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ENFERMAGEM PRÁTICA DE ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2023/1 PATRÍCIA DA SILVA CONDE PRÁTICA DE ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA CUIABÁ-MT 2023/1 PATRÍCIA DA SILVA CONDE PRÁTICA DE ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Relatório final da Prática em Assistência de Enfermagem em Urgência e Emergência, tendo como preceptora a Profª Mª Virginia Costa. Cuiabá-MT 2023/1 DECLARAÇÃO DE FREQUÊNCIA Declaro para os devidos finas que a aluna PATRICIA DA SILVA CONDE, cumpriu 30 horas de prática supervisionada na Instituição Cedente Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino – Cuiabá-MT, no período de 03/04 a 18/05/2023. CUIABÁ-MT, 13 de julho de 2023. ___________________________________________ Prof. Enf. Mª. Virginia Costa _________________________________________________ Enf. Adriana Delmondes Godoy Coordenadora da Prática Supervisionada FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 ATESTADO DE ÉTICA Eu, PATRÍCIA DA SILVA CONDE, nascida em 03 /01 /1981 e com estado civil solteira, portadora da Cédula de Identidade N° 32.860.156-1 SSP-SP, aluna regularmente matriculada na Faculdade de Cuiabá - FASIPE no 8 º semestre do curso Bacharel em Enfermagem, período 2023/01, sob o Nº de Matrícula 9419100427 e com horário de aula no período matutino, atesto para os devidos fins de direito que as dados e informações observadas no decorrer da Pratica Curricular na Unidade Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino situada a Rua Óbidos, S/N no bairro CPA I Cuiabá-MT , cabe a mim sigilo profissional, segundo o código de ética profissional da enfermagem cita: Art. 85 – Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identificados. Fica assim firmado o meu compromisso com a instituição cedente acima citada. Cuiabá, 03 de abril de 2023. Patrícia da Silva Conde – 306.144.698-21 FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 PARECER DOS SUPERVISORES DA PRÁTICA Aluno: Patrícia da Silva Conde Curso: Enfermagem Semestre letivo: 8º Parecer dos Supervisores de Prática quanto ao trabalho do Estagiário(a): O aluno/estagiário: ( ) alcançou os objetivos propostos para o estágio supervisionado ( ) alcançou parcialmente os objetivos propostos para o estágio supervisionado ( ) não alcançou os objetivos propostos Aconselha: ( ) aprovação do(a) ( ) repetição de parte do ( ) reprovação do(a) estagiário(a) Classifica: Conceito / nota final: Observações Finais: .................................................................................................................................................... .................................................................................................................................................... SUPERVISORES DE PRÁTICA Nome: Assinatura Nome: Assinatura: Nome: Assinatura: Data: / / FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 estagiário(a) estágio Ficha de Avaliação da Prática Supervisionada ITENS A SEREM AVALIADOS PELO PRECEPTOR DE PRÁTICA I – ASPECTOS GERA IS PONTUAÇÃO 1. Assiduidade e Pontualidade 0,8 2. Apresentação Pessoal 3. Relações Interpessoais (colegas, equipe de saúde e paciente. 4. Responsabilidade e Senso Crítico 5. Comportamento Ético Profissional 6. Iniciativa e Interesse 0,5 Sub-Total I 1,3 II – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PONTUAÇÃO 1. Atuação em procedimentos específicos da disciplina 1,5 2. Conhecimento técnico-científico das atividades Desenvolvidas 1,5 3. Apresentação do Caso de Caso 1,0 4. Registro das atividades desenvolvidas 07 5. Estudo de Caso/ Desenvolvimento na escrita 20 6. Educação em Saú de 10 7. Relatório diários + anexos* 10 Sub-Total II 8,7 SUB-TOTAL I SUB-TOTAL II NOTA FINAL Observações: _____________________________________________________________ SUPERVISOR DE PRÁTICA Nome: Assinatura e carimbo Data: / / FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 Aluna : Patríca da Silva Conde Assinatura: Unidade Concedente: Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino Total de horas cumpridas no período: 30 horas 1- Política Nacional de Atenção as Urgências A crescente evolução tecnológica impulsiona a sociedade ao progresso constante, refletindo um cenário de transformações, inclusive no panorama da saúde. Acompanhando as mudanças políticas e econômicas, constatamos a sobrecarga do atendimento pelo sistema de saúde, em especial dos serviços de urgência e emergência. Conceitualmente, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 2.048/2002, expressa por “urgência a condição imprevista de agravo da saúde, com ou sem risco potencial à vida, com necessidade de assistência de saúde mediata (em até 24 horas) ou imediata e emergência a condição imprevista de agravo da saúde, com risco iminente de morte ou sofrimento intenso e necessidade de assistência de saúde imediata”. Em busca da assistência imediata