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<p>Andressa Souza Almeida</p><p>Salete Regina Vicentini</p><p>1a Edição / Janeiro / 2016</p><p>Impressão em São Paulo - SP</p><p>Eng.ª Andressa Souza Almeida</p><p>Biol.ª Salete Regina Vicentini</p><p>AVALIAÇÃO DE PERÍCIA AMBIENTAL</p><p>Coordenação Geral</p><p>Nelson Boni</p><p>Coordenação de Projetos</p><p>Leandro Lousada</p><p>Professor Responsável</p><p>Eng.ª Andressa Souza Almeida</p><p>Biol.ª Salete Regina Vicentini</p><p>3URMHWR�*UiÀFR��&DSD�</p><p>e Diagramação</p><p>Amanda Rodrigues</p><p>5HYLVmR�2UWRJUiÀFD</p><p>Vanessa Almeida</p><p>1</p><p>a</p><p>Edição: Janeiro de 2016</p><p>Impressão em São Paulo/SP</p><p>Copyright © EaD</p><p>KnowHow 2011</p><p>Nenhuma parte dessa publicação</p><p>pode ser reproduzida por</p><p>qualquer meio sem a prévia</p><p>autorização desta instituição.</p><p>Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353</p><p>���,QWURGXomR�H�FRQFHLWRV�JHUDLV 07</p><p>1.1. Introdução</p><p>1.2. Conceitos Gerais</p><p>1.3. Legislação Ambiental</p><p>1.3.1. Evolução Normativa</p><p>1.4. Auditoria e Perícia - Diferenças conceituais</p><p>1.5. Exercícios</p><p>�����%LEOLRJUDÀD�&RQVXOWDGD</p><p>2. Auditoria em Sistema de Gestão Ambiental 47</p><p>2.1. Gestão Ambiental</p><p>2.2. Sistema de Gestão Ambiental</p><p>2.3. Aspectos e impactos ambientais</p><p>2.4. Avaliação do Ciclo de Vida</p><p>2.5. Planejamento Ambiental</p><p>2.6. Indicadores Ambientais</p><p>2.7. Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental</p><p>2.8. Auditores de Sistemas de Gestão Ambiental</p><p>2.9. O RAC</p><p>2.10. Exercícios</p><p>������%LEOLRJUDÀD�&RQVXOWDGD</p><p>3. Auditoria Ambiental 75</p><p>3.1. Introdução</p><p>3.2. CONAMA</p><p>3.3. Portos Brasileiros e as auditorias Ambientais</p><p>3.4. Exercícios</p><p>�����%LEOLRJUDÀD�&RQVXOWDGD�</p><p>SUMÁRIO</p><p>���$YDOLDomR�H�SHUtFLD�DPELHQWDO�������������������������������</p><p>4.1. Avaliação de Impacto Ambiental</p><p>4.1.1. Recursos Naturais</p><p>4.1.2. Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental</p><p>4.2. Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Im-</p><p>pacto Ambiental</p><p>4.2.1. Estudo de Impacto Ambiental (EIA)</p><p>4.2.2. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)</p><p>�������$WLYLGDGHV�0RGLÀFDGRUDV�GR�0HLR�$PELHQWH</p><p>4.3. Licenciamento Ambiental</p><p>4.3.1. Etapas do Licenciamento Ambiental</p><p>4.3.2. Medidas mitigadoras do Impacto e Compensação</p><p>Ambiental</p><p>4.4. O Ministério Público e A Ação Civil Pública</p><p>4.5. Perícia Ambiental</p><p>4.5.1. Tipos de Perícia Ambiental:</p><p>4.5.2. Perito</p><p>4.5.3. Assistente Técnico</p><p>4.5.4. Laudo Técnico</p><p>4.6. Exercícios</p><p>�����%LEOLRJUDÀD�&RQVXOWDGD�</p><p>LISTA DE FIGURAS</p><p>Figura 1. Impactos e Sistema de Gestão Ambiental</p><p>Figura 2. Gestão Ambiental e Sustentabilidade.</p><p>Figura 3. Fluxograma de Auditoria de Sistema de Ges-</p><p>tão Ambiental.</p><p>Figura 4. Fluxograma de Representação da República</p><p>Federativa.</p><p>Figura 5. Fluxograma de Representação Hierárquica das</p><p>formas de legislar Brasileiras.</p><p>Figura 6. Fluxograma de Representação SISNAMA.</p><p>Figura 7. Fluxograma das Competências Ambientais do</p><p>Brasil.</p><p>LISTA DE QUADROS</p><p>Quadro 1. Resumo das principais leis, resoluções e de-</p><p>cretos utilizados nos dias de hoje.</p><p>Quadro 2. Aspecto e Impacto Ambiental.</p><p>Quadro 3. Principais características e tipologias do im-</p><p>pacto ambiental.</p><p>Quadro 4. Registro de Auditores (RAC).</p><p>Quadro 5. Resumo da Legislação Federal e Resoluções</p><p>do CONAMA.</p><p>9</p><p>O tema ambiental tem ocupado espaço nos mais</p><p>variados meios: nas empresas, na vida cotidiana, im-</p><p>SUHQVD�HQWUH�RXWURV��PDV�GHYH�ÀFDU�FODUR�TXH�D�TXHVWmR�</p><p>ambiental, seus problemas e soluções não são uma no-</p><p>vidade. Desde a antiguidade fatos históricos nos mos-</p><p>tram a consciência do ser humano com a conservação</p><p>ambiental, mas a partir da Idade Média, com o cres-</p><p>cimento populacional esse cenário muda bruscamente,</p><p>pois há falta de saneamento, epidemias se alastram e</p><p>muitas das experiências da Antiguidade não puderam</p><p>ser utilizadas, por questões políticas, religiosas e pouco</p><p>espaço para o volume populacional. Para suprir a ne-</p><p>cessidade da população crescente, na Revolução Indus-</p><p>trial, ou melhor, “Revolução Energética”, foi necessária</p><p>a queima do carvão de forma exacerbada ocasionando</p><p>até hoje impactos ambientais e sociais irreversíveis.</p><p>Ao evoluir da condição de “homem-coletor” para</p><p>“homem-produtor”, a relação passiva mantida entre ho-</p><p>mem e natureza mudou e, ao longo da história, o meio</p><p>ambiente sofreu, de forma permanente, profundas alte-</p><p>rações em face da evolução social e econômica da socie-</p><p>GDGH�� TXH� H[LJHP�QRYDV� FRQÀJXUDo}HV� HVSDFLDLV� DWp�RV�</p><p>dias atuais.</p><p>Em relação às cidades, desde sua origem, as mes-</p><p>mas não foram ocupadas igualmente por seus habitan-</p><p>tes, pois a estrutura social e econômica de cada socie-</p><p>GDGH�� DOpP�GH�PHFDQLVPRV�HVSHFtÀFRV�GH�SURGXomR�H�</p><p>apropriação do espaço determinou formas diferencia-</p><p>1.1. INTRODUÇÃO</p><p>10</p><p>das de acesso à cidade, fazendo com que boa parte de</p><p>VHXV�PRUDGRUHV�ÀFDVVHP�SULYDGRV�GH�FRQGLo}HV�GH�YLGD�</p><p>consideradas adequadas.</p><p>1R�ÀQDO�GR�VpFXOR�;9,,,�DWp�LQtFLR�GR�VpFXOR�;;��</p><p>ocorreram intensas migrações do homem do campo</p><p>SDUD�DV�FLGDGHV��LQÁXHQFLDGDV�SULQFLSDOPHQWH�SHOD�LQ-</p><p>dustrialização. No Brasil, dados do instituto Brasileiro</p><p>GH�*HRJUDÀD�H�(VWDWtVWLFD���L%*(��SXEOLFDGRV�QR�FHQ-</p><p>so de 2010, revelam que 84% da população vivem em</p><p>área urbana. (IBGE, 2010)</p><p>(VWHV� H�PXLWRV� RXWURV� IDWRUHV� À]HUDP� FRP�TXH� D�</p><p>partir da década de 50, com muitas mortes ocorridas em</p><p>Londres por conta da poluição atmosférica, entre outros</p><p>desastres, o mundo iniciasse algumas discussões para que</p><p>o modelo econômico fosse revisado. Até hoje variados</p><p>eventos de fato discutem a questão ambiental, mas nem</p><p>VHPSUH�VmR�HÀFD]HV�QR�TXH�GL]�UHVSHLWR�D�UHVXOWDGRV�RE-</p><p>tidos e em ações propostas. Um dos eventos mais impor-</p><p>tantes foi a Rio 92, Conferência das Nações Unidas, da</p><p>qual discutiu-se muito sobre o “Desenvolvimento Sus-</p><p>tentável”, conseguindo reunir muitos países para fazer as</p><p>devidas ligações entre o “tripé da Sustentabilidade”.</p><p>11</p><p>Analisando a própria palavra “des-envolver”, o termo</p><p>apareceu para que não houvesse envolvimento das pessoas</p><p>QDV�UHVROXo}HV�SROtWLFDV�H�HPSUHVDULDLV�QR�VpFXOR�;;��H�DFD-</p><p>ERX�SRU�ÀFDU��RX�VHMD��R�GHVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�QmR�</p><p>é um estado de equilíbrio, requer muita discussão e partici-</p><p>pação da população em políticas públicas. Trata-se de um</p><p>processo de mudança, ou seja, de conscientização de em-</p><p>presários e população em geral onde o uso dos recursos, a</p><p>destinação dos investimentos, os caminhos do desenvolvi-</p><p>mento da tecnologia e a mudança institucional devem estar</p><p>de acordo com as necessidades do presente e do futuro. Sua</p><p>GHÀQLomR�PDLV�FRQKHFLGD�IRL�HODERUDGD�SHOD�&RPLVVmR�0XQ-</p><p>dial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD),</p><p>em 1987, no documento Nosso Futuro Comum ou, como</p><p>é bastante conhecido, Relatório Brundtland, e apresentou</p><p>XP�QRYR�ROKDU�VREUH�R�GHVHQYROYLPHQWR��GHÀQLQGR�R�FRPR�</p><p>o processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem</p><p>comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir</p><p>suas próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito</p><p>GH� GHVHQYROYLPHQWR� VXVWHQWiYHO� SDVVD� D� ÀFDU� FRQKHFLGR��</p><p>Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente</p><p>e Desenvolvimento, o Relatório Brundtland aponta para a</p><p>incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os</p><p>padrões de produção e consumo, trazendo à tona mais uma</p><p>vez a necessidade de uma nova relação “ser humano-meio</p><p>ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a</p><p>estagnação do crescimento econômico, mas sim essa conci-</p><p>liação com as questões ambientais e sociais. (ANDI, [2015])</p><p>Segundo Olívio (2010 apud Arruda, 2008), há 5</p><p>dimensões da sustentabilidade:</p><p>12</p><p>1. A primeira dimensão é a sustentabilidade social,</p><p>que deve ser entendida como a construção de um pro-</p><p>cesso de desenvolvimento baseado em outro tipo de</p><p>crescimento e orientado por uma outra visão do que</p><p>seja uma sociedade justa.</p><p>2. A segunda dimensão é a sustentabilidade eco-</p><p>Q{PLFD��TXH�p�SRVVLELOLWDGD�SHOD�DORFDomR�H�JHVWmR�HÀ-</p><p>FLHQWH� GH� UHFXUVRV� H� SRU� XP�ÁX[R� UHJXODU� GH� LQYHVWL-</p><p>mentos públicos e privados.</p><p>3. A terceira dimensão de sustentabilidade é a ecoló-</p><p>gica e pode ser melhorada com o uso dos seguintes meca-</p><p>nismos: 1- aumento da capacidade de suporte</p><p>VEGETAIS (ABIOVE). Glossário. São</p><p>Paulo: ABIOVE, [s.d.]. Disponível em: <http://www.</p><p>abiove.org.br/site/index.php?page=glossario&area=M</p><p>6��27NW14 O *!��$FHVVR�HP�����MDQ�������</p><p>3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSAIOS NÃO</p><p>DESTRUTIVOS E INSPEÇÃO (ABENDI). 5HTXL�</p><p>sitos do Auditor. [2015?]. Disponível em: <http://</p><p>abendicertificadora.org.br/rac/requisitos_auditor.</p><p>html>. Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-</p><p>NICAS (ABNT). 1%5�,62����������� - Sistemas da</p><p>gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso.</p><p>3. ed. Rio de Janeiro, 2015.</p><p>5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS</p><p>TÉCNICAS (ABNT). 1%5�,62����������� - Diretri-</p><p>zes para auditorias de sistema de gestão. Rio de Janeiro:</p><p>ABNT, 2012.</p><p>71</p><p>6. BARBIERI, J.C. Gestão Ambiental Empresarial.</p><p>3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.</p><p>7. BOSSLE, Marilia Bonzanini. Gestão ambiental:</p><p>HQIRTXH� HVWUDWpJLFR� DSOLFDGR� DR� GHVHQYROYLPHQ�</p><p>to sustentável. 2008. 69 f. Trabalho de Conclusão de</p><p>Curso (Bacharelado em Administração de Empresas) –</p><p>Universidade Federeal do rio Grande do Sul – UFRS,</p><p>Porto Alegre, RS, 2008.</p><p>8. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA).</p><p>,QGLFDGRUHV� $PELHQWDLV.[2012?]. Disponível em:</p><p><http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/in-</p><p>formacao-ambiental/sistema-nacional-de-informacao-</p><p>-sobre-meio-ambiente-sinima/indicadores>. Acesso</p><p>em: 20 dez. 2015.</p><p>���&$5'262��$�� 6�� HW�� DO��0HWRGRORJLD�SDUD� FODVVLÀ-</p><p>cação de aspectos e riscos ambientais conforme NBR</p><p>ISO 14001. In: ENCONTRO NAC. DE ENG. DE</p><p>352'8d®2��;;,9�� ������ )ORULDQySROLV�� 6&��Anais</p><p>(OHWU{QLFRV���, Florianópolis, SC: ABEPRO, 2004.</p><p>Disponível em: <http://www.abepro.org.br/bibliote-</p><p>ca/ENEGEP2004_Enegep1002_0117.pdf>. Acesso</p><p>em: 07 jan. 2016.</p><p>10. CRUZ, Eduardo Picanço. Gestão ambiental: estudo</p><p>sobre as preferencias do consumidor. In: SIMPÓSIO</p><p>'(� (;&(/È1&,$� (0� *(67®2� (� 7(&12/2-</p><p>GIA, III, 2006, Resende, RJ. $QDLV�(OHWU{QLFRV��� Re-</p><p>72</p><p>sende, RJ: AEDB, 2006. Disponível em: <http://www.</p><p>aedb.br/seget/arquivos/artigos06/538_SEGET%20</p><p>2006%20I.pdf>. Acesso em: 06 jan. 2016.</p><p>11. DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empre�</p><p>sa. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.</p><p>12. FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO</p><p>DO RIO DE JANEIRO (FIRJAN). 0DQXDO�GH�,QGL�</p><p>FDGRUHV�$PELHQWDLV. Rio de Janeiro: DIM/GTM, 2008.</p><p>13. INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO</p><p>EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IBICT). Desen�</p><p>YROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�H�DYDOLDomR�GR�FLFOR�GH�YLGD.</p><p>Brasília, DF: IBICT/CNI, 2014.</p><p>14. ______. Projeto Avaliação do Ciclo de Vida. 2�TXH�</p><p>p�$&9" [201?]. Disponível em: <http://acv.ibict.br/por-</p><p>tal/comunidade/o-que-e-acv>. Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>15. KASKANTZIS NETO, G. Apostila Avalia�</p><p>omR� GH� ,PSDFWRV� QD� 3HUtFLD� $PELHQWDO. Curitiba:</p><p>s.n., 2010. Disponível em: < https://pt.scribd.com/</p><p>doc/70316857/APOSTILA-DE-IMPACTOS-AM-</p><p>BIENTAIS>. Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>16. NEGRÃO, Mucci JL. ,QWURGXomR� jV� &LrQFLDV�</p><p>Ambientais�� 0RQRJUDÀD� �(VSHFLDOL]DomR� HP� (GXFD-</p><p>ção Ambiental). CEEA. São Paulo, 2002.</p><p>73</p><p>17. OLIVEIRA FILHO, Jaime E de. Gestão ambiental</p><p>e sustentabilidade: um novo paradigma eco-econômico</p><p>para as organizações modernas. Domus on line: Rev.</p><p>Teor. Pol., Soc., Cidad. Salvador, v. 1, n. 1, p. 92-113.</p><p>jan.,/jun., 2004. Disponível em: <http://www.fbb.</p><p>br/media/Publica%C3%A7%C3%B5es/Domus%20</p><p>N%C2%BA1%202004/domus_jaime.pdf>. Acesso</p><p>em: 06 jan. 2016.</p><p>18. PHILIPPI JR, Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de An-</p><p>drade; BRUNA, Gilda Collet. Curso de Gestão Am�</p><p>biental. Barueri, SP: Manole, 2004.</p><p>19. SILVA, Valdenildo Pedro da. (Org.). Gestão Am�</p><p>biental:�UHÁH[}HV�H�HVWUDWpJLDV�GH�DSOLFDomR��1DWDO��51��</p><p>IFRN, 2011. v. 1.</p><p>20. UHLMANN, V. O.; CRUZ, L. S. da; RESKE FI-</p><p>LHO. A. A Interação da auditoria ambiental no proces-</p><p>so de implementação do sistema de gestão ambiental.</p><p>5HYLVWD� (OHWU{QLFD� GH� &RQWDELOLGDGH. Santa Maria,</p><p>RS: UFSM. v. 4, n. 2, p. 1-10, 2007. Disponível em:</p><p><http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.</p><p>php/contabilidade/article/view/5878/3521>. Acesso</p><p>em: 20 dez. 2015.</p><p>77</p><p>3.1. INTRODUÇÃO</p><p>O início da luta por um mundo ambientalmente</p><p>mais equilibrado, em escala planetária se deu na década</p><p>de 1970, quando a ONU realizou em Estocolmo a pri-</p><p>meira grande Conferência sobre o Meio Ambiente, onde</p><p>seu principal objetivo foi alertar o mundo para o fato de</p><p>que os processos tecnológicos e socioeconômicos asso-</p><p>ciados ao “desenvolvimento” estavam comprometendo</p><p>a qualidade de vida da Terra (FELDMANN, 2011)</p><p>Em 1992 com a Rio 92, Conferência das Nações</p><p>8QLGDV��IRUDP�UHDÀUPDGDV�YiULDV�UHFRPHQGDo}HV�VREUH�</p><p>assuntos diversos, bem como a criação da agenda 21 que</p><p>hoje entra nos municípios, cidades e países como fer-</p><p>ramenta das prioridades locais, agindo localmente para</p><p>contribuir globalmente. O Desenvolvimento Sustentável</p><p>IRL�UHDÀUPDGR�WDPEpP��VHX�FRQFHLWR�H�GLPHQVmR�</p><p>O desenvolvimento, para que seja dotado de susten-</p><p>tabilidade ou durabilidade, necessita realizar-se de acordo</p><p>com o estabelecido por estratégicos tratados internacio-</p><p>nais, que vincularam a interação homem- meio ambiente</p><p>a uma diretriz concebida em consonância com a ideolo-</p><p>gia Pós Revolução Industrial, qual seja, a do funciona-</p><p>mento de qualquer sistema jurídico ambiental a partir da</p><p>ideia de desenvolvimento (PEDRO, 2004)</p><p>A opção de uma melhor visualização dos princí-</p><p>pios que podem ser enquadrados em uma pirâmide. Na</p><p>base o desenvolvimento sustentável e posteriormente a</p><p>gestão do meio ambiente e do direito ambiental moder-</p><p>nos, o princípio da prevenção e precaução; o princípio</p><p>78</p><p>da participação e o princípio do poluidor pagador.</p><p>O princípio de prevenção possui característica ter-</p><p>ritorial, pois orienta a ação à forma de gerenciamento</p><p>ambiental mais adequada ao território, controlando as</p><p>atividades que nele se desenvolvem, a partir de instru-</p><p>mentos, como o mapeamento, o planejamento econômi-</p><p>co, o licenciamento das atividades de risco ambiental. No</p><p>mesmo sentido, orienta o princípio da precaução, como</p><p>particularidade de que este, sendo um amadurecimento</p><p>do primeiro, estabelece o critério do não afastamento</p><p>GLDQWH�GH�VLWXDo}HV�HLYDGDV�GH� LQFHUWH]D�FLHQWtÀFD��DGR-</p><p>WDQGR�PHGLGDV� HÀFD]HV� SDUD� LPSHGLU� D� GHJUDGDomR� GR�</p><p>meio ambiente. Já os princípios de ação indireta sobre</p><p>o meio ambiente orientam ações que produzem efeitos</p><p>indiretos sobre o meio ambiente (PEDRO, 2004).</p><p>Na hipótese do princípio do poluidor pagador</p><p>�SULQFtSLR�GH�FDUiWHU�HFRQ{PLFR���RX�TXDQGR�D� LQÁX-</p><p>ência do homem no meio ambiente aconteceu- e exi-</p><p>ge-se que aquele que fez uso do recurso ambiental seja</p><p>responsável pelo desequilíbrio que provocou na me-</p><p>dida de seu passivo ambiental (por exemplo por meio</p><p>de responsabilização civil por danos ambientais)- ou,</p><p>sabendo-se que este está por vir, cobra-se pelo usos</p><p>exclusivo de recurso ambiental (princípio do usuário</p><p>pagador, prolongamento daquele), a exemplo da co-</p><p>brança pelo uso da água..</p><p>Vale notar que, entre os instrumentos econômicos</p><p>de implementação do princípio de poluidor pagador, a</p><p>previsão de mecanismos jurídico-contábeis de internaliza-</p><p>ção dos custos ambientais do custo total da atividade tem</p><p>79</p><p>sido objeto de grandes debates no processo da criação de</p><p>normas ambientais brasileiras. (PEDRO, 2004 p 631).</p><p>E porque todo esse assunto em um capítulo de</p><p>Auditorias Ambientais? Faz-se necessário entender</p><p>o porquê da necessidade de responsabilizar empresas</p><p>e pessoas, e foi em 2002 que a criação da Resolução</p><p>Federal, a CONAMA 306, passou a obrigar os Portos</p><p>Brasileiros a realizarem auditorias ambientais para a re-</p><p>novação de suas Licenças de Operação, que também</p><p>são obrigatórias segundo a CONAMA 237, de 1997.</p><p>Segundo essa mesma Resolução, em seu artigo 8º</p><p>– O Poder Público, no exercício de sua competência de</p><p>controle, expedirá as seguintes licenças:</p><p>“I – Licença Prévia (LP) – concedida na fase pre-</p><p>liminar do planejamento do empreendimento ou</p><p>atividade aprovando sua localização e concepção,</p><p>atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo</p><p>os requisitos básicos e condicionantes a serem aten-</p><p>didos nas próximas fases de sua implementação;</p><p>II – Licença de Instalação (LI) – autoriza a insta-</p><p>lação do empreendimento ou atividade de acor-</p><p>GR�FRP�DV�HVSHFLÀFDo}HV�FRQVWDQWHV�GRV�SODQRV��</p><p>programas e projetos aprovados, incluindo as me-</p><p>didas de controle ambiental, e demais condicio-</p><p>nantes, da qual constituem motivo determinante;</p><p>III – Licença de Operação (LO) – autoriza a</p><p>operação da atividade ou empreendimento, após</p><p>D� YHULÀFDomR� GR� HIHWLYR� FXPSULPHQWR� GR� TXH�</p><p>consta das licenças anteriores, com as medidas</p><p>80</p><p>de controle ambiental e condicionantes determi-</p><p>nadas para a operação.</p><p>Parágrafo Único – As licenças ambientais poderão</p><p>ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acor-</p><p>do com a natureza, características e fase do em-</p><p>preendimento ou atividade.” (CONAMA, 1997).</p><p>Além disso, é necessário entender também o que</p><p>são as Auditorias Ambientais e sua diferença para as</p><p>Auditorias de Sistema de Gestão Ambiental</p><p>Auditoria ambiental: processo sistemático e do-</p><p>FXPHQWDGR�GH�YHULÀFDomR��H[HFXWDGR�SDUD�REWHU�H�DYDOLDU��</p><p>de forma objetiva, evidências que determinem se as ati-</p><p>vidades, eventos, sistemas de gestão e condições ambien-</p><p>WDLV�HVSHFLÀFDGRV�RX�DV�LQIRUPDo}HV�UHODFLRQDGDV�D�HVWHV�</p><p>estão em conformidade com os critérios de auditoria es-</p><p>tabelecidos na Resolução CONAMA 306 (CONAMA,</p><p>2002), e para comunicar os resultados desse processo.</p><p>Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental:</p><p>processo sistemático, independente e documentado,</p><p>para obter evidência de auditoria e avaliá-la objetiva-</p><p>mente, para determinar a extensão na qual os critérios</p><p>de auditoria são atendidos. Estes critérios são seguidos</p><p>segundo a ABNT NBR ISO 14001:2004 (ABNT, 2004)</p><p>3.2. CONAMA</p><p>Na esfera Ambiental Brasileira temos alguns ór-</p><p>gãos ambientais, dos quais suas funções são importan-</p><p>81</p><p>tes para que as discussões, formatações e execuções de</p><p>qualquer forma de legislar sejam feitas. De modo geral a</p><p>Constituição é a Lei maior e deve regrar e ser obedecida</p><p>por todas as outras leis. As Leis são Mandamentos que</p><p>foram aprovados pelo poder Legislativo e Executivo e</p><p>o decreto regulamenta uma lei.</p><p>Abaixo representação da República Federativa do</p><p>Brasil. Do lado esquerdo para o direito estão os níveis</p><p>Federal, Estadual e Municipal, respectivamente.</p><p>Figura 4. Fluxograma de Representação da República Federativa.</p><p>82</p><p>Desse modo as leis são criadas nas três esferas, mas</p><p>nunca são sancionadas com embasamento diferente das</p><p>OHLV�)HGHUDLV��FRQIRUPH�ÁX[RJUDPD�GH�KLHUDUTXLD�DEDL[R�</p><p>Em relação aos órgãos e competências Ambien-</p><p>tais: no MMA (Ministério do Meio Ambiente) – São</p><p>IHLWDV�DV�QRUPDV�H�D�ÀVFDOL]DomR��HP�QtYHO�)HGHUDO��HP�</p><p>conjunto com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio</p><p>Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que é o</p><p>órgão executivo, ou seja, executa as leis ambientais ou</p><p>mesmo as resoluções do CONAMA. O IBAMA, criado</p><p>pela lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, é uma Au-</p><p>tarquia (relativa autonomia) Federal com personalidade</p><p>de direito público.</p><p>O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Am-</p><p>Figura 5. Fluxograma de Representação Hierárquica das formas de</p><p>legislar Brasileiras.</p><p>83</p><p>biente) – é um órgão consultivo e deliberativo. Consul-</p><p>tivo porque é consultado, ou seja, presta informações</p><p>para qualquer pessoa sobre quaisquer assuntos relacio-</p><p>nados ao Meio Ambiente, e deliberativo porque tem o</p><p>poder de criar “leis”, emitir resoluções (resoluções que</p><p>tem o poder de lei).</p><p>O MMA (Ministério do Meio Ambiente), o IBA-</p><p>MA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-</p><p>cursos Naturais Renováveis), o CONAMA (Conselho</p><p>Nacional do Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto</p><p>Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) fa-</p><p>zem parte do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio</p><p>Ambiente) que está inserido na Política Nacional do</p><p>Meio Ambiente, lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,</p><p>no 6º artigo da lei, regulamentada pelo Decreto 9274,</p><p>1990 (BRASIL, 1981).</p><p>Abaixo segue a representação do SISNAMA.</p><p>Figura 6. Fluxograma de Representação SISNAMA.</p><p>84</p><p>Segundo o MMA (BRASIL, [2005]), O CONA-</p><p>MA é composto por Plenário, CIPAM, Grupos As-</p><p>sessores, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho. O</p><p>Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambien-</p><p>te e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretá-</p><p>rio-Executivo do MMA.