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0
Projeto de Sistema Solar Fotovoltaico na zona rural de Apodi - RN1
Dárian Eskarllet Rodrigues de Souza Paiva2
Francisco Quirino de Oliveira3
Lorena Rodrigues Martins4
Kayo Rodrigo Santiago da Silva5
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi realizar o dimensionamento de um projeto de sistema solar
fotovoltaico em uma propriedade rural localizada no município de Apodi, interior do estado
do Rio Grande do Norte. Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa quantitativa, uma
vez que foram coletados dados numéricos da região, como irradiância solar, consumo da
unidade consumidora e dimensões do telhado onde os módulos seriam instalados. Para obter
embasamento teórico sobre os conceitos e princípios de funcionamento de sistemas de
geração de energia, foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando a plataforma Google
Acadêmico. Os métodos de análise de dados empregados nesta pesquisa foram planilhas
eletrônicas e gráficos, os quais permitiram concluir que o sistema fotovoltaico em questão é
viável tanto em termos de geração de energia quanto de retorno do investimento. Ao suprir a
demanda de consumo ao longo do ano, esse sistema proporciona um retorno do valor
investido em menos de quatro anos, gerando lucro ao proprietário. Este estudo contribuirá
para a análise da viabilidade de projetos futuros de energia solar. O dimensionamento de um
sistema fotovoltaico off-grid surge como uma sugestão de tema para pesquisas posteriores.
Palavras-Chaves: energia; geração; investimento.
ABSTRACT
The objective of the present study was to carry out the sizing of a photovoltaic solar system
project on a rural property located in the municipality of Apodi, in the interior of the state of
Rio Grande do Norte. This work is characterized as a quantitative research, since numerical
data from the region were collected, such as solar irradiance, consumer unit consumption, and
dimensions of the roof where the modules would be installed. In order to obtain theoretical
basis on the concepts and principles of energy generation systems, a literature review was
conducted using the Google Scholar platform. The data analysis methods employed in this
research were spreadsheets and graphs, which allowed us to conclude that the photovoltaic
system in question is viable in terms of both energy generation and return on investment. By
meeting the consumption demand throughout the year, this system provides a return on the
invested value in less than four years, generating profit for the owner. This study will
contribute to the analysis of the feasibility of future solar energy projects. Sizing an off-grid
5 Professor Orientador. Engenheiro Eletricista. Docente da Universidade Potiguar –
kayo.santiago@animaaducacao.com.br
4 Graduanda em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – lorenarodrigues@hotmail.com.br
3 Graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – quirino417@gmail.com
2 Graduanda em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – darian.souza@hotmail.com
1 Artigo apresentado para a banca de TCC II, como parte dos requisitos para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Elétrica.
1
photovoltaic system emerges as a suggested topic for further research.
Keywords: energy; generation; investment.
2
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, à medida que a população mundial aumentou, a demanda por
energia elétrica também cresceu. Esse fato tornou-se uma preocupação global devido ao
impacto ambiental associado à geração de energia a partir de fontes naturais, que muitas vezes
resultam em danos ambientais e na emissão de poluentes. Além disso, existe a possibilidade
de escassez de recursos naturais nos próximos anos. De acordo com Silva e Araújo (2022), a
forma voraz e contínua com que a humanidade explora os recursos energéticos da natureza
pode levar ao seu esgotamento em um futuro próximo.
Conforme destacado pelos autores Silva e Araújo (2022), há uma preocupação
significativa em relação às emissões de gases poluentes provenientes da queima de
combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica, como petróleo, gás natural e carvão
mineral. Essa preocupação tem impulsionado os países a buscar alternativas energéticas mais
limpas e baseadas em recursos renováveis, como evidenciado no Acordo de Paris. Essas
novas formas de energia não apenas mitigam os impactos ambientais, mas também garantem a
sustentabilidade a longo prazo.
Foi adotado em dezembro de 2015 pelos países signatários da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, acrônimo em inglês), durante a 21ª
Conferência das Partes (COP21), um tratado global conhecido como Acordo de Paris
(BRASIL, 2017). O objetivo desse acordo é fortalecer a resposta à ameaça da mudança do
clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa
mudança, por meio da implementação de medidas de redução de emissão de dióxido de
carbono a partir de 2020.
Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de
Minas e Energia, Reive Barros, o Brasil tem atualmente 83% de sua energia, originada de
meios renováveis, sendo 63,8% de energia hidrelétrica, 9,3% de energia eólica, 8,9% de
energia proveniente de biomassa e biogás e 1,4% de energia solar centralizada (BRASIL,
2020).
Embora a energia hidrelétrica ainda seja a fonte de energia mais predominante no país,
ela tem enfrentado desafios devido à escassez de chuvas, resultando em custos elevados para a
população. Como resultado, tem havido um aumento na busca por outras fontes, como a
energia fotovoltaica, que utiliza a luz e o calor do sol como matéria-prima. No Brasil, a
energia fotovoltaica tem apresentado um crescimento e desenvolvimento constantes, sendo
considerada uma fonte limpa por ser gerada a partir do sol, um recurso inesgotável (LANA et
3
al., 2015). Um exemplo notável disso ocorreu em 2019, quando o Ministério da Defesa
implementou um projeto para utilizar energia solar em seu prédio principal, como parte de um
programa de eficiência de gastos. Foram instalados painéis solares que visavam suprir
aproximadamente 40% do consumo de energia do edifício.
Este estudo tem como justificativa a busca por uma solução energética limpa e
renovável capaz de suprir a demanda de consumo de um local específico, além de garantir
retorno do investimento. O objetivo geral deste trabalho é realizar o dimensionamento de um
projeto de sistema solar fotovoltaico do tipo on-grid para um consumidor na zona rural do
município de Apodi, Rio Grande do Norte. Os objetivos específicos incluem apresentar os
conceitos e princípios de funcionamento desse tipo de sistema de geração e avaliar a
viabilidade da implantação do projeto, tanto em termos de geração de energia quanto
economicamente.
Este artigo está estruturado em cinco seções distintas, iniciando com a introdução,
seguida pelo referencial teórico. Na segunda seção, foi realizada uma ampla revisão
bibliográfica para embasar teoricamente esta pesquisa. Em seguida, foi apresentada a
metodologia utilizada, destacando os parâmetros e cálculos aplicados no dimensionamento do
sistema de energia solar. A quarta seção concentra-se na análise dos resultados obtidos neste
estudo e, por fim, foi apresentada a conclusão do trabalho.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Energia solar
Em conformidade com CEMIG (2012), as fontes primárias de energia são aquelas
encontradas na natureza em sua forma original, sem terem passado por qualquer processo de
conversão. O crescimento contínuo da população e do consumo de energia à escala mundial,
associado à natureza finita dos combustíveis fósseis e à poluição gerada pela sua queima,
questiona o atual modelo energético. A procura de um modelo baseado no desenvolvimento
sustentável a longo prazo tem motivado interesse crescente por formas de energia mais limpas
e renováveis, de modo a permitir a satisfação das necessidades energéticas, sem alterar de
maneira acentuada as condições de vida no planeta. É nesse contextoque se insere a energia
solar fotovoltaica, que é uma forma de geração de energia capaz de suprir, com inúmeras
vantagens sobre as formas tradicionais de geração, determinadas necessidades (BRAGA,
2008). Ressaltando a ideia de Alves (2019) em contrapartida, as fontes de energia renováveis
4
são inesgotáveis, devido à constante renovação ao serem utilizadas dentro de um intervalo de
tempo significativo. Também, são consideradas limpas por emitir menos gases de efeito
estufa - doravante GEE - se comparadas às fontes fósseis.
