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0 Projeto de Sistema Solar Fotovoltaico na zona rural de Apodi - RN1 Dárian Eskarllet Rodrigues de Souza Paiva2 Francisco Quirino de Oliveira3 Lorena Rodrigues Martins4 Kayo Rodrigo Santiago da Silva5 RESUMO O objetivo do presente estudo foi realizar o dimensionamento de um projeto de sistema solar fotovoltaico em uma propriedade rural localizada no município de Apodi, interior do estado do Rio Grande do Norte. Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa quantitativa, uma vez que foram coletados dados numéricos da região, como irradiância solar, consumo da unidade consumidora e dimensões do telhado onde os módulos seriam instalados. Para obter embasamento teórico sobre os conceitos e princípios de funcionamento de sistemas de geração de energia, foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando a plataforma Google Acadêmico. Os métodos de análise de dados empregados nesta pesquisa foram planilhas eletrônicas e gráficos, os quais permitiram concluir que o sistema fotovoltaico em questão é viável tanto em termos de geração de energia quanto de retorno do investimento. Ao suprir a demanda de consumo ao longo do ano, esse sistema proporciona um retorno do valor investido em menos de quatro anos, gerando lucro ao proprietário. Este estudo contribuirá para a análise da viabilidade de projetos futuros de energia solar. O dimensionamento de um sistema fotovoltaico off-grid surge como uma sugestão de tema para pesquisas posteriores. Palavras-Chaves: energia; geração; investimento. ABSTRACT The objective of the present study was to carry out the sizing of a photovoltaic solar system project on a rural property located in the municipality of Apodi, in the interior of the state of Rio Grande do Norte. This work is characterized as a quantitative research, since numerical data from the region were collected, such as solar irradiance, consumer unit consumption, and dimensions of the roof where the modules would be installed. In order to obtain theoretical basis on the concepts and principles of energy generation systems, a literature review was conducted using the Google Scholar platform. The data analysis methods employed in this research were spreadsheets and graphs, which allowed us to conclude that the photovoltaic system in question is viable in terms of both energy generation and return on investment. By meeting the consumption demand throughout the year, this system provides a return on the invested value in less than four years, generating profit for the owner. This study will contribute to the analysis of the feasibility of future solar energy projects. Sizing an off-grid 5 Professor Orientador. Engenheiro Eletricista. Docente da Universidade Potiguar – kayo.santiago@animaaducacao.com.br 4 Graduanda em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – lorenarodrigues@hotmail.com.br 3 Graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – quirino417@gmail.com 2 Graduanda em Engenharia Elétrica pela Universidade Potiguar – darian.souza@hotmail.com 1 Artigo apresentado para a banca de TCC II, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica. 1 photovoltaic system emerges as a suggested topic for further research. Keywords: energy; generation; investment. 2 1 INTRODUÇÃO Ao longo dos anos, à medida que a população mundial aumentou, a demanda por energia elétrica também cresceu. Esse fato tornou-se uma preocupação global devido ao impacto ambiental associado à geração de energia a partir de fontes naturais, que muitas vezes resultam em danos ambientais e na emissão de poluentes. Além disso, existe a possibilidade de escassez de recursos naturais nos próximos anos. De acordo com Silva e Araújo (2022), a forma voraz e contínua com que a humanidade explora os recursos energéticos da natureza pode levar ao seu esgotamento em um futuro próximo. Conforme destacado pelos autores Silva e Araújo (2022), há uma preocupação significativa em relação às emissões de gases poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica, como petróleo, gás natural e carvão mineral. Essa preocupação tem impulsionado os países a buscar alternativas energéticas mais limpas e baseadas em recursos renováveis, como evidenciado no Acordo de Paris. Essas novas formas de energia não apenas mitigam os impactos ambientais, mas também garantem a sustentabilidade a longo prazo. Foi adotado em dezembro de 2015 pelos países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, acrônimo em inglês), durante a 21ª Conferência das Partes (COP21), um tratado global conhecido como Acordo de Paris (BRASIL, 2017). O objetivo desse acordo é fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa mudança, por meio da implementação de medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, o Brasil tem atualmente 83% de sua energia, originada de meios renováveis, sendo 63,8% de energia hidrelétrica, 9,3% de energia eólica, 8,9% de energia proveniente de biomassa e biogás e 1,4% de energia solar centralizada (BRASIL, 2020). Embora a energia hidrelétrica ainda seja a fonte de energia mais predominante no país, ela tem enfrentado desafios devido à escassez de chuvas, resultando em custos elevados para a população. Como resultado, tem havido um aumento na busca por outras fontes, como a energia fotovoltaica, que utiliza a luz e o calor do sol como matéria-prima. No Brasil, a energia fotovoltaica tem apresentado um crescimento e desenvolvimento constantes, sendo considerada uma fonte limpa por ser gerada a partir do sol, um recurso inesgotável (LANA et 3 al., 2015). Um exemplo notável disso ocorreu em 2019, quando o Ministério da Defesa implementou um projeto para utilizar energia solar em seu prédio principal, como parte de um programa de eficiência de gastos. Foram instalados painéis solares que visavam suprir aproximadamente 40% do consumo de energia do edifício. Este estudo tem como justificativa a busca por uma solução energética limpa e renovável capaz de suprir a demanda de consumo de um local específico, além de garantir retorno do investimento. O objetivo geral deste trabalho é realizar o dimensionamento de um projeto de sistema solar fotovoltaico do tipo on-grid para um consumidor na zona rural do município de Apodi, Rio Grande do Norte. Os objetivos específicos incluem apresentar os conceitos e princípios de funcionamento desse tipo de sistema de geração e avaliar a viabilidade da implantação do projeto, tanto em termos de geração de energia quanto economicamente. Este artigo está estruturado em cinco seções distintas, iniciando com a introdução, seguida pelo referencial teórico. Na segunda seção, foi realizada uma ampla revisão bibliográfica para embasar teoricamente esta pesquisa. Em seguida, foi apresentada a metodologia utilizada, destacando os parâmetros e cálculos aplicados no dimensionamento do sistema de energia solar. A quarta seção concentra-se na análise dos resultados obtidos neste estudo e, por fim, foi apresentada a conclusão do trabalho. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Energia solar Em conformidade com CEMIG (2012), as fontes primárias de energia são aquelas encontradas na natureza em sua forma original, sem terem passado por qualquer processo de conversão. O crescimento contínuo da população e do consumo de energia à escala mundial, associado à natureza finita dos combustíveis fósseis e à poluição gerada pela sua queima, questiona o atual modelo energético. A procura de um modelo baseado no desenvolvimento sustentável a longo prazo tem motivado interesse crescente por formas de energia mais limpas e renováveis, de modo a permitir a satisfação das necessidades energéticas, sem alterar de maneira acentuada as condições de vida no planeta. É nesse contextoque se insere a energia solar fotovoltaica, que é uma forma de geração de energia capaz de suprir, com inúmeras vantagens sobre as formas tradicionais de geração, determinadas necessidades (BRAGA, 2008). Ressaltando a ideia de Alves (2019) em contrapartida, as fontes de energia renováveis 4 são inesgotáveis, devido à constante renovação ao serem utilizadas dentro de um intervalo de tempo significativo. Também, são consideradas limpas por emitir menos gases de efeito estufa - doravante GEE - se comparadas às fontes fósseis. À medida que cresce o foco mundial na sustentabilidade e na busca por energia renovável eficiente, a produção de energia a partir da luz solar está recebendo cada vez mais atenção devido às suas diversas diferenças e vantagens. A ideia de desenvolvimento sustentável nasceu originalmente com o conceito de desenvolvimento, expresso desde a perspectiva do crescimento, até o conceito do que é desenvolvimento sustentável. Segundo Veiga (2005), o desenvolvimento sustentável é definido como aquele que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades. Fonte proveniente do sol, é uma energia infinita e renovável. Classificada como uma alternativa limpa, por não emitir gases. Finalmente, o que é energia solar? A energia solar fotovoltaica é definida como a energia gerada através da conversão direta da radiação solar em eletricidade. Isto se dá, por meio de um dispositivo conhecido como célula fotovoltaica que atua utilizando o princípio do efeito fotoelétrico ou fotovoltaico (IMHOFF, 2007). Também é válido ressaltar, que este mecanismo exige menos manutenção que outras fontes convencionais, evitando desperdício. A base dessa energia são os raios, luzes e calor. Podemos classificar a energia solar como qualquer tipo de produção de energia que tenha como base os raios solares, um dos recursos mais fartos da natureza. A energia do Sol é essencial para sustentar a vida na Terra e atua como um catalisador para todos os processos térmicos, cinéticos e químicos, seja natural como a fotossíntese ou o ciclo hidrológico, ou desenvolvido pelo homem. Conforme CRESESB, Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, (2008), a atmosfera terrestre recebe, anualmente, 1,5x1018 kWh de energia do Sol. Isso indica que a radiação solar, além de ser responsável pela manutenção da vida na Terra, também se constitui enquanto uma inesgotável fonte energética, em que há um enorme potencial de utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra forma de energia, a exemplo da térmica e da elétrica, dentre outras. No ponto de vista de Alves (2019) muitas são as aplicações da fonte de energia solar provenientes dos raios solares. Pode-se destacar a geração direta (energia solar fotovoltaica) e indireta (energia heliotérmica, conversão de irradiação solar em calor para geração de energia elétrica) de eletricidade, além da energia solar térmica (geração de calor para aquecer fluidos, bem como secagem e aquecimento industrial). 5 O efeito fotovoltaico é produzido por essa incidência que, além de fazer circular uma corrente elétrica no material, cria a energia elétrica. Através do efeito fotovoltaico há o desenvolvimento da diferença de potencial entre os dois eletrodos, devido à transferência de elétrons gerados entre as diferentes bandas do material (CEMIG, 2012). Na visão de Chaves, Camargo, Ramos e Ramos (2018), a energia heliotérmica, também conhecida como Concentrating Solar Power (CSP), converte a radiação proveniente do sol em energia elétrica através da concentração dos raios solares em um foco, de forma a transformá-los em calor, que é posteriormente convertido em energia elétrica. Em outras palavras, uma planta de energia solar térmica ou central termosolar é uma instalação industrial em que, a partir do aquecimento de um fluido por radiação solar e sua utilização em um ciclo termodinâmico convencional, é produzida a potência necessária para mover um alternador para gerar eletricidade, como em uma central termoelétrica clássica. O uso dessas duas tecnologias acopladas formam uma pequena parcela da distribuição de energia global e vem sendo bastante utilizada em vários aspectos positivos. A rápida expansão do potencial de geração instalada se deve, principalmente, à redução de custo, ao elevado potencial de aproveitamento energético e, consequentemente, à geração de energia e ao fato de não emitirem poluentes ao ambiente. Na atualidade, a qualidade de vida está diretamente relacionada com o elevado consumo de energia. Em consequência disso, estima-se que a crescente demanda energética só tende a aumentar com o passar dos anos (DIAS et al, 2017, p. 157). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE (2017), a energia solar é uma fonte inesgotável, pois deve-se levar em consideração a escala de tempo da vida na Terra. O Sol é uma estrela média que emite energia como resultado de reações de fusão nuclear de átomos de hidrogênio para formar hélio e, portanto, o Sol é uma das opções de energia mais baratas da humanidade. Na tese de Alves (2019), a grande disponibilidade de energia solar no Brasil faz com que o país se destaque. 2.2 Irradiação solar A irradiância solar é a principal fonte de energia do sistema terrestre, sua variabilidade afeta os componentes neutros e ionizados da atmosfera. A variabilidade da irradiância solar em algumas regiões do espectro tem chamado atenção devido à sua importância para a química e a dinâmica da atmosfera terrestre (GÓMEZ et al, 2018). A irradiação solar é a frequência da transmissão de raios solares que atinge a atmosfera: 6 A radiação eletromagnética está relacionada com cargas elétricas aceleradas que irradiam energia. Em outras palavras, refere-se às variações temporais do campo elétrico (E), provocando uma variação do campo magnético (B) [11]. Estas variações se propagam radialmente, o campo elétrico oscila perpendicularmente ao campo magnético, e a direção de propagação é dada pelo vetor de Poynting. A radiação eletromagnética ocorre em diferentes faixas espectrais de acordo com o tipo de interação com a matéria. Todas têm uma característica em comum, são resultados das oscilações do campo elétrico (E) e do campo magnético (B). O espectro eletromagnético é classificado em diferentes regiões (GÓMEZ, et al. 2018, p1). O Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, publicou um estudo de pesquisas sobre a radiação solar, o Atlas Solarimétrico do Brasil (2018). Na plataforma é possível realizar a consulta de forma gratuita, com base em dados solarimétricos de todo o Brasil. 