Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

235
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
 
 
 
236
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
MEDVIDEOS.IO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SANGRAMENTOS DA GRAVIDEZ ....................................................... 238
DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ .................................................. 241
SOFRIMENTO FETAL, PUERPÉRIO E FÓRCIPE .................................. 243
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO .............................................. 246
PARTO ............................................................................................... 248
 
OBSTETRÍCIA
237
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
 
- Diagnóstivo da gravidez: 
 Radiológico (USTV): 
- 4 SEMANAS: SACO GESTACIONAL 
- 5 SEMANAS: VESÍCULA VITELÍNICA 
- 6/7 SEMANAS: EMBRIÃO/BCF + 
 
Obs: se USG abdominal, demora 1 semana a mais para cada um desses achados. 
 
 Laboratorial: BETA-HCG > 1.500 = SACO GESTACIONAL. 
 
 
SANGRAMENTOS DA 1ª METADE (< 20 SEMANAS) 
 
 
ABORTAMENTO | DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL |GRAVIDEZ ECTÓPICA 
 
ABORTAMENTO 
 
 
Cólica + sangamento na 1ª metade da gestação: abortamento até que 
se prove o contrário. 
 
- Diagnóstico e conduta: 1º PASSO = EXAME ESPECULAR. 
 
 
 COLO ABERTO: INCOMPLETO, INEVITÁVEL OU INFECTADO 
 
 Abortamento Incompleto: 
- Útero menor que o esperado (restos) + colo aberto. 
- Conduta: esvaziamento. 
 Abortamento Inevitável: 
 - Útero compatível com IG (embrião) + colo aberto. 
 - Conduta: esvaziamento. 
 Abortamento Infectado: 
 - Manipulação indevida + sinais de infecção + colo aberto. 
 - Conduta: antibiótico (clindamicina + gentamicina)/esvaziamento. 
 
 COLO FECHADO: COMPLETO, AMEAÇA OU RETIDO (Precisa de USG) 
 Abortamento Completo 
 - Útero vazio, menor que o esperado + colo fechado. 
 - Conduta: orientação. 
 Ameaça de Abortamento 
- Útero compatível com IG + feto vivo + colo fechado. 
- Conduta: repouso relativo/antiespasmódico. 
 Abortamento Retido 
- Feto morto + colo fechado. 
- Conduta: esvaziamento. 
 
 COLO FECHADO CLÍNICA COLO ABERTO 
 
Completo 
Útero pequeno 
Sem embrião 
Incompleto 
- Esvaziar 
 
Ameaça 
 
Útero com embrião vivo 
Inevitável 
- Esvaziar 
 
obs: em todo sangramento gestacional, sempre avaliar fator RH para fazer 
imunoglobulina. 
 
- Esvaziamento: 
 < 12 SEMANAS: AMIU OU CURETAGEM (independente se 
incompleto ou inevitável). “AMIU para útero MIUdo” 
 > 12 SEMANAS: 
 - Com feto: misoprostol ± curetagem. 
 - Sem feto: curetagem. 
 
- Classificações: 
 Precoce x Tardio 
- Precoce: < 12 semanas 
- Tardio: > 12 semanas 
 Espontâneo x Provocado 
 
- Aborto provocado LEGAL: (1) risco de vida (2 médicos para assinar, 
qualquer IG); (2) estupro (não precisa BO, perícia, juiz - mas só pode ser feito 
até 20/22 semanas); (3) anencefalia (2 médicos para assinar; USG > 12 
semanas). Outras malformações, só com autorização judicial. 
 
 
 
 
 Esporádico x Habitual 
- Esporádico: causa mais comum: trissomias (aneuploidias). A principal 
é a trissomia do 16. Infecção é outra causa comum. 
- Habitual: >3 ou perdas (tem que investigar!) 
 
 
 
 INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL (IIC) 
 -- Aborto tardio, colo fica curto, dilatação indolor, feto vivo. 
 -- Conduta: cerclagem com 12-16 semanas (técnica de McDonald). 
 
 SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDIO (SAF) 
 -- Colo normal, feto morto. 
 -- Lúpus (abortamento de repetição + LES = pensar em SAF) 
 -- Anticorpos 
 -- Tromboses (de qualquer vaso) 
 -- Diagnóstico: 1 critério clínico (abortamento de repetição, pré-
eclâmpsia grave com menos de 34 semanas, trombose) + 1 critério 
laboratorial (anticardiolipina, anticoagulante lúpico, anti-beta-2-
glicoproteína, em dosagem repetida e confirmada). 
 -- Conduta: AAS + heparina. 
 
 INSUFICIÊNCIA DO CORPO LÚTEO (ICL) 
 -- Aborto precoce, colo normal. 
 -- ↓Progesterona 
 -- Conduta: progesterona micronizada (vaginal) até o 1º trimestre. 
 
 
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL 
 
 BENIGNA: mola hidatiforme completa ou parcial. 
 
  MOLA HIDATIFORME COMPLETA: SPTZ NORMAL + ÓVULO SEM 
MATERIAL GENÉTICO = CARGA GENÉTICA TODA DO PAI (46XX)  
NÃO FORMA TECIDO FETAL (“completamente mola”- 20% de malignização). 
 
 MOLA HIDATIFORME PARCIAL: 2 SPTZ NORMAIS + ÓVULO 
NORMAL = MATERIAL TRIPLOIDE (69XXY)  FORMA TECIDO FETAL 
(“parte mola, parte normal -5% de malignização). 
 
 
 MALIGNA 
 MOLA INVASORA (+ COMUM) 
 CORIOCARCINOMA 
 TUMOR TROFOBLÁSTICO DE SÍTIO PLACENTÁRIO 
 
- Quadro clínico: sangramento de repetição, “suco de ameixa”, 
vesículas, aumento do útero, hiperêmese, hipertensão (pré-
eclâmpsia), hipertireoidismo. 
 
- Diagnóstico: 
-- Laboratorial:↑↑↑ Beta-HCG (mola completa) 
 A mola parcial pode ter níveis normais. 
-- USG: “flocos de neve”; “cachos de uva.” 
 
- Tratamento: esvaziamento uterino (vacuoaspiração) + histopatológico. 
-- Histerectomia: se prole definida e > 40 anos. 
-- Não tirar: anexo, cisto tecaluteínico (fruto de estímulo hormonal, 
regride sozinho). 
- Orientar contracepção (DIU não!). NÃO PODE ENGRAVIDAR 
 
 SANGRAMENTOS DA GRAVIDEZ @ casalmedresumos 
238
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
- Controle de Cura: BETA-HCG. 
 -- 3 dosagens semanais negativos (USP: quinzenal). 
 -- 6 dosagens mensais negativas. 
 
- Cura x Malignização: AUMENTO ENTRE 2 DOSAGENS; 3 DOSAGENS 
EM PLATÔ; 6 MESES AINDA POSITIVO OU METÁSTASES (+ COMUNS: 
PULMÃO > VAGINA). SE QUALQUER UM POSITIVO  QT (MTX). 
 
 
- Treinamento USG: (PROVA PRÁTICA!) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
 
- Clínica: ATRASO MENSTRUAL + DOR ABDOMINAL + SANGRAMENTO 
DE PEQUENA MONTA (REAÇÃO DE ARIAS-STELLA). Única ectópica 
que pode causar hemorragia vaginal intensa: CERVICAL. 
 -- Se rota: CHOQUE, SINAL DE BLUMBERG E PROUST (grito de Douglas) 
 -- BETA-HCG: > 1.500 (“descobrimento da ectópica”) 
 -- USG: ÚTERO VAZIO. 
 
- Local mais comum: AMPOLA TUBÁRIA. 
 
- Fatores de risco: DIP, ECTÓPICA PRÉVIA, ENDOMETRIOSE, 
TABAGISMO, DIU (RELATIVO), NEGRAS, > 35 ANOS, CIRURGIA 
ABDOMINAL PRÉVIA. 
 
- Tratamento: 
 EXPECTANTE: ESTABILIDADE HEMODINÂMICA + BETA-HCG EM QUEDA. 
 
 MEDICAMENTOSO: MTX + DOSAGEM DE BETA-HCG NO D4 E D7. 
 Queda > 15%: acompanhamento semanal. 
 Queda <15%: MTX até 3x. 
- Critérios obrigatórios: ECTÓPICA ÍNTEGRA + PACIENTE ESTÁVEL. 
- Critérios prognósticos: SEM BCF; MASSA < 3,5CM; BETA-HCG < 5.000 
(maior chance de sucesso no tratamento medicamentoso). 
 
 
 CIRÚRGICO CONSERVADOR: SALPINGOSTOMIA LAPAROSCÓPICA. 
 - Critérios: ECTÓPICA ÍNTEGRA + DESEJO DE GRAVIDEZ. 
 
 CIRÚRGICO RADICAL: SALPINGECTOMIA. 
 - Critérios: ECTÓPICA ROTA OU PROLE COMPLETA. 
 - Estável: LAPAROSCOPIA; Instável: LAPAROTOMIA. 
 
 
 DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL 
 
- INCOMPATIBILIDADE ABO: + COMUM; NÃO EXIGE EXPOSIÇÃO 
PRÉVIA; NÃO TEM PROFILAXIA. 
 - INCOMPATIBILIDADE RH: + GRAVE. 
 
 SENSIBILIZAÇÃO: 
 -- MÃE: RH NEGATIVO/VARIANTE DU NEGATIVO. 
 -- PAI: RH POSITIVO. 
 -- FETO: RH POSITIVO. 
obs: variante DU+  mulher se comporta como RH+ (mesmo se RH-). 
 
