimerização é caracterizada pela aproximação das</p><p>moléculas de monômeros e, consequentemente, por uma redução</p><p>no volume do material. Tem relação direta com a quantidade de</p><p>matriz orgânica do compósito: quanto maior o volume de matriz,</p><p>maior a contração e vice-versa.</p><p>Algumas estratégias utilizadas são:</p><p>• Redução do volume de cada incremento de resina: quando tem</p><p>uma cavidade no dente e precisa restaurar, é preciso colocar</p><p>um incremento de no máximo 2mm, se passar dos 2mm a</p><p>resina vai polimerizar tanto, podendo descolar do dente.</p><p>• Modulação da polimerização nas fases pré-gel e pós-gel:</p><p>durante a fase pré-gel da resina composta existe pouco ou</p><p>nenhum incidência de tensões que levam a ruptura dessa</p><p>polimerização, então quanto mais a resina ficar na fase pré-</p><p>gel maior vai ser o grau de conversão de polimerização e</p><p>menor a chance de se ter uma tensão de contração de</p><p>polimerização gerado na interface resina e dente. Para deixar</p><p>a resina na fase pré-gel por mais tempo é preciso colocar</p><p>uma baixa densidade de potência de luz, ou seja, no início da</p><p>polimerização se coloca uma baixa densidade de potência,</p><p>deixando a resina no estado pré-gel e depois aplicar uma alta</p><p>densidade de potência.</p><p>Se logo de início for aplicada uma alta densidade de potência</p><p>a resina vai sair do estado pré-gel para estado pós-gel muto</p><p>rápido, prejudicando o grau de conversão dos monômeros em</p><p>polímeros, menos resina vai se polimerizar, e além disso a</p><p>contração de polimerização vai ser tão acelerada que pode</p><p>gerar algum tipo de ruptura na interface resina e dente.</p><p>• Colocar uma luz indireta.</p><p>Se o seu</p><p>fotopolimeriazdor</p><p>não apresenta uma</p><p>regulagem de</p><p>potência, deve se</p><p>pegar um incremento menor, colocar em menor quantidade de</p><p>paredes para evitar o problema do fato C e colocar a luz de forma</p><p>indireta.</p><p>Se o fotopolimerizador apresenta a regulagem de potência, pode</p><p>colocar a luz de maneira direta na resina, desde que jogue com</p><p>poca potência. Quando a restaurações tiver pronta, aumenta a</p><p>potência (coloca em potência máxima) e chega o mais próximo</p><p>possível, fazendo isso a resina sai do estado pré-gel para pós-gel.</p><p>Sabe se que nenhuma resina composta é capaz de se polimerizar</p><p>na presença de O2, então quando acaba a polimerização a camada</p><p>superficial da resina não vai polimerizar, com isso a resina pode</p><p>sofrer desgaste, pigmentação, infiltração entre outros. Para</p><p>evitar esse problema, elimina o O2 da superfície aplicando um gel</p><p>a base de glicerina e</p><p>fotopolimeriza</p><p>novamente, com isso</p><p>a última camada da</p><p>resina composta</p><p>também se polimeriza.</p><p>A luz nada mais é que uma forma de energia ou radiação. O que</p><p>diferencia a luz de outros tipos de radiação, permitindo que seja</p><p>captada por nossos olhos, é o comprimento de onda – a luz visível</p><p>ocupa uma faixa de espectro eletromagnético conhecida como</p><p>espectro visível, com comprimento de onda entre 400nm e 700</p><p>nm – e o fato do olho humano contar com estruturas</p><p>especializadas, sensíveis a estes comprimentos de onda.</p><p>De acordo com o comprimento de onda captado, diferentes cores</p><p>são interpretadas pelo cérebro. Ondas curtas são interpretadas</p><p>como azul, ondas médias como verde e ondas longas com vermelho,</p><p>todas as demais cores resultam da combinação dessas três cores</p><p>primárias.</p><p>As ondas propriamente ditas não têm cor, na realidade, a cor nada</p><p>mais é do que uma resposta cerebral aos estímulos luminosos. A</p><p>cor só existe na presença dos seguintes elementos: luz, objeto ou</p><p>corpo submetido à ação da luz, observador, capaz de captar (na</p><p>retina) e interpretar (no cérebro) os estímulos luminosos recebidos</p><p>após a interação da luz com o objeto observado.