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235 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io 236 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io MEDVIDEOS.IO SUMÁRIOSUMÁRIO SANGRAMENTOS DA GRAVIDEZ ....................................................... 238 DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ .................................................. 241 SOFRIMENTO FETAL, PUERPÉRIO E FÓRCIPE .................................. 243 AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO .............................................. 246 PARTO ............................................................................................... 248 OBSTETRÍCIA 237 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io - Diagnóstivo da gravidez:  Radiológico (USTV): - 4 SEMANAS: SACO GESTACIONAL - 5 SEMANAS: VESÍCULA VITELÍNICA - 6/7 SEMANAS: EMBRIÃO/BCF + Obs: se USG abdominal, demora 1 semana a mais para cada um desses achados.  Laboratorial: BETA-HCG > 1.500 = SACO GESTACIONAL. SANGRAMENTOS DA 1ª METADE (< 20 SEMANAS) ABORTAMENTO | DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL |GRAVIDEZ ECTÓPICA ABORTAMENTO Cólica + sangamento na 1ª metade da gestação: abortamento até que se prove o contrário. - Diagnóstico e conduta: 1º PASSO = EXAME ESPECULAR.  COLO ABERTO: INCOMPLETO, INEVITÁVEL OU INFECTADO  Abortamento Incompleto: - Útero menor que o esperado (restos) + colo aberto. - Conduta: esvaziamento.  Abortamento Inevitável: - Útero compatível com IG (embrião) + colo aberto. - Conduta: esvaziamento.  Abortamento Infectado: - Manipulação indevida + sinais de infecção + colo aberto. - Conduta: antibiótico (clindamicina + gentamicina)/esvaziamento.  COLO FECHADO: COMPLETO, AMEAÇA OU RETIDO (Precisa de USG)  Abortamento Completo - Útero vazio, menor que o esperado + colo fechado. - Conduta: orientação.  Ameaça de Abortamento - Útero compatível com IG + feto vivo + colo fechado. - Conduta: repouso relativo/antiespasmódico.  Abortamento Retido - Feto morto + colo fechado. - Conduta: esvaziamento. COLO FECHADO CLÍNICA COLO ABERTO Completo Útero pequeno Sem embrião Incompleto - Esvaziar Ameaça Útero com embrião vivo Inevitável - Esvaziar obs: em todo sangramento gestacional, sempre avaliar fator RH para fazer imunoglobulina. - Esvaziamento:  < 12 SEMANAS: AMIU OU CURETAGEM (independente se incompleto ou inevitável). “AMIU para útero MIUdo”  > 12 SEMANAS: - Com feto: misoprostol ± curetagem. - Sem feto: curetagem. - Classificações:  Precoce x Tardio - Precoce: < 12 semanas - Tardio: > 12 semanas  Espontâneo x Provocado - Aborto provocado LEGAL: (1) risco de vida (2 médicos para assinar, qualquer IG); (2) estupro (não precisa BO, perícia, juiz - mas só pode ser feito até 20/22 semanas); (3) anencefalia (2 médicos para assinar; USG > 12 semanas). Outras malformações, só com autorização judicial.  Esporádico x Habitual - Esporádico: causa mais comum: trissomias (aneuploidias). A principal é a trissomia do 16. Infecção é outra causa comum. - Habitual: >3 ou perdas (tem que investigar!)  INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL (IIC) -- Aborto tardio, colo fica curto, dilatação indolor, feto vivo. -- Conduta: cerclagem com 12-16 semanas (técnica de McDonald).  SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDIO (SAF) -- Colo normal, feto morto. -- Lúpus (abortamento de repetição + LES = pensar em SAF) -- Anticorpos -- Tromboses (de qualquer vaso) -- Diagnóstico: 1 critério clínico (abortamento de repetição, pré- eclâmpsia grave com menos de 34 semanas, trombose) + 1 critério laboratorial (anticardiolipina, anticoagulante lúpico, anti-beta-2- glicoproteína, em dosagem repetida e confirmada). -- Conduta: AAS + heparina.  INSUFICIÊNCIA DO CORPO LÚTEO (ICL) -- Aborto precoce, colo normal. -- ↓Progesterona -- Conduta: progesterona micronizada (vaginal) até o 1º trimestre. DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL  BENIGNA: mola hidatiforme completa ou parcial.  MOLA HIDATIFORME COMPLETA: SPTZ NORMAL + ÓVULO SEM MATERIAL GENÉTICO = CARGA GENÉTICA TODA DO PAI (46XX)  NÃO FORMA TECIDO FETAL (“completamente mola”- 20% de malignização).  MOLA HIDATIFORME PARCIAL: 2 SPTZ NORMAIS + ÓVULO NORMAL = MATERIAL TRIPLOIDE (69XXY)  FORMA TECIDO FETAL (“parte mola, parte normal -5% de malignização).  MALIGNA  MOLA INVASORA (+ COMUM)  CORIOCARCINOMA  TUMOR TROFOBLÁSTICO DE SÍTIO PLACENTÁRIO - Quadro clínico: sangramento de repetição, “suco de ameixa”, vesículas, aumento do útero, hiperêmese, hipertensão (pré- eclâmpsia), hipertireoidismo. - Diagnóstico: -- Laboratorial:↑↑↑ Beta-HCG (mola completa) A mola parcial pode ter níveis normais. -- USG: “flocos de neve”; “cachos de uva.” - Tratamento: esvaziamento uterino (vacuoaspiração) + histopatológico. -- Histerectomia: se prole definida e > 40 anos. -- Não tirar: anexo, cisto tecaluteínico (fruto de estímulo hormonal, regride sozinho). - Orientar contracepção (DIU não!). NÃO PODE ENGRAVIDAR SANGRAMENTOS DA GRAVIDEZ @ casalmedresumos 238 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io - Controle de Cura: BETA-HCG. -- 3 dosagens semanais negativos (USP: quinzenal). -- 6 dosagens mensais negativas. - Cura x Malignização: AUMENTO ENTRE 2 DOSAGENS; 3 DOSAGENS EM PLATÔ; 6 MESES AINDA POSITIVO OU METÁSTASES (+ COMUNS: PULMÃO > VAGINA). SE QUALQUER UM POSITIVO  QT (MTX). - Treinamento USG: (PROVA PRÁTICA!) GRAVIDEZ ECTÓPICA - Clínica: ATRASO MENSTRUAL + DOR ABDOMINAL + SANGRAMENTO DE PEQUENA MONTA (REAÇÃO DE ARIAS-STELLA). Única ectópica que pode causar hemorragia vaginal intensa: CERVICAL. -- Se rota: CHOQUE, SINAL DE BLUMBERG E PROUST (grito de Douglas) -- BETA-HCG: > 1.500 (“descobrimento da ectópica”) -- USG: ÚTERO VAZIO. - Local mais comum: AMPOLA TUBÁRIA. - Fatores de risco: DIP, ECTÓPICA PRÉVIA, ENDOMETRIOSE, TABAGISMO, DIU (RELATIVO), NEGRAS, > 35 ANOS, CIRURGIA ABDOMINAL PRÉVIA. - Tratamento:  EXPECTANTE: ESTABILIDADE HEMODINÂMICA + BETA-HCG EM QUEDA.  MEDICAMENTOSO: MTX + DOSAGEM DE BETA-HCG NO D4 E D7.  Queda > 15%: acompanhamento semanal.  Queda <15%: MTX até 3x. - Critérios obrigatórios: ECTÓPICA ÍNTEGRA + PACIENTE ESTÁVEL. - Critérios prognósticos: SEM BCF; MASSA < 3,5CM; BETA-HCG < 5.000 (maior chance de sucesso no tratamento medicamentoso).  