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<p>ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES</p><p>FINANCEIRAS</p><p>Professor Eugenio Montoto</p><p>Contabilidade, Gestão e Tributação</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Sumário</p><p>Módulo 1 – Aula 1</p><p>Introdução à Análise das Demonstrações Contábeis</p><p>Tópico 1.1.1 - Visão Histórica da disciplina</p><p>Tópico 1.1.2 - Conceitos básicos</p><p>1.1.2.1 - Técnicas contábeis</p><p>1.1.2.2 - A sequencia do processo Contábil</p><p>1.1.2.3 - Demonstrações exigidas</p><p>1.1.2.4 - Objetivo do relatório contábil financeiro</p><p>1.1.2.5 - Limitações do relatório contábil.</p><p>1.1.2.6 - Principais usuários da informação contábil</p><p>1.1.2.7 - Regime de registro de receitas e despesas</p><p>1.1.2.8 - Conteúdo do Relatório de Análise</p><p>Tópico 1.1.3 - Estados Gráficos Patrimoniais</p><p>Tópico 1.1.4 - Ajustes e simplificações nas demonstrações</p><p>Tópico 1.1.5 - Definição de ativo operacional</p><p>Tópico 1.1.6 - Ciclo operacional, econômico e ciclo de caixa</p><p>Módulo 1 – Aula 2</p><p>Números Índices, Tipos e Classificações das Análises</p><p>Tópico 1.2.1 Números Índices</p><p>Tópico 1.2.2 Análise vertical e horizontal</p><p>Tópico 1.2.3 Classificações dos índices</p><p>Tópico 1.2.3.1. Índices estáticos</p><p>Tópico 1.2.3.2. índices operacionais</p><p>Tópico 1.2.3.3. índices de rotação</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 1 – Aula 3</p><p>Conceitos e Índices de Liquidez</p><p>Tópico 1.3.1 - Conceitos</p><p>Tópico 1.3.2 – Índices de Liquidez</p><p>Tópico 1.3.2.1 Liquidez imediata</p><p>Tópico 1.3.2.2 Liquidez seca</p><p>Tópico 1.3.2.3 Liquidez Corrente</p><p>Tópico 1.3.2.4 Liquidez Geral</p><p>Tópico 1.3.2.5 Indice de Solvência</p><p>Módulo 1 – Aula 4</p><p>Conceitos e Índices de Rotação ou Atividade</p><p>Tópico 1.4.1 - Conceitos</p><p>Tópico 1.4.2 – Prazos Médios de Rotação ou Atividade</p><p>Tópico 1.4.2.1 Prazo Médio de Rotação dos Estoques</p><p>Tópico 1.4.2.2 Prazo Médio de Rotação do Contas a Receber</p><p>Tópico 1.4.2.3. Prazo Médio de Rotação do Contas a Pagar</p><p>Tópico 1.4.2.3.1 Ciclo de caixa negativo</p><p>1.4.2.4. Rotação dos investimentos e do ativo</p><p>1.4.2.4.1 Rotação (Giro) dos investimentos</p><p>1.4.2.4.2 Rotação (Giro) do ativo</p><p>1.4.2.5 Rotação do PL ou do capital próprio</p><p>Módulo 2 – Aula 1</p><p>Conceitos e Índices de Lucratividade</p><p>Tópico 2.1.1 – Demonstração do Resultado (DRE)</p><p>Tópico 2.1.1.1 – Resultado das operações descontinuadas</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 2.1.2 Índices de lucratividade</p><p>Tópico 2.1.2.1 Margem bruta</p><p>Tópico 2.1.2.2 Margem operacional</p><p>Tópico 2.1.2.3 Margem Líquida</p><p>Módulo 2 – Aula 2</p><p>Conceitos e Índices de Rentabilidade</p><p>Tópico 2.2.1 - Conceitos</p><p>Tópico 2.2.1.1 – Definição de ativo operacional</p><p>Tópico 2.2.1.2. Definição de investimentos</p><p>Tópico 2.2.2 Índices de rentabilidade</p><p>Tópico 2.2.2.1 Rentabilidade do ativo</p><p>Tópico 2.2.2.2 Rentabilidade do ativo operacional</p><p>Tópico 2.2.2.3 Rentabilidade dos investimentos</p><p>Tópico 2.2.2.4 Rentabilidade do capital de terceiros</p><p>Tópico 2.2.2.5 Rentabilidade do passivo oneroso</p><p>Módulo 2 – Aula 3</p><p>Conceitos e Índices de Endividamento</p><p>Tópico 2.3.1 - Conceitos</p><p>Tópico 2.3.1.1. Taxas de juros</p><p>Tópico 2.3.2 Índices de Endividamento</p><p>Tópico 2.3.2.1 Endividamento geral</p><p>Tópico 2.3.2.2 Garantia do capital de terceiros</p><p>Tópico 2.3.2.3 Composição do endividamento</p><p>Tópico 2.3.2.4 Imobilização do PL</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 2.3.2.5 Imobilização dos recursos não correntes.</p><p>Módulo 2 – Aula 4</p><p>Conceitos e Índice de Alavancagem Financeira (GAF)</p><p>Tópico 2.4.1 - Conceitos</p><p>Tópico 2.4. 2 – Índice de Alavancagem Financeira (GAF)</p><p>Módulo 3 – Aula 1</p><p>Conceitos e Índices de Alavancagem Operacional</p><p>Tópico 3.1.1 – Margem de contribuição</p><p>Tópico 3.1.2 – Índice de Alavancagem Operacional (GAO)</p><p>Tópico 3.1.2.1 Índice alternativo de grau de alavancagem</p><p>operacional</p><p>Módulo 3 – Aula 2</p><p>Capital Circulante</p><p>Tópico 3.2.1 - Capital de Circulante Líquido</p><p>Tópico 3.2.2 - Capital de Giro Próprio</p><p>Tópico 3.2.3.- Relação entre CCL e CGP</p><p>Módulo 3 – Aula 3</p><p>Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Saldo em Tesouraria (ST)</p><p>Tópico 3.3.1 – Necessidade de capital de giro (NCG)</p><p>Tópico 3.3.2 – Saldo em tesouraria (ST)</p><p>Tópico 3.3.3 – Relação entre CCL, ST e NCG</p><p>Módulo 3 – Aula 4</p><p>Efeito Tesoura</p><p>Tópico 3.4.1 - Conceito</p><p>Tópico 3.4.2 – Cálculo do Efeito Tesoura</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 4 – Aula 1</p><p>Modelo Fleuriet de Análise Financeira</p><p>Tópico 4.1.1 - Conceitos Básicos Relacionados ao Modelo Fleuriet</p><p>Tópico 4.1.2 – Tipos de balanços do Modelo Fleuriet</p><p>Tópico 4.1.2.1 Estrutura financeira EXCELENTE</p><p>Tópico 4.1.2.2 Estrutura financeira SÓLIDA</p><p>Tópico 4.1.2.3 Estrutura financeira INSUFICIENTE</p><p>Tópico 4.1.2.4 Estrutura financeira ARRISCADA</p><p>Tópico 4.1.2.5 Estrutura financeira MUITO RUIM</p><p>Tópico 4.1.2.6 Estrutura financeira PÉSSIMA</p><p>Módulo 4 – Aula 2</p><p>Liquidez Corrente, Rentabilidade e Indicador Fleuriet</p><p>Tópico 1 - Discussão liquidez, rentabilidade e estrutura financeira.</p><p>Tópico 2 – Análise sobre 2.200 empresas brasileiras em 2009,</p><p>2010 e 2011.</p><p>Módulo 4 – Aula 3</p><p>EBITDA, EBIT e EBI</p><p>Tópico 4.3.1 - EBITDA (LAJIDA)</p><p>Tópico 4.3.2 - EBIT (JAJIR)</p><p>Tópico 4.3.3 – EBI (LAIR)</p><p>Tópico 4.3.4 - Cobertura de Juros</p><p>Módulo 4 – Aula 4</p><p>CMPC, VEA, MVA e Valor da Empresa</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 4.4.1 - Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)</p><p>Tópico 4.4.2 - Valor Econômico Adicionado(VEA)</p><p>Tópico 4.4.3 - Valor Adicionado de Mercado (Market Value Added</p><p>- MVA)</p><p>Tópico 4.4.4 – Valor da Empresa</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 1 – Aula 1</p><p>Introdução à Análise das Demonstrações Contábeis</p><p>Tópico 1.1.1- Visão Histórica da Disciplina</p><p>A disciplina Análise das Demonstrações Contábeis ou</p><p>simplesmente Análise de Balanços, é uma área de conhecimento</p><p>da Contabilidade que não possui nenhuma norma formal, os</p><p>conceitos, análises típicas, fórmulas e teorias são oriundas das</p><p>práticas usuais internacionais e dos principais autores brasileiros e</p><p>podemos citar sem qualquer dificuldade os professores Dante</p><p>Carmine Matarazzo e Alexandre Assaf Neto.</p><p>Desde que o homem passou a viver em comunidade,</p><p>ocorreram registros contábeis e arqueólogos encontraram em</p><p>anos recentes esses registros, os primeiros registros datam de</p><p>8.000 atrás.</p><p>Até o século XVII, a Contabilidade produzia informações para</p><p>os proprietários, o código comercial Francês foi o primeiro</p><p>instituto formal que regulamentou a Contabilidade no sentido de</p><p>fornecimento de informações para terceiros, no caso, o sistema</p><p>financeiro. Na mesma êpoca, segundo Martins, Diniz e Miranda</p><p>(2012), na Inglaterra já eram produzidas informações para</p><p>credores e investidores.</p><p>Nos Estados Unidos da América (EUA), a partir de 1895, o</p><p>Conselho Executivo da Associação dos Bancos de NEW YORK,</p><p>passou a recomendar que seus membros solicitassem declarações</p><p>escritas e assinadas dos gestores e proprietários das empresas</p><p>que sobre seus patrimônios.</p><p>O autor William Post escreveu em 1906 que há 10 anos</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>poucos bancos exigiam declarações dos gestores e proprietários</p><p>das empresas sobre seus patrimônios.</p><p>O FEDERAL RESERVE (Banco Central Americano), a partir de</p><p>1915, passou a condicionar operações com empresas que</p><p>apresentassem informações sobre seus patrimonios.</p><p>A DUN & BRADSTREET, passou a divulgar indíces para os</p><p>principais ramos de atividades nos EUA.</p><p>No Brasil a análise das demonstrações ganhou um impulso a</p><p>partir da fundação do SERASA</p><p>neste momento possui um saldo em tesouraria suficiente.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 103. Saldo em tesouraria</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 3.3.3 – Relação entre CCL, ST e NCG</p><p>A necessidade de capital de giro é calculado por uma</p><p>diferença entre parte do ativo circulante e parte do passivo</p><p>circulante, o saldo em tesouraria é calculado entre a outra parte</p><p>complementar do ativo circulante e do passivo circulante, desta</p><p>forma, como a diferença entre Ativo Circulante e Passivo</p><p>Circulante é o CCL, também podemos determinar o CCL pela soma</p><p>das diferença, isto é:</p><p>CCL = ST + NCG</p><p>Figura 104. Relação entre CCL, ST e NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 3 – Aula 4</p><p>Efeito Tesoura</p><p>Tópico 3.4.1 – Conceito</p><p>O efeito tesoura é uma razão entre o saldo em tesouraria (ST)</p><p>e a necessidade de capital de giro. Só tem sentido calcular e</p><p>utilizar este índice para realizar uma análise se tivermos o ST de</p><p>pelos menos dois exercícios.</p><p>Figura 105. Efeito Tesoura</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 3.4.2 Cálculo do efeito tesoura (ET)</p><p>Vamos utilizar duas situações clássicas para calcular o efeito</p><p>tesoura e entender o significado deste indicador.</p><p>Exemplo 1. ST Negativo e NCG Positivo</p><p>Supondo que o saldo tesouraria no ano X1 seja de - $ 5.000 e que</p><p>haja uma necessidade de capital de giro de $ 10.000, teríamos</p><p>neste ano o índice de ET no valor de :</p><p>𝐸𝑇 =</p><p>𝑆𝑇</p><p>𝑁𝐶𝐺</p><p>=</p><p>−5.000</p><p>10.000</p><p>= -0,5</p><p>Supondo que no ano X2 esta mesma empresa estivesse com um</p><p>saldo tesouraria = - $ 7.500 e uma necessidade de capital de giro</p><p>de $ 12.500, o índice ET seria de :</p><p>𝐸𝑇 =</p><p>𝑆𝑇</p><p>𝑁𝐶𝐺</p><p>=</p><p>−7.500</p><p>12.500</p><p>= -0,6</p><p>Neste exemplo o saldo em tesouraria em X1 é negativo e em</p><p>X2, fica ainda mais negativo, a necessidade de capital de giro é</p><p>positiva em X1 e aumenta em X2.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 106. Exemplo 1 de efeito tesoura.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Exemplo 2 ST positivo e NCG positivo</p><p>Supondo que o saldo tesouraria no ano X1 seja de $ 10.000 e</p><p>que haja uma necessidade de capital de giro de $ 20.000, teríamos</p><p>neste ano o índice de ET no valor de :</p><p>𝐸𝑇 =</p><p>𝑆𝑇</p><p>𝑁𝐶𝐺</p><p>=</p><p>10.000</p><p>20.000</p><p>= 0,5</p><p>Supondo que no ano X2 esta mesma empresa estivesse</p><p>com um saldo tesouraria = $ 6.000 e uma necessidade de capital</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>de giro de $ 30.000, o índice ET seria de :</p><p>𝐸𝑇 =</p><p>𝑆𝑇</p><p>𝑁𝐶𝐺</p><p>=</p><p>6.000</p><p>30.000</p><p>= 0,2</p><p>Figura 107. Significado do efeito tesoura</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 4 – Aula 1</p><p>Modelo Fleuriet de Análise Financeira</p><p>Tópico 4.1.1 - Conceitos Básicos Relacionados ao Modelo Fleuriet</p><p>O modelo Fleuriet de análise financeira considera a relação</p><p>entre as grandezas Capital Circulante Líquido (CCL), Necessidade</p><p>de Capital de Giro (NCG) e Saldo em Tesouraria (T).</p><p>Figura 108. Grandezas do modelo Fleuriet.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A análise em conjunto das três grandezas estudadas,</p><p>evidencia uma informação gerencial muito abrangente, uma vez</p><p>que possui implícita no modelo a informação da situação de efetiva</p><p>liquidez (saldo em tesouraria) como da gestão das aplicações de</p><p>recursos em itens operacionais e de como estão sendo financiados</p><p>esses recursos.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>O Modelo Fleuriet classifica as empresas em seis tipos de</p><p>qualidade de estrutura em função de suas grandezas. Os tipos de</p><p>estruturas financeiras associadas ao Modelo Fleuriet estão</p><p>associados a 6 (seis) configurações de balanços que variam em</p><p>função das grandezas CCL, NCG e T. Será adotado o exemplo de</p><p>Braga (1991) em seu artigo sobre análise avançada do capital de</p><p>giro.