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<p>Hematopoese e órgãos</p><p>hematopoiéticos</p><p>Apresentação</p><p>A hematopoese consiste em um sistema organizado responsável pela produção e renovação da</p><p>porção celular do sangue, incluindo todas as séries: vermelha, branca e plaquetária.</p><p>Esse processo tem início no período embrionário com células-tronco, que se diferenciam ao receber</p><p>estímulos, e segue por toda vida por meio de diferentes órgãos, sejam eles órgãos primários ou</p><p>secundários, de acordo com as necessidades do organismo.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá as atividades do processo da hematopoese, incluíndo</p><p>as células-tronco, fases da hematopoese, fatores reguladores e os órgãos hematopoiéticos.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Reconhecer o processo de hematopoiese e suas características.•</p><p>Conceituar célula-tronco, identificando as fases e os fatores reguladores da hematopoiese.•</p><p>Identificar os órgãos hematopoiéticos primários e secundários.•</p><p>Desafio</p><p>A eritropoetina é um hormônio endógeno de natureza glicoproteica secretado pelos rins e principal</p><p>regulador da eritropoese. Suas formas recombinantes vêm sendo usadas indiscriminadamente por</p><p>atletas, principalmente em esportes de resistência.</p><p>Além do esporte, a eritropoetina sintética, recombinante, é muito utilizada também para tratar</p><p>pacientes com anemia decorrente de casos de insuficiência renal crônica e doenças malignas</p><p>(linfoma, mieloma, leucemia).</p><p>Nesse contexto, responda:</p><p>a) Como a eritropoetina pode interferir na performance de um atleta?</p><p>b) Qual o benefício do uso de eritropoetina para tratamento da anemia consequente de alguma</p><p>doença primária?</p><p>Infográfico</p><p>Hematopoese é o processo de divisão celular para a formação dos elementos figurados do sangue.</p><p>Veja no Infográfico algumas células da eritropoese, leucopoese e trombopoese, as quais podem ser</p><p>visualizadas em esfregaços sanguíneos em algumas situações fisiológicas ou patológicas do</p><p>organismo, como, por exemplo, em casos de leucemia.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/65e9fc6d-c383-465d-9011-cf6398cc60f3/e0cc4184-53a0-4225-9d3d-fc889f5557f7.jpg</p><p>Conteúdo do livro</p><p>A formação, o desenvolvimento e a maturação dos elementos figurados do sangue (eritrócitos,</p><p>leucócitos e plaquetas) ocorrem a partir da hematopoese, em órgãos hematopoiéticos. Esse</p><p>processo inicia-se na fase embrionária e segue por toda a vida do indivíduo.</p><p>No capítulo Hematopoese e órgãos hematopoiéticos, do livro Hematologia básica, você verá a</p><p>produção das células sanguíneas, os fatores e órgãos responsáveis por essa produção ao longo da</p><p>vida de um indivíduo e saberá mais sobre as células-tronco.</p><p>Boa leitura.</p><p>HEMATOLOGIA</p><p>BÁSICA</p><p>Adriana Dalpicolli</p><p>Rodrigues</p><p>Hematopoese e órgãos</p><p>hematopoiéticos</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Reconhecer o processo de hematopoese e suas características.</p><p> Conceituar célula-tronco, identificando as fases e os fatores reguladores</p><p>da hematopoese.</p><p> Identificar os órgãos hematopoiéticos primários e secundários.</p><p>Introdução</p><p>Conhecer a hematopoese é fundamental para que se possa compreender</p><p>o quanto é significativa a presença de determinadas células sanguíneas,</p><p>especialmente as imaturas, na circulação periférica, para a determinação</p><p>de um diagnóstico, prognóstico ou acompanhamento clínico. A formação,</p><p>o desenvolvimento e a maturação dos elementos figurados do sangue</p><p>(eritrócitos, leucócitos e plaquetas) ocorrem a partir desse processo, a</p><p>hematopoese, em órgãos hematopoiéticos. Um precursor celular comum</p><p>e indiferenciado é a célula-tronco hematopoiética, que é estimulada a se</p><p>renovar e/ou se diferenciar nas demais células sanguíneas de acordo com</p><p>as necessidades do organismo e com o auxílio de fatores reguladores</p><p>(como hormônios, interleucinas, citocinas). Esse processo inicia ainda na</p><p>fase embrionária e segue por toda a vida do indivíduo: o que muda são</p><p>os locais no organismo em que a hematopoese ocorre, sendo predomi-</p><p>nante na medula óssea.</p><p>Neste capítulo, você vai aprender aspectos gerais sobre os processos</p><p>que envolvem, interferem e regulam a hematopoese, além de conhecer</p><p>os órgãos hematopoiéticos.