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<p>UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO</p><p>ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS</p><p>DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS</p><p>LABORATÓRIO DE MADEIRAS E DE ESTRUTURAS DE MADEIRA</p><p>SET 613 -FÔRMAS DE MADEIRA PARA</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>Prof. Titular Carlito Calil Junior</p><p>São Carlos, agosto de 2005</p><p>Reimpressão</p><p>s</p><p>1 INTRODUÇÃO 1</p><p>1.1 PLANEJAMENTO E PROJETO DE FÔRMAS 1</p><p>1.2 UTILIZAÇÃO DAS FÔRMAS 3</p><p>1.3 CLASSiFICAÇÃO POR TIPO DE MATERIAL EMPREGADO 4</p><p>1.4 SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA 4</p><p>1.5 PATOLOGIA E RECOMENDAÇÕES DE PROJETO 4</p><p>2 MATERIAIS</p><p>2.1 MADEIRAS SERRADAS COMERCIAIS</p><p>2.2 CHAPAS DE MADEIRA COMPENSADA</p><p>2. 2.1 Generalidades</p><p>2.2.2 Parâmetros Elásticos e de Resistência da</p><p>Madeira Compensada</p><p>2.3 ACESSÓRIOS</p><p>2.3.1 Pregos</p><p>2.3.2 Tensores</p><p>2. 3. 3 Assessórios comerciais</p><p>3 SISTEMAS DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS</p><p>3.1 SISTEMA TRADICIONAL (ABCP)</p><p>3.2 SISTEMA TOSHIO UENO</p><p>3.3 SISTEMA FORMAPRÉ</p><p>3.4 SISTEMA FORMAPRONTA (MADEIRIT)</p><p>3.5 SISTEMA PRÁTIKA</p><p>3.6 SISTEMA GETHAL</p><p>3.7 FÔRMAS ESPECiAiS</p><p>3.8 CUIDADOS NA DESFORMA</p><p>5</p><p>5</p><p>8</p><p>8</p><p>12</p><p>14</p><p>14</p><p>16</p><p>16</p><p>19</p><p>19</p><p>23</p><p>25</p><p>26</p><p>29</p><p>31</p><p>36</p><p>37</p><p>4 AÇÕES EM FÔRMAS E ESCORAMENTOS DE MADEIRA</p><p>4.1 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL</p><p>4.1.1 Fôrmas para Lajes</p><p>4.1.2 Fôrmas para Vigas</p><p>4.1.3 Formas para Pilares</p><p>4.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO</p><p>4.2.1 Comportamento do Concreto</p><p>4.2.2 Peso do Concreto</p><p>4.2.3 Pega e endurecimento</p><p>4.2.4 Retração</p><p>4.3 AÇÕES NAS FORMAS E CIMBRAMENTOS</p><p>4.3.1 Peso Próprio das Fôrmas</p><p>4.3.2 Peso do Concreto Fresco</p><p>4.3.3 Sobrecargas</p><p>4.4 COMBiNAÇÃO DAS AÇÕES</p><p>4. 4.1 Estados Limites Últimos</p><p>4.4.2 Estados Limites de Utilização</p><p>4.4.3 Coeficientes para as combinações das ações</p><p>4.5 ESTUDO DA PRESSÃO LATERAL DO CONCRETO</p><p>4.5.1 Vigas</p><p>4.5.2 Pilares</p><p>5 PROJETO DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS DE MADEIRA</p><p>5.1 DADOS</p><p>5.1.1 Projeto Estrutural</p><p>5.1.2 Projeto de Fôrmas</p><p>5.2 FÔRMA E CIMBRAMENTO DAS LAJES</p><p>5.2.1 Painéis de laje</p><p>5.2.2 Combinações das ações</p><p>5.2.3 Dimensionamento do espaçamento entre transversinas</p><p>5.2.4 Dimensionamento do espaçamento entre pontaletes</p><p>5. 2. 5 Verificação dos pontaletes</p><p>5.3 FÔRMAS E CIMBRAMENTOS DAS VIGAS</p><p>5. 3. 1 Esquema geral</p><p>5. 3. 2 Esforços</p><p>5. 3. 3 Dimensionamento do espaçamento entre garfos no</p><p>fundo da viga</p><p>5. 3. 4 Dimensionamento do espaçamento dos garfos na</p><p>lateral da viga</p><p>...</p><p>39</p><p>39</p><p>39</p><p>39</p><p>40</p><p>40</p><p>40</p><p>40</p><p>40</p><p>40</p><p>41</p><p>41</p><p>41</p><p>41</p><p>42</p><p>42</p><p>42</p><p>42</p><p>43</p><p>45</p><p>45</p><p>47</p><p>47</p><p>47</p><p>47</p><p>49</p><p>49</p><p>50</p><p>50</p><p>53</p><p>55</p><p>57</p><p>57</p><p>58</p><p>59</p><p>60</p><p>5.4 FÔRMAS DOS PILARES 62</p><p>5. 4.1 Esquema geral 62</p><p>5.4.2 Ações a considerar 62</p><p>5. 4. 3 Dimensionamento do espaçamento entre sarrafos 64</p><p>5.4.4 Dimensionamento do espaçamento entre tensores 65</p><p>5.4.5 Posicionamento dos sarrafos e tensores no pilar 66</p><p>5.5 DETALHAMENTO DAS PEÇAS E DOS CORTES 67</p><p>5.5.1 Laje 67</p><p>5.5.2 Pilares 67</p><p>5.5.3 Vigas 68</p><p>5.5.4 Otimização dos cortes das chapas 68</p><p>5.5.5 Otimização das madeiras de pinus 70</p><p>6 EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE UM</p><p>PROJETO DE FÔRMAS 71</p><p>PREFÁCIO</p><p>Esta publicação foi especialmente desenvolvida para a disciplina de graduação</p><p>"Formas e cimbramentos de madeira", disciplina optativa oferecida pelo Laboratório de</p><p>Madeiras e de Estruturas de Madeira (LaMEM) do Departamento de Engenharia de</p><p>Estruturas (SET) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São</p><p>Paulo (USP)</p><p>Colaboraram nesta publicação os alunos do Programa de Aperfeiçoamento de</p><p>Ensino (P AE):</p><p>Giani Pfister (Iniciação Científica/1995)</p><p>F emando Okimoto (Programa P AE/96)</p><p>Guilherme Corrêa Stamato (Programa P AE/97 e 98)</p><p>São Carlos, agosto de 2005,</p><p>Prof. Dr. Carlito Calil Junior</p><p>LaMEM-EESC-USP</p><p>1 I</p><p>Denomina-se fôrmas a um conjunto de elementos cuja função é moldar as estruturas de concreto,</p><p>garantindo a obtenção das dimensões desejadas. Em essência, fôrmas são estruturas temporárias</p><p>destinadas a sustentar o concreto fresco até que o mesmo atinja resistência suficiente para ser auto</p><p>portante. As fôrmas devem suportar também a sobrecarga da concretagem, seu peso próprio, carga</p><p>oriunda de outros materiais, etc.</p><p>As fôrmas de concreto devem apresentar resistência suficiente para suportar esforços provenientes de</p><p>seu peso próprio, do peso e empuxo lateral do concreto, do adensamento, do trânsito de pessoas e</p><p>equipamentos, com rigidez suficiente para manter as dimensões e forma previstas no projeto de</p><p>estrutura para os elementos de concreto. Deve-se garantir sua estabilidade utilizando-se suportes e</p><p>contraventamentos.</p><p>As fôrmas devem ser estanques para evitar perda de água e fmos durante a concretagem, exceto no</p><p>caso de fôrmas absorventes, onde é feito o controle da drenagem do excesso de água utilizada para</p><p>aumentar a trabalhabilidade do concreto. Ainda, deve possibilitar o correto posicionamento da</p><p>armadura, um correto lançamento e adensamento do concreto, bem como garantir a segurança tanto</p><p>para os trabalhadores como para a estrutura de concreto.</p><p>Quanto ao acabamento, as fôrmas devem ter texturas conforme as eXJgencias de cada projeto,</p><p>especialmente nas estruturas de concreto aparente. Devendo-se observar sempre que a aderência da</p><p>fôrma/concreto deve ser a menor possível para facilitar a desforma, para tanto, as chapas de</p><p>compensado são geralmente tratadas com produto desmoldante, a fim de permitir a desforma sem</p><p>dailOS para o concreto e para as fôrmas. Assim, as fôrmas devem ser projetadas e construídas visando</p><p>a si.mplicidade, permitindo fácil desforma e reaproveitamento.</p><p>As fôrmas são estruturas provisórias, que têm três funções principais: dar forma ao concreto,</p><p>proporcionar a superfície do concreto a textura requerida e suportar o concreto fresco até que ele</p><p>adquira capacidade auto suporte.</p><p>1.1 PLANEJAMENTO E PROJETO DE FÔRMAS</p><p>O planejamento das fôrmas busca determinar o que fazer, onde fazer e quando fazer. O projeto</p><p>busca estabelecer como fazer. Assim, um planejamento de fôrma inicia-se pela análise e estudo dos</p><p>desenhos geométricos das estruturas à construir, resultando dai a primeira estimativa do que fazer,</p><p>através da escolha do esquema mais econômico para cada caso.</p><p>Esta etapa é muitas vezes fornecida ao construtor através de uma proposta de um projetista ou firma</p><p>especializada. É apresentada a idéia do método ou sistema escolhido, uma previsão de custo unitário,</p><p>uma previsão do volume total de serviços, índices de mão-de-obra e uma estimativa de tempo para</p><p>execução.</p><p>Isto permite comparar os métodos alternativos, e escolher a linha de planejamento a adotar. Isto</p><p>definido, é feita a programação propriamente dita do reaproveitamento.</p><p>Como uma indicação básica, poderíamos seguir o roteiro de planejamento:</p><p>,. Estudo e análise da estrutura projetada.</p><p>e Divisão da obra em zonas de serviço, em planta e em corte, em função de suas características</p><p>semelhantes, quantidades aproximadamente iguais de serviços e os respectivos volumes destes.</p><p>e Determinar os prazos mínimos de execução da fôrma, armação, concretagem e desforma em</p><p>função do quantitativo de cada zona.</p><p>e Determinar os tempos necessários a execução dos demais serviços de estrutura.</p><p>e Estabelecer o prazo ótimo para a execução total da estrutura.</p><p>e Estabelecer o cronograma e os planos de reutilização das fôrmas em função dos dados anteriores.</p><p>e Prever as quantidades de materiais necessários para a execução do projeto dos moldes, de acordo</p><p>com as áreas totais de fôrmas.</p><p>e Prever as necessidades e utilização de equipamentos pesados quando necessário.</p><p>e Determinar uma especificação básica para os materiais a serem utilizados na execução do projeto.</p><p>e Estimar o custo planejado para comparações com dados existentes.</p><p>e Revisão das etapas do planejamento e reajustes necessários.</p><p>Conforme já dito anteriormente, após o planejamento devemos ter um plano que indique ao</p><p>engenheiro do campo, o que, onde e quando fazer.</p><p>O projeto, consiste no conjunto de elementos que permitam elucidar junto ao pessoal encarregado de</p><p>executá-lo, todos os detalhes de como executar as fôrmas.</p><p>Muito tempo e dinheiro podem ser economizados quando</p><p>MPa</p><p>Yconc = 25 kN/m3 (concreto armado)</p><p>5.1.2 Projeto de Fôrmas</p><p>10</p><p>Corte AA</p><p>250</p><p>O projetista deve especificar os materiais que serão utilizados nas estruturas</p><p>de fôrmas e cimbramentos: classe de resistência da madeira maciça, tipo de chapa</p><p>de compensado, fabricante, espessura, etc. O dimensionamento é feito baseado nas</p><p>características destes materiais, assim, a utilização de outros materiais, com</p><p>diferentes características podem debilitar ou encarecer a estrutura.</p><p>Material: Madeira Maciça classe C 25: pc2s = 5,50 kN/m3</p><p>Ee2s = 850 kN/cm2</p><p>47</p><p>Madeira Compensada 12mm:pcomp = 5,50 kN/m3</p><p>(Madeirit) 122cm X 244cm</p><p>fc,m,comp = 3,00 kN/cm2</p><p>Q d 51 ua ro espec1 1caçoes d f; b . o a ncante: F t C t'l on e: a a ogo M d. ·t a e1n</p><p>Espessura Nominal (mm)/ Número de Lâminas 12/09</p><p>Tensão de Ruptura à flexão- <Jrup=(kgf/cm2</p><p>) 11 650,36</p><p>..L 401,12</p><p>Tensão admissível à flexão - <Jadm (kgf/cm2</p><p>) 11 180,02</p><p>..L 100,92</p><p>Módulo de elasticidade à flexão- c (kgf/cm2</p><p>) 11 87156</p><p>..L 41080</p><p>Bitola Média para efeito de cálculo (mm) 12,00</p><p>Tolerância (mm) 0,50</p><p>Módulo de Resistência em 1 cm2</p><p>- W ( cm3</p><p>) 0,240</p><p>Módulo de Inércia em 1 cm2</p><p>- I ( cm4</p><p>) 0,144</p><p>Para o dimensionamento das estruturas de fôrmas e cimbramentos, é</p><p>necessário que se considere sobrecargas devido à: circulação de pessoas e</p><p>equipamentos, acúmulo de concreto em pequenas regiões, impacto no despejo de</p><p>concreto, etc. O valor desta sobrecarga pode ser adotado de acordo com o item 4.3,</p><p>tendo atenção para casos extraordinários onde a sobrecarga pode ultrapassar estes</p><p>valores.</p><p>Sobrecargas: Circulação: qcirc = 2 kN/m2</p><p>Vibração e Impacto: qv; = (10%) gc</p><p>Disposições: Deslocamentos (estado limite de utilização):</p><p>ô.rnáx ::; L/500</p><p>Esquemas Estáticos: bi-apoiada</p><p>2 tramos</p><p>3 tramos ou mais</p><p>bi-apoiada 3 ou + tramos</p><p>lllllllllllllllllllllllllllllp lllllllllllllllllllllllliilllp</p><p>Esquema l i</p><p>Flecha a</p><p>L</p><p>4 5-p·L</p><p>384· E· I</p><p>a</p><p>4 p·L</p><p>185-E·I</p><p>48</p><p>5.2 FÔRMA E CIMBRAMENTO DAS LAJES</p><p>Para o dimensionamento das fôrmas e cimbramentos das lajes, deve-se seguir um</p><p>roteiro lógico, que pode ser resumido como sendo: posicionamento das chapas de</p><p>madeira compensada, dimensionamento dos espaçamentos entre transversinas,</p><p>dimensionamento dos espaçamentos entre pontaletes e verificação da estabilidade</p><p>dos pontaletes.</p><p>5.2.1 Painéis da Laje</p><p>• Distribuição das chapas</p><p>Nesta etapa, deve-se buscar a melhor distribuição das chapas para cada laje,</p><p>evitando o cortes desnecessários e procurando reaproveitar retalhos de chapas</p><p>cortadas de outras lajes. É importante lembrar da faixa de reescoamento para lajes</p><p>onde o menor vão ultrapasse 3,0 metros.</p><p>obs: transversinas paralelas ao menor</p><p>lado</p><p>• Esquema Estático: biapoiada</p><p>O cálculo do espaçamento entre transversinas pode ser feito considerando viga</p><p>biapoiada (+conservador), ou viga com vários apoios( +exato). Quando o cálculo</p><p>for feito considerando-se vigas contínua, deve-se garantir que esta condição exista</p><p>em todos os tramos, ou adotar espaçamentos diferentes para cada situação. Para</p><p>este exemplo, os cálculos serão feitos considerando-se viga biapoiada.</p><p>we</p><p>b</p><p>Transversina Transversina</p><p>49</p><p>5.2.2 Combinações das ações:</p><p>A norma NBR 7190197 "Projeto de estruturas de madeira" especifica as</p><p>combinações das ações que devem ser feitas a fim de se encontrar o valor de</p><p>projeto das ações. As combinações usuais para estruturas de fôrmas e</p><p>cimbramentos estão apresentadas abaixo.