</p><p>Ele exemplifica os seis modelos possíveis de balanços que</p><p>refletem a estrutura financiamento do capital de giro:</p><p>Braga (1991) adota ativo total no valor de $ 100, isto é, AT=</p><p>ACF + ACO + ANC. CCL e NCG variando de $ (20) a $ 20 em uma</p><p>escala de $ 5 em $ 5 unidades monetárias. Os saldos em tesouraria</p><p>(T) possíveis são representados pelos valores no centro da tabela</p><p>aplicando-se a equação T = CCL – NCG. Desta forma construímos a</p><p>tabela de possibilidades a seguir:</p><p>Na análise dos valores obtidos despreza-se a possibilidade de</p><p>CCL ser igual a ZERO uma vez que AC = PC é uma possibilidade</p><p>infinitesimal na prática, por menor que seja o CCL ele será um valor</p><p>desprezível negativo ou positivo na prática. Da mesma forma,</p><p>também, despreza-se a possibilidade de NCG ser igual a ZERO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>porque também é infinitesimal a possibilidade de ACO ser igual à</p><p>PCO uma vez que são variáveis continuas. Também, despreza-se a</p><p>possibilidade de CCL ser igual a NCG porque para que isso ocorra o</p><p>ACF e o PCF deveriam ser ZERO, isto é, saldo em tesouraria ser ZERO</p><p>e isso teria pouquíssima possibilidade prática.</p><p>A figura a seguir é uma transcrição do exemplo contido no</p><p>artigo de Braga (1991) sobre os 6 (seis) tipos de balanços do Modelo</p><p>Fleuriet.</p><p>Figura 109. Origem do indicador Fleuriet</p><p>Tipo 4 (IN)</p><p>20 15 10 5 0</p><p>10 5 0 (5)</p><p>Tipo 5 (S.0)</p><p>20 40 35 30 25</p><p>15 35 30 25 20 15</p><p>15 10 5 0 (5) (10)</p><p>5 0 (5) (10) (15)</p><p>10</p><p>Tipo 6 (EX)</p><p>30 25 20</p><p>0 (5) (10) (15) (20)</p><p>5 25 20 15 10</p><p>(5) (10) (15) (20) (25)</p><p>0 20 15 10 5</p><p>(15) (20) (25) (30)</p><p>(5)</p><p>Tipo 3 (AR)</p><p>15 10 5 0</p><p>(10) 10 5 0 (5) (10)</p><p>(15) (20)</p><p>(25)</p><p>(30) (35)</p><p>Tipo 1 (PE)</p><p>(25) (30) (35) (40)</p><p>Tipo 2 (MR)</p><p>(15) 5 0 (5)</p><p>(10)</p><p>5 10 15 20</p><p>(20)</p><p>0 (5) (10) (15) (20)</p><p>(20) (15) (10) (5) 0</p><p>NCG</p><p>CCL</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte: BRAGA, 1991, p.10</p><p>4.1.2 Tipos de balanços no modelo Fleuriet</p><p>A seguir vamos analisar cada um dos tipos de balanços do</p><p>modelo Fleuriet,</p><p>4.1.2.1 Estrutura financeira excelente (EX)</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como excelente do ponto de vista</p><p>de estrutura financeira de curto prazo as empresas que apresentem</p><p>balanços do seguinte tipo:</p><p>Figura 110 - Faixa de valores da classificação Excelente</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As faixas de valores descritas na figura 110 referem-se às</p><p>empresas situadas como tipo 6 (seis) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>O balanço a seguir da figura 111 refere-se a uma empresa</p><p>com os dados situados na figura 109 na sétima linha e terceira</p><p>CCL NCG T</p><p>˃ 0 (maior que zero) ˂ 0 (menor que zero) ˃ 0 (maior que zero)</p><p>Outras condições : CCL ˃ NCG e T ˃ CCL ˃ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>coluna. As empresas com essa configuração de balanço são</p><p>empresas que conseguem créditos operacionais maiores que as</p><p>aplicações operacionais e possuem ativos financeiros em valor</p><p>superior a passivos financeiros de curto prazo de tal forma que o</p><p>capital circulante líquido também seja positivo. Essas empresas</p><p>basicamente realizam suas vendas em grande parte à vista e fazem</p><p>suas compras predominantemente a prazo. Como fazem venda à</p><p>vista geram receitas financeiras com capitais de terceiros e isso</p><p>colabora para um melhor lucro líquido. Como essa configuração de</p><p>estrutura financeira está apoiada no financiamento obtido dos seus</p><p>fornecedores, as variações significativas das vendas podem alterar</p><p>a estrutura financeira de curto prazo inclusive consumindo</p><p>o saldo</p><p>em tesouraria.</p><p>Figura 111 - Exemplo de Balanço Excelente (tipo 6)</p><p>Figura elaborada pelo autor</p><p>PCF = 10</p><p>50 LÍQUIDO</p><p>PNC + PL = 60</p><p>ACF = 30</p><p>ACO = 20</p><p>ATIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE</p><p>PCO = 30</p><p>PASSIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>4.1.2.2 Estrutura financeira sólida (SO)</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como sólida do ponto de vista de</p><p>estrutura financeira de curto prazo as empresas que apresentem</p><p>balanços do seguinte tipo:</p><p>Quadro 112 - Faixa de valores da classificação sólida (tipo 5)</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As faixas de valores descritas na Figura 112 se refere às</p><p>empresas situadas como tipo 5 (cinco) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>O balanço a seguir da figura 113, refere-se a uma empresa</p><p>com os dados situados na tabela geral na nona linha e sétima</p><p>coluna. As empresas com essa configuração de balanço são</p><p>empresas que não possuam créditos operacionais suficientes para</p><p>suprir suas necessidades de aplicações operacionais, mas possuam</p><p>CCL NCG T</p><p>˃ 0 (maior que zero) ˃ 0 (maior que zero) ˃ 0 (maior que zero)</p><p>Outras condições : CCL ˃ NCG e T ≤ NCG ou T ≥ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>ativos financeiros em valor superior a passivos financeiros de curto</p><p>prazo e o capital circulante líquido seja positivo. Esse tipo de</p><p>empresa suporta facilmente crescimento sazonal das vendas.</p><p>Entretanto, se o crescimento não for sazonal, como essas empresas</p><p>não conseguem se financiar com os recursos de seus fornecedores,</p><p>poderão consumir o saldo em tesouraria alterando por completo</p><p>sua estrutura financeira de curto prazo.</p><p>Figura 113 - Exemplo de Balanço Sólido</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>4.1.2.3 Estrutura financeira insuficiente (IN)</p><p>ATIVO</p><p>60 PNC + PL = 80</p><p>PCF =10</p><p>PCO = 10</p><p>ACF = 20</p><p>ACO = 20</p><p>NÃO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>NÃO CIRCULANTE</p><p>LÍQUIDO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como insuficiente do ponto de</p><p>vista de estrutura financeira de curto prazo as empresas que</p><p>apresentem balanços do seguinte tipo:</p><p>Figura 114 - Faixa de valores da classificação Insuficiente (tipo 4)</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As faixas de valores descritas na figura 114 refere-se às</p><p>empresas situadas como tipo 4 (quatro) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>O balanço a seguir da figura 115, refere-se a uma empresa</p><p>com os dados situados na tabela geral na sétima linha e nona</p><p>coluna. As empresas com essa configuração de balanço são</p><p>empresas que possuem CCL menor que NCG, não conseguem obter</p><p>créditos operacionais suficientes para suprir suas necessidades de</p><p>aplicações operacionais e são dependentes de financiamentos de</p><p>curto prazo. A situação se agrava à medida que cresce a demanda</p><p>por aplicações operacionais (ACO) sem o crescimento proporcional</p><p>de (PCO) e isso acarretará uma diminuição do ACF ou aumento do</p><p>PCF, diminuindo o saldo em tesouraria.</p><p>CCL NCG T</p><p>˃ 0 (maior que zero) ˃ 0 (maior que zero) ˂ 0 (menor que zero)</p><p>Outras condições : T ˂ CCL ˂ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 115 - Exemplo de Balanço Insuficiente</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>4.1.2.4 Estrutura financeira arriscada (AR)</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como arriscada do ponto de vista</p><p>de estrutura financeira de curto prazo as empresas que apresentam</p><p>balanços do seguinte tipo:</p><p>Figura 116 - Faixa de valores da classificação Arriscada (tipo 3)</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As faixas de valores descritas na figura 116 refere-se às</p><p>empresas situadas como tipo 3 (três) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>PCO =10</p><p>PASSIVO</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>LÍQUIDO</p><p>60</p><p>PNC+PL = 70</p><p>NÃO CIRCULANTE</p><p>PCF = 20</p><p>ACO = 30</p><p>ACF = 10</p><p>CCL NCG T</p><p>˂ 0 (menor que zero) ˂ 0 (menor que zero) ˃ 0 (maior que zero)</p><p>Outras condições : T ˃ CCL ˃ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 117 - Exemplo de Balanço Arriscada</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>O balanço a seguir da figura 117, acima se refere a uma</p><p>empresa com os dados situados na tabela geral na terceira linha e</p><p>primeira coluna. As empresas com essa configuração de balanço</p><p>são empresas que conseguem obter créditos operacionais (PCO)</p><p>suficientes para suprir suas necessidades de aplicações</p><p>operacionais (ACO) e possuem disponibilidades e aplicações</p><p>financeiras (ACF) maiores que as obrigações financeiras de curto</p><p>prazo (PCF). Entretanto o CCL é negativo, o que denuncia que estão</p><p>sendo aplicados recursos de curto prazo em aplicações no ativo não</p><p>circulante. Essa situação é considerada arriscada porque qualquer</p><p>alteração no volume de vendas pode consumir o saldo em</p><p>tesouraria desestabilizando a estrutura financeira de curto prazo.</p><p>PCF = 10</p><p>ACO = 10 PCO = 30</p><p>ATIVO</p><p>PASSIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>70 LÍQUIDO</p><p>PNC + PL = 60</p><p>ACF = 20</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 118 - Exemplo de Balanço Arriscada</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>4.1.2.5 Estrutura financeira muito ruim (MR)</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como excelente do ponto de vista</p><p>de estrutura financeira de curto prazo as empresas que apresentem</p><p>balanços do seguinte tipo:</p><p>Figura 119 - Faixa de valores da classificação Muito Ruim (tipo 2)</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>PCF = 10</p><p>ACO = 10 PCO = 30</p><p>ATIVO</p><p>PASSIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>70 LÍQUIDO</p><p>PNC + PL = 60</p><p>ACF = 20</p><p>CCL NCG T</p><p>˂ 0 (menor que zero) ˂ 0 (menor que zero) ˂ 0 (menor que zero)</p><p>Outras condições : T ˃ CCL e T ≤ NCG ou T ≥ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>As faixas de valores descritas da figura 119 refere-se às</p><p>empresas situadas como tipo 2 (dois) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>O balanço a seguir da figura 120 refere-se a uma empresa</p><p>com os dados situados na tabela geral na primeira linha e terceira</p><p>coluna. O único aspecto positivo é que essas empresas conseguem</p><p>obter créditos operacionais (PCO) suficientes para suprir suas</p><p>necessidades de aplicações operacionais (ACO), mas possuem saldo</p><p>negativo de tesouraria e capital circulante líquido negativo. Em</p><p>algumas situações o único aspecto positivo pode ser oriundo da</p><p>postergação de débitos operacionais. O CCL negativo também</p><p>indica aplicações de recursos de curto prazo em ativos não</p><p>circulantes, isso acentua a vulnerabilidade já notória em função de</p><p>saldo em tesouraria negativo.</p><p>Figura 120 - Exemplo de Balanço Muito Ruim</p><p>ATIVO</p><p>PASSIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>70 LÍQUIDO</p><p>50</p><p>ACF = 20</p><p>PCF = 30</p><p>ACO = 10</p><p>PCO = 20</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>4.1.2.6 Estrutura financeira péssima (PE)</p><p>O Modelo Fleuriet classifica como excelente do ponto de vista</p><p>de estrutura financeira de curto prazo as empresas que apresentem</p><p>balanços do seguinte tipo:</p><p>Figura 121 - Faixa de valores da classificação Péssima (tipo 1)</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As faixas de valores descritas na figura 121 refere-se às</p><p>empresas situadas como tipo 1 (um) da figura 109 (Origem do</p><p>indicador Fleuriet).</p><p>O balanço a seguir da figura 122, refere-se à uma empresa</p><p>com os dados situados na tabela geral na terceira linha e sétima</p><p>coluna. Essas empresas não conseguem obter créditos</p><p>operacionais (PCO) suficientes para suprir suas necessidades de</p><p>CCL NCG T</p><p>˂ 0 (menor que zero) ˃ 0 (maior</p><p>que zero) ˂ 0 (menor que zero)</p><p>Outras condições : CCL ˂ NCG e T ˂ CCL ˂ NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>aplicações operacionais (ACO), possuem saldo negativo de</p><p>tesouraria e capital circulante líquido negativo. Esse é o pior tipo de</p><p>estrutura financeira; a empresa investiu recursos de curto prazo em</p><p>ativos não circulantes, não possui sobras de tesouraria e tem</p><p>necessidade de capital de giro. Uma empresa com esse tipo de</p><p>estrutura financeira depende muito de créditos de curto prazo e</p><p>indica que não tem capacidade de suportar elevação nas vendas.</p><p>Para suportar redução da oferta de crédito ou elevar suas vendas</p><p>dependerá de ingresso de capital dos sócios.</p><p>Figura 122 - Exemplo de Balanço Péssima</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>Módulo 4 – Aula 2</p><p>Liquidez Corrente, Rentabilidade e Indicador Fleuriet</p><p>ATIVO</p><p>PASSIVO</p><p>NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>70 LÍQUIDO</p><p>60</p><p>ACF = 10</p><p>ACO = 20</p><p>PCF = 30</p><p>PCO = 10</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 4.2.1 – Discussão sobre a liquidez, rentabilidade e</p><p>estrutura financeira.