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<p>1, 2, 3, 4, 5 - Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo –</p><p>Brasil.</p><p>6 – Docente do curso de Enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo – Brasil.</p><p>CUIDADOS INTEGRAIS DO ENFERMEIRO AO NEONATO EM SEPSE</p><p>Andressa Dayane Massucatto Campeão ¹</p><p>Guilherme Rangel Nunes de Souza ²</p><p>Hellen Fátima de Oliveira Manzano ³</p><p>Juliana Clemente 4</p><p>Thainá Alves Lacerda 5</p><p>Allison Scholler de Castro Villas Boas 6</p><p>RESUMO: Introdução: A sepse neonatal é uma das principais causas de mortalidade</p><p>neonatal em todo o mundo. A enfermagem desempenha um papel crucial no cuidado</p><p>do recém-nascido com sepse neonatal, incluindo a detecção de sinais e sintomas, o</p><p>diagnóstico e a intervenção precoce. A existência de protocolos atualizados pode</p><p>melhorar as práticas de enfermagem e a compreensão da doença. Objetivo:</p><p>Identificar o papel, manejo e cuidado realizado pelo enfermeiro frente ao neonato em</p><p>sepse. Material e métodos: Revisão integrativa da literatura, com busca de artigos</p><p>na PubMed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram artigos</p><p>publicados na íntegra, entre 2018 e 2023, em inglês, espanhol e português. Foram</p><p>excluídos os artigos fora desse período, não relacionados com o tema e com</p><p>duplicidade. Resultado e discussão: Foram selecionados 11 artigos para a revisão,</p><p>sendo 9 da base de dados PubMed e 2 da BVS. Os métodos utilizados incluem revisão</p><p>bibliográfica e pesquisa de campo quantitativa-descritiva. A sepse neonatal é uma</p><p>condição grave que pode levar à morbidade e mortalidade em recém-nascidos.</p><p>Diversos estudos têm identificado determinantes relacionados a essa condição, como</p><p>idade gestacional menor que 37 semanas, ruptura prematura da membrana, falta de</p><p>choro imediato ao nascer, necessidade de reanimação, ventilação artificial, escore de</p><p>APGAR abaixo de 7 no quinto minuto, presença de febre no intraparto, histórico de</p><p>infecções, falta de acesso a profissionais de saúde capacitados e demora na</p><p>identificação e cuidado. Além disso, fatores socioeconômicos e demográficos também</p><p>desempenham um papel importante. Neonatos prematuros e de baixo peso ao nascer</p><p>são particularmente suscetíveis à sepse devido à imaturidade do sistema imunológico</p><p>e à fragilidade das barreiras de proteção. Para o manejo da sepse neonatal, estudos</p><p>recomendam a implementação de protocolos de tratamento, obtenção de</p><p>hemoculturas antes do início da antibioticoterapia, uso de antibioticoterapia empírica</p><p>de amplo espectro e acompanhamento clínico e laboratorial para ajuste do tratamento.</p><p>O uso consciente de antibióticos e a prevenção de infecções hospitalares são</p><p>aspectos importantes a serem considerados para evitar o surgimento de bactérias</p><p>multirresistentes. Além disso, estudos destacam a importância da equipe de</p><p>enfermagem na prevenção e tratamento da sepse neonatal. A sobrecarga de trabalho</p><p>e a falta de higienização adequada das mãos são fatores que podem contribuir para</p><p>a disseminação de infecções. Portanto, é essencial que a equipe de enfermagem</p><p>assuma um papel de liderança no cuidado aos recém-nascidos, garantindo práticas</p><p>corretas e evitando procedimentos desnecessários. Considerações finais: A</p><p>sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem nas unidades de terapia intensiva</p><p>neonatal e a falta de higienização das mãos estão associadas a um aumento nas</p><p>infecções relacionadas à corrente sanguínea. O uso consciente de antibióticos e a</p><p>2</p><p>liderança da equipe de enfermagem são essenciais para evitar procedimentos</p><p>desnecessários. Medidas como identificação de determinantes, atenção à saúde</p><p>materna e acesso a profissionais capacitados podem contribuir para a redução da</p><p>morbidade e mortalidade neonatais pela sepse.</p><p>Descritores: Sepse neonatal; Enfermagem neonatal; Unidade de terapia</p><p>intensiva neonatal.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Desde o surgimento da civilização, doenças por causas infecciosas vêm sendo</p><p>um grande obstáculo na prevenção à saúde. Ao longo do tempo, com o objetivo de</p><p>classificar o paciente de maneira eficiente e melhorar o tratamento da infecção,</p><p>nomenclaturas foram associadas à infecção grave, sendo classificadas por Síndrome</p><p>da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS), Sepse, Sepse grave e Choque Séptico</p><p>(COREN, 2020). Destas é a sepse a mais preponderante na causa de mortalidade,</p><p>seja ela neonatal, infantil ou adulta (GARCIA; TONIAL; PIVA, 2020).</p><p>A sepse é uma condição grave e potencialmente fatal, que pode ocorrer em</p><p>resposta a uma infecção, que resulta de uma complexa interação entre o micro-</p><p>organismo infectante e a resposta imune do hospedeiro (UCHÔA, 2021). Também</p><p>definida por uma alteração orgânica, capaz de desencadear uma série de</p><p>anormalidades no sistema como um todo, gerando um agravo generalizado,</p><p>colocando em risco a vida, tudo causado por uma resposta desregulada do hospedeiro</p><p>à infecção (SINGER, et al., 2016).</p><p>Em casos graves, a sepse pode levar à falência múltipla de órgãos e sistemas.