Logo Passei Direto
Buscar

Transtornos Mentais na Infância

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>1</p><p>TRANSTORNOS MENTAIS QUE AFETAM A CRIANÇA</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3</p><p>TRANSTORNOS MENTAIS QUE AFETAM A CRIANÇA ................................ 4</p><p>Introdução ........................................................................................................ 4</p><p>Transtornos da aprendizagem, transtornos das habilidades motoras e</p><p>transtornos da comunicação (linguagem) .................................................................. 6</p><p>Importante saber .......................................................................................... 7</p><p>Transtorno do déficit de atenção-hiperatividade .............................................. 8</p><p>Sintomas em crianças e adolescentes: ........................................................ 9</p><p>Tratamento ................................................................................................. 10</p><p>Transtorno de Oposição Desafiadora (DOD) ................................................. 10</p><p>Sinais e sintomas ....................................................................................... 11</p><p>Tratamento ................................................................................................. 12</p><p>Como reduzir os impactos negativos do transtorno do comportamento</p><p>disruptivo? ................................................................................................................ 14</p><p>Infelizmente, o estilo de vida contemporâneo faz com que muitos pais se</p><p>dediquem somente ao trabalho e não reservem tempo para dar atenção aos filhos.</p><p>Às vezes, essas questões podem atingir dimensões irreversíveis e comprometer</p><p>seriamente a estrutura familiar. ............................................................................... 14</p><p>Essa realidade tem sido cada vez mais presente em muitos lares, o que</p><p>concorre para atitudes de rebeldia ou de complicações emocionais graves entre os</p><p>infantes. Exceto nos casos de desordens fisiológicas, boa parte desses distúrbios</p><p>são acentuados pela falta de afetividade e ausência dos pais. .............................. 14</p><p>Por isso, a presença dos pais e um diálogo aberto tornam-se fundamentais à</p><p>promoção da autoestima e da saúde emocional de muitas crianças e adolescentes.</p><p>Sobretudo daqueles que compõem o perfil de “órfãos de pais vivos”. ................... 14</p><p>O aconselhamento combinado com terapia comportamental cognitiva para</p><p>pais e filhos traz bons resultados. Porém, essa orientação se restringe aos casos</p><p>mais simples: quando o indivíduo não representa risco social. .............................. 14</p><p>Para alcançar êxito nessa investida e reduzir os impactos negativos do</p><p>transtorno do comportamento disruptivo é necessário adotar algumas alternativas.</p><p>2</p><p>A disciplina e a organização da rotina da criança e do adolescente são essenciais.</p><p>................................................................................................................................. 14</p><p>Os portadores desses transtornos podem ser ajudados quando o ambiente</p><p>domiciliar é organizado, existe cumprimento de regras, as técnicas dos pais ou</p><p>responsáveis são firmes e os limites são bem definidos. ....................................... 14</p><p>No entanto, quando as dificuldades em casa persistem, os pais devem ser</p><p>encorajados a procurar assistência profissional. As opções por treinamentos</p><p>baseados em técnicas de controle comportamental são imprescindíveis ao êxito</p><p>desse processo. ....................................................................................................... 14</p><p>Algumas sugestões para promover a recuperação do controle</p><p>comportamental são: ............................................................................................... 14</p><p>Transtornos Depressivos na Infância ............................................................ 15</p><p>Causas da depressão infantil ..................................................................... 16</p><p>Tratamento para a depressão infantil ......................................................... 18</p><p>Prevenção para a depressão infantil .......................................................... 19</p><p>Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo Infantil) ......................... 20</p><p>Como lidar com o TGD na escola? ............................................................ 21</p><p>Outras formas de transtornos globais do desenvolvimento são: ................... 22</p><p>Transtornos de Tique ..................................................................................... 23</p><p>Transtornos de Ansiedade na Infância .......................................................... 23</p><p>Como os sintomas da ansiedade se manifestam em crianças? ................ 