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<p>ANATOMIA</p><p>SISTEMA ESQUELÉTICO</p><p>Conceito de Sistema Esquelético:</p><p>O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens.</p><p>Conceito de Ossos:</p><p>Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o Esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas).</p><p>O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho.</p><p>O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.</p><p>Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática.</p><p>Canais de Havers são uma série de tubos em torno de estreitos canais formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. Esta região é denominada osso compacto ou diáfise. Vasos sanguíneos e células nervosas em todo o osso comunicam-se por osteócitos (que emitem expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar que esse canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vaso sanguíneos e nervos que são responsáveis pela nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguíneo passem pelo tecido ósseo.</p><p>Canais de Volkmann são canais microscópicas encontradas no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas.</p><p>O interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteócitos. Cada osteócitos possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.</p><p>Conceito de Cartilagem:</p><p>É uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido – forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio; conseqüentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance.</p><p>Funções do Sistema Esquelético:</p><p>– Sustentação do organismo (apoio para o corpo)</p><p>– Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)</p><p>– Base mecânica para o movimento</p><p>– Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)</p><p>– Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas)</p><p>Número de Ossos do Corpo Humano:</p><p>É clássico admitir o número de 206 ossos.</p><p>Cabeça = 22</p><p>Crânio = 08</p><p>Face = 14</p><p>Pescoço = 8</p><p>7 vértebras</p><p>hioide</p><p>Tórax = 37</p><p>24 costelas</p><p>12 vértebras</p><p>1 esterno</p><p>Abdome = 7</p><p>5 vértebras lombares</p><p>1 sacro</p><p>1 cóccix</p><p>Membro Superior = 32</p><p>Cintura Escapular = 2</p><p>Braço = 1</p><p>Antebraço = 2</p><p>Mão = 27</p><p>Membro Inferior = 31</p><p>Cintura Pélvica = 1</p><p>Coxa = 1</p><p>Joelho = 1</p><p>Perna = 2</p><p>Pé = 26</p><p>Ossículos do Ouvido Médio = 3</p><p>Divisão do Esqueleto:</p><p>Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.</p><p>Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores.</p><p>A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.Classificação dos Ossos:</p><p>Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:</p><p>Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur.</p><p>Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo.</p><p>Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.</p><p>Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos:</p><p>Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.</p><p>Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenoide.</p><p>Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras.</p><p>Ossos Sesamoides: Estão presentes no</p><p>interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamoides, presentes em quase todos os seres humanos.</p><p>Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.</p><p>Estrutura dos Ossos Longos:</p><p>A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes:</p><p>Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.</p><p>Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem.</p><p>Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.</p><p>Configuração Externa dos Ossos:</p><p>SALIÊNCIAS ÓSSEAS</p><p>Articulares</p><p>Não Articulares</p><p>– Cabeça</p><p>– Côndilo</p><p>– Faceta</p><p>– Processos</p><p>– Tubérculos</p><p>– Trocânter</p><p>– Espinha</p><p>– Eminência</p><p>– Lâminas</p><p>– Cristas</p><p>Cabeça do Fêmur</p><p>Processos Transverso e Espinhoso (Vértebras)</p><p>DEPRESSÕES ÓSSEAS</p><p>Articulares</p><p>Não Articulares</p><p>– Cavidades</p><p>– Acetábulo</p><p>– Fóvea</p><p>– Fossas</p><p>– Sulcos</p><p>– Forames</p><p>– Meatos</p><p>– Seios</p><p>– Fissuras</p><p>– Canais</p><p>Configuração Interna dos Ossos:</p><p>As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos espaços que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular.</p><p>O osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso.</p><p>Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.</p><p>Periósteo e Endósteo:</p><p>O Periósteo é uma membrana</p><p>Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.</p><p>O trato gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).</p><p>FUNÇÕES:</p><p>1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais.</p><p>2- Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino.</p><p>3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino.</p><p>4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.</p><p>Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico.</p><p>Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago.</p><p>Ingestão: Introdução do alimento no estômago.</p><p>Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.</p><p>Absorção: Processo realizado pelos intestinos.</p><p>Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastro intestinal.</p><p>O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são: BOCA, FARINGE, ESÔFAGO, ESTÔMAGO, INTESTINO DELGADO, INTESTINO GROSSO, RETO e ÂNUS.</p><p>Órgãos Anexos:</p><p>GLÂNDULAS PARÓTIDAS</p><p>GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES</p><p>GLÂNDULAS SUBLINGUAIS</p><p>FÍGADO</p><p>PÂNCREAS</p><p>ESTÔMAGO</p><p>O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço.</p><p>O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado.</p><p>A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como típica.</p><p>O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro.</p><p>O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago.</p><p>O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.</p><p>Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração.</p><p>Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico).</p><p>Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.</p><p>O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Menor (margem direita do estômago).</p><p>Funções Digestivas do Estômago:</p><p>Digestão do alimento</p><p>Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes.</p><p>Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.</p><p>Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado.</p><p>Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.</p><p>INTESTINO DELGADO</p><p>A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.</p><p>O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros).</p><p>O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.</p><p>Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério.</p><p>Apresenta 4 Partes:</p><p>1) Parte Superior ou 1ª porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar.</p><p>2) Parte Descendente ou 2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada de dois Ductos:</p><p>Ducto Colédoco – provêm da vesícula biliar e do fígado (bile)</p><p>Ducto Pancreático – provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática)</p><p>3) Parte Horizontal ou 3ª porção</p><p>4) Parte Ascendente ou 4ª porção</p><p>Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo.</p><p>Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno.Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.</p><p>Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.</p><p>INTESTINO GROSSO</p><p>O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo.</p><p>O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.</p><p>O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustos e os apêndices epiploicos.</p><p>O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.</p><p>As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproximadamente 1 centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon ascendente.</p><p>Os haustos do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais.</p><p>Os apêndices epiploicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmoide.</p><p>O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: Ceco (cecun), Colo (cólun) (Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmoide), Reto e Ânus.</p><p>A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco – Válvula Ileocecal (ileocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.A porção seguinte do intestino grosso é o Colo, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.</p><p>Colo Ascendente – Colo Transverso – Colo Descendente – Colo Sigmoide</p><p>Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do</p><p>ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática).</p><p>Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.</p><p>Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmoide.</p><p>Colo Sigmoide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmoide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide.</p><p>Flexura Hepática – entre o cólon ascendente e o cólon transverso.</p><p>Flexura Esplênica – entre o cólon transverso e o cólon descendente.</p><p>O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal.</p><p>O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfincteres anais.</p><p>O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo conseqüentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.</p><p>Funções do Intestino Grosso:</p><p>Absorção de água e de certos eletrólitos;</p><p>Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;</p><p>Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);</p><p>Eliminação de resíduos do corpo (defecação).</p><p>Peristaltismo:</p><p>Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água, desenvolvPERITÔNIO</p><p>O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é denominada Peritônio Parietal e a que se reflete sobre as vísceras constitui o Peritônio Visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada cavidade peritoneal.</p><p>Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sanguíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério.</p><p>Os Mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o mesocólon transverso e o mesocólon sigmoide. Em adição a estes, estão presentes, algumas vezes, um mesocólon ascendente e um descendente.</p><p>O Mesentério Propriamente Dito – tem origem nas estruturas ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado.</p><p>O Mesocólon Transverso – prende o cólon transverso à parede posterior do abdome.</p><p>O Mesocólon Sigmoide – mantém o cólon sigmoide em conexão com a parede pélvica.</p><p>O Mesocólon Ascendente e Descendente – ligam o cólon ascendente a descendente à parede posterior do abdome.</p><p>O Peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor.</p><p>O Omento Maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno.</p><p>O Omento Menor estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado.</p><p>Apêndices Epiploicos – são pequenas bolsas de peritônio cheias de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto.ÓRGÃOS ANEXOS</p><p>O aparelho digestório é considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e intestinos.</p><p>Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração.</p><p>As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: Glândulas Salivares Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.</p><p>Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares.</p><p>endo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarreia.</p><p>FÍGADO</p><p>O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal.</p><p>Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500 g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.</p><p>O fígado apresenta duas faces: Diafragmática e Visceral.</p><p>O fígado é dividido em lobos. A Face Diagramática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado.</p><p>A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos antero-posteriores e um transversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.</p><p>Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.</p><p>Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco.</p><p>O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas.</p><p>A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção.</p><p>Outras Funções do Fígado são:</p><p>Metabolismo dos carboidratos;</p><p>Metabolismo dos lipídios;</p><p>Metabolismo das proteínas;</p><p>Processamento de fármacos e hormônios;</p><p>Excreção da bilirrubina;</p><p>Excreção de sais biliares;</p><p>Armazenagem;</p><p>Fagocitose;</p><p>Ativação da vitamina D.</p><p>VESÍCULA BILIAR</p><p>A Vesícula Biliar (7 – 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de bile.</p><p>O Ducto Cístico (4 cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático</p><p>direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal.</p><p>PÂNCREAS</p><p>O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500 ml de suco pancreático.</p><p>O pâncreas é achatado no sentido antero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago.</p><p>O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (antero superior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a Face Visceral (póstero inferior) que é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais.</p><p>O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g.</p><p>O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda.</p><p>Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola hepatopancreática.O Pâncreas tem as seguintes Funções:</p><p>Dissolver carboidrato (amilase pancreática);</p><p>Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase);</p><p>Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática);</p><p>Dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).</p><p>SISTEMA URINÁRIO</p><p>O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, etc.</p><p>Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores – que produzem a urina – e órgãos excretores – que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo.</p><p>Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica retida por algum tempo, e a uretra (1), através da qual é expelida do corpo.</p><p>Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo.</p><p>RIM</p><p>Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda.Configuração Interna dos Rins:</p><p>Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom-avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as Pirâmides Renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais.</p><p>Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides.</p><p>Os ductos drenam para estruturas chamadas Cálices Renais Menor e Maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada Pelve Renal e depois para fora, pelo Ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal. por diante da região superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperitoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da cavidade abdominal.</p><p>Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura e um pouco mais que 2,5 cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170 g; na mulher adulta, entre 115 a 155 g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.</p><p>Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL – onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim.</p><p>O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura.</p><p>Configuração Externa dos Rins:</p><p>Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.</p><p>FACES (2) – Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior mais plana.</p><p>BORDAS (2) – Medial (côncava) e Lateral (convexa).</p><p>EXTREMIDADES (2) – Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3).</p><p>Configuração Interna dos Rins:</p><p>Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom-avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as Pirâmides Renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais.</p><p>Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides.</p><p>Os ductos drenam para estruturas chamadas Cálices Renais Menor e Maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada Pelve Renal e depois para fora, pelo Ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal.</p><p>Néfrons</p><p>O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons.</p><p>A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina.</p><p>O néfron é formado por dois componentes principais:</p><p>1. Corpúsculo Renal:</p><p>Cápsula Glomerular (de Bowman);</p><p>Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular</p><p>2. Túbulo Renal:</p><p>Túbulo contorcido proximal;</p><p>Alça do Néfron (de Henle);</p><p>Túbulo contorcido distal;</p><p>Túbulo coletor.</p><p>Funções dos Rins</p><p>Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia</p><p>dos líquidos do corpo de várias maneiras.</p><p>As Funções dos Rins incluem:</p><p>Regulação da composição iônica do sangue;</p><p>Manutenção da osmolaridade do sangue;</p><p>Regulação do volume sanguíneo;</p><p>Regulação da pressão arterial;</p><p>Regulação do pH do sangue;</p><p>Liberação de hormônios;</p><p>Regulação do nível de glicose no sangue;</p><p>Excreção de resíduos e substâncias estranhas.</p><p>Glândulas Supra-renais</p><p>As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero-mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormônios.</p><p>O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que comprometem a vida.</p><p>A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteroides.</p><p>URETER:</p><p>São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.</p><p>Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6 mm de diâmetro e 25 a 30 cm de comprimento.</p><p>Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim.</p><p>Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária.</p><p>Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.</p><p>BEXIGA</p><p>A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.</p><p>É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto.</p><p>Nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.</p><p>Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.</p><p>A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar.</p><p>A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800 ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.</p><p>URETRA</p><p>A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra.</p><p>A uretra é diferente entre os dois sexos.</p><p>As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta (3,8 cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma.</p><p>Uretra Masculina</p><p>A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a Prostática, a Membranácea e a Esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.</p><p>Uretra Feminina</p><p>É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6 mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5 cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral.</p><p>SISTEMA GENITAL</p><p>Encontramos na espécie humana diferenças anatômicas sexuais entre homem e mulher que são muito relevantes para a procriação da espécie.</p><p>A célula reprodutora masculina recebe o nome de espermatozoide e a célula feminina é conhecida como óvulo.</p><p>Tanto o espermatozoide como o óvulo caracterizam-se por apresentar somente a metade do número de cromossomos encontrados normalmente nas células que constituem o corpo humano.</p><p>Os cromossomos são partículas incumbidas da transmissão dos caracteres hereditários e que entram na constituição dos núcleos celulares. Admitindo-se que as células humanas apresentam 46 cromossomos, tanto os espermatozoide como os óvulos apresentam somente 23 cromossomos cada um deles, o que nos leva a deduzir que as células reprodutoras são na realidade hemi-células, sendo necessário à conjugação de duas delas para que se constitua uma célula básica, denominada ovo.</p><p>O ovo resulta da fusão do espermatozoide com o óvulo.</p><p>SISTEMA GENITAL MASCULINO</p><p>Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções das glândulas sexuais acessórias.</p><p>TESTÍCULOS</p><p>O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis.</p><p>Cada testículo tem forma ovoide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido lateromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades.</p><p>As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior e a extremidades superior e inferior.</p><p>A borda posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que o epidídimo.