</p><p>Hematopoese e suas características</p><p>A hematopoese, também chamada de hematopoiese, hemopoese ou hemopoiese,</p><p>é o processo contínuo de formação e renovação dos elementos fi gurados do</p><p>sangue ao longo de toda a vida de um indivíduo e por meio de processos</p><p>mitóticos (divisão celular). A hematopoese tem início com a divisão de uma</p><p>célula-tronco hematopoiética em duas células; uma delas a substitui (autor-</p><p>renovação) e a outra se diferencia na célula que é necessária. Esse processo</p><p>mantém em equilíbrio a velocidade de produção das células do sangue e a sua</p><p>velocidade de utilização/destruição (demanda) pelo organismo. Em condições</p><p>normais, as velocidades devem ser iguais (HOFFBRAND; MOSS, 2018).</p><p>A hematopoese pode ser dividida em:</p><p> Eritropoese: a primeira célula que pode ser identificada como série</p><p>vermelha é o pró-eritroblasto. A linhagem seguinte é do eritroblasto</p><p>basofílico (possui um núcleo grande, cora com corantes básicos e com</p><p>pouco acúmulo de hemoglobina). A cada divisão, o núcleo vai diminuindo</p><p>de tamanho e a célula é preenchida com hemoglobina; assim, temos o</p><p>eritroblasto policromatófilo, o eritroblasto, reticulócitos (ainda contêm</p><p>restos de núcleo) e o eritrócito maduro (célula sem núcleo ou restos nu-</p><p>cleares) (GUYTON; HALL, 2017). Observe esse processo na Figura 1.</p><p>Figura 1. Estágios da diferenciação das hemácias.</p><p>Fonte: Hoffbrand e Moss (2018, p. 14).</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos2</p><p> Leucopoese: dividida em linhagem mielocítica — mielopoese, produção</p><p>de granulócitos (granulopoese) e monócitos — e linhagem linfocítica</p><p>— linfopoese, formação dos linfócitos. Ambas as linhagens iniciam</p><p>com uma célula comum, o blasto (mieloblasto e linfoblasto). Veja, no</p><p>esquema da Figura 2, as células imaturas envolvidas na mielopoese.</p><p>Figura 2. Estágios da diferenciação dos granulócitos e monócitos.</p><p>Fonte: Hoffbrand e Moss (2018, p. 89).</p><p> Trombocitopoese (plaquetopoese) das plaquetas, que são fragmentos</p><p>dos megacariócitos (GUYTON; HALL, 2017).</p><p>As células mais numerosas são os eritrócitos (especializados no transporte de</p><p>gases sanguíneos — oxigênio e dióxido de carbono), seguidos pelas plaquetas,</p><p>responsáveis pela hemostasia (coagulação) e pelos leucócitos, que fazem parte da</p><p>defesa do organismo. Temos quatro tipos de fagócitos (neutrófilos, eosinófilos,</p><p>basófilos e monócitos) e linfócitos B (plasmócitos), envolvidos na produção de</p><p>anticorpos e linfócitos T (CD4 e CD8), relacionados à resposta imune e à prote-</p><p>ção contra vírus e demais partículas estranhas (HOFFBRAND; MOSS, 2018).</p><p>A cada dia são produzidos aproximadamente 1012 eritrócitos, 108 mega-</p><p>cariócitos e, consequentemente, 1011 plaquetas e 108 leucócitos por meio de</p><p>um processo complexo e finamente regulado na medula óssea. O aumento</p><p>no número de células depende da população de células hematopoiéticas e</p><p>da disponibilidade de progenitores, além de estímulos do organismo devido</p><p>3Hematopoese e órgãos hematopoiéticos</p><p>a condições fisiológicas ou patológicas. Por exemplo, quando há sepse, os</p><p>leucócitos armazenados precisam chegar à circulação o mais rápido possível.</p><p>As vitaminas e os oligoelementos são indispensáveis à hematopoese, que</p><p>é afetada pela ausência ou diminuição deles (insuficiência na maturação da</p><p>eritopoese). A vitamina B12 e o ácido fólico, por exemplo, são necessários para</p><p>a síntese do DNA. A carência desses elementos acarreta diminuição de DNA e,</p><p>consequentemente, deficiência na divisão e na maturação nuclear. Nessas condi-</p><p>ções, as células passam por um processo de maturação rápido, sendo produzidos</p><p>eritrócitos maiores que o normal (macrocíticos) e com a membrana celular mais</p><p>frágil. São rompidas mais</p><p>facilmente, de modo que apresentam um tempo de meia</p><p>vida mais curto (metade ou um terço da vida normal). Essa situação caracteriza</p><p>a anemia megaloblástica. O ferro é um elemento imprescindível para a síntese</p><p>da hemoglobina na eritropoese, sua deficiência pode provocar a produção de</p><p>eritrócitos microcíticos (células menores que as normais) e hipocrômicos (células</p><p>menos coradas que as normais), o que caracteriza a anemia ferropriva.</p><p>A renovação celular é elevada: ocorre, em média, a cada 120 dias na po-</p><p>pulação eritróide, 10 dias para as plaquetas e algumas horas (neutrófilos e</p><p>monócitos), dias (eosinófilos e basófilos) e de semanas a anos (linfócitos) para</p><p>os leucócitos. Os eritrócitos, conforme vão envelhecendo, sofrem alteração na</p><p>sua membrana plasmática (diminuição da flexibilidade), que se torna frágil.