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<p>Educação Ambiental (Brasil), v.1, n.3. 065-076 (2020)</p><p>Educação Ambiental (Brasil)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa</p><p>Ataídes, F. O., Silva, L. F. R., Rosa, B. B. B. (2020). A importância da Gestão Ambiental para a engenharia civil.</p><p>Educação Ambiental (Brasil), v.1, n.3, p.65-76.</p><p>Direitos do Autor. A Educação Ambiental (Brasil) utiliza licença Creative Commons - CC</p><p>Atribuição Não Comercial 4.0 65</p><p>OPEN</p><p>JOURNAL</p><p>SYSTEMS</p><p>ISSN: 2675-3782</p><p>A importância da Gestão Ambiental para a engenharia civil</p><p>Flávia de Oliveira Ataídes1*, Luiz Filipe Rocha da Silva2, Bárbara Braga Barbosa da Rosa3</p><p>1Bacharel em Engenharia Civil, em Universidade de Vassouras, Brasil. (flavia.ataides11@gmail.com)</p><p>2Estudante de Engenharia Civil, em Universidade de Vassouras, Brasil. ((filipeeerocha10@hotmail.com)</p><p>3Mestra em Ciências Ambientais, em Universidade de Vassouras, Brasil. Professora da Universidade de Vassouras. (bbraga24@gmail.com)</p><p>Histórico do Artigo: Submetido em: 12/11/2020 – Revisado em: 13/12/2020 – Aceito em: 18/12/2020</p><p>R E S U M O</p><p>A construção civil é associada ao desenvolvimento de uma cidade e de uma sociedade, contudo, a mesma traz inúmeros impactos para</p><p>o meio ambiente, pois utiliza, em grande quantidade, os recursos naturais finitos. Através de medidas elaboradas por meio de uma</p><p>gestão ambiental é possível diminuir a geração de resíduos, a alta demanda energética, a poluição e outros fatores que ocasionam a</p><p>degradação ambiental. O gestor ambiental é responsável por permitir uma construção legalizada e dentro das normas técnicas que são</p><p>essenciais para o desenvolvimento sustentável a fim de melhorar a qualidade de vida e conscientizar ecologicamente. Contudo, para</p><p>que o engenheiro civil entenda a importância da gestão ambiental no meio em que atua, é necessário que o profissional esteja ciente de</p><p>sua responsabilidade ambiental e que as instituições de ensino reforcem, através de disciplinas obrigatórias e debates, a importância da</p><p>sustentabilidade no meio construtivo, pois é através do ensino orientado dentro da engenharia civil que o profissional adquire</p><p>conhecimento suficiente para exercer sua profissão de forma sustentável, ética e responsável.</p><p>Palavras-Chaves: Resíduos sólidos; recursos naturais; sustentabilidade.</p><p>A B S T R A C T</p><p>Civil construction is associated with the development of a city and a society, however, it has numerous impacts on the environment, as</p><p>it uses, in large quantities, finite natural resources. Through measures developed through environmental management, it is possible to</p><p>reduce waste generation, high energy demand, pollution and other factors that cause environmental degradation. The environmental</p><p>manager is responsible for allowing legal construction and within the technical standards that are essential for sustainable development</p><p>in order to improve the quality of life and raise ecological awareness. However, for the civil engineer to understand the importance of</p><p>environmental management in the environment in which he works, it is necessary that the professional is aware of his environmental</p><p>responsibility and that educational institutions reinforce, through mandatory subjects and debates, the importance of sustainability in</p><p>the constructive means, as it is through oriented education within civil engineering that professionals acquire sufficient knowledge to</p><p>exercise their profession in a sustainable, ethical and responsible manner.</p><p>Keywords: Solid waste; natural resources; sustainability.</p><p>1. Introdução</p><p>O engenheiro civil é um dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento urbano, pois é através da</p><p>sua intervenção que há construções de estradas, barragens, meios de transporte, hospitais, escolas, centro</p><p>culturais, saneamento básico, entre outras. Porém, para que as construções sejam, de fato, uma evolução ao</p><p>invés de um retrocesso, no sentido ambiental, é primordial a implementação de uma gestão eficiente.</p><p>Construções sustentáveis são fundamentais para a garantia de um futuro melhor, já que, grande parte do</p><p>progresso da sociedade acontece através delas. A partir de pesquisas elaboradas por arquitetos, engenheiros e</p><p>outros profissionais da área são estudadas e desenvolvidas as condições mais apropriadas a fim de garantir o</p><p>desenvolvimento urbano e a preservação do meio ambiente.