24</p><p>Tratamento para a ansiedade infantil ......................................................... 25</p><p>Quando buscar auxílio médico ................................................................... 25</p><p>Referência ..................................................................................................... 25</p><p>3</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,</p><p>em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-</p><p>Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo</p><p>serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação</p><p>no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.</p><p>Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que</p><p>constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de</p><p>publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>4</p><p>TRANSTORNOS MENTAIS QUE AFETAM A CRIANÇA</p><p>Introdução</p><p>O transtorno mental infantil é mais comum do que as pessoas podem imaginar.</p><p>Assim como os adultos, as crianças e os adolescentes desenvolvem condições</p><p>de saúde mental que, muitas vezes, desencadeiam problemas que afetam os campos</p><p>ligados ao seu neurodesenvolvimento, bem como aspectos relacionados à sua</p><p>cognição e funcionalidade.</p><p>Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que um</p><p>em cada cinco adolescentes enfrenta condições de saúde mental. A organização</p><p>estima que metade de todos os transtornos mentais começa aos 14 anos. Ainda</p><p>segundo a OMS, existem duas grandes categorias dos transtornos que estão</p><p>presentes na vida das crianças e dos adolescentes: transtornos do desenvolvimento</p><p>psicológico e transtornos de comportamento e emocionais.</p><p>Diagnosticar as condições mentais em crianças e adolescentes pode ser difícil,</p><p>pois, diferentemente dos adultos, eles geralmente têm dificuldade em expressar seus</p><p>sentimentos e problemas. Apesar do desafio, o diagnóstico adequado é parte</p><p>essencial para a orientação do tratamento.</p><p>O pensar, a capacidade de utilizar uma linguagem</p><p>escrita, falada ou ainda de experimentar sentimentos não</p><p>nascem com a criança, estando profundamente</p><p>relacionados a seu desenvolvimento.</p><p>Desde o nascimento, o bebê vai tendo</p><p>experiências na relação com a mãe ou com quem o cuida</p><p>que lhe vão permitindo, de forma rudimentar, classificar</p><p>"o que é igual ou diferente". Ao cuidar do bebê, a mãe</p><p>deverá ser capaz de "traduzir", à sua maneira, as</p><p>necessidades do mesmo. Os gestos ou tipos de cuidados</p><p>fazem com que o bebê aprenda a discriminar</p><p>as suas</p><p>sensações do ambiente externo. Dessa maneira, é de suma importância que o</p><p>5</p><p>cuidador tolere sensivelmente o desconforto do bebê, administrando os cuidados</p><p>necessários afetivamente, para que dessa maneira a criança construa uma integrada</p><p>condição emocional.</p><p>Existem, entretanto, transtornos psiquiátricos que podem ocorrer no</p><p>desenvolvimento da criança, os quais examinaremos a seguir e que são:</p><p>Causas associadas aos transtornos mentais</p><p>Os transtornos mentais em crianças e adolescentes são causados por alguns</p><p>fatores determinantes, que podem ser genéticos, biológicos ou até psicossociais. Eles</p><p>são divididos em alguns grupos:</p><p> Fatores genéticos: relacionados ao histórico familiar de transtorno</p><p>mental;</p><p> Fatores psicossociais: relacionados a casos de disfunções na vida</p><p>familiar, no ambiente escolar e outros; e situações de estresse;</p><p> Fatores biológicos: relacionados a situações de anormalidades do</p><p>sistema nervoso central, sejam elas causadas por lesões, infecções,</p><p>desnutrição ou exposição a toxinas, como as drogas;</p><p> Fatores ambientais: relacionados a problemas enfrentados na</p><p>comunidade (violência urbana) e tipos de possíveis abusos (físico,</p><p>psicológico e sexual).</p><p>Além disso, devido às condições de vida, discriminação, falta de acesso a</p><p>serviços ou apoio de qualidade, algumas crianças e adolescentes possuem maior</p><p>risco de desenvolverem esses problemas. Isso porque alguns destes jovens vivem</p><p>em ambientes frágeis e situações de vulnerabilidade; sofrem com doenças crônicas,</p><p>incapacidade intelectual ou outra condição neurológica.</p><p>Por isso, as condições de saúde mental em crianças devem ser diagnosticadas</p><p>e tratadas por um profissional especialista, com base em sinais, sintomas e pelas</p><p>condições que afetam a vida diária de cada indivíduo.</p><p>6</p><p>Transtornos da aprendizagem, transtornos das</p><p>habilidades motoras e transtornos da comunicação</p><p>(linguagem)</p><p>Os transtornos da aprendizagem referem-se a dificuldades na leitura, na</p><p>capacidade matemática ou nas habilidades de escrita, medidas por testes padrões</p><p>que estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a idade da criança,</p><p>seu quociente de inteligência (QI ) e grau de escolaridade.