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07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 1/16 Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 2/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Apresentação http://docenteinovador.blogspot.com.br/2014/03/producao-de-textos-academicos.html O texto acadêmico, de cunho essencialmente informativo, atende a determinados critérios de estruturação, passando pela decisão linguística e respondendo a algumas características essenciais, como boa argumentação e organização, intertextualidade e adequação à norma padrão da Língua Portuguesa. Estrutura-se, ainda, dentro de uma tipologia bem caracterizada e de alguns gêneros mais utilizados, como o fichamento, o resumo, a resenha e o artigo. Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará as especificidades da elaboração do texto acadêmico, com foco na produção textual de tipologia argumentativa. Bons estudos! 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 3/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Infográfico O texto argumentativo é um gênero textual que procurar convencer o leitor de alguma coisa, argumentar para comprovar uma ideia. Veja abaixo a estrutura do texto argumentativo: 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 4/16 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 5/16 https://ticsyformacion.com/2015/05/10/que-es-el-texto-argumentativo-infografia-infographic-education/ 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 6/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Conteúdo Produção de Texto e Decisão O decisor linguístico é o sujeito capaz de fazer escolhas acerca da adequação ou da inadequação de uma dada forma linguística que compreende/interpreta ou produz. Raciocina, não memoriza. Substitui, em caso de dúvida. Conhece princípios linguísticos, não regras gramaticais. Cria, não apenas reproduz. Apreende, compreende, analisa, sintetiza, aplica, avalia, antes de ler ou de redigir. Habitua-se à diversidade, não ao padrão. Em seguida, vamos ajudá-lo a entender o que é e como se toma essa decisão. Elementos para uma Boa Decisão Linguística Vamos evidenciar alguns aspectos que precisamos definir quando elaboramos uma mensagem: Que tipo de informação a mensagem contém? Como se dá a interlocução? Quais são os objetivos a atingir, considerando o contexto? De que recursos dispomos para decidir? Que atitude devemos ter ante a necessidade da decisão? Sempre que você der início à produção de um texto, procure definir que tipo de informação ele conterá. Para isso, é necessário ter a finalidade, o objetivo do texto em mente. Na vida acadêmica, você transmite informações, ao: responder a questões de exercícios, testes e provas; elaborar relatórios de experimentos, reuniões e resultados de análises, entre outros; redigir dissertações, teses e monografias. Em cada caso, a finalidade do texto determinará o tipo de informação requerida e o registro linguístico adequado. Considerações do Decisor Você precisa conhecer também o seu interlocutor. Um especialista – o professor de uma disciplina, por exemplo –, necessitará de informações mais específicas e pormenorizadas, ao contrário do leigo, que deverá assimilar o conteúdo da mensagem de forma genérica, apesar da imprescindível clareza textual. Há casos, porém, em que o público é constituído por interlocutores de diferentes níveis cognitivos e sociais. Nessa situação, convém que o texto seja produzido numa linguagem o mais neutra possível, visando atingir a totalidade dos indivíduos, independentemente de sua faixa etária, classe econômica, categoria profissional, gênero etc. Sabendo sobre o que se vai falar e a quem, é preciso planejar o detalhamento do que vai ser dito. Essa estruturação do texto pode ser mental ou mesmo por escrito, como um esquema. Você deve escolher a que melhor se adéqua ao seu jeito de ser e com a qual você se sinta em segurança. Com esses três elementos bem definidos, está na hora de escrever o texto. E se surgirem dúvidas sobre o português, o que fazer?! As Consultas do Decisor Você já deve ter experimentado a dificuldade de buscar a resposta a uma dúvida de português, o que é absolutamente natural. Até os mais experimentados escritores enfrentam essa situação. Para resolvê-la, é bastante útil dispor de variadas fontes de consulta, tais como: Dicionários convencionais (de