</p><p>Dentro das responsabilidades que o engenheiro civil possui, desenvolver e garantir o bem-estar da</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 66</p><p>população como um todo, pensando individualmente no ser humano e em todas as suas limitações, assim como</p><p>no meio ambiente e no que fazer para não o degradar está incluso. Melo et al. (2018) afirmam que</p><p>“[...] Torna-se premente a necessidade de organização e mobilização dos engenheiros e demais</p><p>profissões tecnológicas de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo,</p><p>exercendo assim a sua função técnica e a responsabilidade social para participar ativamente da</p><p>promoção do bem-estar da nação com respeito à natureza e às gerações futuras. É preciso despertar para</p><p>o enorme poder de multiplicação que estes profissionais têm, bem como seu poder de influência e de</p><p>mudança, no caminho de uma sociedade melhor [...]”.</p><p>Ainda que a construção civil esteja associada ao desenvolvimento e à evolução de uma sociedade, é um</p><p>dos ramos que mais causam impacto ambiental e, de acordo com Ruiz (2014), a mesma se destaca como uma</p><p>das indústrias mais poluidoras para o meio ambiente. Dentre os principais impactos causados estão a geração</p><p>de resíduos, o desperdício de água e o grande consumo de energia, ou seja, como dito por Dorigo, Pinto e</p><p>Santos (2009), as obras são responsáveis por grande parte do esgotamento dos recursos naturais necessitando,</p><p>portanto, da adoção de medidas preventivas para que o desenvolvimento urbano e a preservação do meio</p><p>ambiente caminhem juntos. Campos et al. (2015) afirma que uma “boa gestão dentro dos canteiros de obra é</p><p>imprescindível”, pois, desta forma, há melhoria no processo construtivo, além de evitar o alto desperdício de</p><p>materiais e diminuir, de forma significativa, a utilização dos recursos naturais. Sendo assim, o estudo da gestão</p><p>ambiental se torna extremamente importante para que haja a diminuição dos impactos negativos ocasionados</p><p>pela construção civil.</p><p>A Gestão Ambiental é responsável por reduzir e controlar os impactos causados por uma construção ou</p><p>por uma empresa ao meio ambiente. Segundo Silva et al. (2015) cada vez mais, a sustentabilidade ganha espaço</p><p>na atualidade, pois a preservação dos recursos naturais está se tornando prioridade e diversas empresas estão</p><p>buscando se tornar ecologicamente corretas, pois além de salvaguardar o meio ambiente, pensando no pós-</p><p>consumo do produto, para as empresas direcionadas a construção civil, o custo final de uma obra diminui</p><p>quando feita a reciclagem e o reaproveitamento de diversos materiais. De acordo com a UFRGS (2016), a</p><p>Gestão Ambiental é definida como:</p><p>“[...] Campo de estudo da administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a</p><p>utilizar de maneira racional os recursos naturais, incluindo fontes de energia, renováveis ou não. Fazem</p><p>parte também do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental técnicas para a</p><p>recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração sustentável</p><p>de recursos naturais, e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos</p><p>empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas. A prática da gestão ambiental introduz a</p><p>variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução</p><p>de custos</p><p>diretos – pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e</p><p>mais dispendiosos, como água e energia – e de custos indiretos – representados por sanções e</p><p>indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de</p><p>comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa [...]”.</p><p>Portanto, através da Gestão Ambiental, é possível adotar diversas medidas para a prevenção de impactos</p><p>ambientais numa obra através de um planejamento como a reutilização dos materiais dispostos,</p><p>encaminhamento adequado para a reciclagem dos resíduos sólidos e o seu despejo, estudo do impacto</p><p>ambiental priorizando a proteção permanente, entre outros. Cardoso e Araújo (2007) propõem, pretendendo</p><p>incluir a sustentabilidade como parte da execução de uma obra, que a construção seja dividida em três</p><p>dimensões: a ambiental, a social e econômica, onde, quando atendidas, além do canteiro de obras se tornar</p><p>mais sustentável, a obra também se torna.