</p><p>No transtorno das habilidades motoras, o desempenho em atividades diárias</p><p>que exigem coordenação motora está abaixo do esperado para a idade, como por</p><p>exemplo atraso para sentar, engatinhar, caminhar, deixar cair coisas, fraco</p><p>desempenho nos esportes ou caligrafia insatisfatória. Muitas vezes essa criança é</p><p>vista como desajeitada, tropeçando com frequência ou inábil para abotoar suas</p><p>roupas ou amarrar os cadarços do sapato.</p><p>Nos transtornos da comunicação a perturbação pode manifestar-se por</p><p>sintomas que incluem um vocabulário limitado, erros grosseiros na conjugação de</p><p>verbos, dificuldade para evocar palavras ou produzir frases condizentes com sua</p><p>idade cronológica. Os problemas de linguagem também podem ser causados por</p><p>perturbações na capacidade de articular sons ou palavras.</p><p>Não é raro a presença de mais de um desses transtornos de aprendizagem em</p><p>uma mesma criança, muitas vezes estando associados com o transtorno de</p><p>hiperatividade e déficit de atenção.</p><p>O tratamento das dificuldades de aprendizagem inclui muitas vezes reforço</p><p>escolar, tratamento psicopedagógico ou até mesmo encaminhamentos para escolas</p><p>especiais, dependendo da gravidade do problema. A baixa autoestima, a repetência</p><p>escolar e o abandono da escola são complicações comuns nesses transtornos.</p><p>Assim, a abordagem psicopedagógico e o aconselhamento escolar são</p><p>cruciais. Pode estar indicada também tanto a psicoterapia individual quanto a de</p><p>7</p><p>grupo ou familiar, conforme a situação. O tratamento com medicação está indicado</p><p>apenas em casos comprovadamente associados a transtornos que exijam o uso de</p><p>remédios, como o TDAH e quadros graves de depressão e fobia escolar.</p><p>Importante saber</p><p>O transtorno de aprendizagem é citado tanto pelo DSM-V como o CID-10</p><p>(Código Internacional de Doenças), na qual se consta uma “suposição de primazia de</p><p>fatores biológicos, os quais não interagem com fatores não-biológicos”. Os manuais</p><p>trazem consigo alguns pontos que não devem ser considerados como consequência</p><p>do distúrbio, são eles:</p><p> Doença cerebral ou traumatismo;</p><p> Algum comprometimento visual ou auditivo que não foi corrigido;</p><p> Comprometimento na inteligência global;</p><p> Falta de oportunidade em aprender;</p><p> Mudança de escola (ocasionando descontinuidade educacional).</p><p>8</p><p>Transtorno do déficit de atenção-hiperatividade</p><p>As crianças com esse transtorno são consideradas, com frequência, crianças</p><p>com um temperamento difícil. Elas prestam atenção a vários estímulos, não</p><p>conseguindo se concentrar em uma tarefa única e, assim, cometendo erros muitas</p><p>vezes grosseiros. É comum terem dificuldade para manter a atenção, mesmo em</p><p>atividades lúdicas e com frequência parecem não escutar quando chamadas.</p><p>Muitas vezes não conseguem terminar seus deveres escolares, tarefas</p><p>domésticas ou deveres profissionais. Têm dificuldade para organizar tarefas,</p><p>evitando, antipatizando ou relutando em envolver-se em tarefas que exijam esforço</p><p>mental constante. Costumam perder facilmente objetos de uso pessoal. Esquecem</p><p>facilmente atividades diárias.</p><p>A hiperatividade aparece como uma inquietação, manifesta por agitação de</p><p>mãos ou pés e não conseguir permanecer parado na cadeira. São crianças que quase</p><p>sempre saem de seus lugares em momentos não apropriados, correm em demasia,</p><p>têm dificuldade de permanecer em silêncio, estando frequentemente "a mil".</p><p>Outra característica desse transtorno é a impulsividade, que aparece em</p><p>respostas precipitadas mesmo antes de as perguntas terem sido completadas. Com</p><p>frequência, são crianças que têm dificuldade de aguardar sua vez, interrompendo ou</p><p>intrometendo-se em assuntos alheios.</p><p>9</p><p>O transtorno deve ser diagnosticado e tratado ainda na infância para não</p><p>causar maiores prejuízos ao desenvolvimento interpessoal e escolar da criança. O</p><p>tratamento inclui psicoterapia individual e, às vezes, terapia familiar. Quase sempre</p><p>se faz necessário o uso de medicação com um resultado muito satisfatório.</p><p>Sintomas em crianças e adolescentes:</p><p>Agitação, inquietação, movimentação pelo ambiente, mexem mãos e pés,</p><p>mexem em vários objetos, não conseguem ficar quietas (sentadas numa cadeira, por</p><p>exemplo), falam muito, têm dificuldade de permanecer atentos em atividades longas,</p><p>repetitivas ou que não lhes sejam interessantes, são facilmente distraídas por</p><p>estímulos do ambiente ou se distraem com seus próprios pensamentos. O</p><p>esquecimento é uma das principais queixas dos pais, pois as crianças “esquecem” o</p><p>material escolar, os recados, o que estudaram para a prova. A impulsividade é</p><p>também um sintoma comum e apresenta-se em situações como: não conseguir</p><p>esperar sua vez, não ler a pergunta até o final e responder, interromper os outros,</p><p>agir sem pensar. Apresentam com frequência dificuldade em se organizar e planejar</p><p>o que precisam fazer. Seu desempenho escolar parece inferior ao esperado para a</p><p>sua capacidade intelectual, embora seja comum que os problemas escolares estejam</p><p>10</p><p>mais ligados ao comportamento do que ao rendimento. Meninas têm menos sintomas</p><p>de hiperatividade e impulsividade, mas são igualmente desatentas.