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<p>DESCRIÇÃO</p><p>A evolução do conhecimento e sua gestão dentro do contexto organizacional.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Explicar a gestão do conhecimento – processo indispensável para o sucesso de qualquer</p><p>organização, especialmente diante da grande quantidade de informação disponível atualmente.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer as noções de inovação, invenção, destruição criativa e ciclos econômicos</p><p>MÓDULO 2</p><p>Descrever a evolução do conhecimento</p><p>MÓDULO 3</p><p>Definir os conceitos de dado, informação e conhecimento</p><p>MÓDULO 4</p><p>Descrever o conhecimento organizacional</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Pense no mundo do século XXI. De uma hora para outra, nosso cotidiano foi transformado pela</p><p>maior pandemia em 100 anos de história. Cientistas, empresas e governos imediatamente se</p><p>colocaram em busca de remédios e vacinas, usando as mais diversas técnicas, com graus</p><p>variados de sucesso a cada etapa.</p><p>Reflita sobre o desafio gigante de articular o grande fluxo de informação que essas iniciativas</p><p>geram:</p><p>Cada um desses agentes precisa tomar sua decisão com base na informação disponível,</p><p>pois não queremos repetir experimentos já fracassados ou apenas repetir o que já está</p><p>sendo feito em outro lugar, se podemos buscar alternativas promissoras. Ao mesmo</p><p>tempo, é humanamente impossível acompanhar o desenvolvimento de todas essas</p><p>iniciativas.</p><p>Neste momento, talvez, você esteja pensando que, às vezes, não sabe onde guardou os</p><p>comprovantes do Imposto de Renda para sua declaração anual ou que precisa comprar um</p><p>computador para que seu trabalho seja mais produtivo, mas tem dificuldade de comparar</p><p>diversas marcas e configurações para tomar a decisão de compra.</p><p>As empresas têm o mesmo tipo de dificuldade. Armazenar e gerar conhecimento estão entre os</p><p>grandes desafios da sociedade moderna. Temos à nossa disposição um grande volume de</p><p>informação, mas o que fazer com tudo isso? Neste tema, estudaremos algumas ferramentas</p><p>para responder a essa questão.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer as noções de inovação, invenção, destruição criativa e ciclos</p><p>econômicos</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PROCESSO DE INOVAÇÃO</p><p>A inovação é um processo constante em nossas vidas. A todo o momento, surgem novos</p><p>produtos e novas tecnologias que modificam completamente a forma como realizamos</p><p>atividades cotidianas.</p><p>Por exemplo, a introdução dos telefones no mercado afetou dramaticamente a forma como nos</p><p>comunicamos uns com os outros. Se, antes, a comunicação era mais difícil e esporádica, os</p><p>telefones serviram para encurtar barreiras e conectar pessoas.</p><p>Seguindo um caminho similar, o surgimento dos celulares permitiu que muitas pessoas se</p><p>comunicassem mesmo fora de suas residências ou local de trabalho. Já a evolução da Internet</p><p>trouxe uma série de transformações para esse aparelho, que, apesar de inovador, cumpria</p><p>apenas a função da comunicação.</p><p>De fato, enquanto no passado os celulares serviam basicamente para breves ligações e trocas</p><p>de mensagens, hoje podemos realizar uma série de atividades com ele. Socializamos em redes</p><p>sociais, trocamos e-mails de trabalho, solicitamos transporte via aplicativos e até pedimos</p><p>comida pelo celular.</p><p>Embora você possa já ter se dado conta de como a introdução de novos produtos e novas</p><p>tecnologias afeta nossas vidas, talvez não tenha parado para refletir sobre como esse</p><p>fenômeno influencia a atividade comercial como um todo.</p><p>Neste módulo, abordaremos os conceitos fundamentais vinculados ao processo de inovação e</p><p>entenderemos como esses conceitos se relacionam com os ciclos econômicos segundo a</p><p>abordagem schumpeteriana.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>VISÃO SCHUMPETERIANA DE INOVAÇÃO</p><p>Como o processo de inovação apresenta importantes consequências para a atividade</p><p>econômica, o tema foi objeto de estudo de diversas escolas de pensamento ao longo dos</p><p>últimos séculos.</p><p>Entre os principais expoentes do tema está o economista Joseph Schumpeter, que difundiu o</p><p>conceito de destruição criativa e trouxe um caráter mais dinâmico e menos estático para as</p><p>teorias sobre o desenvolvimento econômico. Portanto, embora haja múltiplas visões de como a</p><p>javascript:void(0)</p><p>inovação ocorre e afeta a atividade econômica, focamos, aqui, na visão schumpeteriana desse</p><p>processo.</p><p>O avanço tecnológico é um processo que permeia boa parte da história da humanidade. Desde</p><p>a invenção de máquinas mais primitivas para a confecção de produtos diversos, passando pela</p><p>invenção dos carros e aviões, até chegarmos à recente invenção de celulares de última</p><p>geração, o avanço tecnológico possibilitou a implementação de atividades econômicas que</p><p>afetaram dramaticamente não só costumes sociais como também setores comerciais.</p><p>Aqui, cabe uma importante distinção. Embora os termos invenção e inovação possam</p><p>comumente ser usados como sinônimos em nosso cotidiano, há uma relevante diferença entre</p><p>eles.</p><p>A invenção é a criação de algo que pode vir a ter ou não relevância econômica e é entendida</p><p>como inovação somente após ser transformada em uma mercadoria que possa ser explorada</p><p>economicamente. Como fica claro a partir dessa definição, a inovação é, portanto, uma</p><p>invenção que, por gerar valor para as empresas ou para a sociedade, foi aceita pelo mercado</p><p>consumidor.</p><p>JOSEPH SCHUMPETER (1883-1950)</p><p>“Economista austríaco, cuja obra global teve como principal linha de orientação o estudo</p><p>do sistema capitalista de organização da sociedade.”</p><p>Foto: Instituto de Economia da Universidade de Friburgo (Brisgóvia,</p><p>Alemanha)/Wikimedia Commons/licença (CC BY-SA 3.0).</p><p>Fonte: Infopédia - Dicionários Porto Editora</p><p> EXEMPLO</p><p>As telas sensíveis ao toque, por exemplo, foram criadas durante a década de 1960, mas não</p><p>eram muito utilizadas pelo mercado nessa época. Em outras palavras, eram uma invenção por</p><p>se tratar de algo novo até então, mas não uma inovação, por não gerarem valor para os</p><p>consumidores. Foi apenas na década de 1980 que as telas sensíveis ao toque começaram a</p><p>ser mais difundidas, tornando-se, portanto, uma inovação.</p><p>A inovação pode, ainda, ser dividida em:</p><p>INOVAÇÃO RADICAL OU DISRUPTIVA</p><p>INOVAÇÃO INCREMENTAL</p><p>INOVAÇÃO RADICAL OU DISRUPTIVA</p><p>Refere-se à introdução de um produto, processo ou sistema inteiramente novo. Esse tipo de</p><p>inovação está muito relacionado com a ruptura dos paradigmas tradicionais de um mercado</p><p>específico.