CIRÚRGICO CONSERVADOR: SALPINGOSTOMIA LAPAROSCÓPICA. - Critérios: ECTÓPICA ÍNTEGRA + DESEJO DE GRAVIDEZ.  CIRÚRGICO RADICAL: SALPINGECTOMIA. - Critérios: ECTÓPICA ROTA OU PROLE COMPLETA. - Estável: LAPAROSCOPIA; Instável: LAPAROTOMIA.  DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL - INCOMPATIBILIDADE ABO: + COMUM; NÃO EXIGE EXPOSIÇÃO PRÉVIA; NÃO TEM PROFILAXIA. - INCOMPATIBILIDADE RH: + GRAVE.  SENSIBILIZAÇÃO: -- MÃE: RH NEGATIVO/VARIANTE DU NEGATIVO. -- PAI: RH POSITIVO. -- FETO: RH POSITIVO. obs: variante DU+  mulher se comporta como RH+ (mesmo se RH-).  SEGUIMENTO: 1ª gestação: sensibilização, fica cada vez mais grave. - Coombs indireto negativo: repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas. - Coombs indireto positivo: avaliar titulação. -- < 1:16 (ou < 1:8) = dosagem mensal. -- > 1:16 (ou > 1:8) = investigação de anemia fetal.* -- Feto anterior gravemente acometido= investigação de anemia fetal. (*) INVESTIGAÇÃO FETAL: 1. DOPPLER DE ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA (NÃO INVASIVO): VMÁX DO PICO SISTÓLICO > 1.5 = HEMÓLISE SIGNIFICATIVA  CORDOCENTESE. 2. CORDOCENTESE (PADRÃO-OURO/INVASIVO): DIAGNOSTICOE TRATAMENTO.  IMUNOGLOBULINA SE: SANGRAMENTO, EXAME INVASIVO, PÓS PARTO RN RH+, 28ª SEMANA MÃE RH- (SE COOMBS INDIRETO NEGAITO).  IG X RISCO INTRA-ÚTERO - FETO ACOMETIDO < 34 SEMANAS OU GRAVE (Ht < 30%, Hb < 10, hidrópicos):  TRANSFUSÃO INTRAUTERINA (CORDOCENTESE; SEMPRE O NEGATIVO). - FETO ACOMETIDO > 34 SEMANAS: PARTO (+FOTOTERAPIA NO RN OU EXSANGUINEOTRANSFUSÃO SE GRAVE).  Avaliação da imunoprofilaxia: - COOMBS INDIRETO: EFETIVA SE TESTE POSITIVO (negativa 3 meses pós-parto). Se não positivar: fazer mais imunoglobulina. - TESTE DE KLEIHAUER: EFETIVA SE TESTE NEGATIVO. SANGRAMENTOS DA 2ª METADE (> 20 SEMANAS) DPP | PLACENTA PRÉVIA | ROTURAS DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (DPP) - Conceito: descolamento prematuro da placenta APÓS 20 SEMANAS. - Fatores de risco: HAS, trauma, > 35a, retração uterina súbita (gemelar, polidramnia), drogas (tabaco/cocaína). - Fisiopatologia: placenta descola  coágulo retroplacentário + consumo de fatores de coagulação  sangue irrita o miométrio  TAQUISSISTOLIA + HIPERTONIA - Quadro Clínico: DOR, TAQUISSISTOLIA (> 6 CONTRAÇÕES / 10 MIN), HIPERTONIA, SOFRIMENTO FETAL AGUDO, SANGRAMENTO VERMELHO ESCURO (SANGRAMENTO OCULTO EM 20% DOS CASOS). - Diagnóstico: CLÍNICO (USG NÃO! ATRASA A CONDUTA). - Conduta: depende do feto.  VIVO: VIA MAIS RÁPIDA (MAIORIA CESARIANA). - Se parto iminente: vaginal.  MORTO (DPP GRAVE): VIA VAGINAL. - Se demora (colo fechado): cesariana. obs: SEMPRE REALIZAR AMNIOTOMIA ANTES – MELHORA PROGNÓSTICO FETAL E MATERNO (↓ PRESSÃO NO HEMATOMA; ↓ INFILTRAÇÃO MIOMETRIAL; ↓ PASSAGEM DE TROMBOPLASTINA PARA MÃE). OVO ANEMBRIONADO DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL ABORTO INEVITÁVEL ABORTO INCOMPLETO GRAVIDEZ ECTÓPICA 239 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io - Complicações:  ÚTERO DE COUVALAIRE (APOPLEXIA ÚTEROP PLACENTÁRIA) - Conduta: massagem bimanual + ocitócito (ocitocina > misoprostol) > rafia de B-Lynch > rafia de hipogástrica ou uterina > histerectomia.  SÍNDROME DE SHEHAN: necrose hipofisária + amenorreia.  CIVD. Passagem de tromboplastina para a mãe (por isso é importante a amniotomia). PLACENTA PRÉVIA - Conceito: placenta próxima ou sobre o orifício interno do colo APÓS 28 SEMANAS (fenômeno de migração placentária). - Classificação: marginal / parcial / total. - Fatores de Risco: idade > 35 anos, ↑ placentário (ex: tabagismo), cicatriz uterina (cesariana, miomectomia, etc), multiparidade, lesões endometriais (endometrite, curetagem, etc). - Quadro Clínico: sangramento PROGRESSIVO, de REPETIÇÃO, ESPONTÂNEO, VERMELHO VIVO, INDOLOR; AUSÊNCIA DE HIPERTONIA E SFA. “PRÉVIA” - Diagnóstico: CLÍNICA (“prévia”). -- Toque: NÃO (CONTRAINDICADO). FAZER EXAME ESPECULAR. -- Se não for DPP: USG (TEM QUE CONFIRMAR COM USG). - Conduta:  TERMO: INTERRUPÇÃO.  PREMATURO: DEPENDE DO SANGRAMENTO. -- INTENSO: INTERRUPÇÃO. -- ESCASSO: EXPECTANTE (internar + estabilização hemodinâmica + CTC). - Via de parto:  TOTAL: CESARIANA.  PARCIAL: MAIORIA CESARIANA.  MARGINAL: AVALIAR PARTO VAGINAL (FAZER AMNIOTOMIA). - Complicações: -- Apresentação anormal (↑ incidência de apresentação córmica ∕ pélvica). -- Penetração anormal (acretismo placentário*). -- Puerpério anormal (hemorragia, infecção). -- Prematuridade  ACRETISMO PLACENTÁRIO  DIAGNÓSTICO: - PRÉ-NATAL: USG DOPPLER/RNM. - APÓS PARTO: DIFICULDADE NA EXTRAÇÃO. -- ACRETA: ATÉ ESPONJOSA  EXTRAÇÃO MANUAL. -- INCRETA: ATÉ MIOMÉTRIO  HISTERECTOMIA. -- PERCRETA: ATÉ SEROSA HISTERECTOMIA. ROTURAS  ROTURA DE SEIO MARGINAL - Quadro Clínico: “PRÉVIA” + PLACENTA NORMOINSERIDA NO USG + GERALMENTE PERIPARTO - Diagnóstico: PRESUNÇÃO. O definitivo é com HISTOPATOLÓGICO (pós-parto). - Conduta: PARTO VAGINAL. Bom prognóstico (sangramento geralmente discreto).  ROTURA DE VASA PRÉVIA - Conceito: RUPTURA DE VASOS UMBILICAIS DESPROTEGIDOS ENTRE A APRESENTAÇÃO E O COLO. - Fatores de Risco: PLACENTAS BILOBADAS, SUSCENTURIADAS,INSERÇÃO VELAMENTOSA (principal). - Quadro Clínico: SANGRAMENTO VAGINAL PÓS-AMNIORREXE + SFA. - Conduta: CESARIANA DE URGÊNCIA.  ROTURA UTERINA: - Fatores de risco: multiparidade, Kristeller, cicatriz uterina (cesariana, miomectomia), parto obstruído, malformação uterina (ex: mulleriana). - Quadro Clínico:  IMINÊNCIA DE ROTURA: SÍNDROME DE BANDL-FROMMEL -- Anel separa o corpo do segmento: BANDL -- Ligamentos redondos distendidos: FROMMEL.  ROTURA CONSUMADA: FÁCIL PERCEPÇÃO DE PARTES FETAIS; SINAL DE CLARK (crepitação); SINAL DE REASENS (subida da apresentação); MELHORA DA DOR APÓS ROTURA. - Conduta:  IMINÊNCIA: CESARIANA IMEDIATA.  ROTURA CONSUMADA: RAFIA/HISTERECTOMIA obs: TESTE DE WEINER - AVALIAÇÃO PRÁTICA DE CIVD (ou qualquer coagulopatia se exames laboratoriais indisponíveis): 8ml de sangue em tubo de ensaio a 37ºC (basta apertar o tubo com as mãos fechadas). Se coágulo em 10 min + coágulo firme por mais 15min  afasta coagulopatia. 240 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io HIPERTENSÃO - Pré-eclâmpsia: PA > 140X90MMHG + PROTEINÚRIA > 300MG/DIA OU > 1+ NA FITA OU PROTEINA∕CREATININA URINÁRIA > 0,3 (APÓS 20 SEMANAS).  