</p><p>Tratamento</p><p>O TDAH deve ser tratado de modo múltiplo, combinando medicamentos,</p><p>psicoterapia e fonoaudiologia (quando houver também transtornos de fala e ou de</p><p>escrita); orientação aos pais e professores e ensino de técnicas específicas para o</p><p>paciente compõem o tratamento.</p><p>Transtorno de Oposição Desafiadora (DOD)</p><p>Os transtornos da infância diretamente relacionados com o comportamento</p><p>são os transtornos de oposição e desafio e o transtorno de conduta. São</p><p>caracterizados por um padrão repetitivo e persistente</p><p>de comportamento agressivo,</p><p>desafiador, indo contra as regras de convivência social. Tal comportamento deve ser</p><p>suficientemente grave, sendo diferente de travessuras infantis ou rebeldia "normal"</p><p>da adolescência.</p><p>O Transtorno de oposição e desafio (TOD) tem maior incidência na faixa etária</p><p>dos 4 aos 12 anos e atinge mais meninos que meninas. Tem como característica um</p><p>comportamento opositor às normas, discute com adultos, perde o controle, fica</p><p>aborrecido facilmente e aborrece aos outros.</p><p>No Transtorno de Conduta, que é mais comum entre adolescentes do que</p><p>crianças e é mais comum também entre meninos, o padrão disfuncional de</p><p>comportamento é mais grave que no Transtorno de oposição e desafio.</p><p>Eles frequentemente agridem pessoas e animais, envolvem-se em brigas, em</p><p>destruição de propriedade alheia, furtos ou ainda agressão sexual. Sérias violações</p><p>de regras, como fugir de casa, não comparecimento sistemático à aula e</p><p>enfrentamento desafiador e hostil com os pais também são sinais da doença. Esse</p><p>transtorno está frequentemente associado à ambientes psicossociais adversos, tais</p><p>11</p><p>como: instabilidade familiar, abuso físico ou sexual, violência familiar, alcoolismo e</p><p>sinais de severa perturbação dos pais.</p><p>A morbidade desses transtornos com o abuso de substâncias e TDAH chega</p><p>a quase 50%. O tratamento dos transtornos de oposição e de conduta envolve</p><p>principalmente psicoterapia individual e familiar, e às vezes reclusão em unidades</p><p>corretivas. O tratamento das morbidades é fundamental e pode necessitar de</p><p>medicação (nos casos de TDAH) ou até internação (em quadros graves de</p><p>dependência química).</p><p>Sinais e sintomas</p><p>Entre os sinais mais evidentes desse problema destacam-se:</p><p> Não aceitam obedecer a regras, principalmente as de conduta social ou</p><p>civil;</p><p> Apresentam muita dificuldade em desenvolver habilidades sociais;</p><p> Gostam de culpar os outros pelos seus próprios erros;</p><p> Encaram seu mau comportamento como algo normal;</p><p> Desafiam os adultos ou pessoas mais velhas;</p><p> São extremamente rancorosas e vingativas;</p><p> Gostam de argumentar contra os adultos;</p><p> Aborrecem as pessoas por mero prazer.</p><p>12</p><p>Tratamento</p><p>Como a maioria dos sintomas envolvem as relações familiares, esse distúrbio</p><p>exige que o tratamento seja feito paralelamente à psicoterapia dos pais ou</p><p>responsáveis. Em algum caos, podem ser prescritos medicamentos para reduzir a</p><p>irritabilidade.</p><p>Problemas de base comportamental associados a disfunções familiares</p><p>tendem a piorar o quadro, já que aumentam o risco para doenças psíquicas</p><p>coexistentes. Nesse sentido, quanto antes for o diagnóstico, melhores serão as</p><p>chances de recuperação.</p><p>Por isso, esses desajustes devem ser identificados e corrigidos com vistas à</p><p>reestruturação dos laços familiares. O tratamento objetiva também estabelecer</p><p>condições para promover o convívio social harmônico.</p><p>Inicialmente, o tratamento pode ser baseado em programas terapêuticos de</p><p>modificação do comportamento. Isso permite moldar as ações da criança ou</p><p>adolescente em direções mais benéficas, e em prol de condutas sociais mais</p><p>equilibradas.</p><p>Em alguns casos, o psiquiatra adota a terapia medicamentosa utilizada em</p><p>transtornos depressivos ou para tratar a ansiedade. O prognóstico costuma ser</p><p>positivo, já que esses remédios ajudam a restaurar o equilíbrio na liberação de</p><p>substâncias cerebrais que controlam as emoções.</p><p>Assim, o tratamento para o DOD se resume em:</p><p> Psicoterapia para estimular a mudança no comportamento;</p><p> Aconselhamento psicológico para pais e filhos;</p><p> Terapias alternativas combinadas;</p><p>13</p><p> Uso ocasional de medicamentos.</p><p>14</p><p>Como reduzir os impactos negativos do transtorno do</p><p>comportamento disruptivo?</p><p>Infelizmente, o estilo de vida contemporâneo faz com que muitos pais se</p><p>dediquem somente ao trabalho e não reservem tempo para dar atenção aos filhos.