significados), etimológicos, enciclopédicos, ortográficos. Gramáticas – normativas, descritivas, pedagógicas... –, são fontes de consulta de aprofundamento. Manuais de redação e estilo – governamentais, jornalísticos, empresariais... –, são instrumentos de homogeneização da redação institucional; dão segurança, porém limitam e não substituem outras fontes de referência, como gramáticas e dicionários. Obras de fundamentação teórica – constituem fontes de consulta que sustentam opiniões de especialistas. Além dos conhecimentos adquiridos por essas fontes, você deve reconhecer os diversos tipos de textos: narrativo (romances, contos), descritivos (crônicas, relatórios, atas), dissertativos/argumentativos (teses, ensaios, monografias), poéticos (poemas), dramáticos (peças teatrais), epistolares (correspondência em geral), por meio do conhecimento de suas finalidades e funções linguísticas. Tal tipologia, é claro, acaba por ser fundamental para o desenvolvimento das atividades acadêmicas. Esperamos que você, a partir dos conhecimentos adquiridos até o momento, seja esse decisor linguístico. Procuramos chamar sua atenção para o fato de que a comunicação escrita vai além de um conjunto de letras que formam palavras, que integram orações, que constroem períodos, que compõem parágrafos, que formam textos e assim por diante. 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 7/16 Você continuará estudando a importância da produção textual no meio acadêmico, recebendo orientações sobre como colocá-la em prática... siga em frente! Modos de Organização do Texto Em seguida, consideraremos a relação significativa entre a materialidade do texto e os sentidos que se constroem com base nos dados linguísticos e textuais, levando em conta a dimensão sociocomunicativa dos textos. Nesse estudo, são relevantes os elementos formais, porque permitem o acesso a outras dimensões da linguagem constitutivas dos sentidos que atribuímos aos textos. Materialidade Linguística e Sentido Ao refletir sobre a dimensão linguística dos textos, por meio do estudo dos diferentes tipos textuais, pode-se pensar o texto em sua estrutura formal, associando-o: a um locutor (Quem diz? De que lugar fala? Por que diz o que diz?); a um alocutário (Para quem se fala? Quais são suas expectativas?); a um suporte textual (revista, jornal,livro ou internet, por exemplo); a uma conjuntura social e histórica (Em que tempo/espaço?), a um gênero textual (Editorial? Peça publicitária? Contrato?), entre outras dimensões da linguagem. Por essa razão, não se deve ser indiferente à materialidade linguística dos textos. Pela forma, pode-se chegar aos discursos veiculados nos textos, ou seja, por meio de marcas gramaticais em distintas tipologias de texto, “pode-se chegar ao gênero de discurso de que trata o texto, ao conteúdo abordado, a seus interlocutores, ao comportamento a ser adotado em relação ao texto” (MAINGUENEAU , 2001, p. 45). Travaglia (2003) propôs um minucioso estudo sobre os tipos textuais. Em um de seus artigos, apresenta várias características gramaticais das seguintes sequências tipológicas: descrição, dissertação, injunção e narração. A Tipologia Textual segundo Travaglia Fonte: Travaglia (2003), adaptado Quadro-síntese I Descrição Dissertação / argumentação Injunção Narração Perspectiva do enunciador / produtor do texto. Enunciador na perspectiva do espaço em seu conhecer. Enunciador na perspectiva do conhecer, abstraído do tempo e do espaço. Enunciador na perspectiva do fazer posterior ao tempo da enunciação Enunciador na perspectiva do fazer / acontecer inserido no tempo. Objetivo do enunciador. O que se quer é caracterizar, dizer como é. Busca-se o refletir, o explicar, o avaliar, o conceituar, expor ideias para dar a conhecer, para fazer saber, associando-se à análise e à síntese de representações. Diz-se a ação requerida, desejada, diz-se o que e/ou como fazer; incita-se à realização de uma situação. O que se quer é contar, dizer os fatos os acontecimentos, entendidos como os episódios, a ação / o fato em sua ocorrência. Forma como se instaura o interlocutor. Como “voyeur” do espetáculo. Como ser pensante, que raciocina. Como aquele que realiza aquilo que se requer, ou se determina que seja feito, aquilo que se deseja que seja feito ou aconteça. Como assistente, espectador não participante, que apenas toma conhecimento dos episódio(s) ocorrido(s). Tempo