Pré-eclâmpsia sem proteinúria: apenas se hipertensão > 20 semanas + plaquetopenia < 100.000, Cr > 1,1, EAP, elevação 2x transaminases, sintomas cerebrais ou visuais.  Se HAS > 20 semanas sem proteinúria e sem tais alterações: HAS gestacional. - Hipertensão gestacional (transitória): PA > 140x90mmHg sem proteinúria após 20 semanas e que normaliza em até 12 semanas pós-parto. - HAS crônica X Pré-eclâmpsia: HAS Crônica Pré-Eclâmpsia - > 35 anos - Multigesta - HAS em qualquer semana - Proteinúria ou não - Calciúria > 100mg/24h - PA persiste alta mesmo após o parto - < 18 e > 35 anos - Primigesta - HAS após 20 semanas - Proteinúria após 20 semanas - Calciúria < 100mg/24h - PA normal em 6-12 semanas de puerpério PORQUE 20 SEMANAS: - NORMAL: ondas de invasão trofoblástica diminuem a PA. -- 1ª onda: 6-12 semanas -- 2ª onda: 16-22 semanas - PRÉ-ECLÂMPSIA: AUSÊNCIA DA 2ª ONDA. O endotélio lesado libera tromboxano para a circulação  vasoconstrição  elevação da PA + insuficiência placentária + sofrimento fetal + centralização no doppler. - Fatores de Risco:  Exposição pela 1ª vez (nulípara) ou excessiva às vilosidades (gemelar, mola).  Vasculopatia prévia: HAS, DM, pré-eclâmpsia anterior.  Negras. - Rastreio (1º trimestre): doplpler das artérias uterinas, história clínica, curva de PA, bioquímica materna (PAPP-A E PLFG). OBSERVAÇÕES: 1) Pré-eclâmpsia com < de 20 semanas = pensar em mola. 2) Pacientes de alto risco (principalmente se pré-eclâmpsia anterior e HAS crônica): AAS com 12 semanas de gestação. 3) Suplementação de cálcio: pacientes de alto risco + baixa ingesta de Ca. 4) Tabagismo é fator protetor. - Classificação:  Leve: PA > 140x90, mas < 160x110 e sem sinais de gravidade. É a pré-eclâmpsia que não é grave (idealmente, medir a PA 2x em intervalos de 4 horas).  Grave: - PAS > 160 ou PAD > 110 - Proteinúria > 5g na urina 24h ou 2+ na fita - EAP, oligúria, creatinina > 1,2mg/dl - HELLP: LDH > 600, esquizócitos, BT > 1,2; AST > 70, plaquetas < 100.000. - Iminência de eclampsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia ou dor em barra em HD, HIPERREFLEXIA. obs 1: paciente com pré-eclâmpsia pode ABRIR o quadro com HELLP. - Conduta: leve  ambulatorial; grave  internar. 1) ANTI-HIPERTENSIVOS: NÃO FAZER SE PA < 160X110MMHG. - Objetivo: manter PAS entre 140-155 e PAD entre 90-100. - Crise: hidralazina IV, labetalol IV ou nifedipina VO (não é sublingual!)obs: sulfato de magnésio + nifedipina = pode provocar hipotensão de difícil controle. - Manutenção: metildopa VO > hidralazina VO > pindolol VO* (1ª opção em provas de SP, USP). Se refratária, associar medicações. - Evitar: diurético, IECA, propranolol (propranolol pode gerar CIUR). 2) PREVENÇÃO DE ECLAMPSIA: FAZER EM TODA PE GRAVE, IMINÊNCIA OU ECLAMPSIA (MESMO SE NÃO HOUVER SINTOMAS). - Droga de escolha: SULFATO DE MAGNÉSIO (ataque + manutenção).  PRITCHARD - A: 4g IV + 10g IM - M: 5g IM 4/4h  ZUSPAN: - A: 4g IV - M: 1-2g/h IV BI  SIBAI: - A: 6g IV - M: 2-3g/h IV BI - Risco de intoxicação: 3 R’s.  REFLEXO PATELAR PRESENTE  RESPIRAÇÃO (FR > 16)  RINS: DIURESE (> 25ML/HORA) IMPORTANTE! OLIGÚRIA (< 25) NÃO É SINAL DE INTOXICAÇÃO. Conduta: apenas ajuste de dose. - Intoxicação: REFLEXO PATELAR AUSENTE OU FR < 16  SUSPENDER SULFATO DE MAGNÉSO + APLICAR GLUCONATO DE CÁLCIO (ANTÍDOTO). 3) INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO (parto somente após a estabilização) - Leve: expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais. - Grave: tratamento definitivo é o parto. < 34 semanas: avaliar bem-estar para corticoide; parto se piorar.  > 34 semanas: parto.  Se eclâmpsia: via aérea pérvia, cânula de Guedel, DLE e máscara de O2. - Via de parto: pode ser vaginal. Depende das condições maternas (gravidade, BISHOP) e fetais (SFA). - Complicações:  Maternas: eclampsia, DPP, AVC, rotura hepática.  Fetais: CIUR, centralização, óbito. - Diagnósticos Diferenciais:  Pré-eclâmpsia: esteatose hepática aguda da gestação*  Eclâmpsia: pré-eclâmpsia + convulsão.  HAS crônica  Pré-eclâmpsia sobreposta: HAS + pré-eclâmpsia.  Hipertensão gestacional: PA > 140 x 90 após 20 semanas, sem critério para pré-eclâmpsia e que melhora no puerpério. (*) ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA DA GESTAÇÃO - Clínica: 3º trimestre, náuseas, vômitos, dor no HD e icterícia. - Laboratório: elevação de bilirrubina direta, TGO, TGP, hipoglicemia, leucocitose, hipofibrogenemia e hiperuricemia. -- PLAQUETAS NORMAIS E SEM HEMÓLISE (importante para ≠ HELLP) - Complicações: insuficiência hepática e renal. - Principal causa de óbito: acidose materna. obs: a principal causa de icterícia na gestação é hepatite viral. DOENÇAS CLÍNICAS NA GRAVIDEZ - Importante para as provas práticas (sempre perguntar se tem BI no hospital). - Magnesemia terapêutica esperada: > 4- 7meq/L (mas não precisa dosar magnésio) - Se convulsionar com sulfato de magnésio: repetir com metade da dose de ataque. - Sempre deixar gluconato de cálcio 10ml a 10% preparado na beira do leito. @ casalmedresumos 241 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io DIABETES GESTACIONAL - Conceito: INTOLERÂNCIA AOS CARBOIDRATOS INICIADA DURANTE A GESTAÇÃO (2ª metade da gravidez: placenta secreta estrogênio, progesterona, cortisol e LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO - principal hormônio contrainsulínico). obs: a glicose passa pela placenta da mãe para o feto por difusão facilitada. - Fatores de risco: HF em parente 1º grau, obesidade, morte fetal anterior, história de macrossomia, HAS, idade >25 anos. - Diagnóstico:  Zugaib e Rezende  Glicemia de jejum (1ª consulta) -- GJ < 92: TOTG 75g (24-28 semanas) -- GJ 92-125: DM gestacional -- GJ > 126: DM prévio obs: a glicemia deve ser sempre repetida e confirmada.  Glicemia sem jejum > 200: DM prévio  Hemoglobina glicada > 6,5: DM prévio  MS:  Glicemia jejum: 92-125  Após 1h: > 180  Após 2h: 153-199  Glicemia jejum: > 126  Após 2h: > 200 - Conduta:  Controle da glicemia:  DM gestacional: - MEV: dieta FRACIONADA + atividade física + controle glicêmico. -- 6 refeições: 50% carbo | 30% lipídios | 20% proteínas - Se não conseguir com MEV: insulina.  DM prévio: NÃO usar antidiabéticos orais (sempre insulina). - Uso prévio de insulina: reduzir a dose no 1º trimestre/pós-parto (grávida: náuseas, vômitos, não come); aumentar a dose no 2º/3º trimestre. - Hipoglicemia no 3º trimestre: pensar em insuficiência placentária.  