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<p>1</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>2</p><p>SIMULADO TEMÁTICO</p><p>Aplicação da Lei Processual Penal</p><p>CADERNO DE QUESTÕES</p><p>1. Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2022 - PC-SP - Delegado de Polícia. No</p><p>que concerne à interpretação e aplicação da Lei Processual Penal, é correto afirmar que o Código de</p><p>Processo Penal:</p><p>A. admite apenas a aplicação da interpretação extensiva.</p><p>B. admite a aplicação analógica.</p><p>C. admite apenas a aplicação da interpretação analógica.</p><p>D. não admite a aplicação da analogia e dos princípios gerais de direito.</p><p>E. admite expressamente a interpretação autêntica.</p><p>2. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-PA - Promotor de Justiça Substituto. Adaptada). No que se</p><p>refere à norma processual penal e sua aplicação, os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior</p><p>precisam ser renovados.</p><p>3. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-PA - Promotor de Justiça Substituto. Adaptada). No que se</p><p>refere à norma processual penal e sua aplicação, a lei processual penal admite tanto a aplicação analógica</p><p>quanto a interpretação extensiva.</p><p>4. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto - Prova 1). Julgue o</p><p>item a seguir, referentes ao direito processual penal.</p><p>De acordo com as normas de direito intertemporal estabelecidas pelo Código de Processo Penal, se</p><p>sobrevier nova lei processual no curso do processo criminal, deverão ser repetidos os atos processuais</p><p>praticados antes do início da sua vigência, caso estejam em desconformidade com o novo diploma.</p><p>5. (Questão Inédita – MC). O sistema acusatório se caracteriza por centralizar no juiz as funções de</p><p>acusação, de defesa e de julgamento.</p><p>6. (Questão Inédita – MC). A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos</p><p>atos realizados sob a vigência da lei anterior. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e</p><p>aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>7. (Ano: 2018. Banca: FUNDATEC. Órgão: PC-RS. Prova: Delegado de Polícia). Considerando a</p><p>disciplina da aplicação de lei processual penal e os tratados e convenções internacionais, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) A lei processual penal aplica-se desde logo, conformando um complexo de princípios e regras</p><p>processuais penais próprios, vedada a suplementação pelos princípios gerais de direito.</p><p>b) A superveniência de lei processual penal que modifique determinado procedimento determina a</p><p>renovação dos atos já praticados.</p><p>c) A lei processual penal não admite interpretação extensiva, ainda que admita aplicação analógica.</p><p>d) Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra</p><p>autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo</p><p>razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>3</p><p>e) Em caso de superveniência de leis processuais penais híbridas, prevalece o aspecto instrumental da</p><p>norma.</p><p>8. (Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia). Sobre os sistemas</p><p>processuais penais, assinale a alternativa (C ou E) de acordo com a doutrina majoritária, legislação e</p><p>jurisprudência vigentes.</p><p>A Constituição Federal de 1988 traça um processo penal acusatório, porém diversos dispositivos do</p><p>Código de Processo Penal apresentam núcleo inquisitivo exigindo uma filtragem constitucional. Nesse</p><p>contexto, é defeso ao juiz assumir a gestão das provas, auxiliar o Delegado de Polícia na colheita de</p><p>elementos de informação e fundamentar sua decisão em provas antecipadas.</p><p>9. (Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia). As fontes do Direito</p><p>Processual Penal são classificadas pela doutrina com a distinção daquelas que criam a norma das que a</p><p>exteriorizam. Sobre esse tema, afirma-se, com exatidão, que</p><p>Cabe à União, de forma exclusiva e privativa, a elaboração de normas processuais penais, bem como</p><p>legislar sobre direito penitenciário. Em questões específicas de direito local, aos Estados-membros pode</p><p>ser atribuída a competência para legislarem sobre processo penal, através de lei ordinária.</p><p>10. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: PC-PE. Prova: Delegado de Polícia). Em consonância com a</p><p>doutrina majoritária e com o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção acerca dos sistemas</p><p>e princípios do processo penal.</p><p>No sistema processual inquisitivo, o processo é público; a confissão é elemento suficiente para a</p><p>condenação; e as funções de acusação e julgamento são atribuídas a pessoas distintas.</p><p>11. (Ano: 2014. Banca: FUNCAB. Órgão: PC-RO. Prova: Delegado de Polícia Civil). Assinale a alternativa</p><p>em que se encontra uma característica do sistema acusatório.</p><p>a) O julgador é protagonista na busca pela prova.</p><p>b) As decisões não precisam ser fundamentadas.</p><p>c) A atividade probatória é atribuição natural das partes.</p><p>d) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma pessoa.</p><p>e) As decisões são sempre sigilosas.</p><p>12. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). A lei processual penal</p><p>a) tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.</p><p>b) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência.</p><p>c) tem aplicação imediata, devendo ser declarados inválidos os atos praticados sob a vigência de lei</p><p>anterior.</p><p>d) tem aplicação imediata, devendo ser renovados os atos praticados sob a vigência da lei anterior.</p><p>e) é retroativa aos atos praticados sob a vigência de lei anterior.</p><p>13. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). No Direito pátrio, o sistema</p><p>que vige no processo penal é o</p><p>a) inquisitivo formal.</p><p>b) acusatório formal.</p><p>c) inquisitivo.</p><p>d) inquisitivo unificador.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>4</p><p>e) acusatório.</p><p>14. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). Em se tratando de processo</p><p>penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, uma fonte direta e uma fonte</p><p>indireta.</p><p>a) Costume e lei.</p><p>b) Costume e jurisprudência.</p><p>c) Doutrina e jurisprudência.</p><p>d) Princípios gerais do direito e doutrina.</p><p>e) Lei e costume.</p><p>15. (Ano: 2013. Banca: UEG. Órgão: PC-GO. Prova: Delegado de Polícia). As normas genuinamente</p><p>processuais</p><p>a) admitirão interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais</p><p>do direito.</p><p>b) não admitem aplicação analógica, mas admitirão interpretação extensiva.