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R I O D E J A N E I R O 
P H S C I O S Ü 
DA 
à B O M H I K A M I T  * . 
, , , .,, , ... ' " 
P T Y P O G R A P H Y A U S T R A L 
B B G | DOS QUARTÉIS a3. 
W m 1 8 3 6 . 
PRECIOSA 
D A 
DUODECIMO GKÁO. 
R I O D E J A N E I R O , 
N A T Y P O G R A P H I A A U S T R A L 
BECO DOS QUARTÉIS N.« ai. 
1836. 
C O L L E C C A O P R E C I O S A . i 
DA 
M A C O N E R I A A D O N H I R A M I T A . 
DUODECIMO GRAO. 
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . 
O/Jiciacs Dignitários. — Insígnias. — Decoração 
da Saia. — .Abertura da Loja. 
Esta loja sc chama Soberano Capitulo. Os 
Ofíiciacs Dignitários são: o Mestre, que sc cha-
ma Sapientissimo: o Primeiro, c Segundo Vigi-
lantes, que se íralao de Rcspeilabilissiuios Ca-
valleiros Vigilantes: o Orador, Thesoureiro, 
Secretario, Mestre de Ceremonias, Experto, e 
Cobridor, que se distinguem dos mais membros, 
peio nome do lugar ou officio, que occupão; 
porquanto todos por igual tem o tratamento de 
Respeita bi lissi mos C a v ai lei ros. 
No primeiro ponto as insigaias são: huma fila 
preta larga, posta em haspa ao pescoço, tendo 
j nto á ponta huma roseta ponçó, e a cima des-
ta huma cruz encarnada; a joya pendente á 
roseta he huma (nu de pau , ou do tartaruga 
4 DUODECIMO UUAO, 
fundida, guarnecida por liuma Bos a incrustada 
oiii ouro: o avental he de pelle branca, forrado 
e orlado de preto, tendo no meio Ires rosetas 
pretas e hum globo cercado por hunia serpente; 
sobre a abola liuma caveira e dous ossos em 
Is aspa; e sobre o bolso hum grande I. No se-
gundo ponto a lit a he encarnada, e larga, tendo 
a cima da ponta liuma roseta preta da qual 
pende a joya que lie hum triangulo formado 
por liam compasso e hum quarto de circulo, 
lendo no meio liuma cruz, e sobre esta liuma 
rosa; abaixo e descaneando 110 quarto de circu-
lo li um pelicano, sangrando-se 110 peito para 
alimentar os íiliios: o avental be branco, forra-
do , e 01 lado de ponçò, tendo no meio bordada 
a joya do grão; e 110 meio da abeta hum trian-
gulo contendo três quadrados, Ires círculos, e 
hum I no centro. 
Ha nesta loja Ires pontos; dous para as rece-
pções, o hum chamado da cea mystica, de quo 
se íaz uso somente quatro vezes no anno, ou 
nas festas solemnes da Ordem. O primeiro ponto 
consta de liuma sala forrada de preto, com o 
llirono, altar, e tudo o mais com a decoração, 
e ornatos, prelos: sobre o altar estará liuma 
pintura transparente, também preia, represen-
tando hum ca Iva rio, com as duas cruzes dos 
lados despidas, 111a, a do centro, ornada de 
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J 
] <j 
huma rosa, e hum pano entrelaçado: na parlo 
superior as leiras I N R I. Haverão tres grandes 
columnas: huma ao Occidente denominada Fé> 
outra ao Meio-dia denominada Esperança, e ou-
tra ao Norle, Caridade. 
O Segundo ponto lie huma sala toda forrada 
de vermelho; e ao Oriente em lugar do throno 
ha hum altar triangular, com huma das faces 
voltada para o Occidente, este altar deve ser 
elevado sobro sele degráos e sobre elle estará 
hum calvario, como o cio primeiro ponto: em 
baixo na cabeceira do quadro ha humas colum--
nas quebradas, e sobre ci las , guardas que dor-
mem, entre elles ha huma figura de tumulo 
com a pedra de cima tirada do seu lugar, e 
junto a cila hum lençol, parte do qual está den-
tro do tumulo: ha também Ires mesas, ou alta-
res triangulares, e sobre cada huma delias huma 
luz: huma destas mesas está ao Oriente abaixo 
dos degráos do altar, e as outras duas ao Occi-
dente,, huma junto a cada vigilante. 