</p><p>Muitos se rompem, e isso pode ocorrer no baço. A hemoglobina liberada é</p><p>imediatamente fagocitada por macrófagos em muitas partes do organismo,</p><p>principalmente no fígado, no baço e na medula óssea. O ferro e a globina</p><p>são reutilizados no organismo. enquanto a porção porfirina é convertida em</p><p>bilirrubina no fígado e excretada. Já as plaquetas são fagocitadas pelos macró-</p><p>fagos e os leucócitos sofrem apoptose (morte celular programada) para serem</p><p>eliminados do organismo quando envelhecem ou para diminuir a população</p><p>de células necessárias em um processo de defesa do organismo.</p><p>Células-tronco e a hematopoese</p><p>Célula-tronco, do inglês stem cell, é uma célula primitiva que apresenta capacidade</p><p>de autorrenovação (autorregeneração) e diferenciação, podendo originar células</p><p>especializadas em diferentes categorias celulares do organismo, como, por exemplo:</p><p>células ósseas, musculares, da pele, do sangue, nervosas, entre outras (MCPHER-</p><p>SON; PINCUS, 2013; HOFFBRAND; MOSS, 2018). As células-tronco estão</p><p>presentes no embrião, quando são, então, designadas células-tronco embrionárias</p><p>(blastocisto), as quais podem diferenciar-se em qualquer tipo de tecido; e também</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos4</p><p>podem ser encontradas em tecidos adultos, originando as células-tronco adultas,</p><p>com menor capacidade de diferenciação. No adulto, essas células localizam-se,</p><p>principalmente, no cordão umbilical e placentário, na medula óssea, no sangue</p><p>periférico, no fígado, nos rins e na primeira dentição (dente de “leite”).</p><p>A concentração de célula-tronco hematopoética é muito pequena no organismo e</p><p>corresponde a, aproximadamente, 0,01-0,05% no sangue periférico, menos de 1% na</p><p>medula óssea e 0,33-1,98% em sangue de cordão umbilical e placentário.</p><p>As células-tronco classificam-se em totipotentes, pluripotentes e multipoten-</p><p>tes. As totipotentes podem originar tanto um organismo totalmente funcional</p><p>quanto qualquer tipo celular do organismo (inclusive sistema nervoso) e cor-</p><p>respondem às células do embrião recém-formado. As pluripotentes são células</p><p>capazes de gerar qualquer tipo de tecido sem originar um organismo completo</p><p>(não podem gerar a placenta e outros tecidos de apoio ao feto); formam a massa</p><p>celular interna do blastocisto depois dos quatro dias de vida e participam da</p><p>formação de todos os tecidos do organismo. As multipotentes são um pouco mais</p><p>diferenciadas, estão presentes no indivíduo adulto e têm capacidade de originar</p><p>apenas um limitado número de tipos teciduais. Essas células são designadas</p><p>de acordo com o órgão de que derivam e podem originar apenas células desse</p><p>órgão, possibilitando a regeneração tecidual (SOUZA et al., 2003).</p><p>A hematopoese inicia-se com uma célula-tronco pluripotente, célula-tronco</p><p>hematopoiética que é uma célula multipotente e que, por divisão assimétrica, pode</p><p>tanto autorrenovar-se quanto dar origem às distintas linhagens celulares — ou</p><p>seja, em um transplante de medula óssea, elas podem repovoar uma medula</p><p>cujas células-tronco tenham sido eliminadas, como, por exemplo, em tratamento</p><p>quimioterápico (MCPHERSON; PINCUS, 2013; HOFFBRAND; MOSS, 2018).</p><p>Dentro da célula, os sinais transmitidos pelos fatores de crescimento ativam</p><p>fatores de transcrição específicos, como moléculas ligadoras de DNA que atuam</p><p>como principais interruptores a determinar o programa genético subsequente, que,</p><p>por sua vez, conduz ao desenvolvimento de diferentes linhagens celulares. Após</p><p>estímulo apropriado, as células-tronco hematopoiéticas originam um comparti-</p><p>mento de células já comprometidas com uma determinada linhagem hematoló-</p><p>gica, podendo dar origem tanto a progenitores mieloides quanto a linfoides. Os</p><p>progenitores mieloides comuns originam progenitores restritos às linhagens de</p><p>5Hematopoese e órgãos hematopoiéticos</p><p>granulócitos/macrófagos e de megacariócitos/eritrócitos. Os progenitores linfoides</p><p>comuns dão origem aos linfócitos B, T e a células natural killer (NK). As células</p><p>formadoras de colônias (CFC), também chamadas de unidade formadora de</p><p>colônia, são as células reconhecidas morfologicamente como as precursoras</p><p>imediatas das diversas células maduras presentes no sangue periférico. Observe</p><p>o esquema apresentado na Figura 3 para entender melhor esse processo.