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Introdução ao blockchain
Introdução ao blockchain • 2/14
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer os problemas relacionados a internet
• Compreender o funcionamento básico do blockchain
Introdução ao blockchain
Conteúdo organizado por Valéria Feitosa de Moura do livro Blockchain 
Revolution: como a tecnologia por trás do Bitcoin está mudando o 
dinheiro, os negócios e o mundo, 1° Edição, publicado em 2016 por 
Tapscott, D e Tapscott, A.
https://player.vimeo.com/video/651545687
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Introdução 
A internet possibilitou muitas mudanças e ferramentas que auxiliam nossas vidas, 
como, por exemplo, o e-mail, as mídias sociais, a web móvel, o big data, a computação 
em nuvem e os primeiros avanços com relação a internet das (IoT). Esses avanços 
possibilitaram a redução de custo para as buscas, colaboração e troca de informações. 
Mas apesar dos vários benefícios, a internet também tem sérias limitações para 
negócios e atividades econômicas. Quer exemplos? Quando estamos online, ainda 
não podemos estabelecer com segurança as identidades uns dos outros ou confiar 
uns nos outros para fazer transações e trocar dinheiro sem a validação de um terceiro, 
como um banco ou governo. Mas esses intermediários coletam nossos dados e invadem 
nossa privacidade para ganho comercial e segurança nacional. Além disso, mesmo 
com a Internet, cerca de 2,5 bilhões de pessoas estão excluídas do sistema financeiro 
global, devido aos custos da tecnologia. Ou seja, mesmo que haja a promessa de que 
a internet irá tornar o poder mais distribuído, os benefícios econômicos e políticos 
provaram ser desiguais. Diante disso, os inventores buscam soluções para essas 
questões e é justamente nesse contexto que entra o blockchain. Nessa aula vamos 
conhecer o histórico e compreender de forma introdutória essa tecnologia.
Em busca do protocolo de confiança
Desde 1981, os inventores já estavam usando a criptografia para tentar resolver os
problemas relacionados à privacidade, segurança e inclusão na internet. No 
entanto, como sempre houve terceiros envolvidos, usar o cartão de crédito para 
compras na internet era inseguro, pois os usuários tinham que divulgar muitos 
dados pessoais e as taxas de transação eram muito altas para pequenos 
pagamentos.
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Em 1993, um matemático brilhante chamado David Chaum criou o eCash, um sistema 
de pagamento digital que era “um produto tecnicamente perfeito que tornava possível 
pagar com segurança e anonimato pela Internet, ele era perfeitamente adequado 
para enviar moedas eletrônicas de moedas de um centavo pela Internet”, o único 
problema era que os compradores online não se importavam com a privacidade e 
segurança na época. 
Em 2008, o setor financeiro global quebrou. Talvez de forma propícia, uma pessoa ou 
um grupo, com pseudônimo de Satoshi Nakamoto, desenvolveu um sistema usando 
uma criptomoeda chamada bitcoin. As criptomoedas (moedas digitais) são diferentes 
das moedas fiduciárias tradicionais porque não são criadas ou controladas por países. 
Esse protocolo estabeleceu um conjunto de regras - na forma de cálculos distribuídos 
- que garantiu a integridade dos dados trocados entre esses bilhões de dispositivos
sem passar por um terceiro confiável. Este ato, aparentemente sutil, desencadeou uma
faísca que excitou, aterrorizou ou capturou a imaginação do mundo da computação,
e se espalhou para empresas, governos, defensores da privacidade, ativistas de
desenvolvimento social, teóricos da mídia e jornalistas.
Saiba Mais
Toda criptografia tem quatro partes básicas (Turban & King, 2016):
• Texto aberto — mensagem não-criptografada em forma legível
por humanos
• Texto cifrado — mensagem escrita em texto aberto depois de ter
sido criptografada em um formato ilegível
• Algoritmo de criptografia — fórmula matemática usada para
criptografar o texto aberto em texto cifrado e vice-versa
• Chave — o código secreto usado para cifrar e decifrar uma
mensagem
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Saiba Mais
Conheça a história de Satoshi Nakamoto, o pseudônimo por traz do 
Bitcoin. Link: https://www.youtube.com/watch?v=lsYaWl3zRGI. Acesso 
em 23 ago. 2021. 