</p><p>Para a percepção da cor é necessário que a luz encontre um</p><p>objeto, ou matéria, interaja com ele e chegue até a retina, para</p><p>que as informações sejam captadas e enviadas ao cérebro.</p><p>A diferença de uma cor de um dente para outra cor de outro</p><p>dente é chamada de DELTA E. Se tiver uma variação desse DELTA</p><p>E até 3,5, o olho humano tem dificuldade de identificar essa</p><p>diferença.</p><p>Outro aspecto crucial para uma adequada percepção das cores é</p><p>a qualidade da fonte de luz. A literatura indica que a iluminação ideal</p><p>é proveniente da luz solar natural. Entretanto, não pode só contar</p><p>com a luz natural, com isso existem lâmpadas que emitem luz com</p><p>características ideais, próprias para uso em ambientes em que há</p><p>necessidade de alta fidelidade de cor.</p><p>A cor branca: é a soma de todos os comprimentos e onda.</p><p>A cor preta (ausência de luz): elimina todos os comprimentos de</p><p>onda.</p><p>Interação da luz com a matéria</p><p>Reflexão: é quando uma fonte de luz primária joga uma onda</p><p>eletromagnética, essa onda vai incidir sobre uma superfície e vai</p><p>voltar para o olho humano e possibilitar que o humano enxergue.</p><p>Observa-se reflexão quando um raio de luz incide sobre a</p><p>superfície de um objeto e é refletido, podendo ou não ter sua</p><p>direção alterada dependendo da regularidade da superfície.</p><p>No dente a reflexão é muito importante, pois quanto mais luz bate</p><p>no dente e reflete em direção ao olho, mais visível, mais brilho,</p><p>mais sensação de plano é aquele dente. Porém sabemos que um</p><p>dente</p><p>natural, principalmente um dente muito jovem, tem</p><p>irregularidades, que é chamado de textura do dente. Então, muita</p><p>daquela luz que incide sobre o dente, reflete em direção ao seu</p><p>olho, porém muitas dessas ondas trocam de direção, ela bate e</p><p>reflete em outras direções, e isso cria um efeito de textura no</p><p>dente.</p><p>Absorção: é a incapacidade que o objeto tem da onda bate nele</p><p>e ele refletir. Ocorre absorção quando parte da luz é absorvida. A</p><p>superfície preta absorve todos os comprimentos de onda do</p><p>espectro luminoso. As demais cores promovem uma absorção</p><p>seletiva.</p><p>Transmissão: é a capacidade de alguns materiais tem de deixar</p><p>a luz passar por eles. Trata-se de um efeito no qual a luz atravessa</p><p>um corpo transparente e/ou translúcido. Se toda a porção da luz</p><p>atravessa o objeto, dizemos que ele é transparente. Se apenas</p><p>parte da luz atravessa o objeto e parte é refletida, dizemos que</p><p>o objeto é translúcido. Se um objeto é incapaz de transmitir luz</p><p>através dele, dizemos que o objeto é opaco.</p><p>Refração: observada quando os raios luminosos passam de um</p><p>meio para outro, alterando sua direção.</p><p>Dimensões da cor</p><p>Tridimensionalidade da cor: matiz, croma e valor.</p><p>Matiz: é a dimensão que distingue uma família de cor de outra.</p><p>Assim, pode se dizer que matiz é o nome da cor. É a primeira</p><p>dimensão de cor, cada matiz é determinado por um comprimento</p><p>de onda específico dentro do espectro de luz visível.</p><p>Na odontologia existem 4 tipos de matiz:</p><p>Croma ou saturação: magnitude do matiz, é a quantidade de</p><p>pigmento que uma certa cor pode ser. Nos dentes naturais, podem</p><p>ser observadas variações de croma entre dentes de um mesmo</p><p>individuo e até mesmo entre regiões distintas de um mesmo dente.