</p><p>- peso do concreto armado</p><p>gconc = Yconc X h.Jaje</p><p>= 25 x O, 10 = 2,50 kNim2</p><p>- peso próprio das chapas</p><p>gcomp = Ycomp X e</p><p>= 5,5 x 0,012 = 0,07 kNim2</p><p>(pode ser desprezado devido à pequena magnitude)</p><p>- sobrecarga: circulação</p><p>qcírc = 2,00 kNim2</p><p>e combinação para o estado limite último:</p><p>F, = y Q [ FQ,,, +~'li Oj.clFQj,,]</p><p>qd = 1,2[ qconc + 0,7 X qcirc] = 1,2[2,5 + 0,7 X 2,0] = 4,68 kN I m 2</p><p>= 4,68xl04 kNicnr</p><p>e combinação para o estado limite de utilização:</p><p>m</p><p>qd.utí = FQl,k +L 1Jf l.lQi.k</p><p>j=2</p><p>2 qd,uti = qconc + 0,6 X qcirc = 2,5 + 0,6 X 2,0 = 3,70 kN I m</p><p>= 3,70xl0·4 kNicnr</p><p>5.2.3. Dimensionamento do espaçamento entre transversinas: (LT)</p><p>O cálculo do espaçamento entre transversinas é feito considerando-se o Estado</p><p>Limite de Utilização, caracterizado pela flecha máxima admitida para estruturas de</p><p>fôrmas (LI500). Em seguida, deve-se verificar a resistência do material (Estado</p><p>Limite Último) para este espaçamento. O espaçamento das tranversinas é calculado</p><p>em função da flecha e do momento fletor na chapa de compensado.</p><p>50</p><p>•Estado Limite de Utilização:</p><p>Esquema estático:</p><p>Pct,uti = qd,uti xb</p><p>e</p><p>b = largura unitária</p><p>a=</p><p>4</p><p>5·Pd,uti ·LT</p><p>384·E·I</p><p>:::; LT</p><p>500</p><p>[</p><p>384 ·E · b · e3 ]73' L < cornp</p><p>T- 5·500·12·(qd,utixb)</p><p>Obs.: - preferir espaçamentos iguais</p><p>- transversinas sob emendas das chapas</p><p>- configurações de apoios</p><p>LT :::; [ 384.871,56 ·1,2</p><p>3 ]73'</p><p>5. 500 ·12. (3,70 -10-4</p><p>)</p><p>LT :::; 37,3 em</p><p>esp. =</p><p>244</p><p>6</p><p>= 40,7 ou esp. =</p><p>244</p><p>7</p><p>=> 6 espaçamentos iguais de 40,7 em</p><p>ou 7 espaçamentos iguais de 34,9 em</p><p>34,9</p><p>Para que se possa encaixar 6 transversinas no comprimento de 244cm</p><p>(comprimento da chapa de compensado, aproxima-se para 40,7cm o espaçamento</p><p>entre transversinas ) . Este aumento é permitido quando consideramos que a largura</p><p>do apoio interno é de 12,5cm e o externo de 3.7cm (figuras a seguir) e não pontual</p><p>como se admite teoricamente.</p><p>51</p><p>Seção da</p><p>Transversina</p><p>2.5cm I 7.5cm I 2.5cm</p><p>~( )~</p><p>12,5cm</p><p>( )</p><p>Interno</p><p>• Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático:</p><p>11111111111111111111111111111111111111mm</p><p>,l J J2.5cm</p><p>Externo</p><p>e</p><p>Sarrafo do</p><p>painel da viga</p><p>b = largura unitária</p><p>pct = 4,68xl0-4xb kN/cm</p><p>P x12</p><p>M=-"--"'-d __</p><p>8</p><p>qd xbxL~</p><p>M h 8 h qdxL~x3 4,68xlü-4 x40,72 x3</p><p><J=-X-= X-= =-'--------</p><p>I 2 bxh3 2 4xh2 4x122</p><p>'</p><p>12</p><p>cr=0,40kN/cm2</p><p>fc,m.comp = 3,00kN/cm2</p><p>fc.k,comp = 0,7x3,00 = 2,1 kN/cm2</p><p>kmoct,l =O, 9 ( carregamento de curta duração)</p><p>kmoct,2 = 0,8 (classe de umidade 4)</p><p>kmoct,3 = 0,8 (sem prévia classificação das peças)</p><p>f = kmod X fc,k,comp = 2,10x0,58 =o 86kN I cm2</p><p>c,d,comp 14 '</p><p>Yw '</p><p>Portanto, cr=0,40kN/cm2 < fc.ct,comp, não atingindo o estado limite último.</p><p>\</p><p>52</p><p>Assim, a distribuição das transversinas fica:</p><p>~ ~ ~ ,-- -- -~</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>t·- --~</p><p>........ ...... ...... .........</p><p>I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>I I</p><p>~~</p><p>1</p><p>L</p><p>1</p><p>L</p><p>.I 6 x 40,7 = 244cm</p><p>No cálculo do espaçamento das transversinas também pode-se considerar</p><p>viga contínua, desde que se garanta que todas as chapas estejam apoiadas em pelo</p><p>menos 3 transversinas (viga contínua de 2 tramos). Neste caso, a verificação do</p><p>Estado Limite Último pode tornar -se crítico.</p><p>5.2.4 Dimensionamento do espaçamento entre pontaletes: LP</p><p>Assim como cálculo do espaçamento entre transversinas, o cálculo do espaçamento</p><p>entre pontaletes é feito a partir do Estado Limite de Utilização, verificando-se em</p><p>seguida o Estado Limite Último. Este cálculo é feito em função da flecha e do</p><p>momento fletor na tranversina.</p><p>• Distribuição das transversinas</p><p>Área de influência de</p><p>uma transversina</p><p>53</p><p>e Seção adotada para as transversinas</p><p>2,5cm i 7,5cm I 2,5cm</p><p>~( )~</p><p>12,5cm</p><p>( )</p><p>Propriedades:</p><p>A= 2x(2,5 x15) = 75 cm 2</p><p>I= 2x 2'5 xl</p><p>53</p><p>= 1406 em 4</p><p>12</p><p>e~Estado Limite de Utilização:</p><p>Esquema estático:</p><p>Pct,uti = qd,uti X b</p><p>lllllllllllllllllll! i lllllllllllllllllllllll</p><p>4</p><p>a = 5 · Pd,uti · Lp ::; Lp</p><p>384 · Ec25 ·I 500</p><p>L< 384·Ec25 ·/</p><p>[ ]</p><p>X</p><p>p- 5·500-(pd,utixb)</p><p>pct,uti = qct.uriXb = qct.utiXLT = 3,70xl04 x40,7 = 0,015lkN/cm</p><p>L :::;[ 3s4-s5o,oo-14o6Jx</p><p>p 5-500·0,0151</p><p>LP = 230cm</p><p>e Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático:</p><p>llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll</p><p>Lp</p><p>54</p><p>pct = 4,68xl0-4x40,7 = 0,019 kN/cm</p><p>M = pdxz2</p><p>8</p><p>M h</p><p>(Y=-X-=</p><p>I 2</p><p>8 xh = 0,019x230</p><p>2</p><p>x7,5 =0,67kN/cm2</p><p>I 2 8x1406</p><p>fc.k.C25 = 2,5 kN/cm2</p><p>kmoct.I=0,9 (carregamento de curta duração)</p><p>kmoct.z = O, 8 (classe de umidade 4, madeira verde)</p><p>kmoct.3</p><p>= 0,8 (sem prévia classificação das peças)</p><p>f _ kmod xfc,k,C25 _ 0,58x2,50 _ 104kN/ 2</p><p>c d C25 - - - , em</p><p>'' Yw 1,4</p><p>Portanto, cr=0,67kN/cm2 < fc.ct , é inferior o estado limite último, adota-se 1</p><p>pontalete no meio do vão (lembrar que as transversinas já estão apoiadas nas</p><p>extremidades sobre as guias fixadas nos garfos).</p><p>-- -- --</p><p>i</p><p>~--</p><p>5.2.5 Verificação dos Pontaletes</p><p>u</p><p>Pontaletes apoiando</p><p>as transversinas</p><p>LP.real = 122 em</p><p>Tendo dimensionado o espaçamento entre os pontaletes, é possível avaliar a carga</p><p>aplicada longitudinalmente a cada uma destas peças. Em geral, estas peças são</p><p>classificadas como peças longas, e a verificação da estabilidade deve ser feita como</p><p>segue:</p><p>55</p><p>• Ações</p><p>I</p><p>I</p><p>t--</p><p>I</p><p>, __ I -- --</p><p>Área de influência</p><p>dos pontaletes</p><p>carga atuante: Pp.ct = LT.reai X LP.real X qct = 122 X 40,7 X 4,68xl0-4 = 2,32 kN</p><p>• Geometria</p><p>1~ 7,5 em ~I</p><p>Propriedades:</p><p>A= (7,5 x7,5) = 56,3 cm2</p><p>7 5 x7 5 3</p><p>I= ' ' = 263 7 cm 4</p><p>12 '</p><p>. 263,7</p><p>lmin = 56,3 = 2,16 em</p><p>270</p><p>A-=--= 125 < 140 peça longa</p><p>2,16</p><p>• Verificação da estabilidade</p><p>Pp = 2,32 kN</p><p>1-</p><p>L</p><p>11 ( 7,5 x7,5)</p><p>n2 x Eco m xi n2 x 850,00x 263,7 %= , =------</p><p>Lõ 2702</p><p>% =30,35kN</p><p>el,ef = e1 + ec = ei + ea + ec</p><p>ei =O</p><p>ec = O não existe cargas permanentes</p><p>e = 270/ =O 9cm ou e -7,5/ -O 25cm</p><p>a 1300 ' a - /30- '</p><p>el,ef = 0,90</p><p>(</p><p>30,35 ) Md =2,32x0,9</p><p>7 7</p><p>=2,2~kN.cm</p><p>30,35-_,3_</p><p>56</p><p>a a</p><p>___!:::!5!_ + _!:!!!_ ::; 1 'o</p><p>fc.d fc.d</p><p>_ Md h_ 2,26x7,5 _ 0037kN/ 2</p><p>crMd --X-- - ' - em</p><p>I 2 263,7x2</p><p>Nd 2,32 2</p><p>O'Nd = --= = 0,041kN I em</p><p>hxb 7,5x7,5</p><p>0,032 + 0,041 =O 07 <lO [OK]</p><p>1,04 1,04 ' '</p><p>5.3 FÔRMAS E CIMBRAMENTO DAS VIGAS</p><p>O roteiro para o dimensionamento das fôrmas e cimbramentos das vigas se baseia</p><p>no cálculo do espaçamento entre garfos. O cálculo destes espaçamentos também é</p><p>feito a partir da flecha máxima permitida paro o Estado Limite de Utilização</p><p>(L/500), verificando-se a resistência para o Estado Limite Último.</p><p>Sendo os painéis das laterais e de fundo das vigas independentes, submetidos a</p><p>carregamentos diferentes e com geometrias e rigidez diferentes, é de se esperar que</p><p>os espaçamentos entre os garfos sejam diferentes, porém isto é inviável para a</p><p>execução. Assim sendo, a solução mais simples é a adoção do menor espaçamento</p><p>calculado para os dois casos. Outras soluções podem ser dadas para otimizar o uso</p><p>dos materiais, como o enrigecimento das seções, a adoção de gravatas, colocação</p><p>de tensores, etc.</p><p>5.3.1 Esquema geral</p><p>Lateral da</p><p>viga</p><p>Fundo da</p><p>viga</p><p>garfo</p><p>concreto</p><p>Forma</p><p>da laje</p><p>57</p><p>5.3.2 Esforços</p><p>qh,d (2/3H)</p><p>(2/3 H) = 20 em</p><p>30 em M</p><p>IT1ll 20 em</p><p>B D</p><p>qv - Pressão vertical ( qv.ct e qv.ct.uti)</p><p>qh.máx - Pressão máxima horizontal ( qh.máx e qct.máx.uti)</p><p>q2!3H- Pressão equivalente a altura 2/3H (q213H,ct e qz;3H.ct.uti)</p><p>• pressão vertical</p><p>qv.d,uti = (qconcr +1Jf1Xqvib)H = (25 + 0,6x0,1x25)0,30 = 7,95 kN/m2</p><p>qv.d = yq(qconcr + \!foXqvib)H = 1,2(25,0 + 0,7X2,5)0,30 = 9,63 kN/m2</p><p>• pressão horizontal</p><p>qh.máx = qvxk, onde: k é o coeficiente de empuxo lateral :</p><p>1- senç& 1- sen15°</p><p>k= = =06</p><p>1+senç& 1+sen15° '</p><p>qh.máx.mi = 7,95 x 0,6 = 4,77 kN/m2</p><p>qh.máx = 9,63 X 0,6 = 5,78 kN/m2</p><p>A pressão de projeto deve ser tomada com o valor da pressão a 2/3 da altura</p><p>H.</p><p>qh,d,uti = qh.máx X 2/3 = 4, 77 X 2/3 = 3,18 kN/m2</p><p>qh.d = qh X 2/3 = 5,78 X 2/3 = 3,85 kN/m2</p><p>58</p><p>5.3.3 Dimensionamento do espaçamento dos garfos no fundo da viga: (LG,I)</p><p>O dimensionamento do espaçamento entre garfos é realizado para o fundo</p><p>da viga e para as laterais, adotando-se no final o menor espaçamento encontrado</p><p>entre os dois casos. O cálculo deste espaçamento também é feito levando-se em</p><p>consideração a flecha limite (L/500) como estado limite de utilização:</p><p>" Seção do fundo da viga:</p><p>1,2 em</p><p>2,5 em</p><p>15 em</p><p>~j</p><p>Pv</p><p>1 I I I l</p><p>Ii I I i</p><p>~~5 enl5 em+5 e~~</p><p>" Ações - carga linearmente distribuída:</p><p>pv.d.uri = 7,95 X 0,15 = 1,19 kN/m = 0,0119 kN/cm</p><p>pv.ct = 9,63 x 0,15 = 1,44 kN/m = 0,0144 kN/cm</p><p>" Geometria:</p><p>C.G.:</p><p>1,2 X Í 5 X 0,6 + 2 X 2,5 X 5 X 2,45</p><p>y = = 168 em</p><p>CG 1,2 X 1 5 + 2 X 2,5 X 5 '</p><p>Inércia: 3,7</p><p>3</p><p>x15 [5 x2,5</p><p>3 ( )2] ~=</p><p>12</p><p>-</p><p>12</p><p>+5x2,5x 2,45-1,68 =;:_,~_cm 4</p><p>M. de Elasticidade: Ecomp = 871,56 kN/cm2 e Ec2s = 850,00 kN/cm2</p><p>" Estado Limite de Utilização:</p><p>Esquema estático:</p><p>P.d.uti = 1,19 kN/m</p><p>llllillllllllllllllil!llllllllllllllllllllll</p><p>garfos garfos</p><p>LG,1 I</p><p>~-----7</p><p>4</p><p>5 X Pv d uti X LG 1 LG 1 a= , , , ~--'</p><p>384xExi 500</p><p>59</p><p>L</p><p>_ 384xExi _</p><p>3</p><p>384x850,00x49,4_</p><p>815 G,l- 3 - - , em</p><p>500 X5 X Pv,d,uti 500 X 5 X 0,0119</p><p>• Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático:</p><p>Pv.d = 1 ,44 kN/m</p><p>111111111111111111111111111111111 i 1111111111</p><p>I LG,1</p><p>~--~</p><p>Pv d X 12</p><p>M=--''--</p><p>8</p><p>2</p><p>Pv,d xLG,l</p><p>a =-M x h =---'8"---_XE_ = 0,0145x81,5</p><p>2</p><p>x1,85 = 0,45kN 1 cm2</p><p>I 2 I 2 8x49,4</p><p>Portanto a< fc.d, [OK]</p><p>5.3.4 Dimensionamento do espaçamento dos garfos na lateral da viga: (Lc,z)</p><p>• Seção da lateral da viga:</p><p>Ph.d</p><p>(2/3 H) 20 em</p><p>30 em</p><p>Ph,máx</p><p>• Ações - carga linearmente distribuída:</p><p>ph.d,uti = qh.d.uti X b = 3,18 X 0,30 = 0,95kN/m = 0,0095 kN/cm</p><p>ph.ct = qh.d x b = 3,85 x 0,30 = 1,15kN/cm = 0,0115 kN/cm</p><p>60</p><p>111 Geometria:</p><p>Inércia:</p><p>b X 8</p><p>3 30 X 1 ,23</p><p>4 i =</p><p>12</p><p>=</p><p>12</p><p>= 4,32 em</p><p>M. de Elasticidade: E = 871,56 k:N/cm2 (do compensado)</p><p>111 Estado Limite de Utilização</p><p>Esquema estático:</p><p>Ph,d,uti = b x qh,d,uti = 0,0095 kN/cm</p><p>1111111111111111111111111111111 11 11111111111 -----e</p><p>garfos garfos</p><p>LG,2 I</p><p>1-<E--------7</p><p>b</p><p>4</p><p>5 X Ph d uti X LG 2 LG 2 a= , , , ::;-'-</p><p>384 X Ecomp X I 500</p><p>384 X Ecomp X I 384 X 871,56 X 4,32</p><p>LG,2 = 3 = 3 = 39cm</p><p>500 X 5 X Ph d uti 500 X 5 X 0,0095</p><p>' '</p><p>111 Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático:</p><p>2</p><p>M = Pd xl</p><p>8</p><p>M h</p><p>cr=-x-=</p><p>I 2</p><p>Ph.ct = 1,15 kN/m</p><p>11111!!1111111111111111 i! 11111 i 1111111111111</p><p>xL2</p><p>Ph,d G,Q_.</p><p>2</p><p>8 XE_= 0,0115x39 x0,6 =OJOkN /cm2</p><p>I 2 8x4,32</p><p>Portanto cr < fc.ct, [OK]</p><p>Portanto adota-se o espaçamento entre os garfos de 40,7 em. Observa-se porém que</p><p>LG.I é aproximadamente o dobro de LG.z. Neste caso, poderia se pensar em alguma</p><p>61</p><p>'</p><p>alternativa para diminuir o número" de garfos, adotando-se elementos de suporte</p><p>para a parede da viga entre um garfo e outro.</p><p>5.4 FÔRMAS DOS PILARES</p><p>O dimensionamento das formas dos pilares é feito em duas etapas: cálculo do</p><p>espaçamentos entre sarrafos e cálculo dos espaçamentos entre tensores.</p><p>5.4.1 Esquema geral</p><p>Vista Frontal</p><p>5.4.2 Ações a considerar</p><p>-r--- Sarrafo</p><p>Vista Lateral</p><p>Pilar de Concreto</p><p>Compensado</p><p>• Pressões do concreto (pressões horizontais ):</p><p>(Janssen)</p><p>62</p><p>onde:</p><p>y é o peso específico do concreto, já com as combinações das ações:</p><p>yct.uti = Yconcr + 1jflXYvib = 25,0 + 0,6x2,5 = 26,5 kN/m3</p><p>Yct = yq(yconcr + 1jfoXyvib) = 1,2(25,0 + 0,7x2,5) = 32,1 kN/m3</p><p>- )l é o coeficiente de atrito concreto/parede da forma</p><p>11 = tan<j>' = tanl0° = 0,176</p><p>- R é o raio hidráulico da seção</p><p>R = A = area = a x b = 15 x 30 = 5 em</p><p>R perímetro 2(a+b) 2(15+30)</p><p>1-sen~ 1-sen15°</p><p>- k é o coeficiente de empuxo lateral : k = = = O 6</p><p>1 + sen~ 1 + sen15° '</p><p>No caso de painéis de pilares: z = H, que é a altura total do pilar a ser</p><p>preenchida em uma única concretagem, em geral é igual à cota do piso superior</p><p>menos a cota do piso atual, que no presente caso é 280 em.