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DESENVOLVIMENTO
DE PROJETOS PARA EAD
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A
Curso Reciclagem para Condutores Infratores - CRCI. © 2023 IbacBrasil – Tecnologias 
Educacionais Ltda. CNPJ: 05974557000147. Todos os direitos reservados. Este 
material ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido sem autorização.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Mônica Catani M. de Souza , CRB-9/807, PR, Brasil)
 
 
C977 Curso de reciclagem para condutores infratores / Instituto 
Instituto Base de Conteúdos eTecnologias 
Educacionais.  Curitiba : IbacBrasil, 2018. 
 
ISBN 978-85-62933-04-2 
 
1. Educação no trânsito. I. Instituto Base de 
 Conteúdos e Tecnologias Educacionais. 
 
 
 CDU 376
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores 
Núcleo Temático 1 – Atualização em Legislação de Trânsito .................. 10
Unidade de Estudo 1 – O Sistema Nacional de Trânsito – atribuições dos 
órgãos normativos, executivos e rodoviários de trânsito. ........................ 10
Introdução – A necessidade de regras para o trânsito ....................................10
Elementos do trânsito ....................................................................................15
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) ..............................................................17
Referências ....................................................................................................25
Unidade de Estudos 2 – Penalidades e crimes de trânsito ........................ 27
Infrações .......................................................................................................27
Penalidades ...................................................................................................39
Suspensão do direito de dirigir .......................................................................44
Medidas administrativas ................................................................................50
Crimes de trânsito .........................................................................................53
Processos administrativos .............................................................................57
Referências ...................................................................................................60
Unidade de Estudo 3 – Direitos, deveres e responsabilidades que o 
condutor de veículos precisa conhecer em relação ao trânsito ................ 63
O que é cidadania ? ........................................................................................63
Educação para o trânsito ...............................................................................64
A educação infantil para o trânsito .................................................................64
Comportamento do condutor ..........................................................................66
Imprudência, imperícia e negligência .............................................................69
Pedestres e condutores de veículos não motorizados ....................................70
Referências ....................................................................................................74
Unidade de Estudo 4 – Segurança e atitudes do condutor, passageiros, 
pedestres e demais atores no processo de circulação no trânsito ........... 75
Segurança no trânsito ....................................................................................75
O bom e o mau comportamento no trânsito ....................................................77
Referências ....................................................................................................81
Unidade de Estudo 5 – Formação do condutor, exigências para as 
categorias de habilitação, apresentação e validade dos documentos do 
condutor e do veículo .................................................................................. 82
Habilitação para dirigir ...................................................................................82
Categorias de habilitação ..............................................................................83
Requisitos obrigatórios para alteração de categorias C, D e E .......................85
Identificação do veículo .................................................................................87
Exames para obtenção da CNH .....................................................................88
Renovação da CNH e exame psicológico .......................................................90
Documentação obrigatória do condutor ..........................................................90
Documentação obrigatória do veículo .............................................................92
Referências ....................................................................................................94
Unidade de Estudo 6 – Normas gerais de circulação 
e conduta no trânsito .................................................................................. 97
Trânsito .........................................................................................................97
Normas gerais de circulação e conduta no trânsito ......................................106
Regras para conversões .............................................................................. 112
Utilização das luzes do veículo em vias públicas .......................................... 113
Outras regras de segurança ......................................................................... 114
Condução de veículos por motoristas profissionais ...................................... 115
Normas de circulação para pedestres ..........................................................120
Referências ..................................................................................................121
Unidade de Estudo 7 – Sinalização de trânsito .........................................123
Sinalização de trânsito .................................................................................123
Sinalização vertical ......................................................................................124
Sinalização de advertência ..........................................................................129
Sinalização horizontal ..................................................................................137
Dispositivos de sinalização auxiliar ..............................................................147
Gestos dos condutores ................................................................................148
Sinais sonoros dos agentes .........................................................................149
Acessibilidade .............................................................................................150
Referências .................................................................................................151
Unidade de Estudo 8 – Meio ambiente .......................................................153
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente .............................153
Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas ...................................155
Materiais recicláveis ....................................................................................159
Queimadas ..................................................................................................161
Vegetação local e animais silvestres ............................................................162
Poluição sonora ...........................................................................................162
Uso de buzina, outros sons e ruídos ............................................................163
Elementos dos veículos que são agentes poluidores e os cuidados na 
conservaçãodo automóvel ..........................................................................166
Outras soluções para a redução da poluição do ar .......................................170
Os “5 r” para um trânsito melhor ..................................................................171
Referências ..................................................................................................172
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito 
Brasileiro – CTB para veículos de duas, quatro ou mais rodas ...............174
Unidade de Estudo 1 – Conceito de direção defensiva e 
condições adversas ....................................................................................174
Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e definições ..................174
Categorias e elementos da direção defensiva ..............................................175
Sinistros de trânsito: causas ........................................................................178
Condições adversas ....................................................................................179
Referências ..................................................................................................187
Unidade de Estudo 2 – Situações de risco ................................................189
O que são situações de risco? .....................................................................189
Situações de risco em ultrapassagens .........................................................190
Situações de risco em derrapagens .............................................................192
Situações de risco em pista irregular ...........................................................193
Situações de risco em cruzamentos entre vias .............................................193
Situações de risco em frenagem normal e de emergência ............................194
A diferença entre parar e estacionar ............................................................196
Referências ..................................................................................................200
Unidade de Estudo 3 – Condução, equipamentos de segurança e 
manutenção dos veículos ...........................................................................201
Procedimentos adequados que cabem ao condutor antes da 
movimentação dos veículos .........................................................................201
Atitudes do motorista ...................................................................................204
Atitudes do motorista com passageiros ........................................................206
Atitudes do motorista com o transporte de cargas ........................................209
Condução de veículos .................................................................................210
Equipamentos de segurança do condutor .....................................................214
Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicleta .........................215
Manutenção do veículo ................................................................................219
Referências ..................................................................................................223
Unidade de Estudo 4 – Como evitar sinistros de trânsito e quais cuidados 
devem ser considerados na direção de um veículo .................................224
Medidas integradas para a prevenção de sinistros no trânsito ......................224
Cuidados na direção de um veículo .............................................................227
Sinistros de trânsito .....................................................................................232
Referências ..................................................................................................236
Unidade de Estudo 5 – Estado físico e mental do condutor .....................237
Estado físico e mental do condutor ..............................................................237
Condições que influenciam o modo de dirigir ...............................................238
Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas ..................................242
Referências ..................................................................................................251
Núcleo Temático 3 – Noções de Primeiros Socorros 
(4 horas/aula) ..............................................................................................253
Unidade de Estudos 1 – Sinalização do local do sinistro e 
acionamento de recursos ...........................................................................253
Primeiros socorros no trânsito .....................................................................253
Sinistros de trânsito e omissão de socorro ...................................................255
Consequências dos sinistros ........................................................................257
Como estacionar corretamente para prestar socorro ....................................258
Sinalização do local do sinistro ....................................................................260
Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, 
concessionária da via e outros .....................................................................262
Tipos de sinistros .........................................................................................265
Tipos de socorristas .....................................................................................267
Referências ..................................................................................................270
Unidade de Estudos 2 – Verificação das condições gerais da vítima de 
sinistro de trânsito. ....................................................................................271
 
Como avaliar as condições gerais da vítima de sinistro de trânsito ..............271
O que são os sinais vitais? ........................................................................272
Avaliação inicial ou primária ........................................................................273
Avaliação secundária ...................................................................................276
Compressão cardíaca ..................................................................................277
Referências ..................................................................................................279
Unidade de Estudos 3 – Cuidados com as vítimas de sinistro de trânsito 
que sofrem ferimentos graves ...................................................................280
A função dos primeiros socorros ..................................................................280
Primeiros socorros em caso de fraturas .......................................................281
Amputação ..................................................................................................287
Lesões por queimaduras ou eletricidade ......................................................287
Intoxicação ..................................................................................................289
Ferimentos e Hemorragia ............................................................................290
Estado de choque, Desmaio e Convulsão ....................................................296
Referências ..................................................................................................298
Unidade de Estudos 4 – Cuidados com a vítima (o que não fazer) ...........299
Ações que devem ser executadas na ocorrência de sinistros de trânsito ......299
Extintor de incêndio: regras vigentes ...........................................................303
Comportamentos inadequados em sinistros de trânsito ................................306
Cuidados para não movimentar a vítima acidentada ....................................306
Referências ..................................................................................................308Núcleo Temático 4 – Relacionamento Interpessoal (6 horas/aula) ...........310
Unidade de Estudo 1 – Cidadania, relacionamento interpessoal e 
comportamento solidário no trânsito ........................................................310
O envolvimento do ser humano com o trânsito, a cidadania e 
o meio ambiente ..........................................................................................310
Educação para o trânsito .............................................................................313
Relação entre sujeito, via e veículo ..............................................................314
Comunicação no trânsito .............................................................................315
Comportamento solidário no trânsito ............................................................316
Referências ..................................................................................................318
Unidade de Estudo 2 – Respeito às normas de segurança no trânsito e 
perfil psicológico do condutor ...................................................................319
Características do condutor .........................................................................319
Perfil psicológico do condutor .......................................................................321
Comportamentos do condutor e o respeito às normas de trânsito .................323
Referências ..................................................................................................324
Unidade de Estudo 3 – Fatores de estresse no trânsito e as condições 
que influenciam na convivência dos condutores ......................................327
Fatores que influenciam as relações no trânsito ...........................................327
Fatores causadores de estresse ..................................................................328
Fatores que podem diminuir o estresse no trânsito ......................................331
Referências ..................................................................................................333
Unidade de Estudo 4 – Responsabilidade do condutor em relação aos 
demais atores do processo de circulação .................................................334
Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo 
de circulação no trânsito ..............................................................................334
Deveres e direitos dos motociclistas ............................................................341
Seguro DPVAT .............................................................................................342
Referências ..................................................................................................344
Unidade de Estudo 5 – Papel dos agentes da autoridade de trânsito ......346
A fiscalização de trânsito .............................................................................346
A função do agente da autoridade de trânsito ..............................................346
A função da Polícia Militar no trânsito .........................................................349
O registro do bom condutor – Registro Nacional Positivo 
de Condutores (RNPC) ................................................................................350
Referências ..................................................................................................351
Créditos: ....................................................................................................352
10
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores 
Núcleo Temático 1 – Atualização em Legislação de Trânsito 
Unidade de Estudo 1 – O Sistema Nacional de Trânsito – 
atribuições dos órgãos normativos, executivos e 
rodoviários de trânsito. 
Objetivo: compreender a legislação de trânsito como fenômeno de evolução 
histórica e as atribuições dos órgãos que constituem o Sistema Nacional 
de Trânsito.
Tópicos desta Unidade:
• Introdução – A necessidade de regras para o trânsito 
• Elementos do trânsito 
• Sistema Nacional de Trânsito (SNT) 
Introdução – A necessidade de regras para o trânsito 
Antes do advento das máquinas, em especial dos automóveis, a locomoção dos 
seres humanos era facilitada por cavalos e carroças. À medida que o tráfego dos 
automóveis se intensificava, as sinalizações de trânsito tornavam-se necessárias, 
bem como a instituição de direitos e deveres para os envolvidos nesse sistema.
Olá! Seja bem-vindo(a) ao Curso de Reciclagem para Condutores 
Infratores! Neste primeiro Núcleo Temático, será apresentada a 
atualização da legislação de trânsito e as competências dos órgãos 
normativos, consultivos, executivos, rodoviários e de fiscalização que constituem 
o Sistema Nacional de Trânsito. Também ajudará você a entender como funcionam 
esses órgãos que regem as regras e condutas no trânsito. Aproveite esta Unidade 
de Estudo, pois ela ampliará seus conhecimentos sobre os temas que envolvem 
o trânsito e a direção de um veículo! Vamos começar? 
11
A invenção do automóvel e a sua inserção no dia a dia despertaram a curiosidade 
e a atração das pessoas por meios de locomoção inovadores, o que fez surgir 
a necessidade da criação de regras sociais para o uso dessas máquinas em 
espaços comuns.
O primeiro automóvel foi criado na França em 1771 pelo francês Nicholas 
Cugnot, cujo invento fez com que o mundo jamais fosse o mesmo. O veículo 
automotor chegou ao Brasil no início do século XX, acompanhando 
o surgimento da industrialização e São Paulo foi a cidade que recebeu o 
primeiro carro trazido ao país. 
Acompanhe abaixo a evolução dos automóveis:
1771 1911 1950
Primeiro automóvel da 
história
Ford T Volkswagen Kombi
Fonte: Shutterstock/
Superstar.
Fonte: Pixabay. Fonte: Pexels.
SAIBA MAIS
Apresentado ao mundo por Henry Ford em 1908 e projetado para 
ser “acessível, simples de operar e durável”, o Ford Model T foi, na 
verdade, o 1º carro popular do mundo, e a ser desenvolvido com o 
processo de produção em série (linha de produção). 
12
1973 1991 2022
Chevrolet Chevette Mercedes-Benz 500 E Nissan Kicks
Fonte: Shutterstock/M.
Antonello Photography.
Fonte: Pixabay.
Fonte: Shutterstock/
Jonathan Weiss.
 
Com o passar do tempo e com a inserção dos veículos no cotidiano das cidades, 
foram criadas regras de direção e de comportamento adequados nas vias 
públicas, o que pode ser constatado no Decreto n. 8.324 de 27 de outubro de 
1910, que regulamentava o transporte de pessoas e mercadorias por automóveis 
industriais (Brasil, 1910), veja:
 
“Art. 21. O motorneiro deve estar constantemente senhor da 
velocidade de seu veículo, devendo diminuir a marcha ou 
mesmo parar o movimento, todas as vezes que o automóvel 
possa ser causa de acidentes.”.
(Brasil, 1910) 
Observa-se que as orientações sobre as responsabilidades do condutor, que na 
época era chamado de motorneiro, em relação à velocidade obtida pelo veículo 
sempre estiveram presentes nas normas de trânsito. Além do fator velocidade, 
que propiciou emoção, mas que ocasionou muitos sinistros ao longo dos anos, o 
automóvel também se tornou símbolo de status e de poder.
Desde o surgimento dos automóveis até os dias atuais, muitos condutores usam 
os veículos como forma de demonstrar a classe social a que pertencem e deixam 
de exercitar o que aprenderam durante o processo para obtenção da Carteira 
Nacional de Habilitação – CNH. Ainda, esse cenário contribui para o aumento 
expressivo do número de sinistros de trânsito com vítimas.
13
Baseando-se nesse histórico, é possível considerar a necessidade de mobilizar 
a sociedade brasileira para que um novo posicionamento no trânsito seja 
adotado. Essa mobilização deve envolver condutores, passageiros e pedestres, 
pois é dever de todo cidadão cumprir as normas, exercitar a educação no trânsito 
e colaborar para a segurança de todos. Nesse contexto, a legislação, por sua 
vez, tem por objetivo garantir a segurança dos envolvidos no trânsito, seja nas 
vias ou nos veículos.A Legislação referente ao trânsito no Brasil teve início no período imperial, 
com o Decreto n. 720 A, de 24 de outubro de 1850, que tratava da concessão de 
privilégios para a criação de uma companhia de ônibus. Já o Decreto n. 1031, de 
7 de agosto de 1852, tratava de autorização para construção de estradas e, em 
1853, D. Pedro II aprovou um Código de Posturas que mais tarde se transformou 
no Serviço de Trânsito do Estado de Guanabara.
Já no período republicano pode-se observar a evolução conforme o resumo a 
seguir referente à história da legislação de trânsito:
1910
Decreto n. 8.324, de 1910
Aprova o regulamento para o serviço subvencionado1 de transportes 
por automóveis. A finalidade principal era a construção de estradas 
e as primeiras regras do serviço de transporte por automóvel.
1 Que recebeu algum tipo de auxílio ou ajuda. Incentivo governamental.
Você Sabia?
O primeiro sinistro automobilístico no Brasil aconteceu no Rio de 
Janeiro, em 1897. Um Serpollet a vapor, modelo 1891 de propriedade 
do jornalista José do Patrocínio e dirigido pelo poeta Olavo Bilac, 
bateu contra uma árvore quando o veículo estava a 4km/h. Apesar de o veículo 
ter ido direto para o ferro velho, nenhum dos ocupantes sofreu ferimentos graves. 
14
1941
Código Nacional de Trânsito de 1941
O Decreto-Lei n. 2.994, de 28 de janeiro de 1941, foi o primeiro 
código de trânsito brasileiro a regulamentar a propriedade, a 
circulação e as infrações cometidas pelos condutores. A habilitação 
era concedida após uma prova nas repartições de trânsito, sem 
exigência de curso teórico ou de aulas práticas. Por meio desse 
decreto é que foi criado o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). 
No mesmo ano, o Decreto-Lei n. 3.651, de 25 de setembro de 1941, 
revogou o Decreto n. 2.994/1941, mas que trouxe poucas inovações 
ao texto anterior.
1966
Código Nacional de Trânsito de 1966
A Lei n. 5.108, de 21 de setembro de 1966, entrou em vigor com 
apenas 131 artigos. Sob essa lei foram criados os órgãos integrantes 
da administração de trânsito, que mais tarde resultaram no Sistema 
Nacional de Trânsito. Essa lei que foi regulamentada pelo Poder 
Executivo no Decreto n. 62.127, de 16 de janeiro de 1968, que, 
por meio de 264 artigos e 8 anexos, estabeleceu as infrações por 
grupos de 1 a 4, trouxe as regras para recursos e as definições e 
conceitos passaram a integrar o anexo e não mais o corpo da lei. 
Em 1968, o Brasil participou da Convenção de Viena sobre Trânsito 
Viário, assinando, naquela ocasião, regras de uniformização do 
trânsito em nível internacional. Essas regras passaram a vigorar no 
Brasil pelo Decreto n. 86.714, de 10 de dezembro de 1981.
1997
Código de Trânsito Brasileiro de 1997 
Oriundo do Projeto de Lei n. 3.710 de 1993, este código tramitou 
pelo Congresso Nacional por 4 anos, sendo sancionado pelo 
Presidente em 23 de setembro de 1997 com 341 artigos, dos 
quais 17 foram vetados. Por essa lei se tornaram obrigatórios os 
cursos de formação e atualização de condutores, foram instituídos 
os crimes específicos de trânsito, ocorreu a mudança de grupo de 
infrações para natureza da infração e a reestruturação do Sistema 
Nacional de Trânsito, entre outras inovações. Até a presente data, 
já ocorreram 40 alterações no Código de Trânsito Brasileiro que 
trouxeram diversas modificações substanciais ao longo dos anos. 
15
Elementos do trânsito 
O trânsito é composto por tudo o que envolve a circulação nas vias, tal como 
pessoas, veículos ou animais, sejam eles de maneira isolada ou em grupos, para 
operações de carga, descarga, circulação ou estacionamento.
Conheça os elementos essenciais do trânsito e as especificidades de cada um, 
clicando nas abas com títulos abaixo:
O SER HUMANO
Fonte: Freepik.
O ser humano pode ter muitas reações no trânsito e o comportamento do 
condutor, do passageiro ou do pedestre reflete a educação e a formação 
humana desde a infância. Pessoas com maior flexibilidade e capacidade 
de aceitar normas se comprometem mais com as regras; já pessoas com 
ansiedade e medo podem colocar em risco a própria segurança e a de outras 
pessoas, além da predisposição para cometer infrações e provocar sinistros. 
Vale lembrar que a ética faz do homem um ser capaz de se adaptar às regras e 
de cumpri-las, tornando o ambiente social mais seguro e confortável para todos 
os envolvidos. O conhecimento das leis de trânsito, o controle das situações 
e o reconhecimento de riscos dependem diretamente do comportamento do 
usuário do trânsito.
16
O VEÍCULO
Fonte: Freepik.
O veículo foi criado para transportar pessoas e cargas, além de atender à 
necessidade de ir e vir dos usuários. É considerado veículo todo meio de 
transporte que tem capacidade de se locomover por meio de impulso produzido 
por motor, combustão interna, eletricidade, que se move por si mesmo, tração 
animal, reboque e semirreboque. Os veículos classificam-se em automóvel, 
motocicleta, motoneta, bicicleta, carroça, carro de mão, entre outros.
A VIA
Fonte: Pexels.
Superfície em que ocorre o fluxo de trânsito. Além da pista de rolamento, a via 
compreende calçadas, acostamentos, ilhas e canteiros.
17
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) 
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT), é o conjunto de órgãos e entidades de 
trânsito com caráter normativo/consultivo ou executivo, pertencente à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, que se integram com a finalidade 
de exercer das seguintes atividades:
• Planejamento;
• Administração;
• Normatização;
• Pesquisa;
• Registro e licenciamento de veículos;
• Formação;
• Habilitação e reciclagem dos condutores;
• Educação;
• Engenharia;
• Operação do sistema viário;
• Policiamento;
• Fiscalização;
• Julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidade.
A coordenação máxima do SNT é atualmente exercida pelo Ministério dos 
Transportes, conforme Decreto n.º 11.360/20232 (Brasil, 2023). O SNT, 
formado por órgãos e entidades da União, dos estados, Distrito Federal e dos 
municípios, tem por objetivo estabelecer as diretrizes da Política Nacional de 
Trânsito. 
A segurança, o fluxo, o conforto, a defesa ambiental, a educação para o 
trânsito e a fiscalização são de competência do SNT. Conforme o art. 5.º do 
2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/D11360.htm
O Conselho Nacional de Trânsito – Contran é o órgão máximo do Sistema Nacional 
de Trânsito que atua normativa e consultivamente e a sua atuação é regida pela 
Resolução n. 820/21 do Contran. 
18
Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Brasil, 1997), é esse órgão que estabelece 
ações como (clique nos ícones abaixo para descobrir):
Atividades de planejamento, administração, normatização e 
pesquisa.
Registro e licenciamento de veículos.
Formação, habilitação e reciclagem de condutores.
Educação e engenharia de tráfego.
Operação do sistema viário.
Policiamento.
Fiscalização.
Julgamento de infrações e de recursos.
Aplicação de penalidades.
19
Conforme o art. 6.º do CTB, o SNT tem como objetivos gerais:
“I – Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com 
vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e 
à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento.
II – Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização 
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a 
execução das atividades de trânsito.
III – Estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de 
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim 
de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.”
(Brasil, 1997 )
O objetivo do Sistema Nacional de Trânsito – SNT é implantar uma política em 
todo o território nacional, com regras, para atender à segurança, fluidez, conforto 
e educação no trânsito (Lei 14.071/20).
O SNT padroniza os critérios técnicos, financeiros e administrativos, fixando 
normas comuns em todos os Estados para a execução das atividades de 
trânsito, além de estabelecer canais de comunicação entreórgãos e entidades 
que compõe o SNT.
Os órgãos do SNT são divididos de acordo com a competência, conforme será 
exposto a seguir:
Órgãos normativos e consultivos
São os responsáveis por regulamentar e coordenar as normas de trânsito. Há 
órgãos nas esferas federal e estadual.
Órgãos executivos
Cabe aos órgãos executivos de trânsito fazer cumprir a legislação e as normas. 
Há órgãos executivos nas esferas federal, estadual e municipal. 
20
A seguir, os órgãos e as entidades que compõem o SNT, conforme art. 7.º do 
CTB (Brasil,1997):
“I - o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, coordenador 
do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN e o Conselho 
de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos 
normativos, consultivos e coordenadores;
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.”
(Brasil, 1997 )
Todo cidadão precisa saber como funciona o Sistema Nacional de Trânsito, 
bem como as especificidades, a fim de cumprir as normas adequadas e evitar 
transtornos nas vias. 
No quadro a seguir, observe com atenção a organização e as atribuições do 
Sistema Nacional de Trânsito:
21
Quadro 1 – Órgãos e as entidades que compõem o SNT
Órgãos Normativo / Consultivo
CONTRAN
É o órgão máximo do SNT e a sua função principal é 
estabelecer normas regulamentares para o CTB e 
diretrizes para a Política Nacional de Trânsito. Esse 
órgão também é responsável pela coordenação dos 
órgãos do SNT.
CETRAN
É o órgão responsável pelo SNT na esfera estadual. Cada 
estado do Brasil dever ter um Cetran, que tem caráter 
normativo e consultivo dentro de cada circunscrição.
CONTRANDIFE
Sua competência está restrita apenas ao Distrito 
Federal. Assim como ocorre nos estados, também é 
normativo e consultivo.
Órgãos Executivos
SENATRAN
Anteriormente era conhecido como Denatran, até que 
o Decreto 10788/21 elevou ao patamar de Secretaria 
Nacional de Trânsito (Senatran). Atua como secretário 
executivo do Contran, é responsável por supervisionar, 
coordenar, controlar e fiscalizar a execução da Política 
do Programa Nacional de Trânsito. Os Departamentos 
Estaduais de Trânsito (Detran), estão sob a circunscrição 
desse órgão. Nos casos em que o Detran apresenta 
deficiências técnicas ou dificuldades operacionais 
que impedem a prestação de serviços corretamente, a 
Senatran atua como órgão corregedor. A cidade-sede fica 
em Brasília – DF, porém sua área de atuação abrange 
todo o território nacional.
DNIT
É um órgão executivo rodoviário que realiza atividades 
associadas à construção, manutenção e à operação da 
infraestrutura dos segmentos do Sistema Federal de 
Viação (SFV) sob a administração direta da União nos 
modais: rodoviário, ferroviário e aquaviário.
22
POLÍCIA 
RODOVIÁRIA 
FEDERAL
É o órgão responsável pela supervisão das rodovias e 
das estradas federais e pela fiscalização do cumprimento 
às normas de trânsito por parte dos condutores. Tais 
atividades são realizadas por meio de patrulhamento 
ostensivo nas rodovias federais.
DETRAN
É uma entidade executiva de trânsito dos estados. Há uma 
em cada capital brasileira. Cabe ao Detran a administração 
e o controle do registro da frota de veículos no estado, além 
de ser o responsável por realizar o emplacamento, por 
verificar os itens de segurança obrigatórios dos veículos 
automotores e também pela realização, fiscalização e 
controle do processo de formação, de aperfeiçoamento, 
de reciclagem e de suspensão de condutores. Além disso, 
também é incumbido de expedir ou cassar a Licença de 
Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional 
de Habilitação.
DER
A atribuição desse departamento é executar o programa 
rodoviário de acordo com diretrizes gerais e específicas 
que regem a ação governamental na esfera estadual. 
Além disso, é responsável por programar, executar e 
controlar todos os serviços técnicos e administrativos 
concernentes a estudos, projetos, obras, conservação, 
operação e administração das estradas e obras de artes 
rodoviárias compreendidas no Plano Rodoviário Estadual, 
nos planos complementares e nos programas anuais 
especiais definidos pela Secretária de Infraestrutura e 
Logística.
POLÍCIA MILITAR
Entre as diversas responsabilidades, as polícias militares 
dos estados e do Distrito Federal têm como dever 
“fiscalizar o trânsito, quando e conforme convênio firmado, 
como agente do órgão ou entidade executiva de trânsito 
ou executivos rodoviários, concomitantemente com os 
demais credenciados” (Brasil, 1997).
23
DEPARTAMENTO 
DE TRÂNSITO 
DOS MUNICÍPIOS
Cada município deve dispor de um órgão responsável 
por fiscalizar o trânsito no âmbito da sua circunscrição, 
cabendo a eles o planejamento, a regulamentação e 
operação do trânsito de veículos, de pedestres e de 
animais.
JARI
O JARI funciona junto a cada um dos organismos 
que realizam fiscalização, autuação e aplicação de 
penalidades e cabe a ele julgar os recursos contrários 
às penalidades aplicadas pelos órgãos executivos ou 
rodoviários. Contra decisões de uma JARI cabe recurso 
ao Cetran ou Colegiado a depender da esfera do órgão 
executivo que fez a autuação.
Fonte: elaborada pelo autor.
Além das atribuições dos órgãos normativos e executivos no Sistema Nacional de 
Trânsito, existem as Câmaras Temáticas, que são órgãos técnicos vinculados 
ao Conselho Nacional de Trânsito – Contran, as quais têm como objetivo 
estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos 
específicos para decisões do Conselho nos termos do art. 13 do Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB).
Atualmente, há cinco Câmaras, conforme regimento interno aprovado pela 
Resolução Contran n. 883/21:
I. Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte Rodoviário (CTAVT);
II. Educação para o Trânsito (CTEDUC);
III. Saúde para o Trânsito (CTST);
IV. Engenharia de Tráfego e Sinalização de Trânsito (CTET);
V. Esforço Legal (CTEL);
VI. Gestão e Coordenação do PNATRANS (CTPNAT). 
Veja neste link3 e conheça o Regimento Interno das Câmaras Temáticas.
3 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao8832021.pdf
24
Cada Câmara é constituída por especialistas representantes de órgãos e entidades 
executivos da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios, em igual 
número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito. Além disso, também 
existem especialistas representantes dos diversos segmentos da sociedade 
relacionados com o trânsito, todos indicados segundo regimento específico 
definido pelo Contran e designados pelo ministro ou dirigente coordenador 
máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por representantes do 
órgão máximo executivo de trânsito da União ou dos Ministérios representados 
no Contran, conforme definido no ato de criação de cada Câmara Temática.
As Ciretrans (circunscrições regionais de trânsito) funcionam como se fossem 
filiais do Detran nos municípios do interior e sua existência se remete ao antigo 
Código nacional de Trânsito (CNT) (art. 3º), com regras de criação estabelecidas 
pela Resolução do Contran n. 379/67 (atualmente revogada).
Em razão da revogação da resolução do Contran n. 379/67, restou a cada estado 
fazer a própria normatização e organização em sua estrutura administrativa. No 
Estado do Paraná, por exemplo, a Ciretran está regulamentada pelo Decreto 
Estadual n. 4.662, de 19 de julho de 2016. Em São Paulo, as Ciretrans funcionam 
integradas ao “Poupatempo4” . Em Santa Catarina, está vinculado à estrutura da 
Polícia Civil. Assim sendo, cada estado estabeleceu regra própria para que a 
prestação dosserviços com relação aos veículos ou condutores seja realizada o 
mais próximo da população.
Para conhecer a Composição do Contran e as competências dos órgãos do 
SNT, Veja neste link5 e acesse o CTB, Lei n. 9.503/1997, atualizado pela Lei n. 
14.071/2020, e leia os seguintes artigos:
• Art. 13: Objetivos das Câmaras Temáticas e órgãos técnicos vinculados 
ao Contran;
• Art. 14: Competências dos Cetran e Contrandife;
4 Programa que busca facilitar o acesso do cidadão às informações de todos os serviços públicos no 
estado de São Paulo.
5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm
25
• Art. 17: Competências das Jari;
• Art. 19: Competências do órgão máximo executivo da União;
• Art. 20: Competências da Polícia Rodoviária Federal e suas jurisdições;
• Art. 21: Competências dos órgãos e entidades executivos rodoviários da União;
• Art. 22: Competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito da União;
• Art. 23: Competências das Polícias Militares dos Estados e Distrito Federal;
• Art. 24: Competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos 
municípios em sua jurisdição;
• Art. 25: Distribuição de atividades pelos órgãos e entidades executivos do SNT.
Referências
BRASIL. Decreto n. 8.324, de 27 de outubro de 1910. Aprova o regulamento 
para o serviço subvencionado de transportes por automóveis. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Rio de Janeiro, 23 nov. 1910. Disponível em: https://
bit.ly/38xdkpV. Acesso em: 6 mar. 2021.
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 24 set. 1997. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 6 out. 2021.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 out. 2020. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/
L14071.htm. Acesso em: 6 out. 2021.
Nesta Unidade de Estudo, foram apresentados os elementos do 
trânsito, uma breve explicação sobre o histórico da legislação no 
Brasil e quais são os órgãos responsáveis pelo trânsito. Agora, é 
importante realizar os exercícios para fixar o conteúdo e até a próxima Unidade! 
26
_____. Decreto n. 10.788, de 6 de setembro de 2021. Aprova a Estrutura 
Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções 
de Confiança do Ministério da Infraestrutura, remaneja e transforma cargos em 
comissão e funções de confiança e altera o Decreto n. 9.660, 1º de janeiro de 
2019. Diário Oficial da União, Brasília, 8 set. 2021. Disponível em: https://www.
in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.788-de-6-de-setembro-de-2021-343294011. 
Acesso em: 22 set. 2021.
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução Contran n. 357, 
de 2 de agosto de 2010. Estabelece diretrizes para elaboração do Regimento 
Interno das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 ago. 2010. Disponível 
em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/
resolucoes/resolucao_contran_357_10.pdf. Acesso em: 19 jul. 2022.
BRASIL. Decreto n.º 11.360, de 1.º de janeiro de 2023. Aprova a Estrutura 
Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções 
de Confiança do Ministério dos Transportes e remaneja cargos em comissão e 
funções de confiança. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 1 jan. 
2023. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/
decreto/D11360.htm#:~:text=D11360&text=Aprova%20a%20Estrutura%20
Regimental%20e,que%20lhe%20confere%20o%20art. Acesso em: 29 jan. 2024.
_____. Resolução Contran n. 883, de 13 de dezembro de 2021. Dispõe sobre a 
criação e o Regimento Interno das Câmaras Temáticas vinculadas ao Conselho 
Nacional de Trânsito (CONTRAN). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 22 dez. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/
assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8832021.pdf. Acesso 
em: 19 jul. 2022.
BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. Conselho Nacional de Trânsito. 100 
anos de Legislação de Trânsito no Brasil: 1910 – 2010. Brasília: Ministério das 
Cidades, 2010. Disponível em: https://www.sinaldetransito.com.br/artigos/100_
anos_de_legislacao_de_transito.pdf. Acesso em: 19 jul. 2022.
27
Unidade de Estudos 2 – Penalidades e crimes de trânsito
Objetivo: compreender a legislação de trânsito como fenômeno de evolução histórica 
e as atribuições dos órgãos que constituem o Sistema Nacional de Trânsito.
Tópicos desta Unidade:
• Infrações de trânsito
• Penalidades
• Suspensão do direito de dirigir
• Medidas administrativas
• Crimes de trânsito
• Processos administrativos 
Infrações 
De acordo com o art. 161 do CTB, a Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, 
com redação dada pela Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020, infração de 
trânsito é:
“a inobservância de qualquer preceito deste Código ou da 
legislação complementar, e o infrator sujeita-se às penalidades 
e às medidas administrativas indicadas em cada artigo deste 
Capítulo e às punições previstas no Capítulo XIX deste Código.”
(Brasil, 1997) 
Olá, nesta Unidade de Estudo será realizada a atualização em 
legislação de trânsito, bem como as penalidades, as medidas 
administrativas, os crimes de trânsito e o processo administrativo 
para os casos de infrações, de acordo com as determinações do Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB). Para iniciar, lembre-se de fazer as anotações 
necessárias e atentar-se às leituras das informações contidas nas tabelas! 
28
Portanto, é importante conhecer a legislação, acompanhar regularmente as 
atualizações e ficar atento ao trânsito e aos itens que o compõe. O condutor que 
não cumprir as normas definidas pela legislação estará sujeito a uma infração 
de trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é o órgão que regulamenta os 
procedimentos para a fiscalização das infrações, faz a aplicação das penalidades 
e determina as medidas administrativas a elas atribuídas. 
Veja neste link6 e acesse um quadro de multas de trânsito com as principais 
infrações de acordo com cada gravidade.
Para comprovar uma infração, as autoridades de trânsito ou os agentes podem 
utilizar aparelhos eletrônicos ou audiovisuais, aparelhos que produzam reações 
químicas e outros meios tecnológicos disponíveis. Além disso, a palavra do agente 
da autoridade de trânsito apresenta o princípio de presunção de veracidade, 
sendo passível de contestação por meio de recurso.
Álcool 
A primeira alteração do código ocorreu em razão da Medida Provisória n. 415/08, 
de origem do executivo federal, que pretendia proibir a venda de bebidas 
alcoólicas em rodovias federais e ao passar pelo Congresso Nacional sofreu 
modificações, transformando-se na Lei n. 11705/08, conhecida como Lei Seca.
Todavia, essa lei foi questionada quanto à sua constitucionalidade junto ao Supremo 
Tribunal Federal, o que resultou em alguns dispositivos anulados. Em resposta, 
6  https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2499/assets/files/
Tabela-de-infracoes.pdf
No tangente às infrações, algumas normas de trânsito foram 
alteradas nos últimos anos. Confira quais foram essas mudanças: 
29
o Congresso Nacional promoveu a alteração pela Lei n. 12.760/2012 trazendo 
novas regras com detalhes sobre a verificação da irregularidade por parte do 
agente de trânsito.
A penalidade para a infração de alcoolemia continua sendo gravíssima, gerando 
12 meses de suspensão da CNH. Daí a importância de conhecer as normas para 
que seja possível respeitá-las conforme o Código de Trânsito determina. 
A seguir, veja as modificações na legislação de trânsito com relaçãoao álcool:
Quadro 1 – Alterações legislativas – ingestão de álcool por condutores de veículos
Lei Limite de álcool Infração Crime
Lei n. 
9.503/97 
(CTB)
Igual ou superior a 
6 dg/l de álcool por 
litro de sangue ou 
0,3mg/l de álcool 
por litro de ar 
alveolar expirado 
(exame feito pelo 
bafômetro).
Multa de R$ 955,00 
(infração gravíssima 
multiplicada por 5) e 
suspensão da CNH 
por 12 meses.
Conduzir veículo sob 
influência de álcool 
expondo outros a perigo. 
Pena de 6 meses a 3 
anos de detenção.
Lei n. 
11.705/08
Qualquer 
concentração de 
álcool é infração de 
trânsito, mas com 
tolerância de 2 dg/l 
de álcool por litro de 
sangue (exame de 
sangue) e 0,1 mg/l 
de álcool por litro 
de ar (exame no 
bafômetro).
Multa de R$ 955,00 
(infração gravíssima 
multiplicada por 
5) e suspensão da 
CNH por 12 meses. 
Multa em dobro 
na reincidência no 
período de 1 ano.
Caracteriza-se crime 
se a concentração de 
álcool no sangue for 
igual ou acima de 0,6 
dg/l de álcool por litro de 
sangue.
30
Lei 
n.12.760/12
Qualquer 
concentração de 
álcool é infração, 
sem tolerância 
(descontada a 
margem de erro do 
aparelho).
Multa de R$ 1915,00 
(infração gravíssima 
multiplicada por 
10) e suspensão da 
CNH por 12 meses. 
Multa em dobro 
na reincidência no 
período de 1 ano.
Além do exame clínico, 
acrescenta-se prova 
testemunhal ou imagens 
(foto/vídeo) de sinais de 
alteração da capacidade 
motora. Pena de 6 
meses a 3 anos de 
prisão.Lei n. 
13.281/16 A multa sobe para 
R$ 2.934,70 pelo 
aumento geral dos 
valores. Esta Lei 
13.281/16 também 
cria a infração 
da recusa em se 
submeter aos testes 
conforme o art. 277, 
aplicando a punição 
de suspensão por 12 
meses e a multa de 
R$ 2.934,70.
Lei n. 
13.546/17
Altera a punição para 
o condutor embriagado 
que causar homicídio 
culposo (prisão de 5 
anos a 8 anos) ou lesão 
corporal culposa (prisão 
de 3 a 5 anos).
Lei n. 
14.071/20
Proibição de conversão 
da pena privativa de 
liberdade pela restritiva 
de direitos (penas 
alternativas).
Fonte: Elaborada pelo autor.
Logo, na fiscalização com o etilômetro (conhecido como bafômetro) será passível 
de infração se constatado no equipamento um teor de álcool superior a 0,05 mg/l 
de ar alveolar até 0,33 mg/l. Já o crime se caracterizará pelo teor de álcool igual 
ou superior a 0,34 mg/l ar alveolar.
A combinação de direção e álcool, além de implicar penalidades estabelecidas 
pelo Código de Trânsito, pode causar diversos riscos aos usuários da via. Por 
isso, é crucial que o condutor seja responsável durante a profissão e, até mesmo, 
diante da vida pessoal, posto que o trânsito não é apenas responsabilidade de 
motoristas profissionais.
31
Farol baixo 
 
Estabelecida pela Lei n. 13.290/16, a obrigatoriedade do farol baixo nas rodovias 
durante o dia gerou diversas dúvidas e aplicações de penalidades a condutores 
que não conheciam a forma correta de proceder.
Figura 1 - É importante que o condutor saiba as condições que obrigam o uso do farol baixo. 
Fonte: Pexels.
No entanto, em 2020, a Lei n. 14.071 trouxe a obrigatoriedade do farol baixo, 
estabelecendo outros critérios. Confira, no quadro comparativo a seguir, o que 
determina a legislação:
32
Quadro 2 – Alterações legislativas – uso do farol baixo
Antes da Lei n. 
13.290/16
Depois da Lei n. 
13.290/16
Depois da Lei n. 14.071/20
Art. 40. O uso de luzes 
em veículo obedecerá às 
seguintes determinações:
I - o condutor manterá 
acesos os faróis do 
veículo, utilizando luz 
baixa, durante a noite e 
durante o dia nos túneis 
providos de iluminação 
pública; [...]
Parágrafo único. Os 
veículos de transporte 
coletivo regular de 
passageiros, quando 
circularem em faixas 
próprias a eles destinadas, 
e os ciclos motorizados 
deverão utilizar-se de 
farol de luz baixa durante 
o dia e a noite.
Art. 40. O uso de luzes 
em veículo obedecerá 
às seguintes 
determinações:
I - o condutor manterá 
acesos os faróis do 
veículo, utilizando luz 
baixa, durante a noite 
e durante o dia nos 
túneis providos de 
iluminação pública e 
nas rodovias;
Art. 40. O uso de luzes em veículo 
obedecerá às seguintes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis 
do veículo, por meio da utilização da luz 
baixa:
a) à noite;
b) mesmo durante o dia, em 
túneis e sob chuva, neblina ou 
cerração; [...]
IV – (revogado); [...]
§ 1º Os veículos de transporte coletivo 
de passageiros, quando circularem em 
faixas ou pistas a eles destinadas, e as 
motocicletas, motonetas e ciclomotores 
deverão utilizar-se de farol de luz baixa 
durante o dia e à noite.
§ 2º Os veículos que não dispuserem de 
luzes de rodagem diurna deverão manter 
acesos os faróis nas rodovias de pista 
simples situadas fora dos perímetros 
urbanos, mesmo durante o dia.
33
Quadro 2 – Alterações legislativas – uso do farol baixo
Antes da Lei n. 
13.290/16
Depois da Lei n. 
13.290/16
Depois da Lei n. 14.071/20
Art. 250. Quando o veículo 
estiver em movimento:
I - deixar de manter acesa 
a luz baixa:
a) durante a noite;
b) de dia, nos túneis 
providos de iluminação 
pública;
c) de dia e de noite, 
tratando-se de veículo 
de transporte coletivo de 
passageiros, circulando 
em faixas ou pistas a eles 
destinadas;
d) de dia e de noite. 
tratando-se de 
ciclomotores; [...]
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 250. Quando o 
veículo estiver em 
movimento:
I - deixar de manter 
acesa a luz baixa:
a) durante a noite;
b) de dia, nos túneis 
providos de iluminação 
pública e nas rodovias; 
[...]
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 250. Quando o veículo estiver em 
movimento:
I - deixar de manter acesa a luz baixa:
a) de dia, em túneis e sob chuva, neblina 
ou cerração; 
b) de dia, no caso de veículos de 
transporte coletivo de passageiros em 
circulação em faixas ou pistas a eles 
destinadas;
c) de dia, no caso de motocicletas, 
motonetas e ciclomotores;
d) de dia, em rodovias de pista simples 
situadas fora dos perímetros urbanos, 
no caso de veículos desprovidos de 
luzes de rodagem diurna;
II - (revogado); [...]
Infração - média;
Penalidade - multa.
Fonte: elaborada pelo autor.
É importante estar atento, pois as motocicletas, motonetas e ciclomotores 
deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite, independentemente 
da via em que estiverem circulando. O descumprimento da norma sujeitará o 
condutor à infração de natureza média.
Caso o veículo tenha sido fabricado com as luzes de rodagem diurna (DRL), estará 
dispensado de manter aceso o farol baixo tendo em vista que esse dispositivo 
DRL acende automaticamente quando o veículo é ligado. 
34
Validade da Carteira Nacional de Habilitação 
A Lei n. 14.071/20 determinou a ampliação da validade da CNH. Os exames 
médicos que regulam a validade da CNH realizados a partir de 12 de abril de 
2021 já contam com a ampliação dos prazos.
Quadro 3 – Alteração legislativa – validade da CNH
Antes da Lei 14.071/20 Depois da Lei 14.071/20
Condutor com até 65 anos de idade – 
até 5 anos de validade.
Condutor com até 50 anos de idade – 
até 10 anos de validade.
Condutor com mais de 65 anos de 
idade – até 3 anos de validade.
Condutor de 50 a 70 anos de idade – 
até 5 anos de validade.
-
Condutor com 70 ou mais anos de 
idade – até 3 anos de validade.
Vale lembrar que tanto antes da Lei n. 14071/20 quanto depois dela, a validade 
continua sendo conforme determinação do médico perito que poderá reduzir o tempo 
caso constate situações que possam diminuir a capacidade para conduzir o veículo.
Curso de Reciclagem Preventiva de CNH 
Uma inovação, introduzida pela Lei n. 13.281/16, foi a previsão do condutor 
se submeter ao curso de reciclagem preventiva caso exerça atividade 
remunerada (EAR).
Quando a Lei n. 13.281/16 inseriu os parágrafos 5º ao 7º no art. 261 do Código de 
Trânsito Brasileiro, estabeleceu que os condutores de categoria C, D ou E, que 
tivessem EAR na CNH, poderiam participar do curso de reciclagem preventiva 
sempre que atingissem 14 pontos e não ultrapassassem19 pontos.
Com a entrada da Lei n. 14.071/20, ocorrem alterações nos requisitos para o 
Curso de Reciclagem Preventiva:
35
• Poderá ser feito por condutor de qualquer categoria de CNH, desde que 
tenha EAR em seu prontuário e tenha atingido 30 pontos nos últimos 12 
meses e não tenha ultrapassado 39 pontos.
• Após a realização do curso, os pontos atribuídos são eliminados. Todavia, 
a opção por novo curso só pode acontecer depois de 12 meses da 
certificação do curso anterior.
Exame toxicológico 
 