Parto: - Feto/mãe bem: indicação obstétrica. - Tratou com insulina: parto com 38/39 semanas (se feto e mãe bem pode ser vaginal), - Complicações:  Macrossomia (efeito GH símile da insulina no feto)  SFA  Polidramnia (por diurese osmótica, devido o excesso de glicose)  Malformação fetal  Síndrome da Regressão Caudal (malformação mais específica) -- Tipica de DM prévio. -- Prevenção: engravidar com HBA1C < 6%. obs: DM gestacional NÃO faz malformação (já passou o momento da morfogênese).  Distócia de espáduas - 1ª conduta: CHAMAR AJUDA! - Manobras: McRoberts > pressão suprapúbica > Jacquemier > Woods. - NÃO fazer: Kristeller, tração cervical. - Classificação de Priscila White:  A1: DM gestacional que não usou insulina.  A2: DM gestacional que usou insulina (conduta: suspender após o parto).  B em diante: DM prévia. GEMELARIDADE - Classificação 1) Número de ovos fertilizados:  Monozigótica: mesmo ovo (gêmeos idênticos).  Dizigótica: ovos diferentes. 2) Número de placentas:  Monocoriônica: uma placenta (> risco).  Dicoriônica: placentas diferentes. obs: 2 sacos gestacionais ou sexos diferentes  gestação gemelar DICORIÔNICA. 3) Número de cavidades amnióticas:  Monoamniótica: uma cavidade.  Diamniótica: cavidades diferentes. - Fatores de risco:  Gêmeos DIZIGÓTICOS: história familiar, raça, idade.  Gêmeos MONO e DIZIGÓTICOS: técnicas de fertilização. - Diagnóstico:  Sinal do Y/lamba: DICORIÔNICA. -- Parto +- 38 semanas (ou antes, se complicar).  Sinal do T: MONOCORIÔNICA. -- Parto +- 36 semanas (ou antes, se complicar). - Complicações específicas (monocoriônicas):  Síndrome de transfusão feto-fetal (monocoriônica diamniótica). -- Causa: anastomoses arteriovenosas entre os cordões umbilicais. -- Feto doador: palidez, oligodramnia, CIUR. -- Feto receptor: polidramnia, hidropsia. -- Achado + importante: discrepância dos bolsões amnióticos. -- Tratamento: amniocentese seriada (casos leves); fotocoagulação com laser (casos graves). - Indicações de cesariana: gestação tripla, complicações (síndrome da transfusão feto-fetal), monoamniótica e 1º feto não cefálico. INFECÇÃO URINÁRIA - Agente principal: E. coli. - Bacteriúria assintomática (>105 UFC∕ml): SEMPRE TRATAR. - Cistite: TRATAR + UROCULTURA CONTROLE (= para bacteriúria assintomática). -- ATB: amoxicilina ou nitrofurantoína 7 dias, fosfomicina DU. - Pielonefrite: INTERNAR + ATB EV 14 DIAS + ATB PROFILÁTICO ATÉ O FIM DA GESTAÇÃO. -- ATB: cefalosporina 1ª∕3ª geração (NÃO USAR QUINOLONA). TOTG 75G (ZUGAIB ∕ REZENDE) - GJ > 92 - 1h: > 180 - 2h: > 153 1 alterado = DM GESTACIONAL DM PRÉVIO DM GESTACIONAL (basta 1 alterado) 242 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io I - SOFRIMENTO FETAL  CRÔNICO: perda progressiva de O2 (principalmente em pré-natal de alto risco).  AGUDO: perda súbita de O2 (principalmente durante o trabalho de parto). A) SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO - Pensar em insuficiência placentária. - Fatores de risco: vasculopatias (HAS cronica, DM prévio, LES), pós- maturidade, DHPN, gestação gemelar, placenta prévia, idade avançada. - Manifestações: CIUR ∕ DOPPLER ALTERADO ∕ OLIGODRAMNIA.  CIUR - Diagnóstico: 1) CALCULO CORRETO DA IG (+ CONFIÁVEL: USG ENTRE 6-12 SEMANAS). - FU concorda com a IG entre 18 e 30 semanas. Se 3cm menor nesse período  SUGERE CIUR OU OLIGODRAMNIA (proceder com USG). 2) USG (PESO INFERIOR AO PERCENTIL 10 PARA IG: CONFIRMA CIUR). - Marcador + sensível de CIUR: CIRCUNFERÊNCIAABDOMINAL. - Tipos:  CIUR SIMÉTRICO (TIPO 1): 5-10% dos casos. - Agressão no início da gravidez (afeta hiperplasia celular) - Sempre abaixo de P10 (pode confundir com PIG) - Relação circunferência cefálica/abdominal: MANTIDA. - Ex: trissomias, drogas e infecções no 1º trimestre.  CIUR ASSIMÉTRICO (TIPO 2): 80% dos casos. - Agressão no 2º/3º trimestres (afeta hipertrofia celular) - Relação circunferência cefálica/abdominal: AUMENTADA. - Ex: insuficiência placentária (HAS, DM prévio...)  CIUR MISTO (TIPO 3): associação de ambos (raro). - “Assimétrico precoce” - Ex: infecções e cromossomopatias.  DOPPLER  ARTÉRIA UTERINA: circulação MATERNA (invasões trofoblásticas). - Incisura bilateral > 26 semanas ou SD > 2,6: ↑ resistência; ↓ fluxo. *Marcador de risco de CIUR e pré-eclâmpsia, mas NÃO faz diagnóstico de SFA.  ARTÉRIA UMBILICAL: circulação PLACENTÁRIA. - Normal: ↓ progressivo da resistência (↑fluxo). - Alterada: ↑ resistência, diástole zero; diástole reversa.  CEREBRAL MÉDIA: circulação FETAL. - Normal: vaso de alta resistência e baixo fluxo. - Insuficiência placentária: ↓resistência umbilical - prioriza órgãos nobres (cérebro, coração, adrenais)  CENTRALIZAÇÃO FETAL.  RELAÇÃO U ∕ C > 1 (S/D umbilical > S/D cerebral)  IR = sístole – diástole/sístole (outra forma de calcular a resistência)  DUCTO VENOSO: avalia a FUNÇÃO CARDÍACA DIREITA FETAL. - Indicação: fetos < 32 semanas já centralizados. - Normal: onda A positiva. - Anormal: onda A negativa (risco iminente de morte  parto imediato). - Conduta:  Centralização fetal: PARTO COM 34- 37 SEMANAS.  Diástole zero: PARTO COM 32- 34 SEMANAS.  Diástole reversa ou onda A negativa: PARTO IMEDIATO.  OLIGODRAMNIA - Diagnóstico: -- FU menor que o esperado para IG (SUSPEITA). -- USG: ILA < 5CM OU MAIOR BOLSÃO < 2CM (CONFIRMA).  Normal: ILA 8-18cm.  ILA diminuído: entre 5 e 8. - Causas: insuficiência placentária, RPMO, malformação urinária (agenesia renal), anomalias cromossomiais, IECA, indometacina, parto prolongado, pós-datismo, síndrome de transfusão gemelo-gemelar. B) SOFRIMENTO FETAL AGUDO  MOVIMENTAÇÃO FETAL: - Anormal: < 5 em 1 hora. - Influenciado por: sono, drogas, hipóxia.  MICROANÁLISE DE SANGUE FETAL (PH): desuso (↑ invasivo)  AUSCULTA CARDÍACA INTERMITENTE: durante a contração + 30 seg.  Baixo risco: 30/30 minutos na dilatação; 15/15 no expulsivo.  Alto risco: 15/15 minutos na dilatação; 5/5 no expulsivo.  