 SEGUIMENTO: 1ª gestação: sensibilização, fica cada vez mais grave. 
- Coombs indireto negativo: repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas. 
- Coombs indireto positivo: avaliar titulação. 
 -- < 1:16 (ou < 1:8) = dosagem mensal. 
 -- > 1:16 (ou > 1:8) = investigação de anemia fetal.* 
 -- Feto anterior gravemente acometido= investigação de anemia fetal. 
 
(*) INVESTIGAÇÃO FETAL: 
1. DOPPLER DE ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA (NÃO INVASIVO): VMÁX 
DO PICO SISTÓLICO > 1.5 = HEMÓLISE SIGNIFICATIVA  CORDOCENTESE. 
2. CORDOCENTESE (PADRÃO-OURO/INVASIVO): DIAGNOSTICOE 
TRATAMENTO. 
 
 IMUNOGLOBULINA SE: SANGRAMENTO, EXAME INVASIVO, PÓS 
PARTO RN RH+, 28ª SEMANA MÃE RH- (SE COOMBS INDIRETO NEGAITO). 
 
 IG X RISCO INTRA-ÚTERO 
- FETO ACOMETIDO < 34 SEMANAS OU GRAVE (Ht < 30%, Hb < 10, 
hidrópicos):  TRANSFUSÃO INTRAUTERINA (CORDOCENTESE; 
SEMPRE O NEGATIVO). 
- FETO ACOMETIDO > 34 SEMANAS: PARTO (+FOTOTERAPIA NO RN 
OU EXSANGUINEOTRANSFUSÃO SE GRAVE). 
 
 Avaliação da imunoprofilaxia: 
- COOMBS INDIRETO: EFETIVA SE TESTE POSITIVO (negativa 3 meses 
pós-parto). Se não positivar: fazer mais imunoglobulina. 
- TESTE DE KLEIHAUER: EFETIVA SE TESTE NEGATIVO. 
 
 
SANGRAMENTOS DA 2ª METADE (> 20 SEMANAS) 
 
DPP | PLACENTA PRÉVIA | ROTURAS 
 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (DPP) 
 
- Conceito: descolamento prematuro da placenta APÓS 20 SEMANAS. 
 
- Fatores de risco: HAS, trauma, > 35a, 
retração uterina súbita (gemelar, 
polidramnia), drogas (tabaco/cocaína). 
 
- Fisiopatologia: placenta descola  
coágulo retroplacentário + consumo de 
fatores de coagulação  sangue irrita o 
miométrio  TAQUISSISTOLIA + 
HIPERTONIA 
 
- Quadro Clínico: DOR, TAQUISSISTOLIA (> 6 CONTRAÇÕES / 10 MIN), 
HIPERTONIA, SOFRIMENTO FETAL AGUDO, SANGRAMENTO 
VERMELHO ESCURO (SANGRAMENTO OCULTO EM 20% DOS CASOS). 
 
- Diagnóstico: CLÍNICO (USG NÃO! ATRASA A CONDUTA). 
 
- Conduta: depende do feto. 
 VIVO: VIA MAIS RÁPIDA (MAIORIA CESARIANA). 
 - Se parto iminente: vaginal. 
 
 MORTO (DPP GRAVE): VIA VAGINAL. 
 - Se demora (colo fechado): cesariana. 
 
 
obs: SEMPRE REALIZAR AMNIOTOMIA ANTES – MELHORA PROGNÓSTICO FETAL 
E MATERNO (↓ PRESSÃO NO HEMATOMA; ↓ INFILTRAÇÃO MIOMETRIAL; ↓ 
PASSAGEM DE TROMBOPLASTINA PARA MÃE). 
OVO ANEMBRIONADO 
DOENÇA TROFOBLÁSTICA 
GESTACIONAL 
ABORTO INEVITÁVEL 
ABORTO INCOMPLETO GRAVIDEZ ECTÓPICA 
239
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
- Complicações: 
 ÚTERO DE COUVALAIRE (APOPLEXIA ÚTEROP PLACENTÁRIA) 
- Conduta: massagem bimanual + ocitócito (ocitocina > misoprostol) 
> rafia de B-Lynch > rafia de hipogástrica ou uterina > histerectomia. 
 SÍNDROME DE SHEHAN: necrose hipofisária + amenorreia. 
 CIVD. Passagem de tromboplastina para a mãe (por isso é 
importante a amniotomia). 
 
PLACENTA PRÉVIA 
 
- Conceito: placenta próxima ou sobre o orifício interno do colo APÓS 
28 SEMANAS (fenômeno de migração placentária). 
 
 
- Classificação: marginal / parcial / 
total. 
 
- Fatores de Risco: idade > 35 anos, ↑ 
placentário (ex: tabagismo), cicatriz 
uterina (cesariana, miomectomia, etc), 
multiparidade, lesões endometriais 
(endometrite, curetagem, etc). 
 
- Quadro Clínico: sangramento PROGRESSIVO, de REPETIÇÃO, 
ESPONTÂNEO, VERMELHO VIVO, INDOLOR; AUSÊNCIA DE 
HIPERTONIA E SFA. “PRÉVIA” 
 
- Diagnóstico: CLÍNICA (“prévia”). 
 -- Toque: NÃO (CONTRAINDICADO). FAZER EXAME ESPECULAR. 
 -- Se não for DPP: USG (TEM QUE CONFIRMAR COM USG). 
 
- Conduta: 
 TERMO: INTERRUPÇÃO. 
 PREMATURO: DEPENDE DO SANGRAMENTO. 
 -- INTENSO: INTERRUPÇÃO. 
 -- ESCASSO: EXPECTANTE (internar + estabilização hemodinâmica + CTC). 
 
- Via de parto: 
 TOTAL: CESARIANA. 
 PARCIAL: MAIORIA CESARIANA. 
 MARGINAL: AVALIAR PARTO VAGINAL (FAZER AMNIOTOMIA). 
 
- Complicações: 
 -- Apresentação anormal (↑ incidência de apresentação córmica ∕ pélvica). 
 -- Penetração anormal (acretismo placentário*). 
 -- Puerpério anormal (hemorragia, infecção). 
 -- Prematuridade 
 
 
 
 
 ACRETISMO PLACENTÁRIO 
 
 
 DIAGNÓSTICO: 
 - PRÉ-NATAL: USG DOPPLER/RNM. 
 - APÓS PARTO: DIFICULDADE NA EXTRAÇÃO. 
 -- ACRETA: ATÉ ESPONJOSA  EXTRAÇÃO MANUAL. 
 -- INCRETA: ATÉ MIOMÉTRIO  HISTERECTOMIA. 
 -- PERCRETA: ATÉ SEROSA HISTERECTOMIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTURAS 
 
 ROTURA DE SEIO MARGINAL 
- Quadro Clínico: “PRÉVIA” + PLACENTA NORMOINSERIDA NO USG + 
GERALMENTE PERIPARTO 
- Diagnóstico: PRESUNÇÃO. O definitivo é com HISTOPATOLÓGICO (pós-parto). 
- Conduta: PARTO VAGINAL. Bom prognóstico (sangramento geralmente discreto). 
 
 ROTURA DE VASA PRÉVIA 
- Conceito: RUPTURA DE VASOS UMBILICAIS DESPROTEGIDOS ENTRE A 
APRESENTAÇÃO E O COLO. 
- Fatores de Risco: PLACENTAS BILOBADAS, SUSCENTURIADAS,INSERÇÃO 
VELAMENTOSA (principal). 
 
- Quadro Clínico: SANGRAMENTO VAGINAL PÓS-AMNIORREXE + SFA. 
- Conduta: CESARIANA DE URGÊNCIA. 
 
 ROTURA UTERINA: 
- Fatores de risco: multiparidade, Kristeller, cicatriz uterina (cesariana, 
miomectomia), parto obstruído, malformação uterina (ex: mulleriana). 
 
- Quadro Clínico: 
 IMINÊNCIA DE ROTURA: SÍNDROME DE BANDL-FROMMEL 
 -- Anel separa o corpo do segmento: BANDL 
 -- Ligamentos redondos distendidos: FROMMEL. 
 
 ROTURA CONSUMADA: FÁCIL PERCEPÇÃO DE PARTES FETAIS; SINAL 
DE CLARK (crepitação); SINAL DE REASENS (subida da apresentação); 
MELHORA DA DOR APÓS ROTURA. 
 
- Conduta: 
 IMINÊNCIA: CESARIANA IMEDIATA. 
 ROTURA CONSUMADA: RAFIA/HISTERECTOMIA 
 
 
 
 
obs: TESTE DE WEINER - AVALIAÇÃO PRÁTICA DE CIVD (ou qualquer 
coagulopatia se exames laboratoriais indisponíveis): 8ml de sangue em 
tubo de ensaio a 37ºC (basta apertar o tubo com as mãos fechadas). Se 
coágulo em 10 min + coágulo firme por mais 15min  afasta coagulopatia. 
240
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
HIPERTENSÃO 
 
 
- Pré-eclâmpsia: PA > 140X90MMHG + PROTEINÚRIA > 300MG/DIA 
OU > 1+ NA FITA OU PROTEINA∕CREATININA URINÁRIA > 0,3 (APÓS 
20 SEMANAS). 
  Pré-eclâmpsia sem proteinúria: apenas se hipertensão > 20 
semanas + plaquetopenia < 100.000, Cr > 1,1, EAP, elevação 2x 
transaminases, sintomas cerebrais ou visuais. 
 Se HAS > 20 semanas sem proteinúria e sem tais alterações: HAS 
gestacional. 
 