</p><p>“Estudos empíricos têm sugerido que a abordagem através</p><p>do cálculo dos indicadores tradicionais não tem sido satisfatória</p><p>para explicar a situação de liquidez de uma empresa (ou a falta</p><p>dela). Algumas vezes, são obtidos resultados que evidenciam uma</p><p>aparente contradição entre a conclusão obtida pela utilização de</p><p>um indicador de liquidez e a real situação da empresa. Essa</p><p>constatação aponta para a necessidade de complementar o</p><p>estudo da liquidez através da utilização de índices com outros</p><p>instrumentos de análise, como forma de se alcançar uma visão</p><p>mais objetiva e adequada da posição da empresa”. (VIEIRA, 2008,</p><p>p.24)</p><p>Outro aspecto contraditório, é a questão da liquidez e</p><p>rentabilidade, a maioria dos autores e o próprio mercado</p><p>consideram que liquidez é incompatível com rentabilidade, veja o</p><p>que afirma o professor Assaf em seu livro:</p><p>“Conforme se conclui, uma empresa não poderá usufruir, ao</p><p>mesmo tempo de liquidez e rentabilidade máximas, devendo</p><p>optar por um volume de capital circulante líquido que satisfaça</p><p>suas expectativas e risco-retorno, ou seja, que imprima um nível</p><p>de segurança e rentabilidade adequadas” (Assaf, 2010, 162).</p><p>Figura 123. Liquidez x Rentabilidade</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor</p><p>Tópico 4.2.2 – Análise sobre 2.200 empresas brasileiras em 2009,</p><p>2010 e 2011.</p><p>Na dissertação do professor deste curso apresentada em</p><p>2013 na PUC-SP, o autor analisou mais de 2.000 empresas de 23</p><p>setores da economia brasileira de portes pequeno, médio e</p><p>grandes e o comportamento foi quase idêntico. Veja a figura a</p><p>seguir que descreve os setores e distribuição de portes de 2011 da</p><p>pesquisa realizada.</p><p>Figura 124. Setores e portes da dissertação de Eugenio Montoto</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Apresentamos a seguir a distribuição de frequência</p><p>(quantidades) em um gráfico de barras, das empresas estudadas</p><p>no ano de 2011, em função do indicador Fleuriet de situação</p><p>financeira.</p><p>Figura 125. Gráfico em barras indicador Fleuriet (2011)</p><p>Ano 2011 .</p><p>Setor Grande Médio Pequeno Total</p><p>Agronegócio e Alimentos 67 117 52 236</p><p>Bebidas e Fumo 14 8 5 27</p><p>Comércio 80 118 48 246</p><p>Comunicação 3 9 15 27</p><p>Construção e Engenharia 62 149 129 340</p><p>Editorial e Gráfico 6 16 6 28</p><p>Elétrica, Eletrônica e Tecnologia 20 29 10 59</p><p>Energia Elétrica 58 95 49 202</p><p>Farmacéutico 21 27 9 57</p><p>Indústria de Transporte 26 24 10 60</p><p>Máquinas e Equipamentos 13 38 32 83</p><p>Metalúrgico e Siderurgia 41 71 14 126</p><p>Mineração 16 12 5 33</p><p>Outras Atividades Industriais 17 42 18 77</p><p>Papel e Celulose 12 26 8 46</p><p>Petróleo e Gás 22 18 4 44</p><p>Químico e Petroquímico 41 38 8 87</p><p>Saúde 5 35 22 62</p><p>Serviços de Transporte e Logística 30 68 37 135</p><p>Serviços Públicos 14 34 21 69</p><p>Serviços Especializados 70 202 206 478</p><p>Telecomunicações 15 12 7 34</p><p>Têxtil, Confecção e Calçados 15 43 20 78</p><p>Total 668 1231 735 2634</p><p>Porcentagem 25,36% 46,74% 27,90% 100,00%</p><p>Quantidade por Porte</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A seguir os dados que foram base para a construção do</p><p>gráfico da figura 125.</p><p>Figura 126. Dados indicador Fleuriet (2011)</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A seguir estamos apresentando o resultado da pesquisa</p><p>referente a relação entre o indicador Fleuriet e o índice de</p><p>liquidez corrente, podemos perceber que as empresas</p><p>classificadas como de melhor qualidade financeira (EXCELENTE)</p><p>não são as empresas com melhor índice de liquidez corrente,</p><p>perceba também que empresas classificadas como de nível</p><p>insuficiente pelo indicador Fleuriet possuem o mesmo nível de</p><p>liquidez corrente das empresas EXCELENTES. Também cabe</p><p>Fleuriet Freq. Absoluta Freq. Relativa Média Mediana</p><p>Péssima 312 11,80% 0,736 0,779</p><p>Muito Ruim 275 10,40% 0,449 0,462</p><p>Arriscada 198 7,50% 0,674 0,76</p><p>Insuficiente 691 26,20% 1,645 1,439</p><p>Sólida 859 32,60% 2,546 2,229</p><p>Excelente 299 11,40% 1,812 1,426</p><p>Total 2634 100,00% 1,652 1,363</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>observar que as empresas de pior classificação possuem índices</p><p>de liquidez corrente muito próximos.</p><p>Esse estudo comprovou que o índice de liquidez corrente é</p><p>muito frágil e inadequado para conclusões sobre liquidez ou</p><p>estrutura financeira.</p><p>Figura 127. Relação indicador Fleuriet x Liquidez Corrente.</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Outra conclusão que a pesquisa proporcionou, foi a comprovação</p><p>que as empresas EXCELENTE do modelo Fleuriet , são as mais</p><p>rentáveis e existe uma correlação estatisticamente comprovada</p><p>no estudo entre melhor rentabilidade nas empresas melhor</p><p>classificadas no modelo Fleuriet.</p><p>Figura 128. Rentabilidade x Indicador Fleuriet</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A seguir apresentamos na figura 129 que evidencia a relação entre</p><p>a rentabilidade e o indicador Fleuriet nos anos 2009, 2010 e 2011</p><p>e observe a melhor rentabilidade foram obtidas nas empresas</p><p>com melhor estrutura financeira de acordo com o modelo</p><p>Fleuriet.</p><p>Figura 129. Rentabilidade x Indicador Fleuriet</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>ANO Péssima Muito Ruim Arriscada Insuficiente Sólida Excelente</p><p>2009 6,00% 11,00% 14,00% 8,00% 15,00% 18,00%</p><p>2010 6,00% 7,00% 10,00% 12,00% 15,00% 20,00%</p><p>2011 3,00% 8,00% 15,00% 10,00% 14,00% 16,00%</p><p>MEDIANAS - RENTABILIDADE</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 4 – Aula 3</p><p>EBITDA, EBIT e EBI</p><p>Tópico 4.3.1 – EBITDA - Earning Before Interest, Taxes,</p><p>Depreciation and Amortization (LAJIDA - Lucro Antes dos Juros,</p><p>Impostos, Depreciação e Amortização</p><p>Do ponto de vista prático, EBITDA é a geração bruta de caixa,</p><p>isto é, trata-se do lucro somado com as despesas que não</p><p>provocam saída de caixa como, depreciação, perda de</p><p>equivalência, perdas estimadas, juros de longo prazo e tributos.</p><p>Do ponto de vista legal a instrução CVM 156 de junho de</p><p>2022 define EBITDA da seguinte forma:</p><p>“Art. 3º O cálculo do LAJIDA e do LAJIR não pode excluir</p><p>quaisquer itens não recorrentes, não operacionais ou de</p><p>operações descontinuadas e será obtido da seguinte forma:</p><p>I – LAJIDA - resultado líquido do período, acrescido dos tributos</p><p>sobre o lucro, das despesas financeiras líquidas das receitas</p><p>financeiras e das depreciações, amortizações e exaustões;</p><p>II – LAJIR – resultado líquido do período, acrescido dos tributos</p><p>sobre o lucro e das despesas financeiras</p><p>líquidas das receitas</p><p>financeiras. “</p><p>Figura 130. DRE com EBITDA</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>O EBITDA, como pode ser observado na DRE da figura 130 é o</p><p>lucro líquido adicionado aos tributos sobre a renda, resultado</p><p>financeiro e depreciação, amortização e exaustão, portanto é R$</p><p>280.000,00 adicionado a R$ 120.000,00 (tributos sobre a renda),</p><p>R$ 100.000,00 (resultado financeiro) e depreciação de R$</p><p>50.000,00, totalizando R$ 550.000,00.</p><p>Tópico 4.3.2 – EBIT- Earning Before Interest, Taxes (LAJIR: Lucro</p><p>Antes dos Juros e Impostos)</p><p>Figura 131. DRE com EBIT</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>O EBIT é o resultado somado aos tributos sobre a renda e</p><p>resultado financeiro, portanto no exemplo da figura 131, teremos</p><p>R$ 280.000,00 adicionado a R$ 120.000,00 (tributos sobre a</p><p>renda) e R$ 100.000,00 (resultado financeiro), totalizando R$</p><p>500.000,00.</p><p>Tópico 4.3.3 - EBI (LAIR) Earning Before Interest – (Lucro antes do</p><p>resultado financeiro)</p><p>Nesta caso temos que excluir o impacto do resultado</p><p>financeiro no resultado da empresa, uma vez que vamos “zerar” a</p><p>despesa financeira o tributos sobre o lucro também sofrerá</p><p>modificação, veja na figura 132.</p><p>Figura 132. DRE com EBI</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Ao excluir o resultado financeiro o resultado antes do IR/CSL</p><p>é alterado e o tributo sobre a renda será calculado sobre um valor</p><p>maior, por isso o IR/CSL será maior (R$ 150.000,00).</p><p>Tópico 4.3.4 - Cobertura de Juros</p><p>Este índice indica quanta geração de caixa a empresa tem</p><p>para pagar os juros, o índice clássico é a razão entre EBITDA e</p><p>Despesas Financeiras.</p><p>Um indicador mais conservador, deduz do EBITDA a</p><p>necessidade da empresa de reinvestimento e considera o valor</p><p>líquido após essa dedução e compara este valor com as despesas</p><p>financeiras.</p><p>Figura 133. Cobertura de juros</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Módulo 4 – Aula 4</p><p>CMPC, VEA, MVA e Valor da Empresa</p><p>Tópico 4.4.1 - Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)</p><p>O capital investido não é apenas o capital dos sócios, mas</p><p>também de terceiros, desta forma o custo médio ponderado de</p><p>capital deve levar em consideração o custo dos capitais de</p><p>terceiros e do capital próprio.</p><p>Deve ser determinado o custo efetivo do passivo oneroso da</p><p>empresa e o custo do capital próprio.</p><p>O Custo do passivo oneroso é de fácil determinação, basta</p><p>verificar os custos efetivos tidos pela empresa.</p><p>O custo do capital próprio deve levar em conta a taxa de</p><p>oportunidade que os sócios teriam para o capital e o risco de um</p><p>negócio semelhante.</p><p>Figura 134. Componentes do CMPC</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>A seguir vamos exemplificar o cálculo do CMPC considerando</p><p>que uma empresa tenha despesas financeiras de R$ 100.000,00</p><p>para um capital oneroso de R$ 1.000.000,00, portanto um custo</p><p>efetivo de 10% ao ano:</p><p>Figura 135. Custo de terceiros</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A seguir, na figura 136, apresentamos os componentes</p><p>considerados no custo do capital próprio:</p><p>Figura 136. Custo do capital próprio</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A seguir apresentamos na figura 137 a composição dos</p><p>capitais e aplicações na empresa do exemplo:</p><p>Figura 137. Investimento e capitais</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>No exemplo o passivo oneroso representa 25% e o capital</p><p>próprio 75%.</p><p>No cálculo do CMPC, deve ser considerado o peso de dada</p><p>um dos capitais, além dos seus respectivos custos, a figura 138</p><p>apresenta todas as grandezas que devem ser consideradas no</p><p>cálculo do CMPC.</p><p>Figura 138, Componentes do CMPC</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>A Seguir apresentamos o cálculo que considera de maneira</p><p>ponderada os custos dos capitais e o peso no financiamento dos</p><p>investimentos:</p><p>CMPC = W1 x Ki + W2 x Ke</p><p>CMPC = 25% x 10% + 75% x 18%</p><p>CMPC = 2,5% + 13,5% = 16% a.a.</p><p>Tópico 4.4.2 - Valor Econômico Adicionado(VEA) ou Economic</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Value Added (EVA)</p><p>O valor econômico adicionado representa o valor líquido de</p><p>lucro descontando do lucro operacional a remuneração mínima</p><p>esperado pelo sócios, considerando o CMPC sobre o valor do</p><p>investimento:</p><p>Figura 139. Cálculo do EVA</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>O VEA também pode ser calculado diretamente considerando</p><p>a diferença do ROI e CMPC sobre os investimentos:</p><p>VEA = (ROI – CMPC) x Investimento</p><p>A diferença ROI-CMPC é designada como ROI residual,</p><p>quando o RROI é menor do que zero a empresa não gera VEA e</p><p>quando o RROI é maior do que zero a empresa gera VEA positivo.</p><p>Figura 140. Análise do ROI residual</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 4.4.3 - Valor Adicionado de Mercado (Market Value Added</p><p>- MVA)</p><p>O MVA ou Goodwill, segundo o professor Alexandre Assaf</p><p>Neto, “é efetivamente uma medida de riqueza, podendo ser</p><p>entendida pela diferença entre o valor de mercado da empresa e</p><p>o montante de capital que os investidores aplicaram no negócio.”