</p><p>Por exemplo, a introdução dos iPhones no mercado representam um tipo de inovação radical,</p><p>já que estes aparelhos foram pioneiros em sua forma de conectar celulares com a Internet e o</p><p>mundo dos aplicativos.</p><p>INOVAÇÃO INCREMENTAL</p><p>Refere-se à introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto ou processo. O</p><p>lançamento anual de um novo modelo de iPhone, com avanços marginais na qualidade da</p><p>câmera e do sistema de processamento, pode ser entendido como uma inovação incremental.</p><p>Independentemente dessas diferenças entre inovação incremental ou radical/disruptiva:</p><p>O ponto fundamental para que haja progresso econômico é a difusão da nova</p><p>tecnologia.</p><p>Somente ao atingir um grupo relevante de consumidores, as novas tecnologias passam a ter</p><p>um efeito econômico significativo. Assim, antigas tecnologias vão sendo sucessivamente</p><p>substituídas por novas, dando início a um processo entendido como destruição criativa (ou</p><p>criadora).</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>DESTRUIÇÃO CRIATIVA</p><p>De acordo com Schumpeter, o que é destruição criativa?</p><p>A destruição criativa reflete o processo de transformação que revoluciona a estrutura</p><p>econômica a partir de dentro, destruindo incessantemente o antigo e criando elementos novos.</p><p>O processo de destruição criativa pode ocorrer:</p><p> EXEMPLOS</p><p>Por meio da introdução de um novo produto no mercado, da descoberta de um novo método de</p><p>produção de um produto já existente ou até mesmo de mudanças na estrutura de mercado,</p><p>como a quebra de um monopólio ou oligopólio.</p><p>Todos esses exemplos citados são motivados pelo aumento do lucro do agente econômico em</p><p>questão.</p><p>A introdução de uma inovação no sistema econômico é chamada por Schumpeter de ato</p><p>empreendedor, realizada pelo empresário empreendedor, visando</p><p>à obtenção de lucro, que,</p><p>segundo o autor, é o motor de toda a atividade empreendedora. Quando fala de lucro,</p><p>Schumpeter não se refere à remuneração usual do capital investido, mas ao lucro</p><p>extraordinário.</p><p>LUCRO EXTRAORDINÁRIO</p><p>Lucro acima da média do mercado, que engendraria novos investimentos e a</p><p>transferência de capitais entre os diferentes setores da economia – dos menos rentáveis</p><p>para os mais rentáveis.</p><p>A destruição criativa é a força propulsora do desenvolvimento econômico capitalista.</p><p>É por meio da destruição criativa que o fluxo de capital circula entre as diferentes atividades</p><p>produtivas e os distintos setores de produção ao longo do tempo. Este é um processo dinâmico</p><p>e, muitas vezes, inesperado, que gera os chamados ciclos econômicos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>CICLOS ECONÔMICOS – ONDAS DE</p><p>INOVAÇÃO</p><p>VOCÊ SABE A QUE SE REFERE O CONCEITO DE</p><p>CICLO ECONÔMICO?</p><p>RESPOSTA</p><p>RESPOSTA</p><p>Refere-se às flutuações da atividade econômica no curto prazo, que podem tanto ser</p><p>positivas (ciclos de expansão) quanto negativas (ciclos de retração).</p><p>Até o surgimento da principal obra de Schumpeter (1911), as descontinuidades cíclicas na</p><p>economia eram frequentemente consideradas perturbações passageiras, decorrentes, por</p><p>exemplo, de colheitas frustradas ou subconsumo por parte da população. A ideia implícita</p><p>nessas justificativas para os ciclos econômicos é a de que a economia tende a um equilíbrio,</p><p>somente se desviando dele em função de choques externos.</p><p>Contudo, de acordo com Schumpeter (1942): “capitalismo estabilizado é uma contradição em</p><p>termos”. Portanto, contrariamente à visão mais estática do capitalismo, o autor vê os ciclos</p><p>econômicos e a instabilidade que trazem consigo como inerentes ao progresso econômico. Os</p><p>ciclos de expansão e retração são atribuídos ao processo de inovação, que provoca</p><p>importantes fricções no sistema econômico como um todo.</p><p>Mas como exatamente ocorre esse processo?</p><p>Vamos usar a abordagem de Oliveira (2014) para explicar esse fenômeno com mais detalhes:</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Primeiramente, em um suposto estado de equilíbrio, as inovações provocam importantes</p><p>deslocamentos dos investimentos de determinada atividade ou determinado setor produtivo</p><p>para outro. Isso ocorre porque as inovações não acontecem de forma progressiva e igualmente</p><p>distribuída entre os diferentes setores. Se este fosse o caso, todo o processo ocorreria de</p><p>forma mais gradual, e os deslocamentos de recursos entre os diversos setores seriam</p><p>amenizados.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Com a inovação, alguns setores se tornam temporariamente mais atraentes que outros, e os</p><p>investimentos fluem em direção a esses setores, buscando oportunidades de lucro superiores</p><p>àquelas encontradas anteriormente no mercado. Nesse processo, é imprescindível a captação</p><p>de recursos financeiros pelo chamado empresário inovador. Os pioneiros nesse processo de</p><p>investimento e inovação passam a obter lucros extraordinários em seus setores de atuação, e</p><p>um clima de expansão se instaura.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>No entanto, esse influxo inicial de investimentos alavancados pelo aumento da demanda por</p><p>crédito acelera a atividade econômica e causa uma pressão inflacionária. Nesse contexto de</p><p>expansão econômica e pressão dos preços, também começa a haver um movimento</p><p>ascendente das taxas de juros. Combinado a isso, as empresas que ficaram para trás no</p><p>processo de inovação passam a investir em inovação e se adaptar ao novo cenário, a fim de</p><p>não perderem mercado.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Com isso, os lucros extraordinários derivados da inovação passam a ser progressivamente</p><p>reduzidos, à medida que a nova tecnologia passa a ser mais difundida. Quando esses</p><p>processos amadurecem, a ampliação da oferta a um preço reduzido anuncia o início de um</p><p>processo de retração econômica.</p><p>MOVIMENTO ASCENDENTE</p><p>As taxas de juros sobem quando a economia está em um ritmo acelerado, além da</p><p>capacidade de produção, o que provoca pressão inflacionária. O aumento dos juros</p><p>diminui esse ritmo.</p><p>O novo ponto de equilíbrio alcançado se situa em um patamar superior àquele</p><p>observado antes de a inovação ser introduzida no mercado. Esse fluxo de propagações</p><p>econômicas ajuda a explicar a importância da destruição criativa para o progresso e</p><p>coloca os ciclos de expansão e retração como parte inerente do capitalismo.</p><p>A maior contribuição de Schumpeter frente a outras escolas de pensamento foi o tratamento da</p><p>inovação como componente intrínseco do capitalismo e dos ciclos econômicos.