</p><p>O Conselho é um colegiado representativo de cin-</p><p>co setores, a saber: órgãos federais, estaduais e munici-</p><p>pais, setor empresarial e sociedade civil. Compõem o</p><p>Plenário: o Ministro de Estado do Meio Ambiente, o</p><p>Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente,</p><p>que será o seu Secretário-Executivo; um representan-</p><p>te do IBAMA; um representante da Agência Nacional</p><p>de Águas-ANA; um representante de cada um dos Mi-</p><p>nistérios, das Secretarias da Presidência da República e</p><p>dos Comandos Militares do Ministério da Defesa, indi-</p><p>cados pelos respectivos titulares; um representante de</p><p>cada um dos Governos Estaduais e do Distrito Federal,</p><p>indicados pelos respectivos governadores; oito repre-</p><p>sentantes dos Governos Municipais que possuam órgão</p><p>ambiental estruturado e Conselho de Meio Ambiente</p><p>com caráter deliberativo, sendo:</p><p>�� XP� UHSUHVHQWDQWH� GH� FDGD� UHJLmR� JHRJUiÀFD�</p><p>do País;</p><p>�� XP� UHSUHVHQWDQWH� GD� $VVRFLDomR� 1DFLRQDO� GH�</p><p>Municípios e Meio Ambiente-ANAMMA;</p><p>�� GRLV�UHSUHVHQWDQWHV�GH�HQWLGDGHV�PXQLFLSDOLVWDV�</p><p>de âmbito nacional;</p><p>�� YLQWH�H�GRLV�UHSUHVHQWDQWHV�GH�HQWLGDGHV�GH�WUD-</p><p>balhadores e da sociedade civil, sendo:</p><p>85</p><p>�� GRLV�UHSUHVHQWDQWHV�GH�HQWLGDGHV�DPELHQWDOLVWDV�</p><p>GH�FDGD�XPD�GDV�5HJL}HV�*HRJUiÀFDV�GR�3DtV�</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GH�HQWLGDGH�DPELHQWDOLVWD�GH�</p><p>âmbito nacional;</p><p>�� WUrV� UHSUHVHQWDQWHV� GH� DVVRFLDo}HV� OHJDOPHQWH�</p><p>constituídas para a defesa dos recursos naturais e do</p><p>combate à poluição, de livre escolha do Presidente da</p><p>República; (uma vaga não possui indicação)</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GH�HQWLGDGHV�SURÀVVLRQDLV��GH�</p><p>âmbito nacional, com atuação na área ambiental e de</p><p>saneamento, indicado pela Associação Brasileira de En-</p><p>genharia Sanitária e Ambiental-ABES;</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GH�WUDEDOKDGRUHV�LQGLFDGR�SH-</p><p>las centrais sindicais e confederações de trabalhadores</p><p>da área urbana (Central Única dos Trabalhadores-CUT,</p><p>Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores-</p><p>-CGT, Confederação Nacional dos Trabalhadores na</p><p>Indústria-CNTI e Confederação Nacional dos Traba-</p><p>lhadores no Comércio-CNTC), escolhido em processo</p><p>coordenado pela CNTI e CNTC;</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GH�WUDEDOKDGRUHV�GD�iUHD�UX-</p><p>ral, indicado pela Confederação Nacional dos Trabalha-</p><p>dores na Agricultura-CONTAG;</p><p>�� XP� UHSUHVHQWDQWH� GH� SRSXODo}HV� WUDGLFLRQDLV��</p><p>escolhido em processo coordenado pelo Centro Na-</p><p>cional de Desenvolvimento Sustentável das Populações</p><p>Tradicionais-CNPT/IBAMA;</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GD�FRPXQLGDGH�LQGtJHQD�LQGL-</p><p>cado pelo Conselho de Articulação dos Povos e Orga-</p><p>nizações Indígenas do Brasil-CAPOIB;</p><p>86</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GD�FRPXQLGDGH�FLHQWtÀFD��LQ-</p><p>dicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da</p><p>Ciência-SBPC;</p><p>�� XP� UHSUHVHQWDQWH� GR� &RQVHOKR� 1DFLRQDO� GH�</p><p>Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de</p><p>Bombeiros Militares-CNCG;</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GD�)XQGDomR�%UDVLOHLUD�SDUD�D�</p><p>Conservação da Natureza-FBCN;</p><p>�� RLWR�UHSUHVHQWDQWHV�GH�HQWLGDGHV�HPSUHVDULDLV��H</p><p>�� XP�PHPEUR�KRQRUiULR�LQGLFDGR�SHOR�3OHQiULR�</p><p>�� LQWHJUDP�WDPEpP�R�3OHQiULR�GR�&21$0$��QD�</p><p>condição de Conselheiros Convidados, sem direito a</p><p>voto:</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GR�0LQLVWpULR�3~EOLFR�)HGHUDO�</p><p>�� XP�UHSUHVHQWDQWH�GRV�0LQLVWpULRV�3~EOLFRV�(V-</p><p>taduais, indicado pelo Conselho Nacional dos Procura-</p><p>dores-Gerais de Justiça; e</p><p>�� XP� UHSUHVHQWDQWH� GD� &RPLVVmR� GH�'HIHVD� GR�</p><p>Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara</p><p>dos Deputados.</p><p>As Câmaras Técnicas são instâncias encarregadas</p><p>de desenvolver, examinar e relatar ao Plenário as matérias</p><p>de sua competência. O Regimento Interno prevê a exis-</p><p>tência de 11 Câmaras Técnicas, compostas por 10 Con-</p><p>selheiros, que elegem um Presidente, um Vice-presidente</p><p>e um Relator. Os Grupos de Trabalho são criados</p><p>por</p><p>tempo determinado para analisar, estudar e apresentar</p><p>propostas sobre matérias de sua competência.</p><p>O CONAMA reúne-se ordinariamente a cada 3</p><p>87</p><p>meses no Distrito Federal, podendo realizar Reuniões</p><p>Extraordinárias fora do Distrito Federal, sempre que</p><p>convocada pelo seu Presidente, por iniciativa própria</p><p>ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus mem-</p><p>bros. As reuniões do CONAMA são públicas e abertas</p><p>à toda a sociedade.</p><p>Conforme Art. 7º do DECRETO Nº 99.274, DE</p><p>6 DE JUNHO DE 1990, compete ao CONAMA:</p><p>I - assessorar, estudar e propor ao Conselho de</p><p>Governo, por intermédio do Secretário do Meio</p><p>Ambiente, as diretrizes de políticas governamen-</p><p>tais para o meio ambiente e recursos naturais;</p><p>II - baixar as normas de sua competência, ne-</p><p>cessárias à execução e implementação da Política</p><p>Nacional do Meio Ambiente;</p><p>III - estabelecer, mediante proposta da SE-</p><p>MAM/PR, normas e critérios para o licencia-</p><p>mento de atividades efetiva ou potencialmente</p><p>poluidoras, a ser concedido pelos Estados e pelo</p><p>Distrito Federal;</p><p>IV - determinar, quando julgar necessário, a re-</p><p>alização de estudos sobre as alternativas e pos-</p><p>síveis conseqüências ambientais de projetos</p><p>públicos ou privados, requisitando aos órgãos fe-</p><p>derais, estaduais ou municipais, bem assim a en-</p><p>tidades privadas, as informações indispensáveis à</p><p>apreciação dos estudos de impacto ambiental e</p><p>respectivos relatórios, no caso de obras ou ativi-</p><p>GDGHV�GH�VLJQLÀFDWLYD�GHJUDGDomR�DPELHQWDO�</p><p>88</p><p>V - decidir, como última instância administrativa,</p><p>em grau de recurso,</p><p>mediante depósito prévio, sobre multas e outras</p><p>penalidades impostas pelo IBAMA;</p><p>VI - homologar acordos visando à transforma-</p><p>ção de penalidades pecuniárias na obrigação de</p><p>executar medidas de interesse para a proteção</p><p>ambiental;</p><p>VII - determinar, mediante representação da</p><p>6(0$0�35��TXDQGR� VH� WUDWDU� HVSHFLÀFDPHQWH�</p><p>de matéria relativa ao meio ambiente, a perda ou</p><p>UHVWULomR� GH� EHQHItFLRV� ÀVFDLV� FRQFHGLGRV� SHOR�</p><p>Poder Público, em caráter geral ou condicional, e</p><p>a perda ou suspensão de participação em linhas</p><p>GH� ÀQDQFLDPHQWR� HP� HVWDEHOHFLPHQWRV� RÀFLDLV�</p><p>de crédito;</p><p>VIII - estabelecer, privativamente, normas e pa-</p><p>drões nacionais de controle da poluição causada</p><p>por veículos automotores terrestres, aeronaves</p><p>e embarcações, após audiência aos Ministérios</p><p>competentes;</p><p>,;���HVWDEHOHFHU�QRUPDV��FULWpULRV�H�SDGU}HV�UHOD-</p><p>tivos ao controle e à</p><p>manutenção da qualidade do meio ambiente com</p><p>vistas ao uso racional dos recursos ambientais,</p><p>principalmente os hídricos;</p><p>;���HVWDEHOHFHU�QRUPDV�JHUDLV�UHODWLYDV�jV�8QLGD-</p><p>des de Conservação e às atividades que podem</p><p>ser desenvolvidas em suas áreas circundantes;</p><p>;,���HVWDEHOHFHU�RV�FULWpULRV�SDUD�D�GHFODUDomR�GH�</p><p>89</p><p>áreas críticas, saturadas ou em vias de saturação;</p><p>;,,���VXEPHWHU��SRU�LQWHUPpGLR�GR�6HFUHWiULR�GR�</p><p>Meio Ambiente, à apreciação dos órgãos e en-</p><p>tidades da Administração Pública Federal, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, as</p><p>propostas referentes à concessão de incentivos e</p><p>EHQHItFLRV�ÀVFDLV�H�ÀQDQFHLURV��YLVDQGR�j�PHOKR-</p><p>ria da qualidade ambiental;</p><p>;,,,���FULDU�H�H[WLQJXLU�&kPDUDV�7pFQLFDV��H</p><p>;,9���DSURYDU�VHX�5HJLPHQWR�,QWHUQR�</p><p>$�VHJXLU�ÁX[RJUDPD�GDV�FRPSHWrQFLDV�$PELHQWDLV�</p><p>do Brasil. mma.gov.br.</p><p>90</p><p>91</p><p>Figura 7. Fluxograma das Competências Ambientais do Brasil.</p><p>92</p><p>3.3. PORTOS BRASILEIROS E AS AUDITORIAS</p><p>AMBIENTAIS</p><p>Segundo a Agência Nacional de Transportes</p><p>Aquaviários - ANTAQ (BRASIL, 2011), o crescimento</p><p>da economia internacional, no qual estamos inseridos</p><p>inexoravelmente por conta da globalização, vem exigin-</p><p>do mais dos portos, pois é por eles que passa a maior</p><p>parte das riquezas mundiais. Dentro desse contexto, a</p><p>atividade portuária é estratégica e fundamental para a</p><p>economia mundial. Mais de 90% do comércio inter-</p><p>nacional (em volume) passa por instalações portuárias,</p><p>que devem ser adequadas às funções a que se destinam.</p><p>No caso brasileiro, a importância não é menor.</p><p>Essa movimentação de cargas pelos portos requer</p><p>inúmeras estruturas de atracação, extensas áreas para</p><p>armazenagem, grandes profundidades e outros atribu-</p><p>tos que consomem intensamente o meio ambiente. O</p><p>porto atua como elo entre os modais ou estruturas de</p><p>transporte, integrando aeroportos, terminais ferrovi-</p><p>ários, Estações Aduaneiras de Interior - EADI, retro</p><p>áreas portuárias e outros elementos dessa rede.</p><p>Constitui-se, assim, em plataformas logísticas per-</p><p>WHQFHQWHV�D�XPD�FDGHLD�GH�ÁX[RV�GH�FDUJD��TXH�QHFHV-</p><p>VLWDP�DWXDU�FRP�HÀFLrQFLD�H�FRP�EDL[RV�FXVWRV�SDUD�R�</p><p>bom desempenho de suas funções socioeconômicas. A</p><p>economicidade dessas plataformas consiste em atender</p><p>mais carga com pouco espaço físico e em curto tempo.</p><p>Em razão da intensidade do processamento ou</p><p>manuseio de cargas em instalações portuárias, é neces-</p><p>93</p><p>sário adotar uma sistemática de tratamento das ques-</p><p>tões ambientais que englobe a proteção do meio am-</p><p>biente no qual a instalação está inserida, promovendo</p><p>o controle dos seus impactos, evitando-os quando pos-</p><p>sível, mitigando-os e compensando-os sempre que ne-</p><p>cessário. Essa sistemática deve incluir a capacidade de</p><p>corrigir desvios e de recuperar os recursos degradados</p><p>pela atividade portuária.</p><p>Localizados em ambientes naturais de considerável</p><p>valor ecológico, os portos se apropriam desses recursos</p><p>naturais muitas vezes de maneira exclusiva. Portanto,</p><p>como elementos fundamentais da logística internacio-</p><p>nal de trânsito ou troca de riquezas, os portos devem ter</p><p>como contrapartida uma atitude efetiva de valorização</p><p>de seus ambientes.</p><p>Como em todo o mundo, os Portos Brasileiros</p><p>também são fontes dessa cadeia logística e fonte de</p><p>riquezas. Uma parte substancial das nossas trocas co-</p><p>merciais com o exterior é por eles processada. São</p><p>aqueles referentes à colocação no mercado externo de</p><p>produtos brasileiros ou destinadas ao abastecimento</p><p>interno por produtos estrangeiros ou mesmo nacio-</p><p>nais, trocas que fazem com que sejamos inseridos no</p><p>comércio global (BRASIL, 2011).</p><p>Segundo a lei n.º 9.966 (BRASIL, 2000a) que revo-</p><p>gou a lei n.º 5.357, de 17 de novembro de 1967, e o § 4º do</p><p>art. 14 da lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, artigo 2º,</p><p>;,,���3RUWR�RUJDQL]DGR��SRUWR�FRQVWUXtGR�H�DSD-</p><p>relhado para atender às necessidades da navega-</p><p>94</p><p>ção e da movimentação e armazenagem de mer-</p><p>cadorias, concedido ou explorado pela União,</p><p>cujo tráfego e operações portuárias estejam sob</p><p>a jurisdição de uma autoridade portuária;</p><p>A título de controle da entrada e saída de produtos</p><p>no Brasil, esta mesma Lei, surgiu para a prevenção, o</p><p>FRQWUROH�H�D�ÀVFDOL]DomR�GD�SROXLomR�FDXVDGD�SRU� ODQ-</p><p>çamento de óleo e outras substâncias nocivas ou peri-</p><p>gosas em águas sob jurisdição nacional dando outras</p><p>providências e estabelecendo desde 2000 as auditorias</p><p>ambientais em seu Art. 9º:</p><p>As entidades exploradoras de portos organizados</p><p>e instalações portuárias e os proprietários ou ope-</p><p>radores de plataformas e suas instalações de apoio</p><p>deverão realizar auditorias ambientais bienais, inde-</p><p>pendentes, com o objetivo de avaliar os sistemas de</p><p>gestão e controle ambiental em suas unidades.</p><p>Esta Lei estabelece os princípios básicos a serem</p><p>obedecidos na movimentação de óleo e outras substân-</p><p>cias nocivas ou perigosas em portos organizados, ins-</p><p>talações portuárias, plataformas e navios em águas sob</p><p>jurisdição nacional. A partir daí outras leis, decretos e</p><p>resoluções a complementaram, proporcionando supor-</p><p>te inclusive às Auditorias Ambientais.</p><p>É importante salientar que estas Auditorias devem</p><p>VHU� IHLWDV� SRU� SURÀVVLRQDLV� DOWDPHQWH� TXDOLÀFDGRV�� GD�</p><p>área ambiental e que já sejam auditores de Sistemas de</p><p>95</p><p>Gestão Ambiental, para que possam fazer seus registros</p><p>QR�ÐUJmR�FHUWLÀFDGRU�%UDVLOHLUR�GH�3HVVRDV��RX�VHMD��D�</p><p>ABENDI/RAC.</p><p>O dimensionamento das Auditorias Ambientais</p><p>ocorre geralmente conforme o tamanho do Porto e a</p><p>quantidade de Condicionantes de sua licença de Opera-</p><p>ção. Segundo o Instituto</p><p>Sócio Ambiental (ISA, 2014)</p><p>as condicionantes são uma série de compromissos que</p><p>o empreendedor e o Governo Federal assumiram com</p><p>o órgão ambiental federal (IBAMA) para obter e man-</p><p>ter a autorização do empreendimento, garantindo a sus-</p><p>tentabilidade ambiental do empreendimento.</p><p>As auditorias Ambientais são realizadas com forte co-</p><p>nhecimento na legislação Federal, estadual e municipal, e da</p><p>dinâmica portuária onde encontra-se o Porto a ser auditado.</p><p>Todas as leis relacionadas ao Meio Ambiente são apli-</p><p>cáveis, assim como acordos internacionais. Abaixo Quadro</p><p>resumo da legislação Federal e Resoluções do CONAMA,</p><p>porém há uma série de Decretos que regulamentam estas</p><p>leis, assim como, Portarias e Instruções Normativas do Mi-</p><p>nistério do Meio Ambiente, Secretaria dos Portos, Agên-</p><p>cia Natural de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível –</p><p>ANP, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, INMETRO,</p><p>Portarias Interministeriais, ANVISA, ANTAQ, FUNASA,</p><p>COTRAN, Pesca, IBAMA, Conselho Nacional de Recur-</p><p>sos Hídricos - CNRH entre outras, como por exemplo a</p><p>Portaria do Ministério do Meio Ambiente Nº 319 que es-</p><p>tabelece os requisitos mínimos quanto ao credenciamento,</p><p>UHJLVWUR��FHUWLÀFDomR��TXDOLÀFDomR��KDELOLWDomR��H[SHULrQFLD�H�</p><p>96</p><p>WUHLQDPHQWR�SURÀVVLRQDO�GH�DXGLWRUHV�DPELHQWDLV�SDUD�H[H-</p><p>cução de auditorias ambientais.</p><p>/HLV�GR�3RGHU�/HJLVODWLYR�)HGHUDO</p><p>97</p><p>98</p><p>99</p><p>100</p><p>101</p><p>102</p><p>103</p><p>Quadro 5. Resumo da Legislação Federal e Resoluções do CO-</p><p>NAMA.</p><p>104</p><p>3.4. EXERCÍCIOS</p><p>1. Qual a diferença entre Auditorias Ambientais e Audi-</p><p>torias de Sistema de Gestão Ambiental?</p><p>2. Qual a diferença entre Licença Prévia, Licença de</p><p>Instalação e Licença de Operação?</p><p>3. O que é o princípio do poluidor pagador? E o princí-</p><p>pio de prevenção e precaução?</p><p>4. Quais as funções do Ministério do Meio Ambiente</p><p>e CONAMA? Como atuam nas auditorias ambientais?</p><p>5. O que são Portos organizados?</p><p>105</p><p>3.5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA</p><p>1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-</p><p>NICAS (ABNT). 1%5�,62����������� - Sistemas da</p><p>gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso.</p><p>2. ed. Rio de Janeiro, 2004.</p><p>2. BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dis-</p><p>põe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus</p><p>ÀQV�H�PHFDQLVPRV�GH�IRUPXODomR�H�DSOLFDomR��H�Gi�RX-</p><p>tras providências. Disponível em: <http://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 13</p><p>dez 2015.</p><p>3. ______. Lei n. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989.</p><p>Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autár-</p><p>quica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e</p><p>dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras provi-</p><p>dências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/Leis/L7735.htm>. Acesso em: 13 dez. 2015.</p><p>4. ______. Lei n. 9.966, de 28 de abril de 2000a. Dis-</p><p>S}H� VREUH� D�SUHYHQomR��R� FRQWUROH� H� D�ÀVFDOL]DomR�GD�</p><p>poluição causada por lançamento de óleo e outras</p><p>substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdi-</p><p>ção nacional e dá outras providências. Disponível em:</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9966.</p><p>htm>. Acesso em: 13 dez. 2015.</p><p>5. ______. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000b. Re-</p><p>106</p><p>gulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da</p><p>Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de</p><p>Unidades de Conservação da Natureza e dá outras pro-</p><p>vidências. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/</p><p>port/conama/legiabre.cfm?codlegi=322>. Acesso em:</p><p>13 dez. 2015</p><p>6. _______. 'HFUHWR�1R�������, DE 6 DE JUNHO</p><p>DE 1990. Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril</p><p>de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que</p><p>dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações</p><p>Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a</p><p>Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras provi-</p><p>dências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm>. Acesso em:</p><p>08 jan. 2016</p><p>7. ______. Ministério do Meio Ambiente (MMA). O</p><p>TXH�p�R�&21$0$". [2015] Disponível em: <http://</p><p>www.mma.gov.br/port/conama/estr.cfm>. Acesso em</p><p>15 dez. 2015.</p><p>8. ______. Ministério dos Transportes: Agência Nacio-</p><p>nal de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Porto Ver�</p><p>GH��0RGHOR�$PELHQWDO�3RUWXiULR. Brasília: ANTAQ,</p><p>2011.</p><p>9. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIEN-</p><p>TE (CONAMA). 5HVROXomR�&21$0$� ���, de 19</p><p>de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão e com-</p><p>107</p><p>plementação dos procedimentos e critérios utiliza-</p><p>dos para o licenciamento ambiental. Disponível em:</p><p><http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.</p><p>cfm?codlegi=237> . Acesso em: 15 dez. 2015.</p><p>10. ______. 5HVROXomR�&21$0$����, de 05 de julho</p><p>de 2002. Estabelece os requisitos mínimos e o termo de</p><p>referência para realização de auditorias ambientais. Dis-</p><p>ponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/</p><p>legiabre.cfm?codlegi=306>. Acesso em: 15 dez. 2015.</p><p>11. FELDMANN, Fabio. Sustentabilidade planetá�</p><p>ULD�� RQGH�HX� HQWUR�QLVVR" São Paulo: Terra Virgem,</p><p>2011.</p><p>12. INSTITUTO SOCIO AMBIENTAL (ISA). 1RWt�</p><p>FLDV�6RFLRDPELHQWDLV��(QWHQGD�R�TXH�VmR�DV�FRQGL�</p><p>FLRQDQWHV�TXH�HQYROYHP�D�FRQVWUXomR�GD�KLGUHOpWUL�</p><p>FD�GH�%HOR�0RQWH. jan. 2014. Disponível em: <http://</p><p>www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambien-</p><p>tais/entenda-o-que-sao-as-condicionantes-que-envol-</p><p>vem-a-construcao-da-hidreletrica-de-belo-monte>.</p><p>Acesso em: 05 dez. 2015.</p><p>13. LOURENÇO, Andrea Vigolo; ASMUS, Milton La-</p><p>fourcate. Gestão Ambiental Portuária: fragilidades, de-</p><p>VDÀRV�H�SRWHQFLDOLGDGHV�QR�SRUWR�GR�5LR�*UDQGH��56��</p><p>Brasil. 5HYLVWD�GH�*HVWmR�&RVWHLUD�,QWHJUDGD���-RXU�</p><p>QDO� RI � ,QWHJUDWHG�&RDVWDO�=RQH�0DQDJHPHQW [on</p><p>line], v. 15, n. 2, p. 223-235, Jun. 2015. Disponível em:</p><p>108</p><p><http://www.aprh.pt/rgci/pdf/rgci-498_Lourenco.</p><p>pdf>. Acesso em: 10 dez. 2015.</p><p>14. PARANÁ. Secretaria de Infraestrutura e Logística:</p><p>Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina</p><p>(APPA). /HLV� $PELHQWDLV� $SOLFiYHLV. [2015]. Dis-</p><p>ponível em: <http://www.portosdoparana.pr.gov.br/</p><p>modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=364>.</p><p>Acesso em 13 dez. 2015.</p><p>15. PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro Arlindo; FRA-</p><p>*8(772��)OiYLD�:LWNRZVNL��'LUHLWR�$PELHQWDO�$SOLFD-</p><p>do In: PHILIPPI JR, Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de</p><p>Andrade; BRUNA, Gilda Collet. Curso de Gestão Am�</p><p>biental. Barueri, SP: Manole, 2004. Cap. 17. p. 617-656.</p><p>113</p><p>4.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL</p><p>Desde a origem da Avaliação de Impacto Am-</p><p>ELHQWDO��VXD�ÀQDOLGDGH�p�GHEDWLGD��(VVH�GHEDWH�WHP�VLGR�</p><p>DPSOLDGR�j�PHGLGD�TXH�ÁRUHVFH�R�FDPSR�GH�DSOLFDomR�</p><p>da AIA. Se, de início, a AIA voltava-se quase que ex-</p><p>clusivamente a projetos de engenharia, seu campo hoje</p><p>inclui planos, programas e políticas (a avaliação ambien-</p><p>tal estratégica, que se consolidou a partir dos anos de</p><p>1980) os impactos da produção, consumo e descarte</p><p>de bens e serviços (a avaliação do ciclo de vida, que se</p><p>consolidou a partir dos anos de 1990) e a avaliação da</p><p>contribuição líquida de um projeto, um plano, um pro-</p><p>grama ou uma política, para a sustentabilidade (a análise</p><p>GH�VXVWHQWDELOLGDGH��TXH�YHP�VH�ÀUPDQGR�QD�SULPHLUD�</p><p>GpFDGD�GR�VpFXOR�;;,���$�FRPSUHHQVmR�GH�REMHWLYRV�H�</p><p>propósitos da AIA é essencial para aprender seus pa-</p><p>péis e funções, e também para se apreciar seu alcance e</p><p>seus limites. A AIA é apenas um instrumento de polí-</p><p>tica pública ambiental e, por isso, não é a solução para</p><p>WRGDV�DV�GHÀFLrQFLDV�GH�SODQHMDPHQWR�RX�EUHFKDV�OHJDLV�</p><p>que permitem, consentem e facilitam a continuidade da</p><p>degradação ambiental (SÁNCHEZ, 2013).</p><p>$�ÀQDOLGDGH�GD�DYDOLDomR�GH� LPSDFWR�DPELHQWDO�p�</p><p>considerar os impactos ambientais antes de se tomar</p><p>TXDOTXHU� GHFLVmR� TXH� SRVVD� DFDUUHWDU� VLJQLÀFDWLYD� GH-</p><p>gradação da qualidade do meio ambiente. Para cumprir</p><p>esse papel, a AIA é organizada de forma a que seja rea-</p><p>lizada uma série de atividades sequenciais, concatenadas</p><p>de maneira lógica. A esse conjunto de atividades e pro-</p><p>114</p><p>cedimentos se dá o nome de processo de avaliação de</p><p>impacto ambiental. Em geral, esse processo é objeto de</p><p>UHJXODPHQWDomR��TXH�GHÀQH�GHWDOKDGDPHQWH�RV�SURFH-</p><p>dimentos a serem seguidos, de acordo com os tipos</p><p>de</p><p>atividades sujeitos à elaboração prévia de um estudo de</p><p>impacto ambiental, o conteúdo mínimo desse estudo e</p><p>as modalidades de consulta pública, entre outros assun-</p><p>tos (SÁNCHEZ, 2013).</p><p>4.1.1. RECURSOS NATURAIS</p><p>$� VRFLHGDGH� VH� EHQHÀFLD� GLUHWD� H� LQGLUHWDPHQWH�</p><p>dos recursos que fornecem diversos bens e serviços</p><p>ambientais. Os benefícios oriundos dos componentes</p><p>que formam o capital natural podem ser agrupados em</p><p>sete categorias, as quais são: (1) matérias-primas; (2)</p><p>consumo de bens e serviços ambientais; (3) seguridade;</p><p>(4) descanso e lazer; (5) desenvolvimento espiritual; (6)</p><p>proteção contra desastres naturais; (7) proteção à saú-</p><p>de. Para facilitar a aplicação das informações descritas</p><p>na valoração do dano social é necessário estabelecer a</p><p>importância do recurso que é afetado quanto aos bens</p><p>e aos serviços ambientais que fornece à sociedade. Essa</p><p>estimativa pode ser obtida a partir da avaliação do es-</p><p>tado de conservação do recurso natural, bem como, do</p><p>seu potencial ecológico. A quantidade e a qualidade dos</p><p>PDWHULDLV�H�ÁX[RV�GH�HQHUJLD�TXH�RV� UHFXUVRV�QDWXUDLV�</p><p>fornecem estão diretamente relacionadas ao estado de</p><p>conservação e ao seu potencial ecológico. A medida de</p><p>115</p><p>que melhora o estado de conservação do recurso na-</p><p>WXUDO�RV�ÁX[RV�GH�PDWHULDLV�H�HQHUJLD�VmR�PD[LPL]DGRV�</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2010).