</p><p>MVA =</p><p>𝑉𝐸𝐴</p><p>𝐶𝑀𝑃𝐶</p><p>Figura 141. Cálculo do MVA</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>O VEA do exemplo da figura 141 em 2021 é calculado pelo</p><p>multiplicação do RROI (9,65%) x R$ 8.500.000,00 = R$ 820.000,00</p><p>O MVA em 2021 é determinado da seguinte forma:</p><p>MVA21 =</p><p>𝑅$ 820.000,00</p><p>8%</p><p>= R$ 10.250.000,00</p><p>O VEA do exemplo da figura 141 em 2022 é calculado pelo</p><p>multiplicação do RROI (15,51%) x R$ 9.800.000,00 = R$</p><p>1.520.000,00</p><p>O MVA em 2022 é determinado da seguinte forma:</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>MVA21 =</p><p>𝑅$ 1.520.000,00</p><p>10%</p><p>= R$ 15.200.000,00</p><p>Tópico 4.4.4 – Valor da Empresa</p><p>O valor da empresa é a soma dos investimento e o Goodwill</p><p>que a empresa possui:</p><p>Valor da Empresa = Investimento + Goodwill (MVA)</p><p>Figura 142. Cálculo do valor da empresa</p><p>Fonte. Elaborada pelo autor.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Referencias bibliográficas:</p><p>ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços: um enf</p><p>oque econômico-</p><p>financeiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços.</p><p>7.ed. São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>MONTOTO, E. Contabilidade Geral e Avançada. 8.ed.</p><p>São Paulo, JUSPODIYM,2021</p><p>MARTINS.E,MIRANDA.G, DINIZ.J. Análise Didática Das</p><p>Demonstrações Contábeis. Ed Atlas, 2014.</p><p>IUDÍCIBUS.S. Análise de Balanços.10 Ed, Ed Atlas, 2012.</p><p>MONTOTO, E. Dissertação Liquidez Corrente e</p><p>Rentabilidade: Relação com o Indicador Fleiriet, PUC-</p><p>SP, 2013.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>em 1968, o SERASA se estabeleu</p><p>como fonte de referência de informações cadastrais e de ordem</p><p>econômico financeiras das empresas e também das pessoas</p><p>físicas.</p><p>Figura 1. Histórico da disciplina</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 1.1.2 - Conceitos básicos</p><p>Neste tópico, iremos conhecer as técnicas de que a</p><p>Contabilidade se utiliza para realizar suas funções, a sequencia do</p><p>processo contábil, as demonstrações exigidas pela Lei 6404/76 e</p><p>norma NBC TG 26, conteúdo do relatório de análise, objetivo e</p><p>limitações do relatório contábil financeiro e principais usuários.</p><p>1.1.2.1 Técnicas contábeis</p><p>A contabilidade se utiliza de quatro técnicas para realizar</p><p>suas funções:</p><p>1- A escrituração;</p><p>2- A elaboração das demonstrações contábeis financeiras;</p><p>3- Os trabalhos de auditoria interna e externa;</p><p>4- A analise das demonstrações contábeis, que é essa disciplina</p><p>que estamos estudando.</p><p>Figura 2. Técnicas contábeis</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor.</p><p>1.1.2.2 A sequencia do processo contábil</p><p>A Análise das Demonstrações Contábeis se inicia com o</p><p>termino do trabalho da Contabilidade, isto é, da elaboração das</p><p>demonstrações contábeis e suas notas explicativas.</p><p>Figura 3. Sequencia do processo contábil</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor</p><p>O objetivo da Contabilidade é o forcenimento de informações</p><p>para tomada de decisão por parte dos usuários das informações</p><p>contábeis, as demonstrações contábeis acompanhadas das</p><p>análises, que fazem parte das técnicas desta disciplina,</p><p>enriquecem o conjunto das informações que os usuários</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>necessitam para tomar suas decisões a respeito a empresa.</p><p>1.1.2.3 Demonstrações exigidas</p><p>O artigo 176 da Lei das sociedades anônimas (leia 6404/76)</p><p>exige das sociedades anônimas e demais entidades regidas por</p><p>esta Lei que as empresas publiquem Balanço Patrimonial,</p><p>Demonstração do Resultado, Demonstração de Lucros ou</p><p>Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração dos Fluxos de Caixa</p><p>(DFC)e Demonstração do Valor Adicionado (DVA). A Norma NBC</p><p>TG 26 (CPC 26) em seu item 10, considera que o conjunto</p><p>completo das demonstrações sejam as demonstrações exigidas</p><p>pela Lei adicionadas da Demonstração do Resultado Abrangente</p><p>(DRA) e substitui a DLPA pela Demonstração das Mutações do</p><p>Patrimônio Líquido (DMPL).</p><p>Figura 4. Demonstrações exigidas</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A lei 6404/76 dispensa a DFC, para empresas com patrimônio</p><p>líquido inferior a dois milhões e tanto a Lei como a NBC TG 26 só</p><p>exigem a DVA para empresas de capital aberto.</p><p>(*1) As Pequenas e Médias Empresas (PME), quando alterações no</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>PL derivem apenas do Lucro, pagamento de dividendos, correção</p><p>de erros e mudança de política contábil, podem substituir a DMPL</p><p>pela DLPA.</p><p>(*2) Cias fechadas com patrimônio líquido inferior a 2 milhões</p><p>estão dispensadas de elaborar (Art 176)</p><p>(*3) Obrigatórias para todas as CIAs abertas.</p><p>(*4) Obrigatória se alguma legislação exigir.</p><p>1.1.2.4 Objetivo do relatório contábil financeiro</p><p>Os itens 1.2, 1.3 e 1.4 da Estrutura Conceitual (NBC TG EC),</p><p>transcritos a seguir, definem que o objetivo das demonstrações é</p><p>o fornecimento de informações para tomadas de decisões por</p><p>parte dos usuários prioritários da informação contábil. As decisões</p><p>dos usuários estão relacionadas a realização de investimentos na</p><p>empresa, conceder empréstimos para a empresa e conhecer os</p><p>atos da administração. As informações precisam comtemplar</p><p>informações sobre os ativos, as reinvindicações (obrigações) e</p><p>eficiência da gestão.</p><p>NBC TG EC Item 1.2 O objetivo do relatório financeiro para</p><p>fins gerais1 é fornecer informações financeiras sobre a entidade</p><p>que reporta que sejam úteis para investidores, mutuantes e</p><p>outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões</p><p>referente à oferta de recursos à entidade2. Essas decisões</p><p>envolvem decisões sobre:</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>(a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de</p><p>dívida;</p><p>(b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de</p><p>crédito; ou</p><p>(c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos</p><p>da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da</p><p>entidade.</p><p>NBC TG EC Item 1.3 As decisões descritas no item 1.2</p><p>dependem dos retornos que os existentes e potenciais</p><p>investidores, credores por empréstimos e outros credores</p><p>esperam, por exemplo, dividendos, pagamentos de principal e</p><p>juros ou aumentos no preço de mercado. ....</p><p>NBC TG EC Item 1.4 Para fazer as avaliações descritas no</p><p>item 1.3, os investidores, credores por empréstimos e outros</p><p>credores, existentes e potenciais, precisam de informações sobre:</p><p>(a) os recursos econômicos da entidade, reivindicações contra a</p><p>entidade e alterações nesses recursos e reivindicações (ver itens</p><p>de 1.12 a 1.21); e</p><p>(b) a eficiência e eficácia da administração e do órgão de</p><p>administração da entidade no cumprimento de suas</p><p>responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da</p><p>entidade (ver itens 1.22 e 1.23).</p><p>Ao longo da Estrutura Conceitual, o termo “administração ”refere-se à administração e ao órgão</p><p>de administração da entidade, salvo se especificamente indicado de outro modo.</p><p>1.1.2.5 Limitações do relatório contábil.</p><p>Os relatórios contábil financeiros, na maioria dos casos, não</p><p>evidenciam o valor das empresas, isso ocorre, por exemplo,</p><p>porque uma empresa não pode reavaliar seus ativos desde 2007.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>NBC TG EC Item 1.6 Contudo, relatórios financeiros para fins</p><p>gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações</p><p>de que necessitam investidores, mutuantes e outros credores,</p><p>existentes e potenciais. Esses usuários precisam considerar</p><p>informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo,</p><p>condições e expectativas econômicas gerais, eventos políticos e</p><p>ambiente político e perspectivas do setor e da empresa.</p><p>NBC TG Item 1.7 Relatórios financeiros para fins gerais não se</p><p>destinam a apresentar o valor da entidade que reporta, mas</p><p>fornecem informações para auxiliar investidores, mutuantes e</p><p>outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da</p><p>entidade que reporta.</p><p>1.1.2.6 Principais usuários da informação contábil</p><p>A contabilidade elaborava demonstrações contábeis com o</p><p>objetivo de atender a todos os tipos de usuários da informação</p><p>contábil. Após a alteração na NBC TG EC (Estrutura Conceitual) em</p><p>2016, os usuários da informação contábil passarem a ser os</p><p>usuários externos, isto é, investidores minoritários, mutuantes</p><p>(instituição financeiras que empestram dinheiro para a entidade)</p><p>e credores existentes e em potencial.</p><p>A NBC TG EC foi alterada priorizando os usuários externos.</p><p>NBC TG EC Item 1.6 Contudo, relatórios financeiros para fins</p><p>gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações</p><p>de que necessitam investidores, mutuantes e outros credores,</p><p>existentes e potenciais. Esses usuários precisam considerar</p><p>informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo,</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>condições e expectativas econômicas gerais, eventos políticos e</p><p>ambiente político e perspectivas do setor e da empresa.</p><p>NBC TG Item 1.7 Relatórios financeiros para fins gerais não se</p><p>destinam a apresentar o valor da entidade que reporta, mas</p><p>fornecem informações para auxiliar investidores, mutuantes e</p><p>outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da</p><p>entidade que reporta.</p><p>1.1.2.7 Regime de registro de receitas e despesas.</p><p>Existem dois tipos de regimes de que norteiam quando</p><p>devemos reconhecer uma receita e uma despesa, regime de</p><p>competência e regime de caixa. O regime de competência define</p><p>que uma receita só deve ser reconhecida quando a obrigação</p><p>relacionada tenha sido cumprida. Da mesma forma uma despesa</p><p>só deve ser reconhecida quando uma despesa foi paga.</p><p>No regime de caixa, só deve ser reconhecida uma receita</p><p>quando o valor é recebido e só é despesa quandoa obrigação</p><p>NBC TG Item 1.17 O regime de competência reflete os</p><p>efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre</p><p>reivindicações e recursos econômicos da entidade que reporta nos</p><p>períodos em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os</p><p>pagamentos e recebimentos à vista resultantes ocorram em</p><p>período diferente.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>1.1.2.8 Conteúdo do Relatório de Análise</p><p>O relatório contendo a análise das demonstrações contábeis,</p><p>não deve se limitar apenas às informação sobre os índices, mas</p><p>fornecer um conjunto sobre os demais temas relacionados com as</p><p>análises, veja na figura a seguir, a sugestão do prof Matarazzo:</p><p>Figura 5. Conteúdo dos relatórios</p><p>Fonte. Prof. Matarazzo Análise de Balanços 7</p><p>0</p><p>Edição/2010</p><p>Tópico 1.1.3. Estados Gráficos</p><p>O patrimônio pode ser representado graficamente em cinco</p><p>estados, a equação do patrimônio associada a cada estado gráfico</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>estão representadas a seguir:</p><p>Figura 6. Estados gráficos</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As equações mais utilizadas estão representadas acima. A mais</p><p>comum é A = P + PL e situação de passivo a descoberta é a</p><p>representação mais comum também.</p><p>Tópico 1.1.4 - Ajustes e simplificações nas demonstrações</p><p>As demonstrações contábeis precisam ser ajustadas antes da</p><p>realização das análises, a seguir apresentamos os principais</p><p>ajustes:</p><p>Figura 7. Ajustes nas demonstrações.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Para uma série de análises, precisaremos segregar tanto o</p><p>ativo circulante como o passivo circulante em financeiro e</p><p>operacional.</p><p>O Ativo Circulante Operacional é composto basicamente do</p><p>contas a receber, estoques, despesas antecipadas, tributos a</p><p>recuperar e o Ativo Circulante Financeiro e composto basicamente</p><p>pelo caixa, banco, instrumentos financeiros, títulos a receber por</p><p>venda de ativos não circulantes e outros.</p><p>O Passivo Circulante Operacional é composto de</p><p>fornecedores, despesas a pagar (contas a pagar), tributos e</p><p>encargos a recolher e pagar, provisões e outros. O Passivo</p><p>Circulante Financeiro é composto de empréstimos,</p><p>financiamentos, duplicatas descontadas, dividendos a pagar e</p><p>outros.