Nesta sala se ajunta sempre o Capitulo , e o 
primeiro ponto só serve para as recepções, e então 
haverá mais duas casas , huma que he a ante-sala, 
chamada camâra dos passos perdidos, onde não 
haverá mais do que huma mesa para escrever, 
e assentos, quantos bastem para o Candidato, 
e mais irmãos, que o acompanharem: a outra 
] (S 
DUODECIMO GRAO. 
se chama cam ara obscura; porque eíFceliva-
mente deve ler tão pouca luz , quanta baste 
para o Candidato ver as correntes, e outros ins-
trumentos de horror de que estará munida. 
Para a ceremonia do terceiro ponto haverá 
mais huina mesa coberta com hurna toalha , e 
sobre ella hum vaso de vinho, e hum pão, de 
tal modo proporcionado com o vinho, que che-
gue para cada irmão assistente, huma pequena 
porção de hum c outro: sobre esta mesa haverá 
lambem hum pequeno papel, e nelle escripta 
a palavra sagrada de Piosa-Cruz. 
A abertura da loja se faz desta maneira. O 
Sapientissimo se assenta no terceiro degráo do 
altar, com a cabeça reclinada em huma das 
mãos, bale na pequena mesa que tem ao lado, 
cinco pancadas iguaes, c duas precipitadas, c 
diz: 
Mestre. Respeilabilissimos Primeiro e Segun-
do Cavalleiros, que horas são? 
Primeiro Caraiiciro. A primeira hora do dia. 
Mestre. He tempo de começar os nossos tra-
balhos. Respeilabilissimos Primeiro e Segundo 
Cavalleiros convidai a lodos os Respeitáveis Ir-
mãos Cavalleiros, para que nos ajudem a abrir 
o Soberano Capitulo de Rosa-Cruz. 
Os rigilantcs obedecem, c o Sapiení issimo de-
pois de lho participarem , diz: 
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J 
] <j 
Mestre. Respeitabilissimo Primeiro c Segundo 
Cavalleiros, todos os Irmãos estão cm ordem? 
Os Vigilantes respondem hum depois do outro: 
sim , Sapientissimo. 
Mestre. Meus Irmãos vedes-mc opprimido de 
tristeza. Tudo mudou de face , o véo do Tem-
» 
pio rasgado, as columas da Maçonoria quebra-
das , a pedra cubica suou sangue e agua, per-
deo-sc a palavra, e CONSUMMATUM EST . Rcspei-
tabilissimos Primeiro, c Segundo Cavalleiros, 
vede cada hum na vossa columna , se com a 
ajuda dos nossos Dignos Cavalleiros podeis recu-
perar a palavra; e então ma vireis dar. 
Os Vigilantes vão hum ao Norte, e outro ao 
Meio-dia, e pedem a palavra a cada Irmão, 
observando de a receber em vos baixa ao ouvido, 
e não fazer o signal. Principião pelo Occidente, 
e acabão no Oriente dando a palavra ao Sapien-
tissimo : voltão depois a seus lugares. 
Mestre. Respeitabilissimo Primeiro Cavalleiro, 
agora que se recuperou a palavra, que nos resta 
fazer ? 
Primeiro Cavalleiro. Sapientissimo, respeitar 
os decretos do Altíssimo, prestar homenagem 
ao Supremo Architcclo, c humiliar-nos sem ces-
sar, diante de tudo quanto pode representar-
nos a sua imagem. 
Mestre. S i m , Respeitnbilissimos Cavalleiros, 
8 UNDÉCIMO G R A O . 
eis aqui o fim dos nossos trabalhos. Meus irmãos, 
dobremos o joelho diante daquelle, que nos 
deo a existencia. 
Dizendo estas ultimas palavras o Sapientissimo 
se levanta, e toda a assembled: voltando-se toclos 
para o Oriente, fazem o signal, inclinão-se, e 
põem hum joelho em terra. O Mestre se torna a 
pôr de pè 5 iodos o imitão , batem-se nas mãos sete 
pancadas, e dizem-se três rezes9 I I O U Z E ' . 
Mestre. Respeitabilissimos Cavallciros, o So-
berano Capitulo cslá aberto. 