</p><p>Às vezes, essas questões podem atingir dimensões irreversíveis e comprometer</p><p>seriamente a estrutura familiar.</p><p>Essa realidade tem sido cada vez mais presente em muitos lares, o que</p><p>concorre para atitudes de rebeldia ou de complicações emocionais graves entre os</p><p>infantes. Exceto nos casos de desordens fisiológicas, boa parte desses distúrbios</p><p>são acentuados pela falta de afetividade e ausência dos pais.</p><p>Por isso, a presença dos pais e um diálogo aberto tornam-se fundamentais à</p><p>promoção da autoestima e da saúde emocional de muitas crianças e adolescentes.</p><p>Sobretudo daqueles que compõem o perfil de “órfãos de pais vivos”.</p><p>O aconselhamento combinado com terapia comportamental cognitiva para</p><p>pais e filhos traz bons resultados. Porém, essa orientação se restringe aos casos</p><p>mais simples: quando o indivíduo não representa risco social.</p><p>Para alcançar êxito nessa investida e reduzir os impactos negativos do</p><p>transtorno do comportamento disruptivo é necessário adotar algumas alternativas.</p><p>A disciplina e a organização da rotina da criança e do adolescente são essenciais.</p><p>Os portadores desses transtornos podem ser ajudados quando o ambiente</p><p>domiciliar é organizado, existe cumprimento de regras, as técnicas dos pais ou</p><p>responsáveis são firmes e os limites são bem definidos.</p><p>No entanto, quando as dificuldades em casa persistem, os pais devem ser</p><p>encorajados a procurar assistência profissional. As opções por treinamentos</p><p>baseados em técnicas de controle comportamental são imprescindíveis ao êxito</p><p>desse processo.</p><p>Algumas sugestões para promover a recuperação do controle</p><p>comportamental são:</p><p>15</p><p> Oferecer acompanhamento psicológico.</p><p> Melhorar a afetividade e a comunicação no seio familiar.</p><p> Incentivar atitudes de gentileza e de respeito para com os superiores.</p><p> Ajudar a criança ou adolescente a melhorar sua relação e integração</p><p>com os ambientes de rotina;</p><p> Submeter esses indivíduos à terapia multidisciplinar e incluir as</p><p>abordagens dos pais e dos professores em relação ao comportamento</p><p>apresentado.</p><p>Transtornos Depressivos na Infância</p><p>O reconhecimento de transtornos depressivos na infância ocorreu no final da</p><p>década de 60. Surgiram então três conceitos:</p><p> Sintomas depressivos análogos aos dos adultos não existem;</p><p> A depressão manifesta-se por sintomas específicos nessa faixa etária;</p><p> A sintomatologia depressiva surge mascarada por outros sintomas ou</p><p>síndromes, tais como hiperatividade, enurese, encoprese, déficit de</p><p>aprendizagem e transtorno de conduta.</p><p>Transtornos depressivos ocorrem tanto em meninos quanto em meninas. Os</p><p>sintomas de depressão podem ser: isolamento, calma excessiva, agitação, condutas</p><p>auto e hetero-agressivas, intensa busca afetiva, alternando atitudes prestativas com</p><p>recusas de relacionamento. A socialização está geralmente perturbada: pode haver</p><p>recusa em brincar com outras crianças e dificuldade para aquisição de habilidades.</p><p>As queixas somáticas são freqüentes: dificuldade do sono (despertar noturno,</p><p>sonolência diurna), alteração do padrão alimentar. Queixas de falta de ar, dores de</p><p>cabeça e no estômago, problemas intestinais e suor frio também são freqüentes.</p><p>A criança deprimida apresenta incapacidade para divertir-se, algumas vezes</p><p>queixando-se de estar aborrecida. Assistem muita televisão não se importando qual</p><p>seja o programa. A baixa auto-estima e a culpa excessiva, além da diminuição do</p><p>16</p><p>rendimento escolar são característicos da depressão. Apresentam também muita</p><p>irritabilidade, sendo descritas pelos pais como mal humoradas.</p><p>Os transtornos depressivos da infância podem ser classificados em duas</p><p>formas bem distintas. A primeira delas, a distimia que, etmológicamente significa "mal-</p><p>humorado", é uma forma crônica de depressão com início insidioso, podendo durar</p><p>toda a vida da pessoa. Para firmar este diagnóstico é preciso que o humor seja</p><p>depressivo ou irritável e esteja presente quase todos os dias por pelo menos um ano.</p><p>A outra forma</p><p>de depressão, transtorno depressivo maior é caracterizada por</p><p>períodos ou crises apresentando uma síndrome depressiva completa (todos os</p><p>sintomas descritos anteriormente) por pelo menos duas semanas, causando</p><p>importantes prejuízos na vida da criança. Podem estar presentes alucinações,</p><p>ideação ou condutas suicidas. Essa crise é nitidamente diferente do funcionamento</p><p>habitual da criança.</p><p>Os transtornos depressivos são bastante tratáveis hoje em dia, obtendo-se</p><p>bons resultados. Pais que desconfiem que um filho sofra desse mal devem levá-lo a</p><p>um psiquiatra ou serviço de psiquiatria para uma avaliação. O tratamento utiliza</p><p>medicações antidepressivas e acompanhamento psicológico. Internações são</p><p>necessárias em duas situações: quando o paciente fica psicótico (fora da realidade),</p><p>o que é raro, ou quando existe risco de suicídio.