podem ser encontrados indivíduos em real condição de emergência, os não caracterizados como urgência e aqueles que buscam o atendimento no serviço pela proximidade, facilidade de acesso e não propriamente pela gravidade da condição de saúde. Essa crescente demanda inadequadamente alocada resulta na superlotação dos serviços de emergência e o risco de não atender adequadamente o paciente grave, comprometendo significativamente a qualidade da assistência prestada. Por isso, urge a necessidade de reordenar a atenção em saúde, de maneira que possa efetivamente iniciar-se na atenção primária, de forma qualificada e resolutiva. A execução de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos reflete-se na diminuição da demanda de atendimento de pacientes graves nos serviços de emergência e na redução dos índices de internação hospitalar. Essa reordenação é essencial, para não pactuarmos com a distorção na realidade, deparando-nos com permanência de pacientes em estado crítico nos diferentes níveis de atenção. Um sistema de atenção ao paciente em estado crítico/potencialmente crítico exige a conformação de uma rede assistencial hospitalar e extra-hospitalar que atue de forma organizada. Com a instituição da Política Nacional de Atenção às Urgências1, essa rede é apresentada com a explicitação dos componentes envolvidos na atenção às urgências em diferentes níveis. A intersetorialidade envolve as interfaces e as responsabilidades assistenciais de todos os componentes, para oferecer ao usuário uma atenção qualificada e humanizada nas diferentes FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 fases do ciclo vital. Incorporando o princípio da complexidade progressiva e da integralidade no cuidar, conduz à reflexão sobre o papel do cliente, do profissional e da sociedade, como agentes transformadores darealidade. Cabe ao poder público capacitar-se para responder às demandas de saúde, vinculadas à assistência de paciente em estado crítico / potencialmente crítico, envolvendo: • Componente pré-hospitalar móvel - Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU); • Componente pré-hospitalar fixo - unidades básicas de saúde, unidades não hospitalares de pronto atendimento; • Componente hospitalar - unidades de urgência / emergência hospitalares, enfermarias, centro obstétrico, centro cirúrgico, unidade de hemodinâmica; • Componente pós-hospitalar - casas de apoio, hospital dia, serviços de reabilitação, internação domiciliar. Essa condição crítica ou potencialmente crítica leva o cliente a procurar a assistência de saúde no serviço de atendimento pré-hospitalar móvel ou no serviço hospitalar, cuja porta de entrada é o pronto-socorro. É considerado atendimento pré-hospitalar móvel: “O atendimento que procura chegar precocemente à vítima de agravo de saúde, de natureza traumática, não traumática ou psiquiátrica, seguido de transporte adequado ao serviço de saúde. Entendido como uma atribuição da área da saúde, o serviço de atendimento pré- hospitalar móvel é organizado e constituído por uma central reguladora, equipe e frota de veículos, além de contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde”. (Ministério da Saúde). Nessa modalidade de atendimento o fator tempo é fundamental, pois o tratamento precoce maximiza as chances de sobrevivência, por meio de avaliação rápida das condições do cliente, com estabilização das condições de risco à vida, seguida de transporte ágil para a instituição que oferecerá o tratamento definitivo. Cada veículo é equipado com materiais e equipamentos específicos, tripulado por profissionais com diferentes atribuições que compõem as equipes, segundo o tipo de atendimento destinado a prestar: Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado à Vida (SAV). ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE As redes de atenção à saúde tiveram sua origem na década de 20, no Reino Unido. No início dos anos 90, a atenção à saúde toma forma com os sistemas integrados nos Estados Unidos e, a partir daí, com as adaptações necessárias, em sistemas de saúde públicos e privados de outros países. Em 200 0, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe critérios para o desenho das redes de atenção à saúde, sob a denominação de “integração do sistema”. Em sentido ampliado, a a finalidade de coordenar suas interdependências e permitir cooperação para a realização de um projeto coletivo. Nessa perspectiva, integram-se diferentes subsistemas, relacionando a clínica e a governança a valores coletivos. Essas dimensões da integração correspondem, na tipologia proposta por Mendes (2001), à gestão da clínica e a dos pontos de atenção. As redes são conjuntas de pontos de atenção à saúde que se articulam, pela via das tecnologias de gestão da clínica, numa rede capaz de prestar atenção contínua à população adscrita. Mendes (2002) afirma que a atenção primária à saúde deve cumprir, nas redes de atenção à saúde, três