</p><p>c) não admitem interpretação extensiva, mas admitirão aplicação analógica.</p><p>d) serão aplicadas desde logo, mas tornam inválidos os atos praticados sob a égide da lei anterior se</p><p>desfavoráveis ao imputado.</p><p>16. (Ano: 2012. Banca: PC-SP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). Historicamente, o processo</p><p>penal acusatório distinguia-se do inquisitório porque enquanto o primeiro era</p><p>a) escrito e público, o segundo era oral e sigiloso.</p><p>b) escrito e sigiloso, o segundo era oral e público.</p><p>c) misto (oral e escrito), o segundo era exclusivamente oral.</p><p>d) oral e público, o segundo era escrito e sigiloso.</p><p>e) oral e sigiloso, o segunde era escrito e público.</p><p>17. (Ano: 2008. Banca: CEFET-BA. Órgão: PC-BA. Prova: Delegado de Polícia). Sobre Sistemas</p><p>Processuais, pode-se afirmar que o:</p><p>a) Acusatório prega o respeito incondicional ao contraditório, à publicidade, à imparcialidade, à ampla</p><p>defesa, bem como distribui a órgãos distintos as funções de acusar, defender e julgar.</p><p>b) Inquisitivo fixa que o Contraditório deve sempre ser observado, havendo separação de poderes entre</p><p>a autoridade policial, o juiz e o promotor.</p><p>c) Inquisitivo, adotado pelo Brasil, determina que basta o Inquérito Policial para julgar alguns crimes ou</p><p>contravenções, dispensando-se, nesses casos, o processo penal.</p><p>d) Misto, apesar de ser uma fusão dos dois outros, prescreve que, em nenhum momento, as garantias</p><p>constitucionais sejam observadas, daí porque a doutrina tece severas críticas.</p><p>e) Acusatório confere mais poderes e prerrogativas ao Ministério Público do que ao réu, visto como</p><p>objeto da relação processual.</p><p>18. (Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP. Prova: Defensor Público). O sistema acusatório</p><p>a) se caracteriza por separar as funções de acusar e julgar e por deixar a iniciativa probatória com as</p><p>partes.</p><p>b) se verifica quando a Constituição prevê garantias ao acusado.</p><p>c) tem sua raiz na motivação das decisões judiciais.</p><p>d) vigora em sua plenitude no direito brasileiro.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>5</p><p>e) privilegia a acusação, sedo próprio dos regimes autoritários.</p><p>19. (Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AL. Prova: Defensor Público). No processo penal, as</p><p>características do sistema acusatório incluem</p><p>I. clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória exclusiva das partes e o juiz</p><p>como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova.</p><p>II. neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e repúdio à prova tarifada.</p><p>III. predominância da oralidade no processo, imparcialidade do juiz e supremacia da confissão do réu</p><p>como meio de prova.</p><p>IV. celeridade do processo e busca da verdade real, o que faculta ao juiz determinar de ofício a produção</p><p>de prova.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, III e IV.</p><p>20. (Ano: 2018. Banca: VUNESP. Órgão: PC-BA. Prova: Delegado de Polícia). Aplicar-se-á a lei</p><p>processual penal, nos estritos termos dos arts. 1º , 2º e 3º do CPP,</p><p>a) aos processos de competência da Justiça Militar.</p><p>b) ultrativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.</p><p>c) retroativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.</p><p>d) desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.</p><p>e) com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo, interpretação extensiva e</p><p>aplicação analógica.</p><p>21. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico</p><p>de Inteligência - Área 2. Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual</p><p>penal, bem como dos sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.</p><p>O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são considerados fontes</p><p>formais diretas do direito processual penal.</p><p>22. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico</p><p>de Inteligência - Área 2.</p><p>Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos</p><p>sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.</p><p>A publicidade, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa são características marcantes do</p><p>sistema processual acusatório.</p><p>23. Ano: 2014 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça –</p><p>Matutina.</p><p>Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>6</p><p>Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação</p><p>analógica.</p><p>24. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário</p><p>Federal.</p><p>No que concerne às disposições preliminares do Código de Processo Penal (CPP), ao inquérito policial</p><p>e à ação penal, julgue o próximo item.</p><p>Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica.</p><p>25. Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AC Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico</p><p>Judiciário – Auxiliar.</p><p>A lei processual penal não admite interpretação extensiva ou aplicação analógica, mas pode ser</p><p>suplementada pelos princípios gerais de direito.</p><p>26. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia. A</p><p>lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos</p><p>princípios gerais de direito.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>7</p><p>SIMULADO TEMÁTICO</p><p>Aplicação da Lei Processual Penal</p><p>CADERNO DE QUESTÕES com Gabarito Comentado</p><p>1. Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2022 - PC-SP - Delegado de Polícia. No</p><p>que concerne à interpretação e aplicação da Lei Processual Penal, é correto afirmar que o Código de</p><p>Processo Penal:</p><p>A. admite apenas a aplicação da interpretação extensiva.</p><p>B. admite a aplicação analógica.</p><p>C. admite apenas a aplicação da interpretação analógica.</p><p>D. não admite a aplicação da analogia e dos princípios gerais de direito.</p><p>E. admite expressamente a interpretação autêntica.</p><p>Gabarito B.</p><p>CPP, Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como</p><p>o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>2. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-PA - Promotor de Justiça Substituto. Adaptada). No que se</p><p>refere à norma processual penal e sua aplicação, os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior</p><p>precisam ser renovados.</p><p>Gabarito ERRADO. Não há necessidade de os atos processuais serem renovados, eles permanecem</p><p>válidos.</p><p>Art. 2°. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob</p><p>a vigência da lei anterior.