</p><p>Causas da depressão infantil</p><p>A depressão em crianças pode ser ocasionada por uma disfunção dos</p><p>neurotransmissores e neuroreceptores, tendo influências de fatores genéticos e</p><p>hereditários.</p><p>Também é ocasionada por fatores de natureza psicológica, emocionais, como</p><p>a mudança de cidade, de casa, de escola, de professores, a separação dos pais,</p><p>presenciar discussões em casa, pertencer a famílias disfuncionais e com altos níveis</p><p>de depressão, além de abuso de substâncias, ansiedade e comportamentos</p><p>antissociais por parte dos pais. Filhos de mães deprimidas têm maior chance de não</p><p>17</p><p>desenvolverem sistemas normais de regulação da atenção, da excitação e dos</p><p>estados emocionais, ou seja, as primeiras interações com o cuidador podem compor</p><p>a base para o desenvolvimento da depressão infantil.</p><p>Patologias ou situações como, por exemplo, enfermidades crônicas,</p><p>intervenções cirúrgicas, malformações corporais, diabetes, fibrose cística e</p><p>hospitalizações prolongadas, podem gerar ansiedade ou quadros depressivos na</p><p>infância.</p><p>Repetidos eventos estressantes experiências na infância como, por exemplo,</p><p>vivências repetidas de fracasso, podem alterar a conduta de crianças, gerando</p><p>sentimentos e pensamentos depressivos e facilitando, assim, o desenvolvimento do</p><p>transtorno. Problemas de sono também parecem ser fatores importantes para o</p><p>desenvolvimento de sintomas depressivos.</p><p>A quantidade e variedade dessas experiências vivenciadas formam um</p><p>conjunto de fatores de risco potenciais para o desenvolvimento da depressão.</p><p>18</p><p>Tratamento para a depressão infantil</p><p>Quando os sintomas são percebidos tanto pela escola quanto pelos pais,</p><p>muitas vezes eles não sabem exatamente o que trata esses sintomas, levando a</p><p>criança à profissionais de saúde que não dão a importância necessária aos sintomas</p><p>depressivos apresentados pelas crianças e adolescentes ou que encontram</p><p>dificuldade</p><p>para</p><p>realizar o</p><p>diagnóstico, contribuindo, assim, para o agravamento do quadro depressivo.</p><p>O diagnóstico de depressão nas crianças é realizado a partir do Manual DSM-</p><p>V, como a depressão também é sintoma de outros transtornos, acaba não sendo a</p><p>primeira opção de diagnóstico, alguns profissionais acabam diagnosticando a criança</p><p>19</p><p>com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno de</p><p>conduta, transtorno desafiador opositivo e transtorno de ansiedade.</p><p>Prevenção para a depressão infantil</p><p>O ambiente familiar saudável reflete diretamente no desenvolvimento</p><p>emocional equilibrado, pois é necessário que supra adequadamente a necessidades</p><p>básicas da criança, como de proteção e acolhimento. É importante fornecer aos filhos</p><p>todo o amor e carinho, compreensão, amparo e construindo uma relação de confiança</p><p>com eles.</p><p>O conhecimento do transtorno depressivo infantil por parte das pessoas que</p><p>estão envolvidas com a criança, como pais e professores, a fim de contribuírem para</p><p>a identificação precoce dos sintomas.</p><p>A criança, quando é bem-sucedida na escola, participa de atividades</p><p>extracurriculares, tem sua capacidade intelectual e social preservada, tem relações</p><p>positivas com outros adultos fora da família, tem uma percepção positiva de si mesmo</p><p>e recebe os suportes sociais adequadamente, têm menores chances de</p><p>desenvolverem a depressão.</p><p>Para prevenir que mais problemas se desenvolvam na adolescência e na idade</p><p>adulta, visto que este transtorno é capaz de comprometer o desenvolvimento das</p><p>crianças e seu processo de amadurecimento psicológico e social, é necessário que</p><p>seja realizado um tratamento adequado na infância. Caso contrário, os problemas</p><p>podem evoluir do menos grave como, por exemplo, ter baixo rendimento escolar e</p><p>social, ao mais grave, como grande problema de autoestima, dificuldades de</p><p>relacionamento e de desempenho que podem evoluir para comportamento suicida.</p><p>Por isso, é importante o papel da psicoterapia, com abordagem individualizada,</p><p>para o diagnóstico e tratamento desse transtorno. Quem realiza a psicoterapia com</p><p>crianças é um psicólogo. Este verificará os sintomas, e em alguns casos encaminhará</p><p>para um psiquiatra a fim de refutar e confirmar a hipótese diagnóstica, além de que</p><p>em alguns casos é necessária a medicação, que é feita por um psiquiatra. A</p><p>psicoterapia pode ser a única forma de tratamento, ou pode haver a medicação caso</p><p>20</p><p>haja um fator genético ou hereditário. O psicólogo e psiquiatra irão trabalhar em</p><p>conjunto.</p><p>O diagnóstico precoce é muito importante para que o tratamento seja logo</p><p>iniciado e torne mais fácil a modificação dos comportamentos depressivos, tendo em</p><p>vista que, ao longo do tempo, estes podem se tornar mais resistentes à mudança.