funções: resolução, coordenação e responsabilização. A função de resolução consiste em solucionar a maioria dos problemas de saúde; a função de coordenação consiste em organizar os fluxos e contrafluxos das pessoas e coisas pelos diversos pontos de atenção à saúde na rede; e a função de responsabilização consiste em se corresponsabilizar pela saúde dos usuários em quaisquer pontos de atenção em que estejam sendo atendidos. Na organização de redes de resposta às condições agudas, a atenção primária tem funções de resolução nos casos que lhe cabem (baixo risco) e de responsabilização, mas a função de coordenação passa a ser de outra estrutura (no caso, o complexo regulador). Para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 200 0), a atenção primária à saúde deve ser parte integral dos sistemas de saúde e o melhor enfoque para produzir melhoria sustentável e equitativa na saúde dos povos das Américas. O Ministério da Saúde, pela Portaria 1.169/GM (BRASIL, 2004), instituiu a Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade. Trata-se, na realidade, da proposição de uma rede de ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de governo. 1.2- Atenção Primária em Saúde A atenção primária em saúde é um conjunto abrangente de ações e procedimentos de assistência, prevenção e promoção de saúde realizadas na rede pública pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). No Brasil cerca de um terço dos enfermeiros atua na atenção primária, onde grande parte da população utiliza a rede para suplementar as ações de promoção e prevenção de saúde. Na rede pública, as Equipes de ESF e as UBS devem garantir o acesso à Atenção Primária, com princípios, elementos e características abaixo: • Ser porta de entrada preferencial do sistema de saúde e contato inicial dos usuários com a rede assistencial; • Cada Unidade Básica de Saúde ou Equipe ESF tem sobre seus cuidados um território adscrito delimitado e com uma população definida e devidamente cadastrada; • Continuidade e integralidade da atenção e coordenação da assistência dentro do sistema de saúde; • Cuidado humanizado com cada usuário, mas centrado na família e focado na comunidade; • Busca de um equilíbrio adequado das ações curativas com as preventivas, de promoção em saúde; • Boa resolutividade com recursos de avaliação clínica cuidadosa, exame físico detalhado, procedimentos básicos bem executados, bom vínculo com os usuários, gestão eficiente dos recursos; com maior necessidade de tecnologia sofisticada, cara ou de recursos de maior nível de complexidade. • Dentro da estrutura de recursos e capacidade de assistência disponível para os casos mais complexos, organização de lista de espera por prioridade e critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e imperativos éticos. Estratégia de Saúde da Família e Unidade Básica de Saúde: As diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB/SUS) determinam que a Estratégia de Saúde da Família seja o modelo e a estratégia prioritária da expansão e consolidação de Atenção Primária de Saúde e ser implantado preferencialmente com caráter substitutivo ao trabalho feito antes nos Postos de Saúde, Centros de Saúde, ambulatórios ou em outros serviços de saúde, compartilhando os espaços de infraestrutura física e administrativa. Nesse sistema misto, cada Unidade Básica de Saúde pode coordenar o trabalho de três ou quatro equipes de Saúde da Família, mas esse número varia com a estratégia específica adotada em cada município. 1.3- Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino - CPA I Cuiabá-MT A Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino, foi inaugurada em 05 de novembro de 2013, com a proposta de realizar cerca de 25 mil atendimentos mensais, abrangendo os bairros CPA I, CPA II, Morada do Ouro, Centro América e Tancredo Neves. Consta com um Núcleo de Apoio à Saúde da Família, tendo como foco principal levar a saúde para mais perto das famílias e, diante disso, uma melhora na qualidade de vida da população. A Unidade conta também conta com a Estratégia do Programa Saúde da Família onde a prioridade é o foco nas ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde. Fica evidente sua importância da Unidade para toda comunidade local, pois além dos 25 mil atendimentos mensais, a Unidade realiza a dispensação de mais de 100 medicamentos psicotrópicos. Seu funcionamento se dá em horário estendido para gerar atendimentos aqueles usurário que trabalham durante o dia, hoje a Unidade realiza atendimentos em livre demanda. O horário de atendimento se dá das 07:00as 21:00 horas. 2- LOCALIZAÇÃO DA PRÁTICA Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino situada a Rua Óbidos, S/N no bairro CPA I Cuiabá no Estado de Mato Grosso Brasil. 