Mulher, G2P1 (parto vaginal), é conduzida ao serviço de urgência obstétrica por estar desacordada, após ter apresentado dor abdominal súbita e desmaio em casa. Está com 35 semanas de gestação e é hipertensa crônica em uso de metildopa e nifedipina. Está inconsciente, apresenta tônus uterino aumentado, com batimento cardíaco fetal de 50 bpm, colo uterino fechado e com moderado sangramento escuro por via vaginal. Ela apresenta os seguintes dados vitais: Exame Resultado Frequência cardíaca materna 60 bpm Pressão arterial 80 x 60 mmHg Saturação de oxigênio 94% Diante desse quadro clínico, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o diagnóstico e a conduta adequados. A Descolamento prematuro de placenta; priorizar a estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, posicionar a paciente em decúbito lateral e realizar a cesárea imediatamente. B Descolamento prematuro de placenta; iniciar a administração de reposição volêmica com cristaloides e com oxigênio e iniciar a monitorização contínua materno fetal, enquanto a paciente é preparada para o parto vaginal induzido. C Placenta prévia; iniciar a reanimação materna com cristaloides, oxigênio suplementar e administração de uterolíticos para diminuir o tônus e conter o sangramento, enquanto a paciente é transferida para o centro cirúrgico a fim de realizar avaliação de cesariana de urgência. D Placenta prévia; realizar manobras de suporte à vida materna, como reposição volêmica com cristaloides e administração de oxigênio, e iniciar monitorização contínua materno-fetal enquanto a paciente é preparada para o parto vaginal induzido.
Ed
há 2 meses
Vamos analisar o caso apresentado e as alternativas. A paciente é uma mulher grávida de 35 semanas, hipertensa crônica, que apresenta dor abdominal súbita, desmaio, tônus uterino aumentado, batimento cardíaco fetal baixo (50 bpm), e sinais de sangramento vaginal. Esses sinais são preocupantes e indicam uma possível complicação obstétrica grave. 1. Descolamento prematuro de placenta: É uma condição em que a placenta se separa da parede uterina antes do parto, o que pode causar sangramento e comprometer a saúde da mãe e do feto. Os sinais apresentados pela paciente, como tônus uterino aumentado e sangramento, são compatíveis com essa condição. 2. Placenta prévia: É quando a placenta está posicionada na parte inferior do útero, cobrindo o colo do útero, o que pode causar sangramento, mas não necessariamente o aumento do tônus uterino. Agora, vamos analisar as alternativas: A) Descolamento prematuro de placenta; priorizar a estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, posicionar a paciente em decúbito lateral e realizar a cesárea imediatamente. - Esta alternativa é adequada, pois a estabilização hemodinâmica é crucial e a cesárea é indicada em casos de descolamento prematuro com comprometimento fetal. B) Descolamento prematuro de placenta; iniciar a administração de reposição volêmica com cristaloides e com oxigênio e iniciar a monitorização contínua materno fetal, enquanto a paciente é preparada para o parto vaginal induzido. - Embora a reposição volêmica e a monitorização sejam importantes, a indução do parto vaginal não é a conduta adequada em um caso de descolamento prematuro com sinais de comprometimento. C) Placenta prévia; iniciar a reanimação materna com cristaloides, oxigênio suplementar e administração de uterolíticos para diminuir o tônus e conter o sangramento, enquanto a paciente é transferida para o centro cirúrgico a fim de realizar avaliação de cesariana de urgência. - Esta alternativa não é a mais adequada, pois a paciente apresenta sinais mais compatíveis com descolamento prematuro. D) Placenta prévia; realizar manobras de suporte à vida materna, como reposição volêmica com cristaloides e administração de oxigênio, e iniciar monitorização contínua materno-fetal enquanto a paciente é preparada para o parto vaginal induzido. - Novamente, a indução do parto vaginal não é a conduta correta em um caso de placenta prévia com comprometimento. Diante da análise, a alternativa correta é: A) Descolamento prematuro de placenta; priorizar a estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, posicionar a paciente em decúbito lateral e realizar a cesárea imediatamente.