</p><p>Quanto mais tempo demorar para estabelecer o diagnóstico do transtorno e dar início</p><p>ao tratamento, mais difícil poderão ser essas modificações, visto que os</p><p>comportamentos depressivos poderão continuar com o passar do tempo.</p><p>Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo</p><p>Infantil)</p><p>Esse grupo de transtornos é caracterizado por severas anormalidades nas</p><p>interações sociais recíprocas, nos padrões de comunicação estereotipados e</p><p>repetitivos, além de um estreitamento nos interesses e atividades da criança.</p><p>Costumam se manifestar nos primeiros cinco anos de vida. Existem várias formas de</p><p>apresentação dos transtornos globais, não havendo até o presente momento um</p><p>consenso quanto à forma de classificá-los.</p><p>A forma mais conhecida é o Autismo Infantil, definido por um desenvolvimento</p><p>anormal que se manifesta antes dos três anos de vida, não havendo em geral um</p><p>período prévio de desenvolvimento inequivocamente normal. As crianças com</p><p>transtorno autista podem ter alto ou baixo nível de funcionamento, dependendo do</p><p>QI, da capacidade de comunicação e do grau de severidade nos seguintes itens:</p><p> Prejuízo acentuado no contato visual direto, na expressão facial,</p><p>posturas corporais e outros gestos necessários para comunicar-se com</p><p>outras pessoas.</p><p> Fracasso para desenvolver relacionamentos com outras crianças, ou</p><p>até mesmo com seus pais.</p><p>21</p><p> Falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou</p><p>realizações com outras pessoas (por exemplo: não mostrar, trazer ou</p><p>apontar objetos de interesse).</p><p> Atraso ou ausência total da fala (não acompanhado por uma tentativa</p><p>para compensar através de modos alternativos de comunicação, tais</p><p>como gestos ou mímicas).</p><p> Em crianças com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de</p><p>iniciar ou manter uma conversa.</p><p> Uso repetitivo de mesmas palavras ou sons.</p><p> Ausência de jogos ou brincadeiras variadas de acordo com a idade.</p><p> A criança parece adotar uma rotina ou ritual específico em seu</p><p>ambiente, com extrema dificuldade e sofrimento quando tem que abrir</p><p>mão da mesma.</p><p> Movimentos repetitivos ou complexos do corpo.</p><p> Preocupação persistente com partes de objetos.</p><p>Como lidar com o TGD na escola?</p><p>Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e</p><p>merecem atenção com relação às</p><p>áreas de interação social, comunicação e</p><p>comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses</p><p>alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária.</p><p>Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio</p><p>social são atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola.</p><p>Boa parte dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem do autor regulação.</p><p>Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no</p><p>processo de aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que</p><p>22</p><p>necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento</p><p>Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor identificar as potências</p><p>dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para</p><p>conquistar a confiança da criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas</p><p>que sirvam como 'porto seguro' e encontrar essas pessoas na escola é fundamental</p><p>para o desenvolvimento.</p><p>Outras formas de transtornos globais do</p><p>desenvolvimento são:</p><p> Autismo atípico,</p><p> Síndrome de Rett,</p><p> Transtorno desintegrativo da infância,</p><p> Síndrome de Asperger.</p><p>23</p><p>O tratamento do transtorno autista visa principalmente uma educação especial</p><p>com estimulação precoce da criança. A terapia de apoio familiar é muito importante:</p><p>os pais devem saber que a doença não resulta de uma criação incorreta e necessitam</p><p>de orientações para aprenderem a lidar com a criança e seus irmãos. Muitas vezes</p><p>se faz necessário o uso de medicações para controlar comportamentos não</p><p>apropriados e agressivos. O prognóstico destes transtornos é muito reservado e</p><p>costumam deixar importantes sequelas ou falhas no desenvolvimento dessas</p><p>pessoas na idade adulta.</p><p>Transtornos de Tique</p><p>A manifestação predominante nessas síndromes é alguma forma de tique. Um</p><p>tique é uma produção vocal ou movimento motor involuntário, rápido, recorrente</p><p>(repetido) e não rítmico (usualmente envolvendo grupos musculares circunscritos),</p><p>sem propósito aparente e que tem um início súbito. Os tiques motores e vocais podem</p><p>ser simples ou complexos. Os tiques simples em geral são os primeiros a aparecer.</p><p>Podem ser:</p><p>Tiques motores simples: Piscar os olhos, balançar a cabeça, fazer</p><p>caretas.</p><p>Tiques vocais simples: Tossir, pigarrear, fungar.</p><p>Tiques motores complexos: Bater-se, saltar.