A obrigatoriedade desse exame foi inserida no Código de Trânsito Brasileiro 
pela Lei n. 13.103/15, que regulamentou o exercício da profissão de motorista 
(Brasil, 2015). O entendimento do legislador era a busca por qualidade 
de vida e segurança para os motoristas, além de reduzir os acidentes ou 
sinistros de trânsito.
Fixou-se a obrigatoriedade do exame para adição ou renovação das categorias 
C, D ou E e teste intermediário em 2 anos e 6 meses para CNH com 5 anos de 
validade ou 1 ano e 6 meses para CNH com 3 anos de validade. Todavia, não 
houve a determinação de punição caso houvesse o descumprimento dessa regra, 
ficando o motorista impedido apenas de renovar a CNH caso não realizasse o 
exame toxicológico.
Com a Lei n. 14.071/20, o legislador pretendeu estabelecer a punição pela não 
realização dos exames intermediários no art. 165-B. Logo, a exigência passou 
a ocorrer na renovação ou inclusão de categoria C, D ou E e a cada 2 anos e 6 
meses independentemente da validade da CNH para condutores até 70 anos. 
Após completar 70 anos, o exame toxicológico somente será exigido por ocasião 
da renovação ou inclusão da categoria.
Veja como fica a regra:
36
Quadro 4 – Comparativo sobre exame toxicológico
Categoria 
C, D ou E
Sem EAR Com EAR
Validade da 
CNH – 10 
anos
• Exame na renovação 
ou inclusão;
• Repetição com 2 
anos e 6 meses*;
• Repetição com 5 
anos*; e
• Repetição com 7 
anos e meio*.
• Infração se flagrado 
conduzindo com 
exame intermediário 
vencido.
• Exame na renovação 
ou inclusão;
• Repetição com 2 anos 
e 6 meses**;
• Repetição com 5 
anos**; e
• Repetição com 7 anos 
e meio**.
• Infração se flagrado 
conduzindo com exame 
intermediário vencido.
Validade 
da CNH – 5 
anos
• Exame na renovação 
ou inclusão; e
• Repetição com 2 
anos e 6 meses*;
• Infração se flagrado 
conduzindo com 
exame intermediário 
vencido.
• Exame na renovação 
ou inclusão; e
• Repetição com 2 anos 
e 6 meses**;
• Infração se flagrado 
conduzindo com exame 
intermediário vencido.
Validade 
da CNH – 3 
anos
• Somente na 
renovação ou 
inclusão de categoria.
• Somente na renovação 
ou inclusão de 
categoria.
Fonte: elaborada pelo autor.
* dispensados os exames intermediários se estiver conduzindo apenas categoria A ou B. 
** infração do parágrafo único. No momento da renovação se não realizou um dos 
exames intermediários independentemente se conduziu veículos de categoria C, D ou E.
37
Uso de aparelho celular ao dirigir 
A redação anterior à Lei 13.281/16 não estabelecia especificamente a infração 
pelo uso do celular, tratando de forma genérica a retirada de uma das mãos do 
volante como infração (excetuando-se as condutas previstas do inciso V). Veja:
“Art. 252. Dirigir o veículo:
[...]
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer 
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, 
ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a 
aparelhagem sonora ou de telefone celular; Infração - média;
Penalidade - multa.” 
(Brasil, 1997) 
Figura 2 - Dirigir falando ao celular coloca a vida de outras pessoas e do motorista em risco.
Fonte: Freepik.
38
Com a alteração implementada pela Lei n. 13.281/16, foi criado o parágrafo único 
estabelecendo que:
“Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar-
se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar 
segurando ou manuseando telefone celular.”
(Brasil, 1997) 
Logo, conduzir o veículo segurando ou manuseando telefone celular é infração 
gravíssima, punida com multa de R$ 293,47 e 7 pontos na habilitação. Com isso, 
reitera-se que a responsabilidade do condutor é fundamental durante a condução 
do veículo, pois pode ocasionar sinistros graves.
Ciclovia e ciclofaixa 
De acordo com a Lei n. 14.071/20, parar o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa 
também é uma infração. Até então só havia a previsão de infração por estacionar 
sobre a ciclovia ou ciclofaixa, conforme o art. 181, VIII7.
Veja que tanto estacionar quanto parar comete infração grave passível de multa 
e 5 pontos no prontuário:
 “Art. 182. Parar o veículo:
[...]
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
• Infração – grave;
• Penalidade - multa.”
(Brasil, 1997) 
7 VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como 
nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de 
canalização, gramados ou jardim público: Infração - grave; Penalidade - multa;
39
Assim, o condutor de automóvel não deve parar o veículo em local não destinado 
a ele, conforme o art. 182. Além de causar transtornos para quem utiliza a ciclovia 
e a ciclofaixa, o condutor também estará sujeito à infração grave. 
Penalidades 
Penalidade é um sistema ao qual se recorre para punir o condutor ou o 
proprietário do veículo que desobedece à legislação de trânsito. Há diversos 
tipos de penalidades, os quais variam de acordo com a infração, e somente as 
autoridades de trânsito podem aplicá-las.
O art. 256 do CTB (Brasil, 1997) estabelece diversas formas de penalidades que 
as autoridades de trânsito podem aplicar aos condutores infratores, aos 
proprietários de veículos e também ao embarcador e ao transportador:
Resumo das penalidades 
ADVERTÊNCIA POR ESCRITO
É uma penalidade aplicada pela autoridade de trânsito que substitui uma 
punição de multa por uma advertência por escrito – isso faz com que a multa 
para aquela infração deixe de existir. Essa advertência escrita poderá ser 
aplicada às infrações de natureza leve ou média e somente se o infrator não 
tiver cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 meses.
MULTA
É uma penalidade pecuniária aplicada pela prática das infrações. É geralmente 
acompanhada de registro de pontos na CNH do condutor (Leve – 3 pontos. 
Média – 4 pontos. Grave – 5 pontos. Gravíssima – 7 pontos). É o resultado 
do processo administrativo, cujo valor pecuniário já consta no artigo de 
enquadramento da irregularidade cometida, juntamente com a formalização 
dos pontos no prontuário do infrator, que será computado e ficará mantido por 
12 meses para somatória. Mas, após esse período, permanecerá por 5 anos 
no prontuário não vigente para avaliação de recursos e crimes.
40
SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR
O condutor estará suspenso do direito de dirigir quando, no período de 12 
meses, atingir 20, 30 ou 40 pontos em seu prontuário (dependendo da gravidade 
da infração) ou quando o condutor cometer uma infração de suspensão direta, 
como, por exemplo, dirigir embriagado. O período de suspensão dependerá 
da infração cometida; quando suspenso, o condutor deverá entregar sua CNH 
e realizar o Curso de Reciclagem, cumprindo toda a penalidade. Após o curso 
e o período de suspensão, o documento poderá ser retirado no Detran do 
estado, conforme informações previstas no art. 261 do CTB.
Acesse o link8 para conferir o art. 261 na Unidade de Estudos.
CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO
Conforme previsto no art. 263 do CTB, a cassação do documento de 
habilitação ocorre quando o condutor, estando suspenso do direito de dirigir, 
conduz qualquer veículo. Essa penalidade prevê a cassação do documento 
CNH por 2 (dois) anos, devendo o infrator se submeter aos exames referidos 
no processo de habilitação após esse período. Condutas que enquadram a 
cassação da CNH: quando o condutor for flagrado dirigindo e estiver com esse 
direito suspenso; reincidência às mesmas infrações previstasnos arts. 163, 
164, 165, 173, 174 e 175 e no inciso II do art. 162 do CTB, no prazo de 12 
meses; condenado judicialmente por delito de trânsito observado no art. 160.
Acesse o link9 para conferir o art. 160 na Unidade de Estudos.
CASSAÇÃO DA PERMISSÃO PARA DIRIGIR
O condutor terá a permissão cassada se cometer no período de 12 meses 
da validade uma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em 
infração média.
CURSO DE RECICLAGEM
O curso de reciclagem é obrigatório para o condutor envolvido em sinistro grave, 
condenado por delito de trânsito ou quando o infrator recebe a penalidade de 
suspensão do direito de dirigir. Sempre que o condutor for suspenso do direito 
de dirigir, terá obrigatoriamente que realizar o curso de reciclagem, conforme 
informações do art. 268 e da Resolução n. 789/20 do Contran. 
8 https://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=conteudo/texto&id=2499#
9 https://www.plataformajornada.com.br/index.php?r=conteudo/texto&id=2499#
41
Ainda, vale ressaltar que o agente de trânsito autua o infrator, contudo isso ainda 
não é a multa. Somente a autoridade de trânsito, que é o diretor do órgão autuador, 
é quem poderá fazer a imposição da multa, a qual poderá ser objeto de contestação 
por meio recurso. As restrições e as consequências dessa penalidade só serão 
obrigatórias após encerradas as possibilidades de defesa administrativa.
Multas 
Quando o condutor comete uma infração de trânsito, recebe uma multa como 
penalidade, cuja classificação é dividida em quatro categorias de acordo com a 
gravidade, cada uma com o respectivo valor pecuniário, conforme estabelecido 
no art. 258 do CTB (Brasil, 1997).
Os valores das infrações estão estabelecidos no art. 258 e poderão ser corrigidos 
monetariamente por Resolução do Contran. Já o art. 259, do CTB, institui a 
pontuação para a infração, dependendo de sua classificação (Brasil, 1997).
Na tabela a seguir, confira a pontuação de cada multa de acordo com a 
legislação atual:
Quadro 5 – Classificação das infrações
Gravidade Pontuação Valores
Leve 3 pontos R$ 88,38
Média 4 pontos R$ 130,16
Grave 5 pontos R$ 195,23
Gravíssima 7 pontos R$ 293,47
É importante estar ciente que, se o condutor estiver com o direito 
de dirigir suspenso e for pego dirigindo, a CNH será cassada e 
somente após dois anos da cassação poderá requerer a reabilitação, 
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na 
forma estabelecida pelo Contran. 
42
Pontuação 
O condutor acrescenta pontos à CNH a cada infração cometida. A Lei n. 14.071/2020, 
apresentou mudanças na forma de contagem dos pontos para a aplicação da 
penalidade da suspensão do direito de dirigir. Assim, haverá a suspensão sempre 
que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos:
“a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações 
gravíssimas na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima 
na pontuação;
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração 
gravíssima na pontuação.”
(Brasil, 2020) 
É importante lembrar que, para qualquer condutor, a imposição da penalidade de 
suspensão do direito de dirigir elimina a quantidade de pontos computados. Ao atingir 
o limite de pontos indicados, em um período de 12 meses, será suspenso o 
direito de dirigir por um prazo mínimo de seis meses a um ano. Ao passo que no 
caso de reincidência no período de 12 meses, a suspensão será de 8 meses a 2 anos.
A quantidade de pontos que será anotada no cadastro do documento de 
habilitação do infrator dependerá da classificação da infração, conforme 
apresentado no Quadro 5.
Para os condutores que exercem atividade remunerada (EAR) com 
o veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta 
quando o infrator atingir o limite de 40 (quarenta) pontos, 
independentemente da natureza das infrações cometidas. Todavia, será facultado 
a ele participar do curso de reciclagem preventiva sempre que, no período de 12 
(doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos e não ultrapassar os 39 pontos. 
43
Em 2017, houve uma mudança no CTB no que diz respeito à apresentação 
do condutor. Segundo o parágrafo 10° do art. 257 do CTB, incluído pela 
Lei n. 13.495/17, a indicação do condutor de forma antecipada é possível 
(Brasil, 2017a).
“O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o 
principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, 
terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo 
no Renavam.
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam:
I. quando houver transferência de propriedade do veículo;
II. mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo;
III. a partir da indicação de outro principal condutor.”
(Brasil, 2017) 
Com essa regulamentação, as empresas e as pessoas físicas poderão antecipar as 
informações, evitando punições por infrações que não cometeram. Para isso, o motorista 
deve procurar o Detran do seu estado para fazer o cadastro de principal condutor.
Nessa circunstância, é importante haver a máxima atenção, pois quando não 
for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário 
do veículo terão o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação da 
autuação, para apresentar o condutor ao órgão executivo de trânsito.
Se transcorrido o prazo e ninguém for indicado, será considerado responsável 
pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
Ao condutor identificado, será atribuída a pontuação pelas infrações de sua 
responsabilidade ou a suspensão do direito de dirigir quando a infração for 
punível de forma específica com essa penalidade, nos termos do art. 261 do 
CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/2020 (Brasil, 2020).
44
Suspensão do direito de dirigir 
 
A suspensão da habilitação é uma penalidade que deixará o condutor sem 
dirigir por um tempo determinado, conforme seu prontuário ou infração.
 
Figura 3 - Suspensão do direito de dirigir.
A suspensão de habilitação poderá ocorrer de forma indireta, ou seja, pela 
somatória de 20 a 40 pontos, conforme a natureza da infração, num período 
de 12 meses ou por infração de suspensão direta.
A suspensão direta ocorre pela prática de determinadas condutas que a 
legislação entende como de alto risco à segurança no trânsito e à vida. 
Acompanhe abaixo:
Infrações que geram suspensão direta do direito de dirigir 
ART. 165
Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa 
que determine dependência:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses.
45
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 
9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de 
reincidência no período de até 12 (doze) meses.
ART. 165-A
Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro 
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância 
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
• Infração – gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses;
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de 
reincidência no período de até 12 (doze) meses.
ART. 165-B
Dirigir veículo sem realizar o exame toxicológico previsto no art. 148-A deste 
Código: (Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) 
• Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
• Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de reincidência no período 
de até 12 (doze) meses, multa (dez vezes) e suspensão do direito de 
dirigir. (Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023) 
•Parágrafo único. No caso de não cumprimento do disposto no § 2º do art. 148-
A deste Código, configurar-se-á a infração quando o condutor dirigir veículo 
após o trigésimo dia do vencimento do prazo estabelecido. (Redação dada 
pela Lei nº 14.599, de 2023)
46
ART. 165-C
Dirigir veículo tendo obtido resultado positivo no exame toxicológico previsto 
no caput do art. 148-A deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
• Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) 
• Penalidade - multa (cinco vezes) e, em caso de reincidência no período 
de até 12 (doze) meses, multa (dez vezes) e suspensão do direito de 
dirigir. (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023) 
ART. 170
Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via públic, ou os 
demais veículos:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
• Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do 
documento de habilitação.
ART. 173
Disputar corrida:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e 
apreensão do veículo;
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
remoção do veículo.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de 
reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
ART. 174
Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração 
de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem 
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
47
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e 
apreensão do veículo;
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
remoção do veículo.
§ 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condutores 
participantes.
§ 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no 
período de 12 (doze) meses da infração anterior.
ART. 175
Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante 
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento 
de pneus:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e 
apreensão do veículo;
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
remoção do veículo.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de 
reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
ART. 176
Deixar o condutor envolvido em sinistro com vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para 
o trânsito no local;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da 
perícia;
48
ART. 176
Deixar o condutor envolvido em sinistro com vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;
II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para 
o trânsito no local;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da 
perícia;
IV - de adotar providências para remover o veículo do local, quando 
determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito;
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à 
confecção do boletim de ocorrência:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir;
• Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação.
ART. 191
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos 
opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação 
de ultrapassagem:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir. 
ART. 210
Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de 
dirigir;
• Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do 
documento de habilitação.
49
ART. 218, III
Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por 
instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias 
arteriais e demais vias:
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta 
por cento): 
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.
ART. 244
Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e 
as especificações aprovadas pelo Contran;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma 
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado 
atrás do condutor ou em carro lateral;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei n. 14.071, de 2020)
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou que não tenha, 
nas circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança:
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
• Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e 
recolhimento do documento de habilitação;
ART. 253-A
Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou 
perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito 
com circunscrição sobre ela:
50
• Infração - gravíssima;
• Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de dirigir por 
12 (doze) meses;
• Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos organizadores da 
conduta prevista no caput.
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período de 12 
(doze) meses.
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas que 
incorram na infração, devendo a autoridade com circunscrição sobre a via 
restabelecer de imediato, se possível, as condições de normalidade para a 
circulação na via. 
Fonte: elaborada pelo autor.
No caso de infrações com previsão de suspensão direta do direito de dirigir, 
o tempo será de 2 a 8 meses, exceto para as infrações com prazo descrito 
no dispositivo infracional e na reincidência no período de 12 meses dentro do 
período de 8 a 18 meses.
Medidas administrativas 
Segundo o art. 269 do CTB (Brasil, 1997), dependendo da infração, poderão ser 
aplicadas as seguintes medidas administrativas:
Resumo das medidas administrativas 
RETENÇÃO DO VEÍCULO 
Consiste na manutenção do veículo no local em que se encontra (conforme 
art. 270), com a finalidade de que a irregularidade constatada seja sanada 
pelo condutor do veículo. Caso não seja possível saná-la no local, o veículo 
deve ser liberado, desde que ofereça condições de segurança, mediante o 
recolhimento do CLA/CRLV-e fixando prazo para regularização da situação 
por parte do condutor. 
51
Algumas infrações pedem a retenção do veículo no momento em que for 
constatada a irregularidade pelo agente da autoridade.
REMOÇÃO DO VEÍCULO
Ocorre, por exemplo, quando um veículo está estacionado de forma irregular 
em locais inadequados, independentemente da presença ou não do condutor. 
Caso o motorista esteja presente, será determinada a retirada pelo próprio 
condutor e havendo a recusa será aplicada a medida administrativa. Sempre 
que houver prejuízo à circulação, o veículo em questão será removido para 
a regularização do trânsito. Assim como na retenção, poderá ser liberado 
o veículo para regularização desde que não ofereça risco à segurança do 
trânsito nos termos do § 9º-A, do art. 271, CTB. 
RECOLHIMENTO DA PERMISSÃO PARA DIRIGIR OU DA CNH, DO 
CERTIFICADO DE REGISTRO DO VEÍCULO (CRV)
Ocorre mediante recibo, além dos casos previstos no CTB, quando houver 
suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
RECOLHIMENTO DO CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO ANUAL (CLA)
Será realizado mediante recibo, além doscasos previstos no CTB. Vale 
lembrar que o Certificado de Licenciamento agora é expedido por meio físico 
ou digital, à escolha do proprietário, desde que não haja débitos pendentes 
ou bloqueio em razão da não apresentação do veículo para recall. No caso 
de documento digital, a retenção ocorrerá por meio de bloqueio no Renach ou 
Renavam, conforme o caso (art. 269, § 5º, CTB).
TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA PARA OUTRO VEÍCULO
Medida administrativa que ocorre quando há a necessidade de transferência 
do excesso de carga de um veículo para outro.
REALIZAÇÃO DO TESTE DE DOSAGEM DE ALCOOLEMIA
Medida administrativa, entendida como exame para identificação de influência 
de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
RECOLHIMENTO DE ANIMAIS
Que se encontram soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação.
52
REALIZAÇÃO DE EXAMES ADICIONAIS
Exigência de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática 
de primeiros socorros e de direção veicular quando determinada pelas 
autoridades.
Figura 2 – A remoção do veículo é uma medida administrativa. 
Fonte: Shutterstock/aapsly.
A partir de setembro de 2022, com a entrada em vigor da Lei 14.440/22, os 
veículos em estado de abandono10 na via poderão ser removidos para o depósito 
fixado pelo órgão e não sendo retirado no prazo legal serão vendidos em leilão. 
Nenhuma penalidade pode ser aplicada quando a sinalização na via estiver insuficiente 
ou incorreta. Essa determinação está prevista no art. 90 do CTB (Brasil, 1997):
“Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste 
Código por inobservância à sinalização quando esta for 
insuficiente ou incorreta.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a 
via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo 
pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.”
10 Veículo estacionado na via ou em estacionamento público, sem capacidade de locomoção por 
meios próprios e que, devido a seu estado de conservação e processo de deterioração, ofereça risco 
à saúde pública, à segurança pública ou ao meio ambiente, independentemente de encontrar-se 
estacionado em local permitido.
53
(Brasil, 1997) 
Assim, se a sinalização das vias estiver com falhas ou pouco enfatizadas, nenhuma 
penalidade deve ser aplicada, conforme o art. 90 no CTB. O responsável por 
averiguar essas situações é o órgão responsável com circunscrição sobre a via.
 
Crimes de trânsito 
 
O condutor que praticar homicídio culposo ou lesões corporais culposas na 
condução de um veículo cometerá um crime de trânsito. A pena prevista vai de 
restritivas de direitos à privativas de liberdade, como a detenção do condutor.
 
Quando o motorista é o responsável por um sinistro de trânsito com vítima, 
deve prestar atendimento e acionar o socorro. Caso abandone o local, estará 
cometendo o crime de omissão de socorro e o de afastar-se do local do sinistro. 
Se a vítima falecer, mesmo que o socorro tenha sido prestado, o condutor poderá 
ser responsabilizado por um crime de trânsito previsto no parágrafo 1º, inciso III, 
do art. 302 e com o art. 305. Veja:
“Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo 
automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor.
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo 
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, 
se o agente
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem 
risco pessoal, à vítima do sinistro;
54
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver 
conduzindo veículo de transporte de passageiros. 
[...]
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do sinistro, 
para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser 
atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.”
(Brasil, 1997) 
Diante disso, observa-se que o crime de trânsito no tangente a homicídio culposo 
pode ocasionar a detenção do condutor, que estará sujeito às penalidades 
administrativas cabíveis ao ato. É importante que o motorista seja responsável, 
para que nenhum sinistro dessa gravidade ocorra.
Conheça os crimes de trânsito, conforme demonstrado no quadro abaixo:
Quadro 6 – Crimes de trânsito.
Crime
Artigo do 
Código de 
Trânsito 
Brasileiro
Pena
Homicídio culposo Art. 302
Detenção de dois a quatro anos e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor. Na conduta 
qualificada11 do parágrafo 1º a pena pode chegar 
a 6 anos e no parágrafo 3º pode chegar a 8 anos.
11 § 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 
(um terço) à metade, se o agente: 
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; 
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do sinistro; 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de 
passageiros. 
§ 3º  Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra 
substância psicoativa que determine dependência:
55
Lesão corporal 
culposa12 
 Art. 303
Detenção de seis meses a dois anos, suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou habilitação. Na 
conduta qualificada13 do parágrafo 1º pode chegar a 3 
anos e no parágrafo 2º pode chegar a 5 anos.
Omissão de 
socorro14 
 Art. 304 Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Evasão do local 
do sinistro15 
 Art. 305 Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Embriaguez ao 
volante16 
 Art. 306
Detenção de seis meses a três anos, multa, 
suspensão, ou proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir.
Violação da 
suspensão ou 
proibição de 
dirigir17 
 Art. 307
Detenção de seis meses a um ano e multa. O 
infrator ainda é punido com nova suspensão por 
prazo igual ao que ele descumpriu.
Participação em 
competição não 
autorizada18 
 Art. 308
Detenção de seis meses a três anos, multa e 
suspensão ou proibição de obter a permissão. Na 
conduta qualificada19 do parágrafo 1º pode chegar 
a 6 anos e no parágrafo 2º até 10 anos.
12 Lesão praticada a uma vítima quando o condutor não quis praticá-la. Pode ser por imprudência, 
negligência e imperícia do condutor.
13 § 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do 
art. 302.
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas 
previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão 
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime 
resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
14 Deixar de prestar socorro à vítima ou deixar de comunicar as autoridades sobre o sinistro.
15 Fugir do local do sinistro sem prestar socorro à vítima e explicação à Justiça.
16 Dirigir um veículo automotor após o uso de bebidas alcoólicas.
17 Dirigir um veículo automotor durante a suspensão da CNH ou após a proibição da habilitação de dirigir.
18 Competições de rua popularmente chamadas de “racha”.
19 § 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as 
circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a 
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas 
previstas neste artigo. 
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que 
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de 
reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
56
Dirigir semhabilitação20 
 Art. 309 Detenção de seis meses a um ano e multa.
Entrega da 
direção do veículo 
a quem não tem 
condições de 
dirigir21 
 Art. 310 Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Excesso de 
velocidade22 
 Art. 311 Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Fraude 
processual23 
 Art. 312 Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Fonte: elaborado pelo autor.
Para os crimes dolosos de trânsito, as penalidades são mais severas:
• Por um prazo entre 2 meses e 5 anos, poderá ter a cassação do direito de 
dirigir ou a proibição de obter uma nova habilitação;
• Ao ser punido, o condutor pode, além de pagar multa, reparar os danos 
causados ao patrimônio público ou a terceiros;
• Para determinados crimes, as penas podem chegar a 20 anos.
 
A partir de janeiro de 2019, passou a vigorar uma alteração no Código de Trânsito 
Brasileiro, com a inclusão do art. 278-A, que corresponde à Lei n. 13.804, de 
10 de janeiro de 2019. Esta Lei prevê medidas de repressão ao contrabando, 
ao descaminho, ao furto, ao roubo e à receptação (Brasil, 2019). O motorista 
infrator envolvido nesse delito terá punição do direito de dirigir, mas essa ação 
é entendida como um crime. Se condenado em juízo perante o Código Penal 
quanto aos crimes ali previstos (arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940, Código Penal) (Brasil, 1940), o motorista terá sua 
carteira de habilitação cassada, ficando 5 anos sem dirigir e somente poderá 
20 Dirigir um veículo automotor sem estar habilitado.
21 Consentir que outra pessoa que não tenha a permissão para dirigir ou esteja incapaz dirija um 
veículo automotor.
22 Dirigir um veículo automotor em velocidade maior que a permitida na via.
23 Alteração do local ou das cenas do crime, induzindo o perito ou as autoridades ao erro.
57
requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários, na 
forma prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Processos administrativos 
Em seu capítulo XVIII, o CTB (Brasil, 1997) apresenta o processo administrativo 
dividido em duas seções:
• Seção I: Da Autuação.
• Seção II: Do Julgamento das Autuações e Penalidades.
 
No art. 280 do CTB (Brasil, 1997), no que diz respeito à autuação, o processo 
administrativo prevê que, em situações de infração prevista na legislação, será 
lavrado auto de infração, no qual deverá constar:
“1. Tipificação da infração;
2. Local, data e hora do cometimento da infração;
3. Caracteres da placa de identificação do veículo, sua 
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à 
identificação;
4. Prontuário do condutor, sempre que possível;
5. Identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente 
autuador ou equipamento que comprova a infração;
6. Assinatura do infrator, sempre que possível, valendo essa 
como notificação do cometimento da infração.”
(Brasil, 1997) 
A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente 
de trânsito por meio de aparelho eletrônico ou equipamento audiovisual, reações 
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente 
regulamentado pelo Contran.
 
Quando possível, o infrator deverá ser notificado imediatamente sobre a infração 
cometida. Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito 
58
relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados a 
respeito do veículo e qual foi a infração.
 
Assim, para toda autuação, será aberto um procedimento administrativo, 
para que, ao final, sejam determinadas as penalidades de acordo com o 
ato infracional.
 
Como é possível visualizar na imagem abaixo há um organograma do processo 
de recurso da infração. E como funciona esse processo?
Pela imagem é possível ver que temos autoridades municipal, estadual ou federal. 
Porém, independentemente da esfera o procedimento é o mesmo para o recurso 
da infração.
No lado esquerdo da imagem vemos que a autoridade irá credenciar os agentes 
de trânsito que irão fiscalizar as situações de trânsito. No momento que o agente 
verifica uma infração será lavrado o auto de infração de trânsito (AIT) que poderá 
ou não ser assinado pelo condutor. 
Caso o condutor assine o AIT começa a contar o prazo de 30 dias para apresentar 
defesa prévia (uma defesa que irá discutir a formalidade do auto – erro no 
preenchimento, por exemplo-), ou não ocorrendo a assinatura receberá uma 
notificação (NAI – notificação do auto de infração) e a partir do recebimento 
começará a contar o prazo para a defesa prévia.
Veja a seguir uma imagem que mostra como funciona o recurso administrativo 
de uma infração: 
59
Fonte: IbacBrasil - Tecnologias Educacionais
Uma vez que foi apresentada a defesa prévia (ou não sendo apresentada essa 
defesa, já que é facultativa) a autoridade irá decidir pelo arquivamento do auto 
de infração ou impor a penalidade (advertência por escrito, multa, suspensão 
da CNH ou cassação da CNH) e providenciará a notificação da imposição da 
penalidade (NIP), do qual o condutor terá o prazo de 30 dias para apresentar 
recurso à JARI (Junta Administrativa de Recursos e Infrações). Se o recurso não 
for acatado, caberá em 2ª instância recurso ao Cetran ou Colegiado, a depender 
do órgão autuador. Após análise do recurso em 2ª instância ou não havendo 
interesse do infrator em recorrer, as penalidades decorrentes da infração cometida 
se tornarão obrigatórias. 
Vale lembrar que se o condutor infrator renunciar ao recurso da multa poderá pagar a 
multa com desconto de 40%, conforme §1º do art. 284, CTB. 
60
Referências 
BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Rio de Janeiro, DF, 31 dez. 1940. Disponível em: . http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm. 
Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 12.760, de 20 de dezembro de 2012. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 21 dez. 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm Acesso em: 6 out. 2021.
_____. Lei n. 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts. 173, 174, 175, 191, 202, 
203, 292, 302, 303, 306 e 308 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que 
institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções administrativas 
e crimes de trânsito. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 
12 maio 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12971.htm. Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da 
profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 
aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n. 9.503, de 
23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro 
Esta Unidade de Estudo terminou. Espera-se que as informações 
repassadas até aqui tenham sido válidas e que você tenha percebido 
a importância da realização deste curso, o qual traz conhecimentos 
úteis que serão utilizados no seu dia a dia como motorista. É importante realizar 
os exercícios para revisão do conteúdo apresentado. 
61
de 2007 (empresas e transportadores autônomos de carga), para disciplinar a 
jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; altera a Lei 
n. 7.408, de 25 de novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei n. 12.619, de 
30 de abril de 2012; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n.13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei n. 13.146, de 6 de julho 
de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 2016a. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/
l13281.htm. Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 13.290, de 23 de maio de 2016. Torna obrigatório o uso, nas rodovias, 
de farol baixo aceso durante o dia e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 maio 2016b. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13290.htm#:~:text=LEI%20
N%C2%BA%2013.290%2C%20DE%2023%20DE%20MAIO%20DE%20
2016.&text=Torna%20obrigat%C3%B3rio%20o%20uso%2C%20nas,dia%20
e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 13.495, de 24 de outubro de 2017. Altera dispositivos da Lei n. 
9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para possibilitar 
ao proprietário cadastrar o principal condutor do veículo automotor no Registro 
Nacional de Veículos Automotores (Renavam), para fins de responsabilidade. 
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 25 out. 2017a. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13495.htm. 
Acesso em: 21 set 2022.
_____. Lei n. 13.546, de 19 de dezembro de 2017. Altera dispositivos da Lei n. 
9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor 
sobre crimes cometidos na direção de veículos automotores. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 2017b. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13546.htm. Acesso em: 
21 set. 2022.
62
_____. Lei n. 13.804, de 10 de janeiro de 2019. Dispõe sobre medidas de 
prevenção e repressão ao contrabando, ao descaminho, ao furto, ao roubo e 
à receptação; altera as Leis n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de 
Trânsito Brasileiro), e 6.437, de 20 de agosto de 1977. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 jan. 2019. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13804.htm. Acesso em: 21 set. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 
23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a 
composição do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade 
das habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/lei/ l14071.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2014.071%2C%20
DE%2013%20DE%20OUTUBRO%20DE%202020&text=Altera%20a%20Lei%20
n%C2%BA%209.503,habilita%C3%A7%C3%B5es%3B%20e%20d%C3%A1%20
outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 21 set. 2022.
63
Unidade de Estudo 3 – Direitos, deveres e responsabilidades 
que o condutor de veículos precisa conhecer em relação 
ao trânsito
Objetivo: entender os direitos, os deveres e a importância da educação para 
o trânsito.
Tópicos desta Unidade:
• O que é cidadania?
• Educação para o trânsito
• A educação infantil para o trânsito
• Comportamento do condutor
• Imprudência, imperícia e negligência
• Pedestres e condutores de veículos não motorizados 
Escute neste link24 o Podcast “Responsabilidades do condutor”.
O que é cidadania ?
Cidadania é a relação de direitos e deveres que o indivíduo adquire em uma 
determinada sociedade. Esses direitos podem ser classificados em direito 
civil, direito político e direito social, cujas definições são, respectivamente, o 
direito escolher as próprias doutrinas, o ato de ir e vir, entre outros; o direito do 
voto livre ao escolher os governantes para o país, estado e cidade, bem como 
o direito de envolver-se em atividades políticas; o direito de escolher ações que 
24 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2500/assets/audio/
Podcastnt1ue3.mp3
Olá, ao iniciar esta Unidade de Estudo, é importante reiterar alguns 
tópicos importantes para a educação no trânsito. Diante deles, você 
compreenderá quais são seus direitos e deveres e principais 
obrigações de uma pessoa enquanto cidadã. Bons estudos! 
64
podem beneficiar a sociedade, sem distinção de raça, posição social ou cultural.
Ao passo que os deveres estão relacionados aos princípios éticos e morais do 
ser humano, ou seja, são obrigações relacionadas ao conjunto de regras aceitas 
para viver em sociedade. Respeitar os direitos das outras pessoas, cumprir as 
leis, preservar o meio ambiente, proteger o patrimônio público, entre outros, são 
deveres básicos de um cidadão, os quais devem ser cumpridos. 
Educação para o trânsito 
No processo de educação para o trânsito, é relevante conhecer as regras básicas 
do trânsito para os pedestres e para os condutores. Ainda, inteirar-se dessas 
normas, pode garantir a segurança de todos no tráfego. A legislação de trânsito 
apresenta os direitos e deveres que organizam o sistema nesse âmbito. Mas, 
não basta apenas conhecer as leis, é preciso colocá-las em prática.
Figura 1 – Colabore para a boa convivência no trânsito. 
Fonte: Shutterstock/4 PM production.
Motoristas, ciclistas, condutores e pedestres devem reconhecer o seu papel social 
no trânsito e saber que a segurança e o respeito precisam estar em harmonia 
para garantir a qualidade de vida de todos, além de construir uma cultura de paz 
e segurança no trajeto. 
A educação infantil para o trânsito 
A criança é um ser curioso e atento ao ambiente que frequenta e, quando recebe 
a orientação correta de como agir, passa a perceber rapidamente os erros. 
65
Portanto, trabalhar educação de trânsito com crianças, além de ser fundamental, 
pode se tornar interessante, pois elas são ágeis para assimilar as informações 
e se envolvem com o assunto. Uma criança estimulada em sua educação social 
será um adulto mais consciente.
A Educação Infantil para o trânsito pode ser uma maneira eficaz para 
conscientização dos cidadãos com relação aos seus direitos e deveres no 
trânsito. Ao tomarem conhecimento de algumas regras, as crianças também 
podem influenciar os adultos na tomada de decisões no trânsito e evitar riscos 
desnecessários.
A Lei n. 14.071/2020 determinou, inclusive, que os órgãos ou entidades 
executivas de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão criar, implantar 
e manter escolas públicas de trânsito, destinadas à educação de crianças e 
adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização 
e comportamento no trânsito (art. 22, XVII, CTB) (Brasil, 2020).
Sinistros de trânsito: pedestres e condutores 
Conduzir um veículo é muito mais do que apenas dirigi-lo, uma vez que é preciso 
considerar todos os aspectos envolvidos nesse contexto. O bom convívio 
social e o respeito são atitudes importantes que tanto os condutores quanto os 
pedestres precisam adotar. 
Diversos programas e campanhas para a segurança no trânsito surgem com 
frequência, mas, ainda assim, o número de sinistros de trânsito causados tanto 
por pedestres como por condutores é grande. 
Com isso, o Código de Trânsito Brasileiro (Brasil, 1997) classifica como vítima de 
sinistro de trânsito quem necessita de atendimento médico no local do sinistro. 
Contudo, ainda que não seja necessário acionar o socorro médico, devem-se 
considerar os reflexos que os sinistros causam, pois geram prejuízos sociais e 
financeiros para o cidadão envolvido, para a sociedade em geral e para qualquer 
pessoa que pode ser vítima desses infortúnios.
66
Sinistros de trânsito podem trazer muitos efeitos negativos, como aposentadorias 
e mortes precoces, leitos hospitalares ocupados com acidentados e indenizações. 
Portanto, todos os indivíduos devem se comprometer com as regras de trânsito 
para evitar sofrimentos e preservar a vida.
A pressa diária no trânsito faz com que as pessoas coloquem a própria vida e 
a de outras pessoas em risco, como, por exemplo, um pedestrecorrendo para 
atravessar a rua fora da faixa e com veículos em movimento. Entretanto, atitudes 
equivocadas geram transtornos que, muitas vezes, não têm soluções favoráveis. 
Comportamento do condutor 
Sinistros também são provocados por imprudência e mau comportamento do 
condutor. É importante relembrar algumas dessas atitudes, tais como:
Falta de atenção
Desconhecimento da 
técnica
Falta de respeito
Falta de atenção ao 
cruzar uma via.
Dar marcha à ré 
inadequadamente.
Desrespeito e 
desatenção à 
sinalização de trânsito.
A maioria dos sinistros é provocada por falta de atenção e desrespeito 
às normas. Segundo o CTB, “o condutor deve sempre estar bem-disposto, 
equilibrado e sóbrio” (Brasil, 1997) para que possa ter o completo domínio de 
suas ações e, assim, evitar situações de risco.
Para obter a CNH, o futuro condutor precisa atender a alguns requisitos descritos 
no Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Brasil, 1997). Clique nos ícones abaixo 
e descubra quais são esses requisitos:
67
Ser penalmente imputável25.
Saber ler e escrever.
Possuir CPF (Cadastro de Pessoa Física).
Possuir documento de identidade ou equivalente.
Estar apto física, mental e psicologicamente (aprovação na 
avaliação psicológica e no exame de aptidão física e mental).
Participar dos cursos teóricos e práticos para direção veicular.
Ter sido aprovado no exame técnico-teórico e de direção veicular.
É dever do condutor:
• Conhecer a legislação de trânsito e sua aplicabilidade;
• Obedecer e zelar pelo cumprimento da legislação de trânsito;
• Ter noções de mecânica;
25 Aquele que pode responder legalmente por seus atos; maior de 18 anos.
68
• Ter conhecimento sobre direção defensiva;
• Promover um trânsito seguro e confiável.
Observe, a seguir, alguns exemplos de fatos inesperados que podem causar 
sinistros:
Fatos inesperados com pedestres.
Fonte: Pexels.
1 O pedestre pode surgir de repente pelas laterais da via
2 O pedestre pode sair de trás de veículos
3
O pedestre pode não conhecer as regras de circulação em 
vias públicas e, por consequência, não reconhecer os seus 
respectivos deveres.
Quando o condutor é surpreendido por uma situação, mas a sua atenção está 
totalmente voltada para a direção, as chances de tomar uma decisão assertiva 
aumentam, a qual pode ser determinante para evitar um sinistro.
Atualmente, percebe-se um grande número de pedestres que circulam utilizando 
o telefone celular pelas vias, seja digitando ou falando em ligações, e não 
percebem a aproximação dos veículos, colocando a própria vida em risco e 
causando sinistros no trânsito. Assim, é fundamental que o motorista também 
esteja atento ao que está acontecendo à sua volta. 
69
Imprudência, imperícia e negligência 
O condutor que se arrisca de forma desnecessária acredita que tem o domínio 
do carro e do ambiente, não crê na possibilidade da ocorrência de um sinistroe 
acaba por desqualificar e negligenciar o outro. Há características negativas 
presentes em alguns motoristas, cujo equívoco pode aumentar o risco de sinistros 
no trânsito, por isso é importante estar atento às regras para poder identificar 
esse comportamento em outros condutores.
São três aspectos negativos que o condutor deve evitar para minimizar as 
chances de se envolver em sinistros ou de contribuir para o mau funcionamento 
do trânsito. Acompanhe:
NEGLIGÊNCIA 
A negligência consiste na falta de cuidado, de aplicação, de exatidão, de interesse 
e de atenção, em que há descuido, displicência, desatenção, desleixo, desmazelo 
ou preguiça. O condutor negligente, por exemplo, não tem equipamentos obrigatórios 
no veículo ou não realiza a manutenção correta deles, além disso conduz o veículo 
desrespeitando a direção defensiva e não tem posse dos documentos do veículo.
IMPERÍCIA
A imperícia refere-se ao condutor que não tem competência, habilidade e experiência 
e não está apto para dirigir. Além disso, o motorista apresenta falta de qualificação 
técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos básicos sobre 
o veículo. Vale lembrar que todo indivíduo aprovado no exame de direção pela 
competência teórica e técnica nem sempre executa o ato de dirigir com precisão, por 
isso é importante praticar as técnicas para ficar cada vez mais hábil.
IMPRUDÊNCIA
A imprudência refere-se ao condutor que não tem prudência nem cautela. Por 
exemplo: dirigir alcoolizado; conduzir o veículo de forma inadequada; realizar uma 
ultrapassagem não permitida; utilizar equipamentos de segurança do veículo sem 
condições adequadas de uso; dirigir em velocidade inadequada; desrespeitar a 
sinalização e o pedestre.
70
Pedestres e condutores de veículos não motorizados 
Veículo não motorizado é todo meio de transporte conduzido pela força humana 
(bicicleta) ou por tração animal (carroça). Com isso, o Código de Trânsito 
Brasileiro estabelece regras para os elementos do trânsito, inclusive para 
ciclistas, pedestres e veículos puxados por animais. 
Figura 2 – Ciclistas conduzindo conforme regras de trânsito. 
Fonte: Shutterstock/Rasica.
Existem normas e leis que orientam pedestres e condutores de veículos 
não motorizados. O CTB (Brasil, 1997) prevê, nos arts. 68, 69 e 70, as 
seguintes disposições:
• Art. 68: Garante ao pedestre a qualidade de acesso às vias de transição 
em locais dE perímetro urbano e acostamentos nas vias rurais. É 
permitido à autoridade competente utilizar parte do espaço destinado à 
circulação do pedestre para outros fins, desde que essa adequação não 
seja prejudicial ao pedestre.
• Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou a utilização 
estiver proibida, a circulação de pedestres na pista de rolamento 
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da 
71
pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e 
nas situações em que a segurança ficar comprometida.
• Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou a utilização 
estiver proibida, a circulação de pedestres na pista de rolamento 
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da 
pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de 
veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações 
em que a segurança ficar comprometida.
• Art. 69: Apresenta as precauções de segurança para o pedestre, como 
estar atento ao realizar uma travessia, ter visibilidade e noção da distância 
e da velocidade dos veículos por meio das faixas ou passagens a ele 
destinadas, observadas as seguintes disposições:
• Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá 
ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
• Para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou 
delimitada por marcas sobre a pista, devem ser observadas as 
seguintes normas: onde houver foco de pedestres, obedecer 
às indicações das luzes e onde não houver foco de pedestres, 
aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o 
fluxo de veículos;
• Nas interseções e nas proximidades, onde não existam faixas de 
travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação 
da calçada, observadas as seguintes normas: não deverão adentrar 
na pista sem antes se certificarem de que podem fazê-lo sem obstruir 
o trânsito de veículos e, uma vez iniciada a travessia de uma pista, 
os pedestres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou 
parar sobre ela sem necessidade.
• Art. 70: Destaca a prioridade de passagem em vias com faixas 
delimitadas, exceto em locais com sinalização semafórica, onde 
deverão ser respeitadas as determinações do CTB.
 