</p><p>Figura 8. ACO e PCO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.1.5 - Definição de ativo operacional</p><p>Uma empresa que opera de maneira bem sucedida por 20</p><p>anos, certamente terá aplicações financeiras que não estão</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>contrtibuindo para o crescimento da empresa, aplicações em</p><p>participações societárias, empréstimos a diretores ou coligadas e</p><p>eventualmente ativo diferido. O analista deve deduzir essas</p><p>contas dos respectivos grupos e deduzir do patrimônio líquido,</p><p>desta forma estaremos obtendo a parcela do ativo que de fato</p><p>está gerando benefícios para a empresa.</p><p>Figura 9. Ativo operacional</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.1.6 - Ciclo operacional, econômico e ciclo de caixa</p><p>Basicamente ciclo operacional é a soma de dois tempos, isto</p><p>é, prazo médio da rotação dos estoques (ciclo econômico) e prazo</p><p>médio de recebimento das vendas.</p><p>Também podemos obter o ciclo operacional, somando o</p><p>prazo médio de pagamento aos fornecedores com o ciclo de caixa</p><p>ou ciclo financeiro.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Na verdade, o ciclo de caixa é obtido pela soma do prazo</p><p>médio de rotação dos estoques com o prazo médio de</p><p>recebimento e a dedução do prazo médio de pagamentos aos</p><p>fornecedores.</p><p>O Ciclo de caixa é designado, também como ciclo financeiro.</p><p>Figura 10. Ciclo operacional</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>OBS Importante: O ciclo de caixa será negativo caso o prazo para</p><p>pagamento de fornecedores seja superior ao ciclo operacional.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 1 – Aula 2</p><p>Números Índices, Tipos e Classificações dos Índices</p><p>Tópico 1.2.1 - Números Índices</p><p>Um número índice é uma medida estatística para comparar</p><p>preços, quantidades, valores entre dois momentos distintos no</p><p>tempo.</p><p>Por exemplo, um índice de preço compara o preço da data “t” (Pt)</p><p>com o preço da data base (referência) “0” (P0) .</p><p>A seguir apresentamos uma tabela com os preços hipotéticos da</p><p>gasolina entre julho de 2022 e julho de 2023:</p><p>Figura 11. Quotação de litro de gasolina</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O índice anterior significa que o preço do litro da gasolina em</p><p>2023 é 80% do preço da gasolina em 2022, também podemos</p><p>interpretar que o preço da gasolina em julho de 2023 é 20%</p><p>menor do que o preço da gasolina em julho de 2022.</p><p>No cálculo a seguir explicitamos apenas a variação do preço,</p><p>P</p><p>(0,t)</p><p>=</p><p>𝑃𝑡</p><p>𝑃0</p><p>P</p><p>(22,23)</p><p>=</p><p>𝑅$ 5,60</p><p>𝑅$ 7,00</p><p>= 0,8 ou 80%</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>calculando a diferença do preço em relação ao preço base de</p><p>julho de 2023, mas o cálculo abaixo é apenas complementar e</p><p>evidencia a conclusão que pode ser obtida pelo exemplo anterior.</p><p>Figura 12. Diferença de preço de gasolina</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.2.2 – Tipos de análises</p><p>A análise de balanços é realizada através de índices e indicadores,</p><p>como já vimos, índices são razões entre dos números, indicadores</p><p>são números absolutos que evidenciam grandezas relevantes para</p><p>a análise em questão.</p><p>Figura 13. Tipos de análises</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.2.2 Análise vertical e horizontal</p><p>Variação do Preço</p><p>(22,23)</p><p>=</p><p>𝑅$ 1,40</p><p>𝑅$ 7,00</p><p>= 0,2 ou 20%</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Segundo o professor Matarazzo (Atlas/2010), a Análise</p><p>Vertical evidencia o percentual de cada conta e sua real</p><p>importância no conjunto e a Análise Horizontal evidencia a</p><p>evolução de cada conta, os caminhos trilhados pela empresa e as</p><p>possíveis tendências.</p><p>No quadro a seguir apresentamos a análise vertical e</p><p>horizontal do ativo de uma determinada empresa.</p><p>A análise vertical sempre compara valores de um mesmo</p><p>exercício, por exemplo, o caixa em X0 representa 5% do total do</p><p>ativo, nesta análise comparamos R$ 1.000 com R$ 20.000, isto é,</p><p>𝑅$ 1.000</p><p>𝑅$ 20.000</p><p>= 0,05 ou 5%, em uma análise vertical o índice (razão)</p><p>sempre irá comparar valores de um mesmo exercício.</p><p>Na análise horizontal, o índice é construído utilizando valores</p><p>de anos distintos, por exemplo, o caixa em X1 (R$ 2.000)</p><p>representa ser 200% do caixa em X0 (R$ 1.000) ou também</p><p>podemos dizer que o caixa em X1 é o dobro do caixa em X0,</p><p>𝑅$ 2.000</p><p>𝑅$ 1.000</p><p>= 2 ou 200%.</p><p>Figura 14. Análise vertical e</p><p>horizontal</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 1.2.3 – Classificações dos índices</p><p>Os índices podem ser classificados como estáticos ou</p><p>patrimoniais, dinâmicos ou operacionais e de rotação:</p><p>Figura 15. Classificação dos índices</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.2.3.1 Índice estático ou patrimonial: um índice</p><p>estático ou patrimonial é composto apenas por elementos</p><p>(valores) do patrimônio, por exemplo, quando calculamos a</p><p>importância do estoque em relação ao ativo, estamos utilizando</p><p>no índice apenas itens patrimoniais:</p><p>Estoque em relação ao ativo =</p><p>𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆𝒔</p><p>𝑨𝒕𝒊𝒗𝒐</p><p>Tópico 1.2.3.2 Índice dinâmico ou operacional: um índice</p><p>dinâmico ou operacional é composto apenas por elementos</p><p>(valores) do resultado, por exemplo, quando calculamos a</p><p>importância do lucro bruto em relação às vendas liquidas,</p><p>estamos utilizando apenas valores do resultado (DRE):</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Margem Bruta =</p><p>𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑩𝒓𝒖𝒕𝒐</p><p>𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂𝒔</p><p>Tópico 1.2.3.3 Índice de rotação ou atividade: um índice de</p><p>rotação é composto por elementos (valores) do resultado</p><p>combinados com elementos (valores) do patrimônio, por</p><p>exemplo, no cálculo da rotação do estoque, calculamos a razão</p><p>entre o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) e estoque:</p><p>Rotação do Estoque: =</p><p>𝑪𝑴𝑽</p><p>𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆</p><p>Módulo 1 – Aula 3</p><p>Conceitos e Índices de Liquidez</p><p>Tópico 1.3.1 – Conceitos</p><p>O conceito de Liquidez está associado à capacidade de honrar</p><p>os compromissos em dia, liquidez não tem associação direta com</p><p>lucro, o lucro é uma informação econômica, isto é, para</p><p>determinação do lucro, tanto as receitas como as despesas são</p><p>registradas pelo regime de competência, desta forma as receitas</p><p>podem ter sido ganhas e não recebidas e as despesas podem estar</p><p>incorridas e efetivamente pagas, sendo assim, receitas muito</p><p>maiores do que as despesas podem levar a um completo</p><p>estrangulamento financeiro, caso a empresa não tenha outras</p><p>fontes de financiamento para suas operações.</p><p>Distinção entre Circulante e Não circulante</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Na norma NBC TG 26 itens 60 a 62 temos a definição do que</p><p>deve ser apresentado no circulante e não circulante tanto do</p><p>ponto de vista do ativo como do passivo, a referência é a data da</p><p>elaboração das demonstrações (reporte) e não o ano calendário.</p><p>“A entidade deve apresentar ativos circulantes e não</p><p>circulantes, e passivos circulantes e não circulantes, como grupos</p><p>de contas separados no balanço patrimonial. Qualquer que seja o</p><p>método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o</p><p>montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até doze</p><p>meses ou mais do que doze meses, após o período de reporte,</p><p>para cada item de ativo e passivo”.</p><p>Ativo Circulante</p><p>No exemplo a seguir, a data do balanço é 31/12/2020, todos</p><p>os valores a receber ou de ativos que a entidade tenha</p><p>expectativa de realização até 31/12/2021, devem ser</p><p>apresentados no ativo circulante e os que ultrapassam esta data,</p><p>devem ser apresentados no ativo realizável a longo prazo.</p><p>Figura 16. Curto e Longo prazo</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir ,apresentamos os exemplos de ativos, citados na</p><p>NBC TG 26 no item 66, que devem ser classificados e</p><p>apresentados como ativos circulantes:</p><p>Figura 17. Contas do ativo circulante</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>São considerados equivalentes de caixa aplicações</p><p>financeiras de alta liquidez, como definido no item 7 da NBC TG</p><p>03, transcrito a seguir:</p><p>“Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de</p><p>atender a compromissos de caixa de curto prazo e, não, para</p><p>investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja</p><p>qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter</p><p>conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e</p><p>estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor.</p><p>Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como</p><p>equivalente de caixa somente quando tem vencimento de curto</p><p>prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da</p><p>aquisição. “</p><p>Ativo Circulante Permanente</p><p>Para uma análise adequada do capital de giro (ativo</p><p>circulante) de uma empresa, é necessário ter a consciência que</p><p>uma parcela do ativo circulante é constante, isto é, para um</p><p>determinada nível de venda uma empresa necessita manter um</p><p>determinado nível de estoques, contas a receber e tributos a</p><p>recuperar, apenas uma parcela do ativo circulante é sazonal,</p><p>aumentando e diminuindo em função de variações do nível de</p><p>vendas mais comum.</p><p>Figura 18. Ativo circulante permanente</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo professor Alexandre Assaf Neto (90 Ed</p><p>Estrutura e Análise de Balanços).</p><p>Passivo Circulante</p><p>O item 69 da NBC TG 26 define que no Passivo deve ser</p><p>classificado como circulante quando satisfizer quaisquer dos</p><p>seguintes critérios:</p><p>Figura 19. Composição do passivo circulante</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Todos os outros Passivos devem ser classificados como não</p><p>circulantes.</p><p>Situação especial de classificação em passivo circulante</p><p>O item 70 da NBC TG 26 orienta a classificar passivos</p><p>operacionais com prazo superior a um ano no circulante, veja</p><p>essa orientação transcrita a seguir:</p><p>“Alguns passivos circulantes, tais como contas a pagar</p><p>comerciais e algumas apropriações por competência relativas a</p><p>gastos com empregados e outros custos operacionais são parte do</p><p>capital circulante usado no ciclo operacional normal da entidade.</p><p>Tais itens operacionais são classificados como passivos</p><p>circulantes mesmo que estejam para ser liquidados em mais de</p><p>doze meses após a data do balanço patrimonial. O mesmo ciclo</p><p>operacional normal aplica-se à classificação dos ativos e passivos</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>da entidade. Quando o ciclo operacional normal da entidade não</p><p>for claramente identificável, pressupõe-se que a sua duração seja</p><p>de doze meses.”</p><p>Tópico 1.3.2 – Índices de Liquidez</p><p>A seguir apresentamos os clássicos índices conhecidos como</p><p>índices de liquidez, de fato o único índice de liquidez é o índice de</p><p>liquidez imediata, os demais consideram como numerador</p><p>porções de ativo que não têm liquidez de fato.</p><p>O índice de liquidez mais conhecido e utilizado pelo mercado</p><p>financeiro é o índice de liquidez corrente ou comum (LC), esse</p><p>índice á a razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante,</p><p>perceba que diversas contas do ativo circulante não possuem</p><p>liquidez de fato, mas como esta disciplina não possui norma</p><p>específica, a prática de mercado prevalece sobre a essência da</p><p>representação do índice.</p><p>Figura 20. Índices de liquidez</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.3.2.1 Liquidez Imediata (LI)</p><p>Esse índice é calculado pela razão entre as disponibilidades</p><p>(caixas e equivalentes de caixa) e o passivo circulante.</p><p>Figura 21. Liquidez imediata</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.3.2.2 Liquidez Seca (LS)</p><p>Esse índice é calculado pela razão entre o Ativo Circulante</p><p>deduzido dos estoques e o Passivo Circulante.</p><p>O sentido deste índice</p><p>é excluir do ativo circulante os itens</p><p>que são líquidos ou que jamais se tornarão caixa como despesas</p><p>antecipadas.</p><p>Se no ativo circulante existem outras contas além do</p><p>estoque, que são de difícil realização em dinheiro ou jamais serão</p><p>recebidas em dinheiro, como despesas antecipadas, por essa</p><p>razão, se existirem ativos não circulantes à venda ou despesas</p><p>antecipadas, essas contas podem ser deduzidas juntamente com</p><p>os estoques.