</p><p>Dentro da dentição humano, é encontrado 5 escalas de saturação:</p><p>Existem uma escala para dentes clareados:</p><p>Valor ou luminosidade: características que distingue cores</p><p>claras de cores escuras. É acromático e diz respeito à quantidade</p><p>de luz que cor é capaz de refletir. Vai desde o preto até o branco,</p><p>passando por várias gradações de cinza. Independe da cor do</p><p>dente, é a capacidade de transmitir luz branca.</p><p>Efeitos ópticos nos dentes naturais</p><p>Translucidez: propriedade apresentada por certas</p><p>substâncias que permite que a luz seja absorvida, refletida e</p><p>transmitida de forma simultânea. O grau de translucidez altera a</p><p>percepção de cor.</p><p>Em essência, a dentina é geralmente caracterizada por baixa</p><p>translucidez e alta saturação, sendo a principal responsável pelo</p><p>matiz e croma básicos dos dentes. O esmalte, por sua vez, é um</p><p>tecido altamente translúcido e pouco saturado, que atua como um</p><p>filtro que permite a visualização da cor dentinária – graças a esse</p><p>comportamento, o esmalte é o principal responsável pelo valor dos</p><p>dentes naturais.</p><p>O grau de translucidez dos tecidos dentais modifica se ao longo da</p><p>vida, levando a uma alteração na expressão cromática dos dentes.</p><p>Via de regra, a translucidez do esmalte aumenta com o passar dos</p><p>anos, em virtude, especialmente, da redução de sua espessura e</p><p>da perda da textura superficial, efeitos decorrentes do desgaste</p><p>fisiológicos. A dentina também sofre modificações cromáticas ao</p><p>longa da vida – que resulta em maior saturação da cor – e do</p><p>aumento da mineralização – que leva ao aumento da translucidez</p><p>Fluorescência: capacidade de absorver luz de um determinado</p><p>comprimento de onda e, em resposta, emitir luz com comprimento</p><p>de onda diferente.</p><p>Embora seja difícil identificar a fluorescência sob condições</p><p>normais de iluminação – a desrespeito da luz solar ser</p><p>extremamente rica em radiação ultravioleta – é possível</p><p>evidenciar artificialmente seus efeitos, através da simples</p><p>exposição dos dentes naturais a uma luz artificial rica em radiação</p><p>ultravioleta, como a “luz negra” empregada na iluminação de casas</p><p>noturnas, por exemplo. A ausência de fluorescência em uma</p><p>restauração pode resultar em um aspecto bastante desagradável.</p><p>Opalescência: relacionada à capacidade do esmalte de refletir</p><p>as ondas curtas e, simultaneamente, transmitir as ondas longas do</p><p>espectro visível. É no terço incisal que esses efeitos óptico é</p><p>percebido com maior intensidade.</p><p>Como exemplo o esmalte dental poderá mostrar se azul diante da</p><p>luz refletida e alaranjada na luz transmitida. Quando o dente é</p><p>observado sob luz refletida, as áreas mais translúcidas</p><p>apresentam uma coloração azulada, enquanto sob luz transmitida</p><p>as mesmas áreas assumem uma coloração alaranjada.</p><p>A cor nas diferentes regiões do dente</p><p>Terço cervical: apresenta grande espessura de dentina e</p><p>esmalte delgado, normalmente nessa região se tem uma opacidade</p><p>alta e saturação da cor também alta. A pequena influência do</p><p>esmalte torna essa região com alta saturação, sendo ideal para a</p><p>tomada de cor da dentina.</p><p>Terço médio: existe um equilíbrio entre dentina e esmalte, nessa</p><p>região a luminosidade é aumentada, com isso dá para escolher</p><p>melhor a matiz.</p><p>Terço incisal ou oclusal: existe pouca ou nenhuma quantidade de</p><p>dentina, tornando essa região altamente translúcida. Nessa região</p><p>precisa se determinar qual o grau de translucidez que vai ter nesse</p><p>dente e selecionar a resina de acordo com a translucidez.</p><p>Quando a luz atravessa o esmalte e não encontra a dentina ele</p><p>perde-se e não retorna aos olhos do observador. Por isso, essa</p><p>região pode apresentar baixa luminosidade.