Vale ressaltar que nos locais em que houver sinalização semafórica de 
controle de passagem, será dada preferência aos pedestres que não tenham 
72
concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo, liberando a 
passagem dos veículos.
Diante disso, o pedestre também precisa estar sempre atento, obedecer à 
sinalização e cruzar a via pública somente na faixa própria. Quando não houver 
faixa adequada, a travessia deverá ser feita pela via perpendicularà calçada.
Ainda, é dever do pedestre, ao ouvir o alarme sonoro ou avistar a luz intermitente 
de veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de 
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, aguardar no passeio e 
somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local (art. 29, 
VII, b, CTB atualizado pela Lei n. 14.071/2020) (Brasil, 2020).
Figura 3 – Sinistros de trânsito muitas vezes são causados por pedestres. 
Fonte: Shutterstock/Christian Mueller.
Você sabia?
 No Brasil, desde 1998, com a vigência do CTB, é obrigatória a 
educação para o trânsito em escolas das redes pública e privada, 
desde a Educação Básica até o Ensino Superior, numa perspectiva interdisciplinar. 
73
Com essa obrigatoriedade, o CTB dedica o Capítulo VI à educação para o trânsito. 
O art. 74 cita que “a educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever 
prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito” (Brasil, 1997).
Já no art. 76 do CTB destaca-se a recomendação para promover a educação para 
o trânsito da Educação Infantil até o Ensino Superior, “por meio de planejamento e 
ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito 
e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas 
respectivas áreas de atuação” (Brasil, 1997).
Ainda, o CTB determina que o Ministério da Educação e do Desporto, mediante 
proposta do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e do Conselho de Reitores das 
Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, deverá promover:
“I – A adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo 
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança 
de trânsito;
II – A adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito 
nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de 
professores e multiplicadores;
III  –  A  criação  de  corpos  técnicos  interprofissionais  para 
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
IV – A elaboração de planos de redução de sinistros de trânsito 
junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com 
vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito.”
(Brasil, 1997) 
Diante isso, as crianças têm o direito de aprender sobre o trânsito dentro das 
escolas, por meio de conteúdos que serão apresentados multidisciplinarmente. Os 
jovens serão mais capacitados para agir no trânsito, ainda que enquanto pedestres, 
além de estarem conscientizados sobre o perigo de não cumprir as normas. 
74
Ainda sobre educação para o trânsito, a Lei n. 14.071/2020 determinou que os 
órgãos ou entidades executivas de trânsito dos Estados e do Distrito Federal 
deverão criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito, destinadas à 
educação de crianças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas 
sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito (Brasil, 2020).
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 7 
out. 2021.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, Brasília, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 7 out. 2021.
Você chegou ao fim desta Unidade de Estudo e com ela concluímos 
que o país está se adaptando e procurando aprimorar a formação dos 
indivíduos no trânsito de todos os estados. Diante disso, a conduta do 
portador da CNH deve ser exemplar e as correções necessárias devem ser 
realizadas a fim de contribuir para o bom fluxo e funcionamento do trânsito do qual 
participa. Agora, realize os exercícios para revisar o conteúdo aprendido. 
75
Unidade de Estudo 4 – Segurança e atitudes do condutor, 
passageiros, pedestres e demais atores no processo de 
circulação no trânsito
Objetivo: entender os aspectos centrais da segurança e dos comportamentos 
dos indivíduos participantes do trânsito.
Tópicos desta Unidade:
• Segurança no trânsito
• O bom e mau comportamento no trânsito 
Segurança no trânsito 
“Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.”
 
Dirigir é uma conduta que traz muitos benefícios, mas com eles advém 
responsabilidades e cuidados que são intrínsecos. Nesse sentido, o motorista é 
uma ferramenta essencial para a melhoria da segurança no trânsito.
Em decorrência disso, uma das maneiras de ser cauteloso durante a condução 
de um veículo é praticar a direção defensiva, preservando a própria vida e a dos 
demais usuários da via. Para isso, é importante adotar atitudes que ajudem na 
prevenção de sinistros, tendo em vista que isso vai além de conhecer os fatores 
que podem causar colisões e outros graves infortúnios.
Para compreender os princípios básicos da prevenção de sinistros e aplicá-los 
no cotidiano, é necessário relembrar a definição de trânsito que, de acordo com 
o art. 1º, parágrafo 1º do CTB (Lei n. 9.503/1997), é:
Olá, nesta Unidade de Estudo você descobrirá de que forma uma 
pessoa no papel de condutor, de passageiro ou de pedestre poderá 
manter a segurança no trânsito. Para isso, serão apresentados 
aspectos importantes que devem ser considerados nos momentos práticos. 
76
“[...] a utilização das vias por pessoas, veículos e 
animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins 
de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou 
descarga.”
(Brasil, 1997) 
Dessa forma, trânsito é a utilização do espaço aberto à circulação, ou seja, 
a movimentação e a imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias 
terrestres. Assim, para tornar essa movimentação e imobilização segura para 
todos, existem normas que devem ser cumpridas. 
A maior parte dos sinistros é causada por falha humana e, apesar de a 
responsabilidade no trânsito ser um dever de todos, a parcela maior de atenção 
e cuidado cabe aos condutores.
Ainda de acordo com a NBR 10697:2020, no tópico 2.1.1, é considerado 
um sinistro de trânsito:
“[...] todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga 
e/ou lesões à pessoas e/ou animais e que possa trazer dano 
material ou prejuízos ao trânsito, à via ou ao meio ambiente, 
em que pelo menos uma das partes está em movimento nas 
vias terrestres ou em áreas abertas ao público.”
(ABNT, 2020) 
Você sabia?
 Em novembro de 2020 ocorreu a alteração da NBR 10697 da ABNT, 
cuja a terminologia de acidentes de trânsito mudou para sinistros 
de trânsito. Portanto, orienta-se utilizar essa nomenclatura com o 
entendimento de que os ocorridos no trânsito não se tratam de acidentes, mas 
de um evento que responsabilizará alguém. 
77
Contudo, as duas nomenclaturas ainda são utilizadas em diversas situações 
comunicativas de ocorrências no trânsito. Assim, toda condição que envolva 
danos ou lesões, sejam físicas ou materiais, devem ser considerados sinistros 
de trânsito. 
As leis, a engenharia, o esforço legal, a sinalização, a educação e as campanhas 
por um trânsito mais consciente não são eficazes se não houver a colaboração dos 
cidadãos dentro desse sistema integrado de ações que visam um comportamento 
ético e responsável no trânsito.
Portanto, é importante que todos conheçam e executem as regras de circulação e 
de conduta para uma movimentação segura nas vias públicas, tendo em vista que 
a aplicabilidade das regras é a melhor maneira de evitar transtornos no trânsito. 
Acesse este link26 e assista ao vídeo "Segurança no trânsito depende das atitudes 
de cada um, mas principalmente da sua".
O bom e o mau comportamento no trânsito 
Um bom comportamento e adequado no trânsitodepende de bons estímulos, 
reforços positivos, informações e orientações. Além da formação específica 
que o condutor recebe para ser habilitado, as atitudes seguras e adequadas 
também são resultadas da observação e repetição do comportamento de outros 
condutores. Por isso, ao trafegar pelas vias, é fundamental estar atento.
Contudo, o comportamento de uma pessoa pode mudar de acordo com as 
condições apresentadas no dia a dia. A falta de segurança, o nervosismo e a 
pressa geram, muitas vezes, condutas agressivas as quais fazem com que o 
condutor utilize o veículo de maneira violenta.
O mau comportamento no trânsito pode ser gerado, também, pelo consumo 
de bebidas alcoólicas ou pelo uso de outras substâncias que prejudiquem 
a capacidade de julgamento antes de assumir o controle de um veículo ou de 
26 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2501/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO01_NT1UE4.mp4
78
caminhar próximo a uma via movimentada. Condutores, passageiros e pedestres 
devem resguardar-se mutuamente, evitando maus comportamentos, afinal todos 
os usuários do trânsito são responsáveis por comportamentos adequados que 
possam gerar a segurança no trânsito.
Além disso, as emoções, também são responsáveis por reações e 
comportamentos. Normalmente, estão presentes em pensamentos, hábitos, 
avaliações, julgamentos, entre outros, e, como consequência, influenciam as 
escolhas e decisões.
O respeito também é um princípio fundamental para a boa convivência entre as 
pessoas, portanto no trânsito não é diferente, pois as atitudes dos indivíduos dependem 
basicamente da postura estabelecida. O resultado da boa educação no trânsito gera 
um comportamento correto, que promove segurança e tranquilidade para todos.
Nesse sentido, o comportamento é definido como a conduta que o motorista/
pedestre tem diante das situações vivenciadas no trânsito. Ao seguir as regras, 
além de adotar um comportamento adequado no trânsito, as pessoas contribuirão 
para a construção de um ambiente seguro e confiável.
“Transitar faz parte das nossas vidas, em que o trânsito nos 
influencia e nos o modificamos a todo o momento. Existe uma 
relação muito estreita entre “o que o trânsito nos dá” e “o que 
damos ao trânsito” ou “o que damos aos outros que, como nós, 
participam do trânsito”. Há uma troca sinérgica de emoções, 
comportamentos e valores éticos de cada pessoa.”
(Crivella, 2010, p. 53 .) 
É importante considerar que as ações não planejadas podem gerar resultados 
danosos para a vida e isso reflete diretamente no cotidiano de cada um, 
inclusive no trânsito. Partindo disso, o CTB destaca a importância de preservar 
a vida e o meio ambiente por meio de normas gerais de circulação e de conduta 
relacionadas aos usuários das vias. De acordo com o art. 26 do CTB (Brasil, 
1997), esses usuários devem:
79
“I. Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou 
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de 
animais ou ainda causar danos a propriedades públicas ou 
privadas;
II. Abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, 
atirando, depositando ou abandonando objetos ou 
substâncias, ou criando qualquer outro obstáculo [na via].” 
 
Ainda, o art. 27 do CTB também cita que, “antes de colocar um veículo em 
circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas 
condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório” (Brasil, 
1997), além de conferir se a quantidade de combustível é suficiente para chegar 
ao local de destino.
Ao passo que o art. 28 afirma que o condutor deverá ter domínio do próprio 
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do 
trânsito (Brasil, 1997). Devemos relembrar, ainda, que o parágrafo 2.º do art. 29 
do CTB ressalta:
“O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas:
[...]
XIII
[...]
§ 2.º Respeitadas as normas de circulação e conduta 
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos 
de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos 
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela 
incolumidade dos pedestres.”
(Brasil, 1997) 
80
Observa-se, portanto, que há uma corresponsabilidade no trânsito assumida por 
todos os indivíduos quando o assunto é segurança, tendo em vista que todas as 
pessoas que utilizam a via, seja como condutor ou pedestre, encarrega-se de 
uma parcela para manter a segurança. 
Do mesmo modo, no art. 52 do CTB consta que os veículos de tração animal 
ou humana deverão ser conduzidos pela direita da pista, junto ao meio-fio ou 
no acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada. Nesse 
caso, os condutores devem obedecer às normas de circulação previstas no 
Código de Trânsito Brasileira e nas regras fixadas pelo órgão ou entidade com 
circunscrição sobre a via (Brasil, 1997).
O art. 53, por sua vez, determina que os animais isolados ou em grupos só 
poderão circular nas vias quando conduzidos em rebanhos divididos em grupos 
de tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes, a fim 
de não obstruir o trânsito, e os animais que circularem pela pista de rolamento 
deverão ser mantidos junto à borda da pista (Brasil, 1997).
Assim sendo, as regras devem ser seguidas, rigorosamente, tendo em vista 
que o trânsito é uma parte indissociável da rotina e é uma dinâmica complexa. 
Cumprir as normas é uma forma de resguardar tanto os seus próprios direitos 
como o do próximo.
Terminamos mais uma Unidade, na qual você pôde perceber que o 
ser humano diante de qualquer posição ou situação no trânsito (seja 
como condutor, pedestre, passageiro e outros), deve ser responsável 
com os demais usuários da via. O próximo passo é responder às questões e 
revisar esse conteúdo! Bons estudos! 
81
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10697:2020 – 
Pesquisa de sinistros de trânsito – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
7 out. 2021.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 7 out. 2021.
CRIVELLA, R. Novos paradigmas na gestão do trânsito gaúcho. In: MARIUZA, 
C. A.; GARCIA, L. F. Trânsito e mobilidade urbana: psicologia, educação e 
cidadania. Porto Alegre: Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do 
Sul, 2010.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário eletrônico Houaiss da língua 
portuguesa. Versão 3.0. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss; Objetiva, 
2009. 1 CD-ROM.
82
Unidade de Estudo 5 – Formação do condutor, exigências para 
as categorias de habilitação, apresentação e validade dos 
documentos do condutor e do veículo
Objetivo: conhecer os requisitos para a obtenção da CNH, as suas diferentes 
categorias e os documentos de porte obrigatório.
Tópicos desta Unidade:
• Habilitação para dirigir
• Categorias de habilitação
• Requisitos obrigatórios para alteração de categorias C, D e E
• Identificação do veículo
• Exames para obtenção da CNH
• Renovação da CNH e exame psicológico
• Documentação obrigatória do condutor
• Documentação obrigatória do veículo 
Habilitação para dirigir 
Para obter a habilitação e poder conduzir um veículo automotor e elétrico, é 
importante atender a alguns requisitos que estão descritos no CTB (Brasil, 1997) 
e na Resolução n. 789/20 do Contran (Brasil, 2020a):
1 Ser penalmente imputável.
2 Saber ler e escrever.
3 Possuir documentode identidade ou equivalente.
4 Possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF.
Nesta Unidade de Estudo serão abordados os critérios de liberação 
da primeira licença para dirigir, bem como as demais categorias de 
habilitação. Além disso, a documentação necessária ao condutor e 
ao veículo também será estudada. 
83
O candidato pode requerer a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC), 
a habilitação na categoria A (duas e três rodas) e/ou a habilitação na categoria 
B (a mais comum), submetendo-se ao Exame de Aptidão Física e Mental e 
Avaliação Psicológica.
De acordo com a Lei n. 13.103/2015, o candidato à habilitação para categorias C, 
D e E deverá se submeter ao exame toxicológico, além dos exames de aptidão 
física e mental e avaliação psicológica (Brasil, 2015).
Categorias de habilitação 
A categoria de habilitação refere-se à licença para dirigir determinados tipos de 
veículos e são identificadas pelas letras A, B, C, D e E, e a combinação dessas 
letras na CNH indicam as habilidades do condutor.
A Autorização para Conduzir Ciclomotor – ACC, destinada aos veículos de até 50 
cilindradas, não é considerada uma categoria, mas, assim como para a obtenção 
da CNH, requer o cumprimento de exigências legais, havendo previsão de 
penalidades para as infrações cometidas.
No Quadro 1, a seguir, é possível conferir as informações gerais e alguns exemplos 
de veículos referentes à Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC, bem 
como cada uma das cinco categorias de habilitação existentes no Brasil.
Quadro 1 – ACC e categorias da CNH
ACC – Autorização 
para Conduzir 
Ciclomotores Autorização para conduzir veículos de 2 ou 3 rodas, 
com motores de até 50 cilindradas ou de motor de 
propulsão elétrica com potência máxima de 4 KW e 
que não excedam à velocidade de 50 km/h.
84
Categoria A
Autorização para conduzir todos os veículos 
automotores e elétricos, de 2 ou 3 rodas, com ou 
sem carro lateral.
Categoria B
Autorização para conduzir veículos automotores 
e elétricos de 4 rodas, cujo peso bruto total não 
exceda a 3.500 kg e cuja lotação não excede a 
8 lugares, excluído o do motorista, contemplando 
a combinação de unidade acoplada, reboque, 
semirreboque ou articulada, desde que o peso 
bruto total combinado dos veículos não ultrapasse a 
capacidade de peso estabelecida para a categoria; 
veículos automotores da espécie motor-casa, cujo 
peso não exceda a 6.000 kg e cuja lotação não 
exceda a oito lugares, excluído o do motorista; 
tratores de roda e equipamentos automotores 
destinados a executar trabalhos agrícolas.
Categoria C
 
Autorização para conduzir todos os veículos 
automotores e elétricos utilizados em transporte 
de carga cujo peso bruto total excede 3.500 kg; 
tratores de esteira, tratores mistos ou equipamentos 
automotores destinados à movimentação de 
cargas, de terraplanagem, de construção ou de 
pavimentação; veículos automotores da espécie 
motor-casa, cujo PBT ultrapasse 6.000 kg e cuja 
lotação não exceda a oito lugares, excluído o 
do motorista; combinação de veículos em que a 
unidade acoplada, reboque e semirreboque ou 
articulada não excede 6.000 kg de PBT; todos os 
veículos abrangidos pela categoria B.
85
Categoria D
Autorização para conduzir veículos automotores e 
elétricos utilizados no transporte de passageiros, 
cuja lotação exceda a 8 lugares; veículos destinados 
ao transporte de escolares independentemente da 
lotação; veículos automotores da espécie motor-
casa, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído 
o do motorista; ônibus articulado; todos os veículos 
abrangidos nas categorias B e C.
Categoria E
Autorização para conduzir combinações de veículos 
automotores e elétricos em que a unidade tratora se 
enquadra nas categorias B, C ou D e cuja unidade 
acoplada, reboque, semirreboque, articulada ou 
com mais de uma unidade tracionada, tenha 6.000 
kg ou mais de peso bruto total, ou a lotação exceda 
a 8 lugares; combinações de veículos automotores 
e elétricos com mais de uma unidade tracionada, 
independentemente da capacidade máxima de 
tração ou PBTC; todos os veículos abrangidos 
pelas categorias B, C e D.
Fonte: Brasil, 2020a.
Requisitos obrigatórios para alteração de categorias 
C, D e E 
A alteração de categoria é válida somente para quem já possui uma habilitação. 
O condutor que tem o interesse em habilitar-se em outras categorias deverá 
procurar um Centro de Formação para Condutores e iniciar o processo de 
alteração, conforme as normas do CTB e a Resolução do Contran.
Além dos requisitos básicos válidos, o condutor que solicitar a alteração 
de habilitação para as categorias C, D e E precisa passar pelo exame toxicológico 
e estar atento às seguintes exigências (Brasil, 1997):
86
CATEGORIA C 
Estar habilitado há, no mínimo, 1 (um) ano na categoria B e não ter cometido 
mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
CATEGORIA D
Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos, estar habilitado há, pelo menos, 2 
(dois) anos na categoria B ou 1 (um) ano na categoria C e não ter cometido 
infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
CATEGORIA E
Estar habilitado há, no mínimo, 1 (um) ano na categoria C e não ter cometido 
infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
 
Ainda, o candidato deve realizar novo exame médico e nova avaliação psicológica. 
Se o condutor exercer atividade remunerada – EAR, essa informação constará 
no campo de observação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Essa medida se aplica aos motoristas de caminhão, de ônibus, taxistas, 
mototaxistas, motoboys ou motofretistas que realizam o transporte de pequenas 
cargas. Para além disso, deverão realizar o curso especializado de acordo com 
a atividade que desejam desenvolver.
As especializações para condutores compreendem os cursos de transporte coletivo 
de passageiros, transporte de escolares, transporte de produtos perigosos, 
transporte de emergência, transporte de carga indivisível e transporte de cargas 
e pessoas em motocicletas (motofrete e mototáxi) que estão regulamentados por 
Resolução do Contran.
Ademais, outra regra refere-se ao exame toxicológico, instituído pela Lei n. 
13.103/15 e alterado pela Lei n. 14.071/20, o qual encontra-se regulamentado 
pela Resolução Contran n. 923/22. Esse exame é obrigatório para as categorias 
C, D e E por ocasião da obtenção da categoria, na renovação da CNH e a cada 
2 anos e meio para condutores com até 70 anos de idade, cuja realização 
deverá ser em laboratórios credenciados junto à Senatran.
87
Caso o resultado do exame toxicológico seja positivo, acarretará ao condutor 
a suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado 
à inclusão no Renach.
Identificação do veículo 
 
A identificação visual do veículo é feita por meio das placas dianteiras e traseiras, 
as quais são, respectivamente, parafusadas e lacradas (para as placas anteriores 
ao padrão Mercosul), de acordo com especificações e modelos estabelecidos 
pelo Contran. Já os ciclos (motos), têm somente placa traseira lacrada.
Com isso, a Resolução n. 969, de 20 de junho de 2022, estabelece as regras do 
sistema de Placas de Identificação de Veículos no padrão disposto na Resolução 
do Mercosul, o qual é válido em todo o Brasil desde 31 de janeiro de 2020. Assim, 
o novo modelo de placa é obrigatório nos casos de primeiro emplacamento. Ao 
passo que a placa antiga deve ser substituída em caso de troca de município 
ou de troca de propriedade do veículo, caso o novo proprietário seja de outro 
município, ou, ainda, em caso de furto ou deterioração.
A placa apresenta o padrão com quatro letras e três números e a cor de 
fundo é totalmente branca. Acompanhe a seguir o significado de cada item 
contido na placa.
Os condutores das categorias C, D e E, com idade inferior a 70 (setenta) anos, 
serão submetidos a novo exame a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir 
da obtenção ou renovação da CNH, independentemente do prazo de validade do 
documento. 
88
1 Código bidimensional(QR-Code) 
2 Hot stamp personalizado 
3 Marca d’água 
4 Bandeira do país 
5 Distintivo do Brasil 
6 Selo fiscal federal (chip) 
7 Logotipo do Mercosul 
A cor das fontes (letras e números) diferencia o tipo de veículo: cor preta 
para veículos de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para 
carros oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis 
diplomáticos e cinza prata para os veículos de colecionadores (esses 
poderão ser na cor de fundo preta e escrita em cinza também).
Exames para obtenção da CNH 
O primeiro passo para a formação de um condutor é abrir o processo de habilitação 
em um Centro de Formação de Condutores (CFC). A partir dessa abertura nas 
categorias B ou A (ou então AB), que terá validade de um ano, o candidato 
deverá realizar:
89
a. Avaliação psicológica;
b. Exame de aptidão física e mental;
c. 45 horas de aulas teóricas;
d. Exame teórico junto ao Detran27;
e. 20 aulas práticas para categoria B e 20 aulas práticas para categoria A.
f. Exame de direção veicular28.
Quanto à renovação, deverá obedecer ao que determina o parágrafo 2º do art. 
147 do CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/20:
“[...] o exame de aptidão física e mental, a ser realizado no 
local de residência ou domicílio do examinado, será preliminar 
e renovável com a seguinte periodicidade:
I – a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a 
50 (cinquenta) anos;
II – a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos;
III – a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 70 (setenta) anos.
Quando houver indícios de deficiência física ou mental, ou de 
progressividade de doença que possa diminuir a capacidade 
para conduzir o veículo, os prazos previstos poderão ser 
diminuídos por proposta do perito examinador.”
(Brasil, 2020c.) 
 
É válido mencionar, portanto, que o Detran oferece uma junta médica especial para 
a avaliação dos candidatos com deficiência. Diante disso, todos os candidatos 
27 Exame escrito sobre a integralidade do conteúdo programático desenvolvido em Curso de 
Formação para Condutor, que envolve questões sobre: legislação de trânsito, primeiros socorros, 
funcionamento do veículo de duas ou mais rodas, direção defensiva, proteção e respeito ao meio 
ambiente e de convívio social no trânsito.
28  Realizado em via pública ou área específica, em veículo da categoria para a qual esteja se 
habilitando.
90
que querem habilitar-se para dirigir, serão atendidos dentro do que determina o 
art. 147 do CTB. 
Renovação da CNH e exame psicológico 
A validade da CNH está relacionada à validade do Exame de Aptidão Física e 
Mental e sua renovação deverá ser realizada de acordo com o art. 147 do CTB, 
atualizado pela Lei n. 14.071/20. Outros prazos também podem ser estabelecidos 
a critério médico e, dependendo do caso, o exame psicológico também deve 
ser renovado. Entenda melhor esse assunto a partir da leitura do art. 147, do 
CTB29, e do art. 5.º, da Resolução n. 789/202030 .
De acordo com o art. 150 do CTB31 e a normatização do Contran, o condutor que, 
ao renovar os exames, não tiver curso de direção defensiva e primeiros socorros, 
deverá ser submetido a eles. (Parágrafo único do art. 150 do CTB) (Brasil, 1997).
Após o vencimento da CNH, é possível continuar dirigindo durante 30 (trinta) 
dias sem que seja configurada alguma irregularidade de trânsito, mas, após 
esse prazo, dirigir com a CNH vencida constitui uma infração gravíssima. Para 
prevenir essa situação, o processo de renovação pode ser iniciado antes da data 
de vencimento.
Ainda, a renovação ou a emissão de uma nova via da CNH também dependerão 
da quitação de débitos constantes do prontuário do condutor (art. 159, parágrafo 
8º, CTB) (Brasil, 1997).
Documentação obrigatória do condutor 
 
Conforme o art. 1.º da Resolução Contran n. 205, de 20 de outubro de 2006 
(Brasil, 2006), os documentos obrigatórios são:
29 https://www.ctbdigital.com.br/artigo/art147
30 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-789-de-18-de-junho-de-2020-263185648
31 https://www.ctbdigital.com.br/artigo/art150#:~:text=Art.-,150,submetido%2C%20conforme%20
normatiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20CONTRAN.
91
“I. Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), Permissão 
para Dirigir (PPD) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) 
originais (física ou digital).
II. Certificado de Registro e Licenciamento Anual de Veículo 
(CRLV) original.”
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
CNH Física CNH Digital 
É importante ressaltar que, de acordo com a Lei n. 13.281, de maio de 
2016, o CRLV ou CLA continua sendo um documento do veículo de Porte 
Obrigatório (Brasil, 2016). Contudo, poderá ocorrer de o condutor não ser 
autuado se o agente, naquele momento, puder consultar o sistema informatizado. 
Caso não seja possível, continuará sendo uma Multa Leve, mas há previsão de 
medida administrativa de retenção do veículo até a apresentação do documento.
Essa retenção, em razão da alteração trazida pela Lei n. 14071/20, também se 
aplica ao porte do documento de habilitação que será dispensado quando, no 
momento da fiscalização, o agente conseguir comprovar que o condutor está 
habilitado por meio de acesso ao sistema de verificação.
92
Documentação obrigatória do veículo
Tão importante quanto a CNH, são os documentos do veículo, os quais também 
são exigências que o condutor deve acatar. A Resolução Contran n. 809/20, 
regulamentou o novo modelo de documento que é o Certificado de Registro de 
Veículo em Meio Digital (CRLV-e) e, com ele, ocorreram diversas alterações. O 
CRLV-e será obrigatoriamente emitido nos seguintes casos:
“Art. 3 [...]
I – no registro do veículo;
II – no licenciamento anual do veículo;
III. – na transferência de propriedade;
IV – na mudança de município de domicílio ou de município de 
residência do proprietário;
V – na alteração de qualquer característica do veículo;
VI – na mudança de categoria;
[...]
VIII – no caso de remarcação de chassi. ”
A emissão do CRLV-e poderá ser expedida por meio físico ou digital, à escolha 
do proprietário. Todavia, se a escolha for pelo modelo físico, a impressão não 
será mais em papel moeda, mas em papel A4 branco.
Já para os usuários do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), obtido pelo 
site www.gov.br, será no ícone “veículos”, conforme imagem a seguir.
93
Figura 1 - App Carteira Digital de Trânsito. 
Fonte: Governo do Brasil.
Se o condutor ainda não possuir a carteira digital de trânsito e a CNH foi expedida 
após maio de 2018, é possível instalar e utilizar a CDT no celular. Veja neste 
link32 e baixe o app direto do endereço do gov.br. 
É importante estar atento, pois não se expedirá o Certificado de Registro do Veículo 
(CRV), também conhecido como DUT (documento único de transferência). Quem 
tem esse documento expedido irá utilizá-lo quando realizar uma transferência 
ou alterar características do veículo e, depois disso, não será expedido novo 
CRV, mas o CRLV-e. O porte do documento do veículo somente será dispensado 
quando, no momento da fiscalização, o agente tiver acesso ao sistema para 
verificar as informações necessárias.
Já a alteração na documentação precisa ser solicitada antecipadamente aos 
órgãos de trânsito responsáveis. Somente após essa autorização é que se 
executa a alteração e, na sequência, a inclusão no documento. Qualquer uma 
dessas alterações deve ser comunicada imediatamente ao Detran. O prazo 
máximo para transferência de propriedade é de 30 dias e ultrapassar esse 
prazo constitui infração MÉDIA (art. 233 do CTB) (Brasil, 1997).
32 https://www.gov.br/pt-br/apps/carteira-digital-de-transito-1
94
O Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV) ou Certificado de 
Licenciamento Anual (CLA) agora é o CRLV-e e deve ser renovado anualmente. 
Sua emissão acontece após terem sido quitados todos os débitos do veículo (taxa 
de Licenciamento, Seguro Obrigatório, Imposto sobre a Propriedade deVeículo 
Automotor (IPVA) e multas vencidas). Quando houver suspeita de adulteração 
do documento, o condutor terá o Certificado de Licenciamento Anual recolhido.
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
22 jul. 2022.
_____. Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada 
pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro 
de 2007 (empresas e transportadores autônomos de carga), para disciplinar a 
jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; altera a Lei 
n. 7.408, de 25 de novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei n. 12.619, de 
30 de abril de 2012; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm . Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Lei n. 13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei n. 13.146, de 6 de 
Esta Unidade de Estudo chegou ao fim e com ela foi possível 
esclarecer dúvidas acerca dos principais critérios para a obtenção 
da CNH. Vale a pena observar algumas informações complementares 
sobre o processo de habilitação no Código de Trânsito, como nos arts. 140 a 160, 
assim como a Resolução n. 789/2020. 
95
julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 
2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/
lei/l13281.htm . Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
14 out. 2020c. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm . Acesso em: 22 jul. 2022.
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução Contran n. 205, 
de 20 de outubro de 2006. Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá 
outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 10 
nov. 2006. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
conteudo-contran/resolucoes/resolucao205_06.pdf . Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 789, de 18 de 
junho de 2020. Consolida normas sobre o processo de formação de condutores 
de veículos automotores e elétricos. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 24 jun. 2020a. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/
pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao789-2020.pdf . 
Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Resolução Contran n. 809, de 15 de dezembro de 2020. Dispõe sobre 
os requisitos para emissão do Certificado de Registro de Veículo (CRV), do 
Certificado de Licenciamento Anual (CLA) e do comprovante de transferência 
de propriedade em meio digital. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 24 dez. 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/
pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8092020.pdf . 
Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Resolução n. 849, de 8 de abril de 2021. Altera a Resolução Contran 
n. 789, de 18 de junho de 2020, que consolida normas sobre o processo de 
formação de condutores de veículos automotores e elétricos. Diário Oficial 
96
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 12 abr. 2021. Disponível em: https://
www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao8492021.pdf . Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Resolução n. 923, de 28 de março de 2022. Dispõe sobre o exame 
toxicológico de larga janela de detecção, em amostra queratínica, para a 
habilitação, renovação ou mudança para as categorias C, D e E, decorrente da Lei 
nº 13.103, de 02 de março de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 01 abr. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/
assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao9232022.pdf. Acesso 
em: 22 jul. 2022.
_____. Resolução n. 969, de 20 de junho de 2022. dispõe sobre o sistema de 
Placas de Identificação de Veículos (PIV), registrados no território nacional. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 jun. 2022. Disponível 
em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/
resolucoes/resolucao9692022.pdf . Acesso em: 22 jul. 2022.
97
Unidade de Estudo 6 – Normas gerais de circulação 
e conduta no trânsito
Objetivo: entender as regras gerais de circulação e conduta no trânsito. 
Tópicos desta Unidade:
• Trânsito
• Normas gerais de circulação e conduta no trânsito
• Regras para conversões 
• Utilização das luzes do veículo em vias públicas
• Outras regras de segurança
• Condução de veículos por motoristas profissionais
• Normas de circulação para pedestres
Trânsito 
Trânsito é sinônimo de movimentação, e, segundo o CTB, Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Brasil, 1997), trânsito é a “movimentação e imobilização de 
veículos, pessoas e animais nas vias terrestres”. Diante disso, para que haja 
um fluxo tranquilo e sinistros sejam evitados, existe a necessidade de ordem e 
regulamentação.
Olá, mais uma Unidade de Estudo está iniciando e com ela é válido 
recordar as normas que os usuários das vias, tanto pedestres quanto 
condutores, devem seguir para que o comportamento no trânsito 
seja adequado. Além disso, é muito importante conhecer as normas gerais de 
circulação e conduta, pois elas definem o comportamento dos usuários do 
trânsito. A compreensão desse assunto começa com um bom entendimento do 
que compõe o trânsito, a classificação das vias públicas, os limites de velocidade 
permitidos e meios de fiscalização, entre outros temas relacionados. Por isso, 
avance na leitura e bons estudos! 
98
Assim, como condutor, passageiro ou pedestre, o ser humano é a figura mais 
importante no trânsito, pois é o único que tem o poder de modificá-lo para torná-
lo mais seguro e organizado. Contudo, quando deixa de cumprir as normas 
estabelecidas, tem a condição de desorganizá-lo ocasionando graves problemas.
 
Segundo o CTB, a responsabilidade do condutor começa muito antes de colocar 
o veículo para circular em vias públicas, tendo em vista que verificar as condições 
do veículo, a documentação obrigatória, as condições dos passageiros e a própria 
situação física e mental, também são critérios importantes para uma direção 
segura e regular.
Diante disso, a legislação define regras de utilização do espaço comum para que 
todos tenham os mesmos direitos. O descumprimento das regras caracteriza 
infração de trânsito e, vale lembrar, que em relação às infrações, quando o 
condutor ou o pedestre for flagrado pelo agente de fiscalização de trânsito ou 
dispositivo eletrônico homologado pelo SNT, será notificado e serão aplicadas as 
penalidades de acordo com a gravidade da violação.
Para colaborar com a segurança e a qualidade de vida de todas as pessoas que 
trafegam nas vias, deve-se fortalecer atitudes como as descritas, nos números 
clicáveis, na imagem a seguir:
Quando um cidadão utiliza um veículo para se locomover, ele deve estar seguro, 
confiante, com bom controle emocional e excelente raciocínio. 
99
 
Fonte: Pexels.
Nº Descrição
1 Seguir as regras de sinalização e circulação.
2 Ter conhecimento das atitudes que resultam em infrações de trânsito.
3 Desenvolver a consciência das próprias atitudes. no trânsito.
4 Estacionarsomente em local permitido.
5 Realizar apenas conversões autorizadas e seguras.
6 Respeitar a preferência dos pedestres e a dos demais condutores.
7 Respeitar os limites de velocidade.
8
Respeitar todos os usuários das vias públicas, incluindo o agente 
de trânsito.
100
Como vimos na imagem, as vias fazem parte do trânsito e é nelas que trafegam 
diferentes tipos de automóveis, ciclistas, entre outros elementos. Quanto maior 
a cidade em que as vias estão inseridas, maior a movimentação sobre elas. Por 
isso, podem ser classificadas em urbanas e rurais.
Classificação de vias 
As vias são locais por onde transitam pessoas, animais e veículos e são 
classificadas em rurais e urbanas. Exemplos de vias são as ruas, avenidas, 
logradouros, caminhos, passagens, estradas e rodovias. O uso desses ambientes 
é regulamentado pelo órgão ou entidade responsável, de acordo com a região 
onde está situada. 
Vias rurais 
Rodovias Estradas
Vias pavimentadas Vias não pavimentadas 
Vias urbanas 
As vias urbanas são classificadas em:
101
Via de trânsito rápido
Vias com acesso de trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade 
direta aos lotes limítrofes e sem travessia de pedestres.
Via arterial
 
Caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo 
com acessibilidade aos lotes lindeiros33, ou seja, terrenos e/ou edificações que 
se encontram às margens da via e às vias secundárias locais, possibilitando o 
trânsito entre as regiões da cidade.
33  Lotes lindeiros são terrenos ou edificações como casas, prédios, áreas comerciais, entradas e 
saídas de veículos, entre outros, que se encontram ao longo e às margens das vias.
102
Via coletora
 
Destinada a coletar e a distribuir o trânsito que necessita entrar ou sair 
das vias rápidas ou arteriais, possibilitando a circulação dentro das 
regiões da cidade.
Via local
 
Caracterizada por interseções em nível não semaforizadas e destinada 
apenas ao acesso local de áreas restritas.
103
Condomínios fechados
 
Nas vias internas pertencentes a condomínios construídos por unidades 
autônomas, a sinalização fica sob a responsabilidade do condomínio, após 
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. 
Nos arts. 61 e 62, o CTB (Brasil, 1997) regulamenta a velocidade máxima e 
a mínima das vias. O condutor pode ser penalizado por transitar tanto em 
velocidade inferior à mínima permitida quanto superior à máxima permitida. 
A velocidade mínima será de 50% do limite máximo estabelecido e, segundo 
o CTB, art. 219, andar abaixo dela constitui infração média (Brasil, 1997). Já 
o limite máximo estabelecido para a via deverá ser observado em situações 
favoráveis de tempo, via, estado do veículo e demais condições adversas.
É muito importante que o condutor saiba exatamente a velocidade de circulação 
permitida nos diferentes tipos de via. Para isso, o quadro abaixo vai relembrar as 
velocidades permitidas nas vias urbanas e rurais, onde não há sinalização.
104
Quadro 1 – Ve locidade máxima permitida nas vias urbanas e rurais 
(onde não há sinalização)
Vias urbanas Vias rurais
Via
Velocidade 
máxima 
(qualquer 
veículo)
Via
Tipo de 
veículo
Velocidade 
Máxima
Trânsito 
rápido
80 km/h
Rodovia
Automóveis, 
camionetas, 
caminhonetes 
e motocicletas. 
Nas rodovias de 
pistas duplas - 110 
km/h.
Nas rodovias de 
pista simples – 
100 km/h.
Arterial 60 km/h
Coletora 40 km/h
Demais 
veículos
90 km/h
Local 30 km/h Estrada
Todos os 
veículos
60 km/h
Fonte: Brasil, 1997.
As velocidades poderão ser superiores ou inferiores às estabelecidas na lei 
onde existir sinalização de acordo com a regulamentação do órgão entidade de 
trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via, seguindo o que determina o 
parágrafo 2º do art. 6º do CTB (Brasil, 1997). Ainda, é importante ressaltar que 
também existem vias e áreas destinadas somente aos pedestres. Em todo caso, 
importante saber que para fazer o controle dessas velocidades sobre as vias, 
são instaladas, muitas vezes, fiscalização eletrônica.
Fiscalização eletrônica 
Os órgãos de trânsito se utilizam de tecnologias cada vez mais avançadas para o 
acompanhamento e a fiscalização do que ocorre nas vias de circulação, visando 
o cumprimento das normas de segurança previstas em lei, conforme o art. 280, 
parágrafo 2º da Lei n. 9.503 – CTB (Brasil, 1997):
105
“[...] a infração de trânsito deverá ser comprovada por 
declaração da autoridade ou agente da autoridade de trânsito, 
por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, 
reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente 
disponível previamente regulamentado pelo Contran.”
(Brasil, 1997) 
Dessa forma, as informações obtidas pelos equipamentos de fiscalização 
eletrônica fundamentam a emissão dos autos de infração. O radar é um dos 
principais equipamentos de fiscalização eletrônica e tem auxiliado a comprovar 
infrações como o descumprimento do limite de velocidade, o avanço no semáforo 
com sinal vermelho, a ocupação da faixa de pedestres por veículos, entre outras. 
Ainda, o radar mede a velocidade dos veículos em vias urbanas e rurais e registra 
prova da infração em caso de velocidade acima do permitido.
Uma via com fiscalização eletrônica deverá apresentar sinalização vertical 
regulamentada (placa R-19) e os usuários não deverão ultrapassar a velocidade 
indicada. Caso o radar acuse a infração, o condutor receberá uma notificação 
informando a irregularidade cometida. As informações a seguir são registradas 
por equipamentos:
 
106
Nº Descrição
1 Identificação do veículo (placa).
2 Identificação do veículo (marca e modelo).
3 Descrição da infração.
4 Data e hora da infração.
5 Valor da multa.
6 Local da infração.
Normas gerais de circulação e conduta no trânsito
O CTB (Brasil, 1997), no Capítulo III, institui as Normas Gerais de Circulação 
e Conduta, as quais devem ser apresentadas a todos os candidatos à obtenção 
da CNH. Assim, conhecê-las é fundamental para que todos possam circular 
corretamente, além de cumprir a principal determinação do CTB:
 
“[...] transitar sem constituir perigo ou obstáculo a si próprio e 
aos demais elementos do trânsito”.
(Brasil, 1997) 
Portanto, posto todas as regras que derivam desse conceito, as normas 
são fundamentais na prevenção de sinistros que podem causar danos físicos e 
materiais, daí a importância de o condutor estar ciente das condutas necessárias 
para o trânsito. Além disso, enquanto pedestre, todos os indivíduos possuem 
uma parte dessa responsabilidade para que haja um tráfego eficiente e saudável. 
 