</p><p>Figura 22. Liquidez seca</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.3.2.3 Liquidez Corrente ou Comum (LC)</p><p>Esse índice é calculado pela razão entre o Ativo Circulante e o</p><p>Passivo Circulante.</p><p>Figura 23. Liquidez corrente</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>É o mais tradicional e conhecido índice de liquidez, é fácil concluir</p><p>que este índice pode levar a conclusões absolutamente distorcidas</p><p>a respeito da efetiva liquidez de uma empresa, uma vez que o</p><p>ativo circulante é composto por diversas contas com baixa liquidez</p><p>(estoques e ativos não circulantes à venda) ou nenhuma liquidez</p><p>(despesas antecipadas).</p><p>Tópico 1.3.2.4 Liquidez Geral (LG)</p><p>Esse índice é calculado pela razão entre o Ativo Circulante</p><p>adicionado ao Ativo Realizável a longo Prazo e o Passivo Circulante</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>somado ao Passivo Não Circulante.</p><p>Figura 25. Liquidez geral</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>É evidente, que considerar este índice como um índice de</p><p>liquidez é uma forçada de barra imensa, considerar ativo de lingo</p><p>prazo para compor um índice de liquidez não tem sentido prático,</p><p>na essência este índice é um indicador de solvência e não de</p><p>liquidez.</p><p>Tópico 1.3.2.5 Solvência</p><p>Esse índice é calculado pela razão entre o Ativo e todo o</p><p>passivo (passivo circulante e passivo não circulante).</p><p>Figura 26. Índice de solvência</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Sem dúvida este é um indicador de solvência, isto é, quanto de</p><p>ativo existe para honrar o passivo exigível.</p><p>Módulo 1 – Aula 4</p><p>Conceitos e Índices de Rotação ou Atividade</p><p>Tópico 1.4.1. Conceitos</p><p>Esses índices também são designados como de atividades,</p><p>operacionais ou prazos médios.</p><p>Figura 27. Rotação e prazos</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Para obtenção dos prazos médios em relação a um exercício</p><p>social (360 dias) é necessário determinar a rotação das contas a</p><p>serem analisadas.</p><p>Figura 28. Prazos médios</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Os índices de rotação sempre envolvem em seu cálculo a razão</p><p>entre uma conta do resultado e uma conta do patrimônio, a seguir</p><p>os principais índices de rotação:</p><p>Figura 29. Índices de rotação</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Os prazos médios obtidos a partir dos índices de rotação</p><p>apresentados são:</p><p>Figura 30. Prazos médios</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2. – Prazos Médios de Rotação ou Atividade</p><p>A seguir vamos apresentar como calcular cada um dos prazos</p><p>médios de rotação.</p><p>Tópico 1.4.2.1 – Prazo médio de rotação dos estoques</p><p>No quadro abaixo, temos o desempenho de um vendedor de</p><p>livro medíocre e um vendedor de livro eficiente. Ambos saem de</p><p>casa a cada dia com um livro, o vendedor medíocre vende apenas</p><p>um livro por mês, o vendedor eficiente não se conforma em voltar</p><p>para casa sem ter vendido um livro a cada dia.</p><p>Perceba que se interceptarmos qualquer um dos vendedores</p><p>em qualquer dia eles terão apenas um livro, desta forma o estoque</p><p>médio ao longo dos 30 dias será um livro. Para calcular quantas</p><p>vezes o estou rodou, basta dividirmos o custo dos livros vendidos</p><p>(CMV) entregues aos compradores pelo estoque médio. O custo de</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>um livro é de R$ 70,00, o valor de venda é de R$ 120,00 e vamos</p><p>considerar o mês com 30 dias></p><p>Figura 31. Vendedores de livro</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Como o vendedor medíocre vendeu apenas um livro, o CMV é</p><p>de R$ 70,00 e o estoque médio no mês também foi de R$ 70,00,</p><p>portanto o estoque girou apenas uma vez ao longo de um mês.</p><p>No caso do vendedor eficiente, o CMV foi de R$ 2.100 (30</p><p>livros x R$ 70,00) e o estoque médio de R$ 70,00, portanto o</p><p>estoque rodou 30 vezes.</p><p>A rotação do estoque tem como numerador o total das</p><p>mercadorias entregues a clientes (CMV) e no denominador a média</p><p>dos estoques. A média dos estoques pode ser obtida tomando-se a</p><p>média entre o estoque inicial e final.</p><p>Figura 32. Rotação do estoque</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O prazo médio de rotação dos estoques pode ser obtido pela</p><p>razão entre o total de dias de um ano comercial (360 dias) e o</p><p>número de vezes da rotação dos estoques:</p><p>Figura 33. Prazo de rotação de estoque</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.2 – Prazo médio de rotação do contas a receber</p><p>Para determinação do prazo médio de rotação do contas a</p><p>receber é necessário determinar a rotação do contas a receber. A</p><p>rotação do contas a receber é determinada pela razão entre o</p><p>total das vendas a prazo e o valor médio do contas a receber. O</p><p>valor médio do contas a receber pode ser determinado pela</p><p>média entre o contas a receber inicial e final do período.</p><p>Figura 34. Rotação do contas a receber</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O prazo médio de rotação do contas a receber pode ser</p><p>obtido pela razão entre o total de dias de um ano comercial (360</p><p>dias) e o número de vezes da rotação do contas a receber:</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 35. Prazo do contas a receber</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.3 – Prazo médio de rotação do contas a pagar</p><p>Para determinação do prazo médio de rotação do contas a</p><p>pagar é necessário determinar a rotação do contas a pagar. A</p><p>rotação do contas a pagar é determinada pela razão entre o total</p><p>das compras a prazo e o valor médio do contas a pagar. O valor</p><p>médio do contas a pagar pode ser determinado pela média entre</p><p>o contas a pagar (fornecedores) inicial e final do período.</p><p>Figura 36. Rotação do fornecedor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O prazo médio de rotação do contas a pagar pode ser obtido</p><p>pela razão entre o total de dias de um ano comercial (360 dias) e o</p><p>número de vezes da rotação do contas a pagar:</p><p>Figura 37. Prazo dos fornecedores</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.3.1 – Ciclo de caixa negativo</p><p>Quando o prazo médio de pagamento aos fornecedores é</p><p>superior à soma do prazo médio de rotação dos estoques e do</p><p>prazo médio de rotação do contas a receber, o ciclo de caixa será</p><p>negativo e essa condição é ótima porque a empresa está</p><p>conseguindo financiamento operacional do próprio fornecedor.</p><p>Figura 38. Ciclo de caixa negativo</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.4 – Rotação do investimento e do ativo</p><p>A seguir vamos apresentar os conceitos sobre o cálculo do capital</p><p>investido e cálculos os índices de rotação de investimento e ativo.</p><p>Tópico 1.4.2.4.1 – Rotação (Giro) do investimento</p><p>Para determinar o valor investido na empresa devemos</p><p>considerar o capital próprio somado ao passivo oneroso e não</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>devemos considerar o lucro do exercício. O ativo é composto</p><p>também de</p><p>passivo de funcionamento, isto é, de créditos</p><p>operacionais que são concedidos por fornecedores, inclusive</p><p>tributos e pessoal.</p><p>O capital efetivamente investido tem origem no patrimônio</p><p>líquido e no passivo oneroso, isto é, empréstimos e</p><p>financiamentos, que são passivos que impõem gastos com juros.</p><p>Figura 39. Passivo de funcionamento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Vamos determinar o capital investido utilizando como exemplo o</p><p>balanço da empresa VIGO S.A.</p><p>Figura 40. Balanço CIA VIGO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir a determinação do passivo operacional:</p><p>Figura 41. Passivo de funcionamento e resultado operacional</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Capital Investido = Ativo - Passivo de Funcionamento – Lucro do</p><p>Período</p><p>Figura 42. Capital investido</p><p>Capital Investido Valor (R$)</p><p>Ativo R$ 100.000,00</p><p>(-) Passivo de Funcionamento (R$ 27.000,00)</p><p>(-) Lucro do Exercício (R$ 7.000,00)</p><p>Capital Investido R$ 66.000,00</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Figura 43. Giro do investimento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.4.2 – Rotação (Giro) do Ativo</p><p>O giro do ativo é calculado pela razão das vendas líquidas</p><p>com o ativo inicial, devemos considerar o ativo inicial porque foi</p><p>esse o ativo investido no início do período.</p><p>Figura 44. Giro do ativo</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A partir do giro do ativo também podemos determinar o prazo</p><p>médio de rotação do ativo:</p><p>Figura 45. Prazo de rotação do ativo</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 1.4.2.5 – Rotação do patrimônio líquido ou do capital</p><p>próprio.</p><p>Este índice é determinado pela razão das vendas líquidas e o</p><p>patrimônio líquido deduzido do lucro do exercício.</p><p>Figura 46. Giro do PL</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O giro do patrimônio líquido é determinado pela razão entre</p><p>o ano comercial (360 dias) e o giro do PL (GPL).</p><p>Figura 47. Prazo de rotação do PL</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 2 – Aula 1</p><p>Conceitos e Índices de Lucratividade</p><p>Tópico 2.1.1 – Demonstração do Resultado (DRE)</p><p>A demonstração do resultado está regulada no artigo 187 da</p><p>Lei nº 6404-76 e na Norma Brasileira de Contabilidade ‒ Técnica</p><p>Geral (NBC-TG) 26, itens 81 A a 105.</p><p>Figura 48. DRE de acordo com a Lei 6404/76 e NBC TG 26</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>As deduções da receita bruta inclui as devoluções, descontos</p><p>comerciais, tributos sobre a receita bruta, abatimentos e ajuste a</p><p>valor presente (juros).</p><p>Tópico 2.1.1.1 Resultado de operações descontinuadas</p><p>A partir da MP 449/08 (Lei 11.941/09) a demonstração do resultado</p><p>não pode mais fazer referência ao termo resultado não</p><p>operacional. No regulamento do imposto de renda esse termo</p><p>ainda está presente e representa ganhos ou perdas na venda de</p><p>ativos não circulantes. Um exemplo clássico é o ganho ou perda</p><p>com a venda de imobilizados.</p><p>A partir da MP 449/08, isto é, um de janeiro de 2009, os ganhos</p><p>e perdas de capital com a venda de ativos permanentes devem ser</p><p>segregados em ganhos ou perda com a venda de ativos que serão</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>repostos e ganhos ou perda com linhas de negócios ou ativos que</p><p>serão desativados.</p><p>Quando uma empresa vende uma máquina usado, ganhando</p><p>ou perdendo e a intenção é adquirir uma máquina nova, esse ganho</p><p>é considerado normal em relação às operações e deve ser</p><p>considerado no subgrupo outras receitas ou outras despesas na</p><p>DRE. É considerado operacional ou de operações continuadas.</p><p>Quando uma empresa vende uma linha de negócios ou</p><p>desativa uma linha de produção, estará descontinuando um tipo de</p><p>ativo e neste caso, o resultado deve ser apresentado na DRE como</p><p>resultado de operações descontinuadas, já líquido do imposto de</p><p>renda.</p><p>Figura 49. Operações descontinuadas</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Na linha resultado de operações descontinuadas deve ser</p><p>apresentado o ganho ou perda com a venda do ativo ou operação</p><p>descontinuada e os resultados obtidos com o ativo durante o</p><p>tempo que ele estiver à venda.</p><p>A seguir, um exemplo de demonstração do resultado mais</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>frequente nos balanços das empresas brasileiras, existe um</p><p>conceito no mercado brasileiro de que o resultado financeiro não</p><p>faz parte do resultado operacional, portanto o resultado</p><p>financeiro é apresentado após o resultado operacional, o</p><p>resultado antes do imposto de renda inclui o resultado financeiro:</p><p>Figura 50. DRE praticada pelo mercado</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.1.2 – Índices de Lucratividade</p><p>Os índices de lucratividade incluem margem bruta, margem</p><p>operacional e margem líquida.</p><p>Figura 51. Índices de lucratividade</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.1.2.1 Margem bruta</p><p>A margem bruta é um índice calculado pela razão entre o</p><p>lucro bruto e as vendas líquidas.</p><p>Figura 52. Margem bruta</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.1.2.2 Margem Operacional</p><p>A margem operacional é um índice calculado pela razão entre</p><p>o lucro operacional e as vendas líquidas.