</p><p>As qualidades intrínsecas dos recursos naturais</p><p>são: escala; elasticidade; complexidade, componente</p><p>chave e representatividade, as quais determinam o seu</p><p>potencial para exercer funções ecológicas, estas devem</p><p>ser avaliadas antes e depois do dano ambiental para que</p><p>seja possível concluir sobre as alterações dos recursos</p><p>resultantes de impactos.</p><p>Nesse contexto, o conhecimento dos recursos na-</p><p>turais e a análise da alteração de suas qualidades con-</p><p>ÀJXUD� SDUWH� LPSRUWDQWH� GR� SURFHVVR� GH� DYDOLDomR� GR�</p><p>impacto ambiental.</p><p>4.1.2. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO</p><p>AMBIENTAL</p><p>��0DWUL]�GH�/HRSROG�</p><p>O método mais conhecido entre as metodologias</p><p>de avaliação de impactos ambientais é o de Leopold.</p><p>Foi o primeiro método elaborado para as avaliações de</p><p>impacto ambiental. Trata-se de um sistema de infor-</p><p>mação qualitativo não sistemático. Esse modelo utiliza</p><p>basicamente uma estrutura matricial formada por um</p><p>conjunto de cem colunas associadas às potenciais ações</p><p>que podem originar impactos ao ambiente e oitenta e</p><p>oito linhas relacionadas às características e os fatores</p><p>ambientais, resultando em uma matriz com oito mil e</p><p>116</p><p>oitocentas células de interação. O método de Leopold</p><p>não é um procedimento de avaliação ambiental propria-</p><p>PHQWH�GLWR��WUDWD�VH�GH�XP�PpWRGR�GH�LGHQWLÀFDomR�TXH�</p><p>pode ser utilizado para resumir e comunicar os resul-</p><p>tados. Para usar a matriz de Leopold, o primeiro passo</p><p>FRQVLVWH�QD�LGHQWLÀFDomR�GDV�LQWHUDo}HV�H[LVWHQWHV��SRU-</p><p>tanto é necessário considerar todas as atividades realiza-</p><p>das ou eventos ocorridos no projeto ou cenário analisa-</p><p>do. É recomendado trabalha com uma matriz reduzida,</p><p>eliminando as linhas e colunas que não tem relação com</p><p>o caso investigado. Posteriormente, faz-se a análise de</p><p>cada uma das ações considerando todos os fatores am-</p><p>bientais que poderão ser afetados. Em seguida, em cada</p><p>célula marcada com uma linha diagonal atribuem-se os</p><p>valores: a) Magnitude: valoração do impacto ou da alte-</p><p>ração que pode ser provocada; grau, extensão ou escala</p><p>considerada. Em geral, adota-se uma escala de valores</p><p>na faixa de um a dez, assim como, o sinal positivo e</p><p>QHJDWLYR�SDUD�R�LPSDFWR�EHQpÀFR�H�SUHMXGLFLDO��UHVSHF-</p><p>tivamente. b) Importância: valor ponderal que indica o</p><p>peso relativo do potencial do impacto. Indica a relevân-</p><p>cia do impacto no meio ambiente e extensão da região</p><p>injuriada, adotando uma escala de valores no intervalo</p><p>fechado de um a dez unidades. A matriz de Leopold</p><p>é global porque considera as características geofísicas,</p><p>hidrológicas, socioeconômicas e os parâmetros físicos,</p><p>químicos e biológicos presentes no sistema. Contudo, o</p><p>método não é seletivo, pois não faz a distinção dos efei-</p><p>tos de curto e longo prazo. A matriz pode conter dados</p><p>qualitativos e quantitativos, mas não consegue discri-</p><p>117</p><p>miná-los. A objetividade não é ponte forte do método</p><p>uma vez que se atribuir valores de um a dez unidades a</p><p>PDJQLWXGH�� VHP�FRQWHPSODU� QHQKXP�FULWpULR� HVSHFtÀ-</p><p>co. As principais vantagens desse método são: valores</p><p>os potenciais impactos de uma ação sobre diferentes</p><p>fatores ambientais; levar em consideração na avaliação</p><p>do impacto à magnitude e importância; fornecer um re-</p><p>sumo das informações e uma visão geral dos impactos</p><p>ambientais. Por outro lado, as desvantagens desse mé-</p><p>WRGR�VmR��GLÀFXOGDGH�GH�UHSURGX]LU�RV�UHVXOWDGRV��SRLV�</p><p>é de caráter subjetivo; não contempla método ou crité-</p><p>ULRV�HVSHFtÀFRV�SDUD�DWULEXLU�YDORUHV�SDUD�D�PDJQLWXGH�</p><p>e importância; não considera as interações entre os di-</p><p>ferentes fatores ambientais; não considera as alterações</p><p>GR�VLVWHPD�QR�WHPSR��RV�HIHLWRV�VmR�H[FOXVLYRV�H�ÀQDLV�</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2010).</p><p>��5HGHV�GH�,QWHUDo}HV</p><p>Essa metodologia estabelece uma sequência de im-</p><p>pactos ambientais a partir de uma determinada interven-</p><p>omR��XWLOL]DQGR�PpWRGR�JUiÀFR��$�UHGH�PDLV�GLIXQGLGD�H�</p><p>conhecida é a de Sorensen (1974). As redes têm por ob-</p><p>jetivo as relações de precedência entre ações praticadas</p><p>pelo empreendimento e os consequentes impactos de</p><p>primeira e demais ordens. Apresentam como vantagens</p><p>o fato de permitirem uma boa visualização de impactos</p><p>secundários e demais ordens, principalmente quando</p><p>computadorizadas, e a possibilidade de introdução de</p><p>parâmetros probabilísticos, mostrando tendências. Vi-</p><p>sam também a orientar as medidas a serem propostas</p><p>118</p><p>SDUD�R�JHUHQFLDPHQWR�GRV�LPSDFWRV�LGHQWLÀFDGRV��LVWR�p��</p><p>recomendar medidas mitigadoras que possam ser apli-</p><p>cadas já no momento de efetivação das ações causadas</p><p>pelo empreendimento e propor programas de manejo,</p><p>monitoramento e controle ambientais (COSTA, M.V.;</p><p>CHAVES, P.S.V.; OLIVEIRA, F.C.de; 2005).</p><p>��6LVWHPDV�GH�,QIRUPDomR�*HRJUiÀFD</p><p>O problema essencial é capturar no SIG, com o</p><p>menor grau de reducionismo possível, a natureza dos</p><p>padrões e processos do espaço. A solução tradicional</p><p>IRL�WUDQVSRU�RV�PDSDV�GD�&DUWRJUDÀD�7HPiWLFD�SDUD�R�</p><p>ambiente computacional. Ao tratar criticamente esta</p><p>questão, pode-se concluir que um mapa temático tradi-</p><p>FLRQDO�QDGD�PDV�p�TXH�XPD�UHSUHVHQWDomR�VLPSOLÀFDGD�</p><p>do conhecimento de um especialista sobre a região es-</p><p>WXGDGD��7DO�GLÀFXOGDGH�OHYD�D�PDLRU�SDUWH�GDV�DSOLFDo}HV�</p><p>de Geoprocessamento a representar alguns aspectos</p><p>da natureza apenas a partir da delimitação de uma área</p><p>GH�HVWXGR��QD�SUiWLFD��XP�UHWkQJXOR�GHÀQLGR�SRU�FRRU-</p><p>GHQDGDV�JHRJUiÀFDV���VHP�FDSWXUDU�VXDV�FDUDFWHUtVWLFDV�</p><p>particulares que possam distingui-la de seu entorno.</p><p>Neste contexto, a maior parte das análises é baseada</p><p>numa abordagem ponto a ponto: a área de estudo é di-</p><p>vidida em pequenas células, e cada célula é examinada</p><p>e processada separadamente das demais. A abordagem</p><p>pontual, apesar de sua simplicidade de implementação</p><p>e uso, apresenta algumas limitações. Como cada ponto</p><p>é considerado independente dos demais, não há garan-</p><p>tia de uma coerência espacial no resultado. Quer dizer,</p><p>119</p><p>a topologia resultante é fornecida implicitamente pelos</p><p>diferentes recortes espaciais de cada mapa. Não é fei-</p><p>ta qualquer hipótese explicita sobre a organização do</p><p>espaço, e espera-se que a correlação implícita entre as</p><p>variáveis (no limite, resultante dos processos de gera-</p><p>ção do espaço) assegure uma representação coerente no</p><p>PDSD�ÀQDO��'HVWH�PRGR��DJUXSD�VH�GH�IRUPD�JHQpULFD��</p><p>as diferentes metodologias para estudos ambientais em</p><p>duas grandes classes: (1) Métodos baseados em loca-</p><p>lizações pontuais - utilizam a combinação dos atribu-</p><p>WRV�GHVFULWLYRV�GDV�YDULiYHLV�JHRJUiÀFDV��RQGH�FDGD�OR-</p><p>calização é considerada independente das demais; (2)</p><p>0pWRGRV�EDVHDGRV�QD�GHÀQLomR�GH� iUHDV�KRPRJrQHDV�</p><p>- utilizam conceitos derivados da ideia de área-unidade</p><p>(MEDEIROS,J.S.; CAMARA; G. [s.d]).</p><p>��6LPXODomR</p><p>0RGHORV�PDWHPiWLFRV�FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�UHSUH-</p><p>sentar, o mais próximo possível da realidade, a estrutura</p><p>e o funcionamento dos sistemas ambientais (DIODA-</p><p>TO, 2004). Desvantagem:</p><p>�� (VFDVVH]�GH�GDGRV�</p><p>�� 5HODo}HV�VLPSOLÀFDGDV�HQWUH�DV�YDULiYHLV�</p><p>�� 1mR�LQFRUSRUD�IDWRUHV�VRFLDLV�</p><p>4.2. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RE-</p><p>LATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL</p><p>Uma vez conhecido o conceito, a metodologia e al-</p><p>120</p><p>gumas técnicas de avaliação do impacto ambiental, bem</p><p>FRPR�VXD�ÀQDOLGDGH��p�SUHFLVR�HQWHQGHU�FRPR�HODERUDU�</p><p>um estudo e apresentar suas conclusões. A RESOLU-</p><p>ÇÃO CONAMA Nº 001/86, nos artigos 6º e 9º respec-</p><p>WLYDPHQWH��%5$6,/���������GHÀQH�FRQIRUPH�VHJXH��DV�</p><p>atividades do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e os</p><p>itens do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).</p><p>4.2.1. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)</p><p>,���'LDJQyVWLFR�DPELHQWDO�GD�iUHD�GH�LQÁXrQFLD�GR�</p><p>projeto completa descrição e análise dos recursos am-</p><p>bientais e suas interações, tal como existem, de modo a</p><p>caracterizar a situação ambiental da área, antes da im-</p><p>plantação do projeto, considerando:</p><p>a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima,</p><p>GHVWDFDQGR�RV�UHFXUVRV�PLQHUDLV��D�WRSRJUDÀD��RV�WLSRV�</p><p>e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidroló-</p><p>gico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;</p><p>b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a</p><p>IDXQD�H�D�ÁRUD��GHVWDFDQGR�DV�HVSpFLHV� LQGLFDGRUDV�GD�</p><p>TXDOLGDGH� DPELHQWDO�� GH� YDORU� FLHQWtÀFR� H� HFRQ{PLFR��</p><p>raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação</p><p>permanente;</p><p>c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do</p><p>solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando</p><p>os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e cul-</p><p>turais da comunidade, as relações de dependência entre</p><p>a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial</p><p>121</p><p>utilização futura desses recursos.</p><p>II - Análise dos impactos ambientais do projeto e</p><p>GH� VXDV� DOWHUQDWLYDV�� DWUDYpV� GH� LGHQWLÀFDomR�� SUHYLVmR�</p><p>da magnitude e interpretação da importância dos pro-</p><p>váveis impactos relevantes, discriminando: os impactos</p><p>SRVLWLYRV�H�QHJDWLYRV� �EHQpÀFRV�H�DGYHUVRV���GLUHWRV�H�</p><p>indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, tempo-</p><p>rários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas</p><p>propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição</p><p>dos ônus e benefícios sociais.</p><p>,,,� ��'HÀQLomR�GDV�PHGLGDV�PLWLJDGRUDV�GRV� LP-</p><p>pactos negativos, entre elas os equipamentos de con-</p><p>trole e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a</p><p>HÀFLrQFLD�GH�FDGD�XPD�GHODV�</p><p>IV - Elaboração do programa de acompanhamento</p><p>e monitoramento (os impactos positivos e negativos, in-</p><p>dicando os fatores e parâmetros a serem considerados).</p><p>4.2.2. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL</p><p>(RIMA)</p><p>,���2V�REMHWLYRV�H�MXVWLÀFDWLYDV�GR�SURMHWR��VXD�UHOD-</p><p>ção e compatibilidade com as políticas setoriais, planos</p><p>e programas governamentais;</p><p>II - A descrição do projeto e suas alternativas tec-</p><p>QROyJLFDV�H�ORFDFLRQDLV��HVSHFLÀFDQGR�SDUD�FDGD�XP�GH-</p><p>OHV��QDV�IDVHV�GH�FRQVWUXomR�H�RSHUDomR�D�iUHD�GH�LQÁX-</p><p>ência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de</p><p>energia, os processos e técnica operacionais, os prová-</p><p>YHLV�HÁXHQWHV��HPLVV}HV��UHVtGXRV�GH�HQHUJLD��RV�HPSUH-</p><p>122</p><p>gos diretos e indiretos a serem gerados;</p><p>III - A síntese dos resultados dos estudos de diag-</p><p>QyVWLFRV�DPELHQWDO�GD�iUHD�GH�LQÁXrQFLD�GR�SURMHWR��</p><p>IV - A descrição dos prováveis impactos ambien-</p><p>tais da implantação e operação da atividade, conside-</p><p>rando o projeto, suas alternativas, os horizontes de</p><p>tempo de incidência dos impactos e indicando os méto-</p><p>GRV��WpFQLFDV�H�FULWpULRV�DGRWDGRV�SDUD�VXD�LGHQWLÀFDomR��</p><p>TXDQWLÀFDomR�H�LQWHUSUHWDomR�</p><p>V - A caracterização da qualidade ambiental futu-</p><p>UD�GD�iUHD�GH� LQÁXrQFLD��FRPSDUDQGR�DV�GLIHUHQWHV�VL-</p><p>tuações da adoção do projeto e suas alternativas, bem</p><p>como com a hipótese de sua não realização;</p><p>VI - A descrição do efeito esperado das medidas</p><p>mitigadoras previstas em relação aos impactos negati-</p><p>vos, mencionando aqueles que não puderam ser evita-</p><p>dos, e o grau de alteração esperado;</p><p>VII - O programa de acompanhamento e monito-</p><p>ramento dos impactos;</p><p>VIII - Recomendação quanto à alternativa mais</p><p>favorável (conclusões e comentários de ordem geral).</p><p>4.2.3. ATIVIDADES MODIFICADORAS DO MEIO</p><p>AMBIENTE</p><p>$WLYLGDGHV�PRGLÀFDGRUDV�GR�PHLR�DPELHQWH�VXMHL-</p><p>tas à elaboração do EIA/ RIMA de acordo com o Art</p><p>2º da Resolução CONAMA 01/86:</p><p>��(VWUDGDV�GH�URGDJHP�FRP����GXDV��RX�PDLV�IDL[DV�</p><p>123</p><p>de rolamento;</p><p>��)HUURYLDV��</p><p>��3RUWRV�H�WHUPLQDLV�GH�PLQpULR��SHWUyOHR�H�SURGX-</p><p>tos químicos;</p><p>�� $HURSRUWRV�� FRQIRUPH� GHÀQLGRV� SHOR� LQFLVR� ,��</p><p>artigo 48 do Decreto-Lei Nº 32, de 18.11.66;</p><p>��2OHRGXWRV��JDVRGXWRV��PLQHURGXWRV��WURQFRV�FR-</p><p>letores e emissários de esgotos sanitários;</p><p>��/LQKDV�GH�WUDQVPLVVmR�GH�HQHUJLD�HOpWULFD��DFLPD�</p><p>de 230 Kw;</p><p>��2EUDV�KLGUiXOLFDV�SDUD�H[SORUDomR�GH�UHFXUVRV�Kt-</p><p>GULFRV��WDLV�FRPR��EDUUDJHP�SDUD�TXDLVTXHU�ÀQV�KLGUHOp-</p><p>tricos acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação,</p><p>abertura de canais para navegação, drenagem e irriga-</p><p>omR�� UHWLÀFDomR�GH�FXUVRV�G·iJXD��DEHUWXUD�GH�EDUUDV�H�</p><p>embocaduras, transposição de bacias, diques;</p><p>��([WUDomR�GH�FRPEXVWtYHO�IyVVLO��SHWUyOHR��[LVWR��</p><p>carvão);</p><p>��([WUDomR�GH�PLQpULR��LQFOXVLYH�RV�GD�FODVVH�,,��GH-</p><p>ÀQLGDV�QR�&yGLJR�GH�0LQHUDomR��</p><p>��$WHUURV�VDQLWiULRV��SURFHVVDPHQWR�H�GHVWLQR�ÀQDO�</p><p>de resíduos tóxicos ou perigosos;</p><p>��8VLQDV�GH�JHUDomR�GH�HOHWULFLGDGH��TXDOTXHU�TXH�</p><p>seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW;</p><p>�� &RPSOH[R� H� XQLGDGHV� LQGXVWULDLV� H� DJUR�LQGXV-</p><p>triais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, des-</p><p>tilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos</p><p>hidróbios);</p><p>��'LVWULWRV�LQGXVWULDLV�H�]RQDV�HVWULWDPHQWH�LQGXV-</p><p>triais - ZEI;</p><p>124</p><p>��([SORUDomR�HFRQ{PLFD�GH�PDGHLUD�RX�GH�OHQKD��</p><p>em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando</p><p>DWLQJLU�iUHDV�VLJQLÀFDWLYDV�HP�WHUPRV�SHUFHQWXDLV�RX�GH�</p><p>importância do ponto de vista ambiental;</p><p>��3URMHWRV�XUEDQtVWLFRV��DFLPD�GH�����KD��FHP�KHF-</p><p>tares) ou em áreas consideradas de relevante interesse</p><p>ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais</p><p>e estaduais competentes;</p><p>��4XDOTXHU�DWLYLGDGH�TXH�XWLOL]H�FDUYmR�YHJHWDO��GH-</p><p>rivados ou produtos similares, em quantidade superior</p><p>a dez toneladas por dia;</p><p>�� 3URMHWRV�$JURSHFXiULRV� TXH� FRQWHPSOHP� iUHDV�</p><p>acima de 1.000 ha, ou menores, neste caso, quando se</p><p>WUDWDU�GH�iUHDV�VLJQLÀFDWLYDV�HP�WHUPRV�SHUFHQWXDLV�RX�</p><p>de importância do ponto de vista ambiental, inclusive</p><p>nas Áreas de Proteção Ambiental;</p><p>��1RV�FDVRV�GH�HPSUHHQGLPHQWRV�SRWHQFLDOPHQWH�</p><p>lesivos ao patrimônio espeleológico nacional.</p><p>Estas atividades também estão sujeitas à obriga-</p><p>toriedade de licenciamento ambiental, seguindo as exi-</p><p>gências explicadas logo adiante.</p><p>4.3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL</p><p>O licenciamento ambiental é uma obrigação legal</p><p>prévia à instalação de qualquer empreendimento ou</p><p>atividade potencialmente poluidora ou degradadora do</p><p>meio ambiente e possui como uma de suas mais expres-</p><p>125</p><p>sivas características a participação social na tomada de</p><p>decisão, por meio da realização de Audiências Públicas</p><p>como parte do processo. Esse procedimento consiste</p><p>em apresentar aos interessados o conteúdo do estudo</p><p>e do relatório ambiental, esclarecendo dúvidas e reco-</p><p>lhendo as críticas e sugestões sobre o empreendimen-</p><p>to e as áreas a serem atingidas. As audiências públicas</p><p>poderão ser realizadas por determinação do IBAMA,</p><p>sempre que julgar necessário, ou por solicitação de en-</p><p>tidade civil, do Ministério Público ou de 50 ou mais ci-</p><p>dadãos. O edital de realização da audiência é publicado</p><p>QR�'LiULR�2ÀFLDO�GD�8QLmR�H�HP�MRUQDO�UHJLRQDO�RX�OR-</p><p>cal de grande circulação, rádios e faixas, com indicação</p><p>de data, hora e local do evento. O local escolhido para</p><p>realização da audiência deve ser de fácil acesso aos in-</p><p>WHUHVVDGRV��3RU�LVVR��GHYLGR�j�ORFDOL]DomR�JHRJUiÀFD�GDV�</p><p>comunidades e grupos interessados, poderá; haver mais</p><p>de um evento sobre o mesmo projeto. Essa obrigação</p><p>é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Am-</p><p>biente</p><p>e pelo IBAMA, como partes integrantes do SIS-</p><p>NAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente. O IBA-</p><p>MA atua, principalmente, no licenciamento de grandes</p><p>projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em</p><p>mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo</p><p>e gás na plataforma continental. As principais diretri-</p><p>zes para a execução do licenciamento ambiental estão</p><p>expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONA-</p><p>MA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente</p><p>foi publicado a Lei Complementar nº 140/2011, que</p><p>discorre sobre a competência estadual e federal para o</p><p>126</p><p>licenciamento, tendo como fundamento a localização</p><p>do empreendimento (IBAMA [2011?]).</p><p>No licenciamento ambiental são avaliados im-</p><p>pactos causados pelo empreendimento, tais como: seu</p><p>potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluen-</p><p>WHV� �GHVSHMRV� H� HÁXHQWHV��� UHVtGXRV� VyOLGRV�� HPLVV}HV�</p><p>atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por</p><p>exemplo, explosões e incêndios. Cabe ressaltar, que al-</p><p>gumas atividades causam danos ao meio ambiente prin-</p><p>cipalmente na sua instalação. É o caso da construção</p><p>de estradas e hidrelétricas, por exemplo. É importante</p><p>lembrar que as licenças ambientais estabelecem as con-</p><p>dições para que a atividade ou o empreendimento cause</p><p>o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso,</p><p>qualquer alteração deve ser submetida a novo licencia-</p><p>mento (FEPAM [201?]).</p><p>4.3.1. ETAPAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL</p><p>Com base na Cartilha de Licenciamento Ambien-</p><p>tal do Tribunal de Contas da União - TCU (BRASIL,</p><p>2007) estão descritas a seguir as etapas do Licenciamen-</p><p>to Ambiental.</p><p>���(7$3$���,GHQWLÀFDomR�GR�yUJmR�DPELHQWDO�FRP�</p><p>SHWHQWH�SDUD�OLFHQFLDU�</p><p>De acordo com o art. 23, incisos III, VI e VII da</p><p>Constituição Federal, é competência comum da União,</p><p>dos estados, do Distrito Federal e dos municípios prote-</p><p>127</p><p>ger o meio ambiente, combater a poluição em qualquer</p><p>GH�VXDV�IRUPDV�H�SUHVHUYDU�DV�ÁRUHVWDV��D�IDXQD�H�D�ÁRUD��</p><p>No âmbito do licenciamento, essa competência comum</p><p>foi delimitada pela Lei 6.938/81. Esse normativo deter-</p><p>minou que a tarefa de licenciar é, em regra, dos estados,</p><p>cabendo ao IBAMA uma atuação supletiva, ou seja,</p><p>substituir o órgão estadual em sua ausência ou omissão.</p><p>Portanto, não cabe ao órgão federal rever ou suplementar</p><p>a licença ambiental concedida pelos estados.</p><p>Ao IBAMA também foi dada pelo dispositivo legal</p><p>competência originária para licenciar. Coube a esse ór-</p><p>gão a responsabilidade pelo licenciamento de atividades</p><p>H�REUDV�FRP�VLJQLÀFDWLYR�LPSDFWR�DPELHQWDO��GH�kPELWR�</p><p>nacional ou regional. A Resolução Conama 237/97 en-</p><p>quadra nessa situação os empreendimentos:</p><p>Ã� ORFDOL]DGRV�RX�GHVHQYROYLGRV�FRQMXQWDPHQWH�QR�</p><p>Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plata-</p><p>forma continental; na zona econômica exclusiva; em</p><p>terras indígenas ou em unidades de conservação do do-</p><p>mínio da União;</p><p>Ã�ORFDOL]DGRV�RX�GHVHQYROYLGRV�HP�GRLV�RX�PDLV�</p><p>estados;</p><p>Ã�FXMRV�LPSDFWRV�DPELHQWDLV�GLUHWRV�XOWUDSDVVHP�RV�</p><p>limites territoriais do País ou de um ou mais estados;</p><p>Ã� GHVWLQDGRV� D� SHVTXLVDU�� ODYUDU�� SURGX]LU�� EHQHÀ-</p><p>ciar, transportar ou armazenar material radioativo ou</p><p>dele dispor, em qualquer estágio, ou que utilizem ener-</p><p>gia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações,</p><p>mediante parecer da Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN);</p><p>128</p><p>Ã� EDVHV� RX� HPSUHHQGLPHQWRV� PLOLWDUHV�� TXDQGR�</p><p>FRXEHU��REVHUYDGD�D�OHJLVODomR�HVSHFtÀFD�</p><p>���(7$3$���/LFHQoD�3UpYLD</p><p>Para a obtenção da licença prévia de um empre-</p><p>endimento, o interessado deverá procurar o órgão am-</p><p>biental competente ainda na fase preliminar de plane-</p><p>jamento do projeto. Inicialmente, o órgão ambiental</p><p>GHÀQLUi��FRP�D�SDUWLFLSDomR�GR�HPSUHHQGHGRU��RV�GR-</p><p>cumentos, projetos e estudos ambientais necessários ao</p><p>início do processo de licenciamento.</p><p>Em seguida, o empreendedor contratará a elabo-</p><p>ração dos estudos ambientais, que deverão contemplar</p><p>todas as exigências determinadas pelo órgão licenciador.</p><p>O empreendedor deverá requerer formalmente a</p><p>licença e apresentar os estudos, documentos e projetos</p><p>GHÀQLGRV�LQLFLDOPHQWH��1HVVD�IDVH�DLQGD�QmR�p�DSUHVHQ-</p><p>tado o projeto básico, que somente será elaborado após</p><p>expedida a licença prévia. O pedido de licenciamento</p><p>GHYHUi�VHU�SXEOLFDGR�HP�MRUQDO�RÀFLDO�GR�HQWH�IHGHUDWLYR�</p><p>e em periódico regional ou local de grande circulação.</p><p>���(7$3$���(ODERUDomR�GR�3URMHWR�%iVLFR</p><p>De posse da LP, o próximo passo do empreen-</p><p>dedor é elaborar o projeto básico do empreendimento</p><p>(projeto de engenharia). O projeto básico é o conjun-</p><p>WR�GH�HOHPHQWRV�QHFHVViULRV�H�VXÀFLHQWHV��FRP�QtYHO�GH�</p><p>precisão adequado para caracterizar a obra, o serviço, o</p><p>complexo de obras ou o complexo de serviços objeto</p><p>da licitação. Ele é elaborado com base nas indicações</p><p>129</p><p>dos estudos técnicos preliminares, de forma a assegurar</p><p>a viabilidade técnica e o adequado tratamento do im-</p><p>pacto ambiental do empreendimento. O projeto deve</p><p>SRVVLELOLWDU�D�DYDOLDomR�GR�FXVWR�GD�REUD�H�D�GHÀQLomR�</p><p>dos métodos e do prazo de execução.</p><p>O adequado tratamento da questão ambiental no</p><p>SURMHWR�EiVLFR�VLJQLÀFD�DGRWDU��QD�VXD�HODERUDomR��D�OR-</p><p>calização e a solução técnica aprovadas na licença pré-</p><p>via e incluir as medidas mitigadoras e compensatórias</p><p>GHÀQLGDV� FRPR� FRQGLFLRQDQWHV� QD� OLFHQoD� SUpYLD� QR�</p><p>LWHP�´LGHQWLÀFDomR�GRV�WLSRV�GH�VHUYLoRV�D�H[HFXWDU�H�GH�</p><p>materiais e equipamentos a incorporar à obra”.</p><p>���(7$3$���/LFHQoD�GH�,QVWDODomR</p><p>A solicitação da licença de instalação deverá ser di-</p><p>rigida ao mesmo órgão ambiental que emitiu a licença</p><p>prévia. Quando da solicitação da licença de instalação,</p><p>o empreendedor deve:</p><p>Ã� FRPSURYDU� R� FXPSULPHQWR� GDV� FRQGLFLRQDQWHV�</p><p>estabelecidas na licença prévia;</p><p>Ã�DSUHVHQWDU�RV�SODQRV��SURJUDPDV�H�SURMHWRV�DP-</p><p>bientais detalhados e respectivos cronogramas de im-</p><p>plementação;</p><p>Ã� DSUHVHQWDU� R� GHWDOKDPHQWR� GDV� SDUWHV� GRV� SUR-</p><p>jetos de engenharia que tenham relação com questões</p><p>ambientais.