</p><p>A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do mesmo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo.</p><p>através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo</p><p>O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada que se chama túnica albugínea.</p><p>A túnica albugínea envia para o interior do testículo delgado septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais subdividem-nos em lóbulos.</p><p>Nos lóbulos dos testículos encontramos grande quantidade de finos longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos.</p><p>E nesses túbulos seminíferos contorcidos que se formam os espermatozoides.</p><p>Os</p><p>túbulos seminíferos convergem para o mediastino do testículos e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando uma verdadeira rede (de Haller) ao nível do mediastino.</p><p>No mediastino, os túbulos seminíferos retos desembocam em dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo.</p><p>EPIDÍDIMO</p><p>O epidídimo, estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo.</p><p>Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um seguimento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo.</p><p>Na cabeça do epidídimo, os dúctulos eferentes do testículos continuam por dúctulos novamente muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo.</p><p>Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão.</p><p>Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente.</p><p>É justamente nessa curva constituída pela cauda do epidídimo e inicio do ducto deferente que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato sexual, em que são levados para o exterior.</p><p>A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo.</p><p>Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal.</p><p>Assim como a pleura ou o pericárdio,a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente aqueles órgãos, sendo denominado lâmina visceral.</p><p>Posteriormente aos órgãos supracitados, a lâmina visceral da túnica vaginal se reflete de cada lado, para se continuar com a lâmina vaginal.</p><p>Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal da túnica vaginal, permanece um espaço virtual denominado cavidade vaginal.</p><p>A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas.</p><p>DUCTO DEFERENTE</p><p>O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação, por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro, o que o distingue dos elementos que o cercam, que são de consistência muito branca.</p><p>Próximo à sua terminação o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente.</p><p>O Funículo Espermático: estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes.</p><p>O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito.</p><p>Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos e nervos.</p><p>As Artérias são em número de três:</p><p>Artéria Testicular</p><p>Artéria do Ducto Deferente</p><p>Artéria Cremastérica</p><p>As veias formam dois plexos um anterior e outro posterior em relação ao ducto deferente.</p><p>O plexo venoso anterior é o mais volumoso.</p><p>A artéria testicular caminha entre as malha do plexo anterior.</p><p>DUCTO EJACULATÓRIO</p><p>É um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata atravessando seu parênquima para ir se abrir, por um pequeno orifício, no colículo seminal da uretra prostática, ao lado do forame do utrículo prostático.</p><p>Estruturalmente o ducto ejaculatório assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa.</p><p>VESÍCULA SEMINAIS</p><p>As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata.</p><p>As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozoides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui 60% do volume de sêmen.</p><p>PRÓSTATA</p><p>A próstata é mais uma glândula, cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal.</p><p>Sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice.</p><p>Sendo ligeiramente achatada no sentido antero-posterior, ela apresenta uma face anterior e outra posterior, e de cada lado, faces inferolaterais.</p><p>Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas e da qual partem finas trabéculas que se dirigem para a profundidade do parênquima.</p><p>Participando de seu arcabouço, encontramos fibras musculares estriadas que parecem derivar do músculo esfíncter da uretra.</p><p>O restante do parênquima é ocupado por células glandulares distribuídas em tubos ramificados, cuja secreção é drenada pelos ductos prostáticos, os quais em número que gira em torno de vinte, se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal.</p><p>GLÂNDULAS BULBOURETRAIS</p><p>As glândulas bulbouretrais são duas formações pequenas, arredondadas e algo lobuladas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções (Mucosa) para a parte esponjosa da uretra.</p><p>Sua secreção é semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. Constituem 5% do líquido seminal.</p><p>Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozoides e também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação.</p><p>PÊNIS</p><p>O pênis o órgão erétil e copulador masculino.</p><p>Ele é representado por uma formação cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja extremidade livre é arredondada.</p><p>O tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente, por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semi-ereto) e o terceiro é ímpar e mediano, e situa-se</p><p>longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes.</p><p>Os dois cilindros superiores recebem o nome de Corpos Cavernosos do pênis e o inferior, de Corpo Esponjoso do pênis.</p><p>Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acolam medialmente, aos ramos inferiores da pube, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos.</p><p>Cada ramo do corpo cavernoso é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo isquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo inferior da pube, constituindo a raiz do pênis.</p><p>Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis.</p><p>Se examinarmos os dois corpos cavernosos por baixo verificaremos que na linha antero-posterior de união, forma-se um ângulo diedro, que para diante, gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso.</p><p>Anteriormente, os corpos cavernosos terminam abruptamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande.</p><p>O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo a baixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis.</p><p>Para frente, o bulbo continua com o corpo esponjoso, o qual vai se afinando paulatinamente e se aloja no sulco mediano formado e inferiormente pelos dois corpos cavernosos.</p><p>No plano frontal em que os corpos cavernosos terminam anteriormente, o corpo</p><p>esponjoso apresenta uma dilatação cônica, cujo nome é descentrado, isto é, o centro do mesmo não corresponde ao grande eixo do corpo esponjoso; dilatação essa denominada glande.</p><p>O rebordo que contorna a base da glande recebe o nome de coroa da glande.</p><p>No ápice da glande encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra.</p><p>Nesse óstio vem se abrir a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis, onde a mesma penetra.</p><p>Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo.</p><p>O pênis, portanto, poderia ser subdividido em Raiz, Corpo e Glande.</p><p>nvolvendo a parte livre do pênis encontramos uma cútis fina e deslizante, conhecida por prepúcio.</p><p>Medianamente, por baixo da glande, a mucosa que envolve esta e depois se reflete para forrar a cútis da expansão anterior do prepúcio, apresenta uma prega sagital denominada frênulo do prepúcio.</p><p>Estruturalmente, profundamente a cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fáscia superficial do pênis e onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto.</p><p>Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis.</p><p>Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea do corpo cavernoso e do corpo esponjoso.</p><p>O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente.</p><p>ntre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil.</p><p>As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, ocorrem longitudinalmente em seu dorso fornecendo ramos colaterais em todo o percurso.</p><p>O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas, enquanto o restante forma as partes genitais internas.</p><p>ESCROTO</p><p>O escroto é uma bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e primeira porção dos ductos deferentes.</p><p>Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa compartimento completamente separados, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto.</p><p>Superficialmente esse septo corresponde a uma rafe cutânea (linha rugosa mediana), bem evidente.</p><p>O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes.</p><p>Cútis: é a pele, fina enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto.</p><p>Túnica dartos: a túnica dartos constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas.</p><p>Tela subcutânea: é constituída por tecido conetivo frouxo.</p><p>Fáscia espermática externa: é uma lâmina conjuntiva que provem das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do ânulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto.</p><p>Fáscia cremastérica: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical.</p><p>No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome.</p><p>Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal.</p><p>Túnica vaginal: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e inicio do ducto deferente.</p><p>SISTEMA LINFÁTICO</p><p>O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores. O estudo do sistema linfático na sala de dissecação não é muito satisfatória porque a tenuidade das paredes dos vasos e seu pequeno tamanho fazem com que sejam indistinguíveis dos tecidos vizinhos.</p><p>A maior parte da informação sobre o sistema linfático tem sido obtida por estudos em laboratórios, com injeção de massa corada dentro de vasos muito pequenos. A injeção em grandes vasos não apresenta resultado satisfatório para estudo do sistema linfático devido a presença de numerosas válvulas.