</p><p>Observe que este artigo 2° do CPP traz incialmente o PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO IMEDIATA</p><p>DA LEI PROCESSUAL PENAL. Dessa forma, se no curso do processo sobrevier nova norma</p><p>processual penal, os atos que foram realizados sob a vigência da lei anterior permanecem válidos,</p><p>aos atos processuais posteriores, contudo, aplicar-se-á de imediato a nova lei processual penal.</p><p>3. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-PA - Promotor de Justiça Substituto. Adaptada). No que se</p><p>refere à norma processual penal e sua aplicação, a lei processual penal admite tanto a aplicação analógica</p><p>quanto a interpretação extensiva.</p><p>Gabarito CERTO.</p><p>CPP, Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como</p><p>o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>4. (Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto - Prova 1). Julgue o</p><p>item a seguir, referentes ao direito processual penal.</p><p>De acordo com as normas de direito intertemporal estabelecidas pelo Código de Processo Penal, se</p><p>sobrevier nova lei processual no curso do processo criminal, deverão ser repetidos os atos processuais</p><p>praticados antes do início da sua vigência, caso estejam em desconformidade com o novo diploma.</p><p>Gabarito ERRADO.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>8</p><p>Nesse sentido, propõe Norberto Avena1: Incide, enfim, o princípio tempus regit actum, também</p><p>chamado de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata da lei processual, significando que</p><p>o tempo rege a forma como deve revestir-se o ato processual e os efeitos que dele podem decorrer. Logo,</p><p>se no curso de um processo criminal sobrevier nova lei processual, os atos já realizados sob a égide da</p><p>lei anterior manterão sua validade normal. Contudo, os atos posteriores serão praticados segundo os</p><p>termos da nova normatização.</p><p>5. (Questão Inédita – MC). O sistema acusatório se caracteriza por centralizar no juiz as funções de</p><p>acusação, de defesa e de julgamento.</p><p>Gabarito ERRADO. A assertiva tratou de questões concernentes ao sistema INQUISITÓRIO.</p><p>Sistema Inquisitório:</p><p>a) Reunião das funções: o juiz julga, acusa e defende;</p><p>b) Não existem partes – o réu é mero objeto do processo penal e não sujeito de direitos;</p><p>c) O processo é sigiloso, isto é, é praticado longe “aos olhos do povo”;</p><p>d) Inexiste garantias constitucionais;</p><p>e) A confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das provas); e</p><p>f) Existência de presunção de culpa. O réu é culpado até que se prove o contrário.</p><p>Sistema Acusatório:</p><p>a) As partes são as gestoras das provas;</p><p>b) Há separação das funções de acusar, julgar e defender;</p><p>c) O processo é público, salvo exceções determinadas por lei;</p><p>d) O réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação;</p><p>e) Há garantias constitucionais;</p><p>f) Presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu);</p><p>g) as provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.</p><p>Sistema Misto: contém as características de ambos os sistemas supracitados. Possui duas fases: a</p><p>primeira, inquisitória e a segunda, acusatória.</p><p>SISTEMAS PROCESSUAIS2</p><p>INQUISITIVO ACUSATÓRIO</p><p>Funções Reunidas nas mãos do Juiz</p><p>(acusar, defender e julgar)</p><p>Há separação de funções (acusar, defender e</p><p>julgar)</p><p>Réu Objeto da investigação Sujeito de direitos</p><p>Atos Sigilosos Públicos, salvo exceções legais</p><p>Gestão da Prova</p><p>Juiz é gestor da prova, podendo</p><p>atuar de ofício, seja na investigação,</p><p>seja no processo criminal.</p><p>Partes são gestoras da prova. O juiz só</p><p>atua quando provocado e</p><p>excepcionalmente de ofício nos casos</p><p>previstos em lei.</p><p>Sistema da Prova Sistema da Prova Tarifada</p><p>(confissão como rainha das provas)</p><p>Sistema do Livre Convencimento</p><p>Motivado ou da Persuasão Racional</p><p>Presunção De Culpabilidade, podendo utilizar-</p><p>se de tortura e meios cruéis para obter</p><p>Da Não Culpabilidade ou Inocência</p><p>1 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:</p><p>MÉTODO,</p><p>2018.</p><p>2 Tabela extraída do LEGISLAÇÃO BIZURADA @ DeltaCaveira10. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>9</p><p>a confissão.</p><p>Julgador Parcial Imparcial e Equidistante</p><p>Garantias</p><p>Processuais</p><p>Não há contraditório, ampla defesa ou</p><p>devido processo legal.</p><p>Todas as garantias constitucionais inerentes</p><p>ao julgamento.</p><p>6. (Questão Inédita – MC). A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos</p><p>atos realizados sob a vigência da lei anterior. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e</p><p>aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>Gabarito CERTO. Trata-se da reprodução exata dos artigos 2º e 3º do CPP, vejamos:</p><p>CPP, Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados</p><p>sob a vigência da lei anterior.</p><p>CPP, Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como</p><p>o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>7. (Ano: 2018. Banca: FUNDATEC. Órgão: PC-RS. Prova: Delegado de Polícia). Considerando a</p><p>disciplina da aplicação de lei processual penal e os tratados e convenções internacionais, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>a) A lei processual penal aplica-se desde logo, conformando um complexo de princípios e regras</p><p>processuais penais próprios, vedada a suplementação pelos princípios gerais de direito.</p><p>b) A superveniência de lei processual penal que modifique determinado procedimento determina a</p><p>renovação dos atos já praticados.</p><p>c) A lei processual penal não admite interpretação extensiva, ainda que admita aplicação analógica.</p><p>d) Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra</p><p>autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo</p><p>razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.</p><p>e) Em caso de superveniência de leis processuais penais híbridas, prevalece o aspecto instrumental da</p><p>norma.</p><p>Gabarito D.</p><p>A – O código de processo penal não veda a aplicação suplementar dos princípios gerais do direito.</p><p>(Art. 3° A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito).</p><p>B – Os atos não precisam ser renovados, eles são considerados VÁLIDOS.</p><p>(Art. 2° A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados</p><p>sob a vigência da lei anterior).</p><p>C – A lei processual penal ADMITE interpretação extensiva, bem como, aplicação analógica.</p><p>(Art. 3° A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito).</p><p>E – Na hipótese das chamadas normas híbridas, prevalece o aspecto penal/material da normal.</p><p>Sobre o tema, VAMOS APROFUNDAR?!