AUSCULTA CONTÍNUA: CARDIOTOCOGRAFIA (não é rotina no baixo risco). - Avalia: BCF x contração uterina x movimentação fetal. -Técnica: mãe semi-sentada + transdutor no FU (avalia contração uterina) + transdutor interescapular (avalia BCF). - Linha de base: BCF médio em 10 minutos. -- Taquicardia: > 160bpm; Bradicardia: < 110bpm. SOFRIMENTO FETAL, PUERPÉRIO, FÓRCIPE @ casalmedresumos NORMAL COM INCISURA 243 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io  PERFIL BIOFÍSICO FETAL: CARDIOTOCOGRAFIA (1º que altera) + VLA (último que altera- SFC) + MOVIMENTOS FETAIS + MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS FETAIS + TÔNUS FETAL. - Pontuação: 0 – 10 (2 pontos para cada critério). - Indicação: alto risco (complementa a CTG). - Perfil biofísico simplificado: CTG + análise do líquido amniótico. - Conduta: -- 10∕10 ou 8∕10 sendo LA normal: ACOMPANHAR. -- 8∕10 com oligo ou 6∕10: PARTO SE GESTAÇÃO A TERMO. -- 6∕10 com oligo ou <4∕10: PARTO NA VIABILIDADE.  VARIABILIDADE: DIFERENÇA ENTRE O MAIOR E MENOR BCF. -- Saltatória ou aumentada: > 25 BPM (etiologia incerta. Hipóxia) -- Moderada: 6 - 25 BPM (normal). -- Mínima ou silencosa: < 5 BPM (asfixia, medicações, sono fetal).  ACELERAÇÕES: AUMENTOS DE 15BPM POR 15 SEGUNDOS. - Feto reativo: 2 acelerações de 15 batimentos em 20 minutos.  DESACELERAÇÕES:  DIP I (PRECOCE OU CEFÁLICO): DIP COINCIDE COM A CONTRAÇÃO (compressão cefálica)  DIP II OU TARDIO: DIP APÓS A CONTRAÇÃO (ASFIXIA - SFA).  DIP III OU VARIÁVEL OU UMBILICAL: DIP VARIÁVEL EM RELAÇÃO À CONTRAÇÃO (COMPRESSÃO DE CORDÃO).  DIP III DESFAVORÁVEL: PADRÃO DE RECUPERAÇÃO LENTA, SEM RETORO À LINHA DE BASE OU BIFÁSICA (INDICA HIPÓXIA). - Classificação: (não confundir classificação com categoria do DIP)  CATEGORIA I: “BEM ESTAR” - 110 – 160bpm - Variabilidade normal - Sem DPP II ou III - Aceleração presente ou ausente  CATEGORIA II: ENTRE I E III - “Meio-termo” (o que não for I ou III)  CATEGORIA III: SEM VARIABILIDADE + - DIP II recorrente ou - DIP III recorrente ou - Bradicardia mantida - Conduta:  DIP I E III VARIÁVEL: ACOMPANHAR TRABALHO DE PARTO (NÃO É SFA).  DIP II E III DESFAVORÁVEL*: PARTO PELA VIA + RÁPIDA, +O2, DLE, SUSPENDER OCITOCINA, CORRIGIR HIPOTENSÃO. II - FÓRCIPE - Tipos: (1) SIMPSON: QUALQUER VARIEDADE; ROTAÇÕES DE ATÉ 45º . (EXCETO TRANSVERSA) (2) PIPER: CABEÇA DERRADEIRA (“PIPER DO PÉLVICO”) (3) KIELLAND: VARIEDADE TRANSVERSA; GRANDES ROTAÇÕES. - Pega ideal: BIPARIETOMALOMENTONIANA. - Condições para aplicar: - A: AUSÊNCIA DE COLO (DILATAÇÃO TOTAL) - P: PELVE PROPORCIONAL - L: LIVRE CANAL DE PARTO - I: INSINUAÇÃO - C: CONHECER A VARIEDADE - A: AMNIOTOMIA - R: RETO E BEXIGA VAZIOS - Indicações para aplicação do fórcipe:  Maternas: DESCOLAMENTO DE RETINA, CARDIOPATIA, EXAUSTÃO, HÉRNIA ABDOMINAL.  Fetais: SFA, PROLAPSO DE CORDÃO, CABEÇA DERRADEIRA, DPP COM FETO VIVO. - Complicações durante a aplicação do fórcipe:  Maternas: LACERAÇÃO VULVAR, VAGINAL, CERVICAL, RETAL E VESICAL.  Fetais: CEFALOHEMATOMA, FRATURA DE CRÂNIO, HEMORRAGIA INTRACRANIANA, ESCORIAÇÕES FACIAIS. * VÁCUO EXTRATOR: + FÁCIL; - TRAUMÁTICO. - Indicações e contraindicações parecidas com fórcipe. - Não usar se < 34 semanas (risco de hemorragia intracranian 244 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io III - PUERPÉRIO - Imediato: 1º-10º dia (período das grandes hemorragias/infecções). - Tardio: 11º-45º dia. . A) PUERPÉRIO FISIOLÓGICO  MAMA: 1º DIA: COLOSTRO; ATÉ 3º DIA: APOJADURA (“DESCIDA”). - 3 etapas da lactação:  Mamogênese: desenvolvimento da mama durante a gestação.  Lactogênese: início da lactação (não depende de estímulo).  Lactopoiese: manutenção da lactação (depende de estímulo) - Método da amenorreia da lactação: < 6m + amenorreia + AME.  OVÁRIO: OVULAÇÃO EM 6-8 SEMANAS.  ÚTERO: PÓS-PARTO: CICATRIZ UMBILICAL; INTRAPÉLVICO: 2SEM. - Reflexo útero-mamário (liberação de ocitocina): ↓mais rápida do FU.  COLO: FECHADO EM 1 SEMANA.  VAGINA: “CRISE VAGINAL” (ATROFIA)  LÓQUIOS: ATÉ 4º DIA AVERMELHADOS; > 10º DIA: ESBRANQUIÇADOS. - Vermelhos após 2ª semana: restos? Odor fétido, febre e pús: infecção? A) PUERPÉRIO PATOLÓGICO 1. INFECÇÕES PUERPERAIS: TAX > 38ºC POR >48H (2º-10º dia pós-parto) 1.1- ENDOMETRITE (+ COMUM) - Fatores de risco: CESARIANA, ANEMIA, DESNUTRIÇÃO, RPMO. - Etiologia: POLIMICROBIANA (> 10º dia: Clamídia). - Clínica: FÉBRE, LÓQUIOS FÉTIDOS, TRÍDDE DE BUMM (ÚTERO AMOLECIDO, SUBINVOLUÍDO, DOLOROSO). - Profilaxia: ATB NA CESÁREA (INDUÇÃO ANESTÉSICA OU PÓS CLAMPEAMENTO), BOLSA ÍNTEGRA, EVITAR ↑TOQUES, ASSEPSIA. - Tratamento: CLINDAMICINA + GENTAMICINA IV. -- Se até 72h afebril e assintomático: liberar. -- Febre persistente + massa pélvica: abscesso (drenagem + ATB). -- Febre persistente + USG sem massa pélvica: tromboflebite pélvica séptica  ATB + heparina (diagnóstico: doppler de a. ovariana). - Complicações: ABSCESSO PÉLVICO, TROMBOFLEBITEPÉLVICA SÉPTICA, CHOQUE SÉPTICO. 1.2 - MASTITE PUERPERAL - Agente: S. aureus. - Causa: PEGA INCORRTETA (ESTASE LÁCTEA) + FISSURAS MAMÁRIAS. - Fatores de risco: PRIMIPARIDADE, IDADE < 25 ANOS, INGURGITAMENTO. - Diagnóstico: MASTALGIA + SINAIS FLOGÍSTICOS + FEBRE. - Tratamento: AINES + ORDENHA (MANTER AMAMENTAÇÃO) + ATB (CEFALOSPORINA DE 1ª GERAÇÃO). 1.3. ABSCESSO MAMÁRIO (S. aureus) - PODE AMAMENTAR (EXCETO SE PÚS OU INCISÃO PRÓXIMO À PAPILA). - Tratamento: DRENAGEM + ORDENHA + ATB (CEFALOSPORINA 1ª). 1.4- ABSCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE - RELAÇÃO COM TABAGISMO. - Tratamento: RESSECAR + ATB + INTERROMPER TABAGISMO. 2. HEMORRAGIA PUERPERAL: PERDA > 0,5L (VAGINAL); > 1L (CESAREA). - Fatores de risco: gemelar, polidramnia, macrossomia, mioma, corioamnionite, trabalho de parto muito rápido (< de 4h TP) ou muito lento. - Índice de choque: FC∕ PA SISTÓLICA (> 0,9  RISCO DE TRANSFUSÃO). - Causas: 4 T’.s  Trauma: LACERAÇÃO DO CANAL DE PARTO  Tecido: RESTOS PLACENTÁRIOS  Trombo: COAGULOPATIA (associação com DPP - consumo de fatores de coagulação)  Tônus: ATONIA UTERINA (PRINCIPAL CAUSA). - Conduta na atonia uterina: MASSAGEM > OCITOCINA (> MISOPROSTOL) > RAFIA DE B-LYNCH > RAFIA VASCULAR (LIGADURA DE A. UTERINA OU HIPOGÁSTRICA) > EMBOLIZAÇÃO DE A. UTERINA > HISTERECTOMIA POR ÚLTIMO. “Morreu” - Prevenção: 10U DE OCITOCINA APÓS EXPULSÃO FETAL. obs: Balão de Bakri: tamponamento uterino. Útil nos casos refratários à massagem e ocitocina. Serve para atonia uterina e para acretismo, mas é temporário (máximo 24h). 3. RETENÇÃO PLACENTÁRIA: - Conduta: EXTRAÇÃO MANUAL > CURETAGEM > BALÃO DE BAKRI > HISTERECTOMIA (EVITAR TRAÇÃO EXCESSIVA – RISCO DE INERSÃO UTERINA). - Outras manobras: Credé e Harvey. 