- Hipertensão gestacional (transitória): 
PA > 140x90mmHg sem proteinúria 
após 20 semanas e que normaliza em 
até 12 semanas pós-parto. 
 
- HAS crônica X Pré-eclâmpsia: 
HAS Crônica Pré-Eclâmpsia 
- > 35 anos 
- Multigesta 
- HAS em qualquer semana 
- Proteinúria ou não 
- Calciúria > 100mg/24h 
- PA persiste alta mesmo após 
o parto 
- < 18 e > 35 anos 
- Primigesta 
- HAS após 20 semanas 
- Proteinúria após 20 semanas 
- Calciúria < 100mg/24h 
- PA normal em 6-12 semanas de 
puerpério 
 
 
 
PORQUE 20 SEMANAS: 
- NORMAL: ondas de invasão trofoblástica diminuem a PA. 
 -- 1ª onda: 6-12 semanas 
 -- 2ª onda: 16-22 semanas 
- PRÉ-ECLÂMPSIA: AUSÊNCIA DA 2ª ONDA. O endotélio lesado libera 
tromboxano para a circulação  vasoconstrição  elevação da PA + insuficiência 
placentária + sofrimento fetal + centralização no doppler. 
 
- Fatores de Risco: 
  Exposição pela 1ª vez (nulípara) ou excessiva às vilosidades 
(gemelar, mola). 
  Vasculopatia prévia: HAS, DM, pré-eclâmpsia anterior. 
  Negras. 
 
- Rastreio (1º trimestre): doplpler das artérias uterinas, história 
clínica, curva de PA, bioquímica materna (PAPP-A E PLFG). 
 
OBSERVAÇÕES: 
1) Pré-eclâmpsia com < de 20 semanas = pensar em mola. 
2) Pacientes de alto risco (principalmente se pré-eclâmpsia anterior e HAS 
crônica): AAS com 12 semanas de gestação. 
3) Suplementação de cálcio: pacientes de alto risco + baixa ingesta de Ca. 
4) Tabagismo é fator protetor. 
 
- Classificação: 
 Leve: PA > 140x90, mas < 160x110 e sem sinais de gravidade. É a 
pré-eclâmpsia que não é grave (idealmente, medir a PA 2x em intervalos de 4 horas). 
 Grave: 
- PAS > 160 ou PAD > 110 
- Proteinúria > 5g na urina 24h ou 2+ na fita 
- EAP, oligúria, creatinina > 1,2mg/dl 
- HELLP: LDH > 600, esquizócitos, BT > 1,2; AST > 70, plaquetas < 100.000. 
- Iminência de eclampsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia ou dor em 
barra em HD, HIPERREFLEXIA. 
 
obs 1: paciente com pré-eclâmpsia pode ABRIR o quadro com HELLP. 
 
 
 
 
 
 
- Conduta: leve  ambulatorial; grave  internar. 
 
1) ANTI-HIPERTENSIVOS: NÃO FAZER SE PA < 160X110MMHG. 
- Objetivo: manter PAS entre 140-155 e PAD entre 90-100. 
- Crise: hidralazina IV, labetalol IV ou nifedipina VO (não é sublingual!)obs: sulfato de magnésio + nifedipina = pode provocar hipotensão de difícil controle. 
 
- Manutenção: metildopa VO > hidralazina VO > pindolol VO* (1ª opção 
em provas de SP, USP). Se refratária, associar medicações. 
- Evitar: diurético, IECA, propranolol (propranolol pode gerar CIUR). 
 
2) PREVENÇÃO DE ECLAMPSIA: FAZER EM TODA PE GRAVE, IMINÊNCIA 
OU ECLAMPSIA (MESMO SE NÃO HOUVER SINTOMAS). 
 
- Droga de escolha: SULFATO DE MAGNÉSIO (ataque + manutenção). 
 
 
 PRITCHARD 
- A: 4g IV + 10g IM 
- M: 5g IM 4/4h 
 ZUSPAN: 
 - A: 4g IV 
 - M: 1-2g/h IV BI 
 SIBAI: 
 - A: 6g IV 
- M: 2-3g/h IV BI 
 
- Risco de intoxicação: 3 R’s. 
 REFLEXO PATELAR PRESENTE 
 RESPIRAÇÃO (FR > 16) 
 RINS: DIURESE (> 25ML/HORA) 
 
IMPORTANTE! OLIGÚRIA (< 25) NÃO É SINAL DE INTOXICAÇÃO. 
Conduta: apenas ajuste de dose. 
 
- Intoxicação: REFLEXO PATELAR AUSENTE OU FR < 16  SUSPENDER 
SULFATO DE MAGNÉSO + APLICAR GLUCONATO DE CÁLCIO (ANTÍDOTO). 
 
3) INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO (parto somente após a estabilização) 
- Leve: expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais. 
- Grave: tratamento definitivo é o parto. 
< 34 semanas: avaliar bem-estar para corticoide; parto se piorar. 
 > 34 semanas: parto. 
 Se eclâmpsia: via aérea pérvia, cânula de Guedel, DLE e máscara de O2. 
- Via de parto: pode ser vaginal. Depende das condições maternas 
(gravidade, BISHOP) e fetais (SFA). 
 
- Complicações: 
 Maternas: eclampsia, DPP, AVC, rotura hepática. 
 Fetais: CIUR, centralização, óbito. 
 
- Diagnósticos Diferenciais: 
 Pré-eclâmpsia: esteatose hepática aguda da gestação* 
 Eclâmpsia: pré-eclâmpsia + convulsão. 
 HAS crônica 
 Pré-eclâmpsia sobreposta: HAS + pré-eclâmpsia. 
 Hipertensão gestacional: PA > 140 x 90 após 20 semanas, sem 
critério para pré-eclâmpsia e que melhora no puerpério. 
 
(*) ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA DA GESTAÇÃO 
 - Clínica: 3º trimestre, náuseas, vômitos, dor no HD e icterícia. 
 - Laboratório: elevação de bilirrubina direta, TGO, TGP, hipoglicemia, 
leucocitose, hipofibrogenemia e hiperuricemia. 
 -- PLAQUETAS NORMAIS E SEM HEMÓLISE (importante para ≠ HELLP) 
 - Complicações: insuficiência hepática e renal. 
 - Principal causa de óbito: acidose materna. 
 
obs: a principal causa de icterícia na gestação é hepatite viral. 
 
 
 DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ 
- Importante para as provas práticas (sempre 
perguntar se tem BI no hospital). 
- Magnesemia terapêutica esperada: > 4-
7meq/L (mas não precisa dosar magnésio) 
- Se convulsionar com sulfato de magnésio: 
repetir com metade da dose de ataque. 
- Sempre deixar gluconato de cálcio 10ml a 
10% preparado na beira do leito. 
@ casalmedresumos 
241
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
DIABETES GESTACIONAL 
 
 
- Conceito: INTOLERÂNCIA AOS CARBOIDRATOS INICIADA DURANTE 
A GESTAÇÃO (2ª metade da gravidez: placenta secreta estrogênio, 
progesterona, cortisol e LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO - principal 
hormônio contrainsulínico). 
 
obs: a glicose passa pela placenta da mãe para o feto por difusão facilitada. 
 
- Fatores de risco: HF em parente 1º grau, obesidade, morte fetal 
anterior, história de macrossomia, HAS, idade >25 anos. 
 
- Diagnóstico: 
 Zugaib e Rezende 
 Glicemia de jejum (1ª consulta) 
 -- GJ < 92: TOTG 75g (24-28 semanas) 
 -- GJ 92-125: DM gestacional 
 -- GJ > 126: DM prévio 
obs: a glicemia deve ser sempre repetida e confirmada. 
 
 Glicemia sem jejum > 200: DM prévio 
 Hemoglobina glicada > 6,5: DM prévio 
 
 MS: 
 Glicemia jejum: 92-125 
 Após 1h: > 180 
 Após 2h: 153-199 
 
 Glicemia jejum: > 126 
 Após 2h: > 200 
 
- Conduta: 
 Controle da glicemia: 
 DM gestacional: 
- MEV: dieta FRACIONADA + atividade física + controle glicêmico. 
 -- 6 refeições: 50% carbo | 30% lipídios | 20% proteínas 
- Se não conseguir com MEV: insulina. 
 
 DM prévio: NÃO usar antidiabéticos orais (sempre insulina). 
- Uso prévio de insulina: reduzir a dose no 1º trimestre/pós-parto 
(grávida: náuseas, vômitos, não come); aumentar a dose no 2º/3º trimestre. 
- Hipoglicemia no 3º trimestre: pensar em insuficiência placentária. 
 
 Parto: 
 - Feto/mãe bem: indicação obstétrica. 
 - Tratou com insulina: parto com 38/39 semanas (se feto e mãe 
bem pode ser vaginal), 
 
- Complicações: 
 Macrossomia (efeito GH símile da insulina no feto) 
 SFA 
 Polidramnia (por diurese osmótica, devido o excesso de glicose) 
 Malformação fetal 
 Síndrome da Regressão Caudal (malformação mais específica) 
 -- Tipica de DM prévio. 
 -- Prevenção: engravidar com HBA1C < 6%. 
 
obs: DM gestacional NÃO faz malformação (já passou o momento da morfogênese). 
 