</p><p>As normas processuais mistas ou hibridas são aquelas que possuem em seu corpo conteúdo de</p><p>caráter processual penal e conteúdo de caráter penal. Temos uma duplicidade de conteúdo em uma única</p><p>norma. É exemplo de norma processual híbrida aquelas que tratam sobre prisão, por exemplo.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>10</p><p>Candidato, no caso das chamadas normas processuais mistas ou híbridas, deverá ser observado</p><p>o princípio da aplicação imediata? Não, a regra prevista ao teor do art. 2° do CPP aplicar-se-á as normas</p><p>de caráter eminentemente processuais. Na hipótese das chamadas normas processuais mistas ou híbridas,</p><p>aplica-se a regra de direito penal material. Nesse caso, conforme entendimento do STF, deve</p><p>prevalecer o aspecto penal da norma, aplicando-se a regra do CP da irretroatividade maléfica ou</p><p>retroatividade benéfica.</p><p>8. (Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia). Sobre os sistemas</p><p>processuais penais, assinale a alternativa (C ou E) de acordo com a doutrina majoritária, legislação e</p><p>jurisprudência vigentes.</p><p>A Constituição Federal de 1988 traça um processo penal acusatório, porém diversos dispositivos do</p><p>Código de Processo Penal apresentam núcleo inquisitivo exigindo uma filtragem constitucional. Nesse</p><p>contexto, é defeso ao juiz assumir a gestão das provas, auxiliar o Delegado de Polícia na colheita de</p><p>elementos de informação e fundamentar sua decisão em provas antecipadas.</p><p>Gabarito ERRADO. Inicialmente, cumpre destacarmos que de fato, a CF adotou o sistema acusatório,</p><p>sendo, inclusive, reforçado essa adoção com o advento do pacote anticrime (Lei n. 13.964/2019).</p><p>Sobre o sistema acusatório, VAMOS APROFUNDAR?</p><p>Conforme explica o prof. Noberto Avena3, próprio dos regimes democráticos, o sistema acusatório</p><p>caracteriza-se pela distinção absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a</p><p>cargo de pessoas distintas.</p><p>Nesse sistema existe uma clara separação entre os órgãos de acusação e julgamento. O juiz é um</p><p>terceiro imparcial e a produção de provas está na mão das partes. O juiz é absolutamente inerte e</p><p>imparcial, com contraditório e ampla defesa assegurados e com publicidade dos atos.</p><p>No sistema acusatório, as funções serão exercidas por partes distintas. As funções de acusar, defender</p><p>e julgar são atribuídas a pessoas diversas. No referido sistema haverá respeito ao contraditório. O</p><p>acusado deixa de ser considerado mero objeto e passa a configurar como sujeito de direitos. A gestão</p><p>da prova, em um sistema acusatório puro, o juiz não poderia produzir prova de ofício. Por outro lado, a</p><p>outra parte da doutrina aduz que o juiz pode produzir prova de ofício na fase processual. Assim, na fase</p><p>investigatória não é dada ao juiz produzir prova de ofício, porém, na fase processual lhe é permitido,</p><p>desde que atue de forma residual.</p><p>Por oportuno, cumpre destacarmos que o art. 3-A do CPP acrescido pela Lei 133.964/2019, ora suspenso,</p><p>deixou expresso a adoção do sistema acusatório.4</p><p>E a vedação do juiz em assumir a gestão da prova, existe? No tocante a vedação do juiz em assumir a</p><p>gestão da prova, o CPP ainda prevê essa possibilidade ao teor do</p><p>art. 156, não sendo vedado, tornando</p><p>a assertiva errônea. Vejamos:</p><p>Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:</p><p>I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas</p><p>urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;</p><p>3 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:</p><p>MÉTODO,</p><p>2018.</p><p>4 Rogério Sanches e Ronaldo Batista (2020): A nossa Bíblia Política de 1988 adota esse sistema. A Lei 13.964/19, obediente</p><p>à Carta Maior, foi clara: o processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação</p><p>e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação (art. 3º-A do CPP). A suspensão deste artigo pelo STF não</p><p>permite concluir que nosso ordenamento, sob o comando da Constituição Federal, adota sistema diverso do acusatório. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>11</p><p>II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para</p><p>dirimir dúvida sobre ponto relevante.</p><p>Por fim, cumpre destacarmos que com o advento do Pacote Anticrime, o qual trouxe inúmeras inovações</p><p>que buscaram retirar atos de ofício por parte do magistrado, reforçando o caráter do sistema acusatório</p><p>adotado, há doutrina argumentando no sentido de que o art. 156, I do CPP foi tacitamente revogado pelo</p><p>art. 3º-A do CPP, introduzido pela Lei n. 13.964/19, sob o argumento de que a atuação prevista no art.</p><p>156,I do CPP é incompatível com o sistema acusatório – segundo o qual, a gestão da prova recai sobre</p><p>as partes.</p><p>9. (Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia). As fontes do Direito</p><p>Processual Penal são classificadas pela doutrina com a distinção daquelas que criam a norma das que a</p><p>exteriorizam. Sobre esse tema, afirma-se, com exatidão, que</p><p>Cabe à União, de forma exclusiva e privativa, a elaboração de normas processuais penais, bem como</p><p>legislar sobre direito penitenciário. Em questões específicas de direito local, aos Estados-membros pode</p><p>ser atribuída a competência para legislarem sobre processo penal, através de lei ordinária.</p><p>Gabarito ERRADO.</p><p>Inicialmente, contemplamos que a competência da União para legislar sobre normas processuais penais</p><p>é PRIVATIVA (não exclusiva E privativa). Ademais, as questões específicas de direito local, aos</p><p>Estados-membros pode ser atribuída a competência para legislarem sobre processo penal, através de lei</p><p>COMPLEMENTAR.</p><p>Por fim, e não menos importante, a competência para legislar sobre direito penitenciário é</p><p>CONCORRENTE.</p><p>Nesse sentido, vejamos o texto constitucional:</p><p>CF, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal,</p><p>processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Parágrafo único. Lei</p><p>complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias</p><p>relacionadas neste artigo.</p><p>CF, Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I -</p><p>direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.</p><p>10. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: PC-PE. Prova: Delegado de Polícia). Em consonância com a</p><p>doutrina majoritária e com o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção acerca dos sistemas</p><p>e princípios do processo penal.</p><p>No sistema processual inquisitivo, o processo é público; a confissão é elemento suficiente para a</p><p>condenação; e as funções de acusação e julgamento são atribuídas a pessoas distintas.