4. INVERSÃO UTERINA AGUDA: - Conduta:  MANOBRA DE TAXE (com a mão espalmada, coloca o fundo do útero na palma da mão e empurra para cima). MANOBRA DE HUNTINGTON (laparotomia - pinça o FU com a pinça de Allis e puxa o útero para cima). TAXE HUNTINGTON 245 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ  Presunção: percebido pela mãe/mama/sistêmico. - Náuseas, polaciúria - Tubérculos de Montgomery (hipertrofia de glândulas sebáceas) - Rede de Haller (rede venosa mais evidente) - Sinal de Hunter (aréola secundária)  Probabilidade: útero, vagina e vulva. - Sinal de Hegar (amolecimento de útero-istmo) “eca, molengo” - Sinal de Piskcek (assimetria uterina) - Sinal de Nobile-Budin (piriforme  globoso preenchendo o fundo de saco) - Sinal de Jacquemier: meato e vulva roxos - Sinal de Kluge: vagina roxa - Sìnal de Godel: amolecimento cervical  Certeza: sentir ou ouvir a gestação. - Sinal de Puzos: sinal do rechaço fetal, > 14 semanas - Movimentação fetal: sentida pelo MÉDICO após 18-20 semanas. - Ausculta: Sonard (> 10-12 semanas) e Pinard (> 18-20 semanas). *Não esquecer de comparar com o pulso materno.  Laboratorial: HCG na urina ou no sangue. - Pico entre 8-10 semanas - Urina: dosagem qualitativa (pode dar falso-positivo, pois a fração alfa é comum ao FSH, LH, TSH, etc). - Sangue: dosagem quantitativa (especificamente a fração beta -- Beta-HCG > 1.000: confirma gestação em 95% dos casos -- Beta-HCG: dobra a cada 48 horas  USGTV: - 4 semanas: saco gestacional - 5 semanas: vesícula vitelínica - 6/7 semanas: embrião e BCF+ Obs: USG abdominal = 1 semana depois em relação à USGTV. *Medida mais fiel para cálculo da IG: CCN na USG 6-12 semanas. MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO  Cutâneas: - Estrias gravídicas - Cloasma gravídico - Eritema palmar, telangiectasias, linha nigrans  Corpo uterino: - 12 semanas: púbis - 16 semanas: entre púbis e umbigo - 20 semanas: umbigo - IG e FU concordam entre 18-30 semanas  Osteoarticulares: - Lordose acentuada - Alarga a base (marcha anserina) - Relaxamento das articulações via progesterona.  Urinárias: - ↑ Volemia e ↑TFG em 50% (“filtra por dois”) - ↓ Ureia e creatinina e ↑ do clearance - Glicosúria fisiológica - Compressão ureteral a direita (gerando dilatação pielocalicial)  Respiratórias: - Hiperventilação (“respira por dois”): ↑ volume corrente - ↓ Volume residual (aumento uterino) - Aumento do tempo de expiração (↓PaCO2)  alcalose respiratória compensada.  Hematológicas: - Aumento do volume plasmático (50%) e eritrócitos (30%) - Anemia dilucional fisiológica - Leucocitose sem aumento de bastões - Tendência pró-coagulante -- Tríade de Virchow: hipercoagubilidade (pela tendência pró- coagulante) + estase venosa (pela compressão do útero na cava principalmente no 2º trimestre) + lesão endotelial (principalmente no PUERPÉRIO). -- Profilaxia de trombose no puerpério: DEAMBULAÇÃO PRECOCE.  Metabólicas: - Hipoglicemia de jejum e hiperglicemia pós-prandial - 2ª metade da gestação: ↑lactogênio placentário - Edema: hiperaldosteronismo secundário + ↓pressão oncótica + compressão da veia cava pelo útero.  Cardiovasculares: - Sopro sistólico (se diastólico: investigar cardiopatia) - ↓ RVP (“placenta funciona como uma fístula”) - ↑ Débito cardíaco (principalmente entre 20-24 semanas) - ↓ PA (principalmente no 2º trimestre, momento em que a diminuição da RVP é mais significativa que o aumento do DC)  Gastrointestinais: - Relaxamento do esfíncter esofagiano  refluxo (tratamento com pró-cinético em detrimento de anti-ácido). - ↑ Tempo de esvaziamento gástrico (broncoaspiração) - Relaxamento da vesícula (↑risco de cálculo) *Observação: pode ser realizada ciururgia videolaparoscópica na gestação, de preferência no 2º trimestre. Colecistectomia VLP é a segunda cirurgia não obstétrica mais realizada na gestação (1ª: apendicectomia). - ↓ Peristalse (constipação) - ↓ Secreção ácida (↓risco de perfuração por úlcera) ASSISTENCIA PRÉ-NATAL  Consultas: - MS: mínimo de 6 consultas (1 no 1º; 2 no 2º; 3 no 3º). - Se possível: mensalmente até 28 semanas; quinzenais de 28-36 semanas; semanal a partir de 36 semanas.  Suplementação: - Ferro: profilático: 40-60mg de ferro elementar da 20ª semana até 3 meses após o parto se hemoglobina > 11 (Se Hb < 11: terapêutico). - Ácido fólico -- Profilático: prevenção de defeito no tubo neural (fecha com 10 semanas) e de anemia megaloblástica (0,4mg diário 3 meses antes da gestação, até completar o 1º trimestre). -- Se alto risco (história de defeito de tubo neural em filho anterior, uso de anticonvulsivante, história de epilepsia): usar 4-5mg. AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTAÇÃO @ casalmedresumos 246 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io  Exames: tipagem sanguínea e RH, hemograma, glicemia de jejum, EAS, urocultura, VDRL (ou teste rápido), anti-HIV (ou teste rápido), HBsAg, toxoplasmose. - T: tipagem e RH (+ CI se RH negativo) - E: EAS e urocultura - S: sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) - T: toxoplasmose - A: anemia (hemograma) e açúcar (glicemia de jejum) - R: repetir com 30 semanas (ou 3º trimestre): hemograma, VDRL, HIV, HbSAg, glicemia de jejum, EAS e urocultura  USG: não é rotina pelo MS. - USG 11-14 semanas: translucência nucal < 2,5 mm, osso nasal e ducto venoso. - USG 20 -24 semanas: morfológico 2º trimetestre.  Rastreio de infecção pelo GBS: rastreio UNIVERSAL, realizado com swab vaginal e retal entre 35-37 semanas (não é recomendado pelo MS, mas cai em prova). - Não rastrear se: bacteriúria atual pelo GBS; filho anterior teve GBS. - Profilaxia INTRA-PARTO: penicilina cristalina 500.000 (ataque) + 25.000 4/4h até camplear cordão (manutenção). Indicações:  Bacteriúria porGBS  Filho anterior com GBS  Swab positivo entre 35-37 semanas  Sem rastreio, mas com fator de risco (trabalho de parto prematuro < 37 semanas, temperatura > 38ºC intraparto ou RPMO > 18 horas). - Não fazer profilaxia se:  Cesariana eletiva (fora de trabalho de parto e com bolsa íntegra)  Swab negativo há < 5 semanas (ex: swab negativo com 35 semanas, bolsa rompeu com 38 semanas. Mesmo se há mais de 18 horas, precisa não fazer profilaxia).  Sem rastreio e sem fator de risco  Rastreio de toxoplasmose: IgG - ; IgM -: sem imunidade  sorologia de 3-3 meses. IgG + ; IgM -: imunidade. IgG - ; IgM +: infecção aguda.