 Distócia de espáduas 
- 1ª conduta: CHAMAR AJUDA! 
- Manobras: McRoberts > 
pressão suprapúbica > 
Jacquemier > Woods. 
- NÃO fazer: Kristeller, tração 
cervical. 
 
- Classificação de Priscila White: 
 A1: DM gestacional que não usou insulina. 
 A2: DM gestacional que usou insulina (conduta: suspender após o parto). 
 B em diante: DM prévia. 
GEMELARIDADE 
 
- Classificação 
1) Número de ovos fertilizados: 
 Monozigótica: mesmo ovo (gêmeos idênticos). 
 Dizigótica: ovos diferentes. 
 
2) Número de placentas: 
 Monocoriônica: uma placenta (> risco). 
 Dicoriônica: placentas diferentes. 
 
obs: 2 sacos gestacionais ou sexos diferentes  gestação gemelar DICORIÔNICA. 
 
3) Número de cavidades amnióticas: 
 Monoamniótica: uma cavidade. 
 Diamniótica: cavidades diferentes. 
 
- Fatores de risco: 
 Gêmeos DIZIGÓTICOS: história familiar, raça, idade. 
 Gêmeos MONO e DIZIGÓTICOS: técnicas de fertilização. 
 
- Diagnóstico: 
 Sinal do Y/lamba: DICORIÔNICA. 
 -- Parto +- 38 semanas (ou antes, se complicar). 
 Sinal do T: MONOCORIÔNICA. 
 -- Parto +- 36 semanas (ou antes, se complicar). 
 
 
- Complicações específicas (monocoriônicas): 
 Síndrome de transfusão feto-fetal (monocoriônica diamniótica). 
-- Causa: anastomoses arteriovenosas entre os cordões umbilicais. 
-- Feto doador: palidez, oligodramnia, CIUR. 
-- Feto receptor: polidramnia, hidropsia. 
-- Achado + importante: discrepância dos bolsões amnióticos. 
-- Tratamento: amniocentese seriada (casos leves); fotocoagulação 
com laser (casos graves). 
 
 
- Indicações de cesariana: gestação tripla, complicações (síndrome da 
transfusão feto-fetal), monoamniótica e 1º feto não cefálico. 
 
INFECÇÃO URINÁRIA 
 
- Agente principal: E. coli. 
- Bacteriúria assintomática (>105 UFC∕ml): SEMPRE TRATAR. 
 
- Cistite: TRATAR + UROCULTURA CONTROLE (= para bacteriúria assintomática). 
 -- ATB: amoxicilina ou nitrofurantoína 7 dias, fosfomicina DU. 
 
- Pielonefrite: INTERNAR + ATB EV 14 DIAS + ATB PROFILÁTICO ATÉ O 
FIM DA GESTAÇÃO. 
 -- ATB: cefalosporina 1ª∕3ª geração (NÃO USAR QUINOLONA). 
TOTG 75G 
(ZUGAIB ∕ REZENDE) 
 - GJ > 92 
 - 1h: > 180 
 - 2h: > 153 
1 alterado = DM GESTACIONAL 
 
DM PRÉVIO 
DM GESTACIONAL 
(basta 1 alterado) 
 
242
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
I - SOFRIMENTO FETAL 
 
 CRÔNICO: perda progressiva de O2 (principalmente em pré-natal de alto risco). 
 AGUDO: perda súbita de O2 (principalmente durante o trabalho de parto). 
 
 A) SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO 
 
- Pensar em insuficiência placentária. 
 - Fatores de risco: vasculopatias (HAS cronica, DM prévio, LES), pós-
maturidade, DHPN, gestação gemelar, placenta prévia, idade avançada. 
- Manifestações: CIUR ∕ DOPPLER ALTERADO ∕ OLIGODRAMNIA. 
 
 CIUR 
- Diagnóstico: 
1) CALCULO CORRETO DA IG (+ CONFIÁVEL: USG ENTRE 6-12 SEMANAS). 
- FU concorda com a IG entre 18 e 30 semanas. Se 3cm menor nesse 
período  SUGERE CIUR OU OLIGODRAMNIA (proceder com USG). 
 
2) USG (PESO INFERIOR AO PERCENTIL 10 PARA IG: CONFIRMA CIUR). 
- Marcador + sensível de CIUR: CIRCUNFERÊNCIAABDOMINAL. 
 
 
 
- Tipos: 
 CIUR SIMÉTRICO (TIPO 1): 5-10% dos casos. 
- Agressão no início da gravidez (afeta hiperplasia celular) 
- Sempre abaixo de P10 (pode confundir com PIG) 
- Relação circunferência cefálica/abdominal: MANTIDA. 
- Ex: trissomias, drogas e infecções no 1º trimestre. 
 
 CIUR ASSIMÉTRICO (TIPO 2): 80% dos casos. 
- Agressão no 2º/3º trimestres (afeta hipertrofia celular) 
- Relação circunferência cefálica/abdominal: AUMENTADA. 
- Ex: insuficiência placentária (HAS, DM prévio...) 
 
 CIUR MISTO (TIPO 3): associação de ambos (raro). 
 
- “Assimétrico precoce” 
- Ex: infecções e cromossomopatias. 
 
 
 DOPPLER 
 
 ARTÉRIA UTERINA: circulação MATERNA (invasões trofoblásticas). 
 - Incisura bilateral > 26 semanas ou SD > 2,6: ↑ resistência; ↓ fluxo. 
 *Marcador de risco de CIUR e pré-eclâmpsia, mas NÃO faz diagnóstico de SFA. 
 
 
 ARTÉRIA UMBILICAL: circulação PLACENTÁRIA. 
- Normal: ↓ progressivo da resistência (↑fluxo). 
- Alterada: ↑ resistência, diástole zero; diástole reversa. 
 
 
 
 CEREBRAL MÉDIA: circulação FETAL. 
- Normal: vaso de alta resistência e baixo fluxo. 
- Insuficiência placentária: ↓resistência umbilical - prioriza órgãos 
nobres (cérebro, coração, adrenais)  CENTRALIZAÇÃO FETAL. 
 RELAÇÃO U ∕ C > 1 (S/D umbilical > S/D cerebral) 
 IR = sístole – diástole/sístole (outra forma de calcular a resistência) 
 
 
 DUCTO VENOSO: avalia a FUNÇÃO CARDÍACA DIREITA FETAL. 
- Indicação: fetos < 32 semanas já centralizados. 
- Normal: onda A positiva. 
- Anormal: onda A negativa (risco iminente de morte  parto imediato). 
 
 
 
- Conduta: 
 Centralização fetal: PARTO COM 34- 37 SEMANAS. 
 Diástole zero: PARTO COM 32- 34 SEMANAS. 
 Diástole reversa ou onda A negativa: PARTO IMEDIATO. 
 
 OLIGODRAMNIA 
 
- Diagnóstico: 
 -- FU menor que o esperado para IG (SUSPEITA). 
 -- USG: ILA < 5CM OU MAIOR BOLSÃO < 2CM (CONFIRMA). 
 Normal: ILA 8-18cm. 
 ILA diminuído: entre 5 e 8. 
 
- Causas: insuficiência placentária, RPMO, malformação urinária 
(agenesia renal), anomalias cromossomiais, IECA, indometacina, parto 
prolongado, pós-datismo, síndrome de transfusão gemelo-gemelar. 
 
 
 B) SOFRIMENTO FETAL AGUDO 
 
 
 MOVIMENTAÇÃO FETAL: 
- Anormal: < 5 em 1 hora. 
- Influenciado por: sono, drogas, hipóxia. 
 
 MICROANÁLISE DE SANGUE FETAL (PH): desuso (↑ invasivo) 
 AUSCULTA CARDÍACA INTERMITENTE: durante a contração + 30 seg. 
 Baixo risco: 30/30 minutos na dilatação; 15/15 no expulsivo. 
 Alto risco: 15/15 minutos na dilatação; 5/5 no expulsivo. 
 
 AUSCULTA CONTÍNUA: CARDIOTOCOGRAFIA (não é rotina no baixo risco). 
 - Avalia: BCF x contração uterina x movimentação fetal. 
 -Técnica: mãe semi-sentada + transdutor no FU (avalia contração 
uterina) + transdutor interescapular (avalia BCF). 
 - Linha de base: BCF médio em 10 minutos. 
 -- Taquicardia: > 160bpm; Bradicardia: < 110bpm. 
 
 
 SOFRIMENTO FETAL, PUERPÉRIO, FÓRCIPE @ casalmedresumos 
NORMAL COM INCISURA 
243
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 PERFIL BIOFÍSICO FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA (1º que altera) + 
VLA (último que altera- SFC) + MOVIMENTOS FETAIS + MOVIMENTOS 
RESPIRATÓRIOS FETAIS + TÔNUS FETAL. 
- Pontuação: 0 – 10 (2 pontos para cada critério). 
- Indicação: alto risco (complementa a CTG). 
- Perfil biofísico simplificado: CTG + análise do líquido amniótico. 
- Conduta: 
 -- 10∕10 ou 8∕10 sendo LA normal: ACOMPANHAR. 
 -- 8∕10 com oligo ou 6∕10: PARTO SE GESTAÇÃO A TERMO. 
 -- 6∕10 com oligo ou <4∕10: PARTO NA VIABILIDADE. 
 
