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Empreender
Brasil:
Inteligência
de mercado
para MPMEs
JUNHO/2024
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 2Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Introdução
O Empreender Brasil – Inteligência de Mercado para MPMEs é um boletim periódico 
que compila trimestralmente, num único documento, dados públicos sobre o perfil das 
micro, pequenas e médias empresas brasileiras combinados com informações e análi-
ses proprietárias da Serasa Experian, como:
• Perfil das MPMEs – dados demográficos, distribuição geográfica, geração de empre-
go, tempo de sobrevivência etc.
• Oferta e Demanda Crédito – score, consumo de crédito, índice de confiança etc.
• Inadimplência – índice de inadimplência, falência e recuperação judicial.
Essas e outras informações são apresentadas no boletim de forma detalhada, com 
quebras por região, segmento e porte das empresas, além de trazer, ao final, conclu-
sões e insights dos especialistas Serasa Experian sobre os dados e as movimentações 
de mercado que impactam os negócios de pequeno porte. 
O estudo tem como objetivo trazer transparência ao mercado e facilitar o acesso a in-
formação atualizada e precisa de forma centralizada, de modo que as MPMEs ou gran-
des corporações possam compreender melhor as tendências e os movimentos desse 
setor para que, por meio desses insumos, possam embasar as tomadas de decisões 
estratégicas de negócios e potencializar resultados. 
O Empreender Brasil reforça o objetivo da Serasa Experian de apoiar pequenos negócios 
a crescerem de forma sustentável, o que acreditamos ser possível a partir de inteligência 
analítica e acesso a dados de maneira simples e fácil para a tomada da melhor decisão.
A Serasa Experian se responsabiliza pela integridade dos dados apresentados 
conforme recebidos de fontes públicas. Entretanto, não nos responsabiliza-
mos por eventuais decisões tomadas com base em quaisquer informações 
disponibilizadas neste material. As informações apresentadas não consistem 
em emissão de juízo de valor pela Serasa Experian, apenas análises realizadas 
com base em dados estritamente objetivos e estatisticamente relevantes. 
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 3Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Sumário
 1. PERFIL DAS MPMES _ 4
 1.1. Quantas empresas temos no Brasil? _ 4
 1.2. Onde estão essas empresas? _ 5
 1.3. Em que segmento essas empresas atuam? _ 6
 2. SCORE PJ E RISCO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS _ 8
 2.1. Score PJ das MPMEs _ 8
 2.2. Score PJ das MPMEs por segmento de atuação _ 9
 2.3. Taxa de Sobrevivência das MPEs _ 11
 3. ATIVIDADE ECONÔMICA E AQUISIÇÃO DE CRÉDITO _ 15
 3.1. Índice de Confiança _ 15
 3.2. Geração de Emprego _ 16
 3.3. Demanda por Crédito _ 20
 3.4. Oferta de Crédito _ 21
 3.5. Acesso ao Crédito _ 22
 4. INADIMPLÊNCIA E INSOLVÊNCIA _ 24
 4.1. Inadimplência das MPMEs _ 24
 4.2. Falências e Recuperações Judiciais _ 27
 5. CONCLUSÕES _ 28
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 4Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
1.�1.�Perfil�das�MPMEs
1.1 Quantas empresas temos no Brasil? 
O Brasil é um dos países mais empreendedores do planeta e tem se destacado nesse 
cenário. O país ocupa a quinta posição em termos de Taxa de Empreendedorismo Total 
(TTE) entre 47 nações, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 
2021, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Pro-
dutividade (IBQP). Isso significa que uma parcela significativa da população brasileira 
está envolvida com negócios próprios. 
De acordo com os dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte, atualmente temos registradas 21.943.590 empresas ati-
vas no país, sendo 93,6%, ou 20.542.977, MEI, Microempresas (ME) ou Empresas de 
Pequeno Porte (EPP).
É uma parcela importante que representa 30% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, 
e que se coloca como pilar fundamental no desenvolvimento econômico do país.
Além disso, vale ressaltar que mais da metade das empresas ativas (56,6%) são Micro-
empreendedores Individuais (MEIs) que, neste ano, somam 12.409.761 de ativos. Um 
componente fundamental para impulsionar não apenas o crescimento e inovação, mas 
também a geração de empregos e distribuição de renda. 