* IgG + ; IgM + : > 16 semanas  tratar; < 16 semanas  teste de avidez. -- Se > 60% (alta): > 4 meses (crônica) -- Se < 60% (baixa): < 4 meses (aguda) - Tratamento da infecção aguda: espiramicina para a mãe + rastreio da infecção fetal se < 30 semanas (amniocentese ou cordocentese). *Se infecção fetal ou infecção materna > 30 semanas: + sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico para o feto.  Sífilis: - VDRL < 1:8: solicitar FTA-ABS (se indisponível: tratar). - VDRL > 1:8: tratar com PB 2,4M 3x + tratar parceiro + VDRL MENSAL.  Vacinas: - Tétano/difteria (dT/dTPA*) - Hepatite B (toda gestante não vacinada) - Influenza - Raiva/meningococo se risco de exposição (*) Realizar entre uma dose 27-36 semanas em TODA GESTAÇÃO. - Se esquema completo: 1 dose - Se 1 dose de antitetânica prévia: 1 dose de dT e 1 dose de dTPA - Se 2 doses de antitetânicas prévias: 1 dose de Dtpa ACONSELHAMENTO GENÉTICO PRÉ-NATAL  Exames não-invasivos: RASTREIO (todas as gestantes). - Biofísico (11-14 semanas): USG. --TN < 2.5mm -- Osso nasal presente -- Ducto venoso - Bioquímico: -- Duplo (11-13 semanas): HCG + PAPP-A. -- Triplo (> 15 semanas): HCG + ESTRIOL + ALFAFETOPROTEÍNA. -- Quádruplo (> 15 semanas): HCG + ESTRIOL + ALFAFETOPROTEÍNA + INIBINA. -- NIPT (> 10ª semana) : pesquisa DNA fetal na circulação materna. Não vê malformação euploide. *Síndrome de Down: diminui a APAE = alfafetoproteína, PAPP-A e estriol.  Exames invasivos: se RASTREIO POSITIVO ou FATORES DE RISCO (história de anomalia congênita na família, idade > 35 anos, perdas de repetição, consaguinidade). - Biópsia de vilo (10-13ª semana): única confirmatória do 1º trimestre, porém mais invasiva e arriscada). - Amniocentese (após 14-16 semanas): mais segura. - Cordocentese (após 18 semanas). 247 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io I - ESTÁTICA FETAL  ATITUDE: RELAÇÃO DAS PARTES FETAIS ENTRE SI. - MAIS COMUM: FLEXÃO GENERALIZADA (OVOIDE FETAL).  SITUAÇÃO: RELAÇÃO DO MAIOR EIXO FETAL COM O MAIOR EIXO UTERINO. - LONGITUDINAL: + COMUM. - TRANSVERSA MANTIDA: INDICAÇÃO DE CESARIANA. - OBLÍQUA: SITUAÇÃO TRANSITÓRIA.  POSIÇÃO: RELAÇÃO DO DORSO FETAL COM ABDOME DA MÃE. - SITUAÇÃO LONGITUDINAL: POSIÇÃO DIREITA OU ESQUERDA. - SITUAÇÃO TRANSVERSA: POSIÇÃO ANTERIOR OU POSTERIOR.  APRESENTAÇÃO: PRIMEIRO PÓLO QUE DESCE NA PELVE. - CEFÁLICA: + COMUM. - PARTO PREMATURO: ↑CHANCE DE PARTO PÉLVICO. - CÓRMICA MANTIDA: INDICAÇÃO DE CESARIANA.  FLEXÃO X DEFLEXÃO  FLET3IDA OU OCCIPITAL (+COMUM): REFERÊNCIA- LAMBDA. - APRESENTA O MENOR DIÂMETRO: SUBOCCIPITOBREGMÁTICO.  DEFLETIDA DE 1º GRAU: REFERÊNCIA – BREGMA. - SE TIVER LAMBDA + BREGMA: CONSIDERAR LAMBDA (FLETIDA).  DEFLETIDA DE 2º GRAU OU FRONTE: REFERÊNCIA – GLABELA. - INDICAÇÃO ABSOLUTA DE CESARIANA.  DEFLETIDA DE 3º GRAU OU FACE: REFERÊNCIA- MENTO - SE MENTO POSTERIOR: INDICAÇÃO DE CESARIANA. SINCLITISMO X ASSINCLITISMO  SINCLITISMO: NÃO HÁ INCLINAÇÃO LATERAL. - SUTURA SAGITAL EQUIDISTANTE DE PUBE E SACRO. ASSINCLITISMO - POSTERIOR: SUTURA SAGITAL PRÓXIMA AO PUBE. - ANTERIOR: SUTURA SAGITAL PRÓXIMA AO SACRO.  VARIEDADE DE POSIÇÃO: PONTOS DE REFERÊNCIA ENTRE APRESENTAÇÃO FETAL E PELVE (“PARA ONDE O LÂMBDA OLHA”) -- PÉLVICA: REFERÊNCIA: SACRO; LINHA DE ORIENTAÇÃO: INTERGLUTEA. -- Pélvica completa: tem nádegas, pé, coxa. -- Pélvica incompleta : só nádegas. -- CÓRMICA: REFERÊNCIA: ACRÔMIO; LINHA DE REFERÊNCIA: DORSO.  MANOBRAS DE LEOPOLD - 1º TEMPO: SITUAÇÃO. - 2º TEMPO: POSIÇÃO (IMPORTANTE PARA AUSCULTA DE BCF) - 3º TEMPO: APRESENTAÇÃO. - 4º TEMPO: ALTURA DA APRESENTAÇÃO/INSINUAÇÃO. - POLO FETAL VOLUMOSO, DE SUPERFÍCIE IRREGULAR e REDUTÍVEL = PELVE. - POLO FETAL MENOR, LISO e CONSISTENTE = CABEÇA.  BACIAS - GINECOIDE: + COMUM ∕ + FAVORÁVEL PARA O PARTO ∕ FORMA ARREDONDADA. - ANDROIDE: + RELACIONADA À DISTÓCIAS (FORMATO TRIANGULAR). - PLATIPELOIDE: + RARA ∕ DIÂMETRO TRANSVERSO >>> ANTEROPOSTERIOR. - ANTROPOIDE: O MAIOR DIÂMETRO É O ANTEROPOSTERIOR.  TRAJETO  ESTREITO SUPERIOR - Conjugata obstétrica: face interna da sínfise púbica  promontório (1,5cm menor que a conjugata diagonalis). - Conjugata diagonalis: borda inferior da sínfise púbica  promontório. *Durante o toque, quanto mais difícil de se atingir o promontório, sinal de que a bacia é mais favorável para o parto.  ESTREITO MÉDIO - Plano entre as espinhas esquiáticas - Menor diâmetro (mede > 10cm) - Corresponde ao plano zero de DeLee (insinuação) - Referência para o bloqueio do nervo pudendo interno.  ESTREITO INFERIOR: - Conjugata exitus: maior retropulsão do cóccix (9cm  11cm) - Ângulo subpúbico: ideal > 90 graus INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESARIANA DCP ABSOLUTA, PLACENTA PRÉVIA TOTAL, HERPES GENITAL ATIVO, APRESENTAÇÃO CÓRMICA, APRESENTAÇÃO DEFLETIDA DE 2º GRAU, CONDILOMA OBSTRUINDO CANAL DE PARTO (risco de papilomatose laríngea do RN), CESARIANA CLÁSSICA (corporal/era utilizada antigamente).  Uma cesárea segmentar não contraindica um próximo parto vaginal, mas uma cesárea corporal, sim. Uma vez cesárea corporal, sempre cesárea corporal.  Cesárea a pedido: só se > 39 semanas. obs: Manobra de extração fetal na cesariana de apresentação cefálica: MANOBRA DE GEPPERT. PARTO @ casalmedresumos 248 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io II – MECANISMO DE PARTO TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS INSINUAÇÃO FLEXÃO DESCIDA ROTAÇÃO INTERNA DESPRENDIMENTO DEFLEXÃO RESTITUIÇÃO (ROTAÇÃO EXTERNA) DESPRENDIMENTO DOS OMBROS  SE PÉLVICO:  CINTURA PÉLVICA - Insinuação: diâmetro bitrocanteriano em oblíquo. - Descida e rotação interna: assinclitismo da crista ilíaca e rotação. - Desprendimento: SET ou SDT.  CINTURA ESCAPULAR - Insinuação: diâmetro biacromial oblíquo. - Descida e rotação interna: rotação 45 graus. - Desprendimento: espádua anterior, seguida da posterior.  CABEÇA DERRADEIRA - Insinuação: diâmetro suboccipitofrontal em oblíquo. - Descida e rotação interna: rotação 45 graus. - Desprendimento: mento, boca, nariz, occipitaL. III - RPMO - Diagnóstico:  PADRÃO-OURO: EXAME ESPECULAR.  OUTROS: teste da nitrazina (↑pH), teste de cristalização (+), teste AmniSure (↑S e E, pesquisa a alfa microglobulina placentária, que está elevada no líquido amniótico), USG (oligodramnia). obs: interferem na avaliação do teste de nitrazina (4S): sangue, sabão, sêmen, secreção; e urina. - Conduta:  CORIOAMNIONITE*: PARTO, INDEPENDENTE DA IG (PREFERÊNCIA: VIA VAGINAL) (*): FEBRE + 2 DOS SEGUINTES: LEUCOCITOSE, TAQUICARDIA, ÚTERO DOLOROSO, LÍQUIDO FÉTIDO.  