3- ESTRUTURA FÍSICA DA UNIDADE As UBS devem ser projetadas, construídas ou reformadas seguindo as normas da Vigilância Sanitária e usando como referência o Manual de Infraestrutura do Departamento de Atenção Básica do SUS. O projeto deve cuidar do conforto e acesso dos clientes e funcionários e da funcionalidade (ventilação, iluminação, temperatura, facilidade de limpeza, fluxo de pessoas com deficiências, telefonia, rede de computadores, acesso a internet, etc.). O número de consultórios precisa ser suficiente para as atividades de todos os profissionais da UBS e das equipes ESF existentes, inclusive dos consultórios com banheiros e estrutura para atendimento ginecológico. A estrutura física da Unidade Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique de Aquino contém: Hall de entrada Atendimento de portaria Sala de espera Sanitários públicos Recepção Sala da Coordenação Consultório para cada equipe médica (5 equipes) Consultório para cada equipe de enfermagem (5 equipes) Consultório com banheiro para exame ginecológico (3 salas) Sala de espera para vacinas Sala de vacinas Sala de curativos Sala de reunião Sala Administrativa Sala de Triagem Sala de Enfermagem Sala de acolhimento Sala para realização de Testes Covid-19 Copa e cozinha Banheiro para funcionários (4 banheiros) Dispensação de medicamentos Coleta de exames Farmácia Consultório Odontológico para cada equipe (5 consultórios) Depósito de materiais de limpeza Copa dos funcionários Almoxarifado Expurgo Lixo e resíduos Sala de reunião Sala administração CME Sala dos ACS Sala da Equipe multidisciplinar de Atenção domiciliar (EMAD) A Unidade conta com atendimento em dias úteis das 07:00 as 17:00 horas, com intervalo para descanso das 07:00 as 21:00 horas. 4- RECURSOS HUMANOS (EQUIPE MULTIPROFISSIONAL) A Estratégia Saúde da Família é o modelo mais importante de Atenção Primária de Saúde que vem sendo implantada no Brasil desde a década de 90 como estratégia básica para a reforma setorial. A Estratégia Saúde da Família no Brasil já conta com cerca de 40000 equipes em mais de 500 municípios com uma população atendida estimada em cerca de 120 milhões de pessoas (DATASUS, 2014). Para a Política Nacional de Atenção Básica, a existência de equipe multiprofissional deve ser composta, por no mínimo, médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico da Família e Comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. A equipe que presta atendimentos e cuidados aos usuários é composta por 1 médico, 1 enfermeiro, 2 técnicos de enfermagem e 5 agentes comunitário de saúde. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe (MS, 2014). Enfermeiras responsáveis pela Unidade. CARGO HORÁRIO Enfermeira Juliane 08:00 as 17:00 hrs Enfermeira Sandra 08:00 as 17:00 hrs Enfermeira Dayana 12:00 as 21:00 hrs Enfermeira Janaina 12:00 as 21:00 hrs 5- TERRITORIZAÇÃO (UBS) Na ESF cada equipe de saúde fica responsável por uma comunidade de cerca de 3.000 a 4.000 pessoas ou 600 a 1.000 famílias dentro de um território com limites definidos. Essa proporção é uma referência básica, pois o número de clientes deve ser adequado à carga de demanda de trabalho assistencial, considerando o grau de risco e vulnerabilidade da população adscrita e o percentual dessas famílias que depende ou usa o sistema de saúde público. A população da área adscrita deve ser cadastrada e as famílias de maior risco devem ser visitadas pelo menos uma vez por mês por um ACS da equipe. Precisam saber que estão vinculados a uma equipe específica. O Artigo 3 da Lei 11.350, de 05 de outubro de 2006 diz que, o “Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas (...)”, ratificando em seu parágrafo quinto a realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento de situações de risco à família. Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território, sempre em consonância com o princípio da equidade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2012). 6- ESCALA DO PESSOAL DE ENFERMAGEM As ações de saúde precisam ser planejadas e sistematizadas com a participação de todos os profissionais, com o estabelecimento de rotinas e metas coletivas dentro das normas da portaria 2488 de 2011 e das diretrizes definidas pelo gestor local. Conseguir que a equipe trabalhe como um time (integração, interação, corresponsabilidade, visão e articulação da função e cada um dentro de planos e objetivos comuns, comunicação, trabalho conjunto, etc.) é um grande desafio. O trabalho com grupo de usuários com presença de todos os profissionais da equipe é uma boa oportunidade de troca de saberes e experiências, melhorando a coordenação e a dinâmica das ações. A equipe deve ter uma postura proativa com ações planejadas e sistematizadas, trabalhando de forma integrada com a comunidade na escolha de prioridade, respeitando os planos e programas de saúde. As escalas dos profissionais de enfermagem devem ser desenvolvidas de acordo com as principais ações e serviços assistenciais típicos da unidade como exemplo podemos citar: ✓ Atendimento de casos agudos; ✓ Consultas de puericultura; - Consultas de pré-natal; - Consultas de saúde da mulher; - Reuniões de grupo para promoção de saúde; ✓ Atividades de grupo de treinamento e capacitação para autocuidado de doenças crônicas; ✓ Vigilância epidemiológica, da saúde do trabalhador e saúde ambiental; ✓ Curativos; -Vacinas; - Exames preventivos; - Eletrocardiograma; ✓ - Coleta de exames 7- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (USF) A informação em saúde deve ser entendida como um instrumento de apoio decisório para o conhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica, para o planejamento, gestão, organização e avaliação nos vários níveis que constituem o SUS (Saúde e Cidadania, 1990). Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública. A notificação compulsória pode ser imediata, semanal, negativa e vigilância de sentinela. Cada uma respeitando os prazos e responsabilidades. O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações. Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer a alguns critérios como potencial de disseminação (transcendência, vulnerabilidade, compromissos internacionais) e magnitude (ocorrência de emergência de saúde pública, epidemias e surtos). O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) foi instituído pela Portaria GM/MS nº 1.412, de 10 de julho de 2013, passando a ser o sistema de informação da Atenção Básica vigente para fins de financiamento e de adesão aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica, substituindo o Sistema de Informaçãoda Atenção Básica (SIAB). O SISAB integra a estratégia do Departamento de Saúde da Família (DESF/SAPS/MS) denominada e-SUS Atenção Primária (e-SUS APS), que propõe o incremento da gestão da informação, a automação dos processos, a melhoria das condições de infraestrutura e a melhoria dos processos de trabalho. Além do SISAB, temos os sistemas e-SUS APS para captar os dados, que é composto por dois sistemas de software que instrumentalizam a coleta dos dados que serão inseridos no SISAB. São eles: 1) Coleta de Dados Simplificado (CDS); 2) Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e 3) Aplicativos (App) para dispositivos móveis, como o e-SUS Território e Atividade Coletiva. Nesse sentido, os sistemas e-SUS APS foram desenvolvidos para atender os processos de trabalho da Atenção Primária para a gestão do cuidado em saúde, podendo ser utilizado por profissionais de todas as equipes e unidades da APS, Atenção Domiciliar (AD), além dos profissionais que realizam ações no âmbito de programas como o Saúde na Escola (PSE) e a Academia da Saúde. Com o SISAB, será possível obter informações da situação sanitária e de saúde da população do território por meio de relatórios de saúde, bem como de relatórios de indicadores de saúde por estado, município, região de saúde e equipe. 8- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Unidade Concedente: Clínica da Saúde Da Família Dr. Henrique de Aquino -Cuiabá PERMANÊNCIA PROCEDIMENTOS REALIZADOS Visto do Supervisor Data Entrada Saída Local 1 03/04 09:30 10:30 Fasipe Reunião para orientações de saída de Campo e divisão do cronograma conforme calendário escolar, paramentação e materiais de bolso. 2 09/05 13:00 17:00 C Clínica da Família Prática no campo de estágio – Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I 3 10/05 13:00 17:00 C Clínica da Família Prática no campo de estágio – Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I 4 15/05 13:00 17:00 C Clínica da Família Prática no campo de estágio – Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I 5 18/05 13:00 17:00 Clínica da Família Construção do estudo de caso 6 13/07 Entrega dos relatórios FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 FICHA DE CONTROLE DE PROCEDIMENTOS REALIZADOS PLANO BÁSICO Práticas de Enfermagem em Urgência e Emergência Aluno: Patrícia da Silva Conde Curso: Enfermagem Semestre Letivo: 2023.1 Carga horária total realizada: 30 horas Período de estágio previsto: 03/04 a 18/05/2023 9 - RELATÓRIO DA PRÁTICA DATA ATIVIDADE DESENVOLVIDA 03/04 Reunião sobre saída de Campo, para aulas práticas de Assistência em enfermagem em Urgência e Emergência na faculdade, sob orientação da professora Virginia Costa, abordando sobre consulta de enfermagem, orientações sobre o cronograma da escala dos alunos, assim como os Cadernos de atenção a ser estudados. 