</p><p>Gabarito ERRADO.</p><p>No sistema inquisitório, o processo é sigiloso (inexistência de publicidade dos atos processuais). De fato,</p><p>nesse sistema, a confissão era suficiente para condenação pois era considerada a rainha das provas</p><p>(sistema tarifado das provas). As funções de acusar, defender e julgar encontram-se concentradas em</p><p>uma única pessoa, e não pessoas distintas.</p><p>Vamos APROFUNDAR?</p><p>No sistema inquisitivo, cabe a um só órgão acusar, defender e julgar, essas atividades serão exercidas</p><p>pelo chamado “juiz inquisidor”. Nesse sistema, o próprio juiz inicia a ação penal, pode produzir as</p><p>provas que achar necessário e o mesmo juiz inquisidor decide sobre a causa. O juiz assume função de</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>12</p><p>acusador e julgador, o que acaba ocasionando um sério comprometimento a sua imparcialidade. Nesse</p><p>sistema não existe a observância do contraditório (inexistência do contraditório) e a ampla defesa assume</p><p>um papel meramente decorativo.</p><p>Corroborando ao exposto, preleciona o prof. Noberto Avena5, típico dos sistemas ditatoriais, contempla</p><p>um processo judicial em que podem estar reunidas na pessoa do juiz as funções de acusar, defender e</p><p>julgar. No sistema inquisitivo, não existe a obrigatoriedade de que haja uma acusação realizada por</p><p>órgão público ou pelo ofendido, sendo lícito ao juiz desencadear o processo criminal ex officio. Nesta</p><p>mesma linha, faculta-se ao magistrado substituir-se às partes e, no lugar destas, determinar, também</p><p>por sua conta, a produção das provas que reputar necessárias para elucidar o fato. O acusado,</p><p>praticamente, não possui garantias no decorrer do processo criminal (ampla defesa, contraditório,</p><p>devido processo legal etc.), o que dá margem a excessos processuais. Exatamente por isso, em regra, o</p><p>processo não é público, sendo caráter sigiloso atribuído pelo juiz por meio de ato discricionário seu e</p><p>à margem de fundamentação adequada.</p><p>Diante disto, contemplamos que no sistema inquisitório existe uma concentração de poderes na mão do</p><p>juiz. Todas as funções encontram-se concentrada nas mãos de uma única pessoa, in casu, é a</p><p>“pessoa” do juiz. O lado maléfico do sistema inquisitório é o eventual abuso de poder (crítica), além da</p><p>prejudicialidade da imparcialidade do magistrado, o qual, simultaneamente exerce todas as funções</p><p>(acusa, defende e julga). É característica também do sistema inquisitório a inexistência de contraditório.</p><p>A gestão da prova será feita pelo juiz, podendo fazê-lo tanto na fase inquisitorial quanto na fase do</p><p>processo.</p><p>Em síntese, podemos apontar como características do sistema inquisidor:</p><p>- A função de acusar, defender e julgar encontram-se concentrados em uma única pessoa, que assume</p><p>assim as vestes de um juiz acusador (concentração de poderes);</p><p>- Juiz inquisidor parcial;</p><p>- Não observância do contraditório e da ampla defesa;</p><p>- Sigiloso (inexistência de publicidade dos atos processuais);</p><p>- O julgador é dotato de ampla iniciativa probatória;</p><p>- O acusado era considerado mero objeto da demanda processual;</p><p>- A confissão é considerada a rainha das provas (sistema tarifado das provas).</p><p>11. (Ano: 2014. Banca: FUNCAB. Órgão: PC-RO. Prova: Delegado de Polícia Civil). Assinale a alternativa</p><p>em que se encontra uma característica do sistema acusatório.</p><p>a) O julgador é protagonista na busca pela prova.</p><p>b) As decisões não precisam ser fundamentadas.</p><p>c) A atividade probatória é atribuição natural das partes.</p><p>d) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma pessoa.</p><p>e) As decisões são sempre sigilosas.</p><p>Gabarito C.</p><p>Em síntese, podemos apontar como características do sistema acusatório:</p><p>- A função de acusar, defender e julgar são atribuídas a pessoas distintas;</p><p>- Juiz equidistante das partes e imparcial;</p><p>- Observância do contraditório e da ampla defesa;</p><p>- O processo é público;</p><p>- Oralidade nos procedimentos;</p><p>- O julgador possui iniciativa probatória residual (a atuação do juiz é de natureza supletiva);</p><p>5 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:</p><p>MÉTODO,</p><p>2018. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>13</p><p>- O acusado é sujeito</p><p>de direitos e possui garantais constitucionais.</p><p>Corroborando ao exposto, Rogério Sanches e Ronaldo Batista6:</p><p>No sistema acusatório, cada sujeito processual tem uma função bem definida no processo. A um</p><p>caberá́ acusar (como regra, o Ministério Público), a outro defender (o advogado ou defensor público) e,</p><p>a um terceiro, julgar (o juiz). A lição de José Frederico Marques merece ser lembrada (Estudos de Direito</p><p>Pro- cessual, Rio de Janeiro: Forense, 19, p. 23). O citado autor identifica as principais características</p><p>do sistema acusatório, a saber: a) separação entre os órgãos da acusação, defesa e julgamento, de</p><p>forma a se instaurar um processo de partes; b) liberdade de defesa e igualdade de posição das partes;</p><p>c) vigência do contraditório; d) livre apresentação das provas pelas partes; e) regra do impulso</p><p>processual autônomo, ou ativação inicial da causa pelos interessados (ne procedat judex ex officio).</p><p>Diríamos, em acréscimo: o processo é público, salvo algumas situações previstas em lei.</p><p>12. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). A lei processual penal:</p><p>a) tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.</p><p>b) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência.</p><p>c) tem aplicação imediata, devendo ser declarados inválidos os atos praticados sob a vigência de lei</p><p>anterior.</p><p>d) tem aplicação imediata, devendo ser renovados os atos praticados sob a vigência da lei anterior.</p><p>e) é retroativa aos atos praticados sob a vigência de lei anterior.</p><p>Gabarito A.</p><p>CPP, Art. 2° A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados</p><p>sob a vigência da lei anterior.</p><p>O artigo 2° do CPP traz o PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO IMEDIATA DA LEI PROCESSUAL</p><p>PENAL. Dessa forma, se no curso do processo sobrevier nova norma processual penal, os atos que</p><p>foram realizados sob a vigência da lei anterior permanecem válidos, aos atos processuais posteriores,</p><p>contudo, aplicar-se-á de imediato a nova lei processual penal.</p><p>13. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). No Direito pátrio, o sistema</p><p>que vige no processo penal é o</p><p>a) inquisitivo formal.