</p><p>Substituindo-se estes valores na equação de Janssen:</p><p>__ 26,5x0,05 1_- 0,05 _ 751 kN/ 2_ 75110-4kN/ 2 l (0,176x0,6x2,80) l</p><p>q h d ut1 - ---- e - , m - , · em , , 0,176</p><p>8,00</p><p>7,00</p><p>~ 6,00 -z 5,00</p><p>~ -o 4,00</p><p>tctl</p><p>111 3,00</p><p>111</p><p>(!)</p><p>2,00 ,_</p><p>a.</p><p>1,00</p><p>0,00</p><p>Pressões horizontais</p><p>I I I I</p><p>I</p><p>~</p><p>v~</p><p>v</p><p>I</p><p>I</p><p>o o o o o o o o o o</p><p>o C\1 '<t c.o CX)</p><p>6 6 6 6 6</p><p>o_ C\1 -.:t c.o co</p><p>-r- ~ .,.- .,..- .,...-</p><p>Altura z (m)</p><p>I I l</p><p>63</p><p>qh d = 32</p><p>•</p><p>1</p><p>x</p><p>0</p><p>·</p><p>05</p><p>1- e- 0•05 = 9,09 kN I m 2 = 9 09-10-4 kN I cm2</p><p>r</p><p>(0,176x0,6x2,80J l</p><p>' 0,176 '</p><p>• Geometria:</p><p>3 3</p><p>I _ b X e _ b X 1,2 _ Ü 144 b 4 ---- - x em</p><p>12 12 '</p><p>5.4.3 Dimensionamento do espaçamento entre sarrafos:</p><p>(Ls)</p><p>O cálculo do espaçamento entre sarrafos é feito em função da flecha (E.L.Util.) na</p><p>chapa de compensado. Este espaçamento deve ser verificado para o Estado Limite</p><p>Último.</p><p>• Estado Limite de Utilização</p><p>Esquema estático:</p><p>Ph,d,uti = b x qh,d,uti = 7,51 x1 o·4xb kN/cm</p><p>11111111111111111111111111111111111111111111 -----e</p><p>b</p><p>Ls</p><p>4</p><p>a= 5xph,d,uti xLs ~ Ls</p><p>384xExl 500</p><p>,-----------------</p><p>L =</p><p>3</p><p>384xExi</p><p>s</p><p>384x410,82x0,144xb =</p><p>23</p><p>cm</p><p>500x5x7,5lxl0-4 b 500x5xph.d.uti</p><p>Adota-se Ls = 19 (3 linhas de sarrafos)</p><p>• Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático:</p><p>Ph.d= 9,09x1 o·4xb kN/cm</p><p>llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll</p><p>64</p><p>')</p><p>Ph d x I-</p><p>M=-''----</p><p>8</p><p>2</p><p>Ph,d XLs</p><p><J = _M x.!: = ---"'-8 __ x.!: = 9,09 xl0-4 xbxl92 xO 6 =O 17kN I cm2</p><p>I 2 I 2 0,144xbx8 ' '</p><p>Portanto (J < fc.d.comp [OK]</p><p>5.4.4 Dimensionamento do espaçamento entre tensores: {Ltens)</p><p>O cálculo do espaçamento entre tensores é feito em função da flecha máxima</p><p>(E.L.Util.) permitida para os sarrafos. Este espaçamento deve ser verificado para o</p><p>E. L Último.</p><p>• Seção do sarrafo</p><p>5em</p><p>2,5 em~ 2,5 em</p><p>Área:</p><p>Momento de inércia:</p><p>S = 2 x ( 2,5 x 5 ) = 25 cm2</p><p>2,5x5 3</p><p>I = 2 x = 52, 1 cm4</p><p>12</p><p>• Estado Limite de Utilização</p><p>Esquema estático do sarrafo</p><p>Ph,d,uti = qh,d,ut;Xls =7,51 x1 0.4 x19 = 0,0143 kN/cm</p><p>1-</p><p>tensor</p><p>L tens</p><p>tensor</p><p>:: ( 2 X 2,5 X 1 O)</p><p>65</p><p>4</p><p>a= 5 X Ph,d,uti X Ltens :::; Ltens</p><p>384xExl 500</p><p>L</p><p>_</p><p>3</p><p>384xExl _ 3 384x850,00x52,1 =?8 ~s- - em</p><p>500x5xph d uti 500x5x0,0143</p><p>' '</p><p>adota-se 4 tensores</p><p>• Verificação do Estado Limite Último:</p><p>Esquema estático do sarrafo</p><p>Ph.d= qh,d xls =9,09x10"4 x19 = 0,0173 kN/cm</p><p>2</p><p>M = _P-'h,c:.:_d_x_z_</p><p>8</p><p>1-</p><p>tensor</p><p>L tens</p><p>tensor</p><p>: ( 2 X 2,5 X 1 O)</p><p>x r2 Ph,d LJ[ens</p><p>2</p><p>a= M x h= 8 x h= 0,0173x78 x1= 0,63kN I cm2</p><p>I 2 I 2 5 2,1 X 8 2</p><p>Lembrando que fc.d,C25 = 1, 04 kN I cm2</p><p>Portanto cr < fc,d [OK]</p><p>5.4.5 Posicionamento dos sarrafos e tensores no pilar</p><p>119cm</p><p>26cml~.--~~---7-8_c_m ____ ~_l~ ___ 2_:_:_:_: ____ ~_l~ _____ 78--cm----2-~~_c_m~:l</p><p>66</p><p>5.5 DETALHAMENTO DAS PEÇAS E DOS CORTES</p><p>Para a utilização do projeto no canteiro de obras, o detalhamento das peças e dos</p><p>cortes das chapas deve ser feito com o máximo de precisão e clareza, o objetivo</p><p>desse detalhamento é a otimização da utilização do material, diminuindo as perdas e,</p><p>consequentemente, os custos.</p><p>5.5.1 Laje</p><p>Os desenhos de locação das peças das longarinas estão apresentados no decorrer do</p><p>exemplo.</p><p>2 pçs</p><p>}'</p><p>5 pçs [l 7,5X7,5</p><p>10 pçs o 2,5 X 15</p><p>20 pçs c:::::J IJ 2,5 X 10</p><p>30 pçs = [l 7,5X7,5</p><p>I·</p><p>244</p><p>·I ~ .I ~I 240</p><p>270</p><p>5.5.2. Pilares</p><p>8 pçs 4 pçs 4 pçs 8 pçs 4 pçs</p><p>[] I60 ~ 20 tl48,5 I60 28,5</p><p>6,5 21 15 w 17,5</p><p>220 45</p><p>4 pçs</p><p>D ]!8,5</p><p>45 15 15</p><p>40 pçs [] 2,5X5</p><p>16 pçs [] 2,5X5</p><p>8 pçs [] 2,5X5</p><p>248,5 ! I 268,5</p><p>280</p><p>!</p><p>67</p><p>5.5.3. Vigas</p><p>2 pçs 2 pçs</p><p>15 33,5</p><p>I·</p><p>244</p><p>·I I·</p><p>244</p><p>·I</p><p>2 pçs 2 pçs</p><p>33,5</p><p>I·</p><p>214</p><p>·I I·</p><p>199</p><p>·I</p><p>2 pçs 20 pçs [] 7,5 X7,5</p><p>22,5 20 pçs [] 7,5 X7,5</p><p>I· ·I</p><p>244 I:</p><p>263</p><p>275 -I .I</p><p>2 pçs</p><p>4 pçs [] 2,5X5</p><p>22,5</p><p>4 pçs [] 2,5X5</p><p>I· ·I</p><p>199</p><p>4 pçs</p><p>4 pçs</p><p>[] 2,5X5</p><p>[] 2,5X5</p><p>60 pçs c::::::J [] 2,5 X 10</p><p>35</p><p>199</p><p>212</p><p>242</p><p>5.5.4 Otimização dos cortes das chapas</p><p>2 pçs</p><p>122</p><p>244</p><p>68</p><p>2 pçs</p><p>33,5</p><p>33,5</p><p>""''""~~,~~""'</p><p>122</p><p>22,5</p><p>"'"'""~~-~</p><p>,, .. , ..</p><p>15</p><p>'-············</p><p>15</p><p>244</p><p>4 pçs</p><p>45</p><p>122</p><p>45</p><p>15</p><p>15 244</p><p>1 pç</p><p>22,5</p><p>22,5</p><p>15 122</p><p>15 28,5 28,5</p><p>45</p><p>60 60 244 60 60</p><p>69</p><p>1 pç</p><p>45</p><p>60 60 60 60</p><p>122</p><p>244</p><p>Portanto utilizar-se-á 9,5 chapas de compensado 12mm.</p><p>5.5.5. Otimização das madeiras de Pinus</p><p>Tabela de Madeira</p><p>Seção 2,5 X 5 2,5 X 10 2,5 X 15 7,5 X 7,5</p><p>40 X 280 60 X 35 10 X 240 20 X 275</p><p>16 X 268,5 20 X 25 5 x270</p><p>L 8 X 248,5 20 X 263</p><p>4 x244 30 X 15</p><p>4 x242</p><p>4 X 212</p><p>4 X 199</p><p>L total (m) 210,7 26,0 24,0 125,6 Total</p><p>Volume (m3</p><p>) 0,263 0,065 0,090 0,707 1,13</p><p>70</p><p>6 EXEM DE DETALHAMENTO DE</p><p>ETO DE FÔRMAS</p><p>A seguir estão apresentadas três plantas de locação de peças e detalhes da</p><p>distribuição das chapas de compensado das formas de lajes, posicionamento das</p><p>transversinas e pontaletes das lajes, e posicionamento dos garfos. Para um projeto</p><p>completo, deve-se incluir no caderno de montagem o detalhamento de cada tipo de</p><p>garfo e de pontalete, especificando na planta de locação seu posicionamento. Deve-se</p><p>incluir também recomendações de montagem e de desforma, lista de material total e</p><p>de cada elemento, incluindo quantidade de madeira, número de chapas de</p><p>compensado, quantidade de pregos, de tensores, etc. É importante também</p><p>especificar claramente a qualidade do material que deve ser utilizado, evitando que se</p><p>utilize material com características inferiores às previstas no projeto.</p><p>Na desforma devem ser tomados cuidados especiais, recomendando-se:</p><p>começar pelas vigas retirando-se a guia de nivelamento de apoio das</p><p>transversinas pregadas nos garfos das vigas.</p><p>retira-se o garfo do meio e reescora-se o fundo da viga</p><p>retiram-se os garfos restantes, reescorando a cada um metro aproximadamente.</p><p>71</p><p>~</p><p>. '</p><p>~ ll't!</p><p>i .</p><p>:::- ' I</p><p>1-I e. ~ l ~~ _,., i - -</p><p>!</p><p>f r' ( 4@4 L405 L-« 06</p><p>J1 Í.lli .. ....,---</p><p>~</p><p>~</p><p>til "~ - t--r-1</p><p>lll!IJ '~</p><p>8</p><p>I} t~ ! .L - I</p><p>~~ '</p><p>~ '</p><p>u:e</p><p>I</p><p>L~ <jll ~ - L412</p><p>• '</p><p>-~</p><p>~~ ! I -~ L414 :~</p><p>- 4~</p><p>1 t:~ I~ I L411 1 ~ t~</p><p>j</p><p>I . 1 'I i J 11 I . I</p><p>L/</p><p>~ 'f(j- ' ' '" 4 ~ nr fi I!! ~</p><p>4,</p><p>1-</p><p>~~ ! ! IM li IM -•m</p><p>~</p><p>-~~~~ --L401</p><p>L403 ~</p><p>-e ~f L~Oé</p><p>I ·~ ....---, • ! I ls I ...</p><p>-</p><p>zl! !</p><p>f-r--/ :::: ~ ._kv</p><p>7ii</p><p>I</p><p>H.,... '14/f 'ftJ'</p><p>i i I : mt ~ t 4 t -~ !</p><p>~</p><p>11M ~ ~</p><p>I v u ,</p><p>-" ---- #t(J to ir!</p><p>;</p><p>l 'tn I 6'1' t>7 I , :ll</p><p>'· ,</p><p>~~ ~ !L-41. ~·<j L410 ' i I , I 11 ~</p><p>Am.</p><p>"'</p><p>, ~ Ir-</p><p>~ L4~ ·-..,... ,</p><p>'if6 - -· ,</p><p>~ L~11</p><p>l ! 1 ''</p><p>1111</p><p>' I f I</p><p>1 I ~ I ~I • :f</p><p>L409</p><p>'.'</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCRETO PORTLAND (ABCP). Fôrmas de</p><p>madeira para concreto armado em edifícios comuns. Boletim técnico nº 50, ABCP, São</p><p>Paulo, 1943.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190/97 - Projeto de estruturas</p><p>de madeira. Rio de Janeiro: ABNT. 1997.</p><p>BODIG, J. & JAYNE, B. A Mechanics of wood and wood composites. Ed. Van Nostrand</p><p>Reinhold, New York, 1982.</p><p>JUNIOR, C. Fôrmas de madeira para concreto armado- SET 613 Complementos</p><p>de estruturas de madeira. Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira da</p><p>Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 1995.</p><p>JUNIOR, C. SET-406 Estruturas de madeira- Notas de aula. Laboratório de</p><p>Madeiras e de Estruturas de Madeira da Escola de Engenharia de São Carlos da</p><p>Universidade de São Paulo. Gráfica-EESC. 1998.</p><p>J. E. R. Fôrmas de madeira para concreto armado em edifícios de andares</p><p>múltiplos. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,</p><p>São Paulo, 1995.</p><p>GELL. Catálogo comercial- Fôrmas para concreto.</p><p>Catálogo comercial -Pregos GERDAU.</p><p>GETHAL . Catálogo comercial - Fôrmas, equipamentos e serviços.</p><p>MADEIRIT. Catálogo comercial- qualidade e economia.</p><p>MADEIRIT. Catálogo comercial - Sistema Formapronta</p><p>V AZ, J. Silos verticais de madeira compensada. Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de</p><p>São Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, 1987.</p><p>75</p><p>se otmnza o trabalho, apresentando</p><p>desenhos simples, claros e completos para serem utilizados pelo pessoal de campo na execução.</p><p>Por exemplo: Se somente nos fosse entregue um desenho da geometria da obra ("forma") com</p><p>indicações das quantidades de ferro à colocar na armação, mas não nos fosse fornecido nenhum</p><p>desenho dos detalhes da armação, como forma e dimensões parciais totais de cada barra, com um</p><p>elucidativo quadro de quantidades, é claro que conseguiríamos executar a obra, mas com certeza isto</p><p>nos custaria muito mais tempo e dinheiro, além de arriscarmos a qualidade dos serviços.</p><p>E isto é exatamente o que ocorre em termos de projetos para execução de fôrmas. Poucas obras são</p><p>executadas com um projeto definido e racionalizado de fôrmas.</p><p>Até em termos administrativos um projeto tem sua importância realçada, pois é fato constatado que</p><p>para se transmitir bem uma ordem e até cobrá-la, precisamos ser o mais claro e definido possível. E</p><p>este é um fator importante quanto ao desenho de fôrma. Um desenho de fôrma é mais do que uma</p><p>simples proposta indicativa de detalhes, é uma orientação definida de ordem de operações para o</p><p>operário, especificando a maneira de como completar cada operação e concluir uma tarefa, sem</p><p>maiores necessidades de consulta.</p><p>Assim na apresentação de um desenho de fôrma racionalizado deve-se seguir as seguintes regras</p><p>gerais:</p><p>e Incluir ordens de comando por escrito, chamando atenção de forma sucinta à detalhes difíceis de</p><p>representar. Exemplo: canto chanfrado com 3 cm/45°; contra-flecha de 1,5 em, etc.</p><p>e Incluir notas breves e claras para evitar mal-entendidos.</p><p>e Fazer todos os desenhos em uma única escala geral, de preferência 1:50, indicando, quando</p><p>necessário detalhes em escalas maiores como 1:25 ou 1:10.</p><p>2</p><p>" Escrever sempre de maneira legível, prevendo as difíceis condições de campo para o manuseio dos</p><p>desenhos.</p><p>" Incluir claras e elucidativas cotas, com dimensões em centímetros, sempre cuidadosamente</p><p>"checadas".</p><p>" Sempre que for necessário, usar símbolos padrões e abreviações para todos os desenhos, mas</p><p>indicar em tabela estas convenções adotadas.</p><p>" Padronizar o "lay-out" de todos os desenhos para facilidade de leitura.</p><p>" Indicar o título do desenho de maneira a identificar perfeitamente a parte da estrutura em que será</p><p>utilizado, se possível numerar conforme ordem de uso.</p><p>" Incluir vistas isométricas para esclarecer novos detalhes ou soluções não convencionais.</p><p>" Fornecer sempre uma planta com o arranjo geral da obra ou parte dela indicando o desenho</p><p>executivo de cada uma das partes.</p><p>" Em cada desenho executivo, incluir o "lay-out" de montagem dos painéis, indicando a locação de</p><p>cada um, bem como identificando-o de forma conveniente, conforme tipo e localização.</p><p>" Detalhar da melhor forma possível cada um dos painéis ou peças.</p><p>" Apresentar em desenhos padronizados as dimensões de corte e montagem das peças mais comuns</p><p>como vigas e pilares.</p><p>"' Finalmente, os desenhos de fôrma devem permitir executar a estrutura sem dificuldades, sendo</p><p>coerentes com os desenhos estruturais e de arquitetura. E ainda, indicar os valores adotados de</p><p>tensões, cargas, velocidade de concretagem, tipo de concreto, temperatura do concreto, etc.</p><p>Obedecidas estas regras, teremos à princípio um bom projeto. Entretanto é necessário proceder uma</p><p>revisão dos desenhos através da seguinte listagem:</p><p>"' Obediência ao número, locação e detalhes de todas as juntas de construção.