referencial. Simultaneidade das situações. Simultaneidade das situações. Indiferença à simultaneidade ou não das situações. Não simultaneidade das situações, portanto sucessão. Relação entre o tempo da enunciação e o referencial. O tempo da enunciação pode ser posterior, simultâneo ou anterior ao tempo referencial. O tempo da enunciação pode ser posterior, simultâneo ou anterior ao tempo referencial. Como aquele que realiza aquilo que se requer, ou se determina que seja feito, aquilo que se deseja que seja feito ou aconteça O tempo da enunciação pode ser posterior, simultâneo ou anterior ao tempo referencial. No Quadro-síntese II, a seguir, você poderá observar explicações do autor sobre distintos tipos textuais. Leia-o com atenção. Quadro-síntese II - Tipologia textual: caracterização 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 8/16 Fonte: Travaglia (2003), adaptado. Quadro-síntese II - Tipologia textual: caracterização DESCRIÇÃO Na descrição, o produtor do texto é levado a caracterizar, dizer como é, apresentando características e elementos constitutivos do objeto da descrição. Exemplos de gêneros de predominância descritiva: certos poemas, verbetes de enciclopédia, verbetes de dicionário, alguns textos publicitários, entre outros. NARRAÇÃO Na narração, o que quer o produtor do texto é contar o que aconteceu (ou o que vai acontecer), dizer os fatos, os acontecimentos. Observação: alguns gêneros, geralmente, têm predominância narrativa: ata, conto, fábulas, peças de teatro, parábolas, piadas, poema heroico, notícia, entre outros. DISSERTAÇÃO / ARGUMENTAÇÃO Na dissertação/argumentação, o produtor do texto busca o refletir, o explicar, o avaliar, o conceituar, o expor idéias para dar a conhecer, para fazer saber, associando-se à análise e à síntese de representações. Assim sendo, o que importa como informação são as entidades, as proposições sobre elas e as relações entre estas proposições sobretudo as de condicionalidade, causa/conseqüência, de oposição (ou contrajunção), as de adição (ou conjunção), de disjunção, de especificação / ampliação / exemplificação, comprovação, entre outros. Observação: Certos gêneros, geralmente, têm predominância dissertativa: editorial de jornal, monografia, artigo de divulgação científica, resenha, artigo de opinião, teses, entre outros. INJUNÇÃO Na injunção, o objetivo é incitar à realização de uma situação (ação, fato, fenômeno, estado, evento, etc.), requerendo-a ou desejando-a, ensinando ou não como realizá-la. Nesse caso, a informação é sempre algo a ser feito e/ou como ser feito. Observação: Há muitos gêneros cuja predominância é injuntiva: manual de instruções, receita médica, receita culinária, horóscopo, ordem, pedido, conselho, preces, entre outros. Do ponto de vista adotado nesse estudo, não se constroem casualmente estruturas linguísticas para os textos. Por isso, há grande probabilidade de que a configuração formal de um texto seja movida por circunstâncias que precisam ser consideradas no processo de produção/recepção/circulação dos textos, os quais são tipologicamente heterogêneos. Desse ponto de vista, um mesmo texto pode ser constituído por dois ou mais tipos textuais, podendo haver a predominância de um dos tipos, conforme ressalta Marcuschi (2002, p. 19-36). Temos, assim, textos predominantemente narrativos, descritivos, argumentativos, injuntivos e dialogais. É possível, pois, compreender o texto a partir da concepção de tipologia textual (natureza linguística do texto) ou por meio da noção de gênero textual (propriedades sociocomunicativas do texto). No entanto, é muito mais produtivo compreender os textos por uma visão não dicotômica – dividida em tipo textual ou gênero textual. Na realidade, as duas noções conceituais devem ser vistas como intercomplementares, já que os textos envolvem dimensões de ordens diversas. Produção de Texto Argumentativo A seguir, enfocaremos a produção argumentativa, por ser uma tipologia textual muito solicitada nos trabalhos acadêmicos e fundamental para os estudos feitos ao longo de seu curso. O Que é Argumentar Argumentar é uma arte de linguagem conhecida na Antiguidade, bastante explorada na retórica dos filósofos gregos que desenvolviam com destreza a habilidade argumentativa nas exposições públicas. Os gregos consideravam a linguagem como discurso e era necessidade básica o domínio das regras de uma boa argumentação, domínio