</p><p>O tratamento da sepse evoluiu significativamente na última década, principalmente</p><p>com o protocolo de Surviving Sepsis Campaign, que padronizou a abordagem</p><p>diagnóstica e terapêutica da doença (UCHÔA, 2021).</p><p>A ressuscitação inicial é uma medida importante para restaurar a perfusão</p><p>tecidual e reduzir a morbidade e mortalidade, junto com a identificação do agente</p><p>infeccioso, para que haja o planejamento adequado do tratamento com</p><p>antibioticoterapia, uma vez que não se pode dispensar o controle do foco de infecção,</p><p>pois, também é crucial para o sucesso do tratamento (EVANS, et al., 2021).</p><p>3</p><p>No entanto, o tratamento da sepse é complexo e deve ser individualizado de</p><p>acordo com as características do paciente e do agente infeccioso. É importante que a</p><p>abordagem diagnóstica e terapêutica seja realizada por uma equipe multidisciplinar</p><p>em um ambiente de cuidados intensivos (UCHÔA, 2021).</p><p>A Sepse neonatal é definida como uma infecção bacteriana sistêmica ou</p><p>também, uma disfunção orgânica em um recém-nascido (ANVISA, 2020). Segundo a</p><p>Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse neonatal por se tratar de uma</p><p>disfunção orgânica, pode levar a morte do RN no primeiro mês de vida. Se não for</p><p>reconhecida precocemente e tratada efetivamente, pode levar ao choque séptico,</p><p>falência múltipla dos órgãos e morte, um processo em cadeia. Pode se dar dentro de</p><p>dois cenários abrangentes, dentro de 72 horas após o nascimento, ou, também</p><p>manifestando-se após esse período dentro dos 28 primeiros dias de nascido</p><p>(GLASER, et al., 2021).</p><p>O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da sepse neonatal são cruciais</p><p>para a sobrevivência do recém-nascido (ANVISA, 2020). A cada 100.000 recém-</p><p>nascidos vivos, segundo Fleischmann-struzek, et al. (2018) em média 2.202</p><p>apresentam ou desenvolvem sepse neonatal, com mortalidade entre 11% e 19%</p><p>sendo a sexta maior causa de mortes neonatais no mundo. A OMS estima 178.000</p><p>mortes por ano, sendo mais comum em países de baixa e média renda (WHO, 2019).</p><p>Além disso, a infecção neonatal também pode levar a complicações graves, como</p><p>danos neurológicos e retardo no desenvolvimento (SEWELL; ROBERTS;</p><p>MUKHOPADHYAY, 2021).</p><p>O enfermeiro é o profissional encarregado do cuidado do recém-nascido com</p><p>sepse neonatal e, é o primeiro a detectar os sinais e sintomas da infecção,</p><p>desempenhando um papel crucial no diagnóstico e na intervenção precoce. Souza et</p><p>al. (2015) ressalta a importância de fornecer protocolos atualizados para a sepse</p><p>neonatal, com diretrizes claras que possam aprimorar o trabalho dos profissionais e</p><p>orientar o cuidado ao paciente. A existência de protocolos pode melhorar as</p><p>intervenções terapêuticas, constatar a ocorrência de sepse neonatal e auxiliar na</p><p>compreensão da manipulação da doença durante a investigação clínica (SOUZA, et</p><p>al., 2015).</p><p>Mediante a isso surgiu o questionamento: qual o papel e cuidado da</p><p>4</p><p>enfermagem no neonato em sepse? É de extrema importância uma</p><p>revisão</p><p>bibliográfica sobre o tema, a fim de identificar quais são as melhores práticas de</p><p>enfermagem no diagnóstico, prevenção e tratamento da sepse neonatal, bem como</p><p>possíveis lacunas na literatura e áreas que precisam ser mais exploradas. Essa</p><p>revisão pode fornecer informações valiosas para os profissionais de saúde e gestores</p><p>que buscam melhorar a qualidade dos cuidados neonatais, bem como para cientistas</p><p>e pesquisadores que desejam avançar no conhecimento sobre a sepse neonatal.</p><p>2. OBJETIVO</p><p>Identificar o papel, manejo e cuidado realizado pelo enfermeiro frente ao</p><p>neonato em sepse.</p><p>3. MATERIAL E MÉTODOS</p><p>Este estudo é uma revisão integrativa da literatura e para a sua elaboração,</p><p>seguiu-se as seis etapas, descritas por Dorsa (2020), sendo elas: I. busca de um tema</p><p>de pesquisa, II. definição de descritores e fontes de consulta, III. estabelecimento de</p><p>uma linha de raciocínio e pesquisa, IV. busca em bases de dados científicas, V.</p><p>identificação do papel e dos cuidados do enfermeiro frente ao neonato em sepse, VI.</p><p>seleção e inclusão dos artigos relevantes para a revisão bibliográfica. Foram utilizadas</p><p>as bases de dados: PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os</p><p>questionamentos que direcionaram essa revisão foram: Quais os manejos e cuidados</p><p>realizados pelo enfermeiro ao neonato em sepse?</p><p>Então no dia 17 de abril de 2023, já com os descritores estabelecidos, os</p><p>autores foram divididos em dois grupos para garantir uma coleta de dados imparcial e</p><p>uniforme, que trouxesse informações limpas e coesas. Os descritores em ciência da</p><p>saúde (DECS) utilizados foram: “sepse neonatal”, “enfermagem neonatal” e “unidade</p><p>de terapia intensiva neonatal” no primeiro buscador e “neonatal sepsis”, “neonatal</p><p>nursing” e “intensive care unit neonatal” no segundo.</p><p>Para a triagem dos artigos foram utilizados o uso do booleano “AND’’ para</p><p>interligar os descritores e considerados artigos publicados nos últimos 5 anos, sendo</p><p>de 2018 a 2023, no idioma português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra e de</p><p>5</p><p>forma gratuita e/ou paga. Foram selecionados 86 artigos, elegidos para leitura prévia</p><p>do título e resumo, onde foram excluídos desta pesquisa todos aqueles publicados</p><p>fora do prazo, que fugiam do campo de pesquisa ou que possuíam duplicidade,</p><p>resultando em 77 artigos para leitura íntegra. Destes artigos, 11 foram incluídos nesta</p><p>revisão bibliográfica.