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R I O D E J A N E I R O P H S C I O S Ü DA Ã B O M H I K A M I T Â * . , , , .,, , ... ' " P T Y P O G R A P H Y A U S T R A L B B G | DOS QUARTÉIS a3. W m 1 8 3 6 . PRECIOSA D A DUODECIMO GKÁO. R I O D E J A N E I R O , N A T Y P O G R A P H I A A U S T R A L BECO DOS QUARTÉIS N.« ai. 1836. C O L L E C C A O P R E C I O S A . i DA M A C O N E R I A A D O N H I R A M I T A . DUODECIMO GRAO. C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . O/Jiciacs Dignitários. — Insígnias. — Decoração da Saia. — .Abertura da Loja. Esta loja sc chama Soberano Capitulo. Os Ofíiciacs Dignitários são: o Mestre, que sc cha- ma Sapientissimo: o Primeiro, c Segundo Vigi- lantes, que se íralao de Rcspeilabilissiuios Ca- valleiros Vigilantes: o Orador, Thesoureiro, Secretario, Mestre de Ceremonias, Experto, e Cobridor, que se distinguem dos mais membros, peio nome do lugar ou officio, que occupão; porquanto todos por igual tem o tratamento de Respeita bi lissi mos C a v ai lei ros. No primeiro ponto as insigaias são: huma fila preta larga, posta em haspa ao pescoço, tendo j nto á ponta huma roseta ponçó, e a cima des- ta huma cruz encarnada; a joya pendente á roseta he huma (nu de pau , ou do tartaruga 4 DUODECIMO UUAO, fundida, guarnecida por liuma Bos a incrustada oiii ouro: o avental he de pelle branca, forrado e orlado de preto, tendo no meio Ires rosetas pretas e hum globo cercado por hunia serpente; sobre a abola liuma caveira e dous ossos em Is aspa; e sobre o bolso hum grande I. No se- gundo ponto a lit a he encarnada, e larga, tendo a cima da ponta liuma roseta preta da qual pende a joya que lie hum triangulo formado por liam compasso e hum quarto de circulo, lendo no meio liuma cruz, e sobre esta liuma rosa; abaixo e descaneando 110 quarto de circu- lo li um pelicano, sangrando-se 110 peito para alimentar os íiliios: o avental be branco, forra- do , e 01 lado de ponçò, tendo no meio bordada a joya do grão; e 110 meio da abeta hum trian- gulo contendo três quadrados, Ires círculos, e hum I no centro. Ha nesta loja Ires pontos; dous para as rece- pções, o hum chamado da cea mystica, de quo se íaz uso somente quatro vezes no anno, ou nas festas solemnes da Ordem. O primeiro ponto consta de liuma sala forrada de preto, com o llirono, altar, e tudo o mais com a decoração, e ornatos, prelos: sobre o altar estará liuma pintura transparente, também preia, represen- tando hum ca Iva rio, com as duas cruzes dos lados despidas, 111a, a do centro, ornada de C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J ] <j huma rosa, e hum pano entrelaçado: na parlo superior as leiras I N R I. Haverão tres grandes columnas: huma ao Occidente denominada Fé> outra ao Meio-dia denominada Esperança, e ou- tra ao Norle, Caridade. O Segundo ponto lie huma sala toda forrada de vermelho; e ao Oriente em lugar do throno ha hum altar triangular, com huma das faces voltada para o Occidente, este altar deve ser elevado sobro sele degráos e sobre elle estará hum calvario, como o cio primeiro ponto: em baixo na cabeceira do quadro ha humas colum-- nas quebradas, e sobre ci las , guardas que dor- mem, entre elles ha huma figura de tumulo com a pedra de cima tirada do seu lugar, e junto a cila hum lençol, parte do qual está