2.3 Energia fotovoltaica (on-grid e off-grid) 2.3.1 On-grid No entendimento de Alves (2019), os sistemas On-grid, são conhecidos como sistemas conectados à rede. Portanto, eles são considerados como uma fonte complementar ao sistema de energia e usados onde a eletricidade já está presente. Este sistema solar fotovoltaico usa a luz solar para gerar eletricidade. A rede elétrica é como uma bateria que recebe toda a energia excedente produzida pelo sistema. Tais sistemas utilizam geração distribuída e podem ser classificados de acordo com a quantidade de eletricidade gerada. Segundo Rüther (2004), basicamente os sistemas on-grid podem se dividir em dois tipos: de forma centralizada, como se fosse uma usina convencional e longe dos consumidores (grandes centrais fotovoltaicas) e de forma integrada a edificação, próxima ao consumidor e descentralizada (pequeno porte). Nos sistemas fotovoltaicos de microgeração, normalmente, as unidades consumidoras de microgeração distribuídas ou de pequena geração são instaladas nas residências ou próximas aos locais onde a energia produzida por tais sistemas é consumida. Os tipos de unidades consumidoras que utilizam sistemas de minigeração são principalmente edifícios comerciais. De acordo com Marinoski, Salamoni e Rüther (2004),o sistema elétrico solar tem grande potencial no projeto de edifícios e pode se tornar um elemento importante não apenas para os sistemas prediais, mas também para o meio ambiente. Os países cada vez mais desenvolvidos utilizam este sistema não só em edifícios residenciais, mas também em http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=publicacoes&task=livro&cid=2 7 edifícios comerciais e industriais, porque geralmente possuem grandes áreas planas adequadas para a integração de geradores de energia solar. Na concepção de Alves (2019), quando a demanda está no pico durante o dia, os sistemas solares podem contribuir para o pico da rede, como em áreas comerciais onde as cargas de ar condicionado são altas durante o dia. Portanto, se os valores de carga máxima corresponderem no verão e no inverno, percebem-se que quanto maior a demanda no verão, maior a chance da carga coincidir com a disponibilidade de energia solar; comportamento típico da maioria das capitais brasileiras. Estudos já realizados relatam que devido a excelente performance que os painéis de a-Si (silício amorfo) têm demonstrado, estes são uma boa escolha de tecnologia para rede-conectada, integração com a edificação e utilização em climas quentes como no Brasil (VIANNA, ROMERO E RÜTHER, 2000). Os dados de consumo das áreas urbanas no Brasil mostram a diferença entre áreas dominadas por prédios comerciais e áreas residenciais, sendo que a primeira apresenta pico de demanda durante o dia e a segunda apresenta pico de demanda ao entardecer (INPE, 2017). Esses módulos são agrupados por células solares feitas de materiais semicondutores conectados em série (aumento da tensão) e paralelo (aumento da corrente do sistema). Depois disso transformam a energia que vem do sol, podendo ser aproveitada no ponto de consumo ou estar lá transferindo para a rede. Conforme Alves (2019), o mesmo padrão de eletricidade é usado em diferentes equipamentos elétricos. O inversor permite que a energia produzida pelo painel solar seja ligada à rede, pelo que a tensão produzida deverá ter a mesma amplitude, frequência e fase da rede. Ainda de acordo com o autor supracitado, o on-grid basicamente usa vários painéis fotovoltaicos conectados à inversores, que são então conectados à rede. Este sistema não armazena energia. Portanto, a energia gerada que não é utilizada pelos consumidores/geradores é injetada diretamente na rede elétrica. 2.3.2 Off-grid Os sistemas fora da rede são conhecidos como sistemas autônomos ou sistemas que não estão conectados à rede elétrica. Esses sistemas funcionam de forma independente, ou seja, não funcionam em paralelo com a rede elétrica tradicional. No ponto de vista de Junior, Pereira e Lira (2021), sistemas isolados são caracterizados como sistemas de distribuição de energia elétrica que operam independentemente do Sistema Interligado Nacional (SIN), ou seja, não estão conectados à 8 rede elétrica nacional de abrangência ampla. Conforme Alves (2019), nos dias que correm, mais de 800 milhões de pessoas no mundo não usam eletricidade. Esses números mostram o quanto é importante e necessário garantir uma qualidade de vida adequada para toda a população mundial. Pensando nisso, descentralizar a distribuição de energia e utilizar fontes renováveis de energia é uma forma de minimizar ou mesmo eliminar essa triste situação. Ainda na perspectiva do autor referido Alves (2019), os moradores mais distantes das principais fontes de geração entendem a dificuldade de conseguir energia elétrica. O principal motivo dessa dificuldade é o alto custo dos serviços de distribuição e transmissão e a baixa demanda desses locais em relação aos grandes centros consumidores devido à necessidade de uma grande rede de transmissão em alta tensão para atender esses consumidores. E, portanto, por questões financeiras e técnicas, não é possível para as concessionárias de energia implementá-lo. Portanto, os sistemas off-grid podem ser usados em áreas remotas onde não há rede de distribuição de eletricidade ou onde o fornecimento de eletricidade é incerto. Exemplos de aplicações para esses sistemas incluem áreas rurais, fazendas, ranchos, estacionamentos e praias. Em geral estes Sistemas Fotovoltaicos Isolados (SFI), absorvem e convertem a energia solar durante o período de irradiação solar, utilizando a energia gerada (como em sistemas de acionamento bomba d’água) ou armazenando através dos acumuladores de carga (baterias) e continua assegurando o fornecimento de energia durante o período sem incidência de irradiação solar, ou seja, no período noturno descarregando a energia contida nos acumuladores (em sistemas de iluminação, telefone) (OLIVEIRA, 2018). 2.4 Compensação de energia Embora recém-iniciado no Brasil, o governo conta com diversos incentivos para o uso da energia solar fotovoltaica, como condições diferenciadas de financiamento para compra de kits de geração de energia. Para regulamentar o setor, a ANEEL lançou a resolução normativa 482 em 2012, estabelecendo condições gerais para a conexão de sistemas de microgeração e pequena geração à rede de distribuição (ANEEL, 2012). No decorrer dos anos, foram necessários ajustes nas condições de conexão visando incentivar a utilização da geração distribuída. Posterior à REN 482/2012, foi divulgada em 2015 a REN ANEEL 687, a qual regulamenta a utilização de créditos de energia gerados a partir da injeção de energia elétrica nas redes de distribuição e também os empreendimentos 9 de múltiplas unidades geradoras (ANEEL, 2015). Com o aumento significativo do número de unidades consumidoras injetando energia elétrica na rede de distribuição, os custos incorridos pela concessionária ou permissionária pela necessidade de manutenção começaram a ser debatidos. Acomoda-se uma nova geração de recursos conectados a ele na rede. Assim, a Lei nº 14.300/2022 estabelece os encargos pela parte da tarifa relativa ao uso da infraestrutura da rede de distribuição de energia elétrica (BRASIL, 2022). A microgeração distribuída refere-se às centrais de geração de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 75 kW. Por outro lado, a geração distribuída de pequena escala refere-se à usinas com capacidade instalada maior que 75 kW e menor ou igual a 3 MW, de fontes não despacháveis (capazes de armazenar energia), e usinas com capacidade instalada inferior a 5 MW. Fontes despachadas (onde a energia não pode ser armazenada), pode ser acionado a qualquer momento durante o armazenamento (ANEEL, 2015). Além do marco legal da micro e minigeração, a Lei introduziu algumas alterações no Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), criado pela Resolução 482 e lançou o Programa de Energia Renovável Social (PERS). A lei também estabelece que a Aneel é responsável por fornecer formulários padrão para solicitação dos consumidores de micro, minigeração distribuída e todas as informações necessárias para a formulação de projetos solares (BRASIL, 2022) Este sistema aplica-se aos créditos de energia. Tais créditos funcionam da seguinte forma: se o sistema de energia solar produzir energia em excesso, ou seja, a mais do que a usina consome, essa energia é "emprestada" à distribuidora e devolvida com o crédito. O consumidor pode, assim, compensar o consumo de energia elétrica das unidades consumidoras participantes do sistema com dinheiro. Esses créditos não cobrados anteriormente foram tributados por lei. Isso se deve à necessidade de arcar com custos de infraestrutura e investimentos na rede pública de energia, como a Linha B (valor das linhas de transmissão da distribuidora até as localidades). Além disso, o sistema considera características ambientais, técnicas e sociais no cálculo da compensação energética. No entanto, essas regras da Lei 14.300 se aplicam apenas a clientes que optarem pela energia solar após janeiro de 2023. Para clientes que já a possuíam, as regras se aplicam apenas a partir de 2045 (BRASIL, 2022).Segundo Aneel (2022), a REN 1059/2023 prevê que a transição para este sistema tributário será gradual e aumentará o imposto a cada ano: I – 15% (quinze por cento) a partir de 2023; 10 II – 30% (trinta por cento) a partir de 2024; III – 45% (quarenta e cinco por cento) a partir de 2025; IV – 60% (sessenta por cento) a partir de 2026; V – 75% (setenta e cinco por cento) a partir de 2027; VI – 90% (noventa por cento) a partir de 2028. A lei aprovada prevê assim um sistema de compensação energética de 25 anos para os projetos já instalados. E ainda, projetos solicitados em até 12 meses após a aprovação, exceto pela regra transitória, que equipara os investimentos já contemplados. Portanto, todas as taxas definidas pela ANEEL serão cobradas apenas em 2029 (BRASIL, 2022). 2.5 Componentes do sistema fotovoltaico (on-grid) Segundo Pinho e Galdino, no Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, da CRESESB (2014), os dispositivos utilizados para a conversão e utilização de energia elétrica provenientes da energia solar é denominado Sistema Fotovoltaico (SFV). São formados por quatro blocos, sendo estes: bloco de carga (ou consumo); bloco gerador (módulo FV, cabeamento e estruturas); bloco de condicionamento de potência (inversores, controladores de carga e outros dispositivos de proteção e controle); bloco de armazenamento (baterias), este último necessariamente utilizado em sistemas off-grid ou híbridos. 2.5.1 Painéis fotovoltaicos Os painéis solares fotovoltaicos convertem a radiação solar em eletricidade DC. Cada painel é composto por células fotovoltaicas. Além de telhados e fachadas residenciais, comerciais, industriais e outras unidades consumidoras. (ALVES, 2019). 2.5.2 Inversor Os inversores fotovoltaicos convertem energia de CC para CA e, como a maioria dos aparelhos eletrônicos utilizam CA, essa energia pode ser utilizada em unidades consumidoras residenciais ou até mesmo comerciais. O dispositivo é capaz de tornar a tensão e a frequência compatíveis com a rede elétrica, os sistemas estão interligados. Os inversores utilizados em sistemas fotovoltaicos devem ter uma forma de onda senoidal pura; eficiência superior a 85%. 11 Na faixa entre 50% e 100% da potência nominal, a distorção harmônica total (DHT) é inferior a 5%, em qualquer potência de operação (ALVES, 2019). O inversor também deve ter outras características (PINHO E GALDINO, 2014): alta confiabilidade e baixa manutenção; opera em uma ampla faixa de tensão de entrada; boa regulação da tensão de saída; baixa emissão de EMI e ruído audível; tolerância a surto de partida da carga fornecida; a segurança do pessoal e das instalações; grau de proteção IP adequado ao tipo de instalação; garantia mínima de fábrica de dois anos. 2.5.3 Quadro de distribuição A energia elétrica produzida pelas células fotovoltaicas nos painéis e posteriormente convertida pelo inversor é conduzida até a central local, onde o sistema está sendo implantado, e assim, dessa forma, distribui a energia para uso (ALVES, 2019). 2.5.4 Aparelhos elétricos A energia gerada pelo sistema on-grid chega aos equipamentos elétricos e eletrônicos conectados à tomada, que utilizarão automaticamente a energia fotovoltaica para suas próprias funções (ALVES, 2019). 2.5.5 Medidor de energia bidirecional A tarefa do medidor bidirecional é monitorar a energia consumida pela rede que é alimentada na rede. Portanto, se o sistema produzir menos eletricidade do que consome naquele momento, a rede pública fornece automaticamente a energia necessária para que não falte energia ao consumidor. Pelo contrário, o sistema, produzindo mais energia do que o necessário naquele momento, direciona essa energia extra para a rede elétrica da usina. E por isso o medidor bidirecional nesse caso leva em conta essa energia e o consumidor/produtor fica com saldo positivo na conta mensal de energia. Este saldo é deduzido automaticamente quando o cliente precisar novamente de eletricidade da rede. Assim, o medidor de energia bidirecional registra o excesso de energia consumida e produzida para compensar os créditos no final do mês. de qualquer forma, O consumidor pode mudar para a rede elétrica e reduzir a conta de luz, pois o excesso de energia gerada e não utilizada é direcionado para a rede, o que resulta em crédito e economia no final do mês (ALVES, 2019). 12 Além dos componentes citados acima, também são utilizados componentes de integração de sistemas (Balance of System - BOS), que consistem em estruturas de montagem para módulos fotovoltaicos e componentes de proteção elétrica. 2.6 Equipamentos do sistema off-grid 2.6.1 Painel fotovoltaico Assim como no sistema on-grid, no sistema off-grid a radiação solar é convertida em eletricidade através dos painéis solares fotovoltaicos, compostos por células fotovoltaicas. 2.6.2 Controladores de carga Segundo Alves da Cunha (2006) e Guzzo (2008), os controladores de carga são essenciais em SFI, pois contribuem na regulação da tensão entregue do painel para as baterias (desconectando o painel quando as baterias estiverem totalmente carregadas) e controlam o fluxo de descarga e recargas das baterias, aumentando assim sua vida útil. Ainda pode realizar desconexão de cargas em baixo nível das baterias e proteção contra um aumento do consumo pela carga ou intervenção do usuário. Podendo encontrar-se com outros nomes na literatura como “regulador de carga” ou “regulador de tensão”. Ainda é possível serem encontrados com diferentes níveis de sofisticação, devido a constante evolução nos dispositivos de controle. 