</p><p>b) acusatório formal.</p><p>c) inquisitivo.</p><p>d) inquisitivo unificador.</p><p>e) acusatório.</p><p>Gabarito E.</p><p>O Ordenamento Jurídico Brasileiro adotou o sistema acusatório, o que foi reforçado pelo Pacote</p><p>Anticrime ao teor do art. 3-A do CPP.</p><p>Candidato, qual foi o sistema adotado no Ordenamento Jurídico Brasileiro? O sistema acusatório</p><p>é o adotado pela Constituição Federal. Vejamos: Art. 129. São funções institucionais do Ministério</p><p>Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. A função de acusar nas</p><p>ações penais públicas é do Ministério Público, sendo assim o sistema acusatório, não é a outra a</p><p>6 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E LEI DE EXECUÇÃO PENAL COMENTADOS POR ARTIGOS (2020). 4ª edição</p><p>revista, atualizada e ampliada, Rogério Sanches Cunha e Ronaldo Batista Pinto. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>14</p><p>conclusão que poderíamos ter, haja vista que a CF outorgou a titularidade da persecução penal ao referido</p><p>órgão, por excelência. Por fim, conforme destacamos acima, a adoação do sistema acusatório no OJ</p><p>Brasileiro foi reafirmanda com o advento do art. 3-A do CPP, oriunda do Pacote Anticrime (Lei</p><p>n. 13.964/2019).</p><p>Corroborando ao exposto, Rogério Sanches e Ronaldo Batista:</p><p>A Lei 13.964/19, obediente à Carta Maior, foi clara: o processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do</p><p>juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação (art. 3-A do CPP). A suspensão deste</p><p>artigo pelo STF não permite concluir que nosso ordenamento, sob o comando da Constituição Federal, adota sistema diverso</p><p>do acusatório.</p><p>Cumpre destacarmos ainda que o PAC – pacote anticrime reforçou o sistema acusatório, mas não tornou</p><p>o sistema Brasileiro como acusatório puro, tendo em vista que ainda temos dispositivos que permitem a</p><p>atuação do juiz, como, por exemplo, o Art. 212 do CPP.</p><p>14. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). Em se tratando de processo</p><p>penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, uma fonte direta e uma fonte</p><p>indireta.</p><p>a) Costume e lei.</p><p>b) Costume e jurisprudência.</p><p>c) Doutrina e jurisprudência.</p><p>d) Princípios gerais do direito e doutrina.</p><p>e) Lei e costume.</p><p>Gabarito E.</p><p>Fontes formais, rotuladas, ainda, de fontes de revelação, de cognição ou de conhecimento, traduzem as</p><p>formas pelas quais o direito se exterioriza. Classificam-se em fontes formais imediatas ou diretas e</p><p>fontes formais mediatas ou indiretas.</p><p>Como fontes formais imediatas ou diretas compreendem-se as leis, assim compreendido todo e</p><p>qualquer dispositivo editado pelo poder público, entre os quais:</p><p>- Constituição Federal;</p><p>- Legislação Infraconstitucional;</p><p>- Os tratados, convenções e regras de direito internacional.</p><p>Por outro lado, como fontes formais mediatas ou indiretas compreendem-se os princípios gerais de</p><p>direito, a analogia, os costumes, a doutrina, o direito comparado e a jurisprudência. Assim:</p><p>- Doutrina;</p><p>- Princípios gerais do direito;</p><p>- Direito comparado;</p><p>- Analogia;</p><p>- Costumes;</p><p>- Jurisprudência.</p><p>Vejamos de forma ESQUEMATIZA7:</p><p>7 Quadro Esquematizado construído a partir das explicações propostas na Obra CURSO COMPLETO DE PROCESSO</p><p>PENAL • Walfredo Cunha Campos, 2020. Editora JusPodivm. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>15</p><p>Fontes materiais ou de produção Fontes formais ou de revelação, de</p><p>cognição ou de conhecimento</p><p>É o sujeito de direito que cria o processo penal.</p><p>Este sujeito é a União, uma vez que compete a</p><p>ela, privativamente, legislar sobre direito</p><p>processual (art. 22, I, da CF).</p><p>Os Estados, excepcionalmente, poderão criar</p><p>leis que tratem de questões especí- ficas</p><p>processuais, como autoriza o § único do art. 22</p><p>da CF.</p><p>Os Estados e o DF podem legislar,</p><p>concorrentemente, sobre direito penitenci- ário</p><p>(art. 24, I, da CF), isto é, sobre a organização e</p><p>funcionamento de unidades de cumprimento de</p><p>penas e medidas de segurança, além de lhes ser</p><p>autorizada a regula- mentação de leis federais</p><p>que tratem das execuções penais, quando estas</p><p>permitirem tal complementação.</p><p>São as formas através das quais o direito processual</p><p>se revela, se exterioriza, divi- dindo-se em fontes</p><p>formais imediatas ou diretas e fontes formais</p><p>mediatas ou indiretas.</p><p>Fontes formais imediatas ou diretas – aquelas que</p><p>têm sua origem no próprio ordenamento jurídico,</p><p>diretamente, sem intermediações.</p><p>Fontes formais mediatas ou indiretas – aquelas que</p><p>têm sua origem na inter- pretação do ordenamento</p><p>jurídico, indiretamente</p><p>15. (Ano: 2013. Banca: UEG. Órgão: PC-GO. Prova: Delegado de Polícia). As normas genuinamente</p><p>processuais</p><p>a) admitirão interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais</p><p>do direito.</p><p>b) não admitem aplicação analógica, mas admitirão interpretação extensiva.</p><p>c) não admitem interpretação extensiva, mas admitirão aplicação analógica.</p><p>d) serão aplicadas desde logo, mas tornam inválidos os atos praticados sob a égide da lei anterior se</p><p>desfavoráveis ao imputado.</p><p>Gabarito A.</p><p>Art. 3, CPP: A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais do direito.</p><p>Vamos REFORÇAR?</p><p>A lei processual penal</p><p>admitirá</p><p>• Interpretação extensiva;</p><p>• Analogia;</p><p>• Princípios gerais de direito.</p><p>16. (Ano: 2012. Banca: PC-SP. Órgão: PC-SP. Prova: Delegado de Polícia). Historicamente, o processo</p><p>penal acusatório distinguia-se do inquisitório porque enquanto o primeiro era</p><p>a) escrito e público, o segundo era oral e sigiloso.</p><p>b) escrito e sigiloso, o segundo era oral e público.</p><p>c) misto (oral e escrito), o segundo era exclusivamente oral.</p><p>d) oral e público, o segundo era escrito e sigiloso.</p><p>e) oral e sigiloso, o segunde era escrito e público.</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>16</p><p>Gabarito D. Enquanto o sistema acusatório é marcado pela oralidade e por ser público, o sistema</p><p>inquisitorial tem a característica de ser escrito e sigiloso.</p><p>17. (Ano: 2008. Banca: CEFET-BA. Órgão: PC-BA. Prova: Delegado de Polícia). Sobre Sistemas</p><p>Processuais, pode-se afirmar que o:</p><p>a) Acusatório prega o respeito incondicional ao contraditório, à publicidade, à imparcialidade, à ampla</p><p>defesa, bem como distribui a órgãos distintos as funções de acusar, defender e julgar.