</p><p>4. RESULTADOS</p><p>Após análise dos 77 artigos selecionados após os filtros, 66 artigos foram</p><p>excluídos, pois não abrangiam o tema de pesquisa, resultando em 11 artigos para</p><p>leitura na íntegra. Dos 11 artigos selecionados, 9 são da base de dados PubMed e 2</p><p>da BVS. Os métodos utilizados foram: revisão bibliográfica e pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva. O ano de publicação dos artigos varia entre 2018 e 2023, com</p><p>prevalência de quatro estudos de 2020.</p><p>Figura 1. Fluxograma de análise de dados.</p><p>O perfil dos artigos selecionados encontra-se a seguir, onde são descritos a</p><p>base de dados, título, objetivo e tipo de estudo, resultado e discussões e</p><p>considerações/ conclusões, respectivamente.</p><p>6</p><p>Quadro 1. Dados de identificação, publicação dos artigos, dados de pesquisa quanto ao objetivo, método, resultados e conclusão, 2023.</p><p>Base de</p><p>dados</p><p>Título Autores e</p><p>periódicos</p><p>Objetivo e tipo de</p><p>estudo</p><p>Resultado e Discussões Considerações/ Conclusões</p><p>PUBMED Preditores de</p><p>mortalidade entre</p><p>recém-nascidos</p><p>hospitalizados com</p><p>sepse neonatal: um</p><p>estudo de controle</p><p>de casos do sul da</p><p>Etiópia</p><p>BEKELE, T. et al.</p><p>BMC Pediatrics</p><p>(2022)</p><p>Determinar os fatores de</p><p>previsão da mortalidade</p><p>entre os recém-nascidos</p><p>admitidos com sepse no</p><p>hospital geral de Durame,</p><p>sul da Etiópia, 2020.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva</p><p>No total, foram incluídos neste</p><p>estudo 55 casos e 164</p><p>controles. Mais de três quartos</p><p>dos casos tiveram sepses de</p><p>início precoce. A análise de</p><p>regressão logística</p><p>multivariada mostrou que os</p><p>fatores preditores de</p><p>mortalidade foram: má</p><p>alimentação, dificuldade</p><p>respiratória, idade gestacional</p><p>estimada inferior a 37</p><p>semanas, e convulsão.</p><p>A prematuridade, má</p><p>alimentação e dificuldade</p><p>respiratória são fatores</p><p>importantes, para ocasionar a</p><p>morte neonatal em decorrência</p><p>de sepse. Ressalta-se a extrema</p><p>importância de os pais ficarem</p><p>atentos aos fatores de risco, para</p><p>não ocasionar a septicemia, e</p><p>com isso reduzir a mortalidade</p><p>neonatal.</p><p>PUBMED Uso de antibióticos</p><p>em recém-nascidos</p><p>de muito baixo</p><p>peso após um</p><p>programa de</p><p>manejo</p><p>antimicrobiano</p><p>BERARDI, A. et al.</p><p>Antibiotics</p><p>(2021)</p><p>Avaliar as mudanças no</p><p>uso de antibióticos em</p><p>uma corte de neonatos</p><p>admitidos em um centro</p><p>italiano de nível três antes</p><p>e depois da introdução de</p><p>um programa de EA.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva</p><p>Estratégias seguras permitiram</p><p>uma redução significativa do</p><p>uso desnecessário de</p><p>antibióticos em recém-</p><p>nascidos a termo por meio de</p><p>estimativas quantitativas de</p><p>risco e exames físicos</p><p>seriados. RNMBP é uma</p><p>população pequena, mas de</p><p>alto risco infeccioso, na qual o</p><p>uso de antibióticos é comum.</p><p>Verificou-se que a redução de</p><p>terapias antimicrobianas não</p><p>está associada a segurança para</p><p>neonatos. Os Antibióticos são de</p><p>extrema importância no</p><p>tratamento, sendo eles os mais</p><p>usados em unidades de terapia</p><p>intensiva neonatal.</p><p>PUBMED O que impulsiona a</p><p>mudança nas</p><p>unidades de</p><p>cuidados intensivos</p><p>neonatais? Um</p><p>estudo qualitativo</p><p>com médicos e</p><p>enfermeiros em</p><p>seis países</p><p>CUTTINI, M. et al.</p><p>Pediatric Research</p><p>(2020)</p><p>Explorar os fatores que</p><p>desencadeiam a mudança</p><p>nas unidades de cuidados</p><p>intensivos neonatais.</p><p>Aplicando sempre novos</p><p>conhecimentos práticos e</p><p>científicos, pesquisas,</p><p>investimento de novas</p><p>tecnologias. Observar</p><p>Seis categorias de mudanças</p><p>foram identificadas: novos</p><p>conhecimentos/tecnologias,</p><p>regulamentos externos,</p><p>normalização de práticas,</p><p>participação em pesquisa,</p><p>eventos adversos e desejo de</p><p>melhorar cuidados. Inovações</p><p>internas com novas</p><p>Os estudos realizados ajudam</p><p>não só os países da Europa,</p><p>como podem contribuir para</p><p>planejamentos e estratégias para</p><p>o melhor cuidado dos pacientes</p><p>em unidades de terapia intensiva</p><p>em todo o mundo.</p><p>7</p><p>europeus. como tais mudanças</p><p>podem interferir durante o</p><p>decorrer do tratamento,</p><p>como a mudança é capaz</p><p>de interferir e acarretar na</p><p>transformação do</p><p>ambiente.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>qualitativa</p><p>tecnologias, consideradas</p><p>benéficas para os pacientes,</p><p>tinham mais chances de terem</p><p>consenso e serem</p><p>implementadas rapidamente.</p><p>Contudo, nos remete que, com</p><p>as implementações na UTIN,</p><p>foi possível observar</p><p>mudanças significativas no</p><p>decorrer do tratamento e</p><p>evolução de melhora dos</p><p>pacientes neonatais. Um setor</p><p>organizado, com baseamento</p><p>teórico e uma prática cientifica,</p><p>foi capaz de observar melhora</p><p>no quadro clínico, como por</p><p>exemplo, a Sepse.