</p><p>UM POUCO SOBRE A VIDA E A OBRA DE</p><p>SCHUMPETER</p><p>Neste vídeo, vamos falar um pouco mais sobre Schumpeter, um dos principais economistas da</p><p>história.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO PODE SER UMA</p><p>CARACTERÍSTICA DE INOVAÇÃO INCREMENTAL:</p><p>A) Avanço contínuo.</p><p>B) Criação de novos mercados.</p><p>C) Inovações criadas por meio das estruturas e decisões organizacionais normais.</p><p>D) Melhorias tecnológicas.</p><p>E) Melhorias em produtos.</p><p>2. O TERMO QUE DESCREVE UM PRODUTO OU SERVIÇO QUE TRAZ</p><p>ELEMENTOS NOVOS, MAS QUE NÃO NECESSARIAMENTE POSSUI</p><p>VIABILIDADE ECONÔMICA, É:</p><p>A) Inovação</p><p>B) Réplica</p><p>C) Invenção</p><p>D) Obra</p><p>E) Inspiração</p><p>GABARITO</p><p>1. Assinale a alternativa que não pode ser uma característica de inovação incremental:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A inovação incremental é aquela marcada por avanços contínuos e progressivos. Portanto,</p><p>inovações mais disruptivas, como a criação de novos mercados, não se enquadram na</p><p>definição do termo.</p><p>2. O termo que descreve um produto ou serviço que traz elementos novos, mas que não</p><p>necessariamente possui viabilidade econômica, é:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A invenção é algo novo – um produto, serviço ou processo produtivo –, mas que não</p><p>necessariamente tem valor econômico. Só depois de ser adotada pelo mercado, ela se</p><p>transforma em inovação.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Descrever a evolução do conhecimento</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO</p><p>Já aprendemos os principais conceitos relacionados à inovação e como eles propagam o</p><p>desenvolvimento econômico. Mas ainda precisamos entender como exatamente o acúmulo de</p><p>conhecimento e as inovações presentes nos diferentes estágios de desenvolvimento de nossa</p><p>sociedade afetam o mundo moderno.</p><p>Já parou para pensar que as inovações acontecem hoje de forma muito mais acelerada</p><p>que alguns séculos ou até mesmo décadas atrás?</p><p>Afinal, não seria exagero dizer que, a cada ano, surge um novo mundo de inovações que</p><p>moldam amplamente a forma como a sociedade se organiza e avança. Essa mudança na</p><p>dinâmica da inovação está relacionada com a forma com que as diferentes sociedades lidaram</p><p>e incentivaram o conhecimento e a inovação ao longo do tempo.</p><p>Neste módulo, aprenderemos como o conhecimento nas sociedades industrial e pós-industrial</p><p>foi organizado, e como a diferente valorização da inovação e da criatividade ao longo da</p><p>história afeta a estrutura econômica como um todo.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>SOCIEDADE INDUSTRIAL</p><p>As inovações e o progresso do conhecimento trouxeram importantes transformações ao longo</p><p>da história. Um evento sem precedentes nesse sentido foi a Revolução Industrial, que deu</p><p>origem à chamada sociedade industrial.</p><p>Tendo início em meados do século XVIII e fim cerca de dois séculos depois, por volta de 1950,</p><p>as sociedades industriais são comumente divididas em duas fases:</p><p>Primeira fase</p><p>Marcada pelo surgimento da máquina a vapor.</p><p></p><p>Segunda fase</p><p>Impulsionada pela utilização de novas formas de energia, como a eletricidade e os</p><p>combustíveis derivados do petróleo, que possibilitaram a difusão dos motores elétricos e à</p><p>combustão.</p><p>Por mais que a introdução de maquinário no sistema produtivo possa parecer algo banal nos</p><p>dias de hoje, suas consequências sociais e econômicas para a Europa do século XVIII foram</p><p>enormes.</p><p>A sociedade industrial teve início na Inglaterra e marcou o fim da economia agrária e</p><p>manufatureira. Se antes o poder estava nas mãos de quem detinha</p><p>a posse das terras</p><p>(aristocracia rural), e em alguma medida, da burguesia, a introdução das máquinas no</p><p>processo produtivo deslocou definitivamente o foco de poder para os detentores dos meios de</p><p>produção, ou seja, a burguesia industrial.</p><p>O trabalho que antes era majoritariamente artesanal passou a ser realizado por meio de</p><p>maquinário para a produção em larga escala. Assim, o trabalhador perdeu o controle sobre o</p><p>processo produtivo e passou a servir como um mero operador dessas novas máquinas, que</p><p>começaram a se encarregar da produção.</p><p>Com essa mudança, o trabalhador não precisou mais ter conhecimento sobre as técnicas e</p><p>peculiaridades envolvidas na produção de um bem, mas sim operar as máquinas de forma</p><p>padronizada e contínua.</p><p>A sociedade industrial foi marcada por um apelo à produção em massa e pela eficiência</p><p>no sistema produtivo, por certa desvalorização da criação e autodeterminação</p><p>individual, e pela valorização da padronização do trabalho.</p><p>Combinados, todos esses fatores ajudam a explicar, também, o crescimento do número de</p><p>trabalhadores assalariados na época.</p><p>Além de impulsionar novas relações de trabalho, a sociedade industrial também se</p><p>caracterizou pela introdução de uma nova organização do trabalho.</p><p>Com a inserção do maquinário e a progressiva redução da atividade artesanal, o trabalho</p><p>passou a ser realizado de forma cada vez mais especializada. Ao invés de participar de todo o</p><p>processo produtivo, o trabalhador passava a ficar encarregado por uma parte específica desse</p><p>processo. Assim, aumentava-se a produtividade do trabalho ao mesmo tempo em que se criava</p><p>um distanciamento entre o trabalhador e sua obra final.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Outro tipo de distanciamento ocorreu por meio da distinção entre o espaço do trabalho e o</p><p>espaço do lar. O trabalho, que antes era conduzido no campo ou na própria residência, nas</p><p>sociedades agrárias e artesanais, respectivamente, passou a ser realizado, de forma</p><p>obrigatória, nas fábricas, na sociedade industrial.</p><p>Com isso, o tempo deixou de ser ditado pelas mãos do artesão ou pelas condições climáticas e</p><p>estações do ano, passando a ser regido pela velocidade das máquinas. Foi justamente no</p><p>período da sociedade industrial que as longas jornadas de trabalho tomaram fôlego.</p><p>Enquanto estimativas indicam que o artesão trabalhava cerca de 4 horas por dia, a média de</p><p>trabalho durante a Revolução Industrial saltou para cerca de 16 horas diárias. A disciplina rígida</p><p>e as punições também serviram como instrumento para ordenar o trabalho da época.</p><p>Em resumo, segundo Dantas (2008), as palavras-chave que podem descrever e sintetizar as</p><p>características da sociedade industrial são:</p><p>Concentrar, agigantar, padronizar, especializar e maximizar.