A bitcoin surge como o avanço que todos esperavam e o mundo inteiro tenta entender 
as implicações desse protocolo, que permite que qualquer pessoa produza confiança 
por meio de códigos inteligentes. É o que Tapscott e Tapscott (2016) chamam de 
Protocolo da Confiança. Esse protocolo permite transações confiáveis diretamente 
entre duas ou mais partes, autenticadas por colaboração em massa e impulsionadas 
por interesses próprios coletivos, em vez de grandes corporações motivadas pelo 
lucro. O Protocolo da Confiança é a base de um número crescente de livros-razão 
globais distribuídos chamados blockchains - dos quais o blockchain bitcoin é o maior. 
Embora a tecnologia seja complicada, a ideia principal é simples. Blockchains nos 
permitem enviar dinheiro diretamente e com segurança de uma pessoa para outra, 
sem passar por um banco, uma empresa de cartão de crédito ou PayPal. Podemos 
considerar que ao invés da Internet da Informação, agora é a vez da Internet do Valor 
ou do Dinheiro. 
Nessa plataforma também é possível que todos saibam o que é verdade - pelo 
menos no que diz respeito às informações registradas estruturadas. Basicamente, é 
um código-fonte aberto, ou seja, é um código de programação que qualquer pessoa 
pode baixar de forma gratuita, além de poder executá-lo e usá-lo para desenvolver 
novas ferramentas de gerenciamento de transações online. Por isso, ele possui o 
potencial para possibilitar o desenvolvimento de vários novos aplicativos e recursos 
ainda não existentes, mas que têm o potencial de transformar muitas coisas.
https://www.youtube.com/watch?v=lsYaWl3zRGI
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Como esse livro-razão funciona
Grandes bancos e alguns governos estão implementando blockchains como livros-
razão distribuídos para revolucionar a maneira como as informações são armazenadas 
e as transações ocorrem. Seus objetivos são louváveis - velocidade, menor custo, 
segurança, menos erros e a eliminação de pontos centrais de ataque e falha. Esses 
modelos não envolvem necessariamente uma criptomoeda para pagamentos. No 
entanto, os blockchains mais importantes e de longo alcance são baseados no modelo 
bitcoin de Satoshi. É assim que eles funcionam: 
• Bitcoin ou outra moeda digital não é salva em um arquivo em algum lugar; é
representado por transações registradas em um blockchain - como uma planilha
ou livro-razão global, que aproveita os recursos de uma grande rede bitcoin
ponto a ponto para verificar e aprovar cada transação bitcoin.
• Cada blockchain, como aquele que usa bitcoin, é distribuído: ele roda em
computadores fornecidos por voluntários ao redor do mundo; não há um banco
de dados central para hackear.
https://player.vimeo.com/video/651616259
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• O blockchain é público: qualquer pessoa pode vê-lo a qualquer momento
porque ele reside na rede, não dentro de uma única instituição encarregada
de auditar transações e manter registros. E o blockchain é criptografado: ele usa
criptografia pesada envolvendo chaves públicas e privadas (como o sistema de
duas chaves para acessar um cofre) para manter a segurança virtual.
• A cada dez minutos, como a pulsação da rede bitcoin, todas as transações
realizadas são verificadas, compensadas e armazenadas em um bloco que está
vinculado ao bloco anterior, criando assim uma cadeia. Cada bloco deve se
referir ao bloco anterior para ser válido. Essa estrutura marca a hora e armazena
permanentemente as trocas de valor, evitando que alguém altere o livro-razão.