</p><p>PUBMED Translação do</p><p>conhecimento após</p><p>a implementação</p><p>de um Caminho de</p><p>Sepse Pediátrica</p><p>em todo o estado</p><p>no departamento</p><p>de emergência: um</p><p>estudo de pesquisa</p><p>multicêntrico</p><p>HARLEY, A. et al.</p><p>BMC Health Serv</p><p>Res. (2021)</p><p>Determinar o</p><p>conhecimento de</p><p>enfermagem sobre o</p><p>reconhecimento,</p><p>escalonamento e manejo</p><p>da sepse pediátrica.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva</p><p>O estudo evidenciou que</p><p>mesmo com a sobrecarga no</p><p>âmbito de trabalho, o</p><p>enfermeiro é o primeiro contato</p><p>com o paciente no</p><p>Departamento de Emergência,</p><p>são os responsáveis pela</p><p>avaliação inicial e contínua. Os</p><p>enfermeiros estão</p><p>posicionados de forma correta</p><p>para reconhecer e encaminhar</p><p>a sepse.</p><p>Os órgãos australianos</p><p>responderam desenvolvendo um</p><p>Plano de Ação Nacional de</p><p>Sepse para aumentar o</p><p>gerenciamento da doença</p><p>PUBMED Determinantes da</p><p>sepse neonatal</p><p>entre neonatos na</p><p>parte noroeste da</p><p>Etiópia: estudo de</p><p>caso-controle</p><p>ALEMU, M. et al.</p><p>Ital J Pediatr. 2019</p><p>Nov 28;45(1):150.</p><p>Identificar os</p><p>determinantes</p><p>da sepse</p><p>neonatal na parte</p><p>noroeste da Etiópia.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva</p><p>Foram incluídos neste estudo</p><p>82 neonatos com sepse</p><p>(casos) e 164 neonatos sem</p><p>sepse (controles). Parto</p><p>prematuro, neonatos que não</p><p>choraram imediatamente ao</p><p>nascer e receberam</p><p>reanimação ao nascer foram</p><p>Ruptura prematura de</p><p>membranas foi considerado</p><p>determinante obstétrico</p><p>relacionado à sepse neonatal,</p><p>idade gestacional < 37 semanas,</p><p>não chorar imediatamente ao</p><p>nascimento e ter recebido</p><p>reanimação ao nascimento foram</p><p>8</p><p>preditores significativos de</p><p>sepse neonatal. O parto</p><p>prematuro foi 6,9 vezes mais</p><p>provável de resultar em sepse</p><p>neonatal do que o parto a</p><p>termo.</p><p>fatores de risco neonatais</p><p>relacionados à sepse neonatal.</p><p>As estratégias de prevenção de</p><p>infecções precisam ser</p><p>fortalecidas e/ou implementadas,</p><p>dando atenção especial aos</p><p>determinantes especificados.</p><p>PUBMED Diretrizes</p><p>internacionais da</p><p>campanha</p><p>Surviving sepsis</p><p>para o manejo do</p><p>choque séptico e</p><p>disfunção orgânica</p><p>associada à sepse</p><p>em crianças</p><p>WEISS, S. L. et al.</p><p>Intensive Care Med.</p><p>(2020)</p><p>Determinar as melhores</p><p>recomendações para</p><p>profissionais de saúde</p><p>lidarem com sepse</p><p>pediátrica.</p><p>Revisão bibliográfica.</p><p>Foram selecionadas 77 ações</p><p>para o manejo da sepse.</p><p>Destas, apenas 6 foram</p><p>altamente recomendadas com</p><p>base em evidências científicas</p><p>e consenso de especialistas,</p><p>enquanto outras precisam de</p><p>mais pesquisas. As ações</p><p>foram divididas em categorias,</p><p>como triagem, diagnóstico e</p><p>tratamento sistemático da</p><p>sepse, terapia antimicrobiana,</p><p>controle hemodinâmico,</p><p>nutrição e profilaxia.</p><p>Entre todas as recomendações,</p><p>poucas realmente demonstraram</p><p>uma base solida de fundamentos</p><p>e resultou em um consenso entre</p><p>os especialistas, demonstrando a</p><p>necessidade de melhorar as</p><p>pesquisas sobre o assunto.</p><p>PUBMED O aumento da</p><p>carga de trabalho</p><p>da enfermagem</p><p>está associado a</p><p>infecções da</p><p>corrente sanguínea</p><p>em recém-nascidos</p><p>de muito baixo</p><p>peso.</p><p>KUNG, E., et al.</p><p>Sci Rep. (2019)</p><p>Estudar a relação da</p><p>sobrecarga da equipe de</p><p>enfermagem com o</p><p>aumento de infecções</p><p>sanguíneas em pacientes</p><p>em UTIN de muito baixo</p><p>peso.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva.</p><p>O estudo mostrou que altas</p><p>cargas de trabalho de</p><p>enfermagem estão</p><p>significativamente associadas</p><p>a mais infecções sanguíneas</p><p>em pacientes de muito baixo</p><p>peso. Uma carga de trabalho</p><p>acima de 120% resultou em</p><p>mais que o dobro de ocorrência</p><p>de infecções nessa população</p><p>vulnerável.</p><p>Destaca-se a importância do</p><p>equilíbrio entre a proporção da</p><p>equipe de enfermagem e o</p><p>número de pacientes na UTIN</p><p>para a entrega de melhores</p><p>cuidados e prevenção de</p><p>doenças serias que estão</p><p>presentes entre as maiores</p><p>causas de mortalidade em</p><p>neonatos.</p><p>PUBMED Enfermeiras</p><p>responsáveis</p><p>assumindo o</p><p>comando,</p><p>desafiando a</p><p>cultura da sepse</p><p>SHUKLA, S., et al.</p><p>Am J Perinatol.</p><p>2022</p><p>Jun;39(8):861-868</p><p>Reduzir a taxa de uso</p><p>mensal de antibióticos na</p><p>UTIN de uma linha de</p><p>base de 330 para 200 até</p><p>dezembro de 2018.</p><p>Desenho do estudo</p><p>Antes do ASP na UTIN, nossa</p><p>AUR média era de 330 DOT</p><p>por 1.000 pacientes-dia. Houve</p><p>uma diminuição para uma</p><p>média de 297 em 2016, mas</p><p>com grandes flutuações.</p><p>Nossos esforços sequenciais de</p><p>melhoria da qualidade (QI)</p><p>levaram a uma redução no AUR.