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL</p><p>À medida em que a importância da indústria para a atividade econômica foi decaindo, a</p><p>sociedade industrial foi dando lugar à sociedade pós-industrial ou sociedade do</p><p>conhecimento. Neste novo arranjo, a indústria cedeu lugar aos serviços, que se tornaram</p><p>hegemônicos.</p><p>De acordo com De Masi (1999), a ascensão da sociedade pós-industrial ocorreu em meados</p><p>da década de 1950, quando, pela primeira vez, nos Estados Unidos, o número de</p><p>trabalhadores nos setores administrativos superou o número de trabalhadores da produção.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Para se ter uma ideia do avanço dos serviços frente à produção industrial nesse período,</p><p>segundo Bell (1973), enquanto as indústrias apresentavam uma variação inferior a 10% na</p><p>quantidade de empregos entre 1947 e 1968, houve um acréscimo de cerca de 60% nos</p><p>empregos no setor de serviços. Afinal, as máquinas modernas desenvolvidas entre as</p><p>sociedades industrial e pós-industrial conseguem realizar sozinhas as atividades de um número</p><p>cada vez maior de trabalhadores.</p><p>Além de repercutir na quantidade de empregos no setor industrial, mudanças qualitativas</p><p>dentro da classe operária também puderam ser observadas. Os operários manuais e não</p><p>qualificados foram progressivamente dando lugar a uma nova classe de trabalhadores mais</p><p>qualificados. De fato, esse processo é sintomático de toda a sociedade pós-industrial. Aos</p><p>poucos, o trabalho manual foi perdendo espaço para a emergência do conhecimento e da</p><p>tecnologia como recursos centrais na sociedade.</p><p>Assim como a sociedade agrária, que tinha a terra como foco da atividade produtiva, cedeu</p><p>lugar à atividade da indústria na sociedade industrial, a sociedade pós-industrial tem o</p><p>conhecimento como foco da atividade econômica. Esse conhecimento, por sua vez, é</p><p>materializado como bem comercial por meio dos serviços.</p><p>Da mesma forma que a sociedade industrial não dispensou os bens produzidos pela</p><p>sociedade agrícola, a sociedade pós-industrial não dispensa os bens industriais. O que</p><p>aconteceu nesse processo?</p><p>Essa sociedade pós-industrial realocou os trabalhadores dos setores agrícola e industrial. Com</p><p>isso, o capital físico, proveniente da terra ou da indústria, perde lugar para o capital humano,</p><p>representado pelo conjunto de capacitações profissionais que os trabalhadores adquirem por</p><p>meio da educação formal e de treinamento.</p><p>Nesse sentido, o maior desafio deixa de ser única e exclusivamente a eficiência do trabalho e</p><p>passa a ser a criatividade. Primeiro, observa-se um estágio onde a criatividade é suprimida, e a</p><p>função do trabalho se traduz, basicamente, em realizar o mesmo processo repetidas vezes no</p><p>menor espaço de tempo, como prescrito pela especialização do trabalho e a meta de eficiência</p><p>da sociedade industrial. Depois, a sociedade passa para outro estágio, em que se percebe a</p><p>valorização das ideias, do conhecimento e da criatividade.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Seguindo essa linha, outro marco característico da sociedade pós-industrial é a globalização.</p><p>Com o advento da Internet e o avanço não só dos meios de comunicação como também dos</p><p>transportes, as distâncias foram substancialmente reduzidas, e as trocas de bens e</p><p>informações entre os diferentes países foram potencializadas.</p><p>O fluxo de novas ideias entre diferentes culturas também serve para impulsionar ainda mais</p><p>todo esse processo de valorização de novas ideias e aplicações inovadoras do conhecimento.</p><p>Em resumo, as sociedades pós-modernas são marcadas por:</p><p>Um rápido crescimento do setor de serviços em oposição aos setores agrícola e industrial.</p><p>Um rápido aumento da Tecnologia da Informação.</p><p>A valorização do conhecimento e da criatividade dentro da atividade econômica.</p><p>DA SOCIEDADE INDUSTRIAL À PÓS-</p><p>INDUSTRIAL</p><p>Neste vídeo, vamos rever os conceitos sobre a sociedade industrial e a pós-industrial.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XX, A CHAMADA SOCIEDADE</p><p>INDUSTRIAL FOI MARCADA POR UMA SÉRIE DE MUDANÇAS NA</p><p>ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E DO TRABALHO. ENTRE ESSAS</p><p>MUDANÇAS ESTÁ:</p><p>A) A redução das jornadas de trabalho.</p><p>B) A valorização da criatividade.</p><p>C) A redução dos conflitos de classes.</p><p>D) O incentivo à autonomia e à redução das medidas disciplinares.</p><p>E) A especialização do trabalho.</p><p>2. EM CADA TIPO DE SOCIEDADE, HÁ A PREVALÊNCIA DE</p><p>DETERMINADO TIPO DE RECURSO FRENTE AOS DEMAIS. ASSINALE A</p><p>ALTERNATIVA QUE APRESENTA A SOCIEDADE NA QUAL O RECURSO</p><p>MAIS VALIOSO COMO BEM DE MERCADO É O CONHECIMENTO.</p><p>A) Sociedade manufatureira</p><p>B) Sociedade mercantil</p><p>C) Sociedade industrial</p><p>D) Sociedade agrária</p><p>E) Sociedade pós-industrial</p><p>GABARITO</p><p>1. Entre os séculos XVIII e XX, a chamada sociedade industrial foi marcada por uma série</p><p>de mudanças na organização da sociedade e do trabalho. Entre essas mudanças está:</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A transição entre a sociedade pré-industrial (agrária/manufatureira) e a sociedade industrial foi</p><p>marcada pela ascensão da importância da indústria na economia. Nesse período, houve um</p><p>aumento das jornadas de trabalho, um incentivo à disciplina e à padronização e o mais</p><p>importante: uma especialização do trabalho.</p><p>2. Em cada tipo de sociedade, há a prevalência de determinado tipo de recurso frente</p><p>aos demais. Assinale</p><p>a alternativa que apresenta a sociedade na qual o recurso mais</p><p>valioso como bem de mercado é o conhecimento.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>Com a transição da sociedade industrial para a pós-industrial, o conhecimento e a inovação</p><p>derivada dele passaram a se sobrepor frente à indústria, que prevalecia até então.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Definir os conceitos de dado, informação e conhecimento</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>DISTINÇÃO DE CONCEITOS</p><p>Até agora, estudamos bastante a inovação e suas aplicações no mundo moderno. Também</p><p>tratamos do surgimento da sociedade do conhecimento e de como as informações são valiosas</p><p>dentro dos atuais arranjos econômicos.</p><p>Mas o que exatamente é o conhecimento?</p><p>Como ele se relaciona com essas informações?</p><p>Qual é o papel dos dados nesse processo?</p><p>Embora usemos os termos dado, informação e conhecimento como sinônimos em muitas</p><p>ocasiões, há importantes distinções teóricas entre os três conceitos. Neste módulo,</p><p>entenderemos melhor o que significa exatamente cada um desses termos e como eles se</p><p>relacionam com a gestão do conhecimento nas organizações.