</p><p>b) Inquisitivo fixa que o Contraditório deve sempre ser observado, havendo separação de poderes entre</p><p>a autoridade policial, o juiz e o promotor.</p><p>c) Inquisitivo, adotado pelo Brasil, determina que basta o Inquérito Policial para julgar alguns crimes ou</p><p>contravenções, dispensando-se, nesses casos, o processo penal.</p><p>d) Misto, apesar de ser uma fusão dos dois outros, prescreve que, em nenhum momento, as garantias</p><p>constitucionais sejam observadas, daí porque a doutrina tece severas críticas.</p><p>e) Acusatório confere mais poderes e prerrogativas ao Ministério Público do que ao réu, visto como</p><p>objeto da relação processual.</p><p>Gabarito A.</p><p>Conforme explica o prof. Noberto Avena8, próprio dos regimes democráticos, o sistema acusatório</p><p>caracteriza-se pela distinção absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a</p><p>cargo de pessoas distintas.</p><p>Nesse sistema existe uma clara separação entre os órgãos de acusação e julgamento. O juiz é um</p><p>terceiro imparcial e a produção de provas está na mão das partes. O juiz é absolutamente inerte e</p><p>imparcial, com contraditório e ampla defesa assegurados e com publicidade dos atos.</p><p>No sistema acusatório, as funções serão exercidas por partes distintas. As funções de acusar, defender</p><p>e julgar são atribuídas a pessoas diversas. No referido sistema haverá respeito ao contraditório. O</p><p>acusado deixa de ser considerado mero objeto e passa a configurar como sujeito de direitos. A gestão</p><p>da prova, em um sistema acusatório puro, o juiz não poderia produzir prova de ofício. Por outro lado, a</p><p>outra parte da doutrina aduz que o juiz pode produzir prova de ofício na fase processual. Assim, na fase</p><p>investigatória não é dada ao juiz produzir prova de ofício, porém, na fase processual lhe é permitido,</p><p>desde que atue de forma residual.</p><p>Por oportuno, cumpre destacarmos que o art. 3-A do CPP acrescido pela Lei 133.964/2019, ora suspenso,</p><p>deixou expresso a adoção do sistema acusatório.9</p><p>18. (Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AP. Prova: Defensor Público). O sistema acusatório</p><p>a) se caracteriza por separar as funções de acusar e julgar e por deixar a iniciativa probatória com as</p><p>partes.</p><p>b) se verifica quando a Constituição prevê garantias ao acusado.</p><p>c) tem sua raiz na motivação das decisões judiciais.</p><p>d) vigora em sua plenitude no direito brasileiro.</p><p>e) privilegia a acusação, sedo próprio dos regimes autoritários.</p><p>8 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:</p><p>MÉTODO,</p><p>2018.</p><p>9 Rogério Sanches e Ronaldo Batista (2020): A nossa Bíblia Política de 1988 adota esse sistema. A Lei 13.964/19, obediente</p><p>à Carta Maior, foi clara: o processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação</p><p>e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação (art. 3º-A do CPP). A suspensão deste artigo pelo STF não</p><p>permite concluir que nosso ordenamento, sob o comando da Constituição Federal, adota sistema diverso do acusatório. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>17</p><p>Gabarito A. Nesse sistema existe uma clara separação entre os órgãos de acusação e julgamento. O</p><p>juiz é um terceiro imparcial e a produção de provas está na mão das partes. O juiz é absolutamente</p><p>inerte e imparcial, com contraditório e ampla defesa assegurados e com publicidade dos atos.</p><p>19. (Ano: 2017. Banca: CESPE. Órgão: DPE-AL. Prova: Defensor Público). No processo penal, as</p><p>características do sistema acusatório incluem</p><p>I. clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória exclusiva das partes e o juiz</p><p>como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova.</p><p>II. neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e repúdio à prova tarifada.</p><p>III. predominância da oralidade no processo, imparcialidade do juiz e supremacia da confissão do réu</p><p>como meio de prova.</p><p>IV. celeridade do processo e busca da verdade real, o que faculta ao juiz determinar de ofício a produção</p><p>de prova.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, III e IV.</p><p>Gabarito A.</p><p>I – No sistema acusatório, há separação de funções (acusar, defender e julgar) e as partes são</p><p>gestoras da prova. O juiz só atua quando provocado e excepcionalmente de ofício nos casos</p><p>previstos em lei.</p><p>II – O juiz é imparcial e equidistante.</p><p>III – A confissão não é considerada mais a rainha das provas no sistema acusatório.</p><p>IV – O juiz deve atuar na gestão da prova de forma subsidiária e suplementar (e não de ofício).</p><p>20. (Ano: 2018. Banca: VUNESP. Órgão: PC-BA. Prova: Delegado de Polícia). Aplicar-se-á a lei processual</p><p>penal, nos estritos termos dos arts. 1º , 2º e 3º do CPP,</p><p>a) aos processos de competência da Justiça Militar.</p><p>b) ultrativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.</p><p>c) retroativamente, mas apenas quando favorecer o acusado.</p><p>d) desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.</p><p>e) com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo, interpretação extensiva e</p><p>aplicação analógica.</p><p>Gabarito D. Conforme prevê o Art. 2 do CPP, “a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem</p><p>prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. Adotou-se o chamada</p><p>PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE OU “TEMPUS REGIT ACTUS”.</p><p>Nesse sentido, leciona Noberto Avena10 “o art. 2° do CPP dispõe que a lei processual penal será aplicada</p><p>desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Incide, enfim, o</p><p>princípio tempus regit actum, também chamado de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata</p><p>da lei processual6, significando que o tempo rege a forma como deve revestir-se o ato processual e os</p><p>efeitos que dele podem decorrer. Logo, se no curso de um processo criminal sobrevier nova lei</p><p>10 Processo penal / Norberto Avena. – 12. ed., – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>18</p><p>processual, os atos já realizados sob a égide da lei anterior manterão sua validade normal. Contudo, os</p><p>atos posteriores serão praticados segundo os termos da nova normatização”.</p><p>21. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico</p><p>de Inteligência - Área 2. Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual</p><p>penal, bem como dos sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.</p><p>O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são considerados fontes</p><p>formais diretas do direito processual penal.</p><p>Gabarito ERRADO.