À medida que cresce o foco mundial na sustentabilidade e na busca por energia
renovável eficiente, a produção de energia a partir da luz solar está recebendo cada vez mais
atenção devido às suas diversas diferenças e vantagens. A ideia de desenvolvimento
sustentável nasceu originalmente com o conceito de desenvolvimento, expresso desde a
perspectiva do crescimento, até o conceito do que é desenvolvimento sustentável. Segundo
Veiga (2005), o desenvolvimento sustentável é definido como aquele que satisfaz as
necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas
próprias necessidades.
Fonte proveniente do sol, é uma energia infinita e renovável. Classificada como uma
alternativa limpa, por não emitir gases. Finalmente, o que é energia solar? A energia solar
fotovoltaica é definida como a energia gerada através da conversão direta da radiação solar
em eletricidade. Isto se dá, por meio de um dispositivo conhecido como célula fotovoltaica
que atua utilizando o princípio do efeito fotoelétrico ou fotovoltaico (IMHOFF, 2007).
Também é válido ressaltar, que este mecanismo exige menos manutenção que outras fontes
convencionais, evitando desperdício. A base dessa energia são os raios, luzes e calor.
Podemos classificar a energia solar como qualquer tipo de produção de energia que tenha
como base os raios solares, um dos recursos mais fartos da natureza.
A energia do Sol é essencial para sustentar a vida na Terra e atua como um catalisador
para todos os processos térmicos, cinéticos e químicos, seja natural como a fotossíntese ou o
ciclo hidrológico, ou desenvolvido pelo homem. Conforme CRESESB, Centro de Referência
para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, (2008), a atmosfera terrestre recebe,
anualmente, 1,5x1018 kWh de energia do Sol. Isso indica que a radiação solar, além de ser
responsável pela manutenção da vida na Terra, também se constitui enquanto uma inesgotável
fonte energética, em que há um enorme potencial de utilização por meio de sistemas de
captação e conversão em outra forma de energia, a exemplo da térmica e da elétrica, dentre
outras.
No ponto de vista de Alves (2019) muitas são as aplicações da fonte de energia solar
provenientes dos raios solares. Pode-se destacar a geração direta (energia solar fotovoltaica) e
indireta (energia heliotérmica, conversão de irradiação solar em calor para geração de energia
elétrica) de eletricidade, além da energia solar térmica (geração de calor para aquecer fluidos,
bem como secagem e aquecimento industrial).
5
O efeito fotovoltaico é produzido por essa incidência que, além de fazer circular uma
corrente elétrica no material, cria a energia elétrica. Através do efeito fotovoltaico há o
desenvolvimento da diferença de potencial entre os dois eletrodos, devido à transferência de
elétrons gerados entre as diferentes bandas do material (CEMIG, 2012).
Na visão de Chaves, Camargo, Ramos e Ramos (2018), a energia heliotérmica,
também conhecida como Concentrating Solar Power (CSP), converte a radiação proveniente
do sol em energia elétrica através da concentração dos raios solares em um foco, de forma a
transformá-los em calor, que é posteriormente convertido em energia elétrica. Em outras
palavras, uma planta de energia solar térmica ou central termosolar é uma instalação
industrial em que, a partir do aquecimento de um fluido por radiação solar e sua utilização em
um ciclo termodinâmico convencional, é produzida a potência necessária para mover um
alternador para gerar eletricidade, como em uma central termoelétrica clássica.
O uso dessas duas tecnologias acopladas formam uma pequena parcela da
distribuição de energia global e vem sendo bastante utilizada em vários aspectos
positivos. A rápida expansão do potencial de geração instalada se deve,
principalmente, à redução de custo, ao elevado potencial de aproveitamento
energético e, consequentemente, à geração de energia e ao fato de não emitirem
poluentes ao ambiente. Na atualidade, a qualidade de vida está diretamente
relacionada com o elevado consumo de energia. Em consequência disso,
estima-se que a crescente demanda energética só tende a aumentar com o passar
dos anos (DIAS et al, 2017, p. 157).
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE (2017), a energia solar é
uma fonte inesgotável, pois deve-se levar em consideração a escala de tempo da vida na
Terra. O Sol é uma estrela média que emite energia como resultado de reações de fusão
nuclear de átomos de hidrogênio para formar hélio e, portanto, o Sol é uma das opções de
energia mais baratas da humanidade. Na tese de Alves (2019), a grande disponibilidade de
energia solar no Brasil faz com que o país se destaque.
2.2 Irradiação solar
A irradiância solar é a principal fonte de energia do sistema terrestre, sua variabilidade
afeta os componentes neutros e ionizados da atmosfera. A variabilidade da irradiância solar
em algumas regiões do espectro tem chamado atenção devido à sua importância para a
química e a dinâmica da atmosfera terrestre (GÓMEZ et al, 2018). A irradiação solar é a
frequência da transmissão de raios solares que atinge a atmosfera:
6
A radiação eletromagnética está relacionada com cargas elétricas aceleradas que
irradiam energia. Em outras palavras, refere-se às variações temporais do campo
elétrico (E), provocando uma variação do campo magnético (B) [11]. Estas
variações se propagam radialmente, o campo elétrico oscila perpendicularmente ao
campo magnético, e a direção de propagação é dada pelo vetor de Poynting. A
radiação eletromagnética ocorre em diferentes faixas espectrais de acordo com o
tipo de interação com a matéria. Todas têm uma característica em comum, são
resultados das oscilações do campo elétrico (E) e do campo magnético (B). O
espectro eletromagnético é classificado em diferentes regiões (GÓMEZ, et al. 2018,
p1).
O Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito,
publicou um estudo de pesquisas sobre a radiação solar, o Atlas Solarimétrico do Brasil
(2018). Na plataforma é possível realizar a consulta de forma gratuita, com base em dados
solarimétricos de todo o Brasil.
2.3 Energia fotovoltaica (on-grid e off-grid)
2.3.1 On-grid
No entendimento de Alves (2019), os sistemas On-grid, são conhecidos como sistemas
conectados à rede. Portanto, eles são considerados como uma fonte complementar ao sistema
de energia e usados onde a eletricidade já está presente. Este sistema solar fotovoltaico usa a
luz solar para gerar eletricidade. A rede elétrica é como uma bateria que recebe toda a energia
excedente produzida pelo sistema.
Tais sistemas utilizam geração distribuída e podem ser classificados de acordo com a
quantidade de eletricidade gerada. Segundo Rüther (2004), basicamente os sistemas on-grid
podem se dividir em dois tipos: de forma centralizada, como se fosse uma usina convencional
e longe dos consumidores (grandes centrais fotovoltaicas) e de forma integrada a edificação,
próxima ao consumidor e descentralizada (pequeno porte). Nos sistemas fotovoltaicos de
microgeração, normalmente, as unidades consumidoras de microgeração distribuídas ou de
pequena geração são instaladas nas residências ou próximas aos locais onde a energia
produzida por tais sistemas é consumida. Os tipos de unidades consumidoras que utilizam
sistemas de minigeração são principalmente edifícios comerciais.