</p><p>Figura 53. Margem operacional</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 2.1.2.3 Margem Líquida</p><p>A margem líquida é um índice calculado pela razão entre o</p><p>lucro líquido e as vendas líquidas.</p><p>Figura 54. Margem líquida</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 2 – Aula 2</p><p>Conceitos e Índices de Rentabilidade</p><p>Tópico 2.2.1 – Conceitos</p><p>No exemplo a seguir, temos na hipótese um o investimento</p><p>em uma pizzaria e na hipótese dois uma loja de manutenção de</p><p>celulares:</p><p>Figura 55. Decisão sobre investimentos</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>O lucro líquido comparado com o ativo no caso da pizzaria</p><p>representa 10% ao ano e no caso da loja de manutenção 25%,</p><p>desta forma a recuperação do capital investido na pizzaria seria de</p><p>10 anos e no caso da loja de manutenção apenas 4 anos.</p><p>Mesmo o lucro nominal maior na hipótese 1 ser maior do</p><p>que na hipótese 2, o risco é muito maior uma vez que o</p><p>investimento na hipótese 1 é cinco vezes maior do que na</p><p>hipótese 2, muito provavelmente os investidores optariam pelo</p><p>investimento na hipótese 1.</p><p>Tópico 2.2.1.1 Definição de ativo operacional</p><p>O ativo operacional é a parte do ativo que não está de fato</p><p>contribuindo para geração de receitas na empresa, deve ser</p><p>excluído do ativo circulante as aplicações especulativas, do ARLP</p><p>as aplicações em operações não usuais com partes relacionadas,</p><p>também deve ser excluído todo sub grupo investimentos e um</p><p>eventual ativo diferido residual, todos esses valores deduzidos do</p><p>ativo devem diminuir o valor total do patrimônio líquido.</p><p>Figura 56. Ativo operacional</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.1.2 Definição de investimento</p><p>O investimento ou capital investido representa o valor das</p><p>aplicações (ativo) que efetivamente tem origem no capital próprio</p><p>e passivo oneroso, portanto para determinar o valor dos</p><p>investimentos</p><p>ou capital investido, basta excluir do ativo o valor</p><p>do passivo de funcionamento.</p><p>Figura 56. Passivo de funcionamento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Capital Investido = Ativo - Passivo de Funcionamento – Lucro do</p><p>Período</p><p>Figura 57. Capital investido</p><p>Capital Investido</p><p>Ativo</p><p>(-) Passivo de Funcionamento</p><p>(-) Lucro do Exercício</p><p>Capital Investido</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2 – Índices de Rentabilidade</p><p>Existem dois universos no que diz respeito a índices de</p><p>rentabilidade, um sob a ótica dos sócios e outro sob a ótica dos</p><p>terceiros.</p><p>Na figura abaixo, temos as possibilidades para composição</p><p>dos índices de rentabilidade possíveis de serem calculados.</p><p>Indicados em verde temos os numerados e denominadores</p><p>possíveis entre si para determinar os índices de rentabilidade dos</p><p>investimentos ou ativos, nos índices em azul o numerador e</p><p>denominadores da rentabilidade do capital de terceiros.</p><p>Figura 58. Referências para índices de rentabilidade</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Vamos calcular os índices de rentabilidade considerando os dados</p><p>da empresa VIGO S.A</p><p>Figura 59. Balanço da empresa VIGO</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Figura 60.Demonstrações de resultado da empresa VIGO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Ativo Operacional</p><p>Na tabela a seguir apresentamos o cálculo do ativo operacional:</p><p>Figura 61. Cálculo do ativo operacional</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Investimento</p><p>Na tabela a seguir apresentamos o cálculo do passivo de</p><p>funcionamento e investimento:</p><p>Figura 61. Passivo de funcionamento</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Na tabela a seguir estamos apresentando todas as</p><p>possibilidades para denominador dos índices de rentabilidade</p><p>Figura 62. Denominador da rentabilidade</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2.1 Rentabilidade do ativo</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tomando por base o balanço patrimonial e demonstração do</p><p>resultado da empresa VIGO S.A., a seguir apresentamos os índices</p><p>de rentabilidade do ativo tomando por base no numerador o</p><p>resultado antes das despesas financeiras, o resultado operacional</p><p>(antes do imposto de renda) e o resultado líquido:</p><p>Figura 63. Rentabilidades do ativo</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2.2 Rentabilidade do ativo operacional</p><p>Tomando por base o balanço patrimonial e demonstração do</p><p>resultado da empresa VIGO S.A., a seguir apresentamos os índices</p><p>de rentabilidade do ativo operacional tomando por base no</p><p>numerador o resultado antes das despesas financeiras, o</p><p>resultado operacional (antes do imposto de renda) e o resultado</p><p>líquido:</p><p>Figura 64. Rentabilidades operacionais</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2.3 Rentabilidade dos investimentos</p><p>Tomando por base o balanço patrimonial e demonstração do</p><p>resultado da empresa VIGO S.A., a seguir apresentamos os índices</p><p>de rentabilidade dos investimentos, tomando por base no</p><p>numerador o resultado antes das despesas financeiras, o</p><p>resultado operacional (antes do imposto de renda) e o resultado</p><p>líquido:</p><p>Figura 65. Rentabilidades do investimento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2.4 Rentabilidade do capital de terceiros (RCT)</p><p>Tomando por base o balanço patrimonial e demonstração do</p><p>resultado da empresa VIGO S.A., a seguir apresentamos o índice</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>de rentabilidade dos capitais de terceiros, tomando por base no</p><p>numerador as despesas financeiras e no denominador o passivo</p><p>total (capitais de terceiros):</p><p>Figura 66. Rentabilidade do capital de terceiros</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.2.2.5 Rentabilidade do passivo oneroso (RPO)</p><p>A rentabilidade do passivo oneroso considera no numerador</p><p>as despesas financeiras ou as despesas financeiras líquidas</p><p>(resultado financeiro).</p><p>Dependendo da origem das receitas financeiras, considerar o</p><p>resultado financeiro e não somente as despesas financeiros, pode</p><p>mascarar o o índice. Se as receitas financeiras tiverem origem no</p><p>capital de terceiros o melhor é considerar o resultado financeiro.</p><p>Figura 67. Rentabilidade do passivo oneroso</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Módulo 2 – Aula 3</p><p>Conceitos e Índices de Endividamento</p><p>Tópico 2.3.1 – Conceitos</p><p>A seguir apresentamos a composição de ativos, passivos e</p><p>patrimônio líquido de duas empresas, a empresa “A possui um</p><p>elevado nível de endividamento (75%) em relação ao total de</p><p>capitais (Passivo + PL) e empresa “B possui uma baixo nível de</p><p>endividamento (25%) em relação ao total dos capitais (Passivo +</p><p>PL)</p><p>Figura 68. Níveis de endividamento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Na tabela a seguir apresentamos p custo financeiro (despesa</p><p>financeira) de cada empresa em função do passivo, observe que</p><p>os nominais são iguais nas duas empresas, como o volume do</p><p>passivo da empresa “A” é muito superior ao da empresa “B”, o</p><p>custo financeiro é bem inferior na empresa “A” (5%) em relação a</p><p>empresa “B” (30%).</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 69. Custo dos empréstimos</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Podemos concluir que endividamento alto nem sempre</p><p>significa algo ruim para uma empresa, um endividamento de custo</p><p>baixo pode proporcionar alta rentabilidade para uma empresa,</p><p>claro que isso depende da aplicação do capital de terceiros em</p><p>projetos rentáveis.</p><p>Tópico 2.3.1.1 – Taxas de juros</p><p>As taxas de juros possuem habitualmente dois componentes,</p><p>o custo do dinheiro (taxas efetivamente) e riscos de previsão, por</p><p>isso no mercado internacional os custos de empréstimos de longo</p><p>prazo são maiores do que os empréstimos de curto prazo.</p><p>Figura 70. Componentes de custo</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>No Brasil, os empréstimos de longo prazo são menores,</p><p>porque o Governo Federal, através do BNDES, disponibiliza</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>recursos de longo prazo para grandes grupos a custos</p><p>insignificantes.</p><p>Figura 71. Comportamento das taxas para empréstimos no</p><p>mercado internacional</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2 – Índices de Endividamento</p><p>A seguir vamos apresentar a forma de cálculo dos principais</p><p>índices de endividamento.</p><p>Figura. 72. Índices de endividamento</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Utilizaremos o balanço patrimonial a seguir como fonte de dados</p><p>para os cálculos:</p><p>Figura 73. Balanço da empresa VIGO</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2.1 – Endividamento Geral</p><p>Este índice também é designado com dependência</p><p>financeira, é calculado pela razão do passivo exigível (passivo</p><p>circulante + passivo não circulante) e o ativo.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Figura 74. Índice de endividamento</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2.2 – Garantia do Capital de Terceiros</p><p>Este índice também</p><p>é demonstra o quanto de capital próprio</p><p>(patrimônio líquido) existe para garantir as dívidas com terceiros</p><p>(passivo circulante + passivo não circulante).</p><p>Figura 75. Garantia de capital de terceiros</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2.3 – Composição do endividamento</p><p>Este índice demonstra o quanto o passivo circulante</p><p>representa do total das dívidas com terceiros.</p><p>Figura 76. Composição do endividamento</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2.4 – Imobilização do Patrimônio Líquido</p><p>Este índice apresenta a relação de quantos recursos estão</p><p>aplicados no ativo não circulante permanente em relação ao valor</p><p>do patrimônio líquido, se o patrimônio líquido for maior que o</p><p>imobilizado neste conjunto de contas, isso significa que existirá</p><p>capital próprio aplicado no ARLP e ou AC.</p><p>Figura 77. Imobilização do PL</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.3.2.5 – Imobilização dos Recursos Não Correntes.</p><p>O passivo circulante é também designado como recursos</p><p>correntes, portanto os recursos não correntes são a soma do</p><p>passivo não circulante e do patrimônio líquido.</p><p>Figura 78. Recursos não correntes</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Este índice apresenta a relação entre as aplicações nos ativos</p><p>não circulantes permanentes e os recursos não correntes.</p><p>Figura 79. Índice de recursos não recorrentes</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 2 – Aula 4</p><p>Conceitos e Índice de Alavancagem Financeira (GAF)</p><p>Tópico 2.4.1 – Conceitos</p><p>Alavancagem significa endividamento, caso a aplicação dos</p><p>recursos de terceiros foram rentáveis na empresa o</p><p>endividamento pode ser favorável, isto é, vantajoso. O custo do</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>empréstimo deve ser menor do que a rentabilidade líquida das</p><p>aplicações dos recursos.</p><p>O índice de alavancagem financeira compara a rentabilidade</p><p>do patrimônio líquido de uma empresa endividada em relação a</p><p>esta mesma empresa, hipoteticamente sem dívida.</p><p>No exemplo a seguir de uma empresa hipotética “A”,</p><p>apresentamos o valor global do ativo (R$ 800.000), passivo (R$</p><p>300.000) e patrimônio líquido R$ 500.000.</p><p>Figura 80. Balanço para GAF</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir apresentamos a demonstração do resultado da empresa</p><p>“A”.</p><p>Figura 81. DRA da empresa “A”.</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Analisando o valor das despesas financeiras na DRE, isto é, R$</p><p>120.000, concluímos que o custo financeiro é de 40%</p><p>(120.000/300.000), uma vez que o passivo é de R$ 300.000. Como</p><p>o lucro foi de R$ 120.000, certamente os acionistas poderiam</p><p>propor liquidar as dívidas aumentando o capital e elevar o</p><p>resultado em 100%, uma vez que a despesa financeira tem o</p><p>mesmo valor do lucro líquido. Veja a seguir como ficaria o balanço</p><p>e o resultado da empresa “A” sem dívida:</p><p>Figura 82. Balanço de empresa sem dívida.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Figura 83. DRE da empresa “A” sem dívida.