2.6.3 Baterias No ponto de vista de Oliveira (2018), é inerente ao SFI a utilização de acumuladores de carga. Neste caso, baterias que atendam à demanda de energia quando a geração é nula ou insuficiente (à noite ou em dias com pequena irradiação solar). Assim, parte da energia solar convertida em elétrica deve ser armazenada nas baterias para atender a demanda nestes momentos em que não há geração de energia. Um sistema off-grid não é ambientalmente sustentável, pois as baterias se degradam em pouco tempo e são feitas de materiais que poluem muito, como o chumbo e o lítio (BORTOLOTO et al, 2017). No entendimento de Alves (2019), em sistemas de carga direta sem armazenamento, a eletricidade é usada para produção em equipamentos de corrente contínua. Um exemplo desse 13 uso é um sistema de bombeamento de água com bombas de motor CC. 2.6.4 Inversor Um inversor é necessário para alimentar aparelhos CA. Este dispositivo geralmente inclui um rastreador de ponto de potência máxima, necessário para otimizar a potência final. Este sistema é utilizado quando se deseja mais conforto na utilização de eletrodomésticos tradicionais. Os sistemas isolados, como o nome sugere, não estão conectados a uma rede de distribuição convencional. Esses sistemas podem atender cargas CC e CA com e sem armazenamento (ALVES, 2019). Ainda segundo o mesmo autor, podemos destacar as diferenças de cada carga, sendo elas: carregamento e armazenamento CC. Aplicam-se a equipamentos eletrônicos, em que a eletricidade solar pode ser produzida ou não. A energia é armazenada prioritariamente em baterias e utiliza-se um dispositivo que realiza a carga e descarga de uma bateria. Os controladores de carga, como são denominados, evitam danos à bateria devido à sobrecarga ou descarga profunda. Já na carga CA sem armazenamento, o princípio de operação é semelhante às cargas CC, o que as diferencia é que a carga é alimentada por corrente alternada, portanto, deve ser utilizado um inversor entre o gerador solar e a carga. Um exemplo de sua utilização é no uso de bombas com motores convencionais em sistemas de energia solar. O carregamento e armazenamento CA, é necessário para alimentar aparelhos CA e tem o propósito de converter corrente contínua em corrente alternada. É importante destacar que inversores modernos dispensam a utilização do controlador de carga, pois já possuem tais funções embarcadas.2.7 Situação atual da energia fotovoltaica no Brasil Em um ranking mundial, o Brasil ocupa o oitavo lugar com capacidade instalada a partir da energia fotovoltaica. Segundo o Irena, no ano de 2022 o Brasil tinha 24GW de potência instalada, atualmente já ultrapassa de 26GW instalado, mensalmente cresce cerca de 1GW de potência instalado, dentre as usinas de grande, médio e pequeno porte (BRASIL, 2020). No Nordeste brasileiro alguns estados se destacam como produtores de energia fotovoltaica, em Setembro de 2022 o estado da Bahia atingiu uma potência instalada de 546,3 MW (ABSORLAR, 2022). 14 3 METODOLOGIA Este trabalho caracteriza-se como sendo descritivo, pois apresenta, de forma detalhada, o estudo de caso envolvendo o dimensionamento e a implementação de um sistema solar fotovoltaico em uma propriedade rural, localizada no interior do estado do Rio Grande do Norte. A pesquisa utiliza uma abordagem quantitativa, pois baseia-se na coleta e na análise de dados numéricos, gerando resultados que serão apresentados em gráficos. Com o intento de adquirir um maior conhecimento sobre os conceitos e princípios fundamentais de um sistema de energia solar, foi realizado um embasamento teórico abrangente. Para essa finalidade, foi utilizada a plataforma do Google Acadêmico, que permitiu a coleta de informações provenientes de dissertações e artigos científicos relevantes nesse campo específico. Posteriormente, foi feita uma visita à propriedade objeto deste estudo, com a finalidade de realizar o levantamento dos dados necessários para dimensionar esse sistema fotovoltaico. Por meio de um instrumento de medição, foram coletadas as dimensões do galpão industrial no qual serão instalados os módulos. As coordenadas geográficas do local foram obtidas utilizando o aplicativo Google Maps. O consumo da unidade geradora, em kWh, foi retirado da conta de energia fornecida pelo cliente. Para auxiliar no dimensionamento desse projeto, foi utilizado o recurso Sundata, do site do Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, com a finalidade de obter os valores da irradiação solar diária média mensal no município de Apodi. Os métodos de análise de dados utilizados nesta pesquisa foram planilhas eletrônicas e gráficos, por meio dos quais foi possível determinar se esse projeto é viável em termos de geração de energia e calcular em quanto tempo o investidor poderia obter o seu retorno financeiro. 3.1 Parâmetros utilizados no dimensionamento do sistema de energia fotovoltaica Na seção abaixo será mostrado como foi feito o dimensionamento desse projeto de sistema fotovoltaico on-grid. Os parâmetros e os cálculos utilizados foram retirados do capítulo 6 do Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, da CRESESB, desenvolvido por Pinho e Galdino (2014). 3.1.1 Análise do local 15 Esse estudo foi realizado na cidade de Apodi, localizada no interior do estado do Rio Grande do Norte. Os módulos fotovoltaicos foram instalados na zona rural, em um sítio que possui um galpão. A Figura 1 ilustra a propriedade onde foi feito o dimensionamento do sistema fotovoltaico. Figura 1 - Localidade na qual foi realizado o estudo. Fonte: Autoria própria, 2022. Um ponto muito importante a ser considerado em um projeto fotovoltaico é o tipo da estrutura. No caso do galpão objeto desse estudo, o telhado é do tipo fibrocimento, com telhas onduladas e a estrutura é composta por vigas tubulares e treliças, ambas metálicas. Todos estão em bom estado de conservação (Figura 2). Figura 2 - Estrutura metálica do galpão. Fonte: Autoria própria, 2022. 16 O galpão possui dois telhados, os módulos fotovoltaicos serão instalados no telhado mais baixo (Figura 3). De acordo com as medições realizadas em uma visita ao local, esse telhado possui uma área de 390 m² (30 m x 13 m). A diferença de altura entre os dois telhados é de aproximadamente 1,2 metros. Na visita à propriedade, foi constatado que não existem pontos próximos que possam causar o sombreamento dos módulos fotovoltaicos, como árvores ou prédios, característica importante para o aproveitamento do potencial energético dessa usina. Segundo Araújo, Rank e Bueno (2016), o sombreamento de um módulo fotovoltaico, mesmo que de forma parcial, pode ocasionar perdas significativas de geração. Figura 3 - Telhado do galpão onde foram realizadas as medições. Fonte: Autoria própria, 2022. Com posse das coordenadas geográficas da propriedade, foi utilizado o site Google Earth para pesquisar informações geográficas do local. Na Figura 4 observa-se que os telhados do galpão estão no sentido noroeste. A inclinação do telhado é de 30°graus. Figura 4 - Sentido do telhado. Fonte: GOOGLE EARTH, 2023. 