09/05 Primeiro dia de prática em Assistência de Enfermagem Em Urgência e Emergência na Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I, foi realizada uma abordagem temática entre os acadêmicos sobre os atendimentos de Urgência e Emergência com a finalidade em aprimorar nossos conhecimentos para que assim nossos atendimentos aos clientes sejam com o máximo de excelência. Atendimento em Urgências e Emergências Com o intuito de qualificar o atendimento em situações de urgência e emergência, foram desenvolvidos protocolos específicos aplicáveis em diversas situações, visando à padronização e ordenação da sequência das ações e das intervenções. No atendimento em emergência, as prioridades podem ser estabelecidas a partir da abordagem inicial, adotando as medidas de segurança, principalmente na assistência pré-hospitalar, pois as condições e locais de atendimento geralmente costumam ser adversas. FACULDADE FASIPE - CURSO DE ENFERMAGEM Credenciada Portaria MEC 1175 de 05/12/07 Autorizada SESU/MEC 1069 de 27/12/07 NOME: PATRÍCIA DA SILVA CONDE R.A.: 914100427 CURSO: ENFERMAGEM TELEFONE (contato): 65 99800-0046 INSTITUIÇÃO CONCEDENTE: Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I PROFESSOR SUPERVISOR: Virginia Costa DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DATA DE INÍCIO: 03/ 04/2023 DATA DE TÉRMINO: 18/05/2023 HORÁRIO DE ESTÁGIO: ( ) Matutino (X ) Vespertino Entretanto, as ações no ambiente hospitalar não estão isentas de riscos. Por isso, é fundamental que os profissionais fiquem atentos quanto às seguintes etapas: Segurança da cena: Antes de iniciar a assistência é preciso certificar-se quanto à segurança para a realização das intervenções, pois algumas condições podem significar risco aos profissionais envolvidos no atendimento, sendo fundamental a observação de três aspectos (3 S): 1. Segurança da cena: avaliar as condições locais ANTES de se aproximar da área onde está o paciente; 2. Segurança do profissional: avaliar se não há risco ANTES de iniciar o atendimento. 3. Segurança da vítima: certificar-se que não há risco ao paciente durante o atendimento. Considere inclusive a segurança das pessoas que estão ao redor do local, seja em área pública ou no hospital. Avaliação primária: Uma vez certificada à segurança para iniciar o atendimento é realizada a aproximação para a avaliação primária do paciente. É recomendável, quando possível, apresentar-se ao cliente e aos familiares, obtendo a permissão para iniciar o atendimento. Quando o indivíduo já recebeu os primeiros atendimentos prestados pela equipe do serviço móvel de atendimento préhospitalar, a continuidade da assistência no hospital é extremamente favorecida, pois em geral os fatores de instabilidade do quadro já foram identificados e controlados. A avaliação primária fornece uma impressão geral quanto ao estado do cliente, aos riscos potenciais e necessidades imediatas para a estabilização do quadro. Consiste na identificação e tratamento imediato dos problemas que envolvem risco iminente à vida, relacionados ao nível de consciência, capacidade respiratória e atividade cardíaca. Avaliação secundária: Após a realização da avaliação primária e tratamento imediato das alterações que colocam a vida do paciente em risco inicia-se a avaliação secundária. Consiste na realização de exame físico cuidadoso, em sentido céfalopodal, com exposição de cada segmento corporal, visando identificar outras lesões não visualizadas na primeira avaliação (primária). Lembre-se de promover a exposição parcial, apenas da área a ser visualizada, preservando a privacidade do cliente e prevenindo o risco de hipotermia. A avaliação inclui a entrevista AMPLA, procurando-se conversar com o cliente ou familiar, quando possível, para buscar informações complementares. A avaliação se complementa com a monitorização dos parâmetros vitais e a avaliação neurológica aplicando-se a escala de coma de Glasgow. Os procedimentos previstos nessa etapa incluem: ✓ Monitorização cardíaca e avaliação dos parâmetros vitais, oximetria, capnometria/capnografia; ✓ Oxigenoterapia; ✓ Punção venosa, infusão de fluidos e fármacos necessários; Cateterismo gástrico e vesical, quando indicado; ✓ Coleta de material, encaminhamento do cliente para exames complementares ou cirurgia; ✓ Colaboração em outros procedimentos Triagem de Enfermagem Paciente José F. S., 78 anos, casado, natural de Cuiabá-MT, aposentado, veio a Unidade acompanhado da esposa Gerci F. S., para consulta de rotina. Seu José foi diagnosticado a 10 anos com HAS e DM, faz uso de insulina NPH 20 UI e insulinaRegular 10 3x ao dia ( as 6:00, as 13:00 e as 20:00 hr), para HAS faz uso de hidroclorotiazida 25 mg 1 cp pela manhã e maleato de enalapril 10 mg de 12 em 12 horas. Seu José relata que nos últimos dias tem sentido dor na região torácica, sua boca tem ficado mais seca que o costume, está com dificuldade em seguir a dieta e tem exagerado na alimentação, tem sentido forte dor de cabeça , sua evacuação tem sido a cada 3 dias na semana, tem se sentido mais estressado que o costume. Sinais Vitais: Tax: 36,7 ºC FR: 10 irpm FC: 120 bpm PA: 200/130 mmHg SatO² : 88 % GC: 397 mg/Dl EVA: 7 No ato da triagem seu Jose apresenta-se normotérmico, dor moderada, dispneico com amplitude superficial e ritmo irregular, predominantemente abdominal, taquicardia com amplitude cheio e ritmo irregular, hipertenso e com índices hiperglicêmicos. ➔ Diagnóstico de Enfermagem • Dor: relacionada ao conforto físico, com características definidoras de autorrelato da intensidade usando escala