</p><p>O Código de Processo penal, de fato, é considerada fonte direta ou imediata do processo penal. Contudo,</p><p>a jurisprudência e os princípios gerais do direito são fontes formais INDIRETAS ou mediatas.</p><p>Como fontes formais imediatas ou diretas compreendem-se as leis, assim compreendido todo e</p><p>qualquer dispositivo editado pelo poder público, entre os quais:</p><p>- Constituição Federal;</p><p>- Legislação Infraconstitucional;</p><p>- Os tratados, convenções e regras de direito internacional.</p><p>Por outro lado, como fontes formais mediatas ou indiretas compreendem-se os princípios gerais de</p><p>direito, a analogia, os costumes, a doutrina, o direito comparado e a jurisprudência. Assim:</p><p>- Doutrina;</p><p>- Princípios gerais do direito;</p><p>- Direito comparado;</p><p>- Analogia;</p><p>- Costumes;</p><p>- Jurisprudência.</p><p>22. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico</p><p>de Inteligência - Área 2.</p><p>Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos</p><p>sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.</p><p>A publicidade, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa são características marcantes do</p><p>sistema processual acusatório.</p><p>Gabarito CERTO. Conforme explica o prof. Noberto Avena11, próprio dos regimes democráticos, o</p><p>sistema acusatório caracteriza-se pela distinção absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar,</p><p>que deverão ficar a cargo de pessoas distintas.</p><p>Nesse sistema existe uma clara separação entre os órgãos de acusação e julgamento. O juiz é um</p><p>terceiro imparcial e a produção de provas está na mão das partes. O juiz é absolutamente inerte e</p><p>imparcial, com contraditório e ampla defesa assegurados e com publicidade dos atos.</p><p>No sistema acusatório, as funções serão exercidas por partes distintas. As funções de acusar, defender</p><p>e julgar são atribuídas a pessoas diversas. No referido sistema haverá respeito ao contraditório. O</p><p>11 Avena, Norberto. Processo penal / Norberto Avena. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, São Paulo:</p><p>MÉTODO,</p><p>2018. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>19</p><p>acusado deixa de ser considerado mero objeto e passa a configurar como sujeito de direitos. A gestão</p><p>da prova, em um sistema acusatório puro, o juiz não poderia produzir prova de ofício. Por outro lado, a</p><p>outra parte da doutrina aduz que o juiz pode produzir prova de ofício na fase processual. Assim, na fase</p><p>investigatória não é dada ao juiz produzir prova de ofício, porém, na fase processual lhe é permitido,</p><p>desde que atue de forma residual.</p><p>SISTEMAS PROCESSUAIS12</p><p>INQUISITIVO ACUSATÓRIO</p><p>Funções</p><p>Reunidas nas mãos do Juiz</p><p>(acusar, defender e julgar)</p><p>Há separação de funções (acusar, defender e</p><p>julgar)</p><p>Réu Objeto da investigação Sujeito de direitos</p><p>Atos Sigilosos Públicos, salvo exceções legais</p><p>Gestão da Prova</p><p>Juiz é gestor da prova, podendo</p><p>atuar de ofício, seja na investigação,</p><p>seja no processo criminal.</p><p>Partes são gestoras da prova. O juiz só</p><p>atua quando provocado e</p><p>excepcionalmente de ofício nos casos</p><p>previstos em lei.</p><p>Sistema da Prova</p><p>Sistema da Prova Tarifada</p><p>(confissão como rainha das provas)</p><p>Sistema do Livre Convencimento</p><p>Motivado ou da Persuasão Racional</p><p>Presunção</p><p>De Culpabilidade, podendo utilizar-</p><p>se de tortura e meios cruéis para obter</p><p>a confissão.</p><p>Da Não Culpabilidade ou Inocência</p><p>Julgador Parcial Imparcial e Equidistante</p><p>Garantias</p><p>Processuais</p><p>Não há contraditório, ampla defesa ou</p><p>devido processo legal.</p><p>Todas as garantias constitucionais inerentes</p><p>ao julgamento.</p><p>23. Ano: 2014 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça –</p><p>Matutina.</p><p>Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.</p><p>Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação</p><p>analógica.</p><p>Gabarito CERTO.</p><p>Art. 3, CPP: A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais do direito.</p><p>Vamos REFORÇAR?</p><p>A lei processual penal</p><p>admitirá</p><p>• Interpretação extensiva;</p><p>• Analogia;</p><p>• Princípios gerais de direito.</p><p>24. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário</p><p>Federal.</p><p>No que concerne às disposições preliminares do Código de Processo Penal (CPP), ao inquérito policial</p><p>e à ação penal, julgue o próximo item.</p><p>12 Tabela extraída do LEGISLAÇÃO BIZURADA @ DeltaCaveira10. Licenciado para: Ana - CPF:</p><p>20</p><p>Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica.</p><p>Gabarito ERRADO. A lei processual penal não faz distinção entre aplicação analógica benéfica ou</p><p>maléfica, aplicar-se-á independentemente.</p><p>Cuidado. Interpretação analógica se difere de analogia, esta última é um processo de integração da</p><p>norma cuja finalidade é suprir lacunas. Consiste na aplicação de um caso concreto não disciplinado por</p><p>norma alguma, de uma lei que disciplina fato semelhante. Exemplo:</p><p>Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou</p><p>prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.</p><p>Veja que não menciona o companheiro, então a doutrina aponta que se deve fazer a analogia para</p><p>abranger também o companheiro.</p><p>Obs.: Já temos julgado aplicando o entendimento – o companheiro para fins de representação no caso</p><p>de morte do ofendido ou declarado ausente (Informativo comentado no simulado temático sobre ação</p><p>penal).</p><p>25. Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AC Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico</p><p>Judiciário – Auxiliar.</p><p>A lei processual penal não admite interpretação extensiva ou aplicação analógica, mas pode ser</p><p>suplementada pelos princípios gerais de direito.</p><p>Gabarito ERRADO. A lei processual penal ADMITE tanto a interpretação extensiva, quanto a aplicação</p><p>analógica. É admissível ainda o suplemento dos princípios gerais do direito.</p><p>Art. 3° A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>LEI PROCESSUAL PENAL ADMITE</p><p>Interpretação extensiva Aplicação Analógica Princípios Gerais do Direito</p><p>26. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia. A</p><p>lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos</p><p>princípios gerais de direito.</p><p>Gabarito CERTO. Trata-se de norma prevista ao teor do art. 3° do CPP. Vejamos:</p><p>Art. 3° A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>LEI PROCESSUAL PENAL ADMITE</p><p>Interpretação extensiva Aplicação Analógica Princípios Gerais do Direito</p><p>Licenciado para: Ana - CPF:</p>