</p><p>Possui três Funções Inter-relacionadas:</p><p>Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;</p><p>Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório;</p><p>Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).</p><p>Os Vasos Linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa.</p><p>Linfa:</p><p>É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.</p><p>Circulação Linfática</p><p>A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.</p><p>O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial.</p><p>A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.</p><p>Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como “íngua”.</p><p>O Sistema Linfático Humano</p><p>Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita.</p><p>Ducto Linfático Direito</p><p>Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.</p><p>Ducto Torácico</p><p>Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda.</p><p>Órgãos Linfáticos:</p><p>O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea (adenoides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfoide rico em linfócitos) são órgãos do sistema linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema sistema linfático por produzirem os linfócitos. Estes órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no futuro.</p><p>Baço:</p><p>O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de espessura.</p><p>O baço é um órgão linfoide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.</p><p>Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos glóbulos vermelhos.</p><p>Linfonodos (Nódulos Linfáticos):</p><p>São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso.</p><p>Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço.</p><p>Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos necrosados.</p><p>Linfócitos: Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula óssea e se deslocam no sistema linfático.</p><p>Células T – Eles começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se transformam em células T. Em condições normais, a maioria dos linfócitos em circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não é ainda no timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como parte do sistema imune de vigilância.</p><p>Células B – Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em plasmócitos, os quais secretam anticorpos.</p><p>Ambos linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.</p><p>Tonsilas Palatinas (Amígdalas):</p><p>A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos.</p><p>Tonsila Faríngea (Adenoides):</p><p>É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenoide.</p><p>Timo:</p><p>O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura.</p><p>O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6 mm de espessura.</p><p>Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal,</p><p>involui desde o nascimento até a puberdade.</p><p>SISTEMA ENDÓCRINO</p><p>O sistema nervoso e as glândulas endócrinas são os dois principais mecanismos de comunicação e coordenação do corpo humano. Eles regulam quase todos os sistemas orgânicos. Embora o sistema nervoso e o sistema endócrino trabalham intimamente associados, eles possuem várias diferenças.</p><p>O sistema nervoso comunica-se através de sinais elétricos chamados impulsos nervosos, que transmitem a informação rapidamente e, geralmente, realizam efeitos de curta duração.</p><p>No sistema endócrino, ao contrário, a comunicação se faz por sinais químicos, através de substâncias chamadas hormônios. O sistema endócrino responde mais lentamente e normalmente causa efeitos mais duradouros.</p><p>O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo. As glândulas endócrinas são glândulas sem ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior de capilares (sanguíneos).</p><p>O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios. Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de outros tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes.</p><p>As principais Glândulas Endócrinas são:</p><p>1 – Hipófise</p><p>2 – Glândula Tireoide</p><p>3 – Glândulas Paratireoides</p><p>4 – Glândulas Supra-renais</p><p>5 – Pâncreas</p><p>6 – Gônadas (Ovários e Testículos)</p><p>7 – Timo</p><p>8 – Glândula Pineal</p><p>Hipófise</p><p>A hipófise é uma pequena glândula, um corpo ovoide, com tamanho semelhante de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária. Tem coloração cinza-avermelhado, medindo cerca de 12 mm de diâmetro transverso e 8 mm de diâmetro antero-posterior e pesando aproximadamente 500 mg. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de sela do osso esfenoide, denominada fossa hipofisária. É coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter. A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a adeno-hipófise, e outra posterior, a neuro-hipófise. A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo.</p><p>Adeno-hipófise</p><p>A parte anterior da hipófise, a adeno-hipófise, é composta de tecido epitelial glandular e é altamente vascular e constituída de células epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas em cordões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera pelo menos oito hormônios importantes:</p><p>– Somatotropina (STH), envolvida no controle do crescimento do corpo;</p><p>– Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama feminina;</p><p>– Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de alguns hormônios corticais da glândula supra-renal;</p><p>– Tirotropina (TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide;</p><p>– Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a espermatogênese nos testículos;</p><p>– Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos através do testículo;</p><p>– Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo lúteo;</p><p>– Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta a pigmentação cutânea.</p><p>Neuro-hipófise</p><p>O lobo posterior da hipófise é uma evaginação descendente do assoalho do diencéfalo. A porção posterior da hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de neuro-hipófise. Sintetiza dois hormônios:</p><p>– Vasopressina (ADH), antidiurético, que controla a absorção de água através do túbulos renais;</p><p>– Ocitocina, que promove a contração do músculo não estriado do útero e da mama.</p><p>Os dois hormônios da neuro-hipófise são produzidos no hipotálamo e transportados no interior do infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na glândula até serem utilizados. Os impulsos nervosos para o hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios da neuro-hipófise.</p><p>Glândula Tireoide</p><p>A glândula tireoide possui tom vermelho-acastanhado, cerca de 25 g e é altamente vascularizada. Está localizada na região ântero-inferior do pescoço, ântero-lateralmente à traqueia e logo abaixo da laringe, no nível entre a quinta vértebra cervical e a primeira vértebra torácica. A tireoide possui dois lobos (direito e esquerdo) que são conectados entre si por uma parte central denominada istmo da glândula tireoide. Cada lobo possui aproximadamente 5 cm de comprimento. A glândula está envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo e contém dois tipos de células: as células foliculares, localizadas nos folículos tireoidianos, e as células parafoliculares, localizadas entre os folículos.</p><p>Folículo Tireoidiano: a glândula tireóidea é composta por muitas unidades secretoras chamadas folículos. As células foliculares secretam e armazenam dois hormônios tireoidianos:</p><p>– Triiodotironina (T3)</p><p>– Tetraiodotironina (T4 ou tiroxina)</p><p>Dos dois hormônios tireóideos, a T3 é provavelmente o estimulador principal do ritmo metabólico da célula, com ação muito poderosa e imediata, enquanto a T4 é poderosa, porém menos rápida.</p><p>As glândulas parafoliculares, secretam o seguinte hormônio:</p><p>– Calcitonina, que regula o metabolismo de cálcio, principalmente suprindo a reabsorção óssea.</p><p>Glândulas Paratireoides</p><p>As glândulas paratireoides são pequenas estruturas ovoides ou lentiformes, marrom-amareladas, pesando cerca de 30 mg e geralmente se situando entre as margens do lobo posterior da glândula tireoide e sua cápsula. Geralmente existem duas de cada lado, superior e inferior.</p><p>Cada glândula paratireoide possui uma fina cápsula de tecido conjuntivo com septos intraglandulares, mas carecendo de lóbulos.</p><p>As glândulas paratireoides secretam o hormônio paratireoideo (PTH) que está relacionado com o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. O PTH atua em três órgãos-alvo: ossos, trato digestório (intestino) e rins. O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e a diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato.</p><p>Corpo (Glândula) Pineal</p><p>Colocar em sistema nervoso: Sua anatomia está descrita em Sistema Endócrino.</p><p>O corpo pineal ou epífise do cérebro é um pequeno órgão piriforme, cinza-avermelhado, que ocupa uma depressão entre os colículos superiores. Está inferiormente ao esplênio do corpo caloso, separado deste pela tela corióidea do terceiro ventrículo. O corpo mede aproximadamente 8 mm de comprimento. Sua base está presa por um pedúnculo que se divide em lâminas inferior e superior, separadas pelo recesso pineal do terceiro ventrículo. E contendo, respectivamente, as comissuras epitalâmicas e da habênula.</p><p>O corpo pineal contém cordões e folículos de pinealócitos e células da neuróglia entre as quais se ramificam muitos vasos sanguíneos e nervos. Septos se estendem até o corpo a partir da pia-máter adjacente.</p><p>O corpo pineal modifica a atividade da adeno-hipófise, neuro-hipófise, pâncreas endócrino, paratireoides, córtex e medula da glândula supra-renal e gônadas. As secreções pineais podem alcançar suas células-alvo via líquido cérebro-espinal ou através da corrente sanguínea.</p><p>A glândula pineal secreta a melatonina, um hormônio que altera o ciclo reprodutivo, influenciando a secreção de hormônios de liberação do hipotálamo. Acredita-se também que a melatonina esteja relacionada com ciclo sono/vigília, possuindo um efeito tranquilizante. Ela tem sido chamada de “relógio biológico do corpo”, controlando a maioria dos biorritmos.</p><p>SISTEMA TEGUMENTAR</p><p>O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o das influências ambientais danosas. Como a pele é facilmente acessível, ela é importante nos exames físicos.