</p><p>Para o desenvolvimento de um projeto, independente da profissão, é essencial a organização das ideias</p><p>a fim de estabelecer a teoria, os problemas, as soluções e o objetivo do trabalho. Sendo assim, com o intuito</p><p>de encaminhar adequadamente o problema de uma pesquisa, Freitas (2016) descreve que a revisão</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 67</p><p>bibliográfica é uma peça fundamental para isto, já que, “a produção de conhecimento não é um caso isolado,</p><p>mas sim um processo contínuo de busca”, onde parte da pesquisa completa ou contesta as informações</p><p>adquiridas para o estudo do tema abordado. A partir disto, é possível afirmar que, através da revisão</p><p>bibliográfica, o autor consegue definir de modo preciso, por meio da seleção das literaturas relevantes para o</p><p>seu estudo, o objetivo do seu trabalho. Baseando-se nisso, se torna perceptível a importância do papel da</p><p>universidade na formação do engenheiro, pois, através da responsabilidade ambiental reforçada ao longo do</p><p>seu curso, o mesmo aprende sobre a importância do meio ambiente e do peso que uma boa gestão tem sobre</p><p>isto. Como dito por Sousa et al. (2015)</p><p>“A universidade é de cultura responsável pela produção de conhecimento e formação profissional,</p><p>portanto ela deve estar em constante mudança e reunir em suas pesquisas a busca de soluções para</p><p>problemas atuais, tal como o da formação de profissionais preocupados com a responsabilidade</p><p>ambiental [...]”.</p><p>Sendo assim, para a diminuição dos impactos negativos acarretados pelo processo construtivo, é</p><p>necessária uma gestão eficiente. É através da Gestão Ambiental que construções sustentáveis são planejadas e</p><p>posteriormente executadas, além de conscientizar ecologicamente as empresas, os profissionais e a população.</p><p>Para a elaboração de projetos que visam a preservação ambiental é preciso promover mais estudos sobre o</p><p>tema, pois, através de pesquisas, os profissionais compreendem a necessidade imediata de soluções para os</p><p>problemas apresentados ao longo dos anos pela construção civil, além de tornar a sustentabilidade um requisito</p><p>básico ao invés de um diferencial.</p><p>Baseando-se nisso, o objetivo geral desse artigo é descrever a importância da Gestão Ambiental para a</p><p>engenharia civil, destacando medidas que minimizem os impactos negativos que degradam o meio ambiente</p><p>bem como o papel das universidades na formação consciente deste profissional.</p><p>2. Material e Métodos</p><p>Entende-se como revisão bibliográfica a junção de fontes das pesquisas feitas para a elaboração do</p><p>estudo a fim de acrescentar embasamento teórico para o mesmo. De acordo com Tumelero (2018), é na revisão</p><p>de literatura que se apresenta um levantamento bibliográfico a respeito do assunto que será descrito ao longo</p><p>do trabalho produzido, além de um escopo determinado e uma análise crítica sobre os autores que escreveram</p><p>os conteúdos utilizados no estudo.</p><p>A partir desta definição, o presente artigo trata-se de uma revisão da literatura fundamentada em artigos</p><p>científicos, monografias, dissertações, notícias eletrônicas e documentos impressos, sendo todos nacionais.</p><p>Como ao longo dos anos a sustentabilidade se tornou uma prioridade em diversas áreas, a necessidade de uma</p><p>gestão eficiente dentro das empresas fez-se essencial, ainda mais para a engenharia civil, um dos meios que</p><p>mais degradam o meio ambiente. Sendo assim, o objetivo desse artigo é descrever a importância da Gestão</p><p>Ambiental para a engenharia civil, destacando medidas que minimizem os impactos negativos que degradam</p><p>o meio ambiente bem como o papel das universidades na formação consciente deste profissional.</p><p>Toda a base teórica foi encontrada utilizando a base de dados Scielo e a ferramenta Google Acadêmico,</p><p>onde foram feitas buscas por artigos que se remetiam à assuntos específicos como, por exemplo, a geração de</p><p>resíduos sólidos, a poluição ocasionada pela construção civil, eficiência energética no Brasil, sustentabilidade</p><p>dentro da construção civil, a responsabilidade ambiental que o engenheiro civil possui e o papel das instituições</p><p>de ensino superior na formação do profissional que serviram de base para o desenvolvimento do estudo, a fim</p><p>de esclarecer os possíveis questionamentos que podem surgir no decorrer da leitura. Dentre os 38 (trinta e oito)</p><p>artigos encontrados nas bases de dados mencionadas, 22 (vinte e dois) foram descartados e 16 (dezesseis)</p><p>utilizados para o desenvolvimento da escrita. Foi visto que grande parte dos artigos utilizados se tratavam,</p><p>principalmente, dos impactos ocasionados pela construção civil. A quantidade de artigos encontrados</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 68</p><p>referentes à gestão ambiental na construção civil e à responsabilidade ambiental do engenheiro civil foram</p><p>menores, porém todos os artigos utilizados continham pontos de vista cruciais para enriquecer a pesquisa.