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<p>Diferentes narrativas e a produção do</p><p>conhecimento histórico (povos africanos)</p><p>História</p><p>1o bimestre – Aula 3</p><p>Ensino Médio</p><p>● A produção do conhecimento;</p><p>● Narrativas de diversos povos</p><p>africanos em diferentes</p><p>temporalidades.</p><p>● Compreender o conhecimento</p><p>histórico a partir das</p><p>narrativas dos povos</p><p>africanos.</p><p>● Analisar o silenciamento das</p><p>identidades e culturas desses</p><p>povos.</p><p>Vire e converse</p><p>As aventuras do poderoso Xangô: HQ</p><p>transforma Orixás em super-heróis.</p><p>“...Uma HQ que representava um herói</p><p>negro, inspirado em Xangô. A partir</p><p>daí, surgiram reflexões sobre a</p><p>invisibilização da cultura negra na</p><p>cultura popular. O seguidor Cesar faz</p><p>uma crítica à forma como a cultura</p><p>negra é vista pela sociedade: “tudo que</p><p>vem do negro é ruim. O estilo de roupa,</p><p>o cabelo, a música, a capoeira… Repare</p><p>que tudo que tenha origem na cultura</p><p>negra tem muito mais dificuldade de</p><p>ser aceito”. Essa visão precisa ser</p><p>superada e deve haver maior</p><p>representatividade nas produções</p><p>literárias e audiovisuais.”</p><p>● Que personagens você conhece,</p><p>enquanto super-heróis, que são</p><p>negros? Cite pelo menos 3 exemplos.</p><p>● Leia atentamente a citação ao lado,</p><p>reflita e não esqueça de registrar suas</p><p>observações.</p><p>Referência: Museu Nacional URFJ. Saberes e Memórias</p><p>nas Culturas Africana e Afro-brasileira: ações de</p><p>educação museal on-line. Matéria sobre os quadrinhos</p><p>afro- brasileiros do ilustrador Hugo Canuto.</p><p>Tempestade</p><p>John Stewart -Lanterna Verde</p><p>O discurso de poder e o conhecimento da alteridade</p><p>Estrutura colonizadora e marginalidade</p><p>A corrida pela África e o período mais ativo de colonização duraram menos</p><p>de um século. Esses eventos, que envolveram a maior parte do continente</p><p>africano, ocorreram entre o final do século XIX e a primeira metade do</p><p>século XX. Apesar de, na história africana, a experiência colonial</p><p>representar apenas um momento breve na perspectiva de hoje em dia,</p><p>esse momento ainda é carregado e controverso, já que, para dizer o</p><p>mínimo, ele significou uma nova forma histórica e a possibilidade de tipos</p><p>radicalmente novos de discursos sobre as tradições e culturas africanas.</p><p>Referência: Mudimbe, V.Y.</p><p>Poderíamos pensar que essa nova forma histórica significou, desde suas</p><p>origens, a negação de dois mitos contraditórios; a saber, o "retrato</p><p>hobbesiano de uma África pré-europeia, onde não havia nenhuma</p><p>explicação do Tempo, nenhuma Arte, nenhuma Letra, nenhuma Sociedade,</p><p>e, o pior de tudo, medo contínuo e o perigo da morte violenta"; e " retrato</p><p>rousseauniano de uma era africana dourada de liberdade, igualdade e</p><p>fraternidade perfeitas” (Hodgkin, 1957: 174-175).</p><p>Referência: Mudimbe, V.Y.</p><p>Embora generalizações sejam claramente perigosas, colonialismo e</p><p>colonização significam, basicamente, organização, arranjo. As duas</p><p>palavras derivam do termo latino colère, que significa cultivar ou projetar.</p><p>De fato, a experiência colonial histórica não reflete e, obviamente, não</p><p>pode refletir as conotações pacíficas dessas palavras. Mas pode-se admitir</p><p>que os colonos (aqueles que se assentavam numa região), assim como os</p><p>colonialistas (aqueles que exploravam um território através do domínio de</p><p>uma maioria local), tenderam a organizar e transformar áreas não</p><p>europeias em construtos fundamentalmente europeus. E a marginalidade</p><p>designa o espaço intermediário entre a assim chamada tradição africana e</p><p>a modernidade projetada do colonialismo.</p><p>Referência: Mudimbe, V.Y.</p><p>Todo mundo</p><p>escreve</p><p>I. De que maneira o processo de organização e arranjo, durante o</p><p>colonialismo, afetou as tradições locais e culturas não europeias?</p><p>II. Como a marginalidade, conforme definido no texto, contribui para a</p><p>compreensão das complexidades nas interações entre a tradição</p><p>africana e a modernidade do colonialismo?</p><p>I. Durante o colonialismo, o processo de organização e arranjo era</p><p>frequentemente corrigido na imposição de estruturas, valores e</p><p>práticas europeias nas regiões colonizadas. Isso pode ter levado à</p><p>supressão das tradições locais, à perda de autonomia cultural e à</p><p>reinterpretação, baseada nos valores dos povos africanos, para se</p><p>alinharem com as normas europeias. O impacto foi profundo,</p><p>afetando a identidade cultural, sistemas de crença e práticas</p><p>sociais das comunidades não europeias.