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 5Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
> TOTAL DE MEI, ME E EPP
> % DE MEI, ME E EPP NO TOTAL DE EMPRESAS
PB
264.814
95,76%
PE
563.454
93,58%
RN
240.519
94,22%
SE
132.837
94,64%
AL
183.236 
95,34%
BA
1.009.950
95,35%
PA
405.751 
95,27%
AM
206.361 
94,02%
GO
788.510
94,61%
MS
291.574
93,46%
MT
423.316
93,17%
MG
2.214.333
94,41%
SP
5.871.944
92,46%
RS
1.341.531 
93,50%
PR
 1.515.621
93,83%
RO
132.733
95,46% 
AC
 41.018 
94,53%
PI
178.691
94,60%
CE
578.764
94,24%
MA
281.620
94,93%
TO
134.495
94,29%
AP
39.063
94,87%
ES
463.825
94,34%
SC
1.105.296 
92,69%
RJ
1.740.258
93,88%
DF
356.251 
93,09%
RR
37.134
94,53%
MEI, ME e EPP
1.2 Onde estão essas empresas? 
As MPMEs marcam presença por todo o território nacional, conforme ilustra o mapa 
a seguir.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 6Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
De acordo com o mapa acima, São Paulo é o estado com maior concentração de 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: 5.871.944, o que representa 28,6% do 
total no país. No entanto, é interessante notar que apenas 92,5% das empresas ativas 
se enquadram nessa categoria no Estado, o que é a menor proporção em comparação 
com outros estados. Isso significa que, considerando o número total de empresas de 
todos os portes no estado, há um percentual maior de médias e grandes em São Paulo 
do que nos demais estados.
E ao direcionarmos a nossa atenção para os estados da Região Norte e Nordeste, 
percebemos que as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte têm uma pre-
sença ainda mais marcante. Se analisarmos os 12 estados com maior participação 
dessas empresas, veremos que 11 deles pertencem a essas regiões. A exceção é o 
estado de Goiás. Enquanto o destaque fica para a Paraíba onde MEs ou EPPs repre-
sentam 95,8% do total.
1.3 Em que segmento essas empresas atuam? 
Observando-se por atividade econômica, temos que 20 segmentos concentram prati-
camente 40% (39,4% para sermos mais exatos) do total de Microempresas e Empre-
sas de Pequeno Porte ativas. O comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 
e cabeleireiros, manicure e pedicure são as atividades produtivas que predominam no 
universo destas empresas, conforme notamos na tabela a seguir.
SEGMENTOS – TOP 20 TOTAL DE ME E EPP PARTICIPAÇÃO
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 1.022.346 5,0%
Cabeleireiros, manicure e pedicure 840.764 4,1%
Promoção de vendas 644.483 3,1%
Obras de alvenaria 554.094 2,7%
Preparação de documentos e serviços especializados de apoio 
administrativo não especificados anteriormente 468.882 2,3%
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância 
de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e 
armazéns
454.360 2,2%
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 7Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 423.812 2,1%
Restaurantes e similares 377.961 1,8%
Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e 
mudanças, municipal 346.563 1,7%
Atividades de estética e outros serviços de cuidados com a 
beleza 333.969 1,6%
Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente 
para consumo domiciliar 325.816 1,6%
Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e 
mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional 303.184 1,5%
Instalação e manutenção elétrica 282.768 1,4%
Outras atividades de ensino não especificadas anteriormente 273.386 1,3%
Comércio varejista de bebidas 272.349 1,3%
Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial 261.193 1,3%
Serviços domésticos 237.032 1,2%
Outras atividades auxiliares dos transportes terrestres não 
especificadas anteriormente 228.055 1,1%Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos 
automotores 226.793 1,1%
Serviços combinados de escritório e apoio administrativo 222.874 1,1%
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 8Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
2. Score PJ e Risco das Micro 
e Pequenas Empresas
O Score PJ é uma ferramenta de análise de crédito voltada para pessoas jurídicas que 
avalia o risco de uma empresa se tornar inadimplente em um horizonte de até 6 meses. 
Assim como o Score PF, que é a pontuação de 0 a 1.000 que avalia o CPF e indica a 
reputação de um consumidor no mercado a partir de comportamentos financeiros, o 
Score PJ é voltado para o CNPJ, e pode mudar de acordo com o momento que a em-
presa está vivendo. 
Empresas credoras consultam essa pontuação para reduzir os riscos da operação de 
concessão de crédito e, quanto mais alto o score de uma empresa, maiores as chances 
de ela conseguir crédito – como empréstimos e financiamentos. 
2.1 Score PJ das MPMEs 
Fazendo um recorte de 12,8 milhões de MPMEs considerando a base de dados da 
Serasa Experian, nota-se que apenas 13,4% das micro e pequenas empresas têm score 
superior a 600 pontos, que é a geralmente a pontuação que o mercado reconhece 
como baixo risco de inadimplência
Esse cenário merece a atenção especial das MPMEs, porque o Score PJ afeta diretamente 
a capacidade das micro e pequenas empresas em conseguir fácil acesso ao crédito. 
