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Empreender Brasil: Inteligência de mercado para MPMEs JUNHO/2024 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 2Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Introdução O Empreender Brasil – Inteligência de Mercado para MPMEs é um boletim periódico que compila trimestralmente, num único documento, dados públicos sobre o perfil das micro, pequenas e médias empresas brasileiras combinados com informações e análi- ses proprietárias da Serasa Experian, como: • Perfil das MPMEs – dados demográficos, distribuição geográfica, geração de empre- go, tempo de sobrevivência etc. • Oferta e Demanda Crédito – score, consumo de crédito, índice de confiança etc. • Inadimplência – índice de inadimplência, falência e recuperação judicial. Essas e outras informações são apresentadas no boletim de forma detalhada, com quebras por região, segmento e porte das empresas, além de trazer, ao final, conclu- sões e insights dos especialistas Serasa Experian sobre os dados e as movimentações de mercado que impactam os negócios de pequeno porte. O estudo tem como objetivo trazer transparência ao mercado e facilitar o acesso a in- formação atualizada e precisa de forma centralizada, de modo que as MPMEs ou gran- des corporações possam compreender melhor as tendências e os movimentos desse setor para que, por meio desses insumos, possam embasar as tomadas de decisões estratégicas de negócios e potencializar resultados. O Empreender Brasil reforça o objetivo da Serasa Experian de apoiar pequenos negócios a crescerem de forma sustentável, o que acreditamos ser possível a partir de inteligência analítica e acesso a dados de maneira simples e fácil para a tomada da melhor decisão. A Serasa Experian se responsabiliza pela integridade dos dados apresentados conforme recebidos de fontes públicas. Entretanto, não nos responsabiliza- mos por eventuais decisões tomadas com base em quaisquer informações disponibilizadas neste material. As informações apresentadas não consistem em emissão de juízo de valor pela Serasa Experian, apenas análises realizadas com base em dados estritamente objetivos e estatisticamente relevantes. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 3Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Sumário 1. PERFIL DAS MPMES _ 4 1.1. Quantas empresas temos no Brasil? _ 4 1.2. Onde estão essas empresas? _ 5 1.3. Em que segmento essas empresas atuam? _ 6 2. SCORE PJ E RISCO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS _ 8 2.1. Score PJ das MPMEs _ 8 2.2. Score PJ das MPMEs por segmento de atuação _ 9 2.3. Taxa de Sobrevivência das MPEs _ 11 3. ATIVIDADE ECONÔMICA E AQUISIÇÃO DE CRÉDITO _ 15 3.1. Índice de Confiança _ 15 3.2. Geração de Emprego _ 16 3.3. Demanda por Crédito _ 20 3.4. Oferta de Crédito _ 21 3.5. Acesso ao Crédito _ 22 4. INADIMPLÊNCIA E INSOLVÊNCIA _ 24 4.1. Inadimplência das MPMEs _ 24 4.2. Falências e Recuperações Judiciais _ 27 5. CONCLUSÕES _ 28 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 4Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 1.�1.�Perfil�das�MPMEs 1.1 Quantas empresas temos no Brasil? O Brasil é um dos países mais empreendedores do planeta e tem se destacado nesse cenário. O país ocupa a quinta posição em termos de Taxa de Empreendedorismo Total (TTE) entre 47 nações, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2021, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Pro- dutividade (IBQP). Isso significa que uma parcela significativa da população brasileira está envolvida com negócios próprios. De acordo com os dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, atualmente temos registradas 21.943.590 empresas ati- vas no país, sendo 93,6%, ou 20.542.977, MEI, Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP). É uma parcela importante que representa 30% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, e que se coloca como pilar fundamental no desenvolvimento econômico do país. Além disso, vale ressaltar que mais da metade das empresas ativas (56,6%) são Micro- empreendedores Individuais (MEIs) que, neste ano, somam 12.409.761 de ativos. Um componente fundamental para impulsionar não apenas o crescimento e inovação, mas também a geração de empregos e distribuição de renda. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 5Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs > TOTAL DE MEI, ME E EPP > % DE MEI, ME E EPP NO TOTAL DE EMPRESAS PB 264.814 95,76% PE 563.454 93,58% RN 240.519 94,22% SE 132.837 94,64% AL 183.236 95,34% BA 1.009.950 95,35% PA 405.751 95,27% AM 206.361 94,02% GO 788.510 94,61% MS 291.574 93,46% MT 423.316 93,17% MG 2.214.333 94,41% SP 5.871.944 92,46% RS 1.341.531 93,50% PR 1.515.621 93,83% RO 132.733 95,46% AC 41.018 94,53% PI 178.691 94,60% CE 578.764 94,24% MA 281.620 94,93% TO 134.495 94,29% AP 39.063 94,87% ES 463.825 94,34% SC 1.105.296 92,69% RJ 1.740.258 93,88% DF 356.251 93,09% RR 37.134 94,53% MEI, ME e EPP 1.2 Onde estão essas empresas? As MPMEs marcam presença por todo o território nacional, conforme ilustra o mapa a seguir. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 6Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs De acordo com o mapa acima, São Paulo é o estado com maior concentração de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: 5.871.944, o que representa 28,6% do total no país. No entanto, é interessante notar que apenas 92,5% das empresas ativas se enquadram nessa categoria no Estado, o que é a menor proporção em comparação com outros estados. Isso significa que, considerando o número total de empresas de todos os portes no estado, há um percentual maior de médias e grandes em São Paulo do que nos demais estados. E ao direcionarmos a nossa atenção para os estados da Região Norte e Nordeste, percebemos que as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte têm uma pre- sença ainda mais marcante. Se analisarmos os 12 estados com maior participação dessas empresas, veremos que 11 deles pertencem a essas regiões. A exceção é o estado de Goiás. Enquanto o destaque fica para a Paraíba onde MEs ou EPPs repre- sentam 95,8% do total. 1.3 Em que segmento essas empresas atuam? Observando-se por atividade econômica, temos que 20 segmentos concentram prati- camente 40% (39,4% para sermos mais exatos) do total de Microempresas e Empre- sas de Pequeno Porte ativas. O comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e cabeleireiros, manicure e pedicure são as atividades produtivas que predominam no universo destas empresas, conforme notamos na tabela a seguir. SEGMENTOS – TOP 20 TOTAL DE ME E EPP PARTICIPAÇÃO Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 1.022.346 5,0% Cabeleireiros, manicure e pedicure 840.764 4,1% Promoção de vendas 644.483 3,1% Obras de alvenaria 554.094 2,7% Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente 468.882 2,3% Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 454.360 2,2% EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 7Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 423.812 2,1% Restaurantes e similares 377.961 1,8% Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal 346.563 1,7% Atividades de estética e outros serviços de cuidados com a beleza 333.969 1,6% Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar 325.816 1,6% Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional 303.184 1,5% Instalação e manutenção elétrica 282.768 1,4% Outras atividades de ensino não especificadas anteriormente 273.386 1,3% Comércio varejista de bebidas 272.349 1,3% Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial 261.193 1,3% Serviços domésticos 237.032 1,2% Outras atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente 228.055 1,1%Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 226.793 1,1% Serviços combinados de escritório e apoio administrativo 222.874 