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>DADO</p><p>Segundo Angeloni (2008), os dados podem ser entendidos como fragmentos de conhecimento</p><p>que ainda não passaram por tratamento lógico ou que ainda não foram contextualizados. Os</p><p>dados descrevem eventos e características individuais de modo relativamente organizado,</p><p>mas, sem contextualização, acabam sendo pouco informativos. Em outras palavras, quando</p><p>tomados isoladamente, os dados não contêm um significado intrínseco, não passam</p><p>informação nenhuma.</p><p>Para ilustrar, considere a tabela 1:</p><p>Cliente Dia Hora</p><p>Valor da</p><p>compra</p><p>Método de</p><p>pagamento</p><p>5935731 21/02/2021 10:10 R$ 69,00 Dinheiro</p><p>8216877 21/02/2021 10:33 R$ 141,00 Dinheiro</p><p>6609672 21/02/2021 11:00 R$ 90,00 Dinheiro</p><p>9381306 21/02/2021 11:02 R$ 272,00 Cartão</p><p>8816372 21/02/2021 11:17 R$ 335,00 Dinheiro</p><p>5391296 21/02/2021 11:22 R$ 171,00 Dinheiro</p><p>1211793 21/02/2021 11:49 R$ 64,00 Cartão</p><p>4557270 21/02/2021 12:30 R$ 73,00 Cartão</p><p>5650738 21/02/2021 12:32 R$ 342,00 Dinheiro</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tabela 1. Dados coletados por um mercado. Elaborado por Yan Bernardes Vieites Castro dos</p><p>Santos.</p><p>O QUE PODEMOS CONCLUIR APÓS ANALISAR</p><p>ESSA TABELA?</p><p>1 2</p><p>1</p><p>Foi disposta uma série de dados sobre o consumo dos clientes de um mercado, como o</p><p>código de identificação do cliente, o dia, a hora, o valor e o método de pagamento da</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>compra. No entanto, esses dados não são tão informativos por si só. As informações</p><p>pessoais do cliente, como gênero, data de nascimento e bairro de moradia não estão</p><p>disponíveis na tabela, e o número de identificação não diz muito sobre quem está</p><p>realizando a compra.</p><p>2</p><p>É difícil estabelecer padrões sem uma análise mais detalhada. Ainda não sabemos qual é</p><p>a média do valor gasto, qual é a proporção de pagamentos feitos por dinheiro ou cartão,</p><p>ou, ainda, se há distinções no consumo em diferentes períodos do dia ou entre dias da</p><p>semana. Isso é particularmente relevante nos dias de hoje, em que as organizações</p><p>contam com bases de dados cada vez mais volumosas.</p><p>Com o avanço da tecnologia, essas organizações puderam passar a coletar e armazenar uma</p><p>quantidade cada vez maior de informações sobre seus clientes e funcionários e até mesmo</p><p>sobre a concorrência. Em uma época de crescimento vertiginoso da competição, esses dados</p><p>ajudam empresas a compreender melhor o mercado e, assim, obter vantagem competitiva</p><p>frente à concorrência. Afinal, quem melhor entende suas forças e fraquezas e consegue</p><p>enxergar oportunidades no mercado está mais bem equipado para elaborar estratégias de</p><p>negócios.</p><p>Pensando nisso, as empresas têm investido cada vez mais na gestão da informação. Os</p><p>dados não surgem simplesmente para as empresas: a coleta de dados sobre clientes,</p><p>funcionários e demais áreas de interesse faz parte de uma estratégia ativa das empresas para</p><p>entender melhor os processos internos e externos.</p><p> EXEMPLO</p><p>Quando fazemos o cartão fidelidade em um mercado, preenchemos um formulário contendo</p><p>dados pessoais. Esses dados podem ser posteriormente cruzados com nossos hábitos de</p><p>consumo.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Mas quais dados coletar exatamente?</p><p>Por mais que essas questões possam passar despercebidas pelo consumidor típico, tudo isso</p><p>é cuidadosamente pensado pelas empresas.</p><p>Por fim, com o acúmulo cada vez maior de dados por parte das empresas, também é</p><p>necessário um investimento maciço em Tecnologia da Informação. Os dados são armazenados</p><p>em bancos de dados computadorizados que requerem cada vez mais espaço e esforço em</p><p>termos de categorização. Em resumo, há cada vez mais dados disponíveis, mas, sem o</p><p>tratamento adequado, eles podem não dizer muito.</p><p>INFORMAÇÃO</p><p>De acordo com Chiavenato (2009), informação representa o conjunto de dados com certo</p><p>significado, ou seja, dados que conseguem reduzir a incerteza ou aumentar o conhecimento a</p><p>respeito de determinado assunto.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Por um lado, os dados não ajudam a compreender as questões de interesse por si só, como</p><p>vimos anteriormente. Por outro, os dados servem de insumo para a geração de valiosas</p><p>informações.</p><p>Segundo Davenport e Prusak (1998), após coletados e armazenados, os dados podem ser</p><p>transformados em informações por meio de um processo que envolve:</p><p>Contextualização – compreensão dos principais objetivos com os dados coletados.</p><p></p><p>Categorização – necessidade de agrupar os dados de acordo com semelhanças e padrões.</p><p></p><p>Cálculo – análise matemática ou estatística dos dados.</p><p></p><p>Correção – exclusão de possíveis erros na base de dados.</p><p></p><p>Condensação ou síntese – resumo dos dados de forma simples e objetiva, por meio, por</p><p>exemplo, do uso de tabelas e gráficos, que tornam imensas bases de dados compreensíveis</p><p>após uma mera inspeção visual.</p><p>Com acesso aos dados sobre os clientes e sobre seu consumo, é possível tratar os dados para</p><p>gerar importantes informações. Por exemplo, o mercado pode traçar um perfil mais detalhado</p><p>sobre seus clientes:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>SÃO HOMENS OU MULHERES EM SUA MAIORIA?</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>QUAL É SUA IDADE MÉDIA?</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>EM QUE BAIRRO MORAM?</p><p>Talvez mais importante, é possível entender melhor o padrão de consumo dos clientes como</p><p>um todo, não importando necessariamente a qual grupo pertencem. Assim, cabem os</p><p>seguintes questionamentos:</p><p>Quais são os dias de maior venda?</p><p>Quais são os meses em que os clientes ficam menos sensíveis ao preço?</p><p>Quanto os clientes gastam em média por visita ao mercado?</p><p>Quantas vezes por semana fazem compras?</p><p>Nos dias em que há divulgação nos veículos de mídia, a procura aumenta?</p><p>Todas essas perguntas estão relacionadas a informações de grande importância para o</p><p>tomador de decisão de qualquer empresa.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Apesar de essenciais para a geração de informações, vivenciamos hoje um paradoxo do</p><p>excesso de dados, que pode prejudicar a obtenção dessas informações. Com o crescente</p><p>influxo de novos dados, seu processamento e a consequente obtenção de informações para</p><p>instruir a tomada de decisão se tornam cada vez mais difíceis.