</p><p>Os planos, programas e projetos ambientais deta-</p><p>lhados serão objeto de análise técnica no órgão ambien-</p><p>tal, com manifestação, se for o caso, de órgãos ambien-</p><p>tais de outras esferas de governo. Após essa análise, é</p><p>130</p><p>elaborado parecer técnico com posicionamento a favor</p><p>ou contra a concessão da licença de instalação.</p><p>���(7$3$���/LFHQoD�GH�2SHUDomR</p><p>Ao requerer a licença de operação, o empreende-</p><p>dor deve comprovar junto ao mesmo órgão ambiental</p><p>que concedeu as licenças prévia e de instalação:</p><p>Ã�D�LPSODQWDomR�GH�WRGRV�RV�SURJUDPDV�DPELHQWDLV�</p><p>que deveriam ter sido executados durante a vigência da</p><p>licença de instalação;</p><p>Ã� D� H[HFXomR� GR� FURQRJUDPD� ItVLFR�ÀQDQFHLUR� GR�</p><p>projeto de compensação ambiental;</p><p>Ã�R�FXPSULPHQWR�GH�WRGDV�DV�FRQGLFLRQDQWHV�HVWD-</p><p>belecidas quando da concessão da licença de instalação.</p><p>Caso esteja pendente alguma condicionante da licença</p><p>prévia, sua implementação também deverá ser compro-</p><p>vada nessa oportunidade.</p><p>Após requerer a licença de operação, e antes da</p><p>sua obtenção, o interessado poderá realizar testes pré-</p><p>-operacionais exclusivamente após autorização do ór-</p><p>gão ambiental.</p><p>Com base nos documentos, projetos e estudos</p><p>solicitados ao empreendedor, em pareceres de outros</p><p>órgãos ambientais porventura consultados e em vistoria</p><p>técnica no local do empreendimento, o órgão elabora</p><p>parecer técnico sobre a possibilidade da concessão da</p><p>licença de operação. Em caso favorável, o interessado</p><p>deve efetuar o pagamento da licença e providenciar a</p><p>publicação de comunicado a respeito do fato no diário</p><p>RÀFLDO�GD�HVIHUD�GH�JRYHUQR�TXH�OLFHQFLRX�H�HP�MRUQDO�</p><p>131</p><p>regional ou local de grande circulação.</p><p>&RQFHGLGD�D�OLFHQoD�GH�RSHUDomR��ÀFD�R�HPSUHHQGH-</p><p>dor obrigado a implementar as medidas de controle am-</p><p>biental e as demais condicionantes estabelecidas, sob pena</p><p>de ter a LO suspensa ou cancelada pelo órgão outorgante.</p><p>Normalmente as condicionantes visam à implementação</p><p>correta dos programas de monitoramento e acompanha-</p><p>mento ambiental do empreendimento. Também objeti-</p><p>vam prevenir riscos à saúde e</p><p>ao meio ambiente.</p><p>No que se refere à renovação da LO, esta deve ser</p><p>requerida com antecedência mínima de 120 dias da ex-</p><p>piração do prazo de validade da licença anterior, me-</p><p>GLDQWH�SXEOLFDomR�GR�SHGLGR�HP�GLiULR�RÀFLDO�H� MRUQDO�</p><p>de grande circulação.</p><p>4.3.2. MEDIDAS MITIGADORAS DO IMPACTO E</p><p>COMPENSAÇÃO AMBIENTAL</p><p>Conforme visto nas etapas de licenciamento am-</p><p>biental, comprovada a exposição do meio ambiente à</p><p>condições adversas, os empreendimentos devem evi-</p><p>denciar a tomada de ações e medidas para atenuar ou</p><p>compensar o dano.</p><p>��0LWLJDomR</p><p>O diagnóstico é a base inicial de dados a par-</p><p>tir dos quais serão desenvolvidas as fases seguintes,</p><p>abrangendo o prognóstico dos prováveis impactos</p><p>positivos ou negativos. Uma vez estabelecidos, os</p><p>132</p><p>negativos são alvo de medidas mitigadoras, que vi-</p><p>sam a diminuir os seus efeitos; no caso dos positi-</p><p>YRV�� DV� PHGLGDV� YLVDP� D� DPSOLÀFi�ORV�� $V� PHGLGDV�</p><p>mitigadoras são aquelas que objetivam minimizar os</p><p>impactos previstos pela implantação do empreendi-</p><p>mento, sejam originadas por ações direta ou indireta-</p><p>mente praticadas ou provocadas pelo empreendedor.</p><p>Encontram-se englobadas neste item, as medidas</p><p>maximizadoras que tem por função potencializar os</p><p>efeitos positivos provocados ou induzidos pelo em-</p><p>preendimento (DIODATO, 2004).</p><p>��&RPSHQVDomR�$PELHQWDO</p><p>A compensação ambiental é um instrumento</p><p>que garante à sociedade o ressarcimento pelos danos</p><p>causados à biodiversidade pelos empreendimentos</p><p>GH� VLJQLÀFDWLYR� LPSDFWR� DPELHQWDO��1HVVH� FRQWH[WR��</p><p>pode ser considerada uma ação de atenuar a sociali-</p><p>zação das externalidades negativas destes empreen-</p><p>dimentos. Conforme o Sistema Nacional de Unida-</p><p>des de Conservação, SNUC, o empreendedor deve</p><p>apoiar a implantação e a manutenção de Unidade de</p><p>Conservação do Grupo de Proteção Integral, apli-</p><p>cando o montante de recursos não inferior a meio</p><p>por cento dos custos totais previstos para a implan-</p><p>tação do empreendimento. Além disso, o percentual</p><p>GHYH�VHU�À[DGR�SHOR�yUJmR�DPELHQWDO�OLFHQFLDGRU�OR-</p><p>cal, proporcionalmente ao grau do impacto ambien-</p><p>tal aferido no processo de licenciamento ambiental</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2010).</p><p>133</p><p>4.4. O MINISTÉRIO PÚBLICO E A AÇÃO CIVIL</p><p>PÚBLICA</p><p>Processos de licenciamento ambiental conduzidos de</p><p>PDQHLUD�QHJOLJHQWH��FRQFHVV}HV�LQGHYLGDV��IDOWD�GH�ÀVFDOL-</p><p>zação, autoria ou contribuição para a ocorrência do dano</p><p>ambiental são os mais frequentes objetos de ações civis</p><p>públicas que demandam perícias ambientais.</p><p>A ação civil pública é o dispositivo processual que</p><p>tutela dos interesses metaindividuais relativos ao meio am-</p><p>biente, bens e direitos de valor histórico, turístico, artístico,</p><p>estético, paisagístico, mais recentemente, também dos in-</p><p>WHUHVVHV�GH�GHÀFLHQWHV�ItVLFRV��LQYHVWLGRUHV�GR�PHUFDGR�GH�</p><p>capitais e direitos fundamentais das crianças e dos adoles-</p><p>FHQWHV��$�SDUWLU�GHVVH�FRQFHLWR�p�LPSRUWDQWH�FODVVLÀFDU�RV�</p><p>interesses. São considerados difusos os pertinentes a um</p><p>grupo de pessoas indeterminadas e indivisíveis, coletivos</p><p>pertinentes a um grupo de pessoas determinadas. A ação</p><p>civil pública é instrumento especial, célere e de legitimi-</p><p>dade extraordinária, que objetiva reparar mazelas sociais</p><p>anteriormente não amparadas, devido a limitações do pro-</p><p>cesso civil. A ação civil pública tutela interesses difusos que</p><p>a lei material transforma em direito, ou seja, a regulamen-</p><p>tação processual não pode se sobrepor ao direito material,</p><p>principalmente no que se refere a interesses individuais</p><p>homogêneos (RODRIGUES, 2015).</p><p>A Constituição Federal prevê:</p><p>“Art. 129. São funções institucionais do Minis-</p><p>tério Público:</p><p>134</p><p>III – promover o inquérito civil e a ação civil pú-</p><p>blica, para a proteção do patrimônio público e</p><p>social, do meio ambiente e de outros interesses</p><p>difusos e coletivos.”</p><p>A Política Nacional do Meio Ambiente prevê:</p><p>“Art. 14 – Parágrafo 1º (...) O Ministério Públi-</p><p>co da União e dos Estados terá legitimidade para</p><p>propor ação de responsabilidade civil e criminal,</p><p>por danos causados ao meio ambiente.” (BRA-</p><p>SIL, 1988)</p><p>Nas ações civis públicas o Ministério Público atua</p><p>FRPR�DXWRU�RX�FRPR�ÀVFDO�GD�OHL��TXDQGR�TXDOTXHU�RX-</p><p>tro ente legitimado for o autor – ações ajuizadas por</p><p>terceiros) e ainda exerce o poder investigatório prévio à</p><p>propositura da ação, mediante a instauração de inquéri-</p><p>to civil (ARAÚJO, 2015).</p><p>4.5. PERÍCIA AMBIENTAL</p><p>No Brasil há grandes indícios e fatos que demons-</p><p>tram a pobreza, a desigualdade social e o crescimento</p><p>populacional acelerado, essa realidade pode causar im-</p><p>pactos negativos sobre os ecossistemas e a sociedade</p><p>(FERREIRA, [s/d]). Com isso, temos um desenvol-</p><p>vimento urbano desordenado aliado a um modelo de</p><p>desenvolvimento econômico que exige cada vez mais</p><p>recursos naturais, prejudicando o equilíbrio ambiental</p><p>e a qualidade de vida dos cidadãos. Consequentemente,</p><p>135</p><p>os desastres ambientais tem se tornado cada vez mais</p><p>frequentes, assim como a depredação do ecossistema</p><p>no entorno dos centros urbanos.</p><p>Em decorrência desses fatos, as demandas judi-</p><p>ciais envolvendo questões ambientais têm aumentado e</p><p>se tornado mais complexas.</p><p>O Poder Público, consciente da responsabilidade de</p><p>proteger os cidadãos, o meio ambiente e solucionar esses</p><p>FRQÁLWRV��WHP�LQYHVWLGR�FDGD�YH]�PDLV�QD�FRQVWUXomR�GH�</p><p>teorias, princípios, métodos e instrumentos inovadores</p><p>tanto na área do Direito quanto nas diversas áreas do</p><p>conhecimento relacionadas com a questão ambiental.</p><p>5HÁH[R�GLVVR�p�TXH�KRMH�WHPRV�XPD�GDV�HVWUXWXUDV�</p><p>de legislação ambiental, considerada nesse início de sé-</p><p>culo, das mais avançadas do mundo, apesar da distância</p><p>entre o que diz na lei e a sua aplicação de fato (GU-</p><p>TIERREZ, 2010).</p><p>Dentro deste processo, encontra-se a Perícia Am-</p><p>biental, uma especialidade relativamente nova da perí-</p><p>FLD��R�TXH�UHVXOWD�QXP�UHGX]LGR�Q~PHUR�GH�ELEOLRJUDÀDV�</p><p>e na falta de informações nos meios de comunicação</p><p>e técnico-acadêmicos, mas que tem evoluído de forma</p><p>substancial nos últimos anos, ainda mais com o aprimo-</p><p>ramento da legislação ambiental. Assim, a exposição de</p><p>conceitos, procedimentos na construção de um laudo</p><p>pericial e as tendências para essa atividade, colocam-na</p><p>como fundamental na gestão do meio ambiente, isto</p><p>porque, permite a elucidação de diversos crimes am-</p><p>bientais a partir de um enfoque multidisciplinar (GU-</p><p>TIERREZ, 2010).</p><p>136</p><p>De acordo com Ferreira ([s/d]), cada vez mais,</p><p>Procuradores de Justiça tem instaurado Ações Civis</p><p>Públicas visando punir os infratores e reparar os da-</p><p>nos ambientais. Neste sentido, o Perito Ambiental têm</p><p>um papel fundamental a cumprir, auxiliando a justiça na</p><p>elucidação da lide e na valoração dos danos ambientais.</p><p>Conforme a lei n.º 9.605/1998, crime ambiental é</p><p>o delito cometido contra a administração ambiental, os</p><p>meios bióticos e abióticos, o ordenamento territorial,</p><p>entre outros (BRASIL, 1998). A referida lei e seu decre-</p><p>to regulamentador (Decreto n.º 3.179/1999) permitem</p><p>o enquadramento criminal de danos causados ao meio</p><p>ambiente (CORRÊA; SOUZA, 2013).</p><p>'HVVD� IRUPD��SDUD�ÀQV� IRUHQVHV��RV� FULPHV� VmR�</p><p>VRPHQWH�DTXHODV�FRQGXWDV�WLSLÀFDGDV�HP�OHL��VH�SUR-</p><p>mulgada antes dos fatos investigados. Portanto, os</p><p>prejuízos ambientais resultantes de atividades apro-</p><p>vadas por meio de licenças e autorizações, embora</p><p>merecedoras da devida valoração econômica, não são</p><p>crimes e não estariam, em princípio, abarcados por</p><p>esses dispositivos legais da lei de crimes ambientais</p><p>(MAGLIANO, 2012).</p><p>Já as demais alterações ambientais são geralmente</p><p>consideradas infrações administrativas ou crimes, passí-</p><p>veis de serem apurados e punidos, nesse ponto inicia-se</p><p>a atuação do perito ambiental.</p><p>Como já visto em capítulo anterior, a atividade</p><p>pericial em meio ambiente, assim como os demais ra-</p><p>mos da perícia, é regida pelo Código de Processo Civil</p><p>(CPC: arts. 19, 33, 130, 138, 145 a 147, 420 a 443) e as</p><p>137</p><p>alterações feitas pela Lei Federal 8.455/92. Tendo um</p><p>bom conhecimento deste conjunto de artigos, é pos-</p><p>sível compreender os procedimentos</p><p>a serem seguidos</p><p>para o correto desenvolvimento da atividade pericial no</p><p>âmbito jurídico.</p><p>Por conseguinte, as Perícias Administrativas estão</p><p>disciplinadas no Decreto nº 6.514/2008, que dispõe</p><p>sobre as infrações e sanções administrativas ao meio</p><p>ambiente, estabelece o processo administrativo federal</p><p>para apuração destas infrações e dá outras providências.</p><p>Enquanto que as Perícias Criminais estão disciplina-</p><p>das pelo Código de Processo Penal (CPP: arts. 112, 145</p><p>a 147, 158 e seguintes) (PORTAL EDUCAÇÃO, 2012).</p><p>(�� HP� UD]mR� GD� HVSHFLÀFLGDGH� GDV� TXHVW}HV� DP-</p><p>bientais, esta atividade deve ser amparada na Legislação</p><p>Ambiental vigente no âmbito Federal, Estadual e Muni-</p><p>cipal (KASKANTZIS NETO, 2005).</p><p>4.5.1. TIPOS DE PERÍCIA AMBIENTAL:</p><p>No Brasil, as solicitações por perícias ambientais</p><p>ocorrem nas três esferas do Direito:</p><p>��$GPLQLVWUDWLYD��normalmente a perícia ambiental é</p><p>solicitada pela autoridade administrativa em sindicân-</p><p>cias ou processos administrativos;</p><p>��&ULPLQDO��a demanda por perícias ocorre na fase de</p><p>inquéritos policiais por solicitação de Delegados de Po-</p><p>lícia, Polícia Ambiental, Polícia Militar, Ministério Pú-</p><p>138</p><p>blico, etc. Em geral, é baseado no Laudo Pericial que a</p><p>autoridade policial indicia, ou não, o infrator. O maior</p><p>número de ocorrências são as infrações encaminhadas</p><p>pelas Polícias Ambientais;</p><p>��&LYLO�� em geral, as perícias são solicitadas pelo Mi-</p><p>nistério Público (Inquéritos civis) ou por Juízes na fase</p><p>processual, principalmente para a avaliação de danos</p><p>ambientais (PORTAL EDUCAÇÃO, 2012).</p><p>4.5.2. PERITO</p><p>Durante a perícia é fundamental a participação</p><p>GH�GRLV�WLSRV�GH�SURÀVVLRQDLV�TXH�VHUmR�LPSRUWDQWHV�</p><p>na elaboração da mesma, devendo ambos serem im-</p><p>buídos de capacidade técnica.</p><p>O perito é um especialista legalmente habilitado,</p><p>atuando como auxiliar da Justiça conforme nomea-</p><p>ção feita por um juiz, que tem como função assesso-</p><p>ra-lo na formação de seu convencimento quando for</p><p>QHFHVViULR� FRQKHFLPHQWR� WpFQLFR� HVSHFLÀFR� SDUD� D�</p><p>elucidação dos fatos (IBAPE, 1994; ARAÚJO, 2015).</p><p>7UDWD�VH� GD� SHVVRD� GH� FRQÀDQoD� GR� 0DJLVWUDGR� H�</p><p>TXH� DR�ÀQDO� GRV� WUDEDOKRV�SURGX]�R�/DXGR�3HULFLDO�</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2005).</p><p>As atribuições do perito são determinadas em</p><p>diversas normas jurídicas, sendo que o artigo 139 do</p><p>CPC os intitula como auxiliares da justiça e os artigos</p><p>145 ao 147 disciplinam suas atribuições (GUTIER-</p><p>REZ, 2010).</p><p>139</p><p>CAPÍTULO II - DOS DEVERES DAS PAR-</p><p>TES E DOS SEUS PROCURADORES</p><p>Seção III - Das Despesas e das Multas</p><p>Art. 19. Salvo as disposições concernentes à jus-</p><p>tiça gratuita, cabe às partes prover as despesas</p><p>dos atos que realizam ou requerem no processo,</p><p>antecipando-lhes o pagamento desde o início até</p><p>VHQWHQoD�ÀQDO��H�EHP�DLQGD��QD�H[HFXomR��DWp�D�SOH-</p><p>na satisfação do direito declarado pela sentença.</p><p>§ 1º. 1o O pagamento de que trata este artigo</p><p>será feito por ocasião de cada ato processual.</p><p>§ 2º. Compete ao autor adiantar as despesas rela-</p><p>tivas a atos, cuja realização o juiz determinar de</p><p>ofício ou a requerimento do Ministério Público.</p><p>Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do as-</p><p>sistente técnico que houver indicado; a do perito</p><p>será paga pela parte que houver requerido o exa-</p><p>me, ou pelo autor, quando requerido por ambas</p><p>as partes ou determinado de ofício pelo juiz.</p><p>&$3Ì78/2� 9� �� '26� $8;,/,$5(6� '$�</p><p>JUSTIÇA</p><p>Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros,</p><p>cujas atribuições são determinadas pelas normas</p><p>GH�RUJDQL]DomR�MXGLFLiULD��R�HVFULYmR��R�RÀFLDO�GH�</p><p>justiça, o perito, o depositário, o administrador e</p><p>o intérprete.</p><p>Seção II - Do Perito</p><p>Art. 145. Quando a prova do fato depender de</p><p>FRQKHFLPHQWR�WpFQLFR�RX�FLHQWtÀFR��R�MXL]�VHUi�DV-</p><p>140</p><p>sistido por perito, segundo o disposto no art. 421.</p><p>������2V�SHULWRV�VHUmR�HVFROKLGRV�HQWUH�SURÀVVLR-</p><p>nais de nível universitário, devidamente inscritos</p><p>no órgão de classe competente, respeitado o dis-</p><p>posto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código.</p><p>§ 2º. Os peritos comprovarão sua especialidade</p><p>na matéria sobre que deverão opinar, mediante</p><p>FHUWLGmR�GR�yUJmR�SURÀVVLRQDO�HP�TXH�HVWLYHUHP�</p><p>inscritos.</p><p>������1DV�ORFDOLGDGHV�RQGH�QmR�KRXYHU�SURÀVVLR-</p><p>QDLV� TXDOLÀFDGRV� TXH� SUHHQFKDP� RV� UHTXLVLWRV�</p><p>dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos</p><p>será de livre escolha do juiz.</p><p>Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofí-</p><p>cio, no prazo que Ihe assina a lei, empregando</p><p>toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do</p><p>encargo alegando motivo legítimo.</p><p>Parágrafo único. A escusa será apresentada den-</p><p>tro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou</p><p>do impedimento superveniente, sob pena de se</p><p>reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).</p><p>Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar</p><p>informações inverídicas, responderá pelos preju-</p><p>t]RV�TXH�FDXVDU�j�SDUWH��ÀFDUi�LQDELOLWDGR��SRU���</p><p>(dois) anos, a funcionar em outras perícias e in-</p><p>correrá na sanção que a lei penal estabelecer.</p><p>Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente</p><p>o encargo que Ihe foi cometido, independente-</p><p>mente de termo de compromisso. Os assistentes</p><p>WpFQLFRV�VmR�GH�FRQÀDQoD�GD�SDUWH��QmR�VXMHLWRV�D�</p><p>141</p><p>impedimento ou suspeição.</p><p>Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou</p><p>ser recusado por impedimento ou suspeição (art.</p><p>138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente</p><p>a impugnação, o juiz nomeará novo perito.</p><p>Art. 424. O perito pode ser substituído quando:</p><p>,���FDUHFHU�GH�FRQKHFLPHQWR�WpFQLFR�RX�FLHQWtÀFR�</p><p>II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o en-</p><p>cargo no prazo que Ihe foi assinado.</p><p>Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o</p><p>juiz comunicará a ocorrência à corporação pro-</p><p>ÀVVLRQDO�UHVSHFWLYD��SRGHQGR��DLQGD��LPSRU�PXOWD�</p><p>DR�SHULWR��À[DGD�WHQGR�HP�YLVWD�R�YDORU�GD�FDX-</p><p>sa e o possível prejuízo decorrente do atraso no</p><p>processo. (BRASIL, 1973).</p><p>4.5.3. ASSISTENTE TÉCNICO</p><p>2�DVVLVWHQWH�WpFQLFR�p�XP�SURÀVVLRQDO�GH�FRQÀDQ-</p><p>ça das partes e não está sujeito a impedimento ou sus-</p><p>peição, ou seja, pode ser parcial, conforme artigo 422</p><p>do CPC (BRASIL, 1973).</p><p>Segundo o IBAPE (1994), assistente técnico é:</p><p>3URÀVVLRQDO� OHJDOPHQWH� KDELOLWDGR�� LQGLFDGR� H�</p><p>contratado pela parte para orientá-la, assistir os</p><p>trabalhos periciais em todas as fases da perícia</p><p>e, quando necessário, emitir seu parecer técnico.</p><p>142</p><p>(VWH�SURÀVVLRQDO� LUi�RULHQWDU�H�DVVLVWL�ORV�QRV�WUD-</p><p>balhos periciais em todas as fases da perícia e, quando</p><p>necessário, emitirão um Parecer Técnico. Embora não</p><p>sejam nomeados pelo magistrado, é importante que a</p><p>atuação dos assistentes técnicos, durante os trabalhos de</p><p>perícia, tenha a mesma transparência e os mesmos pa-</p><p>drões exigidos pela legislação aos Peritos do Juízo, quais</p><p>sejam, a capacidade técnica comprovada e os compro-</p><p>missos morais e éticos (KASKANTZIS NETO, 2005).</p><p>Almeida et. al (2000 apud GUTIERREZ, 2010)</p><p>salienta que ao contrário do que muitos rotulam, o as-</p><p>VLVWHQWH�WpFQLFR�QmR�p�XP�ÀVFDO�GR�SHULWR��PDV�XP�WpFQL-</p><p>co que, junto àquele, haverá de satisfazer a busca da ver-</p><p>dade assemelhando-se ao perito como auxiliar da justiça</p><p>Então, como deve atuar um Assistente Técnico?</p><p>- Deve estar tecnicamente preparado e habilitado</p><p>na matéria que irá discutir;</p><p>- Deve estudar e conhecer o problema, para que</p><p>tenha suas próprias convicções;</p><p>- Deve participar em conjunto com o advogado,</p><p>no que lhe compete tecnicamente, na elaboração da ini-</p><p>cial, contestação e quesitos;</p><p>- Deve estar junto ao Perito Judicial para ajudá-lo e</p><p>convencê-lo de suas convicções;</p><p>- Deve participar, se assim for aceito pelo Perito</p><p>Judicial, na elaboração do Laudo;</p><p>- Deve sempre estar a disposição dos advogados,</p><p>perito e interessados, para dirimir duvidas e participar</p><p>intensamente da produção da prova pericial e;</p><p>- Deve administrar tecnicamente o que lhe compete,</p><p>143</p><p>com clareza e objetividade, para sempre que solicitado</p><p>prestar esclarecimentos aos advogados e interessados.</p><p>4.5.4. LAUDO TÉCNICO</p><p>&RP�EDVH�QD�GHÀQLomR�GR�,%$3(���������ODXGR�p�R�</p><p>parecer técnico escrito e fundamentado,</p><p>onde serão apon-</p><p>tados os fatos, circunstâncias, princípios e parecer sobre</p><p>determinado assunto, emitido por um especialista indicado</p><p>por autoridade, relatando resultado de exames e vistorias,</p><p>assim como eventuais avaliações com ele relacionados.</p><p>.DVNDQW]LV�1HWR��������FKDPD�DWHQomR�SDUD�R�IDWR�</p><p>de que a fundamentação do Laudo Pericial e responsa-</p><p>bilidade do perito sobre as informações prestadas por</p><p>ele são tratadas, respectivamente, no art. 429 e 147 do</p><p>Código Processual Civil (CPC).</p><p>No laudo ou parecer técnico o que importa é a</p><p>fundamentação técnica, que deve ser calcada em ele-</p><p>mentos objetivos, analisados e interpretados por mé-</p><p>todos adequados, que conduzam a conclusões técnicas</p><p>irrefutáveis. As considerações de ordem jurídica devem</p><p>ser evitadas, sendo esta tarefa relegada aos advogados</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2005).</p><p>É importante salientar que, conforme o art. 433</p><p>do CPC, o resultado técnico subscrito pelo assisten-</p><p>te técnico é designado como Parecer, enquanto que</p><p>apenas o subscrito pelo perito pode ser denominado</p><p>Laudo (BRASIL, 1973).</p><p>Quanto a escrita do laudo pericial, não existe um</p><p>144</p><p>IRUPDWR�SDGUmR�SDUD�VXD�DSUHVHQWDomR��3RUHP��.DVNDQW-</p><p>zis Neto (2005), recomenda que contenha ao menos as</p><p>seguintes informações:</p><p>��,GHQWLÀFDomR�GR�SURFHVVR�H�VROLFLWDQWH�GD�SHUtFLD�</p><p>��,GHQWLÀFDomR�GDV�SDUWHV�HQYROYLGDV�</p><p>��'HVFULomR�GR�REMHWR�GD�SHUtFLD�</p><p>��$SUHVHQWDomR�GD�HTXLSH�GH�WUDEDOKR��SHULWR�H�DV-</p><p>sistente técnico);</p><p>��5HODomR�GRV�GRFXPHQWRV�H� LQIRUPDo}HV�XWLOL]D-</p><p>dos (fornecidos, leis e normas);</p><p>��0HWRGRORJLD�GH�WUDEDOKR�DGRWDGD�</p><p>��'HVFULomR�GR�ORFDO�GD�SHUtFLD�</p><p>��'DWD��KRUD�H�SHUtRGR�GH�WHPSR�GDV�GLOLJrQFLDV�</p><p>��'HVFULomR�GRV�GDGRV�H�LQIRUPDo}HV�GLVSRQtYHLV�</p><p>para fundamentar a análise e as respostas dos quesitos</p><p>da perícia em execução e as conclusões.</p><p>��5HVXOWDGRV�H�GLVFXVV}HV�</p><p>��&RQFOXV}HV�</p><p>�� ,GHQWLÀFDomR� GR� SHULWR� RX� DVVLVWHQWH� WpFQLFR��</p><p>UHJLVWUR�SURÀVVLRQDO��UHJLVWUR�JHUDO��DVVLQDWXUD�GR�SUR-</p><p>ÀVVLRQDO��GDWD�</p><p>145</p><p>4.6. EXERCÍCIOS:</p><p>���4XDO�D�ÀQDOLGDGH�GD�DYDOLDomR�GH�LPSDFWR�DPELHQWDO"</p><p>2. Qual o método mais conhecido entre as metodologias</p><p>para avaliação de impacto ambiental? Em que consiste?</p><p>3. Qual a diferença entre Mitigação e Compensação</p><p>Ambiental?</p><p>4. Descreva os tipos de Perícia Ambiental.</p><p>���'LIHUHQFLH� DV� IXQo}HV� SURÀVVLRQDLV� GR� SHULWR� H� GR�</p><p>assistente técnico.</p><p>146</p><p>4.7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:</p><p>1. ARAÚJO, Lílian Alves. Perícia ambiental em ações</p><p>civis públicas. In: CUNHA, S. B., GUERRA, A. J. T</p><p>(Org.). $YDOLDomR�H�SHUtFLD�DPELHQWDO. Rio de Janeiro:</p><p>Bertrand Brasil, 2015. Cap. 4. p. 173-215.