1,1% EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 8Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 2. Score PJ e Risco das Micro e Pequenas Empresas O Score PJ é uma ferramenta de análise de crédito voltada para pessoas jurídicas que avalia o risco de uma empresa se tornar inadimplente em um horizonte de até 6 meses. Assim como o Score PF, que é a pontuação de 0 a 1.000 que avalia o CPF e indica a reputação de um consumidor no mercado a partir de comportamentos financeiros, o Score PJ é voltado para o CNPJ, e pode mudar de acordo com o momento que a em- presa está vivendo. Empresas credoras consultam essa pontuação para reduzir os riscos da operação de concessão de crédito e, quanto mais alto o score de uma empresa, maiores as chances de ela conseguir crédito – como empréstimos e financiamentos. 2.1 Score PJ das MPMEs Fazendo um recorte de 12,8 milhões de MPMEs considerando a base de dados da Serasa Experian, nota-se que apenas 13,4% das micro e pequenas empresas têm score superior a 600 pontos, que é a geralmente a pontuação que o mercado reconhece como baixo risco de inadimplência Esse cenário merece a atenção especial das MPMEs, porque o Score PJ afeta diretamente a capacidade das micro e pequenas empresas em conseguir fácil acesso ao crédito. 86,6% das micro e pequenas empresas avaliadas tem seu score abaixo de 600 pontos. O que significa que dificilmente elas seriam aprovadas em uma solicitação de crédito. Ou, mesmo se aprovadas, enfrentariam condições bem mais restritivas, como taxa de juros altas e prazos de financiamentos curtos. Muitas vezes, a empresa tem o Score PJ baixo não porque é inadimplente ou má paga- dora, mas simplesmente porque os birôs de crédito, como a Serasa Experian, não têm dados suficientes para compor a pontuação. Pagar as contas em dia e dar visibilidade dos hábitos de pagamento da empresa por meio do Cadastro Positivo são caminhos que podem contribuir para aumentar o Score PJ. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 9Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs SCORE ENTRE 0 E 600 PONTOS 79,8% 85,2% 82,1% 89,9% 86,6% 20,2% 14,8% 17,9% 10,1% 13,4% ENTRE 601 E 1.000 PONTOS Comércio Indústria Serviços Primário Total 2.2 Score PJ das MPMEs por segmento de atuação Quando avaliamos o Score PJ das empresas considerando o segmento de atuação, notamos que o comércio tem a melhor pontuação: 20,2% das empresas atuantes neste setor têm score superior a 600 pontos. No outro extremo da classificação, estão as micro e pequenas empresas do setor Primá- rio (agricultura, pecuária e extração vegetal), com apenas 10,1% acima de 600 pontos. Enquanto nas posições intermediárias, estão indústria e serviços, com, respectivamen- te, 15% e 18% aproximadamente de empresas na faixa considerada segura de risco de crédito. Veja a seguir como anda o score dessas empresas divididas por setor de atuação: EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 10Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs PB 88,8% 11,2% PE 89,4% 10,6% RN 88,4% 11,6% SE 89% 11% AL 89% 11% BA 84,4% 15,6% PA 89,8% 10,2% AM 93,5% 6,5% GO 79,1% 20,9% MS 78,4% 21,6% MT 77,7% 22,3% MG 72,8% 27,2% SP 79,2% 20,8% RS 71,3% 28,7% PR 69,1% 30,9% RO 77,5% 22,5% AC 89,2% 10,8% PI 84,9% 15,1% CE 86,2% 13,8% MA 88,3% 11,7% TO 83,5% 16,5% AP 93,6% 6,4% ES 77,9% 22,1% SC 60,1% 39,9% RJ 90% 10% DF 90,3% 9,7% RR 93% 7% > Score entre 0 e 600 pontos > Score entre 601 e 1.000 pontosSCORE EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 11Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Do ponto de vista regional, a Região Sul concentra o maior percentual de micro e pe- quenas empresas com boa pontuação, com destaque para o estado de Santa Catarina, onde praticamente 40% delas possuem score superior a 600 pontos, seguido pelo Paraná, com 30,9% e Rio Grande do Sul, com 28,7%. Olhando para aqueles com menor pontuação, temos três estados da Região Norte: Ro- raima, Amazonas e Amapá, onde a porcentagem de empresas com bom score (acima dos 600 pontos) oscila entre 6 e 7% apenas. 