</p><p>"' Seqüência de concretagem.</p><p>"' Adaptação aos sistemas de escoramento</p><p>"' Verificação dos parâmetros adotados no cálculo das estruturas da fôrma propriamente dita.</p><p>1.2 UT~UZAÇÃO DAS FÔRMAS:</p><p>"' Blocos e sapatas para fundação</p><p>"' Pilares</p><p>"' Vigas</p><p>., Lajes</p><p>., Cintas</p><p>., Vigas paredes</p><p>"' Túneis</p><p>" Maciços, etc.</p><p>3</p><p>1.3 CLASSIFICAÇÃO POR TiPO DE MATERIAL EMPREGADO</p><p>Os diferentes componentes dos sistemas de fôrmas são fabricados à partir de grande variedade de</p><p>materiais, tendo como principal componente a madeira, entre outros como aço, alumínio, plástico,</p><p>papelão, etc.</p><p>A escolha destes materiais é determinada em função de uma série de fatores:</p><p>-número de utilizações previstas;</p><p>- textura requerida da superfície do concreto;</p><p>- cargas atuantes;</p><p>- tipo estrutura a ser moldada;</p><p>- custo dos componentes e mão-de-obra;</p><p>-equipamentos para transporte;</p><p>-cronograma das obras;</p><p>- investimento inicial, etc.</p><p>1.4 SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA</p><p>São as fôrmas tradicionais comumente utilizadas para confecção do concreto, composta por peças de</p><p>madeira usualmente encontradas no mercado: tábuas, chapas de madeira compensada, sarrafos,</p><p>pontaletes e vigas, além de acessórios como pregos, grampos, etc., tendo-se ainda as racionalizadas,</p><p>que suprime o uso de pregos nas uniões das peças, desenvolvendo-se um sistema de fixação.</p><p>1.5 PATOLOGIA E RECOMENDAÇÕES DE PROJETO</p><p>A maioria dos acidentes que ocorrem durante as construções tem como causa falhas das formas ou</p><p>escoramentos, provenientes do projeto ou da execução destes serviços, e surgem usualmente na</p><p>ocasião da concretagem, pois é neste momento que a estrutura provisória começa a ser carregada.</p><p>Neste instante o concreto tem seu peso máximo adicionado à energia de lançamento e vibração. As</p><p>principais causas de falhas em fôrmas são oriundas de:</p><p>@ aLsência ou erro no cálculo do projeto;</p><p>" desforma inapropriada e retirada prematura do escoramento;</p><p>" travamentos inadequados aos esforços laterais;</p><p>" vibrações internas e externas não previstas;</p><p>" escoramentos não verticais ou apoiados em solos instáveis;</p><p>" controle inadequado no lançamento do concreto.</p><p>Por isso, há necessidade de se observar algumas recomendações para o projeto estrutural de fôrmas.</p><p>Não existe um só tipo de projeto, pois as fôrmas são dimensionadas de acordo com seu sistema</p><p>construtivo. Porém, seguem abaixo algumas recomendações:</p><p>" atenção com os detalhes construtivos das fôrmas;</p><p>" elaborar projetos seguros e econômicos;</p><p>" supervisionar e inspecionar trabalhos;</p><p>" prever plataforma e acessos para os operários;</p><p>" analisar práticas construtivas adotadas;</p><p>" estabilização e contenção para solos de apoio;</p><p>" projetos de escoramentos e reescoramentos;</p><p>" planejamento do transporte e demais operações com fôrma e desforma.</p><p>4</p><p>2MATERIAIS</p><p>Os materiais mais usuais na construção de fôrmas de madeira para concreto armado,</p><p>são: madeira serrada, chapas de madeira compensada e acessórios.</p><p>Nesta oportunidade nos restringiremos ao comentário da madeira e das chapas</p><p>compensadas, que ainda representam a maior opção de uso em nossas obras.</p><p>Comentaremos mais a frente sobre os acessórios auxiliares, tais como prego, tirantes,</p><p>ancoragem, etc.</p><p>As propriedades mais importantes dos materiais de moldes são:</p><p>a) Resistência;</p><p>b) Rigidez;</p><p>c) Acabamento;</p><p>d) Economia, em função do custo inicial e sua durabilidade para reutilizações.</p><p>2.1 MADEIRAS SERRADAS COMERCIAIS.</p><p>A madeira serrada de Pinho do Paraná, há alguns anos atrás, era a mais utilizada na</p><p>confecção das fôrmas. Sua disponibilidade, entretanto, diminuiu rapidamente, o que</p><p>acarretou o aumento do seu custo, encarecendo as fôrmas. Esse aumento levou os</p><p>construtores a pesquisarem novos sistemas de fôrmas que utilizassem diferentes tipos</p><p>de madeira. V árias espécies têm tido aceitação crescente perante o mercado</p><p>consumidor, entre estas, o cedrilho tem sido bastante utilizado, mas as madeiras de</p><p>pinos já começam a mostrar suas vantagens, pois também têm boa trabalhabilidade e</p><p>são encontradas em nossa região a preços mais baixos. A seguir, relaciona-se no</p><p>Quadro 2.1 as propriedades das algumas espécies de madeiras nacionais.</p><p>5</p><p>Quadro 2 1 - Valores médios de madeiras dicot:iledôneas e coníferas nativas e de florestamento</p><p>Nome comum Nome científico</p><p>Pap(l2%) (o (o ft90</p><p>( dicotiledôneas) Kglm3 MP a MP a MP a</p><p>Angelim Araroba Votaireopsis araroba 688 50,5 69,2 3,1</p><p>Angelim Ferro Hymenolobium spp 1170 79,5 117,8 3,7</p><p>Angelim Pedra Hymenolobium petraeum 694 59,8 75,5 3.5</p><p>Angelim</p><p>Pedra Verdadeiro Dinizia excelsa 1170 76,7 104,9 4,8</p><p>Branquilho Termilalia ~ 803 48,1 87,9 ,., ')</p><p>.),_</p><p>Cafearana Andira spp 677 59,1 79,7 3,0</p><p>Canafístula Cassia ferrw:únea 871 52,0 84,9 6,2</p><p>Casca Grossa Vochysia spp 801 56,0 120,2 4.1</p><p>Castelo Gossypiospermum praecox 759 54.8 99.5 7.5</p><p>Cedro Amargo Cedrella odorata 504 39.0 58.1 3,0</p><p>Cedro Doce Cedrella spp 500 3L5 71,4 3.0</p><p>Champagne Dipterys odorata 1090 93,2 133,5 2,9</p><p>Cupiúba Goupia glabra 838 54,4 62.1 3,3</p><p>Catiúba Qualea paraensis 1221 83,8 86,2 3,3</p><p>E.Alba Eucalyptus alba 705 47,3 69,4 4,6</p><p>E. Camaldulensis Eucalyptus camaldulensis 899 48.0 78.1 4.6</p><p>E. Citriodora Eucalyptus citriodora 999 62,0 123,6 3,9</p><p>E. Cloeziana Eucalyptus cloeziana 822 51,8 90,8 4,0</p><p>E. Dunnii Eucalyptus dunnii 690 48.9 139,2 6,9</p><p>E. Grandis Eucalyptus grandis 640 40,3 70,2 2,6</p><p>E. Maculata Eucalyptus maculata 931 63.5 115,6 4.1</p><p>E. Maidene Eucaliptus maidene 924 48,3 83,7 4,8</p><p>E. Microcorys Eucalyptus microcorys 929 54,9 118,6 4.5</p><p>E. Paniculata Eucalyptus paniculata 1087 72,7 147,4 4,7</p><p>E. Propinqua Eucalyptus propinqua 952 51,6 89,1 4,7</p><p>E. Punctata Eucalyptus punctata 948 78,5 125,6 6,0</p><p>E. Saligna Eucalyptus salüma 731 46,8 95,5 4,0</p><p>E. Tereticornis Eucalyptus tereticornis 899 57,7 115,9 4,6</p><p>E. Triantha Eucalyptus triantha 755 53,9 100,9 2,7</p><p>E. Umbra Eucalyptus umbra 889 42.7 90,4 3,0</p><p>E. Urophylla Eucalyptus urophylla 739 46,0 85,1 4,1</p><p>Garapa Roraima Apuleia leiocarpa 892 78,4 108,0 6,9</p><p>Guaiçara Luetzelbur2:ia spp 825 71,4 115,6 4,2</p><p>Guarucaia Peltophorum vogelianum 919 62,4 70,9 5,5</p><p>Ipê Tabebuia serratifolia 1068 76,0 96,8 3,1</p><p>Jatobá H ymenaea spp 1074 93,3 157,5 3,2</p><p>Louro Preto Ocotea spp 684 56,5 111,9 3,3</p><p>Maçaranduba Manilkara spp_ 1143 82,9 138,5 5,4</p><p>Mandioqueira Qualea spp 856 71,4 89,1 2,7</p><p>Oiticica Amarela Clarisia racemosa 756 69,9 82,5 3,9</p><p>Quarubarana Erisma uncinatum 544 37,8 58,1 2,6</p><p>Sucupira Dip_lotropis SQP 1106 95,2 123,4 3,4</p><p>Tatajuba Bag_assa o-uianensis 940 79,5 78,8 3,9</p><p>Pinho do Paraná Araucaria angustifolia 580 40,9 93,1 1,6</p><p>Pinus caribea Pinus caribea var. caribea 579 35,4 64,8 3,2</p><p>Pinus bahamensis Pinus caribea var.bahamensis 537 32,6 52,7 2,4</p><p>Pinus hondurensis Pinus caribea var.hondurensis 535 42,3 50,3 2,6</p><p>Pinus elliottii Pinus elliottii var. elliottii 560 40,4 66,0 2,5</p><p>Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43,6 60,9 2,5</p><p>Pinus taeda Pinus taeda L. 645 44,4 82,8 2,8</p><p>Coeficiente de vmiação para resistências a solicitações normais 8 = 18%</p><p>Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais 8=28%</p><p>f v EcO</p><p>MP a MP a</p><p>7,1 12876</p><p>11,8 20827</p><p>8,8 12912</p><p>lU 16694</p><p>9,8 13481</p><p>5.9 14098</p><p>11,1 14613</p><p>8,2 16224</p><p>12,8 11105</p><p>6,1 9839</p><p>5,6 8058</p><p>10,7 23002</p><p>10,4 13627</p><p>11,1 19426</p><p>9,5 13409</p><p>9,0 13286</p><p>10,7 18421</p><p>10,5 13963</p><p>9,8 18029</p><p>7,0 12813</p><p>10,6 18099</p><p>10,3 14431</p><p>10,3 16782</p><p>12,4 19881</p><p>9,7 15561</p><p>12,9 19360</p><p>8,2 14933</p><p>9,7 17198</p><p>9,2 14617</p><p>9,4 14577</p><p>8,3 13166</p><p>11,9 18359</p><p>12,5 14624</p><p>15,5 17212</p><p>13,1 18011</p><p>15,7 23607</p><p>9,0 14185</p><p>14,9 22733</p><p>10,6 18971</p><p>10,6 14719</p><p>5,8 9067</p><p>11,8 21724</p><p>12,2 19583</p><p>8,8 15225</p><p>7,8 8431</p><p>6,8 7110</p><p>7,8 9868</p><p>7.4 11889</p><p>8,0 10904</p><p>7,7 13304</p><p>6</p><p>n</p><p>15</p><p>20</p><p>39</p><p>12</p><p>10</p><p>ll</p><p>12</p><p>31</p><p>12</p><p>21</p><p>10</p><p>12</p><p>33</p><p>13</p><p>24</p><p>18</p><p>68</p><p>21</p><p>15</p><p>103</p><p>53</p><p>10</p><p>31</p><p>29</p><p>63</p><p>70</p><p>67</p><p>29</p><p>08</p><p>08</p><p>86</p><p>12</p><p>11</p><p>13</p><p>22</p><p>20</p><p>24</p><p>12</p><p>16</p><p>12</p><p>11</p><p>12</p><p>10</p><p>15</p><p>28</p><p>32</p><p>99</p><p>21</p><p>71</p><p>15</p><p>Pap(I2%J =massa específica aparente a 12% de umidade</p><p>fco = resistência à compressão paralela às fibras</p><p>fto = resistência à tração paralela às fibras</p><p>ft9o =resistência à tração normal às fibras</p><p>fv = resistência ao cisalhamento</p><p>Eco = módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às</p><p>fibras</p><p>n = número de corpos de prova ensaiados</p><p>O Quadro 2.2, indica peças com dimensões comerciais, mais comuns no mercado</p><p>nacional, apresentando propriedades geométricas de Madeiras Serradas Retangulares -</p><p>Dimensões Nominais em polegada, com Nomenclatura e Dimensões Métricas.</p><p>Q d 22 D" d . d .. d M d. S ua ro . - Imensoes pa romza as e comerciaiS e a eira d erra a</p><p>Dimensões de Madeiras Serradas (em)</p><p>Tipos PB -5 Comerciais</p><p>3,0 X 30,0</p><p>Pranchões 15,0 X 23,0 4,0 X 20,0 até 4,0 X 40,0</p><p>10,0 X 20,0 6,0 X 20,0 até 6,0 X 30,0</p><p>7,5 X 23,0 9,0 X 30,0</p><p>5,0 X 16,0</p><p>6,0 X 12,0</p><p>15,0 X 15,0 6,0 X 15,0</p><p>7,5 X 15,0 6,0 X 16,0</p><p>Vigas 7,5 X 11,5 10,0 X 10,0</p><p>5,0 X 20,0 12,0 X 12,0</p><p>5,0 X 15,0 20,0 X 20,0</p><p>25,0 X 25,0</p><p>25,0 X 30,0</p><p>7,5 X 7,5 5,0 X 5,0</p><p>Caibros 7,5 X 5,0 5,0 X 6,0</p><p>5,0 X 7,0 6,0 X 6,0</p><p>5,0 X 6,0 7,0 X 7,0</p><p>3,8 X 7,5 2,0 X 10,0</p><p>Sarrafos 2,2 X 7,5 2,5 X 10,0</p><p>3,0 X 15,0</p><p>2,5 X 23,0</p><p>Tábuas 2,5 X 15,0 1,9 X 10,0 até 1,9 X 30,0</p><p>2,5 X 11,5 2,5 X 10,0 até 2,5 X 30,0</p><p>1,0 X 5,0</p><p>Ripas 1,2 X 5,0 1,5 X 5,0</p><p>1,5 X 10,0</p><p>2,0 X 5,0</p><p>7</p><p>2.2 CHAPAS DE MADEIRA COlY.IPENSADA</p><p>2.2.1 Generalidades</p><p>O consumo cada vez maior de materiais de construção e as crescentes dificuldades</p><p>para obtenção de madeira maciça, com dimensões e qualidade adequadas às diversas</p><p>necessidades, juntamente com a grande explosão na tecnologia de fabricação ocorrida</p><p>pouco antes da metade deste século, conduziram ao desenvolvimento da indústria de</p><p>produtos derivados da madeira.</p><p>Dentre estes produtos, os compostos laminados constituem uma considerável porção</p><p>dos derivados de madeira, usados atualmente. São obtidos pela associação de lâminas</p><p>de madeira, em sua forma original ou modificadas, coladas com adesivos ou ligadas</p><p>mecanicamente por elementos discretos, tais como pregos e parafusos.</p><p>Dependendo da disposição das lâminas, estes laminados podem ser classificados como</p><p>paralelos ou transversais.</p><p>A madeira larninada colada, composta por lâminas de espessura entre 1,5 e 3,0 em,</p><p>podendo excepcionalmente chegar a Sem, é um exemplo típico de laminação paralela.</p><p>Os eixos longitudinais das lâminas coincidem com a direção de suas fibras e são</p><p>paralelos ao eixo longitudinal da peça, figura 2.1-a-b.</p><p>Atualmente, estes laminados paralelos estão sendo produzidos com lâminas de menor</p><p>espessura, sendo conhecidos como microlaminados. O custo adicional de adesivo</p><p>necessário devido ao grande número de linhas de cola, é compensado pelo acréscimo</p><p>de resistência e rigidez.</p><p>A madeira compensada ou simplesmente compensado é o composto laminado</p><p>transversal mais utilizado em aplicações estruturais. As lâminas adjacentes, com</p><p>espessura entre lmm e 5mm, são propositadamente orientadas com direções de fibras,</p><p>formando diferentes ângulos, em função das características desejadas para a chapa</p><p>final. Na prática, é comum defasar estas lâminas de 90°, conforme figura 2.1-c.</p><p>Outro produto laminado de interesse são os painéis sanduíches, compostos por</p><p>lâminas de face de alta resistência e rigidez e por um núcleo de características</p><p>inferiores, figura 2.1-d-e.</p><p>A industrialização da madeira compensada iniciou nos Estados Unidos e na</p><p>Alemanha, a partir algumas espécies de madeira de baixa densidade e poucas formas</p><p>de arranjos das lâminas. Atualmente, utiliza a maioria das espécies, comercialmente</p><p>importantes, e uma grande variedade de tipos de composição, pelos principais países</p><p>do mundo.</p><p>Essencialmente, a madeira compensada constitui-se de dois componentes: as lâminas</p><p>de madeira e o adesivo.</p><p>8</p><p>As lâminas de madeira são obtidas por corte direto da madeira bruta, através de facas.