</p><p>Figura 3. Esquema mostrando a célula-tronco pluripotente, hematopoiética, gerando</p><p>progenitores mielóide e linfoide até a célula final de cada linhagem (células maduras).</p><p>Fonte: Hoffbrande Moss (2018, p. 3).</p><p>Regulação da hematopoese e fatores</p><p>de crescimento hematopoiéticos</p><p>Autorrenovação, proliferação, diferenciação e homing (volta à medula óssea)</p><p>são fases da hematopoese reguladas por mecanismos que envolvem o micro-</p><p>ambiente da medula óssea e pelas próprias células hematopoéticas.</p><p>O microambiente medular favorável é fornecido pelas células do es-</p><p>troma que secretam a matriz extracelular e fatores de crescimento. A me-</p><p>dula óssea constitui-se em ambiente adequado para as células progenitoras</p><p>diferenciadas. Esse meio é composto por células do estroma e por uma rede</p><p>microvascular. No estroma, há células mesenquimais, adipócitos, fibroblas-</p><p>tos, osteoblastos, células endoteliais e macrófagos, que secretam moléculas</p><p>extracelulares (colágeno, glicoproteínas, glicosaminoglicanos) para formar</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos6</p><p>uma matriz extracelular, além de secretarem vários fatores de crescimento</p><p>necessários à sobrevivência da célula-tronco. As células do estroma são as</p><p>principais fontes de fatores de crescimento, com exceção da eritropoetina,</p><p>90% da qual é sintetizado no rim, especialmente pela baixa concentração de</p><p>oxigênio no organismo, e da trombopoetina, sintetizada principalmente no</p><p>fígado (HOFFBRAND; MOSS, 2018). Devido a isso, pacientes com danos</p><p>ou doenças hepáticas podem ter redução no número de plaquetas circulantes.</p><p>Os fatores de crescimento hematopoéticos são hormônios glicoprotei-</p><p>cos que regulam a proliferação e a diferenciação das células progenitoras,</p><p>previnem apoptose e afetam a função das células sanguíneas maduras. Eles</p><p>podem agir no local em que são produzidos, por contato célula a célula ou</p><p>podem circular no plasma. Eles também podem ligar-se à matriz extracelular,</p><p>formando nichos aos quais células-tronco e progenitoras se aderem. Observe,</p><p>na Figura 4, alguns fatores e células de atuação.</p><p>Figura 4. Fatores de crescimento hematopoéticos.</p><p>Fonte: Hoffbrand e Moss (2018, p. 6).</p><p>7Hematopoese e órgãos hematopoiéticos</p><p>A eritropoietina, de origem principalmente renal, é responsável pela</p><p>regulação da produção de eritrócitos. Qualquer condição que cause a di-</p><p>minuição da quantidade de oxigênio a ser transportado para os tecidos</p><p>provoca formação desse hormônio em questão de minutos, atingindo sua</p><p>produção máxima em 24 horas, para que seja aumentada a produção de</p><p>eritrócitos. Já a trombopoetina tem papel na regulação da produção e da</p><p>diferenciação de megacariócitos que se fragmentam na medula óssea e dão</p><p>origem às plaquetas.</p><p>As citocinas são polipeptídeos ou glicoproteínas produzidas por di-</p><p>versos tipos celulares e capazes de modular a resposta celular de diversas</p><p>células, incluindo dela própria. Podem ser divididas em: interleucinas</p><p>ou</p><p>interleuquinas (IL), fatores estimuladores de colônias (CSF) (estimulam</p><p>a produção ou maturação específica de determinada linhagem), fator de</p><p>necrose tumoral (TNF) (têm capacidade de provocar apoptose e possuem</p><p>ações pró-inflamatórias), interferons (IFN) (interferem na replicação de</p><p>microrganismos e estimulam a atividade de defesa do organismo) e fatores</p><p>de crescimento (TGF) (controlam a divisão celular). Sua classificação pode</p><p>estar relacionada com sua forma estrutural ou função. As interleucinas são</p><p>proteínas produzidas, principalmente, por leucócitos (principalmente por</p><p>linfócitos T, macrófagos e eosinófilos) com diferentes funções, sendo que</p><p>a maioria está envolvida na ativação ou supressão do sistema imune e na</p><p>indução de divisão de outras células. Veja, no Quadro 1, a fonte, a célula-alvo</p><p>e os efeitos de algumas citocinas.