</p><p>2. BRASIL. &RQVWLWXLomR�GD�5HS~EOLFD�)HGHUDWLYD�</p><p>do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.pla-</p><p>nalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCom-</p><p>pilado.htm>. Acesso em: 10 dez. 2015.</p><p>3. ______. 'HFUHWR�Q�������, de 22 de julho de 2008.</p><p>Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao</p><p>meio ambiente, estabelece o processo administrativo</p><p>federal para apuração destas infrações, e dá outras pro-</p><p>vidências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.</p><p>br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/D6514.</p><p>htm>. Acesso em: 07 jan. 2016.</p><p>4. ______. Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>Institui o Código de Processo Civil. Disponível em:</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.</p><p>htm>. Acesso em: 07 jan. 2016.</p><p>5. ______. Lei n. 8.455, de 24 de agosto de 1992. Altera</p><p>dispositivos da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973</p><p>- Código de Processo Civil, referentes à prova pericial.</p><p>Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/</p><p>leis/1989_1994/L8455.htm>. Acesso em: 07 dez. 2016.</p><p>147</p><p>6. ______. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.</p><p>Dispõe sobre as sanções penais e administrativas deri-</p><p>vadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambien-</p><p>te, e dá outras providências. Disponível em: <http://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm>.</p><p>Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>7. ______. Tribunal de Contas da União (TCU). Car�</p><p>WLOKD� GH� /LFHQFLDPHQWR� $PELHQWDO. 2. ed. Brasilia:</p><p>TCU, 2007. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.</p><p>br/portal/pls/portal/docs/2059156.PDF>. Acesso</p><p>em: 07 jan. 2016.</p><p>8. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIEN-</p><p>TE (CONAMA). Resolução &21$0$���, de 23 de</p><p>janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e di-</p><p>retrizes gerais para a avaliação de impacto ambien-</p><p>tal. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/</p><p>conama/legiabre.cfm?codlegi=23>. Acesso em: 13</p><p>dez. 2015.</p><p>9. CORRÊA, Rodrigo Studart; SOUZA, Álvaro Nogueira.</p><p>Valoração de danos indiretos em perícias ambientais. Re�</p><p>YLVWD�%UDVLOHLUD�GH�&ULPLQDOtVWLFD, vol. 2, n. 1, p. 7-15,</p><p>2013. Disponível em: <http://rbc.org.br/ojs/index.php/</p><p>rbc/article/view/23/pdf>. Acesso em: 22 dez. 2015.</p><p>10. COSTA, M.V.; CHAVES, P.S.V.; OLIVEIRA,</p><p>F.C.de. Uso das Técnicas de Avaliação de Impac-</p><p>to Ambiental em Estudos Realizados no Ceará. In:</p><p>148</p><p>CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA</p><p>&2081,&$d®2�� ;;9,,,��� ������ 5LR� GH� -DQHLUR��</p><p>$QDLV�(OHOWU{QLFRV��� Rio de Janeiro: Intercom, 2005.</p><p>Disponível em: <http://www.intercom.org.br/pa-</p><p>pers/nacionais/2005/resumos/r0005-1.pdf>. Acesso</p><p>em: 08 jan. 2016.</p><p>11. DIODATO, Marco Antonio. Apostila de Estudo</p><p>GRV�,PSDFWRV�$PELHQWDLV. Natal, RN: UFRN, 2004.</p><p>12. FERREIRA, C. D’Assunção. O perito ambiental</p><p>H�R�PHUFDGR�GH�WUDEDOKR��V�G����I��0RQRJUDÀD��3yV-</p><p>-graduação em Perícia, Auditoria e Análise Ambiental).</p><p>Centro Universitário UNA, [MG: s.n.], [s/d]. Disponí-</p><p>vel em: <http://www.geoperito.com.br/jla1/images/</p><p>stories/didatico/tcc.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>13. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AM-</p><p>BIENTAL HENRIQUE LUIZ ROESSLER (FEPAM).</p><p>/LFHQFLDPHQWR�$PELHQWDO. Porto Alegre, RS: FEPAM,</p><p>[201?]. Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/</p><p>central/licenciamento.asp>. Acesso em: 07 jan. 2016.</p><p>14. GUTIERREZ, Henrique Elias Pessoa. 3HUtFLD�</p><p>$PELHQWDO�� DVSHFWRV� FRQFHLWXDLV��PHWRGROyJLFRV�</p><p>H� WpFQLFRV�� ������ ��� I�� 0RQRJUDÀD� �(VSHFLDOL]DomR�</p><p>em Licenciamento Ambiental) – Universidade Gama</p><p>Filho, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://</p><p>www.abenc-ba.org.br/attachments/263_PERICIA_</p><p>AMBIENTAL__ASPECTOS_CONCEITUAIS_</p><p>149</p><p>METODOLOGICOS_E_TECNICOS.pdf>. Acesso</p><p>em: 21 dez. 2015.</p><p>15. INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES</p><p>E PERÍCIAS DE ENGENHARIA (IBAPE). Glos�</p><p>ViULR�GH�7HUPLQRORJLD�%iVLFD�$SOLFiYHO�j�(QJH�</p><p>QKDULD� GH� $YDOLDo}HV� H� 3HUtFLDV� GR� ,%$3(�63.</p><p>São Paulo, 1994.</p><p>16. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AM-</p><p>BIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENO-</p><p>VÁVEIS (IBAMA). (,$V�²�5HODWyULRV�²�0RQLWRUD�</p><p>mentos disponíveis. Brasilia, [2011?]. Disponível em:</p><p><http://www.ibama.gov.br/licenciamento/>. Acesso</p><p>em: 07 jan. 2016.</p><p>17. KASKANTZIS NETO, G. Apostila Avalia�</p><p>omR� GH� ,PSDFWRV� QD� 3HUtFLD� $PELHQWDO. Curitiba:</p><p>s.n., 2010. Disponível em: <https://pt.scribd.com/</p><p>doc/70316857/APOSTILA-DE-IMPACTOS-AM-</p><p>BIENTAIS>. Acesso em: 20 dez. 2015.</p><p>18. ______. $SRVWLOD�3HUtFLD�$PELHQWDO. 3. ed. Curiti-</p><p>ba: s.n., 2005. Disponível em: <https://pt.scribd.com/</p><p>doc/19494889/Apostila-Pericia-Ambienta>. Acesso</p><p>em: 20 dez. 2015.</p><p>19. MAGLIANO, Mauro Mendonça. De quanto é o</p><p>rombo ambiental o Brasil?. 5HYLVWD�3HUtFLD�)HGHUDO,</p><p>DQR�;,,,�� Q�� ���� S�� �������PDU�� ������'LVSRQtYHO� HP��</p><p>150</p><p><http://www.apcf.org.br/Portals/0/revistaAPCF/Re-</p><p>vistaEd_29.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2015.</p><p>20. MEDEIROS, José Simão de; CAMARA, G. Geopro-</p><p>cessamento para projetos ambientais. In: CÂMARA, G.;</p><p>DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (Org.). Introdução à</p><p>&LrQFLD�GD�*HRLQIRUPDomR. São José dos Campos, SP:</p><p>INPE, [s.d.]. Cap. 10. p. 1-36. Disponível em: <http://</p><p>www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap10-aplicaco-</p><p>esambientais.pdf>. Acesso em 08 jan. 2016.</p><p>21. NADALINI, Ana Carolina Valerio. 3HUtFLD� $P�</p><p>biental: Avaliação De Áreas De Preservação Am�</p><p>biental��0RQRJUDÀD� �3yV�*UDGXDomR� HP�(QJHQKDULD�</p><p>Ambiental). Fundação Armando Álvares Penteado –</p><p>FAAP, São Paulo, 2003.</p><p>22. PORTAL EDUCAÇÃO. 3URFHGLPHQWR� 3D�</p><p>GUmR�SDUD�D�5HDOL]DomR�GH�3HUtFLDV�$PELHQWDLV.</p><p>[S.l:s.n]. 24 maio 2012. Disponível em: <http://www.</p><p>portaleducacao.com.br/biologia/artigos/12621/</p><p>procedimento-padrao-para-a-realizacao-de-pericias-</p><p>da Terra pela</p><p>LQWHQVLÀFDomR�GR�XVR�GRV�UHFXUVRV�SRWHQFLDLV�GRV�HFRVVLV-</p><p>temas, minimizando os danos a eles causados; 2- limitação</p><p>do uso de combustíveis fósseis e de recursos esgotáveis ou</p><p>HFRORJLFDPHQWH�PDOpÀFRV��WURFDQGR�RV�SRU�UHFXUVRV�UHQR-</p><p>váveis e/ou abundantes e ambientalmente inofensivos; 3-</p><p>redução dos resíduos e da poluição, por meio da conserva-</p><p>ção e reciclagem de energia e recursos; 4- autolimitação do</p><p>consumo material pelos países ricos e pelas classes sociais</p><p>SULYLOHJLDGDV�HP�WRGR�R�SODQHWD�����LQWHQVLÀFDomR�GD�SHV-</p><p>TXLVD�GH�WHFQRORJLDV�OLPSDV�H�PDLV�HÀFLHQWHV�QR�XVR�GRV�</p><p>UHFXUVRV�����GHÀQLomR�GH�UHJUDV�SDUD�D�SURWHomR�DPELHQWDO��</p><p>que deve ser acompanhada pela capacitação institucional</p><p>dos agentes e pela montagem dos instrumentos econômi-</p><p>cos, legais e administrativos necessários para a garantia do</p><p>cumprimento dessas normas.</p><p>4. A quarta dimensão é a sustentabilidade espacial,</p><p>TXH�SUHYr�XPD�FRQÀJXUDomR�UXUDO�XUEDQD�PDLV�HTXLOLEUD-</p><p>GD�H�XPD�PHOKRU�GLVWULEXLomR�JHRJUiÀFD�GD�SRSXODomR�H�</p><p>13</p><p>das atividades econômicas, enfatizando os seguintes pon-</p><p>tos: concentração excessiva nas regiões metropolitanas;</p><p>deterioração dos ecossistemas frágeis, mas importantes,</p><p>por conta de ocupação desordenada; estímulo a proje-</p><p>WRV� GH� DJULFXOWXUD� UHJHQHUDWLYD� H� DJUR�UHÁRUHVWDPHQWR�</p><p>operados por pequenos produtores, disponibilizando</p><p>tecnologias apropriadas, créditos e acesso aos mercados;</p><p>incentivo à industrialização descentralizada, baseada em</p><p>tecnologias novas, com atenção particular às indústrias</p><p>de transformação de biomassa e ao seu papel na geração</p><p>de empregos; estabelecimento de rede de reservas natu-</p><p>rais e de biosfera pra proteger a biodiversidade.</p><p>5. A última é a sustentabilidade cultural, que se ba-</p><p>seia, na busca das raízes endógenas dos modelos de mo-</p><p>dernização e dos sistemas integrados de produção rural,</p><p>concedendo privilégios aos processos de mudança dentro</p><p>de uma continuidade cultural. A realização do desenvolvi-</p><p>mento sustentável deve se dar a partir de uma pluralidade</p><p>de soluções particulares, que respeitem as peculiaridades</p><p>dos ecossistemas, das localidades e das culturas.</p><p>14</p><p>$VVLP��GHVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�QmR�VLJQLÀFD�</p><p>somente a conservação dos recursos naturais, mas so-</p><p>bretudo um planejamento e territorial, das áreas urba-</p><p>nas, rurais e de recursos naturais. Porém nos dias de hoje</p><p>o planejamento nem sempre conta com a participação</p><p>coletiva, ou seja, da população, pois a competitividade é</p><p>grande na busca da rentabilidade no capitalismo.</p><p>Segundo a ONU ([2015]), o Princípio da participa-</p><p>omR�IRL�DÀUPDGR�QR�3ULQFtSLR�����GD�'HFODUDomR�GR�5LR�</p><p>de Janeiro sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento</p><p>(Rio92), envolvendo várias formas de atuação da popu-</p><p>lação indireta, seja para o uso dos recursos naturais, ou</p><p>para a formação dos indivíduos, através de informações</p><p>gerais sobre o meio ambiente:</p><p>...”o melhor modo de tratar as questões ambien-</p><p>tais é com participação de todos os cidadãos inte-</p><p>ressados, em vários níveis. No plano nacional toda</p><p>pessoa deverá ter acesso adequado à informação</p><p>sobre o ambiente de que dispõem as autoridades</p><p>públicas, incluída a informação sobre os materiais</p><p>e as atividades que oferecem perigo em suas co-</p><p>munidades, assim como a oportunidade de parti-</p><p>cipar dos processos de adoção de decisões. Os Es-</p><p>tados deverão facilitar e fomentar a sensibilização</p><p>e a participação do público, colocando a informa-</p><p>ção à disposição de todos. Deverá ser proporcio-</p><p>nado acesso efetivo aos procedimentos judiciais e</p><p>administrativos, entre os quais o ressarcimento de</p><p>danos e os recursos pertinentes”...</p><p>15</p><p>Os valores que sustentaram a sociedade e a econo-</p><p>PLD�PXQGLDO�GHVGH�D�VHJXQGD�PHWDGH�GR�VpFXOR�;;�DWp�</p><p>os dias atuais foram perdidos e mostram uma grande</p><p>falha nos pensamentos e ações relacionados às questões</p><p>ambientais. A velocidade das mudanças não condiz com</p><p>a realidade do crescimento populacional que atinge seu</p><p>auge nos dias de hoje. Faz-se necessário novos pensa-</p><p>mentos, novos valores, ou seja, uma nova ética destina-</p><p>da a todos os níveis da sociedade, incluindo a natureza</p><p>1.2. CONCEITOS GERAIS</p><p>É de suma importância compreender conceitos</p><p>ambientais. A base para o conhecimento dos mesmos</p><p>são as leis e normas. Isso porque muitos autores podem</p><p>divergir em relação às suas pesquisas e opiniões. Sendo</p><p>assim, no contexto de perícias e auditorias deve-se levar</p><p>HP�FRQWD�R�ORFDO�FRUUHWR�D�VHU�VHJXLGR�DÀP�GH�DGHTXDU�</p><p>os relatórios e laudos.</p><p>Segundo o artigo 3º, inciso I, da Política Nacio-</p><p>nal do Meio Ambiente (PNMA), Meio Ambiente é o</p><p>FRQMXQWR�GH�FRQGLo}HV��OHLV��LQÁXrQFLDV�H�LQWHUDo}HV�GH�</p><p>ordem física, química e biológica, que permite, abriga e</p><p>rege a vida em todas as suas formas (BRASIL,1981); já</p><p>na ABNT NBR ISO 14001:2004 (ABNT, 2004) meio</p><p>ambiente é a circunvizinhança, ou seja, a circunvizi-</p><p>nhança estende-se do interior de uma organização para</p><p>o sistema global, em que uma organização opera, in-</p><p>FOXLQGR�VH�DU��iJXD��VROR��UHFXUVRV�QDWXUDLV��ÁRUD��IDXQD��</p><p>16</p><p>seres humanos e suas inter-relações.</p><p>Porém veja o conceito mais amplo para Leff ( 2000,</p><p>p. 31) de Ambiente - O ambiente não é o conceito que</p><p>designa a ruptura de uma ciência ou da articulação das</p><p>ciências existentes. O ambiente é o campo de externa-</p><p>lidade das ciências; é o conceito da demarcação frente</p><p>j�´FLHQWLÀFLGDGHµ�SUySULD�TXH�LQVWDXUD�D�PRGHUQLGDGH��</p><p>o logocentrismo que fundamenta as ciências em torno</p><p>de núcleos conceituais que externalizam e ignoram o</p><p>ambiente que condiciona os processos dos quais deve</p><p>dar conta uma ciência; é a disjunção do pensamento</p><p>unidimensional e do conhecimento disciplinar que se</p><p>abre para o saber da complexidade ambiental. A noção</p><p>de meio ambiente deve ser multicêntrica, complexa e</p><p>objeto de diferentes escalas de abordagem.</p><p>É importante pesquisar o ponto de vista de autores</p><p>variados, ou seja, veja que o conceito de Leff (2000) é ex-</p><p>tremamente válido, mas poderá nesse caso ser utilizado</p><p>como complemento e nunca poderá ser considerado um</p><p>conceito diferente das leis ou normas em casos de perícia</p><p>e auditorias ambientais, reforçando o que foi dito acima.</p><p>Sobre impactos ambientais, para o Ministério</p><p>do Meio Ambiente, segundo a Resolução CONAMA</p><p>01/86 (CONAMA,1986), em seu artigo 1º considera-se</p><p>impacto ambiental qualquer alteração das propriedades</p><p>físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causa-</p><p>da por qualquer forma de matéria ou energia resultante</p><p>das atividades humanas que, direta ou indiretamente,</p><p>afetam: I - a saúde, a segurança e o bem - estar da popu-</p><p>lação; II - as atividades sociais e econômicas; III - à bio-</p><p>17</p><p>ta; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio am-</p><p>biente; V - a qualidade dos recursos ambientais e para</p><p>a ISO 14001:2004 (ABNT, 2004), impacto ambiental</p><p>p�TXDOTXHU�PRGLÀFDomR�GR�PHLR�DPELHQWH��DGYHUVD�RX�</p><p>EHQpÀFD��TXH�UHVXOWH��QR�WRGR�RX�HP�SDUWH��GRV�DVSHFWRV�</p><p>ambientais da organização.</p><p>Perceba que os conceitos são semelhantes e devem</p><p>ser considerados a risca. Cada documento remete ao seu</p><p>objetivo de interesse, por exemplo na Política Nacional</p><p>do Meio Ambiente, fala-se de degradação, poluição, po-</p><p>luidor, já na norma NBR ISO 14001:2004, o conceito é</p><p>de prevenção de poluição, justamente porque é um do-</p><p>cumento destinado às obrigações das empresas. Abaixo</p><p>DV�GHYLGDV�GHÀQLo}HV�</p><p>'D�3ROtWLFD�1DFLRQDO�GR�0HLR�$PELHQWH��D�OHL�</p><p>������GH������</p><p>Degradação da Qualidade Ambiental: a alteração</p><p>adversa das características do meio ambiente</p><p>Poluição: a degradação da qualidade ambiental re-</p><p>sultante de atividades que direta ou indiretamente:</p><p>a. prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar</p><p>da população;</p><p>b. criem condições adversas às atividades sociais e</p><p>econômicas;</p><p>c. afetem desfavoravelmente a biota;</p><p>d. afetem as condições estéticas ou sanitárias do</p><p>meio ambiente;</p><p>e. lancem matérias ou energia em desacordo com</p><p>os padrões ambientais estabelecidos.</p><p>18</p><p>Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito pú-</p><p>blico ou privado, responsável, direta</p><p>�DPELHQWDLV����L[]]�ZKES%;6)!�� $FHVVR� HP�� ���</p><p>dez. 2015.</p><p>23. RODRIGUES, Karen Leite. $�HÀFiFLD�GD�DomR�FL�</p><p>YLO�S~EOLFD�FRPR�LQVWUXPHQWR�GH�SURWHomR�GR�PHLR�</p><p>ambiente. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 20, n.</p><p>4346, 26 maio 2015. Disponível em: <https://jus.com.</p><p>br/artigos/32870>. Acesso em: 08 jan. 2016</p><p>151</p><p>24. SÀNCHEZ, L. E. $YDOLDomR�GH�,PSDFWR�$PELHQ�</p><p>tal��6mR�3DXOR��2ÀFLQD�GH�7H[WRV��������&DS�����S���������</p><p>153</p><p>GABARITO DE EXERCÍCIOS</p><p>CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO</p><p>1. A auditoria é um instrumento de gestão que tem o</p><p>REMHWLYR�GH�LGHQWLÀFDU�VH�XPD�GHWHUPLQDGD�RUJDQL]DomR�</p><p>cumpre certos requisitos estabelecidos por ela em seus</p><p>manuais produzidos ou pelas próprias normas. É uma</p><p>avaliação minuciosa e detalhada feita por um especialista</p><p>que julga através dos requisitos da Normas a Confor-</p><p>midade ou Não, do sistema de gestão escolhido pela</p><p>HPSUHVD�SDUD�DGTXLULU�D�FHUWLÀFDomR��VHMD�HOD�TXDO�IRU��</p><p>“PERÍCIA - exame realizado por técnico, ou pessoa de</p><p>FRPSURYDGD�DSWLGmR�H�LGRQHLGDGH�SURÀVVLRQDO��SDUD�YH-</p><p>ULÀFDU�H�HVFODUHFHU�XP�IDWR��RX�HVWDGR�RX�D�HVWLPDomR�GD�</p><p>coisa que é objeto de litígio ou processo, que com um</p><p>GHOHV�WHQKD�UHODomR�RX�GHSHQGrQFLD��D�ÀP�GH�FRQFUHWL-</p><p>zar uma prova ou oferecer o elemento de que necessita</p><p>a Justiça para poder julgar.</p><p>2. Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente eco-</p><p>logicamente equilibrado, bem de uso comum do povo</p><p>e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao</p><p>poder público e a coletividade o dever de defendê-lo</p><p>e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º</p><p>Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao</p><p>Poder Público: I – preservar e restaurar os processos</p><p>ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das</p><p>espécies e do ecossistema; II – preservar a diversidade</p><p>H�D�LQWHJULGDGH�GR�SDWULP{QLR�JHQpWLFR�GR�3DtV�H�ÀVFDOL-</p><p>154</p><p>zar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de</p><p>PDWHULDO�JHQpWLFR��,,,�²�GHÀQLU��HP�WRGDV�DV�8QLGDGHV�</p><p>da Federação, espaços territoriais e seus componentes</p><p>a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e</p><p>a supressão permitidas somente através de lei, vedada</p><p>qualquer utilização que comprometa a integridade dos</p><p>DWULEXWRV� TXH� MXVWLÀFDP� VXD� SURWHomR�� ,9� ²� H[LJLU�� QD�</p><p>forma da lei, para instalação de obra ou atividade po-</p><p>WHQFLDOPHQWH�FDXVDGRUD�GH�VLJQLÀFDWLYD�GHJUDGDomR�GR�</p><p>meio ambiente estudo prévio de impacto ambiental, a</p><p>que se dará publicidade; V – controlar a produção, a co-</p><p>mercialização e o emprego de técnicas, métodos e subs-</p><p>tâncias que comportem risco para a vida, a qualidade</p><p>de vida e o meio ambiente; VI – promover a educação</p><p>ambiental em todos os níveis de ensino e a conscienti-</p><p>zação pública para preservação do meio ambiente; VII</p><p>²�SURWHJHU�D� IDXQD�H�D�ÁRUD��YHGDGD��QD� IRUPD�GD� OHL��</p><p>as práticas que coloquem em risco sua função ecológi-</p><p>ca, provoquem a extinção de espécies ou submetam os</p><p>animais à crueldade. § 2º Aquele que explorar recursos</p><p>PLQHUDLV�ÀFD�REULJDGR�D�UHFXSHUDU�R�PHLR�DPELHQWH�GH-</p><p>gradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo</p><p>órgão público competente, na forma da lei. § 3º As con-</p><p>dutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambien-</p><p>te sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas,</p><p>as sanções penais e administrativas, independentemente</p><p>da obrigação de reparar os danos causados. § 4º A Flo-</p><p>resta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do</p><p>Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são</p><p>patrimônios nacional, e sua utilização far-se-á, na forma</p><p>155</p><p>da lei, dentro d condições que assegurem a preservação</p><p>do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos</p><p>naturais. § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou</p><p>arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,</p><p>necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º</p><p>As usinas que operem com reator nuclear deverão ter</p><p>VXD�ORFDOL]DomR�GHÀQLGD�HP�OHL�IHGHUDO��VHP�R�TXH�QmR�</p><p>poderão ser instaladas.</p><p>3. Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e</p><p>políticas que visem a proteção a longo prazo das espé-</p><p>cies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos</p><p>SURFHVVRV� HFROyJLFRV�� SUHYHQLQGR� D� VLPSOLÀFDomR� GRV�</p><p>sistemas naturais.</p><p>Conservação da natureza: o manejo do uso humano da</p><p>natureza, compreendendo a preservação, a manuten-</p><p>ção, a utilização sustentável, a restauração e a recupe-</p><p>ração do ambiente natural, para que possa produzir o</p><p>maior benefício, em bases sustentáveis, as atuais gera-</p><p>ções mantendo seu potencial de satisfazer as necessi-</p><p>dades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a</p><p>sobrevivência dos seres vivos em geral;</p><p>4. Sustentabilidade- É um conceito sistêmico relacionado</p><p>à continuidade dos aspectos econômicos, sociais, cultu-</p><p>rais e ambientais da sociedade humana; equilíbrio entre</p><p>as entradas e saídas, ou seja, entre o desenvolvimento so-</p><p>cial, o crescimento econômico e a utilização dos recursos</p><p>naturais. Ecologicamente correto, economicamente viá-</p><p>vel, socialmente justo e culturalmente aceito.</p><p>156</p><p>'HVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO��´«�DTXHOH�TXH�DWHQGH�jV�</p><p>necessidades do presente sem comprometer a possibili-</p><p>dade de as gerações futuras atenderem as suas próprias</p><p>necessidades.”</p><p>5. É de suma importância compreender conceitos am-</p><p>bientais. A base para o conhecimento dos mesmos são</p><p>as leis e normas. Isso porque muitos autores podem di-</p><p>vergir em relação às suas pesquisas e opiniões. Sendo</p><p>assim, no contexto de perícias e auditorias deve-se levar</p><p>HP�FRQWD�R�ORFDO�FRUUHWR�D�VHU�VHJXLGR�DÀP�GH�DGHTXDU�</p><p>os relatórios e laudos.</p><p>É importante pesquisar o ponto de vista de autores va-</p><p>riados,, mas poderá nesse caso ser utilizado como com-</p><p>plemento e nunca poderá ser considerado um conceito</p><p>diferente das leis ou normas em casos de perícia e audi-</p><p>torias ambientais, reforçando o que foi dito acima.</p><p>CAPÍTULO 2- AUDITORIA EM SISTEMA DE GES-</p><p>TÃO AMBIENTAL</p><p>���2� WHUPR�TXH�RULJLQDOPHQWH�GHÀQLD� D� JHVWmR�S~EOL-</p><p>ca do meio ambiente passou a abordar os programas e</p><p>ações desenvolvidos pela iniciativa privada, bem como</p><p>modernos princípios de sustentabilidade ambiental.</p><p>2. Organizações de qualquer natureza podem adotar</p><p>Sistemas de Gestão Ambiental para gerenciar sistema-</p><p>ticamente suas responsabilidades com o meio ambien-</p><p>WH�� UHODFLRQDGDV� DR�FRQWUROH�RX� LQÁXrQFLD�GRV� DVSHFWRV�</p><p>157</p><p>ambientais de suas atividades, produtos e serviços, bem</p><p>como contribuir para o pilar ambiental da sustentabilida-</p><p>de e construir uma imagem positiva perante a sociedade.</p><p>9DOOH��������DÀUPD�TXH�R�6*$�GHYH�WHU�FRPR�REMHWLYR�</p><p>o aprimoramento contínuo das atividades da empresa,</p><p>através de técnicas que conduzam aos melhores resulta-</p><p>dos, em harmonia com o meio ambiente.</p><p>3. Relação de causa e efeito. Ex.: Consumo de Água</p><p>x Esgotamento de Recursos Hídricos ou Descarte de</p><p>resíduos sólidos (embalagens) x Contaminação do solo.</p><p>4. Os indicadores ambientais permitem avaliar, compa-</p><p>rativamente, o desempenho ambiental de uma organi-</p><p>zação com os diferentes aspectos ambientais, como o</p><p>consumo de água, o de energia elétrica e a geração de</p><p>resíduos.</p><p>5. O objetivo da auditoria do Sistema de Gestão Am-</p><p>biental é analisar a performance da organização através</p><p>das medidas de gestão tomadas para prevenção da po-</p><p>luição e proteção do meio ambiente da ocorrência de</p><p>danos negativos.