 VARIABILIDADE: DIFERENÇA ENTRE O MAIOR E MENOR BCF. 
-- Saltatória ou aumentada: > 25 BPM (etiologia incerta. Hipóxia) 
-- Moderada: 6 - 25 BPM (normal). 
-- Mínima ou silencosa: < 5 BPM (asfixia, medicações, sono fetal). 
 
 
 
 ACELERAÇÕES: AUMENTOS DE 15BPM POR 15 SEGUNDOS. 
 - Feto reativo: 2 acelerações de 15 batimentos em 20 minutos. 
 
 
 DESACELERAÇÕES: 
 
 DIP I (PRECOCE OU CEFÁLICO): DIP COINCIDE COM A CONTRAÇÃO 
 (compressão cefálica) 
 
 DIP II OU TARDIO: DIP APÓS A CONTRAÇÃO (ASFIXIA - SFA). 
 
 DIP III OU VARIÁVEL OU UMBILICAL: DIP VARIÁVEL EM RELAÇÃO 
À CONTRAÇÃO (COMPRESSÃO DE CORDÃO). 
 
 
 DIP III DESFAVORÁVEL: PADRÃO DE RECUPERAÇÃO LENTA, SEM 
RETORO À LINHA DE BASE OU BIFÁSICA (INDICA HIPÓXIA). 
 
 
 
 
 
 
 
- Classificação: (não confundir classificação com categoria do DIP) 
 CATEGORIA I: “BEM ESTAR” 
 - 110 – 160bpm 
 - Variabilidade normal 
 - Sem DPP II ou III 
 - Aceleração presente ou ausente 
 CATEGORIA II: ENTRE I E III 
 - “Meio-termo” (o que não for I ou III) 
 CATEGORIA III: SEM VARIABILIDADE + 
- DIP II recorrente ou 
- DIP III recorrente ou 
- Bradicardia mantida 
 
- Conduta: 
 DIP I E III VARIÁVEL: ACOMPANHAR TRABALHO DE PARTO (NÃO É SFA). 
 DIP II E III DESFAVORÁVEL*: PARTO PELA VIA + RÁPIDA, +O2, DLE, 
SUSPENDER OCITOCINA, CORRIGIR HIPOTENSÃO. 
 
 
II - FÓRCIPE 
 
 
- Tipos: 
(1) SIMPSON: QUALQUER VARIEDADE; ROTAÇÕES DE ATÉ 45º . 
 (EXCETO TRANSVERSA) 
(2) PIPER: CABEÇA DERRADEIRA (“PIPER DO PÉLVICO”) 
(3) KIELLAND: VARIEDADE TRANSVERSA; GRANDES ROTAÇÕES. 
 
- Pega ideal: BIPARIETOMALOMENTONIANA. 
 
- Condições para aplicar: 
- A: AUSÊNCIA DE COLO (DILATAÇÃO TOTAL) 
- P: PELVE PROPORCIONAL 
- L: LIVRE CANAL DE PARTO 
- I: INSINUAÇÃO 
- C: CONHECER A VARIEDADE 
- A: AMNIOTOMIA 
- R: RETO E BEXIGA VAZIOS 
 
- Indicações para aplicação do fórcipe: 
 Maternas: DESCOLAMENTO DE RETINA, CARDIOPATIA, EXAUSTÃO, 
HÉRNIA ABDOMINAL. 
 
 Fetais: SFA, PROLAPSO DE CORDÃO, CABEÇA DERRADEIRA, DPP 
COM FETO VIVO. 
 
- Complicações durante a aplicação do fórcipe: 
 Maternas: LACERAÇÃO VULVAR, VAGINAL, CERVICAL, RETAL E VESICAL. 
 
 Fetais: CEFALOHEMATOMA, FRATURA DE CRÂNIO, HEMORRAGIA 
INTRACRANIANA, ESCORIAÇÕES FACIAIS. 
 
* VÁCUO EXTRATOR: + FÁCIL; - TRAUMÁTICO. 
- Indicações e contraindicações parecidas com fórcipe. 
- Não usar se < 34 semanas (risco de hemorragia intracranian 
 
244
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
III - PUERPÉRIO 
 
- Imediato: 1º-10º dia (período das grandes hemorragias/infecções). 
- Tardio: 11º-45º dia. 
. 
 
 A) PUERPÉRIO FISIOLÓGICO 
 
 MAMA: 1º DIA: COLOSTRO; ATÉ 3º DIA: APOJADURA (“DESCIDA”). 
- 3 etapas da lactação: 
 Mamogênese: desenvolvimento da mama durante a gestação. 
 Lactogênese: início da lactação (não depende de estímulo). 
 Lactopoiese: manutenção da lactação (depende de estímulo) 
- Método da amenorreia da lactação: < 6m + amenorreia + AME. 
 
 OVÁRIO: OVULAÇÃO EM 6-8 SEMANAS. 
 
 ÚTERO: PÓS-PARTO: CICATRIZ UMBILICAL; INTRAPÉLVICO: 2SEM. 
- Reflexo útero-mamário (liberação de ocitocina): ↓mais rápida do FU. 
 
 COLO: FECHADO EM 1 SEMANA. 
 
 VAGINA: “CRISE VAGINAL” (ATROFIA) 
 
 LÓQUIOS: ATÉ 4º DIA AVERMELHADOS; > 10º DIA: 
ESBRANQUIÇADOS. 
 - Vermelhos após 2ª semana: restos? Odor fétido, febre e pús: infecção? 
 
A) PUERPÉRIO PATOLÓGICO 
 
1. INFECÇÕES PUERPERAIS: TAX > 38ºC POR >48H (2º-10º dia pós-parto) 
 
1.1- ENDOMETRITE (+ COMUM) 
- Fatores de risco: CESARIANA, ANEMIA, DESNUTRIÇÃO, RPMO. 
 
- Etiologia: POLIMICROBIANA (> 10º dia: Clamídia). 
- Clínica: FÉBRE, LÓQUIOS FÉTIDOS, TRÍDDE DE BUMM (ÚTERO 
AMOLECIDO, SUBINVOLUÍDO, DOLOROSO). 
- Profilaxia: ATB NA CESÁREA (INDUÇÃO ANESTÉSICA OU PÓS 
CLAMPEAMENTO), BOLSA ÍNTEGRA, EVITAR ↑TOQUES, ASSEPSIA. 
 
- Tratamento: CLINDAMICINA + GENTAMICINA IV. 
 -- Se até 72h afebril e assintomático: liberar. 
 -- Febre persistente + massa pélvica: abscesso (drenagem + ATB). 
 -- Febre persistente + USG sem massa pélvica: tromboflebite pélvica 
séptica  ATB + heparina (diagnóstico: doppler de a. ovariana). 
 
- Complicações: ABSCESSO PÉLVICO, TROMBOFLEBITEPÉLVICA 
SÉPTICA, CHOQUE SÉPTICO. 
 
1.2 - MASTITE PUERPERAL 
- Agente: S. aureus. 
- Causa: PEGA INCORRTETA (ESTASE LÁCTEA) + FISSURAS MAMÁRIAS. 
- Fatores de risco: PRIMIPARIDADE, IDADE < 25 ANOS, 
INGURGITAMENTO. 
- Diagnóstico: MASTALGIA + SINAIS FLOGÍSTICOS + FEBRE. 
- Tratamento: AINES + ORDENHA (MANTER AMAMENTAÇÃO) + ATB 
(CEFALOSPORINA DE 1ª GERAÇÃO). 
 
1.3. ABSCESSO MAMÁRIO (S. aureus) 
- PODE AMAMENTAR (EXCETO SE PÚS OU INCISÃO PRÓXIMO À PAPILA). 
- Tratamento: DRENAGEM + ORDENHA + ATB (CEFALOSPORINA 1ª). 
 
1.4- ABSCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE 
- RELAÇÃO COM TABAGISMO. 
- Tratamento: RESSECAR + ATB + INTERROMPER TABAGISMO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. HEMORRAGIA PUERPERAL: PERDA > 0,5L (VAGINAL); > 1L (CESAREA). 
- Fatores de risco: gemelar, polidramnia, macrossomia, mioma, 
corioamnionite, trabalho de parto muito rápido (< de 4h TP) ou muito 
lento. 
- Índice de choque: FC∕ PA SISTÓLICA (> 0,9  RISCO DE TRANSFUSÃO). 
 
- Causas: 4 T’.s 
 Trauma: LACERAÇÃO DO CANAL DE PARTO 
 Tecido: RESTOS PLACENTÁRIOS 
 Trombo: COAGULOPATIA (associação com DPP - consumo de fatores de coagulação) 
 Tônus: ATONIA UTERINA (PRINCIPAL CAUSA). 
 
- Conduta na atonia uterina: MASSAGEM > OCITOCINA (> 
MISOPROSTOL) > RAFIA DE B-LYNCH > RAFIA VASCULAR (LIGADURA DE 
A. UTERINA OU HIPOGÁSTRICA) > EMBOLIZAÇÃO DE A. UTERINA > 
HISTERECTOMIA POR ÚLTIMO. “Morreu” 
- Prevenção: 10U DE OCITOCINA APÓS EXPULSÃO FETAL. 
 
obs: Balão de Bakri: tamponamento uterino. Útil nos casos refratários à 
massagem e ocitocina. Serve para atonia uterina e para acretismo, mas é 
temporário (máximo 24h). 
 
3. RETENÇÃO PLACENTÁRIA: 
 - Conduta: EXTRAÇÃO MANUAL > CURETAGEM > BALÃO DE BAKRI > 
HISTERECTOMIA (EVITAR TRAÇÃO EXCESSIVA – RISCO DE INERSÃO UTERINA). 
 - Outras manobras: Credé e Harvey. 
 