</p><p>Por se tratar de um assunto que visa a conscientização ambiental no engenheiro civil a fim de que o</p><p>mesmo exerça a sua profissão de forma ética e sustentável, a justificativa de escolha das palavras chaves desse</p><p>estudo é devido a alta geração de resíduos sólidos como um dos problemas ambientais mais recorrentes na</p><p>construção civil, além da grande utilização de recursos naturais, onde uma gestão eficiente torna a</p><p>sustentabilidade primordial na fase de elaboração de projetos, na sua produção e na sua finalização.</p><p>3. Desenvolvimento</p><p>Segundo Degani (2020), a indústria da construção civil foi responsável, em 2017, por 6,2% do Produto</p><p>Interno Bruto (PIB) nacional, ocupando o 6º (sexto) lugar no ranking dos principais motores da economia</p><p>brasileira. No entanto, ainda que apresente impactos positivos na economia, é um dos setores que mais causam</p><p>impacto ambiental devido à grande utilização dos recursos naturais, além de gerar grandes quantidades de</p><p>resíduos. Quando as normas e as leis referentes à preservação do meio ambiente não são respeitadas, há</p><p>prejuízos ao planeta e aos seres vivos, porém, alguns impactos podem ser evitados e muitos deles revertidos</p><p>com o planejamento de gestão ambiental adequado.</p><p>3.1 Principais impactos causados pela construção civil</p><p>● Alto consumo de energia</p><p>Maia et al. (2019) afirmam que a utilização de energia elétrica gera custos altos devido ao consumo de</p><p>recursos naturais e estes, consequentemente, estão ficando cada vez mais escassos por causa da poluição e de</p><p>outros impactos ambientais. Se analisado, separadamente, a construção de um edifício não parece fazer tanta</p><p>diferença no consumo de energia de determinada cidade. Porém, se analisado</p><p>o conjunto de obras feitas ao</p><p>longo dos anos, torna-se perceptível a grande demanda de energia, já que, os municípios estão em constante</p><p>evolução, sem mencionar as pequenas reformas que são feitas no período de vistoria dos prédios para a</p><p>correção do surgimento de algum problema técnico (Mobuss construção, 2018). Conforme Baltar, Kaehler e</p><p>Pereira (2006) “o conceito de eficiência energética está estreitamente vinculado ao serviço produzido e se</p><p>refere à cadeia energética como um todo, isto é, [...] até o uso final”. Devido a ideia de que os recursos naturais</p><p>são infinitos, além do custo baixo, as edificações são planejadas com fontes energéticas que ocasionam,</p><p>consequentemente, um consumo excessivo de energia elétrica. Segundo Rodrigues (2018), 42% da energia</p><p>elétrica produzida no Brasil é consumida durante as operações e manutenções feitas nas edificações e, além</p><p>disso, como não há uma grande preocupação ambiental em relação ao exacerbado consumo dos recursos</p><p>naturais em grande parte das obras atuais, muitos edifícios são feitos de concreto, o que acarreta uma</p><p>degradação maior na vegetação local. Ademais, também há muito desperdício de energia elétrica nos canteiros</p><p>de obras com equipamentos em desuso ligados. O consumo de energia elétrica se inicia no processo de extração</p><p>e se estende, de forma mais intensa, até os sistemas de iluminação e condicionamento térmico ambiental, ou</p><p>seja, a construção civil utiliza em grande escala a energia, enquanto o setor residencial atinge 47% na</p><p>participação no consumo de energia, como dito por Basso et al. (2015).</p><p>● Poluição</p><p>Sousa et al. (2015) afirmam que “as mudanças climáticas e os desastres ambientais nas últimas décadas</p><p>têm alertado a sociedade no que se refere à importância da proteção do meio ambiente [...]”, onde a</p><p>construção civil é responsável por uma grande parcela desta crescente poluição, pois a ausência de uma gestão</p><p>sustentável responsável por um planejamento eficaz pode fazer com que, por exemplo, um sistema de esgoto</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 69</p><p>seja construído incorretamente (Mobuss construção, 2018). Se determinados materiais de construção forem</p><p>armazenados de forma errada podem resultar também na poluição do solo, da água e até mesmo do ar, além</p><p>disso, durante a obra, também ocorre a poluição sonora. Lacerda et al. (2005) fez uma pesquisa para saber se</p><p>os moradores locais compreendiam o impacto que a poluição sonora, ocasionada pelo processo construtivo,</p><p>poderia causar e, de acordo com a mesma, grande parte das pessoas estavam conscientes dos efeitos</p><p>prejudiciais causados pelos ruídos na audição e na qualidade de vida. Além disso, foi visto que os ruídos geram</p><p>reações nos habitantes como, por exemplo, irritabilidade, baixa concentração, dor de cabeça, entre outros e, de</p><p>acordo com a World Health Organization, há um valor limite para a população se expor aos ruídos sem que</p><p>cause danos à sua saúde, contudo, na cidade onde foi feito o estudo, todos os valores estavam acima do limite,</p><p>onde foi possível concluir que a construção civil interfere no bem estar e na saúde dos moradores locais. Além</p><p>disso, de acordo com Maciel et al. (2018), o setor da construção civil tem grande impacto sobre o aquecimento</p><p>global devido aos gases emitidos durante o processo construtivo, o que acarreta na mudança climática, um</p><p>grande problema mundial que prejudica o meio ambiente.