O blockchain é um livro razão distribuído que representa um consenso de rede de 
todas as transações que já ocorreram. A nova plataforma permite a reconciliação de 
registros digitais referentes a quase tudo em tempo real. Na verdade, em breve bilhões 
de coisas inteligentes no mundo físicoestarão sentindo, respondendo, se comunicando, 
comprando sua própria eletricidade e compartilhando dados importantes, fazendo 
de tudo, desde proteger nosso meio ambiente até gerenciar nossa saúde. Esta Internet 
de todas as coisas precisa de um livro-razão de todas as coisas. Negócios, comércio e 
economia precisam de um balanço digital.
Podemos sintetizar os fatores do blockchain de acordo com Antonopoulos (2014):
• Nós: no blockchain, qualquer ponto pode ser um nó (ponto onde a mensagem 
pode ser criada, recebida ou transmitida), como usa o conceito de 
descentralização, cada nó da cadeia tem a função de validador da transação 
realizada (peer-to-peer)
• Endereço ou chave privada: idêntico a um e-mail, em que se pode receber e 
mandar blocos para outros componentes da cadeia – esse endereço é 
criptografado, único e individual.
• Token: pode assumir vários papéis nessa transação eletrônica por meio 
de blockchain, tais como: votos, registros, atestados, utilitários, direitos 
de propriedade etc.
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• Criptografia: é o que torna o blockchain algo único, visto que cálculos 
matemáticos permitem que, a cada vez que é feita uma transação, a informação 
se torne uma nova chave, tornando impossível quebrar o código e 
descobrir a transação realizada.
• Timestamp: um servidor de carimbo de tempo, que adiciona um carimbo com 
data e hora na transação realizada e, a cada vez que recebe um carimbo de 
tempo, gera um histórico, formando uma corrente desses dados.
• Bloco: bloco é a definição dada a um conjunto de transações realizadas, 
carimbadas de data e hora, adicionado à rede de blocos.
Saiba Mais
Para compreender melhor o que é o blockchain assista a esses dois 
vídeos que demonstram o conceito e a prática dessa nova tecnologia.
Link 1: https://www.youtube.com/watch?v=vXPlzLNIObs. Acesso em: 
23 ago. 2021
Link 2: https://www.youtube.com/watch?v=7C4WLunfW3E. Acesso 
em: 23 ago. 2021.
Em Resumo
Nessa aula você aprendeu que, apesar da internet ter revolucionado nossas vidas, ela 
apresenta três importantes desafios: privacidade, segurança e inclusão e que há muito 
tempo os inventores buscam soluções para esses problemas usando a criptografia. 
No entanto, é em 2008 que surge o Bitcoin, que com o seu protocolo da confiança, o 
blockchain, tem possibilitado grandes avanços com relação a solução desses problemas 
e promete gerar uma grande revolução. Podemos definir o blockchain como um livro 
razão distribuído que representa um consenso de rede de todas as transações que já 
ocorreram. A nova plataforma permite a reconciliação de registros digitais referentes 
a quase tudo em tempo real.
https://www.youtube.com/watch?v=vXPlzLNIObs
https://www.youtube.com/watch?v=7C4WLunfW3E
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/613605529
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Referências Bibliográficas
Antonopoulos, A.M. (2014). Mastering Bitcoin: unlocking digital cryptocurrencies. 
O'Reilly Media; 1ª edição, ISBN: 978-1449374044.
Tapscott, D. & Tapscott, A. (2016). Blockchain revolution: como a tecnologia por 
trás do Bitcoin está mudando o dinheiro, os negócios e o mundo. São Paulo: SENAI-
SP editora, 1° Edição, ISBN: 978-8583937890.
Turban, E. & King, D. (2003). Comércio eletrônico: estratégia e gestão. Editora 
Pearson, 1° Edição, ISBN: 978-8587918093.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Blockchain Revolution: como a tecnologia por trás 
do Bitcoin está mudando o dinheiro
Don Tapscott e Alex Tapscott
SENAI - SP editora

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