</p><p>CAPÍTULO 3- CONAMA</p><p>1. Auditoria ambiental: processo sistemático e documen-</p><p>WDGR�GH�YHULÀFDomR��H[HFXWDGR�SDUD�REWHU�H�DYDOLDU��GH�IRU-</p><p>ma objetiva, evidências que determinem se as atividades,</p><p>158</p><p>eventos, sistemas de gestão e condições ambientais espe-</p><p>FLÀFDGRV�RX�DV�LQIRUPDo}HV�UHODFLRQDGDV�D�HVWHV�HVWmR�HP�</p><p>conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos</p><p>na RESOLUÇÂO CONAMA 306, 2002, e para comuni-</p><p>car os resultados desse processo.</p><p>Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental: processo siste-</p><p>mático, independente e documentado, para obter evidên-</p><p>cia de auditoria e avaliá-la objetivamente, para determinar</p><p>a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.</p><p>Estes critérios são seguidos segundo a ABNT, 2004</p><p>2. Licença Prévia (LP) – concedida</p><p>na fase preliminar</p><p>do planejamento do empreendimento ou atividade</p><p>aprovando sua localização e concepção, atestando a via-</p><p>bilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos</p><p>e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases</p><p>de sua implementação;</p><p>Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação do em-</p><p>SUHHQGLPHQWR�RX�DWLYLGDGH�GH�DFRUGR�FRP�DV�HVSHFLÀFD-</p><p>ções constantes dos planos, programas e projetos aprova-</p><p>dos, incluindo as medidas de controle ambiental, e demais</p><p>condicionantes, da qual constituem motivo determinante;</p><p>Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da ati-</p><p>YLGDGH�RX�HPSUHHQGLPHQWR��DSyV�D�YHULÀFDomR�GR�HIHWL-</p><p>vo cumprimento do que consta das licenças anteriores,</p><p>com as medidas de controle ambiental e condicionantes</p><p>determinadas para a operação.</p><p>3. O princípio de prevenção possui característica ter-</p><p>ritorial, pois orienta a ação à forma de gerenciamento</p><p>159</p><p>ambiental mais adequada ao território, controlando as</p><p>atividades que nele se desenvolvem, a partir de instru-</p><p>mentos, como o mapeamento, o planejamento econô-</p><p>mico, o licenciamento das atividades de risco ambiental.</p><p>No mesmo sentido, orienta o princípio da precaução,</p><p>como particularidade de que este, sendo um amadu-</p><p>recimento do primeiro, estabelece o critério do não</p><p>afastamento diante de situações eivadas de incerteza</p><p>FLHQWtÀFD��DGRWDQGR�PHGLGDV�HÀFD]HV�SDUD�LPSHGLU�D�GH-</p><p>gradação do meio ambiente. Já os princípios de ação</p><p>indireta sobre o meio ambiente orientam ações que</p><p>produzem efeitos indiretos sobre o meio ambiente.</p><p>O princípio do poluidor pagador (princípio de cará-</p><p>WHU�HFRQ{PLFR���RX�TXDQGR�D�LQÁXrQFLD�GR�KRPHP�QR�</p><p>meio ambiente aconteceu- e exige-se que aquele que fez</p><p>uso do recurso ambiental seja responsável pelo desequi-</p><p>líbrio que provocou na medida de seu passivo ambien-</p><p>tal (por exemplo por meio de responsabilização civil</p><p>por danos ambientais)- ou, sabendo-se que este está por</p><p>vir, cobra-se pelo usos exclusivo de recurso ambiental</p><p>(princípio do usuário pagador, prolongamento daque-</p><p>le), a exemplo da cobrança pelo uso da água.</p><p>4. No MMA (Ministério do Meio Ambiente) – São</p><p>IHLWDV�DV�QRUPDV�H�D�ÀVFDOL]DomR��HP�QtYHO�)HGHUDO��HP�</p><p>conjunto com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio</p><p>Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que é o</p><p>órgão executivo, ou seja, executa as leis ambientais ou</p><p>mesmo as resoluções do CONAMA. O IBAMA – fun-</p><p>dado pela lei nº 7735 de 22 de fevereiro de 1989 é uma</p><p>Autarquia (relativa autonomia) Federal com personali-</p><p>160</p><p>dade de direito público.</p><p>O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) –</p><p>é um órgão consultivo e deliberativo. Consultivo porque é</p><p>consultado, ou seja, presta informações para qualquer pes-</p><p>soa sobre quaisquer assuntos relacionados ao Meio Am-</p><p>biente, e deliberativo porque tem o poder de criar “leis”,</p><p>emitir resoluções (resoluções que tem o poder de lei).</p><p>O MMA (Ministério do Meio Ambiente), o IBAMA</p><p>(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos</p><p>Naturais Renováveis) e o CONAMA (Conselho Nacio-</p><p>nal do Meio Ambiente) fazem parte do SISNAMA (Sis-</p><p>tema Nacional do Meio Ambiente) que está inserido na</p><p>Política Nacional do Meio Ambiente, lei nº 6.938, de 31</p><p>de agosto de 1981, no 6º artigo da lei, regulamentada</p><p>pelo Decreto 9274, 1990.</p><p>5. Segundo a Lei 9966, e 2000 que revogou a Lei nº</p><p>5.357, de 17 de novembro de 1967, e o § 4º do art. 14</p><p>GD�/HL�Q���������GH����GH�DJRVWR�GH�������DUWLJR�����;,,�</p><p>- Porto organizado: porto construído e aparelhado para</p><p>atender às necessidades da navegação e da movimenta-</p><p>ção e armazenagem de mercadorias, concedido ou ex-</p><p>plorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias</p><p>estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária.</p><p>CAPÍTULO 4- AVALIAÇÃO E PERÍCIA AMBIENTAL</p><p>���$�ÀQDOLGDGH�GD�DYDOLDomR�GH�LPSDFWR�DPELHQWDO�p�FRQ-</p><p>siderar os impactos ambientais antes de se tomar qual-</p><p>161</p><p>TXHU�GHFLVmR�TXH�SRVVD�DFDUUHWDU�VLJQLÀFDWLYD�GHJUDGDomR�</p><p>da qualidade do meio ambiente. Para cumprir esse papel,</p><p>a AIA é organizada de forma a que seja realizada uma</p><p>série de atividades sequenciais, concatenadas de maneira</p><p>lógica. A esse conjunto de atividades e procedimentos se</p><p>dá o nome de processo de avaliação de impacto ambien-</p><p>tal. Em geral, esse processo é objeto de regulamentação,</p><p>TXH� GHÀQH� GHWDOKDGDPHQWH� RV� SURFHGLPHQWRV� D� VHUHP�</p><p>seguidos, de acordo com os tipos de atividades sujeitos</p><p>à elaboração prévia de um estudo de impacto ambiental,</p><p>o conteúdo mínimo desse estudo e as modalidades de</p><p>consulta pública, entre outros assuntos.</p><p>2. O método mais conhecido entre as metodologias de</p><p>avaliação de impactos ambientais é o de Leopold. Foi</p><p>o primeiro método elaborado para as avaliações de im-</p><p>pacto ambiental. Trata-se de um sistema de informação</p><p>qualitativo não sistemático. Esse modelo utiliza basica-</p><p>mente uma estrutura matricial formada por um conjun-</p><p>to de cem colunas associadas às potenciais ações que</p><p>podem originar impactos ao ambiente e oitenta e oito</p><p>linhas relacionadas às características e os fatores am-</p><p>bientais, resultando em uma matriz com oito mil e oito-</p><p>centas células de interação. O método de Leopold não é</p><p>um procedimento de avaliação ambiental propriamente</p><p>GLWR��WUDWD�VH�GH�XP�PpWRGR�GH�LGHQWLÀFDomR�TXH�SRGH�</p><p>ser utilizado para resumir e comunicar os resultados.</p><p>3. Mitigação compreende medidas que objetivam mini-</p><p>mizar os impactos previstos pela implantação do empre-</p><p>162</p><p>endimento, sejam originadas por ações direta ou indire-</p><p>tamente praticadas ou provocadas pelo empreendedor.</p><p>A compensação ambiental é um instrumento que ga-</p><p>rante à sociedade o ressarcimento pelos danos causados</p><p>j�ELRGLYHUVLGDGH�SHORV�HPSUHHQGLPHQWRV�GH�VLJQLÀFDWL-</p><p>vo impacto ambiental.</p><p>4. No Brasil, as solicitações por perícias ambientais ocor-</p><p>rem nas três esferas do Direito:</p><p>- Administrativa: normalmente a perícia ambiental é soli-</p><p>citada pela autoridade administrativa em sindicâncias ou</p><p>processos administrativos;</p><p>- Criminal: a demanda por perícias ocorre na fase de</p><p>inquéritos policiais por solicitação de Delegados de Po-</p><p>lícia, Polícia Ambiental, Polícia Militar, Ministério Pú-</p><p>blico, etc. Em geral, é baseado no Laudo Pericial que a</p><p>autoridade policial indicia, ou não, o infrator. O maior</p><p>número de ocorrências são as infrações encaminhadas</p><p>pelas Polícias Ambientais;</p><p>- Civil: em geral, as perícias são solicitadas pelo Ministério</p><p>Público (Inquéritos civis) ou por Juízes na fase processu-</p><p>al, principalmente para a avaliação de danos ambientais.</p><p>5. O perito é um especialista legalmente habilitado, atu-</p><p>ando como auxiliar da Justiça conforme nomeação fei-</p><p>ta por um juiz, que tem como função assessora-lo na</p><p>formação de seu convencimento quando for necessário</p><p>FRQKHFLPHQWR�WpFQLFR�HVSHFLÀFR�SDUD�D�HOXFLGDomR�GRV�</p><p>IDWRV��7UDWD�VH�GD�SHVVRD�GH�FRQÀDQoD�GR�0DJLVWUDGR�H�</p><p>TXH�DR�ÀQDO�GRV�WUDEDOKRV�SURGX]�R�/DXGR�3HULFLDO�</p><p>163</p><p>2�DVVLVWHQWH�WpFQLFR�p�XP�SURÀVVLRQDO�GH�FRQÀDQoD�GDV�</p><p>partes e não está sujeito a impedimento ou suspeição,</p><p>RX�VHMD��SRGH�VHU�SDUFLDO��(VWH�SURÀVVLRQDO�LUi�RULHQWDU�</p><p>e assisti-los nos trabalhos periciais em todas as fases</p><p>da perícia e, quando necessário, emitirão um Parecer</p><p>Técnico. Embora não sejam nomeados pelo magistra-</p><p>do, é importante que a atuação dos assistentes técnicos,</p><p>durante os trabalhos de perícia, tenha a mesma trans-</p><p>parência e os mesmos padrões exigidos pela legislação</p><p>aos Peritos do Juízo, quais sejam, a capacidade técnica</p><p>comprovada e os compromissos morais e éticos.</p><p>ou indiretamen-</p><p>te, por atividade causadora de degradação ambiental</p><p>(BRASIL, 1981).</p><p>Da ISO 14001:2004</p><p>Prevenção de poluição uso de processos, práticas,</p><p>técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para</p><p>evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou com-</p><p>binada) a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo</p><p>de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos am-</p><p>bientais adversos. A prevenção da poluição pode incluir</p><p>redução ou eliminação de fontes de poluição, alterações</p><p>GH� SURFHVVR�� SURGXWR� RX� VHUYLoR�� XVR� HÀFLHQWH� GH� UH-</p><p>cursos, materiais e substituição de energia, reutilização,</p><p>recuperação, reciclagem, regeneração e tratamento.</p><p>Para o art. 2º, da lei 9985/2000 que institui o Siste-</p><p>ma Nacional de Unidades de Conservação da Natureza</p><p>(SNUC), entende-se por: recurso ambiental: a atmosfe-</p><p>UD��DV�iJXDV�LQWHULRUHV��VXSHUÀFLDLV�H�VXEWHUUkQHDV��RV�HV-</p><p>tuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos</p><p>GD�ELRVIHUD��D�IDXQD�H�D�ÁRUD��%5$6,/��������R�PHVPR�</p><p>conceito aparece na Lei 6938,1981.</p><p>Considerando as atividades de auditoria e</p><p>SHUtFLD�DOpP�GRV�FRQFHLWRV�FLWDGRV�DFLPD�GHYH�VH�</p><p>DWHQWDU�VH�WDPEpP�SDUD�</p><p>�� 8QLGDGH�GH�FRQVHUYDomR��HVSDoR�WHUULWRULDO�H�VHXV�</p><p>recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais,</p><p>com características naturais relevantes, legalmente insti-</p><p>19</p><p>tuído pelo Poder Público, com objetivos de conservação</p><p>H�OLPLWHV�GHÀQLGRV��VRE�UHJLPH�HVSHFLDO�GH�DGPLQLVWUDomR�</p><p>ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;</p><p>�� &RQVHUYDomR�GD�QDWXUH]D��R�PDQHMR�GR�XVR�KX-</p><p>mano da natureza, compreendendo a preservação, a</p><p>manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a</p><p>recuperação do ambiente natural, para que possa pro-</p><p>duzir o maior benefício, em bases sustentáveis, as atuais</p><p>gerações mantendo seu potencial de satisfazer as neces-</p><p>sidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo</p><p>a sobrevivência dos seres vivos em geral;</p><p>�� 'LYHUVLGDGH�ELROyJLFD��D�YDULDELOLGDGH�GH�RUJD-</p><p>nismos vivos de todas as origens compreendendo, den-</p><p>tre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros</p><p>ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de</p><p>que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade</p><p>dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas;</p><p>�� 3UHVHUYDomR�� FRQMXQWR� GH� PpWRGRV�� SURFHGL-</p><p>mentos e políticas que visem a proteção a longo prazo</p><p>das espécies, habitats e ecossistemas, além da manuten-</p><p>omR�GRV�SURFHVVRV�HFROyJLFRV��SUHYHQLQGR�D�VLPSOLÀFD-</p><p>ção dos sistemas naturais;</p><p>�� 0DQHMR��WRGR�H�TXDOTXHU�SURFHGLPHQWR�TXH�YLVH�</p><p>assegurar a conservação da diversidade biológica e dos</p><p>ecossistemas;</p><p>�� 5HVWDXUDomR��UHVWLWXLomR�GH�XP�HFRVVLVWHPD�RX�</p><p>de uma população silvestre degradada o mais próximo</p><p>possível da sua condição original;</p><p>�� 5HFXSHUDomR��UHVWLWXLomR�GH�XP�HFRVVLVWHPD�RX�GH�</p><p>uma população silvestre degradada a uma condição não de-</p><p>20</p><p>gradada, que pode ser diferente de sua condição original;</p><p>�� 6XVWHQWDELOLGDGH��e�XP�FRQFHLWR�VLVWrPLFR�UHOD-</p><p>cionado à continuidade dos aspectos econômicos, sociais,</p><p>culturais e ambientais da sociedade humana; equilíbrio</p><p>entre as entradas e saídas, ou seja, entre o desenvolvi-</p><p>mento social, o crescimento econômico e a utilização dos</p><p>recursos naturais. Ecologicamente correto, economica-</p><p>mente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.</p><p>�� 'HVHQYROYLPHQWR� VXVWHQWiYHO�� ´«� DTXHOH� TXH�</p><p>atende às necessidades do presente sem comprometer a</p><p>possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas</p><p>próprias necessidades.”</p><p>�� &RQVXPR�6XVWHQWiYHO��2�FRPSRUWDPHQWR�KX-</p><p>mano é que vai garantir o crescimento contínuo da eco-</p><p>nomia da empresa por meio do uso inteligente/cons-</p><p>ciente dos recursos naturais utilizados.</p><p>�� 3ROtWLFD� 3~EOLFD�� UHIHUHP�VH� jTXHODV� TXH� VmR�</p><p>propostas tanto diretamente por membros do Poder</p><p>Legislativo quanto as que são encaminhadas ao Poder</p><p>Legislativo pelo Executivo. Visam sempre ao bem co-</p><p>mum da sociedade, com a devida ponderação dos inte-</p><p>resses de diferentes grupos sociais. Podem ainda ser ela-</p><p>boradas com a participação da comunidade, seja através</p><p>de organizações não governamentais (ONG´s), seja por</p><p>determinados comitês ou conselhos. É um conjunto de</p><p>diretrizes estabelecido pela sociedade, por meio de sua</p><p>representação política, em forma de lei, visando a me-</p><p>lhoria das condições de vida dessa sociedade.</p><p>�� 3DVVLYR� $PELHQWDO�� p� D� UHVSRQVDELOLGDGH� DP-</p><p>biental referente a impactos presentes gerados por as-</p><p>21</p><p>pectos de atividades, produtos ou serviços passados.</p><p>�� ,PSODQWDU���LQWURGX]LU��LQDXJXUDU��HVWDEHOHFHU�</p><p>�� ,PSOHPHQWDU��GDU�H[HFXomR�D�XP�SODQR��SURMHWR�</p><p>e/ou programa, colocar em prática.</p><p>�� 6LVWHPD�GH�*HVWmR�$PELHQWDO��6*$��p�D�SDUWH�</p><p>do sistema global que inclui estrutura organizacional,</p><p>atividades de planejamento, responsabilidades, práticas,</p><p>procedimentos, processos e recursos para desenvolver,</p><p>implementar, atingir, analisar criticamente e manter a</p><p>política ambiental.</p><p>�� *HVWmR�$PELHQWDO��*$��p�XP�PRGHOR�DGPLQLV-</p><p>trativo usado por uma única área para tratar as questões</p><p>ambientais, sem haver a inter-relação com o resto das</p><p>áreas da organização</p><p>�� 'LUHWUL]��GHVWLQDGD�D�SURYHU�RULHQWDomR�JHQpULFD�</p><p>a uma organização que visa implementar ou aprimorar</p><p>um sistema de gestão ambiental.</p><p>�� (VSHFLÀFDomR��GHVFUHYH�RV�UHTXLVLWRV�SDUD�FHU-</p><p>WLÀFDomR���UHJLVWUR�H�RX�DXWR�GHFODUDomR�GR�VLVWHPD�GH�</p><p>gestão ambiental</p><p>�� $VSHFWR��HOHPHQWRV�GDV�DWLYLGDGHV�RX�SURGXWRV�</p><p>ou serviços de uma organização que pode interagir com</p><p>o Meio Ambiente</p><p>�� 0HOKRULD�FRQWtQXD��3URFHVVR�UHFRUUHQWH�GH�VH�</p><p>avançar com o sistema de gestão ambiental com o</p><p>propósito de atingir o aprimoramento do desempe-</p><p>nho ambiental geral, coerente com a política ambien-</p><p>tal da organização.</p><p>�� %HQFKPDUNLQJ� DPELHQWDO�� SULQFLSDLV� HPSUHVDV��</p><p>líderes que servem como parâmetro para outras empre-</p><p>22</p><p>sas do mesmo negócio....</p><p>�� 6WDNHKROGHU��SULQFLSDLV� LQWHUHVVHV�RX� LQWHUHVVD-</p><p>dos da empresa</p><p>�� 'DQR�p�XP�WHUPR�GHÀQLGR�FRPR�HVWUDJR��GHWH-</p><p>ULRUDomR��GDQLÀFDomRµ��FRQVHTXrQFLD�GH�XP�$WR�,OtFLWR��</p><p>�� $WR�,OtFLWR�p�DTXHOH�TXH��SRU�DomR�RX�RPLVVmR�YR-</p><p>luntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou</p><p>FDXVDU�SUHMXt]R�D�RXWUHP�H�ÀFD�REULJDGR�D�UHSDUDU�R�GDQR��</p><p>�� /HVmR��p�FRQVLGHUDGR�GDQR��SUHMXt]R��'HJUDGD-</p><p>ção, deterioração, desgaste, estrago.</p><p>1.3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL</p><p>Os diversos modelos de desenvolvimento que fo-</p><p>ram aplicados no Brasil, acompanhados de declarações</p><p>de autoridades governamentais de que os países pobres</p><p>não devem investir em proteção ambiental, foram res-</p><p>SRQViYHLV�SRU�XPD�VpULH�LQÀQLWD�GH�DOWHUDo}HV�QR�PHLR�</p><p>ambiente natural, muitas irreversíveis pelo desapareci-</p><p>mento de espécies animais e vegetais.</p><p>Em alguns momentos, modelos internacionais fo-</p><p>ram inseridos no contexto Brasileiro, alterando ainda</p><p>mais a biota, pois as realidades são diferentes. Tão di-</p><p>ferentes que dentro do Brasil encontramos diferenças</p><p>entre os Estados. Suas culturas e realidades apontam</p><p>níveis sócio econômicos desiguais e isso quer dizer que</p><p>não podemos importar modelos externos à nossa rea-</p><p>lidade de fato.</p><p>Segundo Silva (2002), é certo que países ricos qui-</p><p>23</p><p>seram impor aos pobres a ideia de que não deveriam</p><p>desenvolver-se, para não contribuir para o aumento da</p><p>poluição em nível mundial- teoria repelida pelo Brasil</p><p>HP�GRFXPHQWR�RÀFLDO��RQGH�VH�GLVVH�TXH�QmR�HUD�YiOLGD�</p><p>qualquer colocação que limitasse o acesso dos países</p><p>subdesenvolvidos ao estágio de sociedade industriali-</p><p>zada sob o pretexto de conter o avanço da poluição</p><p>mundialmente, já que, em verdade, o maior ônus a ser</p><p>realizado deveria recair sobre as nações industrializadas,</p><p>que respondem fundamentalmente, pelo atual estágio</p><p>de poluição no mundo.</p><p>É surpreendente, mas a mentalidade de que ainda há</p><p>muito a poluir, desde o início do desenvolvimento na era</p><p>industrial foi e ainda é preocupante, atrasando muito a es-</p><p>truturação e criação de Política de Proteção Ambiental.</p><p>Do ponto de vista brasileiro, a Constituição Brasi-</p><p>leira (BRASIL, 1988), alberga e quer que se realizem no</p><p>interesse</p><p>do bem-estar e da boa qualidade de vida dos</p><p>brasileiros. Antes dela, a PNMA, artigos 1º e 4º (BRA-</p><p>SIL, 1981), já havia enfrentado o tema, pondo correta-</p><p>mente, como o principal objetivo a ser conseguido pela</p><p>Política Nacional do Meio Ambiente a compatibilização</p><p>do desenvolvimento econômico- social com a preserva-</p><p>ção da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio eco-</p><p>lógico. A conciliação dos dois valores consiste, assim,</p><p>nos termos desse dispositivo, na promoção do chamado</p><p>desenvolvimento sustentável (já citado acima). Requer</p><p>então, como seu requisito indispensável, um crescimen-</p><p>to econômico que envolva equitativa redistribuição dos</p><p>resultados dos processos produtivos e a erradicação da</p><p>24</p><p>pobreza, de forma a reduzir as disparidades nos padrões</p><p>de vida e melhor atendimento da maioria da população.</p><p>Cabe pensar que, se o desenvolvimento não elimina a</p><p>pobreza absoluta, não propicia um nível de vida que</p><p>satisfaça as necessidades essenciais da população em</p><p>JHUDO�� HOH� QmR� SRGH� VHU� TXDOLÀFDGR� FRPR� VXVWHQWiYHO��</p><p>(SILVA, 2002)</p><p>1.3.1. EVOLUÇÃO NORMATIVA</p><p>No Brasil, quanto aos primórdios, a primeira pre-</p><p>ocupação legal com relação aos recursos naturais, em</p><p>HVSHFLDO�FRP�D�ÁRUD�H�FRP�D�IDXQD��VXUJH�SRU�YROWD�GRV�</p><p>VpFXORV�;9,�H�;9,,��$�SURWHomR�MXUtGLFD�GR�PHLR�DP-</p><p>biente foi ser dividida em três períodos: o primeiro en-</p><p>globaria o descobrimento (1500) até a vinda da Família</p><p>Real (1808); o segundo iniciaria justamente no período</p><p>de término do primeiro, postergando-se até a criação</p><p>da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (1981);</p><p>e, o terceiro período, iniciaria com a criação da Lei nº</p><p>6.938, de 31/08/1981 (SIRVINSKAS, 2006 apud CA-</p><p>VALLINI, 2007).</p><p>O primeiro texto normativo brasileiro no que tan-</p><p>JH�D�SURWHomR�GDV�ÁRUHVWDV� IRL�R�´5HJLPHQWR�VREUH�R�</p><p>3DX�%UDVLOµ�GH�������$�SULPHLUD� OHL�ÁRUHVWDO�EUDVLOHLUD�</p><p>DSUHVHQWDYD�UHJUDV�EHP�GHÀQLGDV�D�UHVSHLWR�GR�FRUWH�H�</p><p>GD� H[SORUDomR� GD�PDGHLUD�� FULDQGR� WLSLÀFDo}HV� SHQDLV�</p><p>e suas respectivas sanções. A partir deste regimento, a</p><p>OHJLVODomR�GH�SURWHomR�ÁRUHVWDO�WHYH�JUDQGH�GHVHQYROYL-</p><p>25</p><p>mento, sendo demonstrada a preocupação com o cres-</p><p>cente desmatamento da colônia como por exemplo, a</p><p>expedição de Cartas Régias datadas de 1797. Em 1808,</p><p>Dom João VI, fundou o Jardim Botânico e, como acon-</p><p>tecimento importante, em 1861 mandou plantar a Flo-</p><p>UHVWD�GD�7LMXFD��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�JDUDQWLU�R�DEDVWHFL-</p><p>mento de água potável para o Rio de Janeiro, que estava</p><p>ameaçado pelo desmatamento. Nota-se que o período</p><p>colonial brasileiro apesar da visão estratégica e econô-</p><p>mica que se tinha, propiciou indiretamente a proteção</p><p>ambiental. Tais medidas ainda que iniciais, garantiram</p><p>novos rumos ao Direito Ambiental brasileiro como Es-</p><p>tado independente.</p><p>A Constituição Imperial de 1824 e o Código Crimi-</p><p>nal de 1830, por sua vez, estabelecem como crime o cor-</p><p>te ilegal de árvores. Posteriormente, com o advento da</p><p>Lei nº 601, de 1850, chamada de Lei das Terras, passa-se</p><p>a regulamentar o uso e a propriedade de terras, com o es-</p><p>tabelecimento de punições administrativas e penais para</p><p>quem derrubasse matas ou realizasse queimadas, respon-</p><p>sabilizando o infrator civilmente com o pagamento de</p><p>multa e, penalmente, com prisão. Com o advento da Re-</p><p>pública, a Constituição de 1891, em relação às questões</p><p>ambientais, refere, no artigo 34, inciso 29, a atribuição de</p><p>competência da União sobre suas minas e terras. Já no</p><p>Código Civil de 1916, em seu artigo 554, também se pro-</p><p>tege o meio ambiente, na República, ao disciplinar o uso</p><p>da propriedade. Esta regulamentação atende o interesse</p><p>social e normatiza o uso do solo em prol da qualidade de</p><p>YLGD�QDV�FLGDGHV��7(,;(,5$���������</p><p>26</p><p>Na década de 30, a Constituição de 1934 passa a</p><p>conter dispositivos constitucionais ambientalistas. Em</p><p>seu artigo 10, estabelece competência concorrente dos</p><p>Estados e da União à proteção de belezas naturais e dos</p><p>monumentos de valor histórico.</p><p>Nessa mesma década citada acima, merecem des-</p><p>taque o Decreto nº 24.645, de 10/06/1934, Lei sobre a</p><p>caça; o Decreto nº 24.643, de 10/07/34, o chamado Có-</p><p>digo de Águas; e o Decreto nº 23.793, de 23/01/1934,</p><p>Código Florestal Brasileiro, com nova redação dada</p><p>pela Lei nº 4.771, de 15/09/65. Com relação à legis-</p><p>lação ambiental, a Carta de 1937, com menos ênfase,</p><p>determina a competência privativa da União para legis-</p><p>lar sobre os bens de domínio federal, não incluindo sua</p><p>competência para legislar sobre as riquezas do subsolo.</p><p>Em seu artigo 34, estende competência da União, dos</p><p>Estados e dos Municípios à proteção dos monumentos</p><p>históricos, artísticos e naturais, caracterizando os aten-</p><p>tados a esses bens como crime ao patrimônio nacional.