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<p>Estação 1- 2024-05-11</p><p>DESCOLAMENTO PREMATURO</p><p>DE PLACENTA.</p><p>Conforme dito em aula se trata de 2</p><p>pacientes, o descolamento prematuro da</p><p>placenta (DPP), pode ocorrer após 20</p><p>semanas de gestação, também conhecido</p><p>como placenta abrupta ou desprendimento</p><p>placentário, é uma complicação incomum,</p><p>porém grave, na qual a placenta descola-se</p><p>parcial ou completamente do útero antes</p><p>da hora do parto.</p><p>A DPP é um problema potencialmente fatal,</p><p>pois a perda de contato entre a placenta e</p><p>o útero pode não só privar o bebê de</p><p>oxigênio e nutrientes, como também</p><p>provocar hemorragia, levando a uma</p><p>volumosa perda de sangue por parte da</p><p>mãe.</p><p>A placenta é um órgão materno-fetal que</p><p>só existe durante a gravidez. Sua principal</p><p>função é prover oxigênio e nutrientes para</p><p>o feto, através da troca de sangue com a</p><p>mãe.</p><p>Em condições normais, a placenta só deve</p><p>se desprender do útero depois que o bebê</p><p>já tenha nascido conhecido como a 4ª</p><p>etapa do parto “alumbramento”.</p><p>Quanto maior for o descolamento</p><p>placentário, maior é o risco de surgir</p><p>sofrimento fetal.</p><p>Em geral, o descolamento prematuro da</p><p>placenta vem acompanhado de</p><p>sangramento vagina. Entretanto, o sangue</p><p>resultante do descolamento pode ficar</p><p>preso entre a parede do útero e a placenta,</p><p>não havendo exteriorização do mesmo pela</p><p>vagina. Nestes casos, o descolamento da</p><p>placenta pode progredir silenciosamente,</p><p>levando grande perigo à mãe e ao bebê.</p><p>As causas do descolamento da placenta</p><p>ainda não foram totalmente esclarecidas.</p><p>Sabemos que traumas abdominais podem</p><p>ser um dos motivos, mas apenas uma</p><p>pequena proporção de todos os DPP (cerca</p><p>de 9% dos casos) estão relacionados a</p><p>eventos mecânicos repentinos, como</p><p>trauma abdominal contuso,</p><p>descompressão uterina rápida ou</p><p>aceleração-desaceleração do útero, tal</p><p>como costuma ocorrer nos acidentes</p><p>automobilísticos.</p><p>Fatores de Risco:</p><p>• Idade materna avançada: Mulheres</p><p>mais velhas têm maior risco de</p><p>descolamento da placenta.</p><p>• Hipertensão: Tanto a hipertensão</p><p>crônica quanto a relacionada à</p><p>gestação (como a pré-eclâmpsia)</p><p>aumentam o risco de descolamento</p><p>da placenta.</p><p>• Gemêlaridade.</p><p>• Isquemia placentária: Distúrbios</p><p>que resultam em restrição do</p><p>crescimento intrauterino podem</p><p>aumentar o risco.</p><p>• Infecção intra-amniótica</p><p>(corioamnionite).</p><p>• Vasculite e outros distúrbios</p><p>vasculares.</p><p>• Trauma abdominal: Inclui acidentes</p><p>de carro, quedas ou casos de</p><p>violência doméstica.</p><p>• Distúrbios trombóticos maternos</p><p>adquiridos.</p><p>• Tabagismo.</p><p>• Uso de drogas.</p><p>• Ruptura prematura das</p><p>membranas, particularmente em</p><p>mulheres com polidrâmnio.</p><p>• Processos infecciosos.</p><p>• Aumento excessivo do líquido</p><p>amniótico (polidrâmnio).</p><p>Achados Clínicos:</p><p>- Hemorragia vaginal: VERMELHO ESCURO</p><p>Pode ser discreta ou intensa, atenção pois</p><p>este é um sintoma tardio.</p><p>- Dor abdominal: Geralmente súbita.</p><p>- Rigidez uterina (hipertonia uterina).</p><p>- Sensibilidade uterina.</p><p>- Equimose / Hematoma abdominal:</p><p>- Contrações uterinas com início</p><p>espontâneo.</p><p>- Movimentos fetais anormal, pode estar</p><p>diminuído ou aumentado indicando</p><p>sofrimento fetal.</p><p>- Diminuição ou ausência de batimentos</p><p>cardíacos fetais.</p><p>- Sinais de Choque: Pode apresentar</p><p>sintomas como dispneia, palidez, agitação</p><p>e taquicardia.