</p><p>Fator de</p><p>crescimento Fontes Célula-alvo Efeitos</p><p>IL-2 Linfócito T Linfócitos T e B Fator de crescimento</p><p>da célula T</p><p>IL-3 Linfócito T Células hematopoi-</p><p>éticas percursoras</p><p>Fator de crescimento</p><p>hematopoiético</p><p>IL-5 Linfócito T,</p><p>mastócitos</p><p>Eosinófilos Crescimento de</p><p>eosinófilos e fator de</p><p>diferenciação</p><p>Quadro 1. Fontes, célula alvo e efeitos dos fatores de crescimento hematopoéticos</p><p>(Continua)</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos8</p><p>Órgãos hematopoiéticos</p><p>Os órgãos e tecidos hematopoiéticos variam entre as fases da hematopoese</p><p>ao longo da vida de um indivíduo. Existem três períodos hematopoéticos:</p><p> Período intrauterino ou embrionário: no início do primeiro mês da</p><p>vida pré-natal, as primeiras células do sangue surgem externamente ao</p><p>embrião no mesênquima do saco vitelino (vesícula vitelínica) — local</p><p>transitório da hematopoese. As células são eritroblastos primitivos,</p><p>grandes e megaloblásticos, formados no meio intravascular, com núcleo.</p><p> Período hepatoesplênico ou fetal: na sexta semana de gestação, a hema-</p><p>topoese inicia no fígado (maior órgão hematopoético nas fases inicial e</p><p>Fator de</p><p>crescimento Fontes Célula-alvo Efeitos</p><p>IL-9 Células TH2 Mastócitos e proge-</p><p>nitores eritróides</p><p>Hematopoese e</p><p>desenvolvimento de</p><p>células T</p><p>IL-12 Macrófagos e</p><p>células B</p><p>Células T e NK Indução de IFN-y e</p><p>imunidade mediada</p><p>por células</p><p>Eritropoetina</p><p>(EPO)</p><p>Rins e fígado Progenitores eritrói-</p><p>des e precursores</p><p>dos eritrócitos no es-</p><p>tágio de reticulócitos</p><p>Fator de crescimento</p><p>dos eritrócitos</p><p>Trombopoe-</p><p>tina (TPO)</p><p>Rins e fígado Progenitores de</p><p>megacariócitos</p><p>Estimula a produção</p><p>e a diferenciação de</p><p>megacariócitos</p><p>IFN-y Linfócitos T,</p><p>células NK</p><p>Células T e B Imunomoduladores,</p><p>antiproliferativos e</p><p>antivirais</p><p>G-CSF Células do es-</p><p>troma, macrófa-</p><p>gos e monócitos</p><p>Progenitores</p><p>granulocíticos e</p><p>granulócitos</p><p>Hematopoese pre-</p><p>coce, produção e fun-</p><p>ção dos granulócitos</p><p>Quadro 1. Fontes, célula alvo e efeitos dos fatores de crescimento hematopoéticos</p><p>(Continuação)</p><p>9Hematopoese e órgãos hematopoiéticos</p><p>intermediária do feto). Os eritroblastos definitivos, que se transformam</p><p>em eritrócitos anucleados, são formados extravascularmente e ocorrem,</p><p>em menor grau, a granulopoiese e a megacariopoese. Até 6 e 7 meses de</p><p>vida fetal, o fígado e o baço são os principais órgãos hematopoéticos e</p><p>continuam a produzir céulas até cerca de 2 semanas após o nascimento. Os</p><p>linfonodos (gânglios linfáticos) exercem papel minoritário na hematopoese</p><p>durante essa fase. A placenta também contribui para hematopoese fetal.</p><p> Período medular fetal, infância e vida adulta: na segunda metade da</p><p>vida fetal, 6 a 7 meses, a medula óssea inicia a produção celular de modo</p><p>progressivo e, no fígado, esse processo é diminuído. A hematopoese,</p><p>após o nascimento para produção de eritrócitos, granulócitos e plaquetas,</p><p>passa a ocorrer apenas na medula óssea, ou seja, é extravascular. As</p><p>células em desenvolvimento situam-se fora dos seios da medula, as</p><p>maduras são liberadas nos espaços sinusais, na microcirculação medular</p><p>e, a partir daí, na circulação geral.</p><p> Nessa fase, todo espaço da medula está ocupado por medula hematopoé-</p><p>tica ativa, também chamada de medula vermelha, até aproximadamente</p><p>5 anos de idade. Conforme o crescimento vai ocorrendo (fase de lactação),</p><p>o espaço medular se amplia e apenas uma parte mantém a hematopoese, o</p><p>restante é preenchido por células adiposas. Na infância, os ossos achatados</p><p>e longos, como o crânio, as vértebras, o fêmur, continuam sendo locais</p><p>de formação celular sanguínea. No adulto, a medula hematopoiética é</p><p>confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur</p><p>e do úmero. A medula vermelha é substituída pela medula amarela ou</p><p>gordurosa e assim segue por toda a vida do indivíduo. Mesmo em regiões</p><p>hematopoéticas, cerca de 50% da medula é composta por gordura. Em</p><p>casos de necessidade, a medula amarela é substituída novamente pela</p><p>vermelha por meio de estímulos intensos e contínuos. O fígado e o baço</p><p>também podem retornar seu papel hematopoético quando preciso. Hepa-</p><p>toesplenomegalia (fígado e baço aumentam de tamanho nessa situação)</p><p>pode significar hematopoiese extramedular e ocorrer, por exemplo, em</p><p>doenças hemolíticas ou talassemias. Quando, na medula, não há mais</p><p>proliferação celular, denomina-se medula cinzenta (MCPHERSON;</p><p>PINCUS, 2013; HOFFBRAND; MOSS, 2018).