Usuários das vias terrestres 
 
Todos os usuários das vias terrestres devem, de acordo com o art. 26 do CTB:
“I. abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou 
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, 
ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas; 
107
II. abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, 
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou 
substâncias, ou criando qualquer outro obstáculo.”
(Brasil, 1997) 
 
Diante disso, basta que o cidadão seja um usuário da via comum para que se 
apliquem todas as regras de utilização, tendo em vista um trânsito seguro para 
todos. Além disso, contribuir para que situações desfavoráveis ocorram, tais 
como danos de qualquer gravidade, já é uma maneira de não cumprir as normas 
estabelecidas. 
Já o art. 27 (Brasil, 1997) determina que, antes de colocar o veículo em 
circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as 
boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, 
bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao 
local de destino.
Lado da condução na via 
O Brasil adota a Convenção de Viena, de 1968, para definir o lado de condução 
na via. Conforme cita o art. 29 do CTB (Brasil, 1997), o trânsito de veículos nas 
vias terrestres abertas à circulação deve obedecer às seguintes normas:• A circulação deve ser feita pelo lado direito da via, admitindo-se as 
exceções devidamente sinalizadas.
• O condutor deve manter distância de segurança lateral e frontal entre 
o veículo que está conduzindo e os demais e, também, manter distância 
da borda da pista. Para isso, é necessário considerar a velocidade e as 
condições climáticas do local, da circulação e do veículo.
108
Prioridade de passagem ou regras de preferência 
É muito importante relembrar as normas referentes à prioridade de passagem e 
às regras de preferência, que, de acordo com o art. 26 e 29 do CTB (BRASIL, 
1997), são determinadas quando:
1. “[...] for ingressar numa via procedente de um lote lindeiro 
(estacionamento, saída de garagem, entre outros), deve-se dar 
preferência aos veículos e pedestres que estejam transitando 
por ali;
2. [...] veículos, transitando por fluxos que se cruzam, se 
aproximarem de local não sinalizado, terão preferência de 
passagem:
• No caso de haver somente um fluxo proveniente de rodovia: 
aquele que estiver circulando por ela;
• No caso de rotatória: o que estiver circulando por ela;
• Nos demais casos: aquele que vier pela direita do condutor.”
(Brasil, 1997) 
Assim, terão preferência de passagem em estacionamentos, saídas de garagens, 
entre outros, pedestres ou veículos que estiverem circulando naquela região. Do 
mesmo modo, veículos que se movimentam em fluxos que se cruzam e que não 
são sinalizados, a preferência ocorrerá de acordo com o fluxo e a rotatória. 
“Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, 
os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as 
ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre 
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de 
urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da 
ordem pública, devidamente identificados por dispositivos 
109
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha 
intermitente.(art. 29, VII, CTB). ” 
(Brasil, 1997).
“Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores 
é infração gravíssima. Penalidade: multa (art. 189, CTB).” 
(Brasil, 1997)
“Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com 
prioridade de passagem devidamente identificado é infração 
grave. Penalidade: multa (art. 190, CTB).”
(Brasil, 1997). 
Ademais, é importante lembrar-se de nunca obstruir o cruzamento, mesmo 
quando o sinal estiver verde e, caso não seja possível passar sem obstrui-lo, 
deve-se aguardar a liberação do cruzamento para não impedir o tráfego em caso 
de congestionamento.
Frenagem e velocidade do veículo 
Nenhum motorista deve frear bruscamente o veículo, exceto por motivos de 
segurança. Para regular a velocidade, o condutor deve observar frequentemente 
as placas de limite de velocidade, as condições da via, do veículo e da carga, 
bem como as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo 
ao limite máximo de velocidade permitida para a via (Brasil, 1997).
Ultrapassagens 
Conforme cita o CTB (Brasil, 1997), a ultrapassagem de outro veículo em 
movimento deve ser feita pela esquerda, obedecendo à sinalização estabelecida 
e às demais normas do CTB. A ultrapassagem pode ser realizada pela direita 
quando o veículo a ser ultrapassado sinalizar o propósito de entrar à esquerda. 
Porém, antes de efetuar essa ultrapassagem, é preciso certificar-se de que:
110
1 
Não crie uma situação de perigo para outros usuários da via que o 
seguem, precedem ou vão cruzar com o veículo, devendo, nesse 
caso, considerar a posição, direção e velocidade.
2
Nenhum motorista que esteja atrás tenha iniciado uma manobra 
para ultrapassá-lo.
3
O condutor que o precede na mesma faixa de trânsito não indicou o 
propósito de ultrapassar um terceiro veículo.
4
A faixa de trânsito que vai tomar está livre numa extensão suficiente 
para que a manobra não coloque em perigo ou obstrua o trânsito 
que vem em sentido contrário.
5
Indique com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz 
indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional 
de braço.
6
Afaste-se do condutor ou condutores ultrapassados, de tal maneira 
que deixe livre uma distância lateral de segurança.
7
Retome a faixa de trânsito de origem após a efetivação da manobra, 
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, além de adotar os cuidados necessários 
para não colocar em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que 
ultrapassou.
Quando o condutor estiver na faixa da esquerda e perceber que outro veículo tem 
o propósito de ultrapassá-lo, é necessário sinalizar e deslocar-se para a faixa da 
direita, sem acelerar a marcha. Se o motorista estiver circulando pelas demais 
faixas, deve manter-se no mesmo fluxo, ainda sem acelerar a marcha. Além 
disso, os veículos mais lentos, quando estiverem em fila, precisam manter uma 
distância suficiente entre si para auxiliar os automóveis que queiram ultrapassá-
los a intercalar na fila com segurança.
Quando o condutor pretende ultrapassar um veículo de transporte coletivo 
que está parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, ele 
deve diminuir a velocidade, dirigir com muita atenção ou parar o veículo para 
111
proporcionar segurança aos pedestres. Porém, se essa ultrapassagem for 
realizada, é preciso certificar-se de que:
• sinalizou com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora 
de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
• retomou a faixa de trânsito de origem após a efetivação da manobra, 
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, além de adotar os cuidados necessários para não 
colocar em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou.
Observe a imagem a seguir e depois leia o que o CTB traz em relação a ultrapassagem:
Figura 1 – Linha dupla contínua: proibição de ultrapassagem. 
Fonte: Pexels.
Em relação à oposição de ultrapassagem, segundo o CTB (Brasil, 1997), é proibido 
em vias que têm duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas 
e em aclives sem que o condutor consiga visualizar, nas passagens de nível, 
nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver 
sinalização que permita a ultrapassagem e em interseções e suas proximidades. 
A linha dupla contínua indica proibição de ultrapassagem.
112
Regras para conversões 
As conversões podem ser realizadas para a direita ou para a esquerda, 
popularmente as pessoas se referem às conversões como “virar à esquerda” 
e “virar à direita”. Contudo, antes de executar uma conversão, é preciso 
verificar a possibilidade de realizá-la, observando a sinalização, as condições 
do trânsito e as posições dos outros veículos. Além disso, é fundamental 
sinalizar com antecedência, pois deixar de sinalizar é infração de trânsito de 
natureza grave.
Conversão à direita 
O condutor deve permanecer na faixa da direita com a maior antecedência 
possível, sinalizar a intenção e, ao manobrar, deve entrar na via à direita o mais 
próximo possível do bordo da pista. Além disso, deve respeitar a sinalização de 
trânsito e jamais se esquecer de dar preferência ao pedestre. Vale ressaltar que, 
atualmente, é livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho 
do semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão (Lei 
n. 14.071/20).
Conversão à esquerda 
Para realizar a conversão à esquerda, o condutor deve sinalizar para a esquerda, 
diminuir a velocidade e aproximar o carro da linha divisória da rua. Quando alinhar 
o veículo à linha pontilhada da rua em que deseja entrar, deve girar o volante 
para a esquerda e entrar na via .
Já nas vias rurais providas de acostamento, a conversão à esquerda e a manobra 
de retorno devem ser feitas nos locais apropriados e, se não existirem, o condutor 
deve aguardar no acostamento à direita, para cruzar a pista com segurança. Em 
todas essas situações, é importante que o condutor observe as condiçõesatuais 
do trânsito e respeite os pedestres e demais veículos.
113
Utilização das luzes do veículo em vias públicas 
O motorista deverá manter os faróis do veículo acesos e usar luz baixa durante 
a noite e durante o dia nos túneis, quando estiver conduzindo sob chuva, neblina 
ou cerração e nas rodovias de pista simples fora do perímetro urbano. Já nas 
vias não iluminadas, o motorista deverá utilizar a luz alta, exceto ao cruzar com 
outro veículo ou se estiver o seguindo.
A troca de luz baixa e alta, de maneira intermitente e por curto período de tempo, com 
vistas a advertir outros motoristas, poderá ser usada apenas para indicar a intenção 
de ultrapassagem do veículo que segue à frente ou para apontar a existência de 
risco à segurança dos demais veículos que circulam no sentido contrário.
Veja outras orientações para uso da luz do veículo, clicando nos cards a seguir:
Luz de placa Luzes de posição
 
Durante a noite, em circulação, o 
motorista deverá manter acesa a luz 
de placa.
À noite, quando o motorista 
estiver parado para embarque ou 
desembarque de passageiros e carga 
ou descarga de mercadorias, deverá 
manter acesas as luzes de posição. 
114
Vale lembrar que os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando 
circularem em faixas a eles destinadas, as motocicletas, motonetas e ciclomotores 
deverão utilizar farol de luz baixa durante o dia e à noite. Quanto ao pisca-
alerta, só deverá ser utilizado em imobilizações, em emergências e quando a 
regulamentação da via determinar o uso.
Outras regras de segurança 
Os arts. 54, 55, 64 e 65 do CTB trazem determinações para a segurança dos 
condutores e dos passageiros. Leia na íntegra:
“Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e 
ciclomotores só poderão circular nas vias:
I. Utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos 
protetores;
II. Segurando o guidom com as duas mãos;
III. Usando vestuário de proteção, de acordo com as 
especificações do Contran.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e 
ciclomotores só poderão ser transportados:
I. Utilizando capacete de segurança;
II. Em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento 
suplementar atrás do condutor;
III. Usando vestuário de proteção, de acordo com as 
especificações do Contran.
[...]
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que 
não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco 
centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos 
traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada 
115
idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a tipos 
específicos de veículos regulamentadas pelo Contran. 
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor 
e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em 
situações regulamentadas pelo Contran.”
(Brasil, 1997) 
Com isso, as regras são muito bem estabelecidas no que se refere à condução de 
motocicletas, motonetas e ciclomotores, pois o condutor somente poderá circular 
com esses veículos se cumprir os critérios necessários de segurança. Ainda são 
estabelecidas normas para a condução de crianças nesse tipo de automóvel, 
tendo em vista a faixa etária específica, bem como altura necessária. 
Condução de veículos por motoristas profissionais 
 
A Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015, no sentido de melhorar as regras 
de segurança, alterou a Lei n. 12.619, de 30 de abril de 2012 (Brasil, 2012), 
que incluiu, no CTB no Capítulo III-A, as normas para condução de veículos 
por motoristas profissionais de transporte rodoviário de cargas e de 
transporte rodoviário coletivo de passageiros. De acordo com o art. 67-C do 
CTB, “É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco) horas 
e meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros 
ou de transporte rodoviário de cargas.” (Brasil, 1997).
Para a condução de veículo de transporte de carga, serão observados 30 (trinta) 
minutos para descanso dentro de cada 6 (seis) horas, sendo facultado o seu 
fracionamento e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) 
horas e 30 minutos no exercício da condução.
Já na condução de veículo rodoviário de passageiros, serão observados 30 
(trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas, sendo facultado o seu 
fracionamento e o do tempo de direção.
116
Para situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção, 
devidamente registradas, esse tempo poderá ser elevado pelo período necessário 
para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a 
segurança e o atendimento demandados, desde que não haja comprometimento 
da segurança rodoviária, de acordo com o parágrafo 2º do art. 67-C do CTB 
(Brasil, 1997).
De acordo com o parágrafo 3º do art. 67-C do CTB (Brasil, 1997),
“§ 3º O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte 
e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de 
descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e 
coincidir com os intervalos mencionados no § 1o, observadas 
no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.”
(Brasil, 1997) 
Entende-se como tempo de direção ou de condução apenas o período em que o 
condutor está efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o destino. O 
parágrafo 6º do art. 67-C do CTB determina que o condutor somente poderá iniciar 
uma viagem após o cumprimento integral do intervalo de descanso (BRASIL, 
1997). De acordo com o parágrafo 7º do art. 67-C do CTB (BRASIL, 1997):
“Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros, 
embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de 
carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente 
de cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda 
que subcontratado, que conduza veículo referido no caput sem 
a observância do disposto no § 6º.” 
Além do que é disposto parágrafo 7º do art. 67-C do CTB é importante saber 
que os condutores de veículos profissionais devem ter responsabilidade e evitar 
demais infrações ou penalidades relacionadas à diferentes ações pelo trânsito.
117
Infrações e penalidades referentes ao estacionamento, parada, 
circulação, documentação do condutor e do veículo 
Veja, a seguir, as normas referentes às infrações e penalidades no tangente ao 
estacionamento, parada, circulação e documentação que devem ser seguidas 
pelos condutores (Brasil, 1997):
1
O condutor deve ter o pleno domínio do veículo, conduzi-lo com 
atenção e cuidado, visando à segurança no trânsito, portanto 
deve estar bem equilibrado, disposto e sóbrio (art. 165, 165-A, 
penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir).
2
O condutor não deve conduzir veículo para o qual seja exigida 
habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame 
toxicológico previsto (art. 165-B, infração gravíssima; multa e 
suspensão do direito de dirigir).
3
É preciso verificar o porte da documentação obrigatória e 
sua validade (art. 232, com penalidade de multa e medida 
administrativa de retenção do veículo).
4
É obrigatório o uso de dispositivo apropriado para crianças, 
conforme a idade (art. 168, com penalidade de multa e medida 
administrativa de retenção do veículo).
5
Deve usar calçados que se firmem aos pés e não comprometam 
a utilização dos pedais (art. 252, IV, com penalidade de multa).
6
Se observado na CNH, deve usar lentes corretivas de visão, 
próteses ou adaptações ao veículo (art. 162, penalidade de 
multa e medida administrativa de retenção do veículo).
7
Não pode dirigir com o braço para fora do veículo (art. 252, I, 
penalidade de multa).
8
Não pode arremessar nem deixar que seus passageiros 
arremessem objetos para fora do veículo (art. 172, penalidade 
de multa).
118
9
Deve verificar se há combustível suficiente (art. 180, penalidade 
de multa).
10
As condições do veículo também são de responsabilidade do 
proprietário e condutor (art. 230, penalidade de multa e medida 
administrativa de retenção do veículo).
11
Não estacionar em fila dupla,locais proibidos, em esquinas, 
faixas de pedestres, calçadas e demais locais que atrapalham a 
circulação de veículos e pedestres (art. 181, XI, art. 181, XVIII, 
art. 181, I, art. 181, VIII, com penalidade de multa e medida 
administrativa de remoção do veículo).
12
Não parar em locais de proibido parar, faixas de pedestres, 
cruzamentos de vias, na pista de rolamento e outros locais 
que aumentam o risco de sinistros (art. 182, X, art. 182, VI, 
art. 182, VII, art. 182, V, com penalidade de multa e medida 
administrativa de remoção do veículo). 
A negligência pode gerar incidentes de trânsito e o descumprimento a qualquer 
uma dessas regras é considerado infração de trânsito. Todas essas regras de 
circulação têm como objetivo orientar o condutor para a utilização correta das 
vias públicas e auxiliar para o bom comportamento no trânsito. Seguindo-
as, o condutor contribuirá para um trânsito mais seguro.
Veja nos artigos do CTB a seguir para conferir os conteúdos apresentados 
nesta unidade:
119
Art. 43
“Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as 
condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas 
e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade 
estabelecidos para a via, além de:
• I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação 
sem causa justificada, transitando a uma velocidade anormalmente 
reduzida;
• II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá 
antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes 
para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;
• III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a 
sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.”
(Brasil, 1997)
Art 44-A
“É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do 
semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão, 
observados os arts. 44, 45 e 70 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 
2020) (Vigência)”
(Brasil, 1997)
Art. 45
“Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum 
condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser 
obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou 
impedindo a passagem do trânsito transversal.”
(Brasil, 1997) 
Segundo o CTB (Brasil, 1997), quando o condutor está em circulação com um 
veículo e se aproxima de qualquer tipo de cruzamento, é preciso ter prudência e 
transitar em velocidade moderada, a fim de parar o veículo com segurança para 
dar preferência aos pedestres e veículos.
120
Normas de circulação para pedestres 
É importante lembrar que existem também vias e áreas destinadas aos pedestres 
e normas de circulação para eles:
• Quando o ciclista está desmontado e empurrando a bicicleta, ele é 
considerado um pedestre.
Figura 2 - Ciclista na condição de pedestre, empurrando a bicicleta.
Fonte: Shutterstock/StrDr stock.
• As travessias devem ser feitas pela faixa de segurança e somente quando 
o sinal do semáforo estiver favorável para o pedestre.
• Em vias urbanas, os pedestres devem utilizar os passeios e as calçadas. 
De acordo com o art. 68, parágrafo 2º do CTB:
“Quando não houver passeios ou quando não for possível sua 
utilização, a circulação de pedestres na pista de rolamento será 
feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, 
em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas 
situações em que a segurança ficar comprometida.”
(Brasil, 1997) 
121
• Em vias rurais, os pedestres devem usar o acostamento no sentido 
contrário do fluxo de veículos e em uma única fila, conforme o parágrafo 
3º do art. 68 do CTB:
“[...] quando não houver acostamento ou quando não for possível 
sua utilização, a circulação de pedestres na pista de rolamento 
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da 
pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de 
veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas 
situações em que a segurança ficar comprometida.”
(Brasil, 1997) 
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
22 jul. 2022.
_____. Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei n. 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro 
de 2007 (empresas e transportadores autônomos de carga), para disciplinar a 
Você chegou ao fim de mais uma Unidade de Estudo e é importante 
ter consciência de que tanto no papel de condutor quanto de pedestre, 
você deve seguir essas normas e condutas estabelecidas pelo CTB, 
pois um simples descuido poderá gerar um grave sinistro. Responda às questões 
e continue estudando! 
122
jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; altera a Lei 
n. 7.408, de 25 de novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei n. 12.619, de 
30 de abril de 2012; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13103.htm . Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 out. 2020. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/
L14071.htm . Acesso em: 22 jul. 2022.
LOTE lindeiro. Dicionário Informal, 2014. Disponível em: http://www.
dicionarioinformal.com.br/lote%20lindeiro . Acesso em: 22 jul. 2022.
123
Unidade de Estudo 7 – Sinalização de trânsito
Objetivo: relembrar as sinalizações de trânsito de acordo com o Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB).
Tópicos desta Unidade:
• Sinalização de trânsito
• Sinalização vertical
• Sinalização horizontal
• Dispositivos de sinalização auxiliar
• Gestos dos condutores
• Sinais sonoros dos agentes
• Acessibilidade 
Sinalização de trânsito 
A sinalização é de fundamental importância para o deslocamento regular e 
seguro em vias urbanas, pois além de orientar a movimentação, ela também 
propicia a organização do trânsito que fica temporariamente imobilizado em 
breves paradas ou em estacionamentos. Por isso, é necessário conhecê-la para 
praticar a leitura e a identificação de seus símbolos, dessa forma será possível 
utilizar os espaços de trânsito corretamente.
Posto isso, quem desrespeita a sinalização está cometendo uma infração, uma 
vez que ela indica regras de trânsito por meio de formas, cores e símbolos, 
cujo objetivo é fazer com que o condutor seja mais atento. Essas normas são 
representadas por um conjunto de sinais e dispositivos de segurança 
colocados na via pública com informações direcionadas a motoristas e 
Olá! Nesta Unidade de Estudo vamos relembrar as sinalizações de 
trânsito e qual o intuito de respeitá-las. É importante estar atento às 
recomendações e aplicá-las no dia a dia. Vamos iniciar? 
124
pedestres, envolvendo placas, linhas, legendas, gestos e outros, que servem 
para orientar os indivíduos quanto ao deslocamento. A sinalização orienta e 
oferece segurança e conforto aos usuários da via, além de melhorar o fluxo 
no trânsito.
Segundo o art. 87, do CTB, os sinais de trânsito classificam-se em:
“I. verticais; 
II. Horizontais; 
III. Dispositivos de sinalização auxiliar; 
IV. Luminosos; 
V. sonoros; 
VI. Gestos do agente de trânsito e do condutor”.
(Brasil, 1997) 
 
Conforme o art. 90 do CTB, quando a sinalização for insuficiente ou estiver 
incorreta, não serão aplicadasas sanções previstas. Em uma ordem hierárquica, 
primeiramente deve-se obedecer às ordens do agente de trânsito sobre a 
circulação e demais sinais; depois, as indicações do semáforo sobre os demais 
sinais; em seguida, as indicações dos sinais sobre as outras normas de trânsito.
Sinalização vertical 
A sinalização vertical é um subsistema de sinalização viária posicionado 
verticalmente, normalmente em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre 
a pista. Tem como função transmitir mensagens de caráter permanente e, 
eventualmente, variável, por meio de legendas e/ou símbolos pré-reconhecidos 
e legalmente instituídos. As placas de sinalização vertical podem ser de 
regulamentação, advertência e indicação.
Sinalização de regulamentação 
Esse tipo de sinalização indica condições, proibições, obrigações ou 
restrições relacionadas ao que pode ou não ser feito na via. São 51 placas 
diferentes (anexo II do CTB) que se encontram nos perímetros urbano e rural.
125
Usualmente, as placas de regulamentação apresentam mensagens imperativas 
e o desrespeito a elas constitui infração (com penalidade de multa). Veja abaixo:
Quando essas placas não possuem tarja vermelha, a ação 
nelas representada constitui-se em uma obrigação. Existem 29 
placas de regulamentação de obrigações.
Quando essas placas são cortadas por uma tarja vermelha, 
a ação nelas representada é proibida. Existem 20 placas de 
regulamentação de proibições.
Com relação ao formato das placas de regulamentação, às 49 placas somam-
se duas exceções: a R-1(octogonal) informando a “Parada obrigatória” em 
cruzamentos e a R-2 (triangular) informando “Dê a preferência” no encontro de 
vias. Essas placas apresentam formato diferenciado, a fim de serem reconhecidas 
de qualquer ângulo; as demais são circulares e posicionadas ao lado direito das 
vias e de frente para o condutor.
Figura 1 – Placas de regulamentação de formatos diferentes.
Veja, a seguir, as 51 placas de regulamentação:
126
Sinalização de regulamentação.
R-1
Parada 
obrigatória
R-2
Dê a 
preferência
R-3
Sentido 
proibido
R-4a
Proibido virar à 
esquerda
R-4b
Proibido virar à 
direita
R-5a
Proibido 
retornar à 
esquerda
R-5b
Proibido 
retornar à 
direita
R-6a
Proibido 
estacionar
R-6b
Estacionamento 
regulamentado
R-6c
Proibido parar 
e estacionar
R-7 
Proibido 
ultrapassar
R-8a 
Proibido 
mudar de faixa 
ou pista de 
trânsito da 
esquerda para 
direita
R-8b 
Proibido 
mudar de faixa 
ou pista de 
trânsito da 
direita para 
esquerda
R-9 
Proibido 
trânsito de 
caminhões
R-10 
Proibido 
trânsito de 
veículos 
automotores
R-11 
Proibido 
trânsito de 
veículos de 
tração animal
R-12 
Proibido 
trânsito de 
bicicletas
R-13 
Proibido 
trânsito de 
tratores e 
máquinas de 
obras
R-14 
Peso bruto 
total máximo 
permitido
R-15 
Altura máxima 
permitida
127
Sinalização de regulamentação.
R-16 
Largura 
máxima 
permitida
R-17 
Peso máximo 
permitida por 
eixo
R-18 
Comprimento 
máximo 
permitido
R-19 
Velocidade 
máxima 
permitida
R-20 
Proibido 
acionar buzina 
ou sinal sonoro
R-21 
Alfândega
R-22 
Uso obrigatório 
de correntes
R-23 
Conserve-se à 
direita
R-24a 
Sentido de 
circulação da 
via/pista
R-24b 
Passagem 
Obrigatória
R-25a 
Vire à 
esquerda
R-25b 
Vire à direita
R-25c 
Siga em frente 
ou à esquerda
R-25d 
Siga em frente 
ou à direita
R-26 
Siga em frente
R-27 
Ônibus, 
caminhões e 
veículos de 
grande porte 
mantenham-se 
à direita
R-28 
Duplo sentido 
de circulação
R-29 
Proibido 
trânsito de 
pedestres
R-30 
Pedestre, ande 
pela esquerda
R-31 
Pedestre, ande 
pela direita
128
Sinalização de regulamentação.
R-32 
Circulação 
exclusiva de 
ônibus
R-33 
Sentido de 
circulação na 
rotatória
R-34 
Circulação 
exclusiva de 
Bicicletas
R-35a 
Ciclista, transite 
à esquerda
R-35b 
Ciclista, 
transite à 
direita
R-36a 
Ciclistas à 
esquerda, 
pedestres à 
direita
R-36b 
Pedestres 
à esquerda, 
ciclistas à 
direita
R-37 
Proibido 
trânsito de 
motocicletas, 
motonetas e 
ciclomotores
R-38 
Proibido 
trânsito de 
ônibus
R-39 
Circulação 
exclusiva de 
caminhões
R-40 
Trânsito 
proibido a 
carros de mão
 
Fonte: Brasil, 2014. 
 
Veja neste link34 se preferir visualizar as placas de sinalização de regulamentação 
e seus respectivos significados no formato PDF.
34  https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2504/assets/files/
Placas_regulamentacao_nt1_ue7.pdf
129
Observe o exemplo a seguir:
Figura 2 – Sinalização de regulamentação com informações complementares.
Sinalização de advertência 
A sinalização de advertência tem por finalidade alertar os usuários da via para 
condições potencialmente perigosas, indicando a sua natureza. A forma padrão 
dos sinais de advertência é quadrada e uma das diagonais deve estar na posição 
vertical, além disso estão associadas às cores amarela e preta. Veja a seguir:
Ainda, os sinais de regulamentação podem ter informações complementares, tais 
como período de validade, características para o uso do veículo e condições 
de estacionamento, cujas mensagens devem estar em uma placa adicional ou 
incorporada à placa principal, formando um só conjunto na forma retangular e com 
as mesmas cores do sinal de regulamentação. Esses comunicados adicionais 
precisam ser lidos com atenção, pois podem trazer períodos de permissão ou de 
proibição, acesso restrito, tempo de permanência nas vagas etc. 
130
Sinalização de advertência.
A-1a
Curva 
acentuada à 
esquerda
A-1b
Curva acentuada 
à direita
A-2a
Curva à 
esquerda
A-2b
Curva à 
direita
A-3a
Pista sinuosa à 
esquerda
A-3b
Pista sinuosa à 
direita
A-4a
Curva acentuada 
em “S” à 
esquerda
A-4b
Curva 
acentuada em 
“S” à direita
A-5a
Curva em “S” 
à esquerda
A-5b
Curva em “S” à 
direita
A-6 
Cruzamento de 
vias
A-7a 
Via lateral à 
esquerda
A-7b 
Via lateral à 
direita
A-8 
Interseção em 
“T”
A-9 
Bifurcação em 
“Y”
A-10a 
Entroncamento 
oblíquo à 
esquerda
A-10b 
Entroncamento 
oblíquo à direita
A-11a 
Junções 
sucessivas 
contrárias 
- primeira à 
esquerda
A-11b 
Junções 
sucessivas 
contrárias 
- primeira à 
direita
A-12 
Interseção em 
círculo
131
Sinalização de advertência.
A-13a 
Confluência à 
esquerda
A-13b 
Confluência à 
direita
A-14 
Semáforo à 
frente
A-15 
Parada 
obrigatória à 
frente
A-16 
Bonde
A-17 
Pista Irregular
A-18 
Saliência ou 
lombada
A-19 
Depressão
A-20a 
Declive 
acentuado
A-20b 
Aclive acentuado
A-21a 
Estreitamento 
de pista ao 
centro
A-21b 
Estreitamento de 
pista à esquerda
A-21c 
Estreitamento 
de pista à 
direita
A-21d 
Alargamento 
de pista à 
esquerda
A-21e 
Alargamento de 
pista à direita
A-22 
Ponte estreita
A-23 
Ponte móvel
A-24 
Obras
A-25 
Mão dupla 
adiante
A-26a 
Sentido único
132
Sinalização de advertência.
A-26b 
Sentido duplo
A-27 
Área com 
desmoronamento
A-28 
Pista 
escorregadia
A-29 
Projeção de 
cascalho
A-30a 
Trânsito de 
ciclistas
A-30b 
Passagem 
sinalizada de 
ciclistas
A-30c 
Trânsito 
compartilhado 
por ciclistas e 
pedestres
A-31 
Trânsito de 
tratores ou 
maquinária 
agrícola
A-32a 
Trânsito de 
pedestres
A-32b 
Passagem 
sinalizada de 
pedestres
A-33a 
Área escolar
A-33b 
Passagem 
sinalizada de 
escolares
A-34 
Crianças
A-35 
Animais
A-36 
Animais 
selvagens
A-37 
Altura limitada
A-38 
Largura limitada
A-39 
Passagem 
de nível sem 
barreira
A-40 
Passagem 
de nível com 
barreira
A-41 
Cruz de Santo 
André
133
Sinalização de advertência.
A-42a 
Início de pista 
dupla
A-42b 
Fim de pista 
dupla
A-42c 
Pista dividida
A-43 
Aeroporto
A-44 
Vento lateral
A-45 
Rua sem saída
A-46 
Peso bruto total 
limitado
A-47 
Peso limitado 
por eixo
A-48 
Comprimento 
limitado
 
Fonte: Brasil, 2014. 
Veja neste link35 se preferir visualizar as placas de sinalização de advertência e 
seus respectivos significados no formato PDF.As placas de “Sentido único”, “Sentido duplo” e “Cruz de Santo André” são as 
exceções dos formatos apresentados como padrão. Observe:
Figura 3 – Placas de advertência com formato diferentes.
35  https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2504/assets/files/
Placas_Advertencia_nt1_ue7.pdf
134
No caso de sinalização especial de advertência para obras, utiliza-se a forma 
padrão, mudando apenas a cor (de amarelo para laranja).
Figura 4 – Sinalização de advertência para obras.
Sinalização especial de advertência 
A sinalização especial de advertência, tem a função de chamar atenção 
dos condutores de veículos para a existência de perigo na via ou nas 
proximidades e pode ser classificada em:
1. Especial para faixas ou pistas exclusivas de ônibus;
2. Especial para pedestres;
3. Especial de advertência somente para rodovias, estradas e vias de 
trânsito rápido.
Você Sabia?
A explicação para a placa A-41, conhecida como Cruz de Santo 
André, que adverte o condutor a existência do cruzamento de linha férrea, é 
de caráter religioso, pois André, seguidor de Jesus Cristo, irmão dos discípulos 
Pedro e Tiago, foi crucificado em uma cruz do tipo Crux Decussata, em forma de 
X. Ao longo dos séculos, esse tipo de cruz, em X, ficou conhecido como Cruz de 
Santo André. 
135
Caso seja necessário incluir informações complementares aos sinais de 
advertência, essas mensagens devem ser inscritas em placa adicional ou 
incorporadas à placa principal, formando um só conjunto.
Sinalização de indicação 
A sinalização de indicação refere-se às vias e aos locais de interesse, a 
fim de orientar os condutores quanto aos percursos, destinos, distâncias e 
serviços auxiliares. Essas sinalizações têm caráter informativo ou educativo e 
são divididas nos seguintes grupos:
• Placas de identificação: Essas placas têm por finalidade identificar 
as vias e os locais de interesse, bem como orientar os condutores 
quanto aos percursos, destinos, distâncias e serviços auxiliares. Além 
disso, têm como função a educação do usuário e posicioná-lo ao longo do 
deslocamento com relação às distâncias ou locais de destino.
• Placas de identificação de rodovias e estradas:
a. Placas de identificação de municípios;
b. Placas de identificação de interesse de tráfego e logradouros;
c. Placas de identificação nominal de pontes, viadutos;
d. Placas de identificação quilométrica;
e. Placas de pedágio.
• Placas de orientação de destino:
a. Placas indicativas de sentido (direção);
b. Placas indicativas de distância;
c. Placas diagramadas.
• Placas educativas para pedestres e condutores
• Placas de serviços auxiliares que, em geral, apresentam as cores 
azul, branca e preta.
136
• Placas de atrativos turísticos, cujo fundo e legenda devem ter 
respectivamente as cores marrom e branca.
Confira exemplos dessas placas a seguir.
1 Placas de identificação de rodovias e estradas 
2 Placas de orientação de destino 
3 Placas educativas para pedestres e condutores 
4 Placas de serviços auxiliares 
5 Placas de atrativos turísticos 
Para saber mais sobre a sinalização de indicação e as placas de serviços 
auxiliares, veja neste link36!
36  https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2504/assets/files/
Manual_vol_III.pdf
137
Sinalização horizontal 
A sinalização horizontal é composta por linhas, marcações, símbolos 
e legendas, os quais são pintados ou colocados nas vias com o objetivo de 
organizar o trânsito e complementar a sinalização vertical de regulamentação, 
advertência ou indicação.
O conjunto composto por linhas, marcações, símbolos e legendas é chamado 
de marca viária e tem a função de regulamentar, advertir, informar ou indicar 
ao condutor e ao pedestre qual é o comportamento ideal naquela via.
Características da sinalização horizontal 
No Quadro 1, a seguir, é possível conferir alguns dos padrões de traçados e 
cores da sinalização horizontal.
Quadro 1 – Tipos de traçados e cores utilizados na sinalização horizontal
Traçado Significado
Contínuo
Linhas simples e contínuas, longitudinais ou 
transversais:
Proibida a ultrapassagem em ambos os 
sentidos.
Tracejada ou seccionada 
Linhas simples com espaçamentos de 
extensão igual ou maior que o traço:
Permitida a ultrapassagem em ambos os 
sentidos.
Símbolos e legendas
Informações escritas ou desenhadas 
complementares à sinalização:
Parar, permitido para cadeirante.
138
Cores Utilização
Amarela 1. Separar movimentos veiculares de fluxos opostos.
2. Regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral.
3. Delimitar espaços proibidos para estacionamento e/ou 
parada.
4. Demarcar obstáculos transversais à pista (lombada).
Vermelha
1. Demarcar ciclovias ou ciclofaixas.
2. Inscrever símbolo (cruz).
Branca
1. Separar movimentos veiculares de mesmo sentido.
2. Delimitar áreas de circulação e linha de bordo.
3. Delimitar trechos das pistas destinados ao 
estacionamento regulamentado de veículos em 
condições especiais.
4. Regulamentar faixa de travessia de pedestres.
5. Regulamentar linha de transposição e ultrapassagem.
6. Demarcar linha de retenção e linha de “Dê a preferência”.
7. Inscrever setas, símbolos e legendas.
Azul
1. Inscrever símbolo em áreas especiais de estacionamento 
ou de parada para embarque e desembarque para 
pessoas com deficiência física.
Preta
1. Utilizado para dar contraste entre o pavimento e a 
pintura.
Fonte: Brasil, 1997.
139
 Do mesmo modo, a sinalização horizontal pode ser classificada em:
• Marcas transversais: Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e 
os harmonizam com o deslocamento de outros veículos e pedestres. São 
subdivididas em:
Linha de retenção 
 
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo. 
Linhas de estímulos à redução de velocidade 
 
 
Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a 
reduzir a velocidade do veículo. 
140
Marcas de canalização 
 
Direcionam a circulação de veículos pela marcação de área de pavimento 
não utilizável. 
 
Faixas de travessia de pedestres 
 
Regulamentam o local de travessia dos pedestres. 
 
141
Marcação de cruzamentos rodocicloviários 
 
Regulamenta o local de travessia dos ciclistas. 
Marcação de área de conflito 
 
Indica a área em que o condutor não deve parar ou estacionar o veículo 
para não prejudicar a circulação. 
142
Marca de área de cruzamento com faixa exclusiva 
 
Indica ao condutor a existência de faixa exclusiva. 
 
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Contran, 2007.
• Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada: 
Delimitam e proporcionam melhor controle das áreas nas quais o 
estacionamento e a parada de veículos são proibidos ou regulamentados; 
são complementares à sinalização vertical quando no bordo da via e, 
em casos específicos, têm poder de regulamentação. Essas marcas são 
subdivididas em:
1
Linhas de indicação de proibição de estacionamento e/ou parada 
(cor amarela): delimitam a extensão da pista ao longo da qual se 
aplica a proibição.
2
Marca delimitadora de parada de veículos específicos (cor 
amarela): delimita a extensão da pista destinada exclusivamente 
à parada.
3
Marca delimitadora de estacionamento regulamentado (cor 
branca): delimita a extensão da pista onde é permitido estacionar. 
As marcas podem ser em paralelo ao meio-fio ou em ângulo. 
143
• Inscrições no pavimento: Constituem-se em setas, símbolos e legendas 
que melhoram a percepção do condutor quanto às condições de operação 
da via, facilitando as decisões no tempo adequado. São subdivididas nos 
seguintes tipos:
1
Símbolos direcionais: indicam mudança obrigatória de faixa ou 
movimentos em curva, minirrotatória.
2
Símbolos: indicam e alertam o condutor sobre situações 
específicas na via. Ex.: símbolo de vaga prioritária para pessoas 
com deficiência.
3
Legendas: advertem acerca das condições particulares de 
operação da via e complementam sinais de regulamentação e 
advertência.Ex.: PARE. 
Além disso, as marcas viárias podem apresentar diversos padrões que transmitem 
diferentes significados. Observe:
 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: simples 
contínua 
 
Não permite ultrapassagem e deslocamentos laterais. 
 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: simples 
seccionada 
 
Permite ultrapassagem e deslocamentos laterais. 
 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: dupla 
contínua 
 
Não permite ultrapassagem e deslocamentos laterais. 
144
 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: contínua 
e seccionada 
 
Permite a ultrapassagem para um único sentido, aquele 
em que está seccionado. 
 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: dupla 
seccionada 
 
Permite ultrapassagem. 
 
Linha de divisão de fluxos de mesmo sentido branca: 
contínua 
 
Não permite ultrapassagem e transposição de faixa de 
trânsito. 
 
Linha de divisão de fluxos de mesmo sentido branca: 
seccionada 
 
Permite ultrapassagem e transposição de faixa de trânsito. 
 
Linha de bordo branca 
 
Delimita, com linha contínua, a parte da pista destinada 
ao deslocamento dos veículos. 
 
Linhas de continuidade amarela ou branca 
 
Dá continuidade visual às marcações longitudinais (cor 
branca, quando dá continuidade as linhas brancas; cor 
amarela, quando dá continuidade as linhas amarelas). 
145
Sin alização cicloviária 
A infraestrutura cicloviária é composta pelos seguintes tipos de espaços:
a. Ciclovia 
Pista própria destinada à circulação de bicicletas ou outros ciclos, separada 
fisicamente do tráfego comum, conforme dispõe o Anexo I do CTB - Código 
de Trânsito Brasileiro -. Quanto à sua localização na via pública, essas pistas 
podem estar dispostas nas laterais das pistas, nos canteiros centrais ou nas 
calçadas. Veja um exemplo:
Figura 5 - Ciclovia
Fonte: Vol. VIII da Resolução 973/22.
b. Ciclofaixa 
Parte da pista de rolamento é destinada à circulação exclusiva de bicicletas ou 
outros ciclos, delimitada por sinalização específica, conforme dispõe o Anexo I 
do CTB - Código de Trânsito Brasileiro -. Veja:
146
Figura 6 - Ciclofaixa.
Fonte: Vol. VIII da Resolução 973/22.
c. Espaço compartilhado 
Trata-se de calçada, canteiro, ilha, passarela, passagem subterrânea, via 
de pedestres, faixa ou pista (que sejam sinalizadas), em que a circulação 
de bicicletas é compartilhada com pedestres ou veículos criando condições 
favoráveis para a circulação. 
Figura 7 - Espaço compartilhado.
Fonte: Vol. VIII da Resolução 973/22.
147
Dispositivos de sinalização auxiliar 
 
Esses dispositivos são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela ou 
nos obstáculos próximos, com a finalidade de tornar mais eficiente e segura a 
operação da via.
PAVIMENTOS
Coloridos, rugosos, pisos franjados e ondulações transversais.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTÍNUA
Gradis de canalização e retenção, dispositivos de contenção e bloqueio, 
defesas metálicas, barreiras de concreto e dispositivos antiofuscamento.
DISPOSITIVOS LUMINOSOS
Painel eletrônico, barreira eletrônica e semáforos, cuja função é coordenar o 
trânsito alternando a passagem de veículos e pedestres.
DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO
Cones, cilindros, balizadores, cavaletes, tapumes, fitas zebradas, barreiras, 
gradis, bandeiras e faixas.
SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA PEDESTRES
Orientação para travessia dos pedestres. A cor vermelha indica que os veículos 
estão se deslocando e está proibida a travessia de pedestres. A cor verde indica 
que o pedestre pode atravessar. A cor vermelha intermitente avisa que os 
pedestres não devem iniciar travessia, pois a via será liberada aos veículos. 
Esses dispositivos são compostos de cores, formas e materiais diversos, dotados 
ou não de refletividade, suas funções são: reduzir a velocidade praticada; 
oferecer proteção aos usuários; incrementar a visibilidade da sinalização, do 
alinhamento da via e dos obstáculos que impedem a circulação, bem como 
alertar os condutores para situações de perigo potencial, de caráter permanente, 
temporário ou emergencial.
148
Gestos dos condutores 
Os sinais por gestos servem para reforçar ou substituir a sinalização 
deficiente do veículo. Muitos motoristas perderam o hábito do uso de gestos, 
mas no caso dos veículos de tração humana que não apresentam dispositivos 
luminosos de sinalização, como as bicicletas, os condutores usam frequentemente 
os gestos. Veja, na imagem a seguir, alguns exemplos desses sinais. 
Sinais por gestos realizados pelos condutores
Dobrar à esquerda Dobrar à direita
Diminuir a marcha ou 
parar 
Sinais sonoros dos agentes 
São utilizados junto aos gestos dos agentes na coordenação do fluxo. 
Os silvos, como são chamados, servem para chamar a atenção de motoristas 
sobre a atuação do agente de trânsito, que é a autoridade máxima no momento 
em que está atuando. Desobedecer às ordens do agente de trânsito, conforme 
o art. 195 do CTB, constitui infração grave (Brasil, 1997). Ainda, a buzina dos 
veículos é o sinal sonoro utilizado pelos condutores e pode ser usada para alertar 
situações incomuns no trânsito, como um pedestre que está atravessando a rua 
em meio ao fluxo de veículos. Veja, no Quadro 2, os tipos de sinais usados pelos 
agentes de trânsito.
149
Quadro 2 – Tipos de sinais sonoros usados pelos agentes de trânsito
Sinais de apito Significado Emprego
Um silvo breve Siga
Liberar o trânsito em 
direção/sentido indicado 
pelo agente.
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória.
Um silvo longo Diminua a marcha
Quando for necessário 
fazer diminuir a marcha 
dos veículos.
Fonte: Adaptado de Brasil, 1997.
Acessibilidade 
A lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e 
critérios básicos de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida. Com isso, algumas inovações surgiram na área de 
sinalização. No Capítulo III, a Lei n. 10.098/2000 dispõe a respeito do desenho e 
da localização do mobiliário urbano:
“Art. 8.º Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação 
ou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que 
devam ser instalados em itinerário ou espaço de acesso para 
pedestres deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou 
impedir a circulação, e de modo que possam ser utilizados com 
a máxima comodidade.
Art. 9.º Os semáforos para pedestres instalados nas vias 
públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita 
sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com 
mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para 
a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se 
a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via 
assim determinarem.
150
Art. 10.º Os elementos do mobiliário urbano deverão ser 
projetados e instalados em locais que permitam sejam eles 
utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com 
mobilidade reduzida.”
(Brasil, 2000b) 
 