</p><p>Métodos para avaliação e registro de cor</p><p>Método instrumental: aparelhos que realizam</p><p>eletronicamente o processo de avaliação das cores. Esses</p><p>aparelhos (colorímetros e espectrofotômetros) agem emitindo luz</p><p>e analisando o espectro refletido pelos dentes, de forma identificar</p><p>as cores presentes. Vai determinar a matiz e croma. Apresenta</p><p>um custo elevado, e o principal problema é a padronização da luz.</p><p>Método da comparação visual: Vai pegar duas resinas de</p><p>cores diferentes e vai colocar em cima do dente e vai fazer uma</p><p>comparação, pode se fazer essa comparação nos diferentes</p><p>terços do dente, porém normalmente se usa o terço médio para</p><p>determinar a cor do dente.</p><p>Pode se ainda comparar o dente natural com padrões previamente</p><p>confeccionados em resina ou cerâmicas, ou ainda utilizar um padrão</p><p>de cor indicado por determinado fabricante, ou seja, uma escala</p><p>de cores.</p><p>Sequencia para preparação da restauração</p><p>1) Checar os pontos de contato – pincipalmente dos dentes</p><p>vizinhos. Quando terminar a restauração, vai checar os pontos</p><p>de contato novamente, se a restauração tiver em excesso,</p><p>vai remover esse excesso até o ponto onde se tenha os</p><p>pontos de contato dos dentes vizinhos tocando novamente.</p><p>Fazendo isso todos os dentes vão estar em oclusão.</p><p>2) Profilaxia – deve ser feito por causa do biofilme. O biofilme</p><p>dificulta o procedimento de isolamento absoluto e o sistema</p><p>de adesão do sistema de adesivo.</p><p>3) Preparar a mesa clínica.</p><p>Princípios gerais do preparo cavitário</p><p>O preparo cavitário é o tratamento biomecânico da estrutura</p><p>dental que objetiva proporcionar melhor desempenho para o</p><p>conjunto dente-material restaurador.</p><p>1- Forma de contorno</p><p>2- Forma de resistência</p><p>3- Forma de retenção</p><p>4- Forma de conveniência</p><p>5- Remoção da dentina cariada</p><p>6- Acabamento das paredes de esmalte</p><p>7- Limpeza da cavidade</p><p>Depois que o paciente estiver</p><p>isolado e anestesiado, vai</p><p>começar com a forma de</p><p>contorno. Sempre em alta</p><p>rotação com refrigeração a</p><p>água, com isso vai fazendo a abertura inicial da cavidade.</p><p>Uma vez feito a abertura inicial,</p><p>começa a remover o excesso de</p><p>tecido cariado. É um tecido bem</p><p>amolecido que sai fácil com a cureta.</p><p>Depois utiliza se a broca esférica em</p><p>baixa rotação e vai removendo a</p><p>cárie. Por ultimo faz o acabamento:</p><p>removendo esmalte sem suporte e</p><p>realizando o acabamento das paredes.</p><p>Em seguida, realiza a limpeza da</p><p>cavidade com clorexidina ou um</p><p>detergente cavitário. Feito isso a</p><p>cavidade esta pronta.</p><p>Obs.: sempre que for trabalhar em tecido duro utiliza</p><p>se alta</p><p>rotação com água. Tecido duro utiliza se baixa rotação sem água.</p><p>Depois que a cavidade estiver</p><p>pronta, deve realizar o</p><p>condicionamento ácido, o</p><p>condicionamento ácido é feito com o</p><p>ácido fosfórico 37%. Primeiro passa o ácido no esmalte por 15</p><p>segundos, depois na dentina por 15 segundos, totalizando 30</p><p>segundos em esmalte e 15 segundos em dentina.</p><p>Após o tempo de condicionamento, a cavidade deve ser lavada por</p><p>1 minuto. A seguir, os excessos de umidade devem ser</p><p>cuidadosamente removidos, para que os componentes do sistema</p><p>adesivo não sejam diluídos. É importante lembrar que não se deve</p><p>secar a dentina totalmente, caso seque a dentina e ocorra a</p><p>evaporação de toda a água presente ali, vai sobrar então apenas</p><p>fibras colágenas. Essas fibras colágenas vão colabar (colar),</p><p>impedindo a adesão da dentina. Portanto, em cavidades que</p><p>envolvam esmalte e dentina, o ideal é que os excessos de água</p><p>sejam removidos por meio de associações de jatos de ar no</p><p>esmalte e bolinhas de algodão na dentina.