De acordo com Marinoski, Salamoni e Rüther (2004),o sistema elétrico solar tem
grande potencial no projeto de edifícios e pode se tornar um elemento importante não apenas
para os sistemas prediais, mas também para o meio ambiente. Os países cada vez mais
desenvolvidos utilizam este sistema não só em edifícios residenciais, mas também em
http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=publicacoes&task=livro&cid=2
7
edifícios comerciais e industriais, porque geralmente possuem grandes áreas planas adequadas
para a integração de geradores de energia solar.
Na concepção de Alves (2019), quando a demanda está no pico durante o dia, os
sistemas solares podem contribuir para o pico da rede, como em áreas comerciais onde as
cargas de ar condicionado são altas durante o dia. Portanto, se os valores de carga máxima
corresponderem no verão e no inverno, percebem-se que quanto maior a demanda no verão,
maior a chance da carga coincidir com a disponibilidade de energia solar; comportamento
típico da maioria das capitais brasileiras. Estudos já realizados relatam que devido a excelente
performance que os painéis de a-Si (silício amorfo) têm demonstrado, estes são uma boa
escolha de tecnologia para rede-conectada, integração com a edificação e utilização em climas
quentes como no Brasil (VIANNA, ROMERO E RÜTHER, 2000).
Os dados de consumo das áreas urbanas no Brasil mostram a diferença entre áreas
dominadas por prédios comerciais e áreas residenciais, sendo que a primeira apresenta pico de
demanda durante o dia e a segunda apresenta pico de demanda ao entardecer (INPE, 2017).
Esses módulos são agrupados por células solares feitas de materiais semicondutores
conectados em série (aumento da tensão) e paralelo (aumento da corrente do sistema). Depois
disso transformam a energia que vem do sol, podendo ser aproveitada no ponto de consumo
ou estar lá transferindo para a rede.
Conforme Alves (2019), o mesmo padrão de eletricidade é usado em diferentes
equipamentos elétricos. O inversor permite que a energia produzida pelo painel solar seja
ligada à rede, pelo que a tensão produzida deverá ter a mesma amplitude, frequência e fase da
rede. Ainda de acordo com o autor supracitado, o on-grid basicamente usa vários painéis
fotovoltaicos conectados à inversores, que são então conectados à rede. Este sistema não
armazena energia. Portanto, a energia gerada que não é utilizada pelos
consumidores/geradores é injetada diretamente na rede elétrica.
2.3.2 Off-grid
Os sistemas fora da rede são conhecidos como sistemas autônomos ou sistemas que
não estão conectados à rede elétrica. Esses sistemas funcionam de forma independente, ou
seja, não funcionam em paralelo com a rede elétrica tradicional.
No ponto de vista de Junior, Pereira e Lira (2021), sistemas isolados são
caracterizados como sistemas de distribuição de energia elétrica que operam
independentemente do Sistema Interligado Nacional (SIN), ou seja, não estão conectados à
8
rede elétrica nacional de abrangência ampla.
Conforme Alves (2019), nos dias que correm, mais de 800 milhões de pessoas no
mundo não usam eletricidade. Esses números mostram o quanto é importante e necessário
garantir uma qualidade de vida adequada para toda a população mundial. Pensando nisso,
descentralizar a distribuição de energia e utilizar fontes renováveis de energia é uma forma de
minimizar ou mesmo eliminar essa triste situação.
Ainda na perspectiva do autor referido Alves (2019), os moradores mais distantes das
principais fontes de geração entendem a dificuldade de conseguir energia elétrica. O principal
motivo dessa dificuldade é o alto custo dos serviços de distribuição e transmissão e a baixa
demanda desses locais em relação aos grandes centros consumidores devido à necessidade de
uma grande rede de transmissão em alta tensão para atender esses consumidores. E, portanto,
por questões financeiras e técnicas, não é possível para as concessionárias de energia
implementá-lo. Portanto, os sistemas off-grid podem ser usados em áreas remotas onde não há
rede de distribuição de eletricidade ou onde o fornecimento de eletricidade é incerto.
Exemplos de aplicações para esses sistemas incluem áreas rurais, fazendas, ranchos,
estacionamentos e praias.
Em geral estes Sistemas Fotovoltaicos Isolados (SFI), absorvem e convertem a energia
solar durante o período de irradiação solar, utilizando a energia gerada (como em sistemas de
acionamento bomba d’água) ou armazenando através dos acumuladores de carga (baterias) e
continua assegurando o fornecimento de energia durante o período sem incidência de
irradiação solar, ou seja, no período noturno descarregando a energia contida nos
acumuladores (em sistemas de iluminação, telefone) (OLIVEIRA, 2018).
2.4 Compensação de energia
Embora recém-iniciado no Brasil, o governo conta com diversos incentivos para o uso
da energia solar fotovoltaica, como condições diferenciadas de financiamento para compra de
kits de geração de energia. Para regulamentar o setor, a ANEEL lançou a resolução normativa
482 em 2012, estabelecendo condições gerais para a conexão de sistemas de microgeração e
pequena geração à rede de distribuição (ANEEL, 2012).
No decorrer dos anos, foram necessários ajustes nas condições de conexão visando
incentivar a utilização da geração distribuída. Posterior à REN 482/2012, foi divulgada em
2015 a REN ANEEL 687, a qual regulamenta a utilização de créditos de energia gerados a
partir da injeção de energia elétrica nas redes de distribuição e também os empreendimentos
9
de múltiplas unidades geradoras (ANEEL, 2015).
Com o aumento significativo do número de unidades consumidoras injetando energia
elétrica na rede de distribuição, os custos incorridos pela concessionária ou permissionária
pela necessidade de manutenção começaram a ser debatidos. Acomoda-se uma nova geração
de recursos conectados a ele na rede. Assim, a Lei nº 14.300/2022 estabelece os encargos pela
parte da tarifa relativa ao uso da infraestrutura da rede de distribuição de energia elétrica
(BRASIL, 2022).
A microgeração distribuída refere-se às centrais de geração de energia elétrica com
potência instalada menor ou igual a 75 kW. Por outro lado, a geração distribuída de pequena
escala refere-se à usinas com capacidade instalada maior que 75 kW e menor ou igual a 3
MW, de fontes não despacháveis (capazes de armazenar energia), e usinas com capacidade
instalada inferior a 5 MW. Fontes despachadas (onde a energia não pode ser armazenada),
pode ser acionado a qualquer momento durante o armazenamento (ANEEL, 2015).
Além do marco legal da micro e minigeração, a Lei introduziu algumas alterações no
Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), criado pela Resolução 482 e lançou o
Programa de Energia Renovável Social (PERS). A lei também estabelece que a Aneel é
responsável por fornecer formulários padrão para solicitação dos consumidores de micro,
minigeração distribuída e todas as informações necessárias para a formulação de projetos
solares (BRASIL, 2022)
Este sistema aplica-se aos créditos de energia. Tais créditos funcionam da seguinte
forma: se o sistema de energia solar produzir energia em excesso, ou seja, a mais do que a
usina consome, essa energia é "emprestada" à distribuidora e devolvida com o crédito. O
consumidor pode, assim, compensar o consumo de energia elétrica das unidades
consumidoras participantes do sistema com dinheiro. Esses créditos não cobrados
anteriormente foram tributados por lei. Isso se deve à necessidade de arcar com custos de
infraestrutura e investimentos na rede pública de energia, como a Linha B (valor das linhas de
transmissão da distribuidora até as localidades). Além disso, o sistema considera
características ambientais, técnicas e sociais no cálculo da compensação energética. No
entanto, essas regras da Lei 14.300 se aplicam apenas a clientes que optarem pela energia
solar após janeiro de 2023. Para clientes que já a possuíam, as regras se aplicam apenas a
partir de 2045 (BRASIL, 2022).Segundo Aneel (2022), a REN 1059/2023 prevê que a transição para este sistema
tributário será gradual e aumentará o imposto a cada ano:
I – 15% (quinze por cento) a partir de 2023;
10
II – 30% (trinta por cento) a partir de 2024;
III – 45% (quarenta e cinco por cento) a partir de 2025;
IV – 60% (sessenta por cento) a partir de 2026;
V – 75% (setenta e cinco por cento) a partir de 2027;
VI – 90% (noventa por cento) a partir de 2028.