Os Vigi tantes repetem o mesmo. 
R E C E P Ç Ã O . 
O Candidato deve ser preparado na camara 
dos passos perdidos, acompanhado do Orador, 
e Mestre de Ceremonias: o primeiro lhe faz hum 
pequeno discurso sobre a dignidade do grão que 
vai receber : depois lhe manda escrever o seu 
nome, estado, e gráos maçonicos; na idade 
manda-se-lhe escrever trinta annos, tenha o 
Candidato os que tiver. 
O Mestre de Ceremonias vai bater á porta da 
loja, como Cavalleiro da Espada. 
O Experto de dentro lhe responde como Rosa 
Cruz, e depois dá parte ao Segundo Vigilante, 
que batem á porta do Soberano Capitulo. O 
Segundo Vigilante diz o mesmo ao Primeiro, e 
r.w.w/Muno nosv-cruz . f) 
este ao Sapientissimo, o qual manda ver quem 
h e , e recebida a resposta do Mestre de Cere-
monias, procede-se na forma do costume de 
todos os gráos, a pedir os votos da loja para a 
admissão, e não havendo opposição, o Sapien-
tissimo dirige os applausos, que são praticados 
com palmas segundo a bateria do grão , seguida 
da exclamação HOUZF/ por tres vezes; e em fim 
manda admittir o Candidato. 
Logo que o Experto diz ao Mestre de Cere-
monias, que o Sapientissimomanda entrar o 
Candidato, o Mestre de Ceremonias lançará a 
fac'ia de Cavalleiro do Oriente ao Aspirante , c 
a Ota de Escocez: põe a espada á cinta, e o 
conduz pela mão, introduzindo-o no Soberano 
Capitulo, e o colloca entre os dousVigilantes. 
Ao momento em que se vai a introduzir o Aspi-
rante deve o Sapientissimo, e todos os irmãos, 
tomar hum aspecto triste. Collocado o Aspirante 
entre as columnas os Vigilantes batem, e bate 
depois o Sapientissimo. 
Primeiro Vigilante. Sapientissimo, eis aqui 
hum digno Cavalleiro do Oriente, que se apre-
senta ao Soberano Capitulo, para obter o favor 
de ser admittido ao Sublime Gráo de Rosa-Cruz. 
Mestre. Digno Cavalleiro , quem sois vós ? 
Candidato. Eu sou nascido de pois nobres, 
da Tribu de Judá. u 
] (S 
DUODECIMO GRAO. 
Mestre. Qual he o vosso Paiz? 
Candidato. A Judea. 
Mestre. Que arte professais vós? 
Candidato. A Ma ç one ri a. 
Mestre. Digno Cavalleiro, vós me inspirais a 
mais perfeita estimação: mas vedes que estamos 
oprimidos de tristeza. Tudo está mudado: já 
não existe o primeiro apoio da Maçoneria: o véo 
do Templo está rasgado: as columnas quebra-
das: os mais preciosos ornamentos roubados; e 
a palavra perdida. Só na vossa coragem pomos 
a ultima esperança de a recobrar. Prometíeis 
vós de a empregar em nosso favor? 
Candidato. S im, Sapientissimo. 
Mestre. Vinde assegurar-nos disso, prestando 
o juramento de que se chegardes a conhecer os 
nossos mysterios, vós os guardareis com o mais 
profundo silencio; Consentis nisto? 
Candidato. S im, Sapientissimo. 
O Aspirante se aproxima ao pequeno altar, que 
está junto ao Sapientissimo: este lhe manda pôr 
hum joelho em terra, * a mão direita sobre o li-
vro da Sabedoria, e sobre a mesma mão direita 
se lhe porá huma espada, e hum compasso: e nesta 
posição pronunciará a seguinte obrigação : 
O B R I G A Ç A Õ . 
Em presença de todos os respeitáveis cavai-
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <j 
eiros eu F . juro , e promello pela minha pa-
lavra de homem de b e m , e de Macon, de já-
mais revelar a quem quer que seja os segredos 
que me tem sido confiados, e os que puder sa-
ber debaixo das penas de ser deshonrado, c bani-
do de todas as lojas, como indigno de Í W corno 
com os virtuosos Maçons. Assim Deos me ajude. 
