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<p>CURSO EXTENSIVO - ESA 2023</p><p>HISTÓRIA</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>www.estrategiamilitares.com.br</p><p>AULA 00</p><p>BRASIL COLÔNIA I</p><p>2</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Sumário</p><p>1. APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO PROFESSOR 4</p><p>1.1. Estudando História: dicas para gabaritar na prova da ESA! 4</p><p>1.2. Incidência de temas na prova de História 8</p><p>1.3. Apresentação do curso 9</p><p>1.4. O que mudou na atualização do material? 10</p><p>3. OS POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS 11</p><p>3.1. O ameríndio brasileiro 12</p><p>4. A EXPANSÃO PORTUGUESA 15</p><p>4.1. Tratado de Tordesilhas (1494) 16</p><p>5. PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530) 17</p><p>5.1. Extrativismo do pau-brasil 17</p><p>5.2. Expedições do período pré-colonial 18</p><p>6. A ADMINISTRAÇÃO NO PERÍODO COLONIAL 19</p><p>6.1. Expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza 19</p><p>6.2. O sistema de capitanias-hereditárias 20</p><p>6.3. O governo-geral 22</p><p>6.4. Câmaras Municipais e os poderes locais 24</p><p>7. INVASÕES FRANCESAS NO BRASIL COLONIAL 25</p><p>8. ECONOMIA E SOCIEDADE DO AÇÚCAR 25</p><p>8.1. Sociedade açucareira 27</p><p>9. UNIÃO IBÉRICA (1580-1640) 29</p><p>9.1. Embargo Espanhol e suas consequências 29</p><p>10. INVASÕES HOLANDESAS (1624-1654) 30</p><p>10.1. Invasão da Bahia (1624-1625) 30</p><p>10.2. Holandeses em Pernambuco (1630-1654) 31</p><p>11. ESCRAVIDÃO NO MUNDO COLONIAL 33</p><p>11.1. Levantes indígenas no período colonial 34</p><p>11.2. Escravidão africana 35</p><p>11.3. Formas de resistência 37</p><p>12. LISTA DE QUESTÕES 38</p><p>12.1. Lista de Questões - ESA 38</p><p>12.2. Questões de Aprofundamento 52</p><p>12.3. Questões Inéditas - Estratégia Militares 65</p><p>13. GABARITO 87</p><p>13.1. Lista de Questões - ESA 87</p><p>13.2 Questões de Aprofundamento 88</p><p>13.3 Questões Inéditas - Estratégia Militares 88</p><p>14. LISTA DE QUESTÕES COMENTADA 88</p><p>14.1. Lista de Questões - ESA 88</p><p>14.2. Questões de Aprofundamento 125</p><p>3</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>14.3. Questões Inéditas - Estratégia Militares 152</p><p>15. CONSIDERAÇÕES FINAIS 200</p><p>16. REFERÊNCIAS 200</p><p>4</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>1. APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO PROFESSOR</p><p>Caro aluno(a),</p><p>Seja bem-vindo(a) à primeira aula do Curso Extensivo de História para a ESA 2023!</p><p>Antes de começarmos a falar sobre o nosso curso, permita me apresentar: sou Marco Túlio,</p><p>professor de História do Estratégia Militares. Sou graduado em História pela Pontifícia Universidade</p><p>Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e em Ciências do Estado pela Universidade Federal de Minas</p><p>Gerais (UFMG). Também sou mestrando em História pela UFMG.</p><p>Em 2020 ministrei a primeira versão deste curso, o que considerei um grande privilégio, mas</p><p>acima de tudo, uma grande responsabilidade. Assim como todos os demais professores da equipe, estou</p><p>ciente de que é o seu sonho de ingressar na ESA que está em jogo, então não pouparei esforços para</p><p>ajudá-lo em sua preparação.</p><p>Para tanto, o meu compromisso com você é oferecer um material adequado às exigências da</p><p>prova a qual está prestes a realizar, com múltiplas ferramentas que contribuam para o seu aprendizado</p><p>de forma objetiva e eficiente. Nossa missão é uma só: gabaritar na prova de História!</p><p>Pronto para começar? Então vamos lá!</p><p>1.1. Estudando História: dicas para gabaritar na prova da ESA!</p><p>A prova de História da ESA é composta por 6 questões de História do Brasil, o que corresponde</p><p>à metade da área Estudos Sociais.1 Pode parecer pouco quando comparado ao volume de outras</p><p>disciplinas, mas esteja certo de que um único erro pode ser o suficiente para colocar em jogo a sua</p><p>aprovação. Tenha bastante equilíbrio e consciência quando planejar a sua rotina de estudos, pois dar</p><p>pouca atenção à nossa disciplina não é uma boa ideia!</p><p>O último Exame intelectual da Escola de Sargentos das Armas, aplicado em 2021, passou por</p><p>algumas mudanças. Para começar, questões da prova de Linguagens e de Geografia foram</p><p>acompanhadas de imagens, algo que não se via até então. Nada impede que a parte de História</p><p>apresente estrutura similar nos exames futuros, por isso precisamos estar preparados.</p><p>Muitos alunos — e mesmo professores — também consideraram que o último exame estava</p><p>mais difícil que as edições anteriores. Embora eu não compartilhe da mesma opinião em relação à prova</p><p>de História, convém apresentar, a seguir, alguns bizus que irão auxiliá-lo a partir de agora!</p><p>1º BIZU:A PROVA DE HISTÓRIA NÃO É SÓ DECOREBA!</p><p>Um erro comum de muitos candidatos que prestam o exame da ESA é pensar que para gabaritar</p><p>na prova de História, basta decorar todos os fatos, datas, leis e personagens que puder, o que não é</p><p>bem verdade! Podemos dizer que a prova de História é composta por até três tipos de questão:</p><p>1 A outra metade é composta pelas questões de Geografia. Nas provas de Música e da Área de Saúde, a prova de História é</p><p>composta por 4 questões.</p><p>5</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>① Questões "decorebas": São questões com o enunciado e alternativas suscintos, que geralmente</p><p>demandam a memorização de pontos relevantes da disciplina, como conceitos e lugares. Veja um</p><p>exemplo retirado do exame aplicado em 2021:</p><p>(ESA/2022)</p><p>Entre os diversos movimentos, organizados por particulares, de interiorização do Brasil, a partir do</p><p>século XVII, tivemos um que se notabilizou para busca de índios para torná-los escravos. Este</p><p>movimento ficou conhecido como:</p><p>a) Bandeirismo de preação.</p><p>b) Escravismo de conquista.</p><p>c) Sertanismo de contrato.</p><p>d) Extrativismo sertanejo.</p><p>e) Entradas</p><p>② Questões de análise contextual: São questões com alternativas mais extensas, que demandam a</p><p>compreensão das principais características de um período específico da História do Brasil. Vejamos um</p><p>exemplo:</p><p>(ESA/2022)</p><p>Pode-se destacar como primeiras providências do governo republicano no Brasil (1889 – 1891), a:</p><p>a) Separação entre Igreja e Estado, criando os registros civis e extinguindo o padroado.</p><p>b) Primeira Constituição republicana, que estabeleceu voto universal e secreto.</p><p>c) Promulgação da grande naturalização, com o objetivo de amenizar o xenofobismo contra os ingleses</p><p>pobres.</p><p>d) Reforma financeira, com o objetivo de estimular o desenvolvimento da agricultura.</p><p>e) Instituição do centralismo e a transformação das províncias em estados membros da federação.</p><p>No exemplo anterior, o candidato deveria compreender o contexto do governo Deodoro da</p><p>Fonseca.</p><p>② Questões de causalidade: São questões que demandam dos candidatos o estabelecimento</p><p>das relações de causa/consequência entre fatos e processos históricos. Vejamos um exemplo:</p><p>(ESA/2014)</p><p>Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico conhecido</p><p>como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s):</p><p>a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.</p><p>b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras.</p><p>c) a luta contra os mouros no Marrocos.</p><p>6</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) a aliança política com o reino da Espanha.</p><p>e) as reformas pombalinas.</p><p>Veja que no exemplo acima, o candidato deveria compreender quais elementos contribuíram para o</p><p>pioneirismo português nas Grandes Navegações. Este tipo de relação causal é muito recorrente nas</p><p>provas de História da ESA.</p><p>2º BIZU: MARCADORES TEMPORAIS SÃO IMPORTANTES</p><p>Como vimos anteriormente, estudar História não se resume a decoreba, o que também inclui as</p><p>datas que utilizaremos em nosso curso. No entanto, existem algumas delas que são fundamentais para</p><p>evitar que o aluno se confunda em relação aos períodos históricos, evitando dúvidas como: se algo</p><p>acontece em 1892, trata-se de um fato do Segundo Reinado ou da Primeira República? O processo da</p><p>Insurreição Pernambucana (1645-1654) se deu durante ou depois da União Ibérica?</p><p>Na linha do tempo abaixo, apresento alguns marcadores temporais importantes.</p><p>mantidas sob constante medo. Os suplícios geralmente eram realizados pela figura do feitor,</p><p>homem livre responsável pela administração das atividades desempenhadas pelos escravos na</p><p>37</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>propriedade.</p><p>Vocabulário da escravidão</p><p>Para diferenciar os tipos de escravizados existentes na América Portuguesa, algumas categorias</p><p>foram elaboradas pelos colonizadores:</p><p>- Boçal → denominação utilizada para agrupar escravizados recém-chegados da África.</p><p>- Ladino → escravizado que entendia a língua portuguesa e a rotina de trabalho na Colônia.</p><p>- Crioulos → escravizados nascidos no Brasil e que tinham o português como primeira língua.</p><p>- Escravos de eito → nome dado aos escravizados que trabalhavam nas lavouras.</p><p>- Escravos domésticos → cativos que trabalhavam nas casas-grandes. Eram sobretudo arrumadeiras,</p><p>cozinheiras, pajens e amas-de-leite (amamentavam os filhos dos senhores).</p><p>- Escravos de ganho → escravizados que tinham a autorização de seus senhores para comercializar</p><p>mercadorias nas ruas, como bebidas e comidas, além de prestar serviços. Os lucros obtidos eram</p><p>repassados aos seus senhores, mas parte poderia ser mantida por ela, o que lhe permitia acumular</p><p>para comprar sua própria alforria – ou seja, a sua liberdade. Estes casos, no entanto, eram raros,</p><p>sendo mais recorrente a libertação de escravizados por motivos econômicos, especialmente no</p><p>momento de crise da atividade mineradora. Existiram nos centros urbanos dos períodos colonial e</p><p>imperial.</p><p>11.3. Formas de resistência</p><p>Muitos africanos trazidos para o Brasil e seus descendentes lançaram mão de uma série de</p><p>estratégias de reação à sua condição de escravizado, o que mostra que embora fossem considerados</p><p>mercadorias, nunca foram vítimas passivas. A resistência dos cativos nem sempre almejava a liberdade,</p><p>já que em alguns casos o que se buscava eram melhores condições de vida e trabalho.</p><p>Vejamos algumas formas de resistência:</p><p>▪ Negociações: em troca do direito de cultivar suas próprias roças, manter sua família unida ou de</p><p>desfrutar de liberdade religiosa, escravizados buscaram estabelecer negociações junto aos seus</p><p>senhores, em muitos casos prometendo aumentar a sua produtividade.</p><p>▪ Boicotes: alguns escravizados decidiam trabalhar menos que sua capacidade física e mental</p><p>suportava, ou sabotavam ferramentas e maquinários de trabalho. Nas casas-grandes, atividades</p><p>domésticas também poderiam ser realizadas sem asseio propositalmente.</p><p>▪ Revoltas: levantes de cativos poderiam ocorrer ainda nos navios negreiros, nas fazendas, cidades</p><p>ou na região mineradora. Ao longo dos séculos XVI e XIX, diversas insurreições de escravizados</p><p>ocorreram no território brasileiro. A maior delas foi a Revolta dos Malês, que abordaremos em</p><p>outro capítulo.</p><p>▪ Fugas individuais e coletivas: existiam fugas em que os cativos buscavam expressar o seu</p><p>38</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>descontentamento em relação ao trabalho, retornando à propriedade somente diante de alguma</p><p>negociação. Outras fugas, porém, representaram a negação da ordem senhorial, já que os</p><p>cativos se refugiavam para cidades e fazendas distantes, onde se apresentavam como libertos,</p><p>ou constituíam comunidades entre eles, denominadas de quilombos ou mocambos.</p><p>A forma de resistência mais lembrada até os dias atuais é certamente o quilombo, comunidades</p><p>formadas por escravizados que escapavam de suas propriedades se estabeleciam novas formas de</p><p>organização social no interior das matas. O termo surgiu em Angola, e era utilizado para denominar</p><p>acampamentos militarizados de africanos, nos quais o uso de magia e uma rígida disciplina faziam parte</p><p>de seu cotidiano. Outro termo recorrentemente utilizado na época era mocambo, que significa</p><p>esconderijo.</p><p>Quilombo de Palmares</p><p>O quilombo de Palmares é certamente o mais conhecido por nós, afinal foi aquele que sobreviveu</p><p>por mais tempo na América Portuguesa – ele começou a ser formado na Serra da Barriga, atual Alagoas,</p><p>no início do século XVII, sendo totalmente destruído somente em 1694.</p><p>Palmares era uma confederação de comunidades, cada uma delas contendo um chefe principal, mas</p><p>que também continham uma autoridade central, Ganga Zumba. Enquanto ocuparam a capitania de</p><p>Pernambuco, os holandeses organizaram dois ataques à comunidade, mas não tiveram sucesso. A partir</p><p>daí, a população palmarina começou a crescer cada vez mais, o que afrontava as autoridades coloniais e</p><p>ameaçava o poderio e interesses econômicos dos senhores de engenho.</p><p>Após a retomada da região pelos portugueses, o governador Aires de Souza e Castro propôs um</p><p>acordo de paz: Os quilombolas deveriam devolver escravos refugiados em Palmares para seus donos,</p><p>recebendo em troca o status de súditos da Coroa e o reconhecimento do direito sobre a terra em que</p><p>ocupavam. Embora Ganga Zumba tentasse colocá-lo em prática, o acordo enfrentou resistências do</p><p>grupo de Zumbi, uma das lideranças das aldeias que compunham Palmares. Um duro embate se iniciou</p><p>entre ambos, que culminou com a morte do primeiro por envenenamento.</p><p>Nos quinze anos que se seguiram à morte de Ganga Zumba, Zumbi liderou uma guerra contra as</p><p>autoridades portuguesas, mas foram duramente massacrados por uma expedição liderada pelo</p><p>bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694. Para que a destruição do quilombo e dos palmarinos</p><p>servisse de exemplo para qualquer insurreição, a cabeça de Zumbi, àquela altura tido como imortal por</p><p>muitos, foi exposta em um poste de uma praça pública de Recife.</p><p>12. LISTA DE QUESTÕES</p><p>12.1. Lista de Questões - ESA</p><p>1. (ESA/2022)</p><p>O primeiro passo da expansão ultramarina portuguesa foi a conquista de:</p><p>a) Moçambique.</p><p>b) Senegal.</p><p>c) Guiné.</p><p>39</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) Ceuta.</p><p>e) Angola</p><p>2. (ESA/2022)</p><p>Durante o início da colonização do Brasil por Portugal, teve-se a figura política dos governadores-gerais.</p><p>O primeiro governador-geral, que governou de 1549 a 1553, foi:</p><p>a) Tomé de Sousa.</p><p>b) Lourenço da Veiga.</p><p>c) D. Luís Fernandes de Vasconcelos.</p><p>d) Mem de Sá.</p><p>e) Duarte da Costa.</p><p>3. (ESA/2022)</p><p>No contexto da Expansão Ultramarina Europeia dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que:</p><p>a) Os cristãos novos não puderam participar da expansão portuguesa porque esta era uma atividade</p><p>desenvolvida somente por quem tinha posse de terras.</p><p>b) Os espanhóis, ao chegarem à América, perderam o interesse de continuar buscando uma rota para a</p><p>China.</p><p>c) Ao longo do século XV, a exploração do litoral africano rendeu poucos lucros aos mercadores</p><p>portugueses.</p><p>d) Os nobres portugueses, associados aos cristãos novos, desenvolveram uma mentalidade burguesa e</p><p>capitalista ao longo do século XVI.</p><p>e) Em finais do século XIV, a atividade comercial passou a ser importante fonte de renda em Portugal.</p><p>4. (ESA 2020/2021)</p><p>Entre 1580 e 1640, o Rei da Espanha passou a ser também rei de Portugal, dando origem ao período</p><p>denominado “união Ibérica”. Em relação à ocorrência desta condição, podemos afirmar que:</p><p>(A) A “união” entre Portugal e Espanha proporcionou grandes avanços para a economia lusitana, que</p><p>passou a explorar ouro e prata em grande quantidade.</p><p>(B) A administração Filipina promoveu melhorias para a economia açucareira no Brasil, gerando</p><p>independência perante os interesses estrangeiros.</p><p>(C) Felipe II decretou a liberdade de culto objetivando evitar tensões e movimentos revoltosos.</p><p>(D) Apesar da influência política do rei espanhol, Felipe II concordou em preservar costumes, língua e</p><p>aspectos da economia portuguesa em território português e em seus domínios.</p><p>(E) A administração filipina sobre o território brasileiro e as atividades coloniais garantiu segurança</p><p>necessária para que Salvador se mantivesse como capital colonial, não havendo incursões estrangeiras</p><p>no Brasil.</p><p>5. (ESA 2019/2020)</p><p>Nos anos 1624 - 1635, ocorreu a primeira tentativa dos holandeses</p><p>de invadir e conquistar territórios do</p><p>Nordeste brasileiro, que fracassou. Essa primeira invasão ocorreu na cidade de:</p><p>a) Salvador.</p><p>b) São Cristóvão.</p><p>c) Natal.</p><p>d) João Pessoa.</p><p>e) Recife.</p><p>40</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>6. (ESA 2019/2020)</p><p>As primeiras atividades econômicas na América Portuguesa, por parte do governo, concentraram-se na</p><p>extração de pau-brasil, dentro do regime de:</p><p>a) doação.</p><p>b) concessão.</p><p>c) permissão</p><p>d) estanco.</p><p>e) escambo</p><p>7. (ESA 2019/2020)</p><p>Na disputa entre Portugal e Espanha pelos territórios a serem descobertos navegando-se a Oeste, o</p><p>limite que vigorou até o fim da União Ibérica foi o:</p><p>a) Meridiano de Tordesilhas.</p><p>b) Meridiano de Utrecht.</p><p>c) trópico de Capricórnio.</p><p>d) meridiano de Greenwich.</p><p>e) meridiano de Cabo Verde.</p><p>8. (ESA 2018/2019)</p><p>Os movimentos de resistência indígena ao domínio e ao escravismo do colonizador se deu de distintas</p><p>maneiras, inclusive através do combate propriamente dito. No nordeste, os indígenas promoveram um</p><p>conflito de resistência que durou mais de dez anos e ficou conhecido como:</p><p>a) Confederação dos Cariris</p><p>b) Confederação dos Tamoios</p><p>c) Confederação do Equador</p><p>d) A Revolta de Nosso Pai</p><p>e) A Revolta dos Mascates</p><p>9. (ESA 2018/2019)</p><p>No século XV, Portugal inicia um processo de expansão ultramarina, em que uma das finalidades era de</p><p>caráter mercantil. Esta situação criou, imediatamente, uma ameaça aos interesses comerciais dos:</p><p>a) franceses</p><p>b) espanhóis</p><p>c) holandeses</p><p>d) venezianos</p><p>e) alemães</p><p>10. (ESA 2018/2019)</p><p>Sobre a chamada a União Ibérica, podemos afirmar que:</p><p>a) Como consequência deste período, a Espanha passou a ser um adversário econômico de Portugal.</p><p>b) Como consequência deste período, os territórios antes dominados por Portugal passaram a ter como</p><p>41</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>língua oficial o espanhol.</p><p>c) Período entre 1580 e 1640 em que o Rei de Portugal, Felipe II, passou também a ser o Rei da Espanha.</p><p>d) Período entre 1580 e 1640 em que o Rei da Espanha, Felipe II, passou também a ser o Rei de</p><p>Portugal.</p><p>e) Como consequência deste período, a França invade o território brasileiro em sua porção Nordeste, a</p><p>partir de 1624.</p><p>11. (ESA 2017/2018)</p><p>O Primeiro Governo Geral do Brasil foi instalado em:</p><p>a) São Luís.</p><p>b) Fortaleza.</p><p>c) Olinda.</p><p>d) Salvador.</p><p>e) Rio de Janeiro.</p><p>12. (ESA 2014/2015)</p><p>Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico conhecido</p><p>como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s):</p><p>a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.</p><p>b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras.</p><p>c) a luta contra os mouros no Marrocos.</p><p>d) a aliança política com o reino da Espanha.</p><p>e) as reformas pombalinas.</p><p>13. (ESA 2014/2015)</p><p>As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI objetivaram</p><p>A) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.</p><p>B) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos</p><p>C) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.</p><p>D) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.</p><p>E) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus.</p><p>14. (ESA 2013/2014)</p><p>O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa</p><p>a) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil.</p><p>b) o fim da rivalidade entre portugueses e espanhóis na América.</p><p>c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses.</p><p>d) a demarcação dos direitos de exploração colonial dos ibéricos.</p><p>e) o declínio do expansionismo espanhol.</p><p>15. (ESA 2012/2013)</p><p>O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver</p><p>as disputas por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que</p><p>42</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras</p><p>descobertas depois ficariam com os portugueses.</p><p>b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a</p><p>oeste das ilhas de Cabo Verde.</p><p>c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses</p><p>e espanhóis nos quinze anos seguintes.</p><p>d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça</p><p>colonialista da Inglaterra, da Holanda e da França.</p><p>e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem</p><p>as terras descobertas.</p><p>16. (ESA 2012/2013)</p><p>No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente monopolizado</p><p>pelas cidades europeias de</p><p>A) Paris e Flandres.</p><p>B) Londres e Hamburgo.</p><p>C) Gênova e Veneza.</p><p>D) Constantinopla e Berlim.</p><p>E) Lisboa e Madri.</p><p>17. (ESA/2009)</p><p>Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações no Século XV. Assinale a única</p><p>alternativa em que todas as informações são fatores que contribuíram para o pioneirismo português</p><p>neste campo.</p><p>a) Fortalecimento do feudalismo e posição geográfica favorável</p><p>b) Escola de Sagres e nobreza forte e autônoma.</p><p>c) Centralização administrativa e ausência de guerras.</p><p>d) Mercantilismo e intensa utilização da Rota da Seda.</p><p>e) Guerra contra a Espanha e a Tomada de Constantinopla.</p><p>18. (ESA/2007)</p><p>No início da colonização, a cultura da cana-de-açúcar era realizada em grandes propriedades que eram</p><p>chamadas de:</p><p>A) sítios</p><p>B) latifúndios</p><p>C) alqueires</p><p>D) minifúndios</p><p>E) casas-grandes</p><p>19. (ESA/2007)</p><p>Após o descobrimento, a primeira expedição colonizadora do Brasil foi a de:</p><p>a) Gaspar de Lemos</p><p>b) Cristóvão Jacques</p><p>c) Pedro Álvares Cabral</p><p>43</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) Tomé de Souza</p><p>e) Martim Afonso de Souza</p><p>20. (ESA/2006)</p><p>Dentre as quinze Capitanias-Hereditárias fundadas no Brasil a partir de 1530, somente duas progrediram</p><p>até 1550:</p><p>a) Ilhéus e Porto Seguro.</p><p>b) Pernambuco e São Vicente.</p><p>c) Maranhão e Ceará.</p><p>d) São Tomé e Santana.</p><p>e) Itamaracá e Porto Seguro.</p><p>21. (ESA 2014/2015)</p><p>A respeito das expedições marítimas portuguesas enviadas ao Brasil no período pré-colonizador, foram</p><p>chamadas de “expedições guarda-costas”, empreendidas entre os anos 1516 a 1520, as missões</p><p>comandadas por</p><p>a) Gaspar de Lemos.</p><p>b) Martin Afonso de Souza.</p><p>c) Cristóvão Jacques.</p><p>d) Gonçalo Coelho.</p><p>e) Tomé de Souza</p><p>22. (ESA 2014/2015)</p><p>No final do Século XIV, o único Estado centralizado e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro</p><p>na expansão ultramarina, era o</p><p>a) espanhol.</p><p>b) inglês.</p><p>c) francês.</p><p>d) holandês.</p><p>e) português</p><p>23. (ESA 2014/2015)</p><p>No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portugueses na colônia do Brasil,</p><p>entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se destacaram como atividade (s) principal (is)</p><p>a) a exploração de ouro e pedras preciosas.</p><p>b) a escravização do indígena.</p><p>c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.</p><p>d) a extração e comercialização do pau-brasil.</p><p>e) o cultivo de fumo e do café.</p><p>24. (ESA 2011/2012)</p><p>As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à</p><p>expulsão do território brasileiro os invasores</p><p>44</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>a) ingleses</p><p>b) franceses</p><p>c) holandeses</p><p>d) portugueses</p><p>e) espanhóis</p><p>25. (ESA/2003)</p><p>Observando-se o sistema de governo vigente durante o Brasil Colonial, é correto afirmar que:</p><p>a) a criação do Governo Geral, centralizando a administração, provocou a extinção imediata das</p><p>capitanias hereditárias.</p><p>b) o sistema de câmaras municipais instituiu duas novas políticas administrativas:</p><p>as sesmarias e o</p><p>serviço militar compulsório.</p><p>c) o sistema de capitanias hereditárias já havia sido empregado por Portugal na administração das ilhas</p><p>Canárias.</p><p>d) o fracasso das capitanias hereditárias implicou o desuso das Cartas de Doação e das obrigações do</p><p>Documento Foral.</p><p>e) o sistema de capitanias hereditárias foi um empreendimento que, dirigido pela Coroa, estava a cargo</p><p>de Particulares.</p><p>26. (ESA/2002)</p><p>A Monocultura, o Latifúndio e a Escravidão marcaram o Sistema colonial português no Brasil, resultando:</p><p>a) no desenvolvimento interno da colônia, beneficiada pela ausência de monopólio.</p><p>b) na formação de uma sociedade civil forte em decorrência da autonomia desfrutada.</p><p>c) em grande desigualdade social, concentração da propriedade fundiária e dependência econômica.</p><p>d) em acumulação de renda, que permitiu o desenvolvimento manufatureiro.</p><p>e) no predomínio do trabalho livre, desenvolvimento tecnológico e cultural.</p><p>27. (ESA/2000)</p><p>Os Governos Gerais foram criados porque:</p><p>a) o sistema de capitanias era vantajoso.</p><p>b) seria melhor um governo descentralizado.</p><p>c) os donatários não cumpriram as determinações reais.</p><p>d) a Regência seria o melhor sistema.</p><p>e) fracassara o sistema de emprego do capital particular.</p><p>28. (ESA/1999)</p><p>Uma das consequências da expulsão dos holandeses do Nordeste, em 1654, foi o (a):</p><p>a) decadência da atividade açucareira.</p><p>b) volta do domínio espanhol sobre o Nordeste.</p><p>c) aumento da produção cafeeira.</p><p>d) expansão da produção de couro.</p><p>e) criação da Companhia de Comércio de São Paulo.</p><p>45</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>29. (ESA 2011/2012)</p><p>No contexto da expansão marítima, que levou os europeus a encontrar a América, Portugal destacou-se</p><p>como pioneiro das grandes navegações do século XV. Entre os muitos fatores que contribuíram para o</p><p>pioneirismo português, destacam-se:</p><p>a) a associação Estado/Igreja e a centralização do poder.</p><p>b) a política mercantilista e a expulsão dos mouros da península Ibérica.</p><p>c) a centralização administrativa e a posição geográfica.</p><p>d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária.</p><p>e) a industrialização e a centralização do poder.</p><p>30. (ESA/1995)</p><p>Um dos resultados das chamadas Grandes Navegações iniciadas pelos portugueses, foi:</p><p>a) o controle do mar mediterrâneo pelos navegadores italianos e turcos.</p><p>b) o deslocamento do eixo comercial da Europa, do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico.</p><p>c) o desenvolvimento das navegações espanholas, inglesas e holandesas no mar Mediterrâneo.</p><p>d) a decadência econômica das cidades portuárias da península ibérica.</p><p>e) a decadência econômica da burguesia mercantil portuguesa.</p><p>31. (ESA)</p><p>No sistema do governo-geral no Brasil, cabia ao ouvidor-mor:</p><p>a) promover o saneamento financeiro.</p><p>b) estabelecer medidas defensivas no litoral.</p><p>c) aculturar os indígenas, reunindo-os em missões.</p><p>d) estimular a descoberta de metais.</p><p>e) solucionar os problemas relativos à justiça.</p><p>32. (ESA)</p><p>A União Ibérica favoreceu a presença de inimigos da Espanha no território brasileiro, através de invasões,</p><p>algumas das quais se prolongaram, permitindo a formação de núcleos populacionais que se</p><p>transformaram em importante cidades. Nesta perspectiva, a cidade de São Luís, capital do Estado do</p><p>Maranhão, foi obra de:</p><p>A) ingleses</p><p>B) franceses</p><p>C) holandeses</p><p>D) portugueses</p><p>E) italianos</p><p>33. (ESA)</p><p>Pode ser apontado(a) como característica do período pré-colonial (1500 – 1530) no Brasil:</p><p>a) a utilização mão-de-obra escrava africana no corte e transporte do pau-brasil.</p><p>b) a divisão do Brasil em dois governos sediados no Rio de Janeiro e em Salvador.</p><p>c) o envio de expedições guarda-costas e exploradoras e a eventual fundação de feitorias.</p><p>d) a fundação das cidades de Salvador e São Paulo.</p><p>e) as invasões holandesas, com o objetivo de dominar o comércio açucareiro.</p><p>46</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>34. (ESA)</p><p>Durante o período colonial, Bahia e Pernambuco foram alvos de invasões de:</p><p>a) franceses, atraídos pelo pau-brasil.</p><p>b) holandeses, atraídos pela produção açucareira</p><p>c) espanhóis, indignados com a expansão territorial portuguesa.</p><p>d) italianos, interessados no mercado de especiarias.</p><p>e) ingleses, atraídos por riquezas minerais</p><p>35. (ESA)</p><p>No sistema de governo-geral, implantado no Brasil em meados do século XVI, era responsável pela</p><p>aplicação da justiça na colônia:</p><p>a) o alcaide-mor</p><p>b) o provedor-mor</p><p>c) o vereador</p><p>d) o capitão-mor</p><p>e) o ouvidor-mor</p><p>36. (ESA)</p><p>Entre as diversas causas que tornaram Portugal e Espanha os primeiros países europeus a se lançarem</p><p>nas viagens marítimas da época moderna, pode-se citar:</p><p>a) o sistema administrativo descentralizado, que favoreceu a iniciativa dos grupos burgueses.</p><p>b) o grande interesse da nobreza no desenvolvimento das relações capitanistas comerciais.</p><p>c) o incentivo dado pela Igreja Protestante, interessada na ampliação do número de fiéis.</p><p>d) o interesse das monarquias centralizadas em ampliar suas relações comerciais e sua área de</p><p>influência.</p><p>e) o apoio dado pelos senhores feudais às pesquisas sobre conhecimentos náuticos.</p><p>37. (ESA/1990)</p><p>A ausência de colonização logo após a descoberta de algumas áreas americanas, como o Brasil, deveu-</p><p>se:</p><p>a) à reação organizada da população nativa:</p><p>b) ao próprio caráter mercantil da expansão.</p><p>c) à negativa reação espanhola ante os descobrimentos portugueses.</p><p>d) ao interesse europeu no comércio oriental.</p><p>e) à prévia determinação portuguesa de estabelecer apenas feitorias comerciais.</p><p>38. (ESA/1990)</p><p>A presença holandesa, através das invasões em território brasileiro, durante o período colonial, está</p><p>relacionada:</p><p>a) à descoberta e introdução de técnicas mais avançadas na lavoura açucareira, visando ao aumento da</p><p>produtividade.</p><p>b) à conquista territorial de pontos estratégicos que facilitariam a interceptação do ouro proveniente das</p><p>Gerais.</p><p>c) aos contratos comerciais assinados entre Portugal e Inglaterra, como o de Methuen.</p><p>d) às solicitações dos próprios senhores de engenho, insatisfeitos com o monopólio metropolitanos.</p><p>47</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) às barreiras impostas pela Espanha à participação holandesa no comércio açucareiro.</p><p>39. (ESA/1991)</p><p>Sobre o Tratado de Tordesilhas, podemos concluir que seu objetivo principal era:</p><p>a) fazer com que o governo português reconhecesse o direito espanhol às terras localizadas no</p><p>Atlântico.</p><p>b) eliminar divergências sobre a posse espanhola ou portuguesa de terras localizadas no Atlântico.</p><p>c) garantir a posse espanhola das terras localizadas no Atlântico.</p><p>d) garantir a posse portuguesa das terras localizadas no Atlântico.</p><p>e) garantir a posse francesa do Brasil.</p><p>40. (ESA/1991)</p><p>O início da colonização portuguesa no Brasil foi assinalado pela:</p><p>a) divisão do Brasil em dois estados.</p><p>b) fundação da cidade de Salvador.</p><p>c) criação do governo-geral</p><p>d) expedição de Martin Afonso de Souza em 1530.</p><p>e) criação do sistema de capitanias hereditárias.</p><p>41. (ESA/1992)</p><p>Estabelecer contatos comerciais com Calicute e lá fundar uma feitoria era um dos objetivos de Cabral.</p><p>Esta cidade fica na:</p><p>a) Ásia</p><p>b) África</p><p>c) Europa</p><p>d) América Central</p><p>e) Oceania</p><p>42. (ESA/1992)</p><p>A capitania que mais prosperou devido à aplicação de recursos holandeses na produção açucareira foi a</p><p>de:</p><p>a) S. Vicente</p><p>b) Itamaracá</p><p>c) Ilhéus</p><p>d) Pernambuco</p><p>e) Porto Seguro</p><p>43. (ESA/1992)</p><p>A instalação do governo-geral no Brasil tinha por objetivo:</p><p>a) acabar com as capitanias hereditárias.</p><p>b) apenas desenvolver a lavoura açucareira.</p><p>c) escravizar os índios.</p><p>d) cuidar das finanças dos donatários.</p><p>e) centralizar a administração, amparar os donatários e intensificar o povoamento.</p><p>48</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>44. (ESA/1989)</p><p>O chamado Ciclo Oriental das navegações</p><p>portuguesas tinha por principal finalidade:</p><p>a) chegar às Índias Ocidentais através de rota de navegação para o oriente.</p><p>b) chegar ao Oriente, reduto das especiarias, após navegar para o ocidente.</p><p>c) explorar a parte oriental da África, rica região em ouro e escravos.</p><p>d) explorar toda a região situada ao oriente do meridiano de Tordesilhas.</p><p>e) chegar ao Oriente, reduto de especiarias, após dar a volta pelo sul do litoral africano.</p><p>45. (ESA/1989)</p><p>A sociedade brasileira nos primeiros séculos de colonização foi profundamente marcada pelo ciclo do</p><p>açúcar. Uma das razões que levou Portugal a implantar a indústria açucareira no Brasil foi:</p><p>a) o açúcar era um produto desconhecido na Europa e poderia, pelo seu exotismo, transformar-se</p><p>em uma excelente mercadoria para o enriquecimento da burguesia.</p><p>b) O indígena habituado à agricultura seria uma mão-de-obra abundante e barata.</p><p>c) O frete e o transporte do açúcar para a Europa eram fáceis.</p><p>d) O clima e o solo ofereciam magníficas condições para o plantio de cana e Portugal já</p><p>possuía experiência no comércio e na produção do açúcar.</p><p>e) A abertura de um mercado produtor concorrente com a grande produção açucareira as</p><p>Antilhas controlada pela Holanda tradicional inimiga de Portugal.</p><p>46. (ESA/1989)</p><p>No período de nossa história denominado de "Domínio Estrangeiro no Brasil" tivemos a ocupação da</p><p>Bahia, em 1624, e de Pernambuco, em 1630. Os principais objetivos dessas invasões, realizadas pelos</p><p>holandeses, eram:</p><p>a) obter lucro na exploração do açúcar e enfraquecer a Espanha.</p><p>b) obter lucro na exploração do açúcar e enfraquecer a Inglaterra, grande aliada de Portugal.</p><p>c) obter lucro na exploração do pau-brasil e enfraquecer Portugal, tradicional inimigo da Espanha.</p><p>d) obter lucro na exploração de metais preciosos e enfraquecer a Inglaterra, maior beneficiária</p><p>da produção de ouro brasileiro.</p><p>47. (ESA/1988)</p><p>Viajar em direção o oeste para atingir o leste era o plano de navegação executado por:</p><p>a) Vasco da Gama.</p><p>b) Bartolomeu Dias.</p><p>c) Pedro Alvares Cabral.</p><p>d) Américo Vespúcio.</p><p>e) Cristóvão Colombo.</p><p>48. (ESA/1988)</p><p>A primeira expedição colonizadora enviada ao Brasil foi comandada por:</p><p>a) Diogo Álvares Correia.</p><p>b) Gonçalo Coelho.</p><p>c) Martim Afonso de Souza.</p><p>d) João Ramalho.</p><p>49</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) Brás Cubas.</p><p>49. (ESA/1988)</p><p>Durante o domínio espanhol (1612), uma expedição chefiada por Daniel de La Touche pretendeu criar no</p><p>Brasil a:</p><p>(A) França Antártica.</p><p>(B) França Equatorial.</p><p>(C) Guiana Brasileira.</p><p>(D) França Huguenote.</p><p>(E) Guiana dos Reformados.</p><p>50. (ESA/1987)</p><p>Durante a expansão marítima portuguesa, a navegação comercial europeia se tornou particularmente</p><p>intensa no:</p><p>a) Mar Báltico</p><p>b) Oceano Atlântico</p><p>c) Mar Mediterrâneo</p><p>d) Mar Vermelho</p><p>e) Oceano Pacífico</p><p>51. (ESA/1987)</p><p>O audacioso plano de Cristóvão Colombo para atingir as Índias consistia em atingir o leste:</p><p>(A) viajando no sentido oeste.</p><p>(B) contornando o continente americano.</p><p>(C) viajando no sentido norte</p><p>(D) contornando a costa africana</p><p>(E) viajando no sentido sul.</p><p>52. (ESA/1987)</p><p>A colonização brasileira foi motivada, de início, por preocupações sobretudo políticas, porque:</p><p>a) tinha como objetivo extrair as riquezas que se presumia existir no interior do continente.</p><p>b) Visava através do povoamento, preservar a posse da terra já então disputada por corsários</p><p>estrangeiros.</p><p>c) Pretendia-se essencialmente, conquistar as populações indígenas para a fé católica.</p><p>d) Almejava-se a conquista do sertão através do estímulo à pecuária extensiva.</p><p>e) Contava com o apoio da coroa espanhola, dirigida por D. Sebastião.</p><p>53. (ESA/1987)</p><p>Causa geral das invasões holandesas no Brasil:</p><p>a) o interesse da burguesia holandesa em fundar no Brasil uma colônia de povoamento.</p><p>b) a tentativa de superar o modelo colonial criado por Portugal.</p><p>c) a vontade de interromper a produção de açúcar no nordeste brasileiro.</p><p>d) a necessidade de transferir o excedente populacional dos Países Baixos.</p><p>50</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) o desejo de romper o bloqueio econômico imposto por Felipe II, após a União Ibérica.</p><p>54. (ESA/1986)</p><p>Chegando a Pernambuco em 1530, Martin Afonso de Souza aprisionou navios contrabandistas franceses.</p><p>Em seguida rumou para o sul, enviando, para reconhecer a costa norte, o seu companheiro de viagem:</p><p>(A) Diogo Álvares Correia</p><p>(B) Diogo Leite</p><p>(C) Pero Lopes de Souza</p><p>(D) Gonçalo Coelho</p><p>(E) Américo Vespúcio</p><p>55. (ESA/1986)</p><p>Entre os direitos dos donatários das capitanias hereditárias, destacam-se os três seguintes:</p><p>a) fundar vilas, conceder sesmarias e escravizar índios.</p><p>b) alienar a capitania, conceder sesmarias e receber a redizima das rendas da terra.</p><p>c) desenvolver o sistema feudal de colonização, fundar vilas e conceder sesmarias.</p><p>d) conceder carta de doação, conceder sesmarias e fundar vilas.</p><p>e) cunhar moeda, nomear bispos e organizar tropas regulares.</p><p>56. (ESA/1986 – Adaptada)</p><p>No final do século XVI, o núcleo de colonização mais afastado do litoral era:</p><p>a) a região produtora de ouro, em Minas gerais.</p><p>b) o interior da Bahia e Goiás.</p><p>c) São Paulo</p><p>d) São Vicente</p><p>e) Laguna</p><p>57. (ESA/1981 – Adaptada)</p><p>O famoso Quilombo dos Palmares, em 1695, na serra alagoana da barriga, foi exterminado pelo</p><p>sertanista de contrato denominado:</p><p>a) Domingos Jorge Velho</p><p>b) Manoel Borba Gato</p><p>c) Garcia Rodrigues</p><p>d) Domingos Barbosa Calheiros</p><p>e) Antônio Raposo Tavares</p><p>58. (ESA/1986)</p><p>Fatos relacionados à primeira invasão holandesa no Brasil, exceto:</p><p>a) o planejamento da operação pela Companhia das Índias Ocidentais.</p><p>b) A prisão do Governador da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado.</p><p>c) A hábil administração de Maurício de Nassau.</p><p>d) A reação comandada pelo bispo de Salvador.</p><p>e) A atuação de uma esquadra luso-espanhola contra os invasores.</p><p>51</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>59. (ESA/1984)</p><p>A adoção no Brasil do sistema de donatários feita por Portugal foi determinada entre outros fatores</p><p>pelo(a):</p><p>a) experiência bem sucedida com o sistema de outras colônias portuguesas.</p><p>b) necessidades de explorar o pau-brasil no litoral brasileiro, devido às incursões francesas.</p><p>c) Intenção de promover as Entradas e Bandeiras no interior do Brasil.</p><p>d) Imitação do sistema implantado pelos franceses nas colônias sul-africanas.</p><p>60. (ESA/1986)</p><p>A criação de um governo-geral no Brasil, em 1548, decorreu:</p><p>a) do insucesso de todas as capitanias hereditárias.</p><p>b) da política centralizadora da administração colonial espanhola, verificada com a União Ibérica.</p><p>c) da necessidade de intensificar a luta contra os espanhóis, a partir de um centro irradiador de forças.</p><p>d) da necessidade de coordenar a Colônia e promover a centralização administrativa.</p><p>e) da descoberta de metais preciosos no Brasil, exigindo um representante do rei na colônia.</p><p>61. (ESA/1986)</p><p>Em relação à economia colonial portuguesa, podemos afirmar que:</p><p>a) era fruto do sistema mercantilista adotado.</p><p>b) era voltada para o industrialismo e completava a economia da Metrópole.</p><p>c) era baseada no liberalismo econômico.</p><p>d) sua produção visava atender aos mercados das colônias espanholas vizinhas.</p><p>e) foi baseada no monopólio do ouro durante todo período colonial.</p><p>62. (ESA/1979)</p><p>A autoridade do Brasil-Colônia encarregada dos negócios judiciais era o:</p><p>a) Provedor-Mor</p><p>b) Ouvidor-Mor</p><p>c) Alcaide</p><p>d) Governador-Geral</p><p>63. (ESA/1985)</p><p>Nas primeiras décadas após a descoberta do Brasil, não houve, por parte de Portugal, medidas efetivas</p><p>para a colonização de seu território na América, porque:</p><p>a) Portugal encontrou forte resistência por parte dos nativos brasileiros.</p><p>b) As perspectivas econômicas oferecidas pelo Brasil eram bem menores em comparação com</p><p>o comércio do Oriente.</p><p>c) As finanças portuguesas, na época, não permitiam gastos exigidos para a colonização.</p><p>d) Todos os documentos relativos à terra brasileira apresentaram uma visão pessimista,</p><p>que desestimulou o rei português a tentar a colonização brasileira.</p><p>52</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>12.2. Questões de Aprofundamento</p><p>1. (EsPCEx /2019)</p><p>Muitos europeus acreditavam que, em direção ao sul, o mar seria habitado por monstros e estaria</p><p>sempre em chamas. Se arriscassem cruzar o oceano Atlântico, à época conhecido como mar Tenebroso,</p><p>iriam se deparar com o fim do mundo. Mesmo assim, os portugueses se lançaram às Grandes</p><p>Navegações, no final do século XV. Considerando:</p><p>I – A Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos;</p><p>II – A Criação da Companhia das Índias Ocidentais;</p><p>III – A existência de um poder centralizador e de um Estado unificado;</p><p>IV – A descoberta da imensa mina de prata em Potosí pelos lusitanos;</p><p>V – A invenção da bússola pelos portugueses na Escola de Sagres.</p><p>Assinale abaixo a alternativa que apresenta as causas que levaram à Expansão Marítima Portuguesa.</p><p>a) I e II</p><p>b) I e III</p><p>c) I, II e III</p><p>d) III e IV</p><p>e) IV e V</p><p>2. (EsPCEx /2018)</p><p>Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou os resultados</p><p>esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros,</p><p>principalmente com a produção de açúcar, estavam as de</p><p>a) Rio Grande e Itamaracá.</p><p>b) São Vicente e Rio Grande.</p><p>c) Santana e Ilhéus.</p><p>d) Maranhão e Pernambuco.</p><p>e) São Vicente e Pernambuco.</p><p>3. (EsPCEx /2018)</p><p>Durante o período conhecido por União Ibérica, ocorreu o Embargo Espanhol ao comércio das colônias</p><p>portuguesas com os holandeses. Isto motivou a Holanda a atacar o Nordeste brasileiro com a finalidade</p><p>de romper o embargo e reativar as rotas comerciais entre o Brasil e a Europa. É fato relacionado à</p><p>primeira investida dos holandeses ao Brasil, ocorrida em 08 de maio de 1624, a (o)(s)</p><p>a) conquista de Porto Calvo por Matias de Albuquerque.</p><p>b) ocupação de Salvador.</p><p>c) governo de Maurício de Nassau.</p><p>d) fundação do Arraial do Bom Jesus.</p><p>e) Batalhas de Guararapes.</p><p>4. (EsPCEx /2017)</p><p>Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o</p><p>trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro.</p><p>53</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à</p><p>chamada União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal.</p><p>Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.</p><p>a) Holanda</p><p>b) Alemanha</p><p>c) Itália</p><p>d) Inglaterra</p><p>e) EUA</p><p>5. (EsPCEx /2016)</p><p>As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado pacto colonial, sendo este</p><p>aspecto uma das principais características do estabelecimento de um sistema de exploração mercantil</p><p>implementado pelas nações europeias com relação à América. Com relação ao Brasil, do que constava</p><p>este pacto?</p><p>a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.</p><p>b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.</p><p>c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.</p><p>d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.</p><p>e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde que a matéria – prima</p><p>fosse adquirida da metrópole.</p><p>6. (EsPCEx /2016)</p><p>As viagens mercantis e os descobrimentos de rotas marítimas e de terras além-mar ocorridas no que</p><p>conhecemos por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram etapas na conquista</p><p>dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os seguintes eventos:</p><p>1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, nomeando-a de Cabo das</p><p>Tormentas.</p><p>2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao redor da Terra.</p><p>3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.</p><p>4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.</p><p>5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as Índias, mas na verdade havia</p><p>aportado em terras desconhecidas.</p><p>A sequência cronológica correta dos fatos listados é</p><p>a) 1, 2, 3, 4 e 5.</p><p>b) 3, 5, 4, 1 e 2.</p><p>c) 5, 2, 1, 4 e 3.</p><p>d) 2, 4, 1, 5 e 3.</p><p>e) 4, 1, 5, 3 e 2.</p><p>7. (EsPCEx /2013)</p><p>As Grandes Navegações iniciaram transformações significativas no cenário mundial. Leia atentamente os</p><p>itens abaixo:</p><p>I – o Oceano Atlântico passou a ser mais importante que o Mar Mediterrâneo;</p><p>II – houve a ascensão econômica das cidades italianas e o declínio das cidades banhadas pelo Mar do</p><p>Norte;</p><p>54</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>III – os europeus ergueram vastos impérios coloniais e se apropriaram da riqueza dos povos africanos,</p><p>asiáticos e americanos;</p><p>IV – a propagação da fé cristã.</p><p>Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas desse período.</p><p>a) I, III e IV</p><p>b) II e III</p><p>c) I e IV</p><p>d) II, III e IV</p><p>e) I, II e IV</p><p>8. (EsPCEx /2013)</p><p>Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:</p><p>a) a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica, formada</p><p>principalmente por católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no trabalho de conversão dos</p><p>índios.</p><p>b) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua economia,</p><p>levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio Grande do Norte, onde</p><p>encontrou forte resistência.</p><p>c) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o auxílio de</p><p>cristãos-novos residentes na região e por estarem seus soldados mais bem armados e mais experientes.</p><p>d) a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de guerrilha e contou</p><p>com a liderança de Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os holandeses.</p><p>e) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator surpresa e</p><p>melhor conhecimento do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se</p><p>estenderam desde o Maranhão até a Bahia.</p><p>9. (EsPCEx /2011)</p><p>Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que</p><p>a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.</p><p>b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a</p><p>defesa do território.</p><p>c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.</p><p>d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de vice- reis.</p><p>e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura</p><p>canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.</p><p>10. (EsPCEx /2011 – Adaptada)</p><p>O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a)</p><p>a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.</p><p>b) conquista de Ceuta em 1415.</p><p>c) chegada em Calicute, Índia, em 1498.</p><p>d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis, em 1385.</p><p>e) descobrimento do Brasil em 1500.</p><p>55</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>11. (EsPCEx /2022)</p><p>Em 1580, o rei de Portugal morreu sem deixar herdeiros diretos e, na disputa pelo trono que se seguiu,</p><p>saiu-se vencedor Filipe II, então rei da Espanha. Com isso, teve início o período conhecido como "União</p><p>Ibérica", que se estendeu por 60 anos e no qual, dentre outras consequências, os inimigos da Espanha</p><p>passaram a ser, também, de Portugal. A respeito desse período, é correto afirmar que</p><p>a) Portugal manteve certa autonomia na gestão de suas colônias, inclusive no tocante às relações</p><p>comerciais que já possuía.</p><p>b) a ocupação territorial pelos colonos portugueses foi temporariamente freada, em função da ocupação</p><p>holandesa do Nordeste brasileiro, quando os esforços foram concentrados em recuperar a área invadida.</p><p>c) durante um certo período os holandeses assumiram o controle do tráfico negreiro no Atlântico Sul,</p><p>mas isso não modificou o fluxo de escravos africanos para o Brasil, pois, dada a elevada lucratividade do</p><p>negócio, seguiram suprindo a demanda por escravos em toda a colônia.</p><p>d) foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar o que essas</p><p>autoridades consideravam "desvios", como as chamadas práticas judaizantes (relacionadas aos costumes</p><p>da religião judaica).</p><p>e) a Insurreição Pernambucana foi marcada por duas vitórias surpreendentes sobre os holandeses, nas</p><p>Batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Com a vitória brasileira na Segunda Batalha de Guararapes, os</p><p>batavos deixaram o Brasil.</p><p>12. (EsPCEx /2022)</p><p>A participação portuguesa no comércio europeu ganhou impulso no início do século XV, no contexto das</p><p>grandes navegações que se iniciaram nesse período. A primeira ação imperialista dos portugueses, a</p><p>partir da qual os súditos do rei Dom João I sentiram-se seguros para iniciar seu avanço por "mares nunca</p><p>dantes navegados" foi</p><p>A) o descobrimento do Brasil.</p><p>B) a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança.</p><p>C) a chegada a Calcutá, nas Índias.</p><p>D) a descoberta da América.</p><p>E) a tomada de Ceuta.</p><p>13. (2020/CN)</p><p>Leia o texto abaixo.</p><p>Esses escravos tinham mobilidade para circular na cidade, já que precisavam encontrar trabalho para</p><p>juntar a quantia em dinheiro que deveria ser entregue ao proprietário, além, é claro, de obter o seu</p><p>próprio sustento. Se, por um lado, esse tipo de trabalho livraria os proprietários da obrigação de</p><p>sustenta seus escravos, assim diminuindo os seus gastos, por outros, permitia certa autonomia aos</p><p>cativos, que arranjavam o seu próprio trabalho e cuidavam de suas despesas.</p><p>(Mattos, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 2ªed. 3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2014, p. 112.Adaptado)</p><p>O texto faz referência a uma modalidade de trabalho escravo denominada</p><p>a) escravos de eito</p><p>b) escravos domésticos</p><p>c) escravo de ganho</p><p>d) escravo de “tigre”</p><p>e) escravo de liteira</p><p>14. (2019/Colégio Naval)</p><p>“Eu, EIRei, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo de minha casa, que vendo eu quanto serviço de Deus</p><p>56</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e meu é conservar e enobrecer as Capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira</p><p>com que melhor e mais seguramente se possam ir povoando, para exalçamento da nossa Santa Fé e</p><p>proveito de meus Reinos e Senhorios, e dos naturais deles, ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer</p><p>uma fortaleza e povoação grande e forte, em um lugar conveniente, para daí se dar favor e ajuda às</p><p>outras povoações e se ministrar justiça e prover nas cousas que cumprirem a meu serviço e aos negócios</p><p>de minha Fazenda e a bem das partes.