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>O grau de alavancagem financeira mensura a relação entre a</p><p>rentabilidade do patrimônio líquido da empresa endividada com a</p><p>rentabilidade da mesma empresa sem dívidas, quitando as dívidas</p><p>o patrimônio líquido será igual ao ativo.</p><p>Figura 84. Rentabilidades sobre PL</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 2.4.2 – Índice de Alavancagem Financeira (GAF)</p><p>A seguir apresentamos as grandezas utilizadas para o cálculo</p><p>do grau de alavancagem financeira, no numerador a rentabilidade</p><p>do PL da empresa com dívidas (lucro operacional sobre PL) e no</p><p>denominador o lucro operacional da empresa com dívidas</p><p>adicionado das despesas financeiras sobre o ativo da mesma</p><p>empresa, o patrimônio líquido da empresa sem dívidas é igual ao</p><p>ativo.</p><p>GAF =</p><p>𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙</p><p>𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜</p><p>𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙+𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠</p><p>𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜</p><p>GAF =</p><p>24%</p><p>30%</p><p>= 0,8</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Como a rentabilidade da empresa sem dívidas é maior, isso</p><p>significa que o endividamento é caro portanto desfavorável.</p><p>Figura 85. Significado do grau de alavancagem</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir apresentamos uma fórmula alternativa para o</p><p>cálculo da alavancagem financeira:</p><p>Figura 86. Fórmula alternativa do GAF</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Módulo 3 – Aula 1</p><p>Conceitos e Índices de Alavancagem Operacional</p><p>Tópico 3.1.1 – Margem de Contribuição</p><p>A margem de contribuição é determinada pela subtração</p><p>receita líquida e gastos variáveis:</p><p>Preço Líquido de Venda Unitário</p><p>(-) Custos e Despesas Variáveis (Gastos Variáveis)</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Margem de Contribuição Unitária</p><p>Se um produto gera margem de contribuição, estará</p><p>contribuindo para cobrir os gastos fixos de uma empresa. Se gera</p><p>margem de contribuição, vale a pena ser produzido. No caso de</p><p>limitação de matéria prima ou qualquer outro fator limitante, o</p><p>produto que gera maior margem de contribuição, deverá ser</p><p>priorizado.</p><p>Figura 87. Margem de contribuição</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Exemplo: O preço de venda líquido da Panela é R$ 100,00,</p><p>foram vendidas 1.000 panelas, os custos diretos (matéria prima</p><p>direta e mão de obra direta) são de R$ 40,00 por panela, os custos</p><p>fixos da empresa são de R$ 25.000,00, as despesas fixas de R$</p><p>10,000,00 e os vendedores recebem 5% de comissão de vendas,</p><p>determinar a margem de contribuição total e o lucro bruto.</p><p>Vamos inicialmente calcular a margem de contribuição:</p><p>Receita Líquida Total (1.000 x R$ 100,00) 100.000,00</p><p>(-) Custo Variável Total (1.000 x R$ 40,00) (40.000,00)</p><p>(-) Despesa Variável (5% comissão) (5.000,00)</p><p>Margem de Contribuição 55.000,00</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>(-) Custos Fixos (25.000,00)</p><p>(-) Despesas Fixas (10.000,00)</p><p>Resultado Operacional 20.000,00</p><p>Agora vamos determinar o lucro bruto:</p><p>Receita Líquida Total (1.000 x R$ 100,00) 100.000,00</p><p>(-) Custo Variável Total (1.000 x R$ 40,00) (40.000,00)</p><p>(-) Custo Fixo (25.000,00)</p><p>Lucro Bruto (Resultado com Mercadorias) 35.000,00</p><p>(-) Despesas Fixas (10.000,00)</p><p>(-) Despesas Variáveis (5.000,00)</p><p>Resultado Operacional 20.000,00</p><p>O conceito margem de contribuição nos permite mensurar o</p><p>valor efetivamente agregado pela venda de qualquer produto,</p><p>uma vez que seu cálculo leva em conta apenas os gastos</p><p>(variáveis) que foram incorridos apenas porque vendemos o item.</p><p>Tópico 3.1.2 – Índice de Alavancagem Operacional (GAO)</p><p>O conceito de alavancagem operacional está diretamente</p><p>relacionado com a estrutura de gastos fixos e variáveis de uma</p><p>determinada entidade:</p><p>Figura 88. Gastos fixos e variáveis</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Empresas com gastos fixos maiores possuem maior grau de</p><p>alavancagem operacional, entretanto são empresas com maior</p><p>nível de risco operacional, exatamente por terem gastos fixos</p><p>maiores.</p><p>Figura 89. Grau de alavancagem operacional</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Vamos demonstrar o significado de alavancagem operacional</p><p>o exemplo a seguir:</p><p>Neste exemplo a empresa Alfa possui gastos fixos maiores e</p><p>gastos variáveis menores e a empresa Beta possui gastos variáveis</p><p>menores e gastos variáveis maiores.</p><p>Sua dúvida neste momento da leitura pode ser se essa</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>composição de gastos é uma opção de qualquer empresa?</p><p>Quase todas as empresas podem optar ter gastos fixos</p><p>menores e contratar serviços externos apenas quando recebem</p><p>um pedido.</p><p>Figura 90. Gastos fixos e variáveis empresas Alfa e Beta.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Agora vamos exemplificar um aumento nas vendas em 40% e</p><p>verificar como ficarão os resultados de ambas as empresas:</p><p>Figura 91. Aumento das vendas em 40%</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Perceba que a empresa Alfa, que possui uma estrutura de</p><p>custos fixos maior e gastos variáveis menores, apresentou um</p><p>grau de alavancagem operacional maior do que a empresa beta.</p><p>GAO</p><p>Alfa</p><p>=</p><p>∆ 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙</p><p>∆ 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠</p><p>=</p><p>120%</p><p>40%</p><p>=3</p><p>GAO</p><p>Beta</p><p>=</p><p>∆ 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙</p><p>∆ 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠</p><p>=</p><p>80%</p><p>40%</p><p>=2</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Tópico 3.1.2.1 Forma alternativa de cálculo do GAO.</p><p>Na figura 92 apresentamos a forma alternativa de cálculo do</p><p>grau de alavancagem operacional, levando em conta apenas a</p><p>margem de contribuição e gastos fixos em um determinado</p><p>exercício.</p><p>Figura 92. GAO com Margem de contribuição</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir vamos mensurar o grau de alavancagem</p><p>operacional, utilizando a fórmula alternativa.</p><p>Figura 93. Margem de contribuição de Alfa e Beta.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>GAO</p><p>Alfa</p><p>=</p><p>60</p><p>60 −40</p><p>=</p><p>60</p><p>20</p><p>= 3</p><p>GAO</p><p>Beta</p><p>=</p><p>40</p><p>40 −20</p><p>=</p><p>40</p><p>20</p><p>= 2</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Perceba que o grau de alavancagem operacional calculado a</p><p>partir da margem de contribuição resultou nos mesmos valores do</p><p>cálculo do GAO calculado a partir da variação do lucro e das</p><p>vendas.</p><p>Módulo 3 – Aula 2</p><p>Capital Circulante</p><p>Tópico 3.2.1 - Capital de Circulante Líquido</p><p>Capital circulante líquido (CCL) é a diferença entre o ativo</p><p>circulante e o passivo circulante.</p><p>Se positivo, é o que ultrapassa (excede) em termos de</p><p>aplicações de curto prazo (Ativo Circulante-AC) em relação com as</p><p>origens de Curto Prazo (Passivo Circulante-PC)</p><p>Figura 94. CCL</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>CCL = AC – PC</p><p>Na figura 95 vamos apresentar outra forma de determinar o</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>capital circulante líquido (CCL).</p><p>Figura 95. CCL cálculo alternativo</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>CCL = PNC + PL – ANC</p><p>Cuidado com a interpretação de CCL positivo!!!</p><p>Quando o CCL está Positivo, significa que o Passivo Circulante não</p><p>está financiando as aplicações de curto prazo.</p><p>Um forte crescimento nas vendas pode levar a empresa a</p><p>dificuldades financeiras.</p><p>Tópico 3.2.2 - Capital de Giro Próprio (CGP)</p><p>Capital de giro próprio representa a parcela do capital</p><p>próprio (PL) que está no ativo circulante, se apresentar valor</p><p>negativo, significa o capital próprio não tem valor superior ao ANC</p><p>e desta forma não contribui para o ativo circulante.</p><p>Figura 96. Capital de giro próprio</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Podemos determinar o capital de giro próprio (CGP) de duas</p><p>formas, na primeira forma CGP = PL − ANC (ARLP + AP) e na</p><p>segunda forma de calcular CGP = AC – (PC + PNC).</p><p>Tópico 3.2.3 – Relação entre o CCL e o CGP</p><p>Tanto o CCL como CGP são porções do ativo circulante, em</p><p>todos os exemplos utilizamos exemplos de balanços com passivo</p><p>circulante e não circulante menores que o ativo circulante, deste</p><p>forma o leitor pode verificar de maneira gráfica com facilidade</p><p>todas as relações que apresentamos.</p><p>Figura 97. Relação CCL e CGP</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Apenas observando a figura 97 podemos concluir sem</p><p>dificuldades que o CCL = CGP + PNC.</p><p>Módulo 3 – Aula 3</p><p>Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Saldo em Tesouraria (ST)</p><p>Tópico 3.3.1 – Necessidade de Capital de Giro (NCG)</p><p>Este conceito está relacionado na a capacidade da empresa</p><p>de financiar suas aplicações operacionais com os típicos</p><p>fornecedores de recursos operacionais.</p><p>As aplicações operacionais, estão no ativo circulante e devem</p><p>ser consideradas, o contas a receber, estoques, despesas</p><p>antecipadas, tributos a recuperar e outras aplicações</p><p>operacionais. As origens operacionais estão no passivo circulante</p><p>e devem ser consideradas como tal, a conta fornecedores, contas</p><p>a pagar, salários a pagar, tributos a pagar e recolher, provisões a</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>pagar e outras dívidas operacionais.</p><p>Quando uma empresa necessita manter contas a receber e</p><p>estoques em alto valor, a melhor situação é obter dos próprios</p><p>fornecedores um montante e prazo compatível com as aplicações</p><p>operacionais.</p><p>Desta forma, para determinar a necessidade de capital de</p><p>giro precisamos segregar o ativo circulante e o passivo circulante</p><p>em contas financeiras e contas operacionais, na figura 98</p><p>segregamos tanto o ativo circulante como o passivo circulante em</p><p>financeiro e operacional:</p><p>, Figura 98. Ativo e Passivo Circulante Operacional e Financeiro.</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Observe no exemplo da figura 99 a seguir, o cálculo da</p><p>necessidade do capital de giro:</p><p>Figura 99. Exemplo de cálculo da NCG</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>A seguir apresentamos uma análise gráfica da necessidade ou</p><p>não de capital de giro. Quando o ACO> PCO existe necessidade de</p><p>capital de giro, quando o ACO=PCO, não existe necessidade de</p><p>capital de giro, quando o ACO˂PCO, existe excesso de capital</p><p>operacional.</p><p>Na figura 100 temos uma representação de aplicações</p><p>superiores que origens operacionais, a empresa não está</p><p>conseguindo se autofinanciar com suas operações.</p><p>Figura 100. ACO > PCO</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Nas figuras 101, as aplicações operacionais são iguais as</p><p>origens operacionais, neste caso não existe necessidade de capital</p><p>de giro, as operações estão gerando exatamente o valro</p><p>necessário.</p><p>Figura 101. ACO=PCO</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Na figura 102, as aplicações são menores que as origens</p><p>operacionais, neste caso existe excesso de recursos, por exemplo</p><p>Moises Moreira Sanil Dos Santos - moisessanil@gmail.com - CPF: 363.185.665-20</p><p>Professor</p><p>representa a situação em supermercados, indústria</p><p>automobilística, nesses casos os fornecedores concedem prazos</p><p>muito superiores aos prazos praticados pelos supermercados</p><p>junto a seus clientes.</p><p>Figura 102. ACO˂PCO</p><p>Fonte. Elaborado pelo autor</p><p>Tópico 3.3.2 – Saldo em Tesouraria (ST)</p><p>O saldo em tesouraria é determinado pela subtração do ativo</p><p>circulante financeiro e passivo circulante financeiro:</p><p>ST = ACF – PCF</p><p>Quando a empresa não consegue auto financiamento nas</p><p>suas operações o saldo em tesouraria tem que suportar as</p><p>necessidades operacionais.</p><p>Observe, no mesmo exemplo, que calculamos a necessidade</p><p>de capital de giro, o valor do saldo em tesouraria, a empresa</p><p>apresentou uma necessidade de capital de giro de R$ 10.000,00 e</p>