esse que definia certo status social e intelectual. Aristóteles definia a argumentação como a arte de persuadir e convencer. Em pesquisas mais recentes, encontramos Perelman (1996) que institui a Nova Retórica e a concebe como uma relação discursiva que tem por objetivo convencer ou persuadir, seja um auditório ou um indivíduo. Perelman faz distinção entre persuadir e convencer. A persuasão é uma forma de linguagem argumentativa que tem como alvo um auditório particular e a argumentação persuasiva dirige-se a todo ser racional, é, portanto, de caráter universal. Para Refletir A materialidade linguística é significável, independentemente do “tipo textual”. Por isso, ao ler textos, pergunte-se: quais conexões e encadeamentos de sentido podem ser confirmados ou excluídos em decorrência da dimensão linguística de um dado texto? 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ… 9/16 Ducrot e Ascombre (1983) constatam que a argumentação está na língua, o que confere à argumentação um valor semântico profundo. Segundo esses autores, nem todas as palavras se prestam à argumentatividade. Consideram eles que são os predicados (nomes e verbos) e os modificadores (adjetivose advérbios) que têm força de argumento. São, portanto, termos e expressões da língua que operam na argumentação, por isso, também chamados de operadores argumentativos. Ducrot e Ascombre, no desdobramento da Teoria da Argumentação, incluem a noção de topos. Para eles, pela presença do topos, a argumentação se dá em escalas graduais, de forma que, na elaboração dos argumentos, há sempre um mais forte, que predomina e dá a direção argumentativa para uma conclusão. A característica fundamental do texto argumentativo-dissertativo é a de convencer e/ou persuadir, pela linguagem. Para que essa marca identificadora da argumentatividade de um texto entre em funcionamento, é necessário também acionar outros mecanismos da linguagem. Eles são colocados, algumas vezes, de forma consciente, outras, inconscientes, pelos sujeitos de discurso, quando desejam elaborar suas teses, defender suas ideias... enfim, inscrever-se em posições subjetivas e debater preconceitos. Para que o sujeito tenha condições de desenvolver competências argumentativas, torna-se necessário apreender os mecanismos estruturadores da argumentatividade. Toda linguagem é ideologicamente marcada; as ideologias só se manifestam através da linguagem e, nem sempre, são perceptíveis numa leitura linear. Isso significa que, quando usamos a linguagem, junto com ela vêm dados e informações que estão armazenados em nosso cérebro e que, muitas vezes, nem percebemos que estavam ali guardados. Por essa razão, a produção argumentativa vai além da estrutura formal, isto é, da preocupação com as regras gramaticais da língua. É preciso pensar a argumentação do ponto de vista semântico-discursivo: é preciso pensar no sentido que queremos que nossa produção argumentativa alcance. A forma da língua é importante, pois, sem ela, a comunicação se torna deficiente; mas apenas a forma não é suficiente para garantir uma boa produção textual argumentativa, coerente e coesa. Outros fatores assumem papel vital, como, por exemplo, a cultura, a economia, a faixa etária, o regionalismo... todos esses e outros aspectos não citados constituem as condições de produção do sujeito e são determinantes na sua postura ideológica, social e intelectual. A adequação das formas argumentativas da língua contribui grandemente para o sucesso dos argumentos que constituem o discurso e que o torna argumentativo. Nas condições de produção do sujeito estão as experiências por ele acumuladas, que caracterizam sua historicização, ou seja, toda sua experiência social, cultural e de vida. É pela existência dessa historicização que o sujeito se faz sujeito, assume-se como sujeito e defende suas posições. A construção argumentativa requer a formação de um ponto de vista e isso só se dá a partir do momento que o sujeito se coloca numa determinada posição. É dessa posição, na qual se inscreve, que ele produzirá seu discurso argumentativo. A formação do ponto de vista passa também pelo campo das formações imaginárias; isto é, antes de se enunciar o sujeito elabora imagens. Para discutir as formações imaginárias, Pêcheux (1997) levanta a hipótese de que, na estrutura de uma formação social, há lugares de representação postos em jogo no processo discursivo. É