</p><p>Este corte pode ser executado por faqueamento, forçando-se a faca contra o tronco, ou</p><p>por corte rotatório, fazendo o tronco girar em tomo de seu eixo contra uma faca fixa.</p><p>Vários tipos de lâminas de madeira dura para superfície de compensado decorativo</p><p>são obtidas por faqueamento, entretanto, o compensado estrutural é sempre produzido</p><p>a partir de lâminas obtidas por cmte rotatório, conforme ilustra a figura 2.2.</p><p>a) Madeira Laminada</p><p>Colada Horizontal</p><p>d) -Painel Sanduíche</p><p>Papelão-.corrugado</p><p>b) Madeira Laminada Colada</p><p>Vertical</p><p>c) Compensado</p><p>Fig. 2.1. Composto de madeira</p><p>VERTICAL</p><p>Fig. 2.2 - Obtenção de lâminas de madeira por corte rotató1io</p><p>9</p><p>Como conseqüência deste corte rotatório, o plano das lâminas coincide com</p><p>o plano</p><p>longitudinal-tangencial (LT) da madeira. A variação dos parâmetros elásticos e de</p><p>resistência de uma lâmina de madeira neste plano LT, segundo BODIG e JA YNE</p><p>(1982), pode ser representada por um gráfico de coordenadas polares, conforme a</p><p>figura 2.3 ilustra, para o caso de módulo de elasticidade. Observa-se o módulo</p><p>atingindo valor máximo na direção longitudinal e mínimo na direção tangencial.</p><p>L</p><p>Fig. 2.3 - Variação dos parâmetros característicos das lâminas de madeira no plano</p><p>LT.</p><p>O adesivo é predominantemente de origem sintética (fenolformaldeído, resorcinol</p><p>formaldeído ), tendo a função de interligar as lâminas.</p><p>Segundo BODIG e JA YNE (1982), o volume de adesivo utilizado no compensado é</p><p>quase sempre inferior a 1% do volume total do composto, assim, para finalidades</p><p>práticas, a sua contribuição nas propriedades deste é mínima. Entretanto, deve ser</p><p>enfatizada a importância da qualidade do adesivo , fundamental para as características</p><p>de resistência e elasticidade da chapa.</p><p>A designação de uso final do compensado é função da espécie e qualidade das lâminas</p><p>do arranjo, bem como do tipo de adesivo usado na fabricação da chapa.</p><p>As chapas de madeira compensada, normalmente são constituídas por um número</p><p>ímpar de lâminas, dispostas de tal forma que as direções das fibras das lâminas</p><p>alternadas sejam paralela e que as direções das fibras adjacentes formem um ângulo de</p><p>90°. A figura 2.4 ilustra a composição de uma chapa com cinco lâminas, destacando</p><p>as lâminas de face e a lâmina do núcleo (central).</p><p>lâmina de face</p><p>lâmina do núcleo</p><p>lâminas transversais</p><p>lâmina de face</p><p>Fig. 2.4. Compensado com número ímpar de laminas</p><p>10</p><p>Usualmente, todas as chapas de madeira compensada devem ser estruturalmente</p><p>balanceadas, isto é, devem ser simétricas em relação ao seu plano centraL Assim, as</p><p>lâminas de cada lado deste plano, eqüidistantes do mesmo, devem ter as mesmas</p><p>propriedades físicas, mesma espessura e orientação de fibras. O plano de simetria na</p><p>lâmina do núcleo implica na existência de um número ímpar de lâminas.</p><p>Na fabricação das chapas compensadas este balanceamento deve ser rigorosamente</p><p>seguido, para garantir que estas permaneçam planas quando sujeitas a condições de</p><p>temperatura e umidade diferentes daquelas de fabricação.</p><p>Outros tipos de chapas balanceadas podem ser obtidos, como por exemplo, utilizando</p><p>lâminas de diferentes espécies de madeira; entretanto, os riscos de empenamentos das</p><p>chapas são bem maiores.</p><p>A opção de fabricar os compensados com um número par de lâminas, embora não</p><p>viole as condições de balanceamento do mesmo, devido à colocação de duas lâminas</p><p>centrais com mesma orientação de fibras, não tem sido bem aceita comercialmente,</p><p>visto que, o ganho de eficiência do produto obtido não corresponde ao custo adicional</p><p>de uma lâmina e adesivo. A figura 2.5 mostra a composição de uma chapa com sete</p><p>lâminas.</p><p>Fig. 2.5 - Compensado com sete lâminas.</p><p>De uma maneira geral, pode-se dizer que o compensado possui duas características</p><p>peculiares: as lâminas de madeira são ligadas uma as outras por adesivos sintéticos, tal</p><p>como ocorre na madeira laminada; e a orientação do eixo de simetria destas lâminas</p><p>que, contrastando com a madeira laminada, são ajustados transversalmente, de acordo</p><p>com uma disposição pré-determinada, de forma a se obter uma equivalência das</p><p>propriedades elásticas e de resistência, nas direções principais da chapa.</p><p>A eficiência desta composição transversal pode ser visualizada pela análise dos</p><p>parâmetros característicos da chapa, em função dos parâmetros das lâminas.</p><p>A figura 2.6-a expõe, em linha cheia, a variação do módulo de elasticidade médio da</p><p>composição de duas lâminas de madeira de mesma espécie e espessura, baseada na</p><p>vruiação do módulo de elasticidade destas lâminas, apresentada na figura 2.3.</p><p>Observa-se que os valores mínimos de E ocouem nas direções de 45° com os eixos</p><p>longitudinal e transversal.</p><p>11</p><p>Na figura 2.6-b é apresentado, também em linha cheia, o diagrama para uma</p><p>composição de lâminas, onde a direção das fibras nas lâminas é desalinhada de um</p><p>ângulo de 30°. Neste caso, consegue-se um valor de E quase constante, aproximando</p><p>se assim a isotropia do material.</p><p>L L</p><p>T T</p><p>a) Composição de duas lâminas transversais b) Composição de lâminas defasadas de</p><p>30°</p><p>Fig. 2.6 - Parâmetros característicos da chapa.</p><p>2.2.2 Parâmetros Elásticos e de Resistência da Madeira Compensada</p><p>Em decorrência da aplicação estrutural das chapas de madeira compensada, a</p><p>determinação de seus parâmetros elásticos e de resistência tem merecido especial</p><p>atenção dos pesquisadores.</p><p>Fundamentalmente, os trabalhos se dirigem a dois objetivos específicos:</p><p>+ formulação de equações teóricas para avaliação destes parâmetros, a partir das</p><p>propriedades das lâminas individuais;</p><p>+ determinação experimental destes parâmetros, a partir da proposição de métodos de</p><p>ensaios compatíveis com a teoria e específicos para este produto.</p><p>O compensado normal, isto é, de número ímpar de lâminas, balanceado, com lâminas</p><p>alternadas paralelas e adjacentes perpendiculares, pode ser considerado, para análise</p><p>estrutural, como um material plano ortotrópico, ou seja, com simetria elástica, em</p><p>relação a dois planos perpendiculares, sendo como todo material ortotrópico,</p><p>caracterizado por propriedades direcionais. As lâminas de madeira são consideradas</p><p>perfeitamente elásticas em seus planos e o efeito da cola é negligenciado.</p><p>As direções principais de elasticidade (x e y), são identificadas como na figura 2.7. A</p><p>direção x é paralela à direção das fibras da lâmina de face, sendo a direção y</p><p>perpendicular a estas fibras.</p><p>12</p><p>FIBRA DE FACE</p><p>CHAPA DE COJ\1PENSADO</p><p>Fig. 2.7- Planos de simetria elástica e direções principais do compensado.</p><p>O Quadro 2.3, apresenta propriedades de chapas de compensado encontradas no</p><p>mercado da Indústria Madeirit.</p><p>Quadro 2.3 - Características mecânicas das chapas Madeirit</p><p>Espessura Nominal (mm)/ 12/09 15/11 18/13</p><p>Número de Lâminas</p><p>,,</p><p>Tensão de Ruptura à flexão- 11 ~0,36 625,69 520,90</p><p>? 4 1,12 444,14 438,33 Ciru0 =(kgf/cm-)</p><p>! Tensão admissível à flexão - 11 -l.S0,02 178,90 142,20</p><p>' O"actm (kgf/cm2</p><p>) 100,92 116,72 117,12</p><p>Módulo de elasticidade à flexão 11 _§7156 83486 65953</p><p>? 41080 50662 46891 - E (kgf/cm-)</p><p>Bitola Média para efeito de 12,00 14,80 17,60</p><p>cálculo (mm)</p><p>j Tolerância (mm)</p><p>ll <;</p><p>0,50 0,50 0,50</p><p>Módulo de Resistência em 1 0,240 0,365 0,516</p><p>cm2</p><p>- W (cm3</p><p>)</p><p>Módulo de Inércia em 0,144 0,270 0,454</p><p>? 4 1 em-- I( em)</p><p>Fonte: Catálogo Madeirit</p><p>Dimensões padrão das Chapas: 2,44 x 1,22 mm ou 2,50 x 1,25 m</p><p>Espessura (mm): 4,6,9,12,15,18,21,24,27,30.</p><p>21115</p><p>508,46</p><p>465,75</p><p>143,22</p><p>122,73</p><p>67176</p><p>50153</p><p>20,40</p><p>0,50</p><p>0,694</p><p>0,707</p><p>13</p><p>2.3 ACESSÓRIOS</p><p>2.3.1 Pregos</p><p>Os pregos disponíveis no mercado, tem dimensões variadas (Figura 2.8). Há, no</p><p>entanto, uma série de vantagens na escolha de um único tipo de prego, que permita</p><p>executar todas as ligações. Entre elas estaria o controle do consumo e a rapidez do</p><p>serviço.</p><p>O desperdício, em geral causado por desvios diários, em pequenas quantidades, e por</p><p>perdas devidas à má utilização e negligência, pode aumentar o custo das fôrmas.</p><p>Dentre as bitolas indicadas, recomenda-se que sejam utilizadas os de números 18 x 24</p><p>e 18 x 30, correspondente a diâmetros de 3,4 mm e comprimento de 50 e 60 mm, para</p><p>ligação de tábuas ou sarrafos com 1 polegada de espessura. O primeiro para uma</p><p>ligação mais prolongada e o segundo quando se prevê um despregamento próximo,</p><p>pois o prego 18 x 30 fica com sua ponta saliente na emenda de duas tábuas</p><p>superpostas. E assim esta ponta, que não deve ser dobrada, permite, mediante uma</p><p>simples pancada no martelo, o arrancamento do prego.</p><p>Uma outra solução seria a utilização de pregos com 2 cabeças (Figura 2.9). Isto é de</p><p>grande valia, pois não somente simplifica e acelera a retirada das fôrmas, como</p><p>permite melhor aproveitamento do material.</p><p>Por outro lado, os pregos</p><p>número 17 x 24 e 17 x 27 também podem ser recomendados</p><p>em função da madeira utilizada, uma vez que possuem menor diâmetro (3mm),</p><p>evitando o fendilhamento das peças.</p><p>Quando se trata de pregar chapas compensadas em tábuas, deve-se usar pregos de</p><p>bitola menor, como por exemplo 14 x 18 e 15 x 18, que possuem diâmetro de 2,2 mm</p><p>e 2,4 mm respectivamente e comprimento de 36 mm. Neste caso as pontas</p><p>normalmente não devem ficar aparentes.</p><p>14</p><p>21 x33 3x6 4,90 x 76 mm l6x2l 2x 12 2,70x48 mm</p><p>~----"'-"""' > ~;"""""" :;> -t:i-...... 1:0 -1ii'SilllD'W'U!</p><p>l6x 18 l l/2x 12 2,70x4lmm</p><p>20x48 4l/4x7 4,40x 110 mm ~ ~~ '> ~ """-"" ></p><p>CID1D"DIUil!llD</p><p>m:ia1lli3l&EI'ltl1D l5x27 2 1/2x 13 2,40 x62 mm</p><p>20x42 3 3/4x 7 4,40 x 96 mm ~-;;= :;></p><p>~oom;=~; ;;;;> 15x21 2x 13 2,40x48 mm</p><p>20x39 3 1/2 x7 4,40 x 90 mm ~-~~~ :;></p><p>~ _.,. __ ,..</p><p>>- ~ ~/18 1 1/2 X 13 2,40 x 41 mm -1!11llml!il't'a1lll</p><p>:;> . 20 X 33 3x7 4,40x 76 mm IID'il!'tllllllm</p><p>~ =--- >- 15 X 15 1 1/4x 13 2,40x 34 mm -Dl9Dllllll</p><p>~-"""" :;> 20x30 2 3/4x7 4,40x69 mm --~</p><p>~;;;-;~ > 14x27 2 1/2 X 14 2,20 x 62 mm</p><p>~-=··· :;></p><p>19x39 3 1/2 X 9 3,30 x 90 mm</p><p>~ ,._,.,.. :;;:,.. l4x21 2x14 2,20x43 mm</p><p>J!ID'ZI.Uottn'l'l'ZI. ~;;;;;;;::::- ></p><p>19 x36 3l/4x9 3,90 x 83 mm ~ J.!~l8 l 1/2x 14 2,20x4l mm</p><p>~ mm ;> -~~</p><p>;;;:.. Dll!lllll"it'Sm'D</p><p>19 x33 3x9 3,90x76 mm 14x 15 11/4x 14 2,20x34mm</p><p>~-;;~ >- ~--- ></p><p>14x 11 1 X 14 2,20x 25 mm</p><p>19 x30 2 3/4x 9 3,90 x 69 mm ~-:",.;;;;; > ~;;;;;;;;-.;;;;; > 13x 18 1 l/2x 15 2,00x41 mm</p><p>19x27 2 l/2x 9 3,90 x 62 mm ~.;;;;;:;; >--</p><p>~;;;;;;";,;;;;" > l3x 15 11/4x15 2,00x 34 mm</p><p>~= ;;,.</p><p>19x21 2x9 3,90 x 48 mm ~xll 1x15 2,00x25 mm</p><p>~ .. _._ c;;;;.. ;;;;;-> mmn~rn</p><p>12x 15 1,80 x 34 mm 19x15 11/4x9 3,90 x 34 mm</p><p>~-u•-w-;:;;;,.. ~ ></p><p>!Z11'll'llm'IIO~</p><p>12x 12 l,80x28 mm</p><p>18 x36 3l/4x lO 3,40 x 83 mm ~- >-</p><p>~ -~- > lJ X 18 1 1/2 X 16 1,60x41 mm -~-</p><p>18 x33 3 X lO 3,40 x 76 mm 11 X 12 1 1/6 X 16 1,60x28 mm</p><p>~----· > F > J:ll!IUII'l!ll';\=11~</p><p>11 X 1] 1 X 16 l,60x25 mm 18 X 30 23/4x10 3,40x 69 mm</p><p>~;;:;;= > lOx 12 1 l/6x 17 l,50x28mm</p><p>!F= > 18 x27 21/2x 10 3,40 x 62 mm 10 X 11 1 X 17 1,50x25 mm ~-,....;• > D'll!!'lil!'t!lim1!:1=s:m:</p><p>18 X 24 21/4x10 3,40 x 55 mm lOx 10 7/8x17 l,50x 23 mm</p><p>~;;;;:;~;. > [lê ;;,.</p><p>~ J..8 x2l 2x lO 3,40 x48 mm 10x 9 3/4x 17 1,50x21 mm</p><p>> ~- > !m"i!l~=</p><p>18_x 11 J X 10 3,40 x 25 mm 8 X 11 l X 18 1,30x25 mm</p><p>~-b'et!l7;1)~></p><p>~-~17, X 30 2 3[4 X 11 3,00 x 69 mm 8x lO 7/8 X 18 1,30x23 mm</p><p>></p><p>~-J~x 27</p><p>2l/2x 11 3,00 x 62 mm 8x8 1,30x 18 mm</p><p>> 5/8 X 18 1,30x 16 mm 8x7</p><p>17x 24 21L4xl1 3,00 x 55 mm</p><p>~;;;;-;,;;;;:;, > 7x9 1,20x 21 mm w ></p><p>~ _j7x21 2 X]) 3,00 x 48 mm 6x7 5/8 X 19 1,10 x 16 mm E:!l>li>D='I'> ~--.;;...</p><p>16x27 2 1L2 X 12 2?Jx62 mm 6x6 l/2x 19 1,10 x 14 mm @-;;; 1==-</p><p>~::::;;1.2: 31 2 1 /4~,70 x 55 mm 4x6 1/2x 20 0,90x 14 mm</p><p>o=-=-</p><p>Fig. 2.8- Tabela de dimensões de Pregos com cabeça da Gerdau.</p><p>17x27(21/2x 11)</p><p>~~~~~~;;.</p><p>18 X 27 (2 ] /2 X 10)</p><p>~í~Ní#N</p><p>18 x 30 (2 3/4x 10)</p><p>~ki</p><p>Fig. 2.9- Tabela de dimensões de Pregos de cabeça dupla da Gerdau.</p><p>15</p><p>2.3.2 Tensores</p><p>Os tensores são utilizados para conectar formas de paredes de pilares, suportando as</p><p>pressões do concreto fresco. Normalmente são utilizados como tensores vergalhões de</p><p>aço com partes soldadas, roscas e porcas ou acessórios especiais. Alguns tensores</p><p>utilizados podem ser perdidos, sendo cortados junto à superfície do pilar quando</p><p>desformado, outros tensores podem ser removidos completamente e reutilizados.