</p><p>Com a Constituição Democrática de 1946, a legis-</p><p>ODomR�DPELHQWDO��UHJXODGD�SHOR�DUWLJR�����LQFLVR�;9��YROWD�</p><p>a atribuir à União a competência para legislar sobre as ri-</p><p>quezas do subsolo. Ainda no âmbito constitucional, mas</p><p>sob a égide do regime autoritário, a Constituição de 1967</p><p>não traz maiores mudanças quanto à legislação ambien-</p><p>WDO��2�VHX�DUWLJR�����LQFLVR�;9,,��OHWUDV�K�H�L��HVSHFLÀFD�</p><p>ser da União a competência para legislar sobre metalur-</p><p>JLD��ÁRUHVWDV��FDoD�H�SHVFD��iJXD��HQHUJLD�HOpWULFD�H�WHOHFR-</p><p>municações. O artigo 180, parágrafo único, da Carta em</p><p>comento, mantém a prerrogativa do Poder Público para</p><p>27</p><p>legislar sobre a proteção de documentos, obras, locais</p><p>de valor histórico e artístico, monumentos e paisagens</p><p>naturais. Nessa mesma década, são editados o Decreto-</p><p>-lei nº 221, de 28/02/67, o Código de Pesca, que regu-</p><p>lamenta a proteção e o estímulo à pesca, e o Decreto nº</p><p>227, da mesma data, o chamado Código de Mineração.</p><p>Em 26/09/67, surge a Lei nº 5.318, que instituiu a Po-</p><p>lítica Nacional de Saneamento, visando eliminar fontes</p><p>de moléstia e doenças. A partir de 1970, as regulamen-</p><p>tações continuam em desenvolvimento. Devesse des-</p><p>tacar a promulgação do Decreto nº 73.030, que cria a</p><p>6(0$��yUJmR�GH�ÀVFDOL]DomR�DPELHQWDO�TXH��HP�������p�</p><p>substituída pelo IBAMA, conforme a Lei nº 7.735. Tam-</p><p>bém deve-se mencionar a expedição do Decreto- Lei nº</p><p>1.413, de 14/08/75, que controla a poluição ambiental</p><p>resultante das atividades industriais. Em 1977, é promul-</p><p>gada a Lei nº 6.453, que disciplina a exploração, no país,</p><p>da energia nuclear. (CAVALLINI, 2007).</p><p>Sendo assim, observamos que a questão ambiental</p><p>toma relevo em nosso país, neste período, como mudan-</p><p>ça ideológica em relação à proteção do meio ambiente,</p><p>devido a ação do próprio ser humano sobre os recursos</p><p>naturais, o que comprometeria o seu habitat natural.</p><p>Já na década de oitenta, foi promulgada a Lei nº</p><p>6.803, de 02/07/80, que normatizou o zoneamento in-</p><p>dustrial, assim como a Lei nº 6.902, de 24/04/1981,</p><p>dispondo sobre a criação de Estações Ecológicas e Áre-</p><p>as de Proteção Ambiental. Foi através da Lei nº 6.938,</p><p>de 31/08/1981, que se deu o estabelecimento das dire-</p><p>trizes da Política Nacional do Meio Ambiente, a qual,</p><p>28</p><p>prevê o conceito de meio ambiente como objeto es-</p><p>SHFtÀFR�GH�SURWHomR�HP�VHXV�YiULRV�DVSHFWRV�H�LQVWLWXL�</p><p>o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e</p><p>cria o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONA-</p><p>MA). Destacamos ainda, como mérito desta Lei, a res-</p><p>ponsabilização civil, por meio de ação, do poluidor em</p><p>reparar os danos causados, de acordo com princípio da</p><p>responsabilidade objetiva.</p><p>Percebemos, então, que se fez necessária a prote-</p><p>ção dos bens ambientais que, em um primeiro momen-</p><p>to, eram tidos como ilimitados e que, posteriormente,</p><p>ultrapassaram a barreira somente do valor ambiental</p><p>para serem incluídos na ordem também de natureza</p><p>econômica, haja vista sua limitação, sua escassez e o seu</p><p>risco de extinção. Seguindo uma linha cronológica, em</p><p>1985, dá-se a edição da Lei nº 7.347, de 24 de julho do</p><p>mencionado ano, a qual, na busca da proteção ambien-</p><p>tal, disciplina a ação civil pública, que é outro impor-</p><p>tante instrumento para promoção em juízo da defesa</p><p>de um meio ambiente equilibrado. Chegamos, então, a</p><p>Constituição de 1988, com texto inovador,</p><p>trazendo vá-</p><p>rias mudanças no tratamento ao meio ambiente, subs-</p><p>tituindo-se a omissão, quanto à matéria ambiental, por</p><p>uma ampla previsão que passa a nortear e delimitar o</p><p>sistema jurídico de competências. Ressaltamos que esta</p><p>Constituição é marcada por uma intensa preocupação</p><p>com a proteção ecológica, dando ao meio ambiente vas-</p><p>ta disciplina e dedicando à matéria um capítulo próprio</p><p>em um dos textos mais avançados do mundo. No cami-</p><p>nho da Lei Maior, seguem as Constituições dos Estados</p><p>29</p><p>a incorporar a matéria ambiental, seguida pelas Leis Or-</p><p>gânicas dos Municípios (MILARÉ, 2005).</p><p>Devemos ainda mencionar, em 1989, a criação da</p><p>Lei nº 7.802, que regulamenta o uso de agrotóxicos,</p><p>VHXV� FRPSRQHQWHV� H� DÀQV�� 7DPEpP� QR� PHVPR� DQR��</p><p>a Lei nº 7.754, que veio regulamentar a proteção das</p><p>ÁRUHVWDV� H[LVWHQWHV� QDV� QDVFHQWHV� GRV� ULRV�� (P� ������</p><p>a Lei nº 8.974, conhecida como Lei da Biodiversida-</p><p>de, estabelece normas técnicas de engenharia genética</p><p>e liberação no ambiente de organismos geneticamente</p><p>PRGLÀFDGRV��KRMH�UHYRJDGD�SHOD�/HL�Q�������������(P�</p><p>1997, a Resolução nº 237, do CONAMA, regulamenta</p><p>o licenciamento ambiental. Em 1998, advém a Lei nº</p><p>9.605, que dispõe sobre as sanções penais e adminis-</p><p>trativas aplicáveis às condutas e atividades lesivas no</p><p>meio ambiente, a chamada Lei dos Crimes Ambientais.</p><p>Em 2000, é promulgada a Lei nº 10.615, que estabelece</p><p>alterações à lei de Políticas Ambientais e, no mesmo</p><p>ano, a Lei nº 9.984, que menciona a criação da Agência</p><p>Nacional de Águas. Devemos enfatizar ainda, analisan-</p><p>do a evolução da nossa legislação ambiental, a promul-</p><p>gação da Lei nº 10.257, de 2001, o chamado Estatuto</p><p>da Cidade, que regulamenta as normas gerais de direi-</p><p>to urbanístico, ordenando os espaços e organizando o</p><p>crescimento das cidades.</p><p>Segundo Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de An-</p><p>drade Nery (2006 apud CAVALLINI, 2007), também</p><p>o Novo Código Civil, na evolução moderna do direi-</p><p>to ambiental, dispôs, em seu artigo 1.228, § 1º, sobre</p><p>o equilíbrio do meio ambiente, ao tratar o direito de</p><p>30</p><p>propriedade. A partir desta norma o proprietário tem o</p><p>direito de utilizar a propriedade, assegurados os direitos</p><p>que importam a toda coletividade, ou seja, o proprietá-</p><p>rio tem o direito de propriedade, porém este direito ao</p><p>uso não possui caráter absoluto, sobrepondo-se o direi-</p><p>to de preservação e conservação ambiental. Podemos</p><p>DÀUPDU�TXH��DWXDOPHQWH��D�OHJLVODomR�DPELHQWDO�EUDVLOHL-</p><p>ra, em nível constitucional e infraconstitucional, é uma</p><p>das mais amplas e avançadas do mundo, principalmente</p><p>na sua normatização constitucional.</p><p>A proteção ambiental como direito fundamental</p><p>tem, como marco inicial, a Declaração de Estocolmo</p><p>sobre o Meio Ambiente Humano (BRASIL, 1972),</p><p>conforme se extrai de seus dois primeiros princípios:</p><p>Princípio 1º- O homem tem direito fundamental</p><p>à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condi-</p><p>ções de vida adequadas em, um meio ambiente</p><p>de qualidade tal que lhe permita levar uma vida</p><p>digna, gozar de bem-estar e é portador solene</p><p>de obrigação de proteger e melhorar o meio</p><p>ambiente, para as gerações presentes e futuras</p><p>[...]. Princípio 2º- Os recursos naturais da Ter-</p><p>UD��LQFOXtGRV�R�DU��D�iJXD��D�WHUUD��D�ÁRUD��D�IDXQD�</p><p>e, especialmente, parcelas representativas dos</p><p>ecossistemas naturais, devem ser preservados em</p><p>benefício das gerações atuais e futuras, mediante</p><p>um cuidadoso planejamento ou administração</p><p>adequados.</p><p>31</p><p>Já em relação à Constituição Federal brasileira en-</p><p>contra-se no Capítulo VI (Do Meio Ambiente), do Títu-</p><p>lo VIII (Da Ordem Social), no artigo 225. Por sua impor-</p><p>tância, vale que se transcreva a redação do artigo citado:</p><p>Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente</p><p>ecologicamente equilibrado, bem de uso comum</p><p>do povo e essencial à sadia qualidade de vida,</p><p>impondo-se ao poder público e a coletividade o</p><p>dever de defendê-lo e preservá-lo para as pre-</p><p>sentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a</p><p>efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pú-</p><p>blico: I – preservar e restaurar os processos eco-</p><p>lógicos essenciais e prover o manejo ecológico</p><p>das espécies e do ecossistema; II – preservar a</p><p>diversidade e a integridade do patrimônio gené-</p><p>WLFR� GR� 3DtV� H� ÀVFDOL]DU� DV� HQWLGDGHV� GHGLFDGDV�</p><p>à pesquisa e manipulação de material genético;</p><p>,,,�²�GHÀQLU��HP�WRGDV�DV�8QLGDGHV�GD�)HGHUDomR��</p><p>espaços territoriais e seus componentes a serem</p><p>especialmente protegidos, sendo a alteração e</p><p>a supressão permitidas somente através de lei,</p><p>vedada qualquer utilização que comprometa a</p><p>LQWHJULGDGH�GRV�DWULEXWRV�TXH�MXVWLÀFDP�VXD�SUR-</p><p>teção; IV – exigir, na forma da lei, para instalação</p><p>de obra ou atividade potencialmente causadora</p><p>GH� VLJQLÀFDWLYD� GHJUDGDomR� GR� PHLR� DPELHQWH�</p><p>estudo prévio de impacto ambiental, a que se</p><p>dará publicidade; V – controlar a produção, a</p><p>comercialização e o emprego de técnicas, mé-</p><p>32</p><p>todos e substâncias que comportem risco para</p><p>a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;</p><p>VI – promover a educação ambiental em todos</p><p>os níveis de ensino e a conscientização pública</p><p>para preservação do meio ambiente; VII – pro-</p><p>WHJHU�D�IDXQD�H�D�ÁRUD��YHGDGD��QD�IRUPD�GD�OHL��</p><p>as práticas que coloquem em risco sua função</p><p>ecológica, provoquem a extinção de espécies ou</p><p>submetam os animais à crueldade. § 2º Aquele</p><p>TXH� H[SORUDU� UHFXUVRV�PLQHUDLV� ÀFD� REULJDGR� D�</p><p>recuperar o meio ambiente degradado, de acordo</p><p>com a solução técnica exigida pelo órgão público</p><p>competente, na forma da lei. § 3º As condutas e</p><p>atividades consideradas lesivas ao meio ambiente</p><p>sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídi-</p><p>cas, as sanções penais e administrativas, indepen-</p><p>dentemente da obrigação de reparar os danos</p><p>causados. § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a</p><p>Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-</p><p>-Grossense e a Zona Costeira são patrimônios</p><p>nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da</p><p>lei, dentro d condições que assegurem a preser-</p><p>vação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso</p><p>dos recursos naturais. § 5º São indisponíveis as</p><p>terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados,</p><p>por ações discriminatórias, necessárias à prote-</p><p>ção dos ecossistemas naturais. § 6º As usinas que</p><p>operem com reator nuclear deverão ter sua lo-</p><p>FDOL]DomR�GHÀQLGD�HP�OHL�IHGHUDO��VHP�R�TXH�QmR�</p><p>poderão ser instaladas (BRASIL, 1988).</p><p>33</p><p>Desse modo ressaltamos que o histórico ambiental</p><p>remete e muito às questões comportamentais ambien-</p><p>tais que podemos ver ao longo desses anos e nos dias</p><p>atuais, tendo como importância a evolução da legislação</p><p>e sua aplicabilidade na proteção dos recursos naturais.</p><p>A seguir um breve resumo das principais leis, reso-</p><p>luções e decretos utilizados nos dias de hoje.</p><p>34</p><p>35</p><p>36</p><p>1.4. AUDITORIA E PERÍCIA - DIFERENÇAS</p><p>CONCEITUAIS</p><p>A auditoria é um instrumento de gestão que tem o</p><p>REMHWLYR�GH�LGHQWLÀFDU�VH�XPD�GHWHUPLQDGD�RUJDQL]DomR�</p><p>cumpre certos requisitos estabelecidos por ela em seus</p><p>manuais produzidos ou pelas próprias normas. É uma</p><p>avaliação minuciosa e detalhada feita por um especia-</p><p>lista que julga através dos requisitos da Normas a Con-</p><p>formidade ou Não, do sistema de gestão escolhido pela</p><p>HPSUHVD�SDUD�DGTXLULU�D�FHUWLÀFDomR��VHMD�HOD�TXDO�IRU��</p><p>1mR�FRQIXQGD�DXGLWRULD�FRP� LQVSHo}HV�RX�ÀVFD-</p><p>OL]Do}HV�UHDOL]DGDV�SRU�yUJmRV�DPELHQWDLV��$V�ÀVFDOL]D-</p><p>ções podem ser feitas sem aviso prévio, já as auditorias</p><p>devem ser programadas, pois a escolha de obtê-las é da</p><p>própria empresa, ou quando, como fornecedor, obter</p><p>D�FHUWLÀFDomR�SDVVD�D�VHU�PDQGDWyULR�SDUD�FRQWLQXDU�D�</p><p>prestação de serviços.</p><p>Já a perícia, conforme Nunes (1994 apud NADA-</p><p>/,1,��������GHÀQH�</p><p>“é um exame realizado por técnico, ou pessoa</p><p>GH�FRPSURYDGD� DSWLGmR� H� LGRQHLGDGH�SURÀVVLR-</p><p>QDO��SDUD�YHULÀFDU�H�HVFODUHFHU�XP�IDWR��RX�HVWDGR�</p><p>ou a estimação da coisa que é objeto de litígio</p><p>ou processo, que com um deles tenha relação ou</p><p>GHSHQGrQFLD��D�ÀP�GH�FRQFUHWL]DU�XPD�SURYD�RX�</p><p>oferecer o elemento de que necessita</p><p>a Justiça</p><p>para poder julgar. No crime, a perícia obedece às</p><p>normas estabelecidas pelo Código do Processo</p><p>37</p><p>Penal (arts. 158 e seguintes), devendo ser efetua-</p><p>da o mais breve possível, antes que desapareçam</p><p>os vestígios. No cível compreende a vistoria, a</p><p>avaliação, o arbitramento, obedecendo às nor-</p><p>mas procedimentais do Código do Processo Ci-</p><p>vil, arts. 145 e 420.”</p><p>Para o Perito é imprescindível que se tenha conhe-</p><p>cimento dos artigos do Código de Processo Civil (CPC:</p><p>arts. 19, 33, 130, 138, 145 a 147, 420 a 443), Código do</p><p>Processo Penal (CPP: arts. 158 e seguintes) e as altera-</p><p>ções feitas pela Lei Federal 8.455/92.</p><p>38</p><p>1.5. EXERCÍCIOS</p><p>1. Quais as principais diferenças entre auditoria e perícia?</p><p>2. Qual o principal artigo da Constituição Brasileira re-</p><p>lacionado à questão ambiental, citado no capítulo?</p><p>3. Qual a diferença entre conservação e preservação?</p><p>4. Qual a diferença entre Sustentabilidade e Desenvol-</p><p>vimento Sustentável?</p><p>5. Onde devemos, como auditores e peritos, buscar os</p><p>conceitos de forma correta? Por quê?</p><p>39</p><p>1.6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA</p><p>1. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DOS DIREITOS DA</p><p>INFÂNCIA (ANDI). Relatório Brundtland e a sus�</p><p>tentabilidade. [2015]. Disponível em: <http://www.</p><p>mudancasclimaticas.andi.org.br/node/91>. Acesso</p><p>em: 10 dez. 2015.</p><p>2. ALMEIDA, F. O mundo dos negócios e o Meio Am-</p><p>biente no século 21. In: Trigueiro, A (Org.). 0HLR�$P�</p><p>ELHQWH�QR�6pFXOR���. 4. Ed. Campinas, SP. Armazém</p><p>do Ipê, 2005; Cap. “Negócios”. p 123-142.</p><p>3. ARAÚJO, Lílian Alves. Perícia ambiental em ações</p><p>civis públicas. In: CUNHA, S. B., GUERRA, A. J. T</p><p>(Org.). $YDOLDomR�H�SHUtFLD�DPELHQWDO. Rio de Janeiro:</p><p>Bertrand Brasil, 2002. Cap. 4. p. 173-215.</p><p>4. ARRUDA, Nilton Marlúcio de. A sustentabilida�</p><p>GH�FRPR�XP�QRYR�SRVLFLRQDPHQWR�QD�HVWUDWpJLD�GH�</p><p>FRPXQLFDomR�GH�(PSUHVDV�%UDVLOHLUDV. 2008. 139 f.</p><p>Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) -</p><p>Universidade Federal Fluminense. Rio de Janeiro, 2008.</p><p>Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/</p><p>pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_</p><p>obra=109953>. Acesso em: 11 dez. 2015.</p><p>5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-</p><p>NICAS (ABNT). 1%5�,62����������� - Sistemas da</p><p>gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso.</p><p>40</p><p>2. ed. Rio de Janeiro, 2004.</p><p>6. BRASIL. &RQVWLWXLomR�GD�5HS~EOLFD�)HGHUDWLYD�</p><p>do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.pla-</p><p>nalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCom-</p><p>pilado.htm>. Acesso em: 10 dez. 2015.</p><p>7. ______. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dis-</p><p>põe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus</p><p>ÀQV�H�PHFDQLVPRV�GH�IRUPXODomR�H�DSOLFDomR��H�Gi�RX-</p><p>tras providências. Disponível em: <http://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 13</p><p>dez 2015.</p><p>8. ______. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Re-</p><p>gulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da</p><p>Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de</p><p>Unidades de Conservação da Natureza e dá outras pro-</p><p>vidências. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/</p><p>port/conama/legiabre.cfm?codlegi=322>. Acesso em:</p><p>13 dez. 2015.</p><p>9. ______. Ministério do Meio Ambiente (MMA). De�</p><p>FODUDomR� GD� &RQIHUrQFLD� GH� 218� QR� $PELHQWH�</p><p>+XPDQR��(VWRFROPR, 5-16 jun. 1972. (tradução livre).</p><p>Disponível em: <www.mma.gov.br/estruturas/agen-</p><p>da21/_arquivos/estocolmo.doc>. Acesso em: 08 jan.</p><p>2016.</p><p>10. CASTRO, Mary Lobas; CANHEDO JR, Sidnei Gar-</p><p>41</p><p>cia. Educação Ambiental como instrumento de Participa-</p><p>ção. In: PHILIPPI JR; PELICIONI, Arlindo; FOCESI,</p><p>Maria Cecília. (GXFDomR�$PELHQWDO�H�6XVWHQWDELOLGD�</p><p>de. Barueri: Manole, 2005. Cap. 15, p. 401-411.</p><p>11. CAVALLINI, Emerson Torres. $�GLVFULFLRQDULH�</p><p>GDGH�DGPLQLVWUDWLYD�H�R�HVWXGR�SUpYLR�GH�,PSDFWR�</p><p>ambiental����������I��0RQRJUDÀD��%DFKDUHO�HP�&LrQ-</p><p>cias Jurídicas e Sociais). Faculdade de Direito do Cam-</p><p>pus Uruguaiana, Pontifícia Universidade Católica do</p><p>Rio Grande do Sul. Uruguaiana, 2007. Disponível em:</p><p><http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/</p><p>graduacao/article/viewFile/3493/2741>. Acesso em:</p><p>21 nov. 2015.</p><p>12. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIEN-</p><p>TE (CONAMA). Resolução &21$0$���, de 23 de</p><p>janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e dire-</p><p>trizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. 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Cap. 2. p. 19-51.</p><p>17. MAGALHÃES, Juraci Perez. A evolução do direi�</p><p>to ambiental no Brasil. 2. ed. . São Paulo: Juarez de</p><p>Oliveira, 2002.</p><p>18. MILARÉ, Édis. 'LUHLWR�GR�DPELHQWH��GRXWULQD��</p><p>MXULVSUXGrQFLD�H�JORVViULR. 4. ed. São Paulo: Revista</p><p>dos Tribunais, 2005.</p><p>19. NADALINI, Ana Carolina Valério. 3HUtFLD� DP�</p><p>biental: avaliação de áreas de preservação am�</p><p>biental��0RQRJUDÀD� �3yV�*UDGXDomR� HP�(QJHQKDULD�</p><p>Ambiental). Fundação Armando Álvares Penteado –</p><p>FAAP, São Paulo, 2003.</p><p>20. ODUM, EP. (FRORJLD. Rio de Janeiro: Editora</p><p>Guanabara Koogan, 2002.</p><p>21. OLÍVIO, D. H. V. et al.. A ética do consumo. Re�</p><p>YLVWD�(OHWU{QLFD�6FLHQWLD�)$(5, Olímpia, SP, ano 2, v.</p><p>43</p><p>2, 1 Semestre. p. 16-27. 2010. Disponível em: <http://</p><p>www.faer.edu.br/revistafaer/artigos/edicao2/denis.</p><p>pdf>. Acesso em: 15 nov 2015.</p><p>22. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS</p><p>(ONU). 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São Paulo: Atlas, 2001.</p><p>����7(,;(,5$��2UFL�3DXOLQR�%UHWDQKD��O direito ao meio</p><p>DPELHQWH� HFRORJLFDPHQWH� HTXLOLEUDGR� FRPR� GLUHLWR�</p><p>fundamental. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.</p><p>44</p><p>28. VICENTINI, Salete Regina. A biodiversidade no</p><p>Contexto da sustentabilidade Corporativa. In: SILVA,</p><p>Ana Lucia Rocha; SANTOS, Luiz Dario dos (Org.).</p><p>Estudos sobre o meio ambiente empresarial mo�</p><p>derno. São Paulo: Editora Fiuza, 2013. p. 189-208.</p><p>29. WAINER, Ann Helen. Legislação ambiental bra�</p><p>sileira: subsídios para a história do direito ambien�</p><p>tal. 2. ed. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1999.</p><p>49</p><p>2.1. GESTÃO AMBIENTAL</p><p>O fato de o meio ambiente sempre ter sido consi-</p><p>GHUDGR�XP�UHFXUVR�DEXQGDQWH�H�FODVVLÀFDGR�QD�FDWHJR-</p><p>ria de bens livres, ou seja, daqueles bens para os quais</p><p>não há necessidade de trabalho para a sua obtenção, di-</p><p>ÀFXOWRX�D�SRVVLELOLGDGH�GH�HVWDEHOHFLPHQWR�GH�FHUWR�FUL-</p><p>tério em sua utilização e tornou disseminada a poluição</p><p>ambiental, passando a afetar a totalidade da população,</p><p>através de uma apropriação socialmente indevida do ar,</p><p>da água ou do solo. A ciência econômica só recente-</p><p>mente se interessou pela questão ambiental ligada a po-</p><p>luição, pois até então suas preocupações diziam respei-</p><p>to apenas às relações existentes</p><p>entre o meio ambiente,</p><p>considerado sob a ótica dos recursos naturais (natureza)</p><p>e o processo de desenvolvimento (DONAIRE, 2010).</p><p>Nesse contexto, é possível perceber a ampliação</p><p>do conceito de gestão ambiental ao longo do tempo.</p><p>2�WHUPR�TXH�RULJLQDOPHQWH�GHÀQLD�D�JHVWmR�S~EOLFD�GR�</p><p>meio ambiente passou a abordar os programas e ações</p><p>desenvolvidos pela iniciativa privada, bem como mo-</p><p>dernos princípios de sustentabilidade ambiental.</p><p>A condução, a direção e o controle pelo governo</p><p>do uso dos recursos naturais, através de determinados</p><p>instrumentos, o que inclui medidas econômicas, regu-</p><p>ODPHQWRV�H�QRUPDOL]DomR�� LQYHVWLPHQWRV�S~EOLFRV�H�À-</p><p>nanciamento, requisitos interinstitucionais e judiciais</p><p>(SELDEN et al., 1973 apud CRUZ, 2006, p. 02).</p><p>A tarefa de administrar o uso produtivo de um re-</p><p>curso renovável sem reduzir a produtividade e a qua-</p><p>50</p><p>lidade ambiental, normalmente em conjunto com o</p><p>desenvolvimento de uma atividade (HURTUBIA, 1980</p><p>apud ABIOVE, [s.d.]).</p><p>Importante instrumento gerencial para capacitação</p><p>e criação de condições de competitividade para as orga-</p><p>nizações, qualquer que seja o seu segmento econômico</p><p>(TACHIZAWA, 2001 apud OLIVEIRA FILHO, 2004).</p><p>Diretrizes e atividades que têm como objetivo ob-</p><p>ter efeitos positivos sobre o meio ambiente, reduzindo</p><p>ou eliminando os danos causados pelas ações humanas</p><p>ou evitando que eles surjam (BARBIERI, 2004).</p><p>Ato de administrar, de dirigir ou reger os ecossis-</p><p>temas naturais e sociais em que se insere o homem, in-</p><p>dividual e socialmente, num processo de interação entre</p><p>as atividades que exerce, buscando a preservação dos</p><p>recursos naturais e das características essenciais do en-</p><p>torno, de acordo com padrões de qualidade (PHILIPPI</p><p>JR.; ROMÉRO; BRUNA, 2004).</p><p>O processo de gestão ambiental inicia-se quando</p><p>R� KRPHP� SURPRYH� DGDSWDo}HV� RX� PRGLÀFDo}HV� QR�</p><p>meio ambiente natural, de forma a adequá-lo às neces-</p><p>sidades individuais ou coletivas, gerando dessa forma o</p><p>ambiente urbano nas mais diversas formas. A maneira</p><p>GH�JHULU�H�XWLOL]DU�RV�UHFXUVRV�p�TXH�p�R�JUDQGH�GHVDÀR��</p><p>principalmente com o aumento da população como já</p><p>foi citado anteriormente.</p><p>A Gestão Ambiental precisa ser bem estruturada</p><p>para possibilitar monitoramento e avaliação do desem-</p><p>penho ambiental de uma organização, sendo o Sistema</p><p>de Gestão Ambiental a ferramenta que viabiliza essa</p><p>51</p><p>estrutura, através da padronização de procedimentos e</p><p>controles de processos. O desenvolvimento de um Sis-</p><p>tema de Gestão Ambiental robusto fornece condições</p><p>favoráveis para o alcance de objetivos ambientais de</p><p>uma organização.</p><p>2.2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL</p><p>O enorme e rápido crescimento das populações</p><p>humanas em todo mundo, leva a uma necessidade de</p><p>mudanças nos modos de produção e consumo. Ainda</p><p>que a população humana decidisse satisfazer-se apenas</p><p>com o que já existe, renunciando à utilização de novos</p><p>modelos de veículos, aparelhos de televisão ou compu-</p><p>tadores, a produção dessas comodidades não cessaria,</p><p>pois, a imensa maioria ainda não as possui, além da</p><p>questão dos alimentos que ocupam mais em mais áreas</p><p>naturais para suprir as necessidades populacionais.