A lei aprovada prevê assim um sistema de compensação energética de 25 anos para os
projetos já instalados. E ainda, projetos solicitados em até 12 meses após a aprovação, exceto
pela regra transitória, que equipara os investimentos já contemplados. Portanto, todas as taxas
definidas pela ANEEL serão cobradas apenas em 2029 (BRASIL, 2022).
2.5 Componentes do sistema fotovoltaico (on-grid)
Segundo Pinho e Galdino, no Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, da
CRESESB (2014), os dispositivos utilizados para a conversão e utilização de energia elétrica
provenientes da energia solar é denominado Sistema Fotovoltaico (SFV). São formados por
quatro blocos, sendo estes: bloco de carga (ou consumo); bloco gerador (módulo FV,
cabeamento e estruturas); bloco de condicionamento de potência (inversores, controladores de
carga e outros dispositivos de proteção e controle); bloco de armazenamento (baterias), este
último necessariamente utilizado em sistemas off-grid ou híbridos.
2.5.1 Painéis fotovoltaicos
Os painéis solares fotovoltaicos convertem a radiação solar em eletricidade DC. Cada
painel é composto por células fotovoltaicas. Além de telhados e fachadas residenciais,
comerciais, industriais e outras unidades consumidoras. (ALVES, 2019).
2.5.2 Inversor
Os inversores fotovoltaicos convertem energia de CC para CA e, como a maioria dos
aparelhos eletrônicos utilizam CA, essa energia pode ser utilizada em unidades consumidoras
residenciais ou até mesmo comerciais. O dispositivo é capaz de tornar a tensão e a frequência
compatíveis com a rede elétrica, os sistemas estão interligados. Os inversores utilizados em
sistemas fotovoltaicos devem ter uma forma de onda senoidal pura; eficiência superior a 85%.
11
Na faixa entre 50% e 100% da potência nominal, a distorção harmônica total (DHT) é inferior
a 5%, em qualquer potência de operação (ALVES, 2019).
O inversor também deve ter outras características (PINHO E GALDINO, 2014): alta
confiabilidade e baixa manutenção; opera em uma ampla faixa de tensão de entrada; boa
regulação da tensão de saída; baixa emissão de EMI e ruído audível; tolerância a surto de
partida da carga fornecida; a segurança do pessoal e das instalações; grau de proteção IP
adequado ao tipo de instalação; garantia mínima de fábrica de dois anos.
2.5.3 Quadro de distribuição
A energia elétrica produzida pelas células fotovoltaicas nos painéis e posteriormente
convertida pelo inversor é conduzida até a central local, onde o sistema está sendo
implantado, e assim, dessa forma, distribui a energia para uso (ALVES, 2019).
2.5.4 Aparelhos elétricos
A energia gerada pelo sistema on-grid chega aos equipamentos elétricos e eletrônicos
conectados à tomada, que utilizarão automaticamente a energia fotovoltaica para suas próprias
funções (ALVES, 2019).
2.5.5 Medidor de energia bidirecional
A tarefa do medidor bidirecional é monitorar a energia consumida pela rede que é
alimentada na rede. Portanto, se o sistema produzir menos eletricidade do que consome
naquele momento, a rede pública fornece automaticamente a energia necessária para que não
falte energia ao consumidor. Pelo contrário, o sistema, produzindo mais energia do que o
necessário naquele momento, direciona essa energia extra para a rede elétrica da usina. E por
isso o medidor bidirecional nesse caso leva em conta essa energia e o consumidor/produtor
fica com saldo positivo na conta mensal de energia. Este saldo é deduzido automaticamente
quando o cliente precisar novamente de eletricidade da rede. Assim, o medidor de energia
bidirecional registra o excesso de energia consumida e produzida para compensar os créditos
no final do mês. de qualquer forma, O consumidor pode mudar para a rede elétrica e reduzir a
conta de luz, pois o excesso de energia gerada e não utilizada é direcionado para a rede, o que
resulta em crédito e economia no final do mês (ALVES, 2019).
12
Além dos componentes citados acima, também são utilizados componentes de
integração de sistemas (Balance of System - BOS), que consistem em estruturas de montagem
para módulos fotovoltaicos e componentes de proteção elétrica.
2.6 Equipamentos do sistema off-grid
2.6.1 Painel fotovoltaico
Assim como no sistema on-grid, no sistema off-grid a radiação solar é convertida em
eletricidade através dos painéis solares fotovoltaicos, compostos por células fotovoltaicas.
2.6.2 Controladores de carga
Segundo Alves da Cunha (2006) e Guzzo (2008), os controladores de carga são
essenciais em SFI, pois contribuem na regulação da tensão entregue do painel para as baterias
(desconectando o painel quando as baterias estiverem totalmente carregadas) e controlam o
fluxo de descarga e recargas das baterias, aumentando assim sua vida útil. Ainda pode realizar
desconexão de cargas em baixo nível das baterias e proteção contra um aumento do consumo
pela carga ou intervenção do usuário. Podendo encontrar-se com outros nomes na literatura
como “regulador de carga” ou “regulador de tensão”. Ainda é possível serem encontrados
com diferentes níveis de sofisticação, devido a constante evolução nos dispositivos de
controle.
2.6.3 Baterias
No ponto de vista de Oliveira (2018), é inerente ao SFI a utilização de acumuladores
de carga. Neste caso, baterias que atendam à demanda de energia quando a geração é nula ou
insuficiente (à noite ou em dias com pequena irradiação solar). Assim, parte da energia solar
convertida em elétrica deve ser armazenada nas baterias para atender a demanda nestes
momentos em que não há geração de energia. Um sistema off-grid não é ambientalmente
sustentável, pois as baterias se degradam em pouco tempo e são feitas de materiais que
poluem muito, como o chumbo e o lítio (BORTOLOTO et al, 2017).
No entendimento de Alves (2019), em sistemas de carga direta sem armazenamento, a
eletricidade é usada para produção em equipamentos de corrente contínua. Um exemplo desse
13
uso é um sistema de bombeamento de água com bombas de motor CC.
2.6.4 Inversor
Um inversor é necessário para alimentar aparelhos CA. Este dispositivo geralmente
inclui um rastreador de ponto de potência máxima, necessário para otimizar a potência final.
Este sistema é utilizado quando se deseja mais conforto na utilização de eletrodomésticos
tradicionais. Os sistemas isolados, como o nome sugere, não estão conectados a uma rede de
distribuição convencional. Esses sistemas podem atender cargas CC e CA com e sem
armazenamento (ALVES, 2019).