</p><p>● Geração de resíduos</p><p>De acordo com Cardoso (2017), a construção civil é responsável por mais 50% dos resíduos urbanos</p><p>produzidos no Brasil. Estes resíduos são classificados em três tipos: Resíduo da Construção e Demolição</p><p>(RCD), Resíduo da Construção Civil (RCC) e Resíduos Sólidos da Construção Civil (RSCC), mas, ainda que</p><p>possuam nomes técnicos diferentes, o conceito é o mesmo. Uma das causas relacionada à grande geração de</p><p>resíduos dentro da construção civil é a falta de planejamento, ou seja, muitas vezes os responsáveis pela</p><p>aquisição de materiais compram em excesso, o que acarreta sobra de resíduo. Ademais, a falta de inovação</p><p>afeta diretamente o tipo de construção que será feita. No Brasil, segundo Castro et al. (2018), um dos métodos</p><p>construtivos mais utilizados é a alvenaria convencional, já que, grande parte desta técnica convencional é</p><p>cultural, contudo, os materiais utilizados na alvenaria são prejudiciais ao meio ambiente. Além das causas</p><p>mencionadas anteriormente, a ausência de processos adequados para o recolhimento dos resíduos é um dos</p><p>principais fatores degradantes ao meio ambiente, os vestígios das obras acabam sendo descartados em locais</p><p>inapropriados como, por exemplo, vias públicas, rio, mar, lixões, entre outros, acarretando poluição.</p><p>● Desperdício de água</p><p>Marques et al. (2017) afirma que, devido ao uso e à produção de concreto, supressão de poeira e corte,</p><p>a água é utilizada em abundância na construção civil, sem mencionar o uso durante todo o processo construtivo.</p><p>Sendo assim, como diversos serviços necessitam, durante o período da construção de um edifício ou de uma</p><p>casa, de água, a obtenção de um controle mais severo na utilização desse recurso natural pode ser difícil, com</p><p>isso ocorre um grande desperdício acarretando um grande impacto ambiental. Alguns erros técnicos de uma</p><p>construção mal planejada podem aumentar o desperdício como, por exemplo, a má instalação de canos</p><p>resultando em vazamentos; além disso, dependendo da localização da construção, a mesma pode afetar os</p><p>lençóis freáticos, assim como a impermeabilização do solo, o que pode resultar em enormes tragédias</p><p>ambientais (Mobuss construção, 2018).</p><p>3.2 Soluções para alguns dos impactos causados pela construção civil</p><p>Os impactos ambientais ocasionados pelas construções como, por exemplo, a geração de resíduos, o alto</p><p>consumo de eletricidade e dos recursos naturais, além da poluição são reversíveis, mas, para que sejam, é</p><p>extremamente necessária uma gestão eficiente. Abreu (2015) descreve que através de construções sustentáveis</p><p>há uma diminuição no consumo de energia elétrica e dos recursos naturais durante todo o processo construtivo</p><p>das edificações. Sendo assim, o mesmo afirma que isto pode ocorrer através da redução da procura e do</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 70</p><p>consumo de materiais operacionais, do uso de produtos reutilizáveis ou recicláveis, um planejamento que faça</p><p>com que os materiais utilizados possuam garantia de logística reversa, além de materiais que tenham o objetivo</p><p>de prolongar o tempo de vida dos edifícios e proteção integral das áreas naturais. Basso et al. (2015) descrevem,</p><p>a fim de se obter uma boa eficiência energética na construção civil, algumas medidas que podem ser tomadas</p><p>na fase de projeto e que, posteriormente, podem ser colocadas em prática dentro do edifício construído como,</p><p>por exemplo, janelas e portas que permitem a entrada de luz solar e ventilação natural; brises de sombreamento</p><p>fixos ou móveis nas aberturas permitindo assim o controle de radiação solar; telhado verde com superfícies</p><p>gramadas que ocasionam na redução e no aumento de temperatura, entre outros.