por meio dos processos do discurso que as formações imaginárias funcionam, designando as posições que cada sujeito assume na argumentação, como afirma Gadet (1997): “o que podemos dizer é que todo processo discursivo supõe a existência dessas formações imaginárias” (p. 83). Essas formações imaginárias são resultado de um efeito pré-construído, ou seja, representam dados e informações que se encontram na memória do indivíduo e são revelados, explícita ou implicitamente, no uso da linguagem. Esse fenômeno das formações imaginárias permite ao sujeito enunciador que o seu dizer se faça de uma forma e não de outra. Isso significa que a forma de dizer e as palavras escolhidas influenciam o resultado da argumentação. Características do Texto Argumentativo Veja, a seguir, as principais características que envolvem da tipologia argumentativa: expõe e argumenta, simultaneamente, aquilo que o autor pensa sobre determinado assunto; situa e discute; apresenta uma tese, apoiada em argumentos; aponta a conclusão; tenta persuadir/convencer o leitor; apresenta argumentos que podem ser originais (inferências) ou alheios (citações); estabelece relações lógicas, como todo o texto de opinião (mas, assim, o que comprova, desse modo, porém, um outro lado da questão é...). Um bom texto argumentativo sempre apresenta o outro lado da questão, para melhor fundamentar a própria tese. Entretanto, a conclusão sempre aparecerá em decorrência do que se disse antes (assim, desse modo, como vemos, considerando esses fatos, em consequência disso...). A produção do texto argumentativo deve ser feita por etapas: Etapa intertextual Considera o universo de informação que possui sobre o assunto. Tem um antecedente em relação ao qual o texto toma posição. Resgata o conhecimento de mundo de quem escreve. Etapa contextual ou pragmática 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1Ni… 10/16 Considere a finalidade do texto que vai ser escrito: para defender um ponto de vista; para se opor a uma ideia corrente; para modificar ideias e opiniões. Estabelece o tom do texto: balizando seu desenvolvimento; em função do tempo que se dispõe para produzi-lo; em função do espaço e do público para o qual o texto se destina. Etapa textual Estabelece um plano: lista tópicos. Arquitetura: sempre constituída segundo a observação aristotélica de que um discurso deve apresentar começo, desenvolvimento e conclusão. Como se Organiza o Texto Dissertativo-Argumentativo Como você já sabe, foi Aristóteles, no século V antes de Cristo, que criou a organização do texto por partes e, até hoje, é esse o modelo que produz maior efeito e demonstra com mais clareza os objetivos a que se propõe. Vamos aqui relembrar o que o grande filósofo grego ensinou: Introdução Ponto de partida. Roteiro do que se lerá. Lança mão de recursos que podem despertar o interesse do leitor: formula uma tese; lança uma afirmação surpreendente; justifica ou refuta; propõe uma pergunta que será respondida ao longo do texto. Desenvolvimento Organização criteriosa das ideias, conceitos, informações, argumentos. Análise de relações de causa-efeito. No geral, cada parágrafo trata de uma nova ideia, mas deve haver relação lógica entre eles (elementos coesivos). Conclusão Retoma o que foi dito e expõe uma avaliação do que foi discutido. Deve ser bem produzido linguisticamente, observando a boa construção sintática, a riqueza e a pertinência vocabular, a correção gramatical e o estilo. Recursos para Convencer A boa produção argumentativa utiliza recursos que, se bem usados, tornam-se grande aliados do argumentador, isto é, daquele que enuncia. Observe os elementos que dão sustentação ao texto: Argumento de autoridade É a citação de autores renomados. Autoridades num certo domínio do saber. Corrobora uma tese. Argumento baseado no consenso Exemplo: Os investimentos em pesquisa são indispensáveis, para um país superar sua condição de dependência (Obs.: Pode carregar ideologias implícitas). Argumentos baseados em provas concretas É importante sempre apontar fatos que reforcem a sua opinião. Alguns cuidados que se deve ter na produção argumentativa: Escrever sempre requer cuidados. As palavras, depois de proferidas não voltam, portanto, saber escolhê-las é uma virtude que devemos cultivar. Elementos como coerência, coesão e correção gramatical são muito importantes, principalmente, no texto escrito. A seguir, listamos