</p><p>Complicações materna:</p><p>Hemorragia excessiva: Pode resultar em</p><p>instabilidade hemodinâmica, com ou sem</p><p>choque.</p><p>Coagulação intravascular disseminada,</p><p>(CIVD).</p><p>Útero de Couvelaire ou apoplexia útero</p><p>placentária: (infiltração do miométrio pelo</p><p>sangue), que pode dificultar a contração</p><p>uterina, podendo levar a necessidade de</p><p>uma histerectomia para o controle do</p><p>sangramento e infertilidade subsequente.</p><p>Choque circulatório.</p><p>Síndrome de Sheehan (SS): É a necrose da</p><p>glândula pituitária decorrente de uma</p><p>complicação hemorrágica pós-parto por</p><p>deficiência circulatória nos capilares que</p><p>nutrem a hipófise, qual no caso da</p><p>gestante estará hipertrofiada, precisando</p><p>de alta nutrição sanguínea.</p><p>Alterações da coagulação sanguínea.</p><p>Anemia grave com necessidade de</p><p>transfusão de sangue.</p><p>IRA: Falência dos rins e de outros órgãos.</p><p>Oligúria e Anuria</p><p>Complicações fetais:</p><p>✓ Comprometimento fetal: Pode</p><p>ocorrer sofrimento fetal, morte ou,</p><p>se o descolamento prematuro da</p><p>placenta é crônico, restrição de</p><p>crescimento ou oligoidrâmnio.</p><p>✓ Sensibilização Rh.</p><p>✓ Nascimento prematuro.</p><p>✓ Morte do fetal.</p><p>Diagnósticos diferenciais:</p><p>✓ Placenta prévia (Porém neste caso o</p><p>sangue é vermelho claro e indolor)</p><p>✓ Gravidez ectópica.</p><p>✓ Ruptura uterina.</p><p>✓ Aborto espontâneo: Isso pode</p><p>causar sangramento vaginal e dor</p><p>abdominal.</p><p>✓ Trabalho de parto prematuro.</p><p>Exames:</p><p>✓ Efetuar sinais vitais exame físico</p><p>geral e dados antropométricos.</p><p>✓ Pedir exame físico em bloco da</p><p>seguinte forma:</p><p>Solicito Exame físico:</p><p>✓ Neurológico</p><p>✓ AP. Respiratório</p><p>✓ Cardiovascular</p><p>✓ Abdominal</p><p>✓ Extremidades</p><p>✓ Ectoscopia de pele e mucosas</p><p>✓ Genitália (se necessário)</p><p>✓ Efetuar manobras de Leopold:</p><p>✓ Ectoscopia, especuloscopia e tacto</p><p>vaginal.</p><p>✓ Coagulograma: INR</p><p>• Fator RH.</p><p>• Hemograma.</p><p>• Tipagem sanguínea.</p><p>• Fibrinogênio (importante para</p><p>classificação).</p><p>• Ecografia Obstétrica:</p><p>• Cardiotocografia:</p><p>Classificação:</p><p>Conduta terapeutica:</p><p>Conduta para paciente acima de 35</p><p>semanas:</p><p>1- Amniocentese.</p><p>2- Conduta expectante por via mais</p><p>rápida, conforme o caso</p><p>mencionado, a paciente estava</p><p>somente com 2 centímetros de</p><p>dilatação, então para um parto</p><p>normal terá uma demora mesmo</p><p>com a estimulação com Oxitocina,</p><p>sendo a cirurgia de Cesária uma</p><p>conduta mais imediata.</p><p>Em caso da unidade não conter a estrutura</p><p>para parto-Cesária, entrar em contato com</p><p>o centro de regulação para transferência da</p><p>paciente em local com centro obstétrico e</p><p>UTI pré-natal. Caso a paciente estiver</p><p>desacompanhada solicitar assistente social</p><p>e manter a mesma em sala vermelha até</p><p>chegar o transporte para transferência.</p><p>O tratamento do descolamento da placenta</p><p>em gestações com menos de 35 semanas</p><p>varia de acordo com a extensão do quadro.</p><p>Aqui estão algumas das principais etapas</p><p>do tratamento:</p><p>• Internação imediata.</p><p>• Cateterismo vesical.</p><p>• Administração de oxigênio úmido</p><p>sob máscara.</p><p>• Avaliação laboratorial da série</p><p>vermelha, da função renal e da</p><p>coagulação sanguínea.</p><p>• Reposição da volemia, se</p><p>necessário.</p><p>• Correção dos distúrbios de</p><p>coagulação, se presentes.</p><p>Se o descolamento for pequeno, apenas</p><p>na borda placentária, o uso de medicações</p><p>que inibam as contrações, repouso e o</p><p>controle de sua evolução podem conter o</p><p>quadro sem necessidade de interrupção</p><p>da gestação.</p>