</p><p>Implementamos processos para</p><p>estabelecer um programa</p><p>robusto de administração de</p><p>9</p><p>com cultura</p><p>negativa e</p><p>prevenindo</p><p>Infecções de linha</p><p>para reduzir o uso</p><p>de antibióticos na</p><p>UTIN</p><p>identificou três</p><p>motivadores principais</p><p>como segue envolver</p><p>enfermeiras responsáveis</p><p>pela UTIN, desafiar a</p><p>cultura de sepse com</p><p>cultura negativa e reduzir</p><p>infecções da corrente</p><p>sanguínea associadas à</p><p>linha central (CLABSI).</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva.</p><p>Focamos na redução das</p><p>ICSACs em conjunto com o</p><p>controle de infecções, então os</p><p>AUR mensais de março a</p><p>dezembro de 2018 ficaram</p><p>abaixo da linha central (296 na</p><p>era ASP pré infecção</p><p>sanguínea associada a cateter</p><p>central), criando uma linha</p><p>central AUR de 217 na era ASP</p><p>pós-CLABSI, indicando uma</p><p>mudança significativa e</p><p>estatisticamente relevante no</p><p>processo.</p><p>antibióticos que incluía intervalos</p><p>de antibióticos liderados por</p><p>enfermeiras responsáveis pela</p><p>UTIN e um foco na prevenção de</p><p>infecção sanguínea associada a</p><p>cateter central que eram</p><p>mantidas além do período de QI.</p><p>PUBMED Fatores de risco</p><p>para a duração do</p><p>internamento dos</p><p>recém-nascidos na</p><p>UTIN: uma revisão</p><p>sistemática</p><p>FU, M. et al.</p><p>Front Pediatr (2023)</p><p>Identificar os fatores de</p><p>risco que influenciam a</p><p>sepse tardia em recém-</p><p>nascidos, fornecendo</p><p>base para intervenções e</p><p>redução do quadro</p><p>prolongado.</p><p>Revisão bibliográfica.</p><p>Foram incluídos 23 estudos,</p><p>dos quais 5 eram de alta</p><p>qualidade e 18 de qualidade</p><p>moderada, não havendo</p><p>literatura de baixa qualidade.</p><p>Os estudos relataram 58</p><p>possíveis fatores de risco em</p><p>seis grandes categorias</p><p>(fatores inerentes; tratamento</p><p>pré-natal e fatores maternos;</p><p>doenças e condições adversas</p><p>do recém-nascido; tratamento</p><p>do recém-nascido; escores</p><p>clínicos e indicadores</p><p>laboratoriais; fatores</p><p>organizacionais).</p><p>Foram identificados muitos</p><p>fatores de riscos, como o peso do</p><p>recém-nascido, a idade</p><p>gestacional, sepse, displasia</p><p>bronco pulmonar, retinopatia da</p><p>prematuridade, são necessários</p><p>estudos de melhor qualidade,</p><p>para que seja descoberto outros</p><p>fatores, e para ter outros estudos</p><p>relacionados.</p><p>BVS Condições clínicas</p><p>e perfil metabólico</p><p>de prematuros do</p><p>nascimento aos</p><p>seis meses de</p><p>idade corrigida.</p><p>BORGES, A. I. G. et</p><p>al.</p><p>Revista Eletrônica</p><p>de Enfermagem</p><p>(2018)</p><p>Identificar a relação entre</p><p>a condição clínica dos</p><p>recém-nascidos</p><p>prematuros com os seus</p><p>perfis metabólicos aos</p><p>seis meses de idade</p><p>corrigidos.</p><p>Evidenciou-se que a glicemia</p><p>se manteve estável desde a</p><p>admissão na unidade de</p><p>terapia intensiva neonatal até</p><p>seis meses de idade corrigida,</p><p>sem diferença estatisticamente</p><p>significativa. No entanto, os</p><p>níveis de colesterol total,</p><p>Comorbidades como Enterocolite</p><p>necrosante e sepse tardia</p><p>apresentaram diferença</p><p>estatística significativa nos níveis</p><p>de insulina. Isso sugere que a</p><p>elevação da insulina pode ser um</p><p>indicador precoce de sepse. Os</p><p>RNPT são propensos a ter</p><p>10</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva.</p><p>triglicerídeos e insulina</p><p>apresentaram mudanças</p><p>significativas ao longo do</p><p>tempo, com aumento</p><p>significativo dos níveis de</p><p>colesterol total e diminuição</p><p>significativa dos triglicerídeos e</p><p>dos níveis de insulina desde a</p><p>admissão aos seis meses de</p><p>idade corrigida. Foi possível</p><p>notar uma maior concentração</p><p>de insulina em pacientes com</p><p>sepse tardia ou Enterocolite</p><p>necrosante</p><p>complicações metabólicas e</p><p>doenças cardíacas no futuro</p><p>devido a alterações nos níveis de</p><p>lipídios e insulina encontrados. A</p><p>equipe de saúde deve monitorar</p><p>o nível de açúcar no sangue,</p><p>perfil lipídico e insulínico e</p><p>administrar aminoácidos em alta</p><p>concentração para cuidar dos</p><p>RNPT durante a hospitalização e</p><p>depois da alta. É importante</p><p>realizar mais pesquisas para</p><p>obter valores de referência para</p><p>esse grupo.</p><p>BVS Determinantes do</p><p>óbito em</p><p>prematuros de</p><p>Unidades de</p><p>Terapia Intensiva</p><p>Neonatais no</p><p>interior do Nordeste</p><p>LIMA, R. G. et al.</p><p>Rev. Bras. Saúde</p><p>Mater. Infant.</p><p>(2020)</p><p>Avaliar e determinar as</p><p>maiores causas de óbitos</p><p>em bebês de unidades de</p><p>terapia intensiva</p><p>neonatais no brasil.</p><p>Pesquisa de campo</p><p>quantitativa-descritiva.</p><p>Dos 181 prematuros</p><p>analisados, 18,8% evoluíram</p><p>para óbito. 72,4%</p><p>apresentaram sepse precoce e</p><p>35,4% sepse tardia, onde os</p><p>maiores riscos foram os</p><p>prematuros que necessitaram</p><p>de reanimação, utilizaram</p><p>surfactante na sala de parto</p><p>e/ou UTI neonatal, com uso de</p><p>7 ou mais dias de acesso</p><p>venoso central e maior número</p><p>de dias de ventilação mecânica</p><p>invasiva.