86,6% das micro e pequenas empresas avaliadas tem seu score abaixo de 600 pontos. 
O que significa que dificilmente elas seriam aprovadas em uma solicitação de crédito. 
Ou, mesmo se aprovadas, enfrentariam condições bem mais restritivas, como taxa de 
juros altas e prazos de financiamentos curtos.
Muitas vezes, a empresa tem o Score PJ baixo não porque é inadimplente ou má paga-
dora, mas simplesmente porque os birôs de crédito, como a Serasa Experian, não têm 
dados suficientes para compor a pontuação. Pagar as contas em dia e dar visibilidade 
dos hábitos de pagamento da empresa por meio do Cadastro Positivo são caminhos 
que podem contribuir para aumentar o Score PJ.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 9Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
SCORE
ENTRE 
0 E 600 
PONTOS
79,8% 85,2% 82,1% 89,9% 86,6%
20,2% 14,8% 17,9% 10,1% 13,4%
ENTRE 
601 E 
1.000 
PONTOS
Comércio Indústria Serviços Primário Total
2.2 Score PJ das MPMEs por segmento de atuação
Quando avaliamos o Score PJ das empresas considerando o segmento de atuação, 
notamos que o comércio tem a melhor pontuação: 20,2% das empresas atuantes neste 
setor têm score superior a 600 pontos.
No outro extremo da classificação, estão as micro e pequenas empresas do setor Primá-
rio (agricultura, pecuária e extração vegetal), com apenas 10,1% acima de 600 pontos.
Enquanto nas posições intermediárias, estão indústria e serviços, com, respectivamen-
te, 15% e 18% aproximadamente de empresas na faixa considerada segura de risco 
de crédito. 
Veja a seguir como anda o score dessas empresas divididas por setor de atuação:
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 10Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
PB
88,8%
11,2%
PE
89,4%
10,6%
RN
88,4%
11,6%
SE
89%
11%
AL
89%
11%
BA
84,4%
15,6%
PA
89,8%
10,2%
AM
93,5%
6,5%
GO
79,1%
20,9%
MS
78,4%
21,6%
MT
77,7%
22,3%
MG
72,8%
27,2%
SP
79,2%
20,8%
RS
71,3%
28,7%
PR
69,1%
30,9%
RO
77,5%
22,5%
AC
89,2%
10,8%
PI
84,9%
15,1%
CE
86,2%
13,8%
MA
88,3%
11,7%
TO
83,5%
16,5%
AP
93,6%
6,4%
ES
77,9%
22,1%
SC
60,1% 
39,9%
RJ
90%
10%
DF
90,3%
9,7%
RR
93%
7%
> Score entre 0 e 600 pontos
> Score entre 601 e 1.000 pontosSCORE
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 11Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Do ponto de vista regional, a Região Sul concentra o maior percentual de micro e pe-
quenas empresas com boa pontuação, com destaque para o estado de Santa Catarina, 
onde praticamente 40% delas possuem score superior a 600 pontos, seguido pelo 
Paraná, com 30,9% e Rio Grande do Sul, com 28,7%.
Olhando para aqueles com menor pontuação, temos três estados da Região Norte: Ro-
raima, Amazonas e Amapá, onde a porcentagem de empresas com bom score (acima 
dos 600 pontos) oscila entre 6 e 7% apenas.
1 ANOPORTE 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS DIF. (P.P.)
83,1%
94,7%
94,8%
96,3%
MEI
ME
EPP
Médias/Grandes
74,3%
88,8%
89,8%
92,5%
67,6%
83,7%
85,5%
89,1%
62,3%
78,9%
81,8%
86,2%
57,7%
74,3%
78,6%
83,4%
-25,4
-20,4
-16,2
-12,9
2.3 Taxa de Sobrevivência das MPEs
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 
cerca de 57,7% dos MEIs conseguem manter seus negócios vivos até completarem 5 
anos desde a sua fundação. Esse número aumenta para 74,3% quando olhamos para 
as Microempresas (MEs) e continua crescendo conforme o porte da empresa aumenta.
Nas Empresas de Pequeno Porte (EPPs), por exemplo, 78,6% conseguem sobreviver 
após 5 anos, enquanto nas médias e grandes empresas, 83,4%. Esses dados são da 
Pesquisa de Sobrevivência das Empresas Mercantis Brasileiras, conduzida pelo Sebrae, 
cobrem o período de 2017 a 2022.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 12Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Comparando com o levantamento anterior, realizado pelo Sebrae no período de 2015 
a 2020, as taxas de sobrevivência em 5 anos foram menores em 13p.p. para MEIs e 
menores em 4p.p. para MEs e EPPs. Ou seja, no período mais recente (2017 a 2022), 
a mortalidade das empresas aumentou.