SOFRIMENTO FETAL AGUDO: PARTO.  SEM INFECÇÃO; SEM SFA: NÃO FAZER TOCÓLISE. -- 24-32/34* SEMANAS: CORTICOIDE + ATB - BETAMETASONA 12MG IM 2 DOSES; - AMPICILINA 2G IV 6/6H + AZITROMICINA 1G VO -- > 32/34 SEMANAS: PARTO. (*) Se 33s: uma alternativaé dosar fosfatidilglicerol ou lecitina/esfingomielina. IV - INDUÇÃO DO PARTO  BISHOP: ALTURA DA APRESENTAÇÃO + 4 CARACTERÍSTICAS DO COLO (DILATAÇÃO; APAGAMENTO; CONSISTÊNCIA; POSIÇÃO). -- BISHOP ALTO: COLO DILATADO, APAGADO, ANTERIOR, FINO. -- BISHOP DESFAVORÁVEL: COLO FECHADO, POSTERIOR, GROSSO, SEM DILATAÇÃO.  OCITOCINA: BISHOP >6 (COLO FAVORÁVEL).  MISOPROSTOL: BISHOP < 6 (COLO DESFAVORÁVEL). CONTRAINDICADO SE CICATRIZ UTERINA.  KRAUSE: PREPARO DO COLO COM SONDA DE FOLEY.  CONTRAINDICAÇÕES À INDUÇÃO: PLACENTA PRÉVIA, GESTAÇÃO MÚLTIPLA, GEMELAR, MACROSSOMIA FETAL, SOFRIMENTO FETAL, APRESENTAÇÃO ANÔMALA, HERPES GENITAL ATIVO, HIV+. V - TRABALHO DE PARTO PREMATURO - Diagnósitco: < 37 SEMANAS + CONTRAÇÕES REGULARES (>2 CONTRAÇÕES EM 10 MIN) + DILATAÇÃO PROGRESSIVA (> 2CM OU APAGAMENTO DE 80%) . - Fatores de Risco: PREMATURO ANTERIOR, FATORES CERVICAIS, ANEMIA, DESNUTRIÇÃO, POLIDRAMNIA, MACROSSOMIA, GEMELARIDADE, ITU (inclusive bacteriúria assintomática), VAGINOSE. - Predição:  FIBRONECTINA FETAL NA VAGINA (↑ VALOR PREITIVO NEGATIVO) - Se normal: liberar a paciente (não nasce em 7 dias).  MEDIDA DO COLO COM USG (18 E 24 SEMANAS - COLO < 25MM = ↑RISCO). - Solicitar apenas se ↑risco de prematuro (ex: prematuro anterior), - Conduta:  > 34 SEMANAS: PARTO.  24-34 SEMANAS: CORTICOIDE + TOCÓLISE + SULF. MAGNÉSIO SE < 32 SEM*  CORTICOIDE: BETAMETASONA 12MG IM 24/24H.  TOCÓLISE: NIFEDIPINA, INDOMETACINA, BETA AGONISTA, ATOSIBAN. -- Contraindicações: SFA ou infecção; -- Evitar beta-agonista se EAP, DM; -- Não usar indometacina se > 32 semanas (fecha ducto arterioso); -- Evitar nifedipina se hipotensão, ICC; -- Atosiban (antagonista específico da ocitocina): ↓ efeito colateral  NEUROPROTEÇÃO: SULFATO DE MAGNÉSIO SE < 32 SEMANAS VI - PARTOGRAMA - Cada quadradinho: 1h. - Linha de ação 4h depois da linha de alerta - Linha de alerta marca depois do primeiro quadradinho - Ideal: triângulo não travessa linha de alerta  FASE ATIVA PROLONGADA: DILATAÇÃO < 1CM/HORA. - Causas: contações fracas ou poucas contrações. - Correção: movimentação da parturiente, posturas verticalizadas, alívio da dor, administração de ocitocina, rotura de membranas, DLE.  PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO: DILATAÇÃO MANTIDA EM 2H. - Causas: deproporção cefalopélvica; contrações fracas. - Correção: cesárea se a contração estiver boa; ocitocina se a contração estiver ruim. 249 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io  PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA: ALTURA MANTIDA POR 1H NO PERÍODO EXPULSIVO. - Causas: desproporção cefalopélvica - Cesárea (acima de 0 de DeLee) ou fórcipe (a partir de 0 de DeLee)  PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO: DESCIDA LENTA, MAS NÃO PÁRA NO PERÍODO EXPULSIVO. - Causas: contrações deficientes. - Correção: ocitocina,rotura de membranas, vertilização, cesárea ou fórcipe.  PARTO TAQUITÓCITO: CRIANÇA QUE NASCE EM < 4H APÓS DIAGNOSTICADA A FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO. - ↑ Chance de hemorragia, danos fetais, laceração de trajeto e atonia uterina puerperal. - Causas: iatrogenia com ocitocina, multíparas. VII - ASSISTÊNCIA CLÍNICA 1) DILATAÇÃO: INICIA COM TRABALHO DE PARTO (2-3CM DE DILATAÇÃO PROGRESSIVA COM 2-3 CONTRAÇÕES EM 10 MINUTOS, RÍTMICAS E REGULARES). - Só saída de tampão mucoso não faz diagnóstico de trabalho de parto. - Dieta: permitir líquidos claros (águas, chás...) - Evitar decúbito dorsal (preferir DLE) + deambulação livre - Tricotomia: não (se fizer, só no momento da incisão). - Amniotomia: não fazer de rotina. - Número de toques: a cada 1-2 horas. - Ausculta BCF: 30-30 minutos se baixo risco; 15-15 minutos se alto risco (sempre antes, durante e após a contração). - Cardiotocografia: não é rotina em baixo risco. 2) EXPULSIVO: INICIA APÓS DILATAÇÃO TOTAL (ANORMAL: > 1H EM MULTÍPARA; > 2H EM PRIMÍPARA). - Posição ideal: decisão médico-paciente. obs: estudos só comprovam que o parto na água é bom no período de dilatação, mas não no período expulsivo. - Manobra de Ritgen modificada: proteção do períneo. - Episiotomia: se feto grande, parto a fórcipe MEDIANA (OU PERINEOTOMIA) MÉDIO-LATERAL - Lesa menos músculos - Menor sangramento e dor - Reparo cirúrgico mais fácil - Ruim para distância reto-vaginal curta (risco: lesão de esfíncter anal) - Escolha para distância reto- vaginal curta, mas maior risco de rotura de 3º e 4º grau COMPLICAÇÕES NO PARTO PÉLVICO  BRAÇOS PRESOS (1) Desprendimento in situ: vai com uma mão e tira um braço, vai com a mão e tira o outro braço. (2) Manobra de Bracht: joga dorso fetal no abdome da mãe (3) Manobra de Rojas: rodar a criança 180º para “sair em espiral”  CABEÇA DERRADEIRA (1) Manobra de Bracht (2) Manobra de Liverpool: joga o dorso no abdome da mãe e solta ou Fórcipe de Piper. 3) SECUNDAMENTO: SAÍDA DA PLACENTA (é obrigatória a revisão) - SCHULTZE (“SHINING”): face fetal/brilhosa/membranosa (mais comum) = sai a placenta e depois vem a hemorragia. -DUNCAN (“DIRTY”): face materna/cotilédones/cruenta = sai placenta e sangue ao mesmo tempo. - MANOBRAS AUXILIARES: 10U ocitocina IM pós-expulsão fetal (ou quando o ombro anterior da criança sair) + tração controlada do cordão + manobra de Fabre para avaliar se já descolou. Se placenta já saiu: manobra de Jacob-Dublin (“vai rodando a placenta”). 4) PERÍODO: PRIMEIRA HORA APÓS O SECUNDAMENTO - Hemostasia: miotamponagem + trombotamponagem. - Útero contraído: ligadura viva de Pinard. - Risco de hemorragia (4T): atonia uterina (principal), laceração de canal de parto, restos placentários, coagulopatia. 250 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io RESUMOS - OBSTETRÍCIA - 2022 Capa - Resumos - OBSTETRÍCIA 2022 CONTRACAPA PADRÃO Sumário TOTAL - Obstetrícia RESUMOS - OBSTETRÍCIA - 2022 1. Sangramentos da Gravidez 2. Doenças Clínicas na Gravidez 3. Sofrimento Fetal e Puerpério 4. Avaliação Inicial da Gestação 5. Parto