</p><p>A Pele propicia:</p><p>Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de líquido, substâncias nocivas e microrganismos invasores.</p><p>Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos.</p><p>Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas.</p><p>A pele forma um envoltório</p><p>para as estruturas do corpo e substâncias vitais (líquidos), formando assim o maior órgão do corpo.</p><p>A pele é composta de:</p><p>Epiderme: camada celular superficial.</p><p>Derme: camada de tecido conectivo profunda.</p><p>Epiderme</p><p>A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina.</p><p>A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marrom-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células.</p><p>Derme</p><p>A derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.</p><p>A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.</p><p>A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células.</p><p>A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.</p><p>Tecido Subcutâneo</p><p>A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais, a pele está fixada diretamente no osso. A pele das articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida ao osso.</p><p>Anexos da Pele</p><p>Os anexos da pele são as unhas, os pêlos e as glândulas sudoríparas e sebáceas com seus respectivos ductos.</p><p>Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre a superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está implantada por uma porção chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada corpo e a extremidade distal, borda livre.</p><p>A unha é firmemente aderente ao cório e exatamente moldada sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é esbranquiçada e chamada lúnula devido a sua forma.</p><p>Pelos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Variam muito em comprimento, espessura e cor nas diferentes partes do corpo e nas várias raças humanas. Um pelo consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste (a porção que se projeta da superfície).</p><p>A raiz do pelo termina no bulbo do pelo que é mais esbranquiçado e de textura mais mole do que a haste e está alojado em um canalículo da epiderme que o envolve, chamado folículo do pêlo. No fundo de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica vascular ou papila. Ela é contínua com a camada dérmica do folículo e suprida com fibrilas nervosas. O folículo piloso consiste em duas túnicas: externa e interna ou epidérmica. O bulbo piloso é moldado sobre a papila e compõe-se de células epiteliais poliédricas que, ao passarem para o interior da raiz do pêlo, se alongam, tornando-se fusiformes.A haste do pêlo consiste, de dentro para fora, de três partes: a medula, o córtex e a cutícula. A medula em geral está ausente em delgados pêlos que cobrem a superfície do corpo e comumente nos da cabeça. Compõe-se de fileiras de células poliédricas contendo grânulos de eleidina e frequentemente espaços aéreos. O córtex constitui a parte da haste; suas células são alongadas e unidas para formar fibras fusiformes a achatadas contendo grânulos de pigmento em pêlos escuros e ar nos brancos. A cutícula compõe-se de uma simples camada de escamas achatadas que se sobrepõem da profundidade para a superfície.</p><p>Correlacionado aos folículos pilosos há um conjunto de pequeninos feixes de fibras musculares lisas involuntárias, denominadas eretores dos pelos. Emergem da camada superficial da derme e se inserem no folículo. Colocam-se do lado para onde o pêlo se inclina, e pela sua ação diminuem a obliqüidade do folículo, tornando-o reto.</p><p>Glândulas Sudoríparas (Gl. do suor): são encontradas em quase toda a parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da glândula, enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme, abrindo-se na superfície da pele por uma abertura afunilada. Nas camadas superficiais da derme o ducto é retilíneo, mas nas camadas profundas o ducto é enrolado ou mesmo retorcido. São muito abundantes na palma das mãos e planta dos pés.</p><p>Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos e saculiformes alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face. Cada glândula consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa – os alvéolos, que são em geral de dois a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte. Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um certo número de células epiteliais.</p><p>Receptores Sensitivos Encontrados na Pele</p><p>Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal.</p><p>erminações Epidérmicas: Associadas com folículos pilosos (fibras mielinizadas):</p><p>Terminações em Paliçada – as fibras se aproximam do folículo em diferentes direções, logo abaixo do ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela com o pêlo na camada folicular externa. Caracterizam-se como terminações nervosas livres.</p><p>Meniscos Táteis (Céls. de Merkel) – Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam com os ceratinócitos adjacentes.</p><p>Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeam o estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas partes distais das extremidades e na pele dos lábios e genitais externos.</p><p>Terminações Nervosas Encapsuladas</p><p>Corpúsculos Táteis (Meissner) – Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e um</p><p>cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes.</p><p>Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini – Encontrados nas faces ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo e próximos à articulações. São ovóides, esféricos e espiralados e cada um possui uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central (60 lamelas) que contém um terminal axônico. Cada corpúsculo é suprido por uma ou, raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa).</p><p>Terminações Nervosas Encapsuladas</p><p>Corpúsculos Táteis (Meissner) – Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes.</p><p>Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini – Encontrados nas faces ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo e próximos à articulações. São ovóides, esféricos e espiralados e cada um possui uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central (60 lamelas) que contém um terminal axônico. Cada corpúsculo é suprido por uma ou, raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa).</p><p>Essa fibra perde a bainha de mielina e na junção com a cerne perde a célula de Schwann. São mecanoceptores de adaptação muito rápida, respondendo somente a distúrbios repentinos e especialmente sensíveis à vibração. Podem chegar a um comprimento de 1 a 4 mm, visíveis a olho nú, como corpos brancos ovalados. Ao corte, microscopicamente, tem o aspecto de uma cebola.</p><p>Arranjos Cutâneos Especiais – Arranjos que informam o estado mecânico e térmico da superfície do corpo, inclusive estímulos nocivos.</p><p>São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. A atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de estímulos aplicados à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de especificidade, tornando difícil uma correlação estreita entre morfologia e função.</p><p>Esquema resumido dos receptores sensitivos encontrados na Pele:</p><p>RECEPTORES DE SUPERFÍCIE</p><p>SENSAÇÃO PERCEBIDA</p><p>Receptores de Ruffini</p><p>Calor</p><p>Discos de Merkel</p><p>Tato e pressão</p><p>Receptores de Vater-Pacini</p><p>Pressão</p><p>Receptores de Meissner</p><p>Tato</p><p>Terminações nervosas livres</p><p>Principalmente dor</p><p>image70.jpg</p><p>image46.jpg</p><p>image48.jpg</p><p>image12.jpg</p><p>image72.jpg</p><p>image14.gif</p><p>image59.jpg</p><p>image22.jpg</p><p>image23.jpg</p><p>image21.jpg</p><p>de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso subjacente.</p><p>O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido conjuntivo.</p><p>Tecido Ósseo Compacto</p><p>Tecido Ósseo Esponjoso</p><p>Contém poucos espaços em seus componentes rígidos. Dá proteção e suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Encontrados geralmente nas diáfises.</p><p>Constitui a maior parte do tecido</p><p>ósseo dos ossos curtos, chatos e irregulares. A maior parte é encontrada nas epífises.</p><p>SISTEMA MUSCULAR</p><p>Conceito de Músculos:</p><p>São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.</p><p>O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2 proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo.</p><p>Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.</p><p>Funções dos Músculos:</p><p>a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.</p><p>b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.</p><p>c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.</p><p>d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.</p><p>e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.</p><p>Grupos Musculares:</p><p>Em número de nove. São eles:</p><p>a) Cabeça</p><p>b) Pescoço</p><p>c) Tórax</p><p>d) Abdome</p><p>e) Região Posterior do Tronco</p><p>f) Membros Superiores</p><p>g) Membros Inferiores</p><p>h) Órgãos dos Sentidos</p><p>i) Períneo</p><p>classificação dos Músculos:</p><p>Quanto a Situação:</p><p>a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma.</p><p>b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado.</p><p>Quanto à Forma:</p><p>a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.</p><p>b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão.</p><p>c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.</p><p>Quanto à Disposição da Fibra:</p><p>a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.</p><p>b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.</p><p>c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.</p><p>Quanto à Origem e Inserção:</p><p>a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.</p><p>b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.</p><p>Quanto à Função:</p><p>a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos.</p><p>b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos.</p><p>c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.</p><p>d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.</p><p>Quanto à Nomenclatura:</p><p>O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:</p><p>a) Ação: Extensor dos dedos.