</p><p>Em meio a tantas opções, fica difícil escolher qual dado exatamente analisar. Também fica</p><p>mais complexo entender o que o amontoado de informações quer dizer de fato. Portanto, para</p><p>obter informações, pode ser preciso passar os dados por um filtro que exclua boa parte daquilo</p><p>que não é tão necessário e deixe, por fim, somente o essencial.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>CONHECIMENTO</p><p>Assim como os dados precisam ser devidamente analisados e sintetizados para que possam</p><p>se transformar em informação:</p><p>A informação também precisa ser interpretada para, então, transformar-se em</p><p>conhecimento.</p><p>O conhecimento representa, portanto, o passo subsequente rumo à tomada de decisão ou até</p><p>mesmo a descobertas importantes que podem guiar o processo de inovação.</p><p>Imagem: Gestão do conhecimento, Yaeko Ozaki e Marcia Eloisa Avona,</p><p>2016, p. 26. Adaptado</p><p>por Erik Lopes de Oliveira.</p><p> Figura 1. Sequência de geração de conhecimento e inovação.</p><p>Como vimos no módulo anterior, vivemos na sociedade do conhecimento (ou sociedade pós-</p><p>industrial). Nela, o conhecimento é considerado a principal mercadoria, materializada por meio</p><p>dos serviços amplamente comercializados nos dias de hoje.</p><p>O conhecimento é tão relevante justamente porque se situa próximo ao último degrau rumo à</p><p>inovação. Diferentemente das demais fontes de vantagem competitiva, como a terra e a</p><p>indústria, o conhecimento (ou capital cultural) é intrínseco aos seres humanos.</p><p>Para ilustrar a importância dos indivíduos no processo de obtenção do conhecimento e da sua</p><p>aplicação no mundo real, cabe mencionar algumas definições clássicas de conhecimento:</p><p></p><p>O conhecimento é uma informação valiosa combinada com a experiência, com o contexto</p><p>histórico e com a reflexão.</p><p>(DAVENPORT; PRUSAK, 1998)</p><p></p><p>A informação é um fluxo de mensagens, enquanto o conhecimento é criado por esse próprio</p><p>fluxo de informação, ancorado nas crenças e nos compromissos de seu detentor.</p><p>(NONAKA; TAKEUCHI, 2004)</p><p>Diferentemente da informação, o conhecimento está intimamente relacionado com a ação e</p><p>serve como seu condutor. Retomando mais uma vez o exemplo do mercado, as informações</p><p>obtidas após o processamento adequado dos dados são, então, interpretadas à luz das</p><p>especificidades adequadas e direcionadas para a ação.</p><p>Mais especificamente, o conhecimento obtido por meio da coleta e da subsequente análise dos</p><p>dados ajuda o tomador de decisão a desenvolver estratégias empresariais mais efetivas,</p><p>guiando, assim, o processo de inovação.</p><p>A tabela 2 sintetiza as principais características que separam os conceitos de dado,</p><p>informação e conhecimento:</p><p>Dado, informação e conhecimento</p><p>Dado Informação Conhecimento</p><p>Simples observação</p><p>sobre o estado do</p><p>mundo.</p><p>Dado dotado de</p><p>relevância e propósito.</p><p>Informação valiosa da</p><p>mente humana, que inclui</p><p>reflexão, síntese e</p><p>contexto.</p><p>Facilmente</p><p>estruturado;</p><p>Facilmente obtido</p><p>por máquinas;</p><p>Frequentemente</p><p>quantificado;</p><p>Facilmente</p><p>transferível.</p><p>Requer unidade de</p><p>análise;</p><p>Exige consenso em</p><p>relação ao</p><p>significado;</p><p>Exige</p><p>necessariamente a</p><p>mediação humana.</p><p>De difícil</p><p>estruturação;</p><p>De difícil captura em</p><p>máquinas;</p><p>Frequentemente</p><p>tácito;</p><p>De difícil</p><p>transferência.</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tabela 2. Sequência de geração de conhecimento e inovação. Extraída de Davenport e</p><p>Prusak, 1998, p. 18.</p><p>GOOGLE E A PERDA ORGANIZADA DE</p><p>INFORMAÇÕES</p><p>Neste vídeo, vamos ver o que podemos aprender com o Google sobre organização de</p><p>informações.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. O PROCESSO DE INOVAÇÃO ENVOLVE DIVERSOS ESTÁGIOS.</p><p>CONTEXTUALIZAÇÃO, CATEGORIZAÇÃO, CÁLCULO, CORREÇÃO E</p><p>CONDENSAÇÃO SÃO UTILIZADAS NA TRANSIÇÃO ENTRE QUAIS</p><p>ESTÁGIOS?</p><p>A) De conhecimento para informação.</p><p>B) De informação para dados.</p><p>C) De dados para informação.</p><p>D) De dados para conclusão.</p><p>E) De conhecimento para dados.</p><p>2. DE ACORDO COM DAVENPORT E PRUSAK (1998),_________ É UMA</p><p>INFORMAÇÃO VALIOSA COMBINADA COM A EXPERIÊNCIA, COM O</p><p>CONTEXTO HISTÓRICO E COM A REFLEXÃO. ASSINALE A ALTERNATIVA</p><p>QUE MELHOR SE ENCAIXA NESSA DEFINIÇÃO:</p><p>A) Dado</p><p>B) Material</p><p>C) Informação</p><p>D) Conhecimento</p><p>E) Elemento</p><p>GABARITO</p><p>1. O processo de inovação envolve diversos estágios. Contextualização, categorização,</p><p>cálculo, correção e condensação são utilizadas na transição entre quais estágios?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os estágios envolvidos no processo de inovação abrangem a obtenção de dados, a</p><p>transformação desses dados em informação e a conversão dessas informações em</p><p>conhecimento. Contextualização, categorização, cálculo, correção e condensação são</p><p>particularmente utilizadas na transição entre a análise de dados brutos e a obtenção de</p><p>informações.</p><p>2. De acordo com Davenport e Prusak (1998),_________ é uma informação valiosa</p><p>combinada com a experiência, com o contexto histórico e com a reflexão. Assinale a</p><p>alternativa que melhor se encaixa nessa definição:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O conhecimento é o último estágio antes que a inovação propriamente dita seja consumada.</p><p>Ele é resultado de um processo de análise de dados e posterior conversão das informações</p><p>obtidas em conhecimento.</p><p>MÓDULO 4</p><p> Descrever o conhecimento organizacional</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL –</p><p>CRIAÇÃO, CODIFICAÇÃO E</p><p>COORDENAÇÃO, E TRANSFERÊNCIA DE</p><p>CONHECIMENTO</p><p>Já entendemos que o conhecimento representa uma peça fundamental no processo de</p><p>inovação e na sociedade pós-industrial. Mas resta ainda entender quais são os diferentes tipos</p><p>de conhecimentos existentes dentro das organizações e como eles interagem para impulsionar</p><p>a implementação de novas ideias.</p><p>Neste módulo, abordaremos os conceitos de conhecimento tácito e explícito, e explicaremos</p><p>como eles se conectam em um processo cíclico, chamado de espiral do conhecimento.</p><p>CONHECIMENTO TÁCITO E EXPLÍCITO</p><p>De acordo com Nonaka e Takeuchi (2004), a inovação reflete a evolução entre dois tipos</p><p>distintos de conhecimento:</p><p>CONHECIMENTO TÁCITO</p><p>CONHECIMENTO EXPLÍCITO</p><p>CONHECIMENTO TÁCITO</p><p>Tem um caráter bastante subjetivo por estar intimamente relacionado com fatores como</p><p>crenças, valores e experiências individuais. Assim, como esse tipo de conhecimento parte de</p><p>um ponto bem particular, fica difícil sistematizá-lo e codificá-lo sob a forma de linguagem. Ele é</p><p>adquirido pela prática (know-ho w), e, geralmente, é por meio dela mesma que pode ser</p><p>avaliado.