Além disso, a Resolução do Contran n. 96537 , de 17 de maio de 2022, discorre sobre 
as vagas de estacionamento destinadas exclusivamente a veículos que transportam 
pessoas com necessidades especiais e com dificuldade de locomoção38. 
No Anexo II da Resolução n. 965/2022 está disponível o modelo de sinalização 
vertical de regulamentação de vagas de estacionamento exclusivas para esses 
veículos. Veja neste link39 e saiba mais sobre isso.
Referências 
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Manual brasileiro de sinalização 
de trânsito – Sinalização Temporária. Brasília: Contran, 2017. v. 7. Disponível 
em: https://antigo.infraestrutura.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_
VOL_VII_2.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022.
37 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao9652022.pdf
38 Vaga Especial: As vagas destinadas exclusivamente a veículos que transportam pessoas 
com deficiências e com dificuldade de locomoção também são dispostas em espaços comerciais 
que seguem esse mesmo critério de acessibilidade. A lei 13.281/16, mudou apenalidade de quem 
descumpre a regra das vagas especiais. A infração passou a ser gravíssima e sete pontos na CNH. 
No espaço público, o infrator poderá ter seu veículo removido pela autoridade competente.
39 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
resolucao9652022anexos.pdf
Esta Unidade de Estudo finalizou e foi importante para que o condutor 
aprimorasse os conhecimentos sobre os tipos de sinalização de trânsito. 
Após os estudos, é crucial que os motoristas e pedestres observem 
atentamente as sinalizações para cumprir adequadamente o papel de cidadão. 
151
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 
22 jul. 2022.
_____. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e 
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de 
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 2000b. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm. Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Lei n. 13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei n. 13.146, de 6 de 
julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 
2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/
lei/l13281.htm. Acesso em: 22 jul. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 22 jul. 2022.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 965, de 17 de maio 
de 2022. Define e regulamenta as áreas de segurança e de estacionamentos 
específicos de veículos. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 25 mai. 2022. Disponível em: em: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/
assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao9652022.pdf>. Acesso 
em: 03 ago. 2022.
_______. Resolução n. 973, de 18 de julho de 2022. Institui o Regulamento de 
Sinalização Viária. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 25 jul, 
2022. Disponível em: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/
conteudo-contran/resolucoes/Resolucao9732022.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2022.
152
Unidade de Estudo 8 – Meio ambiente
Objetivos: 
• Compreender a legislação de trânsito que prevê infrações e penalidades a 
fim de auxiliar na proteção ambiental;
• Conhecer os elementos dos veículos que podem poluir o meio ambiente;
• Aprender os cuidados para conservar os veículos.
Tópicos desta Unidade:
• O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente
• Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas
• Materiais recicláveis
• Queimadas
• Vegetação local e animais silvestres
• Poluição sonora
• Uso de buzina, outros sons e ruídos
• Elementos dos veículos que são agentes poluidores e os cuidados na 
conservação do automóvel
• Outras soluções para a redução da poluição do ar
• Os “5 r” para um trânsito melhor 
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente
Falar sobre trânsito e meio ambiente parece, a princípio, um assunto distante um 
do outro, mas não é. Depois das fábricas, o carro é o maior agente poluidor dos 
centros urbanos, pois o grande número de veículos e a emissão constante de 
resíduos fazem dele um vilão para o meio ambiente.
Olá! Nesta Unidade de Estudo, você terá a oportunidade de relembrar 
a legislação de trânsito e a relação estabelecida com o meio ambiente. 
Bons estudos! 
153
Todos os anos são realizadas reuniões no Brasil e no mundo sobre o meio 
ambiente e os impactos causados na sociedade por causa da destruição do 
ecossistema. Essas conferências têm o objetivo de elaborar e efetivar acordos 
que garantam modos de vida mais sustentáveis e mecanismos para um equilíbrio 
consciente entre o ser humano e a natureza.
No entanto, no tangente ao agrupamento do ser humano com o meio ambiente e 
os veículos, todas as pessoas podem contribuir para a preservação da natureza. 
Um exemplo de ação que pode favorecer o meio ambiente é evitar lavar o veículo 
com o uso de uma mangueira, pois pode provocar grande desperdício de água, 
por isso o ideal é levar o veículo em lugares especializados para esse serviço, 
dando preferência às lavagens a seco com produtos biodegradáveis que não 
poluam o meio ambiente.
À vista dessas atitudes benéficas, por meio de acordos internacionais, os códigos 
ambientais estabelecidos no Brasil objetivam o controle de emissão de 
poluentes, a pesquisa ambiental e a qualidade de vida. Assim, o Contran, 
juntamente com outros órgãos, estabelece punição para quem descumpre 
as normas de controle ambiental direcionado aos veículos, uma vez que a 
finalidade é garantir e preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.
A Legislação de Trânsito define as responsabilidades em relação à proteção 
do meio ambiente, além de apresentar infrações e penalidades em caso de 
descumprimento das normas. O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o 
conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal 
e dos municípios, cuja finalidade é exercer as atividades que envolvem 
o trânsito (Brasil, 1997). Ainda, prioriza ações em defesa da vida, incluindo 
a preservação do meio ambiente e a fiscalização do nível de emissão de 
poluentes e ruídos.
Você já presenciou algum condutor ou passageiro arremessando objetos 
pela janela de um veículo? O que achou dessa atitude? E o que podemos 
fazer para diminuí-las? Reflita! 
154
Escute neste link40 o "Podcast – Legislação de trânsito e proteção ambiental". 
A poluição ambiental agride o ar, a água e o solo, contaminando todas as 
formas de vida. Existem vários tipos de poluição resultantes das atividades 
humanas, entre as quais:
POLUIÇÃO DO AR
A queima incompleta de combustíveis é a principal causa de poluição do ar e 
entre os principais poluidores do meio ambiente destacam-se as indústrias, as 
usinas e os veículos. Os veículos à combustão emitem alguns gases poluentes, 
como o monóxido de carbono, o chumbo e o nitrogênio. O nível elevado de 
poluição no ar pode ser sentido pelos seres humanos por meio de alguns 
sintomas, como a ardência nos olhos, náuseas e dificuldade de respirar.
POLUIÇÃO DA ÁGUA E DO SOLO
Os veículos contribuem para esse tipo de poluição, principalmente pela troca 
de óleo, de lubrificantes mal acondicionados e por produtos utilizados na 
lavagem periódica.
POLUIÇÃO SONORA
Alguns sons emitidos pelos veículos são responsáveis pela redução da 
qualidade de vida, portanto recomenda-se manter o motor regulado, o 
escapamento em bom estado e evitar o uso desnecessário da buzina. 
Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas 
A poluição atmosférica nas grandes cidades afeta a saúde das pessoas e 
impacta diretamente na qualidade de vida delas. Os altos índices de poluição 
no ar têm uma parcela importante na emissão de poluentes produzidos pelos 
veículos automotores, porém as indústrias e as queimadas também contribuem 
substancialmente para esse quadro.
Diante disso, o art. 104 do CTB (Brasil, 1997) estabelece que os veículos em 
circulação terão as condições de segurança, de controle de emissão
40 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_577/UE_2505/assets/audio/
Podcast_nt1ue8.mp3
155
de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será 
obrigatória, na forma e na periodicidade estabelecidas pelo Conselho Nacional 
de Trânsito (Contran), paraos itens de segurança, e pelo Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (Conama), para emissão de gases poluentes e ruídos.
A emissão irregular de gases produzidos por veículos é infração de natureza 
grave. No parágrafo 5.º do art. 104, o CTB prevê que será “aplicada a medida 
administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e 
na emissão de gases poluentes e ruído” (Brasil, 1997).
Poluição emitida pelas indústrias Poluição emitida pelos automóveis
Fonte: Shutterstock/Konstantin. Fonte: Shutterstock/Toa5. 
A seguir, clique nos ícones e descubra algumas informações que podem ajudar 
a reduzir a poluição e a gastar menos combustível:
 
Trocar a marcha na rotação correta.
Evitar reduções constantes de marcha, acelerações bruscas e 
freadas em excesso.
156
Desligar o veículo em caso de longas paradas.
Manter o veículo sempre em boas condições mecânicas 
também contribui para a preservação do meio ambiente.
Em relação à atuação do condutor e à proteção do meio ambiente, o CTB prevê:
“Art. 172 Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou 
substâncias:
• Infração: média.
• Penalidade: multa”
(Brasil, 1997)
 
Figura 1 – Dê o destino certo a cada tipo de resíduo que recolher em seu veículo. 
Fonte: Shutterstock/Nitikan T.
157
É necessário manter as vias de trânsito limpas e em condições de uso. Entretanto, o 
consumismo desenfreado impacta diretamente o equilíbrio ambiental, 
principalmente pelo aumento da produção de materiais descartáveis. Por 
isso, é importante identificar os produtos que podem ser reutilizados com outra 
função e aqueles que podem ser reciclados, ou seja, transformados em novos 
materiais. Lixo será somente aquilo que não puder ser reutilizado ou reciclado.
A seguir, alguns exemplos de materiais e o tempo que levam para se degradar:
Papel
3 a 6 meses.
Filtro de cigarro
2 anos.
Chiclete
Cerca de 5 anos.
Plástico
Mais de 50 anos.
Pneu
600 anos.
158
Vidro
4 mil anos.
Lata de alumínio
Indeterminado. 
Materiais recicláveis 
Grande parte daquilo que comumente é chamado de lixo pode ser reciclado e 
reutilizado. Com isso, o material reciclável pode ser reutilizado e transformado 
em novos objetos, mas, para que isso aconteça, o lixo deve ser separado.
Praticamente todos os materiais descartados podem ser reciclados. Entretanto, 
antes de separá-los, é necessário atentar-se a alguns cuidados, como retirar os 
resíduos de alimentos que ficam nas embalagens para evitar a contaminação e 
não estragar o material.
Assim, é fundamental nunca jogar lixo e outros objetos pela janela 
do carro, não retirar flores e folhagens das margens da via e, quando 
for à praia ou ao parque, recolher o próprio lixo e fazer o descarte 
correto dele .
159
Figura 2 – Você é responsável pelo destino que dá aos resíduos que produz. 
Fonte: Freepik.
 
De modo geral, os meios de transportes como carros, motos, caminhões e 
ônibus, também produzem lixo durante sua vida útil. Essa produção de resíduos 
ocorre nas trocas de fluidos, materiais e peças. Por isso, é importante saber 
que os resíduos produzidos pelos veículos são do tipo industrial e devem 
ser descartados em locais apropriados.
Posto isso, os pneus, quando chegam ao final da vida útil, devem ser levados 
a um local apropriado, como uma revenda de pneus, uma borracharia ou um 
ponto de coleta de pneus da Prefeitura Municipal. Esses descartes podem ser 
reaproveitados de diversos modos, por exemplo: como combustível alternativo 
para indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapatos e borrachas de 
vedação, pavimentação de vias públicas, enfeites e floreiras etc.
160
Figura 3 – Pneus descartados incorretamente. 
Fonte: Shutterstock/KatMoy.
Daí a importância de separar o lixo orgânico, como alimentos e também o lixo de 
banheiro, dos recicláveis, como vidros, papéis, plásticos e latas, pois o descarte 
correto dos materiais vai colaborar com a saúde do meio ambiente.
Queimadas 
Além do lixo descartado de forma incorreta, há outros fatores que contribuem 
na poluição ambiental, como as queimadas nos centros urbanos e no perímetro 
rural que ainda são realidade no país. Apesar de proibido, o homem continua 
usando desse mau hábito para se livrar de matérias que se acumulam em terrenos 
públicos ou privados. Essa prática pode ser muito perigosa, pois as queimadas 
podem sair do controle e causar grandes danos ao ambiente e à população, 
causando acidentes e trazendo prejuízos irreversíveis. As fogueiras, a queima de 
materiais e de bitucas de cigarro são exemplos da causa de grandes incêndios.
161
Figura 4 - Além de prejudicar o ambiente, o descarte incorreto de bitucas de cigarros pode 
causar grandes incêndios.
Fonte: Shutterstock/Ireshetnikov54.
Ao longo das vias, a fumaça das queimadas pode prejudicar a visão do motorista 
e provocar dificuldade de respiração, o que aumenta o risco de sinistros, além de 
danos que podem ser irreversíveis à natureza. Qualquer ato que possa provocar 
uma queimada deve ser evitado, especialmente se o tempo estiver seco, o que 
possibilita que o fogo se alastre rapidamente e cause ainda mais prejuízo.
Vegetação local e animais silvestres 
 
Além dos cuidados com a vegetação local, os animais silvestres também 
requerem atenção e o lugar deles é nas matas. Assim, ajudar a preservar a 
natureza beneficiará vários ecossistemas. 
 
Ainda, é fundamental respeitar a sinalização em todos os lugares, principalmente 
nas estradas, uma vez que sinalização de animais silvestres nas proximidades 
indica que a velocidade do veículo deve ser reduzida.
Poluição sonora 
A poluição sonora no trânsito tem origem em diversos fatores, como motores 
de veículos desregulados, escapamentos furados ou fora do padrão, buzinas, 
alarmes e equipamentos de som com volume acima do permitido. Acompanhe, 
a seguir, alguns fatores que contribuem na poluição sonora.
162
Uso de buzina, outros sons e ruídos 
A buzina é um equipamento obrigatório, mas quando usada indiscriminadamente 
é considerada poluição sonora e pode causar problemas auditivos, além de 
distrair o motorista e até ocasionar sinistros. A buzina deve ser usada sempre 
em toque breve e somente quando for necessário.
É comum o uso da buzina em várias situações do dia a dia, por exemplo, quando 
um condutor encontra uma pessoa conhecida em seu trajeto, quando quer chamar 
a atenção por algum motivo ou para expressar a impaciência enquanto aguarda 
por algo ou alguém. No entanto, o art. 227 do CTB cita que é expressamente 
proibida a utilização da buzina em determinadas situações, tais como:
“I. em situação que não a de simples toque breve como 
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; 
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; 
III. entre (22h) vinte e duas e (6h) seis horas; 
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização; 
V. em desacordo com os padrões e as frequências estabelecidas 
pelo Contran.
• Infração: leve.
• Penalidade: multa.”
(Brasil, 1997) 
Para saber mais, acesse a Resolução Contran n. 76441, de 20 de dezembro 
de 2018.
A Resolução Contran n. 958/22 determina as regras referente aos limites de 
emissão de gases e controle de sons. Com isso, se um condutor for flagrado 
dirigindo um veículo com equipamento de som de volume e/ou frequência acima 
do permitido o CTB, no art. 228, prevê que:
41 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
resolucao7642018.pdf
163
“Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência 
que não sejam autorizados pelo Contran gera:
• Infração: grave.
• Penalidade: multa.
• Medida administrativa: retenção do veículo para 
regularização.”
(Brasil, 1997) 
O som do carro é considerado som ambiente, ou seja, quando propagado para 
fora do veículo, torna-se irregular, causando desconforto a outras pessoas. 
Além disso, o volume excessivo do som não permite que o condutor perceba 
riscos e emergências à sua volta, possibilitando danos ao aparelho auditivo. 
Por isso énecessário deixar o som em um volume audível apenas no interior 
do veículo, assim o motorista poderá perceber alarmes de emergência, como 
a sirene do carro de bombeiros, da ambulância, da polícia, entre outros tipos 
de alerta.
O CTB prevê a proibição do uso de qualquer equipamento que produza poluição 
sonora, tais como:
• roncos de motor;
• escapamentos abertos;
• buzinas estridentes;
• aparelhos de som em volume alto.
Além disso, o uso irregular de aparelhos de alarme e outros dispositivos que 
produzem sons e ruídos que perturbam o sossego público é fiscalizado pelo 
Contran e está definido no art. 229 do CTB (Brasil, 1997). Em caso de desacordo 
com essa regulamentação, o indivíduo estará sujeito a:
• Infração: média;
• Penalidade: multa e apreensão do veículo;
• Medida administrativa: remoção do veículo.
164
Carros com alto-falantes, trios elétricos e outros veículos que produzam sons e 
barulhos acima do permitido, necessitam de autorização especial para essa função 
e devem estar regulamentados, pois os limites de sons são regidos por lei. Então, 
é importante a atenção às placas de sinalização e aos limites de ruídos para o dia 
e para a noite, principalmente em lugares próximos a hospitais e escolas.
Pequenos detalhes do dia a dia fazem a diferença no momento de dirigir e colaboram 
com o meio ambiente. Assim, para que todos os usuários tenham qualidade no 
trânsito, é importante que cada um reflita a respeito próprias atitudes. O art. 231 
do CTB determina algumas penalidades para quem transitar com o veículo:
“I. danificando a via, suas instalações e equipamentos; 
II. derramando, lançando ou arrastando sobre a via: 
 
a) carga que esteja transportando; 
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; 
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de sinistro.
• Infração: gravíssima.
• Penalidade: multa.
• Medida administrativa: retenção do veículo para regularização.
III. produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis 
superiores aos fixados pelo Contran; 
IV. com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites 
estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização.
• Infração: grave.
• Penalidade: multa.
• Medida administrativa: retenção do veículo para 
regularização.”
(Brasil, 1997) 
165
Diante disso, o cumprimento das normas ambientais auxilia na preservação da 
natureza, tendo em vista que isso auxiliará na qualidade de vida das pessoas e do 
ecossistema, favorecendo diversos âmbitos. Ainda, se não houver o respeito, existe 
a penalidade prevista, cuja medida administrativa reterá o veículo do condutor. 
Elementos dos veículos que são agentes poluidores e os 
cuidados na conservação do automóvel 
A adulteração de combustíveis, além de ser crime no Brasil, é sempre um 
assunto polêmico, pois afeta não só o desempenho do veículo, mas também a 
economia e o meio ambiente. Para a adulteração geralmente são adicionados 
à gasolina produtos mais baratos e não autorizados. Esse procedimento faz 
com que aumente a lucratividade no momento da venda, mas traz grandes 
prejuízos ao consumidor e ao meio ambiente. Normalmente, são adicionados 
etanol, óleo diesel, solventes, aguarrás, querosene, entre outros. Na queima, 
esses elementos liberam gases altamente tóxicos e nocivos à natureza e 
comprometem o motor dos veículos, afetando sua autonomia e gerando 
o desgaste de peças, o que exige uma manutenção mais frequente e, 
consequentemente, mais despesas.
Figura 5 – Ao abastecer o veículo, você é consumidor. 
Procure por combustíveis com garantias de qualidade. 
Fonte: Freepik.
166
Para poluir menos algumas ações realizadas no dia a dia fazem diferença no 
momento de dirigir e colaboram para a diminuição da poluição do meio ambiente. 
Para existir um trânsito de boa qualidade e sem agressão à natureza, é importante 
cada um refletir sobre as próprias atitudes como motorista e como pedestre. 
As dicas a seguir são maneiras de economizar combustível e reduzir a poluição:
 
Fonte: Pexels. Fonte: Freepik. 
Fonte: Shutterstock/
Africa Studio.
Trocar a marcha na 
rotação correta do 
motor.
Observar e 
acompanhar a vida útil 
de alguns elementos 
do veículo como os 
filtros de óleo e de ar, 
o óleo e o catalisador. 
Esses componentes 
são importantes para o 
controle da poluição.
Evitar reduções 
constantes de marcha, 
acelerações e freadas 
bruscas.
167
Fonte: Freepik. Fonte: Pexels.
Fonte: Shutterstock/P 
Stock.
Desligar o veículo 
em caso de longas 
paradas.
Manter velocidades 
constantes enquanto 
trafega.
Não acelerar quando o 
veículo estiver parado.
Fonte: Freepik. Fonte: Pixabay. Fonte: Pixabay.
Fazer sempre a 
manutenção e a revisão 
do veículo, conforme 
especificado pelo 
fabricante (consulte o 
manual do proprietário 
do veículo).
Realizar sempre a 
manutenção preventiva 
do escapamento, 
sistema de injeção 
e purificador de ar, 
conforme especificado 
pelo fabricante 
(consulte o manual do 
veículo).
Em veículos (antigos) 
com afogador, acionar 
somente se necessário 
para dar a partida 
e desativá-lo em 
seguida.
Ainda, é fundamental orientar os passageiros para que guardem os descartes 
(lixo) do carro. O condutor deve ter sempre um porta lixo para o descarte correto 
de qualquer item.
168
Figura 6 – Condutor: oriente os passageiros para o descarte correto de resíduos 
no interior do veículo. 
Fonte: IbacBrasil – Tecnologias Educacionais Ltda.
O crescimento e o desenvolvimento urbano e rural dependem de uma infraestrutura 
adequada das vias (estradas, ruas) que permitam o transporte de pessoas e 
produtos de modo a afetar o meio ambiente minimamente, por isso o equilíbrio 
entre trânsito e meio ambiente torna-se fundamental. Os órgãos executivos 
rodoviários, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), dispõem 
de programas de atuação ambiental, visando à manutenção e à preservação 
do espaço.
 
Os impactos negativos podem ser evitáveis e inevitáveis. Quando é identificado 
um impacto negativo evitável, os órgãos responsáveis executam programas que 
visam reduzir a sua extensão e intensidade. A exemplo disso, pode-se citar os 
Programas de Salvamento da Flora, que coletam plantas em extinção nas áreas 
a serem desflorestadas e as replantam em áreas de preservação. Nos impactos 
inevitáveis, o desflorestamento da área onde é construída uma via é compensado 
com novas florestas que são plantadas em outras áreas.
169
Várias ações são desenvolvidas ou exigidas pelos órgãos responsáveis para 
que a natureza seja compensada com as alterações, por exemplo, implantação 
de recantos, manutenção de viveiros, paisagismos, canteiros, entre outros. 
Entretanto, é importante ressaltar que a preservação do meio ambiente depende 
não só de ações governamentais, mas também da ação direta do ser humano.
Outras soluções para a redução da poluição do ar 
A cada dia que passa, a preocupação em reduzir a poluição do ar e mantê-
lo o mais limpo quanto é possível é uma constante, seja pelas indústrias dos 
mais diferentes segmentos, pelos seres humanos e, principalmente, por ONGs 
ambientais brasileiras, as quais atuam, ativa e diretamente, pela causa dos 
ecossistemas e biodiversidade no país. Enquanto condutor, você também pode 
ajudar, se comprometendo a conferir ações como:
Se a instalação de filtros em indústrias foi feita distante dos 
centros populosos.
Se há preocupação em manter ou criar áreas verdes em 
centros urbanos.
Se a quantidade de emissão de poluentes no seu veículo 
está dentro do permitido.
Se há possibilidade de usar mais transportes públicos ao 
invés de seu próprio automóvel.
170
Se há a possibilidade de plantar uma árvore, mesmo que de 
pequeno porte.
Dentre essas práticas, é importante ressaltar que dar preferência a utilização de 
transporte público, ajuda o meio ambiente, à medida que isso diminui o número 
de veículos em circulação e contribui para a redução de emissão de poluentes. 
Além disso,já existem ônibus, em São Paulo e Curitiba, por exemplo, que utilizam 
energias alternativas, tais como o biocombustível, o etanol e a energia elétrica.
Os “5 r” para um trânsito melhor 
Cinco palavras iniciadas com a letra R representam, em síntese, o que se pode e 
deve ser feito para a melhoria da qualidade e do desenvolvimento sustentável do 
trânsito: Repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Essas palavras são 
propostas de ação e reflexão para todos os atores envolvidos de alguma forma 
com o trânsito, principalmente nos grandes centros urbanos.
Aplicá-las no dia a dia implica agir como um consumidor consciente sobre os 
impactos que os objetos de consumo causarão no meio ambiente e, portanto, nas 
cidades e no trânsito. Ainda, o posicionamento fundamental de dizer “não” para 
o que é desnecessário, como coisas que consomem muita energia e recursos 
naturais não renováveis, isso é um dever de todos.
A maioria dos plásticos é derivada do petróleo e quando são descartados no 
meio ambiente, leva em torno de 50 anos para se decompor, pois sua estrutura é 
composta por polímeros, os quais podem ser naturais (por exemplo, a borracha 
ou a celulose que existem na natureza); ou artificiais, produzidos em laboratórios 
utilizando-se do petróleo (por exemplo, pneus, sacolas, silicone, entre outros).
171
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 
set. 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. 
Acesso em: 5 out. 2021.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 5 out. 2021.
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. 
Meio ambiente. DNIT, 3 maio 2012. Disponível em: http://www.dnit.gov.br/meio-
ambiente. Acesso em: 6 out. 2021.
RECICLOTECA – Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. 
Orgânicos: definição, composto e como fazer a compostagem. Recicloteca, 
2013. Disponível em: http://www.recicloteca.org.br/material-reciclavel/organicos. 
Acesso em: 3 ago. 2022.
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 764, de 20 
de dezembro de 2018. Estabelece método de ensaio para medição de pressão 
Nesta Unidade, você relembrou que é preciso manter as vias 
públicas, as calçadas e as áreas verdes em perfeitas condições, 
além de respeitar o direito de silêncio. Agora é com você! Preservar 
o meio ambiente e respeitar o trânsito são atos de responsabilidade individual e 
coletiva de todos os cidadãos. Responda aos exercícios de revisão e passe a 
conservar ainda mais o ambiente! 
172
sonora por buzina ou equipamento similar de veículos automotores. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 31 dez. 2018. Disponível em: https://
www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
resolucao7642018.pdf. Acesso em: 3 ago. 2022.
_______. Resolução n. 958, de 17 de maio de 2022. Dispõe sobre os limites 
de emissões de gases e partículas pelo escapamento de veículos automotores, 
sua fiscalização pelos agentes de trânsito, requisitos de controle de gases do 
cárter e sons produzidos por equipamentos utilizados em veículos. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 25 mai. 2022. Disponível em: https://
www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao9582022.pdf. Acesso em: 3 ago. 2022.
DETRAN-PR. Detran na escola – Manual do professor. Ensino Fundamental 
1, 3º ano. DetranPR, S.d. Disponível em: http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/
File/coordenadoria/coet/materiaisimpressos/apostila_3_livro_do_professor.pdf. 
Acesso em: 5 out. 2021.
173
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do 
Código de Trânsito Brasileiro – CTB para veículos de duas, 
quatro ou mais rodas 
Unidade de Estudo 1 – Conceito de direção defensiva e 
condições adversas
Objetivo: identificar as formas adequadas de dirigir e os fatores que podem 
influenciar no desempenho do condutor.
Tópicos desta Unidade:
• Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e definições
• Categorias e elementos da direção defensiva
• Sinistros de trânsito: causas
• Condições adversas 
Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e 
definições 
 
Dirigir defensivamente é conduzir o veículo com segurança de maneira a 
evitar sinistros, independentemente das ações incorretas dos outros usuários 
do trânsito ou de condições adversas que se apresentem no momento.
 
Um motorista que pratica a direção defensiva está sempre atento a tudo 
o que acontece no trânsito. Esse condutor observa a movimentação de 
veículos, pedestres e atenta-se à sinalização e às condições do tempo. Com 
Olá! Você sabia que é possível prevenir os principais sinistros de 
trânsito? Podemos evitar situações de risco praticando a direção 
defensiva. Nesta primeira Unidade de Estudo, você vai conhecer os 
comportamentos que contribuem para uma direção segura. Preparado? Então, 
vamos lá! 
174
isso, consegue antecipar situações e evitar sinistros, tendo em vista que a 
disciplina do condutor faz toda a diferença.
Figura 1 – O motorista defensivo utiliza cinto de segurança e está sempre atento ao trânsito. 
Fonte: Shutterstock/NDAB Creativity.
Para o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a direção defensiva refere-se à 
postura do condutor e tem o intuito de fazer com que a lei seja cumprida, a fim 
de evitar ocorrências no trânsito.
Já a legislação de trânsito refere-se a uma questão infracional, ou seja, ao cometer 
uma infração, o cidadão será punido com multas e penalidades previstas em lei.
Você se considera um motorista defensivo? Acesse este link42 e conheça dez 
regras que fazem um trânsito seguro e faça o teste para descobrir se você é um 
bom motorista!
Categorias e elementos da direção defensiva 
São duas as principais categorias da direção defensiva. Clique nos cards abaixo 
e descubra-as!
42 https://www.vizarbrasil.com.br/10-dicas-para-se-tornar-um-otimo-motorista/
175
PREVENTIVA CORRETIVA
É a atitude do motorista que 
permanece atento para evitar 
situações de risco.
É a atitude que o motorista deve ter 
quando está diante de um possível 
sinistro, corrigindo situações que 
não estavam previstas.
O motorista defensivo deve saber analisar os riscos, avaliar problemas, observar 
comportamentos e situações para evitar sinistros, apesar das condições 
divergentes que possam surgir. Acompanhe, a seguir, os elementos da direção 
defensiva:
Conhecimento
Para que o motorista possa conduzir o veículo com segurança, é 
necessário ter conhecimento prático, ou seja, saber dirigir. Além 
disso, também é importante conhecer:
• Os direitos e deveres como condutor e como pedestre;
• As leis de trânsito;
• As normas;
• Os trajetos;
• As sinalizações;
• O veículo.
Esses conhecimentos são necessários para que seja possível agir 
com sabedoria e agilidade no trânsito. Isso poderá evitar danos ao 
condutor, ao carro, aos outros usuários e à via pública.
176
Atenção
Ao conduzir um veículo, o condutor precisa estar atento e 
consciente desde o momento em que entra no automóvel até o 
destino, tendo em vista que o risco de sinistro diminui quando o 
motorista é atencioso.
Previsão
Previsão é a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e 
reagir rapidamente, mas prever não é a mesma coisa que adivinhar. 
Quando o motorista está atento e analisa tudo o que acontece ao 
seu redor, ele consegue identificar os riscos, prevendo possíveis 
sinistros. Assim, esse condutor tem mais tempo para agir de 
maneira segura. 
A previsão também podeser usada em ocorrências que ainda não 
existem, como quando o motorista realiza antecipadamente a 
revisão do veículo e a verificação dos equipamentos obrigatórios, 
evitando, assim, que o carro apresente problemas em via pública.
Decisão
É a capacidade de analisar rapidamente a situação e escolher 
que ação deve praticada naquele momento. A decisão no trânsito 
requer uma iniciativa imediata, pois, ao identificar uma situação 
de perigo, o condutor precisa decidir o que fazer a tempo de evitar 
um sinistro.
Habilidade
A habilidade está relacionada à experiência do condutor e pode ser 
desenvolvida com a prática. O motorista é considerado hábil para 
conduzir e manobrar o seu veículo quando tem conhecimentos 
teóricos e práticos e desenvolve atenção, previsão e a capacidade 
de decisão.
177
Quanto mais o condutor exercitar os elementos da direção defensiva, mais 
habilidoso e apto estará para as adversidades que o trânsito apresenta. Todos, 
desde pedestres a motoristas, devem colaborar para um tráfego mais seguro.
Sinistros de trânsito: causas 
 
Acidentes são situações inesperadas, mas que no trânsito representam uma 
ocorrência responsabilizável, ou seja, um acontecimento provocado por alguém. 
Posto isso, um acidente no trânsito é denominado como sinistro.
 
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 10697), 
o sinistro de trânsito tem a seguinte definição:
“Sinistro de trânsito é todo evento que resulte em dano ao veículo 
ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas e/ou animais, e que 
possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via ou ao 
meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em 
movimento nas vias terrestres ou em áreas abertas ao público.”
(ABNT, 2020) 
Nesse sentido, é importante que as pessoas tenham consciência de 
que sinistros podem ser evitados desde que os condutores e pedestres 
tenham responsabilidade e atenção. Acompanhe, clicando nos itens a seguir, 
o comportamento dos condutores e as falhas humanas que podem ocasionar um 
sinistro de trânsito.
NEGLIGÊNCIA 
É o motorista que age com descaso, não observa e é desatento. 
Exemplo: Não cuidar da manutenção do veículo ou entregá-lo a pessoas não 
habilitadas.
178
IMPERÍCIA
É a falta de habilidade ou de conhecimento ao dirigir, que decorre principalmente 
da formação inadequada do condutor.
Exemplo: Não saber agir em situações de emergência.
IMPRUDÊNCIA
Ocorre quando o condutor conhece a lei, mas desobedece às regras de conduta.
Exemplo: Exceder a velocidade da via, dirigir sob a influência de álcool, não 
respeitar as regras e os sinais de trânsito.
Essas condutas precisam ser enfrentadas com seriedade. A negligência, 
imperícia e imprudência precisam ser substituídas por precaução, bom senso e 
sabedoria, a fim de contribuir para um trânsito mais respeitoso.
Condições adversas 
As condições adversas são situações e fatores que atrapalham e/ou interferem 
na forma de dirigir. Portanto, é necessário estar atento e preparado para, diante 
dessas ocorrências, agir de forma adequada para evitar sinistros.
Atitudes como obedecer à sinalização, não ultrapassar o limite de velocidade 
e respeitar os outros motoristas e pedestres são maneiras de se precaver de 
condições adversas. Veja, a seguir, algumas circunstâncias que podem prejudicar 
a forma de dirigir.
Luz 
As condições de iluminação são muito importantes na direção defensiva, pois a 
ausência de luz ocasiona a penumbra, que geralmente ocorre ao anoitecer, 
amanhecer, no interior de túneis, viadutos e durante tempestades. Posto isso, 
quando acontece uma penumbra, o condutor deve redobrar a atenção, manter a luz 
baixa ligada e reduzir a velocidade. Ainda, é importante estar atento aos excessos:
179
Figura 2 – Penumbra. 
Fonte: Pìxabay.
• Excesso de luz natural pode causar ofuscamento momentâneo da visão 
do motorista.
Figura 3 – Excesso de luz natural. 
Fonte: Shutterstock/Rejdan.
• Excesso de luz artificial pode prejudicar a visão do condutor, tornando a 
direção insegura.
180
Figura 4 – Excesso de luz artificial. 
Fonte: Shutterstock/Travel_Master.
É importante ver e ser visto, daí a importância de algumas atitudes como:
• Manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento;
• Usar óculos de sol ou a pala de proteção, para motorista, que consta no veículo;
• Não utilizar luz alta em vias iluminadas à noite;
• Orientar-se pela margem direita da via utilizando as linhas da borda da 
pista, em caso de ofuscamento;
• Utilizar os faróis baixos à noite ou sob chuva forte.
À noite é mais difícil enxergar os detalhes, por isso é importante reduzir a 
velocidade para ter mais tempo na avaliação dos obstáculos, como animais, 
buracos ou pessoas.
Tempo 
As condições atmosféricas também podem dificultar a visão do condutor, 
prejudicando o deslocamento do veículo. O fator tempo, como chuva, vento, 
granizo, neve, neblina e até calor excessivo, diminui muito a capacidade do 
motorista enxergar e avaliar as situações reais da estrada e do veículo. 
181
Além da dificuldade visual, o cenário do tempo pode causar problemas nas 
estradas, como barro, areia e desmoronamento, tornando-as mais lisas e 
perigosas, o que pode causar derrapagens e sinistros.
 
Diante disso, deve-se reduzir a marcha, acender as luzes do veículo e, se 
necessário, procurar um local adequado (como um recanto, posto rodoviário ou 
posto de gasolina) e esperar que as condições do tempo melhorem. Observe 
outros procedimentos a seguir.
Neblina, cerração ou nevoeiro 
Nesses casos, o condutor deve usar luz baixa, diminuir a velocidade e ter mais 
atenção para conduzir o veículo. Em caso de visibilidade nula, será necessário parar 
em um lugar seguro e aguardar. Diante disso, os procedimentos corretos são:
• reduzir a velocidade;
• não ultrapassar;
• ligar o limpador de para-brisa;
• parar em lugar seguro e aguardar, se necessário;
• evitar parar na via, mas, se for preciso, usar sempre o acostamento e 
posicionar o triângulo de segurança em local visível;
• se precisar parar, o condutor deve ligar o pisca-alerta, o qual não pode ser 
utilizado com o carro em movimento;
• ligar os faróis do veículo, utilizando a luz baixa.
Ventos fortes 
Os ventos fortes podem desequilibrar os veículos. Por isso, quando o 
condutor se deparar com essa situação, precisa estar atendo aos tópicos 
nos cards a seguir:
182
Ventos transversais Ventos frontais
O condutor deve abrir os vidros, 
reduzir a velocidade e manter o 
volante firme.
O condutor deve fechar os vidros, 
reduzir a velocidade, segurar o 
volante com firmeza e manter o 
alinhamento do veículo.
Chuva 
O perigo de conduzir um veículo na chuva começa nos primeiros pingos, pois eles 
se misturam à fuligem, à poeira e aos resíduos de borracha dos pneus formando 
uma camada fina sobre a pista, deixando-a escorregadia. A alta velocidade e 
o tempo de vida dos pneus podem ampliar as chances de sinistro, portanto é 
crucial reduzir a velocidade, manter os pneus em excelentes condições e ficar a 
uma distância segura do veículo à frente. 
Ainda, a Lei Federal n. 14.071/2020 tornou obrigatório, para qualquer motorista 
que conduza sob chuva, mesmo de dia, ligar os faróis do veículo utilizando a 
luz baixa, conforme item “b” do inciso I, art. 40 (Brasil, 2020). A desobediência 
a essa obrigação, conforme art. 250 do CTB, é considerada uma infração média 
(Brasil, 1997).
Aquaplanagem ou hidroplanagem 
A aquaplanagem ocorre quando uma fina camada de água impede a aderência 
dos pneus ao solo. Em alta velocidade, o veículo pode perder o contato com o 
183
asfalto e derrapar. Para evitar esse fenômeno, o procedimento correto é tirar o 
pé do acelerador, não acionar o freio, não virar o volante para a direita ou para a 
esquerda e não usar marcha de força.
Veja neste link43 o "Vídeo 1 – Como evitar a aquaplanagem". 
Alagamento 
Ocorre como efeito da chuva e, nessa situação, é necessário parar em um lugar 
alto e seguro para aguardar o nível da água baixar.
 
Assim, se o motoristase deparar com alguma dessas situações ao conduzir 
o veículo, deve manter a atenção redobrada e, se possível, evitar dirigir em 
condições inseguras.
Via 
Ao longo do trajeto é possível que o condutor encontre várias adversidades no 
pavimento, as quais poderão desestabilizar o veículo. Por conta disso, a atenção 
direcionada aos elementos da pista ou via ajudará a controlar situações de risco.
Também deve manter a velocidade compatível com as condições da via evita 
sinistros e avarias ao veículo, como a quebra de suspensão ou danos aos pneus.
Trânsito 
 
O grande movimento de veículos nos horários de pico, períodos de férias e 
43 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_578/UE_2506/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO01_NT2UE1.mp4
O condutor deve ficar atento às mudanças no pavimento, à ausência de 
asfalto, aos buracos, às ondulações, aos desníveis e à sinalização ausente 
ou deficiente. 
184
feriados prolongados deixa o trânsito muito carregado. Assim, para evitar o 
tráfego intenso, é importante o condutor pesquisar o trajeto com antecedência, 
programar a saída e conhecer opções de caminhos alternativos para evitar 
dificuldades e congestionamentos. Também, é muito importante que o motorista 
mantenha o controle e tenha paciência nessas situações.
Veículo 
 
A condição do veículo pode ser responsável por um número considerável de 
sinistros de trânsito, os quais podem envolver outros automóveis, pedestres, 
animais e patrimônio público/privado.
 
Por isso, é necessário manter o veículo em condições adequadas para transitar, 
além de possibilitar uma reação instantânea e eficientemente a todos os 
comandos necessários.
 
Veja os pontos da figura abaixo e confira o que condutor deve verificar 
periodicamente no veículo.
 
 
185
1
Pneus e roda sobressalente (estepe): Os pneus e rodas 
sobressalentes devem estar com sulco de pelo menos 1,6 milímetros 
(Resolução Contran n. 558/1980, art. 4º) e com calibragem 
adequada (Contran, 1980); é importante calibrá-los regularmente.
2 Rodas: As rodas devem ser alinhadas e balanceadas. 
3
Motor: O motor deve estar bem regulado, pois evita o consumo 
excessivo de combustível e óleo. Os níveis de óleo e temperatura 
(água) podem ser acompanhados pelo painel do veículo e 
conferidos periodicamente. 
4
Retrovisores internos e externos: Os retrovisores internos e 
externos devem estar limpos, firmes e bem regulados.
5
Bateria: A carga da bateria e cabos devem ser conferidos 
periodicamente. 
6
Cintos de segurança: Verificar se todos os cintos de segurança 
do veículo estão funcionando adequadamente, possibilitando a 
regulagem e o engate.
Um veículo em mau estado de conservação pode sofrer a penalidade prevista 
no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, 
e caracterizar-se como infração de natureza grave e perda de 5 pontos na CNH.
 
Assim, é fundamental realizar revisões no veículo conforme a indicação do 
fabricante, tendo em vista que é a melhor maneira de garantir a conservação, 
colaborar com a segurança no trânsito e cumprir a legislação.
186
Figura 5 – Mantenha o seu veículo em perfeito estado para locomoção. 
Fonte: Freepik.
Motorista 
Todo condutor deverá dirigir o veículo bem-disposto, equilibrado e sóbrio, o 
que significa que a responsabilidade vai além de portar a CNH. Assim, cabe 
ao motorista ter equilíbrio durante a direção e cuidado pela própria segurança 
e a dos demais. É fundamental lembrar-se de que a causa de muitos sinistros 
depende da forma como o automóvel foi conduzido.
Referências
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10697:2020 – Pesquisa 
de sinistros de trânsito – Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
Chegamos ao final desta Unidade de Estudo. Aqui, você relembrou a 
importância da direção defensiva e de como o condutor pode 
identificar as condições adversas e evitar sinistros. Analisando e 
refletindo sobre as informações aqui repassadas, você estará mais preparado 
para identificar situações de risco e contribuir para um trânsito melhor. Agora 
responda às questões e até a próxima Unidade! 
187
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
2 out. 2021.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm . Acesso em: 2 out. 2021.
BRASIL. Ministério das Cidades. Direção defensiva: trânsito seguro é 
um direito de todos. Brasília: Ministério das Cidades, 2005. Disponível 
em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/dt000002.pdf . Acesso 
em: 2 out. 2021.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 558, de 15 de abril 
de 1980. Fabricação e reforma de pneumático com indicadores de profundidade. 
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 abr. 1980. Disponível 
em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-denatran/
resolucoes-contran . Acesso em: 2 out. 2021.
188
Unidade de Estudo 2 – Situações de risco
Objetivo: reconhecer as situações de risco do trânsito nas cidades e rodovias, 
como cruzamentos, curvas, ultrapassagens, frenagens, buracos, ondulações, 
entre outros, a fim de prevenir sinistros.
Tópicos desta Unidade:
• O que são situações de risco?
• Situações de risco em ultrapassagens
• Situações de risco em derrapagens
• Situações de risco em pista irregular
• Situações de risco em cruzamentos entre vias
• Situações de risco em frenagem normal e de emergência
• A diferença entre parar e estacionar 
O que são situações de risco? 
Situações de risco podem ser classificadas como possibilidades de algo perigoso 
acontecer, tendo em vista que são diversas as ameaças e os obstáculos 
encontrados no trânsito. No entanto, quando a percepção sobre as circunstâncias 
de risco aumenta, aprende-se a evitar o perigo.
Ações imprudentes mais comuns e que levam a situações de risco são o 
desrespeito à sinalização, excesso de velocidade, desatenção com o fluxo viário 
(erro de distância), ultrapassagens perigosas e ultrapassagem de mais de um 
Olá! Você sabia que a maioria dos sinistros de trânsito é causada 
pelo excesso de velocidade, além de outras ações que também 
colocam a vida de muitas pessoas em risco e são frequentemente 
praticadas por motoristas que não respeitam as normas de trânsito e acabam 
provocando sinistros? Assim, nesta Unidade, vamos estudar sobre as situações 
de risco que somos submetidos e aprender a preveni-las durante o tráfego. 
189
veículo por vez (o que faz aumentar o tempo de permanência na via de sentido 
contrário), entre outros.
Situações de risco em ultrapassagens 
As situações de risco em ultrapassagens são ocasionadas pelo descumprimento 
das regras que objetivam a segurança de todos. Ao dominar essas regras, o 
motorista defensivo amplia sua percepção sobre essas situações.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB apresenta algumas regras de 
ultrapassagem segura. Ainda, o Anexo I do CTB (Brasil, 1997) traz a definição 
de duas situações diferentes: 
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO
É o movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no 
mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.
ULTRAPASSAGEM
É o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo 
sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair 
e retornar à faixa de origem. 
Atenção e cuidado são elementos fundamentais para uma boa condução, portanto 
é importante sempre estar atento. Ainda, sobre a passagem deveículos, é 
importante ressaltar que o CTB (1997) determina que a circulação dos veículos 
deve obedecer a uma série de normas. 
Com isso, a Lei Federal n. 14.071/2020 alterou as regras e destacou como obrigatório 
que todo motorista deixe livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a 
direita da via e parando, se necessário, toda vez que veículos destinados a socorro 
de incêndio, salvamento, polícia, fiscalização, operação de trânsito e ambulâncias 
estiverem com alarme sonoro e iluminação intermitente acionados (Brasil, 2020).
O condutor deverá manter a velocidade constante para permitir a ultrapassagem 
assim que perceber que outro veículo irá realizá-la. É crucial ressaltar que uma 
190
ultrapassagem só poderá ser feita quando a sinalização permitir. Acompanhe 
situações consideradas corretas para a realização de uma ultrapassagem. 
Observe o vídeo.
Veja neste link44 o "Vídeo 1 – Ultrapassagem correta". 
A ultrapassagem é permitida:
• Quando indicada pela sinalização e em locais apropriados;
• Quando há plenas condições de segurança;
• Quando o condutor tiver total visibilidade da via;
• Somente pela esquerda.
 
As ultrapassagens não devem ocorrer em curvas, túneis, viadutos, aclives, 
lombadas, cruzamentos, pontes ou pontos inseguros, pois esses movimentos 
sem segurança podem causar colisões com veículos que estão em sentido 
contrário e ocasionar sinistros graves que podem resultar em mortes.
 
