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Faculdade de Ciências Econômicas 
Professor: Alexis Toribio Dantas 
Disciplina: Economia Fluminense 
Aluno: Riquelme Leandro da Conceição Gonçalves 
Matrícula: 202010043211 
 
Resumo: IMPASSE NO MODELO DE DESENVOLVIMENTO FLUMINENSE: O 
DESAFIO DE SUPERAR UMA CRISE ECONÔMICA E NÃO APENAS DAS 
FINANÇAS PÚBLICAS 
 
Antes de iniciar a síntese deste artigo, é essencial ressaltar que a crise no 
estado do Rio de Janeiro não é exclusivamente um problema do governo 
estadual, uma vez que sua magnitude abrange todo o país. Portanto, é 
necessário discutir suas particularidades. Além disso, conforme mencionado no 
próprio artigo, devemos questionar se é razoável que o governo federal 
assuma apenas o papel de credor, sem estar disposto a debater as assimetrias 
de poder no âmbito do pacto federativo. Por fim, é crucial enfatizar a 
importância de articular uma solução para os desafios enfrentados pelas 
finanças públicas, juntamente com a recuperação de uma grave crise 
econômica que tem assolado o estado do Rio de Janeiro por cerca de duas 
décadas, desde os anos 2000. Essa situação se agravou após o impeachment 
parlamentar ocorrido em agosto de 2016, que destituiu a então presidente da 
República, Dilma Rousseff. 
No segundo semestre de 2017, já sob a administração de Michel Temer, 
o governo estadual do Rio de Janeiro formalizou um pedido e alinhou seus 
interesses com o governo federal por meio de um acordo específico para a 
renegociação das dívidas do estado. Esse programa recebe o nome oficial de 
"programa de recuperação fiscal" pelos seus defensores, enquanto seus 
opositores o apelidaram informalmente de "pacote de maldades". Para aqueles 
que acompanham a questão de maneira superficial, ou seja, que não estão 
diretamente envolvidos e se informam por meio de veículos de comunicação de 
grande circulação, tende-se a acreditar que se trata de um simples "socorro" 
financeiro. 
Os apoiadores do atual acordo com o governo federal argumentam que 
a crise econômica nacional foi apenas um fator secundário que acelerou a 
evidência de um problema de gestão estadual: gastos excessivos com a folha 
de pagamento, resultando em um desequilíbrio acumulativo entre receitas e 
despesas. Por outro lado, os opositores tendem a afirmar que o problema não 
está principalmente do lado das despesas, mas sim do lado das receitas. No 
entanto, o que realmente deveria ser o cerne dessa discussão é a negligência 
em relação aos sinais de desindustrialização nacional, que afetam o estado do 
Rio de forma desproporcional e levaram a uma trajetória problemática de 
arrecadação. Essa situação anteriormente encoberta pelas receitas 
provenientes do petróleo e gás, que recentemente sofreram uma queda 
significativa devido a novas regras e formas de distribuição, afetou 
principalmente os municípios do norte fluminense. 
Portanto, para desmistificar as falácias que têm prevalecido nesse 
debate, é crucial trazer essa questão para o centro das discussões nacionais. 
Devemos questionar por que alguns mantêm suas estruturas de gastos 
intactas, enquanto outros se veem impedidos, bem como por que alguns 
controlam os mecanismos de poder de compra, enquanto outros estão 
vulneráveis e desprovidos de financiamento. Em resumo, devemos realmente 
questionar três aspectos que não estão recebendo a devida atenção: primeiro, 
a atribuição da crise como um problema exclusivo do estado, quando sua 
escala é nacional. O segundo aspecto é por que o governo federal assumiu 
apenas o papel de credor, sem uma redistribuição de competências e recursos 
no âmbito do pacto federativo (incluindo o compartilhamento de custos, como a 
segurança). Precisamos discutir se essa abordagem é a melhor solução. E o 
terceiro aspecto é a falta de articulação entre o problema das finanças públicas 
e os efeitos imprevisíveis de uma grave crise econômica. Concluímos, portanto, 
que a manifestação da crise no Rio de Janeiro não se deve ao excesso de 
despesas com pessoal, mas sim à falta de receita estrutural e agravada 
conjuntamente (juntamente com uma perigosa trajetória de endividamento). 
Além disso, o problema não está relacionado ao número excessivo de inativos, 
mas sim a um estado desorganizado em suas funções estratégicas e a uma 
estrutura produtiva frágil para garantir uma arrecadação compatível com a 
magnitude da economia fluminense.

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