17 3.1.2 Irradiância O sítio no qual foi desenvolvido esse projeto fica situado no nordeste brasileiro. De acordo com Almeida e Almeida (2022), o Nordeste possui um grande potencial de produção de energia fotovoltaica, em virtude da elevada disponibilidade e regularidade da irradiância solar. Tal fenômeno acontece por conta dessa região estar localizada próxima a linha do equador. A alta incidência solar do Nordeste pode ser comprovada por meio do mapa da irradiação solar do Brasil, retirado do site Global Solar Atlas, ilustrado na Figura 5. Figura 5 - Mapa da irradiância solar do Brasil. Fonte: GLOBAL SOLAR ATLAS, 2023. Para obter os dados da irradiação solar do município de Apodi, foi utilizada a ferramenta SunData, da CRESESB. O site em questão informa os valores da irradiação de cada mês do ano, bem como a média entre os meses. Após análise desses dados, justificou-se que essa localidade possui uma ótima irradiação solar. Tabela 1- Irradiação Solar anual do município de Apodi-RN [Adaptado de SUNDATA (CRESEB), 2022]. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 5,98 6,16 6,07 5,77 5,35 5,04 5,33 5,97 6,37 6,59 6,54 6,17 5,94 Fonte: Autoria própria, elaborada a partir da CRESEB, 2022. Para dimensionar a geração mensal, é necessário obter o número de Horas de Sol Pleno (HSP). Esse valor expressa o intervalo de horas em que a irradiância solar permanece 18 constante e igual a 1 kW/m² ao longo do dia (FERREIRA, 2019). A irradiação média de Apodi-RN, segundo dados da CRESESB (Tabela 1), é de 5,94 kWh/m², o cálculo do número de HSP para caso em questão está demonstrado abaixo: (1) Os fenômenos que afetam os valores da irradiação solar de uma localidade ao longo do ano podem ser classificados em: meteorológicos e variação da posição Terra-Sol (GROTJOHANN, 2022). A variação anual da irradiação do município de Apodi pode ser vista na Figura 6: Figura 6 - Irradiação Solar no Plano Horizontal para Localidades próximas. Fonte: CRESESB, 2022. 3.1.3 Consumo da unidade consumidora O proprietário do sítio cedeu os dados de consumo de eletricidade da unidade consumidora, em kWh. Para dimensionar esse projeto, foi considerado o consumo entre os meses de dezembro de 2021 e novembro de 2022 (Tabela 2). Como pode ser visto na Tabela 2, a média anual de consumo desse cliente é de 3895,41 kWh. Para dimensionar a potência do sistema fotovoltaico a ser instalado, não foi utilizado esse valor, pois além do cliente possuir uma variação considerável em seu consumo mensal, ele pretende mandar créditos de energia para duas outras unidades consumidoras de sua posse. Uma delas possui uma média de consumo de 998,83 kWh/mês e a outra de 1044,17 kWh/mês (Tabela 3). Somando as três médias de consumo, encontra-se o valor de 5938,42. Portanto, para suprir de forma total essa demanda de energia, foi estimada uma geração mensal de 6500 kWh. 19 Tabela 2 - Consumo mensal de eletricidade na propriedade. Galpão Mês Consumo kWh Nov 2022 3589,0 Out 2022 3073,0 Set 2022 3980,0 Ago 2022 5086,0 Jul 2022 5349,0 Jun 2022 4404,0 Mai 2022 4311,0 Abr 2022 3445,0 Mar 2022 4281,0 Fev 2022 3425,0 Jan 2022 2461,0 Dez 2021 3341,0 Média 3895,41 Fonte: Autoria própria elaborada a partir de fatura de energia emitidapela COSERN em novembro de 2022. Tabela 3 - Consumo mensal de eletricidade nas propriedades onde vai ocorrer compensação de energia. Residência 1 Residência 2 Mês Consumo kWh Mês Consumo kWh Nov 2022 1002,0 Nov 2022 1023,0 Out 2022 986,0 Out 2022 1043,0 Set 2022 1017,0 Set 2022 1016,0 Ago 2022 982,0 Ago 2022 1037,0 Jul 2022 980,0 Jul 2022 1027,0 Jun 2022 1001,0 Jun 2022 1026,0 Mai 2022 978,0 Mai 2022 1038,0 Abr 2022 998,0 Abr 2022 1063,0 Mar 2022 995,0 Mar 2022 1049,0 Fev 2022 1009,0 Fev 2022 1057,0 Jan 2022 1026,0 Jan 2022 1074,0 Dez 2021 1012,0 Dez 2021 1077,0 Média 998,83 Média 1044,17 Fonte: Autoria própria elaborada a partir de faturas de energia emitidas pela COSERN em novembro de 2022. 3.2 Módulos Para calcular a potência do sistema fotovoltaico, foi utilizada a fórmula abaixo: (2) Nessa fórmula, a variável Dias será considerada como 30 (trinta), equivalente a um mês. HSP terá o valor 5,95 [h/dia], valor obtido na seção irradiância. TD (%) significa Taxa 20 de Desempenho, que é definida como sendo a relação entre o desempenho real do sistema sobre o desempenho máximo teórico possível. Segundo o Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos (PINHO E GALDINO, 2014), esse valor está entre 70% e 80%. Para os cálculos desse projeto, será considerada uma TD de 75%. A Energia de Compensação, numerador da equação, é o mesmo que Consumo mensal estimado, ou seja, 6500 kWh. Aplicando esses valores na equação, obteve-se o resultado da potência que deve ser gerada: (2.2) Depois de dimensionar a potência do sistema, deve-se determinar o número de módulos fotovoltaicos a serem instalados. Com esse intuito, divide-se o valor da potência encontrado na equação anterior pela potência unitária do módulo, em kW. (2.3) O número de módulos fotovoltaicos encontrado na equação acima foi arredondado para 92. Consequentemente, o valor da potência do kit mudou para 48,76 kWp. A potência escolhida para os módulos desse sistema foi de 530 W, levando em consideração questões de espaço e disponibilidade no mercado. Uma vantagem desse modelo é que ele é bifacial, ou seja, produz energia dos dois lados, o que resulta em uma maior geração de energia. Isso significa que esses módulos podem aproveitar tanto a luz solar direta na frente quanto a luz refletida na parte traseira, aumentando a eficiência do sistema e maximizando a quantidade total de energia gerada (GRAFULHA e ZANESCO, 2021). O Painel Solar Jinko Bifacial 530 W apresenta os seguintes dados elétricos em suas especificações: Figura 7 - Painel Solar. Fonte: ALDO SOLAR, 2023. 21 A Tabela 4 mostra os dados do fabricante: Tabela 4 - Dados do fabricante. Potência MPP 530W Tensão no ponto máximo de potência 40,71V Corrente no ponto máximo de potência 13,02A Tensão em Circuito Aberto 49,35V Corrente de Curto Circuito ICC 13,71A Eficiência 20,6% Tolerância de potências positiva 0~+3W Desempenho mínimo sob condições de teste padrão STC (1000W / m², 25 º C, espectro AM1,5 G) Fonte: ENERGIA TOTAL, 2023. A tabela 5 demonstra os dados mecânicos do módulo: Tabela 5 - Dados mecânicos do fabricante. Tensão máxima do sistema 1500V Formato 2274 mm x 1134 mm x 35 mm Peso 28,6 kg Fonte: ENERGIA TOTAL, 2023. A escolha do fabricante considerou vários aspectos importantes. Primeiramente, foi levado em conta o tempo de garantia oferecido pelos módulos, que é de 12 anos contra defeitos de fabricação, garantindo a confiabilidade e qualidade do produto. Além disso, foram realizadas análises minuciosas das características elétricas e da eficiência do modelo do módulo bifacial em comparação ao modelo convencional. Ao consultar o datasheet do módulo bifacial, foi constatado que sua degradação anual ao longo de 30 anos é de 0,45%. Em contrapartida, o módulo convencional apresenta uma degradação linear de 0,55% em 25 anos, o que indica uma leve redução na capacidade de geração ao longo do tempo. Isso significa que o painel bifacial mantém sua capacidade de geração de energia de forma consistente ao longo do tempo, resultando em uma maior eficiência e produtividade. 