</p><p>Esse conhecimento está vinculado diretamente a seu detentor e não está presente de forma</p><p>muito acessível. É justamente em função desse grau de inacessibilidade que o detentor do</p><p>conhecimento tácito consegue garantir uma vantagem competitiva para a organização.</p><p>CONHECIMENTO EXPLÍCITO</p><p>Reflete todo aquele conhecimento já traduzido para a linguagem formal. Portanto, ele pode ser</p><p>facilmente expresso em palavras, números, gráficos, fórmulas, e assim por diante. Esse tipo de</p><p>conhecimento é objetivo, sistemático, racional e muito acessível para terceiros,</p><p>independentemente de crenças, experiência e vivências pessoais.</p><p>A difusão do conhecimento explícito é mais fácil que a do conhecimento tácito, porque o</p><p>primeiro pode ser naturalmente armazenado, replicado e compartilhado entre múltiplas</p><p>pessoas ou organizações simultaneamente. Basta pensar em um documento de texto que</p><p>pode ser armazenado no computador e, posteriormente, enviado para diversos contatos dentro</p><p>de uma organização de forma simultânea.</p><p>Vejamos um exemplo claro de conhecimento tácito:</p><p>autor/shutterstock</p><p>É aquele conhecimento que um chef de cozinha renomado possui e emprega ao fazer seus</p><p>pratos. Por meio da prática e da experiência com acertos e erros ao longo dos anos, o chef</p><p>consegue preparar pratos elaborados sem nem se dar conta de como sabe tudo aquilo. Esse</p><p>conhecimento já está cristalizado no know-how desse profissional.</p><p>autor/shutterstock</p><p>Como forma de difundir esse conhecimento tácito, muitas vezes, chefs de cozinha lançam</p><p>livros com algumas de suas receitas ou publicam dicas em colunas especializadas no assunto.</p><p>No entanto, um mero leitor desses assuntos muito provavelmente não conseguirá replicar a</p><p>receita com a mesma maestria do chef de cozinha.</p><p>Quem nunca se decepcionou na cozinha, não é mesmo? Você sabe por que isso</p><p>acontece?</p><p>Porque o livro passa os detalhes que podem ser entendidos de forma mais objetiva –</p><p>conhecimento explícito –, mas toda a técnica por trás da execução do prato fica a cargo do</p><p>conhecimento tácito, que é subjetivo e demanda certo grau de experimentação pessoal.</p><p>Os dois conhecimentos são, portanto, parte fundamental do processo de aprendizado e, no</p><p>contexto organizacional, do processo de inovação.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>ESPIRAL DO CONHECIMENTO</p><p>Embora possuam importantes distinções conceituais, os conhecimentos tácito e explícito se</p><p>comunicam constantemente para impulsionar o avanço dentro</p><p>das empresas.</p><p>De modo geral, devido a seu caráter pessoal e subjetivo, o conhecimento tácito serve como</p><p>ponto de partida do processo da inovação. Já o conhecimento explícito reflete o ponto final</p><p>desse processo. Mas um não necessariamente supera o outro em termos de importância.</p><p>O conhecimento explícito só pode ser formalizado na medida em que interpretações subjetivas</p><p>de contextos particulares permitem generalizações mais claras sobre outras situações de</p><p>relevância para a organização.</p><p>A criação do conhecimento organizacional pode ser entendida como a sistematização e difusão</p><p>do conhecimento gerado pelos indivíduos e propiciado pela organização.</p><p>De acordo com Nonaka e Takeuchi (2004), o processo de criação de conhecimento nas</p><p>organizações se relaciona com a interação dos conhecimentos tácito e explícito de forma</p><p>articulada e cíclica. Esse fenômeno é chamado de espiral de conhecimento, na qual é</p><p>fundamental o papel dos indivíduos, que interagem e possibilitam a geração contínua de novos</p><p>conhecimentos.</p><p>Mas como ocorre exatamente esse processo?</p><p>Como ilustrado na figura 2, a conversão cíclica do conhecimento pode ser destrinchada a partir</p><p>de quatro padrões principais:</p><p>Socialização</p><p>Externalização</p><p>Combinação</p><p>Internalização</p><p>Imagem: Empreendedorismo na era do conhecimento, Francisco Antonio Pereira Fialho,</p><p>Gilberto Montibeller Filho, Marcelo Macedo e Tibério da Costa Mitideri, 2006, p. 113. Adaptada</p><p>por Erik Lopes de Oliveira.</p><p> Figura 2. Espiral do conhecimento.</p><p>Vamos detalhar cada um desses padrões:</p><p>SOCIALIZAÇÃO (DE TÁCITO PARA TÁCITO)</p><p>Este é o pontapé inicial na espiral do conhecimento, que reflete a conversão de um</p><p>conhecimento tácito em outro conhecimento de mesma natureza. Nesse estágio do processo, o</p><p>poder de criação de conhecimento é relativamente limitado. Afinal, ocorre, basicamente, a</p><p>transferência dos conhecimentos tácitos de um indivíduo para outro sem a criação de qualquer</p><p>tipo de conhecimento explícito propriamente dito. Esse processo acontece por meio de</p><p>observação, imitação e prática. A chave é a experiência. Um exemplo de socialização é quando</p><p>um funcionário mais antigo dentro de uma empresa passa seus conhecimentos para um</p><p>funcionário recém-chegado.</p><p>EXTERNALIZAÇÃO (DE TÁCITO PARA EXPLÍCITO)</p><p>A partir do momento em que os indivíduos se tornam capazes de sistematizar o conhecimento</p><p>obtido por meio de observação e prática, há uma conversão do conhecimento tácito para o</p><p>conhecimento explícito. Como o conhecimento resultante dessa conversão pode ser mais</p><p>facilmente transferido para os demais, há maior chance de que o conhecimento gere</p><p>inovações. A abertura a novas ideias e o incentivo à sistematização dos conhecimentos</p><p>pessoais são de extrema importância para a condução dessa etapa dentro do contexto</p><p>organizacional.</p><p>COMBINAÇÃO (DE EXPLÍCITO PARA EXPLÍCITO)</p><p>Da mesma forma que o conhecimento tácito pode ser transferido por meio de um processo de</p><p>socialização, os fragmentos de conhecimento explícito também podem ser combinados para</p><p>gerar um conhecimento novo. Neste estágio, conhecimentos estruturados são transferidos, por</p><p>exemplo, por meio de apresentações de resultados e trocas de e-mails para gerar novos</p><p>conhecimentos objetivos e acessíveis aos demais – isto é, conhecimentos explícitos.</p><p>INTERNALIZAÇÃO (DE EXPLÍCITO PARA TÁCITO)</p><p>Também é possível transformar elementos de um conhecimento explícito para gerar um novo</p><p>conhecimento tácito. Nesta etapa, os conhecimentos sistemáticos e as padronizações são</p><p>consumidos pelo indivíduo e, então, adaptados com base nas experiências e nos valores desse</p><p>mesmo indivíduo ou da organização na qual ele atua.