Pronunciada a obrigação o Sapientissimo se 
Imanta e diz: 
Mestre. Meu Irmão, vós conheceis, Ião Leo, 
como nós, toda a força da vossa promessa.- „ 
que vos resta a fazer he huma viagem trabalho-
sissima. O Irmão Cavalleiro Mestre de Cere,no-
mas vos fará conhecer, qual devo ser a base da 
vossa conducts (Ao Mestre de Ceremonias.) Res-
peitabihssimo Cavalleiro, tende a bondade de 
mostrar ao digno Cavalleiro os meios de que se 
deve servir, para recuperar a palavra. 
O Mestre do Ceremonial toma o Candidato 
pela moo, c o conduz a dar kama volta ao redor 
do Capitulo, mostrando-lhe sucessivamente as Ires 
columnas, Fé, Esperança, e Caridade. Acaba-
da a volta o Mestre de Ceremonies informa o Sa-
pwntissimo, por meio dos Figilantes aae o Ca-
vallaro está instruído. 
Mestre. Digno Cavalleiro, não vos aparteis 
jama.s do que acabais de aprender; e lembrai-vos 
que esperamos com inquietação o vosso re -res-
1 2 DUODECIMO TÍLUO. 
so: praza a Deos seja 1'eliz, e que traga á nossa 
alma a paz , e a felicidade. 
Logo tjue o Sapientissimo conclue, o Mestre cie 
Ceremonias toma o Aspirante pela mão, c o con-
duz á Camara obscura, e o faz rodear a mesma 
camara %ete vezes; entretanto que isto se passa, 
sc muda a dctoraçao, e se descobrem todos os or-
namentos do Segundo ponto. Acabados os sele 
rodeios, o Mestre de Ceremonias torna a conduzir 
o Aspirante aporta do Soberano Capitulo, e bate 
para entrar, da mesma forma, (pie se diz acima 
na primeira entrada. Postado o Aspirante entre 
as columnas, o Mestre de Ceremonias lite dieta 
as respostasijae deve dar ás perguntas seguintes 
(jue o Sapientissimo lhe faz. 
P. Meu I rmão, donde vindes vós ? 
Pi. Da Judeu. 
P. Por onde passantes? 
Pt. Por Nazareth. 
P. Quem vos conduzio ? 
R. Raphael. 
P. De que Tribu sois vós ? 
R. Da tribu de Judá . 
P. Ajuntai as letras inieiaes destes quatro 
nomes? 
R. (Ajunião-se). 
P. Que dizem estas letras juntas? 
R. 1 N R I. 
T 10 C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J 
Mestre. Sim meu irmão, he a inscripção, 
que vedes 110 cimo daquclla cruz , e a palavra, 
que tínhamos perdido, e que o vosso zelo nos 
fez recuperar. Chegai a este altar, e recebei o 
premio, que vos he devido. 
O Candidato obedece, e logo que chega ao pé 
cio altar, o Sapientissimo lhe poe a espada na ca-
beça, c repele em voz alta o seguinte. 
Mestre. Em virtude do poder, que recebi da 
Loja Metropole de Ileredon, e perante esta Au-
gusta Assembléa de Cavallciros, meus Irmãos, 
e meus iguaes; eu vos admitto, recebo, e cons-
lituo agora, c para sempre, Cavalleiro, Principe 
da Águia e Pelicano, Perfeito Maçon Livre de 
I leredon, debaixo do titulo de Soberano de Ptosa 
Cruz : para cm vossa pessoa gozardes dos títulos, 
e prerogatives dos Príncipes Maçons Perfeitos, 
em toda a parte aonde houver Maçons, coin 
poderes de se ajuntarem em lojas, regularmente 
convocadas: de convocar loja, fazer , e aperfei-
çoar Maçons até o Gráo de Cavalleiro da Espa-
da , chamado também Cavalleiro do Oriente; 
sem que para isso tenhais necessidade da nossa 
auctoridade, a qual só a nós reservamos para o 
Gráo de Rosa-Cruz. 
Acabada esta formula o Sapientissimo levanta 
o Aspirante, revela-lhe a palavra , ensina-lhe o 
signal, c o toque do Gráo, 
] (S 
DUODECIMO G R A O . 