</p><p>Na chamada sociedade do consumo, o desperdício</p><p>é imensurável. Há mudanças já ocorrendo em relação a</p><p>Política Nacional de Resíduos Sólidos, a lei aprovada em</p><p>Figura 1. Impactos e Sistema de Gestão Ambiental.</p><p>52</p><p>agosto de 2010. Há metas e acordos já feitos no Brasil</p><p>e agora nos resta aguardar para o início dos resultados.</p><p>Sendo assim, os problemas do ambiente urbano</p><p>que geralmente são devidos à superpopulação, estão di-</p><p>retamente relacionados com habitação, poluição atmos-</p><p>IpULFD�H�GD�iJXD��D�FROHWD��WUDWDPHQWR�H�GLVSRVLomR�ÀQDO�</p><p>de resíduos sólidos, congestionamento do trânsito, pro-</p><p>blemas habitacionais, desmatamento de grandes áreas</p><p>para a formação de novos pastos, campos de cultivo,</p><p>represas para o abastecimento de água potável ou para</p><p>a geração de energia elétrica. Há também o esgotamen-</p><p>to de petróleo e outros minerais, como ferro, alumínio,</p><p>chumbo etc.; a necessidade de construção de novas in-</p><p>dústrias e de utilização de novos processos de geração</p><p>de energia, como a nuclear (NEGRÃO, 2002).</p><p>As indústrias são grandes consumidoras de energia.</p><p>Por exemplo, a quantidade de energia consumida na pro-</p><p>dução de cada lingote de alumínio é tão alto que se diz</p><p>que este metal poderia ser chamado “energia em barras”.</p><p>Para suprir essa necessidade, recorre-se a três opções</p><p>básicas: a construção de enormes barragens, causando</p><p>a inundação de áreas cobertas de vegetação como as re-</p><p>presas; a instalação de usinas termoelétricas movidas a</p><p>petróleo, carvão ou madeira, com todo o problema de</p><p>gases e matéria particulada expelidos por suas chaminés,</p><p>ou a implantação de usinas nucleares, com os graves pro-</p><p>EOHPDV�GH�GLVSRVLomR�ÀQDO�7RGRV�HVWHV�LPSDFWRV�VmR�VLJ-</p><p>QLÀFDWLYRV�H�GHYHP�VH�VRPDU�DRV�LPSDFWRV�JHUDGRV�SHOD�</p><p>própria presença física da indústria em funcionamento.</p><p>$�QRUPD�$%17�1%5�,62������������GHÀQH�6LV-</p><p>53</p><p>tema de Gestão como um conjunto de elementos inter-</p><p>-relacionados ou interativos de uma organização, para</p><p>estabelecer políticas, objetivos e processos para alcan-</p><p>çar esses objetivos, sendo o Sistema de Gestão Ambien-</p><p>tal a parte do sistema de gestão usado para gerenciar</p><p>aspectos ambientais, cumprir requisitos legais e outros</p><p>requisitos, e abordar riscos e oportunidades.</p><p>Segue abaixo, em esquema demonstrativo, levando</p><p>HP�FRQWD�D�PHOKRULD�FRQWtQXD��3HUFHED�TXH�WRGDV�DV�ÁH-</p><p>chas estão ligadas ao SGA (Sistema de Gestão Ambien-</p><p>tal), e como consequência temos a melhoria contínua</p><p>que por sua vez promove a sustentabilidade do sistema.</p><p>Organizações de qualquer natureza podem adotar</p><p>Sistemas de Gestão Ambiental para gerenciar sistema-</p><p>ticamente suas responsabilidades com o meio ambien-</p><p>WH�� UHODFLRQDGDV� DR�FRQWUROH�RX� LQÁXrQFLD�GRV� DVSHFWRV�</p><p>Figura 2. Gestão Ambiental e Sustentabilidade.</p><p>54</p><p>ambientais de suas atividades, produtos e serviços, bem</p><p>como contribuir para o pilar ambiental da sustentabilida-</p><p>de e construir uma imagem positiva perante a sociedade.</p><p>9DOOH� ������ DSXG� %266/(�� ������ DÀUPD� TXH� R�</p><p>SGA deve ter como objetivo o aprimoramento contí-</p><p>nuo das atividades da empresa, através de técnicas que</p><p>conduzam aos melhores resultados, em harmonia com</p><p>o meio ambiente.</p><p>O sucesso de um Sistema de Gestão Ambiental</p><p>depende principalmente da demonstração de liderança</p><p>e comprometimento da Alta Direção com relação ao</p><p>estabelecimento e manutenção do Sistema, proteção do</p><p>meio ambiente e prevenção da poluição. Aliado a isso a</p><p>organização deve ter total conhecimento dos aspectos</p><p>ambientais de suas atividades, podendo assim prever e</p><p>mitigar seus impactos.</p><p>2.3. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS</p><p>Segundo (CARDOSO et al., 2004), o aspecto am-</p><p>ELHQWDO�SRGH�VHU�GHÀQLGR�FRPR�́ HOHPHQWR�GDV�DWLYLGDGHV��</p><p>produtos e serviços de uma organização que pode inte-</p><p>ragir com o meio ambiente” e impacto ambiental como</p><p>´TXDOTXHU�PRGLÀFDomR�GR�PHLR�DPELHQWH��DGYHUVD�RX�EH-</p><p>QpÀFD��TXH�UHVXOWH��QR�WRGR�RX�HP�SDUWH��GDV�DWLYLGDGHV��</p><p>produtos ou serviços de uma organização” e meio am-</p><p>biente como “circunvizinhança em que uma organização</p><p>RSHUD�� LQFOXLQGR� DU�� iJXD�� VROR�� UHFXUVRV�QDWXUDLV��ÁRUD��</p><p>fauna, seres humanos e suas inter-relações”.</p><p>55</p><p>Faz-se necessário destacar a relação de causa e</p><p>efeito entre aspecto e impacto ambiental, conforme</p><p>H[HPSOLÀFDGR�DEDL[R�</p><p>$�LGHQWLÀFDomR�GH�DVSHFWRV�H�LPSDFWRV�DPELHQWDLV�</p><p>de uma organização é umas das etapas mais importan-</p><p>tes da implementação do sistema de gestão ambiental.</p><p>8PD�GDV�PDQHLUDV� GH� UHDOL]DU� HVWD� LGHQWLÀFDomR� SRGH�</p><p>ser a construção de uma matriz que relacione os as-</p><p>pectos e impactos ambientais. Esta ferramenta auxilia</p><p>WDPEpP�QD�FODVVLÀFDomR�H�GHWHUPLQDomR�GH�VXD�VLJQLÀ-</p><p>cância (ALBUQUERQUE, 2011).</p><p>As organizações devem focar suas gestões nos as-</p><p>SHFWRV�TXH�UHVXOWDP�HP�LPSDFWRV�VLJQLÀFDWLYRV��DTXHOHV�</p><p>que apresentam maior gravidade, frequência e probabi-</p><p>lidade), e direcionar seus recursos para melhorar conti-</p><p>nuamente</p><p>seus processos.</p><p>Os impactos ambientais possuem características</p><p>distintas. As principais características dos impactos es-</p><p>tão indicadas na tabela abaixo. Na caracterização dos</p><p>Quadro 2. Aspecto e Impacto Ambiental.</p><p>56</p><p>impactos ambientais é necessário considerar os seus</p><p>elementos e suas possibilidades. É importante identi-</p><p>ÀFDU�� FODVVLÀFDU�� H� YDORUDU� RV� LPSDFWRV� DPELHQWDLV� QH-</p><p>gativos decorrentes das ações, atividades e dos empre-</p><p>endimentos que podem alterar os recursos naturais</p><p>(KASKANTZIS NETO, 2010).</p><p>Como forma de contribuir com o gerenciamento</p><p>Quadro 3. Principais características e tipologias do impacto ambiental.</p><p>Fonte: KASKANTZIS NETO, 2010</p><p>57</p><p>GRV� DVSHFWRV� DPELHQWDLV� H� FODVVLÀFDomR� GRV� LPSDFWRV�</p><p>ambientais pode ser utilizada a metodologia de Avalia-</p><p>ção do Ciclo de Vida.</p><p>2.4. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA</p><p>A Avaliação do Ciclo de Vida – ACV – é uma me-</p><p>WRGRORJLD�GHVHQYROYLGD�SDUD�GHÀQLU�R�SHUÀO� DPELHQWDO�</p><p>GH�XP�SURGXWR�RX�XP�SURFHVVR��1HVWH�VHQWLGR��RV�ÁX-</p><p>xos de matéria e energia envolvidos no ciclo de vida de</p><p>um bem são medidos e relacionados a diversas catego-</p><p>ULDV�GH�LPSDFWRV�DPELHQWDLV��$R�ÀQDO��p�SRVVtYHO�FRP-</p><p>preender quais danos ou benefícios a fabricação, o uso</p><p>e o descarte deste bem trazem ao meio ambiente. Trata-</p><p>-se de uma ferramenta multidisciplinar, pois abrange</p><p>várias áreas do conhecimento. Também é multicritério,</p><p>uma vez que se dedica a muitas categorias de impacto</p><p>ao mesmo tempo. A escala da ACV pode ser local ou</p><p>global e podem ser avaliados tanto impactos reais (diag-</p><p>nóstico) quanto potenciais (prognóstico). A ACV é es-</p><p>sencialmente quantitativa, os resultados são números</p><p>FRP�XQLGDGHV�TXH�UHÁHWHP�DV�FDWHJRULDV�GH�LPSDFWR�H�</p><p>permitem inclusive comparações entre produtos seme-</p><p>OKDQWHV�� 7DO� DERUGDJHP� SHUPLWH� LGHQWLÀFDU� RV� SRQWRV�</p><p>críticos no ciclo de vida do produto e assim promover</p><p>melhorias nos processos produtivos (IBICT, [201?]).</p><p>A estrutura, os princípios, os requisitos e as dire-</p><p>WUL]HV�TXH�GHYHP�FRQVWDU�HP�XPD�$&9�HVWmR�GHÀQLGRV�</p><p>na série de normas ABNT NBR ISO 14040, divididos</p><p>58</p><p>HQWUH�DV�IDVHV�'HÀQLomR�GH�2EMHWLYR�H�(VFRSR��$QiOLVH�</p><p>de Inventários, Avaliação de Impactos e Interpretação.</p><p>Conhecendo os aspectos ambientais de suas ativida-</p><p>GHV�H�R�SHUÀO�GH�VHXV�SURGXWRV�H�SURFHVVRV��D�RUJDQL]DomR�</p><p>pode planejar melhor suas operações e tornar-se mais</p><p>HÀFLHQWH��1HVVH�FRQWH[WR��R�SODQHMDPHQWR�DPELHQWDO�DMX-</p><p>da a promover o desenvolvimento dos três pilares da sus-</p><p>tentabilidade (ambiental, econômico e social) no âmbito</p><p>da organização, bem como melhorar sua performance.</p><p>2.5. PLANEJAMENTO AMBIENTAL</p><p>Organizações interessadas em implantar sistemas de</p><p>gestão ambiental devem realizar uma análise profunda do</p><p>cenário em que estão inseridas, considerando requisitos</p><p>legais e outros aplicáveis, aspectos e impactos ambientais,</p><p>avaliação do ciclo de vida e riscos envolvidos em suas</p><p>DWLYLGDGHV�D�ÀP�GH�LGHDOL]DU�XPD�SROtWLFD�DPELHQWDO�FRQ-</p><p>VLVWHQWH�TXH�VLUYD�GH�EDVH�SDUD�D�GHÀQLomR�GH�REMHWLYRV�H�</p><p>adoção de medidas estratégicas para alcançá-los.</p><p>$�QRUPD�$%17�1%5�,62������������GHÀQH�2E-</p><p>jetivo como resultado a ser alcançado, podendo ser esse</p><p>estratégico, tático ou operacional, e Objetivo Ambiental</p><p>FRPR�REMHWLYR�GHÀQLGR�SHOD� RUJDQL]DomR�� FRHUHQWH� FRP�</p><p>a sua política ambiental. Um objetivo pode ser expresso</p><p>de outras formas, por exemplo, como um resultado pre-</p><p>tendido, um propósito, um critério operacional, como um</p><p>objetivo ambiental, ou pelo uso de outras palavras com</p><p>VLJQLÀFDGR�VLPLODU��SRU�H[HPSOR��ÀQDOLGDGH��PHWD�RX�DOYR��</p><p>59</p><p>No planejamento operacional, a recomendação de</p><p>Donaire (2010) é iniciar as ações com iniciativas que</p><p>possam ter maior probabilidade de sucesso e que pos-</p><p>sam gerar certa publicidade favorável, como é o caso</p><p>de economia de água e energia, uso de papéis reciclá-</p><p>veis, aproveitamento dos resíduos, reciclagem etc. para</p><p>apenas posteriormente serem delineadas aquelas ações</p><p>tidas como mais polêmicas e que deverão obter unani-</p><p>midade de aprovação. Winter (1992 apud DONAIRE,</p><p>2010) sugere em relação a isto que devem ser tomadas</p><p>inicialmente medidas de defesa do ambiente estabele-</p><p>cidas pela legislação. Em seguida, decidir sobre aquelas</p><p>ações que podem ser tomadas e que resultem em bene-</p><p>fícios para a empresa, tais como redução de custos e de</p><p>riscos de responsabilidade. Posteriormente, a empresa</p><p>GHYH�LPSOHPHQWDU�PHGLGDV�EHQpÀFDV�DR�DPELHQWH�TXH�</p><p>QmR� WUDJDP� QHQKXP� UHWRUQR� ÀQDQFHLUR��PDV� TXH� VLU-</p><p>vam para manter a questão ambiental como uma cul-</p><p>tura permanente na organização. Finalmente, seguindo</p><p>essa orientação e consciente de sua responsabilidade</p><p>social, esgotadas as demais possibilidades deverão ser</p><p>implementadas as ações que mesmo sobrecarregando a</p><p>empresa possam revertidas em benefício para a comu-</p><p>nidade e sociedade. Esse é o último estágio da gestão</p><p>ambiental, onde de certa forma a empresa se coloca a</p><p>serviço da preservação do ambiente e caracteriza o grau</p><p>mais alto dentro do conceito da excelência ambiental.</p><p>Para acompanhar a evolução do Sistema de Ges-</p><p>tão Ambiental (monitoramento) e confrontar os resul-</p><p>tados com o planejado (avaliação) é importante esta-</p><p>60</p><p>belecer indicadores.</p><p>2.6. INDICADORES AMBIENTAIS</p><p>,QGLFDGRUHV� VmR� LQIRUPDo}HV� TXDQWLÀFDGDV�� GH�</p><p>FXQKR�FLHQWtÀFR��GH�IiFLO�FRPSUHHQVmR�XVDGDV�QRV�SUR-</p><p>cessos de decisão em todos os níveis da sociedade, úteis</p><p>como ferramentas de avaliação de determinados fenô-</p><p>menos, apresentando suas tendências e progressos que</p><p>VH�DOWHUDP�DR�ORQJR�GR�WHPSR��3HUPLWHP�D�VLPSOLÀFD-</p><p>ção do número de informações para se lidar com uma</p><p>dada realidade por representar uma medida que ilustra</p><p>e comunica um conjunto de fenômenos que levem a</p><p>UHGXomR�GH�LQYHVWLPHQWRV�HP�WHPSR�H�UHFXUVRV�ÀQDQ-</p><p>ceiros. Indicadores ambientais são estatísticas selecio-</p><p>nadas que representam ou resumem alguns aspectos do</p><p>estado do meio ambiente, dos recursos naturais e de</p><p>atividades humanas relacionadas (BRASIL, [2012?]).</p><p>Os indicadores de desempenho ambiental podem</p><p>ser entendidos como parâmetros que fornecem infor-</p><p>mações a respeito de uma atividade ou um cenário, em</p><p>relação aos fatores ambientais, possibilitando a realiza-</p><p>ção de análises, conclusões e tomadas de decisão es-</p><p>tratégicas. Os indicadores ambientais permitem avaliar,</p><p>comparativamente, o desempenho ambiental de uma</p><p>organização com os diferentes aspectos ambientais,</p><p>como o consumo de água, o de energia elétrica e a gera-</p><p>ção de resíduos (FIRJAN, 2008).</p><p>Na escolha dos indicadores ambientais, algumas</p><p>61</p><p>regras devem ser seguidas. Os indicadores devem: ser</p><p>simples, de fácil interpretação e capazes de demonstrar</p><p>tendências; ser relevantes em termos das questões e dos</p><p>valores ambientais; facilitar o entendimento dos Siste-</p><p>mas de Gestão Ambiental implementados; ter uma base</p><p>FLHQWtÀFD��FRQVLGHUDU�DV�GLÀFXOGDGHV�GH�PRQLWRUDPHQWR�</p><p>(tempo, tecnologia, custos); e proporcionar bases sóli-</p><p>das para comparações e tomadas de decisão. As normas</p><p>GD�VpULH�,62��������RULHQWDP�H�SDGURQL]DP�D�LGHQWLÀ-</p><p>FDomR�GRV�DVSHFWRV�DPELHQWDLV�VLJQLÀFDWLYRV�H�D�HODER-</p><p>ração de indicadores de desempenho. No entanto, para</p><p>resumir, podemos dizer que os indicadores de desem-</p><p>penho ambiental devem ser transparentes, adequados,</p><p>FRQÀiYHLV�H�PRWLYDGRUHV��),5-$1��������</p><p>Os resultados dos indicadores devem ser regis-</p><p>trados, comparados e avaliados para concluir sobre o</p><p>avanço da execução do planejamento, necessidades de</p><p>reajustes, direcionamento de recursos e evidência de au-</p><p>ditorias de Sistema de Gestão Ambiental.</p><p>2.7. AUDITORIA DE SISTEMAS DE GESTÃO</p><p>AMBIENTAL</p><p>De acordo com a ABNT NBR ISO 14001:2015</p><p>auditoria é um processo sistemático, independente e</p><p>documentado, para obter evidência de auditoria e ava-</p><p>liá-la objetivamente, para determinar a extensão na qual</p><p>os critérios de auditoria são atendidos. Uma auditoria</p><p>interna é conduzida pela própria organização, ou por</p><p>62</p><p>uma parte externa em seu nome. Uma auditoria pode</p><p>ser uma auditoria combinada (combinando duas ou</p><p>mais disciplinas). A independência</p><p>pode ser demons-</p><p>trada pela liberdade de isenção de responsabilidades</p><p>pela atividade auditada, ou ausência de tendência e con-</p><p>ÁLWR�GH�LQWHUHVVH��´(YLGrQFLDV�GH�DXGLWRULDµ�FRQVLVWHP�</p><p>em registros, declarações de fato ou outra informação</p><p>SHUWLQHQWHV� DRV� FULWpULRV� GH� DXGLWRULD� H� YHULÀFiYHLV�� H�</p><p>“critério de auditoria” são o conjunto de políticas, pro-</p><p>cedimentos ou requisitos usados como uma referência</p><p>na qual a evidência de auditoria é comparada, como de-</p><p>ÀQLGR�QD�$%17�1%5�,62������������</p><p>Donaire (2010) menciona que, embora grande par-</p><p>te das organizações institucionalize a auditoria ambien-</p><p>tal com o propósito principal de atender à exigências le-</p><p>gais, essa apresenta outras utilidades que agregam maior</p><p>valor, não somente para a organização, como para o</p><p>meio no qual encontra-se inserida. A implementação da</p><p>auditoria ambiental faz com que a empresa adote uma</p><p>postura pró-ativa, otimizando a utilização dos recursos</p><p>naturais, ou seja, consumindo o mínimo de recursos e</p><p>gerando o menor impacto ambiental possível operando</p><p>FRP�D�PHVPD�HÀFiFLD�</p><p>A auditoria confronta a documentação com práticas</p><p>operacionais e resultados para atestar que o Sistema de</p><p>Gestão Ambiental foi concebido com base em política e</p><p>objetivos consistentes, além de atender requisitos legais.</p><p>O objetivo da auditoria do Sistema de Gestão Am-</p><p>biental é analisar a performance da organização através</p><p>das medidas de gestão tomadas para prevenção da po-</p><p>63</p><p>luição e proteção do meio ambiente da ocorrência de</p><p>danos negativos.</p><p>A documentação a ser analisada durante uma au-</p><p>ditoria de Sistema de Gestão Ambiental compreende a</p><p>política ambiental da organização, o levantamento dos</p><p>aspectos e impactos ambientais, requisitos legais (como</p><p>outorgas, licenças e autorizações de funcionamento),</p><p>avaliações de risco, estudos ambientais, resultados de</p><p>indicadores, instruções de trabalho, procedimentos,</p><p>controle de processos e registros de atividades, poden-</p><p>do ser apresentada em meio físico ou eletrônico (siste-</p><p>mas ou redes).</p><p>$�DXGLWRULD�GH�XP�6*$�DYDOLD�QD�SUiWLFD�D�GHÀQL-</p><p>ção e distribuição de responsabilidades, os recursos, a</p><p>implementação e manutenção de procedimentos, a ex-</p><p>WHQVmR�H�HÀFLrQFLD�GRV�SURFHVVRV��R�FRQWUROH�RSHUDFLR-</p><p>QDO��EHP�FRPR�R�SODQHMDPHQWR��H[HFXomR�H�HÀFiFLD�GH�</p><p>ações corretivas e de melhoria.</p><p>De acordo com a norma ABNT NBR ISO</p><p>19011:2012 (ABNT, 2012) as auditorias de Sistemas de</p><p>Gestão devem ser realizadas seguindo o esquema abaixo:</p><p>64</p><p>Figura 3. Fluxograma de Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental.</p><p>Fonte: adaptada da NBR ISO 19011 (2012)</p><p>A conclusão da auditoria, caso seja realizada por</p><p>WHUFHLUD�SDUWH��FHUWLÀFDGRUD��SRGH�VHU�RX�QmR�XPD�UH-</p><p>FRPHQGDomR� GH� FHUWLÀFDomR�� FDVR� D� RUJDQL]DomR� DV-</p><p>sim o desejar e comprovar atendimento satisfatório</p><p>dos critérios auditados, como por exemplo a norma</p><p>ABNT NBR ISO 14001:20015.</p><p>65</p><p>2.8. AUDITORES DE SISTEMAS DE GESTÃO</p><p>AMBIENTAL</p><p>1mR�VHQGR�D�SURÀVVmR�GH�DXGLWRU� UHJXODPHQWDGD�</p><p>QR�%UDVLO��FDEH�D�FDGD�RUJDQLVPR�FHUWLÀFDGRU�HVWDEHOH-</p><p>FHU�FULWpULRV�GH�VHOHomR�FRP�EDVH�HP�HGXFDomR��TXDOLÀ-</p><p>cação, habilidades e experiência. Além do conhecimen-</p><p>to de técnicas de auditoria, é importante que auditores</p><p>de SGA dominem modelos de gestão ambiental, bem</p><p>como a legislação aplicável.</p><p>Nesse contexto, os requisitos estabelecidos por or-</p><p>JDQLVPRV�GH�FHUWLÀFDomR�UHJLVWUR�GH�SHVVRDV�DOLDGRV�jV�</p><p>exigências normativas contribuem para garantir a quali-</p><p>GDGH�GRV�VHUYLoRV�SUHVWDGRV�SRU�HVVHV�SURÀVVLRQDLV�</p><p>2.9. O RAC</p><p>5HJLVWUR�GH�$XGLWRUHV�&HUWLÀFDGRV��5$&��FULDGR�HP�</p><p>1998 com a função de preencher uma lacuna existente no</p><p>Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - SBAC,</p><p>QR�TXH�WDQJH�j�FHUWLÀFDomR�GH�DXGLWRUHV�GH�VLVWHPDV�GH�JHV-</p><p>WmR��$WXD�Ki�GH]�DQRV�FRPR�R�2UJDQLVPR�&HUWLÀFDGRU�GH�</p><p>Pessoas acreditado pelo Inmetro nessa área. É parceiro do</p><p>Ministério do Meio Ambiente, possuindo a responsabili-</p><p>GDGH�QD�FHUWLÀFDomR�GH�$XGLWRUHV�GH�6LVWHPDV�GH�*HVWmR�H�</p><p>Auditores Ambientais, conforme dispõe a Resolução CO-</p><p>NAMA 306 de 2002 (ABENDI, [2015?]).</p><p>Conforme o RAC são os expostos a seguir os re-</p><p>TXLVLWRV� QHFHVViULRV� SDUD� D� FHUWLÀFDomR� GR� DXGLWRU� GH�</p><p>66</p><p>sistemas de gestão ambiental.</p><p>��1tYHLV�GH�FHUWLÀFDomR�</p><p>Auditor Interno:�2�QtYHO�GH�FHUWLÀFDomR�DXGLWRU�</p><p>interno reconhece que o candidato satisfaz os critérios</p><p>GH� FHUWLÀFDomR� H� GHPRQVWUD� KDELOLGDGH� SDUD� H[HFXWDU�</p><p>toda, ou qualquer parte, de uma auditoria interna, sozi-</p><p>nho ou como membro de uma equipe auditora.</p><p>Auditor Aspirante: 2�QtYHO�GH�FHUWLÀFDomR�DXGL-</p><p>tor aspirante reconhece que o candidato satisfaz os cri-</p><p>WpULRV�GH�FHUWLÀFDomR��FRP�H[FHomR�GD�H[SHULrQFLD�HP�</p><p>DXGLWRULDV�H�RX�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO��R�TXH�R�TXDOL-</p><p>ÀFD�SDUD�SDUWLFLSDU�GH�WRGD��RX�TXDOTXHU�SDUWH��GH�XPD�</p><p>auditoria, como membro de uma equipe auditora.</p><p>Auditor: 2�QtYHO�GH�FHUWLÀFDomR�DXGLWRU�UHFRQKHFH�</p><p>TXH� R� FDQGLGDWR� VDWLVID]� RV� FULWpULRV� GH� FHUWLÀFDomR� H�</p><p>demonstra habilidade para executar toda, ou qualquer</p><p>parte, de uma auditoria, como membro efetivo de uma</p><p>equipe auditora.</p><p>Auditor Líder: 2�QtYHO�GH�FHUWLÀFDomR�DXGLWRU�Ot-</p><p>der reconhece que o candidato satisfaz os critérios de</p><p>FHUWLÀFDomR�SDUD�DXGLWRU�H�GHPRQVWUD�KDELOLGDGH�SDUD�</p><p>executar toda, ou qualquer parte, de uma auditoria,</p><p>como membro de uma equipe auditora, para gerenciar</p><p>uma equipe auditora e para coordenar todos os aspec-</p><p>tos de uma auditoria.</p><p>$XGLWRU� 3ULQFLSDO�� 2� QtYHO� GH� FHUWLÀFDomR� DXGLWRU�</p><p>SULQFLSDO�UHFRQKHFH�D�H[SHULrQFLD�H�FRPSHWrQFLD�GR�SURÀV-</p><p>sional envolvido na implantação (projeto, implementação</p><p>e avaliação) e manutenção de um sistema de gestão, bem</p><p>67</p><p>FRPR�R�SURÀVVLRQDO�GH�JHVWmR�TXH�Mi�GHL[RX�GH�UHDOL]DU�DXGL-</p><p>torias, mas que possui habilidade e conhecimento de audito-</p><p>ULD��(VWH�QtYHO�GH�FHUWLÀFDomR�WDPEpP�VH�GHVWLQD�DRV�JHVWRUHV�</p><p>de fornecedores (responsáveis pela programação e planeja-</p><p>PHQWR�GH�DXGLWRULDV���JHUHQWHV�GH�RUJDQLVPRV�GH�FHUWLÀFDomR�</p><p>H�SURÀVVLRQDLV�UHVSRQViYHLV�SRU�SURMHWRV�H�GHVHQYROYLPHQWR�</p><p>de treinamento de auditores. (ABENDI, [2015?]).</p><p>Quadro 4. Registro de Auditores (RAC).</p><p>68</p><p>����([SHULrQFLD�3URÀVVLRQDO�</p><p>D��$�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO�GHYH�WHU�VLGR�DGTXLULGD�HP�SHOR�PH-</p><p>nos duas áreas, durante pelo menos um ano em cada uma delas.</p><p>São elas:</p><p>��FLrQFLD�H�WHFQRORJLD�DPELHQWDO�</p><p>��DVSHFWRV�WpFQLFRV�H�DPELHQWDLV�GD�RSHUDomR�GDV�LQVWDODo}HV�</p><p>�� UHTXLVLWRV� DSOLFiYHLV� GH� OHLV� H� UHJXODPHQWRV� DPELHQWDLV�� EHP�</p><p>como outros documentos relacionados;</p><p>��VLVWHPDV�H�QRUPDV�GH�JHVWmR�DPELHQWDO��H</p><p>��SURFHGLPHQWRV��SURFHVVRV�H�WpFQLFDV�GH�DXGLWRULD�GH�VLVWHPDV�GH�</p><p>gestão devidamente normalizados.</p><p>E�� 3DUD� D� FHUWLÀFDomR� FRPR� DXGLWRU� H� DXGLWRU� OtGHU�� R� SHUtRGR�</p><p>dedicado a um Curso de Pós-graduação Stricto Sensu (concluí-</p><p>do em tema diretamente relacionado às áreas apresentadas e/ou</p><p>em Sistema de Gestão Ambiental) pode ser abatido em um ano</p><p>GR�SHUtRGR�UHTXHULGR�SDUD�D�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO��QR�FDVR�GH�</p><p>Mestrado, e em dois anos do período requerido para a experiên-</p><p>FLD�SURÀVVLRQDO��QR�FDVR�GH�0HVWUDGR�H�'RXWRUDGR�</p><p>����([SHULrQFLD�3URÀVVLRQDO�HP�6LVWHPD�GH�*HVWmR�$PELHQ�</p><p>tal: Para candidatos a auditor e auditor líder, a experiência em</p><p>sistemas de gestão da qualidade ou de saúde e segurança ocupa-</p><p>cional pode ser utilizada para abatimento de, no máximo, um ano</p><p>da experiência em sistema de gestão ambiental, na razão de 2:1.</p><p>)RQWH��$%(1',��>����"@</p><p>69</p><p>2.10. EXERCÍCIOS:</p><p>1. O que mudou no conceito de Gestão Ambiental ao</p><p>longo do tempo?</p><p>2. Para que uma organização deve adotar um Sistema de</p><p>Gestão Ambiental?</p><p>3. Qual a relação entre aspecto e impacto ambiental?</p><p>Cite exemplos.</p><p>4. O que permitem avaliar os indicadores ambientais?</p><p>5. Qual o objetivo da auditoria de Sistema de Gestão</p><p>Ambiental?</p><p>70</p><p>2.11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA</p><p>1. ALBUQUERQUE, Daniela. &RPR�LGHQWLÀFDU�DV�</p><p>SHFWR�H�LPSDFWR�DPELHQWDO.S.l. ago. 2011. Disponível</p><p>HP�� �KWWS���FHUWLÀFDFDRLVR�FRP�EU�FRPR�LGHQWLÀFDU-</p><p>-aspecto-impacto-ambiental/>. Acesso em: 19 dez.</p><p>2015.</p><p>2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS</p><p>DE ÓLEOS</p>