den- tro do tumulo: ha também Ires mesas, ou alta- res triangulares, e sobre cada huma delias huma luz: huma destas mesas está ao Oriente abaixo dos degráos do altar, e as outras duas ao Occi- dente,, huma junto a cada vigilante. Nesta sala se ajunta sempre o Capitulo , e o primeiro ponto só serve para as recepções, e então haverá mais duas casas , huma que he a ante-sala, chamada camâra dos passos perdidos, onde não haverá mais do que huma mesa para escrever, e assentos, quantos bastem para o Candidato, e mais irmãos, que o acompanharem: a outra ] (S DUODECIMO GRAO. se chama cam ara obscura; porque eíFceliva- mente deve ler tão pouca luz , quanta baste para o Candidato ver as correntes, e outros ins- trumentos de horror de que estará munida. Para a ceremonia do terceiro ponto haverá mais huina mesa coberta com hurna toalha , e sobre ella hum vaso de vinho, e hum pão, de tal modo proporcionado com o vinho, que che- gue para cada irmão assistente, huma pequena porção de hum c outro: sobre esta mesa haverá lambem hum pequeno papel, e nelle escripta a palavra sagrada de Piosa-Cruz. A abertura da loja se faz desta maneira. O Sapientissimo se assenta no terceiro degráo do altar, com a cabeça reclinada em huma das mãos, bale na pequena mesa que tem ao lado, cinco pancadas iguaes, c duas precipitadas, c diz: Mestre. Respeilabilissimos Primeiro e Segun- do Cavalleiros, que horas são? Primeiro Caraiiciro. A primeira hora do dia. Mestre. He tempo de começar os nossos tra- balhos. Respeilabilissimos Primeiro e Segundo Cavalleiros convidai a lodos os Respeitáveis Ir- mãos Cavalleiros, para que nos ajudem a abrir o Soberano Capitulo de Rosa-Cruz. Os rigilantcs obedecem, c o Sapiení issimo de- pois de lho participarem , diz: C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J ] <j Mestre. Respeitabilissimo Primeiro c Segundo Cavalleiros, todos os Irmãos estão cm ordem? Os Vigilantes respondem hum depois do outro: sim , Sapientissimo. Mestre. Meus Irmãos vedes-mc opprimido de tristeza. Tudo mudou de face , o véo do Tem- » pio rasgado, as columas da Maçonoria quebra- das , a pedra cubica suou sangue e agua, per- deo-sc a palavra, e CONSUMMATUM EST . Rcspei- tabilissimos Primeiro, c Segundo Cavalleiros, vede cada hum na vossa columna , se com a ajuda dos nossos Dignos Cavalleiros podeis recu- perar a palavra; e então ma vireis dar. Os Vigilantes vão hum ao Norte, e outro ao Meio-dia, e pedem a palavra a cada Irmão, observando de a receber em vos baixa ao ouvido, e não fazer o signal. Principião pelo Occidente, e acabão no Oriente dando a palavra ao Sapien- tissimo : voltão depois a seus lugares. Mestre. Respeitabilissimo Primeiro Cavalleiro, agora que se recuperou a palavra, que nos resta fazer ? Primeiro Cavalleiro. Sapientissimo, respeitar os decretos do Altíssimo, prestar homenagem ao Supremo Architcclo, c humiliar-nos sem ces- sar, diante de tudo quanto pode representar- nos a sua imagem. Mestre. S i m , Respeitnbilissimos Cavalleiros, 8 UNDÉCIMO G R A O . eis aqui o fim dos nossos trabalhos. Meus irmãos, dobremos o joelho diante daquelle, que nos deo a existencia. Dizendo estas ultimas palavras o Sapientissimo se levanta, e toda a assembled: voltando-se toclos para o Oriente, fazem o signal, inclinão-se, e põem hum joelho em terra. O Mestre