padronizada da dor. • Boca seca: relacionada a fatores de estresse excessivo, e condições associadas a agente farmacêutico. • Risco de constipação: relacionado a incapacidade de defecar e fatores na alteração nos hábitos alimentares. Após seu José consultar com a médica da Unidade, foi medicado com: • 2 cp de captopril sublingual de 25 mg; • 12 UI regular; • Oxigenoterapia via cateter tipo óculos com 05ml/min ➔ Planejamento: • Verificar PA e glicemia a cada 1 hora. • Encaminhar para avaliação com a nutrição. Seu Jose foi orientado a estar indo a Unidade de Saúde próxima a sua residência para fazer aferições da PA e o teste de glicemia capilar durante 10 dias 2x ao dia. Com a realização deste mapa de anotações após 10 dias seu José deve comparecer novamente nesta Unidade para consulta de enfermagem e conforme o resultado solicitaremos uma avaliação médica. 10/05 Segundo dia de prática em Assistência de Enfermagem Em Urgência e Emergência na Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I, realizamos um estudo sobre do tema RAU (Rede de Atenção a Urgência) e logo após fiquei na triagem de enfermagem. A Rede de Atenção às Urgências tem como objetivo reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e emergência de forma coordenada entre os diferentes pontos de atenção que a compõe, de forma a melhor organizar a assistência, definindo fluxos e as referências adequadas. É constituída pela Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde; Atenção Básica; SAMU 192; Sala de Estabilização; Força Nacional do SUS; UPA 24h; Unidades Hospitalares e Atenção Domiciliar. Sua complexidade se dá pela necessidade do atendimento 24 horas às diferentes condições de saúde: agudas ou crônicas agudizadas; sendo elas de natureza clínica, cirúrgica, traumatológica entre outras. Assim, para que a Rede oferte assistência qualificada aos usuários, é necessário que seus componentes atuem de forma integrada, articulada e sinérgica. Sendo indispensável a implementação da qualificação profissional, da informação, do processo de acolhimento e da regulação de acesso a todos os componentes que a constitui. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) após avaliação do perfil epidemiológico e demográfico brasileiro, evidencia –se que os principais problemas de saúde dos usuários na área de urgência e emergência estão relacionados a alta morbimortalidade de doenças do aparelho circulatório, como o Infarto Agudo do Miocárdio – IAM e o Acidente Vascular Cerebral – AVC, além do aumento relativo às violências e aos acidentes de trânsito. Desta forma, a Rede de Urgência e Emergência tem como prioridade a reorganização das linhas de cuidados prioritárias de traumatologia, cardiovascular e cerebrovascular no âmbito da atenção hospitalar e sua articulação com os demais pontos de atenção. ➔ Triagem de Enfermagem Paciente 1 : Maria L. S. C., 67 anos, casada, natural de Cuiabá-MT, comparece a Unidade para consulta de rotina, hipertensa, diabética tipo Mellitus 2, faz uso de hidroclorotiazida cp de 25 mg pela manhã, losartana potássica cp de50 mg 2x ao dia, metformina cp de 500 mg 3x ao dia (depois das principais refeições). Sinais Vitais PA: 150/90 mmHg; FR: 20 ipm; FC: 80 bpm; SPO²: 98%; Est 1,56 mt; P 60 kg; IMC 24,7 kg/m²; GC 130 mgDL; Tax 36,6º C. Paciente 2: Kenia K. M., 33 anos, solteira, natural de Várzea Grande - MT, compareceu a Unidade para atendimento com consulta de rotina, nega doença crônica não transmissível. Sinais Vitais PA: 120/80 mmHg; FR: 18 ipm; FC: 83 bpm; SPO²: 99%; Est 1,58 mt; P 68 kg; IMC 27,2 kg/m²; GC 100 mgDL; Tax 36,6º C. Paciente 3: Jonas F., 65 anos, casado, natural de Cassilândia – MS, veio a Unidade para consulta de rotina. Jonas foi diagnosticado com HAS há 1 ano e faz acompanhamento médico nesta Unidade. Sinais Vitais PA: 130/90 mmHg; FR: 20 ipm; FC: 92 bpm; SPO²: 99%; Est 1,80 mt; P 80 kg; IMC 24,7 kg/m²; GC 99 mgDL; Tax 36,5º C. 15/05 Terceiro dia de prática em Assistência de Enfermagem Em Urgência e Emergência na Clínica da Saúde da Família Dr. Henrique Aquino – CPA I, realizamos uma abordagem temática sobre o tema Serviço de atendimento Móvel (SAMU). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. São urgências situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras. O Ministério da Saúde vem concentrando esforços no sentido de implementar a Política Nacional de Atenção às Urgências, da qual o SAMU 192 é componente fundamental. Tal Política prioriza os princípios do SUS, com ênfase na construção de redes de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas que permitam a organização da atenção, com o objetivo de garantir a universalidade do acesso, a equidade na alocação de recursos e a integralidade na atenção prestada. O SAMU 192 realiza os atendimentos em qualquer lugar e conta com equipes que reúne médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas. Paciente: Leticia C. S., 25 anos, solteira, natural