Ainda segundo o mesmo autor, podemos destacar as diferenças de cada carga, sendo
elas: carregamento e armazenamento CC. Aplicam-se a equipamentos eletrônicos, em que a
eletricidade solar pode ser produzida ou não. A energia é armazenada prioritariamente em
baterias e utiliza-se um dispositivo que realiza a carga e descarga de uma bateria. Os
controladores de carga, como são denominados, evitam danos à bateria devido à sobrecarga
ou descarga profunda. Já na carga CA sem armazenamento, o princípio de operação é
semelhante às cargas CC, o que as diferencia é que a carga é alimentada por corrente
alternada, portanto, deve ser utilizado um inversor entre o gerador solar e a carga. Um
exemplo de sua utilização é no uso de bombas com motores convencionais em sistemas de
energia solar. O carregamento e armazenamento CA, é necessário para alimentar aparelhos
CA e tem o propósito de converter corrente contínua em corrente alternada. É importante
destacar que inversores modernos dispensam a utilização do controlador de carga, pois já
possuem tais funções embarcadas.2.7 Situação atual da energia fotovoltaica no Brasil
Em um ranking mundial, o Brasil ocupa o oitavo lugar com capacidade instalada a
partir da energia fotovoltaica. Segundo o Irena, no ano de 2022 o Brasil tinha 24GW de
potência instalada, atualmente já ultrapassa de 26GW instalado, mensalmente cresce cerca de
1GW de potência instalado, dentre as usinas de grande, médio e pequeno porte (BRASIL,
2020).
No Nordeste brasileiro alguns estados se destacam como produtores de energia
fotovoltaica, em Setembro de 2022 o estado da Bahia atingiu uma potência instalada de 546,3
MW (ABSORLAR, 2022).
14
3 METODOLOGIA
Este trabalho caracteriza-se como sendo descritivo, pois apresenta, de forma detalhada,
o estudo de caso envolvendo o dimensionamento e a implementação de um sistema solar
fotovoltaico em uma propriedade rural, localizada no interior do estado do Rio Grande do
Norte. A pesquisa utiliza uma abordagem quantitativa, pois baseia-se na coleta e na análise de
dados numéricos, gerando resultados que serão apresentados em gráficos.
Com o intento de adquirir um maior conhecimento sobre os conceitos e princípios
fundamentais de um sistema de energia solar, foi realizado um embasamento teórico
abrangente. Para essa finalidade, foi utilizada a plataforma do Google Acadêmico, que
permitiu a coleta de informações provenientes de dissertações e artigos científicos relevantes
nesse campo específico.
Posteriormente, foi feita uma visita à propriedade objeto deste estudo, com a
finalidade de realizar o levantamento dos dados necessários para dimensionar esse sistema
fotovoltaico. Por meio de um instrumento de medição, foram coletadas as dimensões do
galpão industrial no qual serão instalados os módulos. As coordenadas geográficas do local
foram obtidas utilizando o aplicativo Google Maps. O consumo da unidade geradora, em
kWh, foi retirado da conta de energia fornecida pelo cliente. Para auxiliar no
dimensionamento desse projeto, foi utilizado o recurso Sundata, do site do Centro de
Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, com a finalidade de obter os
valores da irradiação solar diária média mensal no município de Apodi.
Os métodos de análise de dados utilizados nesta pesquisa foram planilhas eletrônicas e
gráficos, por meio dos quais foi possível determinar se esse projeto é viável em termos de
geração de energia e calcular em quanto tempo o investidor poderia obter o seu retorno
financeiro.
3.1 Parâmetros utilizados no dimensionamento do sistema de energia fotovoltaica
Na seção abaixo será mostrado como foi feito o dimensionamento desse projeto de
sistema fotovoltaico on-grid. Os parâmetros e os cálculos utilizados foram retirados do
capítulo 6 do Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, da CRESESB,
desenvolvido por Pinho e Galdino (2014).
3.1.1 Análise do local
15
Esse estudo foi realizado na cidade de Apodi, localizada no interior do estado do Rio
Grande do Norte. Os módulos fotovoltaicos foram instalados na zona rural, em um sítio que
possui um galpão. A Figura 1 ilustra a propriedade onde foi feito o dimensionamento do
sistema fotovoltaico.
Figura 1 - Localidade na qual foi realizado o estudo.
Fonte: Autoria própria, 2022.
Um ponto muito importante a ser considerado em um projeto fotovoltaico é o tipo da
estrutura. No caso do galpão objeto desse estudo, o telhado é do tipo fibrocimento, com telhas
onduladas e a estrutura é composta por vigas tubulares e treliças, ambas metálicas. Todos
estão em bom estado de conservação (Figura 2).
Figura 2 - Estrutura metálica do galpão.
Fonte: Autoria própria, 2022.
16
O galpão possui dois telhados, os módulos fotovoltaicos serão instalados no telhado
mais baixo (Figura 3). De acordo com as medições realizadas em uma visita ao local, esse
telhado possui uma área de 390 m² (30 m x 13 m). A diferença de altura entre os dois telhados
é de aproximadamente 1,2 metros. Na visita à propriedade, foi constatado que não existem
pontos próximos que possam causar o sombreamento dos módulos fotovoltaicos, como
árvores ou prédios, característica importante para o aproveitamento do potencial energético
dessa usina. Segundo Araújo, Rank e Bueno (2016), o sombreamento de um módulo
fotovoltaico, mesmo que de forma parcial, pode ocasionar perdas significativas de geração.
Figura 3 - Telhado do galpão onde foram realizadas as medições.
Fonte: Autoria própria, 2022.
Com posse das coordenadas geográficas da propriedade, foi utilizado o site Google
Earth para pesquisar informações geográficas do local. Na Figura 4 observa-se que os
telhados do galpão estão no sentido noroeste. A inclinação do telhado é de 30°graus.
Figura 4 - Sentido do telhado.
Fonte: GOOGLE EARTH, 2023.
17
3.1.2 Irradiância
O sítio no qual foi desenvolvido esse projeto fica situado no nordeste brasileiro. De
acordo com Almeida e Almeida (2022), o Nordeste possui um grande potencial de produção
de energia fotovoltaica, em virtude da elevada disponibilidade e regularidade da irradiância
solar. Tal fenômeno acontece por conta dessa região estar localizada próxima a linha do
equador. A alta incidência solar do Nordeste pode ser comprovada por meio do mapa da
irradiação solar do Brasil, retirado do site Global Solar Atlas, ilustrado na Figura 5.
Figura 5 - Mapa da irradiância solar do Brasil.
Fonte: GLOBAL SOLAR ATLAS, 2023.
Para obter os dados da irradiação solar do município de Apodi, foi utilizada a
ferramenta SunData, da CRESESB. O site em questão informa os valores da irradiação de
cada mês do ano, bem como a média entre os meses. Após análise desses dados, justificou-se
que essa localidade possui uma ótima irradiação solar.
Tabela 1- Irradiação Solar anual do município de Apodi-RN [Adaptado de SUNDATA
(CRESEB), 2022].
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
5,98 6,16 6,07 5,77 5,35 5,04 5,33 5,97 6,37 6,59 6,54 6,17 5,94
Fonte: Autoria própria, elaborada a partir da CRESEB, 2022.
Para dimensionar a geração mensal, é necessário obter o número de Horas de Sol
Pleno (HSP). Esse valor expressa o intervalo de horas em que a irradiância solar permanece
18
constante e igual a 1 kW/m² ao longo do dia (FERREIRA, 2019). A irradiação média de
Apodi-RN, segundo dados da CRESESB (Tabela 1), é de 5,94 kWh/m², o cálculo do número
de HSP para caso em questão está demonstrado abaixo:
(1)
Os fenômenos que afetam os valores da irradiação solar de uma localidade ao longo
do ano podem ser classificados em: meteorológicos e variação da posição Terra-Sol
(GROTJOHANN, 2022). A variação anual da irradiação do município de Apodi pode ser
vista na Figura 6:
Figura 6 - Irradiação Solar no Plano Horizontal para Localidades próximas.