se torna a pôr de pè 5 iodos o imitão , batem-se nas mãos sete pancadas, e dizem-se três rezes9 I I O U Z E ' . Mestre. Respeitabilissimos Cavallciros, o So- berano Capitulo cslá aberto. Os Vigi tantes repetem o mesmo. R E C E P Ç Ã O . O Candidato deve ser preparado na camara dos passos perdidos, acompanhado do Orador, e Mestre de Ceremonias: o primeiro lhe faz hum pequeno discurso sobre a dignidade do grão que vai receber : depois lhe manda escrever o seu nome, estado, e gráos maçonicos; na idade manda-se-lhe escrever trinta annos, tenha o Candidato os que tiver. O Mestre de Ceremonias vai bater á porta da loja, como Cavalleiro da Espada. O Experto de dentro lhe responde como Rosa Cruz, e depois dá parte ao Segundo Vigilante, que batem á porta do Soberano Capitulo. O Segundo Vigilante diz o mesmo ao Primeiro, e r.w.w/Muno nosv-cruz . f) este ao Sapientissimo, o qual manda ver quem h e , e recebida a resposta do Mestre de Cere- monias, procede-se na forma do costume de todos os gráos, a pedir os votos da loja para a admissão, e não havendo opposição, o Sapien- tissimo dirige os applausos, que são praticados com palmas segundo a bateria do grão , seguida da exclamação HOUZF/ por tres vezes; e em fim manda admittir o Candidato. Logo que o Experto diz ao Mestre de Cere- monias, que o Sapientissimomanda entrar o Candidato, o Mestre de Ceremonias lançará a fac'ia de Cavalleiro do Oriente ao Aspirante , c a Ota de Escocez: põe a espada á cinta, e o conduz pela mão, introduzindo-o no Soberano Capitulo, e o colloca entre os dousVigilantes. Ao momento em que se vai a introduzir o Aspi- rante deve o Sapientissimo, e todos os irmãos, tomar hum aspecto triste. Collocado o Aspirante entre as columnas os Vigilantes batem, e bate depois o Sapientissimo. Primeiro Vigilante. Sapientissimo, eis aqui hum digno Cavalleiro do Oriente, que se apre- senta ao Soberano Capitulo, para obter o favor de ser admittido ao Sublime Gráo de Rosa-Cruz. Mestre. Digno Cavalleiro , quem sois vós ? Candidato. Eu sou nascido de pois nobres, da Tribu de Judá. u ] (S DUODECIMO GRAO. Mestre. Qual he o vosso Paiz? Candidato. A Judea. Mestre. Que arte professais vós? Candidato. A Ma ç one ri a. Mestre. Digno Cavalleiro, vós me inspirais a mais perfeita estimação: mas vedes que estamos oprimidos de tristeza. Tudo está mudado: já não existe o primeiro apoio da Maçoneria: o véo do Templo está rasgado: as columnas quebra- das: os mais preciosos ornamentos roubados; e a palavra perdida. Só na vossa coragem pomos a ultima esperança de a recobrar. Prometíeis vós de a empregar em nosso favor? Candidato. S im, Sapientissimo. Mestre. Vinde assegurar-nos disso, prestando o juramento de que se chegardes a conhecer os nossos mysterios, vós os guardareis com o mais profundo silencio; Consentis nisto? Candidato. S im, Sapientissimo. O Aspirante se aproxima ao pequeno altar, que está junto ao Sapientissimo: este lhe manda pôr hum joelho em terra, * a mão direita sobre o li- vro da Sabedoria, e sobre a mesma mão direita se lhe porá huma espada, e hum compasso: e nesta posição pronunciará a seguinte obrigação : O B R I G A Ç A Õ . Em presença de todos os respeitáveis cavai- C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <j eiros eu F . juro , e promello pela minha pa- lavra de homem de b e m , e de Macon, de já- mais revelar a quem quer que seja os segredos que me tem sido confiados, e os que puder sa- ber debaixo das penas de ser deshonrado, c bani- do de todas as lojas, como indigno de Í W corno com os virtuosos Maçons. Assim Deos me ajude. Pronunciada a obrigação o Sapientissimo se Imanta e diz: Mestre. Meu Irmão, vós conheceis, Ião Leo, como nós, toda a força da vossa promessa.