</p><p>Os eritrócitos, ao longo da vida, em condições normais, são formados apenas</p><p>na medula óssea, assim como os granulócitos e os monócitos. Os granulócitos</p><p>são armazenados na medula até serem necessários no sistema circulatório. Cerca</p><p>de três vezes o equivalente de granulócitos circulantes no sangue periférico são</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos10</p><p>armazenados na medula óssea. Linfócitos T e linfócitos B são produzidos e</p><p>armazenados nos órgãos linfoides, incluindo os linfonodos, baço, timo, tonsilas</p><p>e diversas concentrações de tecido linfoide em outras áreas do organismo, es-</p><p>pecialmente na medula óssea e nas placas de Peyer abaixo do epitélio na parede</p><p>intestinal. Os megacariócitos também são formados na medula óssea e ali se</p><p>fragmentam, e os fragmentos (plaquetas) passam para o sangue.</p><p>Desse modo, a medula óssea é considerada um órgão hematopoético pri-</p><p>mário, e os demais órgãos citados são órgãos hematopoéticos secundários.</p><p>Quando se fala em órgãos linfóides primários, considera-se a medula óssea</p><p>e o timo. Os linfócitos B são produzidos na medula e nos órgãos linfoides</p><p>secundários (OLS) (baço, linfonodos, tonsilas, intestino); já os linfócitos T</p><p>são produzidos no timo e nos OLS.</p><p>1. A hematopoese é o processo de</p><p>formação das células sanguíneas que</p><p>inicia a partir de uma célula-tronco.</p><p>Nesse sentido, é correto afirmar que</p><p>a célula-tronco hematopoética é</p><p>uma célula:</p><p>a) totipotente.</p><p>b) pluripotente.</p><p>c) multipotente.</p><p>d) totipotente, pluripotente e mul-</p><p>tipotente.</p><p>e) totipotente e pluripotente.</p><p>2. Os órgãos hematopoéticos são</p><p>aqueles que têm a capacidade de</p><p>produzir, desenvolver ou maturar as</p><p>células sanguíneas. Assinale a alter-</p><p>nativa que contém apenas locais do</p><p>organismo que apresentam ou apre-</p><p>sentaram essa capacidade em algum</p><p>momento da vida de um indivíduo</p><p>em condições normais de saúde.</p><p>a) Período embrionário: saco vitelino;</p><p>período fetal: fígado, baço, linfo-</p><p>nodos; período após o nascimento</p><p>até o envelhecimento: vértebras.</p><p>b) Período embrionário: medula</p><p>óssea; período fetal: saco vitelino;</p><p>período após o nascimento até o</p><p>envelhecimento: fêmur.</p><p>c) Período embrionário: saco</p><p>vitelino; período fetal: órgãos do</p><p>sistema linfático; período após</p><p>o nascimento até o envelheci-</p><p>mento: fígado, baço, todos os</p><p>ossos do corpo humano.</p><p>d) Período embrionário: saco vitelino</p><p>e medula óssea; período fetal:</p><p>fígado, baço; período após o nas-</p><p>cimento até o envelhecimento:</p><p>ossos longos do corpo humano.</p><p>e) Período embrionário: medula</p><p>óssea; período fetal: fígado,</p><p>baço, linfonodos; período após</p><p>o nascimento até o envelheci-</p><p>mento: ossos curtos do corpo</p><p>humano.</p><p>3. A hematopoese mantém em equilí-</p><p>brio a velocidade de produção dos</p><p>elementos figurados do sangue</p><p>e a sua velocidade de utilização</p><p>11Hematopoese</p><p>e órgãos hematopoiéticos</p><p>ou destruição pelo organismo.</p><p>Em relação ao tempo médio de</p><p>vida de uma célula sanguínea</p><p>em condições normais, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>a) pode ser de horas, como as</p><p>plaquetas, ou de anos, como os</p><p>leucócitos; já as hemácias têm</p><p>tempo de vida de alguns dias.</p><p>b) hemácias são as células que</p><p>possuem o tempo de meia vida</p><p>mais longo quando comparadas</p><p>às demais células sanguíneas.</p><p>c) plaquetas são as células que</p><p>possuem o tempo de vida mais</p><p>curto quando comparadas ao das</p><p>demais células sanguíneas.</p><p>d) linfócitos são as células que pos-</p><p>suem o tempo de vida mais vari-</p><p>ável, podendo ser até de anos: as</p><p>hemácias vivem em torno de 4</p><p>meses e as plaquetas, um pouco</p><p>mais que 1 semana.</p><p>e) quando as células imaturas de</p><p>qualquer linhagem surgem no</p><p>sangue periférico, o tempo de</p><p>vida dessas células é de apenas</p><p>algumas horas.</p><p>4. No organismo humano, existem</p><p>vários hormônios e proteínas</p><p>responsáveis pela regulação da</p><p>produção dos elementos figurados</p><p>do sangue. Com base nos fatores</p><p>hematopoéticos, assinale a alterna-</p><p>tiva correta.</p><p>a) Em casos de septicemia e</p><p>hipóxia, as interleucinas são libe-</p><p>radas para estimular a produção</p><p>de plaquetas e leucócitos.