Fonte: CRESESB, 2022.
3.1.3 Consumo da unidade consumidora
O proprietário do sítio cedeu os dados de consumo de eletricidade da unidade
consumidora, em kWh. Para dimensionar esse projeto, foi considerado o consumo entre os
meses de dezembro de 2021 e novembro de 2022 (Tabela 2).
Como pode ser visto na Tabela 2, a média anual de consumo desse cliente é de
3895,41 kWh. Para dimensionar a potência do sistema fotovoltaico a ser instalado, não foi
utilizado esse valor, pois além do cliente possuir uma variação considerável em seu consumo
mensal, ele pretende mandar créditos de energia para duas outras unidades consumidoras de
sua posse. Uma delas possui uma média de consumo de 998,83 kWh/mês e a outra de 1044,17
kWh/mês (Tabela 3). Somando as três médias de consumo, encontra-se o valor de 5938,42.
Portanto, para suprir de forma total essa demanda de energia, foi estimada uma geração
mensal de 6500 kWh.
19
Tabela 2 - Consumo mensal de eletricidade na propriedade.
Galpão
Mês Consumo kWh
Nov 2022 3589,0
Out 2022 3073,0
Set 2022 3980,0
Ago 2022 5086,0
Jul 2022 5349,0
Jun 2022 4404,0
Mai 2022 4311,0
Abr 2022 3445,0
Mar 2022 4281,0
Fev 2022 3425,0
Jan 2022 2461,0
Dez 2021 3341,0
Média 3895,41
Fonte: Autoria própria elaborada a partir de fatura de energia emitidapela COSERN em novembro de 2022.
Tabela 3 - Consumo mensal de eletricidade nas propriedades onde vai ocorrer compensação
de energia.
Residência 1 Residência 2
Mês Consumo kWh Mês Consumo kWh
Nov 2022 1002,0 Nov 2022 1023,0
Out 2022 986,0 Out 2022 1043,0
Set 2022 1017,0 Set 2022 1016,0
Ago 2022 982,0 Ago 2022 1037,0
Jul 2022 980,0 Jul 2022 1027,0
Jun 2022 1001,0 Jun 2022 1026,0
Mai 2022 978,0 Mai 2022 1038,0
Abr 2022 998,0 Abr 2022 1063,0
Mar 2022 995,0 Mar 2022 1049,0
Fev 2022 1009,0 Fev 2022 1057,0
Jan 2022 1026,0 Jan 2022 1074,0
Dez 2021 1012,0 Dez 2021 1077,0
Média 998,83 Média 1044,17
Fonte: Autoria própria elaborada a partir de faturas de energia emitidas pela COSERN em novembro de 2022.
3.2 Módulos
Para calcular a potência do sistema fotovoltaico, foi utilizada a fórmula abaixo:
(2)
Nessa fórmula, a variável Dias será considerada como 30 (trinta), equivalente a um
mês. HSP terá o valor 5,95 [h/dia], valor obtido na seção irradiância. TD (%) significa Taxa
20
de Desempenho, que é definida como sendo a relação entre o desempenho real do sistema
sobre o desempenho máximo teórico possível. Segundo o Manual de Engenharia para
Sistemas Fotovoltaicos (PINHO E GALDINO, 2014), esse valor está entre 70% e 80%. Para
os cálculos desse projeto, será considerada uma TD de 75%. A Energia de Compensação,
numerador da equação, é o mesmo que Consumo mensal estimado, ou seja, 6500 kWh.
Aplicando esses valores na equação, obteve-se o resultado da potência que deve ser
gerada:
(2.2)
Depois de dimensionar a potência do sistema, deve-se determinar o número de
módulos fotovoltaicos a serem instalados. Com esse intuito, divide-se o valor da potência
encontrado na equação anterior pela potência unitária do módulo, em kW.
(2.3)
O número de módulos fotovoltaicos encontrado na equação acima foi arredondado
para 92. Consequentemente, o valor da potência do kit mudou para 48,76 kWp. A potência
escolhida para os módulos desse sistema foi de 530 W, levando em consideração questões de
espaço e disponibilidade no mercado. Uma vantagem desse modelo é que ele é bifacial, ou
seja, produz energia dos dois lados, o que resulta em uma maior geração de energia. Isso
significa que esses módulos podem aproveitar tanto a luz solar direta na frente quanto a luz
refletida na parte traseira, aumentando a eficiência do sistema e maximizando a quantidade
total de energia gerada (GRAFULHA e ZANESCO, 2021). O Painel Solar Jinko Bifacial 530
W apresenta os seguintes dados elétricos em suas especificações:
Figura 7 - Painel Solar.
Fonte: ALDO SOLAR, 2023.
21
A Tabela 4 mostra os dados do fabricante:
Tabela 4 - Dados do fabricante.
Potência MPP 530W
Tensão no ponto máximo de potência 40,71V
Corrente no ponto máximo de potência 13,02A
Tensão em Circuito Aberto 49,35V
Corrente de Curto Circuito ICC 13,71A
Eficiência 20,6%
Tolerância de potências positiva 0~+3W
Desempenho mínimo sob condições de teste
padrão STC
(1000W / m², 25 º C, espectro AM1,5 G)
Fonte: ENERGIA TOTAL, 2023.
A tabela 5 demonstra os dados mecânicos do módulo:
Tabela 5 - Dados mecânicos do fabricante.
Tensão máxima do sistema 1500V
Formato 2274 mm x 1134 mm x 35 mm
Peso 28,6 kg
Fonte: ENERGIA TOTAL, 2023.
A escolha do fabricante considerou vários aspectos importantes. Primeiramente, foi
levado em conta o tempo de garantia oferecido pelos módulos, que é de 12 anos contra
defeitos de fabricação, garantindo a confiabilidade e qualidade do produto. Além disso, foram
realizadas análises minuciosas das características elétricas e da eficiência do modelo do
módulo bifacial em comparação ao modelo convencional.
Ao consultar o datasheet do módulo bifacial, foi constatado que sua degradação anual
ao longo de 30 anos é de 0,45%. Em contrapartida, o módulo convencional apresenta uma
degradação linear de 0,55% em 25 anos, o que indica uma leve redução na capacidade de
geração ao longo do tempo. Isso significa que o painel bifacial mantém sua capacidade de
geração de energia de forma consistente ao longo do tempo, resultando em uma maior
eficiência e produtividade.
22
Essa diferença na degradação entre os dois modelos é significativa. Após 30 anos de
uso, o painel bifacial ainda terá uma capacidade de geração de 84,95% de sua potência
nominal, ou seja, continuará gerando energia de forma eficiente. Já o modelo convencional,
ao final de 25 anos, terá uma capacidade de geração de 84,8%. Essa vantagem do módulo
bifacial garante uma maior vida útil e um desempenho consistente ao longo do tempo,
proporcionando um melhor retorno sobre o investimento em energia solar (ALDO SOLAR,
2023).
Outra vantagem notável desse modelo de módulo solar é a sua tecnologia Half-cell.