</p><p>Em seguida faz a aplicação do sistema adesivo, depois</p><p>fotopolimeriza. O tempo de fotopolimerização deve ser de acordo</p><p>com o fabricante.</p><p>Feito a aplicação do sistema adesivo, é</p><p>realizado a inserção incremental da</p><p>resina, ou seja, colocando um pouco de</p><p>resina de cada vez, sempre na posição</p><p>da cúspide. Cada incremento deve ter no</p><p>máximo 2mm, e a cada incremento deve realizar a</p><p>fotopolimerização por 5 segundos. Utiliza se essa tecnica para</p><p>reduzir estresse de contração de polimerização e reduzir os</p><p>problemas causados pelo fator C.</p><p>Quando a restaurações tiver pronta, aumenta a potência (coloca</p><p>em potência máxima) e chega o mais próximo possível, fazendo</p><p>isso a resina sai do estado pré-gel para pós-gel.</p><p>Sabe se que nenhuma resina composta é capaz de se polimerizar</p><p>na presença de O2, então quando acaba a polimerização a camada</p><p>superficial da resina não vai polimerizar, com isso a resina pode</p><p>sofrer desgaste, pigmentação, infiltração entre outros. Para</p><p>evitar esse problema, elimina o O2 da superfície aplicando um gel</p><p>a base de glicerina e fotopolimeriza novamente, com isso a última</p><p>camada da resina composta também se polimeriza.</p><p>Por fim, realiza o acabamento e o polimento.</p><p>Restauração Classe I</p><p>1) Faz o condicionamento ácido – 30 segundos em esmalte, 15</p><p>segundos em dentina;</p><p>2) Após o tempo de condicionamento, a cavidade deve ser lavada</p><p>por 1 minuto;</p><p>3) A seguir, os excessos de umidade devem ser cuidadosamente</p><p>removidos. Na dentina seca cuidadosamente com bolinhas de</p><p>algodão e no esmalte utiliza se jatos de ar.</p><p>4) Em seguida faz a aplicação do sistema adesivo, depois</p><p>fotopolimeriza. Normalmente o tempo de fotopolimerização é 20</p><p>segundos;</p><p>5) Depois faz a técnica incremental, ou seja, colocando um pouco</p><p>de resina de cada vez, sempre na posição da cúspide, e cada</p><p>incremento deve ter no máximo 2mm. A cada incremento deve</p><p>realizar a fotopolimerização por 5 segundos.</p><p>6) Aplicar a resina Flow – para selar possíveis fissuras que</p><p>tenham ficado da resina composta. Faz a fotopolimerização por</p><p>20 segundos.</p><p>6) A última fotopolimerização precisa aplicar um gel a base de</p><p>glicerina e fotopolimeriza novamente por 20 segundos, com isso a</p><p>última camada da resina composta também se polimeriza.</p><p>7) Lavar;</p><p>8) Checar ponto de contato, fazer o acabamento e polimento.</p><p>Restauração classe II</p><p>Nessa restauração utiliza se uma matriz de aço. Vai colocar a</p><p>matriz entre o dente no lado que vai reconstruir a crista marginal.</p><p>Para estabilizar essa matriz, utiliza se uma cunha de madeira.</p><p>1) Recontruir a crista marginal. A última fotopolimerização da crista</p><p>marginal deve ser de 20 segundos.</p><p>2) Após a rescontrução da crista marginal vira uma classe I, então</p><p>vai repetir todos os pasos da classe 1.</p><p>3) Remover a matriz de aço, Depois remover os excessos</p><p>interproximais com lixa de aço.</p><p>Restauração classe III</p><p>A matriz é transparente. Quando dobrar a matriz por cima do</p><p>dente, vai ter a anatomização daquela resina composta. Aí depois</p><p>é só fotopolimerizar.</p><p>1) Proteção do dente vizinho – Teflon;</p><p>2) Condicionamento ácido – 30 segundos em esmalte;</p><p>3) Lavar;</p><p>4) Secar totalmente o esmalte;</p><p>5) Fazer a aplicação do sistema de adesivo;</p><p>6) Colocar a matriz de poliéster, e vai colocando e adaptando a</p><p>resina. Após dobrar a matriz por cima da restauração,</p><p>fotopolimeriza por 20 segundos.</p><p>7) Acabamento – tiras de lixa. E polimento.