detalhes que fazem a diferença em sua produção: Para Refletir Acesse a Arte poética de Aristóteles e pense sobre como o filósofo da antiguidade grega se debruçou sobre a produção textual da época, dando-nos a real medida da importânciada linguagem e seus usos. Trata-se de uma compilação realizada por volta de 335 a.C., que busca sistematizar o formato e a estética dos gêneros literários gregos. Boas reflexões! http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000005.pdf 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1Ni… 11/16 não se devem escrever clichês, ou chavões, pois atrapalham o texto argumentativo, não por trazerem expressões comuns a diferentes tipos de textos, mas porque substituem a reflexão; frases-feitas eliminam qualquer possibilidade de argumentação, pois já são conhecimentos prontos, indiscutíveis e que não precisam ser desenvolvidos com mais cuidado; o lugar-comum apenas repete; evite gírias; não se deixe envolver por emoções exageradas; redija um texto com sobriedade; evite muitos adjetivos; evite repetições de palavras; ideias mal concatenadas levam à fuga ao tema e à incoerência textual. Os estudos sobre a linguagem existem há séculos e ainda há muito por descobrir. Portanto, não abordamos tudo, mas é possível dizer que o que foi dito a você, caro estudante, é suficiente para que possa elaborar seus textos com mais segurança e conhecimento. Para encerrar a unidade, trazemos uma interessante observação feita por Faraco e Tezza, no livro “Prática de Texto”: A língua é uma das realidades mais fantásticas de nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados) por palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites [...]. O mundo inteiro é um gigantesco bate-papo — (FARACO; TEZZA, 2007, p. 9). 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1Ni… 12/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Dica do Professor Leia o artigo “Analisando o texto”, da pesquisadora Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran. Nele, a autora propõe uma discussão sobre Linguística Textual (LT), incluindo reflexões sobre a organização dos textos em geral, além de discutir estratégias de formulação e reformulação do texto. A partir da leitura, você irá pensar sobre importantes questões que envolvem a elaboração textual, como: que fatores do contexto comunicativo interferem na produção de um texto? Quais são os conhecimentos que colocamos em prática quando produzimos um texto? http://museudalinguaportuguesa.org.br/wp-content/uploads/2017/09/Analisando-o-texto.pdf 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1Ni… 13/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Saiba Mais Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do professor: Para ampliar seus conhecimentos sobre esse assunto, leia o texto completo de Travaglia (2003): “Composição tipológica de textos como atividade de formulação textual”. No Quadro-síntese I, a seguir, é possível visualizar algumas características propostas por esse pesquisador. Para conhecer um pouco mais sobre tipologia textual, leia o artigo “Gêneros textuais: definição e funcionalidade”, de Marcuschi (2002), capítulo da obra Gêneros textuais e ensino, de Ângela Paiva Dionísio et al. Procure ampliar seus conhecimentos sobre “coesão e coerência” textual. Esse estudo contribuirá para que você saiba, na prática, elaborar textos mais claros e convincentes. Para isso, leia o texto “A cola das ideias”, publicado na revista eletrônica Língua Portuguesa em dezembro de 2011. https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/leituras/IES_leitura_01.pdf http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/133018/mod_resource/content/3/Art_Marcuschi_G%C3%AAneros_textuais_defini%C3%A7%C3%B5es_funcionalidade.pdf http://docplayer.com.br/15428604-02-12-2010-a-cola-das-ideias-coesao-e-coerencia-sao-fundamentais-para-criar-o-encadeamento-adequado-a-um-texto-claro-e-convincente.html 07/07/2022 21:36 Versão para impressão - Escrita e Autoria de Textos Acadêmicos https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/ies/tema_06/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1Ni… 14/16 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Referências ALBECHE, Daysi L. (Org.). Universidade e Sociedade: visões de um Brasil em construção. Caxias do Sul, RS: Educs, 2012. 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