</p><p>De acordo com Pullen et al. (2012, citado por Santoro e Kripka, 2016) ainda que através da construção</p><p>de edificações haja inúmeros benefícios para o desenvolvimento da sociedade e do local, para o meio ambiente,</p><p>o custo é prejudicial, pois há um grande consumo dos recursos naturais, de energia, além da emissão dos gases</p><p>do efeito estufa e da grande geração de resíduos. Porém, como descrito por Santos (2015), a poluição gerada</p><p>pela construção, através de um bom planejamento, visando a redução do desperdício e a</p><p>escolha de materiais</p><p>mais sustentáveis, pode ser minimizada com a redução de geração de resíduo sólido na obra e a redução de</p><p>emissão de gases produzidos na mesma. É primordial para o engenheiro civil desenvolver projetos que</p><p>preservem o meio ambiente e aproveite, da melhor maneira possível, os materiais dispostos e os recursos</p><p>naturais finitos, pois é de sua responsabilidade planejar edificações mais sustentáveis para a sociedade.</p><p>A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 307 classifica os resíduos sólidos</p><p>gerados na construção civil e orienta sobre o processo adequado do descarte. Após quatro revisões na</p><p>Resolução, as classificações foram definidas como:</p><p>● Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, de construção, demolição,</p><p>reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes</p><p>de terraplanagem; de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes</p><p>cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; de processo de</p><p>fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.)</p><p>produzidas nos canteiros de obras (Conama, 2002);</p><p>● Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão,</p><p>metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso (Conama, 2002);</p><p>● Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações</p><p>economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação (Conama, 2002);</p><p>● Classe D: são os resíduos perigosos procedentes do processo de construção como tintas, solventes,</p><p>óleos, entre outros e/ou materiais contaminados ou prejudiciais à saúde procedentes de demolição,</p><p>reparos ou reformas de clínicas radiológicas, instalações industriais etc. (Conama, 2002)).</p><p>A Resolução como descrita por Santos (2015), possui como objetivo fazer com que os geradores de</p><p>resíduos não os produzam, porém, caso isto ocorra, a mesma orienta o responsável a reduzir, reciclar, reutilizar,</p><p>tratar e destinar ao fim mais adequado para cada tipo. Esta destinação final deve ser estudada e elaborado no</p><p>próprio local, sendo assim, para que a geração de resíduos seja a menor possível, é necessária uma gestão que</p><p>planeje e os descarte de forma consciente e responsável, pois, por lei, é proibido o descarte em aterros, corpos</p><p>d’água e áreas restritas. De acordo com o Art. 10 da Resolução 307, após a triagem, os resíduos derivados da</p><p>construção civil devem ser designados da seguinte maneira:</p><p>● Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a aterros de</p><p>resíduos classe A de reservação de material para usos futuros (Conama, 2002);</p><p>● Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário,</p><p>sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura (Conama, 2002);</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 71</p><p>● Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas</p><p>técnicas específicas (Conama, 2002);</p><p>● Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas</p><p>técnicas específicas (Conama, 2002).</p><p>Portanto, com o intuito de diminuir a geração de resíduos altamente impactantes ao meio ambiente, é</p><p>extremamente importante a implementação da gestão dos resíduos produzidos pela construção civil. Para se</p><p>obter uma excelente gestão, as instruções necessárias para a elaboração técnica e os procedimentos a serem</p><p>tomados pelos respectivos responsáveis estão contidas no Plano Municipal de Gestão de Resíduos da</p><p>Construção Civil, elaborado pela cidade onde irá acontecer a obra.</p><p>3.3 A importância da Gestão Ambiental na construção civil</p><p>Baseando-se no que foi mencionado ao longo deste artigo, a importância da gestão ambiental fica ainda</p><p>mais perceptível dentro da construção civil. É através do gestor que se obtém o controle ambiental necessário</p><p>para cumprir todos os requisitos legais para o início e o fim de uma obra. De acordo com Silva et al. (2015),</p><p>as empresas construtoras ainda são iniciantes em relação a implementação de uma gestão adequada visando a</p><p>preservação dos recursos naturais finitos e até mesmo da destinação dos resíduos, mas existem empresas que</p><p>usufruem das ferramentas dispostas para colaborar com a gestão ambiental, onde os resultados desta</p><p>implementação foram positivo, pois, de acordo com Silva et al. (2016), permitiram a minimização dos resíduos</p><p>sólidos, emissões de gases na atmosfera, aumento da eficiência energética e a racionalização do uso da água.