de Cuiabá-MT, portadora de DM 2, há 4 anos, trazida a Unidade pelo SAMU após os vizinhos ter a encontrada caída no chão sem consciência. Leticia apresenta lesão em membro inferior direito pé diabético e necessita de cuidados de enfermagem. Faz uso de insulina NPH 22 UI de manhã/noite Sinais Vitais PA: 120/80 mmHg; FR: 16 ipm; FC: 80 bpm; SPO²: 99%; Est 1,80 mt; P 75 kg; IMC 23,1 kg/m²; GC 180 mgDL; Tax 36,5º C. O termo curativo pode ser definido como procedimento de limpeza e cobertura de uma ferida com o objetivo de proporcionar a adequada cicatrização ou prevenir a contaminação dos locais de inserção de dispositivos invasivos, como por exemplo, cateteres, drenos, fixadores e estomas. É importante o profissional enfermeiro deve estar atento aos conhecimentos relativos as características da lesão e os aspectos clínicos do indivíduo que motivaram a necessidade do curativo. As diversas etiologias das feridas e comorbidades demandam uma avaliação criteriosa e holística antes de determinar o cuidado a ser prestado. Em virtude da ampla diversidade e dos constantes lançamentos de coberturas e opções terapêuticas, o enfermeiro precisa compreender a fisiopatologia e os fatores que interferem no processo de cicatrização dos diferentes tipos de ferida, a fim de indicar o produto mais apropriado. Os tipos de procedimentos adotados para a limpeza do ferimento podem ser tanto a técnica limpa quanto a técnica estéril (com luvas estéreis ou pinças), a depender dascondições da lesão, tempo de ocorrência e o ambiente em que o paciente se encontra. Sugere-se que em ambiente hospitalar, a técnica estéril seja mantida em qualquer curativo para assegurar menor risco de contaminação da ferida. ✓ Cobertura Primária: a cobertura primária é aquela que cobre diretamente a ferida, ela é a base do tratamento local; ✓ Cobertura Secundária: é aquela que recobre a cobertura primária. Age dando sustentação, proteção e estética ao curativo. Cabe ao enfermeiro a avaliação do paciente e das características da ferida, visando a limpeza e à promoção do processo de recuperação tecidual, considerando as diferentes etapas desse processo de cicatrização. Realizamos o seguinte procedimento ➔ Curativo: entendemos que o curativo é o conjunto de cuidados dispensados a uma lesão, visando proporcionar segurança e conforto ao doente e favorecer a cicatrização. Tem como objetivos: - tratar e prevenir infecções; - eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam a convalescença, aumentando os custos de tratamento; - observar exsudatos; - promover hemostasia; diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos. ➔ Limpeza da Lesão: a limpeza, como parte integrante do curativo, visa eliminar os fatores desfavoráveis presentes na ferida e promover a rápida cicatrização. Pode ser realizada com gaze umedecida ou por irrigação, utilizando sempre soro fisiológico, de preferência aquecido (temperatura corporal – 36,5ºC) para evitar perda de calor. A limpeza mecânica é realizada com gazes umedecidas com soro fisiológico. Já a irrigação é promovida por jato de soro fisiológico gerado por seringa de 20ml e agulha de grosso calibre (40x12 ou 25x8). ➔ Alginato de Cálcio: • Composição: fibras de ácido algínico (ácido gulurônico e ácido manurônico) extraído das algas marinhas marrons. Contém também íons de cálcio e sódio; • Ação: promove a hemostasia, através da troca iônica, pois os íons livre de cálcio amplifica a cascata de coagulação; possui alta capacidade de absorver exsudato, formando um gel que mantém a umidade, promove a granulação e auxilia o debridamento autolítico. • Indicação: feridas cavitarias; feridas com ou sem infecção, com exsudação moderada interna, com ou sem tecido necrótico e com ou sem sangramento. • Contraindicação: feridas com pouca drenagem de exsudato, superficial ou queimaduras. • Aplicação e troca: pode ser recortado, mas deve utilizar tesoura estéril, manusear com luvas e pinças estéreis. Na forma de placa, deve ser recortado do tamanho certo da ferida para evitar maceração na área perilesional. Em todas as apresentações irá requerer cobertura secundária. 18/05 Construção do estudo de caso REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MINISTÉRIO DA SÁUDE, Política Nacional de Atenção Básica, DF. 2012. MINISTÉRIO DA SÁUDE, Cadernos de Atenção Básica, V.39, Núcleo de Apoio à Saúde da Família, DF. 2012. MINISTÉRIO DA SÁUDE, Cadernos de Atenção Básica, V.13, Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama, DF. 2006 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PERNAMBUCO (UMA-SUS), Atenção Integral à Saúde da Criança, Recife. 2016 FUNASA, junho/2001 – Vacinação MINISTÉRIO DA SÁUDE, Acolhimento, DF. 2009 MINISTÉRIO DA SÁUDE, Política Nacional de Humanização, DF. 2013 SPAGESP – Sociedade de Psicoterapia Analíticas Grupais do Estado de São Paulo, Revista da SPAGESP, 17 (1), 14-27. Oliveira, Reynaldo Gomes de. Enfermagem na Atenção Primária, 2019.