- „ que vos resta a fazer he huma viagem trabalho- sissima. O Irmão Cavalleiro Mestre de Cere,no- mas vos fará conhecer, qual devo ser a base da vossa conducts (Ao Mestre de Ceremonias.) Res- peitabihssimo Cavalleiro, tende a bondade de mostrar ao digno Cavalleiro os meios de que se deve servir, para recuperar a palavra. O Mestre do Ceremonial toma o Candidato pela moo, c o conduz a dar kama volta ao redor do Capitulo, mostrando-lhe sucessivamente as Ires columnas, Fé, Esperança, e Caridade. Acaba- da a volta o Mestre de Ceremonies informa o Sa- pwntissimo, por meio dos Figilantes aae o Ca- vallaro está instruído. Mestre. Digno Cavalleiro, não vos aparteis jama.s do que acabais de aprender; e lembrai-vos que esperamos com inquietação o vosso re -res- 1 2 DUODECIMO TÍLUO. so: praza a Deos seja 1'eliz, e que traga á nossa alma a paz , e a felicidade. Logo tjue o Sapientissimo conclue, o Mestre cie Ceremonias toma o Aspirante pela mão, c o con- duz á Camara obscura, e o faz rodear a mesma camara %ete vezes; entretanto que isto se passa, sc muda a dctoraçao, e se descobrem todos os or- namentos do Segundo ponto. Acabados os sele rodeios, o Mestre de Ceremonias torna a conduzir o Aspirante aporta do Soberano Capitulo, e bate para entrar, da mesma forma, (pie se diz acima na primeira entrada. Postado o Aspirante entre as columnas, o Mestre de Ceremonias lite dieta as respostasijae deve dar ás perguntas seguintes (jue o Sapientissimo lhe faz. P. Meu I rmão, donde vindes vós ? Pi. Da Judeu. P. Por onde passantes? Pt. Por Nazareth. P. Quem vos conduzio ? R. Raphael. P. De que Tribu sois vós ? R. Da tribu de Judá . P. Ajuntai as letras inieiaes destes quatro nomes? R. (Ajunião-se). P. Que dizem estas letras juntas? R. 1 N R I. T 10 C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J Mestre. Sim meu irmão, he a inscripção, que vedes 110 cimo daquclla cruz , e a palavra, que tínhamos perdido, e que o vosso zelo nos fez recuperar. Chegai a este altar, e recebei o premio, que vos he devido. O Candidato obedece, e logo que chega ao pé cio altar, o Sapientissimo lhe poe a espada na ca- beça, c repele em voz alta o seguinte. Mestre. Em virtude do poder, que recebi da Loja Metropole de Ileredon, e perante esta Au- gusta Assembléa de Cavallciros, meus Irmãos, e meus iguaes; eu vos admitto, recebo, e cons- lituo agora, c para sempre, Cavalleiro, Principe da Águia e Pelicano, Perfeito Maçon Livre de I leredon, debaixo do titulo de Soberano de Ptosa Cruz : para cm vossa pessoa gozardes dos títulos, e prerogatives dos Príncipes Maçons Perfeitos, em toda a parte aonde houver Maçons, coin poderes de se ajuntarem em lojas, regularmente convocadas: de convocar loja, fazer , e aperfei- çoar Maçons até o Gráo de Cavalleiro da Espa- da , chamado também Cavalleiro do Oriente; sem que para isso tenhais necessidade da nossa auctoridade, a qual só a nós reservamos