</p><p>As barras utilizadas tem diâmetros que podem variar de 3!16"a 5/8". Nestes casos,</p><p>deve-se considerar a seção utilizada e a tensão admissível compatível com o tipo de</p><p>aço empregado, conforme as normas, ou a resistência do acessório de fixação</p><p>utilizado.</p><p>Os esforços admissíveis para o uso de tensores variam conforme o diâmetro do</p><p>vergalhão.</p><p>É interessante certificar-se dos valores a considerar, tal como carga admissível, junto</p><p>ao fabricante. Como orientação para cada diâmetro de vergalhão temos:</p><p>0 114" CA-50 -F= 800 kgf</p><p>0 5/16"CA-50 -F= 1350 kgf</p><p>0 3/8" CA-50 -F= 1600 kgf</p><p>2.3.3. Acessórios comerciais.</p><p>Já existe atualmente no mercado nacional uma gama razoável de acessórios destinados</p><p>à montagem de fôrmas para concreto.armado. Entretanto, a maioria se destina às</p><p>fôrmas denominadas "Fôrmas de grande área", que englobam as paredes e lajes, no</p><p>caso das construções civis (comerciais, residenciais e industriais), e os blocos e</p><p>maciços em construções pesadas, como é o caso das barragens.</p><p>Para as obras consideradas leves, como edifícios civis, temos no uso das torres</p><p>tubulares pré-fabricadas, nas escoras metálicas, nas vigas metálicas e mistas, e nas</p><p>treliças extensíveis, algumas das opções de equipamentos disponíveis no mercado</p><p>para a execução de lajes.</p><p>Consideramos nestes casos as escoras e a ton·es como escoramentos, que por sua vez</p><p>complementam os serviços da fôrma.</p><p>Para as fôrmas de pilares que geometricamente podem ser considerados como parede,</p><p>em que o comprimento de aproxima da altura, é possível se utilizar com sucesso os</p><p>sistemas de fôrmas empregados na concretagem de paredes. Existem ainda alguns</p><p>tipos de painéis mistos ou metálicos que se destinam a fôrmas de colunas com seção</p><p>retangular, especificamente. Alguns exemplos de acessórios são apresentados na</p><p>figura 2.10.</p><p>16</p><p>revestimento</p><p>fenólico</p><p>luva de</p><p>vedação</p><p>chanfro de P\/C</p><p>chave</p><p>especial</p><p>barra</p><p>trapezoidal</p><p>porca</p><p>trapezoidal</p><p>com asa</p><p>Fig. 2.10.a- Acessórios GETHAL.</p><p>Fig 2. - Acessólios JERUEL</p><p>Fig. 2.10.c- Acessórios ROHR</p><p>17</p><p>Fig. 2.10.d- Acessórios ULMA</p><p>Fig. 2.10.e- Acessórios DOCA</p><p>Quanto às vigas, a pré fabricação de equipamentos tem encontrado sérios obstáculos,</p><p>principalmente quando estas vigas aparecem em conjunto com as lajes que lhes</p><p>intercepta, tomando difícil a concepção de acessórios versáteis o suficiente para</p><p>englobar todas as possibilidades.</p><p>Aqui é bom lembrar que todos estes acessonos somente encontram sua melhor</p><p>performance quando aplicados através de um projeto especificamente executado para</p><p>a obra. e ainda, desde que esta obra se adapte às suas limitações.</p><p>18</p><p>Em decorrência do crescimento da construção de estruturas de concreto, surgiu a</p><p>necessidade de otimizar a utilização das fôrmas, visando diminuir custos e melhorar a</p><p>qualidade final das estruturas.</p><p>No início, quando a indústria de compensados ainda era pouco desenvolvida no país,</p><p>as fôrmas eram confeccionadas exclusivamente em madeira maciça, utilizando tábuas</p><p>como painéis. Como não existia nenhuma indicação técnica a respeito, em 1943, a</p><p>Associação Brasileira de Concreto Portiland (ABCP) lançou um Boletim Técnico onde</p><p>apresentava um sistema de fôrmas de madeira maciça.</p><p>Duas décadas depois, com o desenvolvimento da indústria de madeira compensada, foi</p><p>desenvolvido por Toshio Ueno o primeiro sistema otimizado de fôrmas do país,</p><p>utilizando a madeira compensada onde se tem contato direto com o concreto. A partir</p><p>de então, vários sistemas foram desenvolvidos por outras empresas, ou trazidos do</p><p>exterior, visando sempre diminuição do custo, simplicidade e agilidade na montagem e</p><p>na desforma e a melhoria do acabamento final do concreto.</p><p>A seguir estão apresentados alguns dos sistemas estruturais mais importantes do país.</p><p>3.1. SISTEMA TRADICIONAL (ABCP)</p><p>Em 1943 a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) estabeleceu</p><p>procedimentos básicos para a aplicação de fôrmas de madeira serrada em construções</p><p>de estruturas de concreto. Esses procedimentos fazem parte do Boletim Técnico no 50</p><p>da ABCP (6), aos quais até hoje permanecem em vigor. De maneira geral esses</p><p>procedimentos estabelecem que:</p><p>o as fôrmas devem ser executadas de acordo com as dimensões indicadas na</p><p>planta de formas do projeto estrutural;</p><p>o as fôrmas devem possuir rigidez suficiente para não ocasionarem defeitos de</p><p>execução tais como flechas excessivas, desalinhamentos, etc;</p><p>o as fôrmas devem ser praticamente estanques, para evitar a perda de cimento</p><p>através das fendas;</p><p>o as fôrmas devem ser construídas de</p><p>tal modo que permitam a retirada de suas</p><p>partes com facilidade;</p><p>o as fôrmas devem permitir o maior número possível de reutilizações.</p><p>Dentro desse sistema, as denominações dos elementos básicos das fôrmas, dadas às</p><p>diversas peças que as compõem são indicadas a seguir:</p><p>19</p><p>- Painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar (a, b, e, f)- são elementos de</p><p>superfícies planas, de dimensões variadas, fonnadas por tábuas de 2,5 em de espessura</p><p>por 30,0cm de largura, ligadas por sarrafos de 2,5 em x 10,0 em ou por caibros de 7,5</p><p>em x 7,5cm (Figuras 3.1, 3.2 e 3.3).</p><p>- Travessões (c) - são elementos de suporte dos painéis de 1aje, formados por caibros</p><p>de 7,5 em x 7,5cm x 10,0 em, que se apoiam nas guias (Figura 3.1);</p><p>- Guias (d)- são elementos de suporte dos travessões apoiados nas pernas (pés</p><p>direitos, escoras). São formadas de caibros de 7,5cm x 10,0 em ou tábuas de 2,5 em x</p><p>30,0 em caso em que se suprimem os travessões (Figura 3.1).</p><p>- Travessas de apoio (g)- são elementos fixados nas travessas verticais das faces das</p><p>vigas (Figura 3.1), e se destinam a servir de apoio para as extremidades dos painéis das</p><p>lajes, travessões e guias;</p><p>- Cantoneiras - são elementos triangulares pregados nos cantos internos das fôrmas</p><p>para evitar cantos vivos em pilares e vigas;</p><p>- Gravatas (m)- são elementos de travamentos dos painéis de pilares e de vigas,</p><p>destinados a resistir aos esforços atuantes devidos ao lançamento do concreto fresco na</p><p>fôrma (Figura 3.2 e 3.3);</p><p>- Montantes (i)- são elementos destinados a reforçar as gravatas dos pilares (Figura</p><p>3.3).São formadas de caibros de 7,5cm x 7,5cm ou 7,5cm x 10,0 em e reforçam ao</p><p>mesmo tempo várias gravatas. Os montantes, colocados em face opostas dos pilares,</p><p>são ligados entre si por ferros redondos ou tirantes;</p><p>- Pé-direito (perna) (k)- são elementos de suporte dos painéis de laje, compostos por</p><p>caibros de pinho de 7,5 em x 10,0 em (Figura 3.1).</p><p>- Pontaletes (pernas) (l)- são elementos de suporte dos painéis de fundo das vigas</p><p>compostos por caibros de 7,5 em x 10,0 em (Figura 3.2);</p><p>- Escoras (mãos-francesas) (m)- são elementos inclinados que, trabalhando à</p><p>compressão, impedem o deslocamento dos painéis laterais das fôrmas das vigas</p><p>(Figura 3.2);</p><p>- Chapuz e tala (o)- são elementos compostos de sarrafos de 2,5 em x 10,0 em, usados</p><p>como suporte e reforço na fixação dos elementos de escoramento, ou com o apoio dos</p><p>extremos das escoras (Figuras 3.1 e 3.2) , respectivamente; entre os elementos de</p><p>escoramento e os painéis para que não haja deslocamentos durante o lançamento do</p><p>concreto (Figura 3.1);</p><p>- Calços - elementos de madeira sobre os quais se_afleiam os pontaletes e pés-direitos</p><p>---(pernas), por intermédio das cunhas e geralmente feitas de tábuas de 2,5cm x 30,0 em</p><p>(Figura 3.1).</p><p>20</p><p>Figura 3.1- Arranjo típico de fôrmas de laje e viga (ABCP, 1943)</p><p>Figura 3.2- Arranjos de painéis de viga (ABCP, 1943)</p><p>21</p><p>Figura 3.3- Arranjo de pilar com gravatas e montantes (ABCP)</p><p>22</p><p>3.2. SISTEMA TOSHIO UENO</p><p>É um sistema que surgiu na década de 60; é considerado o percursor da otimização das</p><p>fôrmas de madeira para concreto annado em edifícios. Esse sistema desenvolveu uma</p><p>nova filosofia de utilização das fôrmas de madeira.</p><p>Pela primeira vez elaborou-se um projeto de fôrmas de madeira que substituía as peças</p><p>de madeira serrada por chapas de madeira compensada na confecção dos painéis de</p><p>laje, painéis de viga e painéis de pilar. Esse sistema, entretanto, incorporou todos os</p><p>critérios básicos do sistema tradicional regulamentados pela ABCP publicados no</p><p>Boletim Técnico no 50. Em essência, esse sistema consiste na confecção de elementos</p><p>de fôrmas no próprio canteiro da obra, utilizando-se chapas de madeira compensada de</p><p>diferentes espessuras, enrijecidas por meio de sarrafos de madeira serrada pregados nas</p><p>chapas de compensado. O sistema apresenta, como os demais, três elementos típicos:</p><p>painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar que estão descritos a seguir:</p><p>o painéis de laje</p><p>Constituídos de chapas de madeira compensada suportadas por vigas (transversinas)</p><p>compostas de dois sarrafos justapostos, apoiados em escoras de madeira;</p><p>o painéis de viga (lateral e fundo)</p><p>São painéis de chapas de madeira compensada, com as bordas emijecidas por sarrafos</p><p>pregados em suas partes dependendo da altura da viga (ver figura 3.4). O escoramento</p><p>dos painéis de viga emprega o "gmfo de pema dupla", característico do sistema.</p><p>o</p><p>o</p><p>Figura 3.4- Painéis de viga. Sistema Toshio Ueno.</p><p>23</p><p>- painéis de pilar</p><p>Neste sistema emprega-se chapas de madeira compensada para a confecção dos</p><p>painéis. O enrigecimento desses painéis é feito por meio de dois sarrafos justapostos</p><p>verticais, travados ao longo do comprimento do pilar, com ferros redondos (Figura 3.5</p><p>e 3.6).</p><p>l</p><p>42 42</p><p>1 DE COMPENSADO</p><p>8 4 60 4 8</p><p>84</p><p>Figura 3.5- painel de pilar (planta). Sistema Toshio Ueno.</p><p>24</p><p>,-----</p><p>1</p><p>r 25</p><p>N</p><p>4 -</p><p>o -</p><p>( '/ ----</p><p>\ -</p><p>'1/ /</p><p>!\</p><p>~--</p><p>COMPENSADO</p><p>~ -</p><p>\\</p><p>---~ ,_____</p><p>,\</p><p>-- 1-</p><p>~~~- i'</p><p>r 84</p><p>Figura 3.6- painel de pilar (vista frontal). Sistema Toshio Ueno.</p><p>3.3 SISTEMA FORMAPRÉ</p><p>É um sistema de fô1mas de madeira para concreto armado em edifícios criado em</p><p>1980. Este sistema ape1feiçoou o sistema Toshio Ueno tanto no projeto das fôrmas</p><p>quanto na técnica de execução das mesmas. É um sistema versátil que se adapta</p><p>também às obras com pouco espaço nos canteiros, pois trabalha apenas com um jogo</p><p>de fôrmas. Desta maneira, permite que suas peças sejam confeccionadas fora da obra,</p><p>possibilitando uma montagem ordenada, reduzindo o espaço necessário para estoques.</p><p>Identificando as várias peças, transf01ma a montagem em um simples jogo de armar.</p><p>Este sistema é formado por painéis de laje, painéis de viga e por painéis de pilar,</p><p>como desc1ito a seguir:</p><p>25</p><p>-painéis de laje (assoalho)</p><p>São constituídos de um conjunto de chapas de madeira compensada, de mesma</p><p>espessura, fixados em vigas transversinas (sarrafos simples de pinus de 2,5cmxl4cm),</p><p>que se apoiam em vigas longarinas (dois sarrafos de pinus de 2,5cmxl4cm). O</p><p>escoramento do assoalho é feito por meio de escoras metálicas ou por pontaletes de</p><p>madeira roliça, preferencialmente eucalipto não beneficiado.</p><p>- painéis de viga</p><p>As fôrmas das vigas são constituídas por pame1s laterais e pame1s de fundo,</p><p>confeccionados com chapas de madeira compensada de 14mm de espessura. As</p><p>bordas superiores dos painéis laterais são enrijecidas por meio de sarrafos pregados</p><p>que, além de evitar o desfibramento, permitem o apoio do painel da laje. As bordas</p><p>inferiores também são enrigecidas com sarrafos pregados na face interna do painel, de</p><p>modo a permitir o apoio do painel de fundo.</p><p>- painéis de pilar</p><p>São elementos confeccionados em chapas de madeira compensada de espessura</p><p>14mm. A rigidez do painel é garantida por enrigecedores formados por dois sarrafos</p><p>de pinho pregados na chapa. A estabilidade do conjunto é garantida por meio de</p><p>tensores metálicos fincados ao longo do comprimento do painel. O conjunto é</p><p>aprumado por meio de escoras de madeira ou metálicas.</p><p>3.4 SISTEMA FORMAPRONTA (MADEIRIT)</p><p>Baseia-se integralmente no sistema Toshio Ueno, industrializando, porém, a</p><p>fabricação dos elementos. Dentre as vantagens desse sistema ressaltam-se: a precisão</p><p>na confecção das fôrmas, o emprego de mão de obra especializada e a utilização de</p><p>pequeno espaço de armazenagem na obra. Este sistema, assim como os demais, é</p><p>constituído por painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar, descritos a seguir:</p><p>-painéis de laje</p><p>O assoalho das lajes é constituído de chapas de madeira compensada, em geral de</p><p>18mm, fixadas em longarinas formadas por dois sarrafos de pinho. O assoalho é, em</p><p>geral, constituído por pontaletes de madeira ou escoras metálicas, conforme se mostra</p><p>na figura 3.7.