</p><p>b) Em casos de septicemia, citocinas</p><p>são ativadas para aumentar a</p><p>produção de eritroblastos.</p><p>c) Em casos de hipóxia, a trombo-</p><p>poetina estimula a produção de</p><p>plaquetas.</p><p>d) Em casos de hemorragia, a eritro-</p><p>poietina estimula a produção de</p><p>megacariócitos.</p><p>e) Em casos de hipóxia ou hemor-</p><p>ragia, a eritropoietina estimula a</p><p>produção de eritrócitos.</p><p>5. Células progenitoras são aquelas</p><p>que têm a capacidade de originar</p><p>uma nova linhagem de células. Em</p><p>relação à produção de elementos</p><p>figurados do sangue, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) Os progenitores mieloides</p><p>comuns originam progenitores</p><p>restritos às linhagens de granuló-</p><p>citos e linfócitos.</p><p>b) Os progenitores linfoides comuns</p><p>dão origem a progenitores de gra-</p><p>nulócitos, monócitos e linfócitos.</p><p>c) Os progenitores linfoides comuns</p><p>originam progenitores restritos</p><p>às linhagens de granulócitos/</p><p>macrófagos e de megacariócitos/</p><p>eritrócitos.</p><p>d) Os progenitores mieloides</p><p>comuns originam progenitores</p><p>restritos às linhagens de granuló-</p><p>citos/macrófagos e de megacari-</p><p>ócitos/eritrócitos.</p><p>e) Os progenitores mieloides</p><p>comuns originam progenitores</p><p>restritos às linhagens de linfócitos</p><p>B, T e células natural killer.</p><p>Hematopoese e órgãos hematopoiéticos12</p><p>GUYTON, J. E.; HALL, A. C. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.</p><p>HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H. Fundamentos em Hematologia de Hoffbrand. 7. ed.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2018.</p><p>MCPHERSON, R. A.; PINCUS, R. M. (Ed.). Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos</p><p>Laboratoriais de Henry. 21. ed. Barueri: Monole, 2013.</p><p>SOUZA, V. F. et al. Células-tronco: uma breve revisão. Revista Ciências Médicas e Biológicas,</p><p>Salvador, v. 2, n. 2, p. 251-256, jul./dez. 2003. Disponível em: <https://rigs.ufba.br/index.</p><p>php/cmbio/article/view/4292/3154>. Acesso em: 10 nov. 2018.</p><p>13Hematopoese e órgãos hematopoiéticos</p><p>Conteúdo:</p><p>Dica do professor</p><p>Diferentes órgãos estão envolvidos no processo de hematopoese, os órgãos hematopoiéticos. Cada</p><p>um apresenta diferentes funções ao longo da vida na produção de células sanguíneas.</p><p>Veja na Dica do Professor onde se localizam os órgãos hematopoiéticos e algumas de suas funções.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d661dc42cf796290e4ec8f17b31b27b6</p><p>Exercícios</p><p>1) A hematopoese é o processo de formação das células sanguíneas que inicia a partir de uma</p><p>célula-tronco. Nesse sentido, é correto afirmar que a célula-tronco é hematopoiética é uma</p><p>célula:</p><p>A) totipotente.</p><p>B) pluripotente.</p><p>C) multipotente.</p><p>D) totipotente, pluripotente e multipotente.</p><p>E) totipotente e pluripotente.</p><p>2) Os órgãos hematopoiéticos são aqueles que têm a capacidade de produzir, desenvolver ou</p><p>maturar as células sanguíneas. Assinale a alternativa abaixo que contém apenas locais do</p><p>organismo que apresentam ou apresentaram essa capacidade em algum momento da vida de</p><p>um indivíduo em condições normais de saúde:</p><p>A) período embrionário: saco vitelino; período fetal: fígado, baço e linfonodos; período após o</p><p>nascimento até o envelhecimento: vértebras.</p><p>B) período embrionário: medula óssea; período fetal: saco vitelino; período após o nascimento</p><p>até o envelhecimento: fêmur.</p><p>C) período embrionário: saco vitelino; período fetal: órgãos do sistema linfático; período após o</p><p>nascimento até o envelhecimento: fígado, baço e todos os ossos do corpo humano.</p><p>D) período embrionário: saco vitelino e medula óssea; período fetal: fígado e baço; período após</p><p>o nascimento até o envelhecimento: ossos longos do corpo humano.</p><p>E) período embrionário: medula óssea; período fetal: fígado, baço e linfonodos; período após o</p><p>nascimento até o envelhecimento: ossos curtos do corpo humano.</p><p>3) A hematopoese mantém em equilíbrio a velocidade de produção dos elementos figurados do</p><p>sangue e a velocidade de utilização ou destruição delas pelo organismo. Em relação ao</p><p>tempo médio de vida de uma célula sanguínea em condições normais, é correto afirmar:</p><p>A) pode ser de horas, como as plaquetas, ou de anos, como os leucócitos; já para as hemácias o</p><p>tempo de vida é de alguns dias.