</p><p>Fonte: Regimento que levou Tomé de Sousa Governador do Brasil, Almerím, 17/12/1548,Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), códice 112, fls 1-9.</p><p>Sobre o texto, que é um importante marco da História do Brasil, é correto afirmar que representava</p><p>a) o objetivo da monarquia portuguesa de iniciar a colonização do Brasil cedendo territórios para que</p><p>grupos particulares pudessem explorá-los a custa de seus próprios recursos, enquanto o governo atuaria</p><p>como uma espécie de órgão regulador do que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias.</p><p>b) a pretensão do governo português em promover a colonização efetiva do território brasileiro e de</p><p>estimular a produção colonial, sendo um dos seus primeiros atos a construção de uma cidade para ser a</p><p>capital da colônia, concretizada por Tomé de Sousa com a fundação de São Salvador em 1549.</p><p>c) o desejo português de não investir recursos no território colonial do Brasil, permitindo que grupos</p><p>privados construíssem feitorias com dois objetivos: a exploração do pau-brasil realizada a partir do</p><p>escambo com os indígenas e a proteção das ameaças estrangeiras.</p><p>d) o primeiro passo para o processo de povoamento da colônia, que previa a criação de uma capital</p><p>estruturada no modelo espanhol de ocupação do território, além da construção de estradas e sistemas</p><p>de coleta de esgoto em locais estratégicos, que serviriam de base para o surgimento de novas cidades.</p><p>e) a ocupação efetiva do território colonial, principal mente após a descoberta de jazidas de ouro no</p><p>interior da colônia, que demandou mais recursos do governo português para a defesa da região de</p><p>invasores estrangeiros e de piratas que desejavam roubaras riquezas do Brasil.</p><p>15. (2019/Colégio Naval)</p><p>Observe a charge a seguir:</p><p>A charge acima representa os primeiros anos logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.</p><p>É correto afirmar que entre as principais características desse período temos a</p><p>a) extração do Pau-Brasil por meio do estanco (troca), onde os indígenas realizavam o corte da madeira e</p><p>recebiam em troca objetos vistosos, mas de estimado valor, como espelhos, armamentos e tecidos</p><p>diversos.</p><p>b) extração das drogas do sertão por meio de trabalho escravo, pelo qual os exploradores aproveitaram</p><p>para iniciar o processo de ocupação territorial do Brasil a partir da construção de feitorias.</p><p>57</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>c) construção das primeiras feitorias com a finalidade de estimular a vinda de colonos para a produção</p><p>de riquezas, como a cana de açúcar, e consequentemente efetivar a ocupação do território brasileiro</p><p>garantindo a presença portuguesa.</p><p>d) extração do Pau-Brasil por meio do escambo (troca), onde os indígenas realizavam o corte e o</p><p>transporte da madeira recebendo em troca objetos de pouco valor, como espelhos, miçangas e</p><p>instrumentos de ferro.</p><p>e) distribuição das primeiras sesmarias, por meio de Estanco, aos donatários que estavam se instalando</p><p>no Brasil, destacando-se, nesse processo, o arrendatário Fernando de Noronha, que se notabilizou na</p><p>extração do Pau-Brasil.</p><p>16. (2007/Colégio Naval)</p><p>A chegada dos portugueses ao Brasil, além de ser o resultado de um processo administrado pela coroa</p><p>Portuguesa no século XV conjuntamente com a nobreza e a nascente burguesia, também:</p><p>a) auxiliou, entre outros aspectos, na consolidação e hegemonia portuguesa no Atlântico Sul.</p><p>b) se transformou, de imediato, em uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.</p><p>c) demonstrou que o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar</p><p>às Índias.</p><p>d) foi o resultado de uma reação de Portugal diante da concorrência dos mercadores italianos no</p><p>Atlântico Ocidental.</p><p>e) tinha por objetivo reforçar a supremacia portuguesa no Pacífico Oriental garantindo dessa forma o</p><p>caminho para a Índia.</p><p>17. (2007/Colégio Naval)</p><p>No ano de 1494, portugueses e espanhóis assinaram o tratado de Tordesilhas, definindo a quem</p><p>pertenceriam as terras descobertas ou a descobrir. Segundo esse tratado, as terras localizadas a</p><p>trezentos e setenta léguas a oeste de Cabo Verde seriam da Espanha e as terras a leste, de Portugal. A</p><p>linha imaginária estabelecida pelo Tratado terminava ao sul no Estado de Santa Catarina, mais</p><p>precisamente na cidade de:</p><p>a) Laguna.</p><p>b) Criciúma</p><p>c) Imbituba.</p><p>d) Tubarão.</p><p>18. (2009/Colégio Naval)</p><p>Observe a charge abaixo, referente ao fim da presença holandesa no Nordeste Brasileiro no século XVII,</p><p>e responda a pergunta a seguir.</p><p>58</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>NOVAIS, Carlos Eduardo e César Lobo, História do Brasil para Principiantes, De Cabral a Cardoso 500 anos de Novela, Editora Ática - SP - 1998 - p.98</p><p>Pode-se afirmar que a charge refere-se, como consequência da expulsão dos holandeses, do Brasil,</p><p>a) ao início da produção holandesa na América Central, levando, de imediato, à crise da economia no</p><p>Brasil como</p><p>um todo, que só se recuperou com a descoberta do ouro, na região das Minas Gerais.</p><p>b) à crise econômica do Nordeste brasileiro, devido à concorrência do açúcar do Brasil com a produção</p><p>açucareira holandesa nas Antilhas.</p><p>c) ao enfraquecimento da economia nordestina que não suportou a posterior invasão dos franceses no</p><p>Maranhão, onde fundaram a colônia denominada de França Equinocial.</p><p>d) à crise econômica do Nordeste brasileiro, após a 'expulsão dos holandeses da Bahia no ano de 1625.</p><p>e) à reafirmação da presença portuguesa no Nordeste brasileiro, possibilitando a retomada da produção</p><p>do açúcar na região que voltou a concorrer, em pé de igualdade, com o açúcar antilhano.</p><p>19. (2009/Colégio Naval)</p><p>Em relação ao domínio da Holanda no Nordeste brasileiro durante o período colonial, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) a administração de Nassau caracterizou-se por medidas administrativas de grande importância, como</p><p>por exemplo: a reorganização da produção açucareira mediante um sistema de crédito aos senhores de</p><p>engenho, tolerância religiosa e o fim da Assembleia dos Escabinos, que limitava a participação política</p><p>dos proprietários rurais pernambucanos.</p><p>b) a invasão holandesa na Bahia (1624-1625), que contou com o apoio da "milícia dos descalços",</p><p>liderada pelo bispo Marcos Teixeira, foi desarticulada pela Jornada dos vassalos, frota luso-espanhola</p><p>mandada à Bahia com a missão de expulsar os holandeses da sede do Governo-Geral do Brasil.</p><p>c) a invasão holandesa em Pernambuco encontrou grande resistência por parte de grupos armados por</p><p>Matias de Albuquerque, no arraial do Bom Jesus. O arraial, que passou a ter a adesão cada vez maior de</p><p>senhores de engenho, foi o lugar onde começou a Insurreição Pernambucana.</p><p>d) a Insurreição Pernambucana, movimento de resistência local, contou desde o início com a ajuda da</p><p>Coroa portuguesa que, após o fim da União Ibérica, tinha todo o interesse em expulsar os holandeses e</p><p>reassumir o controle sobre a economia açucareira.</p><p>e) o fim da Nova Holanda deve-se, entre outros fatores, a uma conjuntura externa desfavorável à</p><p>Holanda que, por se envolver em guerras sucessivas na Europa, não pôde socorrer seus compatriotas no</p><p>Brasil, fato este que assegurou a vitória dos luso-brasileiros em 1654.</p><p>59</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>20. (2005/Colégio Naval)</p><p>“ [...] Nela, até agora, não pudemos saber se há ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro</p><p>nem o vimos. [...] Em tal maneira e graciosa [a terra] que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por</p><p>causa das águas que tem. [...] " (Pero Vaz de Caminha)</p><p>(CORTESÃO, Jaime. A Carta de Pero Vaz de Caminha. In: GASMAN, Lidinéa. Documentos Históricos</p><p>Brasileiros. Rio de Janeiro, Fename, 1976, pp. 23-4)</p><p>O relativo abandono que o Brasil passou nos primeiros trinta anos após o registro feito por Pero Vaz de</p><p>Caminha sobre as terras "descobertas" pela Coroa portuguesa deveu-se, entre outros aspectos,</p><p>a) à falta de recursos para implementar um projeto de exploração colonial semelhante ao da Espanha.</p><p>b) aos constantes ataques dos holandeses contra a frota da Companhia de Comércio do Brasil, o que</p><p>inviabilizou a colonização nesse período.</p><p>c) à falta de uma produção organizada que pudesse ser comercializada imediatamente, não se</p><p>enquadrando dentro da perspectiva mercantilista da época.</p><p>d) à carência de mão-de-obra para o trabalho nos latifúndios canavieiros, o que só se solucionará com o</p><p>início do tráfico negreiro.</p><p>e) aos inúmeros levantes indígenas que queimavam as plantações e combatiam a presença portuguesa</p><p>na América.</p><p>21. (2005/Colégio Naval)</p><p>" [...] Submetido durante três séculos à potência europeia que maneja o maior mercado de escravos, o</p><p>Brasil converte-se no maior importador de escravos do Novo Mundo..."</p><p>(Alencastro, Luiz Felipe de - O Trato dos Viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul - São Paulo:</p><p>Companhia das Letras, 2000.)</p><p>As razões que levaram a utilização de escravos africanos como mão-de-obra nas lavouras açucareiras do</p><p>Brasil foram</p><p>a) a redução considerável do número de índios no litoral e a oposição da Igreja Católica que combatia a</p><p>escravização indígena.</p><p>b) as dificuldades enfrentadas pelos índios em se adaptar ao trabalho na lavoura e a fácil adaptação dos</p><p>negros ao trabalho pesado.</p><p>c) a política de estado de preservação dos povos indígenas e os grandes lucros gerados para a Coroa</p><p>portuguesa com a venda dos escravos africanos.</p><p>d) o déficit populacional em Portugal e fato do negro ser mais dócil que o índio, aceitando o seu estado</p><p>de escravo.</p><p>e) a instituição prévia do emprego da mão-de-obra escrava em Portugal e a preguiça do índio no</p><p>trabalho na lavoura.</p><p>22. (2005/Colégio Naval)</p><p>Em 1534, o rei português D. João III instituiu um sistema de divisão do litoral do Brasil em capitanias. Tais</p><p>extensões territoriais variavam entre trinta e cem léguas no sentido da latitude, mas de extensão</p><p>indefinida para o interior; eram destinadas a serem comandadas por donatários que deveriam, entre</p><p>outras coisas, povoar, cultivar e defender as terras. Os motivos que levaram Portugal a colonizar o Brasil</p><p>foram</p><p>a) os constantes ataques indígenas e de estrangeiros aos núcleos de povoamento portugueses e o</p><p>aumento do preço da cana-de-açúcar na Europa.</p><p>b) a exploração do pau-brasil e a necessidade de punir os criminosos do Estado Português que vieram</p><p>degredados ao Brasil.</p><p>c) a instauração do tráfico negreiro na África e o início da empresa açucareira no nordeste brasileiro.</p><p>60</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) a fertilidade do solo brasileiro para o cultivo de gêneros tropicais e a exploração das drogas do sertão.</p><p>e) as ameaças estrangeiras em tomar o território brasileiro e a progressiva crise do comércio com o</p><p>oriente.</p><p>23. (2008/Colégio Naval)</p><p>Leia o trecho abaixo e responda a questão a seguir.</p><p>Visto como o rei de Espanha, nosso inimigo, possui ilegalmente estas terras e cidades, tendo destituído</p><p>de modo inconveniente e pouco cristão o verdadeiro dono do reino de Portugal (a qual pertence o Brasil)</p><p>(...) há razões de sobra para esperar a assistência da Divina Justiça na obra da Companhia no Brasil, que</p><p>pertence à Coroa Portuguesa. (...) (Ian Moerbeeck, 1624.)</p><p>FREIRE, Américo, Marly Silva da Motta e Dora Rocha - História em Curso, O Brasil e suas relações com o</p><p>mundo Ocidental - Ed. Do Brasil/Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - pg 77.</p><p>O trecho demonstra um momento da História brasileira, na primeira metade do século XVII, quando o</p><p>Brasil</p><p>a) enfrenta diversas invasões estrangeiras, destacando-se os holandeses em Pernambuco e os franceses</p><p>no Rio de Janeiro, através do que ficou conhecido como França Equinocial.</p><p>b) devido à chamada União Ibérica, passa a enfrentar, entre outros aspectos, a invasão dos holandeses,</p><p>que buscavam ocupar as áreas de produção de açúcar.</p><p>c) sofre constantes ataques piratas dos ingleses em Santos e Recife, com a finalidade de saquear a</p><p>produção açucareira e estabelecer colônias nestas regiões.</p><p>d) devido à União Ibérica, enfrenta diversas invasões estrangeiras, podendo-se citar a dos Franceses no</p><p>Maranhão, na ocupação que ficou conhecida como França Antártica.</p><p>e) passa a sofrer um aumento abusivo de impostos, devido à União Ibérica, estimulando revoltas de</p><p>colonos e adesões aos invasores holandeses, ingleses e franceses no Brasil.</p><p>24. (2006/Colégio Naval)</p><p>Quando esteve em São Vicente, no ano de 1532, Martin Afonso recebeu uma carta do rei anunciando a</p><p>decisão de promover o povoamento do Brasil com a implantação de um sistema que já havia sido</p><p>utilizado com êxito nas ilhas portuguesas do Atlântico. O comentário acima refere-se ao Sistema de</p><p>Capitanias Hereditárias por meio do qual</p><p>a) tinha-se a finalidade de organizar a ocupação territorial, dividindo o território em áreas subordinadas</p><p>a um Governador Geral.</p><p>b) o governo português, em parceria financeira com o capital privado, executaria</p><p>todo o processo de</p><p>colonização da terra.</p><p>c) o governo português transferia para os donatários a responsabilidade financeira da colonização da</p><p>terra.</p><p>d) o governo português buscava estabelecer uma ocupação territorial com o poder político centralizado</p><p>para melhor controlar a colônia.</p><p>e) organiza-se a ocupação do território a partir da criação de comunidades politicamente independentes</p><p>em relação ao Estado Português.</p><p>25. (2004/Colégio Naval)</p><p>Assinale as afirmativas abaixo, em relação aos Tratados assinados entre Portugal e Espanha sobre as</p><p>terras do "novo mundo" encontradas durante a expansão marítima.</p><p>I - A descoberta dessas novas terras gerou polêmica entre Portugal e Espanha quanto à sua posse,</p><p>cabendo ao Papa Bonifácio IV desempenhar o papel de árbitro internacional.</p><p>61</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>II - Em 1491, foi proclamada a Bula Intercoetera, segundo a qual seria traçada uma linha imaginária, a</p><p>partir da Ilha da Madeira, 100 léguas em direção ao Ocidente. III- Em 1494, celebrou-se o Tratado de</p><p>Tordesilhas, que determinava a distância para 370 léguas a partir do Arquipélogo de Cabo Verde.</p><p>IV - O Tratado de Tordesilhas demarcou os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como</p><p>elemento propulsor o desenvolvimento da expansão marítima e comercial.</p><p>V - A consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e a formação do</p><p>exército nacional foram estimulados pelo Tratado de Tordesilhas.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>a) As afirmativas I, II e V são verdadeiras.</p><p>b) As afirmativas II e V são verdadeiras.</p><p>c) As afirmativas III e IV são verdadeiras.</p><p>d) Apenas a afirmativa II é verdadeira.</p><p>e) Apenas a afirmativa V é verdadeira.</p><p>26. (2004/Colégio Naval)</p><p>A crise de sucessão portuguesa originada com a morte do rei D. Sebastião, na Batalha de Alcácer-Quibir</p><p>e continuada com a morte de seu substituto, o Cardeal D. Henrique, sem deixar sucessor direto, resultou</p><p>na conquista de Portugal por Felipe II, em 1580. Esse fato ficou conhecido como</p><p>a) Revolução de Avis, que pôs fim a dinastia de Borgonha e deu início a um novo período em Portugal</p><p>resultando na expansão marítima e comercial.</p><p>b) Guerra de Reconquista, luta entre cristãos e muçulmanos onde o Reino de Portugal estava envolvido,</p><p>levando à morte do monarca.</p><p>c) Juramento de Tomar, com a morte do rei português a Espanha assume o monopólio do comércio</p><p>colonial português, e coloca toda a administração do Brasil nas mãos de espanhóis.</p><p>d) A Revolução do Porto, onde camponeses, artesãos, funcionários públicos e militares, liderados pela</p><p>burguesia comercial do Porto exigem a volta da monarquia portuguesa ao poder.</p><p>e) União Ibérica, unificação de Portugal e Espanha devido à vacância do trono português, originada pela</p><p>morte do cardeal D. Henrique.</p><p>27. (2004/Colégio Naval)</p><p>"As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito político-militar da Colônia.</p><p>Embora concentradas no Nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário,</p><p>fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da</p><p>luta pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos. [...] O ataque a Pernambuco se</p><p>iniciou em 1630, com a conquista de Olinda. A partir desse episódio, a guerra pode ser dividida em três</p><p>períodos distintos. [...] O segundo período, entre 1637 e 1644, caracteriza-se por relativa paz,</p><p>relacionada com o governo do príncipe holandês Maurício de Nassau, que foi o responsável por uma</p><p>série de importantes iniciativas políticas e realizações administrativas."</p><p>(Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2004.p.84 e 85.)</p><p>São características do governo Maurício de Nassau, EXCETO:</p><p>a) concessão de créditos aos senhores de engenho.</p><p>b) investimentos em obras urbanas, sendo construídas pontes e obras sanitárias.</p><p>c) criação da cidade de Maurícia, hoje um bairro da capital pernambucana.</p><p>d) a intolerância religiosa, pois Nassau que era calvinista, perseguiu outros segmentos religiosos.</p><p>e) estímulo à vinda de artistas, naturalistas, médicos e astrônomos.</p><p>62</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>28. (2018/Colégio Naval)</p><p>Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.</p><p>[...] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de Olinda, com a repetição de todas as formalidades</p><p>de São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, eleição de vereadores,</p><p>alternância no poder. [...] Em Pernambuco passou a funcionar de maneira efetiva a autoridade do</p><p>donatário, em dois sentidos, No das receitas, implantou cobrança de impostos, inclusive com repasses</p><p>ao rei, e tais recursos financiavam serviços delegados ao donatário, como o de atuar como instância mais</p><p>alta que o Judiciário da vila e o de controlar a vida civil.</p><p>(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.)</p><p>De acordo com o texto é correto afirmar que o autor buscou descrever as medidas que:</p><p>a) levaram a capitania de Pernambuco a prosperar.</p><p>b) causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates.</p><p>c) levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar.</p><p>d) causaram o impasse político gerador da Insurreição Pernambucana.</p><p>e) transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral.</p><p>29. (2007/Colégio Naval)</p><p>No ano de 1494, portugueses e espanhóis assinavam o Tratado de Tordesilhas partilhando o mundo</p><p>entre eles, fato que posteriormente recebeu a crítica da França, Inglaterra e Países Baixos, entre outros</p><p>que passaram a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas.</p><p>Entre os fatores que demonstram tal questionamento pode-se citar a</p><p>a) frequente presença holandesa em terras brasileiras questionando a soberania portuguesa através do</p><p>intenso comércio do açúcar praticado na capitania de Pernambuco.</p><p>b) presença francesa no Maranhão ocasionando, entre outros aspectos, a fundação da cidade de São</p><p>Luís no final do século XVI.</p><p>c) presença inglesa, principalmente através de piratas financiados pelo governo inglês, os quais por</p><p>várias vezes tentaram estabelecer colônias nas terras brasileiras.</p><p>d) invasão holandesa no Recife motivada unicamente pelos conflitos que tinha com a Espanha.</p><p>e) presença frequente de franceses nos primeiros momentos da colonização portuguesa, destacando a</p><p>criação da França Antártica no Rio de Janeiro.</p><p>30. (2017/Colégio Naval)</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Eleito Jerônimo de Albuquerque por capitão-mor da conquista do Maranhão, como temos dito, se foi</p><p>logo às aldeias do nosso gentio pacífico, e por lhes saber falar bem a língua, e o modo com que se levam,</p><p>ajuntou quantos quis: contarei só do que houve em uma aldeia, para que se veja a facilidade com que se</p><p>leva este gentio de quem os entende e conhece, e foi que pôs a uma parte bom feixe de arcos, e flechas,</p><p>a outra outro de rocas, e fusos, e mostrando-Ihos lhes disse: “Sobrinhos, eu vou à guerra, estas são as</p><p>armas dos homens esforçados e valentes, que me hão de seguir; estas das mulheres fracas, e que hão de</p><p>ficar em casa fiando; agora quero ouvir quem é homem, ou mulher". As palavras não eram ditas, quando</p><p>se começaram todos a desempunhar, e pegar dos arcos, e flechas, dizendo que eram homens, e que</p><p>partissem logo para a guerra; ele os quietou, escolhendo os que havia de levar, e que fizessem mais</p><p>flechas, e fossem esperar a armada ao Rio Grande, onde de passagem os iria tomar. (...)</p><p>Feito isto se embarcaram todos dia de S. Bartolomeu, 24 de agosto da era de 1614 anos, em uma</p><p>caravela, dois patachos e cinco caravelões (...)</p><p>(Frei Vicente do Salvador)</p><p>É correto afirmar que o relato do Frei Vicente do Salvador está relacionado à retomada do território que</p><p>63</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>ficou conhecido como</p><p>a) França Equinocial.</p><p>b) França Antártica.</p><p>c) Brasil holandês.</p><p>d) Quilombo</p><p>dos Palmares.</p><p>e) Cisplatina.</p><p>31. (2006/Colégio Naval)</p><p>No que se refere a Duarte da Costa, o segundo governador geral do Brasil, pode-se citar, entre as</p><p>características do seu governo,</p><p>a) a expulsão dos franceses e, consequentemente, a fundação da cidade do Rio de Janeiro.</p><p>b) o apaziguamento da chamada Confederação dos Tamoios, utilizando-se da ajuda dos Jesuítas, entre</p><p>eles José de Anchieta.</p><p>c) a inabilidade em se relacionar com membros da igreja e a incapacidade de impedir a invasão francesa</p><p>no Rio de Janeiro.</p><p>d) o incentivo à agricultura e à pecuária por meio de vultosos empréstimos aos senhores de engenho.</p><p>e) o estímulo à vinda de jesuítas com a finalidade de intensificar o processo de catequese sobre as</p><p>comunidades indígenas.</p><p>32. (2004/Colégio Naval)</p><p>Os trinta anos que vão da chegada de Cabral à de Martin Afonso de Sousa, 1500-1530 no Brasil, é</p><p>denominado período pré-colonial. Qual das opções abaixo, apresenta características desse período?</p><p>a) De 1500 a 1530 a economia brasileira gravitou em torno da extração de especiarias conhecidas como</p><p>"Drogas do Sertão". Os indígenas traziam para as feitorias no litoral e faziam o escambo com</p><p>portugueses dessas "especiarias brasileiras".</p><p>b) A carta de Pero Vaz de Caminha aguçou a cobiça dos portugueses pela riqueza. O que propiciou uma</p><p>imediata ocupação do território colonial brasileiro com o objetivo de explorar as riquezas, aqui,</p><p>existentes.</p><p>c) Durante esse período o Brasil não sofreu invasões de outras nações, pois Portugal organizou várias</p><p>expedições guarda-costas, como as de Cristóvão Jacques, o que inibiu a tentativa de invasão por parte</p><p>dessas nações.</p><p>d) A economia pré-colonial centrou-se no pau-brasil. A extração do pau-brasil foi declarada estanco,</p><p>onde o primeiro arrendatário foi Fernão de Noronha.</p><p>e) O ciclo do pau-brasil foi utilizado para colonizar a terra, principalmente no nordeste, o que permitiu o</p><p>início da exploração agrícola pelos portugueses fixando o colono à terra.</p><p>33. (2004/Colégio Naval)</p><p>Foi por meio do "Regimento de 1548", que se instalou e se regulamentou um novo sistema político na</p><p>colônia portuguesa: o Governo Geral. Em que contexto se inseriu a criação do Governo Geral, no Brasil?</p><p>a) Na tentativa de centralizar o poder e a administração pública, no fracasso econômico do sistema de</p><p>capitanias hereditárias, na vulnerabilidade do Brasil às investidas estrangeiras e na inviabilidade de se</p><p>promover a colonização com recursos particulares.</p><p>b) Na grande expansão econômica e comercial que Portugal estava passando, devido à intensificação do</p><p>comércio com o oriente, especialmente com a Índia, o que permitiu uma acumulação de capital por</p><p>parte da coroa portuguesa para investir no Brasil.</p><p>c) Na extinção das capitanias hereditárias devido ao insucesso a que elas se submeteram, precisando</p><p>64</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>assim a coroa portuguesa criar uma nova forma de administração para a colônia.</p><p>d) No equilíbrio da Balança comercial portuguesa, devido à extração do ouro na região de Minas Gerais,</p><p>o que permitiu acumular capital suficiente para investir na estrutura da administração colonial.</p><p>e) Na intenção da coroa portuguesa em se desfazer do monopólio real sobre a extração do pau-brasil,</p><p>dando a incumbência ao Governador-Geral de transferir a comercialização desse produto para as mãos</p><p>das companhias comerciais.</p><p>34. (CN/2004)</p><p>"O Brasil é um Dom do açúcar". Essa frase é atribuída a Antonil, um jesuíta toscano, que visitou as terras</p><p>brasileiras no século XVI. Sua impressão não poderia ser outra: a metrópole portuguesa parecia disposta</p><p>a transformar o Brasil num imenso canavial. A produção açucareira tornava-se o objetivo principal da</p><p>coroa portuguesa, pois o pacto colonial estruturava as relações entre a colônia e a metrópole de maneira</p><p>a canalizar todo o lucro do açúcar para Portugal. Foram vários os motivos que levaram Portugal a investir</p><p>no açúcar.</p><p>Assinale a opção que NÃO representa um desses motivos</p><p>a) Os portugueses tinham experiência anterior, com a expansão marítima e comercial, pois, durante este</p><p>processo, povoaram algumas ilhas do Atlântico com Madeira, Açores e Cabo Verde, onde iniciaram a</p><p>cultura da cana.</p><p>b) As condições naturais da colônia eram propícias. O litoral nordestino brasileiro possuía clima quente e</p><p>úmido, além do solo massapê, ambos muito propícios ao plantio da cana-de-açúcar.</p><p>c) Havia procura no mercado europeu. A colonização só interessaria à coroa portuguesa se baseada num</p><p>produto de ampla aceitação no mercado consumidor europeu. O açúcar preenchia esse requisito.</p><p>d) Dada a rentabilidade da empresa açucareira havia a possibilidade de investimentos de capitais</p><p>holandeses para refino, distribuição, importação de mão-de-obra escrava.</p><p>e) Exigência da Inglaterra para que Portugal explorasse a cana-de-açúcar no Brasil, pois com a produção</p><p>sendo feita em colônias portuguesas, os ingleses garantiriam sua compra por preços mais baixos.</p><p>35. (CN/2005)</p><p>"Numa primeira aproximação, o sistema colonial apresenta-se-como o conjunto das relações entre as</p><p>metrópoles e suas respectivas colônias, num dado período da história da colonização: na Época</p><p>Moderna, entre o Renascimento e a Revolução Francesa. Parece-nos conveniente chamar essas relações,</p><p>seguindo a tradição de vários historiadores, Antigo Sistema Colonial da era mercantilista."</p><p>(NOVAIS, Fernando A. - Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema colonial (séculos XVI-XVIII) - São Paulo:</p><p>Brasiliense, 1998.)</p><p>Uma das bases do Antigo Sistema Colonial mencionado pelo historiador Fernando A. Novais foi a</p><p>plantation que, no que diz respeito ao Brasil, durante o Período Colonial, pode ser definida como:</p><p>a) pequena propriedade, policultura de gêneros agrícolas voltados para o mercado interno e a utilização</p><p>do trabalho livre assalariado.</p><p>b) grande propriedade, monocultura voltada para o mercado externo e mão-de-obra assalariada livre.</p><p>c) monocultura voltada para o mercado externo, utilização do trabalho compulsório e pequena</p><p>propriedade.</p><p>d) utilização de mão-de-obra escrava, grande propriedade e monocultura voltada para o mercado</p><p>externo.</p><p>e) utilização de mão-de-obra escrava, grande propriedade e policultura de gêneros agrícolas voltados</p><p>para o mercado interno.</p><p>65</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>36. (CN/2010)</p><p>"As Câmaras Municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas paralelamente</p><p>à formação das primeiras vilas." A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons, abrangia</p><p>diversos setores, como o abastecimento, a tributação e a execução das leis.[ ...] Assim, as Câmaras</p><p>Municipais constituíam poderosos órgãos da administração colonial.</p><p>(Cotrim, Gilberto. História Global- Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva,2005. p.203.)</p><p>A categoria dos homens-bons refere-se aos</p><p>a) contratadores, homens de prestígio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.</p><p>b) homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.</p><p>c) administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação do quinto.</p><p>d) homens encarregados dos assuntos da justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.</p><p>e) proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder político.</p><p>37. (Exército - 2013 - EsFCEx - Oficial - Informática)</p><p>No contexto colonial, a escravidão indígena foi limitada por diversos fatores. Sobre o tema, analise as</p><p>afirmativas abaixo e marque a opção correta</p><p>I. Entre os fatores limitadores da escravidão indígena, não está presente qualquer posição da Coroa</p><p>Portuguesa.</p><p>II. Os índios que de fato reagiram à escravidão foram aqueles que habitavam as regiões mais distanciadas</p><p>do litoral.</p><p>III. Um dos fatores que desencadearam a expulsão dos jesuítas da América Portuguesa no século XVIII foi</p><p>a sua resistência ao uso da mão-de-obra indígena pelos</p><p>colonos.</p><p>(A) Somente I é correta.</p><p>(B) Somente II é correta.</p><p>(C) Somente III é correta.</p><p>(D) Somente I e II são corretas.</p><p>(E) Somente II e III são corretas.</p><p>12.3. Questões Inéditas - Estratégia Militares</p><p>1. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O período conhecido como União Ibérica (1580-1640) tornou portugueses adversários dos:</p><p>a) holandeses.</p><p>b) franceses.</p><p>c) genoveses.</p><p>d) ingleses.</p><p>e) espanhóis.</p><p>2. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/exercito-2013-esfcex-oficial-informatica</p><p>66</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>A primeira investida dos holandeses no Brasil, ocorrida em 08 de maio de 1624, se deu por meio</p><p>do(a)</p><p>a) Batalha de Guararapes.</p><p>b) conquista da Baía de Guanabara.</p><p>c) tomada de Olinda e Recife.</p><p>d) governo de Maurício de Nassau.</p><p>e) ocupação de Salvador.</p><p>3. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O Cabo Bojador, rodeado de recifes e envolto quase sempre em nevoeiro, parecia instransponível</p><p>aos olhos dos navegadores, quer cristãos quer muçulmanos. Contudo, essa concepção foi alterada</p><p>em 1434, quando O Bojador foi dobrado por</p><p>a) D. Henrique</p><p>b) Gil Eanes</p><p>c) Diogo Cão</p><p>d) Bartolomeu Dias</p><p>e) Vasco da Gama</p><p>4. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1555, os franceses invadiram o Brasil e fundaram a França Antártica, estabelecendo-se em uma</p><p>região habitada pelos indígenas Tamoio e Maracajá. O processo de recuperação de seus domínios</p><p>pelos portugueses se deu pela fundação da cidade de</p><p>a) São Luís do Maranhão</p><p>b) Recife</p><p>c) Salvador</p><p>d) São Sebastião do Rio de Janeiro.</p><p>e) São Vicente</p><p>5. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O Quilombo dos Palmares, nome dado a uma confederação de mocambos formada durante o</p><p>período colonial, se localizava na Serra da Barriga, nos limites do atual estado de(a)</p><p>a) Alagoas</p><p>b) Pernambuco</p><p>c) Paraíba</p><p>d) Ceará</p><p>e) Maranhão</p><p>67</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>6. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O propósito do desembarque da expedição cabralina na América Portuguesa, em 1500, foi:</p><p>a) proteger o litoral de ataques estrangeiros.</p><p>b) dar início ao processo de ocupação do território.</p><p>c) promover ataques na América Espanhola.</p><p>d) realizar o Périplo Africano.</p><p>e) tomar posse do território em nome da Coroa.</p><p>7. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Durante o século XVI, a Coroa buscou promover a centralização político-administrativa do Brasil a</p><p>partir da</p><p>a) transferência da capital para o Rio de Janeiro</p><p>b) criação do Governo Geral</p><p>c) instalação das capitanias hereditárias</p><p>d) criação das Câmaras Municipais</p><p>e) criação do Conselho Ultramarino</p><p>8. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Durante as primeiras três décadas do século XVI, a Coroa portuguesa se mostrou desinteressada</p><p>em colonizar a terra à qual Cabral chegara. São elementos verificados no chamado período pré-</p><p>colonial, exceto:</p><p>A) a exploração do pau-brasil, arrendada à iniciativa privada por meio do estanco.</p><p>B) a realização de expedições guarda-costeiras, com o intuito de defender o território.</p><p>C) ataques constantes dos franceses, que se fixam na baía da Guanabara e no Maranhão.</p><p>D) exploração do trabalho de indígenas por meio do sistema de escambo.</p><p>E) o envio de expedições que contribuem para o reconhecimento da América Portuguesa.</p><p>9. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A partir da segunda metade do século XVI, verificou-se a imposição de diversos mecanismos</p><p>administrativos pela Coroa Portuguesa no Brasil, entre os quais pode-se destacar:</p><p>a) o sistema de capitanias-hereditárias, implementado em 1534 e que buscou estimular a</p><p>ocupação do território a partir da centralização do poder na cidade de Salvador.</p><p>b) o governo-geral, introduzido em 1548 pelo monarca D. João III e em substituição ao modelo de</p><p>capitanias-hereditárias, sendo nomeado como primeiro governador o fidalgo Estácio de Sá.</p><p>c) as câmaras municipais, nas quais predominavam os chamados “homens bons” da Colônia e que</p><p>desfrutavam de ampla autonomia administrativa em relação ao domínio luso.</p><p>68</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) o Conselho Ultramarino, que reviu a excessiva centralização administrativa imposta pelo</p><p>governo-geral ao atribuir maiores poderes administrativos aos donatários.</p><p>e) o ouvidor-mor e o provedor-mor, auxiliares do governo-geral e que eram responsáveis pela</p><p>aplicação da justiça e pela administração das finanças da colônia, respectivamente.</p><p>10. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A desestruturação do domínio holandês no Nordeste do Brasil, resultado das lutas locais contra os</p><p>invasores e de acordos estabelecidos entre Portugal e os Países Baixos, apresentou como</p><p>consequência para o Brasil</p><p>a) o fim da União Ibérica</p><p>b) a crise na economia açucareira</p><p>c) a revogação dos tratados de fronteira</p><p>d) o investimento na busca de metais preciosos</p><p>e) o aumento da autonomia da região açucareira</p><p>11. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Para conseguir manter a França Antártica durante os cinco anos de sua existência, no século XVI,</p><p>os franceses fizeram alianças com povos indígenas que eram denominados pelos portugueses de</p><p>a) temiminós</p><p>b) caetés</p><p>c) tamoios</p><p>d) aimorés</p><p>e) tupiniquins</p><p>12. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Instalado no Brasil pelo regimento de 1548, o governo-geral</p><p>a) existiu até a transferência da Corte, em 1808</p><p>b) foi substituído pelo Conselho Ultramarino, em 1643</p><p>c) foi extinto durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro</p><p>d) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como sua capital</p><p>e) implicou na extinção imediata do sistema de capitanias-hereditárias</p><p>13. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A invasão da península ibérica pelos muçulmanos em 711 foi seguida de uma reação dos reinos</p><p>cristãos de Leão, Castela, Navarra e Aragão, tendo em vista a recuperação dos territórios perdidos.</p><p>Este processo ficou conhecido como</p><p>a) Cruzadas</p><p>69</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>b) União Ibérica</p><p>c) Revolução Liberal do Porto</p><p>d) Reconquista</p><p>e) Revolução de Avis</p><p>14. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A expedição de Martim Afonso de Souza, que partiu de Lisboa em dezembro de 1530 rumo ao</p><p>Brasil, apresentou entre seus objetivos</p><p>a) combater os franceses instalados na Baía de Guanabara, que apoiados pelos indígenas</p><p>Tupinambá, haviam fundado uma colônia denominada de França Antártica.</p><p>b) organizar a exploração de metais preciosos iniciada no interior dos domínios portugueses, a</p><p>partir da criação de um sistema administrativo eficiente na região das minas.</p><p>c) identificar acidentes geográficos ao longo da costa e os limites firmados pelo Tratado de</p><p>Tordesilhas, bem como regular a extração de pau-brasil na região Nordeste.</p><p>d) iniciar a ocupação da terra e sua exploração econômica por colonos portugueses, sendo sua</p><p>primeira iniciativa a fundação de São Vicente, a primeira vila da América Lusa.</p><p>e) combater povos indígenas que se mostraram hostis à colonização portuguesa, recorrendo, para</p><p>tanto à convocação de bandeirantes paulistas pelo sertanismo de contrato.</p><p>15. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Os chamados “homens bons”, nome dado aos grandes proprietários do período colonial,</p><p>a) exerciam grande influência nas Câmaras Municipais, que dispunham de grande autonomia para</p><p>produzir leis aplicadas ao cotidiano dos cidadãos de suas localidades.</p><p>b) concentravam grande poder econômico e impunham sua autoridade em suas localidades na</p><p>América Portuguesa, o que deu origem</p><p>Outros serão</p><p>apresentados ao longo do nosso curso:</p><p>OBSERVAÇÃO: É interessante que você construa sua própria linha do tempo, com marcadores</p><p>pertinentes à preparação para a prova da ESA!</p><p>3º BIZU: NÃO EXTRAPOLE O CONTEÚDO DA SUA PROVA!</p><p>A prova de História da ESA conta com uma bibliografia básica, utilizada para a confecção deste</p><p>curso. Assim sendo, tudo o que você encontrará aqui foi baseado nos livros adotados pela banca da</p><p>instituição, justamente para evitar que você precise recorrer a outros materiais. Não se esqueça: nosso</p><p>curso é 100% personalizado e completo para subsidiá-lo em sua preparação!</p><p>É claro que nada impede que você consulte outros livros e materiais, mas é importante ressaltar</p><p>que alguns deles podem conter abordagens e interpretações distintas da sua banca. Alguns sites,</p><p>materiais e mesmo questões são voltados a outros públicos, sobretudo vestibulandos. Tome cuidado,</p><p>pois ao se guiar por eles, você pode se deparar com alguma explicação divergente da sua banca, afinal</p><p>História não é uma ciência exata. Na dúvida, procure o seu professor!</p><p>7</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>4º BIZU: CONHEÇA A SUA BANCA</p><p>O candidato bem-preparado domina não só o conteúdo do exame, mas também sabe</p><p>interpretar o estilo da prova. Não se esqueça: você fará um concurso voltado à uma carreira militar.</p><p>Dito isso, alguns temas importantes à história militar, como guerras, revoltas e a formação das fronteiras</p><p>tendem a aparecer mais. Ao mesmo tempo, assuntos considerados delicados às Forças Armadas, como a</p><p>Revolta da Chibata e a o regime militar, tendem a ser evitados.</p><p>Compreender como é a abordagem de cada período pela prova da ESA ao longo dos anos</p><p>contribui para a otimização dos seus estudos. Mais adiante, será apresentado um gráfico com a</p><p>incidência de cada período nos últimos anos, o que o auxiliará a entender melhor o estilo da prova.</p><p>5º BIZU: REFAÇA AS QUESTÕES DAS PROVAS ANTERIORES</p><p>Fazer os exercícios das provas de História anteriores do exame intelectual da ESA é um dos</p><p>pontos mais importantes da sua preparação. Primeiramente, para familiarizá-lo com o estilo da prova,</p><p>o que o permite compreender quais são as principais preocupações da prova ao abordar um assunto.</p><p>Além disso, é possível que a sua prova traga questões similares a outras encontradas em</p><p>edições anteriores, conforme podemos ver abaixo:</p><p>(ESA/2016)</p><p>A primeira constituição do Brasil, de 1824, estabelecia uma organização do sistema político em quatro</p><p>poderes. Além dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, havia o poder:</p><p>A) Absoluto.</p><p>B) Hierárquico.</p><p>C) Moderador.</p><p>D) Régio.</p><p>E) Patriarcal.</p><p>(ESA/1991)</p><p>O que caracterizou de forma definitiva a ampliação da autoridade do Imperador D. Pedro I foi a criação</p><p>do Poder:</p><p>(A) Legislativo</p><p>(B) Executivo</p><p>(C) Judiciário</p><p>(D) Moderador</p><p>(E) Constitucionalista</p><p>6º BIZU: FAÇA O SEU PRÓPRIO RESUMO DA MATÉRIA</p><p>É fundamental que o estudo de cada capítulo gere diversas anotações, resumos, esquemas e</p><p>mapas mentais feitos por você. Quando estiver próximo da reta final, este material produzido por você</p><p>será extremamente útil em suas últimas revisões!</p><p>8</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>1.2. Incidência de temas na prova de História</p><p>Antes de encerrarmos a introdução, gostaria de tratar sobre algumas características da sua</p><p>prova, começando pela incidência dos temas contemplados pela instituição nos últimos 12 anos:</p><p>Tendo em vista as provas analisadas no gráfico anterior, é notória a grande recorrência questões</p><p>sobre o período colonial (20), não sendo raro os anos em que 1/3 da prova se volta aos temas atrelados</p><p>a ele. Assim sendo, a primeira dica é: atenção redobrada às nossas primeiras aulas, pois muito</p><p>provavelmente você irá se deparar com os seus conteúdos na prova!</p><p>No mesmo período analisado, também apareceram tiveram grande incidência a Primeira</p><p>República (11), a Era Vargas (10), a Expansão Ultramarina (10), o Segundo Reinado (9) e o Período</p><p>Joanino (9). Perceba que os períodos apresentaram incidência equilibrada entre eles.</p><p>Por fim, o período regencial (6), o período pré-colonial (4), a Nova República (3), o Primeiro</p><p>Reinado (2), o período democrático (2) e o regime militar (1) apresentaram menor recorrência nos</p><p>últimos 12 anos de aplicação do Exame Intelectual. Vale destacar, contudo, que a apresentação dos</p><p>índices de incidência não sugere a possibilidade de se abandonar um tema em benefício de outro! A</p><p>ideia é nos prepararmos para tudo!</p><p>20</p><p>11</p><p>10</p><p>10</p><p>9</p><p>9</p><p>6</p><p>4</p><p>3</p><p>2 2 1</p><p>INCIDÊNCIA DE TEMAS DE HISTÓRIA (2010-2021)</p><p>PERÍODO COLONIAL PRIMEIRA REPÚBLICA ERA VARGAS</p><p>EXPANSÃO ULTRAMARINA SEGUNDO REINADO PERÍODO JOANINO</p><p>PERÍODO REGENCIAL PERÍODO PRÉ-COLONIAL NOVA REPÚBLICA</p><p>PRIMEIRO REINADO PERÍODO DEMOCRÁTICO REGIME MILITAR</p><p>9</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>1.3. Apresentação do curso</p><p>Para abarcar todo o conteúdo estipulado pelo edital da ESA, nosso curso será ministrado</p><p>em 07 aulas! Veja o nosso cronograma:</p><p>Aula Título Conteúdo abordado</p><p>AULA 00 BRASIL COLÔNIA I</p><p>A expansão Ultramarina Europeia dos séculos XV e XVI. O Sistema</p><p>Colonial Português na América: Estrutura político-administrativa;</p><p>estrutura socioeconômica; invasões estrangeiras.</p><p>AULA 01</p><p>BRASIL COLÔNIA II</p><p>O Sistema Colonial Português na América: expansão territorial;</p><p>interiorização e formação das fronteiras; as reformas pombalinas;</p><p>rebeliões coloniais; e movimentos e tentativas emancipacionistas.</p><p>AULA 02</p><p>BRASIL IMPÉRIO I</p><p>O Período Joanino e a Independência: A presença britânica no Brasil,</p><p>a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D.</p><p>João VI no Brasil, a política joanina, os partidos políticos, as revoltas,</p><p>conspirações e revoluções e a emancipação e os conflitos sociais. O</p><p>processo de Independência do Brasil. Primeiro Reinado e Período</p><p>Regencial: aspectos administrativos, militares, culturais, econômicos,</p><p>sociais e territoriais.</p><p>AULA 03</p><p>BRASIL IMPÉRIO II</p><p>Segundo Reinado: aspectos administrativos, militares, econômicos,</p><p>sociais e territoriais; e Crise da Monarquia e Proclamação da</p><p>República.</p><p>AULA 04 BRASIL REPÚBLICA I Primeira República: Aspectos administrativos, culturais, econômicos,</p><p>sociais e territoriais, revoltas, crises e conflitos.</p><p>AULA 05 BRASIL REPÚBLICA II Era de Vargas e período democrático: Aspectos administrativos,</p><p>culturais, econômicos, sociais e territoriais, revoltas, crises e conflitos e</p><p>a participação brasileira na II Guerra Mundial.</p><p>AULA 06 BRASIL REPÚBLICA III Regime militar e a nova República: Aspectos administrativos, culturais,</p><p>econômicos e sociais.</p><p>Além do conteúdo exposto com uma linguagem objetiva e voltado às especificidades da prova,</p><p>em cada uma de nossas aulas você contará com os seguintes pontos:</p><p>▪ Lista de exercícios com questões comentadas de provas da ESA → Mais do que assimilar o</p><p>conteúdo, é importante que você se prepare resolvendo todos os exercícios de exames</p><p>anteriores, pois isso o possibilitará compreender melhor o perfil da prova. Além disso, nosso</p><p>material conta com as alternativas das questões comentadas uma a uma, para que você possa</p><p>atestar não somente a sua compreensão do porquê de uma determinada opção de resposta</p><p>estar correta, mas as razões para as demais estarem erradas.</p><p>▪ Lista de exercícios de outras instituições → Questões de outras carreiras militares foram</p><p>incluídas em nosso material, seja pelo estilo similar ao do exame da ESA, seja pela abordagem de</p><p>temáticas não verificadas nas provas anteriores dessa instituição.</p><p>▪ Lista de questões inéditas → Para deixar o nosso material ainda mais completo, você</p><p>encontrará diversas questões elaboradas no padrão ESA!</p><p>▪ Exercícios resolvidos ao longo da teoria → Entender o processo de resolução de questões sobre</p><p>os mais diversos assuntos que abordaremos é fundamental. Assim sendo,</p><p>ao fenômeno do mandonismo.</p><p>c) tiveram suas atribuições reduzidas nas Câmaras após a criação do Conselho Ultramarino, em</p><p>1684, o que solapou, em definitivo, as relações de mando no mundo colonial.</p><p>d) predominaram nos órgãos de representação local do Nordeste durante o auge da produção</p><p>açucareira, mas não foram figuras presentes nas regiões de exploração de ouro.</p><p>e) foram os encarregados de debelar revoltas indígenas, levantes de escravos e sedições de</p><p>colonos, o que lhes conferiu postos de destaque na administração colonial.</p><p>16. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1534, o rei D. João III ordenou a divisão da América Portuguesas em grandes faixas de terras, as</p><p>capitanias-hereditárias, que foram entregues aos cuidados dos chamados donatários. São</p><p>elementos que contribuíram para o insucesso deste sistema administrativo, exceto:</p><p>a) altos recursos necessários para promover a exploração e desenvolvimento do território</p><p>b) a centralização excessiva da gestão dos territórios coloniais pelos capitães-donatários</p><p>c) hostilidade dos grupos indígenas que resistiam à dominação portuguesa</p><p>70</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) dificuldade de comunicação entre capitanias e também entre o Brasil e a metrópole</p><p>e) solo impróprio ao cultivo do açúcar e de outros gêneros em algumas capitanias</p><p>17. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1637, a Companhia das Índias Ocidentais enviou o conde João Maurício de Nassau-Siegen para</p><p>ser o governador do “Brasil holandês”. São características de seu governo, EXCETO:</p><p>A) a promoção de reformas urbanas</p><p>B) incentivo à produção artística e científica</p><p>C) restrição de crédito aos senhores de engenho</p><p>D) reativação do fornecimento de escravizados</p><p>E) garantia de tolerância às religiões monoteístas</p><p>18. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A segunda expedição portuguesa que alcançou a região das Índias e foi a responsável pela</p><p>consolidação do acesso da Coroa às especiarias, foi liderada por</p><p>a) Américo Vespúcio</p><p>b) Gil Eanes</p><p>c) Bartolomeu Dias</p><p>d) Vasco da Gama</p><p>e) Pedro Álvares Cabral</p><p>19. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Foram elementos que contribuíram para a predominância da escravidão africana durante o</p><p>período colonial, exceto:</p><p>a) dizimação dos nativos por epidemias.</p><p>b) oposição jesuíta à escravidão indígena.</p><p>c) indisposição dos índios ao trabalho braçal.</p><p>d) domínio de certas técnicas pelos africanos.</p><p>e) barreiras culturais dos nativos quanto ao trabalho agrícola.</p><p>20. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as características do governo Nassau no Nordeste brasileiro, pode-se destacar:</p><p>a) restrição dos cultos católicos e judeus.</p><p>b) concessão de créditos aos senhores de engenho.</p><p>c) reaproximação com funcionários da Coroa lusa.</p><p>d) diminuição da produção açucareira.</p><p>71</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) interrupção do fornecimento de cativos para a região.</p><p>21. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Todos os navegadores citados abaixo comandaram expedições marítimas para o Brasil entre 1500</p><p>e 1520, exceto:</p><p>a) Pedro Álvares Cabral</p><p>b) Gaspar de Lemos</p><p>c) Gonçalo Coelho</p><p>d) Cristóvão Jacques</p><p>e) Martim Afonso de Souza</p><p>22. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O processo de povoamento da América Portuguesa foi iniciado pela expedição de Martim Afonso de</p><p>Souza, organizada durante o governo do rei</p><p>a) D. Manuel I.</p><p>b) D. Felipe II.</p><p>c) D. José I.</p><p>d) D. João III.</p><p>e) D. Sebastião I.</p><p>23. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A tentativa de ocupação de Salvador pelos holandeses, em 1624, foi repelida por uma mobilização</p><p>dos moradores da cidade pelo bispo D. Marcos Teixeira, conhecida como</p><p>a) Jornada dos Vassalos.</p><p>b) Companhias de Emboscada.</p><p>c) Insurreição Pernambucana.</p><p>d) Batalha dos Guararapes.</p><p>e) Milícia dos Descalços.</p><p>72</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>24. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A conclusão de que era necessária a ocupação efetiva da América Portuguesa levou a Coroa lusa a</p><p>adotar o sistema de capitanias-hereditárias, que dividiu o extenso território em quinze faixas de</p><p>terras. Antes disso, a primeira capitania do Brasil, a ilha de São João, já havia sido entregue aos</p><p>cuidados de:</p><p>a) Fernão de Loronha</p><p>b) Martim Afonso de Souza</p><p>c) Gaspar de Lemos</p><p>d) Duarte Coelho</p><p>e) Tomé de Souza</p><p>25. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1551 foi o criado o primeiro bispado do Brasil, sendo o primeiro bispo de Salvador:</p><p>a) D. Pero Fernandes Sardinha</p><p>b) D. Pedro Leitão</p><p>c) D. Constantino Barradas</p><p>d) D. Antônio Muniz Barreiros</p><p>e) D. Marcos Teixeira</p><p>26. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1644, após desentendimentos com a direção da Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de</p><p>Nassau foi substituído por um Conselho Supremo na administração dos domínios holandeses no</p><p>Brasil, que apresentou como característica principal:</p><p>a) a manutenção da liberdade religiosa aos católicos e judeus.</p><p>b) a contenção dos levantes armados das classes populares.</p><p>c) a severidade na cobrança de empréstimos concedidos.</p><p>d) a devolução de propriedades confiscadas pela gestão anterior.</p><p>e) a garantia de representação dos brasileiros nos Escabinos.</p><p>27. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>73</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Em 1551 foi o criado o primeiro bispado do Brasil, sendo o primeiro bispo de Salvador:</p><p>a) D. Pero Fernandes Sardinha</p><p>b) D. Pedro Leitão</p><p>c) D. Constantino Barradas</p><p>d) D. Antônio Muniz Barreiros</p><p>e) D. Marcos Teixeira</p><p>28. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1644, após desentendimentos com a direção da Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de</p><p>Nassau foi substituído por um Conselho Supremo na administração dos domínios holandeses no</p><p>Brasil, que apresentou como característica principal:</p><p>a) a manutenção da liberdade religiosa aos católicos e judeus.</p><p>b) a contenção dos levantes armados das classes populares.</p><p>c) a severidade na cobrança de empréstimos concedidos.</p><p>d) a devolução de propriedades confiscadas pela gestão anterior.</p><p>e) a garantia de representação dos brasileiros nos Escabinos.</p><p>29. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A chamada Nova Holanda, nome dado aos domínios holandeses no Nordeste brasileiro entre 1630 e</p><p>1654, contou com organizações que representavam os interesses da Companhia das Índias Ocidentais,</p><p>denominadas</p><p>(A) Câmaras Municipais</p><p>(B) Câmaras dos homens bons</p><p>(C) Comissões de Verificação de Poderes</p><p>(D) Câmaras dos Escabinos</p><p>(E) Conselhos Ultramarinos</p><p>30. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Considerando a visão dos jesuítas sobre as formas de trabalho na América Portuguesa, assinale a</p><p>alternativa correta:</p><p>a) os missionários jesuítas eram totalmente contrários ao trabalho escravo, tanto de africanos quanto de</p><p>74</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>indígenas.</p><p>b) os padres jesuítas se opuseram à escravidão indígena em qualquer circunstância, porém não foram</p><p>enfáticos quanto à escravidão africana.</p><p>c) os membros da Companhia de Jesus se opuseram fortemente à escravização africana, mas julgaram</p><p>necessária a escravização de indígenas.</p><p>d) os jesuítas se opunham à escravização indiscriminada dos nativos indígenas, mas não eram contrários</p><p>à prática em algumas circunstâncias.</p><p>e) os missionários jesuítas criticaram a escravidão desenfreada dos povos africanos, se opunham a</p><p>qualquer forma de trabalho compulsório.</p><p>31. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Considerando a atividade dos jesuítas na América Portuguesa nos séculos XVI e XVII, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) eram contrários à escravidão de negros e indígenas.</p><p>b) se opunham ao cativeiro indígena de maneira geral.</p><p>c) condenavam apenas a escravização de indivíduos africanos.</p><p>d) diziam que a cristianização deveria acompanhar o cativeiro dos nativos.</p><p>e) não aceitavam o emprego de violência no domínio dos povos indígenas.</p><p>32. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A inexistência de um projeto de ocupação efetiva da América Portuguesa nas três primeiras décadas do</p><p>século XVI decorreu:</p><p>a) da resistência indígena verificada ao longo da costa.</p><p>b) da ênfase dada pelos lusos ao comércio oriental.</p><p>c) da inexistência de recursos disponíveis na metrópole.</p><p>d) dos obstáculos impostos pelas invasões estrangeiras.</p><p>e) do fracasso do sistema de capitanias-hereditárias.</p><p>33. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A partir do século XV, Portugal foi ponto de partida de diversas viagens que percorreram o Oceano</p><p>Atlântico, processo denominado de expansão ultramarina. Em relação aos aspectos que</p><p>possibilitaram sua realização, podemos destacar:</p><p>(A) a localização geográfica favorável, afinal o Estado português era banhado tanto pelo Oceano</p><p>Atlântico quanto pelo Mar Mediterrâneo.</p><p>75</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(B) a consolidação do poder monárquico, ainda no século XII, a partir da extinção da nobreza no</p><p>Estado e a consolidação do poder da burguesia.</p><p>(C) o desenvolvimento de tecnologias náuticas, como a criação da bússola, das caravelas e das</p><p>chamadas cartas portulanas pelos portugueses.</p><p>(D) a ausência de guerras em seu território, ao final do século XIV, que possibilitou à Portugal a</p><p>concentração de esforços na empresa ultramarina.</p><p>(E) a criação da Escola de Sagres pela dinastia de Avis, iniciativa que se voltou à preparação de</p><p>nobres e comerciantes para a realização das viagens ultramarinas.</p><p>34. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as etapas que constituíram o processo de expansão ultramarina portuguesa, aquela que</p><p>constituiu seu ponto de partida foi:</p><p>(A) a tomada de posse do Brasil.</p><p>(B) a conquista da cidade de Ceuta.</p><p>(C) o cruzamento do cabo Bojador.</p><p>(D) o contorno do Cabo das Tormentas.</p><p>(E) a chegada em Calicute.</p><p>35. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Por volta de 1445, Portugal fundou a primeira feitoria europeia na costa ocidental africana,</p><p>localizada na ilha denominada:</p><p>(A) Arguim</p><p>(B) Molucas</p><p>(C) Açores</p><p>(D) Cabo Verde</p><p>(E) Madeira</p><p>36. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Considerando os interesses que estimularam a tomada de posse do Brasil pela armada de Pedro</p><p>Álvares Cabral, em 1500, é possível afirmar que:</p><p>(A) foi imediatamente seguido pelo processo de colonização do território, a partir da exploração</p><p>do pau-brasil pelos comerciantes.</p><p>(B) contrariou os limites territoriais conferidos à Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, cujos</p><p>territórios se limitavam ao continente africano.</p><p>(C) possuiu caráter estratégico, afinal a região poderia ser usada como base de apoio náutico para</p><p>alcançar o extremo sul-africano.</p><p>(D) devido à ausência de metais e pedras preciosos, não trouxe vantagens imediatas para a Coroa</p><p>portuguesa.</p><p>(E) diante da resistência indígena em toda a costa, a Coroa portuguesa não conseguiu iniciar a</p><p>colonização por meio da expedição cabralina.</p><p>76</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>37. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em relação ao Tratado de Tordesilhas, acordo assinado entre as Coroas de Espanha e Portugal, em</p><p>1498, é correto afirmar que:</p><p>(A) traçou uma linha imaginária situada 370 léguas a oeste de Açores, estabelecendo aos</p><p>portugueses os territórios situados a oeste.</p><p>(B) conferiu aos espanhóis a posse dos territórios situados a leste de seu meridiano, enquanto aos</p><p>portugueses coube o domínio da porção oeste.</p><p>(C) representou a hegemonia das monarquias ibéricas nas Grandes Navegações, o que restringiu</p><p>outros países reivindicarem domínios nas Américas.</p><p>(D) se manteve válido até a assinatura do Tratado do Pardo, em 1761, que tornou nulas todas as</p><p>disposições e feitos decorrentes do acordo anterior.</p><p>(E) foi violado pelos próprios colonos portugueses e espanhóis nos séculos seguintes, o que exigiu</p><p>a formulação de novos acordos territoriais posteriormente.</p><p>38. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O conjunto de práticas e concepções econômicas consolidadas em Portugal a partir da dinastia de</p><p>Avis, nos séculos XV e XVI, podem ser denominadas como:</p><p>(A) mercantilismo.</p><p>(B) absolutismo.</p><p>(C) industrialismo.</p><p>(D) liberalismo.</p><p>(E) socialismo.</p><p>39. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>No século XV, enquanto as rotas terrestres de acesso às especiarias do Oriente eram controladas</p><p>por comerciantes muçulmanos, as rotas marítimas do Mediterrâneo eram monopolizadas pelos:</p><p>(A) portugueses</p><p>(B) espanhóis</p><p>(C) genoveses</p><p>(D) ingleses</p><p>(E) holandeses</p><p>40. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>As descrições do primeiro contato travado com os indígenas do Brasil pela expedição cabralina</p><p>foram fornecidas pelo escrivão que integrava a tripulação, cujo nome era:</p><p>(A) Américo Vespúcio</p><p>(B) Pero Gândavo</p><p>77</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(C) Fernão Cardim</p><p>(D) Pero Vaz de Caminha</p><p>(E) Gabriel Soares de Sousa</p><p>41. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Após a Coroa portuguesa submeter a extração de pau-brasil ao regime de estanco, um consórcio</p><p>de mercadores venceu uma concorrência pelo direito de exploração do produto, que tinha à frente</p><p>o cristão-novo:</p><p>(A) Fernão de Noronha</p><p>(B) Gaspar de Lemos</p><p>(C) Tomé de Souza</p><p>(D) Américo Vespúcio</p><p>(E) Martim Afonso de Souza</p><p>42. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A expedição de Gaspar de Lemos, realizada entre 1501 e 1502, foi a primeira enviada pela Coroa</p><p>ao Brasil após a tomada de posse de Cabral. Pode-destacar como sua característica principal:</p><p>(A) o batismo de diversos acidentes geográficos, como o cabo de São Tomé e o Cabo Frio.</p><p>(B) dar início ao processo de colonização do território, a partir da introdução da cana sacarina.</p><p>(C) o combate ao contrabando do pau-brasil por expedições invasores, sobretudo francesas, ao</p><p>longo do litoral.</p><p>(D) a promoção do processo de centralização administrativa na colônia, a partir da criação do</p><p>cargo de governo-geral.</p><p>(E) dar início à exploração do pau-brasil, após um contrato assinado entre o rei de Portugal e um</p><p>grupo de comerciantes.</p><p>43. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Após a confirmação da existência de pau-brasil na costa da América Portuguesa, uma expedição foi</p><p>a responsável pela fundação de feitorias no litoral, possibilitando o início do processo de</p><p>exploração do produto. Trata-se de expedição comandada por:</p><p>(A) Fernão de Noronha</p><p>(B) Gaspar de Lemos</p><p>(C) Gonçalo Coelho</p><p>(D) Cristóvão Jacques</p><p>(E) Martim Afonso de Souza</p><p>44. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Passadas três décadas da tomada de posse do Brasil pela expedição cabralina, a Coroa portuguesa</p><p>passou a se dedicar à colonização efetiva do território. Dentre os fatores que contribuíram para</p><p>78</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>isso, pode-se destacar:</p><p>(A) o esgotamento do pau-brasil no litoral brasileiro, o que estimulou a busca por novas fontes de</p><p>riquezas para Portugal.</p><p>(B) o achamento de ouro no interior do território pelas bandeiras, o que demandou a organização</p><p>de um aparato administrativo.</p><p>(C) a necessidade de formação de um mercado consumidor formado por indígenas, capaz de</p><p>absorver as especiarias obtidas</p><p>no comércio com o Oriente.</p><p>(D) a ameaça da perda da posse do território por Portugal, em decorrência das contínuas invasões</p><p>promovidas por estrangeiros.</p><p>(E) a necessidade de obtenção de produtos que pudessem auxiliar os portugueses no comércio de</p><p>especiarias no Oriente.</p><p>45. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A expedição de Martim Afonso de Souza, iniciada ao final do ano de 1530, é considerada o marco</p><p>inicial da colonização portuguesa no Brasil, apresentando entre seus objetivos:</p><p>(A) introduzir o trabalho escravo de africanos no Brasil.</p><p>(B) combater invasores estrangeiros presentes no litoral.</p><p>(C) incentivar a vinda de missionários para a catequização dos indígenas.</p><p>(D) a fundação de uma capital administrativa para o território.</p><p>(E) iniciar a exploração dos metais preciosos localizados no interior.</p><p>46. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A introdução do cultivo da cana sacarina no Brasil foi uma realização da expedição comandada por:</p><p>(A) Tomé de Souza</p><p>(B) Gonçalves Ledo</p><p>(C) Martim Afonso de Souza</p><p>(D) Duarte Pacheco Pereira</p><p>(E) Mem de Sá</p><p>47. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A fundação da vila de São Vicente, localizada no litoral do atual estado de São Paulo, foi uma</p><p>iniciativa liderada por:</p><p>(A) Tomé de Souza</p><p>(B) Gaspar de Lemos</p><p>(C) Duarte Coelho</p><p>(D) Martim Afonso de Souza</p><p>(E) Mem de Sá</p><p>79</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>48. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O conceito de “guerra justa”, aplicado pelos colonizadores portugueses no Brasil, buscava</p><p>justificar:</p><p>(A) a introdução de escravizados africanos.</p><p>(B) a repressão de revoltas coloniais.</p><p>(C) o enfrentamento dos invasores estrangeiros.</p><p>(D) o extermínio das organizações quilombolas.</p><p>(E) a escravização dos povos indígenas.</p><p>49. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A introdução do sistema de capitanias-hereditárias no Brasil, em 1534, pelo rei D. João III,</p><p>delimitou privilégios e obrigações aos donatários, estabelecidas em um documento denominado:</p><p>(A) Sesmaria</p><p>(B) Carta de Doação</p><p>(C) Foral</p><p>(D) Beneplácito</p><p>(E) Estanco</p><p>50. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Entre os direitos atribuídos aos donatários de capitanias-hereditárias no Brasil, pode-se destacar:</p><p>(A) a distribuição de lotes de terras, denominadas de sesmarias.</p><p>(B) a concentração dos lucros obtidos na exploração do pau-brasil.</p><p>(C) garantir à Coroa portuguesa o monopólio dos lucros sobre o ouro.</p><p>(D) organizar expedições militares que suscitassem a expansão territorial.</p><p>(E) comandar expedições de apresamento de cativos no litoral africano.</p><p>51. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Implementado em 1534, o sistema de capitanias-hereditárias se revelou uma experiência</p><p>malsucedida no Brasil devido a diversos impasses. Entre eles, pode-se destacar:</p><p>(A) a resistência promovida por escravizados africanos nos engenhos de açúcar.</p><p>(B) o esgotamento do pau-brasil, principal fonte de lucro para os colonos lusos.</p><p>(C) a continuidade das invasões estrangeiras na colônia.</p><p>(D) a competição entre os donatários pelo monopólio de exportação do açúcar.</p><p>(E) os elevados custos empreendidos para promover a colonização da terra.</p><p>80</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>52. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Visando o bom desempenho de suas funções na colônia, os governadores-gerais contavam com</p><p>um quadro de auxiliares, estando entre eles o</p><p>(A) ouvidor-mor, encarregado da cobrança de tributos.</p><p>(B) capitão-mor, responsável pela defesa do litoral.</p><p>(C) ouvidor-mor, encarregado de questões eclesiásticas.</p><p>(D) provedor-mor, responsável pelo abastecimento da colônia.</p><p>(E) provedor-mor, encarregado de comandar as defesas do território.</p><p>53. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O quilombo dos Palmares, o mais duradouro da História do Brasil, situava-se na região da serra da</p><p>Barriga, à época integrada à capitania de:</p><p>(A) Alagoas.</p><p>(B) Ceará</p><p>(C) Rio Grande</p><p>(D) Itamaracá</p><p>(E) Pernambuco</p><p>54. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Destacando-se no comando do quilombo de Palmares, entre 1656 e 1678, foi responsável por uma</p><p>tentativa de estabelecimento de um acordo de paz junto às autoridades coloniais. Trata-se da</p><p>liderança de nome:</p><p>(A) Ganga Zumba</p><p>(B) Zumbi</p><p>(C) Manoel Congo</p><p>(D) Ventura Mina</p><p>(E) Pacífico Licutan</p><p>55. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A Bula Inter-Coetera, estabelecida em 1493 pelo papa Alexandre VI para orientar os limites</p><p>territoriais dos domínios coloniais das monarquias ibéricas,</p><p>(A) traçou uma linha imaginária a 100 léguas a oeste de Cabo Verde.</p><p>(B) estabeleceu as Ilhas Canárias como marco divisor das possessões.</p><p>(C) firmou um meridiano imaginário a 370 léguas a oeste de Cabo Verde.</p><p>(D) introduziu uma linha imaginária a 200 léguas a leste da ilha da Madeira.</p><p>(E) consagrou um meridiano situado a 230 léguas a oeste da ilha da Madeira.</p><p>81</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>56. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Considerando as principais características da agroindústria açucareira, é correto afirmar que:</p><p>(A) estimulou a ocupação efetiva do interior do território brasileiro.</p><p>(B) foi baseada na escravidão africana, sem incorporar cativos indígenas nos engenhos.</p><p>(C) sua decadência foi iniciada a partir do achamento de ouro na região Centro-Sul.</p><p>(D) foi introduzida no Brasil como fator de povoamento e valorização econômica da terra.</p><p>(E) suas etapas eram controladas pela Coroa, a partir da noção do “exclusivo metropolitano”.</p><p>57. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Durante o período colonial, a extração do pau-brasil e a produção açucareira foram atividades</p><p>econômicas que suscitaram invasões dos seguintes povos estrangeiros, respectivamente:</p><p>(A) holandeses e franceses.</p><p>(B) franceses e ingleses.</p><p>(C) holandeses e ingleses.</p><p>(D) franceses e holandeses.</p><p>(E) ingleses e espanhóis.</p><p>58. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A respeito da criação do governo-geral, em 1548, pelo rei D. João III, é correto afirmar que:</p><p>(A) foi acompanha pela extinção das capitanias-hereditárias, em razão de não estimularem a</p><p>ocupação efetiva do território.</p><p>(B) encarregou os ocupantes do cargo de aplicar a justiça no território e fiscalizar a atividade</p><p>mineradora que se encontrava em curso.</p><p>(C) estimulou a centralização política e administrativa, submetendo as demais instâncias de poder</p><p>à autoridade do governador-geral.</p><p>(D) representou o enfraquecimento absoluto dos homens de posse locais, que até então gozavam</p><p>de poder político nas Câmaras Municipais.</p><p>(E) conferiu aos governadores a responsabilidade de comandar as defesas do território, o que</p><p>inviabilizou ataques estrangeiros nos anos seguintes.</p><p>59. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A primeira expedição a constatar a existência de pau-brasil na América Portuguesa, em 1501, foi</p><p>comandada por:</p><p>(A) Pedro Álvares Cabral</p><p>(B) Gaspar de Lemos</p><p>(C) Gonçalo Coelho</p><p>(D) Cristóvão Jacques</p><p>82</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(E) Martim Afonso de Souza</p><p>60. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A respeito da primeira tentativa holandesa de conquistar um território no Nordeste brasileiro</p><p>(1624-1625), é correto afirmar que:</p><p>(A) culminou na prisão do governador-geral, Matias de Albuquerque.</p><p>(B) sofreu a resistência das chamadas “Companhias de Emboscada”.</p><p>(C) contou com o auxílio do proprietário Domingos Fernandes Calabar.</p><p>(D) estimulou a fundação de um núcleo de resistência, o Arraial do Bom Jesus.</p><p>(E) foi repelida por</p><p>uma esquadra luso-espanhola, a Jornada dos Vassalos.</p><p>61. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O chamado Embargo Espanhol, nome dado à proibição imposta aos produtores e comerciantes das</p><p>colônias espanholas de negociar com os holandeses, apresentou como reação imediata:</p><p>(A) o ataque holandês a domínios portugueses na África e na América.</p><p>(B) a extinção do monopólio português no comércio ocidental.</p><p>(C) o fortalecimento da arrecadação do Estado português.</p><p>(D) as lutas portuguesas pela emancipação do domínio econômico espanhol.</p><p>(E) a tomada da extração do pau-brasil por invasores holandeses no Brasil.</p><p>62. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Apesar de sua presença constante em diversos pontos da costa durante o período colonial,</p><p>durante dois momentos os franceses buscaram a fundação de núcleos de povoamento, que deram</p><p>origem as chamadas França Antártica e França Equinocial. Tais experiências se deram,</p><p>respectivamente, onde hoje se localizam os seguintes estados:</p><p>(A) Bahia e Pernambuco.</p><p>(B) Rio de Janeiro e Maranhão.</p><p>(C) Pernambuco e Maranhão.</p><p>(D) Ceará e São Paulo.</p><p>(E) Rio Grande do Norte e Amazonas.</p><p>63. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O envio da expedição marítima comandada por Pedro Álvares Cabral, em 1500, ocorreu durante o</p><p>reinado de:</p><p>(A) D. Pedro III.</p><p>(B) D. Manuel I</p><p>(C) D. João I</p><p>83</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(D) D. José I</p><p>(E) D. João III</p><p>64. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Diversos levantes ocorridos durante séculos evidenciaram a resistência indígena frente à</p><p>colonização portuguesa. Um dos mais extensos deles foi a Guerra dos Bárbaros, com duração de</p><p>dez anos na região Nordeste, sendo também conhecida como:</p><p>(A) Confederação dos Tamoio</p><p>(B) Guerra dos Cabanos</p><p>(C) Guerras Guaraníticas</p><p>(D) Santidade do Jaguaripe</p><p>(E) Confederação dos Cariri</p><p>65. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as características e acontecimentos do período pré-colonial (1500-1530), pode-se destacar:</p><p>(A) a divisão do território pelo sistema de capitanias-hereditárias.</p><p>(B) a criação do governo-geral e o início da lavoura açucareira.</p><p>(C) a criação de feitorias e o envio de expedições guarda-costas.</p><p>(D) a escravização dos indígenas para a extração do pau-brasil.</p><p>(E) as tentativas de colonização empreendidas pelos franceses.</p><p>66. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as primeiras expedições que aportaram em solo brasileiro, pode-se considerar como marco</p><p>do início do período colonial aquela capitaneada por:</p><p>(A) Pedro Álvares Cabral</p><p>(B) Martim Afonso de Souza</p><p>(C) Tomé de Souza</p><p>(D) Gonçalo Coelho</p><p>(E) Gaspar de Lemos</p><p>67. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A identificação de São Vicente, Cabo Frio e de outros acidentes geográficos do território brasileiro</p><p>foi resultante da expedição comandada por:</p><p>(A) Gaspar de Lemos</p><p>(B) Gonçalo Coelho</p><p>(C) Fernão de Noronha</p><p>84</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(D) Martim Afonso de Souza</p><p>(E) Cristóvão Jacques</p><p>68. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>As Companhias de Emboscada foram grupos armados organizados para conter as invasões dos:</p><p>(A) franceses</p><p>(B) holandeses</p><p>(C) espanhóis</p><p>(D) genoveses</p><p>(E) ingleses</p><p>69. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A expulsão dos holandeses de Salvador, em 1625, foi mérito de uma esquadra formada por</p><p>portugueses e espanhóis denominada de:</p><p>(A) Companhias de Emboscada</p><p>(B) Milícia dos Descalços</p><p>(C) Insurreição dos Guararapes</p><p>(D) Jornada dos Vassalos</p><p>(E) Armada das Tabocas</p><p>70. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>As invasões holandesas em Pernambuco, a partir de 1630, levaram o governador da capitania,</p><p>Matias de Albuquerque, a organizar as Companhias de Emboscada no aglomerado conhecido</p><p>como:</p><p>(A) Salvador</p><p>(B) Porto Calvo</p><p>(C) Arraial do Bom Jesus</p><p>(D) Belo Monte</p><p>(E) Recife</p><p>71. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A chamada França Equinocial, tentativa empreendida pelos franceses de formar um núcleo de</p><p>colonização no Maranhão, tinha como objetivo primordial:</p><p>(A) obter o monopólio no comércio açucareiro.</p><p>(B) dedicar-se à extração do pau-brasil.</p><p>(C) incentivar a produção algodoeira na região.</p><p>85</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(D) introduzir a criação do gado bovino.</p><p>(E) explorar as drogas do sertão.</p><p>72. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Após a derrotar os portugueses em Pernambuco, a Companhia de Comércio das Índias Ocidentais</p><p>nomeou Maurício de Nassau como governador da Nova Holanda, podendo sua administração ser</p><p>associada:</p><p>(A) à extinção do tráfico negreiro na região Nordeste, predominando o trabalho livre.</p><p>(B) à diminuição das exportações de açúcar, decorrente da diversificação nas exportações.</p><p>(C) ao fechamento das igrejas católicas e a imposição do protestantismo no Nordeste.</p><p>(D) a implementação das Câmaras dos Escabinos, órgãos presididos por holandeses.</p><p>(E) o estímulo ao desenvolvimento urbano de Olinda, conhecida como Cidade Maurícia.</p><p>73. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O processo de expansão ultramarina, iniciado por Portugal a partir do século XIV e continuado por</p><p>outras nações europeias no século seguinte, apresentou como consequência:</p><p>(A) o desaparecimento de rotas mercantis no Mar Mediterrâneo.</p><p>(B) o início dos contatos econômicos entre a Europa e a África.</p><p>(C) o deslocamento do eixo comercial para o Oceano Atlântico.</p><p>(D) o enfraquecimento do comércio de especiarias no Ocidente.</p><p>(E) a repartição dos territórios coloniais entre todas as nações europeias.</p><p>74. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre os aspectos que contribuíram para o pioneirismo português nas Grandes Navegações,</p><p>pode-se destacar:</p><p>(A) sua posição geográfica favorável, tendo em vista que grande parte de seu território está</p><p>voltada para o Mar Mediterrâneo.</p><p>(B) o incentivo dado à nobreza de Portugal, que desfrutava de maior influência política e</p><p>econômica no período.</p><p>(C) a dominação dos mouros sobre o território luso, o que fomentou a evasão de cristãos em busca</p><p>de novas terras.</p><p>(D) o processo de centralização política precoce, realizado pela dinastia de Bragança.</p><p>(E) o interesse da monarquia portuguesa em ampliar suas relações comerciais e sua área de</p><p>influência.</p><p>75. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Após a assinatura do Tratado de Tordesilhas com a Espanha, a Coroa portuguesa buscou assegurar</p><p>o seu domínio da costa leste da América do Sul ao incentivar, na segunda metade do século XVI, à</p><p>86</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>seguinte atividade econômica no território:</p><p>(A) criação de gado bovino.</p><p>(B) produção de açúcar.</p><p>(C) extração das drogas do sertão.</p><p>(D) extração do pau-brasil.</p><p>(E) exploração de metais preciosos.</p><p>76. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A batalha em monte das Tabocas (1645) e as batalhas de Guararapes (1648 e 1649) foram embates</p><p>que integraram o processo de expulsão dos:</p><p>(A) britânicos</p><p>(B) holandeses</p><p>(C) portugueses</p><p>(D) franceses</p><p>(E) espanhóis</p><p>77. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as atribuições e privilégios vinculados aos capitães-donatários durante o período colonial</p><p>brasileiro, pode-se considerar:</p><p>(A) integrar o órgão consultivo do governo-geral e manter a exploração do pau-brasil.</p><p>(B) criar vilas e povoados, bem como exercer a autoridade administrativa e judicial da sua</p><p>capitania.</p><p>(C) garantir a expansão da fé católica por meio da catequese o cumprimento das deliberações das</p><p>Câmaras Municipais.</p><p>(D) a necessidade de desenvolvimento da pecuária e a manutenção da escravidão exclusivamente</p><p>africana.</p><p>(E) os direitos exclusivos sobre a exploração do pau-brasil encontrado em sua capitania.</p><p>78. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A primeira invasão holandesa no Brasil, ocorrida em Salvador, foi marcada pelo seguinte aspecto:</p><p>(A) resistência marítima capitaneada por uma esquadra luso-francesa.</p><p>(B) instalação das Câmaras dos Escabinos, lideradas pelos holandeses.</p><p>(C) a prisão do governador da Bahia, Matias de Albuquerque.</p><p>(D) a liderança do bispo de Salvador na reação popular contra os invasores.</p><p>(E) criação de um governo dirigido pelo coronel Maurício de Nassau.</p><p>87</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>79. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>No contexto das invasões holandesas na região de Pernambuco, o governador Matias de Albuquerque</p><p>buscou formar um núcleo de resistência em um povoado conhecido como:</p><p>a) Companhias de Emboscada</p><p>b) Arraial do Bom Jesus</p><p>c) Monte das Tabocas</p><p>d) Vila do Príncipe</p><p>e) Colônia de Sacramento</p><p>13. GABARITO</p><p>13.1. Lista de Questões - ESA</p><p>1. D 11. D 21. C 31. E 41. A 51. A 61.A</p><p>2. A 12. B 22. E 32. B 42. D 52. B 62.B</p><p>3. E 13. D 23. D 33. C 43. E 53. E 63.B</p><p>4. D 14. D 24. C 34. B 44. E 54. B</p><p>5. A 15. B 25. E 35. E 45. D 55. A</p><p>6. D 16. C 26. C 36. D 46. A 56. C</p><p>7. A 17. C 27. E 37. D 47. E 57. A</p><p>8. A 18. B 28. A 38. E 48. C 58. C</p><p>9. D 19. E 29. C 39. B 49. B 59. A</p><p>10. D 20. B 30. B 40. D 50. B 60. D</p><p>88</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>13.2 Questões de Aprofundamento</p><p>1. B 8. C 15. D 22. E 29. E 36.E</p><p>2. E 8. D 16. A 23. B 30.A 37.C</p><p>3. B 10.B 17. A 24. C 31.C</p><p>4. A 11. D 18. B 25. C 32.D</p><p>5. C 12. E 19. E 26. E 33.A</p><p>6. E 13. C 20. A 27. D 34.E</p><p>7. A 14.B 21. A 28. A 35.D</p><p>13.3 Questões Inéditas - Estratégia Militares</p><p>1. A 11. C 21. E 31. D 41. A 51. E 61. A 71. B</p><p>2. E 12. A 22. D 32. B 42. A 52. B 62. B 72. D</p><p>3. B 13. D 23. E 33. D 43. C 53. E 63. B 73. C</p><p>4. D 14. D 24. A 34. B 44. D 54. A 64. E 74. E</p><p>5. A 15. B 25. A 35. A 45. B 55. D 65. C 75. B</p><p>6. E 16. B 26. C 36. C 46. C 56. D 66. B 76. B</p><p>7. B 17. C 27. A 37. E 47. D 57. D 67. A 77. B</p><p>8. C 18. E 28. C 38. A 48. E 58. C 68. B 78. D</p><p>9. E 19. C 29. D 39. C 49. C 59. B 69. D 79. B</p><p>10. B 20. B 30. D 40. D 50. A 60. E 70. C</p><p>14. LISTA DE QUESTÕES COMENTADA</p><p>14.1. Lista de Questões - ESA</p><p>1. (ESA/2022)</p><p>O primeiro passo da expansão ultramarina portuguesa foi a conquista de:</p><p>a) Moçambique.</p><p>b) Senegal.</p><p>c) Guiné.</p><p>d) Ceuta.</p><p>e) Angola</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, Portugal iniciou as Grandes Navegações muito antes de alcançar a região</p><p>do Moçambique.</p><p>- A alternativa B está incorreta, séculos antes de alcançar o Senegal, Portugal iniciou suas expedições</p><p>89</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>ultramarinas a partir da tomada de Ceuta.</p><p>- A alternativa C está incorreta, os portugueses alcançaram a região da Guiné somente após darem início</p><p>à expansão ultramarina por meio de Ceuta.</p><p>- A alternativa D é a resposta. O ponto de partida do processo de expansão de Portugal foi a conquista</p><p>da cidade de Ceuta, situada no atual Marrocos, em 1415. Liderada pelo infante D. Henrique, filho do rei</p><p>D. João I, a empreitada pode ter objetivado acessar as rotas comerciais controladas pelos muçulmanos</p><p>no Norte da África, onde circulava muito ouro, marfim e escravizados. Outras duas razões podem ter</p><p>influenciado o desejo pela conquista: o fato da cidade ser grande produtora de cereais, que poderiam</p><p>abastecer Portugal, e dali saírem diversas expedições de piratas de mouros que saqueavam a costa de</p><p>Portugal.</p><p>- A alternativa E está incorreta, os portugueses alcançaram Angola somente após iniciarem a expansão</p><p>ultramarina por meio da tomada de Ceuta.</p><p>Gabarito: D</p><p>2. (ESA/2022)</p><p>Durante o início da colonização do Brasil por Portugal, teve-se a figura política dos governadores-gerais.</p><p>O primeiro governador-geral, que governou de 1549 a 1553, foi:</p><p>a) Tomé de Sousa.</p><p>b) Lourenço da Veiga.</p><p>c) D. Luís Fernandes de Vasconcelos.</p><p>d) Mem de Sá.</p><p>e) Duarte da Costa.</p><p>Comentários</p><p>Vejamos os três primeiros – e únicos – governadores-gerais que precisamos saber para a prova</p><p>da ESA:</p><p>GOVERNO PERÍODO ACONTECIMENTOS</p><p>Tomé de Souza 1549-1553</p><p>▪ Fundação de Salvador (1549)</p><p>▪ Incentivo à cana de açúcar</p><p>▪ Organizou expedições em busca de ouro e prata.</p><p>▪ Missões jesuíticas (chegada do jesuíta Manuel de Nóbrega)</p><p>Duarte da Costa 1553-1558</p><p>▪ Fundação da França Antártica (1555-1560)</p><p>▪ Reforço da atividade jesuítica (chegada do padre José de</p><p>Anchieta)</p><p>▪ Fundação do Colégio de São Paulo</p><p>Mem de Sá 1558-1572</p><p>▪ Franceses expulsos do Rio de Janeiro (fim da França</p><p>Antártica)</p><p>▪ Luta contra rebeliões indígenas (Confederação de Tamoios)</p><p>90</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa A está correta. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral nomeado por Portugal</p><p>para a administração do Brasil, sendo sua gestão marcada pela fundação de Salvador, sede</p><p>administrativa da América Portuguesa.</p><p>- A alternativa B está incorreta, Lourenço da Veiga foi o quinto governador-geral do Brasil.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Luís Fernandes de Vasconcelos foi enviado ao Brasil para substituir o</p><p>governador-geral Mem de Sá, mas sua frota foi atacada pelos franceses.</p><p>- A alternativa D está incorreta, Mem de Sá foi o terceiro governador-geral do Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta, Duarte da Costa foi o segundo governador-geral do Brasil.</p><p>Gabarito: A</p><p>3. (ESA/2022)</p><p>No contexto da Expansão Ultramarina Europeia dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que:</p><p>a) Os cristãos novos não puderam participar da expansão portuguesa porque esta era uma atividade</p><p>desenvolvida somente por quem tinha posse de terras.</p><p>b) Os espanhóis, ao chegarem à América, perderam o interesse de continuar buscando uma rota para a</p><p>China.</p><p>c) Ao longo do século XV, a exploração do litoral africano rendeu poucos lucros aos mercadores</p><p>portugueses.</p><p>d) Os nobres portugueses, associados aos cristãos novos, desenvolveram uma mentalidade burguesa e</p><p>capitalista ao longo do século XVI.</p><p>e) Em finais do século XIV, a atividade comercial passou a ser importante fonte de renda em Portugal.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, muitos comerciantes que se envolveram ativamente nas viagens</p><p>ultramarinas lusas eram cristãos novos. Podemos considerar a exploração do pau-brasil na América</p><p>Portuguesa pelo consórcio liderado por Fernão de Noronha como um exemplo de um desdobramento</p><p>disso.</p><p>- A alternativa B está incorreta, os espanhóis também tinham interesse no Oriente, por isso o Tratado de</p><p>Tordesilhas também reservava domínios aos espanhóis no continente asiático. Ademais, cabe destacar</p><p>que a expedição de Fernão de Magalhães, ocorrida em 1519, buscou garantir a presença espanhola nas</p><p>Índias mesmo após a conquista espanhola da América.</p><p>- A alternativa C está incorreta, a expressão “caras-pintadas” remente à mobilização contrária à</p><p>continuidade do governo Collor.</p><p>- A alternativa D está incorreta, as grandes navegações foram empreendimentos iniciados a partir da</p><p>Revolução de Avis, processo de centralização política que suprimiu o poderio da nobreza fundiária, que</p><p>não se envolveu diretamente na atividade comercial reforçada em seguida. Ademais, para muitos</p><p>historiadores, o mercantilismo corresponderia à um conjunto de práticas e concepções econômicas que</p><p>antecedem a formação do capitalismo.</p><p>- A alternativa E a resposta. Após o processo de centralização política iniciado pela Revolução de Avis</p><p>(1383-1385), a atividade comercial ganhou força em Portugal e continuou a ser a principal atividade</p><p>econômica nos séculos seguintes.</p><p>91</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA</p><p>00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>NOTA DO PROFESSOR: Apesar da alternativa correta fazer referência ao século XIV, ao passo que o</p><p>enunciado aborda os séculos XV e XVI, a atividade comercial mencionada na letra E permaneceu</p><p>como a principal atividade econômica nos séculos seguintes. A meu ver, não há elementos que</p><p>justifiquem a anulação da questão. Porém, caso o aluno tente recurso na questão, cabe argumentar a</p><p>partir dessa diferença na cronologia.</p><p>Gabarito: E</p><p>4. (ESA 2020/2021)</p><p>Entre 1580 e 1640, o Rei da Espanha passou a ser também rei de Portugal, dando origem ao período</p><p>denominado “união Ibérica”. Em relação à ocorrência desta condição, podemos afirmar que:</p><p>(A) A “união” entre Portugal e Espanha proporcionou grandes avanços para a economia lusitana, que</p><p>passou a explorar ouro e prata em grande quantidade.</p><p>(B) A administração Filipina promoveu melhorias para a economia açucareira no Brasil, gerando</p><p>independência perante os interesses estrangeiros.</p><p>(C) Felipe II decretou a liberdade de culto objetivando evitar tensões e movimentos revoltosos.</p><p>(D) Apesar da influência política do rei espanhol, Felipe II concordou em preservar costumes, língua e</p><p>aspectos da economia portuguesa em território português e em seus domínios.</p><p>(E) A administração filipina sobre o território brasileiro e as atividades coloniais garantiu segurança</p><p>necessária para que Salvador se mantivesse como capital colonial, não havendo incursões estrangeiras</p><p>no Brasil.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. As sucessivas guerras empreendidas por Portugal ao lado da Espanha</p><p>durante a União Ibérica contribuíram para a crise da economia portuguesa.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o período da União Ibérica coincidiu com o das invasões</p><p>holandesas no Brasil, cujo desfecho levou à crise econômica da região após o surgimento de um açúcar</p><p>concorrente, produzido pelos holandeses nas Antilhas.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a União Ibérica manteve o catolicismo como religião oficial.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Por meio do Juramento de Tomar, assinado em 1581, a Espanha</p><p>concordou em preservar as leis, costumes e a língua portuguesa em Portugal e em seus domínios</p><p>coloniais durante a União Ibérica.</p><p>- A alternativa E está incorreta. O período que vai 1580 e 1640, quando os reis espanhóis acumularam as</p><p>coroas dos dois Estados da península, ficou conhecido entre os historiadores como União Ibérica. Filipe</p><p>II e seus sucessores não interviram na administração da América Portuguesa, mas impuseram aos lusos</p><p>a necessidade de tomar como inimigos os holandeses, que recentemente haviam se tornado</p><p>independentes da Coroa espanhola. Isso atrapalhava a participação desses estrangeiros no refino e</p><p>comércio do açúcar. Diante dessas mudanças, em 1624 os holandeses criaram a Companhia das Índias</p><p>Ocidentais, a fim de obterem seus próprios territórios do outro lado do Atlântico. No início de maio,</p><p>organizaram uma esquadra composta por 26 navios e 3.400 homens para conquistar a cidade de</p><p>Salvador.</p><p>Gabarito: D</p><p>5. (ESA 2019/2020)</p><p>92</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Nos anos 1624 - 1635, ocorreu a primeira tentativa dos holandeses de invadir e conquistar territórios do</p><p>Nordeste brasileiro, que fracassou. Essa primeira invasão ocorreu na cidade de:</p><p>a) Salvador.</p><p>b) São Cristóvão.</p><p>c) Natal.</p><p>d) João Pessoa.</p><p>e) Recife.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Antes de lograr êxito na instalação da Nova Holanda em Pernambuco, os</p><p>holandeses tentaram, sem sucesso, dominar a capital administrativa do Brasil, em 1624.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal Recife foi desenvolvida pelos holandeses, após se fixarem em</p><p>Pernambuco.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois João Pessoa não foi o primeiro território invadido pelos holandesas.</p><p>Cabe destacar que quando isso ocorreu, em 1634, a cidade passou a se chamar Frederikstad, sendo</p><p>rebatizada para Parahyba do Norte após a expulsão dos invasores.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois embora os holandeses tenham invadido Natal em 1633, este não foi</p><p>o primeiro ataque ao Brasil.</p><p>Gabarito: A</p><p>6. (ESA 2019/2020)</p><p>As primeiras atividades econômicas na América Portuguesa, por parte do governo, concentraram-se na</p><p>extração de pau-brasil, dentro do regime de:</p><p>a) doação.</p><p>b) concessão.</p><p>c) permissão</p><p>d) estanco.</p><p>e) escambo</p><p>Comentários</p><p>Em 1502, os portugueses iniciaram a exploração do pau-Brasil, árvore já utilizada na Europa para a</p><p>extração de um corante de cor avermelhada, com o qual eram tingidos os tecidos. Tendo em vista seu</p><p>alto valor comercial, a Coroa estabeleceu o monopólio real sobre a exploração da madeira, chamado de</p><p>estanco, o que não impediu que navegadores espanhóis, ingleses e franceses desafiassem o Tratado de</p><p>Tordesilhas para contrabandear o produto para seus respectivos países.</p><p>Dito isso, a alternativa D é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois o pau-brasil era monopolizado pela Coroa.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois embora a exploração da madeira fosse uma concessão, este não é o</p><p>nome do sistema implementado pela Coroa.</p><p>- A alternativa E está incorreta, sendo uma pegadinha. Para extrair e transportar as grossas e pesadas</p><p>toras de pau-Brasil, os portugueses utilizavam a mão de obra indígena por meio do escambo, ou seja,</p><p>remuneravam as tarefas executadas com roupas, espelhos, chapéus, canivetes e outras bugigangas.</p><p>93</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Contudo, perceba que essa relação se dava entre aquele que explorava a madeira e o indígena, mas a</p><p>questão pergunta “por parte do governo”, que participava dessa relação concentrando o monopólio de</p><p>exploração.</p><p>Gabarito: D</p><p>7. (ESA 2019/2020)</p><p>Na disputa entre Portugal e Espanha pelos territórios a serem descobertos navegando-se a Oeste, o</p><p>limite que vigorou até o fim da União Ibérica foi o:</p><p>a) Meridiano de Tordesilhas.</p><p>b) Meridiano de Utrecht.</p><p>c) trópico de Capricórnio.</p><p>d) meridiano de Greenwich.</p><p>e) meridiano de Cabo Verde.</p><p>Comentários</p><p>Insatisfeitos com os domínios estabelecidos pela bula Inter Coetera (1493), Portugal sugeriu a criação</p><p>de uma nova linha imaginária, situada a 370 léguas de Cabo Verde. Dessa forma, os lusos também</p><p>poderiam garantir sua porção de terras no Novo Mundo, o que foi acatado pelos espanhóis. Em 7 de</p><p>junho de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que designou terras a leste para Portugal e a oeste</p><p>para Espanha. Com a União Ibérica, momento em que os territórios de Portugal e Espanha passaram a</p><p>ser geridos pela mesma Coroa, essa divisão deixou de fazer sentido.</p><p>- A alternativa B está incorreta. O primeiro Tratratdo de Utrecht foi assinado em 1713, após o fim da</p><p>União Ibérica. Falaremos mais sobre ele em nosso próximo capítulo.</p><p>- A alternativa D está incorreta. O meridiano de Greenwich foi traçao no final do século XIX, com o</p><p>intuito de contar os graus da logintude.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal as ilhas de Cabo Verde eram marco referencial do Tratado de</p><p>Tordesilhas (1494).</p><p>Gabarito: A</p><p>8. (ESA 2018/2019)</p><p>Os movimentos de resistência indígena ao domínio e ao escravismo do colonizador se deu de distintas</p><p>maneiras, inclusive através do combate propriamente dito. No nordeste, os indígenas promoveram um</p><p>conflito de resistência que durou mais de dez anos e ficou conhecido como:</p><p>a) Confederação dos Cariris</p><p>b) Confederação dos Tamoios</p><p>c) Confederação do Equador</p><p>d) A Revolta de Nosso Pai</p><p>e) A Revolta dos Mascates</p><p>Comentários</p><p>Essa é uma questão difícil, afinal algumas alternativas, incluindo a correta, envolvem movimentos</p><p>ausentes da maioria dos livros didáticos, incluindo aqueles indicados pelo edital da ESA. Dessa maneira,</p><p>optamos por trazer as explicações de cada um deles aqui:</p><p>- A alternativa A é a resposta. A Confederação dos Cariris foi um movimento ocorrido na região Nordeste</p><p>da Colônia, entre 1638 e 1713. A colonização lusa e a instituição da escravidão enfrentaram</p><p>resistências</p><p>94</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>dos cariris, que foram reprimidos com expedições bandeirantistas.</p><p>- A alternativa B está incorreta. A Confederação dos Tamoios se deu entre 1554 e 1567, no litoral norte</p><p>paulista e sul fluminense, sendo impulsionada pela união de caciques para fazer frente à colonização e à</p><p>escravidão imposta pelos portugueses. O termo Tamuya, que em tupinambá significa “mais antigo”, era</p><p>utilizado para denominar essas lideranças, sendo replicado pelos portugueses para denominar a revolta.</p><p>Cunhambebe, Pindobuçú, Koakira, Araí e Aimberê foram os principais nomes do movimento, que contou</p><p>com a participação de indígenas tupinambá (Tupiniquins, Aimorés e Temiminós).</p><p>- A alternativa C está incorreta. A Confederação do Equador foi um movimento iniciado em Pernambuco,</p><p>em 1824, a partir da outorga da Constituição pelo Império. Foi um movimento de caráter revolucionário,</p><p>republicano e separatista, sendo duramente reprimido por forças ligadas ao poder central.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Também conhecida como Revolta contra Mendonça Furtado, trata-se</p><p>de um movimento que eclodiu em 1666, em Pernambuco, a partir da nomeação de um governador</p><p>estrangeiro chamado Mendonça Furtado para a capitania. A inabilidade do funcionário da Coroa para</p><p>lidar com os interesses das elites locais fez com que as elites tramassem sua deposição, se reunindo</p><p>secretamente sob o pretexto de estarem se reunindo para fins religiosos, daí o movimento ficar</p><p>conhecido como “Nosso Pai”. O governador foi aprisionado e despachado para Lisboa pelos revoltosos,</p><p>o que levou a Coroa a nomear como novo governador André Vidal de Negreiros, ligado às elites da</p><p>região.</p><p>- A alternativa E está incorreta. A Revolta dos Mascates foi o nome dado ao conflito entre senhores de</p><p>engenho olindenses e comerciantes de Recife, pejorativamente chamados de “mascates” pelos</p><p>primeiros. A decisão da Coroa de criar uma Câmara Municipal recifense, em 1709, revoltou as elites da</p><p>capital pernambucana, afinal isso ameaçava o poderio político dos “homens bons”. Os rebeldes foram</p><p>derrotados e anistiados pela Coroa, que decidiu manter o status de vila de Recife.</p><p>Gabarito: A</p><p>9. (ESA 2018/2019)</p><p>No século XV, Portugal inicia um processo de expansão ultramarina, em que uma das finalidades era de</p><p>caráter mercantil. Esta situação criou, imediatamente, uma ameaça aos interesses comerciais dos:</p><p>a) franceses</p><p>b) espanhóis</p><p>c) holandeses</p><p>d) venezianos</p><p>e) alemães</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D é a resposta. A formação de novas rotas de acesso às Índias pelo Atlântico causou</p><p>o declínio de Veneza e Gênova, cidades cujos comerciantes até então exerciam amplo domínio</p><p>comercial no Mediterrâneo. Já as demais alternativas estão incorretas, afinal são mencionados povos</p><p>que ainda não haviam ingressado no comércio de especiarias diretamente com o Oriente.</p><p>Gabarito: D</p><p>10. (ESA 2018/2019)</p><p>Sobre a chamada a União Ibérica, podemos afirmar que:</p><p>a) Como consequência deste período, a Espanha passou a ser um adversário econômico de Portugal.</p><p>95</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>b) Como consequência deste período, os territórios antes dominados por Portugal passaram a ter como</p><p>língua oficial o espanhol.</p><p>c) Período entre 1580 e 1640 em que o Rei de Portugal, Felipe II, passou também a ser o Rei da Espanha.</p><p>d) Período entre 1580 e 1640 em que o Rei da Espanha, Felipe II, passou também a ser o Rei de</p><p>Portugal.</p><p>e) Como consequência deste período, a França invade o território brasileiro em sua porção Nordeste, a</p><p>partir de 1624.</p><p>Comentários</p><p>O período que vai 1580 e 1640, quando os reis espanhóis acumularam as coroas dos dois Estados da</p><p>península, ficou conhecido entre os historiadores como União Ibérica. Filipe II e seus sucessores não</p><p>interviram na administração da América Portuguesa, mas impuseram aos lusos a necessidade de tomar</p><p>como inimigos os holandeses, que recentemente haviam se tornado independentes da Coroa</p><p>espanhola. Isso atrapalhava a participação desses estrangeiros no refino e comércio do açúcar.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa D é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal trata-se de um momento em que os holandeses passaram a ser</p><p>adversários de Portugal.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o rei Felipe II era originalmente espanhol.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois foram os holandeses os invasores do Brasil a partir de 1624.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o domínio espanhol não demandou a alteração do idioma falado no</p><p>Império Português – algo assegurado pelo Juramento de Tomar, em 1581.</p><p>Gabarito: D</p><p>11. (ESA 2017/2018)</p><p>O Primeiro Governo Geral do Brasil foi instalado em:</p><p>a) São Luís.</p><p>b) Fortaleza.</p><p>c) Olinda.</p><p>d) Salvador.</p><p>e) Rio de Janeiro.</p><p>Comentários</p><p>O primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, foi nomeado por D. João III. A capitania da</p><p>Bahia foi escolhida como sede do governo-geral, pois se localizava em uma região central da América</p><p>Portuguesa, facilitando a comunicação com as demais capitanias. No dia 1º de maio do ano seguinte, foi</p><p>iniciada a construção de Salvador, a primeira capital do Brasil. Feitas essas considerações, a alternativa D</p><p>é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta. São Luís do Maranhão foi fundada em 1612, durante as invasões</p><p>francesas, pelo comandante Daniel de la Touche, responsável pela criação do projeto de expansão</p><p>colonial chamado de França Equinocial.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Fortaleza foi fundada em 13 de abril de 1726, para que Portugal pudesse</p><p>96</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>defender de maneira mais eficaz a região contra as investidas estrangeiras.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Olinda foi um povoado fundado na capitania de Pernambuco, que na</p><p>época se encontrava aos cuidados do fidalgo Duarte Coelho.</p><p>- A alternativa E está incorreta. A fundação do Rio de Janeiro se deu em 1565, após a derrota da França</p><p>Antártica por Eustácio de Sá. Ela foi criada com o objetivo de evitar novas incursões de estrangeiros.</p><p>Gabarito: D</p><p>12. (ESA 2014/2015)</p><p>Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico conhecido</p><p>como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo (a) (s):</p><p>a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.</p><p>b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras.</p><p>c) a luta contra os mouros no Marrocos.</p><p>d) a aliança política com o reino da Espanha.</p><p>e) as reformas pombalinas.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o comércio de ouro e escravos na África só foi possível graças ao</p><p>pioneirismo português no processo de expansão ultramarina. Logo, não se trata de um antecedente,</p><p>mas uma consequência dele.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Dentre os aspectos que contribuíram para o pioneirismo luso na expansão</p><p>ultramarina, pode-se destacar o fato de que no final do século XIV, Portugal era o único Estado</p><p>centralizado e livre de guerras.