4. INVERSÃO UTERINA AGUDA: 
- Conduta: 
  MANOBRA DE TAXE (com a mão espalmada, coloca o fundo do útero 
na palma da mão e empurra para cima). 
 
 MANOBRA DE HUNTINGTON (laparotomia - pinça o FU com a pinça de 
Allis e puxa o útero para cima). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAXE HUNTINGTON 
245
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
 
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 
 
 Presunção: percebido pela mãe/mama/sistêmico. 
- Náuseas, polaciúria 
- Tubérculos de Montgomery (hipertrofia de glândulas sebáceas) 
- Rede de Haller (rede venosa mais evidente) 
- Sinal de Hunter (aréola secundária) 
 
 
 Probabilidade: útero, vagina e vulva. 
- Sinal de Hegar (amolecimento de útero-istmo) “eca, molengo” 
- Sinal de Piskcek (assimetria uterina) 
- Sinal de Nobile-Budin (piriforme  globoso preenchendo o fundo de saco) 
- Sinal de Jacquemier: meato e vulva roxos 
- Sinal de Kluge: vagina roxa 
- Sìnal de Godel: amolecimento cervical 
 
 Certeza: sentir ou ouvir a gestação. 
- Sinal de Puzos: sinal do rechaço fetal, > 14 semanas 
- Movimentação fetal: sentida pelo MÉDICO após 
18-20 semanas. 
- Ausculta: Sonard (> 10-12 semanas) e Pinard (> 
18-20 semanas). 
 *Não esquecer de comparar com o pulso materno. 
 
 Laboratorial: HCG na urina ou no sangue. 
- Pico entre 8-10 semanas 
- Urina: dosagem qualitativa (pode dar falso-positivo, pois a fração alfa 
é comum ao FSH, LH, TSH, etc). 
- Sangue: dosagem quantitativa (especificamente a fração beta 
 -- Beta-HCG > 1.000: confirma gestação em 95% dos casos 
 -- Beta-HCG: dobra a cada 48 horas 
 
 USGTV: 
- 4 semanas: saco gestacional 
- 5 semanas: vesícula vitelínica 
- 6/7 semanas: embrião e BCF+ 
Obs: USG abdominal = 1 semana depois em relação à USGTV. 
 
*Medida mais fiel para cálculo da IG: CCN na USG 6-12 semanas. 
 
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO 
 
 Cutâneas: 
- Estrias gravídicas 
- Cloasma gravídico 
- Eritema palmar, telangiectasias, linha 
nigrans 
 Corpo uterino: 
- 12 semanas: púbis 
- 16 semanas: entre púbis e umbigo 
- 20 semanas: umbigo 
- IG e FU concordam entre 18-30 semanas 
 Osteoarticulares: 
- Lordose acentuada 
- Alarga a base (marcha anserina) 
- Relaxamento das articulações via 
progesterona. 
 
 
 
 Urinárias: 
- ↑ Volemia e ↑TFG em 50% (“filtra por dois”) 
- ↓ Ureia e creatinina e ↑ do clearance 
- Glicosúria fisiológica 
- Compressão ureteral a direita (gerando dilatação pielocalicial) 
 
 Respiratórias: 
- Hiperventilação (“respira por dois”): ↑ volume corrente 
- ↓ Volume residual (aumento uterino) 
- Aumento do tempo de expiração (↓PaCO2)  alcalose respiratória 
compensada. 
 
 Hematológicas: 
- Aumento do volume plasmático (50%) e eritrócitos (30%) 
- Anemia dilucional fisiológica 
- Leucocitose sem aumento de bastões 
- Tendência pró-coagulante 
 -- Tríade de Virchow: hipercoagubilidade (pela tendência pró-
coagulante) + estase venosa (pela compressão do útero na cava 
principalmente no 2º trimestre) + lesão endotelial (principalmente no 
PUERPÉRIO). 
 -- Profilaxia de trombose no puerpério: DEAMBULAÇÃO PRECOCE. 
 
 Metabólicas: 
- Hipoglicemia de jejum e hiperglicemia pós-prandial 
- 2ª metade da gestação: ↑lactogênio placentário 
- Edema: hiperaldosteronismo secundário + ↓pressão oncótica + 
compressão da veia cava pelo útero. 
 
 Cardiovasculares: 
- Sopro sistólico (se diastólico: investigar cardiopatia) 
- ↓ RVP (“placenta funciona como uma fístula”) 
- ↑ Débito cardíaco (principalmente entre 20-24 semanas) 
- ↓ PA (principalmente no 2º trimestre, momento em que a diminuição 
da RVP é mais significativa que o aumento do DC) 
 
 Gastrointestinais: 
- Relaxamento do esfíncter esofagiano  refluxo (tratamento com 
pró-cinético em detrimento de anti-ácido). 
- ↑ Tempo de esvaziamento gástrico (broncoaspiração) 
- Relaxamento da vesícula (↑risco de cálculo) 
*Observação: pode ser realizada ciururgia videolaparoscópica na 
gestação, de preferência no 2º trimestre. Colecistectomia VLP é a 
segunda cirurgia não obstétrica mais realizada na gestação (1ª: 
apendicectomia). 
- ↓ Peristalse (constipação) 
- ↓ Secreção ácida (↓risco de perfuração por úlcera) 
 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL 
 
 Consultas: 
- MS: mínimo de 6 consultas (1 no 1º; 2 no 2º; 3 no 3º). 
- Se possível: mensalmente até 28 semanas; quinzenais de 28-36 
semanas; semanal a partir de 36 semanas. 
 
 Suplementação: 
- Ferro: profilático: 40-60mg de ferro elementar da 20ª semana até 
3 meses após o parto se hemoglobina > 11 (Se Hb < 11: terapêutico). 
- Ácido fólico 
 -- Profilático: prevenção de defeito no tubo neural (fecha com 10 
semanas) e de anemia megaloblástica (0,4mg diário 3 meses antes da 
gestação, até completar o 1º trimestre). 
 -- Se alto risco (história de defeito de tubo neural em filho anterior, 
uso de anticonvulsivante, história de epilepsia): usar 4-5mg. 
 AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO @ casalmedresumos 
246
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 Exames: tipagem sanguínea e RH, hemograma, glicemia de jejum, 
EAS, urocultura, VDRL (ou teste rápido), anti-HIV (ou teste rápido), 
HBsAg, toxoplasmose. 
 
- T: tipagem e RH (+ CI se RH negativo) 
- E: EAS e urocultura 
- S: sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) 
- T: toxoplasmose 
- A: anemia (hemograma) e açúcar (glicemia de jejum) 
- R: repetir com 30 semanas (ou 3º trimestre): hemograma, VDRL, 
HIV, HbSAg, glicemia de jejum, EAS e urocultura 
 
 USG: não é rotina pelo MS. 
- USG 11-14 semanas: translucência nucal < 2,5 mm, osso nasal 
e ducto venoso. 
- USG 20 -24 semanas: morfológico 2º trimetestre. 
 
 Rastreio de infecção pelo GBS: rastreio UNIVERSAL, realizado com 
swab vaginal e retal entre 35-37 semanas (não é recomendado pelo 
MS, mas cai em prova). 
- Não rastrear se: bacteriúria atual pelo GBS; filho anterior teve GBS. 
- Profilaxia INTRA-PARTO: penicilina cristalina 500.000 (ataque) + 
25.000 4/4h até camplear cordão (manutenção). Indicações: 
 Bacteriúria porGBS 
 Filho anterior com GBS 
 Swab positivo entre 35-37 semanas 
 Sem rastreio, mas com fator de risco (trabalho de parto 
prematuro < 37 semanas, temperatura > 38ºC intraparto ou 
RPMO > 18 horas). 
 
- Não fazer profilaxia se: 
 Cesariana eletiva (fora de trabalho de parto e com bolsa íntegra) 
 Swab negativo há < 5 semanas (ex: swab negativo com 35 
semanas, bolsa rompeu com 38 semanas. Mesmo se há mais de 18 
horas, precisa não fazer profilaxia). 
 Sem rastreio e sem fator de risco 
 
 
 
 Rastreio de toxoplasmose: 
IgG - ; IgM -: sem imunidade  sorologia de 3-3 meses. 
IgG + ; IgM -: imunidade. 
IgG - ; IgM +: infecção aguda.* 
 IgG + ; IgM + : > 16 semanas  tratar; < 16 semanas  teste de avidez. 
 -- Se > 60% (alta): > 4 meses (crônica) 
 -- Se < 60% (baixa): < 4 meses (aguda) 
 
- Tratamento da infecção aguda: espiramicina para a mãe + rastreio 
da infecção fetal se < 30 semanas (amniocentese ou cordocentese). 
*Se infecção fetal ou infecção materna > 30 semanas: + sulfadiazina, 
pirimetamina e ácido folínico para o feto. 
 
 Sífilis: 
- VDRL < 1:8: solicitar FTA-ABS (se indisponível: tratar). 
- VDRL > 1:8: tratar com PB 2,4M 3x + tratar parceiro + VDRL MENSAL. 
 