Segundo Furini, Makiyama, Orso e Casonatto (2022), o painel é dividido em duas metades
menores, conectadas internamente por uma série de diodos. Isso significa que, mesmo que
uma parte do módulo seja sombreada ou obstruída, apenas a metade afetada é impactada,
enquanto a outra metade continua a produzir energia de forma eficiente. Essa divisão permite
que o módulo solar funcione de maneira mais eficiente em ambientes com sombreamento
parcial, maximizando a produção de energia e garantindo um desempenho consistente em
condições desafiadoras.
Além disso, esse módulo solar possui outra característica crucial para minimizar os
impactos do sombreamento: a utilização estratégica de diodos. De acordo com Pedroza e
Rampinelli (2018), os diodos são dispositivos semicondutores que desempenham um papel
essencial na prevenção de perdas de energia causadas pelo sombreamento parcial. Eles são
posicionados estrategicamente nos módulos solares para garantir que, quando uma parte do
módulo for afetada por sombreamento, a corrente elétrica flua contornando essa área,
permitindo que as outras células solares continuem a gerar energia de maneira eficiente.
Ao analisar tais informações, conclui-se que a combinação das duas tecnologias
mencionadas nos módulos solares resulta em um aumento significativo de sua eficiência e
desempenho, mesmo em situações desafiadoras de sombreamento.
Com posse das dimensões do módulo escolhido, foi calculada a área do módulo:
(4.4)
Com base nos cálculos realizados previamente, verificou-se que o telhado designado
para a instalação dos módulos possui uma área total de 390 m², portanto, dispõe de espaço
suficiente para acomodar todos os painéis fotovoltaicos necessários. Para auxiliar na
representação gráfica do posicionamento dos painéis no telhado, foi utilizado um software
23
especializado. Foi deixado um espaço de 40 centímetros a cada quatro colunas de módulos,
para facilitar a limpeza e a manutenção desse sistema.
A figura abaixo ilustra a disposição planejada dos módulos, considerando as
especificações técnicas do sistema fotovoltaico:
Figura 8 - Disposição planejada dos módulos.
Fonte: Autoria própria, 2022.
3.3 Inversor
De acordo com o Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos (PINHO E
GALDINO, 2014) , o inversor deve ser dimensionado através do seguinte cálculo:
(3.1)
Segundo a mesma fonte, o FDI, que significa Fator de Dimensionamento de
Inversores, é um valor que representa a relação entre a potência nominal CA do inversor e a
potência de pico do gerador fotovoltaico. O manual recomenda que esse número esteja entre
0,75 e 0,85, com um limite superior de 1,05. Normalmente, a potência nominal do inversor é
menor do que a do gerador fotovoltaico, pois, mesmo em condições ideais de irradiação solar,
a potência do gerador raramente atinge valores próximos à sua potência nominal.
No caso do projeto dimensionado neste artigo, o modelo de inversor escolhido foi o
MID40KTL3-X, fabricado pela empresa Growatt. Esse inversor é trifásico e possui uma
potência nominal (CA) de 40 kW. Ele é equipado com quatro MPPTs, cada um com
capacidade para duas strings. Além disso, oferece proteção CC interna e permite o
acompanhamento em tempo real da geração do sistema fotovoltaico por meio de um
24
aplicativopara smartphones. O inversor possui garantia de fábrica de 10 anos. O FDI desse
projeto é 0,82. A imagem abaixo ilustra o modelo escolhido:
Figura 9 - Inversor.
Fonte: GROWATT, (2023)
A COSERN, como concessionária de energia elétrica, é responsável por fornecer aos
clientes a potência necessária para suprir suas demandas energéticas. No caso da unidade
consumidora em análise, que possui uma conexão de baixa tensão e cabeamento trifásico, a
potência inicialmente disponibilizada era de 20 kW. No entanto, devido à instalação planejada
do gerador solar, foi preciso solicitar à COSERN um aumento na capacidade de carga para 40
kW. Esse aumento de potência é essencial para garantir que a unidade consumidora possa
utilizar toda a energia gerada pelo sistema fotovoltaico de forma eficiente, sem sobrecarregar
a infraestrutura elétrica existente.
3.4 Módulos por MPPT
Conforme o Manual desenvolvido por Pinho e Galdino (2014), é possível determinar o
número máximo de painéis fotovoltaicos que podem ser conectados a um inversor através da
divisão da sua potência CC máxima pela potência dos módulos. No caso deste projeto, o
cálculo resultou no seguinte valor:
(4.1)
Ainda segundo a mesma fonte, para dimensionar a quantidade de painéis por string em
um inversor, é preciso corrigir a Tensão de Circuito Aberto (Voc) do módulo, pois o valor que
25
aparece no datasheet foi obtido em condições de laboratório. Para essa correção, foi aplicada a
seguinte fórmula:
(4.2)
O módulo JINKO de 530 W possui um Voc (tensão de circuito aberto) de 49,35 V. O
coeficiente de temperatura (Voc) dos painéis, que é de -0,28%/ºC, indica a variação da tensão
do módulo em relação à variação da temperatura (KIPPER, GASPARIN e KRENZINGER,
2018). A variável Tp representa a temperatura mínima registrada em Apodi no ano de 2022,
expressa em graus Celsius, e foi obtida através do site WEATHERSPARK.
Conforme as especificações técnicas, o inversor de 40 kW desse sistema opera em
uma faixa de tensão entre 200-1000V. Dividindo-se esse valor máximo de tensão pela tensão
corrigida do módulo, podemos determinar a quantidade máxima de módulos por string:
(4.3)
Desse modo, foi adotada a seguinte configuração para o sistema: dois arranjos de 14
painéis em série na MPPT1, dois arranjos de 13 painéis em série na MPPT2, um arranjo de 19
painéis em série na MPPT3 e um arranjo de 19 painéis em série na MPPT4, totalizando 92
módulos. A figura 9 apresenta o esquema atual de conexão dos módulos por string no
inversor:
Figura 10 - Conexão dos módulos.
Fonte: Autoria própria, 2022.
3.5 Kit fotovoltaico
26
A aquisição do kit gerador fotovoltaico para este projeto foi realizada através do site
da Aldo Solar, uma empresa com 40 anos de experiência e reconhecida como referência na
distribuição de geradores solares no Brasil. Optou-se por adquirir um kit com potência de
48,76 kW, projetado para ser instalado em telhas de fibrocimento. Ele possui 23 estruturas,
cada uma acomoda 4 módulos, na posição horizontal. Os componentes desse kit estão
detalhados abaixo:
Tabela 6 - Componentes que acompanham o kit fotovoltaico escolhido.
Componentes do Kit fotovoltaico
300 CABO SOLAR FOTOVOLTAICO FLEXIVEL 6MM 1,8KV CC RL100 PRETO
300 CABO SOLAR FOTOVOLTAICO FLEXIVEL 6MM 1,8KV CC RL100 VERMELHO
23 ESTRUTURA SOLAR ROMAGNOLE 412135 RS-327 2 PARES PERFIL DE ALUMÍNIO
2,40 M 4 PAINÉIS PRATIC LITE
23 ESTRUTURA SOLAR ROMAGNOLE 412210 RS223 KIT FIXAÇÃO 4 PAINÉIS TELHA
FIBROCIMENTO PARAFUSO MADEIRA
1 INVERSOR SOLAR GROWATT ON GRID MID36KTL3-X 36KW TRIFÁSICO 380V 4MPPT
MONITORAMENTO
92 PAINEL SOLAR JINKO JKM530M-72HL4-TV TIGER PRO 530W BIFACIAL 144 HALF
CEL MONO 20,55% EFICIÊNCIA
15 STAUBLI CONECTOR MC4 32.0016+17P0002 - 02 PARES DE CONECTORES MC4
Fonte: ALDO SOLAR, 2023.