</p><p>Correção</p><p>II. A marginalidade, conforme definida no texto, refere-se ao espaço</p><p>intermediário entre a tradição africana e a modernidade projetada</p><p>pelo colonialismo. Essa zona de interação destaca a tensão e a</p><p>complexidade nas relações entre as tradições locais e as influências</p><p>europeias. As culturas africanas, muitas vezes, situam-se à margem,</p><p>sujeitas a uma posição subalterna em relação à modernidade colonial.</p><p>Essa marginalidade evidencia as lutas e negociações constantes entre</p><p>as tradições africanas e a imposição cultural do colonialismo,</p><p>destacando as complexidades e desafios enfrentados pelas</p><p>comunidades locais na preservação de suas identidades culturais.</p><p>Correção</p><p>Retorne ao slide 3, resgate suas anotações e responda ao que se pede:</p><p>● A partir da citação, de que maneira podemos compreender a</p><p>invisibilização dos povos de origem africana?</p><p>De surpresa</p><p>Em síntese, a citação destaca que a estigmatização, o preconceito, a</p><p>dificuldade de inserção na sociedade, a falta de representatividade é o</p><p>que provoca a invisibilização e o silenciamento dos povos de origem</p><p>africana, destacando a importância de desafiar e superar esses</p><p>obstáculos para promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa</p><p>da diversidade cultural, em especial na sociedade brasileira.</p><p>Correção</p><p>“É interessante perceber o quanto a história do Brasil é contada do ponto</p><p>de vista do colonizador e do branco. A independência foi um desses</p><p>momentos que atendeu apenas a uma elite, não dando conta de garantir a</p><p>liberdade para a maior parte da população brasileira, os negros e</p><p>indígenas”, comenta o pesquisador da história negra Guilherme Soares</p><p>Dias, consultor em diversidade.</p><p>“Não aprendemos sobre esses fatos sob outra perspectiva e nem temos</p><p>esses debates nas escolas. Esse era um momento efervescente da busca</p><p>pela abolição, com várias revoltas no Brasil e outros países conquistando</p><p>essa liberdade do povo negro”.</p><p>Referência. Por: Dias, Guilherme Soares.</p><p>“A história ainda retrata apenas um lado, e a gente ainda precisa buscar</p><p>outras informações sobre esse período", completa ele. “Esse apagamento</p><p>das lutas negras faz parte de um racismo estrutural que é resquício daquele</p><p>momento em que o negro não era visto como humano e sim como coisa. A</p><p>sua história, seus costumes, sua cultura, seus pensamentos não</p><p>importavam, já que ele era animalizado. As pessoas precisam ter raiz.”</p><p>Dias afirma que a primeira coisa tirada pela escravidão foi a própria</p><p>história da população negra. “Ainda hoje precisamos fazer essa busca e</p><p>jogar luz para heróis, lutas e acontecimentos que foram importantes para</p><p>as pessoas negras”, diz. “Essa é a narrativa que a história do Brasil ainda</p><p>não conta.</p><p>Referência. Por: Dias, Guilherme Soares.</p><p>Após a leitura, explicação do seu professor, releia para responder ao que</p><p>se pede:</p><p>I. Como o pesquisador relaciona o apagamento das lutas negras com o</p><p>racismo estrutural, destacando o momento em que o negro não era</p><p>visto como humano?</p><p>II. De acordo com o pesquisador, o que foi tirado pela escravidão da</p><p>população negra, qual é a importância de jogar luz sobre heróis, lutas</p><p>e acontecimentos relevantes para as pessoas negras na história do</p><p>Brasil?</p><p>I. O pesquisador relaciona o apagamento das lutas negras com o</p><p>racismo estrutural ao destacar que esse apagamento é um</p><p>resquício do momento em que o negro não era visto como humano,</p><p>mas como uma coisa. Ele argumenta que, durante a escravidão, a</p><p>história da população negra foi retirada, e esse apagamento</p><p>persiste como uma forma de racismo estrutural. Nesse contexto, as</p><p>lutas, a cultura e os pensamentos dos negros foram</p><p>desconsiderados,</p><p>contribuindo para a invisibilidade e</p><p>desvalorização da história negra.</p><p>Correção</p><p>II. Guilherme Soares Dias afirma que a primeira coisa tirada pela</p><p>escravidão foi a própria história da população negra. A importância</p><p>de jogar luz sobre heróis, lutas e acontecimentos relevantes para as</p><p>pessoas negras na história do Brasil reside na necessidade de</p><p>resgatar e reconhecer essas contribuições. Isso não apenas destaca</p><p>a atuação de resistência das comunidades negras, mas também</p><p>contrapõe o apagamento histórico, promovendo uma narrativa</p><p>mais inclusiva e precisa da história do país.