</p><p>O gestor ambiental orienta e padroniza os procedimentos essenciais para uma construção legalizada e</p><p>para a preservação do meio ambiente, já que, além disto, a sociedade em si e a empresa precisam de serviços</p><p>que estejam ambientalmente corretos, pois cada vez mais a sustentabilidade está se tornando uma prioridade e</p><p>não apenas um detalhe. É por meio da gestão ambiental que são analisados os processos que precisam ser</p><p>implementados e quais as estratégias ambientais que precisam ser definidas, ou seja, toda a organização de</p><p>políticas ambientais dentro do estabelecimento é elaborada através do gestor, além do gerenciamento do</p><p>sistema de resíduos sólidos e o controle de insumos. Sendo assim, o gestor ambiental é o vínculo entre vários</p><p>setores de uma empresa, pois é através dele que o cuidado essencial com o meio ambiente se torna evidente,</p><p>pois é ele quem promove a melhoria da qualidade de vida de forma contínua e a consciência ecológica.</p><p>Como dito por Vechi (2016), a construção civil causa um grande impacto ambiental, pois utiliza muitos</p><p>recursos naturais no seu processo de produção, além de ser uma grande geradora de resíduos. No entanto, essa</p><p>degradação ambiental é reversível em muitos dos casos e pode ser minimizada através da substituição dos</p><p>materiais poluentes, através do planejamento da reciclagem e reutilização dos resíduos, entre outras prevenções</p><p>já mencionadas. Contudo, para que todas essas medidas preventivas sejam executadas com êxito, é necessário</p><p>que haja educação ambiental para os futuros engenheiros civis.</p><p>3.4 A responsabilidade das universidades na formação ambiental do engenheiro civil</p><p>De acordo com Filho et al. (2011), o conceito de sustentabilidade transcende a ideia de apenas proteger</p><p>o meio ambiente e diminuir os gases contribuintes para o efeito estufa, já que, se não houver a conscientização</p><p>ambiental em todos, não haverá adoção de medidas a fim de reduzir significativamente os impactos. A</p><p>responsabilidade social trabalha em conjunto com o desenvolvimento sustentável, já que, por meio da educação</p><p>ambiental ocorre a conscientização e a partir de exemplos elaboram-se projetos semelhantes. O engenheiro</p><p>civil é o profissional que consegue atribuir diversos conhecimentos para solucionar determinados problemas,</p><p>além de utilizar todo o seu estudo para construir e reformar vários tipos de estabelecimentos contribuindo de</p><p>forma significativa para a evolução de uma sociedade e para a economia do país. Mas, ainda que a engenharia</p><p>civil seja essencial para o desenvolvimento urbano de uma cidade, ela pode provocar muita degradação</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 72</p><p>ambiental quando o projeto não é planejado com o intuito de preservar o meio ambiente e também quando as</p><p>normas técnicas e ambientais não são respeitadas (Sousa et al, 2015).</p><p>Viana e Fonseca (2016) afirmam que devido a degradação ambiental, decorrente das mudanças</p><p>tecnológicas</p><p>e sociais, a engenharia se tornou uma das principais áreas que podem construir uma sociedade</p><p>sustentável. Sendo assim, necessita-se que os engenheiros compreendam e elaborem projetos que se adequem</p><p>aos desafios de conseguir o desenvolvimento sustentável. Para que isso ocorra, é necessário a introdução de</p><p>temas como, por exemplo, a sustentabilidade, engenharia ambiental, medidas preventivas para a geração de</p><p>resíduos, ciência do ambiente, logística ambiental, design para o ambiente, entre outros durante a trajetória</p><p>universitária dos estudantes para que futuramente os mesmos construam de forma sustentável.</p><p>Baseado no tipo de ensino atribuído ao longo do curso de engenharia civil, é possível afirmar que o</p><p>conhecimento do profissional é crítico e reflexivo, como dito por Sousa et al (2015), onde o mesmo é capaz</p><p>de desenvolver novos métodos para solucionar os problemas do dia a dia. Visto que a sustentabilidade se</p><p>tornou uma questão urgente e cada vez mais frequente em diversos ramos, senão em todos, a responsabilidade</p><p>ambiental do engenheiro civil deve ser exercida. Porém, além do profissional se atentar às mudanças</p><p>ambientais e às normas técnicas ao elaborar o planejamento do seu projeto visando a preservação do meio</p><p>ambiente, as instituições de ensino superior devem ampliar essas preocupações com o meio ambiente. As</p><p>universidades possuem um papel fundamental na formação do engenheiro civil, já que, é através dela que o</p><p>indivíduo adquire conhecimento suficiente para exercer a sua profissão de forma ética e responsável.