22 Essa diferença na degradação entre os dois modelos é significativa. Após 30 anos de uso, o painel bifacial ainda terá uma capacidade de geração de 84,95% de sua potência nominal, ou seja, continuará gerando energia de forma eficiente. Já o modelo convencional, ao final de 25 anos, terá uma capacidade de geração de 84,8%. Essa vantagem do módulo bifacial garante uma maior vida útil e um desempenho consistente ao longo do tempo, proporcionando um melhor retorno sobre o investimento em energia solar (ALDO SOLAR, 2023). Outra vantagem notável desse modelo de módulo solar é a sua tecnologia Half-cell. Segundo Furini, Makiyama, Orso e Casonatto (2022), o painel é dividido em duas metades menores, conectadas internamente por uma série de diodos. Isso significa que, mesmo que uma parte do módulo seja sombreada ou obstruída, apenas a metade afetada é impactada, enquanto a outra metade continua a produzir energia de forma eficiente. Essa divisão permite que o módulo solar funcione de maneira mais eficiente em ambientes com sombreamento parcial, maximizando a produção de energia e garantindo um desempenho consistente em condições desafiadoras. Além disso, esse módulo solar possui outra característica crucial para minimizar os impactos do sombreamento: a utilização estratégica de diodos. De acordo com Pedroza e Rampinelli (2018), os diodos são dispositivos semicondutores que desempenham um papel essencial na prevenção de perdas de energia causadas pelo sombreamento parcial. Eles são posicionados estrategicamente nos módulos solares para garantir que, quando uma parte do módulo for afetada por sombreamento, a corrente elétrica flua contornando essa área, permitindo que as outras células solares continuem a gerar energia de maneira eficiente. Ao analisar tais informações, conclui-se que a combinação das duas tecnologias mencionadas nos módulos solares resulta em um aumento significativo de sua eficiência e desempenho, mesmo em situações desafiadoras de sombreamento. Com posse das dimensões do módulo escolhido, foi calculada a área do módulo: (4.4) Com base nos cálculos realizados previamente, verificou-se que o telhado designado para a instalação dos módulos possui uma área total de 390 m², portanto, dispõe de espaço suficiente para acomodar todos os painéis fotovoltaicos necessários. Para auxiliar na representação gráfica do posicionamento dos painéis no telhado, foi utilizado um software 23 especializado. Foi deixado um espaço de 40 centímetros a cada quatro colunas de módulos, para facilitar a limpeza e a manutenção desse sistema. A figura abaixo ilustra a disposição planejada dos módulos, considerando as especificações técnicas do sistema fotovoltaico: Figura 8 - Disposição planejada dos módulos. Fonte: Autoria própria, 2022. 3.3 Inversor De acordo com o Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos (PINHO E GALDINO, 2014) , o inversor deve ser dimensionado através do seguinte cálculo: (3.1) Segundo a mesma fonte, o FDI, que significa Fator de Dimensionamento de Inversores, é um valor que representa a relação entre a potência nominal CA do inversor e a potência de pico do gerador fotovoltaico. O manual recomenda que esse número esteja entre 0,75 e 0,85, com um limite superior de 1,05. Normalmente, a potência nominal do inversor é menor do que a do gerador fotovoltaico, pois, mesmo em condições ideais de irradiação solar, a potência do gerador raramente atinge valores próximos à sua potência nominal. No caso do projeto dimensionado neste artigo, o modelo de inversor escolhido foi o MID40KTL3-X, fabricado pela empresa Growatt. Esse inversor é trifásico e possui uma potência nominal (CA) de 40 kW. Ele é equipado com quatro MPPTs, cada um com capacidade para duas strings. Além disso, oferece proteção CC interna e permite o acompanhamento em tempo real da geração do sistema fotovoltaico por meio de um 24 aplicativopara smartphones. O inversor possui garantia de fábrica de 10 anos. O FDI desse projeto é 0,82. A imagem abaixo ilustra o modelo escolhido: Figura 9 - Inversor. Fonte: GROWATT, (2023) A COSERN, como concessionária de energia elétrica, é responsável por fornecer aos clientes a potência necessária para suprir suas demandas energéticas. No caso da unidade consumidora em análise, que possui uma conexão de baixa tensão e cabeamento trifásico, a potência inicialmente disponibilizada era de 20 kW. No entanto, devido à instalação planejada do gerador solar, foi preciso solicitar à COSERN um aumento na capacidade de carga para 40 kW. Esse aumento de potência é essencial para garantir que a unidade consumidora possa utilizar toda a energia gerada pelo sistema fotovoltaico de forma eficiente, sem sobrecarregar a infraestrutura elétrica existente. 3.4 Módulos por MPPT Conforme o Manual desenvolvido por Pinho e Galdino (2014), é possível determinar o número máximo de painéis fotovoltaicos que podem ser conectados a um inversor através da divisão da sua potência CC máxima pela potência dos módulos. No caso deste projeto, o cálculo resultou no seguinte valor: (4.1) Ainda segundo a mesma fonte, para dimensionar a quantidade de painéis por string em um inversor, é preciso corrigir a Tensão de Circuito Aberto (Voc) do módulo, pois o valor que 25 aparece no datasheet foi obtido em condições de laboratório. Para essa correção, foi aplicada a seguinte fórmula: (4.2) O módulo JINKO de 530 W possui um Voc (tensão de circuito aberto) de 49,35 V. O coeficiente de temperatura (Voc) dos painéis, que é de -0,28%/ºC, indica a variação da tensão do módulo em relação à variação da temperatura (KIPPER, GASPARIN e KRENZINGER, 2018). A variável Tp representa a temperatura mínima registrada em Apodi no ano de 2022, expressa em graus Celsius, e foi obtida através do site WEATHERSPARK. Conforme as especificações técnicas, o inversor de 40 kW desse sistema opera em uma faixa de tensão entre 200-1000V. Dividindo-se esse valor máximo de tensão pela tensão corrigida do módulo, podemos determinar a quantidade máxima de módulos por string: (4.3) Desse modo, foi adotada a seguinte configuração para o sistema: dois arranjos de 14 painéis em série na MPPT1, dois arranjos de 13 painéis em série na MPPT2, um arranjo de 19 painéis em série na MPPT3 e um arranjo de 19 painéis em série na MPPT4, totalizando 92 módulos. A figura 9 apresenta o esquema atual de conexão dos módulos por string no inversor: Figura 10 - Conexão dos módulos. Fonte: Autoria própria, 2022. 3.5 Kit fotovoltaico 26 A aquisição do kit gerador fotovoltaico para este projeto foi realizada através do site da Aldo Solar, uma empresa com 40 anos de experiência e reconhecida como referência na distribuição de geradores solares no Brasil. Optou-se por adquirir um kit com potência de 48,76 kW, projetado para ser instalado em telhas de fibrocimento. Ele possui 23 estruturas, cada uma acomoda 4 módulos, na posição horizontal. Os componentes desse kit estão detalhados abaixo: Tabela 6 - Componentes que acompanham o kit fotovoltaico escolhido. Componentes do Kit fotovoltaico 300 CABO SOLAR FOTOVOLTAICO FLEXIVEL 6MM 1,8KV CC RL100 PRETO 300 CABO SOLAR FOTOVOLTAICO FLEXIVEL 6MM 1,8KV CC RL100 VERMELHO 23 ESTRUTURA SOLAR ROMAGNOLE 412135 RS-327 2 PARES PERFIL DE ALUMÍNIO 2,40 M 4 PAINÉIS PRATIC LITE 23 ESTRUTURA SOLAR ROMAGNOLE 412210 RS223 KIT FIXAÇÃO 4 PAINÉIS TELHA FIBROCIMENTO PARAFUSO MADEIRA 1 INVERSOR SOLAR GROWATT ON GRID MID36KTL3-X 36KW TRIFÁSICO 380V 4MPPT MONITORAMENTO 92 PAINEL SOLAR JINKO JKM530M-72HL4-TV TIGER PRO 530W BIFACIAL 144 HALF CEL MONO 20,55% EFICIÊNCIA 15 STAUBLI CONECTOR MC4 32.0016+17P0002 - 02 PARES DE CONECTORES MC4 Fonte: ALDO SOLAR, 2023. 