 Vacinas: 
- Tétano/difteria (dT/dTPA*) 
- Hepatite B (toda gestante não vacinada) 
- Influenza 
- Raiva/meningococo se risco de exposição 
 
(*) Realizar entre uma dose 27-36 semanas em TODA GESTAÇÃO. 
 - Se esquema completo: 1 dose 
 - Se 1 dose de antitetânica prévia: 1 dose de dT e 1 dose de dTPA 
 - Se 2 doses de antitetânicas prévias: 1 dose de Dtpa 
 
 
ACONSELHAMENTO GENÉTICO PRÉ-NATAL 
 
 Exames não-invasivos: RASTREIO (todas as gestantes). 
- Biofísico (11-14 semanas): USG. 
 --TN < 2.5mm 
 -- Osso nasal presente 
 -- Ducto venoso 
- Bioquímico: 
 -- Duplo (11-13 semanas): HCG + PAPP-A. 
 -- Triplo (> 15 semanas): HCG + ESTRIOL + ALFAFETOPROTEÍNA. 
 -- Quádruplo (> 15 semanas): HCG + ESTRIOL + ALFAFETOPROTEÍNA + 
INIBINA. 
 -- NIPT (> 10ª semana) : pesquisa DNA fetal na circulação materna. Não 
vê malformação euploide. 
 
*Síndrome de Down: diminui a APAE = alfafetoproteína, PAPP-A e estriol. 
 
 Exames invasivos: se RASTREIO POSITIVO ou FATORES DE RISCO 
(história de anomalia congênita na família, idade > 35 anos, perdas de 
repetição, consaguinidade). 
- Biópsia de vilo (10-13ª semana): única confirmatória do 1º trimestre, 
porém mais invasiva e arriscada). 
- Amniocentese (após 14-16 semanas): mais segura. 
- Cordocentese (após 18 semanas). 
 
 
 
 
247
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 
 
I - ESTÁTICA FETAL 
 
 
 ATITUDE: RELAÇÃO DAS PARTES FETAIS ENTRE SI. 
- MAIS COMUM: FLEXÃO GENERALIZADA (OVOIDE FETAL). 
 
 SITUAÇÃO: RELAÇÃO DO MAIOR EIXO FETAL COM O MAIOR EIXO UTERINO. 
- LONGITUDINAL: + COMUM. 
- TRANSVERSA MANTIDA: INDICAÇÃO DE CESARIANA. 
- OBLÍQUA: SITUAÇÃO TRANSITÓRIA. 
 
 POSIÇÃO: RELAÇÃO DO DORSO FETAL COM ABDOME DA MÃE. 
- SITUAÇÃO LONGITUDINAL: POSIÇÃO DIREITA OU ESQUERDA. 
- SITUAÇÃO TRANSVERSA: POSIÇÃO ANTERIOR OU POSTERIOR. 
 
 APRESENTAÇÃO: PRIMEIRO PÓLO QUE DESCE NA PELVE. 
- CEFÁLICA: + COMUM. 
- PARTO PREMATURO: ↑CHANCE DE PARTO PÉLVICO. 
- CÓRMICA MANTIDA: INDICAÇÃO DE CESARIANA. 
 
 FLEXÃO X DEFLEXÃO 
 
 
 FLET3IDA OU OCCIPITAL (+COMUM): REFERÊNCIA- LAMBDA. 
 - APRESENTA O MENOR DIÂMETRO: SUBOCCIPITOBREGMÁTICO. 
 
 DEFLETIDA DE 1º GRAU: REFERÊNCIA – BREGMA. 
 - SE TIVER LAMBDA + BREGMA: CONSIDERAR LAMBDA (FLETIDA). 
 
 DEFLETIDA DE 2º GRAU OU FRONTE: REFERÊNCIA – GLABELA. 
 - INDICAÇÃO ABSOLUTA DE CESARIANA. 
 
 DEFLETIDA DE 3º GRAU OU FACE: REFERÊNCIA- MENTO 
 - SE MENTO POSTERIOR: INDICAÇÃO DE CESARIANA. 
 
SINCLITISMO X ASSINCLITISMO 
 
 SINCLITISMO: NÃO HÁ INCLINAÇÃO LATERAL. 
- SUTURA SAGITAL EQUIDISTANTE DE PUBE E SACRO. 
ASSINCLITISMO 
- POSTERIOR: SUTURA SAGITAL PRÓXIMA AO PUBE. 
- ANTERIOR: SUTURA SAGITAL PRÓXIMA AO SACRO. 
 
 
 
 
 VARIEDADE DE POSIÇÃO: PONTOS DE REFERÊNCIA ENTRE 
APRESENTAÇÃO FETAL E PELVE (“PARA ONDE O LÂMBDA OLHA”) 
 -- PÉLVICA: REFERÊNCIA: SACRO; LINHA DE ORIENTAÇÃO: INTERGLUTEA. 
 -- Pélvica completa: tem nádegas, pé, coxa. 
 -- Pélvica incompleta : só nádegas. 
-- CÓRMICA: REFERÊNCIA: ACRÔMIO; LINHA DE REFERÊNCIA: DORSO. 
 
 MANOBRAS DE LEOPOLD 
 
- 1º TEMPO: SITUAÇÃO. 
- 2º TEMPO: POSIÇÃO (IMPORTANTE PARA AUSCULTA DE BCF) 
- 3º TEMPO: APRESENTAÇÃO. 
- 4º TEMPO: ALTURA DA APRESENTAÇÃO/INSINUAÇÃO. 
 
- POLO FETAL VOLUMOSO, DE SUPERFÍCIE IRREGULAR e REDUTÍVEL = PELVE. 
- POLO FETAL MENOR, LISO e CONSISTENTE = CABEÇA. 
 
 BACIAS 
- GINECOIDE: + COMUM ∕ + FAVORÁVEL PARA O PARTO ∕ FORMA ARREDONDADA. 
- ANDROIDE: + RELACIONADA À DISTÓCIAS (FORMATO TRIANGULAR). 
- PLATIPELOIDE: + RARA ∕ DIÂMETRO TRANSVERSO >>> ANTEROPOSTERIOR. 
- ANTROPOIDE: O MAIOR DIÂMETRO É O ANTEROPOSTERIOR. 
 
 TRAJETO 
 ESTREITO SUPERIOR 
 - Conjugata obstétrica: face interna da sínfise púbica  promontório 
(1,5cm menor que a conjugata diagonalis). 
- Conjugata diagonalis: borda inferior da sínfise púbica  promontório. 
 
*Durante o toque, quanto mais difícil de se atingir o promontório, sinal de que a bacia é 
mais favorável para o parto. 
 
 ESTREITO MÉDIO 
- Plano entre as espinhas esquiáticas 
- Menor diâmetro (mede > 10cm) 
- Corresponde ao plano zero de 
DeLee (insinuação) 
- Referência para o bloqueio do nervo 
pudendo interno. 
 
 ESTREITO INFERIOR: 
- Conjugata exitus: maior retropulsão 
do cóccix (9cm  11cm) 
- Ângulo subpúbico: ideal > 90 graus 
 
INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESARIANA 
 
DCP ABSOLUTA, PLACENTA PRÉVIA TOTAL, HERPES GENITAL ATIVO, 
APRESENTAÇÃO CÓRMICA, APRESENTAÇÃO DEFLETIDA DE 2º GRAU, 
CONDILOMA OBSTRUINDO CANAL DE PARTO (risco de papilomatose 
laríngea do RN), CESARIANA CLÁSSICA (corporal/era utilizada 
antigamente). 
 Uma cesárea segmentar não contraindica um próximo parto vaginal, mas uma 
cesárea corporal, sim. Uma vez cesárea corporal, sempre cesárea corporal. 
 Cesárea a pedido: só se > 39 semanas. 
 
obs: Manobra de extração fetal na cesariana de apresentação cefálica: 
MANOBRA DE GEPPERT. 
 PARTO @ casalmedresumos 
248
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
II – MECANISMO DE PARTO 
 
TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS 
INSINUAÇÃO FLEXÃO 
DESCIDA ROTAÇÃO INTERNA 
DESPRENDIMENTO DEFLEXÃO 
RESTITUIÇÃO 
 (ROTAÇÃO EXTERNA) 
 
 DESPRENDIMENTO DOS OMBROS 
 
 SE PÉLVICO: 
 CINTURA PÉLVICA 
- Insinuação: diâmetro bitrocanteriano em oblíquo. 
- Descida e rotação interna: assinclitismo da crista ilíaca e rotação. 
- Desprendimento: SET ou SDT. 
 
 CINTURA ESCAPULAR 
- Insinuação: diâmetro biacromial oblíquo. 
- Descida e rotação interna: rotação 45 graus. 
- Desprendimento: espádua anterior, seguida da posterior. 
 
 CABEÇA DERRADEIRA 
- Insinuação: diâmetro suboccipitofrontal em oblíquo. 
- Descida e rotação interna: rotação 45 graus. 
- Desprendimento: mento, boca, nariz, occipitaL. 
 
III - RPMO 
 
- Diagnóstico: 
 PADRÃO-OURO: EXAME ESPECULAR. 
 OUTROS: teste da nitrazina (↑pH), teste de cristalização (+), 
teste AmniSure (↑S e E, pesquisa a alfa microglobulina placentária, que 
está elevada no líquido amniótico), USG (oligodramnia). 
 
obs: interferem na avaliação do teste de nitrazina (4S): sangue, sabão, 
sêmen, secreção; e urina. 
 
- Conduta: 
 CORIOAMNIONITE*: PARTO, INDEPENDENTE DA IG 
(PREFERÊNCIA: VIA VAGINAL) 
(*): FEBRE + 2 DOS SEGUINTES: LEUCOCITOSE, TAQUICARDIA, ÚTERO DOLOROSO, 
LÍQUIDO FÉTIDO. 
 