</p><p>- painéis de viga</p><p>Os painéis de fundo e os painéis laterais são confeccionados em chapas de madeira</p><p>compensada. O conjunto é enrijecido por meio de pontaletes</p><p>duplos de madeira que</p><p>trabalham como escoras e, ao mesmo tempo, como gravatas, abraçando as laterais da</p><p>viga. São os "garfos" do sistema Toshio Ueno, como mostra a figura 3.7 e 3.8.</p><p>- painéis de pilar</p><p>Os painéis são formados de chapas de madeira compensada, estruturados por meio de</p><p>montantes verticais constituídos por dois san-afos de madeira. O conjunto é travado</p><p>por tensores metálicos, e sua estabilidade é garantida por meio de san·afos de prumo</p><p>como mostrado na figura 3.9.</p><p>26</p><p>(f) .. ·</p><p>~ . '</p><p>w ~-</p><p>N • ..</p><p>:::::></p><p>a:</p><p>(.)</p><p>.,</p><p>a</p><p>W<:(j!í</p><p>..</p><p>oa::z .-</p><p><(_w</p><p>a_W!l..</p><p><(0:::2:</p><p>:r:<( O</p><p>ü:!:ü</p><p>Figura 3.7- Ananjo dos painéis de lajes, de vigas e escoramentos (Sistema</p><p>Formapronta)</p><p>27</p><p>:·l"':.: ·,:~ ··: ,- ~· ; o,.'.·:.,~-;;.~</p><p>;</p><p>&</p><p>I</p><p>~ ;• I' li-:;- :.</p><p>~=</p><p>:(/'/:</p><p>I) 1\</p><p>1\</p><p>\ --</p><p>:·./ ,-.,.. .. ..</p><p>i}/</p><p>.- ,_.-/ . .</p><p>\</p><p>J</p><p>~</p><p>\]</p><p>. . .. . . . ~ .. _ . .</p><p>CORTE</p><p>CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA</p><p>GRAVATA DE PONTALETES DE MADEIRA</p><p>QUE FAZEM PARTE DO GARFO</p><p>CUNHAS DE MADEIRA</p><p>GARFO EM DUPLO PONTALETE</p><p>DE MADEIRA</p><p>CUNHA DE MADEIRA</p><p>Figura 3.8- Detalhes de painéis de viga. Sistema Formapronta.</p><p>28</p><p>1'\Etl'----- CHAPA DE MADEIRA</p><p>COMPENSADA</p><p>~'<------ DUPLO SARRAFO DE</p><p>MADEIRA</p><p><E--- TENSOR</p><p>~:;:I.:~;;;;;;;;íi- GASTALHO EM SARRAFO</p><p>DE MADEIRA</p><p>CORTE</p><p>PLANTA</p><p>Figura 3.9- Detalhe de painéis de pilar. Sistema Formapronta.</p><p>3.5 SISTEMA PRÁTIKA</p><p>Este sistema baseia-se nos sistemas Toshio Ueno e Formapré. Utiliza apenas um jogo</p><p>de fôrmas e, uma vez definidas as peças para o andar tipo, projetam-se os andares</p><p>atípicos, utilizando-se os mesmos painéis, devidamente ajustados com complementos.</p><p>O sistema garante grande reaproveitamento das peças a serem utilizadas no andar tipo.</p><p>Quanto ao escoramento, o sistema Prátika prefere usar equipamentos metálicos em</p><p>pavimentos atípicos, devido à variação do pé-direito. No pavimento-tipo, o</p><p>cimbramento pode ser metálico ou de madeira (em geral pontaletes de pinus),</p><p>procurando a solução mais econômica, em função das características da obra.</p><p>29</p><p>Todas as peças são projetadas com dimensões compatíveis com a utilização manual</p><p>em obra. Em seguida, são pré-fabricadas, numeradas e estocadas, conforme as figuras</p><p>3.10 e 3.11.</p><p>PAINEL DE LAJE</p><p>GUIA DE ALINHAMENTO</p><p>P/ VIGAS EXTERAS</p><p>ESCORA</p><p>DE LAJE</p><p>GUIA P/ APOIO</p><p>LONGARINAS DE LAJES.</p><p>LONGARINA</p><p>INFERIOR</p><p>LONGARINA</p><p>SUPERIOR</p><p>ESCORA DE</p><p>VIGA !GARFO)</p><p>Figura 3.10- Arranjo de fôrmas de lajes e de vigas, com cimbramentos de madeira.</p><p>Sistema Prátika</p><p>30</p><p>PLANTA</p><p>~---CHAPA DE MADEIRA</p><p>COMPENSADA</p><p><tE-- TENSORES-----------'</p><p>GASTALHO EM</p><p>DE MADEIRA</p><p>VISTA</p><p>Figura 3.11 - Fôrmas para pilares. Sistema Prátika</p><p>3.6 SISTEMA GETHAL</p><p>Este sistema também utiliza chapas de madeira compensada para os painéis de laje,</p><p>painéis de viga e painéis de pilar, usando, basicamente, escoramentos metálicos. O</p><p>principal elemento do sistema é a chapa de madeira compensada, que é fabricada nas</p><p>espessuras de 12mm e 18mm.</p><p>O sistema Gethal é normalmente dimensionado para chapas de 18mm de espessura,</p><p>utilizando chapas mais finas para a execução de peças curvas. Definidas as</p><p>caracteristicas dos painéis, como por exemplo espessura da chapa, número de</p><p>reutilizações, etc., é feita a determinação do arranjo adequado para o escoramento, ou</p><p>seja, os equipamentos Gethal.</p><p>Como nos sistemas anteriores, o sistema Gethal é composto de painéis de lajes, de</p><p>vigas e de pilares, conforme descrito a seguir:</p><p>- Painéis de laje</p><p>Esses painéis são constituídos de chapas de compensado, apoiadas sobre transversinas</p><p>mistas, compostas de perfis metálicos e de madeira maciça ou, dependendo do vão a</p><p>ser vencido, sobre vigas treliçadas de madeira.</p><p>As peças de apoio dessas transversinas são longarinas do mesmo material, ou seja,</p><p>treliças ou vigas compostas, que são responsáveis pela transmissão dos esforços ao</p><p>escoramento. O sistema Gethal utiliza escoras metálicas para os casos comuns, ou</p><p>torres metálicas para o caso de grandes alturas, conforme a figura 3.12.</p><p>31</p><p>Fundo da laje</p><p>barrotes</p><p>longarina</p><p>Escora metálica</p><p>Figura 3.12- Painéis de laje sustentado por vigas treliçadas.</p><p>- painéis de vigas</p><p>As formas para vigas do sistema são confeccionadas com chapas de madeira</p><p>compensada, tanto para os painéis laterais quanto para os de fundo.</p><p>Os painéis laterais são reforçados, em sua parte superior, por um sarrafo fixado ao</p><p>longo da borda superior. Os painéis laterais são apoiados, por meio deste sarrafo, nos</p><p>gastalhos. O conjunto de apoio é constituído por dois braços verticais de madeira</p><p>(gastalho ), ligados por uma haste metálica em forma de "U". Os ajustes dos painéis</p><p>são feitos por meio de cunhas de madeira colocadas entre a travessa inferior e a peça</p><p>metálica, conforme a figura 3.13.</p><p>32</p><p>. .. .</p><p>SARRAFO</p><p>GASTALHO</p><p>TRAVESSA</p><p>CUNHA</p><p>CRUZETA</p><p>PONT ALETE (ESCORA METÁLICA)</p><p>Figura 3.13- Painéis de viga. Sistema Gethal.</p><p>- Painéis de pilares</p><p>Vários tipos de painéis de pilar são utilizados neste sistema, cada um se adequando ao</p><p>tipo de obra a ser considerado. São eles:</p><p>• painéis de chapa de madeira compensada enrijecida- consiste em painéis de chapa</p><p>de compensado enrijecido com caibros de 7,5cmx7,5cm, ou com sarrafos duplos de</p><p>2,5cmxl0cm ou com perfil metálico. O painel é travado ao longo da altura por</p><p>meio de barras de "ferros redondos"(barras de ancoragem) presos em gravatas de</p><p>caibros duplos, conforme a Figura 3.14.</p><p>• painéis com gravatas moduladas - como nos sistemas tradicionais, os painéis são</p><p>travados por meio de gravatas. A gravata é formada por um conjunto de peças de</p><p>madeira maciça ou de perfis metálicos, onde cada peça tem, na extremidade, um</p><p>encaixe metálico com um parafuso, que permite o apoio e a fixação de outra peça.</p><p>Essas gravatas são montadas ao longo da altura do pilar, conforme a figura 3.15.</p><p>• painéis com placas moduladas - a placa é uma peça metálica revestida com madeira</p><p>compensada. Cada conjunto de quatro placas formam um elemento tubular. Como</p><p>a altura de cada placa é de 55cm, o sistema só pode ser usado em pilares cujo pé</p><p>direito seja múltiplo de cinco centímetros, conforme a figura 3.15.</p><p>33</p><p>SARRAFO</p><p>CAIBRO DUPLO</p><p>} ' CAIBRO 3"' x 3"</p><p>;</p><p>BARRA DE ANCORAGEM</p><p>ELEVACÃO</p><p>CAIBRO DUPLO</p><p>CAIBRO 3"x 3"'</p><p>SARRAFO</p><p>PLANTA</p><p>Figura 3.14- Painéis de pilar enrijecidos com sarrafos simples (Sist. Gethal).</p><p>34</p><p>CHAPA DE MADEIRA</p><p>COMPENSADA</p><p>GRAVATA MODULADA "GETHAL"</p><p>(SARRAFOS E CHAPA METÁLICA</p><p><E-+--- CHAPA DE MADEIRA</p><p>COMPENSADA</p><p>'----- RETICULADO DE NERVURAS EM</p><p>CHAPA COM DISPOSfTiVO DE</p><p>ENCAIXE</p><p>Figura 3.15- Painéis de pilar com gravatas moduladas e com placas moduladas.</p><p>Sistema Gethal.</p><p>35</p><p>3.7. FÔRMAS ESPECIAIS</p><p>Consideramos como fôrmas especiais os moldes que se destinam a estruturas de</p><p>concreto consideradas como especiais. Entre estas estruturas especiais poderíamos</p><p>considerar resumidamente as seguintes:</p><p>1 - Estrutura com concreto arquitetônico</p><p>São estruturas em que o concreto, além de suas funcões estruturais, se apresenta</p><p>também com finalidades arquitetônicas enfatizadas, quer através se uma textura</p><p>especial, quer através de detalhes ornamentais.</p><p>A textura normalmente é obtida através da utilização de moldes com placas de contato</p><p>especiais. Os detalhes ornamentais podem, em certos casos, ser obtidos com moldes</p><p>de gesso.</p><p>2 - Concreto Pré Moldado</p><p>O concreto pré-moldado pode ser utilizado tanto para fins estruturais quanto para fins</p><p>arquitetônicos, através de elementos da fachada. Neste caso, as fôrmas para pré</p><p>moldados devem obedecer alguns requisitos básicos, tais como:</p><p>a) possuir alta rigidez e precisão dimensional para a boa aplicação das peças pré</p><p>moldadas entre ±0,1 e ±0,2%, com limite máximo de 20mm para as peças em</p><p>geral.</p><p>b) o material empregado deve permitir um máximo de reutilizações com um mínimo</p><p>de reparos e manutenção.</p><p>c) as fôrmas devem obedecer um planejamento prévio quanto ao seu posicionamento</p><p>na área de concretagem.</p><p>d) a construção do molde deve ser projetada</p><p>para que se obtenha um desempenho</p><p>bastante elevado em todas as operações.</p><p>3- Concreto Pré-Moldado e Protendido</p><p>Neste caso, é importante prever o efeito da protensão e o formato da peça, para que</p><p>esta não venha a transmitir esforços às fôrmas após a protensão. Em princípio, os</p><p>moldes devem ser desformados antes da protensão.</p><p>4 - Cascas, Cúpulas e Lajes Duplas</p><p>Dado a variedade destes tipos de estrutura, na verdade, cada caso deve ser</p><p>meticulosamente estudado, quanto às cargas e esforços a considerar, detalhes da</p><p>execução dos moldes, colocação do concreto e desforma.</p><p>5 - Concreto Massa</p><p>É o caso usual encontrado nas barragens de concreto. Para este caso, normalmente se</p><p>faz uso de equipamentos especiais. Entre estes equipamentos estão as chamadas</p><p>fôrmas trepantes e as fô1mas auto-trepantes.</p><p>36</p><p>6- Túneis</p><p>Também pelas suas características, não se pode prever uma solução padronizada. Há</p><p>entretanto alguns sistemas de fô1mas metálicas, p1incipalmente nos casos de arcos,</p><p>que apresentam bons resultados.</p><p>7 - Torres, Silos e Chaminés</p><p>Nestes tipos de estruturas especiais, a solução normalmente recai sobre o sistema de</p><p>formas deslizantes. Este serviço, em geral, é executado por empresas especializadas.</p><p>8- Pontes e Viadutos</p><p>É também um caso típico de uma estrutura pesada onde os esforços nas fôrmas devem</p><p>ser cuidadosamente verificados. Na verdade, grande parte do problema reside também</p><p>no sistema de escoramento, uma vez que se trata de fôrmas elevadas, onde não se</p><p>pode contar como o solo abaixo do vão, ou por se tratar de um rio, ou para não</p><p>interromper o trafego de uma viajá existente.</p><p>9 - Fôrmas Absorventes</p><p>Esta tecnologia surgiu recentemente, e consiste na utilização de geotexteis no contato</p><p>entre a forma e o concreto, que visa absorver e drenar o excesso de água utilizado para</p><p>melhorar a plasticidade do concreto, além de concentrar finos na supe1fície do</p><p>concreto, aumentando sua resistência e diminuindo sua porosidade, o que melhora as</p><p>condições do recob1imento e aumenta a vida útil da estrutura.</p><p>Esta tecnologia é bastante indicada para estruturas de concreto aparente, pois a</p><p>superfície resultante deste processo é muito mais bem acabada que a resultante dos</p><p>processos convencionais. Sendo uma tecnologia ainda recente, muitas adaptações</p><p>devem ser feitas, e os custos avaliados.</p><p>3.8 CUIDADOS NA DESFORMA</p><p>A desforma tem grande importância na fase de forma de uma estrutura, pois o número</p><p>de reutilizações e, portanto, o custo desta fase, depende da qualidade desta tarefa.</p><p>Além disso, deve ser seguida uma seqüência de desforma que não provoque esforços</p><p>no concreto que não tenham sido previstos no cálculo, tal como esforços negativos no</p><p>meio do vão de lajes e vigas.</p><p>Recomenda-se o seguinte roteiro para desforma:</p><p>-Começar pelos pilares:</p><p>• retira-se os prendedores dos tensores e os tensores quando estes forem</p><p>reaproveitáveis;</p><p>• retira-se os gastalhos fixos no chão;</p><p>• retira-se os painéis das faces dos pilares.</p><p>37</p><p>- fôrmas das vigas:</p><p>• retira-se a guia de nivelamento de apoio das transversinas pregadas nos garfos das</p><p>vigas;</p><p>• retira-se o garfo do meio e reescora-se o fundo da viga;</p><p>• retira-se os garfos restantes, reescorando a cada 1 metro aproximadamente.</p><p>- fôrmas das lajes:</p><p>• retira-se as longarinas e transversinas;</p><p>• reescora-se a faixa de reescoramento das extremidades para o centro;</p><p>• retira-se os mosquitos;</p><p>• com cuidado, retira-se as chapas de compensado.</p><p>• Na prática, a maioria dos danos que ocorrem nas formas surgem durante a</p><p>desforma, isso ocorre simplesmente por falta de cuidado por parte da mão de obra.</p><p>A substituição prematura de peças da forma por deterioração na desforma provoca</p><p>desperdícios que oneram significativamente a obra. Assim, recomenda-se que os</p><p>detalhes de projeto facilitem a desforma e previnam qualquer acidente. É</p><p>importante também que o engenheiro esteja sempre presente nas fases de desforma.