O novo prosclyta vai dár a palavra e toques aos 
Vigilantes, e ao depois toma assento ao Meio-dia; 
faz-se huma colheita de beneficencia a favor dos 
pobres, e concluída esta, se procede à instracção. 
CATHE CISMO 
DE 
liOSA-CíilJZ. 
Pergunta. Respeitabilissimo Primeiro Cavai-
leiro, donde vindes vós? 
Iiesposta. Sapienlissimo, da Judéa. 
P. Por onde passastes? 
R. Por 
Nazareth. 
P. Quem vosconduzio? 
Pi. Raphael. 
P. De que Tribo sois ? 
R . Da Tribu de Judá. 
P. Ajuntai-me as iniciaes destes quatro no-
mes ? 
R. Sapienlissimo, não o posso fazer sem o 
vosso auxilio. 
P. í ? 
R. N. 
P. R ? 
R. I. 
P. Que querem dizer estas letras? 
R. 1 . N. R. I. palavra sagrada dos Cavallei-
ros Rosa-Cruzes. 
P. Como chegastes vós ao conhecimento des-
te Grao? 
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J ] <j 
R. Pelas três virtudes Thcologaes, F é , Es 
perança , e Caridade. 
P. Que se vos deo neste Gráo além da pa-
lavra ? 
R . l lum signal, e hum loque. 
P. Mostrai-me o signal? 
R . (Mostra-se). 
P. Dai o toque ao Respeitabilissimo Segundo 
Cavallciro? 
R. (Dá-se). 
P. Conheceis vós o Pelicano? 
R. S i m , Sapientissimo. 
P. Que significa elle ? 
R . He o symbolo do Redcmptor do mundo , 
e da perfeita humanidade. 
P. Qual he por tanto o fim do Rosa-Cruz? 
R . Respeitar os Decretos do Altíssimo, ren-
der homenagem ao Supremo Architecto/e hu-
miliar-nos sem cessar, diante de tudo quanto 
nos pode traçar a sua imagem. 
Sapientissimo. Sim Respeitabilissimo Cavallei-
r o , este he o fim do verdadeiro Maçon. Meus 
irmãos, dobremos o joelho diante daquelle, que 
nos deo a existencia. 
Acabadas estas palavras se ajoelha como para 
a abertara da loja, e o Sapientissimo fecha o Ca-
pitulo. 
i6 DUODECIMO G R Ã O . 
E N C E R R A M E N T O DO C A P I T U L O . 
Mestre. Respeitabilissimo Primeiro Cavalleiro, 
que horas são? 
Primeiro Cavalleiro. A ultima hora do dia. 
Mestre. Se assim he, Respeitabilissimos P r i -
meiro , e Segundo Cavalleiros, adverti a todos 
os nossos Irmãos Cavalleiros, que este he o ins-
tante de fechar o Soberano Capitulo, e de nos 
retirarmos em paz. 
Os Vigilantes obedecem: o Sapientissimo bate 
sete pancadas de Rosa-Cruz: os Vigilantes repe-
tem o mesmo; logo toda aAssemblèa se levanta faz 
o signal ao mesmo tempo que o Sapientissimo; e to-
dos! àsaa imitação, batem sete pancadas nas maoss 
sendo cinco iguaes3 e duas apressadas, e gritao 
três vezes H O U Z E ' . Depois o Sapientissimo diz: 
Mestre.Respeitabilissimos Primeiro e Segun-
do Cavalleiros , o Soberano Capitulo está fechado. 
Os Vigilantes repetem o mesmo, e todos se re-
tirão. 
mm* 
C A V A L L E I R O R O S A - C H U Z . 1 7 
T E R C E I R O P O N T O 
I) H 
R O S A - C R U Z . 
O terceiro ponto tem lugar na mesma sala de-
corada de vermelho: esta ceremonia se pratica 
depois da Sessão do Capitulo : e í#sim, no dia em 
que se faz a solemnidadc do terceiro ponto, -aca-
bado o Capitulo, e posta a mesa , que fica expli-
cada no artigo das decorações, pega eada Ca-
valleiro em huma varinha, e toda a Àsscmbléa 
se dispõem em duas alas ao Meio-dia, e ao Nor-
te: os Vigilantes occupão a testa destas colum-
nas , e o Sapientissimo entre elles. 