para o Gráo de Rosa-Cruz. Acabada esta formula o Sapientissimo levanta o Aspirante, revela-lhe a palavra , ensina-lhe o signal, c o toque do Gráo, ] (S DUODECIMO G R A O . O novo prosclyta vai dár a palavra e toques aos Vigilantes, e ao depois toma assento ao Meio-dia; faz-se huma colheita de beneficencia a favor dos pobres, e concluída esta, se procede à instracção. CATHE CISMO DE liOSA-CíilJZ. Pergunta. Respeitabilissimo Primeiro Cavai- leiro, donde vindes vós? Iiesposta. Sapienlissimo, da Judéa. P. Por onde passastes? R. Por Nazareth. P. Quem vosconduzio? Pi. Raphael. P. De que Tribo sois ? R . Da Tribu de Judá. P. Ajuntai-me as iniciaes destes quatro no- mes ? R. Sapienlissimo, não o posso fazer sem o vosso auxilio. P. í ? R. N. P. R ? R. I. P. Que querem dizer estas letras? R. 1 . N. R. I. palavra sagrada dos Cavallei- ros Rosa-Cruzes. P. Como chegastes vós ao conhecimento des- te Grao? C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J ] <j R. Pelas três virtudes Thcologaes, F é , Es perança , e Caridade. P. Que se vos deo neste Gráo além da pa- lavra ? R . l lum signal, e hum loque. P. Mostrai-me o signal? R . (Mostra-se). P. Dai o toque ao Respeitabilissimo Segundo Cavallciro? R. (Dá-se). P. Conheceis vós o Pelicano? R. S i m , Sapientissimo. P. Que significa elle ? R . He o symbolo do Redcmptor do mundo , e da perfeita humanidade. P. Qual he por tanto o fim do Rosa-Cruz? R . Respeitar os Decretos do Altíssimo, ren- der homenagem ao Supremo Architecto/e hu- miliar-nos sem cessar, diante de tudo quanto nos pode traçar a sua imagem. Sapientissimo. Sim Respeitabilissimo Cavallei- r o , este he o fim do verdadeiro Maçon. Meus irmãos, dobremos o joelho diante daquelle, que nos deo a existencia. Acabadas estas palavras se ajoelha como para a abertara da loja, e o Sapientissimo fecha o Ca- pitulo. i6 DUODECIMO G R Ã O . E N C E R R A M E N T O DO C A P I T U L O . Mestre. Respeitabilissimo Primeiro Cavalleiro, que horas são? Primeiro Cavalleiro. A ultima hora do dia. Mestre. Se assim he, Respeitabilissimos P r i - meiro , e Segundo Cavalleiros, adverti a todos os nossos Irmãos Cavalleiros, que este he o ins- tante de fechar o Soberano Capitulo, e de nos retirarmos em paz. Os Vigilantes obedecem: o Sapientissimo bate sete pancadas de Rosa-Cruz: os Vigilantes repe- tem o mesmo; logo toda aAssemblèa se levanta faz o signal ao mesmo tempo que o Sapientissimo; e to- dos! àsaa imitação, batem sete pancadas nas maoss sendo cinco iguaes3 e duas apressadas, e gritao três vezes H O U Z E ' . Depois o Sapientissimo diz: Mestre.Respeitabilissimos Primeiro e Segun- do Cavalleiros , o Soberano Capitulo está fechado. Os Vigilantes repetem o mesmo, e todos se re- tirão. mm* C A V A L L E I R O R O S A - C H U Z . 1 7 T E R C E I R O P O N T O I) H R O S A - C R U Z . O terceiro ponto tem lugar na mesma sala de- corada de vermelho: esta ceremonia se pratica depois da Sessão do Capitulo : e í#sim, no dia em que se faz a solemnidadc do terceiro ponto, -aca- bado o Capitulo, e posta a mesa , que fica expli- cada no artigo das decorações, pega eada Ca- valleiro em huma varinha, e toda a Àsscmbléa se dispõem em duas alas ao Meio-dia, e ao Nor- te: os Vigilantes occupão a testa destas colum- nas , e o Sapientissimo entre elles. O Sapientissimo bale,» e