</p><p>Restauração classe IV</p><p>Existe várias formar de fazer. Uma delas é uma base a partir de</p><p>enceramento e diagnóstico – técnica da barreira.</p><p>Molda o paciente com alginato, vaza com gesso e aí coloca uma</p><p>resina no local sem ataque ácido, só para o paciente ir para casa.</p><p>No outro dia, realiza o enceramento e diagnóstico, reconstruir no</p><p>modelo de gesso a cera, e vai moldar a face lingual – técnica da</p><p>barreira.</p><p>1) Protege o dente vizinho;</p><p>2) Faz o condicionamento ácido.</p><p>3) Lava e seca;</p><p>4) Aplicação do sistema de adesivo. Fotopolimeriza por 20</p><p>segundos.</p><p>5) Pega uma resina bem translucida e adapta na barreira.</p><p>6) Quando tirar a barreira, vai ter um gabarito do formato do</p><p>dente. Em seguida, vai preencher as camadas. As camadas mais</p><p>internas do dente utiliza se resina mais opaca, nas camadas mais</p><p>superficiais utiliza se resinas mais translucidas.</p><p>7) Aplicar o gel bloqueador de oxigênio. Fotopolimeriza.</p><p>Restauração classe V</p><p>Pode fazer com um ou dois incrementos no máximo.</p><p>Obs.: buscar o condicionamento ácido e adesão no terço médio</p><p>oclusal, para que parte da resina fique aderida no esmalte.</p><p>Acabamento e polimento</p><p>Toda restauração precisa receber acabamento e polimento.</p><p>Acabamento: redução grosseira da restauração. É feito para da</p><p>forma a restauração trabalhar a forma do dente de forma</p><p>grosseira, utilizando ponta diamantadas, brocas multilaminadas,</p><p>lâmina de bisturi, lixas de aço.</p><p>Polimento: é a redução das ranhuras causadas pelo acabamento.</p><p>Nesse processo ganha brilho, pode ser feito com pontas de silicone</p><p>abrasivas entre outros.</p><p>Consiste na aplicação de um ou mais materiais de proteção à polpa,</p><p>a fim de manter sua vitalidade.</p><p>O elemento dental sadio possui proteção própria. Suas estruturas</p><p>mineralizadas, esmalte e dentina, protegem-se mutuamente, ao</p><p>mesmo tempo em que fornecem proteção à polpa. O esmalte é</p><p>uma estrutura altamente mineralizada e, por ser duro, pouco</p><p>permeável, resistente ao desgaste e bom isolante elétrico, protege</p><p>a dentina, que é permeável e pouco resistente ao desgaste. Por</p><p>outro lado, a dentina, graças a sua resiliência, protege o esmalte,</p><p>que é friável. O conjunto mineralizado esmalte-dentina protege a</p><p>polpa, que, por sua vez, forma dentina e mantém a vitalidade</p><p>pulpar, proporcionando ao elemento dental nutrição, sensibilidade e</p><p>defesa.</p><p>Espera se que, quando houver perda de estrutura dental, o</p><p>material ou o conjunto de materiais restauradores será capaz de</p><p>manter vivo o órgão pulpar e de restabelecer a homeostasia do</p><p>conjunto esmalte-dentina-polpa.</p><p>A restauração dos elementos dentais pode ser feita com o objetivo</p><p>puramente estético, para devolver harmonia a dentes que não</p><p>foram acometidos por injúrias, como no caso de reanatomização</p><p>de dentes conoides e fechamento de diastemas, ou ocorrer em</p><p>dentes acometidos por cárie e fratura, entre outras lesões. No</p><p>primeiro caso, o processo restaurador não demandaria cuidados</p><p>extras no que tange à proteção do complexo dentinopulpar.</p><p>Em dentes com perda de estrutura dentária, cuidados devem ser</p><p>tomados para que o elemento dental em questão possa readquirir</p><p>estética e função com o mínimo de dano ao sistema dentina-polpa,</p><p>mantendo sua vitalidade, eliminando o processo infeccioso e/ou</p><p>inflamatório e, ainda, em caso de exposição pulpar, promovendo a</p><p>cura pela formação de dentina reparadora. Nesse contexto,</p><p>quanto menor a quantidade de remanescente dentinário entre a</p><p>polpa e a cavidade, maior deve ser a preocupação em relação aos</p><p>procedimentos que visem</p>

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