</p><p>b) Ação Associada à Forma: Pronador Redondo e Pronador Quadrado.</p><p>c) Ação Associada à Localização: Flexor Superficial dos Dedos.</p><p>d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta).</p><p>e) Localização: Tibial Anterior.</p><p>f) Número de Origem: Bíceps Femoral e Tríceps Braquial.</p><p>Tipos de Músculos:</p><p>a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.</p><p>b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.</p><p>c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.</p><p>Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:</p><p>a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).</p><p>b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.</p><p>c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques.</p><p>d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil.</p><p>e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular.</p><p>Tipos de Contrações:</p><p>O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:</p><p>a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça.</p><p>b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa.</p><p>c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°.</p><p>Anatomia Microscópica da Fibra Muscular:</p><p>O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina).</p><p>Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:</p><p>a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele.</p><p>b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido</p><p>conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.</p><p>c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.</p><p>d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu.</p><p>e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.</p><p>SISTEMA CARDIOVASCULAR</p><p>A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.</p><p>O sistema cardiovascular consiste no Sangue, no Coração e nos Vasos Sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos.</p><p>Circulação Pulmonar e Sistêmica:</p><p>Circulação Pulmonar – leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.</p><p>Circulação Sistêmica – é a maior circulação; ela fornece o suprimento sanguíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células.</p><p>SANGUE</p><p>As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue.</p><p>Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas.</p><p>Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e ureia, que deve ser eliminado pelos rins.</p><p>O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sanguíneos e as plaquetas.</p><p>s glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos.</p><p>Os Glóbulos Vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico.</p><p>Os Glóbulos Brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.</p><p>Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico.</p><p>Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico.</p><p>Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sanguínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos.</p><p>O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sanguíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração.</p><p>Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação.</p><p>O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos:</p><p>Circulação Pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio).</p><p>Circulação Sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células.</p><p>CORAÇÃO</p><p>Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250 g, nas mulheres adultas, e 300 g, nos homens adultos.</p><p>O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita.</p><p>Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente.</p><p>Camadas da Parede Cardíaca:</p><p>Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.</p><p>O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.</p><p>O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.</p><p>Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso.</p><p>Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sanguíneos.</p><p>Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração.</p><p>CONFIGURAÇÃO EXTERNA:</p><p>O coração apresenta três faces e quatro margens:</p><p>Faces</p><p>· Face Anterior (Esternocostal) – Formada principalmente pelo ventrículo direito.</p><p>· Face Diafragmática (Inferior) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma.</p><p>· Face Pulmonar (Esquerda) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.</p><p>Margem</p><p>· Margem Direita – Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre</p><p>as veias cavas superior e inferior.</p><p>· Margem Inferior – Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo.</p><p>· Margem Esquerda – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda.</p><p>· Margem Superior – Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.</p><p>Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar.</p><p>O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior.</p><p>O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração.</p><p>O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores.</p><p>Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores.</p><p>O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do coração.</p><p>CONFIGURAÇÃO INTERNA:</p><p>O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os Átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração</p><p>Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão).</p><p>O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.</p><p>ÁTRIO DIREITO</p><p>O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário.</p><p>A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito.</p><p>Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados.</p><p>O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos – válvulas ou cúspides).</p><p>Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval.</p><p>Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio.</p><p>Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas.</p><p>O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário.</p><p>ÁTRIO ESQUERDO</p><p>O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da Valva Bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.</p><p>O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda.</p><p>VENTRÍCULO DIREITO</p><p>O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas.</p><p>No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado Valva Tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos.</p><p>Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal.</p><p>O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados Cordas Tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de Músculos Papilares.</p><p>A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita).</p><p>No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares).</p><p>VENTRÍCULO ESQUERDO</p><p>O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares.</p><p>O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a Valva Bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela Valva Aórtica – constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. Daí, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo.</p><p>O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica.</p><p>Ciclo Cardíaco</p><p>Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole.</p><p>Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração.</p><p>Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sanguíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo – atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração – semilunares (valva pulmonar e aórtica).Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue.</p><p>Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue.</p><p>Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende:</p><p>1- Sístole atrial</p><p>2- Sístole ventricular</p><p>3- Diástole ventricular</p><p>Vascularização:</p><p>A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário.</p><p>As artérias coronárias são duas, uma direita e outra</p><p>esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas.</p><p>A artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco coronário.</p><p>A Artéria Coronária Direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior.</p><p>A Artéria Coronária Esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda.</p><p>Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda.</p><p>Na face diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo circunflexo.</p><p>O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito.</p><p>A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome de seio coronário.</p><p>O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração.</p><p>Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas.</p><p>Inervação:</p><p>A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior.</p><p>A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático.</p><p>Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou cinco torácicos.</p><p>As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico.</p><p>Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos.</p><p>A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis.</p><p>A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na parede atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdio ventricular.</p><p>Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.</p><p>VASOS SANGUÍNEOS</p><p>Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso:</p><p>Sistema Arterial:</p><p>Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.</p><p>Sistema Venoso:</p><p>Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração.</p><p>Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas.A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos.</p><p>Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA.</p><p>Estrutura dos Vasos:</p><p>1- Túnica Externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.</p><p>2- Túnica Média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.</p><p>3- Túnica Íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais.</p><p>Os vasos sanguíneos são compostos por várias anastomoses, principalmente nos vasos cerebrais.</p><p>Anastomose: significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. Freqüentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral.</p><p>O Polígono de Willis (melhor estudado em “Vascularização do SNC”) é um exemplo de vasos que se anastomosam, formando um polígono. Esse processo ocorre no cérebro para garantir uma demanda adequada de oxigênio as células nervosas, ou seja, caso ocorra a obstrução de uma artéria cerebral, a região irrigada pelo vaso lesado ainda receberá sangue proveniente de outra artéria do polígono, preservando o tecido nervoso.</p><p>SISTEMA ARTERIAL</p><p>Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações).</p><p>Algumas artérias importantes do corpo humano:</p><p>1 – Sistema do Tronco Pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares.</p><p>Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado HEMATOSE.</p><p>2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue oxigenado): É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente.</p><p>O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas.</p><p>A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração.</p><p>A Artéria Coronária Esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo</p><p>do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo.</p><p>A Artéria Coronária Direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos.</p><p>Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:</p><p>1 – Tronco Braquiocefálico Arterial</p><p>2 – Artéria carótida Comum Esquerda</p><p>3 – Artéria Subclávia Esquerda</p><p>O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:</p><p>4 – Artéria Carótida Comum Direita</p><p>5 – Artéria Subclávia Direita</p><p>ARTÉRIAS DO PESCOÇO E CABEÇA</p><p>As artérias vertebrais direita e esquerda e as artérias carótida comum direita e esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e da cabeça.</p><p>Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, chamada artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e entra no crânio através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para formar a artéria basilar (supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará origem as artérias cerebrais posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do cérebro.</p><p>Na borda superior da laringe, as artérias carótidas comuns se dividem em artéria carótida externa e artéria carótida interna.</p><p>A artéria carótida externa irriga as estruturas externas do crânio. A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e supre as estruturas internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro).</p><p>Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoide superior, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.</p><p>Polígono de Willis:</p><p>A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda.</p><p>As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.</p><p>As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior.</p><p>As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.</p><p>As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores.</p><p>Para saber mais sobre o Polígono de Willis, veja Sistema Nervoso (Vascularização do Encéfalo).</p><p>ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES</p><p>SISTEMA ARTERIAL</p><p>Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações).</p><p>Algumas artérias importantes do corpo humano:</p><p>1 – Sistema do Tronco Pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares.</p><p>Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado HEMATOSE.</p><p>2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue oxigenado): É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente.</p><p>O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas.</p><p>A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração.</p><p>A Artéria Coronária Esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo.</p><p>A Artéria Coronária Direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos.</p><p>Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:</p><p>1 – Tronco Braquiocefálico Arterial</p><p>2 – Artéria carótida Comum Esquerda</p><p>3 – Artéria Subclávia Esquerda</p><p>O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:</p><p>4 – Artéria Carótida Comum Direita</p><p>5 – Artéria Subclávia Direita</p><p>ARTÉRIAS DO PESCOÇO E CABEÇA</p><p>As artérias vertebrais direita e esquerda e as artérias carótida comum direita e esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e da cabeça.</p><p>Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, chamada artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e entra no crânio através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para formar a artéria basilar (supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará origem as artérias cerebrais posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do cérebro.</p><p>Na borda superior da laringe, as artérias carótidas comuns se dividem em artéria carótida externa e artéria carótida interna.</p><p>A artéria carótida externa irriga as estruturas externas do crânio. A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e supre as estruturas internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro).</p><p>Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoide superior, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.</p><p>Polígono de Willis:</p><p>A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda.</p><p>As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.</p><p>As artérias carótidas internas em</p><p>cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior.</p><p>As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.</p><p>As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores.</p><p>Para saber mais sobre o Polígono de Willis, veja Sistema Nervoso (Vascularização do Encéfalo).</p><p>ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES</p><p>Explicação da tabela acima: a artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o seu início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila recebe o nome de artéria axilar, e quando, finalmente atinge o braço, seu nome muda para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois ramos terminais que são as artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar.</p><p>Artéria Aorta – Porção Torácica:</p><p>Após a curva ou arco aótico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral dado origem aos ramos:</p><p>Viscerais (nutrem os órgãos):</p><p>1- Pericárdicos</p><p>2- Bronquiais</p><p>3- Esofágicos</p><p>4- Mediastinais</p><p>Parietais (irrigam a parede dos órgãos):</p><p>5- Intercostais posteriores</p><p>6- Subcostais</p><p>7- Frênicas superiores</p><p>Artéria Aorta – Porção Abdominal:</p><p>Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal.</p><p>Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais.</p><p>Os ramos terminas da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda.</p><p>ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES</p><p>SISTEMA VENOSO</p><p>É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação.</p><p>O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica.</p><p>Algumas veias importantes do corpo humano:</p><p>Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares.</p><p>São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior.</p><p>As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias segmentares que recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares.</p><p>Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração. São elas: veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração</p><p>Veia Cava Superior: a veia cava superior tem o comprimento de cerca de 7,5 cm e diâmetro de 2 cm e origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda).</p><p>Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço).</p><p>Veia Cava Inferior: a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com diâmetro de cerca de 3,5 cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores.</p><p>Seio Coronário e Veias Cardíacas:</p><p>O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe quase todo o sangue venoso do miocárdio. Fica situado no sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal venoso para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade esquerda, veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas anteriores drenam diretamente para o átrio direito.</p><p>VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO</p><p>Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada por um sistema de canais intercomunicantes denominados seios da dura-máter.</p><p>Seios da dura-máter:</p><p>São verdadeiros túneis escavados na membrana dura-máter. Esta, é a membrana mais externa das meninges.</p><p>Estes canais são forrados por endotélio.</p><p>Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis ímpares e sete pares.</p><p>SEIOS ÍMPARES (6): são três relacionados com a calvaria craniana e três com a base do crânio.</p><p>Seios da Calvaria Craniana:</p><p>1 – Seio Sagital Superior: situa-se na borda superior e acompanha a foice do cérebro em toda sua extensão.</p><p>2 – Seio Sagital Inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior da parte livre da foice do cérebro.</p><p>3 – Seio Reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do cerebelo.</p><p>Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do cérebro (que é formada pelas veias internas do cérebro) e posteriormente desemboca na confluência dos seios.</p><p>Seios da Base do Crânio:</p><p>1 – Seio Intercavenoso Anterior: liga transversalmente os dois seios cavernosos. Situado na parte superior da sela túrcica, passando diante e por cima da hipófise.</p><p>2 – Seio Intercavernoso Posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois seios cavernosos, passando por trás e acima da hipófise.</p><p>3 – Plexo Basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do occipital.</p><p>Este plexo desemboca nos seios intercavernoso posterior e petrosos inferiores (direito e esquerdo).</p><p>SEIOS PARES: são situados na base do crânio.</p><p>1 – Seio Esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso esfenoide.</p><p>2 – Seio Cavernoso: disposto no sentido ântero-posterior, ocupa cada lado da sela túrcica.</p><p>Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média profunda do cérebro e o seio esfenoparietal e, posteriormente, se continua com o seios petrosos superior e inferior.