 SOFRIMENTO FETAL AGUDO: PARTO. 
 SEM INFECÇÃO; SEM SFA: NÃO FAZER TOCÓLISE. 
 -- 24-32/34* SEMANAS: CORTICOIDE + ATB 
 - BETAMETASONA 12MG IM 2 DOSES; 
 - AMPICILINA 2G IV 6/6H + AZITROMICINA 1G VO 
 -- > 32/34 SEMANAS: PARTO. 
 
(*) Se 33s: uma alternativaé dosar fosfatidilglicerol ou lecitina/esfingomielina. 
 
IV - INDUÇÃO DO PARTO 
 
 BISHOP: ALTURA DA APRESENTAÇÃO + 4 CARACTERÍSTICAS DO COLO 
(DILATAÇÃO; APAGAMENTO; CONSISTÊNCIA; POSIÇÃO). 
 -- BISHOP ALTO: COLO DILATADO, APAGADO, ANTERIOR, FINO. 
 -- BISHOP DESFAVORÁVEL: COLO FECHADO, POSTERIOR, GROSSO, SEM DILATAÇÃO. 
 
 OCITOCINA: BISHOP >6 (COLO FAVORÁVEL). 
 
 MISOPROSTOL: BISHOP < 6 (COLO DESFAVORÁVEL). 
 CONTRAINDICADO SE CICATRIZ UTERINA. 
 
 KRAUSE: PREPARO DO COLO COM SONDA DE FOLEY. 
 
 CONTRAINDICAÇÕES À INDUÇÃO: PLACENTA PRÉVIA, GESTAÇÃO 
MÚLTIPLA, GEMELAR, MACROSSOMIA FETAL, SOFRIMENTO FETAL, 
APRESENTAÇÃO ANÔMALA, HERPES GENITAL ATIVO, HIV+. 
 
 
 
 
 
V - TRABALHO DE PARTO PREMATURO 
 
- Diagnósitco: < 37 SEMANAS + CONTRAÇÕES REGULARES (>2 
CONTRAÇÕES EM 10 MIN) + DILATAÇÃO PROGRESSIVA (> 2CM OU 
APAGAMENTO DE 80%) . 
- Fatores de Risco: PREMATURO ANTERIOR, FATORES CERVICAIS, 
ANEMIA, DESNUTRIÇÃO, POLIDRAMNIA, MACROSSOMIA, 
GEMELARIDADE, ITU (inclusive bacteriúria assintomática), VAGINOSE. 
 
- Predição: 
 FIBRONECTINA FETAL NA VAGINA (↑ VALOR PREITIVO NEGATIVO) 
 - Se normal: liberar a paciente (não nasce em 7 dias). 
 MEDIDA DO COLO COM USG (18 E 24 SEMANAS - COLO < 25MM = ↑RISCO). 
 - Solicitar apenas se ↑risco de prematuro (ex: prematuro anterior), 
- Conduta: 
 > 34 SEMANAS: PARTO. 
 24-34 SEMANAS: CORTICOIDE + TOCÓLISE + SULF. MAGNÉSIO SE < 32 SEM* 
 
 CORTICOIDE: BETAMETASONA 12MG IM 24/24H. 
 
 TOCÓLISE: NIFEDIPINA, INDOMETACINA, BETA AGONISTA, ATOSIBAN. 
 -- Contraindicações: SFA ou infecção; 
 -- Evitar beta-agonista se EAP, DM; 
 -- Não usar indometacina se > 32 semanas (fecha ducto arterioso); 
 -- Evitar nifedipina se hipotensão, ICC; 
 -- Atosiban (antagonista específico da ocitocina): ↓ efeito colateral 
 
 NEUROPROTEÇÃO: SULFATO DE MAGNÉSIO SE < 32 SEMANAS 
 
VI - PARTOGRAMA 
 
- Cada quadradinho: 1h. 
- Linha de ação 4h depois da linha de alerta 
- Linha de alerta marca depois do primeiro quadradinho 
- Ideal: triângulo não travessa linha de alerta 
 
 FASE ATIVA PROLONGADA: DILATAÇÃO < 1CM/HORA. 
 - Causas: contações fracas ou poucas contrações. 
- Correção: movimentação da parturiente, posturas verticalizadas, 
alívio da dor, administração de ocitocina, rotura de membranas, DLE. 
 
 
 PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO: DILATAÇÃO MANTIDA EM 2H. 
- Causas: deproporção cefalopélvica; contrações fracas. 
- Correção: cesárea se a contração estiver boa; ocitocina se a 
contração estiver ruim. 
 
 
249
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
 PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA: ALTURA MANTIDA POR 1H 
NO PERÍODO EXPULSIVO. 
- Causas: desproporção cefalopélvica 
- Cesárea (acima de 0 de DeLee) ou fórcipe (a partir de 0 de DeLee) 
 
 
 PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO: DESCIDA LENTA, MAS NÃO PÁRA 
NO PERÍODO EXPULSIVO. 
 - Causas: contrações deficientes. 
 - Correção: ocitocina,rotura de membranas, vertilização, cesárea ou 
fórcipe. 
 
 
 PARTO TAQUITÓCITO: CRIANÇA QUE NASCE EM < 4H APÓS 
DIAGNOSTICADA A FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO. 
- ↑ Chance de hemorragia, danos fetais, laceração de trajeto e atonia 
uterina puerperal. 
- Causas: iatrogenia com ocitocina, multíparas. 
 
VII - ASSISTÊNCIA CLÍNICA 
 
1) DILATAÇÃO: INICIA COM TRABALHO DE PARTO (2-3CM DE DILATAÇÃO 
PROGRESSIVA COM 2-3 CONTRAÇÕES EM 10 MINUTOS, RÍTMICAS E REGULARES). 
 
 - Só saída de tampão mucoso não faz diagnóstico de trabalho de parto. 
- Dieta: permitir líquidos claros (águas, chás...) 
- Evitar decúbito dorsal (preferir DLE) + deambulação livre 
- Tricotomia: não (se fizer, só no momento da incisão). 
- Amniotomia: não fazer de rotina. 
- Número de toques: a cada 1-2 horas. 
- Ausculta BCF: 30-30 minutos se baixo risco; 15-15 minutos se alto 
risco (sempre antes, durante e após a contração). 
- Cardiotocografia: não é rotina em baixo risco. 
 
2) EXPULSIVO: INICIA APÓS DILATAÇÃO TOTAL (ANORMAL: > 1H EM 
MULTÍPARA; > 2H EM PRIMÍPARA). 
- Posição ideal: decisão médico-paciente. 
obs: estudos só comprovam que o parto na água é bom no período de 
dilatação, mas não no período expulsivo. 
- Manobra de Ritgen modificada: proteção do períneo. 
- Episiotomia: se feto grande, parto a fórcipe 
 
MEDIANA (OU PERINEOTOMIA) MÉDIO-LATERAL 
- Lesa menos músculos 
- Menor sangramento e dor 
- Reparo cirúrgico mais fácil 
- Ruim para distância reto-vaginal 
curta (risco: lesão de esfíncter anal) 
- Escolha para distância reto-
vaginal curta, mas maior risco 
de rotura de 3º e 4º grau 
 
 
 
COMPLICAÇÕES NO PARTO PÉLVICO 
 BRAÇOS PRESOS 
(1) Desprendimento in situ: vai com uma mão e tira um braço, vai com 
a mão e tira o outro braço. 
(2) Manobra de Bracht: joga dorso fetal no abdome da mãe 
(3) Manobra de Rojas: rodar a criança 180º para “sair em espiral” 
 
 CABEÇA DERRADEIRA 
(1) Manobra de Bracht 
(2) Manobra de Liverpool: joga o dorso no abdome da mãe e solta ou 
Fórcipe de Piper. 
 
 
3) SECUNDAMENTO: SAÍDA DA PLACENTA (é obrigatória a revisão) 
- SCHULTZE (“SHINING”): face fetal/brilhosa/membranosa (mais comum) 
= sai a placenta e depois vem a hemorragia. 
-DUNCAN (“DIRTY”): face materna/cotilédones/cruenta = sai placenta e 
sangue ao mesmo tempo. 
- MANOBRAS AUXILIARES: 10U ocitocina IM pós-expulsão fetal (ou 
quando o ombro anterior da criança sair) + tração controlada do cordão + 
manobra de Fabre para avaliar se já descolou. Se placenta já saiu: manobra 
de Jacob-Dublin (“vai rodando a placenta”). 
 
4) PERÍODO: PRIMEIRA HORA APÓS O SECUNDAMENTO 
- Hemostasia: miotamponagem + trombotamponagem. 
- Útero contraído: ligadura viva de Pinard. 
- Risco de hemorragia (4T): atonia uterina (principal), laceração de canal 
de parto, restos placentários, coagulopatia. 
 
 
 
 
 
 
250
medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io
	RESUMOS - OBSTETRÍCIA - 2022
	Capa - Resumos - OBSTETRÍCIA 2022
	CONTRACAPA PADRÃO
	Sumário TOTAL - Obstetrícia
	RESUMOS - OBSTETRÍCIA - 2022
	1. Sangramentos da Gravidez
	2. Doenças Clínicas na Gravidez
	3. Sofrimento Fetal e Puerpério
	4. Avaliação Inicial da Gestação
	5. Parto

Mais conteúdos dessa disciplina