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a luta contra os mouros no Marrocos se deu em um contexto</p><p>posterior ao da expansão ultramarina.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois a União Ibérica se deu entre 1580 e 1640, em um momento</p><p>posterior ao da expansão ultramarina portuguesa.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal as reformas pombalinas ocorreram no século XVIII, durante o</p><p>reinado de D. José I de Portugal.</p><p>Gabarito: B</p><p>13. (ESA 2014/2015)</p><p>As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI objetivaram</p><p>A) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.</p><p>B) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos</p><p>C) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.</p><p>D) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.</p><p>E) estimular a catequese dos índios</p><p>a pedido da Companhia de Jesus.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a cultura do açúcar foi implementada na América Portuguesa a</p><p>partir de 1530, em decorrência do início do processo de ocupação da terra.</p><p>97</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa B está incorreta, uma vez que as estruturas econômicas existentes entre os indígenas não</p><p>se pautavam por pressupostos capitalistas.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal Portugal não teve a intenção inicial de fazer de seus domínios no</p><p>Novo Mundo um local de degredo de hereges. Cabe destacar que o protestantismo não teve nas</p><p>monarquias ibéricas a mesma força desfrutada na Alemanha e nos Países Baixos.</p><p>- A alternativa D é a resposta. A expedição cabralina objetivou a tomada de posse dos domínios</p><p>portugueses na América, mas seguiu rumo às Índias, com o intuito de desfrutar do comércio de</p><p>especiarias com os orientais. As viagens marítimas posteriores ao Brasil também buscaram assegurar a</p><p>posse da terra delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, mas a Coroa não buscou ocupa-la até 1530.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Os missionários da Companhia de Jesus desembarcaram no Brasil a</p><p>partir dos governos-gerais.</p><p>Gabarito: D</p><p>14. (ESA 2013/2014)</p><p>O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa</p><p>a) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil.</p><p>b) o fim da rivalidade entre portugueses e espanhóis na América.</p><p>c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses.</p><p>d) a demarcação dos direitos de exploração colonial dos ibéricos.</p><p>e) o declínio do expansionismo espanhol.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. O marco inicial do processo de ocupação do Brasil foi a expedição de</p><p>Martim Afonso de Souza, em 1530.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o acordo que selou o fim das disputas territoriais entre</p><p>portugueses e espanhóis foi o Tratado de Badajoz, em 1801.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a tomada de posse do Brasil se deu em 1500, por meio da expedição</p><p>marítima comandada por Pedro Álvares Cabral.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Em 7 de junho de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que</p><p>designou terras a leste para Portugal e a oeste para Espanha, sendo ambos os Estados ibéricos as</p><p>principais potências marítimas do período. Por meio do acordo, esperava-se garantir a primazia das</p><p>monarquias ibéricas sobre as terras descobertas, delimitando seus domínios coloniais.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o encerramento do processo de expansão da Espanha se deu com</p><p>a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522.</p><p>Gabarito: D</p><p>15. (ESA 2012/2013)</p><p>O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver</p><p>as disputas por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que</p><p>a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras</p><p>descobertas depois ficariam com os portugueses.</p><p>b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a</p><p>98</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>oeste das ilhas de Cabo Verde.</p><p>c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses</p><p>e espanhóis nos quinze anos seguintes.</p><p>d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça</p><p>colonialista da Inglaterra, da Holanda e da França.</p><p>e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem</p><p>as terras descobertas.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa B é a resposta. Insatisfeitos com os domínios estabelecidos pela bula Inter Coetera</p><p>(1493), Portugal sugeriu a criação de uma nova linha imaginária, situada a 370 léguas de Cabo Verde.</p><p>Dessa forma, os lusos também poderiam garantir sua porção de terras no Novo Mundo, o que foi</p><p>acatado pelos espanhóis. Em 7 de junho de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que designou</p><p>terras a leste para Portugal e a oeste para Espanha.</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois o Tratado foi firmado a partir dos territórios já descobertos por</p><p>espanhóis e portugueses.</p><p>- A alternativa C está incorreta, uma vez que o Tratado não estipulou terras à Igreja.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois os domínios assegurados a cada uma das monarquias pelo Tratado</p><p>foram administrados somente por elas, sem a interferência da outra.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois as monarquias ibéricas assumiram o compromisso com a Igreja de</p><p>disseminar a fé católica, reprimindo ideias e comportamentos considerados heresias.</p><p>Gabarito: B</p><p>16. (ESA 2012/2013)</p><p>No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente monopolizado</p><p>pelas cidades europeias de</p><p>A) Paris e Flandres.</p><p>B) Londres e Hamburgo.</p><p>C) Gênova e Veneza.</p><p>D) Constantinopla e Berlim.</p><p>E) Lisboa e Madri.</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A e B estão incorretas, uma vez que não incluem cidades situadas no Mediterrâneo,</p><p>mar utilizado para o escoamento de especiarias no final da Idade Média.</p><p>- A alternativa E é uma pegadinha. Embora Lisboa e Madri tenham se tornado importantes centros</p><p>comerciais de especiarias, isso só se deu a partir do século XVI, com a formação de uma nova rota de</p><p>acesso às Índias por meio do Atlântico.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois se Constantinopla era uma das mais destacadas cidades no</p><p>comércio de produtos orientais, o mesmo não se pode dizer de Berlim.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Desde o final da Idade Média, os mercadores de Gênova e Veneza</p><p>passaram a monopolizar o mercado de especiarias no Mediterrâneo, levando portugueses e espanhóis a</p><p>99</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>traçarem rotas alternativas no Atlântico.</p><p>Gabarito: C</p><p>17. (ESA/2009)</p><p>Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações no Século XV. Assinale a única</p><p>alternativa em que todas as informações são fatores que contribuíram para o pioneirismo português</p><p>neste campo.</p><p>a) Fortalecimento do feudalismo e posição geográfica favorável</p><p>b) Escola de Sagres e nobreza forte e autônoma.</p><p>c) Centralização administrativa e ausência de guerras.</p><p>d) Mercantilismo e intensa utilização da Rota da Seda.</p><p>e) Guerra contra a Espanha e a Tomada de Constantinopla.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a expansão ultramarina contribuiu para o desenvolvimento do</p><p>mercantilismo em Portugal, conjunto de práticas e concepções econômicas baseadas no comércio</p><p>mercantil.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a Escola de Sagres é um mito justificador das Grandes Navegações,</p><p>não sendo comprovada a sua existência. Além disso, a nobreza neste período se encontrava submissa ao</p><p>poder do rei.</p><p>- A alternativa C é a resposta. A centralização administrativa de Portugal, que limitou o poder da nobreza</p><p>sobre o território, ocorreu ainda na Baixa Idade Média, durante as guerras de Reconquista na península</p><p>Ibérica. Trata-se de um processo que se inicia com a dinastia de Borgonha, em 1140, e é continuado pela</p><p>Revolução de Avis (1383-1385), quando D. João I assume o poder. Ele foi fundamental para o</p><p>expansionismo marítimo, haja visto que as navegações ultramarinas neste país foram uma empresa</p><p>coordenada pelo Estado.</p><p>- A alternativa D está incorreta. A rota da seda, percursos comerciais estabelecidos entre Oriente e</p><p>Ocidente desde a Antiguidade, desapareceram na passagem do mundo medieval para o mundo</p><p>moderno. Foi justamente o desejo de criar uma nova rota de acesso aos produtos orientais que levou</p><p>navegadores portugueses e espanhóis a se lançarem em alto-mar.</p><p>- A alternativa E está incorreta e é uma pegadinha. Os fatores listados explicam porque os espanhóis</p><p>NÃO foram os pioneiros nas Grandes Navegações, mas não são suficientes para explicar o que</p><p>possibilitou Portugal ocupar</p><p>o posto.</p><p>Gabarito: C</p><p>18. (ESA/2007)</p><p>No início da colonização, a cultura da cana-de-açúcar era realizada em grandes propriedades que eram</p><p>chamadas de:</p><p>A) sítios</p><p>B) latifúndios</p><p>C) alqueires</p><p>D) minifúndios</p><p>E) casas-grandes</p><p>100</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois sítio é uma palavra utilizada principalmente para denominar</p><p>pequenas propriedades.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Os latifúndios eram imensas extensões de terras reservadas à produção</p><p>açucareira, sob a responsabilidade de único proprietário, o senhor de engenho.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois alqueire é uma unidade de medida implementada para delimitar</p><p>propriedades.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois conforme sugere o próprio nome, os minifúndios são pequenas</p><p>propriedade.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois as casas-grandes eram as residências dos senhores de engenho.</p><p>Gabarito: B</p><p>19. (ESA/2007)</p><p>Após o descobrimento, a primeira expedição colonizadora do Brasil foi a de:</p><p>a) Gaspar de Lemos</p><p>b) Cristóvão Jacques</p><p>c) Pedro Álvares Cabral</p><p>d) Tomé de Souza</p><p>e) Martim Afonso de Souza</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Gaspar de Lemos foi um dos comandantes que levou para Portugal</p><p>notícias sobre o Brasil, além de chefiar a primeira expedição após a de Cabral, provavelmente</p><p>acompanhado de Américo Vespúcio.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Cristóvão Jacques foi comandante de expedições guarda-costeiras entre</p><p>1516 e 1519, e novamente entre 1525 e 1528. Elas foram enviadas pela Coroa para conter as invasões</p><p>estrangeiras na América Portuguesa, especialmente de franceses.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Pedro Álvares Cabral foi o comandante da expedição incumbida de</p><p>tomar posse dos territórios reservados à Coroa portuguesa pelo Tratado de Tordesilhas, em 1500. A</p><p>ocupação do território, no entanto, só se deu a partir de 1530.</p><p>- A alternativa E é a resposta. A expedição de Martim Afonso de Souza foi o marco inicial do processo de</p><p>colonização do Brasil, uma vez que foi incumbida pela Coroa de dar início à ocupação da terra e de sua</p><p>exploração, combater contrabandistas de pau-brasil, procurar metais preciosos e mapear o litoral dos</p><p>domínios portugueses.</p><p>Gabarito: E</p><p>20. (ESA/2006)</p><p>Dentre as quinze Capitanias-Hereditárias fundadas no Brasil a partir de 1530, somente duas progrediram</p><p>até 1550:</p><p>a) Ilhéus e Porto Seguro.</p><p>b) Pernambuco e São Vicente.</p><p>101</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>c) Maranhão e Ceará.</p><p>d) São Tomé e Santana.</p><p>e) Itamaracá e Porto Seguro.</p><p>Comentários</p><p>Apesar do esforço em se difundir a produção de açúcar por toda a Colônia, as constantes fugas</p><p>indígenas e a campanha de oposição à sua escravização, promovida pelos jesuítas, contribuíram para</p><p>que a atividade econômica só prosperasse em duas capitanias: Pernambuco e São Vicente, ambas pela</p><p>sua grande produção açucareira. Dito isso, a alternativa B é a resposta.</p><p>Gabarito: B</p><p>21. (ESA 2014/2015)</p><p>A respeito das expedições marítimas portuguesas enviadas ao Brasil no período pré-colonizador, foram</p><p>chamadas de “expedições guarda-costas”, empreendidas entre os anos 1516 a 1520, as missões</p><p>comandadas por</p><p>a) Gaspar de Lemos.</p><p>b) Martin Afonso de Souza.</p><p>c) Cristóvão Jacques.</p><p>d) Gonçalo Coelho.</p><p>e) Tomé de Souza</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Gaspar de Lemos foi comandante de um dos navios da expedição</p><p>cabralina que desembarcou no Brasil em 1500.</p><p>- A alternativa B está incorreta. A expedição de Martim Afonso de Souza foi o marco inicial do processo</p><p>de colonização do Brasil, uma vez que foi incumbida pela Coroa de dar início à ocupação da terra e de</p><p>sua exploração, combater contrabandistas de pau-brasil, procurar metais preciosos e mapear o litoral</p><p>dos domínios portugueses.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Cristóvão Jacques foi o comandante de expedições guarda-costeiras entre</p><p>1516 e 1519, e novamente entre 1525 e 1528. Elas foram enviadas pela Coroa para conter as invasões</p><p>estrangeiras na América Portuguesa, especialmente de franceses.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Gonçalo Coelho foi o comandante enviado pelo rei de Portugal para</p><p>explorar as terras asseguradas ao país pelo Tratado de Tordesilhas, provavelmente acompanhado do</p><p>cosmógrafo Américo Vespúcio. Ele era pai de Duarte Coelho, primeiro capitão-donatário de</p><p>Pernambuco.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral do Brasil nomeado pela</p><p>Coroa portuguesa, sendo o responsável pela fundação de Salvador, em 1549.</p><p>Gabarito: C</p><p>22. (ESA 2014/2015)</p><p>No final do Século XIV, o único Estado centralizado e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro</p><p>na expansão ultramarina, era o</p><p>a) espanhol.</p><p>b) inglês.</p><p>102</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>c) francês.</p><p>d) holandês.</p><p>e) português</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o processo de consolidação do Estado espanhol se encerrou em</p><p>1492, com a tomada de Granada, o último reduto mouro na Península Ibérica.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o processo inglês de expansão ultramarina se iniciou ao final do</p><p>século XV.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois o processo de expansão ultramarina dos franceses se iniciou ao final</p><p>do século XVI, após o encerramento de diversos ataques promovidos por piratas e corsos, incluindo no</p><p>Brasil.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal o processo de expansão dos Países Baixos ocorreu no começo do</p><p>século XVI.</p><p>- A alternativa E é a resposta. O processo de expansão ultramarina de Portugal se iniciou por meio da</p><p>conquista de Ceuta, em 1415.</p><p>Gabarito: E</p><p>23. (ESA 2014/2015)</p><p>No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portugueses na colônia do Brasil,</p><p>entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se destacaram como atividade (s) principal (is)</p><p>a) a exploração de ouro e pedras preciosas.</p><p>b) a escravização do indígena.</p><p>c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.</p><p>d) a extração e comercialização do pau-brasil.</p><p>e) o cultivo de fumo e do café.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois o achamento de ouro e pedras preciosas na América Portuguesa se</p><p>deu a partir do final do século XVII.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal durante o período pré-colonial prevaleceu a exploração da mão de</p><p>obra indígena por meio o escambo, ou seja, a partir da realização de trocas comerciais sem a utilização</p><p>de moeda.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois foram atividades desenvolvidas durante o período colonial.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Em 1502, os portugueses iniciaram a exploração do pau-Brasil, árvore já</p><p>utilizada na Europa para a extração de um corante de cor avermelhada, com o qual eram tingidos os</p><p>tecidos. Tendo em vista seu alto valor comercial, a Coroa estabeleceu o monopólio real sobre a</p><p>exploração da madeira, chamado de estanco.</p><p>- A alternativa E está incorreta. O tabaco foi cultivado durante o período colonial, ao passo que o cultivo</p><p>do café se tornou significativo durante o século XIX.</p><p>103</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Gabarito: D</p><p>24. (ESA 2011/2012)</p><p>As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à</p><p>expulsão do território brasileiro os invasores</p><p>a) ingleses</p><p>b) franceses</p><p>c) holandeses</p><p>d) portugueses</p><p>e) espanhóis</p><p>Comentários</p><p>A Batalha dos Guararapes, episódio chave da Insurreição Pernambucana, contou com a participação</p><p>de lideranças marcantes, como André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, o negro Henrique Dias</p><p>e o índio Filipe Camarão. Ela marcou a expulsão dos holandeses no Brasil, que se encontravam no</p><p>nordeste açucareiro desde 1630. Tendo isso em conta, a alternativa C é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois apesar dos ataques ingleses na costa,</p><p>eles não chegaram a fundar</p><p>colônias no Brasil.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Em 1555, os franceses invadiram a América Portuguesa e fundaram o</p><p>forte Coligny, em uma das ilhas da baía de Guanabara, Rio de Janeiro. A colônia francesa, chamada de</p><p>França Antártica, durou apenas cinco anos, sendo derrotada pelo terceiro-governador geral, Mem de Sá,</p><p>em 1560. Em 1612, Daniel de la Touche comandou uma ofensiva na região do Maranhão, onde fundou a</p><p>cidade de São Luís, sede da colônia nomeada de França Equinocial. O novo empreendimento se</p><p>estendeu nos três anos seguintes, quando os portugueses conseguiram expulsar os invasores do Brasil.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal os portugueses só foram expulsos do território brasileiro nas</p><p>guerras de independência travadas na segunda década do século XX.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois os conflitos territoriais entre portugueses e espanhóis se deram no</p><p>interior do território brasileiro, sendo encerrados com a assinatura do Tratado de Badajoz, em 1801.</p><p>Gabarito: C</p><p>25. (ESA/2003)</p><p>Observando-se o sistema de governo vigente durante o Brasil Colonial, é correto afirmar que:</p><p>a) a criação do Governo Geral, centralizando a administração, provocou a extinção imediata das</p><p>capitanias hereditárias.</p><p>b) o sistema de câmaras municipais instituiu duas novas políticas administrativas: as sesmarias e o</p><p>serviço militar compulsório.</p><p>c) o sistema de capitanias hereditárias já havia sido empregado por Portugal na administração das ilhas</p><p>Canárias.</p><p>d) o fracasso das capitanias hereditárias implicou o desuso das Cartas de Doação e das obrigações do</p><p>Documento Foral.</p><p>e) o sistema de capitanias hereditárias foi um empreendimento que, dirigido pela Coroa, estava a cargo</p><p>de Particulares.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Embora tenha sido criado para substituir o sistema de capitanias-</p><p>104</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>hereditárias, estas só foram extintas em 1759, pelo Marquês de Pombal.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal as sesmarias antecederam a criação do governo-geral, podendo</p><p>ser concedidas pelos donatários.</p><p>- A alternativa C está incorreta. O sistema de capitanias hereditárias foi utilizado antes com sucesso por</p><p>Portugal nas ilhas da Madeira e Cabo Verde, mas não nas Canárias.- A alternativa D está incorreta, pois</p><p>como dito anteriormente, as capitanias continuaram a existir até 1759.</p><p>- A alternativa E está correta. Os capitães-donatários recebiam a capitania por meio da Carta de</p><p>Doação, documento que oficializava a posse da terra. Isso não significa dizer que eles eram</p><p>proprietários, mas que dispunham da posse da terra, que continuava a ser do rei de Portugal. Contudo,</p><p>a Coroa não foi capaz de coordenar o empreendimento.</p><p>Gabarito: E</p><p>26. (ESA/2002)</p><p>A Monocultura, o Latifúndio e a Escravidão marcaram o Sistema colonial português no Brasil, resultando:</p><p>a) no desenvolvimento interno da colônia, beneficiada pela ausência de monopólio.</p><p>b) na formação de uma sociedade civil forte em decorrência da autonomia desfrutada.</p><p>c) em grande desigualdade social, concentração da propriedade fundiária e dependência econômica.</p><p>d) em acumulação de renda, que permitiu o desenvolvimento manufatureiro.</p><p>e) no predomínio do trabalho livre, desenvolvimento tecnológico e cultural.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a posse da terra permaneceu restrita a um pequeno setor da</p><p>sociedade colonial.</p><p>- A alternativa B está incorreta, uma vez que a Colônia não dispunha de autonomia de sua metrópole,</p><p>sendo constantemente enquadrada por mecanismos elaborados pela administração lusa.</p><p>- A alternativa C é a resposta. O sistema de plantation culminou na concentração fundiária, ou seja, no</p><p>acúmulo de boa parte das terras agricultáveis pelas elites. Com isso, a sociedade colonial apresentou um</p><p>caráter desigual e basicamente voltado para as exportações.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois o desenvolvimento de manufaturas foi restringido pela Coroa para</p><p>a assegurar o exclusivo metropolitano.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois o trabalho só passou a prevalecer no Brasil após o fim do período</p><p>colonial.</p><p>Gabarito: C</p><p>27. (ESA/2000)</p><p>Os Governos Gerais foram criados porque:</p><p>a) o sistema de capitanias era vantajoso.</p><p>b) seria melhor um governo descentralizado.</p><p>c) os donatários não cumpriram as determinações reais.</p><p>d) a Regência seria o melhor sistema.</p><p>e) fracassara o sistema de emprego do capital particular.</p><p>105</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreto, afinal foram as falhas do sistema de capitanias hereditárias que o</p><p>levaram a coexistir com o governo-geral, que centralizou a administração da América Portuguesa. Assim</p><p>sendo, também podemos descartar a alternativa B.</p><p>- A alternativa C está incorreta, uma vez que muitos donatários não conseguiram lidar com os altos</p><p>custos do empreendimento colonial e a resistência indígena. Com isso, não se pode dizer que todos eles</p><p>não cumpriam as decisões reais, mas simplesmente não conseguiam.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a regência só seria implementada no Brasil em 1831, após a</p><p>abdicação de D. Pedro I.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Devido aos custos elevados exigidos dos donatários, muitos sequer</p><p>tomaram posse de suas capitanias ou não conseguiram desenvolvê-las economicamente.</p><p>Gabarito: E</p><p>28. (ESA/1999)</p><p>Uma das consequências da expulsão dos holandeses do Nordeste, em 1654, foi o (a):</p><p>a) decadência da atividade açucareira.</p><p>b) volta do domínio espanhol sobre o Nordeste.</p><p>c) aumento da produção cafeeira.</p><p>d) expansão da produção de couro.</p><p>e) criação da Companhia de Comércio de São Paulo.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está correta. Após serem expulsos pela Insurreição Pernambucana, os holandeses se</p><p>instalaram nas Antilhas, onde passaram a produzir um açúcar mais barato e de melhor qualidade em</p><p>relação ao oferecido pelo Brasil. Com isso, o produto exportado pelo nordeste passou a viver uma crise</p><p>na produção.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a região Nordeste já havia sido estipulada aos portugueses desde a</p><p>assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494).</p><p>- A alternativa C está incorreta, uma vez que o cultivo de café só foi devidamente implementado no</p><p>Brasil a partir do século XIX.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal o desenvolvimento da produção de couro não se relaciona</p><p>diretamente com a expulsão holandeses no Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal essa Companhia de Comércio não existiu.</p><p>Gabarito: A</p><p>29. (ESA 2011/2012)</p><p>No contexto da expansão marítima, que levou os europeus a encontrar a América, Portugal destacou-se</p><p>como pioneiro das grandes navegações do século XV. Entre os muitos fatores que contribuíram para o</p><p>pioneirismo português, destacam-se:</p><p>a) a associação Estado/Igreja e a centralização do poder.</p><p>b) a política mercantilista e a expulsão dos mouros da península Ibérica.</p><p>106</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>c) a centralização administrativa e a posição geográfica.</p><p>d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária.</p><p>e) a industrialização e a centralização do poder.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o pioneirismo português foi empreendido pelo Estado, ainda que</p><p>tenha trazido benefícios para a Igreja.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o processo de expulsão dos mouros na Península Ibérica se</p><p>estendeu até 1492, quando Portugal já havia iniciado suas viagens ultramarinas.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Localizado próximo à confluência do oceano Atlântico e do mar</p><p>Mediterrâneo, do continente africano e de ilhas e arquipélagos atlânticos, Portugal dispunha de um</p><p>território sem obstáculos geográficos, o que facilitou a expansão ultramarina. Além disso, a</p><p>centralização política do Estado luso ocorreu ainda na Baixa Idade Média, o que contribuiu para o</p><p>você irá se deparar</p><p>com alguns exercícios em que busco mostrar qual caminho a ser seguido.</p><p>▪ Videoaulas completas → Todo o nosso conteúdo exposto no material escrito também será</p><p>10</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>conduzido por meio de aulas gravadas e disponibilizadas na área do aluno.</p><p>▪ Mapas mentais e resumos → Trata-se de um ótimo recurso para serem utilizados na revisão dos</p><p>pontos abordados pela disciplina.</p><p>Para além do material escrito, você também terá à sua disposição:</p><p>▪ o Fórum de Dúvidas: trata-se de uma ótima ferramenta para mantermos nossa comunicação,</p><p>com a qual você poderá tirar suas dúvidas sobre o andamento do curso e o conteúdo das aulas. É</p><p>ali que também o poderei notificarei sobre eventos futuros e possíveis alterações do curso,</p><p>então consulte-o continuamente;</p><p>▪ eventos especiais sobre temas diversos, ou mesmo voltado para a resolução de questões. Em</p><p>muitos casos, eles ficarão disponíveis no canal do Estratégia Militares no Youtube. Trata-se de</p><p>um material que almeja contribuir na revisão do conteúdo.</p><p>▪ as salas VIP, locais em que os assuntos podem tirar dúvidas diretamente com o professor, ao</p><p>vivo. Além disso, elas serão periodicamente agendadas para que possamos retomar o nosso</p><p>conteúdo.</p><p>Deu para notar que teremos muito trabalho pela frente, não é mesmo? Mas pense que todo esse</p><p>esforço valerá a pena quando garantir a sua aprovação! Se você realmente está disposto a se dedicar</p><p>para concretizar o seu sonho, conte comigo para o que precisar!</p><p>1.4. O que mudou na atualização do material?</p><p>Considerando a nova bibliografia e conteúdo programático adotado pelo concurso da ESA,</p><p>algumas modificações foram feitas. Vejamos:</p><p>▪ Inclusão da sessão "Os Povos Indígenas Brasileiros";</p><p>▪ Criação da sessão "A Expansão portuguesa", que não deve cair. Porém, era preciso tratar do</p><p>Tratado de Tordesilhas em algum ponto, ainda que ele não seja cobrado diretamente;</p><p>▪ A sessão do período pré-colonial foi reescrita.</p><p>▪ Na sessão "A administração no período colonial" foi mencionada a criação do Regimento (que</p><p>criou o governo-geral) e incluída uma divisão administrativa adotada em 1621. Também foi</p><p>incluída a sessão "Câmaras Municipais e os poderes locais";</p><p>▪ Na parte "Razões do fracasso das capitanias-hereditárias" são listados no último parágrafo os</p><p>aspectos que contribuíram para o sucesso do açúcar em Pernambuco;</p><p>▪ Em "Economia e sociedade do açúcar" foi um incluído um esquema sobre a fabricação do</p><p>produto.</p><p>▪ Na sessão "Insurreição Pernambucana" foi mencionada a Paz de Haia e incluído um box sobre a</p><p>visão que o Exército Brasileiro possui sobre o conflito.</p><p>▪ No tópico "Escravidão no mundo colonial" foram mencionados os maleses (escravizados</p><p>muçulmanos) e os sobas (lideranças africanas envolvidas no tráfico negreiro". Além disso, foi</p><p>incluído o tópico "Formas de resistência".</p><p>11</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>3. OS POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS</p><p>No Brasil, as evidências mais antigas de populações humanas são os sítios arqueológicos que se</p><p>encontram na região do município de Central, na Bahia, e na Serra da Capivara, em São Raimundo</p><p>Nonato, no Piauí. Neste último, foram encontradas diversas pinturas rupestres datadas em mais de</p><p>20 mil anos, além de pedras lascadas e restos de fogueiras datados em mais de 56 mil anos. As</p><p>pinturas rupestres representam caçadas e outras cenas cotidianas dessas populações.</p><p>ATENÇÃO: Sítios arqueológicos são locais onde foram encontrados vestígios de ocupação humana. É</p><p>partir deles que podemos estudar e compreender como viviam essas populações.</p><p>Outros vestígios da presença de grupos humanos são os sambaquis, que deriva das palavras em</p><p>tupi tamba (marisco) e ki (amontado). Trata-se de montes de conchas e ossos de peixes feitos por</p><p>seres humanos que habitaram o litoral brasileiro, alguns deles com mais de 10 metros de altura.</p><p>Figura 1 - Pinturas rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí. Fonte: Shutterstock.</p><p>DICA: Não serão demandadas datas sobre a pré-história brasileira, pois os próprios estudiosos do</p><p>assunto apresentam visões diferentes.</p><p>12</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>3.1. O ameríndio brasileiro</p><p>É provável que os primeiros grupos humanos tenham se estabelecido no Brasil após</p><p>atravessarem o estreito do Panamá, há milhares de anos atrás. Eles costumam ser classificados pelos</p><p>arqueólogos em dois grupos distintos, considerando as primeiras regiões que ocuparam. Vejamos:</p><p>▪ Povos da região amazônica: pequenos grupos de caçadores-coletores que dispunham de</p><p>instrumentos feitos de pedra lascada, produzidos a partir do choque de uma pedra sobre a outra.</p><p>Como passar do tempo, alguns povos dominaram a técnica da cerâmica, sendo por isso</p><p>chamados de ceramistas. Um exemplo é a cultura marajoara, que existiu na região por volta do</p><p>ano 1000.</p><p>▪ Povos do Brasil centro meridional: agrupamentos que também eram compostos por grupos de</p><p>caçadores-coletores, alguns deles ceramistas. Em Lagoa Santa, Minas Gerais, foram encontrados</p><p>vestígios datados de 8.000 a.C.. No litoral, foram encontrados os sambaquis, já mencionados</p><p>anteriormente. Também foram identificados sítios arqueológicos no Rio Grande do Sul, com</p><p>presença de cerâmica tupi-guarani.</p><p>Figura 2 - Urna marajoara feita de cerâmic. Fonte: MASP.</p><p>Principais nações indígenas antes de 1500</p><p>Durante milhares de anos, as populações ameríndias se espalharam pelo território brasileiros, dando</p><p>origem a diversos povos que apresentam traços físicos, línguas e costumes distintos.</p><p>13</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Quando a frota de Cabral alcançou a América, em 1500, centenas eram os povos que ocupavam a</p><p>região que hoje conhecemos como o Brasil. É possível agrupá-los em quatro grandes famílias</p><p>linguísticas:</p><p>ATENÇÃO: Famílias linguísticas são categorias criadas pelos pesquisadores para identificar culturas que</p><p>possuíam uma origem linguística comum.</p><p>Os povos que as constituíam apresentavam as seguintes características em comum:</p><p>▪ Praticavam a caça, a pesca e a coleta;</p><p>▪ Dominavam algumas técnicas agrícolas;</p><p>▪ Confeccionavam utensílios em pedra, madeira e cerâmica;</p><p>▪ Se deslocavam constantemente em busca de recursos necessários à sua sobrevivência;</p><p>▪ Se organizavam em grupos ligados pelo parentesco.</p><p>A chegada dos europeus à América, a partir do final do século XV, representou a destruição da</p><p>maioria das estruturas culturais pré-existentes, a partir da imposição dos padrões trazidos pelos</p><p>colonos. Ademais, a maioria dos indígenas sucumbiu diante dos confrontos das doenças trazidas pelos</p><p>europeus.</p><p>P</p><p>O</p><p>V</p><p>O</p><p>S</p><p>IN</p><p>D</p><p>ÍG</p><p>E</p><p>N</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>M</p><p>1</p><p>5</p><p>0</p><p>0</p><p>(</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>S)</p><p>TUPIS</p><p>(OU TUPI-GUARANIS)</p><p>JÊS</p><p>CARAÍBAS</p><p>ARUAQUES</p><p>14</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Tupis</p><p>Quando os portugueses desembarcaram no território correspondente ao atual Brasil, os povos tupis</p><p>habitavam boa parte do litoral brasileiro e nas margens de rios do interior, alcançando territórios que</p><p>correspondem aos atuais Uruguai, Paraguai e Argentina. Tupinambás, tupiniquins, guaranis, caetés</p><p>potiguares e outros grupos constituíam a matriz linguística denominada Tupi (Tupi-guarani).</p><p>Os povos tupis praticavam a agricultura de subsistência, cultivando em suas roças alimentos como a</p><p>mandioca, milho, batata-doce, feijão, amendoim, tabaco, abóbora, algodão, pimenta, abacaxi, mamão,</p><p>erva-mate e guaraná. Eles se utilizavam da coivara para preparar o solo para o cultivo, sistema que se</p><p>iniciava com a limpeza do terreno pelos homens, que derrubavam as árvores com machados e</p><p>queimavam os resíduos. Em seguida, as mulheres realizavam o plantio das sementes.</p><p>As aldeias tupis eram formadas por cabanas de madeira cobertas com palha. Era comum que se</p><p>deslocassem para outras áreas depois de algum tempo,</p><p>expansionismo marítimo, haja visto que as navegações ultramarinas neste país foram uma empresa</p><p>coordenada pelo Estado.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois a nobreza fundiária foi suprimida em favor do poder monárquico.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal Portugal não era um país industrializado ao final da Idade Média.</p><p>Gabarito: C</p><p>30. (ESA/1995)</p><p>Um dos resultados das chamadas Grandes Navegações iniciadas pelos portugueses, foi:</p><p>a) o controle do mar mediterrâneo pelos navegadores italianos e turcos.</p><p>b) o deslocamento do eixo comercial da Europa, do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico.</p><p>c) o desenvolvimento das navegações espanholas, inglesas e holandesas no mar Mediterrâneo.</p><p>d) a decadência econômica das cidades portuárias da península ibérica.</p><p>e) a decadência econômica da burguesia mercantil portuguesa.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. O monopólio comercial dos navegadores italianos no Mediterrâneo</p><p>antecedeu as Grandes Navegações, sendo um dos elementos que estimularam sua ocorrência, com o</p><p>intuito de se formar novas rotas de acesso às especiarias orientais.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Progressivamente, o Mar Mediterrâneo deixou de ser o espaço primordial</p><p>de circulação de riquezas, marcando uma alteração do eixo econômico para o Atlântico. Este processo</p><p>se acelerou após 1453, quando a cidade de Constantinopla, importante centro comercial de aquisição</p><p>de mercadorias orientais, foi conquistada pelos turco-otomanos, causando o encarecimento das</p><p>especiarias e outros produtos exóticos. A formação de novas rotas de acesso às Índias pelo Atlântico</p><p>causou o declínio de Veneza e Gênova, cidades cujos comerciantes até então exerciam amplo domínio</p><p>comercial no Mediterrâneo.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois o processo de expansão marítima portuguesa antecedeu os dos</p><p>demais países.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal o século XV, quando ocorreram a maioria das Grandes</p><p>Navegações, representou a Era de Ouro para Portugal. Com isso, também podemos descartar a</p><p>107</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>alternativa E, afinal é neste período em que a burguesia mercantil lusa desfruta de grande opulência</p><p>econômica.</p><p>Gabarito: B</p><p>31. (ESA)</p><p>No sistema do governo-geral no Brasil, cabia ao ouvidor-mor:</p><p>a) promover o saneamento financeiro.</p><p>b) estabelecer medidas defensivas no litoral.</p><p>c) aculturar os indígenas, reunindo-os em missões.</p><p>d) estimular a descoberta de metais.</p><p>e) solucionar os problemas relativos à justiça.</p><p>Comentários</p><p>Para responder à questão, vamos recordar dos auxiliares vinculados ao governo-geral:</p><p>▪ Ouvidor-mor → responsável pela aplicação da Justiça;</p><p>▪ Provedor-mor → responsável pela administração fazendária colonial;</p><p>▪ Capitão-mor → responsável pela defesa militar da costa.</p><p>Dito isso, a alterativa E é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal as finanças eram atribuições do provedor-mor.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal as medidas defensivas eram atribuições do capitão-mor.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois o aldeamento dos indígenas foi tarefa das missões jesuíticas.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois a descoberta de metais deveria ser estimulada pelo governador-</p><p>geral.</p><p>Gabarito: E</p><p>32. (ESA)</p><p>A União Ibérica favoreceu a presença de inimigos da Espanha no território brasileiro, através de invasões,</p><p>algumas das quais se prolongaram, permitindo a formação de núcleos populacionais que se</p><p>transformaram em importante cidades. Nesta perspectiva, a cidade de São Luís, capital do Estado do</p><p>Maranhão, foi obra de:</p><p>A) ingleses</p><p>B) franceses</p><p>C) holandeses</p><p>D) portugueses</p><p>E) italianos</p><p>Comentários</p><p>Em 1612, Daniel de la Touche comandou uma ofensiva na região do Maranhão, onde fundou a</p><p>cidade de São Luís, sede da colônia nomeada de França Equinocial. O novo empreendimento se</p><p>estendeu nos três anos seguintes, quando os portugueses conseguiram expulsar os invasores do Brasil.</p><p>108</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa B é a resposta.</p><p>- As alternativas A e E estão incorretas, pois os navegadores mencionados não chegaram a fundar</p><p>domínios na América Portuguesa.</p><p>- A alternativa C está incorreta. A Nova Holanda, nome dado aos domínios holandeses na América</p><p>Portuguesa, se destacaram pela fundação da Maurícia, parte da futura Recife.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Embora os portugueses tenham conseguido expulsar os franceses da</p><p>região do Maranhão, a cidade de São Luís foi inaugurada pelos invasores antes disso, em 1612.</p><p>Gabarito: B</p><p>33. (ESA)</p><p>Pode ser apontado(a) como característica do período pré-colonial (1500 – 1530) no Brasil:</p><p>a) a utilização mão-de-obra escrava africana no corte e transporte do pau-brasil.</p><p>b) a divisão do Brasil em dois governos sediados no Rio de Janeiro e em Salvador.</p><p>c) o envio de expedições guarda-costas e exploradoras e a eventual fundação de feitorias.</p><p>d) a fundação das cidades de Salvador e São Paulo.</p><p>e) as invasões holandesas, com o objetivo de dominar o comércio açucareiro.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a mão de obra africana só foi incorporada no Brasil a partir do</p><p>período de ocupação do território. Durante o período pré-colonial, prevaleceu a utilização da mão de</p><p>obra indígena, por meio do escambo.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal essa divisão se deu durante o período colonial.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Sem saber exatamente o tamanho de seus domínios no continente</p><p>americano, algumas expedições trataram de vasculhar e nomear alguns pontos da costa, como a Baía de</p><p>Todos-os-Santos e o vilarejo de São Sebastião do Rio de Janeiro. A primeira delas foi organizada em</p><p>1501, tendo à frente, muito provavelmente, Gaspar de Lemos e Américo Vespúcio. Além disso, também</p><p>foram instaladas feitorias para a exploração do pau-brasil.</p><p>- A alternativa D está incorreta, uma vez que a cidade de Salvador foi fundada em 1549, 19 anos após o</p><p>início da ocupação do território brasileiro.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a dominação holandesa se deu entre 1630 e 1654, durante o</p><p>período colonial.</p><p>Gabarito: C</p><p>34. (ESA)</p><p>Durante o período colonial, Bahia e Pernambuco foram alvos de invasões de:</p><p>a) franceses, atraídos pelo pau-brasil.</p><p>b) holandeses, atraídos pela produção açucareira</p><p>c) espanhóis, indignados com a expansão territorial portuguesa.</p><p>d) italianos, interessados no mercado de especiarias.</p><p>e) ingleses, atraídos por riquezas minerais</p><p>Comentários</p><p>109</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Para facilitar, recordemos das principais invasões estrangeiras no Brasil:</p><p>▪ Franceses: Fundaram a França Antártica no Rio de Janeiro, a “Nouvelle France” em</p><p>Pernambuco e a França Equinocial no Maranhão.</p><p>▪ Holandeses: Invadiram a cidade de Salvador e chegaram a conquistar Pernambuco, onde se</p><p>estabeleceram por 24 anos.</p><p>▪ Espanhóis: disputaram com o Brasil territórios da porção sul do continente.</p><p>▪ Ingleses: piratas promoveram ataques em alguns pontos da costa, como em Santos e no</p><p>Maranhão.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa B é a correta.</p><p>Gabarito: B</p><p>35. (ESA)</p><p>No sistema de governo-geral, implantado no Brasil em meados do século XVI, era responsável pela</p><p>aplicação da justiça na colônia:</p><p>a) o alcaide-mor</p><p>b) o provedor-mor</p><p>c) o vereador</p><p>d) o capitão-mor</p><p>e) o ouvidor-mor</p><p>Comentários</p><p>Para responder à questão, vamos recordar dos auxiliares vinculados ao governo-geral:</p><p>▪ Ouvidor-mor → responsável pela aplicação da Justiça;</p><p>▪ Provedor-mor → responsável pela administração fazendária colonial;</p><p>▪ Capitão-mor → responsável pela defesa militar da costa.</p><p>Dito isso, a alterativa E é a resposta. Cabe destacar que o alcaide é um cargo da América Espanhola, ao passo o</p><p>vereador não compõe o governo-geral, pois se volta às questões relativas à localidade em que se encontra.</p><p>Gabarito: E</p><p>36. (ESA)</p><p>Entre as diversas causas que tornaram Portugal e Espanha os primeiros países europeus a se lançarem</p><p>nas viagens marítimas da época moderna, pode-se citar:</p><p>a) o sistema administrativo descentralizado, que favoreceu a iniciativa dos grupos burgueses.</p><p>b) o grande interesse da nobreza no desenvolvimento das relações capitanistas comerciais.</p><p>c) o incentivo dado pela Igreja Protestante, interessada na ampliação do número de fiéis.</p><p>d) o interesse das monarquias centralizadas em ampliar suas relações comerciais e sua área de</p><p>influência.</p><p>e) o apoio dado pelos senhores feudais às pesquisas sobre conhecimentos náuticos.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, já que em ambos os casos o processo de expansão ultramarina foi um</p><p>projeto nacional encampado pelo Estado absoluto.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois foram as monarquias as grandes impulsionadoras das viagens</p><p>110</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>ultramarinas.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois se tratam de Estados de população predominantemente católica.</p><p>- A alternativa D é a resposta. A empresa marítima, tanto para Portugal quanto para a Espanha, tornou-</p><p>se uma forma dos Estados aumentarem seus rendimentos, bem como garantirem a expansão de seus</p><p>domínios a partir da formação de espaços coloniais e de exploração.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o processo de expansão ultramarino levou ao declínio da nobreza</p><p>fundiária na península ibérica.</p><p>Gabarito: D</p><p>37. (ESA/1990)</p><p>A ausência de colonização logo após a descoberta de algumas áreas americanas, como o Brasil, deveu-</p><p>se:</p><p>a) à reação organizada da população nativa:</p><p>b) ao próprio caráter mercantil da expansão.</p><p>c) à negativa reação espanhola ante os descobrimentos portugueses.</p><p>d) ao interesse europeu no comércio oriental.</p><p>e) à prévia determinação portuguesa de estabelecer apenas feitorias comerciais.</p><p>Comentários</p><p>Até 1530, a Coroa portuguesa manteria suas atenções voltadas para o comércio com as Índias, sem</p><p>promover esforços para ocupar seus domínios obtidos do outro lado do Atlântico. Devido a isso, o</p><p>período que vai de 1500 até 1530 é chamado pelos historiadores de pré-colonial.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa D é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a resistência indígena se mostraria como um entrave à colonização</p><p>após 1530.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o caráter mercantil da expansão vai ao encontro da fundação de</p><p>espaços coloniais de onde seriam extraídas riquezas pelas suas metrópoles.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal Portugal e Espanha acordaram os limites de seus domínios</p><p>coloniais por meio do Tratado de Tordesilhas.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a Coroa buscou assegurar a existência de metais preciosos que</p><p>justificassem o início da ocupação efetiva da América Portuguesa.</p><p>Gabarito: D</p><p>38. (ESA/1990)</p><p>A presença holandesa, através das invasões em território brasileiro, durante o período colonial, está</p><p>relacionada:</p><p>a) à descoberta e introdução de técnicas mais avançadas na lavoura açucareira, visando ao aumento da</p><p>produtividade.</p><p>b) à conquista territorial de pontos estratégicos que facilitariam a interceptação do ouro proveniente das</p><p>Gerais.</p><p>c) aos contratos comerciais assinados entre Portugal e Inglaterra, como o de Methuen.</p><p>111</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) às solicitações dos próprios senhores de engenho, insatisfeitos com o monopólio metropolitanos.</p><p>e) às barreiras impostas pela Espanha à participação holandesa no comércio açucareiro.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal os holandeses se encarregavam do comércio e refino do açúcar,</p><p>ao passo que a implementação de técnicas agrícolas ficou a cargo dos senhores de engenho do Nordeste</p><p>durante o período colonial.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois as invasões holandesas antecederam o achamento de ouro no</p><p>território colonial português.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois as invasões holandesas ocorreram no início do século XVII, ao passo</p><p>que o tratado de Methuen foi assinado no século seguinte, em 1703.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal os holandeses impuseram seu domínio aos senhores de engenho</p><p>da região, embora posteriormente isso tenha trazido vantagens econômicas aos últimos.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Em resposta ao veto imposto pela Espanha à presença dos holandeses em</p><p>Portugal e no Nordeste, no contexto da União Ibérica, os Países Baixos criaram a Companhia de</p><p>Comércio das Índias Ocidentais, que buscou invadir e conquistar um espaço colonial no polo de</p><p>produção de açúcar.</p><p>Gabarito: E</p><p>39. (ESA/1991)</p><p>Sobre o Tratado de Tordesilhas, podemos concluir que seu objetivo principal era:</p><p>a) fazer com que o governo português reconhecesse o direito espanhol às terras localizadas no</p><p>Atlântico.</p><p>b) eliminar divergências sobre a posse espanhola ou portuguesa de terras localizadas no Atlântico.</p><p>c) garantir a posse espanhola das terras localizadas no Atlântico.</p><p>d) garantir a posse portuguesa das terras localizadas no Atlântico.</p><p>e) garantir a posse francesa do Brasil.</p><p>Comentários</p><p>Insatisfeitos com os domínios além-mar estabelecidos pela bula Inter Coetera (1493), Portugal</p><p>sugeriu à Espanha a criação de uma nova linha imaginária, situada a 370 léguas de Cabo Verde. Dessa</p><p>forma, os lusos também poderiam garantir sua porção de terras no Novo Mundo, o que foi acatado</p><p>pelos espanhóis. Em 7 de junho de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que designou terras a</p><p>leste para Portugal e a oeste para Espanha.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa B é a resposta.</p><p>- As alternativas A, C e D estão incorretas, pois o Tratado contemplou a garantia de territórios para</p><p>ambos os países.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a posse do litoral do Brasil foi assegurada à Portugal, enquanto o</p><p>interior, ao menos inicialmente, era reservado à Espanha.</p><p>Gabarito: B</p><p>40. (ESA/1991)</p><p>112</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>O início da colonização portuguesa no Brasil foi assinalado pela:</p><p>a) divisão do Brasil em dois estados.</p><p>b) fundação da cidade de Salvador.</p><p>c) criação do governo-geral</p><p>d) expedição de Martin Afonso de Souza em 1530.</p><p>e) criação do sistema de capitanias hereditárias.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. A divisão do Brasil em dois estados ocorreu em 1572, sendo uma</p><p>iniciativa implementada pelo rei D. Sebastião.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a fundação de Salvador aconteceu em 1549, quase duas décadas</p><p>após o início do processo de ocupação do Brasil.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois criação do governo geral se deu em 1548, 18 anos após a chegada</p><p>da expedição que inaugurou a colonização do Brasil.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Em dezembro de 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de</p><p>Souza partiu de Lisboa rumo a América Portuguesa, com o objetivo de dar início à ocupação da terra e</p><p>de sua exploração, combater contrabandistas de pau-brasil, procurar metais preciosos e mapear o litoral</p><p>dos domínios portugueses. Historiadores consideram a viagem marco inicial do processo de colonização</p><p>do Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois o sistema de capitanias-hereditárias foi implementado em 1534,</p><p>quatro anos após o início do processo de ocupação do Brasil.</p><p>Gabarito: D</p><p>41. (ESA/1992)</p><p>Estabelecer contatos comerciais com Calicute e lá fundar uma feitoria era um dos objetivos de Cabral.</p><p>Esta cidade fica na:</p><p>a) Ásia</p><p>b) África</p><p>c) Europa</p><p>d) América Central</p><p>e) Oceania</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Calicute era um importante entreposto comercial na costa</p><p>ocidental da península indiana, de onde eram obtidos produtos como o cravo, a canela e o</p><p>algodão.</p><p>Gabarito: A</p><p>42. (ESA/1992)</p><p>A capitania que mais prosperou devido à aplicação de recursos holandeses na produção açucareira foi a</p><p>de:</p><p>a) S. Vicente</p><p>b) Itamaracá</p><p>c) Ilhéus</p><p>d) Pernambuco</p><p>113</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) Porto Seguro</p><p>Comentários</p><p>Entre 1630 e 1654, os holandeses promoveram grandes transformações que levaram a região de</p><p>Pernambuco a prosperar com o negócio do açúcar, em especial durante a gestão de um jovem coronel</p><p>alemão na Companhia, Maurício de Nassau. Assim sendo, a alternativa D está correta.</p><p>- As demais capitanias mencionadas não tiveram o mesmo êxito na produção açucareira, por isso as</p><p>alternativas A,B, C e E estão incorretas.