</p><p>Correção</p><p>A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos</p><p>estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,</p><p>a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e</p><p>determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da</p><p>África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra</p><p>brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a</p><p>contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política</p><p>pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o</p><p>dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência</p><p>Negra”.</p><p>Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).</p><p>A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional,</p><p>mas também para a sociedade brasileira, porque:</p><p>A. legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.</p><p>B. divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.</p><p>C. reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.</p><p>D. garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação.</p><p>E. impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país.</p><p>Resposta correta é a Alternativa E, pois ela impulsiona o reconhecimento</p><p>da pluralidade étnico-racial do país.</p><p>A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional,</p><p>mas também para a sociedade brasileira, porque:</p><p>A. legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.</p><p>B. divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.</p><p>C. reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.</p><p>D. garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação.</p><p>E. impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país.</p><p>● Compreendemos o conhecimento</p><p>histórico a partir das narrativas dos povos</p><p>africanos;</p><p>● Analisamos diferentes formas de</p><p>silenciamento das identidades e culturas</p><p>dos povos africanos.</p><p>KARNAL, Leandro e TARSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. IN: PINSKY, Carla B; LUCA, Tania</p><p>Regina de. (org.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 09.</p><p>LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso,</p><p>2023.</p><p>LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão [et al]. Campinas: Editora da Unicamp, 1990.</p><p>MARCON, Telmo. Cultura popular e memória: Desafios e potencialidades pedagógicas. Disponível em:</p><p>https://www.anped.org.br/sites/default/files/gt06155int.pdf.</p><p>Mudimbe, V.Y. A Invenção da África. Gnose, filosofia e a ordem do conhecimento. Ed. Vozes. Edição 2019.</p><p>RODRIGUES, Aryon D. Línguas indígenas brasileiras. Brasília, DF: Laboratório de Línguas Indígenas da UnB,</p><p>2013. Disponível em:</p><p>http://www.letras.ufmg.br/lali/PDF/L%C3%ADnguas_indigenas_brasiliras_RODRIGUES,Aryon_Dall%C2%</p><p>B4Igna.pdf.</p><p>SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil</p><p>colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. p. 61 e 62.</p><p>https://www.anped.org.br/sites/default/files/gt06155int.pdf</p><p>Lista de imagens e vídeos</p><p>Slide 3 – Fonte: Imagem. Disponível em: https://sae.museunacional.ufrj.br/saberes-e-memorias-nas-</p><p>culturas-africana-e-afro-brasileira-acoes-de-educacao-museal-online-com-objetos-da-exposicao-</p><p>kumbukumbu.</p><p>Slide 4 – Fonte. Imagens. 12 heróis negros dos quadrinhos que você vai amar conhecer. Disponível em:</p><p>https://www.aficionados.com.br/herois-negros/.</p><p>https://sae.museunacional.ufrj.br/saberes-e-memorias-nas-culturas-africana-e-afro-brasileira-acoes-de-educacao-museal-online-com-objetos-da-exposicao-kumbukumbu</p><p>https://sae.museunacional.ufrj.br/saberes-e-memorias-nas-culturas-africana-e-afro-brasileira-acoes-de-educacao-museal-online-com-objetos-da-exposicao-kumbukumbu</p><p>https://sae.museunacional.ufrj.br/saberes-e-memorias-nas-culturas-africana-e-afro-brasileira-acoes-de-educacao-museal-online-com-objetos-da-exposicao-kumbukumbu</p><p>https://www.aficionados.com.br/herois-negros/</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5: O discurso de poder e o conhecimento da alteridade Estrutura colonizadora e marginalidade</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p>

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