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Reconhecida como um marco no enfrentamento do racismo estrutural, a legislação trouxe mudanças significativas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Imagem: MDHC) DISPONÍVEL EM: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2025/janeiro/lei-que-tornou-obrigatorio-o-ensino-de-historia-e-cultura-afro-brasileira-celebra-mais-de-duas-decadas. Acesso em 11/07/2025. Durante muito tempo, o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas esteve restrito, quase exclusivamente, ao tema da escravidão. Isso limitou a compreensão sobre a riqueza e a diversidade das contribuições dos povos africanos e afrodescendentes para a formação da sociedade brasileira. Nesse contexto, a Lei 10.639/2003, posteriormente alterada pela Lei 11.645/2008, representa um marco importante. Ela torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas do país — públicas e particulares — da educação básica ao ensino médio. Uma reflexão necessária é sobre o uso do termo “escravo”, comumente empregado em sala de aula. Esse termo pode dar a falsa ideia de que a condição de escravidão era algo natural dessas pessoas. No entanto, ninguém nasce escravo — homens e mulheres foram escravizados, ou seja, submetidos à violência e ao trabalho forçado. O uso da palavra “escravo” tende a apagar a humanidade, a história e a resistência desses indivíduos, além de reforçar estereótipos construídos ao longo do tempo. A lei propõe uma mudança profunda na forma como tratamos esse tema em sala de aula. Ela orienta que a cultura afro-brasileira seja reconhecida como parte essencial da formação da identidade nacional. Isso significa valorizar os negros enquanto sujeitos históricos, evidenciando o pensamento e as ideias de intelectuais negros brasileiros, além de suas expressões culturais, como a música, a culinária, as danças e as religiões de matriz africana. Outro avanço trazido pela Lei 10.639/03 foi a instituição do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão. Essa data convida toda a sociedade a refletir sobre o racismo, a desigualdade e a luta por direitos. Para os professores, o desafio está em transformar essa legislação em prática educativa cotidiana. Hoje, grande parte dos livros didáticos já contempla os conteúdos exigidos pela lei, mas o trabalho pedagógico pode ir muito além. É possível enriquecer as aulas com recursos visuais e audiovisuais, como pinturas, fotografias, filmes e documentários, promovendo o debate, a reflexão crítica e o respeito à diversidade. Mais do que uma obrigação legal, a aplicação da Lei 10.639/03 é uma oportunidade para construirmos uma educação mais justa, inclusiva e consciente do papel histórico dos povos africanos e afro-brasileiros na formação do Brasil. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lei-10639-03-ensino-historia-cultura-afro-brasileira-africana.htm?utm_source=chatgpt.com Com base no texto e considerando as competências da formação geral para a docência na educação básica, analise as afirmações a seguir: I. A proposta de utilizar o termo “escravizado” no lugar de “escravo” contribui para desconstruir naturalizações históricas da subalternização negra e está alinhada a uma prática pedagógica comprometida com os direitos humanos. II. A valorização das expressões culturais afro-brasileiras em sala de aula reforça o folclore e a alteridade, sem promover mudanças estruturais nas práticas escolares. III. A efetiva implementação da Lei 10.639/03 demanda a adoção de estratégias pedagógicas que articulem currículo, formação docente e respeito à diversidade étnico-racial. Está correto o que se afirma em:
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Marcio Utida

mês passado

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mês passado

Vamos analisar cada uma das afirmações: I. A proposta de utilizar o termo “escravizado” no lugar de “escravo” contribui para desconstruir naturalizações históricas da subalternização negra e está alinhada a uma prática pedagógica comprometida com os direitos humanos. Verdadeira, essa afirmação está correta, pois o uso do termo "escravizado" reconhece a humanidade das pessoas que foram submetidas à escravidão e ajuda a desconstruir estigmas históricos. II. A valorização das expressões culturais afro-brasileiras em sala de aula reforça o folclore e a alteridade, sem promover mudanças estruturais nas práticas escolares. Falsa, essa afirmação é incorreta, pois a valorização das expressões culturais afro-brasileiras não se limita a reforçar o folclore, mas busca promover mudanças significativas nas práticas escolares e na forma como a história é ensinada. III. A efetiva implementação da Lei 10.639/03 demanda a adoção de estratégias pedagógicas que articulem currículo, formação docente e respeito à diversidade étnico-racial. Verdadeira, essa afirmação está correta, pois a implementação da lei realmente requer uma articulação entre currículo, formação de professores e respeito à diversidade. Com base na análise, as afirmações corretas são I e III. Portanto, a alternativa que contém todas as afirmações verdadeiras é: I e III.

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