O Sapientissimo bale,» e adverte que o Sobe-
rano Capitulo vai continuar, e ficar em acção: 
os Vigilantes annunciao isto repetindo as mesmas 
palavras na forma do costume. Depois começão-
se as viagens da maneira seguinte: 
O Sapientissimo, seguido de toda a Asscm-
bléa, faz sele vezes o rodeio do Capitulo, come-
çando pelo Meio-dia: depois pára em frente do 
Oriente, faz o signal, pega no pão tira delle 
huma porção, e o dá ao Primeiro Vigilante que 
fica á sua direita. O Primeiro Vigilante tira 
outro fragmento do p ã o , e o passa ao irmão , 
que lhe fica á direita; e assim por diante, de 
maneira que o ultimo resto do pão chega ao 
Segundo Vigilante, e este o come. 
c 
] (S DUODECIMO G R A O . 
O Sapicnlissimo, lendo comido o seu pão , 
pega na laça do vinho, e bebe hum pouco; pas-
sa o vaso ao Primeiro Vigilante, o qual bebe 
lambem, e passa o vaso ao irmão, que lhe fica 
á direita. O Primeiro Vigilante se volta para o 
Sapicnlissimo, <nie lhe dá o toque dizendo «Ema-
nuc l» , e o Vigilante responde « P a z vobls. » 
O vaso passa adiante, e a ceremonia lhe suc-
cede, correndo todos os irmãos até o Segundo 
igiianíe, que entrega a laça , e dá o loque ao 
Sapientissimo. Este mostra a ioda a Assembléa 
o vaso, c observa que nada resta. Depois toma 
da mesa o papel onde está escripla a palavra , 
queima-o, e lança-o na laça; e logo que o papel 
se tem acabado de queimar totalmente, o Sa-
pientissimo faz o signal, e diz : «ei consmmna-
tinn est. » 
Então lodos os irmãos fazem o s ignal , e o 
Sapientissimo fecha o Capitulo na mesma for-
ma , <pie se disse a c ima, no artigo do encer-
ramento do Capitulo. 
-TffrOfir» 
C A V A L L E I R O R O S A - C R U Z . ] <J 
O B S E R V A Ç Õ E S . 
S O B R E O G R A O DE R O S A - C R U Z . 
Supposto que este Gráo seja o 11011 plus ultra 
da Maçoncria, e que todos aquelics, que o pos-
suem, tenhão o direito de asMstir a lodos os 
outros grãos, sem preceder exame; comtudo , 
não ha loja cm que os assistentes scjão menos 
suspeitos do que nesta; pela razão de que nella 
se não adrnittc i rmão algum que não seja bem 
conhecido, ou que apresente o seu Diploma. 
Este Diploma lie o certificado, ou attestação 
do Capitulo de Rosa-Cruzes aonde o Cavallciro 
Rosa-Cruz foi recebido, e vem assignado por 
lodos os que assistirão a sua recepção. 
Para este gráo jamais se foz Prosolyta algum , 
que não seja pessoa de decente, ou abastado 
modo de v ida , e cujos costumes sejão de tal 
modo irreprehensiveis, que possão servir de 
exemplo á Ordem, c de freio á mordacidade dos 
profanos. 
Quando para esta escolha ser summamcnle 
delicada não houvessem tantos motivos, como 
ha, bastava aquelle de poder o Rosa-Cruz , só 
por si , c sem a concurrencia de loja , dar os 
Gráos Maçonicos, para a selecção destas pessoas 
exigir o maior cuidado. 
Os Capítulos dos Rosa-Cruzes cost união ordi • 
20 DUODECIMO G H A 0 . 
nariamente ter numero certo de Membros, e 
não se admitte nenhum de novo, sem que vague 
inteiramente hum lugar: c nesta lei não se dis-
pensa, senão com urgentíssimas razões, e com 
muitas formalidadesj e informações previas. 
He de absoluta necessidade, que o I rmão, 
que tem de ser admittido a este Grão tenha pas-
sado pelos gráos de Eleito, Escouez, e Caval-
leiro da Espada. 
FJ.M DO DUODECIMO G R A 0 . 
R i o DE JANEIRO i836. — NA T Y P . A U S T R A L , 
BÜCO DUS QUARIMS N.

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