</p><p>Gabarito: D</p><p>43. (ESA/1992)</p><p>A instalação do governo-geral no Brasil tinha por objetivo:</p><p>a) acabar com as capitanias hereditárias.</p><p>b) apenas desenvolver a lavoura açucareira.</p><p>c) escravizar os índios.</p><p>d) cuidar das finanças dos donatários.</p><p>e) centralizar a administração, amparar os donatários e intensificar o povoamento.</p><p>Comentários</p><p>Em 1548, o rei D. João III criou o cargo de governador-geral, figura que centralizava a</p><p>administração colonial ao atuar como intermediador entre donatários e a metrópole, além impulsionar</p><p>do processo de colonização. Nomeado pelo próprio Rei, o governador-geral contava com diversas</p><p>atribuições:</p><p>▪ Militares → Comando militar e defesa da colônia;</p><p>▪ Administrativas → conduzir as finanças da América Portuguesa e manter um diálogo com os</p><p>capitães-donatários;</p><p>▪ Judiciárias → Nomear os quadros da Justiça na colônia, além de resguardar o direito de</p><p>alterar penas;</p><p>▪ Eclesiásticas → Nomear sacerdotes para as paróquias.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa E é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois o governo-geral e o sistema de capitanias hereditárias coexistiram</p><p>até o período pombalino.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois caberia ao governador-geral a exploração das riquezas da colônia.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o objetivo primordial do governo-geral é intensificar o</p><p>povoamento.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal as finanças da Colônia ficavam a cargo do provedor-mor.</p><p>Gabarito: E</p><p>44. (ESA/1989)</p><p>114</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>O chamado Ciclo Oriental das navegações portuguesas tinha por principal finalidade:</p><p>a) chegar às Índias Ocidentais através de rota de navegação para o oriente.</p><p>b) chegar ao Oriente, reduto das especiarias, após navegar para o ocidente.</p><p>c) explorar a parte oriental da África, rica região em ouro e escravos.</p><p>d) explorar toda a região situada ao oriente do meridiano de Tordesilhas.</p><p>e) chegar ao Oriente, reduto de especiarias, após dar a volta pelo sul do litoral africano.</p><p>Comentários</p><p>O acesso dos portugueses ao rico comércio de especiarias era restrito, uma vez que pelo norte da</p><p>África ele era monopolizado pelos árabes, e no Mediterrâneo, pelos genoveses. Em 1453, com a</p><p>conquista de Constantinopla pelos turco-otomanos, o transporte dessas mercadorias se tornou ainda</p><p>mais restrito, levando os portugueses a buscar caminhos alternativos por meio de diversas viagens ao</p><p>longo da costa do continente africano. A formação de uma nova rota de acesso por meio do contorno</p><p>do continente ficou conhecida como Périplo Africano.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa E é a resposta.</p><p>- As alternativas A e B estão incorretas, afinal as viagens ultramarinas tiveram como destino final as</p><p>Índias, alcançadas por meio de navegações que se dirigiram ao sul da costa ocidental do continente</p><p>africano, até contornar o continente.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois ouro e escravos foram obtidos pelos portugueses na costa ocidental</p><p>do continente africano.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal as viagens ultramarinas antecederam a delimitação do Tratado de</p><p>Tordesilhas.</p><p>Gabarito: E</p><p>45. (ESA/1989)</p><p>A sociedade brasileira nos primeiros séculos de colonização foi profundamente marcada pelo ciclo do</p><p>açúcar. Uma das razões que levou Portugal a implantar a indústria açucareira no Brasil foi:</p><p>a) o açúcar era um produto desconhecido na Europa e poderia, pelo seu exotismo, transformar-se</p><p>em uma excelente mercadoria para o enriquecimento da burguesia.</p><p>b) O indígena habituado à agricultura seria uma mão-de-obra abundante e barata.</p><p>c) O frete e o transporte do açúcar para a Europa eram fáceis.</p><p>d) O clima e o solo ofereciam magníficas condições para o plantio de cana e Portugal já</p><p>possuía experiência no comércio e na produção do açúcar.</p><p>e) A abertura de um mercado produtor concorrente com a grande produção açucareira as</p><p>Antilhas controlada pela Holanda tradicional inimiga de Portugal.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o açúcar já era um produto conhecido e altamente consumido no</p><p>mercado europeu.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois prevaleceu a mão de obra africana na produção do açúcar.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o Nordeste do Brasil ficava consideravelmente distante do</p><p>mercado consumidor europeu.</p><p>115</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa D é a resposta. Diante do fluxo constante de pessoas e mercadorias gerado pelas</p><p>Cruzadas, o açúcar passou a ser uma especiaria cobiçada pelas elites europeias. Seu valor de mercado</p><p>chegava a ser tão alto, que reis e nobres registravam as quantidades que dispunham em testamento, e</p><p>dotes de princesas eram pagos com o produto. Por volta de 1425, Portugal ingressou no mercado</p><p>açucareiro por meio da introdução da cana sacarina na Ilha da Madeira, a partir de mudas importadas</p><p>da Sicília pelo Infante D. Henrique. Em 1530, mais de um século depois, as primeiras mudas chegaram ao</p><p>Brasil na expedição de Martim Afonso de Souza, responsável pela criação do primeiro engenho de</p><p>açúcar na colônia. A produção de açúcar se estabeleceu definitivamente no litoral da região nordeste,</p><p>graças ao solo massapê e o clima quente e úmido, favoráveis para o cultivo da cana. Com isso, o Brasil se</p><p>tornou o maior produtor mundial de açúcar, chegando a atingir 350 mil arrobas em 1584.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o ingresso dos Países Baixos no negócio açucareiro se deu em um</p><p>segundo momento.</p><p>Gabarito: D</p><p>46. (ESA/1989)</p><p>No período de nossa história denominado de "Domínio Estrangeiro no Brasil" tivemos a ocupação da</p><p>Bahia, em 1624, e de Pernambuco, em 1630. Os principais objetivos dessas invasões, realizadas pelos</p><p>holandeses, eram:</p><p>a) obter lucro na exploração do açúcar e enfraquecer a Espanha.</p><p>b) obter lucro na exploração do açúcar e enfraquecer a Inglaterra, grande aliada de Portugal.</p><p>c) obter lucro na exploração do pau-brasil e enfraquecer Portugal, tradicional inimigo da Espanha.</p><p>d) obter lucro na exploração de metais preciosos e enfraquecer a Inglaterra, maior beneficiária</p><p>da produção de ouro brasileiro.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. A União Ibérica (1580-1640) levou à expulsão dos holandeses do negócio</p><p>do açúcar no Brasil, o que foi respondido pelos últimos com a criação da Companhia de Comércio das</p><p>Índias Ocidentais, empresa voltada à conquista de um espaço colonial no Nordeste brasileiro e o retorno</p><p>dos holandeses no comércio açucareiro.</p><p>- As alternativas B e D estão incorretas, afinal os holandeses se encontravam em guerra contra a</p><p>Espanha.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal os principais estrangeiros envolvidos no negócio do pau-brasil</p><p>foram os franceses.</p><p>Gabarito: A</p><p>47. (ESA/1988)</p><p>Viajar em direção o oeste para atingir o leste era o plano de navegação executado por:</p><p>a) Vasco da Gama.</p><p>b) Bartolomeu Dias.</p><p>c) Pedro Alvares Cabral.</p><p>d) Américo Vespúcio.</p><p>e) Cristóvão Colombo.</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A, B e C estão incorretas, pois as viagens marítimas empreendidas por Bartolomeu Dias,</p><p>116</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral contribuíram para a formação do Périplo Africano, rota comercial</p><p>que acessava o Oriente por meio da circunavegação da África.</p><p>- A alternativa</p><p>D está incorreta, afinal Vespúcio foi um navegador e cosmógrafo que se notabilizou por</p><p>defender a tese de que Colombo não havia conseguido alcançar as Índias, mas sim um novo território.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Cristóvão Colombo foi o primeiro navegador espanhol a buscar o acesso às</p><p>Índias por meio de viagens de circunavegação do mundo, navegando para o oeste para atingir o leste.</p><p>Gabarito: E</p><p>48. (ESA/1988)</p><p>A primeira expedição colonizadora enviada ao Brasil foi comandada por:</p><p>a) Diogo Álvares Correia.</p><p>b) Gonçalo Coelho.</p><p>c) Martim Afonso de Souza.</p><p>d) João Ramalho.</p><p>e) Brás Cubas.</p><p>Comentários</p><p>No dia 22 de janeiro de 1530, Martim Afonso fundou São Vicente, a primeira vila do Brasil, em</p><p>um local próximo da porção sul da América Espanhola. Dessa maneira, objetivava-se não somente</p><p>conter a penetração de invasores castelhanos, mas interferir em seu monopólio sobre a região do Prata,</p><p>utilizada para o escoamento de riquezas minerais extraídas do interior do continente. Martim Afonso</p><p>também foi o responsável pela introdução das primeiras mudas de cana de açúcar no continente, além</p><p>de criar o primeiro engenho para a produção de açúcar. Dito isso, a alternativa C é a resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta. Diogo Álvares Correia, vulgo Caramuru, foi um náufrago português que</p><p>viveu por muitos anos entre indígenas da costa.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Gonçalo Coelho foi o comandante enviado pelo rei de Portugal para</p><p>explorar as terras asseguradas ao país pelo Tratado de Tordesilhas, provavelmente acompanhado do</p><p>cosmógrafo Américo Vespúcio. Ele era pai de Duarte Coelho, primeiro capitão-donatário de</p><p>Pernambuco.</p><p>- A alternativa C está incorreta. João Ramalho Maldonado foi um aventureiro e explorador português,</p><p>vivendo boa parte de sua vida entre os índios tupiniquins.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Brás Cubas foi o explorador português responsável pela fundação da vila</p><p>de Santos, além, de ter sido por duas vezes governador da Capitania de São Vicente.</p><p>Gabarito: C</p><p>49. (ESA/1988)</p><p>Durante o domínio espanhol (1612), uma expedição chefiada por Daniel de La Touche pretendeu criar no</p><p>Brasil a:</p><p>(A) França Antártica.</p><p>(B) França Equatorial.</p><p>(C) Guiana Brasileira.</p><p>(D) França Huguenote.</p><p>117</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(E) Guiana dos Reformados.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Em 1555, os franceses invadiram a América Portuguesa e fundaram o</p><p>forte Coligny, em uma das ilhas da baía de Guanabara, Rio de Janeiro. A colônia francesa, chamada de</p><p>França Antártica, durou apenas cinco anos, sendo derrotada pelo terceiro-governador geral, Mem de Sá,</p><p>em 1560.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Em 1612, Daniel de la Touche comandou uma ofensiva na região do</p><p>Maranhão, onde fundou a cidade de São Luís, sede da colônia nomeada de França Equinocial. O novo</p><p>empreendimento se estendeu nos três anos seguintes, quando os portugueses conseguiram expulsar os</p><p>invasores do Brasil.</p><p>- As alternativas C, D e E estão incorretas, pois não houve na América Portuguesas possessões assim</p><p>denominadas.</p><p>Gabarito: B</p><p>50. (ESA/1987)</p><p>Durante a expansão marítima portuguesa, a navegação comercial europeia se tornou particularmente</p><p>intensa no:</p><p>a) Mar Báltico</p><p>b) Oceano Atlântico</p><p>c) Mar Mediterrâneo</p><p>d) Mar Vermelho</p><p>e) Oceano Pacífico</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A e D estão incorretas, pois Portugal não percorreu os mares mencionados durante sua</p><p>expansão marítima no século XV.</p><p>- A alternativa B é a resposta, afinal os portugueses mantiveram domínios na costa leste do continente</p><p>americano e na costa oeste do continente africano. Dessa maneira, circulavam no Atlântico produtos</p><p>vindos das Índias (especiarias), especiarias retiradas da costa africana (marfim, pimenta etc), escravos</p><p>enviados para a Colônia e fumo, açúcar, cachaça e ouro retirado do Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois apesar de se lançar no Pacífico para obter territórios, os locais mais</p><p>explorados se concentravam no litoral Atlântico.</p><p>Gabarito: B</p><p>51. (ESA/1987)</p><p>O audacioso plano de Cristóvão Colombo para atingir as Índias consistia em atingir o leste:</p><p>(A) viajando no sentido oeste.</p><p>(B) contornando o continente americano.</p><p>(C) viajando no sentido norte</p><p>(D) contornando a costa africana</p><p>(E) viajando no sentido sul.</p><p>Comentários</p><p>118</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa A é a resposta. Partindo da ideia da esfericidade da Terra, Colombo viajou para o Oeste,</p><p>imaginando alcançar o Oriente.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal essa foi uma estratégia adotada pelos espanhóis após descobrirem</p><p>o “Novo Mundo”.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois as condições climáticas e geográficas impediam que uma rota no</p><p>sentido norte fosse travada para se alcançar as Índias.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal essa foi uma estratégia adotada pelos portugueses, o chamado</p><p>Périplo Africano.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois as viagens para o sul foram feitas pelos portugueses, com o intuito</p><p>de contornar o continente africano e alcançar as Índias.</p><p>Gabarito: A</p><p>52. (ESA/1987)</p><p>A colonização brasileira foi motivada, de início, por preocupações sobretudo políticas, porque:</p><p>a) tinha como objetivo extrair as riquezas que se presumia existir no interior do continente.</p><p>b) Visava através do povoamento, preservar a posse da terra já então disputada por corsários</p><p>estrangeiros.</p><p>c) Pretendia-se essencialmente, conquistar as populações indígenas para a fé católica.</p><p>d) Almejava-se a conquista do sertão através do estímulo à pecuária extensiva.</p><p>e) Contava com o apoio da coroa espanhola, dirigida por D. Sebastião.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois não foram encontrados metais preciosos pelos portugueses na</p><p>América lusa, o que levou a Coroa a estimular a grande lavoura açucareira na região Nordeste.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Diante dos constantes ataques de invasores estrangeiros no Brasil,</p><p>especialmente franceses, a Coroa portuguesa, que temia a perda de seus domínios, deu início aos</p><p>esforços de ocupação de seus domínios do outro lado do Atlântico.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Embora a Coroa se comprometesse com a difusão da fé cristã, os</p><p>objetivos centrais da ocupação do Brasil foram políticos e econômicos.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a pecuária não foi uma atividade estimulada pela Coroa</p><p>portuguesa.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois D. Sebastião foi um rei português.</p><p>Gabarito: B</p><p>53. (ESA/1987)</p><p>Causa geral das invasões holandesas no Brasil:</p><p>a) o interesse da burguesia holandesa em fundar no Brasil uma colônia de povoamento.</p><p>b) a tentativa de superar o modelo colonial criado por Portugal.</p><p>c) a vontade de interromper a produção de açúcar no nordeste brasileiro.</p><p>d) a necessidade de transferir o excedente populacional dos Países Baixos.</p><p>e) o desejo de romper o bloqueio econômico imposto por Felipe II, após a União Ibérica.</p><p>119</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. O conceito de colônia de povoamento foi aplicado para denominar os</p><p>domínios nos quais a metrópole se interessava apenar habitar, contrastando com as colônias de</p><p>exploração, como o Brasil. Tais formas de categorização, contudo, caíram em desuso na atualidade,</p><p>posto que as áreas coloniais eram quase sempre destinadas tanto para se habitar quanto para explorar.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois os holandeses buscaram tomar a Colônia dos lusos, fundando no</p><p>Nordeste a Nova Holanda.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal os holandeses buscavam obter bons rendimentos com a atividade</p><p>açucareira no Nordeste.</p><p>- A alternativa D está incorreta, uma vez que a transformação da Europa em uma colônia holandesa não</p><p>se pautou por interesses demográficos, mas econômicos.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Com</p><p>a União Ibérica, os holandeses tiveram sua participação restringida na</p><p>empresa açucareira, uma vez que a Espanha e os Países Baixos eram adversários desde que os últimos</p><p>se emanciparam da primeira. Com isso, os holandeses buscaram tomar seus próprios domínios no</p><p>Nordeste da América Portuguesa, formando a Nova Holanda.</p><p>Gabarito: E</p><p>54. (ESA/1986)</p><p>Chegando a Pernambuco em 1530, Martin Afonso de Souza aprisionou navios contrabandistas franceses.</p><p>Em seguida rumou para o sul, enviando, para reconhecer a costa norte, o seu companheiro de viagem:</p><p>(A) Diogo Álvares Correia</p><p>(B) Diogo Leite</p><p>(C) Pero Lopes de Souza</p><p>(D) Gonçalo Coelho</p><p>(E) Américo Vespúcio</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Diogo Álvares Correia, vulgo Caramuru, foi um náufrago português que</p><p>viveu por muitos anos entre indígenas da costa.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Entre 1530 e 1532, Diogo Leite comandou uma caravela da armada</p><p>de Martim Afonso de Sousa com a finalidade de explorar a costa brasileira. Ele já havia feito parte das</p><p>expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques, entre 1526 e 1529.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois Pero Lopes de Souza, irmã ode Martim Afonso, o acompanhou em</p><p>sua expedição para o Brasil, mas não explorou o território brasileiro.</p><p>- As alternativas D e E estão incorretas. mandou as duas primeiras expedições exploratórias das terras</p><p>descobertas que cabiam ao Reino de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, em 1501-02 e 1503-04,</p><p>as duas acompanhado de Américo Vespúcio.</p><p>Gabarito: B</p><p>55. (ESA/1986)</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Martim_Afonso_de_Sousa</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_Brasil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_Brasil</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Portugal</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Vesp%C3%BAcio</p><p>120</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Entre os direitos dos donatários das capitanias hereditárias, destacam-se os três seguintes:</p><p>a) fundar vilas, conceder sesmarias e escravizar índios.</p><p>b) alienar a capitania, conceder sesmarias e receber a redizima das rendas da terra.</p><p>c) desenvolver o sistema feudal de colonização, fundar vilas e conceder sesmarias.</p><p>d) conceder carta de doação, conceder sesmarias e fundar vilas.</p><p>e) cunhar moeda, nomear bispos e organizar tropas regulares.</p><p>Comentários</p><p>Para responder à pergunta, vamos recordar os direitos e deveres dos donatários:</p><p>- Com base na tabela, podemos aferir que a alternativa A é a resposta.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a capitania não era propriedade dos donatários, que dispunham</p><p>de posse delas.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois não foram estabelecidas relações feudais de produção no Novo</p><p>Mundo.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a Carta de Doação era o documento que regulava a posse da terra</p><p>pelo donatário.</p><p>- A alternativa E está incorreta, uma vez que não estavam entre as atribuições dos donatários a</p><p>cunhagem de moedas.</p><p>Gabarito: A</p><p>56. (ESA/1986 – Adaptada)</p><p>No final do século XVI, o núcleo de colonização mais afastado do litoral era:</p><p>a) a região produtora de ouro, em Minas gerais.</p><p>b) o interior da Bahia e Goiás.</p><p>c) São Paulo</p><p>d) São Vicente</p><p>e) Laguna</p><p>Comentários</p><p>121</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois a região produtora de ouro passou a ser ocupada no final do século</p><p>XVII.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a região de Goiás só começou a ser explorada no século XVIII.</p><p>- A alternativa C é a resposta, pois São Paulo (do Piratininga) era uma vila situada no interior da</p><p>capitania de São Vicente, local onde foi fundado o Pátio do Colégio pelos jesuítas.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal São Vicente era uma capitania que também incluía porções</p><p>litorâneas.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois Laguna era uma cidade situada no atual litoral catarinense.</p><p>Gabarito: C</p><p>57. (ESA/1981 – Adaptada)</p><p>O famoso Quilombo dos Palmares, em 1695, na serra alagoana da barriga, foi exterminado pelo</p><p>sertanista de contrato denominado:</p><p>a) Domingos Jorge Velho</p><p>b) Manoel Borba Gato</p><p>c) Garcia Rodrigues</p><p>d) Domingos Barbosa Calheiros</p><p>e) Antônio Raposo Tavares</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Domingos Jorge Velho foi o chefe da expedição que exterminou o</p><p>Quilombo dos Palmares, tarefa demandada pelo governador de Pernambuco.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Manoel de Borba Gato foi um bandeirante que se destacou pela procura</p><p>de esmeraldas na virada do século XVII para o século XVIII. Ele foi o fundador da cidade de Sabará, que</p><p>se localiza no atual estado de Minas Gerais.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Cunhado do bandeirante Manuel Borba Gato, Garcia Rodrigues se</p><p>destacou ao encontrar amostras de esmeraldas no interior de Minas Gerais.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Domingos Barbosa Calheiros foi um sertanista que explorou o interior do</p><p>Brasil a partir de meados do século XVII, se destacando pelos ataques às missões jesuíticas e por sua</p><p>participação nas investidas contra a Confederação de Palmares.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Antônio Raposo Tavares foi um bandeirante que destruiu diversas</p><p>missões jesuíticas nos domínios espanhóis para escravizar indígenas.</p><p>Gabarito: A</p><p>58. (ESA/1986)</p><p>Fatos relacionados à primeira invasão holandesa no Brasil, exceto:</p><p>a) o planejamento da operação pela Companhia das Índias Ocidentais.</p><p>b) A prisão do Governador da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado.</p><p>c) A hábil administração de Maurício de Nassau.</p><p>d) A reação comandada pelo bispo de Salvador.</p><p>e) A atuação de uma esquadra luso-espanhola contra os invasores.</p><p>122</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está correta. Para garantir sua participação no negócio açucareiro, os holandeses</p><p>criaram a Companhia das Índias Ocidentais, a fim de obterem seus próprios territórios do outro lado do</p><p>Atlântico.</p><p>- A alternativa B está correta. Foi preso aí na invasão holandesa de 9 de maio de 1624, sob o comando</p><p>do almirante Jacob Willekens, em Salvador.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois Maurício de Nassau não se envolveu na primeira invasão holandesa</p><p>no Brasil, que ocorreu em Salvador.</p><p>- A alternativa D está correta. A permanência dos holandeses em terras baianas dourou quase um ano.</p><p>Cabe ao bispo Dom Marcos Teixeira, posteriormente denominado Bispo Guerreiro, promover a</p><p>resistência.</p><p>- A alternativa E está correta. Em março de 1625, uma esquadra composta por português e espanhóis</p><p>deu início à expulsão dos holandeses de Salvador.</p><p>Como procuramos a incorreta, a alternativa C é a resposta.</p><p>Gabarito: C</p><p>59. (ESA/1984)</p><p>A adoção no Brasil do sistema de donatários feita por Portugal foi determinada entre outros fatores</p><p>pelo(a):</p><p>a) experiência bem sucedida com o sistema de outras colônias portuguesas.</p><p>b) necessidades de explorar o pau-brasil no litoral brasileiro, devido às incursões francesas.</p><p>c) Intenção de promover as Entradas e Bandeiras no interior do Brasil.</p><p>d) Imitação do sistema implantado pelos franceses nas colônias sul-africanas.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Em 1534, a Coroa portuguesa replicou o sistema de colonização</p><p>empregado nas ilhas de Açores e da Madeira na América, denominado capitanias-hereditárias. Assim</p><p>sendo, já podemos descartar a alternativa D.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o pau-brasil foi explorado antes mesmo da criação do sistema de</p><p>capitania-hereditárias.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a divisão administrativa adotada pelo Brasil levou em conta os</p><p>domínios assegurados a Portugal, que partiam da costa oeste do continente americano.</p><p>Gabarito: A</p><p>60. (ESA/1986)</p><p>A criação de um governo-geral no Brasil, em 1548, decorreu:</p><p>a) do insucesso de todas as capitanias hereditárias.</p><p>b) da política centralizadora da administração</p><p>colonial espanhola, verificada com a União Ibérica.</p><p>c) da necessidade de intensificar a luta contra os espanhóis, a partir de um centro irradiador de forças.</p><p>d) da necessidade de coordenar a Colônia e promover a centralização administrativa.</p><p>e) da descoberta de metais preciosos no Brasil, exigindo um representante do rei na colônia.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_maio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/1624</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacob_Willekens</p><p>123</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a capitania de Pernambuco prosperou com a cultura do açúcar até</p><p>a criação do governo-geral, em 1548.</p><p>- A alternativa B está incorreta, posto que a criação do governo-geral antecedeu o período da União</p><p>Ibérica (1580-1640). Além disso, a dinastia filipina não chegou a interferir diretamente na administração</p><p>da América Portuguesa.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal os ataques dos franceses eram mais ameaçadores que o dos</p><p>espanhóis naquele momento. Além disso, o governo-geral foi criado diante do fracasso do sistema de</p><p>capitanias-hereditárias.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Em 1548, o rei D. João III criou o cargo de governador-geral, figura que</p><p>centralizava a administração colonial ao atuar como intermediador entre donatários e a metrópole,</p><p>além impulsionar do processo de colonização.</p><p>- A alternativa E está incorreta, uma vez que as primeiras jazidas só foram descobertas ao final do século</p><p>XVII.</p><p>Gabarito: D</p><p>61. (ESA/1986)</p><p>Em relação à economia colonial portuguesa, podemos afirmar que:</p><p>a) era fruto do sistema mercantilista adotado.</p><p>b) era voltada para o industrialismo e completava a economia da Metrópole.</p><p>c) era baseada no liberalismo econômico.</p><p>d) sua produção visava atender aos mercados das colônias espanholas vizinhas.</p><p>e) foi baseada no monopólio do ouro durante todo período colonial.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está correta, afinal o colonialismo era uma das práticas que compunham o</p><p>Mercantilismo. Recordemos suas principais características:</p><p>Mercantilismo</p><p>Colonialismo</p><p>Concessão de</p><p>monopólios</p><p>Protecionismo</p><p>alfandegário</p><p>Balança</p><p>comercial</p><p>favorável</p><p>Metalismo</p><p>124</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois Portugal não apresentou uma economia industrial no período em</p><p>que manteve Brasil como sua colônia.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a política mercantilista pressupunha a intervenção do Estado na</p><p>economia, o que divergia do princípio de livre-mercado apregoado pelo liberalismo econômico.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois o Brasil não mantinha relações diretas com a América Espanhola,</p><p>mas com a África e sua metrópole.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora todas as jazidas minerais fossem consideradas posses da Coroa,</p><p>sua exploração ficava a cargo de terceiros ou de funcionários ligados a ela.</p><p>Gabarito: A</p><p>62. (ESA/1979)</p><p>A autoridade do Brasil-Colônia encarregada dos negócios judiciais era o:</p><p>a) Provedor-Mor</p><p>b) Ouvidor-Mor</p><p>c) Alcaide</p><p>d) Governador-Geral</p><p>Comentários</p><p>Para responder à questão, vamos recordar dos auxiliares vinculados ao governo-geral:</p><p>▪ Ouvidor-mor → responsável pela aplicação da Justiça;</p><p>▪ Provedor-mor → responsável pela administração fazendária colonial;</p><p>▪ Capitão-mor → responsável pela defesa militar da costa.</p><p>Dito isso, a alterativa B é a resposta. Cabe destacar que o alcaide é um cargo da América Espanhola,</p><p>ao passo que o governador-geral não aplicava diretamente a justiça, mas o seu auxiliar.</p><p>Gabarito: B</p><p>63. (ESA/1985)</p><p>Nas primeiras décadas após a descoberta do Brasil, não houve, por parte de Portugal, medidas efetivas</p><p>para a colonização de seu território na América, porque:</p><p>a) Portugal encontrou forte resistência por parte dos nativos brasileiros.</p><p>b) As perspectivas econômicas oferecidas pelo Brasil eram bem menores em comparação com</p><p>o comércio do Oriente.</p><p>c) As finanças portuguesas, na época, não permitiam gastos exigidos para a colonização.</p><p>d) Todos os documentos relativos à terra brasileira apresentaram uma visão pessimista,</p><p>que desestimulou o rei português a tentar a colonização brasileira.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Apesar da resistência indígena à colonização lusa nas décadas seguintes,</p><p>o primeiro contato dos portugueses com os nativos foi amistoso, o que poderia contribuir</p><p>positivamente, caso fosse interesse dos primeiros, para que iniciassem a ocupação do território.</p><p>125</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa B é a resposta. Após permanecer dez dias na Terra de Vera Cruz, Cabral partiu com sua</p><p>esquadra para o Oriente, no dia 3 de maio de 1500. Até 1530, a Coroa portuguesa manteria suas</p><p>atenções voltadas para o comércio com as Índias, sem dirigir esforços para ocupar seus domínios</p><p>obtidos do outro lado do Atlântico. Devido a isso, o período que vai de 1500 até 1530 é chamado pelos</p><p>historiadores de pré-colonial.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal Portugal dispunha de reservas econômicas obtidas a partir do</p><p>comércio com as Índias. A ocupação do território americano, contudo, não se mostraria vantajoso para</p><p>Portugal entre 1500 e 1530.</p><p>- A alternativa D está incorreta, uma vez que a Carta de Caminha vê na terra desembarcada potencial</p><p>para a agricultura. Isso se verifica no trecho: “a terra em si é de muito bons ares [...]. Águas são muitas;</p><p>infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas</p><p>que tem.”</p><p>Gabarito: B</p><p>14.2. Questões de Aprofundamento</p><p>1. (EsPCEx /2019)</p><p>Muitos europeus acreditavam que, em direção ao sul, o mar seria habitado por monstros e estaria</p><p>sempre em chamas. Se arriscassem cruzar o oceano Atlântico, à época conhecido como mar Tenebroso,</p><p>iriam se deparar com o fim do mundo. Mesmo assim, os portugueses se lançaram às Grandes</p><p>Navegações, no final do século XV. Considerando:</p><p>I – A Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos;</p><p>II – A Criação da Companhia das Índias Ocidentais;</p><p>III – A existência de um poder centralizador e de um Estado unificado;</p><p>IV – A descoberta da imensa mina de prata em Potosí pelos lusitanos;</p><p>V – A invenção da bússola pelos portugueses na Escola de Sagres.</p><p>Assinale abaixo a alternativa que apresenta as causas que levaram à Expansão Marítima Portuguesa.</p><p>a) I e II</p><p>b) I e III</p><p>c) I, II e III</p><p>d) III e IV</p><p>e) IV e V</p><p>Comentários</p><p>- A afirmativa I está correta. A tomada de Constantinopla pelos otomanos fez com que as</p><p>especiarias alcançassem o Ocidente europeu com o preço muito mais elevado, o que estimulou os</p><p>portugueses a buscarem rotas alternativas de acesso às mercadorias vindas do Oriente.</p><p>- As afirmativas II e IV estão incorretas, pois se deram após o contexto das viagens ultramarinas</p><p>portuguesas.</p><p>- A afirmativa III está correta. A consolidação do poder monárquico subjugou a nobreza lusa em</p><p>torno de seus interesses, garantindo condições ao Estado português de conduzir o processo de</p><p>expansão ultramarina.</p><p>126</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A afirmativa V está incorreta, pois a Escola de Sagres é um mito sobre as Grandes Navegações</p><p>portuguesas.</p><p>Gabarito: B</p><p>2. (EsPCEx /2018)</p><p>Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou os resultados</p><p>esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros,</p><p>principalmente com a produção de açúcar, estavam as de</p><p>a) Rio Grande e Itamaracá.</p><p>b) São Vicente e Rio Grande.</p><p>c) Santana e Ilhéus.</p><p>d) Maranhão e Pernambuco.</p><p>e) São Vicente e Pernambuco.</p><p>Comentários</p><p>Apesar do esforço em se difundir a produção de açúcar por toda a Colônia, as constantes fugas</p><p>indígenas e a campanha de oposição à sua escravização, promovida pelos jesuítas, contribuíram para</p><p>que a atividade econômica só prosperasse em duas capitanias: Pernambuco</p><p>e São Vicente, ambas</p><p>pela sua grande produção açucareira. Dito isso, a alternativa E é a resposta.</p><p>Gabarito: E</p><p>3. (EsPCEx /2018)</p><p>Durante o período conhecido por União Ibérica, ocorreu o Embargo Espanhol ao comércio das colônias</p><p>portuguesas com os holandeses. Isto motivou a Holanda a atacar o Nordeste brasileiro com a finalidade</p><p>de romper o embargo e reativar as rotas comerciais entre o Brasil e a Europa. É fato relacionado à</p><p>primeira investida dos holandeses ao Brasil, ocorrida em 08 de maio de 1624, a (o)(s)</p><p>a) conquista de Porto Calvo por Matias de Albuquerque.</p><p>b) ocupação de Salvador.</p><p>c) governo de Maurício de Nassau.</p><p>d) fundação do Arraial do Bom Jesus.</p><p>e) Batalhas de Guararapes.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Depois da derrota do Arraial do Bom Jesus, Matias de</p><p>Albuquerque conquistou Porto Calvo (atual Alagoas), onde capturou Calabar e o condenou à morte.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Em maio de 1624, uma esquadra holandesa composta por 26</p><p>navios tentou ocupar a cidade de Salvador, mas foram detidos por forças luso-brasileiras.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o governo de Maurício de Nassau iniciou em 1637, com o</p><p>seu desembarque em Recife.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal o Arraial do Bom Jesus foi fundado como um núcleo de</p><p>resistência aos invasores holandeses instalados em Recife e Olinda. Ele era liderado pelo governador</p><p>de Pernambuco, Matias de Albuquerque.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal as Batalhas de Guararapes ocorreram no contexto de</p><p>127</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>expulsão dos holandeses de Pernambuco.</p><p>Gabarito: B</p><p>4. (EsPCEx /2017)</p><p>Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o</p><p>trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro.</p><p>Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à</p><p>chamada União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal.</p><p>Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.</p><p>a) Holanda</p><p>b) Alemanha</p><p>c) Itália</p><p>d) Inglaterra</p><p>e) EUA</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Com o fim dos herdeiros do trono na dinastia Avis, Portugal passou</p><p>a ser governado pela Espanha, em um momento que ficou conhecido como União Ibérica. Com isso,</p><p>os holandeses, antigos rivais dos espanhóis, passaram a ser também adversários dos portugueses, o</p><p>que fomentou invasões flamengas no Nordeste açucareiro.</p><p>- As alternativas B e C estão incorretas, afinal Itália e Alemanha sequer existiam enquanto</p><p>Estados unificados, algo que só acontece a partir de 1870.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Embora o período colonial tenha sido marcado por invasões</p><p>inglesas no território brasileiro, Portugal e Inglaterra não eram monarquias inimigas durante a Idade</p><p>Moderna.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal os Estados Unidos sequer existiam no período.</p><p>Gabarito: A</p><p>5. (EsPCEx /2016)</p><p>As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado pacto colonial, sendo este</p><p>aspecto uma das principais características do estabelecimento de um sistema de exploração mercantil</p><p>implementado pelas nações europeias com relação à América. Com relação ao Brasil, do que constava</p><p>este pacto?</p><p>a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.</p><p>b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.</p><p>c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.</p><p>d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.</p><p>e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde que a matéria – prima</p><p>fosse adquirida da metrópole.</p><p>Comentários</p><p>Para facilitar a resposta, recordemos nosso esquema sobre o pacto colonial:</p><p>Era o único a fornecer manufaturas e equipamentos para</p><p>128</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa A está incorreta. Os produtos manufaturados eram fornecidos pela metrópole.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o açúcar e outras culturas desenvolvidas no Brasil se</p><p>voltaram para o mercado externo, adequando-se aos interesses de Portugal.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Enquanto o Brasil fornecia sua produção agrícola e metais</p><p>preciosos para Portugal, que não dispunha desses recursos, este fornecia produtos manufaturados</p><p>para o Brasil.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois toda a produção do espaço colonial deveria se voltar ao</p><p>abastecimento da metrópole – ao menos de alguns produtos.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois produtos manufaturados consumidos pela América</p><p>Portuguesa eram fornecidos pela metrópole.</p><p>Gabarito: C</p><p>6. (EsPCEx /2016)</p><p>As viagens mercantis e os descobrimentos de rotas marítimas e de terras além-mar ocorridas no que</p><p>conhecemos por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram etapas na conquista</p><p>dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os seguintes eventos:</p><p>1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, nomeando-a de Cabo das</p><p>Tormentas.</p><p>2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao redor da Terra.</p><p>3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.</p><p>4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.</p><p>5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as Índias, mas na verdade havia</p><p>aportado em terras desconhecidas.</p><p>A sequência cronológica correta dos fatos listados é</p><p>a) 1, 2, 3, 4 e 5.</p><p>b) 3, 5, 4, 1 e 2.</p><p>c) 5, 2, 1, 4 e 3.</p><p>d) 2, 4, 1, 5 e 3.</p><p>PORTUGAL</p><p>(METRÓPOLE)</p><p>BRASIL</p><p>(COLÔNIA)</p><p>Só poderia vender suas matérias-primas, produtos tropicais e metais preciosos para</p><p>129</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e) 4, 1, 5, 3 e 2.</p><p>Comentários</p><p>Segue a ordem correta das Grandes Navegações:</p><p>▪ 1415: Tomada de Ceuta;</p><p>▪ 1434: Gil Eanes ultrapassou o cabo Bojador;</p><p>▪ 1488: Bartolomeu Dias contornou o cabo da Boa Esperança;</p><p>▪ 1492: Cristóvão Colombo alcançou a América;</p><p>▪ 1498: Vasco da Gama alcançou as Índias, completando o Périplo Africano.</p><p>▪ 1500: Pedro Álvares Cabral tomou posse do Brasil.</p><p>Gabarito: E</p><p>7. (EsPCEx /2013)</p><p>As Grandes Navegações iniciaram transformações significativas no cenário mundial. Leia atentamente os</p><p>itens abaixo:</p><p>I – o Oceano Atlântico passou a ser mais importante que o Mar Mediterrâneo;</p><p>II – houve a ascensão econômica das cidades italianas e o declínio das cidades banhadas pelo Mar do</p><p>Norte;</p><p>III – os europeus ergueram vastos impérios coloniais e se apropriaram da riqueza dos povos africanos,</p><p>asiáticos e americanos;</p><p>IV – a propagação da fé cristã.</p><p>Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas desse período.</p><p>a) I, III e IV</p><p>b) II e III</p><p>c) I e IV</p><p>d) II, III e IV</p><p>e) I, II e IV</p><p>Comentários</p><p>- A afirmativa I está correta. Progressivamente, o Mar Mediterrâneo deixava de ser o espaço</p><p>primordial de circulação de riquezas, marcando uma alteração do eixo econômico para o Atlântico,</p><p>graças as viagens ultramarinas empreendidas por Portugal e Espanha.</p><p>- A afirmativa II está incorreta. A formação de novas rotas de acesso às Índias pelo Atlântico</p><p>causou o declínio da hegemonia de Veneza e Gênova, cidades cujos comerciantes até então</p><p>monopolizavam o comércio no Mediterrâneo.</p><p>- A afirmativa III está correta, pois Portugal e Espanha fundaram diversas colônias e feitorias em</p><p>territórios situados em África, Ásia e América, com o intuito de expropriar seus produtos.</p><p>- A afirmativa IV está correta, pois as duas monarquias ibéricas se comprometeram a difundir a</p><p>fé cristã no processo de colonização.</p><p>Gabarito: A</p><p>8. (EsPCEx /2013)</p><p>Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:</p><p>130</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>a) a</p><p>francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica, formada</p><p>principalmente por católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no trabalho de conversão dos</p><p>índios.</p><p>b) a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua economia,</p><p>levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio Grande do Norte, onde</p><p>encontrou forte resistência.</p><p>c) a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o auxílio de</p><p>cristãos-novos residentes na região e por estarem seus soldados mais bem armados e mais experientes.</p><p>d) a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de guerrilha e contou</p><p>com a liderança de Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os holandeses.</p><p>e) embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator surpresa e</p><p>melhor conhecimento do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se</p><p>estenderam desde o Maranhão até a Bahia.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a França Antártica foi fundada por protestantes que</p><p>buscavam explorar o pau-brasil.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a primeira invasão holandesa se deu em Salvador, em</p><p>1624.</p><p>- A alternativa C é a resposta. os invasores holandeses foram apoiados por índios tapuias, gente</p><p>graúda da terra, lavradores, cristãos-novos, mestiços e escravos fugidos.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal Calabar colaborou com os holandeses na luta contra os</p><p>lusos. Ele foi capturado em Porto Calvo (Alagoas), onde foi sentenciado à morte.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal os domínios holandeses se estenderam se estenderam de</p><p>Sergipe até o Maranhão, enquanto a Bahia permaneceu sob domínio português.</p><p>Gabarito: C</p><p>9. (EsPCEx /2011)</p><p>Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que</p><p>a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.</p><p>b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a</p><p>defesa do território.</p><p>c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.</p><p>d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de vice- reis.</p><p>e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura</p><p>canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal ambos os sistemas coexistiram até o período pombalino,</p><p>quando foram extintas as capitanias-hereditárias.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a autoridade do governador-geral não alcançava todos os</p><p>limites do território, permanecendo o poder nas mãos dos poderosos locais – chamados de “homens</p><p>bons”.</p><p>131</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois no contexto da França Antártica o governo-geral continuou a</p><p>existir, sediado em Salvador.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Após a criação do Conselho Ultramarino, os governadores</p><p>passaram a ser chamados de “vice-reis”, porém o órgão só foi extinto em 1808.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a capital permaneceu sediada em Salvador entre 1549 e</p><p>1763.</p><p>Gabarito: D</p><p>10. (EsPCEx /2011 – Adaptada)</p><p>O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a)</p><p>a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.</p><p>b) conquista de Ceuta em 1415.</p><p>c) chegada em Calicute, Índia, em 1498.</p><p>d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis, em 1385.</p><p>e) descobrimento do Brasil em 1500.</p><p>Comentários</p><p>Segue a ordem correta cronológica das Grandes Navegações portuguesas:</p><p>▪ 1415: Tomada de Ceuta;</p><p>▪ 1434: Gil Eanes ultrapassou o cabo Bojador;</p><p>▪ 1488: Bartolomeu Dias contornou o cabo da Boa Esperança;</p><p>▪ 1498: Vasco da Gama alcançou as Índias (Calicute), completando o Périplo Africano.</p><p>▪ 1500: Pedro Álvares Cabral tomou posse do Brasil.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa B é a resposta.</p><p>Gabarito: B</p><p>11. (EsPCEx /2022)</p><p>Em 1580, o rei de Portugal morreu sem deixar herdeiros diretos e, na disputa pelo trono que se seguiu,</p><p>saiu-se vencedor Filipe II, então rei da Espanha. Com isso, teve início o período conhecido como "União</p><p>Ibérica", que se estendeu por 60 anos e no qual, dentre outras consequências, os inimigos da Espanha</p><p>passaram a ser, também, de Portugal. A respeito desse período, é correto afirmar que</p><p>a) Portugal manteve certa autonomia na gestão de suas colônias, inclusive no tocante às relações</p><p>comerciais que já possuía.</p><p>b) a ocupação territorial pelos colonos portugueses foi temporariamente freada, em função da ocupação</p><p>holandesa do Nordeste brasileiro, quando os esforços foram concentrados em recuperar a área invadida.</p><p>c) durante um certo período os holandeses assumiram o controle do tráfico negreiro no Atlântico Sul,</p><p>mas isso não modificou o fluxo de escravos africanos para o Brasil, pois, dada a elevada lucratividade do</p><p>negócio, seguiram suprindo a demanda por escravos em toda a colônia.</p><p>d) foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar o que essas</p><p>autoridades consideravam "desvios", como as chamadas práticas judaizantes (relacionadas aos costumes</p><p>da religião judaica).</p><p>e) a Insurreição Pernambucana foi marcada por duas vitórias surpreendentes sobre os holandeses, nas</p><p>Batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Com a vitória brasileira na Segunda Batalha de Guararapes, os</p><p>132</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>batavos deixaram o Brasil.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa está incorreta. Durante a União Ibérica, produtores e comerciantes submetidos ao</p><p>domínio espanhol foram proibidos de comercializar com os holandeses, o que incluía o Brasil. Trata-</p><p>se do chamado Embargo Espanhol.</p><p>- A alternativa B está incorreta. A União Ibérica contribuiu indiretamente para o processo de</p><p>interiorização, pois como os limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas estavam</p><p>sob domínio do mesmo rei, foi diminuída a fiscalização sobre aqueles que os violavam.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a conquista dos holandeses sobre o tráfico negreiro afetou</p><p>o abastecimento do Brasil com escravizados, o que aumento a escravidão indígena</p><p>temporariamente.</p><p>- A alternativa D e a resposta. Durante a União Ibérica foram visitações do Tribunal do Santo</p><p>Ofício (Santa Inquisição) para o Brasil, com o intuito de reprimir práticas tidas como "desvios"</p><p>daquilo que a Igreja católica pregava. Com isso, muitos judeus e cristãos-novos foram perseguidos,</p><p>processados e condenados à morte.</p><p>- A alternativa E está incorreta. A Insurreição Pernambucana se deu após o fim da União Ibérica,</p><p>entre 1645 e 1654.</p><p>Gabarito: D</p><p>12. (EsPCEx /2022)</p><p>A participação portuguesa no comércio europeu ganhou impulso no início do século XV, no contexto das</p><p>grandes navegações que se iniciaram nesse período. A primeira ação imperialista dos portugueses, a</p><p>partir da qual os súditos do rei Dom João I sentiram-se seguros para iniciar seu avanço por "mares nunca</p><p>dantes navegados" foi</p><p>A) o descobrimento do Brasil.</p><p>B) a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança.</p><p>C) a chegada a Calcutá, nas Índias.</p><p>D) a descoberta da América.</p><p>E) a tomada de Ceuta.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. O descobrimento do Brasil ocorreu em 1500, ao passo que o</p><p>início das expedições ultramarinas lusas ocorreu em 1415.</p><p>- A alternativa C está incorreta. A chegada ao cabo da Boa Esperança, outrora chamado de Cabo</p><p>das Tormentas, ocorreu em 1488, anos após o início do processo de expansão dos portugueses no</p><p>ultramar.</p><p>- A alternativa C está incorreta. A chegada à Calcutá se deu em 1498, anos após o início do</p><p>processo de expansão ultramarina portuguesa.</p><p>- A alternativa D está incorreta. A primeira expedição que alcançou o continente americano era</p><p>comandada por</p><p>Cristóvão Colombo, garantindo a posse do território à Espanha.</p><p>- A alternativa E é a resposta. O marco inicial do expansionismo português se deu com a</p><p>133</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>ocupação da cidade de Ceuta, em 1415. Liderada pelo infante D. Henrique, quinto filho de D. João I,</p><p>a empreitada foi motivada por razões estratégicas, afinal dali haviam partido os mouros, setecentos</p><p>anos antes, para dominar os cristãos da Península Ibérica.</p><p>Gabarito: E</p><p>13. (2020/CN)</p><p>Leia o texto abaixo.</p><p>Esses escravos tinham mobilidade para circular na cidade, já que precisavam encontrar trabalho para</p><p>juntar a quantia em dinheiro que deveria ser entregue ao proprietário, além, é claro, de obter o seu</p><p>próprio sustento. Se, por um lado, esse tipo de trabalho livraria os proprietários da obrigação de</p><p>sustenta seus escravos, assim diminuindo os seus gastos, por outros, permitia certa autonomia aos</p><p>cativos, que arranjavam o seu próprio trabalho e cuidavam de suas despesas.</p><p>(Mattos, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 2ªed. 3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2014, p. 112.Adaptado)</p><p>O texto faz referência a uma modalidade de trabalho escravo denominada</p><p>a) escravos de eito</p><p>b) escravos domésticos</p><p>c) escravo de ganho</p><p>d) escravo de “tigre”</p><p>e) escravo de liteira</p><p>Comentários</p><p>Nos centros urbanos dos períodos colonial e imperial era comum a figura do escravo de ganho,</p><p>nome dado aos cativos que atuavam no comércio ou na prestação de serviços. Em Salvador, Recife e</p><p>no Rio de Janeiro, ou mesmo na região das minas, escravas preparavam e vendiam comidas nas ruas,</p><p>tais como mingaus, peixes fritos, acarajés e bolos. A presença dos escravizados no comércio era</p><p>autorizada pelos seus senhores, que recebiam parte do valor arrecadado ao final do dia ou de uma</p><p>semana.</p><p>Os escravos de ganho possuíam a confiança de seus senhores, afinal percorriam longas distâncias</p><p>diariamente, com certa liberdade para ir e vir. Ao desempenhar tais atividades, muitos cativos</p><p>conseguiam acumular uma quantia suficiente para a compra de sua liberdade, chamada de alforria.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa C é a resposta. Vejamos as demais opções:</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal os escravos eram aqueles que trabalhavam nas lavouras</p><p>agrícolas, sobretudo nos canaviais, e dispunham de pouca de autonomia para circular nas cidades.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal os escravizados domésticos eram aqueles que trabalhavam</p><p>como cozinheiras, pajens, amas de leite e arrumadeiras no interior das casas de seus senhores.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois os escravos apelidados de “tigres” eram encarregados do</p><p>recolhimento e despejo da urina e fezes de alguns moradores das cidades. A ureia e amônia que</p><p>vazava dos toneis carregados por eles deixavam marcas brancas sobre a pele, semelhante a listras.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois nem todos os escravos de liteira – ou seja, transportadores</p><p>de pessoas – eram de ganho.</p><p>Gabarito: C</p><p>134</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>14. (2019/Colégio Naval)</p><p>“Eu, EIRei, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo de minha casa, que vendo eu quanto serviço de Deus</p><p>e meu é conservar e enobrecer as Capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira</p><p>com que melhor e mais seguramente se possam ir povoando, para exalçamento da nossa Santa Fé e</p><p>proveito de meus Reinos e Senhorios, e dos naturais deles, ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer</p><p>uma fortaleza e povoação grande e forte, em um lugar conveniente, para daí se dar favor e ajuda às</p><p>outras povoações e se ministrar justiça e prover nas cousas que cumprirem a meu serviço e aos negócios</p><p>de minha Fazenda e a bem das partes.</p><p>Fonte: Regimento que levou Tomé de Sousa Governador do Brasil, Almerím, 17/12/1548,Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), códice 112, fls 1-9.</p><p>Sobre o texto, que é um importante marco da História do Brasil, é correto afirmar que representava</p><p>a) o objetivo da monarquia portuguesa de iniciar a colonização do Brasil cedendo territórios para que</p><p>grupos particulares pudessem explorá-los a custa de seus próprios recursos, enquanto o governo atuaria</p><p>como uma espécie de órgão regulador do que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias.</p><p>b) a pretensão do governo português em promover a colonização efetiva do território brasileiro e de</p><p>estimular a produção colonial, sendo um dos seus primeiros atos a construção de uma cidade para ser a</p><p>capital da colônia, concretizada por Tomé de Sousa com a fundação de São Salvador em 1549.</p><p>c) o desejo português de não investir recursos no território colonial do Brasil, permitindo que grupos</p><p>privados construíssem feitorias com dois objetivos: a exploração do pau-brasil realizada a partir do</p><p>escambo com os indígenas e a proteção das ameaças estrangeiras.</p><p>d) o primeiro passo para o processo de povoamento da colônia, que previa a criação de uma capital</p><p>estruturada no modelo espanhol de ocupação do território, além da construção de estradas e sistemas</p><p>de coleta de esgoto em locais estratégicos, que serviriam de base para o surgimento de novas cidades.</p><p>e) a ocupação efetiva do território colonial, principal mente após a descoberta de jazidas de ouro no</p><p>interior da colônia, que demandou mais recursos do governo português para a defesa da região de</p><p>invasores estrangeiros e de piratas que desejavam roubaras riquezas do Brasil.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal é a expedição de Martim Afonso de Souza para a América</p><p>Portuguesa, em 1530, o marco inicial do processo de ocupação do território, sendo ele dividido,</p><p>alguns anos depois, por meio do sistema de capitanias hereditárias.</p><p>- A alternativa B é a resposta. A criação do governo-geral, em 1548, objetivou a continuidade do</p><p>processo de ocupação do território brasileiro, a partir da centralização administrativa em torno de</p><p>São Salvador, cidade fundada por Tomé de Souza.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a construção de feitorias é uma marca do período pré-</p><p>colonial brasileiro (1500-1530), quando a atenção da Coroa se voltava apenas ao lucrativo comércio</p><p>de especiarias no Oriente.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois as capitanias hereditárias da América Portuguesa era uma</p><p>reprodução do sistema administrativo já adotado por Portugal nos arquipélagos de Açores e de Cabo</p><p>Verde.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora a ocupação do interior do continente americano pelos</p><p>portugueses tenha ocorrido após o achamento de ouro, no final do século XVII, os esforços de</p><p>colonização da América Portuguesa, expressos pelo Regimento do enunciado, se iniciam na primeira</p><p>metade do século XVI.</p><p>Gabarito: B</p><p>135</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>15. (2019/Colégio Naval)</p><p>Observe a charge a seguir:</p><p>A charge acima representa os primeiros anos logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.</p><p>É correto afirmar que entre as principais características desse período temos a</p><p>a) extração do Pau-Brasil por meio do estanco (troca), onde os indígenas realizavam o corte da madeira e</p><p>recebiam em troca objetos vistosos, mas de estimado valor, como espelhos, armamentos e tecidos</p><p>diversos.</p><p>b) extração das drogas do sertão por meio de trabalho escravo, pelo qual os exploradores aproveitaram</p><p>para iniciar o processo de ocupação territorial do Brasil a partir da construção de feitorias.</p><p>c) construção das primeiras feitorias com a finalidade de estimular a vinda de colonos para a produção</p><p>de riquezas, como a cana de açúcar, e consequentemente efetivar a ocupação do território brasileiro</p><p>garantindo a presença portuguesa.</p><p>d) extração do Pau-Brasil por meio do escambo (troca), onde os indígenas realizavam o corte e o</p><p>transporte da madeira recebendo em troca objetos de pouco valor, como espelhos, miçangas e</p><p>instrumentos de ferro.</p><p>e) distribuição das primeiras sesmarias, por meio de Estanco, aos</p><p>donatários que estavam se instalando</p><p>no Brasil, destacando-se, nesse processo, o arrendatário Fernando de Noronha, que se notabilizou na</p><p>extração do Pau-Brasil.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, pois estanco era o nome dado ao monopólio sobre um</p><p>determinado produto sob a forma legal. O próprio direito à exploração do pau-Brasil era um estanco</p><p>adquirido por diversos mercadores lisboetas.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois as drogas do sertão eram produtos de origem vegetal</p><p>extraídos da região amazônica, tais como o cacau, a castanha-do-pará, a baunilha e o guaraná. Já o</p><p>pau-Brasil era extraído na costa atlântica da América Portuguesa.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a implantação das feitorias não expressava o intento de</p><p>iniciar o processo de colonização do Brasil, mas sim de explorar a riqueza que lhe dera este nome – o</p><p>pau-brasil. A ocupação do território só se daria a partir de 1530, com a expedição de Martim Afonso</p><p>136</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>de Souza.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Para explorar o pau-Brasil, produto com alto valor comercial no</p><p>mercado europeu, os portugueses implementaram o escambo, que consistia em pagar os nativos</p><p>com quinquilharias, tais como espelhos, pentes e facas, para que estes serrassem e transportassem</p><p>a madeira para as caravelas que aguardavam na costa.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois a distribuição de sesmarias se deu após o período pré-</p><p>colonial (1500-1530), em um momento em que a Coroa já se voltava para o processo de ocupação</p><p>da América Portuguesa.</p><p>Gabarito: D</p><p>16. (2007/Colégio Naval)</p><p>A chegada dos portugueses ao Brasil, além de ser o resultado de um processo administrado pela coroa</p><p>Portuguesa no século XV conjuntamente com a nobreza e a nascente burguesia, também:</p><p>a) auxiliou, entre outros aspectos, na consolidação e hegemonia portuguesa no Atlântico Sul.</p><p>b) se transformou, de imediato, em uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.</p><p>c) demonstrou que o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar</p><p>às Índias.</p><p>d) foi o resultado de uma reação de Portugal diante da concorrência dos mercadores italianos no</p><p>Atlântico Ocidental.</p><p>e) tinha por objetivo reforçar a supremacia portuguesa no Pacífico Oriental garantindo dessa forma o</p><p>caminho para a Índia.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Conquistando diversos pontos da costa africana com suas feitorias</p><p>e implementando a ocupação da América Portuguesa a partir de 1530, Portugal se tornou a maior</p><p>potência econômica do Atlântico Sul, especialmente pelo comércio de escravizados africanos.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois após a expedição cabralina tomar posse da América</p><p>Portuguesa, o território permaneceu três décadas sem ser ocupado, já que os interesses da Coroa se</p><p>voltavam para o comércio com as Índias.</p><p>- As alternativas C e E estão incorretas, afinal os portugueses apostaram em viagens de</p><p>circunavegação do continente africano para traçarem uma rota para as Índias, que ficaram</p><p>conhecidas como Périplo Africano.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois os mercadores italianos concentravam suas atividades</p><p>comerciais no Mar Mediterrâneo, o que levou os ibéricos a buscarem novas rotas ultramarinas de</p><p>acesso às mercadorias orientais.</p><p>Gabarito: A</p><p>17. (2007/Colégio Naval)</p><p>No ano de 1494, portugueses e espanhóis assinaram o tratado de Tordesilhas, definindo a quem</p><p>pertenceriam as terras descobertas ou a descobrir. Segundo esse tratado, as terras localizadas a</p><p>trezentos e setenta léguas a oeste de Cabo Verde seriam da Espanha e as terras a leste, de Portugal. A</p><p>linha imaginária estabelecida pelo Tratado terminava ao sul no Estado de Santa Catarina, mais</p><p>precisamente na cidade de:</p><p>137</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>a) Laguna.</p><p>b) Criciúma</p><p>c) Imbituba.</p><p>d) Tubarão.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A é a resposta. O território português no Brasil começava próximo onde atualmente</p><p>se encontra Belém, no Pará, e descia em linha reta até perto de Laguna, em Santa Catarina.</p><p>Gabarito: A</p><p>18. (2009/Colégio Naval)</p><p>Observe a charge abaixo, referente ao fim da presença holandesa no Nordeste Brasileiro no século XVII,</p><p>e responda a pergunta a seguir.</p><p>NOVAIS, Carlos Eduardo e César Lobo, História do Brasil para Principiantes, De Cabral a Cardoso 500 anos</p><p>de Novela, Editora Ática - SP - 1998 - p.98</p><p>Pode-se afirmar que a charge refere-se, como consequência da expulsão dos holandeses, do Brasil,</p><p>a) ao início da produção holandesa na América Central, levando, de imediato, à crise da economia no</p><p>Brasil como um todo, que só se recuperou com a descoberta do ouro, na região das Minas Gerais.</p><p>b) à crise econômica do Nordeste brasileiro, devido à concorrência do açúcar do Brasil com a produção</p><p>açucareira holandesa nas Antilhas.</p><p>c) ao enfraquecimento da economia nordestina que não suportou a posterior invasão dos franceses no</p><p>Maranhão, onde fundaram a colônia denominada de França Equinocial.</p><p>d) à crise econômica do Nordeste brasileiro, após a 'expulsão dos holandeses da Bahia no ano de 1625.</p><p>e) à reafirmação da presença portuguesa no Nordeste brasileiro, possibilitando a retomada da produção</p><p>do açúcar na região que voltou a concorrer, em pé de igualdade, com o açúcar antilhano.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a crise econômica se deu na região do Nordeste açucareiro.</p><p>- A alternativa B é a resposta. A expulsão dos holandeses do nordeste açucareiro fez com que os</p><p>invasores se instalassem na região das Antilhas, na América Central, onde passaram a produzir um</p><p>açúcar mais barato e de melhor qualidade, que desbancou o concorrente luso-brasileiro no comércio</p><p>138</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>internacional.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois os invasores estrangeiros representados pela charge são</p><p>holandeses. Sua expulsão se deu em 1644, ao passo que os franceses foram expulsos do Maranhão</p><p>anos antes, em 1615.</p><p>- A alternativa D está incorreta, a dominação holandesa se concentrou na região de Pernambuco.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o açúcar luso-brasileiro foi severamente afetado pela</p><p>concorrência do açúcar holandês cultivado nas Antilhas, dotado de maior qualidade e menor custo</p><p>de produção.</p><p>Gabarito: B</p><p>19. (2009/Colégio Naval)</p><p>Em relação ao domínio da Holanda no Nordeste brasileiro durante o período colonial, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) a administração de Nassau caracterizou-se por medidas administrativas de grande importância, como</p><p>por exemplo: a reorganização da produção açucareira mediante um sistema de crédito aos senhores de</p><p>engenho, tolerância religiosa e o fim da Assembleia dos Escabinos, que limitava a participação política</p><p>dos proprietários rurais pernambucanos.</p><p>b) a invasão holandesa na Bahia (1624-1625), que contou com o apoio da "milícia dos descalços",</p><p>liderada pelo bispo Marcos Teixeira, foi desarticulada pela Jornada dos vassalos, frota luso-espanhola</p><p>mandada à Bahia com a missão de expulsar os holandeses da sede do Governo-Geral do Brasil.</p><p>c) a invasão holandesa em Pernambuco encontrou grande resistência por parte de grupos armados por</p><p>Matias de Albuquerque, no arraial do Bom Jesus. O arraial, que passou a ter a adesão cada vez maior de</p><p>senhores de engenho, foi o lugar onde começou a Insurreição Pernambucana.</p><p>d) a Insurreição Pernambucana, movimento de resistência local, contou desde o início com a ajuda da</p><p>Coroa portuguesa que, após o fim da União Ibérica, tinha todo o interesse em expulsar os holandeses e</p><p>reassumir o controle sobre a economia açucareira.</p><p>e) o fim da Nova Holanda deve-se, entre outros fatores, a uma conjuntura externa desfavorável à</p><p>Holanda que, por se envolver em guerras sucessivas na Europa, não pôde socorrer seus compatriotas no</p><p>Brasil, fato este que assegurou a vitória dos luso-brasileiros em 1654.</p><p>Comentários</p><p>motivados pelo desgaste do solo, a escassez de</p><p>animais para a caça ou disputas com grupos rivais. Eles também se destacam por ser exímios</p><p>pescadores, se utilizando de canoas e jangadas em suas atividades.</p><p>Os grupos tupis viviam em guerra permanente entre si e com grupos de jês e aruaques. A guerra e o</p><p>sacrifício de prisioneiros capturados dos grupos adversários eram práticas comuns em suas aldeias.</p><p>Figura 3 - Representação de uma dança Tupinambá, de Jean de Léry, 1592.</p><p>15</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>4. A EXPANSÃO PORTUGUESA</p><p>Desde o século XIV, a Coroa portuguesa buscou estimular viagens no Atlântico em busca de</p><p>fontes de riquezas, o que a logo prazo possibilitou aos portugueses a formação de um comércio</p><p>oriental, a partir da criação de uma rota marítima que contornavam o continente africano. Veja o mapa</p><p>abaixo:</p><p>Figura 4 - A rota das navegações portuguesas e espanholas. Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2008.p. 19.</p><p>Obs: Os espanhóis foram os primeiros a alcançar a América, continente até então desconhecido para</p><p>os europeus. A primeira viagem ultramarina espanhola foi a de Cristóvão Colombo, em 1492, que</p><p>almejava alcançar às Índias seguindo para o oeste. Depois, Fernão de Magalhães promoveu a</p><p>primeira viagem de circunavegação do mundo. Juntamente com os lusos, os espanhóis dominaram</p><p>várias regiões no Atlântico.</p><p>16</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>4.1. Tratado de Tordesilhas (1494)</p><p>Após a notícia de que Colombo alcançara um novo continente, em 1492, a Coroa portuguesa</p><p>defendeu que um acordo com a Espanha fosse formalizado, com o intuito de que ambos</p><p>estabelecessem os limites de seus domínios e evitassem atritos. Vejamos os dois acordos firmados no</p><p>período:</p><p>▪ Bula Inter Coetera (1493) → Arbitrado pelo papa Alexandre VI, o documento traçou uma linha</p><p>imaginária situada a 100 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde, ficando acordado que os</p><p>territórios dispostos a leste deste marco eram posse de Portugal, enquanto a porção oeste seria</p><p>de propriedade do reino de Espanha. Como não disponibilizou nenhum território para Portugal</p><p>na América, a Coroa reivindicou um novo acordo.</p><p>▪ Tratado de Tordesilhas (1494) → Traçou uma nova linha imaginária, situada a 370 léguas de</p><p>Cabo Verde, o que permitiu a Portugal garantir sua porção de terras no Novo Mundo. O acordo</p><p>estabeleceu as terras a leste do meridiano para Portugal, e as terras a oeste para a Espanha.</p><p>Figura 5 - Mapa dos impérios português e espanhol.</p><p>Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2008.p. 20.</p><p>ATENÇÃO: Para os historiadores, a expedição de Pedro Álvares Cabral teria sido uma tomada de</p><p>posse, pois assegurava a Coroa portuguesa o domínio sobre os territórios delimitados pelo Tratado</p><p>de Tordesilhas. Além disso, para os portugueses, a costa brasileira serviria como apoio náutico para</p><p>alcançar o extremo sul da África.</p><p>17</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>5. PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)</p><p>Quando a expedição de Pedro Álvares Cabral aportou no litoral brasileiro, em 1500, o território não</p><p>foi automaticamente integrado à economia de Portugal, pois não foram encontrados metais preciosos</p><p>ou itens considerados valiosos como aqueles obtidos no comércio com o Oriente e a África.</p><p>Assim sendo, o período entre 1500 e 1530 é chamado de pré-colonial, já que Portugal não buscou</p><p>ocupar o território. Durante essas décadas, os portugueses se dedicaram apenas a reconhecer e mapear</p><p>o território, defendê-lo de ataques de outros povos e extrair o pau-brasil encontrado no litoral.</p><p>5.1. Extrativismo do pau-brasil</p><p>Em 1502, os portugueses iniciaram a exploração do pau-Brasil, árvore encontrada em abundância</p><p>no litoral brasileiro, entre o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro. Era uma espécie já utilizada na</p><p>Europa para a extração de um corante de cor avermelhada, com o qual eram tingidos os tecidos.</p><p>Tendo em vista o seu alto valor comercial, a Coroa estabeleceu o monopólio estatal sobre a</p><p>exploração do pau-brasil, chamado de estanco. O governo português não se envolvida diretamente na</p><p>atividade extrativista, mas estabelecia contratos de duração limitada com interessados na exploração e</p><p>comércio do pau-brasil.</p><p>Aqueles que recebiam a autorização da Coroa deveriam repassar um quinto (1/5) dos lucros obtidos</p><p>na venda da madeira, além de serem incumbidos de proteger o litoral contra traficantes europeus,</p><p>especialmente franceses. O primeiro arrendamento da exploração do pau-brasil, entre 1502 e 1505, foi</p><p>cedido a Fernão de Noronha, um cristão-novo2 que liderava uma associação de comerciantes de Lisboa.</p><p>Para extrair e transportar as grossas e pesadas toras de pau-Brasil, os portugueses utilizavam a mão</p><p>de obra indígena por meio do escambo - ou seja, trocavam o pau-brasil oferecido pelos indígenas por</p><p>roupas, espelhos, facas, machados e outros produtos de baixo valor no mercado europeu. A madeira era</p><p>levada até as feitorias, entrepostos fortificados no litoral brasileiro, onde era depositada até a chegada</p><p>dos navios de comerciantes portugueses.</p><p>2 Nome dado aos judeus convertidos ao cristianismo, geralmente motivados pela perseguição imposta pela Igreja.</p><p>ESTRATIVISMO DO</p><p>PAU-BRASIL</p><p>ESTANCO</p><p>MONOPÓLIO</p><p>ESTATAL SOBRE A</p><p>SUA EXPLORAÇÃO</p><p>ESCAMBO</p><p>TROCAS REALIZADAS</p><p>ENTRE</p><p>PORTUGUESES E</p><p>INDÍGENAS</p><p>FEITORIAS</p><p>DEPÓSITOS DE PAU-</p><p>BRASIL NO LITORAL</p><p>18</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>O extrativismo do pau-brasil era uma atividade contribuiu para a rápida devastação da vegetação</p><p>litorânea original. Trata-se de uma atividade de caráter predatório, que não estimulou a ocupação</p><p>(colonização) da terra. Ao final do período pré-colonial, ele já não era encontrado facilmente na</p><p>natureza.</p><p>Figura 6 - Detalhe do mapa “Terra Brasilis”, feito pelo português Lopo Homem, em 1519.</p><p>5.2. Expedições do período pré-colonial</p><p>Diversas expedições foram enviadas pela Coroa para a América portuguesa, com o intuito</p><p>de identificar o território assegurado pelo Tratado de Tordesilhas e buscar riquezas locais.</p><p>Vejamos as mais importantes:</p><p>▪ Expedição de Gaspar de Lemos (1501) → responsável pela identificação de várias</p><p>localidades e acidentes geográficos, incluindo o cabo de São Tomé, Cabo Frio e São</p><p>Vicente; além de confirmar a existência de pau-brasil na América Portuguesa, madeira</p><p>já conhecida pelos portugueses em suas viagens para o Oriente.</p><p>▪ Expedição de Gonçalo Coelho (1503) → expedição dedicada à exploração do pau-brasil. Fundou</p><p>feitorias entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio.</p><p>▪ Expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques (1516 e 1526) → a existência de pau-brasil</p><p>despertou a cobiça de diversos traficantes que atuavam na costa da América Portuguesa,</p><p>principalmente franceses. Diante disso, a Coroa organizou expedições voltadas a patrulha de</p><p>seus domínios e a punição dos invasores, comandadas por Cristóvão Jacques.</p><p>19</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>6. A ADMINISTRAÇÃO NO PERÍODO COLONIAL</p><p>Em 1530, Portugal deu início a esforços para colonizar a América Portuguesa. Dentre os aspectos</p><p>que contribuíram para isso, podemos destacar:</p><p>▪ A descoberta de ouro e prata na América Espanhola → A notícia de que os espanhóis haviam</p><p>encontrado metais preciosos em seus domínios no Novo Mundo chegou aos ouvidos dos</p><p>portugueses, que passaram a acreditar que as mesmas riquezas poderiam ser encontradas no</p><p>Brasil.</p><p>▪ As invasões e ataques de expedições estrangeiras → Muitos navios desembarcavam</p><p>clandestinamente na América Portuguesa em busca de riquezas, sobretudo o pau-brasil. Para</p><p>facilitar o contrabando da madeira, franceses chegaram a formar uma aliança com os</p><p>tupinambás, ameaçando o domínio dos lusos.</p><p>▪ A crise no comércio de especiarias → A</p><p>- A alternativa A está incorreta. Quase todas as medidas mencionadas estão corretas, mas</p><p>Nassau ampliou a participação dos proprietários rurais pernambucanos na Assembleia dos</p><p>Escabinos, espécie de Câmara Municipal no Brasil Holandês.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal os holandeses foram expulsos de Salvador justamente pela</p><p>“milícia dos descalços”.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois o processo de expulsão dos holandeses se iniciou na região</p><p>do Maranhão, enquanto Pernambuco só seria inteiramente reconquistado pelos luso-brasileiros em</p><p>1654.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a Insurreição Pernambucana foi um movimento que</p><p>inicialmente não contou com a participação da Coroa, mas apenas das elites coloniais insatisfeitas</p><p>com as alterações da política de crédito concedida pela administração holandesa em Pernambuco.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Conflitos envolvendo holandeses e ingleses impediram que os</p><p>139</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>primeiros reforçassem seus efetivos na Nova Holanda, o que consequentemente possibilitou a</p><p>vitória dos insurretos pernambucanos.</p><p>Gabarito: E</p><p>20. (2005/Colégio Naval)</p><p>“ [...] Nela, até agora, não pudemos saber se há ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro</p><p>nem o vimos. [...] Em tal maneira e graciosa [a terra] que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por</p><p>causa das águas que tem. [...] " (Pero Vaz de Caminha)</p><p>(CORTESÃO, Jaime. A Carta de Pero Vaz de Caminha. In: GASMAN, Lidinéa. Documentos Históricos Brasileiros. Rio de Janeiro,</p><p>Fename, 1976, pp. 23-4)</p><p>O relativo abandono que o Brasil passou nos primeiros trinta anos após o registro feito por Pero Vaz de</p><p>Caminha sobre as terras "descobertas" pela Coroa portuguesa deveu-se, entre outros aspectos,</p><p>a) à falta de recursos para implementar um projeto de exploração colonial semelhante ao da Espanha.</p><p>b) aos constantes ataques dos holandeses contra a frota da Companhia de Comércio do Brasil, o que</p><p>inviabilizou a colonização nesse período.</p><p>c) à falta de uma produção organizada que pudesse ser comercializada imediatamente, não se</p><p>enquadrando dentro da perspectiva mercantilista da época.</p><p>d) à carência de mão-de-obra para o trabalho nos latifúndios canavieiros, o que só se solucionará com o</p><p>início do tráfico negreiro.</p><p>e) aos inúmeros levantes indígenas que queimavam as plantações e combatiam a presença portuguesa</p><p>na América.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. O trecho da Carta de Caminha, escrivão da armada cabralina,</p><p>revela que não foram encontrados metais preciosos em 1500, o que dificultaria a implementação de</p><p>um modelo de ocupação semelhante ao inaugurado pelos espanhóis na América. Contudo, ele</p><p>chama atenção para o rei quanto aos recursos naturais encontrados, que possibilitariam o</p><p>desenvolvimento de uma economia colonial agroexportadora.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal os ataques holandeses na América lusa se iniciariam no</p><p>final do século, em 1599.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Apesar da Terra de Vera Cruz não atender de imediato os</p><p>interesses mercantilistas de Portugal, o território também seria explorado tendo em conta os</p><p>princípios desta política econômica, na medida em que se torna colônia do Império luso.</p><p>- A alternativa D está incorreta, uma vez que os engenhos de açúcar se utilizaram de mão de</p><p>obra indígena nos anos iniciais do processo de ocupação do litoral brasileiro.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a terra ainda não havia sido ocupada pelos lusos no</p><p>contexto de escrita da carta de Caminha.</p><p>Gabarito: A</p><p>21. (2005/Colégio Naval)</p><p>" [...] Submetido durante três séculos à potência europeia que maneja o maior mercado de escravos, o</p><p>Brasil converte-se no maior importador de escravos do Novo Mundo..."</p><p>(Alencastro, Luiz Felipe de - O Trato dos Viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul - São Paulo: Companhia das Letras,</p><p>2000.)</p><p>As razões que levaram a utilização de escravos africanos como mão-de-obra nas lavouras açucareiras do</p><p>140</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Brasil foram</p><p>a) a redução considerável do número de índios no litoral e a oposição da Igreja Católica que combatia a</p><p>escravização indígena.</p><p>b) as dificuldades enfrentadas pelos índios em se adaptar ao trabalho na lavoura e a fácil adaptação dos</p><p>negros ao trabalho pesado.</p><p>c) a política de estado de preservação dos povos indígenas e os grandes lucros gerados para a Coroa</p><p>portuguesa com a venda dos escravos africanos.</p><p>d) o déficit populacional em Portugal e fato do negro ser mais dócil que o índio, aceitando o seu estado</p><p>de escravo.</p><p>e) a instituição prévia do emprego da mão-de-obra escrava em Portugal e a preguiça do índio no</p><p>trabalho na lavoura.</p><p>Comentários</p><p>Essa é uma questão que oferece diversos estereótipos em relação aos ameríndios e africanos.</p><p>Vejamos cada um deles:</p><p>Os indígenas não eram inaptos ao trabalho nem preguiçosos. Na verdade, o sistema escravista</p><p>não fazia parte das organizações sociais existentes na América, fazendo eclodir revoltas indígenas</p><p>em diversos pontos da Colônia.</p><p>Os africanos não eram mais fortes ou “acostumados” à escravidão. O tráfico de escravizados</p><p>existia em alguns pontos do continente africano antes mesmo da chegada dos portugueses, ainda</p><p>que em condições bastante distintas. Contudo, isso não garantiu que os cativos africanos capturados</p><p>fossem mais dóceis, afinal diversas revoltas escravistas foram organizadas ao longo da História</p><p>colonial.</p><p>Tendo em conta os apontamentos acima, as alternativas B, D e E estão incorretas. A alternativa C</p><p>também está incorreta, afinal os indígenas não foram preservados pela Coroa, mas dizimados pelas</p><p>doenças e pelas guerras de conquista. Por fim, a alternativa A é a resposta, pois a continuidade da</p><p>escravidão indígena foi dificultada pelo desaparecimento de boa parte da população nativa a partir</p><p>da disseminação de moléstias de origem europeia. Além disso, a Igreja empenhou uma política de</p><p>catequização dos indígenas, dificultando sua escravização.</p><p>Gabarito: A</p><p>22. (2005/Colégio Naval)</p><p>Em 1534, o rei português D. João III instituiu um sistema de divisão do litoral do Brasil em capitanias. Tais</p><p>extensões territoriais variavam entre trinta e cem léguas no sentido da latitude, mas de extensão</p><p>indefinida para o interior; eram destinadas a serem comandadas por donatários que deveriam, entre</p><p>outras coisas, povoar, cultivar e defender as terras. Os motivos que levaram Portugal a colonizar o Brasil</p><p>foram</p><p>a) os constantes ataques indígenas e de estrangeiros aos núcleos de povoamento portugueses e o</p><p>aumento do preço da cana-de-açúcar na Europa.</p><p>b) a exploração do pau-brasil e a necessidade de punir os criminosos do Estado Português que vieram</p><p>degredados ao Brasil.</p><p>c) a instauração do tráfico negreiro na África e o início da empresa açucareira no nordeste brasileiro.</p><p>d) a fertilidade do solo brasileiro para o cultivo de gêneros tropicais e a exploração das drogas do sertão.</p><p>e) as ameaças estrangeiras em tomar o território brasileiro e a progressiva crise do comércio com o</p><p>oriente.</p><p>141</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal não havia núcleos de povoamento durante o período pré-</p><p>colonial, uma vez que os interesses econômicos da Coroa se encontraram voltados para o rico</p><p>comércio de especiarias entre 1500 e 1530.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a exploração de pau-brasil de seu durante todo o período</p><p>pré-colonial sem suscitar a formação de divisão administrativa do território.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a empresa açucareira e o tráfico de escravos no Atlântico</p><p>foram decorrentes do início do processo de ocupação do território, a partir de 1530.</p><p>- A alternativa E é a resposta. O início da colonização da América Portuguesa foi motivado pela</p><p>decadência do comércio de especiarias nas Índias, o que fez com</p><p>que a Coroa volte suas atenções à</p><p>exploração do Novo Mundo. Além disso, as constantes tentativas de franceses e outros estrangeiros</p><p>de explorarem o território levou Portugal a lançar mão de recursos que estimulassem a ocupação do</p><p>Brasil para combater as ameaças externas.</p><p>Gabarito: E</p><p>23. (2008/Colégio Naval)</p><p>Leia o trecho abaixo e responda a questão a seguir.</p><p>Visto como o rei de Espanha, nosso inimigo, possui ilegalmente estas terras e cidades, tendo destituído</p><p>de modo inconveniente e pouco cristão o verdadeiro dono do reino de Portugal (a qual pertence o Brasil)</p><p>(...) há razões de sobra para esperar a assistência da Divina Justiça na obra da Companhia no Brasil, que</p><p>pertence à Coroa Portuguesa. (...) (Ian Moerbeeck, 1624.)</p><p>FREIRE, Américo, Marly Silva da Motta e Dora Rocha - História em Curso, O Brasil e suas relações com o mundo Ocidental - Ed.</p><p>Do Brasil/Fundação Getúlio Vargas/CPDOC - pg 77.</p><p>O trecho demonstra um momento da História brasileira, na primeira metade do século XVII, quando o</p><p>Brasil</p><p>a) enfrenta diversas invasões estrangeiras, destacando-se os holandeses em Pernambuco e os franceses</p><p>no Rio de Janeiro, através do que ficou conhecido como França Equinocial.</p><p>b) devido à chamada União Ibérica, passa a enfrentar, entre outros aspectos, a invasão dos holandeses,</p><p>que buscavam ocupar as áreas de produção de açúcar.</p><p>c) sofre constantes ataques piratas dos ingleses em Santos e Recife, com a finalidade de saquear a</p><p>produção açucareira e estabelecer colônias nestas regiões.</p><p>d) devido à União Ibérica, enfrenta diversas invasões estrangeiras, podendo-se citar a dos Franceses no</p><p>Maranhão, na ocupação que ficou conhecida como França Antártica.</p><p>e) passa a sofrer um aumento abusivo de impostos, devido à União Ibérica, estimulando revoltas de</p><p>colonos e adesões aos invasores holandeses, ingleses e franceses no Brasil.</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A e D estão incorretas. A colônia francesa instalada no Rio de Janeiro recebeu o</p><p>nome de França Antártica, que perdurou entre os anos de 1555 e 1560. Após serem expulsos da Baía</p><p>de Guanabara, os franceses tentaram implementar, em 1612, uma colônia na região no Maranhão,</p><p>batizada de França Equinocial.</p><p>- A alternativa B é a resposta. A partir da União Ibérica, período que vai 1580 e 1640, foi marcado</p><p>pela submissão de Portugal à Coroa espanhola, que impõe aos lusos o fim do comércio com os</p><p>holandeses. Isso atrapalhava a participação desses estrangeiros no refino e comércio do açúcar, o</p><p>142</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>motivando-os a ocupar a área voltada ao fabrico do produto.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Piratas ingleses chegaram a promover saques de açúcar em</p><p>Santos, mas não foram realizados ataques em Recife.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora os invasores holandeses tenham logrado êxito em</p><p>conquistar o apoio das elites açucareiras em Pernambuco, franceses e ingleses não contaram com a</p><p>cooperação dos colonos em suas incursões pelo território brasileiro.</p><p>Gabarito: B</p><p>24. (2006/Colégio Naval)</p><p>Quando esteve em São Vicente, no ano de 1532, Martin Afonso recebeu uma carta do rei anunciando a</p><p>decisão de promover o povoamento do Brasil com a implantação de um sistema que já havia sido</p><p>utilizado com êxito nas ilhas portuguesas do Atlântico. O comentário acima refere-se ao Sistema de</p><p>Capitanias Hereditárias por meio do qual</p><p>a) tinha-se a finalidade de organizar a ocupação territorial, dividindo o território em áreas subordinadas</p><p>a um Governador Geral.</p><p>b) o governo português, em parceria financeira com o capital privado, executaria todo o processo de</p><p>colonização da terra.</p><p>c) o governo português transferia para os donatários a responsabilidade financeira da colonização da</p><p>terra.</p><p>d) o governo português buscava estabelecer uma ocupação territorial com o poder político centralizado</p><p>para melhor controlar a colônia.</p><p>e) organiza-se a ocupação do território a partir da criação de comunidades politicamente independentes</p><p>em relação ao Estado Português.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o governo geral só foi implementado no Brasil em 1548,</p><p>em resposta ao fracasso do sistema de capitanias hereditárias.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o processo de ocupação da terra foi entregue à</p><p>particulares, chamados de capitães-donatários.</p><p>- A alternativa C é a resposta. Em 1534, a Coroa portuguesa replicou o sistema de colonização</p><p>empregado nas ilhas de Açores e da Madeira na América, denominado capitanias-hereditárias. O</p><p>território foi dividido em extensas faixas de terras, as capitanias, e entregues a particulares para que</p><p>pudessem povoá-las com seus próprios recursos.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Após boa parte das capitanias hereditárias não apresentarem o</p><p>resultado esperado, a Coroa criou o governo geral, que centralizava a administração na Colônia em</p><p>Salvador. Com isso, o governador geral passava a ser a maior autoridade em solo colonial, dispondo</p><p>de atribuições militares (defesa da Colônia), administrativas (gerir as finanças da Colônia), judiciárias</p><p>(nomear quadros da Justiça) e eclesiásticas (nomear sacerdotes).</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal todos os povoamentos criados na América Portuguesa</p><p>respondiam à metrópole.</p><p>Gabarito: C</p><p>25. (2004/Colégio Naval)</p><p>143</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Assinale as afirmativas abaixo, em relação aos Tratados assinados entre Portugal e Espanha sobre as</p><p>terras do "novo mundo" encontradas durante a expansão marítima.</p><p>I - A descoberta dessas novas terras gerou polêmica entre Portugal e Espanha quanto à sua posse,</p><p>cabendo ao Papa Bonifácio IV desempenhar o papel de árbitro internacional.</p><p>II - Em 1491, foi proclamada a Bula Intercoetera, segundo a qual seria traçada uma linha imaginária, a</p><p>partir da Ilha da Madeira, 100 léguas em direção ao Ocidente. III- Em 1494, celebrou-se o Tratado de</p><p>Tordesilhas, que determinava a distância para 370 léguas a partir do Arquipélogo de Cabo Verde.</p><p>IV - O Tratado de Tordesilhas demarcou os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como</p><p>elemento propulsor o desenvolvimento da expansão marítima e comercial.</p><p>V - A consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e a formação do</p><p>exército nacional foram estimulados pelo Tratado de Tordesilhas.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>a) As afirmativas I, II e V são verdadeiras.</p><p>b) As afirmativas II e V são verdadeiras.</p><p>c) As afirmativas III e IV são verdadeiras.</p><p>d) Apenas a afirmativa II é verdadeira.</p><p>e) Apenas a afirmativa V é verdadeira.</p><p>Comentários</p><p>- A afirmativa I está incorreta, afinal os acordos entre Portugal e Espanha foram mediados pelo</p><p>papa Alexandre VI.</p><p>- A afirmativa II está incorreta, pois a bula traçou uma linha imaginária a 100 léguas de Cabo</p><p>Verde.</p><p>- A afirmativa III está correta. Insastisfeito com a Bula Intercoetera, Portugal sugeriu a criação de</p><p>uma nova linha imaginária, situada a 370 léguas de Cabo Verde. Dessa forma, os lusos também</p><p>poderiam garantir sua porção de terras no Novo Mundo, o que foi acatado pelos espanhóis. Em 7 de</p><p>junho de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que designou terras a leste para Portugal e a</p><p>oeste para Espanha.</p><p>- A afirmativa IV está correta, afinal o Tratado de Tordesilhas dividiu entre as monarquias ibéricas</p><p>os domínios alcançados durante as Grandes Navegações.</p><p>- A afirmativa V está incorreta, pois o Tratado de Tordesilhas não estipulava a formação de</p><p>exércitos nacionais, mas a divisão dos territórios que compunham os Impérios ultramarinos ibéricos.</p><p>Estando corretas as afirmativas III e IV, a alternativa C é a resposta.</p><p>Gabarito: C</p><p>26. (2004/Colégio Naval)</p><p>A crise de sucessão portuguesa originada com a morte do rei D. Sebastião, na Batalha de Alcácer-Quibir</p><p>e continuada com a morte de seu substituto, o Cardeal D. Henrique, sem deixar sucessor direto, resultou</p><p>na conquista de Portugal</p><p>por Felipe II, em 1580. Esse fato ficou conhecido como</p><p>a) Revolução de Avis, que pôs fim a dinastia de Borgonha e deu início a um novo período em Portugal</p><p>resultando na expansão marítima e comercial.</p><p>b) Guerra de Reconquista, luta entre cristãos e muçulmanos onde o Reino de Portugal estava envolvido,</p><p>levando à morte do monarca.</p><p>c) Juramento de Tomar, com a morte do rei português a Espanha assume o monopólio do comércio</p><p>144</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>colonial português, e coloca toda a administração do Brasil nas mãos de espanhóis.</p><p>d) A Revolução do Porto, onde camponeses, artesãos, funcionários públicos e militares, liderados pela</p><p>burguesia comercial do Porto exigem a volta da monarquia portuguesa ao poder.</p><p>e) União Ibérica, unificação de Portugal e Espanha devido à vacância do trono português, originada pela</p><p>morte do cardeal D. Henrique.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. A Revolução de Avis foi um processo que contribuiu para a centralização</p><p>política de Portugal, mas que antecedeu a morte de D. Sebastião.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a Batalha de Alcácer-Quíbir, na qual faleceu D. Sebastião, foi</p><p>posterior ao processo de Reconquista da península ibérica, concluído em 1492, com a tomada de</p><p>Granada.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o Juramento de Tomar foi um documento em que o rei Felipe II se</p><p>comprometia a resguardar certas prerrogativas em relação à administração colonial para os</p><p>portugueses.</p><p>- A alternativa D está incorreta. A Revolução do Porto foi um processo irrompido em 1821, que</p><p>demandava o retorno de D. João VI para Portugal e sua submissão às Cortes. O movimento implantou</p><p>uma monarquia constitucional em Portugal.</p><p>- A alternativa E é resposta. Em 1578, o rei português D. Sebastião foi morto em combate contra os</p><p>árabes no Marrocos, durante a Batalha de Alcácer-Quibir. Ele foi sucedido pelo tio-avô, D. Henrique, que</p><p>falece dois anos depois e sem deixar herdeiros diretos. A partir daí, inicia-se uma disputa pela sucessão</p><p>do trono de Portugal, da qual saiu vitorioso o monarca Filipe II de Espanha e que se torna rei das duas</p><p>monarquias ibéricas. O período que vai 1580 e 1640, quando os reis espanhóis acumularam as coroas</p><p>dos dois Estados da península, ficou conhecido entre os historiadores como União Ibérica.</p><p>Gabarito: E</p><p>27. (2004/Colégio Naval)</p><p>"As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito político-militar da Colônia.</p><p>Embora concentradas no Nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário,</p><p>fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da</p><p>luta pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos. [...] O ataque a Pernambuco se</p><p>iniciou em 1630, com a conquista de Olinda. A partir desse episódio, a guerra pode ser dividida em três</p><p>períodos distintos. [...] O segundo período, entre 1637 e 1644, caracteriza-se por relativa paz,</p><p>relacionada com o governo do príncipe holandês Maurício de Nassau, que foi o responsável por uma</p><p>série de importantes iniciativas políticas e realizações administrativas."</p><p>(Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2004.p.84 e 85.)</p><p>São características do governo Maurício de Nassau, EXCETO:</p><p>a) concessão de créditos aos senhores de engenho.</p><p>b) investimentos em obras urbanas, sendo construídas pontes e obras sanitárias.</p><p>c) criação da cidade de Maurícia, hoje um bairro da capital pernambucana.</p><p>d) a intolerância religiosa, pois Nassau que era calvinista, perseguiu outros segmentos religiosos.</p><p>e) estímulo à vinda de artistas, naturalistas, médicos e astrônomos.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está correta. Assim que pisou na capitania de Pernambuco, Maurício de Nassau</p><p>145</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>começou a trabalhar para a recuperação da região, vendendo a crédito engenhos abandonados por</p><p>senhores que fugiram para a Bahia.</p><p>- A alternativa B está correta. Nassau promoveu melhorias urbanas em Recife, tais como o</p><p>calçamento de ruas e a construção de pontes, proibiu o descarte de lixo nas vias públicas e o despejo</p><p>do bagaço da cana nos rios.</p><p>- A alternativa C está correta, afinal Maurícia corresponde à parte da capital pernambucana.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal Nassau implantou a liberdade religiosa em Pernambuco,</p><p>permitindo católicos e judeus professarem livremente suas crenças, o que fez surgir em Recife a</p><p>primeira sinagoga da América Portuguesa.</p><p>- A alternativa E está correta. Botânicos e médicos se dedicaram a estudar a fauna, flora e as</p><p>doenças tropicais que assolavam os colonos, enquanto artistas patrocinados por Nassau registraram</p><p>o cotidiano na colônia, suas paisagens e as populações indígenas.</p><p>Gabarito: D</p><p>28. (2018/Colégio Naval)</p><p>Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.</p><p>[...] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de Olinda, com a repetição de todas as formalidades</p><p>de São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, eleição de vereadores,</p><p>alternância no poder. [...] Em Pernambuco passou a funcionar de maneira efetiva a autoridade do</p><p>donatário, em dois sentidos, No das receitas, implantou cobrança de impostos, inclusive com repasses</p><p>ao rei, e tais recursos financiavam serviços delegados ao donatário, como o de atuar como instância mais</p><p>alta que o Judiciário da vila e o de controlar a vida civil.</p><p>(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.)</p><p>De acordo com o texto é correto afirmar que o autor buscou descrever as medidas que:</p><p>a) levaram a capitania de Pernambuco a prosperar.</p><p>b) causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates.</p><p>c) levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar.</p><p>d) causaram o impasse político gerador da Insurreição Pernambucana.</p><p>e) transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Embora tenha fracassado em muitas partes do país, o sistema de</p><p>capitanias hereditárias implementado em 1534 logrou êxito em Pernambuco e São Vicente.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a Guerra dos Mascates foi uma reação das elites açucareiras de</p><p>Olinda à elevação de Recife à condição de vila.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois descreve uma realidade onde o sistema de capitanias funcionou, a</p><p>região de São Vicente.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois a Insurreição Pernambucana foi um movimento que levou à</p><p>expulsão dos holandeses do Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o governo-geral foi um sistema que coexistiu com as capitanias-</p><p>hereditárias até a Era Pombalina.</p><p>146</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Gabarito: A</p><p>29. (2007/Colégio Naval)</p><p>No ano de 1494, portugueses e espanhóis assinavam o Tratado de Tordesilhas partilhando o mundo</p><p>entre eles, fato que posteriormente recebeu a crítica da França, Inglaterra e Países Baixos, entre outros</p><p>que passaram a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas.</p><p>Entre os fatores que demonstram tal questionamento pode-se citar a</p><p>a) frequente presença holandesa em terras brasileiras questionando a soberania portuguesa através do</p><p>intenso comércio do açúcar praticado na capitania de Pernambuco.</p><p>b) presença francesa no Maranhão ocasionando, entre outros aspectos, a fundação da cidade de São</p><p>Luís no final do século XVI.</p><p>c) presença inglesa, principalmente através de piratas financiados pelo governo inglês, os quais por</p><p>várias vezes tentaram estabelecer colônias nas terras brasileiras.</p><p>d) invasão holandesa no Recife motivada unicamente pelos conflitos que tinha com a Espanha.</p><p>e) presença frequente de franceses nos primeiros momentos da colonização portuguesa, destacando a</p><p>criação da França Antártica no Rio de Janeiro.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a participação dos holandeses</p><p>na empresa açucareira foi</p><p>inicialmente permitida pelos portugueses, que não dispunham de técnicas de refino do produto.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois São Luís foi fundada em 1612, no século XVII.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal as incursões inglesas não objetivavam fundar colônias, mas</p><p>saquear o litoral brasileiro.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois as invasões holandesas tinham em conta principalmente interesses</p><p>econômicos dos holandeses no negócio açucareiro.</p><p>- A alternativa E é a resposta. O rei francês Francisco I, ao saber da assinatura do Tratado de Tordesilhas,</p><p>teria comentado: “gostaria de ver a cláusula do testamento de Adão que me afastou da partilha do</p><p>mundo”. Sem reconhecer a legitimidade do acordo, os franceses buscaram assegurar seus territórios na</p><p>América, invadindo domínios coloniais dos portugueses.</p><p>Gabarito: E</p><p>30. (2017/Colégio Naval)</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Eleito Jerônimo de Albuquerque por capitão-mor da conquista do Maranhão, como temos dito, se foi</p><p>logo às aldeias do nosso gentio pacífico, e por lhes saber falar bem a língua, e o modo com que se levam,</p><p>ajuntou quantos quis: contarei só do que houve em uma aldeia, para que se veja a facilidade com que se</p><p>leva este gentio de quem os entende e conhece, e foi que pôs a uma parte bom feixe de arcos, e flechas,</p><p>a outra outro de rocas, e fusos, e mostrando-Ihos lhes disse: “Sobrinhos, eu vou à guerra, estas são as</p><p>armas dos homens esforçados e valentes, que me hão de seguir; estas das mulheres fracas, e que hão de</p><p>ficar em casa fiando; agora quero ouvir quem é homem, ou mulher". As palavras não eram ditas, quando</p><p>se começaram todos a desempunhar, e pegar dos arcos, e flechas, dizendo que eram homens, e que</p><p>partissem logo para a guerra; ele os quietou, escolhendo os que havia de levar, e que fizessem mais</p><p>flechas, e fossem esperar a armada ao Rio Grande, onde de passagem os iria tomar. (...)</p><p>Feito isto se embarcaram todos dia de S. Bartolomeu, 24 de agosto da era de 1614 anos, em uma</p><p>caravela, dois patachos e cinco caravelões (...)</p><p>147</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(Frei Vicente do Salvador)</p><p>É correto afirmar que o relato do Frei Vicente do Salvador está relacionado à retomada do território que</p><p>ficou conhecido como</p><p>a) França Equinocial.</p><p>b) França Antártica.</p><p>c) Brasil holandês.</p><p>d) Quilombo dos Palmares.</p><p>e) Cisplatina.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Após serem expulsos pelos portugueses da Baía de Guanabara, os</p><p>franceses empreenderam uma nova invasão ao Maranhão, onde fundaram a chamada França</p><p>Equinocial. A iniciativa foi comandada por Daniel de la Touche, e teve a duração de três anos (1612-</p><p>1615).</p><p>- A alternativa B está incorreta. Em 1555, os franceses invadiram a América Portuguesa e fundaram o</p><p>forte Coligny, em uma das ilhas da baía de Guanabara, Rio de Janeiro. A colônia francesa, chamada de</p><p>França Antártica, durou apenas cinco anos, sendo derrotada pelo terceiro-governador geral, Mem de Sá,</p><p>em 1560.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a ocupação dos holandeses no Nordeste se deu entre os anos de</p><p>1630 e 1654, coordenada pela Companhia das Índias Ocidentais.</p><p>- A alternativa D está incorreta, pois Palmares não foi um território tomado por estrangeiros, mas uma</p><p>comunidade de resistência organizada por escravizados e seus descendentes.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois a Cisplatina foi ocupada pelos portugueses a partir do período</p><p>joanino, entre 1811 e 1812. O território foi anexado ao Brasil no contexto da independência, porém</p><p>obteve sua emancipação por meio da Guerra da Cisplatina (1825-1828), quando se tornou a Banda</p><p>Oriental do Uruguai.</p><p>Gabarito: A</p><p>31. (2006/Colégio Naval)</p><p>No que se refere a Duarte da Costa, o segundo governador geral do Brasil, pode-se citar, entre as</p><p>características do seu governo,</p><p>a) a expulsão dos franceses e, consequentemente, a fundação da cidade do Rio de Janeiro.</p><p>b) o apaziguamento da chamada Confederação dos Tamoios, utilizando-se da ajuda dos Jesuítas, entre</p><p>eles José de Anchieta.</p><p>c) a inabilidade em se relacionar com membros da igreja e a incapacidade de impedir a invasão francesa</p><p>no Rio de Janeiro.</p><p>d) o incentivo à agricultura e à pecuária por meio de vultosos empréstimos aos senhores de engenho.</p><p>e) o estímulo à vinda de jesuítas com a finalidade de intensificar o processo de catequese sobre as</p><p>comunidades indígenas.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a expulsão dos franceses ocorreu durante o governo do terceiro</p><p>governador-geral do Brasil, Mem de Sá, em 1624.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a chamada Confederação dos Tamoios também foi combatida</p><p>148</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>durante a gestão de Mem de Sá, contando com o apoio dos aliados tupiniquim.</p><p>- A alternativa C é a resposta. A gestão de Duarte da Costa foi marcada por conflitos com o bispo D.</p><p>Pedro Fernandes Sardinha e com os jesuítas, contrários à omissão do governador-geral diante da</p><p>escravidão indígena. Além disso, foi durante o seu governo que ocorreu a fundação da França Antártica</p><p>na baía de Guanabara.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal empréstimos aos senhores de engenho são comumente</p><p>associados à gestão de Maurício de Nassau, representante da Companhia das Índias Ocidentais no</p><p>Brasil.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora o governo de Duarte da Costa tenha sido marcado pela vinda de</p><p>jesuítas, a catequização dos nativos não foi apoiada, o que levou a desentendimentos com os</p><p>missionários.</p><p>Gabarito: C</p><p>32. (2004/Colégio Naval)</p><p>Os trinta anos que vão da chegada de Cabral à de Martin Afonso de Sousa, 1500-1530 no Brasil, é</p><p>denominado período pré-colonial. Qual das opções abaixo, apresenta características desse período?</p><p>a) De 1500 a 1530 a economia brasileira gravitou em torno da extração de especiarias conhecidas como</p><p>"Drogas do Sertão". Os indígenas traziam para as feitorias no litoral e faziam o escambo com</p><p>portugueses dessas "especiarias brasileiras".</p><p>b) A carta de Pero Vaz de Caminha aguçou a cobiça dos portugueses pela riqueza. O que propiciou uma</p><p>imediata ocupação do território colonial brasileiro com o objetivo de explorar as riquezas, aqui,</p><p>existentes.</p><p>c) Durante esse período o Brasil não sofreu invasões de outras nações, pois Portugal organizou várias</p><p>expedições guarda-costas, como as de Cristóvão Jacques, o que inibiu a tentativa de invasão por parte</p><p>dessas nações.</p><p>d) A economia pré-colonial centrou-se no pau-brasil. A extração do pau-brasil foi declarada estanco,</p><p>onde o primeiro arrendatário foi Fernão de Noronha.</p><p>e) O ciclo do pau-brasil foi utilizado para colonizar a terra, principalmente no nordeste, o que permitiu o</p><p>início da exploração agrícola pelos portugueses fixando o colono à terra.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a exploração das drogas do sertão se deu no período colonial,</p><p>sobretudo a partir do século XVII.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a ocupação dos portugueses foi iniciada por meio da expedição de</p><p>Martim Afonso de Souza, em 1530.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois as expedições de Cristóvão Jacques foram organizadas em resposta</p><p>às invasões empreendidas por estrangeiros na costa, principalmente franceses.</p><p>- A alternativa D é a resposta. Em 1502, os portugueses iniciaram a exploração do pau-Brasil, árvore já</p><p>utilizada na Europa para a extração de um corante de cor avermelhada, com o qual eram tingidos os</p><p>tecidos. Tendo em vista seu alto valor comercial, a Coroa estabeleceu o monopólio real sobre a</p><p>exploração da madeira, chamado de estanco, o que não impediu que navegadores espanhóis, ingleses e</p><p>franceses desafiassem o Tratado de Tordesilhas para contrabandear o produto para seus respectivos</p><p>países. O monopólio de exploração do pau-brasil esteve nas mãos de Fernando de Noronha, entre 1503</p><p>149</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>e 1505.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a exploração do pau-brasil não era acompanhada por esforços de</p><p>ocupação da terra nas três primeiras décadas do século XVI.</p><p>Gabarito: D</p><p>33. (2004/Colégio Naval)</p><p>Foi por meio do "Regimento de 1548", que se instalou e se regulamentou um novo sistema político na</p><p>colônia portuguesa: o Governo Geral. Em que contexto se inseriu a criação do Governo Geral, no Brasil?</p><p>a) Na tentativa de centralizar o poder e a administração pública, no fracasso econômico do sistema de</p><p>capitanias hereditárias, na vulnerabilidade do Brasil às investidas estrangeiras e na inviabilidade de se</p><p>promover a colonização com recursos particulares.</p><p>b) Na grande expansão econômica e comercial que Portugal estava passando, devido à intensificação do</p><p>comércio com o oriente, especialmente com a Índia, o que permitiu uma acumulação de capital por</p><p>parte da coroa portuguesa para investir no Brasil.</p><p>c) Na extinção das capitanias hereditárias devido ao insucesso a que elas se submeteram, precisando</p><p>assim a coroa portuguesa criar uma nova forma de administração para a colônia.</p><p>d) No equilíbrio da Balança comercial portuguesa, devido à extração do ouro na região de Minas Gerais,</p><p>o que permitiu acumular capital suficiente para investir na estrutura da administração colonial.</p><p>e) Na intenção da coroa portuguesa em se desfazer do monopólio real sobre a extração do pau-brasil,</p><p>dando a incumbência ao Governador-Geral de transferir a comercialização desse produto para as mãos</p><p>das companhias comerciais.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Diante do fracasso do sistema de capitanias-hereditárias, ineficaz no</p><p>estímulo ao desenvolvimento de atividades econômicas e de ocupação do solo, a Coroa lusa</p><p>implementou o governo-geral, que centralizou a administração e tomou as rédeas do processo de</p><p>colonização. Coube aos governadores o comando militar e defesa da Colônia, conduzir as finanças da</p><p>América lusa, nomear os quadros da Justiça e os sacerdotes das paróquias.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal a ocupação da América Portuguesa se deu em um momento de</p><p>crise do comércio estabelecido com as Índias.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o governo-geral coexistiu com as capitanias-hereditárias, que só</p><p>foram extintas durante o governo pombalino, em 1759.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a exploração aurífera ocorreu em um contexto posterior à</p><p>implementação dos governos-gerais, ao final do século XVII.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a Coroa continuou a dispor do estanco sobre a extração do pau-</p><p>brasil no contexto do governo-geral, porém se buscava o desenvolvimento de outras atividades</p><p>econômicas no período.</p><p>Gabarito: A</p><p>34. (CN/2004)</p><p>"O Brasil é um Dom do açúcar". Essa frase é atribuída a Antonil, um jesuíta toscano, que visitou as terras</p><p>brasileiras no século XVI. Sua impressão não poderia ser outra: a metrópole portuguesa parecia disposta</p><p>a transformar o Brasil num imenso canavial. A produção açucareira tornava-se o objetivo principal da</p><p>150</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>coroa portuguesa, pois o pacto colonial estruturava as relações entre a colônia e a metrópole de maneira</p><p>a canalizar todo o lucro do açúcar para Portugal. Foram vários os motivos que levaram Portugal a investir</p><p>no açúcar.</p><p>Assinale a opção que NÃO representa um desses motivos</p><p>a) Os portugueses tinham experiência anterior, com a expansão marítima e comercial, pois, durante este</p><p>processo, povoaram algumas ilhas do Atlântico com Madeira, Açores e Cabo Verde, onde iniciaram a</p><p>cultura da cana.</p><p>b) As condições naturais da colônia eram propícias. O litoral nordestino brasileiro possuía clima quente e</p><p>úmido, além do solo massapê, ambos muito propícios ao plantio da cana-de-açúcar.</p><p>c) Havia procura no mercado europeu. A colonização só interessaria à coroa portuguesa se baseada num</p><p>produto de ampla aceitação no mercado consumidor europeu. O açúcar preenchia esse requisito.</p><p>d) Dada a rentabilidade da empresa açucareira havia a possibilidade de investimentos de capitais</p><p>holandeses para refino, distribuição, importação de mão-de-obra escrava.</p><p>e) Exigência da Inglaterra para que Portugal explorasse a cana-de-açúcar no Brasil, pois com a produção</p><p>sendo feita em colônias portuguesas, os ingleses garantiriam sua compra por preços mais baixos.</p><p>Comentários</p><p>Questão sobre o complexo açucareiro. Vejamos:</p><p>- A alternativa A é correta, a expansão marítima portuguesa teve em suas possessões nas ilhas do</p><p>Atlântico um ponto estratégico para a implantação de sistema de exploração comercial, o açúcar.</p><p>- A alternativa B é correta, o massapê é um solo muito fértil excelente para a produção agrícola, e se</p><p>encontra em abundância na região do nordeste, principalmente em Pernambuco. Tendo sido muito</p><p>importante para a implantação da economia do açúcar.</p><p>- A alternativa C é correta, a produção colonial, principalmente, do açúcar era voltada para o mercado</p><p>externo. No contexto de exploração marítima e da busca por especiarias, o açúcar era um produto</p><p>bastante requisitado no mercado europeu.</p><p>- A alternativa D é correta, os holandeses desempenharam um papel importante na consolidação da</p><p>economia açucareira. Investiam capital no negócio e funcionavam como atravessadores e intermediários</p><p>no processo.</p><p>- A alternativa E é incorreta, pois a implantação da economia do açúcar no Brasil se baseou nas</p><p>experiências portuguesas em suas colônias nas ilhas atlânticas.</p><p>Gabarito: E</p><p>35. (CN/2005)</p><p>"Numa primeira aproximação, o sistema colonial apresenta-se-como o conjunto das relações entre as</p><p>metrópoles e suas respectivas colônias, num dado período da história da colonização: na Época</p><p>Moderna, entre o Renascimento e a Revolução Francesa. Parece-nos conveniente chamar essas relações,</p><p>seguindo a tradição de vários historiadores, Antigo Sistema Colonial da era mercantilista."</p><p>(NOVAIS, Fernando A. - Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema colonial (séculos XVI-XVIII) - São Paulo: Brasiliense, 1998.)</p><p>Uma das bases do Antigo Sistema Colonial mencionado pelo historiador Fernando A. Novais foi a</p><p>plantation que, no que diz respeito ao Brasil, durante o Período Colonial, pode ser definida como:</p><p>a) pequena propriedade, policultura de gêneros agrícolas voltados para o mercado interno e a utilização</p><p>do trabalho livre assalariado.</p><p>b) grande propriedade, monocultura voltada para o mercado externo e mão-de-obra assalariada livre.</p><p>c) monocultura voltada para o mercado externo, utilização do trabalho compulsório e pequena</p><p>151</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>propriedade.</p><p>d) utilização de mão-de-obra escrava, grande propriedade e monocultura voltada para o mercado</p><p>externo.</p><p>e) utilização de mão-de-obra escrava, grande propriedade e policultura de gêneros agrícolas voltados</p><p>para o mercado interno.</p><p>Comentários</p><p>Conforme abordado na parte teórica, a grande lavoura voltada à exportação foi baseada no</p><p>sistema plantation, baseado na tríade:</p><p>▪ Monocultura → Como o próprio nome sugere, a exploração do solo era voltada para o cultivo</p><p>da cana sacarina, utilizada para a manufatura do açúcar. Toda a produção da Colônia era</p><p>voltada para o mercado europeu.</p><p>▪ Latifúndio → Imensas extensões de terras eram reservadas à produção açucareira, sob a</p><p>responsabilidade de único proprietário, o senhor de engenho.</p><p>▪ Escravidão → Para o desempenho de todas as etapas de produção do açúcar, a mão de obra</p><p>utilizada era majoritariamente escravizada. Na boa definição do padre italiano André João</p><p>Antonil, os escravos eram “as mãos e pés do engenho”.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa D é a resposta. Vejamos as demais opções:</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal as pequenas propriedades não correspondiam aos interesses</p><p>mercantis da metrópole lusa.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a mão de obra livre não foi predominante nas grandes</p><p>propriedades, mas os escravizados</p><p>indígenas e africanos.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a monocultura voltada ao mercado externo baseou-se</p><p>principalmente em grandes propriedades, denominadas latifúndios.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois a grande lavoura voltou-se principalmente ao mercado externo,</p><p>geralmente dedicada à produção de um gênero agrícola rentável no comércio europeu.</p><p>Gabarito: D</p><p>36. (CN/2010)</p><p>"As Câmaras Municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas paralelamente</p><p>à formação das primeiras vilas." A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons, abrangia</p><p>diversos setores, como o abastecimento, a tributação e a execução das leis.[ ...] Assim, as Câmaras</p><p>Municipais constituíam poderosos órgãos da administração colonial.</p><p>(Cotrim, Gilberto. História Global- Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva,2005. p.203.)</p><p>A categoria dos homens-bons refere-se aos</p><p>a) contratadores, homens de prestígio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.</p><p>b) homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.</p><p>c) administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação do quinto.</p><p>d) homens encarregados dos assuntos da justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.</p><p>e) proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder político.</p><p>Comentários</p><p>152</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal os “homens bons” da América Portuguesa não tinham</p><p>entre as suas atribuições a cobrança do dízimo, tributo de competência da Igreja.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a denominação homens bons era aplicada aos homens de</p><p>grande prestígio do espaço colonial e que atuavam nas Câmaras Municipais.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a fiscalização e arrecadação do quinto competia aos</p><p>funcionários designados pela Coroa portuguesa.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal trata-se de uma descrição da figura do ouvidor-mor.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Preenchidas por grandes proprietários de terras e de escravizados,</p><p>chamados de “homens-bons” na América Portuguesa, as Câmaras Municipais tinham entre suas</p><p>funções atender as demandas de sua localidade, como o abastecimento da vila e organizar</p><p>expedições contra os indígenas, além de aplicar as leis vigentes na colônia.</p><p>Gabarito: E</p><p>37. (Exército - 2013 - EsFCEx - Oficial - Informática)</p><p>No contexto colonial, a escravidão indígena foi limitada por diversos fatores. Sobre o tema, analise as</p><p>afirmativas abaixo e marque a opção correta</p><p>I. Entre os fatores limitadores da escravidão indígena, não está presente qualquer posição da Coroa</p><p>Portuguesa.</p><p>II. Os índios que de fato reagiram à escravidão foram aqueles que habitavam as regiões mais distanciadas</p><p>do litoral.</p><p>III. Um dos fatores que desencadearam a expulsão dos jesuítas da América Portuguesa no século XVIII foi</p><p>a sua resistência ao uso da mão-de-obra indígena pelos colonos.</p><p>(A) Somente I é correta.</p><p>(B) Somente II é correta.</p><p>(C) Somente III é correta.</p><p>(D) Somente I e II são corretas.</p><p>(E) Somente II e III são corretas.</p><p>Comentários</p><p>- A afirmativa I está incorreta. Em 1570, uma normativa real regulamentou o cativeiro indígena, que só</p><p>poderia ser realizado por meio de “guerra justa”, ou seja, a partir dos conflitos autorizados pela Coroa</p><p>ou pelo governador contra os povos hostis ao projeto colonizador.</p><p>- A afirmativa II está incorreta, afinal indígenas do litoral e do sertão reagiram ao processo de</p><p>colonização português na América.</p><p>- A afirmativa III é a resposta. Os jesuítas se opuseram à escravização dos nativos, causando atritos com</p><p>os colonos. Com o passar do tempo, eles passaram a dispor de grande autoridade em solo colonial,</p><p>levando o Marquês de Pombal a expulsá-los do território.</p><p>Gabarito: C</p><p>14.3. Questões Inéditas - Estratégia Militares</p><p>1. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/exercito-2013-esfcex-oficial-informatica</p><p>153</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>O período conhecido como União Ibérica (1580-1640) tornou portugueses adversários dos:</p><p>a) holandeses.</p><p>b) franceses.</p><p>c) genoveses.</p><p>d) ingleses.</p><p>e) espanhóis.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Com o fim dos herdeiros do trono na dinastia Avis, Portugal passou a ser</p><p>governado pela Espanha, em um momento que ficou conhecido como União Ibérica. Com isso, os</p><p>holandeses, antigos rivais dos espanhóis, passaram a ser também adversários dos portugueses, o que</p><p>fomentou invasões flamengas no Nordeste açucareiro.</p><p>- A alternativa B está incorreta, uma vez que as rivalidades entre franceses e portugueses antecederam a</p><p>União Ibérica, sendo fomentadas pela recusa dos primeiros em aceitar a partilha da América pelo</p><p>Tratado de Tordesilhas.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois a rivalidade entre genoveses e portugueses se deu no contexto das</p><p>Grandes Navegações.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Embora o período colonial tenha sido marcado por invasões inglesas no</p><p>território brasileiro, Portugal e Inglaterra não eram monarquias inimigas durante a Idade Moderna.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o rei de Espanha passou a ser o rei de Portugal durante a União</p><p>Ibérica.</p><p>Gabarito: A</p><p>2. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A primeira investida dos holandeses no Brasil, ocorrida em 08 de maio de 1624, se deu por</p><p>meio do(a)</p><p>a) Batalha de Guararapes.</p><p>b) conquista da Baía de Guanabara.</p><p>c) tomada de Olinda e Recife.</p><p>d) governo de Maurício de Nassau.</p><p>e) ocupação de Salvador.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a Batalha de Guararapes foi um conjunto de confrontos</p><p>travados entre holandeses e defensores do Império Português na região do Morro de</p><p>Guararapes, Capitania de Pernambuco, entre 1648 e 1649. Para muitos, o conflito seria um</p><p>marco fundador da identidade brasileira, afinal as forças que expulsaram os invasores eram</p><p>compostas por brancos, negros e indígenas.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a Baía de Guanabara foi o local conquistado por franceses</p><p>entre os anos de 1555 e 1570.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Embora os holandeses tenham conseguido se estabelecer em</p><p>154</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Pernambuco e boa parte do Nordeste entre 1630 e 1654, a primeira tentativa de obtenção de</p><p>um território da América Portuguesa se deu em Salvador.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal o governo de Maurício de Nassau iniciou em 1637, com o</p><p>seu desembarque em Recife.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Em maio de 1624, uma esquadra holandesa composta por 26</p><p>navios tentou ocupar a cidade de Salvador, mas foram detidos por forças luso-brasileiras.</p><p>Gabarito: E</p><p>3. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O Cabo Bojador, rodeado de recifes e envolto quase sempre em nevoeiro, parecia</p><p>instransponível aos olhos dos navegadores, quer cristãos quer muçulmanos. Contudo, essa</p><p>concepção foi alterada em 1434, quando O Bojador foi dobrado por</p><p>a) D. Henrique</p><p>b) Gil Eanes</p><p>c) Diogo Cão</p><p>d) Bartolomeu Dias</p><p>e) Vasco da Gama</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Por ser bem próxima ao estreito de Gibraltar, uma região de</p><p>encontro entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, a tomada da cidade de Ceuta</p><p>permitiu aos portugueses se precaverem de ataques de piratas que ali aportavam antes de</p><p>saquearem seu litoral. Além disso, Ceuta era um importante entreposto comercial naquele</p><p>período, abastecida pelo ouro trazido pelas caravanas dos mouros que cruzavam o deserto do</p><p>Saara, e grande produtora de cereais.</p><p>- A alternativa B está correta. Em 1434, o navegador Gil Eanes foi o primeiro navegador a cruzar</p><p>o cabo Bojador, conhecido como “cabo do Medo” devido as diversas lendas que cercavam sua</p><p>existência. Para alguns, essa</p><p>região era povoada de seres monstruosos capazes de devorar</p><p>aquele que ousasse desbravá-lo, enquanto outros falavam de ventos tão fortes que arrastariam</p><p>as naus para o abismo aonde terminava o mar. Superado este medo medieval sobre o</p><p>desconhecido, os portugueses continuaram a se lançar ao mar em expedições que iam cada vez</p><p>mais ao sul do litoral africano no Atlântico.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Diogo Cão se destacou por ter sio o primeiro navegador a</p><p>alcançar o rio Zaire, onde procurou uma ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Em 1488, Bartolomeu Dias alcançou o extremo sul do continente</p><p>africano, chamado por ele de cabo das Tormentas devido aos perigos decorrentes do encontro</p><p>entre os oceanos Atlântico e Índico nessa região. Contudo, o rei D. João II alterou seu nome para</p><p>Cabo da Boa Esperança, uma vez que os portugueses se mostraram cada vez mais próximos de</p><p>completar a sua rota para a tão aguardada chegada no Oriente.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Dez anos após o feito de Bartolomeu Dias, em 1498, Vasco da</p><p>Gama contornou todo o litoral do continente africano e alcançou a cidade de Calicute, na Índia.</p><p>155</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Gabarito: B</p><p>4. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1555, os franceses invadiram o Brasil e fundaram a França Antártica, estabelecendo-se</p><p>em uma região habitada pelos indígenas Tamoio e Maracajá. O processo de recuperação</p><p>de seus domínios pelos portugueses se deu pela fundação da cidade de</p><p>a) São Luís do Maranhão</p><p>b) Recife</p><p>c) Salvador</p><p>d) São Sebastião do Rio de Janeiro.</p><p>e) São Vicente</p><p>Comentários</p><p>A desarticulação da França Antártica por Mem de Sá, processo que contou com o apoio</p><p>do índio Arariboia e de seu povo os Termiminó, foi efetivado a partir da fundação da cidade de</p><p>São Sebastião do Rio de Janeiro (atual Rio de Janeiro), em 1565. Dito isso, a alternativa D é a</p><p>resposta.</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal São Luís foi fundada pelos franceses que formaram no</p><p>Maranhão a chamada França Equinocial.</p><p>- As demais alternativas estão incorretas, afinal menciona aglomerados urbanos formados em</p><p>um contexto anterior ao da França Antártica. Veja as datas de fundação de cada um deles:</p><p>▪ São Vicente: 1532</p><p>▪ Recife 1537</p><p>▪ Salvador: 1549</p><p>Gabarito: D</p><p>5. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O Quilombo dos Palmares, nome dado a uma confederação de mocambos formada</p><p>durante o período colonial, se localizava na Serra da Barriga, nos limites do atual estado</p><p>de(a)</p><p>a) Alagoas</p><p>b) Pernambuco</p><p>c) Paraíba</p><p>d) Ceará</p><p>e) Maranhão</p><p>Comentários</p><p>Para facilitar, veja os principais conflitos</p><p>do período colonial e seus locais de ocorrência:</p><p>- A alternativa A é a resposta (ver mapa).</p><p>156</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal em Pernambuco ocorre a Guerra dos Mascates.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois no Maranhão ocorre a Revolta de Beckman.</p><p>- As alternativas C e D estão incorretas, afinal não são palcos de conflitos pertinentes aos nossos</p><p>estudos.</p><p>Gabarito: A</p><p>6. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O propósito do desembarque da expedição cabralina na América Portuguesa, em 1500, foi:</p><p>a) proteger o litoral de ataques estrangeiros.</p><p>b) dar início ao processo de ocupação do território.</p><p>c) promover ataques na América Espanhola.</p><p>d) realizar o Périplo Africano.</p><p>e) tomar posse do território em nome da Coroa.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. As expedições organizadas para salvaguardar o território foram</p><p>lideradas por Cristóvão Jacques, entre 1516 e 1526.</p><p>- A alternativa B está incorreta. O processo de ocupação foi iniciado por Martim Afonso de</p><p>Souza, em 1530, o que encerrou o chamado período pré-colonial.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a expedição cabralina promoveu ataques na região das</p><p>Índias, com o intuito de pressionar autoridades locais a estabelecerem relações comerciais com</p><p>os lusos.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a rota do Périplo Africano não incluía o Brasil.</p><p>- A alternativa E é a resposta. A chegada da expedição cabralina foi uma tomada de posse, pois</p><p>assegurava a Coroa portuguesa o domínio sobre os territórios delimitados pelo Tratado de Tordesilhas.</p><p>Gabarito: E</p><p>7. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Durante o século XVI, a Coroa buscou promover a centralização político-administrativa do</p><p>Brasil a partir da</p><p>a) transferência da capital para o Rio de Janeiro</p><p>b) criação do Governo Geral</p><p>c) instalação das capitanias hereditárias</p><p>d) criação das Câmaras Municipais</p><p>e) criação do Conselho Ultramarino</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal a medida buscou reforçar o controle da metrópole sobre a</p><p>exploração do ouro, em 1763.</p><p>157</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa B é a resposta. Em 1548, o rei D. João III criou o cargo de governador-geral, figura</p><p>que centralizava a administração colonial ao atuar como intermediador entre donatários e a</p><p>metrópole, além impulsionar do processo de colonização. A capitania da Bahia foi escolhida</p><p>como sede do governo-geral, pois se localizava em uma região central da América Portuguesa,</p><p>facilitando a comunicação com as demais capitanias.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal o sistema de capitanias hereditárias incumbiu a terceiros a</p><p>responsabilidade de ocupar e desenvolver os domínios coloniais lusos, conferindo amplos</p><p>poderes a cada donatário.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal as Câmaras Municipais eram órgãos de deliberação de</p><p>questões locais, sem integrar a administração colonial.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora a criação do Conselho Ultramarino possa ser vista como</p><p>uma medida centralizadora, ela só ocorreu em 1643 (séc. XVII), durante o reinado de D. João IV.</p><p>Gabarito: B</p><p>8. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Durante as primeiras três décadas do século XVI, a Coroa portuguesa se mostrou</p><p>desinteressada em colonizar a terra à qual Cabral chegara. São elementos verificados no</p><p>chamado período pré-colonial, exceto:</p><p>A) a exploração do pau-brasil, arrendada à iniciativa privada por meio do estanco.</p><p>B) a realização de expedições guarda-costeiras, com o intuito de defender o território.</p><p>C) ataques constantes dos franceses, que se fixam na baía da Guanabara e no Maranhão.</p><p>D) exploração do trabalho de indígenas por meio do sistema de escambo.</p><p>E) o envio de expedições que contribuem para o reconhecimento da América Portuguesa.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está correta. Em 1502, os portugueses iniciaram a exploração do pau-Brasil,</p><p>árvore já utilizada na Europa para a extração de um corante de cor avermelhada, com o qual</p><p>eram tingidos os tecidos. Tendo em vista seu alto valor comercial, a Coroa estabeleceu o</p><p>monopólio real sobre a exploração da madeira, chamado de estanco, o que em tese significava</p><p>que toda a madeira pertencia ao rei e só poderia ser explorada a partir de uma concessão feita</p><p>por ele.</p><p>- A alternativa B está correta. Não demorou muito para que a notícia dos novos domínios</p><p>portugueses se espalhasse pela Europa, especialmente franceses. Os portugueses reagiram</p><p>firmando alianças com os Tupiniquim, rivais históricos dos Tupinambá, além de enviar uma</p><p>expedição guarda-costeira, comandada por Cristóvão Jacques, para patrulhar a costa entre 1516</p><p>e 1519, e novamente entre 1526 e 1528.</p><p>- A alternativa C está incorreta e é a resposta. As chamadas França Antártica e França Equinocial,</p><p>tentativas de fundação de colônias no Rio de Janeiro e no Maranhão, respectivamente, se</p><p>deram após 1530, quando se inicia o período colonial.</p><p>- A alternativa D está correta. Para extrair e transportar as grossas e pesadas toras de pau-Brasil,</p><p>os portugueses que conseguiam a concessão do rei utilizavam</p><p>a mão de obra indígena por meio</p><p>do escambo, ou seja, remuneravam as tarefas executadas com roupas, espelhos, chapéus,</p><p>158</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>canivetes e outras bugigangas.</p><p>- A alternativa E está correta. Sem saber exatamente o tamanho de seus domínios no continente</p><p>americano, algumas expedições trataram de vasculhar e nomear alguns pontos da costa, como a</p><p>Baía de Todos-os-Santos e o vilarejo de São Sebastião do Rio de Janeiro. A primeira delas foi</p><p>organizada em 1501, tendo à frente, muito provavelmente, Gaspar de Lemos e Américo</p><p>Vespúcio.</p><p>Nota do professor: Esta questão foi elaborada para que o aluno se atentasse aos principais pontos que</p><p>caracterizam o chamado período pré-colonial, bastante recorrente nas provas da ESA.</p><p>Gabarito: C</p><p>9. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A partir da segunda metade do século XVI, verificou-se a imposição de diversos</p><p>mecanismos administrativos pela Coroa Portuguesa no Brasil, entre os quais pode-se</p><p>destacar:</p><p>a) o sistema de capitanias-hereditárias, implementado em 1534 e que buscou estimular a</p><p>ocupação do território a partir da centralização do poder na cidade de Salvador.</p><p>b) o governo-geral, introduzido em 1548 pelo monarca D. João III e em substituição ao</p><p>modelo de capitanias-hereditárias, sendo nomeado como primeiro governador o fidalgo</p><p>Estácio de Sá.</p><p>c) as câmaras municipais, nas quais predominavam os chamados “homens bons” da</p><p>Colônia e que desfrutavam de ampla autonomia administrativa em relação ao domínio</p><p>luso.</p><p>d) o Conselho Ultramarino, que reviu a excessiva centralização administrativa imposta pelo</p><p>governo-geral ao atribuir maiores poderes administrativos aos donatários.</p><p>e) o ouvidor-mor e o provedor-mor, auxiliares do governo-geral e que eram responsáveis</p><p>pela aplicação da justiça e pela administração das finanças da colônia, respectivamente.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o sistema de capitanias-hereditárias era descentralizado, ou seja, a</p><p>Coroa legou a terceiros a incumbência de ocupar e desenvolver a colônia no território brasileiro. Vale</p><p>destacar que a cidade de Salvador foi criada pelo governador-geral, Tomé de Souza.</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o governo-geral não substituiu o sistema de capitanias-</p><p>hereditárias, que continuou a existir até a Era pombalina. Além disso, o primeiro governador-geral do</p><p>Brasil foi o fidalgo Tomé de Souza.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal as câmaras municipais não dispunham de ampla autonomia</p><p>administrativa. Eram espaços de governança local, ou seja, decidiam sobre questões como o</p><p>abastecimento das vilas e a organização de expedições para combater grupos indígenas.</p><p>- A alternativa D está incorreta. O caráter centralizador da administração colonial foi reforçado</p><p>pelo Conselho Ultramarino, órgão criado por D. João IV em 1640. Ele limitou ainda mais a</p><p>influência política dos capitães-donatários, subordinados aos governadores-gerais. Além disso,</p><p>159</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>as competências das Câmaras Municipais foram reduzidas pela criação dos juízes de fora,</p><p>nomeados pelo próprio rei para presidir suas sessões.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Em 1548, o rei D. João III criou o cargo de governador-geral, figura que</p><p>centralizava a administração colonial ao atuar como intermediador entre donatários e a metrópole,</p><p>além impulsionar do processo de colonização. Ele contava com um quadro de auxiliares, entre os quais</p><p>pode-se destacar:</p><p>▪ Ouvidor-mor → responsável pela aplicação da Justiça;</p><p>▪ Provedor-mor → responsável pela administração fazendária colonial;</p><p>▪ Capitão-mor → responsável pela defesa militar da costa.</p><p>Nota do professor: O processo seletivo da ESA dá grande enfoque à administração do Brasil no</p><p>período colonial. Fique atento aos mecanismos que destacamos nesta questão.</p><p>Gabarito: E</p><p>10. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A desestruturação do domínio holandês no Nordeste do Brasil, resultado das lutas locais</p><p>contra os invasores e de acordos estabelecidos entre Portugal e os Países Baixos,</p><p>apresentou como consequência para o Brasil</p><p>a) o fim da União Ibérica</p><p>b) a crise na economia açucareira</p><p>c) a revogação dos tratados de fronteira</p><p>d) o investimento na busca de metais preciosos</p><p>e) o aumento da autonomia da região açucareira</p><p>Comentários:</p><p>- A alternativa A está incorreta. A União Ibérica se encerrou em 1640, ao passo que a</p><p>expulsão dos holandeses do Nordeste se deu em 1654.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Após serem expulsos do Brasil, os holandeses passaram a</p><p>produzir açúcar nas Antilhas, na América Central, que se demonstrou mais competitivo que o</p><p>brasileiro no mercado europeu.</p><p>- As alternativas C e D estão incorretas, afinal não foram consequências da expulsão dos</p><p>holandeses do Nordeste açucareiro.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Nenhuma região da Colônia dispunha de autonomia no</p><p>período.</p><p>Gabarito: B</p><p>160</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>11. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Para conseguir manter a França Antártica durante os cinco anos de sua existência, no</p><p>século XVI, os franceses fizeram alianças com povos indígenas que eram denominados</p><p>pelos portugueses de</p><p>a) temiminós</p><p>b) caetés</p><p>c) tamoios</p><p>d) aimorés</p><p>e) tupiniquins</p><p>Comentários:</p><p>- Em 1555, quando os franceses se instalaram na França Antártica, fizeram alianças com os</p><p>indígenas Tamoio, o que torna a alternativa C a resposta.</p><p>- Os temiminós e os tupiniquins foram aliados dos portugueses, o que torna as alternativas A</p><p>e E incorretas.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Os caetés eram rivais dos portugueses, mas não se aliaram</p><p>aos franceses durante o período colonial.</p><p>Gabarito: C</p><p>12. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Instalado no Brasil pelo regimento de 1548, o governo-geral</p><p>a) existiu até a transferência da Corte, em 1808</p><p>b) foi substituído pelo Conselho Ultramarino, em 1643</p><p>c) foi extinto durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro</p><p>d) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como sua capital</p><p>e) implicou na extinção imediata do sistema de capitanias-hereditárias</p><p>Comentários:</p><p>- A alternativa A está correta. O governo-geral foi extinto com a transferência da Família Real</p><p>para o Brasil, em 1808. Vale ressaltar que desde 1720, os governadores eram chamados de</p><p>vice-reis.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois o governo-geral foi submetido ao Conselho Ultramarino a</p><p>partir da criação deste, em 1643.</p><p>- A alternativa C está incorreta, pois o governo-geral era sediado em Salvador durante a</p><p>ocupação do Rio de Janeiro pelos franceses.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal entre 1549 e 1763 o governo-geral permaneceu</p><p>sediado em Salvador.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois o sistema de capitanias hereditárias só foi extinto em</p><p>161</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>1759, durante a Era Pombalina.</p><p>Gabarito: A</p><p>13. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A invasão da península ibérica pelos muçulmanos em 711 foi seguida de uma reação dos</p><p>reinos cristãos de Leão, Castela, Navarra e Aragão, tendo em vista a recuperação dos</p><p>territórios perdidos. Este processo ficou conhecido como</p><p>a) Cruzadas</p><p>b) União Ibérica</p><p>c) Revolução Liberal do Porto</p><p>d) Reconquista</p><p>e) Revolução de Avis</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Embora o movimento de retomada dos territórios conquistados</p><p>pelos mouros tenha sido orientado por um “espírito cruzadístico”, as Cruzadas foram</p><p>expedições enviadas rumo à Terra Santa pelo papa Urbano II, com o intuito de recuperá-las do</p><p>domínio muçulmano.</p><p>- A alternativa B está incorreta. O termo União Ibérica se refere à unificação das Coroas</p><p>portuguesa e espanhola, entre 1589 e 1640. Contudo, cabe destacar que este processo</p><p>ocorreu</p><p>séculos após à Reconquista da península ibérica pelos reinos cristãos.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a Revolução Liberal do Porto ocorreu em 1821, quando</p><p>setores insatisfeitos com a continuidade da Corte no Brasil exigiram seu retorno para Portugal.</p><p>Além disso, a figura do rei foi submetida a uma Constituição.</p><p>- A alternativa D é a resposta. O termo Reconquista se refere ao processo de retomada dos</p><p>territórios de Al-Andalus pelas monarquias cristãs. Ele foi findado em 1492, com a tomada de</p><p>Granada, último reduto muçulmano na península ibérica.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal a Revolução de Avis foi o processo que contribuiu para a</p><p>ascensão de D. João I no trono português, conhecido como “Mestre de Avis”.</p><p>Gabarito: D</p><p>14. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A expedição de Martim Afonso de Souza, que partiu de Lisboa em dezembro de 1530 rumo</p><p>ao Brasil, apresentou entre seus objetivos</p><p>a) combater os franceses instalados na Baía de Guanabara, que apoiados pelos indígenas</p><p>Tupinambá, haviam fundado uma colônia denominada de França Antártica.</p><p>b) organizar a exploração de metais preciosos iniciada no interior dos domínios</p><p>portugueses, a partir da criação de um sistema administrativo eficiente na região das</p><p>minas.</p><p>c) identificar acidentes geográficos ao longo da costa e os limites firmados pelo Tratado de</p><p>Tordesilhas, bem como regular a extração de pau-brasil na região Nordeste.</p><p>162</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>d) iniciar a ocupação da terra e sua exploração econômica por colonos portugueses, sendo</p><p>sua primeira iniciativa a fundação de São Vicente, a primeira vila da América Lusa.</p><p>e) combater povos indígenas que se mostraram hostis à colonização portuguesa,</p><p>recorrendo, para tanto à convocação de bandeirantes paulistas pelo sertanismo de</p><p>contrato.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal o combate à França Antártica foi empreendido pelos</p><p>governadores-gerais Duarte da Costa (1553-1558) e Mem de Sá (1558-1572).</p><p>- A alternativa B está incorreta, afinal o achamento de ouro na América Portuguesa se deu no</p><p>final do século XVII.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal a exploração de pau-brasil não foi regulada por</p><p>autoridades metropolitanas no Brasil. Ademais, não foram enviadas expedições para examinar o</p><p>Meridiano de Tordesilhas.</p><p>- A alternativa D é a resposta. A expedição de Martim Afonso de Souza é considerada como</p><p>marco inicial do processo de colonização portuguesa no Brasil, afinal tinha entre seus objetivos:</p><p>▪ Iniciar a ocupação da terra e sua exploração econômica por colonos portugueses;</p><p>▪ Combater corsários estrangeiros;</p><p>▪ Procurar metais preciosos;</p><p>▪ Fazer melhor reconhecimento geográfico do litoral (COTRIM, 2016, p. 275).</p><p>Além disso, em 22 de janeiro de 1530, Martim Afonso fundou São Vicente, a primeira vila do</p><p>Brasil, em um local próximo da porção sul da América Espanhola.</p><p>- A alternativa E está incorreta, afinal o bandeirantismo e o sertanismo de contrato são</p><p>elementos verificados após o início da colonização.</p><p>Gabarito: D</p><p>15. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Os chamados “homens bons”, nome dado aos grandes proprietários do período colonial,</p><p>a) exerciam grande influência nas Câmaras Municipais, que dispunham de grande</p><p>autonomia para produzir leis aplicadas ao cotidiano dos cidadãos de suas localidades.</p><p>b) concentravam grande poder econômico e impunham sua autoridade em suas</p><p>localidades na América Portuguesa, o que deu origem ao fenômeno do mandonismo.</p><p>c) tiveram suas atribuições reduzidas nas Câmaras após a criação do Conselho Ultramarino,</p><p>em 1684, o que solapou, em definitivo, as relações de mando no mundo colonial.</p><p>d) predominaram nos órgãos de representação local do Nordeste durante o auge da</p><p>produção açucareira, mas não foram figuras presentes nas regiões de exploração de ouro.</p><p>e) foram os encarregados de debelar revoltas indígenas, levantes de escravos e sedições de</p><p>colonos, o que lhes conferiu postos de destaque na administração colonial.</p><p>163</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A está incorreta, afinal não existiam cidadãos no período colonial, mas apenas</p><p>súditos.</p><p>- A alternativa B é a resposta. Em regiões onde a administração colonial não se fazia tão</p><p>presente, era o poder dos grandes proprietários o que realmente regulava a vida dos habitantes</p><p>da colônia. Essa organização da sociedade colonial fez com que desse início no Brasil um</p><p>fenômeno denominado mandonismo, ou seja, o poder permanece concentrado nas mãos de</p><p>grandes proprietários locais, e que por isso o exercem com intuito de satisfazer interesses</p><p>pessoais, e não coletivos.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Embora o Conselho Ultramarino tenha limitado as atribuições</p><p>das Câmaras Municipais, o mandonismo foi um fenômeno que continuou a existir no Brasil.</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal existiram “homens bons” em todas as partes colonizadas</p><p>do Brasil, sendo uma categoria desfrutada principalmente por grandes proprietários de terras e</p><p>escravos, comerciantes, militares, clérigos e funcionários da Coroa.</p><p>- A alternativa E está incorreta, pois o termo “homens bons” era utilizado para definir as elites</p><p>do mundo colonial como um todo.</p><p>Gabarito: B</p><p>16. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1534, o rei D. João III ordenou a divisão da América Portuguesas em grandes faixas de</p><p>terras, as capitanias-hereditárias, que foram entregues aos cuidados dos chamados</p><p>donatários. São elementos que contribuíram para o insucesso deste sistema</p><p>administrativo, exceto:</p><p>a) altos recursos necessários para promover a exploração e desenvolvimento do território</p><p>b) a centralização excessiva da gestão dos territórios coloniais pelos capitães-donatários</p><p>c) hostilidade dos grupos indígenas que resistiam à dominação portuguesa</p><p>d) dificuldade de comunicação entre capitanias e também entre o Brasil e a metrópole</p><p>e) solo impróprio ao cultivo do açúcar e de outros gêneros em algumas capitanias</p><p>Comentários</p><p>- As alternativas A e C estão corretas. A maioria dos donatários sequer tomou posse de seus</p><p>domínios na América, enquanto outros não lograram êxito em lidar com tantas atribuições em</p><p>territórios tão vastos. Os elevados custos demandados para a exploração das terras fizeram com</p><p>que muitos desanimassem do empreendimento, ao mesmo tempo em que a resistência dos</p><p>indígenas dificultava a ocupação da América Portuguesa.</p><p>- A alternativa B é a resposta, afinal o sistema de capitanias hereditárias consistia em delegar a</p><p>administração da América Portuguesa a terceiros. A centralização administrativa só ocorreu a</p><p>partir de 1548, com a instituição do governo-geral.</p><p>-A alternativa D está correta, pois o isolamento entre as capitanias e também com a metrópole</p><p>dificultava a povoação do território e a obtenção de auxílio no enfrentamento de adversidades.</p><p>- A alternativa E está correta, pois inicialmente as capitanias de Pernambuco e São Vicente</p><p>164</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>foram as únicas a prosperarem com o açúcar, principal fonte de riqueza da metrópole durante o</p><p>século XVI, enquanto outras não demonstraram ter o solo propício para o cultivo da cana</p><p>sacarina.</p><p>Gabarito: B</p><p>17. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1637, a Companhia das Índias Ocidentais enviou o conde João Maurício de Nassau-</p><p>Siegen para ser o governador do “Brasil holandês”. São características de seu governo,</p><p>EXCETO:</p><p>A) a promoção de reformas urbanas</p><p>B) incentivo à produção artística e científica</p><p>C) restrição de crédito aos senhores de engenho</p><p>D) reativação do fornecimento de escravizados</p><p>E) garantia de tolerância às religiões monoteístas</p><p>Comentários</p><p>Para facilitar a resposta, anota esse bizu sobre as principais medidas do governo Nassau:</p><p>Gabarito:</p><p>C</p><p>18. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A segunda expedição portuguesa que alcançou a região das Índias e foi a responsável pela</p><p>consolidação do acesso da Coroa às especiarias, foi liderada por</p><p>a) Américo Vespúcio</p><p>b) Gil Eanes</p><p>GOVERNO NASSAU – Características:</p><p>❑ Reativação econômica: Nassau concedeu créditos aos senhores de engenho</p><p>e reativou o tráfico de escravizados da África para o Brasil.</p><p>❑ Tolerância religiosa: católicos, judeus e protestantes dispunham de</p><p>considerável liberdade para professar sua fé no Brasil holandês, onde foi</p><p>fundada a primeira sinagoga das Américas.</p><p>❑ Reforma urbanística: Nassau investiu na urbanização de Recife a partir da</p><p>construção de casas, pontes, jardins e praças. Criou a cidade de Maurícia,</p><p>hoje bairro da capital pernambucana.</p><p>❑ Estímulo à vida cultural: Nassau patrocinou médicos, artistas, astrônomos e</p><p>naturalistas no Nordeste, tendo muitos deles se dedicado ao estudo da</p><p>fauna e flora locais.</p><p>165</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>c) Bartolomeu Dias</p><p>d) Vasco da Gama</p><p>e) Pedro Álvares Cabral</p><p>Comentários</p><p>Para facilitar, recordemos das principais etapas do processo de expansão ultramarina</p><p>luso:</p><p>❑ 1415: Tomada de Ceuta</p><p>❑ 1434: Gil Eanes dobra o Cabo Bojador</p><p>❑ 1488: Bartolomeu Dias dobra o cabo das Tormentas, rebatizado de Cabo da Boa</p><p>Esperança.</p><p>❑ 1498: Chegada de Vasco da Gama à Calicute (Índias).</p><p>❑ 1500: Cabral toma posse do Brasil e parte para a segunda viagem às Índias.</p><p>Feitas essas considerações a alternativa E é a resposta.</p><p>Gabarito: E</p><p>19. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Foram elementos que contribuíram para a predominância da escravidão africana durante o</p><p>período colonial, exceto:</p><p>a) dizimação dos nativos por epidemias.</p><p>b) oposição jesuíta à escravidão indígena.</p><p>c) indisposição dos índios ao trabalho braçal.</p><p>d) domínio de certas técnicas pelos africanos.</p><p>e) barreiras culturais dos nativos quanto ao trabalho agrícola.</p><p>Comentários</p><p>Segundo o historiador Gilberto Cotrim (2016, p. 296), são aspectos que contribuíram para a</p><p>predominância da escravidão africana no Brasil:</p><p>▪ Barreiras culturais – Para os povos indígenas, a agricultura era uma tarefa atribuída às</p><p>mulheres, o que criou resistências à escravidão por homens em diversas culturas;</p><p>▪ Epidemias – O contato com os europeus deu início a uma verdadeira guerra</p><p>bacteriológica, levando milhares de indígenas à morte por gripe, varíola e outras doenças.</p><p>▪ Domínio de técnicas pelos africanos – o conhecimento da atividade mineradora, da</p><p>fundição e da grande lavoura por algumas culturas africanas estimulou o tráfico negreiro</p><p>para o Brasil.</p><p>▪ A oposição jesuítica à escravidão indígena levou a Coroa a criar empecilhos legais em</p><p>diversos momentos, contribuindo para que colonos optassem por investir na compra de</p><p>cativos africanos.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa C é a resposta. A narrativa de que os indígenas</p><p>eram preguiçosos ou inaptos ao trabalho braçal é equivocada, afinal diversas atividades do</p><p>cotidiano dos ameríndios incluía o uso da força, como a pesca, a caça e a fabricação de</p><p>diversos utensílios.</p><p>166</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Gabarito: C</p><p>20. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Dentre as características do governo Nassau no Nordeste brasileiro, pode-se destacar:</p><p>a) restrição dos cultos católicos e judeus.</p><p>b) concessão de créditos aos senhores de engenho.</p><p>c) reaproximação com funcionários da Coroa lusa.</p><p>d) diminuição da produção açucareira.</p><p>e) interrupção do fornecimento de cativos para a região.</p><p>Comentários</p><p>Dentre as principais características do governo de Maurício de Nassau no contexto do Brasil</p><p>Holandês, pode-se destacar:</p><p>▪ Reativação da economia do Nordeste, a partir da concessão de créditos para senhores de</p><p>engenhos adquirirem maquinários, novas propriedades e escravizados;</p><p>▪ Tolerância religiosa, permitindo a realização de cultos católicos e judaístas. Vale lembrar</p><p>que os holandeses instalados na Colônia eram protestantes;</p><p>▪ Reforma urbanística, investindo principalmente no desenvolvimento de Recife;</p><p>▪ Estímulo à produção artística e científica, a partir da recepção de médicos, artistas e</p><p>naturalistas holandeses.</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa B é a resposta.</p><p>- A alternativa C está incorreta, afinal representantes da Coroa portuguesa foram banidos pelos</p><p>holandeses instalados no Nordeste;</p><p>- A alternativa D está incorreta, afinal a administração de Nassau foi marcada por um forte</p><p>estímulo à produção açucareira da região Nordeste, sobretudo nos engenhos pernambucanos;</p><p>- A alternativa E está incorreta. Embora as tentativas de invasão tenham suspendido</p><p>temporariamente o acesso de escravos para o Nordeste, o tráfico atlântico foi restaurado</p><p>durante o governo Nassau.</p><p>Gabarito: B</p><p>21. (Estratégia Militares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Todos os navegadores citados abaixo comandaram expedições marítimas para o Brasil</p><p>entre 1500 e 1520, exceto:</p><p>a) Pedro Álvares Cabral</p><p>b) Gaspar de Lemos</p><p>c) Gonçalo Coelho</p><p>d) Cristóvão Jacques</p><p>e) Martim Afonso de Souza</p><p>Comentários</p><p>167</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Para facilitar a resposta, recordemos cada uma das expedições mencionadas:</p><p>▪ Pedro Álvares Cabral – comandou a expedição de tomada de posse do Brasil para a Coroa</p><p>(1500);</p><p>▪ Gaspar de Lemos (1501) – explorou grande parte do litoral brasileiro, dando nome a</p><p>vários acidentes geográficos encontrados;</p><p>▪ Gonçalo Coelho (1503) – comandou uma expedição de comerciantes interessados na</p><p>exploração do pau-brasil;</p><p>▪ Cristóvão Jacques (1516-1520) – expedição organizada com o intuito de deter o</p><p>contrabando de pau-brasil por outros europeus, especialmente franceses;</p><p>▪ Martim Afonso de Souza (1530) – deu início ao processo de ocupação efetiva do território</p><p>brasileiro, encerrando o período chamado pelos historiadores de pré-colonial (1500-</p><p>1530).</p><p>Feitas essas considerações, a alternativa E é a resposta.</p><p>Gabarito: E</p><p>22. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>O processo de povoamento da América Portuguesa foi iniciado pela expedição de Martim Afonso de</p><p>Souza, organizada durante o governo do rei</p><p>a) D. Manuel I.</p><p>b) D. Felipe II.</p><p>c) D. José I.</p><p>d) D. João III.</p><p>e) D. Sebastião I.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. D. Manuel I era o governante de Portugal no contexto da expedição</p><p>cabralina que aportou no Brasil em 1500.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Felipe II era rei de Portugal e da Espanha no contexto da chamada União</p><p>Ibérica.</p><p>- A alternativa C está incorreta. D. José I era rei de Portugal no contexto da chamada Era Pombalina, no</p><p>século XVIII.</p><p>- A alternativa D é a resposta. D João III governou Portugal entre 1521 e 1557, sendo filho do rei D.</p><p>Manuel I, o Venturoso. Considerando que a expedição de Martim Afonso de Souza ocorreu em 1530, ela</p><p>se deu durante o seu reinado.</p><p>- A alternativa E está incorreta. D. Sebastião I foi rei de Portugal entre 1557 e 1578, sendo sucedido por</p><p>Henrique I.</p><p>Gabarito: D</p><p>168</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>23. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A tentativa de ocupação de Salvador pelos holandeses, em 1624, foi repelida por uma mobilização</p><p>dos moradores da cidade pelo bispo D. Marcos Teixeira, conhecida como</p><p>a) Jornada dos Vassalos.</p><p>b) Companhias de Emboscada.</p><p>c) Insurreição Pernambucana.</p><p>d) Batalha dos Guararapes.</p><p>e) Milícia dos Descalços.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta. Apesar da Jornada dos Vassalos ter contribuído para a expulsão dos</p><p>holandeses de Salvador, trata-se de uma esquadra marítima luso-espanhola, e não uma ação</p><p>empreendida pelos moradores locais.</p><p>- A alternativa B está incorreta, pois a Companhias de Emboscada foi um núcleo de</p><p>partir de 1530, o negócio com as Índias já não se</p><p>mostrava tão lucrativo para os portugueses, o que os leva a redirecionar olhares para o Brasil,</p><p>em busca de novas fontes de riquezas.</p><p>6.1. Expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza</p><p>Em dezembro de 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de Souza partiu de Lisboa</p><p>rumo à América Portuguesa. Ela pode ser considerada o marco inicial da colonização do Brasil, pois</p><p>apresentava os seguintes objetivos:</p><p>▪ Iniciar os esforços pela ocupação da terra e a exploração de seus recursos;</p><p>▪ Combater invasores estrangeiros;</p><p>▪ Procurar metais preciosos;</p><p>▪ Mapear os domínios portugueses.3</p><p>A expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza foi marcada pelas seguintes ações:</p><p>▪ Distribuição das primeiras sesmarias (lotes de terras) aos colonos;</p><p>▪ Início da atividade açucareira no Brasil, a partir da plantação da cana-de-açúcar e da construção</p><p>do primeiro engenho (engenho do Governador)</p><p>▪ Envio de efetivos militares até a foz do rio da Prata, para garantir o domínio luso na região;</p><p>▪ Fundação de São Vicente (1532), a primeira vila do Brasil, situada em um local que corresponde</p><p>ao atual estado de São Paulo. Em seguida, fundou a vila de Santo André da Borda do Campo.</p><p>3 COTRIM, Gilberto. História global. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 275.</p><p>20</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>6.2. O sistema de capitanias-hereditárias</p><p>Em 1534, o rei D. João III decidiu replicar no Brasil o sistema de colonização empregado nas ilhas de</p><p>Açores e da Madeira na América, denominado capitanias-hereditárias. Antes disso, o comerciante</p><p>Fernão de Noronha já havia recebido a primeira capitania do Brasil – a ilha de São João, hoje</p><p>conhecida pelo seu nome.</p><p>O território foi dividido em 15 extensas faixas de terras, que formavam 14 capitanias e iam da costa</p><p>litorânea até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas (ver mapa). As capitanias foram</p><p>entregues a particulares, os capitães-donatários, para que pudessem povoá-las e explorá-las em nome</p><p>de Portugal. A posse da terra era hereditária, ou seja, passava como herança para o filho mais velho.</p><p>ATENÇÃO: O sistema de capitanias-hereditários não era centralizado pela Coroa portuguesa, afinal</p><p>ele delega a terceiros, geralmente membros da nobreza portuguesa, a tarefa da colonização.</p><p>21</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Direitos e deveres dos donatários</p><p>As relações entre a Coroa portuguesa e os donatários eram firmadas por dois documentos:</p><p>▪ Carta de Doação: conferia ao donatário a posse hereditária da capitania, ou seja, o direito de</p><p>explorá-la e administrá-la em nome da Coroa. Cabe destacar que o donatário era dono de</p><p>somente uma parcela de terras que compunham a capitania.</p><p>▪ Foral: delimitava os privilégios e obrigações conferidos aos donatários. Vejamos quais eram eles:</p><p>ATENÇÃO: A distribuição de sesmarias deu origem à formação de vastos latifúndios no Brasil. Cabia</p><p>aos sesmeiros, nome dado aos colonos que recebiam as sesmarias, a propriedade plena da terra,</p><p>desde que nela se fizesse produzir no prazo máximo de 5 anos. Do contrário, o sesmeiro poderia ser</p><p>multado, ou mesmo perder a sua sesmaria.</p><p>Razões do fracasso das capitanias-hereditárias</p><p>A maioria dos donatários sequer tomou posse de seus domínios na América, enquanto outros não</p><p>lograram êxito em lidar com tantas atribuições em territórios tão vastos. Diante disso, pode-se dizer que</p><p>o sistema de capitanias-hereditárias fracassou, ainda que tenha conseguido evitar o estabelecimento de</p><p>estrangeiros no território. Vejamos algumas razões que contribuíram para o seu fracasso:</p><p>▪ Custos elevados para promover a colonização da terra;</p><p>▪ Resistência dos povos indígenas à ocupação portuguesa;</p><p>▪ Significativo isolamento entre as capitanias, o que dificultava sua sobrevivência;</p><p>▪ Solo inapropriado de algumas capitanias para o cultivo do açúcar, principal produto explorado no</p><p>início da colonização.</p><p>PRIVILÉGIOS OBRIGAÇÕES</p><p>▪ Criar vilas e distribuir terras (sesmarias) a</p><p>quem desejasse e pudesse cultivá-las.</p><p>▪ Exercer a plena autoridade judicial e</p><p>administrativa.</p><p>▪ Por meio da chamada “guerra justa”,</p><p>escravizar os indígenas considerados inimigos,</p><p>obrigando-os a trabalhar na lavoura.</p><p>▪ Receber 5% dos lucros sobre o comércio do</p><p>pau-brasil.</p><p>Assegurar ao rei de Portugal:</p><p>▪ 10% dos lucros sobre todos os</p><p>produtos da terra;</p><p>▪ 25% dos lucros sobre metais e as</p><p>pedras preciosas que fossem</p><p>encontrados;</p><p>▪ o monopólio da exploração do</p><p>pau-brasil.</p><p>Fonte: COTRIM, Gilberto. História global. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 281.</p><p>22</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Das 15 capitanias-hereditárias, prosperaram principalmente São Vicente, de Martim Afonso de</p><p>Souza, e Pernambuco, de Duarte Coelho, ambas devido ao cultivo da cana-de-açúcar. No caso de</p><p>Pernambuco, cabe destacar alguns elementos que possibilitaram o êxito, tais como o solo e clima</p><p>favoráveis ao plantio do açúcar, a fundação de vilas (Igarassu e Olinda), a pacificação dos indígenas</p><p>tabajaras, a exploração do pau-brasil e a maior proximidade com a metrópole (Portugal).</p><p>O fracasso do sistema de capitanias-hereditárias levou a Coroa a conciliá-lo com outra estrutura</p><p>administrativa, o governo-geral. Assim sendo, as capitanias não foram extintas imediatamente, mas</p><p>progressivamente readquiridas pela Coroa ao longo dos séculos.</p><p>6.3. O governo-geral</p><p>Em 1548, o rei D. João III criou o Regimento, documento que oficializava a criação do cargo de</p><p>governador-geral. Isso representou um processo de centralização administrativa da colônia, pois</p><p>conferia ao cargo a responsabilidade de atuar como intermediador entre donatários e a Coroa, além</p><p>impulsionar do processo de colonização. Na prática, o Estado português tomava para si a tarefa da</p><p>colonização do Brasil.</p><p>A capitania da Bahia foi escolhida como sede do governo-geral, pois se localizava em uma região</p><p>central da América Portuguesa, facilitando a comunicação com as demais capitanias. No dia 1º de maio</p><p>do ano seguinte, foi iniciada a construção de Salvador, a primeira capital do Brasil.</p><p>A centralização perpassava pela retirada de atribuições e autonomia de fazendeiros e donatários,</p><p>que até então personalizavam a autoridade da vida política colonial. Nomeado pelo próprio Rei, o</p><p>governador-geral contava com diversas atribuições:</p><p>▪ Militares → Comando militar e defesa da colônia;</p><p>▪ Administrativas → conduzir as finanças da América Portuguesa e manter um diálogo com os</p><p>capitães-donatários;</p><p>▪ Judiciárias → Nomear os quadros da Justiça na colônia, além de resguardar o direito de alterar</p><p>penas;</p><p>▪ Eclesiásticas → Nomear sacerdotes para as paróquias.</p><p>O governador-geral também contava com um quadro auxiliares:</p><p>▪ Ouvidor-mor → responsável pela aplicação da Justiça;</p><p>▪ Provedor-mor → responsável pela administração fazendária colonial;</p><p>▪ Capitão-mor → responsável pela defesa militar da costa.</p><p>A seguir, vejamos alguns pontos sobre os primeiros três governadores-gerais do Brasil:</p><p>23</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>GOVERNADORES-GERAIS REALIZAÇÕES</p><p>Tomé de Souza</p><p>(1549-1553)</p><p>▪ Fundação de Salvador (1549)</p><p>▪ Criação do primeiro bispado do Brasil (1551)</p><p>▪ Implantação da pecuária, incentivo à monocultura do açúcar, busca por</p><p>metais preciosos no interior do território.</p><p>▪ Trouxe consigo jesuítas encarregados de catequizar os nativos indígenas.</p><p>Duarte da Costa</p><p>(1553-1558)</p><p>▪ Vinda de novos jesuítas, entre eles, o padre José de Anchieta. Durante seu</p><p>governo, foi criado o Colégio de São Paulo.</p><p>▪ Entrou em conflito com o primeiro bispo do Brasil, D. Pero Fernandes</p><p>Sardinha, bem como com jesuítas que se opunham à escravidão indígena e o</p><p>acusavam de ser omisso à questão.</p><p>▪ Com apoio dos tupinambás, os franceses invadiram a baía de Guanabara e</p><p>fundaram</p><p>resistência aos</p><p>holandeses em Pernambuco.</p><p>- As alternativas C e D está incorreta, pois se tratam de ações de resistência aos holandeses em</p><p>Pernambuco.</p><p>- A alternativa E é a resposta. Liderada pelo bispo Marcos Teixeira, a Milícia dos Descalços foi uma ação</p><p>de resistência dos moradores de Salvador ao domínio holandês, em 1624.</p><p>Gabarito: E</p><p>24. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A conclusão de que era necessária a ocupação efetiva da América Portuguesa levou a Coroa lusa a</p><p>adotar o sistema de capitanias-hereditárias, que dividiu o extenso território em quinze faixas de</p><p>terras. Antes disso, a primeira capitania do Brasil, a ilha de São João, já havia sido entregue aos</p><p>cuidados de:</p><p>a) Fernão de Loronha</p><p>b) Martim Afonso de Souza</p><p>c) Gaspar de Lemos</p><p>d) Duarte Coelho</p><p>e) Tomé de Souza</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. Fernão de Loronha foi um cristão novo que liderou um consórcio de</p><p>comerciantes de Lisboa que recebeu o monopólio de exploração do Brasil por três anos. Após isso,</p><p>conseguiu do rei a primeira capitania do Brasil, a ilha de São Vicente, que atualmente é conhecida como</p><p>169</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Fernando de Noronha.</p><p>- A alternativa B está incorreta. Martim Afonso de Souza foi primeiro donatário da Capitania de São</p><p>Vicente.</p><p>- A alternativa C está incorreta. Gaspar de Lemos integrou a armada cabralina, sendo o comandante da</p><p>comitiva que retornou a Portugal para informar ao rei sobre a tomada de posse da América Portuguesa.</p><p>Além disso, possivelmente ele foi o comandante da primeira expedição que retornou ao Brasil após a</p><p>viagem cabralina.</p><p>- A alternativa D está incorreta. Duarte Coelho foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco,</p><p>mas antes disso, Fernão de Loronha já era donatário da ilha que posteriormente ficaria conhecida como</p><p>seu nome.</p><p>- A alternativa E está incorreta. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral do Brasil, sendo enviado</p><p>para tomar posse do cargo em 1549.</p><p>Gabarito: A</p><p>25. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1551 foi o criado o primeiro bispado do Brasil, sendo o primeiro bispo de Salvador:</p><p>a) D. Pero Fernandes Sardinha</p><p>b) D. Pedro Leitão</p><p>c) D. Constantino Barradas</p><p>d) D. Antônio Muniz Barreiros</p><p>e) D. Marcos Teixeira</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. D. Pero Fernandes Sardinha foi enviado ao Brasil para se tornar o primeiro</p><p>bispo de Salvador, mas sua passagem no território ficou marcada por conflitos com o governador Duarte</p><p>da Costa.</p><p>- A alternativa B está incorreta. D. Pedro Leitão foi o segundo bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>- A alternativa C está incorreta. D. Constantino Barradas foi o quarto bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>- A alternativa D está incorreta. D. Antônio Barretos foi o terceiro bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>- A alternativa E está incorreta. D. Marcos Teixeira foi o quinto bispo a ser nomeado em Salvador,</p><p>quando foi a liderança da resistência dos habitantes da cidade contra as invasões holandesas, a</p><p>chamada Milícia dos Descalços.</p><p>Gabarito: A</p><p>26. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1644, após desentendimentos com a direção da Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de</p><p>170</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Nassau foi substituído por um Conselho Supremo na administração dos domínios holandeses no</p><p>Brasil, que apresentou como característica principal:</p><p>a) a manutenção da liberdade religiosa aos católicos e judeus.</p><p>b) a contenção dos levantes armados das classes populares.</p><p>c) a severidade na cobrança de empréstimos concedidos.</p><p>d) a devolução de propriedades confiscadas pela gestão anterior.</p><p>e) a garantia de representação dos brasileiros nos Escabinos.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, o Conselho Supremo não garantiu a mesma tolerância religiosa</p><p>verificada durante a gestão Nassau.</p><p>- A alternativa B está incorreta, a partir de 1645 iniciou-se em Pernambuco uma rebelião que ficou</p><p>conhecida como Insurreição Pernambucana, que mesmo contando com a participação de populares, foi</p><p>guiada pelos interesses econômicos dos grandes proprietários da região.</p><p>- A alternativa C é a resposta. A severidade na cobrança de empréstimos atrasados foi um dos marcos da</p><p>administração holandesa após a saída de Nassau, o que levou grandes proprietários a se levantarem</p><p>contra esses estrangeiros.</p><p>- A alternativa D está incorreta, diversas propriedades foram confiscadas no período.</p><p>- A alternativa E está incorreta, o Conselho dos Escabinos era composto exclusivamente por holandeses.</p><p>Gabarito: C</p><p>27. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1551 foi o criado o primeiro bispado do Brasil, sendo o primeiro bispo de Salvador:</p><p>a) D. Pero Fernandes Sardinha</p><p>b) D. Pedro Leitão</p><p>c) D. Constantino Barradas</p><p>d) D. Antônio Muniz Barreiros</p><p>e) D. Marcos Teixeira</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A é a resposta. D. Pero Fernandes Sardinha foi enviado ao Brasil para se tornar o primeiro</p><p>bispo de Salvador, mas sua passagem no território ficou marcada por conflitos com o governador Duarte</p><p>da Costa.</p><p>- A alternativa B está incorreta. D. Pedro Leitão foi o segundo bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>171</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>- A alternativa C está incorreta. D. Constantino Barradas foi o quarto bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>- A alternativa D está incorreta. D. Antônio Barretos foi o terceiro bispo a ser nomeado em Salvador.</p><p>- A alternativa E está incorreta. D. Marcos Teixeira foi o quinto bispo a ser nomeado em Salvador,</p><p>quando foi a liderança da resistência dos habitantes da cidade contra as invasões holandesas, a</p><p>chamada Milícia dos Descalços.</p><p>Gabarito: A</p><p>28. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>Em 1644, após desentendimentos com a direção da Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de</p><p>Nassau foi substituído por um Conselho Supremo na administração dos domínios holandeses no</p><p>Brasil, que apresentou como característica principal:</p><p>a) a manutenção da liberdade religiosa aos católicos e judeus.</p><p>b) a contenção dos levantes armados das classes populares.</p><p>c) a severidade na cobrança de empréstimos concedidos.</p><p>d) a devolução de propriedades confiscadas pela gestão anterior.</p><p>e) a garantia de representação dos brasileiros nos Escabinos.</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, o Conselho Supremo não garantiu a mesma tolerância religiosa</p><p>verificada durante a gestão Nassau.</p><p>- A alternativa B está incorreta, a partir de 1645 iniciou-se em Pernambuco uma rebelião que ficou</p><p>conhecida como Insurreição Pernambucana, que mesmo contando com a participação de populares, foi</p><p>guiada pelos interesses econômicos dos grandes proprietários da região.</p><p>- A alternativa C é a resposta. A severidade na cobrança de empréstimos atrasados foi um dos marcos da</p><p>administração holandesa após a saída de Nassau, o que levou grandes proprietários a se levantarem</p><p>contra esses estrangeiros.</p><p>- A alternativa D está incorreta, diversas propriedades foram confiscadas no período.</p><p>- A alternativa E está incorreta, o Conselho dos Escabinos era composto exclusivamente por holandeses.</p><p>Gabarito: C</p><p>29. (Estratégia Militares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio)</p><p>A chamada Nova Holanda, nome dado aos domínios holandeses no Nordeste brasileiro entre 1630 e</p><p>1654, contou com organizações que representavam os interesses da Companhia das Índias Ocidentais,</p><p>denominadas</p><p>(A) Câmaras Municipais</p><p>172</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>(B) Câmaras dos homens bons</p><p>(C) Comissões de Verificação de Poderes</p><p>(D) Câmaras dos Escabinos</p><p>(E) Conselhos Ultramarinos</p><p>Comentários</p><p>- A alternativa A está incorreta, afinal as Câmaras Municipais que haviam sido criadas durante a</p><p>dominação portuguesa foram substituídas pelas Câmaras dos Escabinos no</p><p>um povoamento batizado de França Antártica (1555-1560)</p><p>Mem de Sá</p><p>(1558-1572)</p><p>▪ Franceses expulsos do Rio de Janeiro, graças ao apoio de seu sobrinho,</p><p>Estácio de Sá.</p><p>▪ Dizimou diversos núcleos de resistência indígena.</p><p>Novas divisões administrativas</p><p>Com o passar do tempo, as capitanias hereditárias foram compradas dos particulares pelo Estado, se</p><p>tornando capitanias reais – ou seja, administradas pela Coroa. As últimas capitanias-hereditárias foram</p><p>tomadas pelo marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, no início do século XVIII.</p><p>Após o governo Mem de Sá, Portugal decidiu criar dois governos na América Portuguesa: o governo</p><p>do Norte, sediado em Salvador, foi chefiado por Luís de Brito de Almeida, enquanto o do Sul, sediado no</p><p>Rio de Janeiro foi exercido pelo desembargador Antônio Salema.</p><p>A bipartição não apresentou os resultados esperados pela Coroa, que em 1578 restabeleceu um</p><p>único governo-geral, em Salvador. Na época, o governador-geral era Lourenço da Veiga.</p><p>Figura 7 - Mapa da América Portuguesa no período da bipartição.</p><p>24</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Em 1621, durante a União Ibérica, a administração foi novamente dividida em duas partes:</p><p>▪ o Estado do Brasil, com capital em Salvador, e a partir de 1763, no Rio de Janeiro;</p><p>▪ o Estado do Maranhão e Grão-Pará, com capital em São Luís e depois em Belém.</p><p>Os dois estados coexistiram com o governo-geral e as capitanias até o século XVIII.</p><p>Em 1642, durante o reinado de D. João IV e após o fim da União Ibérica, foi criado o Conselho</p><p>Ultramarino, órgão sediado em Portugal e que reforçou a centralização administrativa, com o intuito de</p><p>intensificar a exploração do território colonial.</p><p>6.4. Câmaras Municipais e os poderes locais</p><p>As vilas e povoados fundados no período colonial eram administradas pelas Câmaras Municipais</p><p>(ou senado as câmaras), órgãos secundários que cuidavam de assuntos locais, como o abastecimento do</p><p>povoado, a organização de expedições contra indígenas e a aplicação das leis vigentes na colônia.</p><p>As câmaras eram compostas por vereadores oriundos da classe dos grandes proprietários, ricos</p><p>senhores de terras conhecidos como "homens bons". Mulheres, escravizados, judeus e homens que</p><p>exerciam tarefas braçais não poderiam concorrer ao cargo.</p><p>Os órgãos eram presididos por um juiz, que era chamado de juiz de fora quando era nomeado</p><p>pelas autoridades administrativas e de juiz ordinário quando eleito pelos vereadores. A partir de 1696,</p><p>os juízes de fora predominaram nos centros urbanos.</p><p>Forças Armadas no período colonial</p><p>O governador-geral e os governadores das capitanias contavam com os seguintes efetivos</p><p>militares no período colonial:</p><p>▪ Tropas de linha — efetivo regular e profissional em armas, organizado a partir do Regimento das</p><p>Ordenanças (1570);</p><p>▪ Milícias— força auxiliar composta pela população, também chamada de terço ou tropas</p><p>urbanas;</p><p>▪ Ordenanças — compostas todos os homens em condições físicas e de idade entre 18 e 60 anos,</p><p>convocados quando necessário.</p><p>Figura 8 - Soldados das Tropas de Ordenanças do Interior do Brasil, sec. XVIII. Fonte: Wikimedia commons.</p><p>OBSERVAÇÃO: Durante o período colonial, especialmente no século XVIII, todos os homens entre 16</p><p>e 60 anos serviam nas tropas de linha, nas milícias ou nas ordenanças.</p><p>25</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>7. INVASÕES FRANCESAS NO BRASIL COLONIAL</p><p>Em 1555, os franceses invadiram a América Portuguesa e fundaram o forte Coligny, em uma das</p><p>ilhas da baía de Guanabara, Rio de Janeiro. A expedição foi comandada por Nicolau Durand</p><p>Villegaignon, que liderava um grupo de huguenotes (calvinistas) que fugiam das perseguições religiosas</p><p>ocorridas na França.</p><p>A colônia francesa, chamada de França Antártica, contou com o apoio de indígenas tamoios, o que a</p><p>permitiu resistir aos ataques de portugueses por 5 anos. Os franceses foram derrotados em 1560,</p><p>durante o terceiro governo-geral (Mem de Sá). Após a expulsão, foi fundada a cidade de São Sebastião</p><p>do Rio de Janeiro, em 1565.</p><p>Os invasores, contudo, continuaram reforçaram suas incursões na região Nordeste, com o intuito de</p><p>participar do comércio de pau-brasil. As regiões que correspondem aos atuais estados da Paraíba, Rio</p><p>Grande do Norte, Ceará e Pará foram as mais invadidas.</p><p>Em 1612, durante a União Ibérica, Daniel de la Touche comandou uma nova tentativa de</p><p>organização de uma colônia do Brasil, dessa vez na região do Maranhão. Batizada de França Equinocial,</p><p>ela foi marcada pela fundação do forte São Luís — uma homenagem ao rei francês Luís XVIII. O novo</p><p>empreendimento se estendeu nos três anos seguintes, quando as autoridades portuguesas organizaram</p><p>expedições militares para expulsá-los, comandadas por Jerônimo de Albuquerque e Alexandre Moura.</p><p>8. ECONOMIA E SOCIEDADE DO AÇÚCAR</p><p>No século XVI, a produção de açúcar ganhou espaço na Europa do Mediterrâneo, em especial na</p><p>região da Sicília e na parte da Península Ibérica ocupada pelos mouros. Com as Grandes Navegações, o</p><p>cultivo da cana também alcançou o continente americano, sendo enviadas as primeiras mudas em 1492,</p><p>na segunda viagem de Colombo.</p><p>Portugal não ficou de fora deste lucrativo negócio. Por volta de 1425, a cana sacarina foi introduzida</p><p>na Ilha da Madeira, a partir de mudas importadas da Sicília pelo Infante D. Henrique. Em 1530, mais de</p><p>um século depois, as primeiras mudas chegaram ao Brasil na expedição de Martim Afonso de Souza,</p><p>responsável pela criação do primeiro engenho de açúcar na colônia.</p><p>Conforme vimos anteriormente, a cultura açucareira inicialmente só prosperou nas capitanias de</p><p>São Vicente e Pernambuco. Mas com o passar dos anos, ela se estabeleceu definitivamente no litoral</p><p>nordestino, graças ao solo massapê e o clima quente e úmido, favoráveis para o cultivo da cana. Com</p><p>isso, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar, chegando a atingir 350 mil arrobas em</p><p>1584.</p><p>Inicialmente, a palavra engenho era utilizada para denominar o instrumento utilizado para a</p><p>moagem da cana, mas com o passar do tempo, passou a significar toda a unidade de produção</p><p>açucareira, desde a lavoura de cana até as construções erguidas para o fabrico do açúcar.</p><p>Durante séculos, a obtenção deste produto se deu pela adoção do sistema de plantation,</p><p>baseado nos seguintes elementos:</p><p>26</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>▪ Monocultura → Como o próprio nome sugere, a exploração do solo era voltada para o</p><p>cultivo da cana sacarina, utilizada para a manufatura do açúcar. Toda a produção da Colônia</p><p>era voltada para o mercado europeu (exportação).</p><p>▪ Latifúndio → Imensas extensões de terras eram reservadas à produção açucareira, sob a</p><p>responsabilidade de único proprietário, o senhor de engenho.</p><p>▪ Escravidão → Para o desempenho de todas as etapas de produção do açúcar, a mão de obra</p><p>utilizada era majoritariamente escravizada. Na boa definição do padre italiano André João</p><p>Antonil, os escravos eram “as mãos e pés do engenho”.</p><p>Muitos engenhos se utilizaram da mão de obra indígena, adquirida por expedicionários que se</p><p>embrenhavam pelas matas ou invadiam aldeamentos jesuítas. Embora a escravização dos nativos jamais</p><p>tenha desaparecido, ao final do século XVI muitos engenhos passaram a comprar escravizados trazidos</p><p>da África, geralmente das partes nas quais foram instalaram feitorias pelos lusos durante as Grandes</p><p>Navegações.</p><p>Em relação a estrutura do engenho, podemos destacar algumas localidades:</p><p>▪ Os partidos, imensas áreas de plantio da cana de açúcar, cultivadas tanto pelos senhores de</p><p>engenho quanto por lavradores livres, que pagavam aluguel pela utilização das terras;</p><p>▪ A casa-grande, local de habitação do senhor de engenho, sua família e uma grande quantidade</p><p>de agregados. Além disso, era símbolo dos poderes econômico, social e político desses senhores</p><p>que formavam a “aristocracia do açúcar” na Colônia.</p><p>▪ A senzala, grande galpão onde os escravizados eram trancafiados à noite.</p><p>Existiam dois tipos de engenho: os trapiches, movidos por tração animal, os engenhos reais,</p><p>movidos pela força hidráulica. Alguns deles, chamados de engenhocas ou molinetes, acabaram se</p><p>especializando na produção da cachaça, produto que era utilizado como moeda de troca no tráfico</p><p>de escravizados. No Rio de Janeiro, os engenhos produtores de cachaça se tornaram predominantes.</p><p>Figura 9 - Engenho de Açúcar de Pernambuco. Pintura de Frans Post, 1645.</p><p>27</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Para Portugal, era importante que se mantivesse o exclusivo metropolitano (ou pacto colonial),</p><p>que fazia com que as atividades econômicas desenvolvidas na América Portuguesa gerassem</p><p>rendimentos unicamente para a Coroa, não sendo permitido aos colonos o comércio com as demais</p><p>nações. Não nos esqueçamos que o Brasil também fazia parte da lógica mercantilista, que tinha</p><p>entre suas práticas econômicas o colonialismo. Veja como funcionava, em tese, o pacto colonial:</p><p>Contudo, não dispondo de condições para realizar o refino do açúcar na Colônia ou na metrópole, os</p><p>portugueses foram forçados a permitir a entrada de outros atores no comércio do produto: os</p><p>holandeses. Ao adquirirem o produto de senhores de engenho no Nordeste, os portugueses revendiam</p><p>caixotes do produto para os holandeses dos Países Baixos, onde o açúcar era refinado, e de lá,</p><p>comercializado para as demais regiões da Europa.</p><p>Dessa maneira, o monopólio do comércio do açúcar escapava das mãos dos portugueses devido à</p><p>forte presença holandesa nessa atividade, que também era responsável pela concessão de créditos aos</p><p>senhores de engenho. Além disso, Amsterdã, Gênova, Londres e Hamburgo se destacavam como os</p><p>maiores centros comerciais do período, o que tornavam os lusos incapazes de fixar o preço do produto</p><p>neste mercado globalizado.</p><p>8.1. Sociedade açucareira</p><p>Conforme já mencionamos, a sociedade do açúcar pode ser definida pela existência de duas</p><p>construções em boa parte dos engenhos: a casa-grande e a senzala. No Nordeste açucareiro, os</p><p>povoamentos eram bastante distantes entre si, e os ataques de indígenas constantes. Com isso, a vida</p><p>girava no interior dos engenhos, onde seus senhores exerciam um grande poder sobre os demais</p><p>habitantes de sua propriedade</p><p>A casa-grande, como vimos, era a habitação do senhor de engenho, seus familiares e agregados. Ele</p><p>não dispõe de títulos de nobreza, mas o que o separa das demais camadas sociais é o fato de não</p><p>exercer atividades braçais. Essa distinção era cotidianamente marcada por diversos elementos de seu</p><p>cotidiano: a riqueza de suas roupas e ornamentos, o respeito demonstrado pelos seus subordinados, a</p><p>mesa farta existente durante suas refeições.</p><p>PORTUGAL</p><p>(METRÓPOLE)</p><p>BRASIL</p><p>(COLÔNIA)</p><p>Era o único a fornecer manufaturas e equipamentos para</p><p>Só poderia vender suas matérias-primas, produtos tropicais e metais preciosos para</p><p>28</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>A presença de homens livres é limitada na sociedade açucareira. Alguns deles eram os chamados</p><p>mestres do açúcar, empregados nas casas de purgar dos engenhos, enquanto o feitor-mor é o</p><p>encarregado da administração de toda a unidade de produção açucareira. Muitos homens livres</p><p>realizavam ofícios diversos para os senhores de engenho, o que conferia aos últimos ampla influência</p><p>política, econômica, social sobre vilarejos vizinhos à sua propriedade.</p><p>Em regiões onde a administração colonial não se fazia tão presente, era o poder dos grandes</p><p>proprietários o que realmente regulava a vida dos habitantes da colônia. Essa organização da sociedade</p><p>colonial fez com que desse início no Brasil um fenômeno denominado mandonismo, ou seja, o poder</p><p>permanece concentrado nas mãos de grandes proprietários locais, e que por isso o exercem com intuito</p><p>de satisfazer interesses pessoais, e não coletivos.</p><p>Como o açúcar era produzido no período colonial?</p><p>Senhor de</p><p>engenho</p><p>Familiares</p><p>Agregados</p><p>Escravizados</p><p>Depois do plantio e</p><p>da colheita, a cana</p><p>era levada para a</p><p>moenda, onde era</p><p>prensada até ser</p><p>extraído seu caldo,</p><p>chamado de garapa.</p><p>A garapa era</p><p>encaminhada para a</p><p>casa das fornalhas,</p><p>onde era cozinhada</p><p>até se tornar um</p><p>líquido mais espesso,</p><p>o melaço.</p><p>O melaço era enviado</p><p>para a casa de purgar,</p><p>onde era colocado em</p><p>formas de barro por</p><p>quarenta dias. Após a</p><p>secagem, se obtinham</p><p>três tipos de açúcar: o</p><p>branco, o mascavo e o</p><p>escuro.</p><p>Depois de batido e</p><p>esfarelado, somente</p><p>o açúcar branco era</p><p>encaixotado e</p><p>enviado para a</p><p>Europa.</p><p>29</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>9. UNIÃO IBÉRICA (1580-1640)</p><p>Em 1578, o rei português D. Sebastião foi morto em combate contra</p><p>os mouros no Marrocos, durante a Batalha de Alcácer-Quibir. Ele foi</p><p>sucedido pelo tio-avô, o cardeal D. Henrique, que faleceu dois anos</p><p>depois sem deixar herdeiros diretos. A partir daí, iniciou-se uma disputa</p><p>pela sucessão do trono de Portugal, da qual saiu vitorioso o monarca de</p><p>Espanha, Filipe II4. O período situado entre 1580 e 1640 é denominado</p><p>de União Ibérica, afinal o governo de Portugal e de suas colônias -</p><p>incluindo o Brasil - ficou subordinado ao domínio espanhol.</p><p>Para legitimar o seu poderio entre os nobres portugueses, Filipe II</p><p>concordou em preservar a estrutura administrativa de Portugal, bem</p><p>como garantir o exclusivo comercial que o território dispunha em</p><p>relação às suas colônias - o que nem sempre foi respeitado. Além disso,</p><p>em 1581 a Espanha estabeleceu o Juramento de Tomar, pelo qual se</p><p>comprometia a preservar as leis, costumes e a língua portuguesa em</p><p>Portugal e em seus domínios.</p><p>Durante a União Ibérica, algumas medidas administrativas afetaram diretamente o Brasil:</p><p>▪ Criação do Estado do Maranhão (1621), com sede em São Luís, separado do governo-geral</p><p>sediado na Bahia, para melhor combater as incursões estrangeiras.</p><p>▪ Envio para o Brasil de visitações do Tribunal do Santo Ofício (Santa Inquisição), com o</p><p>intuito de reprimir práticas tidas como "desvios" daquilo que a Igreja católica pregava. Com</p><p>isso, muitos judeus e cristãos-novos foram perseguidos, processados e condenados à morte.</p><p>9.1. Embargo Espanhol e suas consequências</p><p>Durante o século XVI, a Holanda (Países Baixos) era um dos territórios que se encontrava sob</p><p>domínio da Espanha. Depois de diversas lutas, os holandeses obtiveram sua independência, formando a</p><p>República da Holanda (ou Províncias Unidas dos Países Baixos), sediada em Amsterdã.</p><p>A independência dos Países Baixos não foi imediatamente aceita por Filipe II5, que impôs um</p><p>bloqueio econômico sobre o território. Com isso, produtores e comerciantes submetidos ao domínio</p><p>espanhol foram proibidos de comercializar com os holandeses, o que incluía o Brasil.</p><p>Para os holandeses, o embargo espanhol representava um imenso prejuízo econômico, pois os</p><p>afastava da participação do negócio açucareiro. Naquele momento, existiam 29 refinarias no norte da</p><p>Holanda, para onde era encaminhado o açúcar brasileiro comprado dos portugueses. Além disso,</p><p>Portugal e seus domínios coloniais eram um importante mercado consumidor dos tecidos holandeses.</p><p>4 Em Portugal, ele ficou conhecido como Filipe I.</p><p>5 A independência só foi reconhecida pela Espanha por meio de um acordo de paz, a Trégua dos Doze Anos (1609-1621). Após o seu término, os holandeses</p><p>iniciaram os ataques aos domínios ibéricos.</p><p>Figura 10 - Filipe II de Espanha.</p><p>30</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Como o embargo espanhol pressionava para que Portugal tomasse os Países Baixos como inimigos,</p><p>os holandeses passaram a desafiar o monopólio comercial português, a partir da criação de duas</p><p>companhias de comércio:</p><p>▪ Companhia das Índias Orientais (1602) → buscou atuar diretamente</p><p>no comércio de especiarias</p><p>no Oceano Índico.</p><p>▪ Companhia das Índias Ocidentais (1621) → voltada à conquista do monopólio do tráfico de</p><p>escravos no Atlântico, o que a levou a tomar portos africanos até então dominados pelos lusos.</p><p>Além disso, foi a responsável pelas invasões holandesas no Nordeste brasileiro, com o intuito de</p><p>monopolizar o negócio açucareiro.</p><p>ATENÇÃO: Para a prova de História da ESA, é importante entender as invasões holandesas ao Brasil</p><p>como uma consequência da União Ibérica.</p><p>10. INVASÕES HOLANDESAS (1624-1654)</p><p>A Companhia das Índias Ocidentais tinha autorização do governo holandês tanto para atuar no</p><p>comércio quanto para estabelecer colônias em pontos estratégicos. E diante da lucratividade do açúcar,</p><p>os holandeses promoveram invasões no território brasileiro em duas ocasiões, com o objetivo de</p><p>conquistá-lo. Vejamos um pouco mais sobre elas a seguir.</p><p>10.1. Invasão da Bahia (1624-1625)</p><p>No início de maio de 1624, a Companhia das Índias Ocidentais organizou uma esquadra composta</p><p>por 26 navios e 3.400 homens para conquistar a cidade de Salvador. Na época, ela era uma das mais</p><p>importantes cidades da América, não somente por ser sede administrativa e religiosa da colônia, mas</p><p>pelos rentáveis negócios do açúcar, tabaco e de escravizados praticados na região.</p><p>O governador-geral do Brasil, Diogo de Mendonça Furtado, chegou a ser preso e enviado para a</p><p>Holanda, sendo substituído pelo holandês Van Doth. Contudo, em menos de um ano de conquista, os</p><p>holandeses acabaram sendo expulsos por dois atos de resistência:</p><p>▪ Milícia dos Descalços: mobilizados pelo bispo D. Marcos Teixeira, os habitantes da cidade se</p><p>revoltaram contra os invasores, considerados “hereges” pelo fato de serem calvinistas</p><p>(protestantes).</p><p>▪ Jornada dos Vassalos: nome dado à esquadra luso-espanhola organizada para combater os</p><p>holandeses, expulsos em 1625.</p><p>Apesar do fracasso da empreitada em Salvador, os holandeses compensaram o prejuízo obtido em</p><p>1628, quando apreenderam nas Antilhas um enorme carregamento de prata americana que se dirigia à</p><p>Espanha. Tal façanha, atribuída ao comandante Piet Heyn, permitiu à Companhia acumular novos</p><p>recursos, que foram utilizados para organizar uma segunda inciativa de invasão ao Nordeste brasileiro,</p><p>31</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>dessa vez em Pernambuco.</p><p>10.2. Holandeses em Pernambuco (1630-1654)</p><p>Em 1630, os holandeses atacaram Recife e Olinda, onde conseguiram se fixar, e de lá expandir os</p><p>seus domínios de Sergipe até o Maranhão. O governador da capitania de Pernambuco, Matias de</p><p>Albuquerque, se refugiou no interior, onde tentou resistir no Arraial do Bom Jesus, fundado por ele</p><p>para servir de base aos grupos armados apelidados de “Companhias de Emboscada”. Em 1635, este</p><p>núcleo de resistência foi derrotado, o que levou os holandeses a dominarem do Maranhão até o</p><p>Sergipe.</p><p>Sabe-se que diversos setores apoiaram os invasores, incluindo “índios tapuias, gente graúda da</p><p>terra, lavradores, cristãos-novos, mestiços e escravos fugidos” (KOSHIBA; PEREIRA, 2003, p. 91). Um dos</p><p>aliados dos holandeses foi Domingos Fernandes Calabar, que após ser capturado por Matias de</p><p>Albuquerque, foi executado em Porto Calvo (Alagoas).</p><p>Figura 11 - Domínios holandeses no Nordeste brasileiro.</p><p>Governo de Maurício de Nassau (1637-1644)</p><p>Findada a luta armada em Pernambuco, a Companhia das Índias Ocidentais</p><p>iniciou a reorganização administrativa dos novos domínios no Nordeste. Era</p><p>preciso reestruturar a economia açucareira e reorganizar o tráfico de</p><p>escravizados, pois ambos foram comprometidos após anos de conflito. Além</p><p>disso, caberia aos holandeses conquistar a colaboração dos luso-brasileiros que</p><p>permaneceram no território, especialmente os senhores de engenho.</p><p>Para a administração do território, batizado de Nova Holanda, foi nomeado</p><p>como governador-geral o jovem coronel alemão, João Maurício de Nassau-</p><p>Siegen. Neste período, as Câmaras Municipais foram substituídas Câmaras dos</p><p>Escabinos, que eram presididas pelos escoltecos – holandeses e representantes</p><p>da Companhia das Índias Ocidentais, com a participação de senhores de</p><p>Figura 12 - Maurício de Nassau.</p><p>32</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>engenho.</p><p>O governo Nassau foi marcado pelas seguintes iniciativas:</p><p>▪ Reativação econômica: para estimular a economia açucareira, Nassau concedeu créditos aos</p><p>senhores de engenho, estabeleceu impostos mais baixos que o dos portugueses e estimulou a</p><p>ampliação da área de cultivo da cana. As medidas contribuíram para a recuperação dos canaviais</p><p>e a compra de escravizados africanos, levando a um grande crescimento da produção</p><p>açucareira.</p><p>▪ Tolerância religiosa: embora protestantes, os holandeses concederam certa tolerância aos</p><p>cristãos e judeus que habitavam a Nova Holanda. Devido a isso, foi fundada em Recife a primeira</p><p>sinagoga das Américas.</p><p>▪ Reforma urbanística: a importância do porto de Recife fez com que a localidade passasse por</p><p>uma importante reforma urbana, sendo construídas casas, pontes, jardins e praças. Foi criada a</p><p>Cidade Maurícia, na ilha de Antônio Vaz, que hoje corresponde a um bairro de Recife.</p><p>▪ Estímulo à vida cultural: o governo Nassau patrocinou a vinda de artistas e naturalistas, que</p><p>legaram registros da paisagem, da fauna, da flora e da população locais.</p><p>Figura 13 - Vista da Cidade Maurícia, Recife. Pintura de Frans Post 1657.</p><p>Insurreição Pernambucana (1645-1654)</p><p>Em 1640, um duque português, apoiado pela nobreza e burguesia de Portugal, deu fim ao domínio</p><p>espanhol sobre o país. Este processo, conhecido como Restauração, fez com que o nobre fosse coroado</p><p>como D. João IV de Portugal, dando início à dinastia de Bragança no reino. A partir daí, Portugal buscou</p><p>selar a paz com os Países Baixos, bem como recuperar o território perdido no Nordeste.</p><p>Em 1644, após desentendimentos com a direção geral da Companhia das Índias Ocidentais, Nassau</p><p>33</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>foi afastado do governo da Nova Holanda, retornando para os Países Baixos. Após a sua saída, a nova</p><p>administração, composta por um Conselho Supremo, se mostrou mais severa, ameaçando confiscar</p><p>terras dos senhores de engenho que não aumentassem a produção açucareira e debitassem os</p><p>empréstimos feitos durante o governo Nassau. Além disso, os católicos passaram a ter seus cultos</p><p>restringidos.</p><p>Insatisfeitos com a nova administração, diversos grupos sociais de Pernambuco se uniram em uma</p><p>rebelião contra os holandeses, conhecida como Insurreição Pernambucana. Liderados pelos senhores</p><p>de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, uniram-se a eles grupos de negros,</p><p>incluindo o rebelde Henrique Dias, e indígenas - entre eles, Filipe Camarão. Após vitórias dos rebeldes</p><p>em monte das Tabocas (1645) e na primeira e segunda batalha de Guararapes (1648 e 1649), Portugal</p><p>enviou tropas de auxílio aos luso-brasileiros, em 1653. Diante da forte resistência, os holandeses foram</p><p>expulsos do Nordeste brasileiro no ano seguinte.</p><p>ATENÇÃO: a Insurreição Pernambucana é compreendida pelas Forças Armadas como o processo que</p><p>marcou a origem do Exército Brasileiro e da ideia de nação, na medida em que que diferentes</p><p>grupos sociais se uniram para expulsar os invasores holandeses.</p><p>Em 1661, por meio do acordo conhecido como Paz de Haia, a Holanda reconheceu a perda do</p><p>Brasil holandês mediante um pagamento de uma indenização de 4 milhões de cruzados por Portugal - o</p><p>equivalente a 63 toneladas de ouro. Em seguida, os holandeses levaram mudas de cana para as Antilhas,</p><p>onde passaram a produzir o próprio açúcar. A concorrência holandesa no mercado mundial contribuiu</p><p>para a crise da economia açucareira no Brasil.</p><p>FASES DO BRASIL HOLANDÊS CARACTERÍSTICAS</p><p>GUERRA (1630-1635) - Tentativas de resistência por meio da fundação do Arraial</p><p>de Bom Jesus e pela organização das Companhias de</p><p>Emboscada;</p><p>- Desestruturação da economia açucareira e desorganização</p><p>do tráfico negreiro.</p><p>- Derrota dos portugueses.</p><p>PERÍODO NASSAU (1633-1644) - Reativação econômica e aumento da produção</p><p>açucareira;</p><p>- Tolerância religiosa</p><p>- Reforma urbanística (fundação da Cidade Maurícia)</p><p>INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645-1654) - Administração pós-Nassau (Conselho Supremo) provoca</p><p>reações</p><p>- Colonos rebeldes enfrentam os holandeses em Monte das</p><p>Tabocas e na batalha de Guararapes</p><p>- Expulsão dos holandeses leva à decadência da economia</p><p>açucareira no Brasil.</p><p>11. ESCRAVIDÃO NO MUNDO COLONIAL</p><p>A partir do final século XVI, a escravidão africana passou a predominar nas áreas mais dinâmicas</p><p>da América Portuguesa. Algumas razões contribuíram para isso:</p><p>34</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>▪ Barreira cultural: o plantio era considerado tarefa exclusivamente feminina pela maior parte dos</p><p>povos indígenas, o que gerou resistências à colonização;</p><p>▪ Epidemias: os indígenas não dispunham de imunidade às doenças trazidas pelos portugueses,</p><p>tais como a varíola e a gripe. Com isso, o mero contato com os colonos gerava epidemias que</p><p>dizimavam comunidades inteiras, o que inviabilizava a escravidão indígena;</p><p>▪ Domínio de técnicas pelos africanos: a metalurgia, a agricultura em larga escala e a criação de</p><p>gado eram algumas das atividades existentes em diversas comunidades africanas, o que atendia</p><p>ao projeto português de colonização do Brasil.</p><p>▪ Oposição jesuíta à escravidão indígena: para os jesuítas e outros religiosos, a colonização</p><p>deveria ter como objetivo primordial a catequização dos indígenas. E embora inicialmente não</p><p>se opusessem diretamente à escravização dos ameríndios, os religiosos passaram a denunciar às</p><p>autoridades os colonos, pois logo perceberam que a busca pelo lucro não era acompanhada da</p><p>preocupação com a cristianização.</p><p>▪ Lucratividade do tráfico negreiro: o comércio de escravizados africanos no Atlântico logo se</p><p>mostrou um lucrativo negócio para a Coroa portuguesa, afinal dava a ela a possibilidade de</p><p>cobrar tributos sobre os traficantes que entravam e saíam com cativos nas zonas portuárias.</p><p>Apesar da escravidão africana se tornar predominante com o passar do tempo, cabe destacar</p><p>que a escravidão indígena continuou a existir até o século XIX, principalmente na região Norte. Em</p><p>1570, uma normativa real regulamentou o cativeiro indígena, que só poderia ser realizado por meio de</p><p>“guerra justa”, ou seja, a partir dos conflitos autorizados pela Coroa ou pelo governador contra os povos</p><p>hostis ao projeto colonizador.</p><p>11.1. Levantes indígenas no período colonial</p><p>Diversos foram os episódios de resistência empreendidos pelos povos indígenas contra</p><p>colonização dos portugueses. Um dos primeiros levantes que reuniu diversos grupos foi a Confederação</p><p>dos Tamoios (1554-1567), conflito que ocorreu na Baía de Guanabara, no atual litoral fluminense, e no</p><p>litoral paulista.</p><p>Inicialmente, os indígenas Tupinambá da região foram simpáticos à aproximação dos lusos, mas</p><p>a partir de 1525, voltaram-se contra os recém-chegados diante dos maus-tratos e injustiças, aliando-se</p><p>aos franceses. Para completar, as relações de amizade estabelecidas entre portugueses e tupiniquins,</p><p>seus históricos adversários, contribuiu para o acirramento das animosidades.</p><p>A fundação da França Antártica (1555), que contou com o suporte dos Tamoio, levou o governo-</p><p>geral a empreender esforços para expulsar os concorrentes. Apoiados pelos Temiminó, que tinham em</p><p>Arariboia seu principal líder, os portugueses expulsaram os franceses e dizimaram os tamoios – termo</p><p>que incluía tupinambás, Guaianases, Goitacazes, Aimorés, entre outros.</p><p>Outro episódio de resistência indígena foi a Confederação dos Cariri (1683-1713), ocorrido no</p><p>sertão dos atuais estados de Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, ao norte do Rio São Francisco. O</p><p>conflito também ficou conhecido como “Guerra dos Bárbaros”, afinal os portugueses aprenderam com</p><p>os Tupi a se utilizar termo tapuia, que significa bárbaro, para se referir a todos os povos não-tupi que</p><p>habitavam o interior.</p><p>Os portugueses, que encaravam os indígenas da região como um entrave ao processo de</p><p>35</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>ocupação colonial baseado na agricultura, promoveram diversos ataques aos povos a partir do final do</p><p>século XVII, porém os Cariri resistiram durante décadas, empreendendo derrotas contra os capitães-</p><p>mores do interior. Foi somente com o auxílio de bandeirantes paulistas que os lusos finalmente</p><p>derrotaram os adversários.</p><p>Obs: Outro levante indígena significativo foi o episódio que ficou conhecido como Guerras</p><p>Guaraníticas, do qual falaremos mais adiante.</p><p>11.2. Escravidão africana</p><p>“O Brasil é o inferno dos negros”, observou o padre Antonil, jesuíta que chegou na América</p><p>Portuguesa em 1681. A escravidão africana saltava aos olhos de todos os recém-chegados na Colônia,</p><p>afinal em regiões como o Recôncavo baiano, grande produtora de açúcar e fumo, mais de 75% da</p><p>população era composta por cativos.</p><p>Quando os interesses dos lusos se voltaram para a produção e comércio do açúcar, primeiramente</p><p>nas ilhas da Madeira, São Tomé e Cabo Verde; depois, na América Portuguesa, o tráfico negreiro foi se</p><p>tornou uma prioridade para a Coroa. Se utilizando de feitorias instaladas ao longo da costa africana</p><p>desde a época das Grandes Navegações, os portugueses adquiriam escravizados a partir de alianças</p><p>firmadas com povos nativos, participando das rivalidades existentes entre reinos e linhagens locais.</p><p>A maioria dos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos (ou nagôs), denominação utilizada</p><p>para tratar dos grupos originários da África Central, sobretudo Angola e Congo; e sudaneses,</p><p>provenientes das regiões de Daomé (Benin), Nigéria e Guiné. Entre os sudaneses, cabe destacar a</p><p>presença de convertidos ao islamismo, chamados de maleses.</p><p>36</p><p>Prof. Marco Túlio</p><p>AULA 00 – BRASIL COLÔNIA I</p><p>Figura 14 - Principais rotas do tráfico de escravizados no Atlântico e origem étnica dos cativos.</p><p>Para alguns líderes africanos, chamados de sobas, o comércio de humanos se mostrou lucrativo,</p><p>afinal lhes permitia o acesso a mercadorias trazidas pelos europeus que não existiam no continente,</p><p>incluindo tabaco, cachaça, tecidos desconhecidos e armas. Além disso, a tecnologia bélica fornecida</p><p>pelos recém-chegados conferia aqueles que a recebiam vantagens sobre os povos inimigos, que quando</p><p>vencidos, eram escravizados e comercializados para os europeus em troca de mais mercadorias.</p><p>As embarcações de traficantes, chamadas não por acaso de “tumbeiros”, permaneciam por meses</p><p>atracadas na costa, e quando finalmente completavam a carga humana, embarcavam rumo às Américas,</p><p>em uma viagem que durava em média 35 dias. Uma caravela portuguesa chegava a transportar até 500</p><p>escravizados, alimentados apenas uma vez ao dia, em muitos casos apenas com azeite e milho cozido.</p><p>Devido a dieta pobre em vitamina C, muitos deles desenvolviam o escorbuto, que por isso ficou</p><p>conhecida como “mal de luanda”.</p><p>Ao alcançarem os portos brasileiros, os escravizados eram identificados pelas autoridades coloniais,</p><p>cabendo aos traficantes pagar os impostos devidos. Caso não conseguisse comercializar suas</p><p>“mercadorias” na alfândega, eram dirigidas para armazéns situados na região portuária, onde eram</p><p>higienizadas para se tornarem mais atrativas para compradores. Os senhores de escravos geralmente</p><p>optavam pela compra de cativos vindos de pontos distintos da África, afinal as barreiras linguísticas</p><p>dificultavam a organização de insurreições contra seu domínio.</p><p>Uma vez instalados nas fazendas, os escravos eram submetidos a extensas e exaustivas jornadas de</p><p>trabalho, em muitos casos desenvolvendo atividades extremamente maçantes. Castigos públicos, tais</p><p>como o tronco e o uso da chibata, eram constantemente aplicados, a fim de que essas populações</p><p>fossem</p>

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