A seguir, clique nos números e relembre alguns cuidados básicos e necessários 
que devem ser aplicados antes de realizar a ultrapassagem:
1 
Manter distância do veículo que segue à frente para não perder o 
ângulo de visão.
2
Sinalizar com antecedência, pois o motorista que segue à frente e 
o que segue atrás precisam saber as intenções de ultrapassagem.
3 Conferir o ângulo de visão pelo retrovisor e a situação do tráfego.
4
Verificar se há espaço suficiente à frente do veículo que será 
ultrapassado e se há condição de segurança para a manobra.
5
Ao retornar à faixa, realizar o mesmo procedimento: conferir o 
espelho retrovisor, sinalizar e retornar mantendo a distância.
44 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_578/UE_2507/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO01_NT2UE2.mp4
191
Ao se deparar com a placa “Proibido ultrapassar”, seja responsável e respeite-a 
para evitar sinistros.
Figura 1 – Placa de sinalização: Proibido ultrapassar. 
Fonte: Brasil, 1997.
Situações de risco em derrapagens 
A derrapagem (ou arrastamento de pneus) é causada pela falta de aderência 
da borracha com o piso. Essa situação caracteriza-se como de alto risco, pois 
o condutor perde o domínio do veículo.
Assim sendo, o motorista deve conferir a qualidade dos pneus e mantê-los 
sempre calibrados conforme as recomendações do fabricante. Se notar qualquer 
deformação, como furos ou desgaste irregular, faz-se necessário procurar 
assistência técnica ou trocar os pneus. É válido mencionar que o desgaste 
irregular nos pneus, a calibragem incorreta, o piso molhado ou escorregadio por 
causa de areia, pedras, fuligem ou até grãos podem causar derrapagens.
Posto isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê penalidades para 
derrapagens realizadas de propósito:
192
“Art. 175. Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar 
ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou 
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus [é]:
• Infração: gravíssima;
• Penalidade: multa, suspensão do direito de dirigir e 
apreensão do veículo;
• Medida administrativa: recolhimento do documento de 
habilitação e remoção do veículo.”
(Brasil, 1997)
 
Portanto, todo condutor que utilizar as vias com o intuito de realizar movimentações 
consideradas perigosas, estará sujeito à penalidade do art. 175, do CTB. Assim, é 
fundamental cumprir a norma a fim de evitar sinistros graves e, consequentemente, 
preservar-se de medidas administrativas. 
Situações de risco em pista irregular 
Veículos com carga acima do peso permitido danificam as pistas (urbanas 
ou rodovias) causando deformações e ondulações no pavimento e esses 
buracos e desníveis podem tirar o motorista da sua trajetória. A qualidade da 
via pode comprometer o percurso do condutor, a qualidade do deslocamento e 
a segurança dos usuários. Outros fatores que podem causar sinistros graves 
são obras, cortes na pista e alterações de nível, portanto é crucial verificar o 
mapeamento das obras, reduzir a velocidade e observar a sinalização.
Situações de risco em cruzamentos entre vias 
As placas de regulamentação e/ou semáforos determinam a preferência 
no momento da passagem. Portanto, ao se aproximar de um cruzamento, o 
motorista deve diminuir a velocidade do veículo e observar a sinalização.
Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a preferência é sempre do 
veículo que se aproxima pela direita e essa regra está no Código de Trânsito 
Brasileiro (Brasil,1997). Acompanhe essas regras abaixo:
193
• São as placas de regulamentação e/ou os semáforos que determinam 
a preferência da passagem no cruzamento entre vias.
• Ao se aproximar de um cruzamento, o motorista deve diminuir a velocidade 
e observar a sinalização.
• Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a preferência de 
passagem é sempre do veículo que se aproxima pela direita.
• Em uma rotatória, a preferência de passagem será sempre do veículo 
que já estiver circulando por ela.
• Antes de passar, o motorista deve observar se é possível atravessar a via 
para seguir em frente.
• Em todas as situações, o motorista deve respeitar a sinalização.
Veja neste link45 o "Vídeo 2 – Cruzamento". Fonte: Pexels. 
Situações de risco em frenagem normal e de emergência 
Frenagem é o acionamento do sistema de freios para diminuir a velocidade 
de um veículo ou pará-lo. Ao realizar a essa ação, o veículo ainda percorre 
certa distância. Por isso, o motorista precisa estar atento e manter distância do 
veículo que está à frente.
Em uma emergência, para o sistema de freios convencional, quando o condutor aciona 
os freios fortemente, é necessário ter cuidado ao frear para evitar as derrapagens.
Figura 2 – Frenagem de emergência. 
Fonte: Shutterstock/Yauhen_D.
45 https://plataformajornada.com.br/biblioteca/RECICLAGEM_VIDEO02_NT2UE2.mp4
194
A distância de frenagem aumenta de acordo com a velocidade do veículo, 
conforme pode ser verificado na Figura 3. Dessa forma, quanto maior a velocidade 
do veículo, maior será a distância percorrida por ele até que pare efetivamente.
Tanto para diminuir a velocidade quanto para parar um veículo, leva-se em 
conta o tempo de reação do condutor, ou seja, a decisão de acionar o freio, a 
desaceleração do veículo e as condições da pista, que pode estar molhada ou 
escorregadia. Respeitando sempre os limites de velocidade, o motorista terá 
possibilidade de realizar manobras mais seguras.
Figura 3 - Distância aproximada de frenagem. 
Fonte: Obelheiro et al., 2016.
Você Sabia?
O sistema de freios do veículo precisa ter manutenção constante 
para poder funcionar e proporcionar segurança ao motorista e aos 
passageiros. O sistema de freios tem muitos componentes, tais 
como lona de freio, pastilhas de freio, óleo de freio, pedais etc., que podem 
variar de carro para carro. Além da manutenção dos componentes do sistema 
de freios, é necessário verificar a condição dos pneus, pois eles interferem 
diretamente na frenagem. 
195
Ainda, quando for possível, o condutor deve procurar conhecer o tipo e a 
qualidade da via que irá percorrer e, se não a conhecer, é preciso que haja ainda 
mais atenção à velocidade e à distância mantida dos demais veículos.
Segundo a legislação vigente, é obrigatório aos veículos, saídos de fábrica a 
partir de 2014, um sistema de freios chamado ABS (sigla para Anti-lock Braking 
System), o qual evita que as rodas sejam bloqueadas durante a frenagem (quando 
o pedal de freio é acionado fortemente) e ocorra o descontrole do veículo.
A diferença entre parar e estacionar 
O condutorconhece a diferença entre parada e estacionamento? Muitos 
motoristas têm dúvidas com relação ao procedimento e, por conta disso, acabam 
cometendo infração de trânsito.
O CTB determina que a parada é a imobilização do veículo com a finalidade de 
efetuar embarque ou desembarque de passageiros, ou seja, em local apropriado 
e devidamente sinalizado com a placa de regulamentação que permita a parada do 
veículo apenas para esses fins. Após efetuar esse procedimento, o condutor deve 
retirar o automóvel do local, respeitando, assim, a fluidez do trânsito.
Do mesmo modo, parar em local proibido para atender ao telefone ou 
efetuar carga e descarga é considerado estacionamento (ou seja, uma 
infração de trânsito média) e gera 4 pontos na CNH e medida administrativa de 
remoção do veículo.
Outras situações em que é necessária a parada do veículo:
• Antes de uma via preferencial;
• Antes de passar uma via férrea;
• Para a passagem de ambulâncias, veículos batedores (aqueles que 
realizam escolta), caminhões do Corpo de Bombeiros e veículos da polícia;
• Quando o sinal do semáforo estiver vermelho;
• Em cruzamentos com faixa de retenção (a faixa que fica a 1 metro de 
distância da faixa de pedestres);
196
• Em travessias de via pública para pessoas com necessidades físicas 
especiais, idosos, crianças e demais pedestres;
• Quando houver placa de parada obrigatória;
• Conforme a ordem do agente de trânsito.
Não se deve parar o veículo:
• Em túneis;
• Pontes;
• Viadutos;
• Na contramão;
• A menos de 5 metros de esquinas;
• Em calçadas;
• Longe da borda da pista;
• Sobre a pista de rolamento (via);
• Sobre os canteiros divisores da pista.
Já estacionar consiste em parar um veículo num determinado lugar e mantê-lo 
imobilizado por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque 
de passageiros. Veja nas imagens a seguir os lugares onde, geralmente, há 
sinalização proibindo o estacionamento:
Pontos de ônibus Próximo a hidrantes Túneis
Fonte: Pexels. Fonte: Pexels. Fonte: Pexels.
197
Viadutos Pontes Acostamentos
Fonte: Freepik. Fonte: Shutterstock/
Erich Sacco.
Fonte: Freepik.
Portas e portões 
particulares ou de 
repartições públicas
Calçadas
Longe da borda da 
pista
Fonte: Shutterstock/
sylv1rob1.
Fonte: Unplash. Fonte: Freepik.
Sobre a pista de 
rolamento (via)
Sobre os canteiros da 
pista
Na contramão
Fonte: Pexels. Fonte: Freepik. Fonte: Pexels.
198
Entradas ou saídas de veículos com 
guias de calçada rebaixadas (meio-fio)
Fonte: Shutterstock/Maksim Ladouski.
Conheça essas placas:
Estacionamento 
regulamentado 
(permitido).
Proibido estacionar.
Proibido parar e 
estacionar. 
Nesta Unidade de Estudo o condutor relembrou como deve agir em situações 
de risco no trânsito e, a partir de agora, seguirá todas essas orientações para 
garantir a própria segurança e a dos demais usuários das vias. 
199
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
9 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm . Acesso em: 9 ago. 2022.
BRASIL. Ministério das Cidades. Denatran. Direção defensiva: trânsito seguro 
é um direito de todos. Brasília: Ministério das Cidades, 2005. Disponível 
em: http://vias-seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_
denatran. Acesso em: 9 ago. 2022.
WELLE, B., LI, W., ADRIAZOLA, C., KING, R., SARMIENTO, C., LIU, Q. e 
OBELHEIRO, M. O desenho de cidades seguras – Diretrizes e exemplos para 
promover a segurança viária a partir do desenho urbano. World Resources 
Institute Brasil, São Paulo, jul. 2016. Disponível em: https://wribrasil.org.br/pt/
publicacoes/o-desenho-de-cidades-seguras . Acesso em: 9 ago. 2022.
200
Unidade de Estudo 3 – Condução, equipamentos de segurança 
e manutenção dos veículos
Objetivo: reconhecer os cuidados necessários para a condução dos veículos 
com passageiros e/ou cargas
Tópicos desta Unidade:
• Procedimentos adequados que cabem ao condutor antes da movimentação 
dos veículos
• Atitudes do motorista
• Atitudes do motorista com passageiros
• Atitudes do motorista com o transporte de cargas
• Condução dos veículos
• Equipamentos de segurança do condutor
• Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicleta
• Manutenção do veículo 
Procedimentos adequados que cabem ao condutor antes 
da movimentação dos veículos 
 
Ao pensar em segurança no trânsito, o principal agente é o condutor do 
veículo e, para que seja possível dirigir tranquilamente, o motorista precisa 
estar concentrado e seguir os procedimentos da direção defensiva. O 
planejamento prévio do percurso pode evitar transtornos. Assim, antes de partir, 
recomenda-se verificar as condições do tempo e do trânsito, conforme o trajeto, 
e, se for utilizar o GPS (Global Positioning System), traçar a rota antes de colocar 
o veículo em movimento.
Olá! Seja bem-vindo a mais uma Unidade de Estudo do Curso de 
Reciclagem para Condutores Infratores. Você tem levado o seu carro 
regularmente para a revisão? A manutenção prévia do veículo 
contribui para a segurança do condutor, dos passageiros e dos 
demais usuários da via. Nesta Unidade, você poderá relembrar os cuidados 
necessários para a condução de veículos com passageiros e cargas, além dos 
equipamentos de segurança obrigatórios. Vamos iniciar? Bons estudos! 
201
Acompanhe a forma adequada de se posicionar no veículo:
SENTAR-SE CORRETAMENTE NO VEÍCULO
O primeiro passo é sentar-se corretamente no banco com os pés alcançando 
os pedais, mas deixando os joelhos semiflexionados, as costas retas e os 
punhos alcançando o volante, de maneira que os braços também fiquem 
semiflexionados. O condutor deve estar confortável e não ficar muito perto nem 
muito longe do volante, pois é preciso ter espaço suficiente para manobrar.
Figura 1 - Posição adequada dos pés. 
Fonte: Shutterstock/Nor Gal.
REGULAR OS ESPELHOS RETROVISORES INTERNOS E EXTERNOS
Antes de sair, o condutor deve ajustar o retrovisor interno do carro de forma 
que visualize a maior parte do vidro traseiro. O segundo passo é alinhar os 
retrovisores externos para que eles mostrem mais da via e menos do carro, 
por isso deve abrir o espelho até que o veículo saia do campo de visão.
Figura 2 - Regulagem dos espelhos retrovisores. 
Fonte: Freepik.
202
AJUSTAR O CINTO DE SEGURANÇA
Após sentar e ajustar os espelhos, é fundamental o condutor colocar o 
cinto de segurança, que é item obrigatório, travá-lo e certificar-se de que os 
passageiros também estejam usando esse dispositivo.
Figura 3 - Cinto de segurança é item obrigatório de segurança. 
Fonte: Freepik.
VERIFICAR SE O CÂMBIO ESTÁ EM PONTO NEUTRO
Depois desses procedimentos, já é possível acionar a chave de partida. Então, 
com o carro ligado, o condutor deve observar o painel e certificar-se de que 
não há luzes vermelhas acionadas, além da luz do freio de estacionamento.
Figura 4 - Câmbio em ponto neutro. 
Fonte: Shutterstock/Virrage Images. 
203
Atitudes do motorista 
A atitude correta do motorista é o primeiro passo para a segurança de todos. O 
condutor consciente respeita as regras e as normas de trânsito, é responsável e 
sabe se comportar com segurança quando está dirigindo.
Ainda, com as atitudes adequadas, é possível contribuir para a prevenção de 
sinistros e, assim, beneficiar o tráfego e a sociedade. Observe algumas dessas 
atitudes:
Respeitar o limite de velocidade indicado nas placas de 
sinalização.
Respeitar os sinais de trânsito.
Nunca falar ao celularenquanto estiver dirigindo.
Acender o farol de luz baixa ao dirigir à noite, pois a escuridão 
dificulta a visibilidade, e durante o dia nas rodovias, em túneis, 
sob chuva, neblina ou cerração.
De acordo com a Lei n. 14.071/20, art. 40, parágrafo 1°, os veículos 
de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em 
faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas 
e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o 
dia (Brasil, 2020).
Quando estiver sob chuva forte, garoa, neblina ou cerração, 
acender o farol de luz baixa, diminuir a velocidade e redobrar 
a atenção.
Em manobras, avaliar os tipos de parada e a distância entre os 
veículos (usar as setas indicadoras ou o braço para sinalizar. 
Depois, manter as duas mãos no volante e realizar a manobra). 
 
204
É importante lembrar que a manobra deve ser realizada com segurança, mas 
com a rapidez possível para não atrapalhar o trânsito.
Ponto cego 
Ao realizar a conversão em uma esquina, o condutor deve mover a cabeça para 
olhar o que acontece à sua volta. Na maioria das vezes, apenas desviar o olhar 
não é suficiente, pois a coluna do para-brisa pode ocultar um veículo ou um 
pedestre que esteja próximo.
Essas pessoas e objetos que não podem ser facilmente vistos pelo condutor é 
chamado de ponto cego e é importante estar atento a eles para diminuir os riscos 
de sinistro, especialmente em manobras realizadas em esquinas e cruzamentos.
Tendo em vista que esses pontos atrapalham a visão do motorista, dificultando 
a visualização de pedestres, motocicletas, bicicletas e outros veículos, é 
fundamental conhecê-los e reconhecê-los no momento de manobrar. 
Nesta reportagem46, saiba como identificar o ponto cego e a importância de 
ajustar os retrovisores.
Atitudes do motorista com passageiros 
 
Durante o transporte dos passageiros, a responsabilidade é, primeiramente, do 
condutor. Com isso, antes de iniciar o percurso, o motorista deve conferir se 
todos os passageiros estão usando cinto de segurança.
 
46 https://www.youtube.com/watch?v=0m7loEQ_o6o&app=desktop
Todos os veículos apresentam pontos cegos, sendo o mais comum 
a coluna do para-brisa. Além disso, as cargas também podem 
bloquear a visão do condutor. 
205
Além disso, a desordem dentro do veículo, bem como passageiros alterados, 
irritados, embriagados ou assuntos que distraiam o condutor podem comprometer 
a atenção e interferir na dirigibilidade. O número de passageiros também é dever 
do condutor, pois não é possível ultrapassar o limite da capacidade do veículo.
Dentro dos cuidados que o motorista deve ter com os passageiros, também é um 
assunto de extrema importância o transporte infantil. Crianças menores de 10 
anos devem ser transportadas no banco traseiro dos veículos, nos dispositivos 
de retenção projetados especificamente para cada faixa etária, levando-se em 
conta o peso e a altura da criança. Esses equipamentos de segurança são o bebê-
conforto, a cadeirinha e o assento de elevação e foram criados para proteger 
as crianças no caso de ser necessário reduzir repentinamente a velocidade do 
veículo ou, inevitavelmente, no caso de uma colisão.
Veja as imagens a seguir.
Até 1 ano De 1 a 4 anos
Dos 4 aos 7 anos e 
meio
(ou até 13 kg)
Bebê conforto, instalado 
de costas para o banco 
dianteiro.
(ou com peso entre 9 e 
19 kg)
Cadeirinha, voltada 
para a frente do veículo.
(ou com até 1,45 m de 
altura e peso entre 15 e 
36kg)
Assento de elevação 
voltado para a frente 
do veículo e cinto de 
segurança de três 
pontos.
206
Dos 7 anos e meio 
aos 10 anos
A partir dos 10 anos
Banco traseiro com 
cinto de segurança de 
três pontos.
Banco traseiro ou 
dianteiro com cinto 
de segurança de três 
pontos. 
É muito importante considerar, além da idade, o peso e a altura da criança, pois 
cada uma tem um ritmo de crescimento diferente. Sobre o limite de altura e 
idade, a Lei n. 14.071/20 regulamenta, em seu art. 64, que as crianças com idade 
inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta 
e cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, 
em dispositivo de retenção adequado para cada idade, peso e altura, conforme 
quadro acima (Brasil, 2020).
Ainda, de acordo com o art. 3° da Resolução n. 819/21 (Brasil, 2021):
“[...] o transporte de criança com idade inferior a dez anos 
pode ser realizado no banco dianteiro do veículo, com o uso 
do dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura, nas 
seguintes situações:
I - quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco;
II – quando a quantidade de crianças com esta idade exceder 
a lotação do banco traseiro; ou
207
III – quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de 
cintos de segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos 
traseiros; ou
IV – quando a criança já tiver atingido 1,45m de altura.
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com idade 
superior a quatro anos e inferior a sete anos e meio podem 
ser transportadas utilizando cinto de segurança de dois pontos 
sem o dispositivo denominado “assento de elevação”, nos 
bancos traseiros, quando o veículo for dotado originalmente 
destes cintos.”
(Brasil, 2021) 
Diante disso, ao transportar crianças o condutor precisa estar ciente da resolução 
para prevenir que ocorram sinistros. Além disso, cada idade possui uma 
determinação de segurança, considerando vários aspectos do desenvolvimento.
Do mesmo modo, quando o transporte de crianças for realizado em veículo de 
transporte coletivo de passageiros ou veículo de aluguel, o art. 2° da Resolução 
n. 819/21 determina (Brasil, 2021):
“§2° As exigências relativas ao sistema de retenção, no 
transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, não 
se aplicam aos veículos de transporte coletivo de passageiros, 
aos de aluguel de que trata a alínea “d” do inciso III do art. 96 do 
CTB, aos de transporte remunerado individual de passageiros, 
aos veículos escolares e aos demais veículos com peso bruto 
total superior a 3,5 t.
§3° A isenção prevista no § 2° se aplica aos veículos de 
transporte remunerado individual de passageiros durante a 
efetiva prestação do serviço.”
(Brasil, 2021) 
Assim, as normas de retenção sofrem alterações conforme o tipo de transporte, 
pois os veículos coletivos não precisam acatar as exigências, apenas os veículos 
particulares durante a prestação de serviço. 
208
Atitudes do motorista com o transporte de cargas 
De modo geral, o transporte de cargas obriga o condutor a dirigir com mais segurança 
e atenção, pois, independentemente do tamanho, ela pode provocar sinistros se 
estiver mal distribuída, mal embalada e sem a imobilização correta. Assim, ao 
transportar cargas, o motorista deve obedecer às seguintes orientações:
• Respeitar o limite de peso, pois volume e peso devem ser compatíveis 
com a capacidade do veículo e da via;
• Nunca transportar passageiros no compartimento de carga;
• Conferir se a carga está imobilizada corretamente para seguir viagem;
• Aproveitar as paradas para conferir as condições da carga.
Figura 5 – Cuidados especiais para o transporte de cargas. 
Fonte: Shutterstock/MAZNEV GENNADY.
Condução de veículos 
Com o ritmo agitado da vida moderna, dirigir se tornou uma necessidade, mas 
é importante saber que essa ação precisa ser segura. Diante disso, é válido 
relembrar alguns dos procedimentos necessários para uma boa condução do 
veículo. Veja a seguir:
209
PARAR
Quando o condutor estiver em uma via urbana, o veículo deve ser parado 
próximo ao bordo da pista e, nesse caso, é preciso observar a permissão 
para parar. Considera-se parada o tempo necessário para embarque e 
desembarque de passageiros e qualquer tempo além desse caracteriza o 
veículo como estacionado.
ESTACIONAR
O motorista só pode estacionar o veículo em locais permitidos. Estacionar onde 
só é permitido parar pode ocasionar multa, além de gerar pontos na CNH.
PREFERÊNCIA
Ao se aproximar de um cruzamento não sinalizado, a preferênciaserá do 
veículo que vier pela direita.
CONVERSÃO
A Lei n. 14.071/20 permite que o movimento de conversão à direita, quando o 
condutor estiver diante de sinal vermelho do semáforo, será livre desde que 
haja sinalização indicativa (Brasil, 2020).
ENTRADA EM RODOVIAS
O condutor deve esperar a oportunidade segura para entrar na via, sinalizar, 
utilizar a faixa de aceleração e acelerar de acordo com o fluxo da rodovia.
SAÍDA DE RODOVIAS
O condutor deve sinalizar, desacelerar e utilizar a faixa de desaceleração. 
As faixas de aceleração e desaceleração são faixas de trânsito projetadas 
exclusivamente para que a entrada (convergência) e a saída (divergência) de 
veículos em uma via principal, como rodovias, possam ser feitas de modo seguro 
e satisfatório para as operações de tráfego.
 
Veja o "Vídeo 1 − Faixas de aceleração e desaceleração47". Fonte: Pixabay. 
47 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_578/UE_2508/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO01_NT2UE3.mp4
210
Além disso, a faixa de aceleração possibilita aumentar a velocidade em uma 
via principal até se aproximar da velocidade diretriz. Por outro lado, a faixa de 
desaceleração possibilita ao tráfego que está saindo reduzir a velocidade de 
acordo com as restrições do alinhamento do ramo (velocidade da curva de saída), 
sem prejudicar o tráfego de passagem da via principal.
Curvas 
Numa curva, entra em ação a força centrífuga que impulsiona o veículo para fora 
do trajeto ou a força centrípeta que puxa o veículo para o centro da trajetória. 
Para realizar uma curva de maneira segura e evitar sinistros, são necessários 
alguns cuidados:
Velocidade Freio Curvas
Calcular a velocidade 
necessária para fazer 
a curva. Quanto mais 
fechada a curva, mais 
deve-se reduzir a 
velocidade.
Frear ou diminuir a 
velocidade sempre 
antes de entrar na 
curva (entrar com 
excesso de velocidade 
é perigoso, e, ao frear 
bruscamente, o carro 
pode derrapar).
Pisar levemente no 
acelerador ao fazer a 
curva. A aceleração 
aumenta a aderência. 
Normalmente, é 
necessário reduzir a 
marcha nesse ponto.
Marcha à ré 
A marcha à ré é considerada uma manobra perigosa, pois a visibilidade pode 
ficar comprometida pela própria estrutura do veículo. É imprescindível ter muito 
211
cuidado ao sair da área de estacionamento em lugares com grande movimentação 
de pedestres e veículos.
Ainda, pessoas de baixa estatura, crianças, muretas e outros obstáculos 
abaixo da altura do porta-malas do automóvel dificultam a manobra e podem 
comprometer a dirigibilidade do condutor.
Diante disso, o condutor deve observar atrás do veículo antes de manobrar, solicitar 
ajuda em caso de baixa visibilidade e lembrar-se de que, dependendo da forma 
de execução da manobra, poderá cometer uma infração de trânsito.
Para realizar uma marcha à ré segura, é necessário respeitar as seguintes 
recomendações:
Proibição da marcha ré 1 Proibição da marcha ré 2
É proibido transitar longos percursos 
em marcha à ré, sendo autorizados 
apenas para manobras de 
estacionamento.
Não se deve retornar em marcha 
à ré em esquinas, curvas e outros 
locais que não ofereçam visibilidade 
segura.
Aclives e declives (ladeiras) 
Nos aclives, o condutor deve acelerar o veículo ao começar a subir e reduzir 
as marchas conforme a necessidade. Nesses locais, a visibilidade é reduzida, 
portanto a ultrapassagem não deve ser realizada.
212
Já em declives, para auxiliar e intensificar a frenagem, é preciso manter a marcha 
do veículo engrenada . Clique e arraste entre as figuras para visualizar:
O bom uso das marchas em aclives e declives é essencial para a segurança.
Fonte: Depositphotos/Tuchong-Microstock4 e Depositphotos/Apriori.
 
Equipamentos de segurança do condutor 
 
Os equipamentos de segurança servem para proteger o condutor e seus 
passageiros, pois esses dispositivos aumentam as chances de sobrevivência em 
caso de sinistro, desde que usados de forma correta.
 
O encosto do banco dianteiro deve ficar na posição 125º para que o encosto de 
cabeça do banco possa inibir o efeito chicote em caso de sinistro. Além disso, 
deve estar regulado no mínimo na altura dos olhos, pois, em caso de ocorrência, 
ele protegerá contra lesões na coluna cervical e no pescoço.
213
Figura 6 – Encosto do banco em ângulo de até 125º. 
Fonte: Freepik.
As crianças devem estar sentadas e retidas em seus dispositivos próprios 
para a idade ou usando diretamente o cinto de segurança no banco traseiro 
do veículo.
Todos os ocupantes do veículo, inclusive os passageiros do banco traseiro, devem 
utilizar o cinto de segurança de forma individual. A falta desse equipamento, 
além de perigoso, é uma infração de trânsito grave.
O objetivo do cinto de segurança é reter os passageiros e o motorista dentro do 
veículo em caso de parada súbita, tombamento ou capotamento, diminuindo as 
lesões e aumentando as chances de sobrevivência.
Os cintos de segurança são classificados em três tipos:
SUBABDOMINAL
Foi o primeiro tipo de cinto adotado em veículos e ainda é utilizado. Esse cinto 
segura apenas pelo abdome e impede que o passageiro seja lançado para 
fora do veículo, porém não protege o tórax nem a cabeça.
214
DIAGONAL
Esse cinto transpassa o corpo do indivíduo do ombro até o quadril e ele 
diminui o impacto, impedindo o choque do tórax e da cabeça. Mas, em caso 
de sinistro, o corpo pode passar por baixo do cinto.
TRÊS PONTOS
É o cinto que oferece maior segurança, pois a faixa diagonal transpassa do 
ombro até o quadril e a faixa subabdominal protege o abdome. Ele impede 
que o corpo seja arremessado para fora do veículo, além de proteger o tórax 
e a cabeça. A faixa transversal deve passar sobre o ombro e ficar acima do 
peito, sem tocar o pescoço. 
Além dos equipamentos apresentados, existem também outros dispositivos de 
segurança, indicados no art. 105 do CTB (Brasil, 1997), que são os equipamentos 
suplementares de retenção (air bag frontal/lateral para o condutor e para o 
passageiro do banco dianteiro).
Ainda, outro equipamento de segurança do veículo que se torna obrigatório a 
partir da Lei n. 14.071/20 são as luzes de rodagem diurna (Brasil, 2020).
Equipamentos de segurança para pilotagem de 
motocicleta 
Para pilotar uma motocicleta, é de fundamental importância o uso dos 
equipamentos de segurança descritos a seguir, além de alguns cuidados 
importantes. Acompanhe:
215
Capacete
Fonte: Depositphotos/nanka-photo.
O uso é obrigatório e deve ser usado corretamente. É o equipamento de 
maior importância para o motociclista, pois pode evitar a morte em caso de 
sinistro grave.
Viseira ou óculos
Fonte: Unsplash.
É muito importante o uso de óculos ou viseira para proteger os olhos, 
pois um simples cisco pode fazer com que o condutor perca o controle da 
motocicleta e ocasione um sinistro. A Lei n. 14.071/20 prevê infração média 
para o ato de trafegar sem viseira ou com a viseira levantada.
216
Vestimenta
Fonte: Shutterstock/Gerain0812.
A utilização de vestimenta correta e de material resistente pode ajudar 
a diminuir o risco de lesões em caso de sinistro. Utilizar roupas próprias 
para motociclistas, além de luvas, que protegem as mãos e evitam que 
escorreguem das manoplas (aquela parte que fica no guidão da moto e onde 
o condutor segura para pilotar). Segundo o art. 244 da Lei n. 14.071/20, é 
infração gravíssima o ato de conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor 
sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e 
as especificações aprovadas pelo Contran (Brasil, 2020).
Botas
Fonte: Depositphotos/Venerala.
É o calçado mais indicado para quem pilota uma motocicleta, pois ela 
garante maior firmeza na hora de pilotar e protege os pés e os tornozelos.
217
Postura
Fonte: Shutterstock/insTar75.
Conhecer a postura correta para pilotar uma motocicleta é importante, 
principalmente para realizar manobras e desvios. Além disso, oferece um 
pouco mais de conforto para o piloto.
Para se aprofundar em como deveser a postura de um motociclista, assista ao 
clipe demonstrativo a seguir:
Veja o "Clipe demonstrativo 1 – Postura correta para pilotar uma motocicleta48". 
Fonte: Pexels. 
 
É válido mencionar, também, que o motociclista não pode transportar criança 
menor de 10 (dez) anos de idade ou que não tenha condições de cuidar da própria 
segurança, sendo esse ato uma infração gravíssima, levando a penalidades 
como multa, suspensão do direito de dirigir, retenção do veículo até a devida 
regularização e recolhimento do documento de habilitação.
As motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz 
baixa durante o dia e à noite, em qualquer circunstância. Obedecer às regras e 
à sinalização é fazer do trânsito um lugar melhor tanto para o condutor quanto 
para os pedestres.
48 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_578/UE_2508/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO02_NT2UE3.mp4
218
Manutenção do veículo 
 
A manutenção é o controle e o cuidado frequente com o veículo, pois essa ação 
realizada adequadamente contribui para o bom desempenho do automóvel, além 
de aumentar a vida útil dos componentes e contribuir para evitar a ocorrência de 
sinistros. Encontre e clique nos oito itens especificados na imagem a seguir para 
descobrir quais são esses cuidados:
1 Realizar o alinhamento da direção e o balanceamento das rodas.
2 Conferir e calibrar os pneus, inclusive o estepe.
3
Verificar o estado das pastilhas e o nível do fluido de freio, pois 
pastilhas novas demoram para frear o carro, por isso o condutor 
deve dirigir com cuidado redobrado após trocá-las.
4
Verificar o funcionamento dos limpadores de para-brisa e, se 
necessário, trocar as palhetas.
219
5
Completar o nível da água do reservatório de expansão ou do 
radiador.
6 Verificar o funcionamento da buzina.
7
Verificar o nível do óleo do motor e, de acordo com a necessidade, 
trocá-lo ou completá-lo.
8 Conferir faróis, lanternas e pisca-alerta. 
Fonte: Depositphotos/VincentZ.
Luzes obrigatórias do veículo 
As luzes são um importante meio de comunicação entre os condutores no trânsito, 
além de desempenhar sua função principal, que é iluminar quando necessário.
Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação implica uma infração 
média. Com isso, a partir da Lei n. 14.071/20, passou a ser obrigatório o uso de 
luz baixa durante o dia em rodovias somente de pistas simples fora do perímetro 
urbano. O não cumprimento dessa regra acarreta em infração média. As luzes 
obrigatórias são a lâmpada-piloto e os faróis, conforme descrição a seguir:
• Lâmpada-piloto: localizadas no painel, elas indicam que determinados 
dispositivos no veículo estão funcionando de maneira normal, defeituosa 
ou com falhas.
• Faróis: são de cor branca ou amarela e sua utilização é necessária do 
entardecer até o amanhecer ou em ocasiões de baixa iluminação.
 
É fundamental estar atento ao perceber luzes vermelhas acesas no painel, pois 
essa cor indica a necessidade de parada imediata do veículo até que se resolva 
o problema.
Selecione as figuras a seguir e confira as luzes obrigatórias e suas respectivas 
utilizações.
220
Faróis de luz alta – devem ser usados à noite, em vias sem 
iluminação e têm a capacidade de iluminar uma distância 
grande à frente do veículo.
Faróis de luz baixa – facho de luz destinado a iluminar a via 
diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodos 
injustificáveis aos outros condutores e usuários da via que 
venham em sentido contrário.
Faróis de luz de neblina – luz do veículo destinada a aumentar 
a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens 
de pó.
Luz de posição (lanterna) – deve ser utilizada com chuva 
forte, neblina ou cerração. Indica a presença e a largura do 
veículo.
Lanterna indicadora de direção (setas ou pisca-pisca) – 
alerta a intenção de mudar a direção do veículo. Deixar de 
indicar as manobras com antecedência é infração grave.
Pisca-alerta – só deverá ser utilizado quando o veículo estiver 
imobilizado ou em situação de emergência. Utilizá-lo em outra 
situação constitui infração média (art. 251-l).
Freio de estacionamento – trava as rodas traseiras e é 
acionado geralmente por uma alavanca manual. A finalidade 
principal é manter o veículo parado, estando ou não com o 
motor ligado.
Lâmpada piloto de funcionamento defeituoso do sistema 
de freio – sinaliza a falta de fluido de freio. 
221
Vale lembrar que o farol baixo faz parte dos equipamentos obrigatórios nos 
veículos e, nesse caso, o acionamento de faroletes, faróis de milha ou auxiliares 
não poderão substituir esse dispositivo.
De acordo com normas do Conselho Nacional de Trânsito – Contran, os veículos 
que forem fabricados a partir de 2021 deverão contar com as luzes de rodagem 
diurna ou DRL (Daytime Running Lamp), que já constam em alguns modelos de 
automóveis. Diferentemente dos faróis de acionamento mecânico, as DRL são 
ligadas automaticamente com o carro.
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
11 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 out. 2020. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/
L14071.htm . Acesso em:11 ago. 2022.
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional do Trânsito. Resolução Contran n. 
819, de 17 de março de 2021. Dispõe sobre o transporte de crianças com idade 
Nesta Unidade de Estudo, você reviu a importância de seguir os 
procedimentos adequados para a condução de veículos com 
passageiros e com carga, a conferência dos equipamentos de 
segurança e a revisão mecânica. É fundamental seguir todas as orientações 
apresentadas para dirigir com segurança. Portanto, siga as orientações e tenha 
uma boa condução! Nos vemos na próxima Unidade! 
222
inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e 
cinco centímetros) de altura no dispositivo de retenção adequado. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 mar. 2021. Disponível em: https://
www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao8192021.pdf . Acesso em: 11 ago. 2022.
223
Unidade de Estudo 4 – Como evitar sinistros de trânsito 
e quais cuidados devem ser considerados na direção 
de um veículo 
Objetivo: compreender elementos que podem evitar sinistros de trânsito e os 
cuidados que devem ser respeitados durante a direção.
Tópicos desta Unidade:
• Medidas integradas para a prevenção de sinistros no trânsito
• Cuidados na direção de um veículo
• Sinistros de trânsito 
Medidas integradas para a prevenção de sinistros no 
trânsito 
Para lidar com toda a complexidade do trânsito é necessário a união dos 
esforços de diferentes áreas do conhecimento humano. Por isso, para o 
planejamento e prevenção de sinistros, são previstas medidas integradas que 
envolvem a educação, a engenharia de tráfego, o policiamento, entre outras 
frentes de atuação.
Olá, nesta Unidade de Estudo serão abordados os cuidados que 
devem ser considerados quando o condutor está na direção de um 
veículo, a fim de evitar sinistros. Atualmente, as pessoas estão 
quase sempre com pressa, seja para chegar ao trabalho, em casa ou a outros 
lugares e são nesses momentos, em que as pessoas querem chegar ao destino 
ou desviar de um congestionamento, quando geralmente ocorre a maioria dos 
sinistros de trânsito. Bons estudos! 
224
Educação para o trânsito 
A educação para o trânsito é amparada pelo capítulo VI da Lei n. 9.503/97, 
quando foi sancionado o atual Código de Trânsito Brasileiro (Brasil,1997). A 
principal função orientar todos os usuários das vias sobre os direitos e 
deveres durante o tráfego. Com isso, crianças, jovens e adultos devem estar 
conscientes da responsabilidade de promover um trânsito mais seguro, que é 
dever de todos. 
As crianças também precisam saber dos riscos, dos perigos, das causas e das 
consequências dos sinistros de trânsito e isso pode ser aplicado, por exemplo, quando 
ela estiver aprendendo a atravessar uma rua, em que é possível orientá-la a olhar 
para os dois lados de uma via e conferir se existe algum veículo se aproximando.
Figura 1 – Educação é uma forma de promover a paz no trânsito. 
Fonte: Depositphotos/tepic.
A Lei n. 14.071/2020 prevê, inclusive, que os estados e o Distrito Federal 
deverão levar a educação de trânsito às escolas públicas de trânsito, destinadas 
à educação de crianças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas 
225
sobre legislação, sinalização e comportamento no tráfego. Essas escolas, entre 
outras ações, capacitam monitores que realizam formações educativas.
Muitas campanhas ganharam destaque com temas como “O respeito à faixa 
de pedestres”, “O uso do cinto de segurança” e “A não ingestão de bebidas 
alcoólicas antes de dirigir”. Mas, a educação para um trânsito mais seguro e 
pacífico deve acontecer também dentro de casa, com diálogo constante e bons 
exemplos. Portanto, não basta conhecer as leis, é necessário respeitá-las!
Engenharia de tráfego 
O objetivo da engenharia de tráfego vai além da sinalização, pavimentação e 
calçadas. Engenheiros, administradores e outros técnicos especialistas nessa 
área desenvolvem projetos para melhorar os dispositivos de segurança do 
trânsito e das vias, a fim de facilitar o deslocamento.
Figura 2 – O engenheiro de tráfego ajuda no planejamento das vias. 
Fonte: Freepik.
Planejar o trânsito é pensar em infraestrutura que garanta a mobilidade de todos 
os usuários de maneira inteligente, sustentável e inclusiva, garantindo a fluidez 
em condições seguras e adequadas.
226
Policiamento 
Os agentes de trânsito e os policiais têm a função de orientar os usuários das 
vias, organizar e fiscalizar o tráfego para que haja o cumprimento das leis, 
a diminuição de sinistros e de abusos no trânsito. Esses profissionais devem 
policiar, fiscalizar, notificar e autuar os infratores.
Figura 3 – O Agente de Trânsito é responsável pela segurança das vias. 
Fonte: Shutterstock/StockPhotosLV.
Cuidados na direção de um veículo
Ao dirigir na cidade ou no perímetro urbano, o condutor deve ter os seguintes 
cuidados:
Observar e respeitar a sinalização e o espaço.
227
Respeitar a velocidade do local, pois as vias urbanas exigem 
velocidades reduzidas, daí a importância de estar atento.
Verificar a presença de ciclistas, pedestres e animais.
Utilizar as luzes do veículo de forma adequada, não deixando 
de sinalizar as manobras.
Utilizar sempre o cinto de segurança.
Acionar a buzina em breves toques somente para alertar 
motoristas e pedestres.
Não estacionar ou parar em locais proibidos para não 
prejudicar a circulação. 
228
Figura 4 – O uso do cinto de segurança pode salvar vidas. 
Fonte: Freepik.
Ainda, muitos sinistros ocorrem nas estradas devido a imprudências e incertezas. 
Para evitar essas ocorrências, o condutor deve considerar os seguintes cuidados:
• Não realizar ultrapassagens em curvas nem em faixa contínua.
• Quando o veículo estiver em uma descida, atrás de um caminhão, o 
motorista deve evitar a ultrapassagem. Nesse momento, o caminhão 
pode estar embalado, aumentando a dificuldade de ultrapassagem.
• O motociclista deve ter cuidado para não ser puxado pelo ar que 
se forma nas proximidades dos caminhões, pois isso pode ocasionar 
sinistros fatais.
• Nunca dirigir cansado, assim, em uma viagem longa, é interessante o 
condutor efetuar algumas paradas para descansar. Quando houver um 
acompanhante que também seja motorista e que esteja com a documentação 
em dia, é possível verificar a possibilidade de revezar a direção.
• Não conduzir o veículo em alta velocidade, pois um animal ou pedestre 
pode cruzar a pista sem que haja tempo para frear, ocasionando um sinistro.
• Sempre olhar os retrovisores antes de realizar uma ultrapassagem.
• Manter uma distância de segurança dos carros, isso é importante para 
evitar colisões.
• Antes de sair do acostamento, é necessário acionar a luz indicadora de 
direção, verificar o tráfego, acelerar no acostamento até uma velocidade 
compatível com a via e entrar na faixa de tráfego.
229
Além de tudo isso, o motorista precisa ficar alerta em relação aos condutores 
de motocicleta, motoneta e ciclomotores, a fim de aumentar a distância de 
seguimento sempre que possível.
Na ultrapassagem, deve ser observada a mesma distância que o motorista 
manteria se estivesse ultrapassando um carro.
Em situações de chuva, o motorista não deve ultrapassar veículos de duas rodas 
próximos a poças de água. Com o peso dos pneus do carro, a água empoçada 
pode esguichar na direção daquele condutor e causar sinistros.
Distância de segurança 
A distância de segurança (ou distância de seguimento) é o espaço que 
um veículo deve ter em relação ao outro. Esse cálculo varia conforme as 
adversidades que se colocam no itinerário, como trânsito, via, tempo, peso do 
veículo e condições do condutor. Confira o que o CTB determina como norma 
referente à distância de segurança
“Capítulo III - DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E 
CONDUTA
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à 
circulação obedecerá às seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as 
exceções devidamente sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral 
e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em 
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a 
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e 
as condições climáticas;”
(Brasil, 1997) 
230
É importante saber que a distância de segurança tem que ser suficiente para 
frenagem em caso de parada de emergência. Não há uma determinação exata 
para a distância a ser guardada, a não ser quando o condutor estiver passando 
ou ultrapassando um ciclista, pois, nesse caso, o art. 201 estabelece a distância 
de 1 m e 50 cm (Brasil, 1997).
Mesmo não havendo uma determinação legal sobre a distância exata a ser 
mantida do veículo frontal, existe uma recomendação da direção defensiva, 
conhecida como regra dos dois segundos. Para confirmar que está mantendo 
uma distância segura do veículo à frente, o condutor deve mentalizar um ponto 
fixo pelo qual esse veículo passou e contar pelo menos dois segundos. Caso ele 
passe pelo ponto em tempo inferior aos dois segundos, será necessário reduzir 
a velocidade para que fique a uma distância adequada e segura.
Veja o “Vídeo 1 – Regra dos dois segundos49”. 
Esse procedimento ajuda o condutor a manter-se longe o suficiente dos outros 
veículos em trânsito, o possibilitando de fazer manobras de emergência ou 
paradas bruscas necessárias sem o perigo de uma colisão. Essa recomendação 
é apenas de um referencial e não é válida para fins de sanção administrativa da 
infração do art. 192 (infração grave), que tem como penalidade a multa (Brasil, 
1997).
É importante ter atenção, pois essa contagem só é válida para veículos pequenos 
(até 6 m), na velocidade de 80 e 90 km, em condições normais do veículo, com o 
tempo seco, sem que a via esteja molhada e não seja uma descida.
Outro modo conhecido de marcar o distanciamento de segurança é, estando a 
20km/h, considerar o espaço de 1 veículo à frente; para 40km/h afastar-se tendo 
como base o tamanho de 2 veículos e assim sucessivamente.
49 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_578/UE_2509/assets/img/
RECICLAGEM_VIDEO01_NT2UE4.mp4
231
DISTÂNCIA DE REAÇÃO
É a distância de segurança percorrida por um veículo desde o momento em 
que o condutor percebe algum tipo de perigo atéo momento em que aciona 
o freio.
DISTÂNCIA DE FRENAGEM
É a distância a ser percorrida desde o ato de pressionar o pedal do freio 
até a parada total do veículo. Varia de acordo com a velocidade e a carga 
do automóvel e quanto maiores forem a carga e a velocidade, maior será a 
distância de frenagem.
DISTÂNCIA DE PARADA
Corresponde à distância percorrida desde o momento em que o condutor vê o 
perigo até ele parar o veículo. Varia de acordo com a velocidade e corresponde 
à soma da distância de reação mais a distância de frenagem.
DISTÂNCIA DE SEGMENTO
É a distância mínima que o condutor deve manter entre o seu veículo e o que 
vai à sua frente. Deve corresponder à distância percorrida em dois segundos. 
Sinistros de trânsito 
Como apresentado, sinistro de trânsito é todo evento danoso que envolve 
o veículo, a via, o ser humano e/ou os animais. Os sinistros de trânsito são 
classificados em evitáveis e não evitáveis.
Os sinistros evitáveis são aqueles que poderiam ter sido evitados por 
uma manobra ou por uma decisão correta do condutor. Grande parte dos 
sinistros pode ser evitada, pois é causada por falha humana, ou seja, o motorista 
deixa de fazer algo que poderia evitá-los. Portanto, para não ocorrer essas 
ocorrências, o motorista deve manter-se atento, respeitar a sinalização do local, 
verificar a segurança e as condições dos seus passageiros e, principalmente, a 
própria condição física e mental, além de manter o veículo revisado.
232
Figura 5 – Preste atenção em suas condições. Se estiver com sono, não dirija. 
Fonte: Shutterstock/Maxim Artemchuk.
Os sinistros não evitáveis (ou inevitáveis) são aqueles causados por situações 
que independem do condutor, como problemas súbitos na pista ou relacionados 
às condições climáticas, entre outros. Nesse caso, por mais prudente que seja a 
ação do motorista, o sinistro não será evitado.
Respeitar os limites de velocidade, a sinalização, utilizar os equipamentos 
obrigatórios de segurança e seguir a legislação são atitudes essenciais para a 
segurança no trânsito e para evitar sinistros.
Assim, quanto mais conhecimentos o condutor puder internalizar sobre as 
normas de trânsito, mais terá condições de evitar sinistros. Com isso, também 
representará um bom exemplo para os outros motoristas.
Como evitar sinistros de trânsito? 
Atualmente, dirigir pode ser estressante para algumas pessoas devido ao 
grande número de veículos que transitam pelas ruas, o que pode comprometer a 
segurança e o bem-estar de todos.
Diante disso, para ter uma melhor qualidade de condução no trânsito, além de 
se manter calmo, o condutor deve usar o método básico de prevenção de 
sinistros, que consiste em três ações ligadas entre si:
233
PREVER O PERIGO 
Programar o itinerário antes de sair, lembrar-se dos obstáculos do percurso e 
do comportamento irregular de outros motoristas e pedestres.
ENCONTRAR A SOLUÇÃO
Praticar a direção defensiva, antecipar os problemas e buscar soluções 
práticas e inteligentes. Além disso é fundamental ser cortês, evitar conflitos, 
ter paciência e ser prudente.
AGIR A TEMPO
Não esperar que somente o outro tenha a atitude de evitar o erro ou os 
sinistros. É crucial perceber o risco e agir a tempo de evitá-lo.
O que se deve fazer diante de sinistros de trânsito? 
Sempre que o condutor se envolver em um sinistro de trânsito que houver 
vítima ou presenciar um fato com terceiros, ele deve:
1
Sinalização
Sinalizar o local do sinistro (ligar o pisca-alerta e colocar o 
triângulo a uma distância segura de, no mínimo, 30 metros). 
No caso de o sinistro ser em uma curva ou após ela, o triângulo 
deve ser colocado antes da curva.
2
Socorro
Ligar para o número de atendimento50 para acionar socorro 
médico. Aguardar a chegada do socorro médico e da Polícia de 
Trânsito que realizará, na sequência, o boletim de ocorrência 
(B.O.)
50 - SAMU: 192
- Bombeiros/SIATE: 193
- Defesa Civil: 199
- PRF: 191
- Polícia Militar: 190
234
3
Local
Preservar o local e não movimentar os veículos.
4
Cuidado
Não movimentar pessoas feridas.
Quando no sinistro não houver vítimas o condutor deve:
1
Retirar os veículos da via para que o trânsito não seja 
interrompido.
2
Anotar informações e dados dos condutores e veículos que 
estiverem envolvidos, o local e o horário do sinistro, bem como 
fazer fotos e/ou vídeos do local e dos veículos e identificar 
câmeras de empresas ou do órgão responsável pela via.
3
Realizar o boletim de ocorrência (B.O.) quando necessário, 
ou seja, para apresentação à seguradora.
4
Em sinistros sem vítimas não é necessário chamar a autoridade 
de trânsito.
Esta Unidade de Estudo finalizou e, seguindo essas recomendações, 
será possível colaborar com um trânsito mais seguro para todos. 
Seja cuidadoso e esteja sempre atento, pois uma atitude simples, 
como dirigir dentro do limite de velocidade, pode salvar uma vida. Portanto, 
lembre-se de sempre dirigir com respeito e atenção e responder às questões 
para revisar o que foi estudado! 
235
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm . Acesso em: 
11 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm . Acesso em: 11 ago. 2022.
COMO dirigir: cuidados. Direção Defensiva, S.d. Disponível em: https://direcao-
defensiva.info/como-dirigir-cuidados.html . Acesso em: 11 ago. 2022.
PSE – Puget Sound Energy. Disponível em: https://www.pse.com . Acesso em: 2 
out. 2021.
236
Unidade de Estudo 5 – Estado físico e mental do condutor
Objetivo: entender aspectos do estado físico e mental do condutor e as 
consequências do uso de bebidas alcoólicas e substâncias psicoativas.
Tópicos desta Unidade:
• Estado físico e mental do condutor
• Condições que influenciam o modo de dirigir
• Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas 
Estado físico e mental do condutor 
O estado físico e mental do condutor talvez seja a condição adversa mais 
perigosa, mas também a mais fácil de ser evitada, pois o motorista pode optar 
por não conduzir um veículo diante da própria instabilidade. 
São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do condutor, como 
doenças, deficiências físicas, problemas emocionais, entre outros, as quais 
podem ser momentâneas, passageiras ou definitivas.
Uma pessoa em desequilíbrio emocional, que pode ser causado por inúmeros 
fatores, sofre irritações, mau humor, tornar-se retraída ou ansiosa e tem atitudes 
impulsivas que podem ser prejudiciais. Aprender a lidar com as situações, muitas 
Olá! Bem-vindo(a) a nossa última Unidade deste Núcleo de Estudo! 
Você já deve ter descoberto que muitos sinistros de trânsito são 
causados por motoristas que não estão em condições de dirigir em 
decorrência do estado físico ou mental, os quais são afetados por diversos 
fatores, tais como estresse, fadiga, consumo de bebidas alcóolicas e/ou 
substâncias psicoativas lícitas ou ilícitas. Sendo assim, nesta Unidade, você 
aprenderá como esses fatores podem influenciar alterando temporariamente o 
humor, a percepção, a atenção, o comportamento e a consciência do motorista. 
Vamos começar? 
237
vezes desconfortáveis, e refletir sobre as próprias atitudes pode proporcionar controle 
psicológico, segurança e bem-estar. Clique e arraste entre as imagens abaixo:
Buscar manter o equilíbrio emocional, no trânsito, é fundamental para 
a segurança de todos os envolvidos. 
Fonte: Depositphotos/minervastock.
Sabe-se que, diante de tantas pressões no trânsito,no trabalho e na vida social, é 
difícil controlar as emoções, mas é preciso exercitar, pois os efeitos das atitudes 
impulsivas são extremamente danosos quando misturados com o tráfego.
Desse modo, cabe ao motorista habilitado verificar se está em condições 
físicas e emocionais para dirigir um veículo, a fim de evitar situações de risco. A 
responsabilidade é fundamental nessas decisões, tendo em vista que a segurança 
é a melhor escolha.
Condições que influenciam o modo de dirigir 
Existem inúmeras condições adversas que afetam o trânsito, as quais o 
condutor deve compreender antes de assumir a direção de um veículo. Essas 
circunstâncias negativas advêm, muitas vezes, de fatores que influenciam a 
O condutor precisa lembrar de que é o responsável pela própria segurança e a dos 
demais indivíduos que estiverem no veículo. Assim, dirigir sem boas condições 
físicas ou emocionais pode colocar a vida dessas pessoas em risco. 
238
forma como o condutor age no tráfego. Selecione os pontos na imagem para 
conhecer os fatores físicos.
 