adverte que o Sobe- rano Capitulo vai continuar, e ficar em acção: os Vigilantes annunciao isto repetindo as mesmas palavras na forma do costume. Depois começão- se as viagens da maneira seguinte: O Sapientissimo, seguido de toda a Asscm- bléa, faz sele vezes o rodeio do Capitulo, come- çando pelo Meio-dia: depois pára em frente do Oriente, faz o signal, pega no pão tira delle huma porção, e o dá ao Primeiro Vigilante que fica á sua direita. O Primeiro Vigilante tira outro fragmento do p ã o , e o passa ao irmão , que lhe fica á direita; e assim por diante, de maneira que o ultimo resto do pão chega ao Segundo Vigilante, e este o come. c ] (S DUODECIMO G R A O . O Sapicnlissimo, lendo comido o seu pão , pega na laça do vinho, e bebe hum pouco; pas- sa o vaso ao Primeiro Vigilante, o qual bebe lambem, e passa o vaso ao irmão, que lhe fica á direita. O Primeiro Vigilante se volta para o Sapicnlissimo, <nie lhe dá o toque dizendo «Ema- nuc l» , e o Vigilante responde « P a z vobls. » O vaso passa adiante, e a ceremonia lhe suc- cede, correndo todos os irmãos até o Segundo igiianíe, que entrega a laça , e dá o loque ao Sapientissimo. Este mostra a ioda a Assembléa o vaso, c observa que nada resta. Depois toma da mesa o papel onde está escripla a palavra , queima-o, e lança-o na laça; e logo que o papel se tem acabado de queimar totalmente, o Sa- pientissimo faz o signal, e diz : «ei consmmna- tinn est. » Então lodos os irmãos fazem o s ignal , e o Sapientissimo fecha o Capitulo na mesma for- ma , <pie se disse a c ima, no artigo do encer- ramento do Capitulo. -TffrOfir» C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J O B S E R V A Ç Õ E S . S O B R E O G R A O DE R O S A - C R U Z . Supposto que este Gráo seja o 11011 plus ultra da Maçoncria, e que todos aquelics, que o pos- suem, tenhão o direito de asMstir a lodos os outros grãos, sem preceder exame; comtudo , não ha loja cm que os assistentes scjão menos suspeitos do que nesta; pela razão de que nella se não adrnittc i rmão algum que não seja bem conhecido, ou que apresente o seu Diploma. Este Diploma lie o certificado, ou attestação do Capitulo de Rosa-Cruzes aonde o Cavallciro Rosa-Cruz foi recebido, e vem assignado por lodos os que assistirão a sua recepção. Para este gráo jamais se foz Prosolyta algum , que não seja pessoa de decente, ou abastado modo de v ida , e cujos costumes sejão de tal modo irreprehensiveis, que possão servir de exemplo á Ordem, c de freio á mordacidade dos profanos. Quando para esta escolha ser summamcnle delicada não houvessem tantos motivos, como ha, bastava aquelle de poder o Rosa-Cruz , só por si , c sem a concurrencia de loja , dar os Gráos Maçonicos, para a selecção destas pessoas exigir o maior cuidado. Os Capítulos dos Rosa-Cruzes cost união ordi • 20 DUODECIMO G H A 0 . nariamente ter numero certo de Membros, e não se admitte nenhum de novo, sem que vague inteiramente hum lugar: c nesta lei não se dis- pensa, senão com urgentíssimas razões, e com muitas formalidadesj e informações previas. He de absoluta necessidade, que o I rmão, que tem de ser admittido a este Grão tenha pas- sado pelos gráos de Eleito, Escouez, e Caval- leiro da Espada. FJ.M DO DUODECIMO G R A 0 . R i o DE JANEIRO i836. — NA T Y P . A U S T R A L , BÜCO DUS QUARIMS N.