3.6 Orçamento do sistema
Com base nas especificações técnicas do inversor e dos módulos fotovoltaicos, foi
elaborado um orçamento detalhado para este projeto. O preço final contempla não apenas a
montagem do sistema, mas também todos os materiais necessários para a instalação e todos os
componentes do gerador fotovoltaico. A Tabela 7 a seguir apresenta o orçamento completo:
Tabela 7 - Orçamento do sistema solar fotovoltaico.
Orçamento
Instalação do sistema R$ 6.856,22
Material da rede C.A R$ 1.132,00
Kit fotovoltaico (48,76 kWp) R$ 143.849,00
Outros custos + Impostos R$ 38.017,22
Valor total R$ 190.088,44
Fonte: Autoria própria, 2022.
27
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O dimensionamento do sistema fotovoltaico em questão foi realizado levando em
consideração uma ampla gama de parâmetros e variáveis, que vão desde a determinação da
demanda de energia, até a escolha dos componentes adequados. Durante todo o processo, as
particularidades do local de instalação e as condições climáticas foram minuciosamente
analisadas. Com base nos dados de consumo das unidades consumidoras e na irradiação solar
mensal, foi elaborada a tabela apresentada na figura 10:
Figura 11 - Dados de Consumo.
Fonte: Autoria própria, 2023.
Para proporcionar uma melhor visualização dos resultados, a tabela anterior foi
representada graficamente na Figura 12. Apresentando a simulação da geração do sistema
fotovoltaico ao longo dos meses do ano, permitindo uma análise mais detalhada da variação
sazonal de produção de energia.
Figura 12 - Consumo X Geração.
Fonte: Autoria própria, 2022.
28
A geração média anual obtida foi de 6522,26 kWh, o que supera a média de consumo
das unidades consumidoras estabelecida em 5938,42 kWh. Esse resultado indica que o cliente
estará pagando mensalmente apenas a tarifa correspondente às unidades trifásicas. Assim, fica
evidente que o projeto é viável em termos de geração e é capaz de atender à demanda
energética do cliente.
Além disso, um aspecto importante analisado nesta pesquisa foi o tempo de retorno do
investimento no sistema fotovoltaico conectado à rede. Com esse propósito, foi criado um
gráfico que representa um cenário correspondente a 25 dos 30 anos de garantia de
desempenho desse modelo de módulos e levando em conta que o cliente utilizou capital
próprio para adquirir o sistema. Para esse cálculo, considerou-se o custo atual da tarifa de
energia elétrica, que é de R$ 0,80 por kWh, e uma inflação anual de 5%. Vale ressaltar que
este último valor é estimado e pode sofrer alterações ao longo do tempo, dependendo das
condições econômicas do país.
Analisando a Figura 13, é possível observar que nos três primeiros anos o fluxo de
caixa acumulado apresenta valores negativos, indicando que o sistema solar ainda não gerou
retorno financeiro nesse período. No entanto, a partir do quarto ano, verifica-se uma mudança
significativa, com o lucro acumulado tornando-se positivo, revelando que o proprietário já
recuperou totalmente o montante investido neste projeto. É importante ressaltar que, a partir
desse ponto, as barras do gráfico crescem de forma exponencial, o que indica que o lucro
gerado ao longo desse período de 25 anos será superior a 700%.
Figura 13 - Fluxo de caixa acumulado.
Fonte: Autoria própria, 2022.
Consequentemente, pode-se concluir que esse sistema fotovoltaico é exequível
29
economicamente, pois ele recupera seu investimento inicial em um curto período e
proporciona lucros significativos ao proprietário ao longo de sua vida útil. Estes resultados
consolidam a decisão acertada de investir nesse projeto, oferecendo uma solução energética
sustentável e altamente lucrativa.
Outro aspecto relevante é que esse cliente se enquadra no grupo de Geração
Distribuída I. De acordo com a Lei 14.300/22, que estabelece o marco legal da Geração
Distribuída, os sistemas instalados até 07/01/23 são regidos pelas "regras antigas", o que
significa que eles estão isentos da taxa de distribuição de energia até o ano de 2045 (BRASIL,
2022). Essa condição traz um benefício adicional para o cliente, proporcionando uma
vantagem financeira e aumentando ainda mais a viabilidade do projeto de geração distribuída.
5CONCLUSÃO
A crescente preocupação com a sustentabilidade energética e a busca por alternativas
limpas e renováveis têm impulsionado interesse no uso da energia solar fotovoltaica como
uma solução viável para suprir a demanda por eletricidade. O dimensionamento adequado de
sistemas fotovoltaicos torna-se essencial para garantir a eficiência e maximizar o
aproveitamento dos recursos disponíveis na natureza.
Nesse contexto, este estudo teve como justificativa a busca por uma solução energética
limpa e renovável para suprir a demanda de consumo de uma propriedade localizada na zona
rural do município de Apodi. Diante dessa necessidade, o objetivo principal deste trabalho foi
realizar o dimensionamento de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede elétrica
(on-grid) para atender esse consumidor. Ao final do estudo, constatou-se que o objetivo foi
alcançado com sucesso. Para suprir a demanda de consumo mensal desse cliente, que é de
5938,42 kWh, foi dimensionado um gerador fotovoltaico com potência nominal de 48,76
kWp. Esse sistema foi composto por 92 módulos solares e um inversor de 40 kW, garantindo
uma geração adequada de energia para suprir as necessidades do consumidor.
Neste estudo, foram empregados métodos analíticos, como planilhas eletrônicas e
gráficos, para realizar uma análise abrangente da viabilidade do sistema fotovoltaico em
questão. A partir dos resultados obtidos, levando em consideração os dados projetados, foi
possível constatar que a implementação desse sistema de energia solar é capaz de suprir
adequadamente a demanda energética do investidor. Além disso, ficou evidenciado que essa
solução se mostra economicamente viável, apresentando-se como uma alternativa efetiva para
a redução de custos.
30
Esse trabalho pode contribuir para que profissionais e interessados na área realizem
projetos mais eficientes e sustentáveis, contribuindo para a disseminação e adoção da energia
solar fotovoltaica como uma fonte confiável e acessível de eletricidade. Além disso, é
importante destacar que este estudo foi de grande relevância para os autores, uma vez que
reuniu conhecimentos diversos adquiridos ao longo de sua formação em Engenharia Elétrica,
fortalecendo suas competências e contribuindo para o aprimoramento de suas habilidades
profissionais.
Durante o desenvolvimento desta pesquisa, identificou-se uma limitação considerável
relacionada ao longo prazo de entrega dos kits geradores fotovoltaicos na região nordeste do
país. Nos principais sites de compras, os pedidos costumam levar cerca de um mês para serem
entregues no destino final. Essa demora na disponibilidade dos equipamentos pode impactar
negativamente os prazos de instalação e implementação dos sistemas fotovoltaicos.
Para futuros estudos, uma possível expansão seria direcionar a análise para
dimensionar sistemas solares autônomos, que não estão conectados à rede elétrica
convencional (off-grid). Essa abordagem permitiria explorar as peculiaridades desse tipo de
sistema, considerando a armazenagem de energia em baterias e o uso eficiente dos recursos
disponíveis.
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