1 
Fadiga: É a sensação de cansaço permanente, mesmo após o 
descanso. A fadiga diminui a atenção, a concentração e a possibilidade 
de reação imediata às adversidades, por isso é tão prejudicial. É 
preciso reequilibrar a rotina dormindo mais, alimentando-se melhor, 
praticando esportes e incluindo momentos de lazer e relaxamento 
nas atividades do dia a dia. 
2 
Falta de atenção: É a dificuldade em estar atento às condições do 
tráfego, aumentando a possibilidade de envolvimento em sinistros, 
além de colocar muitas vidas em risco. Não conseguir manter a 
concentração nas atividades do dia a dia traz várias consequências, 
como erro de cálculo, atrasos e esquecimentos. É importante fazer 
uma coisa de cada vez e, assim, direcionar a atenção para as 
atividades em desenvolvimento. 
3 
Audição: No trânsito as pessoas devem estar atentas e a audição é 
um fator importante na percepção de situações de risco. 
239
4 
Visão: Os condutores com indicação para uso de óculos ou lentes, 
conforme definido em exame para obtenção da CNH, devem sempre 
usá-los para dirigir. Em dias ensolarados, recomenda-se que os 
motoristas, de modo geral, utilizem óculos escuros ou usem a pala 
de proteção do veículo. 
O art. 162, VI, do CTB menciona, sobre as lentes corretoras, que:
“Dirigir o veículo sem usar lentes corretoras de visão, aparelho 
auxiliar de audição, próteses físicas ou adaptações do veículo, 
impostas por ocasião da renovação ou da concessão da licença 
para conduzir, é infração gravíssima (art. 162, VI, CTB,)”
(Brasil, 1997) 
Assim, o condutor que precisar de lentes corretoras de visão deve utilizá-la 
sempre que estiver na condução de um veículo, pois o não cumprimento da 
norma implicará em infração gravíssima. 
Outros fatores de ordem emocional que podem causar sinistros:
INEXPERIÊNCIA
A inexperiência é um dos fatores que colaboram para a ocorrência de 
sinistros, além de contribuir para que o condutor tenha decisões precipitadas 
e comportamentos equivocados.
FAMILIARIDADE COM A VIA
Ao trafegar por uma via muito familiar, o excesso de confiança reduz a 
atenção do condutor, levando-o, muitas vezes, a cometer erros. Quando a via 
é desconhecida, é provável que o motorista não tenha condições de prever e 
planejar suas ações e, nesse caso, ele deve ficar bastante atento.
240
EXCITAÇÃO OU DEPRESSÃO
Essa condição faz com que a capacidade de decisão e a atenção sejam 
prejudicadas, o que provoca comportamentos inadequados e colabora para 
que ocorram sinistros.
DIRIGIR COM PRESSA OU SOB PRESSÃO
Dirigir com pressa ou sob pressão faz as situações de risco aumentar, pois os 
fatores expostos levam o condutor a ações impensadas.
INCAPACIDADE DE REAÇÃO E AÇÕES INCONSEQUENTES
A falta de reação no momento necessário ou um ato irresponsável colocam 
em risco a vida do condutor e a dos usuários da via.
FATORES TEMPORÁRIOS
Fome, raiva, dor, calor, frustração e insegurança também são fatores que 
prejudicam a direção. 
O condutor não deve comprometer suas condições físicas e emocionais antes 
de dirigir. Desse modo, o motorista não pode beber e consumir drogas ou 
medicamentos que afetem a capacidade neurológica, tão pouco permitir que 
alguém dirija nessas condições.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Brasil, 1997) afirma que o condutor deve 
estar em plenas condições físicas, mentais e psicológicas para dirigir. Veja o que 
o dispõe o art. 166 do CTB:
“Art.  166 – Confiar ou entregar a direção do veículo a pessoa 
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não 
estiver em condições de dirigi-lo com segurança a punição será:
• Infração − gravíssima;” 
(Brasil, 1997 )
241
Daí a importância de estar atento, pois o proprietário do automóvel estará sujeito 
a penalidades caso confie ou entregue a direção do veículo a uma pessoa que 
não esteja em condições para dirigir.
O candidato à habilitação é amplamente avaliado em suas aptidões físicas e 
mentais, conforme art. 147 do CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/2020, que 
determina que o órgão executivo de trânsito submeta o condutor a exames, como:
“O exame de aptidão física e mental, a ser realizado no local 
de residência ou domicílio do examinado, será preliminar e 
renovável com a seguinte periodicidade:
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a 
50 (cinquenta) anos;
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos;
III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 70 (setenta) anos.”
(Brasil, 2020) 
Diante disso, o condutor deve avaliar as próprias condições sempre que for 
dirigir ou entregar a direção para alguém que esteja mais capacitado naquele 
momento de indisposição. Além disso, é necessário dividir a direção com outro 
motorista em caso de viagens longas, programar paradas para descanso, dormir 
um pouco e cuidar com a alimentação e a hidratação.
Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas 
Álcool 
 
O consumo de bebidas alcoólicas é antigo e tem história entre muitas culturas 
e povos. Comum em muitas civilizações, a bebida alcoólica tornou-se um 
grande problema para a sociedade atual, pois alterou o comportamento do 
povo contemporâneo. É comprovado que o álcool afeta o sistema nervoso 
242
e impede a pessoa de reagir adequadamente diante do perigo, alterando a 
concentração, as decisões corretas e a coordenação motora.
É importante o condutor estar ciente de que comete infração gravíssima ao dirigir 
sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa. O consumo 
abusivo de álcool é considerado um fator decisivo para o aumento dos índices 
de morbimortalidade51 no país.
De acordo com o art. 165 da Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008 (a Lei Seca):
“Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra 
substância psicoativa que determine dependência: (Redação 
dada pela Lei n. 11.705, de 2008)
• Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei n. 11.705, 
de 2008)
• Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito 
de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei n. 
12.760, de 2012)
• Medida administrativa – recolhimento do documento de 
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no 
§ 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 
- do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei 
n. 12.760, de 2012)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput 
em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. 
(Redação dada pela Lei n. 12.760, de 2012)”
(Brasil, 2008) 
Para os condutores com habilitação nas categorias C, D ou E, a Lei n. 14.071/20 
apresenta a obrigatoriedade de realizar o exame toxicológico para a obtenção 
e a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, além do exame 
51 Refere-se a incidência das doenças e/ou óbitos numa população.
243
intermediário a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses. Caso o exame nãoseja 
realizado em até 30 dias do prazo legal, incorrerá em infração gravíssima com a 
suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionando o levantamento 
da suspensão do resultado negativo em novo exame.
Efeitos do álcool sobre o condutor 
O álcool na corrente sanguínea provoca o afrouxamento da percepção e o 
retardamento dos reflexos. Dosagem excessiva conduz à perigosa diminuição 
da percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência do 
perigo. Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo que leve, compromete 
gravemente sua segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros, 
que estão confiando as próprias vidas naquele motorista.
O processo de absorção do álcool é relativamente rápido: 90% em 1 hora. 
Isso não acontece com a eliminação, que demora de 6 a 8 horas, pelo fígado 
(90%), pela respiração (8%) e pela transpiração (2%). A concentração de álcool 
no sangue depende, entre outros fatores, da quantidade ingerida, do peso da 
pessoa e da alimentação. A intoxicação por outras drogas leva, em média, de 2 
a 4 horas para ser eliminada pelo organismo.
Veja neste link52 para saber mais sobre os efeitos que o álcool pode causar no 
organismo de acordo com diferentes quantidades ingeridas.
Finalmente, é válido ressaltar que com qualquer concentração de álcool por litro 
de sangue, o condutor terá cometido uma infração considerada gravíssima.
Fiscalização 
A Resolução Contran n. 432, de 23 de janeiro de 2013, dispõe sobre os 
procedimentos que devem ser adotados pelas autoridades de trânsito e seus 
agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de qualquer outra 
substância psicoativa que determine dependência, e tem como objetivo:
52 https://cisa.org.br/index.php/sua-saude/informativos/artigo/item/51-efeitos-do-alcool
244
“Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas 
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do 
consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que 
determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 
165, 276, 277 e 306 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 
1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de 
veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras 
substâncias psicoativas que determinem dependência deve ser 
procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora 
em razão da influência de álcool ou de outra substância 
psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio 
de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem 
realizados no condutor de veículo automotor:
I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados, 
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela 
Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias 
psicoativas que determinem dependência;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico 
no ar alveolar (etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da 
capacidade psicomotora do condutor.
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão 
ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer 
outro meio de prova em direito admitido.
245
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a 
utilização do teste com etilômetro.
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade 
psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação 
dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver 
encaminhamento do condutor para a realização do exame 
de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o 
resultado desses exames para fins de autuação administrativa.”
(Brasil, 2013)
São muitos os objetivos, não é mesmo? Mas o importante é lembrar que álcool e 
direção não combinam e que a fiscalização estará atenta no comportamento do 
condutor que apresentar alterações psicomotoras para aplicação das medidas 
administrativas cabíveis! 
Logo, qualquer agente da autoridade de trânsito poderá constatar os sinais de 
alteração da capacidade psicomotora e descrever no auto de infração ou em 
termo específico que contenha as informações mínimas, que deverá acompanhar 
o auto de infração.
Conheça os sinais de alteração observados pelo agente fiscalizador:
• Quanto à aparência, o fiscalizador irá observar se o condutor apresenta:
246
Fonte: Freepik.
1 Sonolência.
2 Olhos vermelhos.
3 Odor de álcool no hálito.
4 Vômito.
5 Soluços. 
•	 Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
1 Agressividade.
2 Arrogância.
3 Exaltação.
4 Ironia.
5 Falatórios.
6 Dispersão.
247
• Quanto à orientação, clique nos cards abaixo e descubra o que é avaliado 
no condutor:
Localização Tempo
É preciso que o condutor tenha 
consciência do local onde está e 
para onde está indo.
O condutor precisa saber a data a e 
a hora.
• Quanto à memória, clique nos cards abaixo e descubra o que é avaliado 
no condutor:
Domicílio Ações
É preciso que o condutor tenha 
consciência do seu próprio 
endereço.
O condutor precisa lembrar-se dos 
últimos atos cometidos seja no 
trânsito ou durante o dia.
248
• Quanto à capacidade motora e verbal, clique nos cards abaixo e descubra 
o que é avaliado no condutor:
Equilíbrio Comunicação
É preciso que o condutor demonstre 
facilidade no equilíbrio.
O condutor precisa apresentar 
facilidade em encadear 
pensamentos e tom de voz 
inalterado.
Além desses dados que deverão ser preenchidos no auto de infração, o agente 
fiscalizador deve preencher o item “Afirmação expressa”, de acordo com as 
características verificadas. 
Exemplo:
• ( ) Sob influência de álcool.
• ( ) Sob influência de substância psicoativa.
O condutor:
• ( ) Recusou-se.
• ( ) Não se recusou a realizar os testes, exames ou perícia que permitiriam 
certificar o seu estado quanto à alteração da capacidade psicomotora.
249
É importante ressaltar que no caso de ingestão de bebida alcoólica, o condutor 
deve passar a direção do veículo para outro motorista devidamente habilitado e 
que esteja sóbrio.
Figura 1 – Motorista da rodada bebe água. 
Fonte: Shutterstock/Syda Productions.
Uso de substâncias psicoativas 
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que agem 
diretamente no cérebro, alterando comportamento, cognição e humor da 
Curiosidade
As doses pequenas também interferem nas habilidades do condutor. 
Por isso, é fundamental não ser passageiro de alguém que tenha 
consumido bebida alcoólica e, ao sair para se divertir com amigos 
ou parentes, é importante escolher o “motorista da rodada”, que assumirá a 
direção do veículo no retorno. Vale lembrar que o escolhido deve estar sóbrio, 
sem ter consumido álcool. Outra possibilidade é solicitar um táxi ou motorista 
de aplicativos. 
250
pessoa. Como exemplo, é possível citar as drogas permitidas, como remédios 
controlados, o fumo, o álcool e qualquer outra droga ilícita. Essas substâncias 
podem causar dependência, o que é altamente prejudicial.
Além disso, mesmo o consumo de medicamentos por indicação médica pode 
alterar o estado geral (físico e mental) da pessoa e atrapalhar o desempenho na 
condução do veículo.
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 
11 ago. 2022.
Curiosidade
Quando o condutor faz a ingestão de substâncias para se manter 
acordado, por exemplo, ele está somente impedindo que o sono 
chegue dentro de algumas horas. Entretanto, assim que o efeito da 
substância passar, o cérebro manifestará a necessidade de descanso, o que 
pode fazer com que o motorista durma ao volante e ocasione um sinistro, muitas 
vezes fatal. Assim, é fundamental lembrar-se de que dormir é a única solução 
para o sono. 
Finalizamos esta Unidade de Estudo e com ela você pode 
compreender que estar física e mentalmentebem é importante para 
evitar sinistros. Dirigir sem estar em condições pode colocar vidas 
em risco. Por isso, se qualquer motorista estiver cansado e precisar dirigir, deve 
descansar antes. Além disso, é importante recordar-se de que bebida, drogas e 
direção não combinam. 
251
_____. Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008. Altera a Lei no 9.503, de 23 de 
setembro de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e a Lei n. 9.294, 
de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda 
de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos 
agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal, para inibir o 
consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 jun. 
2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/
lei/l11705.htm. Acesso em: 11 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 11 ago. 2022.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 432, 23 de janeiro de 2013. 
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito 
e seus agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância 
psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 
276, 277 e 306 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB). Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/
transito/conteudo-contran/resolucoes/resolu-o-uo-432-2013c.pdf. Acesso em: 11 
ago. 2022.
EFEITOS do álcool. Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, 14 set. 
2012. Disponível em: https://cisa.org.br/index.php/sua-saude/informativos/artigo/
item/51-efeitos-do-alcool.%20Acessado%20em%2017%20set%202021. Acesso 
em: 11 ago. 2022.
252
Núcleo Temático 3 – Noções de Primeiros Socorros 
(4 horas/aula)
Unidade de Estudos 1 – Sinalização do local do sinistro e 
acionamento de recursos
Objetivo: entender as noções básicas de primeiros socorros no trânsito e como 
se faz a sinalização do local do sinistro e o acionamento de recursos.
Tópicos desta Unidade:
• Primeiros socorros no trânsito
• Sinistros de trânsito e omissão de socorro
• Consequências dos sinistros
• Como estacionar corretamente para prestar socorro
• Sinalização do local do sinistro
• Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária 
da via e outros
• Tipos de sinistros
• Tipos de socorristas 
Primeiros socorros no trânsito 
São denominados primeiros socorros os cuidados imediatos dispensados a 
uma pessoa acidentada, ferida ou doente até o momento da chegada de um 
recurso profissional.
Olá! Vamos dar início a mais um Núcleo Temático do Curso de 
Reciclagem para Condutores Infratores. Você sabe quais são as 
responsabilidades de quem provoca ou se envolve involuntariamente 
em um sinistro de trânsito? E quais podem ser as consequências desse sinistro? 
Nesta Unidade de Estudo, vamos aprender sobre sinistros de trânsito e quais 
procedimentos devem ser realizados no local. Preparado? Então, vamos lá! 
253
Os primeiros socorros envolvem algumas medidas que visam preservar a 
integridade da vítima e evitar que suas condições piorem. Considerando que 
diante de um sinistro, as pessoas envolvidas podem se apresentar abaladas 
emocionalmente, o atendimento de primeiros socorros pode, inclusive, se iniciar 
pelo apoio psicológico.
Aqui vamos tratar, especificamente, sobre primeiros socorros em sinistros 
ocorridos no trânsito. Sinistros de trânsito são definidos como qualquer evento 
que envolva prejuízo, sofrimento ou morte.
Figura 1 - Em caso de sinistro de trânsito com vítima(s) sinalize o local.
Fonte: Shutterstock/AK-GK Studio.
Primeiros atendimentos a uma vítima de sinistro de trânsito: 
procedimentos 
Em um sinistro, cada pessoa tem uma reação: há aquelas que conseguem lidar 
com essa situação e tomam atitudes, mas há também quem entre em desespero 
ou fique sem reação diante da vítima, entre outros comportamentos.
Prestar socorro de maneira adequada pode salvar vidas. Por isso, é 
importante ter noções de primeiros socorros para que o atendimento 
seja correto e o mais cuidadoso possível. 
254
E você, já pensou qual seria a sua reação diante de um sinistro de trânsito? 
Reflita em como você manteria a calma e qual seria a melhor maneira de prestar 
socorro! Depois veja se está de acordo com o procedimento descrito a seguir .
Ao se deparar com um sinistro de trânsito, o importante é manter a calma, analisar 
a situação e procurar ajuda.
No caso de um sinistro de trânsito com vítima(s), clique nos ícones abaixo e 
descubra quatro passos principais para os primeiros socorros:
 
1 Garantir a segurança: sinalizar o local.
2 Pedir socorro: acionar o socorro especializado.
3 Conter a situação: manter a calma.
4 Analisar a situação: localizar, proteger e examinar as vítimas. 
Figura 2 – Enquanto aguarda-se o atendimento especializado, 
deve-se avaliar as condições da(s) vítima(s). 
Fonte: Shutterstock/photographee.eu.
Escute neste link53 o "Podcast 1 – O que fazer em caso de sinistros com vítimas".
 
Sinistros de trânsito e omissão de socorro 
O Código Penal Brasileiro e o CTB determinam que qualquer pessoa, diante de 
um sinistro com vítima(s) necessitando de amparo imediato, tem por obrigação 
53 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_579/UE_2511/assets/audio/
NT3UE1Podcast.mp3
255
prestar atendimento, principalmente se tiver envolvimento direto com o fato.
Leia a seguir as determinações do CTB quanto à responsabilidade civil e criminal 
dos envolvidos em sinistros de trânsito. 
Determinações do CTB quanto à responsabilidade civil e criminal dos 
envolvidos em sinistros de trânsito.
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em sinistro com vítima: I – de prestar ou 
providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo; II – de adotar providências, 
podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III – de 
preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; IV – de 
adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por 
policial ou agente da autoridade de trânsito; V – de identificar-se ao policial e 
de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: 
Infração – gravíssima. Penalidade – multa (cinco vezes) e suspensão do direito 
de dirigir. Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação.
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de sinistro de trânsito 
quando solicitado pela autoridade e seus agentes: Infração – grave. Penalidade 
– multa. Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de sinistros de trânsito de 
que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, 
se prestar pronto e integral socorro àquela.
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do sinistro, de prestar 
imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa 
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas – detenção, de 
seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais 
grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do 
veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de 
vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
No art. 304, o CTB (BRASIL, 1997) expõe que a omissão de socorro acontece 
quando o condutor deixa, “na ocasião do sinistro, de prestar imediato socorro 
à vítima, ou não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa,deixar de 
solicitar auxílio da autoridade pública”.
256
Nesses casos, as penas são de detenção, de seis meses a um ano, ou multa, 
se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Essa pena pode aumentar 
se a vítima morrer em razão do sinistro. Ou seja, o indivíduo que se envolver 
em um sinistro de trânsito jamais deverá abandonar o local ou as vítimas 
que estão necessitando de ajuda, pois a omissão de socorro é considerada 
crime (BRASIL, 1997).
Figura 3 – Deve-se solicitar ajuda à vítima, 
mesmo sem estar diretamente envolvido no sinistro.
Fonte: Shutterstock/Iam_Anupong.eu.
A seguir, vamos analisar as consequências de um sinistro e a maneira adequada 
de se comportar nesses casos.
Consequências dos sinistros 
Sinistros de trânsito podem resultar em consequências graves, algumas 
Por isso, é importante saber identificar as condições de saúde da vítima, a fim de 
ajudar a salvar a vida dela e evitar possíveis sequelas. 
257
irreparáveis. Por isso, é muito importante o cuidado no atendimento a uma 
situação de emergência. São várias as consequências que um sinistro de 
trânsito pode ocasionar, clique nos ícones abaixo para descobrir as principais:
1 Óbito.
2 Invalidez.
3 Sequelas físicas, psicológicas e perda de qualidade de vida.
4 Ferimentos, lesões ou traumas físicos.
5 Sofrimento da família.
6 Prejuízo financeiro, econômico e social.
7 Processos judiciais.
Como estacionar corretamente para prestar socorro 
Se um condutor estiver dirigindo e se deparar com um sinistro na via, o 
procedimento correto é:
Estacionar
Fonte: Pixabay. 
Estacionar em um local seguro a pelo menos 30 metros do local do sinistro.
258
Sinalizar
 Fonte: Depositphotos/it_homecom@hotmail.com.
Sinalizar o local do sinistro (triângulo, pisca-alerta, lanternas, entre outros).
Avaliar
 Fonte: Depositphotos/photographee.eu.
Avaliar as condições das vítimas.
259
Ligar
 Depositphotos/monkeybusiness.
Chamar o socorro especializado.
Sinalização do local do sinistro 
Para evitar que aconteçam mais sinistros, é necessário iniciar rapidamente 
a sinalização e impedir que outros condutores colidam com o veículo envolvido 
no sinistro, o que pode gerar engavetamento.
Para sinalizar o local do sinistro, deve-se colocar corretamente 
o triângulo (equipamento obrigatório, que tem por finalidade indicar que há 
um veículo parado na via), ligar o pisca-alerta e usar também outros recursos, 
como galhos de árvores e lanternas, ou utilizar panos para acenar para os 
demais condutores.
A sinalização deve ser iniciada em um ponto em que os outros motoristas ainda 
não consigam enxergar o sinistro. Isso faz com que eles redobrem a atenção e 
tenham maior visibilidade.
260
Quadro 1 – Distância do sinistro para início da sinalização
Tipo da via
Velocidade 
máxima 
permitida
Em pista seca
Em caso de chuva, 
neblina, fumaça ou 
à noite.
Vias coletoras 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos
Arteriais 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de trânsito 
rápido
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 110 km/h
110 passos 
longos
220 passos longos
Fonte: IbacBrasil, 2016.
Os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se o condutor não puder 
fazê-lo, deve pedir a outra pessoa para medir a distância.
Conforme o Quadro 1, existem casos nos quais as distâncias deverão ser 
dobradas, como à noite, com chuva, neblina ou fumaça.
Casos que comprometem a visibilidade do sinistro (curvas, topo de elevação 
ou lombadas):
Quando estiver contando os passos e encontrar uma curva, deve-se parar a 
contagem, caminhar até o final da curva e, então, recomeçar a contar a partir 
do zero. A mesma coisa deve ser feita quando o sinistro ocorrer no topo de uma 
elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo.
Se estiver escuro, deve-se iluminar o local com as luzes do veículo ou com 
lanternas disponíveis (o ideal é ter sempre uma lanterna no veículo).
 
Depois que o local do sinistro for sinalizado, é preciso acionar, imediatamente, 
os recursos especializados. 
Jamais se deve utilizar fósforo, isqueiro ou qualquer outro objeto que emita chama 
de fogo para iluminar o local, pois isso poderá ocasionar um incêndio. Ou seja, 
além do sinistro de trânsito, outro grave sinistro pode ser gerado. 
261
Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, 
ambulância, concessionária da via e outros 
Após sinalizar o local, um breve levantamento do sinistro deve ser feito para 
repassar as informações necessárias à equipe de socorro.
Em seguida, deve-se chamar o serviço médico especializado. É importante 
ter sempre por perto os números do SAMU, da Polícia Militar e do Corpo de 
Bombeiros, pois são esses serviços que poderão ajudar nesse momento.
Nas rodovias, há placas com números de telefones úteis para o caso de sinistro. 
Nas rodovias em que é cobrado o pedágio, os serviços de primeiros socorros com 
equipes técnicas especializadas, guincho, entre outros, são direitos do condutor 
que paga o pedágio. Deve-se, antes de iniciar o percurso, verificar os meios de 
contato com a Concessionária que administra a rodovia.
Nas cidades, os números para contato em caso de sinistro de trânsito são 
divulgados em canais de rádio e televisão, na internet, em jornais e revistas. É 
preciso prestar atenção a eles!
Veja aqui54 os serviços e números de telefones mais comuns para atendimento 
a emergências.
Ao entrar em contato com as autoridades para comunicar um sinistro de trânsito, 
as recomendações abaixo devem ser seguidas.
Manter a calma 
Manter a calma é fundamental para poder ter consciência de tudo o que está 
acontecendo e tomar as providências necessárias para ajudar as vítimas.
54 Tenha sempre esses telefones à mão:
• 191 (Polícia Rodoviária Federal);
• 192 (Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência);
• 193 (Corpo de Bombeiros);
• 190 (Polícia Militar).
262
Ser objetivo
Transmitir as informações com clareza e precisão é importante para que os 
profissionais possam antever o que está acontecendo e chegar ao local do 
sinistro o mais preparados possível.
Descrever fatos
Sempre responder às perguntas do atendente de maneira clara e objetiva, de 
modo a descrever os fatos e permitir ao ouvinte visualizar a imagem o mais 
próximo da realidade possível.
Reconhecer local
Ao se referir ao local da ocorrência, fornecer o endereço completo, além de um 
ponto de referência de fácil localização e visualização (uma loja conhecida, 
uma praça, uma avenida etc.).
Fornecer dados
Fornecer dados sobre as vítimas (número de pessoas, sexo, idade aproximada).
Avaliar
Informar o estado de consciência das vítimas e o grau dos ferimentos, caso 
consiga avaliar essas informações.
Observar o trânsito
Observar e comunicar as condições do trânsito no local desde a sua chegada 
até o momento atual.
Procurar vítimas
Informar se há vítimas presas em ferragens. Para isso, não é preciso explorar 
o local, mexendo nos veículos ou retiran o objetos, mas sim observando os 
locais visíveis, dentro e fora dos veículos.
Atenção: Caso ocorra vazamento de alguma substância na pista, é necessário acionar 
o Corpo de Bombeiros. Nesse caso, após a chegada dos bombeiros, é necessário:
263
1 2 3
Descrever a 
ocorrência
Informar os primeiros 
socorros que foram 
aplicados
Fornecer ajuda, se 
necessário
Além disso, é necessário informar aos socorristas a localização das vítimas e a 
quantidade. Em um sinistro de trânsito, as vítimas podem ser lançadas para fora 
do veículo, podem estar presas nas ferragens, caídas na pista de rolamento, 
entre outras situações.
A presença de cabos eletrificados, o derramamento ou vazamento de combustíveis, 
incêndios e materiais tóxicos podem deixar vítimas e socorristas sob riscos de 
novos sinistros. Nesses casos, é preciso afastar o(s) perigo(s) o mais rápido 
possível.
Se há um sinistro perto de você, e os veículos socorristas estão buscando 
passagem, lembre-se de que os veículos destinados a socorro de incêndio 
e salvamento, de polícia,e os de fiscalização e operação de trânsito e as 
ambulâncias possuem livre circulação, estacionamento e parada, devendo-
se dar preferência à passagem destes, conforme art. 29, inciso VII, da Lei n. 
14.071/2020 (BRASIL, 2020).
Ao ajudar em um sinistro, procure se proteger de doenças infectocontagiosas, 
usando luvas ou pedaços de pano. Essas doenças são transmitidas pelo contato 
com fluidos corporais, como sangue e saliva. 
264
Essa preferência ocorre quando os dispositivos de alarme sonoro e iluminação 
intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, assim 
todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, 
indo para a direita da via e parando, caso necessário.
Tipos de sinistros 
Os sinistros de trânsito podem ocorrer de diversas maneiras:
Colisão contra um elemento fixo 
Se um automóvel colide a 60 km/h contra um elemento fixo, por exemplo, haverá 
uma desaceleração quase instantânea de 60 km/h para zero.
Nesse tipo de colisão, o veículo sofre parada brusca, desaceleração imediata e 
os corpos em seu interior continuam em movimento, sofrendo grande impacto. 
A cabeça e o tórax se projetam para frente, por isso a importância do cinto de 
segurança e do encosto de cabeça na altura regular.
Figura 4 - Veículo sofrendo uma colisão.
Fonte: Depositphotos/Bambulla.
265
As consequências desse tipo de sinistro podem ser agravadas em relação à 
velocidade, à falta do uso de equipamentos de segurança ou à fragilidade das 
vítimas. As lesões mais comuns são: traumatismo craniano, lesão na coluna 
cervical, ferimento nos olhos e pernas.
Colisão traseira 
Diante de um impacto, o veículo é lançado para frente, assim o condutor e os 
passageiros são arremessados na mesma direção de forma mais grave.
Figura 5 - Impacto causado por uma colisão traseira.
Fonte: Depositphotos/exinocactus.
Se a velocidade no momento do impacto for alta e se os ocupantes não estiverem 
usando os equipamentos de segurança, como cinto, cadeirinha para crianças 
e encosto de cabeça, as consequências podem ser lesão na cervical e 
traumatismo craniano, lesão no abdômen e pernas, entre outras. Por esse 
motivo, utilizar os itens de segurança é fundamental.
Atropelamento 
Normalmente, o atropelamento é dividido em três tipos. Clique nos ícones 
abaixo para descobri-los:
266
1 Impacto do veículo contra as pernas e quadril da pessoa.
2 Impacto do tronco da vítima contra o capô e para-brisa do veículo.
3 Impacto da vítima contra o solo. 
Os atropelamentos causam fraturas múltiplas, por isso todo o cuidado é pouco. 
Deve-se levar em conta a velocidade no momento do impacto do veículo com 
relação ao corpo, o arremesso da vítima, a queda no solo, a idade e a fragilidade. 
As consequências desse tipo de sinistro são chamadas de politraumatismos.
 
Tipos de socorristas 
Primeiros Socorros são os cuidados imediatos dispensados à pessoa vítima de 
sinistro ou mal súbito e socorrista é toda pessoa que presta socorro a alguém. 
Eles são divididos em três tipos: os sobreviventes, o pessoal destreinado e 
o pessoal treinado. Esse último tipo sabe o que fazer, como fazer, quando 
fazer e o que não fazer.
O objetivo do primeiro socorro não é tratar a pessoa, mas sim evitar danos 
maiores à vítima.
Um exemplo disso são os sinistros que envolvem motociclistas. Nesses casos, o 
capacete da vítima não deve ser removido, pois há uma forma correta para essa 
remoção, que se não for feita por um socorrista capacitado, pode causar uma 
lesão na coluna vertebral do motociclista acidentado.
É importante que as pessoas tenham cuidado com as boas intenções após o 
sinistro, pois, em vez de ajudar, podem acabar agravando o estado das vítimas, 
levando-as a óbito, ou, ainda, incapacitando-as temporária ou definitivamente. 
Sendo assim, lembre-se: não se deve retirar o capacete da vítima, pois essa é 
uma ação para profissionais capacitados.
267
A seguir, clique nos nomes e descubra as especificidades de cada tipo de socorrista:
Sobreviventes
São as pessoas que estavam no sinistro e que sobreviveram. Esses 
indivíduos identificam o estado geral deles mesmos e decidem ajudar os 
demais envolvidos no sinistro.
Pessoal destreinado
São aquelas pessoas que estão próximas ao local do sinistro e, assim 
que o percebem, iniciam o atendimento. Mas, apesar da boa intenção, 
muitas vezes a falta de conhecimento técnico específico também pode gerar 
consequências graves às vítimas.
O ideal é que esses cidadãos não treinados estejam acompanhados da 
liderança de um socorrista treinado. Dessa maneira, os procedimentos podem 
ser mais efetivos.
Pessoal treinado
São os profissionais que dominam as técnicas de atendimento com o 
objetivo de evitar riscos. Como exemplo, podemos citar os bombeiros, 
os profissionais da Defesa Civil, os policiais rodoviários e as organizações 
emergenciais.
Figura 6 – Em caso de sinistro de trânsito com vítima, chame o socorro especializado.
Fonte: Freepik.
268
Papel do socorrista 
O principal objetivo de um socorrista é salvar vidas. Além disso, ele pode 
evitar que as lesões se agravem, preparando a vítima e o local para atendimento 
médico. Clique nos ícones abaixo para descobrir quatro funções de um socorrista:
1 Conhecer as próprias limitações e ter bom senso.
2 Ter conhecimento sobre primeiros socorros.
3 Ter habilidade manual, saber como fazer o que deve ser feito.
4
Ter iniciativa, autocontrole, calma, autoconfiança, senso de 
observação.
Características de um socorrista 
Esse profissional precisa ser capaz de controlar o seu estado emocional, 
independentemente de qualquer situação, pois é ele o responsável por transmitir 
segurança e tranquilidade à vítima. O socorrista precisa tomar uma posição 
de líder, ter controle e assumir a situação, além de demonstrar agilidade, 
educação, inteligência, calma e solidariedade.
Um socorrista deve sempre saber o que fazer, como fazer, quando fazer e o que 
não fazer. 
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudo! Esperamos que 
você tenha compreendido a importância da sinalização no local do 
sinistro e o acionamento de recursos especializados. Lembre-se de 
que você poderá ajudar em um sinistro, mas é preciso ficar atento, pois algumas 
ações só podem ser realizadas por profissionais capacitados. Agora, faça os 
exercícios para melhor aprendizagem do conteúdo e até a próxima Unidade! 
269
Referências
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no trânsito. São Paulo: 
ABRAMET, 2005.
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 
16 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 16 ago. 2022.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. M. Dicionário Houaiss da língua 
portuguesa. Versão 1.0. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss; Objetiva, 
2001. 1 CD-ROM.
270
Unidade de Estudos 2 – Verificação das condições gerais da 
vítima de sinistro de trânsito.
Objetivo: Verificar a saúde da vítima que sofreu um sinistro de trânsito e a 
maneira correta de realizar os primeiros socorros.
Tópicos desta Unidade:
• Como avaliar as condições gerais da vítima de sinistro de trânsito
• O que são os sinais vitais?
• Avaliação inicial ou primária 
• Avaliação secundária 
•	 Compressão cardíaca
 