Os Microempreendedores Individuais (MEIs) também apresentam o maior grau de 
deterioração entre as taxas de sobrevivência de 1 e de 5 anos: há uma perda de 25,4 
pontos percentuais ao longo deste período, chegando em 2024 com 57,7% de chan-
ce de sobrevivência. Praticamente o dobro do que acontece com médias e grandes 
empresas (12,9 p.p.), atingindo 83,4% de chances de seguir suas atividades por mais 
de 5 anos.
MEIs possuem o menor tempo de sobrevivência quando comparado com o dos demais 
portes empresariais, como demonstrado a seguir:
TEMPO MEDIANO DE SOBREVIVÊNCIA
MEI
10 meses 
e 26 dias
ME
1 ano, 7 meses 
e 5 dias
EPP
1 ano, 4 meses 
e 31 dias
Médias e 
Grandes
1 ano, 7 meses 
e 3 dias
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 13Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
SOBREVIVÊNCIA
Agropecuária Comércio Construção 
Civil
Indústria Serviços
1 ANO
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
5 ANOS
78,5%
69,2%
62,3%
56,7%
1 ANO
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
5 ANOS
95,5%
92,1%
89,3%
87,2%
84,9%
94,3%
88,3%
83,2%
78,6%
74,4%
96,4%
92,2%
88,1%
84,1%
80,1%
96,0%
91,8%
88,0%
84,5%
80,6%
94,9%
89,2%
84,2%
79,7%
75,2%
51,9%
83,0%
73,7%
66,8%
61,4%
56,6%
86,7%
79,8%
74,5%
70,1%
66,0%
85,3%
77,2%
71,1%
66,0%
61,4%
82,3%
73,1%
66,2%
60,9%
56,3%
M
E,
 E
PP
, M
ÉD
IA
S/
G
RA
N
DE
S
M
EI
S
Ao analisar a sobrevivência por setor, o Sebrae agrupou portes que tinham o tempo mé-
dio de sobrevivência muito parecido, juntando MEs, EPPs, Médias e Grandes empresas. 
Como vemos nas tabelas a seguir:
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 14Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
Entre as empresas de maior porte, as que sobrevivem mais são as do setor agropecuá-
rio. O que é exatamente oposto entre os MEIs, porte com menor taxa de sobrevivência. 
Entre os Microempreendedores Individuais, o segmento que se destaca, com maior 
sobrevivência, é o de Construção Civil.
TEMPO MEDIANO DE SOBREVIVÊNCIA
ME, EPP, 
MÉDIAS/
GRANDES
1 ano, 3 
meses e 
27 dias
7 meses 
e 19 dias
1 ano, 6 
meses e 
19 dias
10 meses 
e 29 dias
1 ano, 9 
meses e 
12 dias
10 meses 
e 24 dias
1 ano, 7 
meses e 
26 dias
11 meses 
e 8 dias
1 ano, 7 
meses e 
1 dia
10 meses 
e 14 dias
MEIs
Agropecuária Comércio Construção 
Civil
Indústria Serviços
7 meses e 19 dias. Este é o tempo médio de sobrevivência de um MEI no setor agro-
pecuário. Já nas MEs, EPPs, médias e grandes empresas, este setor é o que tem menor 
tempo mediano de sobrevivência, porém a maior taxa de sobrevivência.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 15EmpreenderBrasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
3. Atividade Econômica e 
Aquisição de Crédito
3.1. Índice de Confiança
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) é um indicador econômico que busca medir o 
grau de otimismo ou pessimismo das empresas em relação ao futuro de seus negó-
cios e da economia. Por meio dele, é possível avaliar o clima econômico e as expectati-
vas dos empresários, identificando tendências e antecipando movimentos na economia
O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) recuou 2,1 pontos 
em março/24, situando-se em 91,4 pontos. Foi a segunda queda mensal consecutiva 
do indicador, uma vez que em fevereiro/24 ele havia oscilado 0,2 ponto percentual para 
baixo com relação a janeiro/24.
O IC-MPE é um indicador para micro e pequenas empresas que varia de 0 (nenhuma 
está confiante na economia) a 200 (todas estão confiantes na economia), sendo o nível 
100 o patamar de neutralidade (quantidade das confiantes é igual às que não estão). 
Os dados são da Sondagem Conjuntural Sebrae/FGV.
A Sondagem aponta que o recuo de 2,1% da confiança das micro e pequenas empre-
sas em março/24 deveu-se à queda de confiança nas MPEs do setor industrial (-5,6 
pontos), enquanto os setores comercial e de serviços registraram alta (2,6 e 1,2 pontos 
respectivamente).
Contudo, apesar da queda verificada em março/24, são as indústrias que 
ainda possuem o nível mais elevado de confiança: 94,5 pontos, contra 
93,4 pontos do setor de serviços e 88,9 do comercial.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 16Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
ÍNDICE DE CONFIANÇA DAS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
110,0
JAN/20 JUL/20 JAN/21 JUL/21 JAN/22 JUL/22 JAN/23 JUL/23 JAN/24
3.2. Geração de Emprego
Em abril de 2024, as micro e pequenas empresas foram destaque na geração de em-
pregos, trazendo um total de 155.725 novas contratações para o mercado, ou 64,9% 
de todos os empregos gerados no país no período, enquanto as médias e grandes em-
presas contribuíram com 69.494 novos postos de trabalho, o que corresponde a 29,0% 
do total de empregos criados em abril.
Juntas, essas novas contratações formais somaram um total de 240.033 empregos ge-
rados em todo Brasil e é uma demonstração clara do papel das micro e pequenas empre-
sas na criação de oportunidades de trabalho e na movimentação da economia nacional.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 17Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
No acumulado de janeiro a abril de 2024, o país já apresenta 958.425 novas contra-
tações. Dentre as micro e pequenas empresas, foram 588.133 vagas criadas, o que 
equivale a 61,3% do total de empregos gerados, enquanto as médias e grandes empre-
sas detêm 292.448, representando 30,5% do total de novas vagas em 2024.
Entre as micro e pequenas empresas houve um aumento de 18,9% nas contratações 
comparando o saldo de empregos gerados de janeiro a abril de 2024 com o mesmo 
período de 2023, quando foram criadas 494.452 vagas.
Nas micro e pequenas empresas, os setores que mais geraram empregos nos pri-
meiros quatro meses de 2024 foram: Serviços (304.479 novas vagas), Construção 
(115.888) e Indústria da Transformação (94.438).
GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL PELAS MPEs
2023 2024
-250.000
-200.000
-150.000
-100.000
-50.000
50.000
-
100.000
150.000
200.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 18Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL PELAS MPES 
PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2024
Serviços Construção Indústria da
Trasformação
Comércio Agropecuária Utilities Extração 
Mineral
304.479
115.888
94.438
46.331
21.018
3.134 2.845
As micro e pequenas empresas de São Paulo foram as que geraram mais empregos 
formais. O estado mais populoso e desenvolvido do país gerou 165.109 vagas em em-
presas deste porte.
Entretanto, quando normalizamos pela quantidade de emprego formal já existente, 
vemos que Roraima e Goiás foram os estados cujas micro e pequenas empresas mais 
geraram emprego formal no acumulado de janeiro a abril de 2024: 52,46 e 51,60 no-
vas vagas (a cada 1.000 vagas já previamente existentes). Neste critério de avaliação, 
São Paulo cai para a décima nona posição.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 19Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
> Saldo de Emprego
> Saldo por 1.000 Empregados
PB
7.325
34,40
PE
12.829 
21,86
RN
6.816 
30,66
SE
4.676
33,33
AL
5.164
31,81
BA
21.714
24,95
PA
16.356
47,14
AM
6.972
45,35
GO
 34.243
51,60
MS
 10.718
36,37
MT
 19.910
48,67
MG
60.610
27,73
SP
165.109
30,43
RS
33.969 
24,44
PR
52.122 
36,68
RO
2.387
15,90
AC
1.367 
33,27
PI
4.788 
30,63
CE
11.819 
23,39
MA
7.641
33,41
TO
 4.573
42,98
AP
1.585
44,63
ES
9.666
24,07
SC
43.360
39,19
RJ
30.744
19,52
DF
10.133
31,28
RR
 1.459 
52,46
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 20Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
3.3. Demanda por Crédito
A demanda das micro e pequenas empresas por crédito avançou 15,3% em abril/24 
na comparação com o mesmo mês do ano passado (abril/23). Com este resultado, o 
primeiro quadrimestre de 2024 encerrou com uma alta de 3,0% na demanda das MPEs 
por crédito.
Os dados são do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito 
e são compostos por uma amostra de CNPJs consultados mensalmente nas bases 
dados da Serasa Experian, que estejam relacionados a transações caracterizadas pela 
busca por crédito, seja financeiro ou mercantil.
A demanda das micro e pequenas empresas por crédito prossegue em trajetória de ex-
pansão motivada, principalmente, pelo processo de redução gradual das taxas de juros 
e dos spreads bancários, o que normalmente acabam estimulando a procura por crédi-
to. Além, claro, da economia brasileira permanecer em crescimento ao longo de 2024, 
por conta redução da inflação, dos juros e da expansão de massa real dos rendimentos 
da população.
DEMANDA DAS MPES POR CRÉDITO - VAR. % ANUAL
JAN
23
FEV 
23
MAR 
23
ABR 
23
MAI
23
JUN
23
JUL
23
AGO
23
SET
23
OUT
23
NOV
23
DEZ
23
JAN
24
FEV
24
MAR
24
ABR
24
-4,2% -10,9% 0,9% 0,3% 0,1% -8,4%
10,2% 10,0% 10,5%
12,2%
0,2% -3,0%
15,3%
0,1% 0,9%1,1%
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 21Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
TOTAL DE CRÉDITO DO SFN ÀS EMPRESAS - R$ MILHÕES
MPMES GRANDE
3.4. Oferta de Crédito
Em abril de 2024, o total de crédito concedido pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) 
às micro, pequenas e médias empresas atingiu R$1,038 trilhão. Esse número repre-
senta um avanço de 5,5% em relação à posição de abril/23.
O crédito do SFN às MPMEs está crescendo praticamente no mesmo ritmo do que 
para as grandes empresas. O total de crédito concedido para grandes empresas foi de 
R$1,170 trilhão em abril/24, alta de 5,4% em comparação com abril/23.
O crédito às micro, pequenas e médias empresas vem recuperando o terreno que havia 
sido perdido a partir da recessão de 2015/16. De fato, até 2013, o volume de crédito pelo 
SFN às MPMEs era similar ao que era concedido para as grandes empresas.
 200.000
 400.000
 600.000
 800.000
 1.000.000
 1.200.000
 1.400.000
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 22Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
3.5. Acesso ao Crédito
As condições de crédito – a disposição das instituições financeiras em conceder crédito – 
às micro, pequenas e médias empresas têm melhorado desde a segunda metade de 2023.
Com efeito, o indicador que reflete essas condições, que varia de -2 a +2, sendo -2 quando 
as instituições financeiras estão absolutamente arredias a conceder crédito e +2 quando 
estão absolutamente propensas à concessão, encerrou o primeiro trimestre de 2024 no 
valor de 0,0 (vindo de -0,27 registrado no primeiro trimestre de 2023). Na verdade, este 
resultado foi o terceiro trimestre consecutivo não negativo para este indicador. Os dados 
são da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito do Banco Central do Brasil.
PARTICIPAÇÃO DA MPMES NO TOTAL 
DECRÉDITO ÀS EMPRESAS
30%
JAN
12
JAN
14
JAN
16
JAN
18
JAN
20
JAN
22
JAN
24
ABR
24
35%
40%
45%
50%
55%
A recessão econômica e as consequências dela derivadas fizeram com que a partici-
pação no crédito total concedido pelo SFN recuasse para cerca de 34% em meados de 
2018. A partir de 2019, tal participação vem sendo recuperada e, atualmente, está em 
torno de 47% com tendência de continuar se elevando ao longo dos próximos trimestres.
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 23Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
É importante frisar que, com relação às micro, pequenas e médias empresas, o indica-
dor operou no território negativo desde o início de 2022 até o final do primeiro trimestre 
do ano passado, revelando que, em função da escalada da inadimplência, o ambiente 
de crédito paras as micro, pequenas e médias empresas, encontrava-se bastante restriti-
vo (muito embora menos restritivo se compararmos com o que ocorreu durante a reces-
são de 2015/2016 ou com o início da pandemia em 2020).
Na medida em que se espera uma normalização gradual da inadimplência e contando 
com a continuidade da redução das taxas de juros, a tendência é a melhora das condi-
ções de crédito às micro, pequenas e médias empresas ao longo de 2024.
INDICADOR DE CONDIÇÕES DE CRÉDITO
MPMES GRANDES
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1T
11
1T
12
1T
13
1T
14
1T
15
1T
16
1T
17
1T
18
1T
19
1T
20
1T
21
1T
22
1T
23
1T
24
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 24Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
4. Inadimplência e Insolvência
4.1. Inadimplência das MPMEs
Ao final de abril/24, 6,358 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplen-
tes no país. Essa quantidade é a maior de toda a série histórica, iniciada em março/2016. 
Esse dado faz parte do Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. 
No Brasil, a evolução histórica da quantidade de micro e pequenas empresas inadim-
plentes passou por três fases distintas:
Na primeira fase, observamos uma tendência de crescimento quase que ininterrupta 
entre 2016 até meados de 2020 (início da pandemia da Covid-19), marcada pelas con-
sequências de 2015/16 sobre a saúde financeira das micro e pequenas empresas.
Já na segunda fase, com a pandemia, vieram uma série de estímulos fiscais, monetá-
rios e creditícios. Alguns deles voltados especificamente às MPEs que, mesmo enfren-
tando restrições de mobilidade social do período, conseguiram reduzir a inadimplência, 
pelo menos até a virada do terceiro para o quarto trimestre de 2021, quando se inicia a 
terceira fase.
Por fim, na terceira fase, a alta da inflação e das taxas de juros para combater a ina-
dimplência do consumidor desenvolveu uma trajetória de elevação a partir do quarto 
trimestre de 2021. E, com ela, também a inadimplência das micro e pequenas em-
presas no país realizou o mesmo movimento, com a estatística atingindo sucessivos 
recordes históricos.
TOTAL DE MICRO 
E PEQUENAS 
EMPRESAS 
INADIMPLENTES
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 25Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
No entanto, olhar apenas a quantidade absoluta de micro e pequenas empresas ina-
dimplentes não nos dá uma visão ampla sobre a conjuntura atual. É preciso levar em 
conta que o número de micro e pequenas empresas também crescerá, o que nos exibe, 
a longo prazo, uma tendência contínua de elevação.
É preciso analisar o ritmo de crescimento anual da quantidade de inadimplentes, ob-
servar se está mais (ou menos) acelerado. Pensando assim, notamos que, apesar dos 
sucessivos recordes históricos recentes, o ritmo de crescimento anual da quantidade 
absoluta de micro e pequenas empresas em situação de inadimplência está na casa 
dos 3,4% (abril/24), abaixo da taxa média histórica de crescimento anual (4,7%) para o 
período de 2016 a 2023.
Esse movimento abaixo da média histórica está relacionado com as sucessivas e re-
centes reduções da taxa básica de juros (taxa Selic) promovidas pelo Banco Central do 
Brasil desde agosto do ano passado. Essas reduções deverão continuar prevalecendo, 
embora num ritmo menor, ao longo dos próximos meses. Juros menores favorecem as 
renegociações de dívidas e tendem a impulsionar a economia, favorecendo a geração 
de caixa das micro e pequenas empresas.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INADIMPLÊNCIA
VARIAÇÃO ANUAL %
VAR. ANUAL MÉDIA HISTÓRICA
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 26Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
As micro e pequenas empresas do setor de serviços são maioria entre as inadimplen-
tes. É o que aponta a evolução da participação setorial da inadimplência para esse 
porte de empresas. Desde a virada de 2017 para 2018, as micro e pequenas empresas 
do setor de serviços superaram as do setor de comércio neste índice.
Dois fatores podem explicar isto:
1. O setor de serviços tem concentrado a abertura de novos negócios ao longo dos úl-
timos anos. Segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento das Empresas, de 
2016 para cá, o setor de serviços foi responsável por 2/3 da quantidade de empresas 
que abriram no país. Diante disto, a participação do setor de serviços, em qualquer 
estatística, tende a aumentar.
2. O setor de serviços foi o mais atingido pela pandemia, impulsionando ainda mais a 
sua participação no total da inadimplência.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INADIMPLÊNCIA
EVOLUÇÃO SETORIAL %
SERVIÇOS INDÚSTRIACOMÉRCIO
0%
10%
20%
30%
50%
60%
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 27Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
4.2. Falências e Recuperações Judiciais
No primeiro quadrimestre de 2024, 486 micro e pequenas empresas solicitaram abertura 
de processos de recuperação judicial. O número é 98,4% maior que a quantidade de pedi-
dos de recuperações judiciais, por MPEs, observada no período de janeiro a abril de 2023.
As micro e pequenas empresas registraram o maior crescimento dos pedidos no ano 
até agora. Entre empresas de médio porte, o crescimento no número de pedidos foi 
45,1% e de 45,7% nas grandes empresas em comparação com o primeiro quadrimestre 
do ano passado. Estes dados são do Indicador Serasa Experian de Falências e Recupe-
rações Judiciais.
Com relação aos pedidos de falências, a situação é inversa. Nos primeiros quatro me-
ses de 2024, 168 micro e pequenas empresas sofreram pedidos de falências por parte 
de seus credores. O número foi 11,1% menor que a quantidade de pedidos de falências 
requerida contra MPEs, observada no primeiro quadrimestre de 2023.
A queda nos pedidos de falência e a alta nos pedidos de recuperação judicial entre as 
micro e pequenas empresas podem, na verdade, revelar uma tendência de avanço na 
maturidade dessas empresas. Diante das dificuldades financeiras gravíssimas, se anteci-
pariam aos seus credores solicitando, proativamente, a abertura de processos de recupe-
rações judiciais antes que seus credores solicitem pedidos de falências contra elas.
PEDIDOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
ACUMULADO NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE
MÉDIAS GRANDESMICRO E PEQUENAS
219 226
205
160
245
486
93 99
52
86 91
132
59 52
22 29
46
67
2019 2020 2021 2022 2023 2024
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 28Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
5. Conclusões
As micro e pequenas empresas são extremamente relevantes dentro da economia bra-
sileira. Juntas, representam quase 94% do total das empresas ativas no país, geram 
cerca de 30% da riqueza anual produzida no território nacional e respondem por quase 
60% dos empregos formais existentes.
Apesar da sua relevância econômica, o cenário para essa categoria pode ser bastante 
desafiador e é preciso enfrentar um longo caminho em direção à sustentabilidade finan-
ceira. Neste contexto, estaremos juntos para transpor barreiras estruturais e conjunturais.
Falando em barreiras estruturais, notamos que apenas 13,4% delas possuem score su-
perior a 600 pontos, o que lhes permitiria acessar linhas de crédito que não lhes custas-
sem tanto e de melhor qualidade. Ou seja, para a ampla maioria dasmicro e pequenas 
empresas – 86,6% delas com pontuações abaixo de 600 pontos – o acesso ao crédito 
é bem mais restrito. E, quando conseguem, é invariavelmente caro.
Com estruturas de capital frágeis, o crédito escasso e caro para a maioria das micro e 
pequenas empresas é um empecilho considerável à sua própria sobrevivência financei-
ra. Como, de fato, acontece com 74,3% das empresas desse porte, que não sobrevivem 
mais do que cinco anos após sua fundação.
Fatores que estão fora do negócio podem ser citados como responsáveis dessa situ-
ação (os juros são altos, a economia não cresce etc.), mas temos que ressaltar que 
deficiências de gestão também podem influenciar em resultados não tão favoráveis. 
Para minimizar esses impactos, informação de qualidade e ferramentas de análise de 
crédito podem ajudar na tomada de decisão e potencialização de resultados.
Com relação às barreiras conjunturais, observamos uma relativa flexibilização a partir da 
segunda metade do ano passado. Na esteira do processo gradual de redução da taxa bá-
sica de juros (taxa Selic), iniciado em agosto de 2023, observamos os seguintes avanços:
a) O grau de confiança das micro e pequenas empresas está maior neste primeiro tri-
mestre de 2024 do que verificávamos no primeiro trimestre de 2023
b) Estamos presenciando uma desaceleração (crescimento abaixo do ritmo médio his-
tórico) da inadimplência das micro e pequenas empresas
 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 29Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs
c) A geração de emprego formal pelas micro e pequenas empresas está maior neste 
início de 2024 quando comparado com o mesmo período do ano passado
d) A participação das micro e pequenas empresas no mercado de crédito às pessoas 
jurídicas está crescendo e os bancos parecem estar mais propensos a expandir a 
concessão de crédito (condições de crédito saindo do território restritivo às MPEs)
Essas tendências conjunturais estão em seus estágios iniciais e para ganharem con-
sistência é imperativo que o processo de redução gradual da taxa de juros prossiga ao 
longo de 2024 e avance também em 2025. Mas, para que isto ocorra, é imprescindível 
que tanto a inflação corrente quanto as expectativas de inflação para os próximos anos 
mantenham-se ancoradas em suas metas.
Isso só será possível por meio de uma política fiscal responsável, que possa mitigar a 
percepção sobre o principal risco macroeconômico brasileiro, o risco fiscal. Afastando 
qualquer possibilidade de crescimento descontrolado e ininterrupto, seja atual ou futu-
ro, do endividamento do setor público brasileiro.
Aprimorando a gestão, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento do risco 
de crédito e contando com uma melhora gradativa do quadro conjuntural da economia 
brasileira, é possível superar esses obstáculos estruturais.
Micro e pequenas empresas conseguirão expandir e realizar todas as suas potenciali-
dades, conquistando seu sucesso financeiro e contribuindo cada vez mais para a gera-
ção de emprego e renda, e também para o desenvolvimento do nosso país.
A Serasa Experian, reconhecendo a importância deste segmento para o país, reitera 
seu compromisso em apoiar e fortalecer o ecossistema empreendedor brasileiro, 
impulsionando a expansão e o sucesso das MPMEs fornecendo ferramentas e insights 
que promovam a sustentabilidade financeira e o crescimento destes negócios no Brasil. 
Por meio do acesso a soluções de análise de score e monitoramento do mercado, as 
micro, pequenas e médias empresas podem não apenas sobreviver, mas prosperar em 
um ambiente econômico desafiador. Ao investir na melhoria da gestão e na mitigação 
dos riscos, essas empresas têm o potencial de expandir suas operações, gerar empre-
gos e contribuir de forma significativa para o desenvolvimento econômico do país.
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