</p><p>3 – Seio Petroso Superior: estende-se do seio cavernoso até o seio transverso, situa-se na borda superior da parte petrosa do temporal.</p><p>4 – Seio Petroso Inferior: origina-se na extremidade posterior do seio cavernoso, recebe parte do plexo basilar, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna.</p><p>5 – Seio Transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o sulco transverso do osso occipital, até a base petrosa do temporal, onde recebe o seio petroso superior e se continua com o seio sigmoide.</p><p>6 – Seio Sigmoide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um verdadeiro “S” na borda posterior da parte petrosa do temporal, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna, após atravessar o forame jugular.</p><p>A veia jugular interna faz continuação ao seio sigmoide, sendo que o seio petroso inferior atravessa o forame jugular para ir desembocar naquela veia.</p><p>7 – Seio Occipital: origina-se perto do forame magno e localiza-se de cada lado da borda posterior da foice do cerebelo.</p><p>Posteriormente termina na confluência dos seios ao nível da protuberância occipital interna.</p><p>Face: Normalmente as veias tireóidea superior, lingual, facial e faríngica se anastomosam formando um tronco comum que vai desembocar na veia jugular interna.</p><p>O plexo pterigoideo recolhe o sangue do território vascularizado pela artéria maxilar, inclusive de todos os dentes, mantendo anastomose com a veia facial e com o seio cavernoso.</p><p>Os diversos ramos do plexo pterigoideo se anastomosam com a veia temporal superficial, para constituir a veia retromandibular.</p><p>Essa veia retromandibular que vai se unir com a veia auricular posterior para dar origem à veia jugular externa.</p><p>A cavidade orbital é drenada pelas veias oftálmicas superior e inferior que vão desembocar no seio cavernoso.</p><p>A veia oftálmica superior mantém anastomose com o início da veia</p><p>facial.</p><p>Pescoço: descendo pelo pescoço, encontramos quatro pares de veias jugulares. Essas veias jugulares têm o nome de interna, externa, anterior e posterior.</p><p>Veia Jugular Interna: vai se anastomosar com a veia subclávia para formar o tronco braquiocefálico venoso.</p><p>Veia Jugular Externa: desemboca na veia subclávia.</p><p>Veia Jugular Anterior: origina-se superficialmente ao nível da região supra-hioidea e desemboca na terminação da veia jugular externa.</p><p>Veia Jugular Posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce posteriormente ao pescoço para ir desembocar no tronco braquiocefálico venoso. Está situada profundamente.</p><p>VEIAS DO TÓRAX E ABDOME</p><p>Tórax: encontramos duas exceções principais:</p><p>– A primeira se refere ao seio coronário que se abre diretamente no átrio direito.</p><p>– A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos.</p><p>As veias do sistema de ázigo recolhem a maior parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do abdome o sangue venoso sobe pelas veias lombares ascendentes; do tórax é recolhido principalmente por todas as veias intercostais posteriores.</p><p>O sistema de ázigo forma um verdadeiro “H” por diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral.</p><p>O ramo vertical direito do “H” é chamado veia ázigos.</p><p>O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior.</p><p>O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo acessória.</p><p>O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo esquerdo com o ramo vertical direito.</p><p>Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia cava superior.</p><p>Abdome: no abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta.</p><p>A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior.</p><p>A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior.</p><p>Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica.</p><p>Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado.</p><p>No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede.</p><p>Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização.</p><p>Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior.</p><p>A veia gonodal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca perpendicularmente na veia renal.</p><p>RESUMINDO O SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior.</p><p>VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES</p><p>s veias profundas dos membros superiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros superiores.</p><p>As veias superficiais dos membros superiores:</p><p>A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral da região da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar.</p><p>A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da região dorsal da mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a qual sobe do lado ulnar. No braço percorre o sulco bicipital medial até o meio do segmento superior, quando se aprofunda e perfura a fáscia, para desembocar na veia braquial medial.</p><p>A veia mediana do antebraço inicia-se com as vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica e basílica.</p><p>Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia mediana do antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige obliquamente para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e medialmente para se anastomosar com a veia basílica.</p><p>VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES</p><p>As veias profundas dos membros inferiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros inferiores.</p><p>As Veias Superficiais dos Membros Inferiores:</p><p>Veia Safena Magna: origina-se na rede de vênulas da região dorsal do pé, margeando a borda medial desta região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa.</p><p>Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno.</p><p>A Veia Safena Parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas.</p><p>A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio de vários ramos anastomóticos.</p><p>SISTEMA RESPIRATÓRIO</p><p>A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.</p><p>Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.</p><p>As vias aeríferas podem ser divididas em: NARIZ, FARINGE, LARINGE, TRAQUEIA, BRÔNQUIOS e PULMÕES.</p><p>NARIZ</p><p>O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.</p><p>O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.</p><p>As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz.</p><p>O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas Narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato</p><p>A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a Narina e um posterior denominado Coana. As Coanas fazem</p><p>a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido.</p><p>Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as Conchas Nasais (cornetos) que são divididas em Superior, Média e Inferior.</p><p>O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.</p><p>A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os Seios Paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.</p><p>FARINGE</p><p>A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.A faringe é dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.</p><p>A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou Nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.</p><p>A parte intermediária da faringe, a Orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento.</p><p>A Laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e anteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória.</p><p>LARINGE</p><p>A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.</p><p>A Laringe tem três Funções:</p><p>Atua como passagem para o ar durante a respiração;</p><p>Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);</p><p>Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia).</p><p>A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos.</p><p>A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (Cartilagem Tireóidea, Cricoidea e Epiglótica) e três são pares (Cartilagem Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada).</p><p>A Cartilagem Tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores.</p><p>A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda antero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).</p><p>A Cartilagem Cricoide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e antecede a traqueia.</p><p>A Epiglote se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. A epiglote é uma espécie de “porta” para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago.</p><p>TRAQUEIA</p><p>A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.</p><p>O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais.</p><p>Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.</p><p>Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais:direito e esquerdo.</p><p>A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência antero-posterior que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.</p><p>BRÔNQUIOS</p><p>Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.</p><p>O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.</p><p>Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos Brônquios Lobares.</p><p>Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar.</p><p>Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.</p><p>Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados Ductos Alveolares.</p><p>Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados Alvéolos.</p><p>Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo.</p><p>A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.</p><p>PULMÕES</p><p>Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces.</p><p>Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular</p><p>Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado).</p><p>Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: uma Anterior, uma Posterior e uma Inferior.</p><p>Bordas do Pulmão: A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino</p><p>SISTEMA DIGESTÓRIO</p><p>O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.</p><p>O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9 m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantém o tônus.</p><p>Os órgãos digestório acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas.</p>

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