</p><p>B) hemácias são as células que possuem o tempo de meia-vida mais longo quando comparadas</p><p>às demais células sanguíneas.</p><p>C) plaquetas são as células que possuem o tempo de vida mais curto quando comparado ao das</p><p>demais células sanguíneas.</p><p>D) linfócitos são as células que possuem o tempo de vida mais variável, podendo ser até de anos;</p><p>as hemácias vivem em torno de 4 meses; e as plaquetas um pouco mais que uma semana.</p><p>E) quando as células imaturas de qualquer linhagem surgem no sangue periférico, o tempo de</p><p>vida dessas células é de apenas algumas horas.</p><p>4) No organismo humano existem vários hormônios e proteínas responsáveis pela regulação da</p><p>produção dos elementos figurados do sangue. Com base nos fatores hematopoiéticos,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>A) em casos de septicemia e hipóxia, as interleucinas são liberadas para estimular a produção de</p><p>plaquetas e leucócitos.</p><p>B) em casos de septicemia, citocinas são ativadas para aumentar a produção de eritroblastos.</p><p>C) em casos de hipóxia, a trombopoetina estimula a produção de plaquetas.</p><p>D) em casos de hemorragia, a eritropoetina estimula a produção de megacariócitos.</p><p>E) em casos de hipóxia ou hemorragia, a eritropoetina estimula a produção de eritrócitos.</p><p>5) Células progenitoras são aquelas que têm a capacidade de originar uma nova linhagem de</p><p>células. Em relação à produção de elementos figurados do sangue, assinale a alternativa</p><p>correta:</p><p>A) os progenitores mieloides comuns originam progenitores restritos às linhagens de</p><p>granulócitos e linfócitos.</p><p>B) os progenitores linfoides comuns dão origem a progenitores de granulócitos, monócitos e</p><p>linfócitos.</p><p>C) os progenitores linfoides comuns originam progenitores restritos às linhagens de</p><p>granulócitos/macrófagos e de megacariócitos/eritrócitos.</p><p>D) os progenitores mieloides comuns originam progenitores restritos às linhagens de</p><p>granulócitos/macrófagos e de megacariócitos/eritrócitos.</p><p>E) os progenitores mieloides comuns originam progenitores restritos às linhagens de linfócitos B,</p><p>T e células natural killer.</p><p>Na prática</p><p>Dentre os transplantes de células-tronco, um dos mais realizados é o de medula óssea com células</p><p>hematopoiéticas. O procedimento do transplante envolve a eliminação dos sistemas</p><p>hematopoiético e imune do paciente por tratamentos como a quimioterapia e a substituição por</p><p>células-tronco hematopoiéticas do próprio paciente (autólogo) ou de outro indivíduo (alogênico). As</p><p>células podem ser obtidas do sangue periférico, medula óssea ou cordão umbilical.</p><p>Conheça a seguir um caso de transplante de medula óssea bem-sucedido.</p><p>Saiba</p><p>+</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Pesquisa com células-tronco no Brasil: a produção de um novo</p><p>campo científico</p><p>No artigo a seguir, tem como objetivo apresentar um panorama das pesquisas com células-tronco</p><p>no Brasil, a partir de levantamento bibliográfico de artigos de pesquisadores brasileiros, publicados</p><p>no início do século XXI.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Avaliação de aspectos regulatórios da hematopoese em</p><p>desnutrição proteico-energética experimental: papel das células</p><p>endoteliais derivadas das células-tronco mesenquimais</p><p>medulares</p><p>Nesse link você acessa uma pesquisa para saber mais como os nutrientes interferem na</p><p>hematopoese.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Diretrizes da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula</p><p>Óssea</p><p>Nesse link você acessa conteúdo sobre a cura de doenças com a técnica do transplante de medula e</p><p>os diferentes tipos de transplante.</p><p>https://www.scielo.br/j/hcsm/a/HpHtsFVjQLN8RTVBFWzzZMh/</p><p>http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-22102014-155543/en.php</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Fundamentos em hematologia de Hoffbrand</p><p>Nesse livro você poderá saber mais sobre hematopoese e a eritropoese, incluindo: órgãos</p><p>hematopoiéticos, células-tronco e progenitoras, regulação, fatores de crescimento, apoptose e</p><p>transplante de células-tronco, entre outros.</p><p>Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!</p><p>https://sbtmo.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Diretrizes_da_Sociedade_Brasileira_de_Transplante_de_Medula_Ossea_2012_ISBN_978-85-88902-17-6.pdf</p>

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