Resolução de problemas

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Resolução Compartilhada de Problemas – Uma
Ferramenta Estratégica de Planejamento e Gestão
A provocação do bloco anterior precisa fazê-lo compreender que, independentemente do método de
planejamento, do mais tradicional ao mais moderno, é preciso levar uma coisa em consideração: a intensa
participação das pessoas, e isso somente é possível com compartilhamento de estratégia, construção
conjunta de planos de ação e resolução compartilhada de problemas, e este precisa ser amplamente
trabalhado pelo gestor, pois resolver problemas é a chave determinante para a execução do planejamento,
minimizando o impacto dos entraves da operação na excelência da gestão. 
Planejamento é a arte de projetar o futuro e ultrapassar as barreiras interna e externa que podem impedir o
alcance dos objetivos organizacionais, portanto, assim como as empresas querem líderes mais
estratégicos, os líderes, por sua vez, precisam de uma equipe que saiba lidar com as barreiras cotidianas e
estratégicas de forma assertiva, ou seja, do jeito certo e na hora certa. O gestor precisa ensinar sua equipe
a resolver problemas. 
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No artigo publicado no Portal Administradores, detalho o conceito que desenvolvo com líderes e
organizações. Quando converso com gestores sobre esse tema, muitos me dizem: “Alexandre, eu sei
resolver problemas, faço isso todos os dias e nunca precisei de metodologia para isso!” A minha resposta,
então, é: “Você pode ter a sua metodologia, mas você sabe ensiná-la para as pessoas?” É isso que estou
propondo neste bloco, uma metodologia que pode ser ensinada para os seus colaboradores. 
Não tenho a pretensão de ensinar você, gestor, a resolver problemas, mas, sim, a resolver os problemas
com o seu time, desenvolvendo uma equipe estratégica. Invista parte do seu tempo resolvendo problemas
com as pessoas e, logo, elas não precisarão mais de você para resolver os problemas; esse é o caminho
para se tornar um gestor mais estratégico. Então, para isso, vamos aprender a resolver problemas com
alguns ensinamentos lógicos e simples: 
“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou” (Albert
Einstein). Nós nunca resolveremos um problema pensando nele, mas, sim, focando a solução,
portanto, a primeira etapa para se resolver um problema é perguntar: “o que nós queremos em vez
disso?” Isso levará a sua equipe a pensar no que realmente importa, que é a solução. 
Nenhum problema é tão grande que não possa ser resolvido em pequenas partes gerenciáveis.
Estamos acostumados a enxergar o problema como ele se apresenta, logo, o “monstro” parece
muito maior do que realmente é. Mais uma vez, não foque o problema, busque identificar as causas
do problema e as soluções desejadas para cada uma delas. Pergunte: “o que está gerando este
problema?” 
Não procure os culpados, mas quem pode resolvê-los. Procurar os culpados no momento de se
resolver um problema é gerar um estado emocional inapropriado, criando, assim, um problema
novo. Delegue as soluções para quem puder ajudar, resolva o problema e, posteriormente, corrija as
arestas; não deixe de conversar com os responsáveis pelas causas do problema, mas faça isso na
hora certa. 
Compartilhe a resolução do problema, dessa forma, você desenvolve o seu time e permite que as
pessoas aprendam, cresçam e repitam o comportamento positivo sempre que necessário. 
Certifique-se de que o problema foi solucionado. Um problema só pode ser considerado resolvido
se pudermos garantir que ele não acontecerá novamente. Pergunte ao time “o que podemos fazer
para garantir que isso não ocorrerá novamente?”. Acompanhe a resolução do problema e crie
evidências para a sua resolução. 
Resumindo, para resolver um problema, bastam cinco questionamentos que você, líder, deve ensinar para
o seu time: 
1. Qual é o problema? 
2. Qual a solução que desejamos? 
3. Quais as causas do problema e como podemos solucioná-las? 
4. Quem é o responsável por cada etapa? 
5. Como garantir que o problema não ocorrerá novamente? 
Ao compartilhar a resolução dos problemas com o time, você gera um grande senso de pertencimento,
sendo assim, a resposta para a pergunta do bloco 1 se torna muito mais fácil de responder: “Por que vale a
pena?”. Se eu participo da construção, a percepção de crescimento, a evolução e a contribuição fazem a
busca pelo plano valer a pena. 
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