</p><p>A taxa de óbitos foi superior ao</p><p>verificado em pesquisas</p><p>semelhantes em outros países</p><p>como Suécia, Canada</p><p>e China e</p><p>o números de septicemias foi</p><p>alto, sendo assim é importante</p><p>ressaltar as desigualdades</p><p>sociais e regionais e a</p><p>necessidade de melhores ações</p><p>preventivas de infecções</p><p>relacionadas a assistência à</p><p>saúde (IRAS).</p><p>11</p><p>5. DISCUSSÃO</p><p>Com o objetivo de dinamizar as informações desta revisão, optou-se pela</p><p>criação de três tópicos fundamentados nos artigos selecionados para este estudo.</p><p>5.1 Fatores determinantes da sepse</p><p>De acordo com Alemu, et al. (2019) e Fu, et al. (2023), apesar da</p><p>implementação de diversas intervenções preventivas, a identificação dos fatores</p><p>determinantes relacionados à sepse são cruciais e de suma importância, destacando-</p><p>se: idade gestacional menor que 37 semanas, ruptura prematura da membrana</p><p>(PROM), não chorar imediatamente ao nascer, receber reanimação após o</p><p>nascimento, necessidade de ventilação artificial, escore de APGAR menor que 7 no</p><p>quinto minuto, presença de febre no intraparto, histórico de infecção urinária ou</p><p>infecção sexualmente transmissível, falta de acesso a profissionais de saúde bem</p><p>treinados e demora na identificação e cuidado.</p><p>Conforme estudos realizados por Bekele, et al. (2022), a sepse neonatal é uma</p><p>doença que se agrava rapidamente, devido a imaturidade do sistema imunológico, em</p><p>particular nos neonatos prematuros, assim como evidenciou Alemu, et al. (2019) e Fu,</p><p>et al. (2023). A grande suscetibilidade do prematuro, também ocorre devido as</p><p>barreiras cutâneas, o mecanismo de defesa das mucosas e barreiras hemato</p><p>encefálicas estarem pouco desenvolvidas.</p><p>Fu, et al. (2023), ao analisar 23 estudos identificou 58 fatores de risco</p><p>relacionado ao tempo de internação de recém-nascidos em UTIN, sendo agrupados</p><p>em 6 categorias, que são: fatores inerentes; tratamento pré-natal e fatores maternos,</p><p>doenças e condições adversas do recém-nascido; tratamento do recém-nascido;</p><p>escores clínicos e indicadores laboratoriais; fatores organizacionais. Entretanto</p><p>ressalta os escores desenvolvidos especificamente para a medicina neonatal, como o</p><p>escore de APGAR, o escore para fisiologia aguda neonatal (SNAPPE), o índice de</p><p>avaliação de morbidade para recém-nascidos (MAIN), o índice de risco crítico para</p><p>bebês (CRIB), o índice de risco de transporte de estabilidade fisiológica (TRIPS) e</p><p>escala de Hassan. Portanto, de acordo com Alemu, et al. (2019) e Fu, et al. (2023), os</p><p>12</p><p>fatores de risco mais críticos para recém-nascidos que possam apresentar sepse é o</p><p>baixo peso ao nascer, a idade gestacional menor que 37 semanas, (PROM), além dos</p><p>fatores sociodemográficos.</p><p>As características sociodemográficas também são fatores determinantes,</p><p>conforme aponta o estudo de Lima, et al. (2020) que conclui que a sepse neonatal é</p><p>uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal em países em</p><p>desenvolvimento. O mesmo autor reforça a necessidade de uma maior atenção em</p><p>relação a saúde e nutrição materna, haja vista a necessidade de melhorar a</p><p>imunização da gestante e a melhoria no serviço de assistência perinatal com</p><p>profissionais capacitados e qualificados para identificar e prestar a devida assistência,</p><p>de maneira rápida e eficiente.</p><p>Segundo Alemu, et al. (2019) a sepse neonatal é, portanto, uma das principais</p><p>causas mundiais de morte neonatal, estimando que ocorram 1,4 milhões de mortes</p><p>neonatais em decorrência de infecções invasivas. Ressalta este mesmo autor que o</p><p>número de mortes varia conforme o tipo de população de cada país ou região e o tipo</p><p>de assistência que é oferecido e em países em desenvolvimento como a Etiópia a</p><p>idade gestacional e o peso corporal contribuem para cerca de 30 a 50% das mortes</p><p>neonatais, sendo a região sul deste país, o local com maior número de óbitos</p><p>neonatais, ou seja, a cada 1000 nascidos vivos, 35 entram em óbito.</p><p>Fazendo um comparativo com o Brasil em estudo realizado por Lima, et al.</p><p>(2020), no interior do nordeste, verificou-se que a maior parte dos neonatos</p><p>prematuros que apresentam APGAR menor que 7 no quinto minuto após o</p><p>nascimento, necessitaram de ventilação mecânica invasiva, sendo que 18.8% vieram</p><p>a óbito, devido a sepse. Os fatores determinantes segundo Lima et al (2020) foram:</p><p>falta de atendimento eficiente e especificado, falta de UTIN e até mesmo</p><p>acompanhamento pré-natal, fatores também encontrados em outros países como a</p><p>Etiópia, como descrito por Alemu et al. (2019).</p><p>Porém vale frisar que a taxa de mortalidade neonatal no Brasil ainda é menor,</p><p>pois as gestantes em determinados estados e regiões tem acesso ao pré-natal</p><p>adequado pelo Sistema Único de Saúde, o qual preconiza seguir as normas da OMS.</p><p>Mesmo com a realização do pré-natal adequado, de acordo com o estudo realizado</p><p>por, Borges, et al. (2018), verifica-se que o Brasil, ocupa o décimo lugar, com a</p><p>13</p><p>estatística de 279.000 mil partos prematuros realizados anualmente. Defende este</p><p>mesmo autor que neonatos prematuros tendem a ter problemas metabólicos,</p><p>apresentar níveis de insulina elevados podendo ser um marcador precoce de sepse,</p><p>o que justifica a necessidade e importância do controle glicêmico em neonatos com</p><p>idade gestacional menor que 37 semanas (BORGES, et al., 2018).