</p><p>38</p><p>E ESCO E</p><p>4.1 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL</p><p>O projeto das fôrmas para uma estrutura de concreto armado é efetuado com muitas</p><p>simplificações; as peças são dimensionadas no regime elástico segundo os Estados</p><p>Limites, e a consideração das diferentes partes da estrutura é feita individualmente.</p><p>4.1.1 Fôrmas para Lajes</p><p>As fôrmas para lajes devem receber diretamente o peso do concreto somado às</p><p>sobrecargas definidas abaixo. As cargas são suportadas pelos painéis de laje e</p><p>transmitidas às transversinas e longarinas que descarregam nas escoras de laje.</p><p>4.1.2 Fôrmas para Vigas</p><p>As fôrmas para vigas devem ser dimensionadas para que o painel de fundo suporte a</p><p>carga vertical, e os painéis de face suportem o empuxo lateral do concreto fresco nas</p><p>faces. Na questão da carga vertical a ser transmitida às escoras há ainda que</p><p>considerar, além da projeção da viga, a componente proveniente das lajes adjacentes.</p><p>Esta parcela depende da particularidade de cada projeto de como é realizada a ligação</p><p>da laje e viga com a disposição final dos pés direitos.</p><p>Fundo da viga:</p><p>O primeiro passo é a determinação do carregamento vertical incidente sobre o fundo</p><p>da viga. Nas combinações destas ações, devem ser computados: o peso próprio do</p><p>concreto, do aço e das fôrmas. Para a sobrecarga, deve ser considerado o peso de</p><p>equipamentos e trabalhadores. Para os diferentes componentes das fôrmas, são feitas</p><p>as verificações dos Estados Limites Último e de Utilização.</p><p>Faces da viga:</p><p>O concreto fresco lançado na fôrma comporta-se temporariamente como fluido,</p><p>produzindo um empuxo hidrostático sobre as faces da viga. Assim, as faces das vigas</p><p>estão sujeitas ao empuxo do concreto fresco e também devem suportar parte da carga</p><p>vertical da laje que eventualmente esteja apoiada na fôrma da viga. É muito</p><p>importante estudar as características construtivas do sistema de fôrmas que estiver</p><p>sendo adotado, para se definir a parcela de carregamento que cabe a cada elemento da</p><p>estrutura e como este carregamento se efetiva. O sistema a ser adotado, muitas vezes,</p><p>depende da experiência da empresa ou pelo bom senso do projetista ou empreiteiro.</p><p>39</p><p>4.1.3 Fôrmas para Pilares</p><p>Na execução de fôrmas para pilares, deve-se considerar o empuxo atuante sobre as</p><p>fôrmas. A pressão varia de um valor máximo da base do pilar, diminuindo até zero na</p><p>outra extremidade, ou poderá ser considerado um valor máximo equivalente constante</p><p>na altura total.</p><p>4.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO</p><p>As propriedades do concreto mais importantes para o projeto de fôrmas são as</p><p>seguintes:</p><p>4.2.1 Comportamento do concreto</p><p>Basicamente, ao misturarmos os elementos que compõem o concreto, obtemos uma</p><p>massa cujas propriedades iniciais se situam entre as das substâncias líquidas e as</p><p>plásticas.</p><p>A rapidez com que o concreto passa do estado plástico ao sólido influencia</p><p>consideravelmente a pressão lateral que atua sobre os moldes onde se deposita.</p><p>4.2.2 Peso do concreto</p><p>De uma forma geral, consideramos o peso específico do concreto amado como sendo</p><p>de 2500kg/m3</p><p>, tanto para cálculo das pressões laterais como para cálculo de cargas</p><p>verticais.</p><p>4.2.3 Pega e Endurecimento</p><p>O tempo que decorre desde a adição da água ao início das reações com os compostos</p><p>do cimento é chamado de tempo de início de pega.</p><p>O fenômeno de pega tem seu início evidenciado pelo aumento brusco de viscosidade</p><p>da pasta e pela elevação da temperatura. Quando a pasta cessa de ser deformável e se</p><p>torna rígida para pequenas cargas temos o fim da pega.</p><p>A seguir, a massa continua a aumentar sua coesão e consistência, durante o</p><p>endurecimento. Para os cimentos normais, sem aditivos, o início de pega se processa</p><p>após 60 minutos e chega ao fim de pega entre 5 e 1 O horas.</p><p>4.2.4 Retração</p><p>A saída da água livre no concreto fresco, durante seu endurecimento, produz o</p><p>fenômeno que chamamos de retração, caracterizado pela perda de volume do concreto.</p><p>40</p><p>Estima-se que em média para o concreto armado, a deformação proveniente da</p><p>retração seja da ordem de 0,25rnrnlrn para um</p><p>período de tempo de 10 dias, sendo</p><p>ainda prevista urna tensão da tração da estrutura impedida de deslocar -se da ordem de</p><p>65 kg/crn2 .</p><p>4.3 AÇÕES NAS FÔRMAS E CIMBRAMENTOS</p><p>No dimensionamento de fôrmas e cimbramentos, deve-se considerar:</p><p>4.3.1 Peso Próprio das Fôrmas</p><p>Deve ser considerado cada tipo de fôrma a seus materiais componentes (madeira, aço,</p><p>fibra, etc.). Entretanto para fôrmas de madeira, e até mesmo mistas (madeira e aço),</p><p>pode-se estimar um peso próprio entre 40 e 60 kg/rn2 , que normalmente incluímos na</p><p>sobrecarga considerada. Este peso próprio é tratado corno ação variável para efeito de</p><p>combinação das ações, pois o tempo de atuação da estrutura corno um todo curto (até</p><p>30 dias).</p><p>4.3.2 Peso do Concreto Fresco</p><p>Para o cálculo das ações nas formas, adota-se corno peso específico do concreto</p><p>fresco: yc = 2500 kgffrn3</p><p>4.3.3 Sobrecargas</p><p>Geralmente, considera-se em um projeto de Fôrmas e Cimbramentos as sobrecargas</p><p>que cobrem as ações devidas à concretagern (incluindo o impacto do concreto sobre a</p><p>fôrma), vibração do concreto, equipamentos e circulação de operários na fase de</p><p>concretagern.</p><p>a) Vibração do Concreto</p><p>A sobrecarga devida a vibração do concreto pede ser considerada corno sendo 10% da</p><p>carga do concreto.</p><p>b) Demais Sobrecargas</p><p>São consideradas corno sobrecargas, as cargas provenientes, por ocasião da</p><p>concretagern (lançamento), de material estocado, circulação dos trabalhadores e</p><p>equipamentos. Estas são adotadas variando de 150 a 200 kgf/rn2 . Algumas vezes, o</p><p>implemento de equipamentos especiais, principalmente os de vibração e lançamento,</p><p>pode aumentar estas estimativas. Neste valor já esta incluído o peso próprio da forma</p><p>41</p><p>4.4 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES</p><p>Seguindo os critérios de dimensionamento da NBR7190/96, para a verificação dos</p><p>Estados Limites Últimos e de Utilização, devem ser feitas as combinações das ações</p><p>para se encontrar os valores de cálculo. As combinações e os coeficientes mais</p><p>importantes para o dimensionamento de fôrmas e cimbramentos especificados por esta</p><p>norma estão apresentados a seguir:</p><p>4.4.1 Estados limites últimos</p><p>Combinações últimas especiais ou de construção</p><p>F,= ~Y,;F,;.< +rQ(FQu + t,if/01Fw> J</p><p>Neste caso as ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais (Fql.k) e as</p><p>secundárias (Fqj.k) com seus valores reduzidos pelo coeficiente \!foi, que leva em conta a</p><p>baixa probabilidade de ocorrência simultânea das ações variáveis. Deve-se observar</p><p>que para o caso de fôrmas e cimbramentos não existe ações permanentes.</p><p>4.4.2 Estados limites de utilização</p><p>Combinações de curta duração</p><p>m n</p><p>Fd,uti = LFgi,k + FQl,k +L \!f llQj,k</p><p>i=l j=2</p><p>São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das deformações da</p><p>estrutura. Neste caso a ação variável principal atua com seus valores referentes a</p><p>média duração.</p><p>4.4.3 Coeficientes para as combinações de ações</p><p>4.4.3.1 Combinações últimas</p><p>Para as combinações nos estados limites últimos são utilizados os seguintes</p><p>coeficientes:</p><p>YQ = coeficiente de majoração para as ações variáveis</p><p>\!f o = coeficiente de mino ração para as ações variáveis secundárias</p><p>Os valores dos coeficientes apresentados pela norma são os seguintes:</p><p>a) Ações variáveis (yQ)</p><p>A norma brasileira especifica os seguintes valores para yq em análise de combinações</p><p>últimas:</p><p>42</p><p>Quadro 4.1- Acões variáveis (Fonte: NBR 7190/1997)</p><p>Combinações ações variáveis em geral incluídas as efeitos da</p><p>cargas acidentais móveis temperatura</p><p>Normais yQ = 1,4 yf - 1,2 -</p><p>Especiais ou de Construção YQ = 1,2 yf = 1,0</p><p>Excepcionais YQ = 1,0 yf =0</p><p>b) Ações variáveis secundárias (\jfo)</p><p>Este coeficiente varia de acordo com a ação considerada, como pode ser visto na</p><p>tabela 9.</p><p>c) Combinações de utilização</p><p>Para as combinações nos estados limites de utilização são utilizados os seguintes</p><p>coeficientes:</p><p>\jfl = coeficiente para as ações variáveis de média duração</p><p>\jf2 = coeficiente para as ações variáveis de longa duração</p><p>Os valores de \jfl e \jf2 são apresentados na tabela 9.</p><p>Quadro 4.2 - Fatores de minoracão (Fonte: NBR 7190/1997)</p><p>Ações em estruturas correntes 'Yo 'Pl</p><p>Cargas acidentais dos edifícios 'Yo 'Yl</p><p>- Locais em que não há predominância de</p><p>pesos de equipamentos fixos, nem de</p><p>elevadas concentrações de pessoas 0,4 0,3</p><p>- Locais onde há predominância de pesos de</p><p>equipamentos fixos, ou de elevadas</p><p>concentrações de pessoas 0,7 0,6</p><p>-Bibliotecas, arquivos, oficinas e</p><p>garagens 0,8 0,7</p><p>4.5 ESTUDO DA PRESSÃO LATERAL DO CONCRETO</p><p>'Y2</p><p>'Y2</p><p>0,2</p><p>0,4</p><p>0,6</p><p>Muitos estudos e ensaios foram realizados para determinar urna fórmula de cálculo</p><p>para a pressão lateral que o concreto exerce sobre as fôrmas, mas os resultados</p><p>obtidos tem diferido bastante em função das muitas variáveis que afetam o problema.</p><p>43</p><p>As pressões atuantes nas partes da fôrma é de difícil equacionamento, pois depende de</p><p>diversos fatores os quais nem sempre são de fácil conhecimento. Os principais fatores</p><p>que influenciam são:</p><p>e Velocidade de lançamento do Concreto.</p><p>• Temperatura do Concreto .</p><p>e Dosagem do Concreto.</p><p>• Consistência do Concreto .</p><p>• Sistema de adensamento .</p><p>• Impacto de lançamento .</p><p>• Fôrma e dimensões dos moldes .</p><p>• Quantidades e distribuição das armaduras .</p><p>• Peso específico do Concreto .</p><p>• Altura da camada de Concreto Fresco .</p><p>• Dimensões dos agregados .</p><p>" Temperatura ambiente.</p><p>• Textura e Permeabilidade dos Painéis .</p><p>• Seção Transversal das Fôrmas</p><p>A seguir, apresenta-se uma análise qualitativa da influência de alguns fatores na</p><p>pressão exercida pelo concreto.</p><p>V elo cidade de Concretagem ? a pressão ~</p><p>Temperatura ~ a pressão ~</p><p>Dosagem do Cimento ~ a pressão ~</p><p>Consistência ~ a pressão ~</p><p>Energia de Adensamento ~- a pressão ~</p><p>Impacto de lançamento ~ a pressão ?</p><p>Dimensões da Fôrma ? a pressão ?</p><p>Armação ~ a pressão ~</p><p>Peso do Concreto ~ a pressão f</p><p>Altura da camada f a pressão ~</p><p>Assim , nota-se que a pressão lateral do concreto não é fácil de ser equacionada,</p><p>embora já tenha sido bastante pesquisada.</p><p>44</p><p>4.5.1 Vigas</p><p>A pressão lateral que o concreto exerce nas paredes da viga não varia linearmente com</p><p>a altura, porém como trata-se de um elemento cuja relação altura/lado é pequena,</p><p>pode-se considerar o diagrama de pressões triangular.</p><p>O cálculo da flexão considerando carga triangular é complexo, assim, permite-se a</p><p>aproximação da carga para uma distribuição uniforme, com intensidade igual à</p><p>intensidade à profundidade de 2/3H da consideração da carga triangular.</p><p>h</p><p>H</p><p>Pressão lateral: Ph = y . h . K</p><p>onde:</p><p>y = peso específico do concreto</p><p>1- senq) 1- senl5°</p><p>K= = = 0.60</p><p>1 + senq) 1 + sen15°</p><p>com <P = 15° (ângulo de atrito interno do concreto)</p><p>2</p><p>h = altura considerada para adoção da pressão uniforme = -H</p><p>3</p><p>H= altura total da viga</p><p>4.5.2 Pilares</p><p>Ph</p><p>No caso de pilares a relação altura/lado é grande, considerando-se então a seguinte</p><p>variação para a pressão lateral: (pressão de Janssen)</p><p>45</p><p>r·R c---</p><p>(</p><p>f.l·K·z )J</p><p>Ph=p· 1-e R</p><p>y = peso específico do concreto</p><p>K . h'd , 1. á rea =raiO 1 rau 1co = --, --</p><p>penmetro</p><p>··r·········</p><p>z</p><p>b·h b·h</p><p>2b + 2h 2(b +h)</p><p>---,</p><p>I</p><p>I</p><p>JJ. = coeficiente de atrito do concreto com a chapa de compensado = tg 1 O o = O, 17 6</p><p>1- sen<P</p><p>K = = O. 6 ---7 ( <P = 15°)</p><p>1+ sen<P</p><p>Neste caso, considera-se, para efeito de cálculo, a carga uniformemente distribuída,</p><p>com valor igual à máxima pressão de J anssen, conforme a figura anterior.</p><p>46</p><p>5 ETO DE FORMAS E Cl</p><p>5.1 DADOS</p><p>O primeiro passo a ser seguido pelo projetista de fôrmas é a avaliação rigorosa do</p><p>projeto de estrutura, das formas da estrutura de concreto, das dificuldades que</p><p>poderão surgir, das condições do canteiro de obra e, baseado na sua experiência e</p><p>em seu conhecimento, adotar o sistema de fôrmas mais indicado para cada caso</p><p>5.1.1 Projeto Estrutural</p><p>OBRA: Modelo para a Disciplina SET613</p><p>LOCAL: Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira</p><p>A</p><p>Â</p><p>Concreto</p><p>Planta</p><p>fck = 20</p>