Como avaliar as condições gerais da vítima de sinistro 
de trânsito 
A avaliação das condições gerais da vítima deve ser feita de forma rápida e 
precisa. Por isso, é necessário manter a calma para agir corretamentee transmitir 
confiança. Além disso, é fundamental afastar os curiosos, evitar comentários 
trágicos sobre o estado de saúde do ferido e estar ciente de que a avaliação 
correta inicia com a verificação dos sinais vitais da vítima.
As pessoas acidentadas que sofrem risco de morte devem ser priorizadas 
durante o atendimento. Dessa forma, quem estiver prestando o socorro precisa 
ter cuidado e limitar-se a fazer o mínimo necessário com a vítima, a qual não 
pode ser retirada do local até que socorristas profissionais possam transportá-
la, se for o caso.
Olá! Seja bem-vindo(a) a mais uma Unidade de Estudo. Sabia que 
identificar as condições de saúde da vítima de sinistro de trânsito 
pode ajudar a salvar a vida dessa pessoa, além de evitar possíveis 
sequelas? Mas, enquanto condutor, você está preparado para identificar essas 
condições? Nesta Unidade de Estudos, será possível conhecê-las e aprender a 
maneira correta e adequada de prestar o atendimento à vítima. Bons estudos! 
271
O que são os sinais vitais? 
Os sinais vitais mostram o funcionamento ou as alterações das funções 
do corpo. Assim, para avaliar a condição de saúde da vítima acidentada, é 
necessário verificar essas informações básicas.
De um modo geral, considerando uma vítima adulta, as condições consideradas 
normais para respiração (frequência respiratória), pulsação (frequência 
cardíaca), pressão arterial e temperatura corporal são:
Pulso Respiração 
60 a 100 batimentos por minuto. 12 a 20 respirações por minuto. 
Pressão arterial Temperatura corporal 
120 x 80 mmHg. 36 °C a 37 °C. 
Pode haver uma exceção nos movimentos respiratórios por minuto em crianças, 
pois tendem a ser mais rápidos.
272
Avaliação inicial ou primária 
Na avaliação inicial, é preciso verificar, de modo rápido, se a vítima está consciente 
(acordada), se respira ou se está com dificuldade para respirar.
Diante disso, é necessário examinar a vítima seguindo obrigatoriamente a 
sequência “XABCDE do trauma” o qual é um processo mnemônico que padroniza 
o atendimento inicial a pacientes politraumatizados. Clique nas letras abaixo e 
descubra quais são as ações que eles representam:
X Exsanguinação
A Vias aéreas e proteção da coluna cervical
B Boa ventilação e respiração
C Circulação sanguínea e controle de hemorragia.
D Nível de consciência e possíveis fraturas.
E Proteger a vítima de exposição e verificar se ela está queimada.
Esses procedimentos devem ser realizados da seguinte maneira:
No caso de a vítima estar acordada ou consciente, é preciso aproximar-se 
dela e, com cuidado, agir conforme a descrição, ao clicar nas ações abaixo:
Conversar 
Conversar com a vítima e apresentar-se informando a intenção de ajudá-la.
Utilizar luvas
Utilizar luvas de silicone para evitar o contato com o sangue ou a saliva.
Acalmar
Caso a vítima esteja acordada, é importante acalmá-la e solicitar que não 
se mova.
273
Impedir movimentos
Apoiar a mão sobre a testa da vítima, sem fazer força, somente para impedir 
que ela faça movimentos bruscos.
Observar respiração
Verificar se ela está com dificuldade para respirar.
Verificar circulação
Verificar a circulação sanguínea colocando 2 dedos sobre a artéria radial 
localizada no pulso.
Verificar nível de consciência
Se comunicar com a vítima para verificar o nível de consciência.
Proteger
Proteger a vítima, cobrindo-a com mantas e casacos.
No caso de a vítima estar desacordada ou inconsciente, o procedimento é 
diferente, confira os dois principais procedimentos:
1 
Ajoelhado ao lado da vítima, a pessoa que está prestando socorro deve 
colocar uma das mãos sobre testa dela e a outra sobre o ombro contrário à 
posição do ajudante.
2
Depois de verificar se a vítima está respirando, é necessário conferir o pulso, 
que não pode exceder o tempo de 10 segundos, pois qualquer demora pode 
ser fatal.
Para verificar a pulsação, acompanhe o passo a passo abaixo:
1º) Colocar os dedos no centro do pescoço da vítima, na traqueia.
274
Figura 1 – Verificação do pulso carotídeo.
Fonte: Shutterstock/Madrolly.
2º) Em seguida, deslizar os dedos lateralmente no pescoço e procurar o pulso.
Se a vítima estiver com dificuldade para respirar em decorrência de objeto ou 
líquido obstruindo as vias áreas, ela pode morrer ou ter problemas graves no cérebro. 
Sendo assim, é preciso desobstruir as vias aéreas para liberar a passagem do ar.
Agora, se a vítima estiver sem pulsação, é necessário ligar imediatamente para 
a equipe de Urgência e Emergência:
Quadro 1 – Telefones dos serviços de Urgência e Emergência
Serviço Nº
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
(SAMU)
192
Corpo de Bombeiros 193
Esses são os procedimentos iniciais para avaliar as condições de saúde da 
vítima, os quais são fundamentais no momento do atendimento, pois podem 
evitar a gravidade do sinistro. Assim, procure sempre se atualizar e relembrar 
esses procedimentos para que, caso necessite, eles já estejam no seu domínio 
de conhecimento. 
275
Avaliação secundária 
Feita a avaliação inicial ou primária, é preciso verificar a extensão dos 
ferimentos, a quantidade de sangue perdido e iniciar os procedimentos 
adequados para cada caso, os quais variam de acordo com a gravidade. 
É válido ressaltar que, em todo atendimento, os sinais vitais dos acidentados 
devem ser conferidos rigorosamente. Além disso, é importante estar ciente de 
que nem sempre as lesões aparentes são as mais graves. 
Acompanhe abaixo como identificar os sinais vitais:
PARADA RESPIRATÓRIA 
Ausência de movimentos respiratórios causando inconsciência e lábios, língua 
e unhas de cor azuladas ou arroxeadas.
PARADA CARDÍACA
Ausência de batimentos cardíacos causando inconsciência; aparência 
excessivamente pálida; sem pulsação (sem batimentos do coração).
Quando a vítima apresentar uma parada respiratória, é necessário realizar 
a respiração artificial que pode ser feita das seguintes formas:
Boca a boca: Neste procedimento, deve-se fechar as narinas do acidentado 
com os dedos para o ar não escapar, colocar a boca do ajudante sobre a boca 
da vítima e soprar até que o tórax dela se levante. Essa operação deve ser 
repetida até a vítima respirar normalmente. Quando o socorrista não possui uma 
máscara para realizar a ventilação artificial boca a boca, esse procedimento não 
é obrigatório. Nesse caso, pode-se realizar a respiração manual.
Respiração manual 
A respiração manual é uma técnica de respiração recomendada quando não é 
possível realizar a respiração boca a boca. Assim, esse procedimento pode ser 
realizado da seguinte maneira:
276
1º Verificar se há fraturas na vítima. Se não houver, siga para o 2º passo. 
2º
Coloque a vítima deitada de costas e segure-a pelos pulsos, cruzando-
os e comprimindo-os contra a parte inferior do peito. 
3º
Em seguida, deve-se puxar os braços da vítima para cima, para fora 
e para trás.
Compressão cardíaca 
Quando for constatada a ausência de batimentos cardíacos, é necessário 
realizar a compressão cardíaca. Esse procedimento faz com que o coração e o 
pulmão voltem a funcionar normalmente e para realizá-lo existem as seguintes 
recomendações:
• Deitar a vítima de costas em superfície rígida, apoiar a mão sobre a 
parte inferior do tórax dela, colocar a outra mão em cima da primeira e 
fazer compressões;
• As compressões torácicas devem ser iniciadas em uma frequência de 100 
a 120 vezes por minuto ou mais rápido (veja a representação da RCP na 
Figura 2);
• Em crianças com 2 (dois) anos ou mais, os procedimentos são os 
mesmos, porém deve-se utilizar somente uma das mãos para realizar as 
compressões;
• Em crianças com menos de 2 (dois) anos e bebês, os procedimentos 
também são os mesmos, mas deve-se utilizar o polegar para realização 
das compressões.
277
Figura 2 – Localização para compressão torácica.
Fonte: Shutterstock/Platoo Fotography.
• É comum ocorrer ao mesmo tempo a parada respiratória e a parada 
cardíaca, denominada parada cardiorrespiratória. Se isso ocorrer, é 
precisorealizar a respiração artificial e a compressão cardíaca.
• Essa manobra deve ser realizada até a chegada do serviço médico de 
emergência ou de outras pessoas preparadas para assumir o cuidado 
da vítima. Não se deve oferecer líquido para uma pessoa acidentada, 
principalmente se ela estiver com dificuldade para respirar.
Saiba mais
Assista ao vídeo Ressuscitação Cárdio Pulmonar disponível neste 
link1 e descubra as noções de primeiros socorros para leigos, 
explicadas por uma funcionária do Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU). 
1 https://www.youtube.com/watch?v=JNc7qojAZqA
278
Todas as noções básicas aqui apresentadas são importantes, necessárias e 
ajudam a salvar vidas. No entanto, é fundamental compreender que, mesmo 
oferecendo a ajuda inicial de emergência, a melhor pessoa para realizar o 
atendimento a uma vítima de sinistro de trânsito é um profissional capacitado. 
Portanto, jamais hesite em ter sempre à mão os telefones dos serviços de 
urgência e emergência e ligar para eles sempre que preciso!
Referências
AHA – American Heart Association. Destaques das diretrizes da American 
Heart Association 2010 para RCP e ACE. São Paulo: AHA, 2010. Disponível 
em: https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2014/Destaques_das_Diretrizes_
da_American_Heart_Association_2010_para_RCP_e_ACE_03012014.pdf. 
Acesso em: 16 ago. 2022.
BRASIL. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 16 ago. 2022.
Finalizamos o estudo desta Unidade e com ela você pode aprender 
como avaliar as condições gerais da vítima de trânsito, além de 
reconhecer os sinais vitais e aplicar as avaliações primárias ou 
secundárias. Mantenha-se sempre atualizado e responda às questões para 
revisão e consolidação do conteúdo! Bons estudos! 
279
Unidade de Estudos 3 – Cuidados com as vítimas de sinistro de 
trânsito que sofrem ferimentos graves
Objetivo: Entender os principais cuidados com as vítimas de sinistro de trânsito 
que sofrem fraturas, queimaduras, intoxicação, choque elétrico, ferimentos, 
hemorragias, estado de choque, convulsão, desmaio e amputação.
Tópicos desta Unidade:
• A função dos primeiros socorros
• Primeiros socorros em caso de fraturas 
• Amputação
• Lesões por queimaduras ou eletricidade
• Intoxicação
• Ferimentos e Hemorragia
• Estado de choque, desmaio e convulsão 
A função dos primeiros socorros 
Os primeiros socorros ajudam a evitar o agravo das condições gerais de saúde em 
que se encontra a vítima. Além disso, auxilia na diminuição da dor e representa 
um apoio emocional ao acidentado.
Assim sendo, as lesões que não ameaçam a vida da vítima podem ser tratadas, 
inicialmente, no local onde aconteceu o sinistro. Para tanto, é preciso fazer 
a avaliação secundária e verificar se há ferimentos, hemorragias, fraturas, 
convulsões, desmaios, estado de choque, entre outras decorrências 
possíveis de um sinistro. Pode –se definir a avaliação secundária como 
Olá! Vamos dar início a mais uma Unidade de Estudo. A condição 
básica para ajudar uma vítima a sobreviver após um sinistro de 
trânsito, é saber a maneira correta de prestar os primeiros 
atendimentos. A partir de agora, você vai conferir os principais cuidados nas 
situações mais comuns de sinistros de trânsito. Vamos iniciar? Bons estudos! 
280
a observação de lesões na cabeça, no pescoço, no tronco, nos membros 
superiores e inferiores e na coluna, além da verificação de ferimentos, 
hemorragias, convulsões, desmaio e estado de choque. Nessa análise, é 
necessário observar atentamente as regiões do corpo da vítima e verificar se 
há inchaço, deformidades ou a cor roxa na parte machucada, pois podem ser 
sinais de lesão interna.
Primeiros socorros em caso de fraturas 
A fratura pode ser definida como a quebra parcial ou total de um ou mais 
ossos do corpo e, de modo geral, provoca muita dor e inchaço no local. Essas 
fragmentações podem ser classificadas em abertas ou fechadas, de acordo com a 
lesão ou ruptura da pele. Em sinistros de trânsito, os ferimentos mais comuns são 
os dos ossos das pernas e dos braços. Os motociclistas, em caso de colisão e/ou 
queda, estão mais sujeitos a fraturas. Para identificar uma fratura, é necessário 
observar se a vítima apresenta dificuldade para movimentar determinada 
região do corpo, se há deformidade no local afetado, sangramento em 
grande quantidade, sensação de atrito ou aparecimento do osso fraturado, o 
qual é chamado de fratura exposta.
A fratura aberta ou exposta ocorre quando o osso se quebra atravessando e 
rompendo a pele ou quando existe uma ferida que se estende do osso fraturado 
até a pele. Em uma fratura fechada, há a ruptura do osso, mas a pele e/ou 
o músculo não foram rompidos. Após identificar a fratura, deve-se prestar o 
seguinte atendimento à vítima:
ACIONAR
imediatamente o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e Emergência, 
como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
ACALMAR
a vítima e não deixar que ela se mova.
IMOBILIZAR
o local fraturado. 
281
Imobilização do local fraturado 
A imobilização (deixar parado/imóvel) impede que a vítima movimente o 
membro fraturado. Diante disso, no caso de fraturas expostas, nunca se deve 
alinhar o membro fraturado, o procedimento correto é fazer curativo com gaze 
ou pano limpo e imobilizar o membro de acordo com a posição que ele estiver. 
Ainda, a imobilização deve envolver a articulação anterior e posterior à lesão.
Veja, a seguir, os procedimentos adequados para a imobilização dos membros 
superiores (ombro, braço, antebraço, punho e mão):
1 Manter a vítima deitada.
2
Providenciar imediatamente uma tala, ou seja, qualquer objeto 
limpo que permita paralisar o membro. A medida da tala precisa 
ser adequada, indo um pouco além das articulações da vítima para 
oferecer imobilização e sustentação.
3
Amarrar a tala, no mínimo em três lugares, com faixas não muito 
finas e sem deixá-las muito apertadas.
4
Se não for possível o uso de uma tala, deve-se amarrar o braço 
junto ao corpo da vítima. Nesse caso, é importante usar um objeto 
para separá-los, a fim de impedir que o braço se encoste ao corpo.
Figura 1 – Exemplo de imobilização de membro superior (braço).
Fonte: Sgutterstock/Bangkoker.
282
Para realizar a imobilização dos membros inferiores (quadril, coxa, perna e pé), 
utilizam-se os mesmos procedimentos da imobilização dos membros superiores, 
porém também é possível amarrar as duas pernas juntas, usando algum objeto 
para separá-las, como um pedaço de papelão ou uma tábua. 
Figura 2 – Exemplo de imobilização de membro inferior (perna).
Fonte: Shutterstock/Bangkoker.
ACIONAR
imediatamente o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e Emergência, 
como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
ACALMAR
a vítima e não deixar que ela se mova. 
Já a imobilização do tórax, a qual evita que uma costela quebrada perfure o 
pulmão e cause um pneumotórax55, consiste em enfaixar o peito da vítima e 
colocar os braços dela cruzados na região central do tórax.
Ainda, além das imobilizações dos membros superiores, inferiores e do tórax, 
existe a imobilização de quadril, cuja fratura exige maior atenção, pois a vítima 
ficará totalmente estática.
55 Acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a pleura (membrana que reveste o pulmão).
283
Figura 3 – Imobilização de quadril.
Fonte: Shutterstock/Photographee.eu.
Fratura do crânio 
O crânio é uma estrutura muito forte e difícil de fraturar, mas quando um de 
seus ossos é lesionado, rompido ou fraturado, a vítima pode morrer ou ficar 
com sequelas.
Assim, para identificar esse tipo de fratura, é necessário observar se a vítimaestá consciente e se apresenta dor de cabeça intensa e em excesso, além de:
• Vômito;
• Sangramento pela boca, nariz e/ou orelhas;
• Convulsões;
• Paralisia nas pernas e nos braços.
Após identificar esses sintomas, confira os procedimentos adequados, clicando 
na sequência abaixo:
1
Deitar a vítima com a cabeça um pouco mais alta que o corpo.
 
284
2
Cuidar do ferimento enfaixando a cabeça com tiras de pano limpo ou gaze, 
mas sem apertar.
3
Imobilizar o pescoço com uma toalha ou algo semelhante. 
4
Não permitir que a vítima se afogue com o próprio vômito ou com o excesso 
de sangue acumulado na boca.
5
Não oferecer líquidos à vítima.
6
Não transportar a vítima, pois o transporte só deve ser feito pelo Serviço 
Médico de Atendimento de Urgência e Emergência. 
 
Figura 4 – Imobilização do crânio.
Fonte: Shutterstock/ESB Professional.
Fratura do pescoço ou da coluna vertebral 
A coluna vertebral é formada por ossos chamados vértebras, as quais são 
providas de um canal em que passa a medula. O cérebro é ligado ao restante 
285
do corpo por meio da medula e se ela for atingida, a vítima pode perder os 
movimentos do corpo. Por ser considerada uma fratura delicada, o socorrista 
precisa de muita habilidade no atendimento e é necessário observar alguns 
sinais e sintomas, tais como:
1 
Dor intensa na região do pescoço ou próximo à coluna cervical.
2
Paralisia das pernas e dos dedos das mãos e dos pés.
3 
Formigamento nos membros.
4
Perda total ou parcial da sensibilidade.
Ao identificar esses sinais e sintomas, o socorrista deve:
1 
Verificar se há sangramento e solicitar atendimento com urgência. 
2
Verificar os sinais vitais (frequência cardíaca e respiratória, temperatura e 
pulso). 
3 
Providenciar o transporte da vítima, que deverá ser feito pelo Serviço Médico 
de Atendimento de Urgência e Emergência.
Caso o sinistro seja com uma motocicleta, o capacete das vítimas não 
poderá ser retirado, pois esse tipo de socorro, se realizado incorretamente, 
poderá causar lesão na coluna vertebral e/ou agravar outras lesões. Assim, a 
retirada do capacete é considerada uma ação de risco e requer a habilidade de 
socorristas profissionais. 
286
Diante disso, a remoção do equipamento de segurança realizado por um 
profissional inicia-se com a abertura da viseira para fazer o contato visual com a 
vítima, desde que a coluna cervical (localizada na região do pescoço) tenha sido 
estabilizada pelo socorrista, e é importante ressaltar que o corpo do acidentado 
não deve ser movimentado em hipótese alguma. Ainda, é preciso verificar se a 
vítima está com dificuldade para respirar.
Amputação 
A amputação é quando a vítima apresenta um membro (ou parte dele) totalmente 
separado do resto do corpo. Acompanhe abaixo os três passos que devem ser 
feitos nesses casos:
1 
Guardar o membro em um saco plástico limpo e deixá-lo bem 
fechado.
2
Colocar o saco dentro de outro recipiente com gelo e deixá-lo 
totalmente lacrado.
3
Quando o socorro chegar, a vítima deverá ser removida 
juntamente com o saco que contém o membro amputado.
Nessas situações, é necessário evitar que a vítima se agite ou faça movimentos. 
Entretanto, existem situações em que a movimentação se torna necessária e só 
deverá ser feita para afastar o acidentado de um perigo maior, como risco de 
atropelamento, de incêndio e de afogamento.
Lesões por queimaduras ou eletricidade 
As queimaduras são lesões causadas pelo contato da pele com o fogo, 
agentes químicos, radiação e eletricidade. As vítimas com queimaduras 
podem falecer, daí a importância de estar atento ao atendimento e realizá-lo 
da melhor maneira possível. 
As queimaduras são classificadas em três níveis:
287
QUEIMADURA DE 1º GRAU 
A queimadura de 1º grau causa dor leve ou moderada no local, a pele fica 
avermelhada e bastante quente. 
Exemplo: A queimadura ocasionada pelo excesso de exposição solar. 
A queimadura de 1º grau não apresenta bolhas.
QUEIMADURA DE 2º GRAU
A queimadura de 2º grau faz com que a pele fique avermelhada, com bolhas 
e a vítima sente muita dor. 
Exemplo: Queimadura provocada por água fervente, mas em pouca quantidade. 
A queimadura de 2º grau sempre apresenta bolhas.
QUEIMADURA DE 3º GRAU
A queimadura de 3º grau não causa dor, pois os nervos são destruídos pela 
alta temperatura. 
Exemplo: É possível citar uma vítima que, conduzindo um veículo, bate em 
um poste, o carro explode e ela não consegue sair a tempo, tendo todo corpo 
queimado. 
Na queimadura de 3.º grau, a pele é arrancada.
Acompanhe as especificidades do atendimento após identificar as queimaduras 
em uma vítima:
• Acionar o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e Emergência;
• No caso de um veículo incendiado e com vítima no interior do automóvel, 
deve-se apagar o fogo com água e cobrir o ferido com cobertor o mais 
rápido possível − começando sempre pela cabeça − ou  rolar a vítima 
no chão; 
• Não deixar a vítima correr;
• Retirar as roupas queimadas quando possível (as roupas que estiverem 
grudadas no corpo da vítima não devem ser retiradas);
• Não perfurar as bolhas das queimaduras e não esfregar o local atingido;
288
• No local atingido pela queimadura, pode ser aplicado água corrente, pano 
limpo ou compressa umedecida na água em temperatura ambiente e soro 
fisiológico. 
Choque elétrico 
O choque elétrico acontece quando o corpo entra em contato com uma corrente 
elétrica. Nesse tipo de situação, o socorrista deve desligar a fonte de energia 
com segurança ou solicitar o desligamento para a companhia responsável o mais 
urgente possível, além de verificar se o chão está seco e utilizar um calçado com 
solado de borracha.
Vale ressaltar, ainda, que o socorrista deve realizar esse procedimento com o 
máximo de segurança possível. Por isso, os recursos especializados devem 
ser acionados e, se não houver preparo, os primeiros socorros não devem 
acontecer.
Intoxicação 
A fumaça de um veículo contém substâncias tóxicas que fazem mal à saúde. 
Com isso, gases como o monóxido de carbono (CO), óxidos de enxofre (SOx) 
e óxidos de nitrogênio (NOx), se absorvidos pelo sistema respiratório, podem 
causar grave intoxicação e até ocasionar a morte de alguém, pois reduzem a 
capacidade de oxigenação do sangue. 
Se a vítima estiver em uma garagem fechada, a fumaça pode prejudicar 
a respiração e causar problemas graves, pois os sintomas de intoxicação 
por monóxido de carbono são delírios e alucinações. Atualmente, além do 
aperfeiçoamento dos combustíveis, os automóveis possuem catalisadores que 
É importante estar atento que, antes de tocar no acidentado, é necessário 
retirar todos os objetos que possam gerar eletricidade, tendo em vista 
que a qualquer momento a vítima poderá descarregar toda a energia. 
289
reduzem as substâncias tóxicas emitidas no ar, mas ainda é necessário ser 
cauteloso diante de possíveis ocorrências. 
 
Ferimentos e Hemorragia 
Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados. O ferimento 
aberto é aquele em que a pele é rompida, ou seja, ela se abre, expondo sangue 
ou até órgãos internos.
Já no ferimento fechado, não há rompimento da pele. Em casos mais graves, 
esse tipo de ferimento pode prejudicar órgãos internos, sendo, muitas vezes, fatal. 
Durante o atendimento a esses ferimentos, é necessário:
1 2 3
Sempre usar luvas 
para evitar o possível 
contágio de doenças.
Nunca retirar qualquer 
material estranho 
que esteja preso aos 
ferimentos.
Não apertar demais 
a atadura quando 
for colocá-la, para 
não interromper a 
circulação. 
Acompanhe, a seguir, os cuidados com os ferimentos de acordo com a localização 
deles no corpo da vítima:
290
Ferimentos nos membros superiores e inferiores 
Compressão leve Enfaixar
Ferimentos em joelho e 
cotovelo
Fazer uma compressão 
leve sobre o ferimento, 
com pano limpo ou gaze.
Prender o ferimento com 
uma faixa (pode ser um 
lenço, uma gravata ou 
uma tira de pano limpo), 
sem pressionar muito 
para não interrompera 
circulação do sangue.
Verificar se o ferimento for 
no cotovelo ou no joelho 
e colocar, ao lado interno 
da articulação (atrás do 
joelho ou em cima do 
cotovelo), um pouco de 
gaze ou papel e prender 
com uma atadura. 
Ferimentos na cabeça 
Deitar a vítima
Deitar a vítima com as costas no chão e com a cabeça mais alta do que o 
restante do corpo.
Conforto da vítima
Afrouxar as roupas da vítima.
Comprimir o ferimento
Colocar panos limpos, compressas ou gaze sobre o ferimento.
Aquecimento
Manter a vítima aquecida.
Bebidas
Nunca oferecer líquido a ela. 
291
Ferimentos no tórax 
Ar no ferimento
Verificar se existe ar passando pelo ferimento e, se isso estiver acontecendo, 
o sinistro pode ter provocado uma perfuração no pulmão.
Pressionar o ferimento
Pressionar o ferimento com um pedaço de pano limpo, gaze ou com a própria 
mão (sempre utilizando luvas).
Curativo de três pontos
Realizar, de preferência, o curativo de três pontos, acesse este link56 para 
assistir a um vídeo explicativo. 
Ferimento no abdome 
Atendimento inicial
Realizar o atendimento somente se a vítima estiver com o ferimento aberto.
Posição da vítima
Manter a vítima deitada de costas.
Ferimentos
Comprimir levemente o ferimento com um pano ou compressa fria.
Exposição de órgãos
Se houver exposição de órgãos, protegê-los com um pano limpo ou compressa 
e, se for possível, umedecer esses materiais com água ou soro fisiológico. 
Ferimento nos olhos 
Ferimentos nos olhos
Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
Piscar os olhos
O socorrista deve verificar se a vítima consegue piscar os olhos várias vezes 
para que os corpos estranhos sejam expelidos.
56 https://www.youtube.com/watch?v=JebdOiUf2-4
292
Corpo estranho nos olhos
Não tentar retirar o corpo estranho se ele estiver cravado no(s) olho(s) 
da vítima.
O que fazer?
Cobrir o(s) olho(s) com um pedaço de pano limpo ou gaze.
Cuidar do ferimento
Se possível, passar uma tira de pano sobre o(s) olho(s) da vítima e amarrá-la 
atrás da cabeça. 
Hemorragia 
A hemorragia é definida como a perda de sangue por rompimento de uma veia 
ou artéria e é muito comum em sinistros de trânsito. A perda de sangue leva 
à diminuição da pressão sanguínea e à diminuição da oxigenação dos tecidos, 
ocasionando a morte se não for controlada. Acompanhe a seguir os tipos de 
hemorragias e os cuidados específicos:
Hemorragia interna: A hemorragia interna é difícil de ser identificada, pois o 
sangramento não é aparente. 
Figura 5 – Hemorragia interna. 
Fonte: Shutterstock/Zyn Chakarapoong.
293
Esse tipo de hemorragia acontece por causa de ferimentos em órgãos internos 
que tiveram veias ou artérias rompidas e, para identificá-la, deve-se estar atento 
aos seguintes sinais e sintomas que expressam um estado de choque:
1. Pele fria;
2. Pulso fraco;
3. Muita palidez;
4. Suor frio e excessivo;
5. Boca pálida;
6. Tontura;
7. Vômito;
8. Sede;
9. Inconsciência;
10. Vômitos com sangue.
Hemorragia externa: A hemorragia externa é mais fácil de visualizar e identificar, 
pois o sangue é extravasado para fora da pele e pode escorrer por alguma 
abertura natural do corpo, como pele, boca, nariz, ânus, vagina etc.
Figura 6 – Hemorragia externa. 
Fonte: Shutterstock/GreatKimFamilyStudio.
Assim, como podemos perceber na Figura 6, quando o sangue escorre pela 
pele, dizemos que a hemorragia é externa.
294
Hemorragia arterial: A hemorragia arterial é causada pelo rompimento de uma 
artéria que produz sangramento abundante em jatos fortes. Essa é uma situação 
grave em que a vítima pode morrer, portanto necessita de atendimento imediato.
Hemorragia venosa: A hemorragia venosa ocorre quando uma veia é atingida. 
O sangue é vermelho escuro e sai de forma lenta e contínua.
Hemorragia nasal: A hemorragia nasal é a perda de sangue pelo nariz. Nesse 
tipo de hemorragia, o melhor a ser feito é:
1. Inclinar a cabeça da vítima para frente;
2. Comprimir a narina por aproximadamente 1 (um) minuto (deve-se ter 
cuidado para não deixar a vítima sem ar);
3. Solicitar à vítima que respire pela boca;
4. Se o sangramento não parar, é necessário colocar gaze ou pano umedecido 
em água ou soro fisiológico na narina da vítima;
5. Não permitir que a vítima assoe o nariz;
6. Se a vítima de hemorragia estiver inconsciente, ela pode estar em estado 
de choque.
Estado de choque, Desmaio e Convulsão 
Uma vítima entra em estado de choque quando há diminuição do fluxo de 
oxigênio para as células do corpo e para os órgãos vitais (coração, cérebro, rins, 
fígado e pulmões). Se esses órgãos não receberem oxigênio em quantidade 
suficiente, não funcionarão normalmente e a vítima poderá morrer.
Esse problema é bastante comum em vítimas que apresentam hemorragias 
(principalmente as internas), que levaram choque elétrico, estão com ferimentos 
graves e/ou fraturas expostas. Com a pressão arterial muito baixa, as células 
do organismo não recebem sangue e, portanto, não recebem oxigênio em 
quantidade suficiente.
Pessoas que sofreram fortes emoções ou que passaram por grandes cirurgias 
295
podem também ficar em estado de choque. Saiba como identificá-lo, observando 
se a vítima apresenta sinais como:
• Inconsciência;
• Suor excessivo;
• Pele fria e úmida;
• Náusea;
• Vômito;
• Pulso fraco;
• Respiração irregular;
• Lábios arroxeados;
• Sensação de frio e de tremor.
Identificando um ou mais desses sinais, o ideal nessas situações é:
1 
Tentar eliminar a causa do estado de choque, como conter a hemorragia ou 
cuidar dos ferimentos.
2
Manter a vítima deitada com a cabeça mais baixa do que o tronco, a menos 
que ela apresente fraturas no crânio, na coluna ou hemorragia nasal.
3 
Afrouxar as roupas da vítima, deixando livre a cintura, o peito e o pescoço.
4
Manter a vítima aquecida e com as vias áreas desobstruídas.
296
Já o desmaio ocorre quando a pessoa perde temporariamente os sentidos do 
corpo e não consegue ficar em pé. Os sintomas são:
1 Palidez
2 Corpo amolecido e sem força
3 Sensação de frio
4 Tontura
5 Suor excessivo
6 Inconsciência
7 Pulso fraco
8 Respiração fraca 
Em caso de desmaio, é necessário colocar a vítima deitada com as pernas 
para cima, afrouxar as roupas dela e verificar a respiração e pulsação. Depois 
que ela estiver consciente, é necessário conversar com a vítima e acalmá-la.
Agora, a convulsão é a contração involuntária dos músculos do corpo e pode 
ocasionar a perda da consciência e provocar movimentos involuntários e 
descoordenados. Os sinais e sintomas dessa crise são:
1 Inconsciência.
2 Salivação excessiva.
3 Olhos virados para cima.
4 Lábios de cor azulada e cabeça inclinada para trás.
5 Contrações involuntárias no corpo todo.
Depois de identificar os sintomas, deve-se virar a vítima de lado, a fim de 
evitar a obstrução das vias aéreas, proteger a cabeça para não ocasionar 
lesões e retirar de perto qualquer objeto que possa machucá-la. Se o 
acidentado estiver usando óculos, colares, anéis e relógio, é preciso retirá-los. 
Assim que as convulsões terminarem, deve-se procurar ajuda médica e 
manter a vítima deitada até que fique consciente novamente.
297
Referências
BRASIL. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 17 mar. 2021.
DETRAN/RJ – DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO RIO DE JANEIRO. 
Coordenadoria de Educação. Renovação da CNH. Conteúdos e provas 
simuladas. Rio de Janeiro: Detran, 2016. Disponível em: http://www.detran.rj.gov.
br/_include/on_line/cartilha/cartilha.pdf. Acesso em: 17 mar. 2021.
GOMES, Diego. Curativo 3 “pontas” ou Selo de Tórax? Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=JebdOiUf2-4. Acesso em: 2ago. 2022.
Nesta Unidade de Estudo, você aprendeu sobre os primeiros 
atendimentos que devem ser prestados às vítimas de sinistro de 
trânsito. Esperamos que tenha compreendido a importância dos 
primeiros socorros e a necessidade de acionar imediatamente o socorro médico. 
Realize as atividades propostas e até a próxima Unidade! 
298
Unidade de Estudos 4 – Cuidados com a vítima 
(o que não fazer)
Objetivo: Conhecer as ações adequadas para atender à vítima de sinistro de 
trânsito e conseguir diferenciá-las das atitudes não apropriadas para os primeiros 
socorros. 
Tópicos desta Unidade:
• Ações que devem ser executadas na ocorrência de sinistros de trânsito
• Extintor de incêndio: regras vigentes
• Comportamentos inadequados em sinistros de trânsito
• Cuidados para não movimentar a vítima acidentada 
Ações que devem ser executadas na ocorrência de 
sinistros de trânsito 
O sucesso no atendimento a uma vítima de sinistro de trânsito depende de ações 
realizadas corretamente. Acompanhe, abaixo, algumas atitudes básicas que 
podem salvar vidas:
Olá! Você sabia que um descuido pode ser fatal no momento de 
prestar socorro a alguém? Quando um sinistro ocorre, sinalizar o 
local e chamar o atendimento especializado são as primeiras 
providências a serem adotadas. No entanto, o que deve e o que não deve ser 
feito até a chegada dos socorristas profissionais? Isso é o que será apresentado 
nesta Unidade de Estudo. Preparado? Então, vamos começar! 
299
Recursos especializados Sinalização e isolamento
Fonte: Pixabay. Fonte: Pixabay.
Acionar os recursos especializados, 
como o Corpo de Bombeiros, o Serviço 
de Atendimento Móvel de Urgência 
(SAMU), o atendimento emergencial 
especializado das concessionárias 
de rodovias.
Sinalizar e isolar a área do sinistro o 
mais rápido possível.
Avaliação do local Adoção de medidas de segurança
Fonte: FreeImages. Fonte: Pixabay.
Avaliar o local para identificar 
riscos, como alta tensão, vazamento 
de combustível e instabilidade do 
veículo, uma vez que o carro pode 
se movimentar a qualquer momento 
provocando novos sinistros.
Identificar os riscos e adotar medidas 
de segurança para quem está prestando 
socorro, para a(s) vítima(s) e para os 
demais presentes no local. Dessa forma, 
caso  o  socorrista  identifique  pontos 
cortantes nas proximidades do local do 
sinistro, como cacos de vidro ou objetos 
pontiagudos, o ideal é cobri-los para 
evitar exposição direta e, assim, evitar 
um novo sinistro com outras pessoas.
300
Afastamento de curiosos Atendimento às vítimas
Fonte: Pixabay. Fonte: Shutterstock/Photographee.eu.
Proteger o local do sinistro de 
curiosos e impedir que retirem a 
vítima do local antes da chegada do 
atendimento especializado.
Se a vítima apresentar lesões, 
deve-se providenciar atendimento e 
procurar as causas.
Cuidado essencial Evitar pânico
Fonte: Shutterstock/Photographee.eu. Fonte: Shutterstock/Photographee.eu.
Não movimentar a vítima, pois isso 
pode provocar outros ferimentos ou 
fraturas ainda maiores no caso de 
haver alguma.
Evitar o pânico no local, porque isso 
assustará a vítima.
301
Proibições Ignição dos veículos
Fonte: Freepik. Fonte: Freepik.
Não fumar ou fazer qualquer uso de 
fogo no local do sinistro.
No caso de vazamento de 
combustível, é necessário, com 
segurança, desligar a chave de 
ignição dos veículos envolvidos 
no sinistro.
Extintor de incêndio
Fonte: Shutterstock/otomobil.
É importante estar preparado para utilizar o extintor de incêndio, 
se for o caso de um veículo cujo uso é obrigatório ou de um 
veículo que o tenha como opção.
Extintor de incêndio: regras vigentes 
O uso do extintor de incêndio tornou-se facultativo para automóveis, utilitários, 
camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. Entretanto, esse 
equipamento é considerado um grande aliado no combate ao início de incêndio 
302
em veículos. Assim, os proprietários de automóveis que optarem por utilizar o 
extintor de incêndio deverão seguir as normas dispostas na Resolução CONTRAN 
n. 919 , de 202257.
É obrigatória a instalação do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-
trator, micro-ônibus, ônibus e para todo veículo utilizado no transporte coletivo 
de passageiros, do tipo e capacidade constantes da tabela do Anexo desta 
Resolução, instalado na parte dianteira do habitáculo do veículo, ao alcance 
do condutor. (BRASIL, 2022). Entretanto, não basta somente equipar o veículo 
com o extintor, é necessário saber manuseá-lo quando for preciso e o próprio 
equipamento vem com as instruções de uso.
Além disso, para saber como utilizar o extintor, é preciso considerar o tipo de 
combustível que está sendo queimado, conforme a classificação abaixo:
CLASSE “A”
Sólidos inflamáveis.
CLASSE “B”
Líquidos e combustíveis inflamáveis.
CLASSE “C”
Equipamento eletroeletrônico energizado. 
O agente triclasse (pó químico seco), presente nos extintores, pode ser 
usado nas três classes de fogos mais difundidos (classes A, B e C). Assim, para 
combater um princípio de incêndio em veículos automotores, é necessário cuidar 
com o manuseio adequado do extintor e seguir alguns passos, tais como:
1 Retirar o extintor do suporte.
2 Levar o extintor ao local do incêndio.
3 Manter-se a uma distância segura do fogo.
57 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/
Resolucao9192022.pdf
303
4
Posicionar-se a favor do vento, de modo que ele atinja a parte 
das costas.
5 Retirar a trava do gatilho (válvula) para romper o lacre.
6
Pressionar o gatilho e direcionar o jato do agente extintor para 
a base do fogo, movimentando-o em leque e criando uma 
nuvem, pois o pó químico seco extingue o fogo por abafamento.
7
Conferir a validade e a pressão do extintor de incêndio do 
veículo regularmente, mesmo que não tenha sido utilizado. 
Do mesmo modo, quando o extintor for utilizado, é necessário 
providenciar a sua reposição imediatamente.
8 Manter o extintor carregado e com a pressão adequada.
Diante disso, as autoridades de trânsito, ou os seus agentes, deverão fiscalizar 
os extintores de incêndio nos veículos cujo uso é obrigatório.
Confira os itens que devem ser verificados em um extintor de incêndio (art. 7º da 
Resolução n. 919/2022):
1 
O indicador de pressão não pode estar na faixa 
vermelha.
2 A integridade do lacre.
3 
A presença da marca de conformidade do 
INMETRO.
4 
Os prazos da durabilidade e da validade do teste 
hidrostático do extintor de incêndio não devem 
estar vencidos.
5 
A aparência geral externa deve estar em boas 
condições (sem ferrugem, amassados ou outros 
danos).
6 O local de instalação do extintor de incêndio.
 
Fonte: IbacBrasil – Tecnologias Educacionais Ltda.
304
Caso o extintor não apresente esses itens, o condutor estará sujeito à aplicação das 
sanções previstas no art. 230, incisos IX e X do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
"Art. 230. Conduzir o veículo:
................
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente 
ou inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o 
estabelecido pelo CONTRAN;
......................
• Infração - grave;
• Penalidade - multa;
• Medida administrativa - retenção do veículo para 
regularização;”
 
(Brasil, 1997) 
 
Assim sendo, cabe ao motorista a responsabilidade de conduzir um veículo com 
extintor, posta a medida administrativa do Código de Trânsito Brasileiro e os 
possíveis riscos de circular com o automóvel sem o equipamento necessário 
para conter um incêndio. Ainda, é válido mencionar que a prevenção é a opção 
mais adequada diante de prováveis ocorrências. 
Comportamentos inadequados em sinistros de trânsito 
É fundamental não adotar atitudes que possam prejudicar o atendimento à vítima 
ou agravar as condições de saúde do acidentado, por exemplo:
• Abandonar o local do sinistro e a vítima;
• Omitir socorro;
• Remover a vítima que está presa nas ferragens;
• Tumultuar o local;
• Deixar de colaborar com as autoridades (elas podemsolicitar testemunho 
ou remoção de um ferido para outro local).
305
Cuidados para não movimentar a vítima acidentada
A recomendação é não deslocar e não mexer no acidentado, pois são ações de 
responsabilidade do SAMU. Essa orientação, entretanto, só não vale em casos 
de risco iminente para a vítima, como incêndio, afogamento ou outras situações 
que ofereçam risco de morte se houver permanência no local do sinistro. De 
todo jeito, a prática deve ser realizada por alguém preparado e os recursos 
especializados precisam ser acionados. Em ocorrências de extremo risco, como 
em um incêndio imediato, o socorrista deve:
• Abraçar o tronco da vítima pelas costas e aproximá-la até o seu tórax 
(peito).
• Apoiar a cabeça da vítima no ombro, imobilizando o pescoço e evitando 
que ela o movimente (fazer isso com calma para não a machucar).
• Após realizar esses procedimentos, é necessário levar a vítima até um 
local seguro e deixá-la deitada em uma superfície plana, mantendo a 
imobilização da cabeça e do pescoço.
Se a vítima estiver consciente, é muito importante realizar a verificação 
do estado de saúde por meio da entrevista, pois isso auxilia no controle dos 
sinais vitais e traz conforto emocional. Ainda, o socorrista deve apresentar-se 
à vítima, fazer perguntas objetivas para obter respostas diretas e rápidas, criar 
um vínculo de diálogo com ela e prestar atenção às respostas. Se o acidentado 
parar de falar, esquecer o que houve ou não souber o próprio nome, endereço ou 
referências, isso pode ser sinal de lesões ou choque emocional.
Se a vítima estiver inconsciente, deve-se abrir os olhos dela e verificar suas 
pupilas conforme as orientações abaixo:
306
Pupilas normais Pupilas diferentes Pupilas dilatadas: 
As pupilas normais 
significam, geralmente, 
que não existem lesões 
neurológicas aparentes 
e há oxigenação.
Quando uma pupila 
está normal e a outra 
está dilatada, significa 
a presença de lesão 
neurológica. Diante 
disso, é importante 
intensificar a avaliação, 
pois pode haver parada 
cardiorrespiratória.
As pupilas dilatadas 
significam parada 
c a r d i o r r e s p i r a t ó r i a 
e é possível que 
haja, também, lesão 
neurológica.
Sempre que a vítima estiver inconsciente, deve-se suspeitar de lesões na 
coluna, traumatismo craniano ou hemorragias graves. Daí a importância de 
não movimentar a vítima, manter a calma, verificar os sinais vitais e repassar 
informações sobre as condições do acidentado ao socorro especializado.
Além disso, em hipótese alguma o socorrista deve retirar qualquer corpo estranho 
dos ferimentos e, mesmo que a vítima pareça estar bem, é indispensável 
encaminhá-la para um profissional de saúde. Vale ressaltar, também, que quando 
há mais de uma vítima no sinistro, os casos mais graves devem ser priorizados. 
Já em ocorrências com motocicletas, o capacete do acidentado não deve ser 
retirado. Esse tipo de socorro, se realizado incorretamente, poderá causar uma 
lesão da coluna vertebral. Somente será permitida a retirada do capacete quando 
a respiração estiver dificultada e, ainda assim, o corpo da vítima precisa 
permanecer imóvel.
307
Referências
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 
16 ago. 2022.
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14071.htm. Acesso em: 16 ago. 2022.
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional do Trânsito. Resolução Contran n. 919, 
de 28 de março de 2022. Estabelece as especificações para os extintores de 
incêndio de instalação obrigatória ou facultativa nos veículos automotores. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 01 abr. 2022. Disponível 
em: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/
resolucoes/Resolucao9192022.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2022.
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudo! Esperamos que 
você tenha compreendido a importância de estar seguro e consciente 
no momento de prestar socorro a uma vítima de sinistro de trânsito. 
Sempre que houver uma emergência, lembre-se dos cuidados necessários e dos 
comportamentos inapropriados, os quais devem ser evitados para diminuir as 
chances de agravamento do estado de saúde da vítima. Até o próximo Núcleo 
Temático! 
308
Núcleo Temático 4 – Relacionamento Interpessoal (6 horas/aula)
Unidade de Estudo 1 – Cidadania, relacionamento interpessoal 
e comportamento solidário no trânsito
Objetivo: Ampliar os conhecimentos sobre cidadania e relacionamento 
interpessoal, a fim de reconhecer a necessidade de comportamentos solidários 
no trânsito e ações de proteção à vida e ao meio ambiente. 
Tópicos desta Unidade:
• O envolvimento do ser humano com o trânsito, a cidadania e o meio 
ambiente
• Educação para o trânsito
• Relação entre sujeito, via e veículo
• Comunicação no trânsito
• Comportamento solidário no trânsito 
O envolvimento do ser humano com o trânsito, a cidadania 
e o meio ambiente 
O homem é o ser vivo que mais modifica o local onde vive. As alterações que 
produz provocam desequilíbrios ambientais e, como consequência, geram 
a devastação da biosfera do planeta. No entanto, é válido mencionar que os 
seres humanos têm a responsabilidade de cuidar do ambiente e zelar pela 
sua conservação, preservação e reconstrução.
Olá! Você conhece seus direitos e deveres como cidadão? Sabe de 
que forma suas ações no dia a dia refletem no trânsito? Nesta 
Unidade de Estudo, será possível ampliar a compreensão sobre o 
conceito de cidadania, verificar de que maneira o relacionamento interpessoal 
influencia nas atitudes das pessoas, além de reconhecer o valor e a necessidade 
de comportamentos mais solidários no trânsito. Vamos lá? 
309
Diante disso, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece uma relação entre o 
comportamento dos cidadãos, o meio ambiente, a sociedade e o cumprimento 
das regras de trânsito. Em seu capítulo XIV, art. 148, parágrafo 1º, o CTB define 
que “a formação de condutores deverá incluir, obrigatoriamente, curso de direção 
defensiva e de conceitos básicos de proteção ao meio ambiente relacionados 
com o trânsito.” (BRASIL, 1997).
Figura 1 – Cidadania e meio ambiente. 
Fonte: Shutterstock/Gualberto Becerra.
Indivíduo, grupo e sociedade 
Alguns estudos realizados por cientistas e pesquisadores apontam que os seres 
humanos se desenvolveram vivendo em comunidades, reunidos à beira do fogo 
para se aquecer, morando em cavernas e em outros abrigos. 
Diante disso, ao observar com atenção, é possível perceber que as pessoas 
estão quase sempre na companhia de outras e, ainda que alguém more ou viva 
sozinho, pertence a um ou mais grupos. Assim, pode-se dizer que o ser humano 
é um ser social, porque vive em sociedade. 
Posto esse fato, viver em sociedade faz parte da natureza humana, pois é no 
relacionamento com os outros indivíduos e com o meio ambiente que alcança a 
satisfação e a realização pessoal. Com isso, os seres também se renovam e se adaptam 
a novos ambientes, colaborando com a satisfação de suas necessidades sociais.
310
Veja neste link58 o "Vídeo 1 – Viver em sociedade". 
Já o individualismo, o isolamento ou a vida em grupos rígidos pode pôr em risco 
uma convivência pautada na vontade geral, no respeito às diferenças e em outros 
princípios de um estado democrático de direitos.
Necessidades do ser humano no convívio social 
É da natureza do ser humano ter necessidades que só podem ser satisfeitas no 
convívio com outras pessoas. Como exemplo, é possível citar:
A

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