</p><p>5.2 O manejo de neonatos em sepse</p><p>Estudo realizado por Weiss, et al. (2020) fornece 77 declarações sobre o</p><p>manejo e ressuscitação de crianças com choque séptico e outras disfunções de</p><p>órgãos associadas à sepse, que foram discutidas entre especialistas no assunto e</p><p>consideradas como as melhores práticas e as recomendações fortes. As seis</p><p>principais recomendações são: contra o uso de óxido nítrico; contra o uso de</p><p>hidroxietilamido para ressuscitação volêmica; contra a reposição volêmica em bolus</p><p>em caso de hipotensão não presente; a favor da remoção de dispositivos de acesso</p><p>intravascular que sejam confirmados como a fonte de sepse ou choque séptico após</p><p>o estabelecimento de outro acesso vascular; contra o uso de insulina para manter a</p><p>glicose abaixo de 140 mg/dL, devido à falta de evidências de benefícios clínicos; e,</p><p>por último, iniciar a terapia antimicrobiana o mais rápido possível, dentro de 1 hora</p><p>após o reconhecimento, em crianças em choque séptico.</p><p>Ainda de acordo com Weiss, et al. (2020) foram consideradas como melhores</p><p>práticas: implementação de um protocolo para o manejo de crianças em sepse;</p><p>obtenção de hemoculturas antes do início da antibioticoterapia, terapia empírica de</p><p>antibióticos de amplo espectro, sendo restringida quando o patógeno for identificado</p><p>ou interromper em caso de não identificado, a ser definido pela equipe de</p><p>microbiologia; uso de dosagem de antibioticoterapia individualizada para tratamento</p><p>eficaz; e, por fim, o acompanhamento e monitoramento diário clínico e laboratorial</p><p>para evitar a administração desnecessariamente prolongada da terapia</p><p>antimicrobiana.</p><p>Colaborando com os dados sobre antibioticoterapia de Weiss, et al. (2020), o</p><p>estudo de Berardi, et al. (2021) utilizando o protocolo ‘’ Antimicrobial stewardship’’,</p><p>que visa minimizar as consequências do uso de antibióticos sem diminuir a segurança</p><p>14</p><p>do paciente em recém nascidos de muito baixo peso, afirma que o uso do protocolo</p><p>não diminui a chance dessa população receber antibiótico, devido ao alto risco dessa</p><p>amostra, mas auxilia na diminuição da duração do tratamento, possibilitando a</p><p>prevenção de bactérias multirresistentes.</p><p>5.3 O enfermeiro e o neonato em sepse</p><p>Estudo realizado por Kung, et al. (2019), ressalta que as infecções relacionadas</p><p>a corrente sanguínea (ICS), são as causas mais comuns de infecção em neonatos,</p><p>principalmente de baixo peso e, resultam de inúmeros fatores, como por exemplo,</p><p>antibióticos frequentemente utilizados combinados com intervenções invasivas.</p><p>Enfatiza este mesmo autor que além da transmissibilidade dos patogênicos estarem</p><p>relacionadas a falta da higienização das mãos dos profissionais presentes da</p><p>UTIN,</p><p>os altos níveis de infecções também estão relacionados a alta carga de trabalho por</p><p>parte da equipe de enfermagem, que, conforme Kung, et al. (2019) tem ocorrido pelo</p><p>crescente aumento do número de pacientes internados na unidade de terapia</p><p>intensiva neonatal.</p><p>Mesmo com a sobrecarga no âmbito de trabalho, Harley, et al. (2021)</p><p>evidenciou que, o enfermeiro é o primeiro contato com o paciente no Departamento</p><p>de Emergência, sendo eles responsáveis pela avaliação inicial, contínua e de</p><p>autoavaliação para determinar se as perguntas iniciais foram respondidas. Os</p><p>enfermeiros é quem estão posicionados de forma correta para reconhecer e</p><p>encaminhar a sepse, demanda de responsabilidade do enfermeiro, ocasionando na</p><p>elevação da taxa de internados na UTIN, decorrendo mais casos, conforme aborda</p><p>KUNG, et al. (2019).</p><p>Devido as taxas de trabalho exacerbadas o estudo indica uma associação</p><p>significativa entre altas cargas de trabalho da equipe de enfermagem, elevando então</p><p>os casos de ICS (KUNG, et al., 2019). Consequentemente, quanto maior a quantidade</p><p>de paciente com infecções, maior será a quantidade de medicamentos administrados</p><p>para combater tais infecções, acarretando o uso elevado dentro das UTIN. (SHUKLA,</p><p>et al., 2020)</p><p>Para Shukla, et al. (2020), escolher o uso de antibiótico de forma consciente</p><p>15</p><p>durante o tratamento, reduz procedimentos desnecessários, com o objetivo de</p><p>melhorar os resultados alcançados pela equipe de enfermagem. A maior duração do</p><p>antibiótico, resulta em hospitalização mais longa, aumentando as chances de uma</p><p>infecção neonatal, um ponto considerado relevante pela Rede Neonatal Canadense</p><p>(Shukla, et al. 2020, p. 861-868, apud TING, 2019, p.143). Não somente possuir um</p><p>raciocínio clínico e crítico nas decisões dos manejos, conforme citado, mas também</p><p>possuir um ambiente estruturado e devidamente organizado, conforme aborda Cuttini,</p><p>et al. (2020).</p><p>Colaborando com os dados sobre o enfermeiro assumindo o comando na</p><p>tomada de decisões de Shukla, et al. (2020), o estudo de Cuttini, et al. (2020) descreve</p><p>que padronizar as práticas exercidas dentro das UTINs, disponibilizar novos</p><p>conhecimentos, participar de pesquisas, entre outros pontos, acarreta a mudança</p><p>significativa da unidade de terapia intensiva consequentemente acarretando melhoria</p><p>em quadros de sepse. Conforme Cuttini, et al. (2020) aborda, dentro de UTINs, foram</p><p>feitos estudos quantitativos, com médicos e enfermeiros, onde observou-se que com</p><p>planejamentos adequado a melhoria no funcionamento de unidades de terapia</p><p>intensiva neonatal é evidente.