</p><p>A poluição do meio ambiente e o esgotamento dos recursos finitos fez com que diversas formas menos</p><p>degradantes na construção civil se tornassem uma prioridade e, através dessas medidas, se torna possível a</p><p>diminuição dos impactos negativos causados ao meio ambiente, pois é urgente reforçar a importância da</p><p>conduta sustentável por parte do engenheiro civil, que o mesmo se atente à sua responsabilidade ambiental</p><p>dentro da sua profissão. As instituições de ensino superior devem promover palestras, debates, seminários,</p><p>bem como ofertar disciplinas obrigatórias em seus currículos que despertem no estudante a visão crítica e</p><p>sustentável ambientalmente.</p><p>4. Considerações finais</p><p>A construção civil é importante para o desenvolvimento de uma sociedade e impacta diretamente a</p><p>economia do país. Mas, apesar dos benefícios, a mesma pode trazer danos ao meio ambiente, uma vez que é</p><p>uma grande geradora de resíduos e uma utilizadora em potencial dos recursos naturais finitos. O engenheiro é</p><p>um profissional capacitado para desenvolver soluções sustentáveis para os problemas ambientais agravados ao</p><p>longo dos anos como, por exemplo, alta demanda energética utilizada durante o processo construtivo de um</p><p>de edificações e o desperdício de água, que exigem um planejamento e uma gestão ambiental competente,</p><p>minimizando os impactos negativos ao meio ambiente.</p><p>É através da gestão ambiental que se obtém um melhor controle a fim de cumprir todos os requisitos</p><p>legais solicitados para a iniciação de uma construção e o seu fim. As estratégias ambientais necessárias para o</p><p>descarte correto dos resíduos sólidos, os processos que serão implementados no local e outras diversas</p><p>atividades necessárias numa empresa são elaboradas por este profissional que, através destas medidas,</p><p>promove a melhoria de qualidade de vida da sociedade em si, além de criar consciência ecológica nos</p><p>profissionais que o acompanham e no estabelecimento em que trabalha.</p><p>A degradação ambiental pode ser reversível em muitos casos dentro da construção civil e/ou pode ser</p><p>minimizada através da substituição dos materiais poluentes, através do planejamento da reciclagem e</p><p>reutilização dos resíduos, entre outras medidas. Contudo, para que todas estas medidas sejam planejadas,</p><p>elaboradas e executadas com êxito, além de uma gestão eficiente, é necessário que os futuros engenheiros civis</p><p>tenham noção da responsabilidade ambiental. Para tal, as universidades precisam reforçar e incentivar na</p><p>formação acadêmica do estudante de engenharia e em sua atuação profissional a importância da</p><p>sustentabilidade, pois são espaços fundamentais tanto na formação teórica quanto ética do engenheiro.</p><p>Educação Ambiental (Brasil) (v.1, n.3 – 2020)</p><p>Ataídes, Silva & Rosa 73</p><p>As empresas construtoras ainda são iniciantes na implementação de uma gestão ambiental adequada</p><p>visando a preservação dos recursos naturais finitos e da destinação dos resíduos. Contudo, existem empresas</p><p>que já usufruem das ferramentas que minimizam os impactos ambientais e primam por uma gestão ambiental,</p><p>com vista à diminuição do custo na obra devido e a diminuição do desperdício.</p><p>Portanto, conclui-se que, por meio da educação e da gestão ambiental na construção, pode-se promover</p><p>a preservação do meio ambiente através da conscientização do engenheiro civil sobre o seu papel como</p><p>protagonista deste cenário.</p><p>5. Agradecimentos</p><p>Torna-se difícil agradecer especificamente a alguém quando se tem bastante gente envolvida para</p><p>chegarmos até onde estamos. Contudo, para que ninguém seja esquecido, agradeceremos a todos que estiveram</p><p>presentes até hoje, sendo assim, de forma genérica e breve, mãe, pai, padrasto, irmãos e irmã, tia Ana e amigos:</p><p>obrigada pelo total apoio.</p><p>Obrigada também a Universidade de Vassouras por formar profissionais qualificados que questionem</p><p>os métodos convencionais a fim de tornar a profissão cada vez mais sustentável de forma a garantir uma</p><p>evolução melhor para todos e para o meio ambiente.</p><p>Obrigada professora Bárbara por topar ser nossa orientadora, a sustentabilidade não teria tanta</p><p>importância se você não exercesse sua profissão de forma ética e responsável.</p><p>Em especial, este parágrafo de agradecimento é para um dos próprios autores que, mesmo com todas as</p><p>dificuldades enfrentadas pela condição que o câncer o deixa, você escreveu e ajudou em tudo que pôde. Que</p><p>você melhore logo e brilhe muito.</p><p>6. 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