3.6 Orçamento do sistema Com base nas especificações técnicas do inversor e dos módulos fotovoltaicos, foi elaborado um orçamento detalhado para este projeto. O preço final contempla não apenas a montagem do sistema, mas também todos os materiais necessários para a instalação e todos os componentes do gerador fotovoltaico. A Tabela 7 a seguir apresenta o orçamento completo: Tabela 7 - Orçamento do sistema solar fotovoltaico. Orçamento Instalação do sistema R$ 6.856,22 Material da rede C.A R$ 1.132,00 Kit fotovoltaico (48,76 kWp) R$ 143.849,00 Outros custos + Impostos R$ 38.017,22 Valor total R$ 190.088,44 Fonte: Autoria própria, 2022. 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES O dimensionamento do sistema fotovoltaico em questão foi realizado levando em consideração uma ampla gama de parâmetros e variáveis, que vão desde a determinação da demanda de energia, até a escolha dos componentes adequados. Durante todo o processo, as particularidades do local de instalação e as condições climáticas foram minuciosamente analisadas. Com base nos dados de consumo das unidades consumidoras e na irradiação solar mensal, foi elaborada a tabela apresentada na figura 10: Figura 11 - Dados de Consumo. Fonte: Autoria própria, 2023. Para proporcionar uma melhor visualização dos resultados, a tabela anterior foi representada graficamente na Figura 12. Apresentando a simulação da geração do sistema fotovoltaico ao longo dos meses do ano, permitindo uma análise mais detalhada da variação sazonal de produção de energia. Figura 12 - Consumo X Geração. Fonte: Autoria própria, 2022. 28 A geração média anual obtida foi de 6522,26 kWh, o que supera a média de consumo das unidades consumidoras estabelecida em 5938,42 kWh. Esse resultado indica que o cliente estará pagando mensalmente apenas a tarifa correspondente às unidades trifásicas. Assim, fica evidente que o projeto é viável em termos de geração e é capaz de atender à demanda energética do cliente. Além disso, um aspecto importante analisado nesta pesquisa foi o tempo de retorno do investimento no sistema fotovoltaico conectado à rede. Com esse propósito, foi criado um gráfico que representa um cenário correspondente a 25 dos 30 anos de garantia de desempenho desse modelo de módulos e levando em conta que o cliente utilizou capital próprio para adquirir o sistema. Para esse cálculo, considerou-se o custo atual da tarifa de energia elétrica, que é de R$ 0,80 por kWh, e uma inflação anual de 5%. Vale ressaltar que este último valor é estimado e pode sofrer alterações ao longo do tempo, dependendo das condições econômicas do país. Analisando a Figura 13, é possível observar que nos três primeiros anos o fluxo de caixa acumulado apresenta valores negativos, indicando que o sistema solar ainda não gerou retorno financeiro nesse período. No entanto, a partir do quarto ano, verifica-se uma mudança significativa, com o lucro acumulado tornando-se positivo, revelando que o proprietário já recuperou totalmente o montante investido neste projeto. É importante ressaltar que, a partir desse ponto, as barras do gráfico crescem de forma exponencial, o que indica que o lucro gerado ao longo desse período de 25 anos será superior a 700%. Figura 13 - Fluxo de caixa acumulado. Fonte: Autoria própria, 2022. Consequentemente, pode-se concluir que esse sistema fotovoltaico é exequível 29 economicamente, pois ele recupera seu investimento inicial em um curto período e proporciona lucros significativos ao proprietário ao longo de sua vida útil. Estes resultados consolidam a decisão acertada de investir nesse projeto, oferecendo uma solução energética sustentável e altamente lucrativa. Outro aspecto relevante é que esse cliente se enquadra no grupo de Geração Distribuída I. De acordo com a Lei 14.300/22, que estabelece o marco legal da Geração Distribuída, os sistemas instalados até 07/01/23 são regidos pelas "regras antigas", o que significa que eles estão isentos da taxa de distribuição de energia até o ano de 2045 (BRASIL, 2022). Essa condição traz um benefício adicional para o cliente, proporcionando uma vantagem financeira e aumentando ainda mais a viabilidade do projeto de geração distribuída. 5CONCLUSÃO A crescente preocupação com a sustentabilidade energética e a busca por alternativas limpas e renováveis têm impulsionado interesse no uso da energia solar fotovoltaica como uma solução viável para suprir a demanda por eletricidade. O dimensionamento adequado de sistemas fotovoltaicos torna-se essencial para garantir a eficiência e maximizar o aproveitamento dos recursos disponíveis na natureza. Nesse contexto, este estudo teve como justificativa a busca por uma solução energética limpa e renovável para suprir a demanda de consumo de uma propriedade localizada na zona rural do município de Apodi. Diante dessa necessidade, o objetivo principal deste trabalho foi realizar o dimensionamento de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede elétrica (on-grid) para atender esse consumidor. Ao final do estudo, constatou-se que o objetivo foi alcançado com sucesso. Para suprir a demanda de consumo mensal desse cliente, que é de 5938,42 kWh, foi dimensionado um gerador fotovoltaico com potência nominal de 48,76 kWp. Esse sistema foi composto por 92 módulos solares e um inversor de 40 kW, garantindo uma geração adequada de energia para suprir as necessidades do consumidor. Neste estudo, foram empregados métodos analíticos, como planilhas eletrônicas e gráficos, para realizar uma análise abrangente da viabilidade do sistema fotovoltaico em questão. A partir dos resultados obtidos, levando em consideração os dados projetados, foi possível constatar que a implementação desse sistema de energia solar é capaz de suprir adequadamente a demanda energética do investidor. Além disso, ficou evidenciado que essa solução se mostra economicamente viável, apresentando-se como uma alternativa efetiva para a redução de custos. 30 Esse trabalho pode contribuir para que profissionais e interessados na área realizem projetos mais eficientes e sustentáveis, contribuindo para a disseminação e adoção da energia solar fotovoltaica como uma fonte confiável e acessível de eletricidade. Além disso, é importante destacar que este estudo foi de grande relevância para os autores, uma vez que reuniu conhecimentos diversos adquiridos ao longo de sua formação em Engenharia Elétrica, fortalecendo suas competências e contribuindo para o aprimoramento de suas habilidades profissionais. Durante o desenvolvimento desta pesquisa, identificou-se uma limitação considerável relacionada ao longo prazo de entrega dos kits geradores fotovoltaicos na região nordeste do país. Nos principais sites de compras, os pedidos costumam levar cerca de um mês para serem entregues no destino final. Essa demora na disponibilidade dos equipamentos pode impactar negativamente os prazos de instalação e implementação dos sistemas fotovoltaicos. Para futuros estudos, uma possível expansão seria direcionar a análise para dimensionar sistemas solares autônomos, que não estão conectados à rede elétrica convencional (off-grid). Essa abordagem permitiria explorar as peculiaridades desse tipo de sistema, considerando a armazenagem de energia em baterias e o uso eficiente dos recursos disponíveis. REFERÊNCIAS ABSOLAR. Bahia lidera geração de energia solar no Nordeste. 2022. Disponível em: <https://www.absolar.org.br/noticia/bahia-lidera-geracao-de-energia-solar-no-nordeste/>. Acesso em: 22 abr. 2023. 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