</p><p>A equipe de profissionais da saúde abordadas no estudo de Cuttini, et al. (2020)</p><p>ressalta que após a implementação do National Institute for Health and Care</p><p>Excellence (NICE) houve melhora em quadros de sepse, por exemplo. Contudo,</p><p>implementar novas nomas e diretrizes poder ocasionar uma mudança bem-sucedida</p><p>no ambiente e na equipe como um todo, ajudando então no tratamento do neonato.</p><p>Além do ambiente estruturado após a mudança impulsionada nas UTIN</p><p>mencionado por Cuttini, et al. (2020), Shukla, et al. (2020) também defende que, o uso</p><p>excessivo de antibióticos na UTIN pode ocorrer como resultado do início do tratamento</p><p>para indicações inadequadas ou devido a duração de tratamento desnecessariamente</p><p>prolongadas. Uma alta taxa de uso de antibióticos contribuiu para o aumento</p><p>acentuado na prevalência de microrganismos resistentes a antibióticos.</p><p>O estudo realizado por Shukla et al. (2020) demonstra que envolver a equipe</p><p>de enfermagem e permitir que os enfermeiros responsáveis assumam o comando teve</p><p>um impacto positivo. O estudo também destaca que a responsabilidade pela</p><p>interrupção dos antibióticos foi atribuída às enfermeiras, visando promover o</p><p>16</p><p>conhecimento e garantir que a equipe esteja atualizada sobre a adequação da</p><p>medicação. Ao observar a descontinuação dos antibióticos, a equipe de enfermagem</p><p>assumiu o controle e passou a liderar a discussão sobre a indicação e a duração</p><p>desses medicamentos, com autonomia.</p><p>Tanto para Kung, et al. (2019) quanto para Shukla, et al. (2020), a enfermagem</p><p>deve sim assumir o seu papel de liderança durante o processo de tratamento,</p><p>justamente para não sobrecarregar os setores e para oferecer uma terapia correta</p><p>para os pacientes presentes na UTIN ofertadas em um ambiente organizado,</p><p>estruturado, que evidencia a prática baseada em evidência cientifica, como aborda</p><p>Cuttini, et al. (2020) em seu estudo, não submetendo os neonatos e não neonatos a</p><p>práticas desnecessárias.</p><p>6. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A sepse neonatal é uma doença grave que afeta principalmente recém-</p><p>nascidos prematuros devido à imaturidade do sistema imunológico. É uma das</p><p>principais causas de mortalidade neonatal em todo o mundo, com variações entre</p><p>países e regiões. O acesso a cuidados pré-natais adequados, como os oferecidos</p><p>pelo Sistema Único de Saúde no Brasil, tem um impacto positivo na redução da taxa</p><p>de mortalidade neonatal. No entanto, ainda há desafios, como o alto número de partos</p><p>prematuros e a falta de acesso a maternidades de referência e unidades de terapia</p><p>intensiva neonatal.</p><p>Embora haja poucos trabalhos publicados referente a esse tema, é de extrema</p><p>importância salientar e frisar que a sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem</p><p>nas unidades de terapia intensiva neonatal é um fator relevante na ocorrência de</p><p>infecções relacionadas à corrente sanguínea. Pode-se associá-las as altas cargas de</p><p>trabalho, falta de higienização das mãos e o aumento de infecções. O uso consciente</p><p>de antibióticos e a liderança da equipe de enfermagem são essenciais para evitar</p><p>procedimentos desnecessários e melhorar os resultados para os pacientes.</p><p>Em resumo, a prevenção e o cuidado da sepse neonatal requerem a</p><p>identificação dos determinantes, atenção à saúde materna, acesso a profissionais</p><p>capacitados, uso racional de antibióticos e uma abordagem abrangente que envolva</p><p>a liderança da equipe de enfermagem. Essas medidas podem contribuir para a</p><p>17</p><p>redução da morbidade e mortalidade neonatais associadas à sepse.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALEMU, M., et al. Determinants of neonatal sepsis among neonates in the northwest</p><p>part of Ethiopia: case-control study. Italian Journal of Pediatrics, v. 45, n. 150, 2019.</p><p>DOI: 10.1186/s13052-019-0739-2. Disponível em:</p><p>https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31779698/. Acesso em: 29 maio 2023.</p><p>BEKELE, T., et al. Predictors of mortality among neonates hospitalized with neonatal</p><p>sepsis: a case control study from southern Ethiopia. BMC Pediatr, v. 22, p. 1, 3 jan.</p><p>2022. DOI 10.1186/s12887-021-03049-5. Disponível em:</p><p>https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34980043/. Acesso em: 29 maio 2023.</p><p>BERARDI, A., et al. Antibiotic use in very low birth weight neonates after an</p><p>antimicrobial stewardship program. Antibiotics, Basel, Switzerland, v. 10, n. 4, p. 411,</p><p>9 abr. 2021. DOI 10.3390/antibiotics10040411. Disponível em:</p><p>https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33918796/. Acesso em: 29 maio 2023.</p><p>BORGES, A. I. G., et al. Condições clínicas e perfil metabólico de prematuros do</p><p>nascimento aos seis meses de idade corrigida. Revista Eletrônica de Enfermagem,</p><p>v. 20, e1121406, 2018. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v20.49352. 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