</p><p>Tique vocal complexo: Coprolalia (uso de termos chulos), palilalia</p><p>(repetição das próprias palavras), ecolalia</p><p>(repetição de palavras alheias).</p><p>O tratamento requer medicação e psicoterapia, principalmente para diminuir o</p><p>isolamento social que comumente ocorre nesse transtorno.</p><p>Transtornos de Ansiedade na Infância</p><p>24</p><p>A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão,</p><p>caracterizado por tensão ou desconforto derivados de uma antecipação de perigos.</p><p>As crianças em geral não reconhecem quando seus medos são exagerados ou</p><p>irracionais. Uma maneira prática de diferenciar ansiedade normal de ansiedade</p><p>patológica é avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e</p><p>relacionada ao estímulo do momento.</p><p>Os sintomas de ansiedade podem ocorrer em várias outras condições</p><p>psiquiátricas tais como: depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento,</p><p>transtorno hipercinético, entre outros. A causa dos transtornos ansiosos infantis é</p><p>muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores</p><p>hereditários e ambientais diversos, com o peso relativo de cada fator variando de caso</p><p>a caso.</p><p>Como os sintomas da ansiedade se manifestam em crianças?</p><p>Os sintomas podem surgir em sequências alternadas, com períodos mais ou</p><p>menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. É importante estar</p><p>atento ao grau de prejuízo funcional que eles estejam causando.</p><p> Alterações no apetite.</p><p> Dificuldades no sono.</p><p>25</p><p> Queda no rendimento escolar.</p><p> Desmotivação.</p><p> Medos e preocupações excessivas.</p><p> Dores de cabeça.</p><p> Tonturas.</p><p> Retraimento social.</p><p> Oscilação de humor.</p><p> Irritabilidade ou apatia.</p><p>Tratamento para a ansiedade infantil</p><p>O diagnóstico e tratamento precoce podem evitar repercussões negativas na</p><p>vida da criança. O tratamento da ansiedade na infância é eficaz com o uso de</p><p>medicamentos apropriados, associados à psicoterapia, em especial a terapia</p><p>cognitiva comportamental.</p><p>Quando buscar auxílio médico</p><p>É importante ressaltar que medos, preocupações e angústia podem ser</p><p>considerados normais durante as etapas do desenvolvimento psíquico infantil, porém,</p><p>são considerados patológicos quando exagerados, desproporcionais aos estímulos e</p><p>com duração prolongada.</p><p>Referência</p><p>26</p><p>Brasil. Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. [Internet]. [citado 4 de janeiro de</p><p>2018]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm</p><p>Brasil. Lei no 12.764, de 27 de dezembro de 2012. [Internet]. [citado 4 de</p><p>janeiro de 2018]. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-</p><p>2014/2012/lei/l12764.htm</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica n. 33 - Saúde da criança: crescimento</p><p>e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para</p><p>crianças menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção. 2.</p><p>ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).</p><p>Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde:</p><p>norma técnica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica n. 24: Saúde na escola. Brasília:</p><p>Ministério da Saúde, 2009.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção</p><p>psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Especializada e Temática. Triagem neonatal biológica: manual técnico.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2016.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Especializada e Temática. Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de</p><p>Acolhimento como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para</p><p>elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2015.</p><p>27</p><p>Brasil. Ofício nº 44-SEI/2017/CGSCAM/DAPES/SAS/MS. Documento de</p><p>consensos da Oficina de alinhamento sobre a da Lei 13.438/2017. 2017. Disponível</p><p>em: http://medicalizacao.org.br/documento-de-consensos-da-oficina-de-</p><p>alinhamento- -sobre-a-da-lei-13-4382017/. Acesso em: 23 de novembro de 2017.</p><p>Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Subsecretaria de Atenção</p><p>Primária, Vigilância e Promoção da Saúde. Linha do Cuidado do Recém-Nascido</p><p>após alta da Maternidade - Estratégia Acolhimento Mãe-Bebê Na Unidade Básica.</p><p>Rio de Janeiro: SMS/RJ, s/a. 22</p><p>Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária, vigilância</p><p>e promoção da saúde. Superintendência de Atenção Primária. Avaliação do risco de</p><p>suicídio e sua prevenção. 1 ed. Rio de Janeiro: SMS, 2017.</p><p>Organização Mundial da Saúde. Manejo da desnutrição grave: um manual para</p><p>profissionais de saúde de nível superior (médicos, enfermeiros, nutricionistas e</p><p>outros) e suas equipes auxiliares. Genebra/Brasília: Organização Mundial da</p><p>Saúde/Organização Panamericana da Saúde, 2000.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina