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<p>GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM UMA OBRA NO</p><p>MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE - MG</p><p>Lisandra Natalia de Souza (lisandra.natalia.sou@gmail.com)</p><p>Pedro Henrique Pereira Gonçalves (pedrohpereirag@hotmail.com)</p><p>Rafael de Souza Ferreira (rafaeldsf58@gmail.com)</p><p>Laisa Cristina Carvalho</p><p>Coordenação de curso de Engenharia Civil</p><p>Pouso Alegre</p><p>2021</p><p>RESUMO</p><p>A construção civil está entre as atividades socioeconômicas do Brasil mais importantes</p><p>atualmente. O plano de gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (RCC) torna-</p><p>se fundamental para garantir a destinação correta destes resíduos, visando à</p><p>utilização dos recursos utilizados nas construções com a utilização de práticas mais</p><p>sustentáveis. Neste ponto de vista, o trabalho busca apresentar as etapas realizadas</p><p>no gerenciamento dos resíduos da construção civil e as diferentes classes definidas</p><p>pela Resolução nº 307/2002 do CONAMA além de demonstrar que um plano de</p><p>gerenciamento de resíduos bem elaborado pode reduzir os custos da obra com a</p><p>destinação final dos mesmos.</p><p>Palavras-chaves: Resíduos; Gerenciamento; Construção Civil.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A indústria da construção civil engloba desde a extração de materiais até a</p><p>construção em si. Conforme Souza et al. (2004), tem-se que este setor seja</p><p>encarregado pela geração de 3,92 milhões de empregos, sendo o maior ramo</p><p>empregador da economia do Brasil.</p><p>Segundo IBGE (2015), no ano de 2014, a construção civil obteve participação</p><p>em 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas é uma atividade que causa</p><p>impactos ambientais pela utilização de recursos naturais, alteração do meio ambiente</p><p>e produz um grande volume de entulhos. Devido a isso, nas últimas décadas se vê um</p><p>aumento na preocupação sobre o descarte dos resíduos gerados por ela.</p><p>A produção de resíduos sólidos é diretamente proporcional ao desenvolvimento</p><p>e ao crescimento econômico de uma sociedade. Outro motivo relevante é que a</p><p>humanidade fica cada vez mais urbanizada e, de acordo com Teixeira (2010) a</p><p>geração de resíduos aumenta proporcionalmente à urbanização.</p><p>Conforme Morais (2006), o descarte indevido dos Resíduos da Construção e</p><p>Demolição (RCD) é um dos maiores problemas na administração dos municípios, visto</p><p>que causa impactos relevantes no meio ambiente urbano, podendo prejudicar a</p><p>drenagem urbana, o paisagismo, o tráfego de veículos e pedestres, além de atrair</p><p>resíduos não inertes que colaboram para a multiplicação de transmissores de</p><p>doenças.</p><p>Os RCD são gerados na prática de construção, reforma ou demolição e formados</p><p>por um grupo de materiais, por exemplo: blocos cerâmicos e estruturais, tijolos,</p><p>concreto e argamassas em geral, madeiras e compensados, gesso e assim por diante</p><p>(CONAMA, 2002; ÂNGULO, 2005).</p><p>Segundo a Resolução CONAMA Nº. 307, de 05 de Julho de 2002, em seu artigo</p><p>3º, os resíduos da construção civil deverão ser classificados, conforme tabela 1 abaixo:</p><p>Tabela 1 – Classificação dos resíduos</p><p>FONTE: CONAMA, 2002.</p><p>Os RCD refletem, em média, 50% da quantidade dos resíduos urbanos, tanto no</p><p>Brasil quanto em outros países (PINTO, 1999; JOHN, 2000). Os aterros clandestinos</p><p>e as disposições irregulares, motivados pela ausência de gerenciamento, viraram uma</p><p>realidade no território brasileiro. No ano de 2002, com a autorização da Resolução</p><p>CONAMA Nº. 307 ficaram estabelecidos procedimentos e medidas para o controle de</p><p>RCD no Brasil (CONAMA, 2002).</p><p>Nesta resolução são encarregadas obrigações para o poder público e também</p><p>para a iniciativa privada (PINTO et al., 1999). As empresas privadas de construção</p><p>civil, que geram uma grande quantidade de resíduos urbanos, devem produzir projetos</p><p>de gerenciamento específicos, como a triagem em canteiros de obras, envolvendo o</p><p>uso de transportadores cadastrados e de áreas licenciadas para manuseio e</p><p>reciclagem.</p><p>O poder público deve disponibilizar uma rede de destinação e coleta</p><p>ambientalmente correta para os pequenos geradores de resíduos, responsáveis por</p><p>reformas e autoconstruções que não são capazes de implementar a autogestão.</p><p>Dentro deste contexto, este artigo tem como objetivo realizar o levantamento da</p><p>quantidade de resíduos de uma obra e o custo para a destinação correta deles, no</p><p>município de Pouso Alegre, MG.</p><p>2. REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A construção civil é vista como a que mais causam destruições ao meio</p><p>ambiente, devido a alta extração de recursos naturais e por gerar cerca de 35% dos</p><p>resíduos para aterros em todo o mundo (J. SOLÍS-GUZMÁN, 2019). Os estados</p><p>membros da União Europeia possuem uma estimativa de 870 milhões de toneladas</p><p>de resíduos de construção e demolição (RCD) como produção anual global, Portugal</p><p>é causador de 1,5 mil toneladas (AGEPOR, 2019). No Brasil a média de geração de</p><p>RCD foi de cerca de 84 milhões de m³ a cada ano (CALDAS, 2003).</p><p>Os RCD podem conter uma grande diversidade de materiais aglomerados a</p><p>esses resíduos, gerados por diferentes motivos, sendo as principais: novas</p><p>construções, renovações, demolições, e ampliações de construções existentes</p><p>(AMORIM, 2020).</p><p>Este tipo de resíduo tem em sua formação materiais inertes, de baixo risco, que</p><p>causam impactos ambientais devido ao alto volume gerado e sua disposição ilegal em</p><p>locais impróprios, prejudicando não apenas à paisagem, mas também causando</p><p>danos à saúde pública, comprometendo outras áreas de saneamento, como água,</p><p>esgoto e drenagem (AMORIM, 2020).</p><p>Conforme com a resolução CONAMA n° 307 de 2002, resíduos da construção</p><p>civil, são os derivados de construções, reformas, reparos, e demolições de obras de</p><p>construção civil, e os impactos da preparação e da escavação de terrenos, tais como:</p><p>tijolos, concreto em geral, blocos, solos, rochas, metais, tintas, resinas, colas,</p><p>madeiras e compensados, argamassa, forros, gesso, telhas, vidros, pavimento</p><p>asfáltico, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., normalmente chamados de</p><p>entulhos de obras.</p><p>Procurando diminuir a geração dos resíduos da construção civil, a Resolução</p><p>CONAMA n° 307 de 2002, sugere que os geradores devem em primeiro lugar visar a</p><p>não geração de RCD e, na ordem de prioridade, a redução, a reutilização, a</p><p>reciclagem, o reuso, o repensar, o tratamento dos resíduos e a disposição final</p><p>ambientalmente adequada dos rejeitos. Portanto, os resíduos da construção não</p><p>deverão ser utilizados em áreas de vazadouros, em aterros de resíduos sólidos</p><p>urbanos, corpos d'água, em encostas, em áreas protegidas por lei e em lotes vagos.</p><p>Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser destinados conforme</p><p>a tabela 2:</p><p>A geração do RCD está associada a quatro fatores que fazem parte do dia a dia</p><p>das obras: falta de gerenciamento do RCD nos canteiros de obras; mão de obra</p><p>insuficiente com relação ao gerenciamento de resíduos; desperdícios e perdas de</p><p>materiais devido a projetos mal desenvolvidos; métodos ineficientes e consumo</p><p>exagerado de recursos naturais devido ao sobre dimensionamento dos serviços de</p><p>construção (YUAN HP, 2011).</p><p>Ainda segundo Yuan H.P., 2011, esforços crescentes de pesquisa vêm sendo</p><p>dedicados a estratégias e medidas de gerenciamento de RCD, que vão desde a</p><p>redução de resíduos, reciclagem e tratamento até a eliminação final.</p><p>Planejando o menor impacto possível dos RCD no meio ambiente, deve ser</p><p>seguido um princípio hierárquico, melhorando seu valor potencial conforme mostrado</p><p>Tabela 2 - Destinação dos RCD</p><p>Fonte: CONAMA, 2002.</p><p>na Figura 1. Partindo deste princípio hierárquico é executável a concretização da</p><p>Construção Sustentável</p><p>na indústria da construção civil, por ser capaz de atender aos</p><p>princípios de sustentabilidade espalhados mundialmente, fazendo assim uma forma</p><p>de utilização racional dos recursos (NASCIMENTO G, 2020).</p><p>No Brasil, apesar de possuir uma política governamental vigente sobre os</p><p>resíduos da construção e demolição, apresenta baixos índices de realização de</p><p>construções sustentáveis. Decorrência da falta de incentivo econômico e da</p><p>inexistência de uma sustentabilidade social à elaboração de estratégias de gestão dos</p><p>RCD (NASCIMENTO G, 2020).</p><p>Figura 1 - Hierarquia de gerenciamento dos RCD.</p><p>A separação dos resíduos facilita a movimentação no canteiro de obras para</p><p>direcionamento ao tratamento e destinação final. De acordo com IBAM (2001), os</p><p>dispositivos definidos para o acondicionamento devem ser compatíveis com o tipo e</p><p>quantidade de resíduos, para evitar acidentes, aumento de vetores, diminuir odores e</p><p>o impacto visual negativo.</p><p>Desejando à organização do local, deve-se utilizar identificação dos tipos de</p><p>resíduos que devem ser depositados em cada local, em tamanho que permita fácil</p><p>identificação. Para isso podem ser utilizados big bags, baias, caçambas e entre outros</p><p>(IBAM, 2001).</p><p>Os big bags são sacadas feitas de plástico, tendo o tamanho variável de acordo</p><p>com a necessidade de armazenamento. De acordo com Souza (2007), essa opção</p><p>Fonte: APOGER (2020)</p><p>deve ser utilizada para o armazenamento de resíduos da Classe B como papéis,</p><p>materiais leves e plásticos. O local dos bags deve ser coberto, com a construção de</p><p>suportes de madeira ou metal para deixá-los abertos, conforme apresentado na Figura</p><p>2.</p><p>Figura 2 - Big bags</p><p>Baias são instalações com separações para o acúmulo temporário dos resíduos.</p><p>Podendo ser fixadas ou móveis essas instalações, conforme mostrado nas figuras 3 e</p><p>4, sendo sua escolha relacionada à quantidade gerada de resíduos, resíduo a ser</p><p>acomodado e disponibilidade de espaço.</p><p>( Fonte: Pedro H. Pereira Gonçalves, 2021 )</p><p>Figura 4 - Baias fixas</p><p>As estruturas metálicas têm capacidade para cerca de 5 metros cúbicos</p><p>conforme figura 5, indicadas ao acondicionamento de resíduos de massa e volume</p><p>que a geração seja considerável, como os de Classe A, além de madeiras,</p><p>classificadas como Classe B. A retirada do local é feita por caminhões-caçamba, que</p><p>levam a caçamba até o local de tratamento dos resíduos, segregação e destinação</p><p>final.</p><p>Figura 3 - Baia móvel</p><p>( Fonte: Pedro H. Pereira Gonçalves, 2021)</p><p>( Fonte: Pedro H. Pereira Gonçalves, 2021)</p><p>Como dito anteriormente, as empresas privadas de construção, que são grandes</p><p>geradoras de entulho, devem elaborar projetos de gerenciamento específicos, como a</p><p>triagem em canteiros de obras, incluindo o uso de transportadores cadastrados e de</p><p>áreas licenciadas para manuseio e reciclagem.</p><p>3. METODOLOGIA</p><p>Este artigo foi dividido em duas etapas: a primeira etapa partiu de uma revisão</p><p>bibliográfica, onde foram pesquisadas diversas referências como, teses de doutorado,</p><p>dissertações de mestrado, livros técnicos, anais e publicações periódicas, normas</p><p>técnicas brasileiras e legislações brasileiras encontrados em sites de busca, como</p><p>Google e Google Acadêmico, durante os meses de agosto e novembro de 2021 sobre</p><p>o tema gerenciamento de resíduos da construção civil.</p><p>Já na segunda etapa, ao qual foi necessário entender a respeito da reciclagem</p><p>dos resíduos da construção civil na prática, foi realizado um estudo de caso através</p><p>de uma visita técnica realizada em uma obra de grande porte em andamento na cidade</p><p>de Pouso Alegre, Minas Gerais, para melhor entendimento e embasamento a respeito</p><p>do processo de separação e destinação de resíduos, ao qual pudesse ou não</p><p>comprovar a eficiência da reciclagem dos resíduos da construção civil e se através de</p><p>Figura 5 - Caçamba estacionária</p><p>( Fonte: Pedro H. Pereira Gonçalves, 2021)</p><p>um plano de gerenciamento de resíduos bem elaborado e executado pode reduzir os</p><p>custos da obra com a destinação final dos mesmos.</p><p>Nesta visita foi possível visualizar a obra e obter informações como segregação,</p><p>armazenamento e destinação dos resíduos, também foi nos apresentada as planilhas</p><p>de indicadores ambientais e de custo com o gerenciamento de resíduos, porém a</p><p>empresa na qual foi realizada a visita técnica não autorizou a divulgação de nome,</p><p>plantas, planilhas ou imagens da obra.</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÕES</p><p>Com base na pesquisa bibliográfica realizada, foi necessária a visita técnica em</p><p>uma obra de grande porte na cidade de Pouso Alegre – MG, onde empreendimento é</p><p>composto por residenciais verticais e estão distribuídas em 17 torres de 7 pavimentos</p><p>com área construída de 31.923 m². Nele foi possível averiguar as informações teóricas</p><p>adquiridas, o quanto na prática é viável, e assim podendo observar a triagem, o</p><p>armazenamento, a separação, a destinação e o quantitativo de resíduo gerado, além</p><p>do custo para sua correta destinação.</p><p>Através desta visita, foi possível verificar a caracterização e a quantificação dos</p><p>resíduos constatando-se que a quantidade de resíduos da construção civil depende</p><p>do tipo e volume, dependendo da fase em que se encontra o empreendimento.</p><p>Nesta obra, foi observado que toda a separação de resíduos está em</p><p>conformidade com a resolução CONAMA 307, isto é, os resíduos são armazenados</p><p>conforme sua tipologia e para cada tipo de resíduo há um método de</p><p>acondicionamento e local previamente reservado para armazenamento até sua</p><p>destinação final, conforme demonstrado na tabela 3 abaixo.</p><p>Tabela 3 – Resíduos, seus acondicionamentos e destinação final.</p><p>RESÍDUO ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO FINAL</p><p>Papel Big bag Doação para recicladora</p><p>Plástico Big bag Doação para recicladora</p><p>Sucata</p><p>Metálica Caçamba 5 m³ Venda</p><p>Madeira Caçamba 15 m³</p><p>Enviado para utilização de biomassa</p><p>em caldeira</p><p>Isopor Baia Logística reversa</p><p>Gesso Caçamba 5 m³ Enviado para reuso de matéria prima</p><p>Entulho Caçamba 5 m³</p><p>Aterro licenciado para resíduos da</p><p>construção civil</p><p>Fonte: Setor de meio ambiente da obra da visita técnica, 2021.</p><p>Também foi informado pelo setor de Meio Ambiente da obra, ao qual é</p><p>responsável por todo este gerenciamento de resíduos, o quantitativo médio de</p><p>resíduos gerados e seus custos para a destinação.</p><p>Nesta construção, tem-se em média mensalmente, a geração de resíduos de:</p><p>700 Kg de papel, 2.000 Kg de plástico, 5 m3 de sucata metálica, 15 m3 de madeira, 65</p><p>m3 de gesso, 85 m3 de entulho.</p><p>Para cada tipo de resíduo, o custo para destinação final varia, o valor para</p><p>destinação de cada caçamba de 5 m³ de entulho e gesso custa R$130,00, a cada 15</p><p>m3 de madeira o custo é de R$450,00.</p><p>Como o papel e plástico são doados, e com o isopor é realizado a logística</p><p>reversa, estes resíduos não geram custo de destinação para a obra. Já o valor de</p><p>venda da sucata metálica varia conforme a cotação do metal no mercado no dia da</p><p>venda.</p><p>Com isso, chega-se ao custo de R$ 2.210,00 com a geração de entulho, R$</p><p>1.690,00 para gesso e para a madeira R$ 450,00, totalizando o valor mensal médio</p><p>de R$ 4.350,00. A madeira e enviada para uma empresa de descarte hospitalar sendo</p><p>utilizada para biomassa em caldeira, conforme classificação do IBAMA.</p><p>Através do estudo da caracterização, quantificação dos resíduos constatou-se in</p><p>loco na visita técnica que a quantidade de resíduo varia conforme tipo e volume de</p><p>acordo com a fase em que se encontra a construção, isto pode ser observado através</p><p>da planilha interna de controle de geração de resíduos, do setor de meio ambiente da</p><p>obra.</p><p>Conforme dito anteriormente, a empresa na qual foi realizada a visita técnica não</p><p>autorizou a divulgação de nome, plantas, planilhas ou imagens da obra.</p><p>5. CONCLUSÕES</p><p>O gerenciamento</p><p>de resíduos de uma obra é definido pela Política Nacional de</p><p>Resíduos Sólidos (PNRS) e pela Resolução CONAMA n° 307 de 2002 cujo objetivo é</p><p>a implementação de uma gestão de resíduos gerados nos canteiros de obras.</p><p>Após a realização deste trabalho, ficou como conhecimento que os resíduos</p><p>gerados passam por etapas de segregação, acondicionamento, transporte e</p><p>destinação final, levando em consideração os critérios e as diretrizes da legislação</p><p>nacional vigente.</p><p>O modelo de gerenciamento de resíduos proposto pela empresa da construção</p><p>civil visitada alinha com os resultados de vários debates realizados no quesito de meio</p><p>ambiente, agregando valores ambientais e um desenvolvimento sustentável do</p><p>canteiro de obra. É de extrema importância para todo canteiro de obra um bom plano</p><p>de gerenciamento de resíduos com desenvolvimento de projetos de educação</p><p>ambiental e palestras para que haja disseminação dos conhecimentos de meio</p><p>ambiente.</p><p>Conforme apresentado neste artigo, a geração de resíduos pela construção civil</p><p>é muito volumosa e é também um dos setores responsáveis por consumir a maior</p><p>parte dos recursos naturais existentes. No entanto, é também um dos setores que</p><p>mais contribui para o crescimento da economia, onde a expansão tem crescido</p><p>exponencialmente, devido às necessidades atuais de moradia no mercado. Diante</p><p>isso, é preciso conciliar o crescimento econômico que a construção civil propicia para</p><p>a economia aliada ao meio ambiente.</p><p>Conclui-se que a importância e a necessidade de implantação do Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil aplicável, visando à minimização de</p><p>compra de matéria prima, danos causados a meio ambiente, perdas e desperdícios</p><p>nos canteiros de obra visando à redução de custos com destinação final com os</p><p>resíduos.</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>AMORIM Igor B., Motta Rosangela, Bariani Bernucci L.. Application of recycled</p><p>aggregates from construction and demolition waste with Portland cement and</p><p>hydrated lime as pavement subbase in Brazil. 2020. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2020.119520. Acesso: 15 de novembro de 2021.</p><p>ANGULO, S.C. Caracterização de agregados de resíduos de construção e</p><p>demolição reciclados e a influência de suas características no comportamento</p><p>mecânico dos concretos. 2005. 149 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) –</p><p>Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.</p><p>Associação Portuguesa dos operadores de gestão de resíduos e recicladores -</p><p>APOGER. RCD- Eficiência na cadeia de valor. Disponível em: https://apoger.com/ .</p><p>Acesso: 11 de out de 2021.</p><p>CALDAS, MP, 2003. Research design: qualitative, quantitative and mixed</p><p>methods approaches. Rev. Adm. Contemp. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1590/S1415-65552003000100015. Acesso: 18 de ago. de 2021.</p><p>Decreto-Lei N° 12.305, de 02 de agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos</p><p>Sólidos (PNRS).</p><p>Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM. Manual de gerenciamento</p><p>integrado de resíduos sólidos. 1 st ed. Rio de Janeiro: IBAM; 2001.Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ministério do Planejamento, Orçamento</p><p>e Gestão. Censo 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 06 out.</p><p>2021.</p><p>JOHN, V.M. Reciclagem de resíduos na construção civil – contribuição à</p><p>metodologia de pesquisa e desenvolvimento. 2000. 102 p. Tese (livre docência) –</p><p>Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.</p><p>MORAIS, G. M. D. Diagnóstico da Deposição Clandestina de Resíduos de</p><p>Construção e Demolição em Bairros Periféricos de Uberlândia: subsídios para</p><p>uma gestão sustentável. Uberlândia, 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia</p><p>Civil) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006.</p><p>Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA.</p><p>Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Disponível em:</p><p><www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307> Acesso em: 29 ago.</p><p>2021.</p><p>NASCIMENTO G., COSTA AM e N., NUNES, S. Reciclagem dos Resíduos Sólidos</p><p>da Construção Civil. 2020.</p><p>PINTO, T.P. Gerenciamento de resíduos da construção no Brasil. In: RCD08,</p><p>Universidade de São Paulo, São Paulo. Apresentação (CDROM). São Paulo, 2008.</p><p>SOLIS-GUZMAN, J. et al. A Spanish model for quantification and management of</p><p>construction waste. Waste Management, v. 29, n.9, p. 2542-2548, 2009.</p><p>SOUZA, U. E. L. Diagnóstico e Combate à Geração de Resíduos na Produção de</p><p>Obras de Construção de Edifícios: uma abordagem progressiva. Ambiente</p><p>Construído, Porto Alegre, v. 4, n. 4, p. 33-46, out./dez. 2004.</p><p>Yuan, HP, Shen, LY, Hao, JJL, Lu, WS, 2011. 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