</p><p>Para que essas etapas se concretizem de forma cíclica e produtiva dentro do contexto</p><p>organizacional, é preciso que haja um amplo incentivo às atividades de grupo e à troca de</p><p>conhecimentos coletivos. Todo o processo de conversão do conhecimento apresentado resulta</p><p>em inovação, mas passa, primeiro, pela troca entre os indivíduos.</p><p>Como já mencionamos, na sociedade pós-industrial em que vivemos, o conhecimento</p><p>prevalece. Portanto, é necessário criar uma estrutura que favoreça sua troca e sua</p><p>sistematização dentro das empresas.</p><p>FORMAS DE CONHECIMENTO EM UMA</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>Neste vídeo, vamos rever o que estudamos neste módulo sobre conhecimento tácito, explícito,</p><p>e a relação entre eles.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (CESGRANRIO ‒ IBGE ‒ ANALISTA ‒ 2013) NA ANÁLISE DA ESPIRAL</p><p>DO CONHECIMENTO:</p><p>A) A socialização é o compartilhamento do conhecimento explícito por meio da observação,</p><p>imitação ou prática.</p><p>B) A articulação ou externalização é a conversão do conhecimento tácito em explícito e sua</p><p>comunicação ao grupo.</p><p>C) A internalização envolve a padronização do conhecimento, seu agrupamento em um manual</p><p>ou guia de trabalho e sua incorporação a um produto.</p><p>D) A combinação ocorre quando novos conhecimentos explícitos são compartilhados na</p><p>organização, e outras pessoas começam a utilizá-los para aumentar, estender e reenquadrar</p><p>seu próprio conhecimento.</p><p>E) A socialização envolve o conhecimento conceitual, a combinação envolve o conhecimento</p><p>sistêmico, a externalização envolve o conhecimento operacional, e a internalização envolve o</p><p>conhecimento compartilhado.</p><p>2. (TRT ‒ ANALISTA ‒ 2017) CADA VEZ MAIS, AS EMPRESAS</p><p>TRABALHAM COM DADOS, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS. UMA</p><p>ORGANIZAÇÃO CRIA E UTILIZA CONHECIMENTO, TRANSFORMANDO-O</p><p>DE TÁCITO EM EXPLÍCITO, E VICE-VERSA. UM DOS QUATRO MODOS DE</p><p>CONVERSÃO DO CONHECIMENTO É:</p><p>A) A socialização (de explícito para tácito), que procura compartilhar e criar conhecimento por</p><p>meio de experiência direta.</p><p>B) A externalização (de tácito para explícito), que procura articular conhecimento explícito por</p><p>meio do diálogo e da reflexão.</p><p>C) A combinação (de explícito para explícito), que procura sistematizar e aplicar o</p><p>conhecimento explícito e a informação.</p><p>D) A internalização (de implícito para tácito), que procura aprender e adquirir novo</p><p>conhecimento tácito na prática.</p><p>E) A transferência (de explícito para tácito), que procura sistematizar e aplicar o conhecimento</p><p>explícito e a informação.</p><p>GABARITO</p><p>1. (CESGRANRIO ‒ IBGE ‒ Analista ‒ 2013) Na análise da espiral do conhecimento:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Na espiral do conhecimento, a externalização se refere ao tipo de conversão do conhecimento</p><p>caracterizado pela sistematização de um conhecimento anteriormente subjetivo, ou seja, a</p><p>transformação de um conhecimento tácito em um explícito.</p><p>2. (TRT ‒ Analista ‒ 2017) Cada vez mais, as empresas trabalham com dados,</p><p>informações e conhecimentos. Uma organização cria e utiliza conhecimento,</p><p>transformando-o de tácito em explícito, e vice-versa. Um dos quatro modos de</p><p>conversão do conhecimento é:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Na espiral do conhecimento, a combinação se refere ao tipo de conversão do conhecimento</p><p>caracterizado pela mescla e posterior sistematização de diferentes conhecimentos explícitos.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Temos à nossa disposição um volume extraordinário de informações, mas não é fácil usá-las</p><p>para construir algo relevante no dia a dia. Neste conteúdo, discutimos sobre a relação entre</p><p>criação de conhecimento e desenvolvimento econômico e, a partir disso, narramos a evolução</p><p>do conhecimento ao longo da história.</p><p>Com essa base, pudemos definir formalmente os conceitos de dado, informação e</p><p>conhecimento, que, frequentemente, confundem-se, e aprofundamos o debate sobre o</p><p>conhecimento – que, ao final, é capaz de gerar as inovações que fazem a economia se</p><p>desenvolver.</p><p>Este é seu primeiro passo na área de Gestão do Conhecimento – um campo vasto que procura</p><p>organizar o que sabemos e buscar novas ideias e práticas. Por exemplo, ao recorrer ao Google</p><p>para fazer uma pesquisa sobre restaurantes próximos à sua casa ou ao buscar determinado</p><p>tema no Ambiente Virtual de Aprendizagem, você está usando as ferramentas dessa área.</p><p>Fique atento à sua volta: nosso dia a dia é organizado em torno da estrutura de produção e</p><p>distribuição de conhecimento da sociedade.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANGELONI, M. T. (org.). Organizações do conhecimento: infraestrutura, pessoas e</p><p>tecnologia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.</p><p>BELL, D. Advento da sociedade pós-industrial: uma tentativa de previsão social. São Paulo:</p><p>Cultrix, 1973.</p><p>CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 9. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Elsevier, 2009.</p><p>DANTAS, D. O cenário pós-industrial: modificações no ambiente do objeto na sociedade</p><p>contemporânea e seus novos paradigmas. Revista do Programa de Pós-Graduação em</p><p>Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, São Paulo, n. 22, p. 122-140, dez. 2008.</p><p>DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Working knowledge. Boston: Harvard Business Press, 1998.</p><p>DE MASI, D. (org.). A sociedade pós-industrial. São Paulo: Senac, 1999.</p><p>FIALHO, F. A. P. et al . Empreendedorismo na era do conhecimento. Florianópolis: Visual</p><p>Books, 2006.</p><p>NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação do conhecimento na empresa: como as empresas</p><p>japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 2004.</p><p>OLIVEIRA, F. A. Schumpeter: a destruição criativa e a economia em movimento. Revista de</p><p>História Econômica & Economia Regional Aplicada, Juiz de Fora, v. 10, n. 16, p. 99-122,</p><p>jan./jun. 2014.</p><p>OZAKI, Y.; AVONA, M. E. Gestão do conhecimento. Londrina: Editora e Distribuidora</p><p>Educacional, 2016.</p><p>SCHUMPETER, J. A. Capitalism, socialism and democracy. Nova York: Harper & Row,</p><p>1942. v. 36, p. 132-145.</p><p>SCHUMPETER, J. A. The theory of economic development. Cambridge: Harvard University</p><p>Press, 1911.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos tratados, leia:</p><p>O artigo Das redes sociais à inovação, de Maria Inês Tomael et al ., Ciência da</p><p>Informação.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Yan Bernardes Vieites Castro dos Santos</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p>