1 ANOPORTE 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS DIF. (P.P.) 83,1% 94,7% 94,8% 96,3% MEI ME EPP Médias/Grandes 74,3% 88,8% 89,8% 92,5% 67,6% 83,7% 85,5% 89,1% 62,3% 78,9% 81,8% 86,2% 57,7% 74,3% 78,6% 83,4% -25,4 -20,4 -16,2 -12,9 2.3 Taxa de Sobrevivência das MPEs De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 57,7% dos MEIs conseguem manter seus negócios vivos até completarem 5 anos desde a sua fundação. Esse número aumenta para 74,3% quando olhamos para as Microempresas (MEs) e continua crescendo conforme o porte da empresa aumenta. Nas Empresas de Pequeno Porte (EPPs), por exemplo, 78,6% conseguem sobreviver após 5 anos, enquanto nas médias e grandes empresas, 83,4%. Esses dados são da Pesquisa de Sobrevivência das Empresas Mercantis Brasileiras, conduzida pelo Sebrae, cobrem o período de 2017 a 2022. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 12Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Comparando com o levantamento anterior, realizado pelo Sebrae no período de 2015 a 2020, as taxas de sobrevivência em 5 anos foram menores em 13p.p. para MEIs e menores em 4p.p. para MEs e EPPs. Ou seja, no período mais recente (2017 a 2022), a mortalidade das empresas aumentou. Os Microempreendedores Individuais (MEIs) também apresentam o maior grau de deterioração entre as taxas de sobrevivência de 1 e de 5 anos: há uma perda de 25,4 pontos percentuais ao longo deste período, chegando em 2024 com 57,7% de chan- ce de sobrevivência. Praticamente o dobro do que acontece com médias e grandes empresas (12,9 p.p.), atingindo 83,4% de chances de seguir suas atividades por mais de 5 anos. MEIs possuem o menor tempo de sobrevivência quando comparado com o dos demais portes empresariais, como demonstrado a seguir: TEMPO MEDIANO DE SOBREVIVÊNCIA MEI 10 meses e 26 dias ME 1 ano, 7 meses e 5 dias EPP 1 ano, 4 meses e 31 dias Médias e Grandes 1 ano, 7 meses e 3 dias EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 13Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs SOBREVIVÊNCIA Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 78,5% 69,2% 62,3% 56,7% 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 95,5% 92,1% 89,3% 87,2% 84,9% 94,3% 88,3% 83,2% 78,6% 74,4% 96,4% 92,2% 88,1% 84,1% 80,1% 96,0% 91,8% 88,0% 84,5% 80,6% 94,9% 89,2% 84,2% 79,7% 75,2% 51,9% 83,0% 73,7% 66,8% 61,4% 56,6% 86,7% 79,8% 74,5% 70,1% 66,0% 85,3% 77,2% 71,1% 66,0% 61,4% 82,3% 73,1% 66,2% 60,9% 56,3% M E, E PP , M ÉD IA S/ G RA N DE S M EI S Ao analisar a sobrevivência por setor, o Sebrae agrupou portes que tinham o tempo mé- dio de sobrevivência muito parecido, juntando MEs, EPPs, Médias e Grandes empresas. Como vemos nas tabelas a seguir: EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 14Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs Entre as empresas de maior porte, as que sobrevivem mais são as do setor agropecuá- rio. O que é exatamente oposto entre os MEIs, porte com menor taxa de sobrevivência. Entre os Microempreendedores Individuais, o segmento que se destaca, com maior sobrevivência, é o de Construção Civil. TEMPO MEDIANO DE SOBREVIVÊNCIA ME, EPP, MÉDIAS/ GRANDES 1 ano, 3 meses e 27 dias 7 meses e 19 dias 1 ano, 6 meses e 19 dias 10 meses e 29 dias 1 ano, 9 meses e 12 dias 10 meses e 24 dias 1 ano, 7 meses e 26 dias 11 meses e 8 dias 1 ano, 7 meses e 1 dia 10 meses e 14 dias MEIs Agropecuária Comércio Construção Civil Indústria Serviços 7 meses e 19 dias. Este é o tempo médio de sobrevivência de um MEI no setor agro- pecuário. Já nas MEs, EPPs, médias e grandes empresas, este setor é o que tem menor tempo mediano de sobrevivência, porém a maior taxa de sobrevivência. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 15EmpreenderBrasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 3. Atividade Econômica e Aquisição de Crédito 3.1. Índice de Confiança O Índice de Confiança Empresarial (ICE) é um indicador econômico que busca medir o grau de otimismo ou pessimismo das empresas em relação ao futuro de seus negó- cios e da economia. Por meio dele, é possível avaliar o clima econômico e as expectati- vas dos empresários, identificando tendências e antecipando movimentos na economia O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) recuou 2,1 pontos em março/24, situando-se em 91,4 pontos. Foi a segunda queda mensal consecutiva do indicador, uma vez que em fevereiro/24 ele havia oscilado 0,2 ponto percentual para baixo com relação a janeiro/24. O IC-MPE é um indicador para micro e pequenas empresas que varia de 0 (nenhuma está confiante na economia) a 200 (todas estão confiantes na economia), sendo o nível 100 o patamar de neutralidade (quantidade das confiantes é igual às que não estão). Os dados são da Sondagem Conjuntural Sebrae/FGV. A Sondagem aponta que o recuo de 2,1% da confiança das micro e pequenas empre- sas em março/24 deveu-se à queda de confiança nas MPEs do setor industrial (-5,6 pontos), enquanto os setores comercial e de serviços registraram alta (2,6 e 1,2 pontos respectivamente). Contudo, apesar da queda verificada em março/24, são as indústrias que ainda possuem o nível mais elevado de confiança: 94,5 pontos, contra 93,4 pontos do setor de serviços e 88,9 do comercial. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 16Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs ÍNDICE DE CONFIANÇA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 110,0 JAN/20 JUL/20 JAN/21 JUL/21 JAN/22 JUL/22 JAN/23 JUL/23 JAN/24 3.2. Geração de Emprego Em abril de 2024, as micro e pequenas empresas foram destaque na geração de em- pregos, trazendo um total de 155.725 novas contratações para o mercado, ou 64,9% de todos os empregos gerados no país no período, enquanto as médias e grandes em- presas contribuíram com 69.494 novos postos de trabalho, o que corresponde a 29,0% do total de empregos criados em abril. Juntas, essas novas contratações formais somaram um total de 240.033 empregos ge- rados em todo Brasil e é uma demonstração clara do papel das micro e pequenas empre- sas na criação de oportunidades de trabalho e na movimentação da economia nacional. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 17Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs No acumulado de janeiro a abril de 2024, o país já apresenta 958.425 novas contra- tações. Dentre as micro e pequenas empresas, foram 588.133 vagas criadas, o que equivale a 61,3% do total de empregos gerados, enquanto as médias e grandes empre- sas detêm 292.448, representando 30,5% do total de novas vagas em 2024. Entre as micro e pequenas empresas houve um aumento de 18,9% nas contratações comparando o saldo de empregos gerados de janeiro a abril de 2024 com o mesmo período de 2023, quando foram criadas 494.452 vagas. Nas micro e pequenas empresas, os setores que mais geraram empregos nos pri- meiros quatro meses de 2024 foram: Serviços (304.479 novas vagas), Construção (115.888) e Indústria da Transformação (94.438). GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL PELAS MPEs 2023 2024 -250.000 -200.000 -150.000 -100.000 -50.000 50.000 - 100.000 150.000 200.000 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 18Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL PELAS MPES PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2024 Serviços Construção Indústria da Trasformação Comércio Agropecuária Utilities Extração Mineral 304.479 115.888 94.438 46.331 21.018 3.134 2.845 As micro e pequenas empresas de São Paulo foram as que geraram mais empregos formais. O estado mais populoso e desenvolvido do país gerou 165.109 vagas em em- presas deste porte. Entretanto, quando normalizamos pela quantidade de emprego formal já existente, vemos que Roraima e Goiás foram os estados cujas micro e pequenas empresas mais geraram emprego formal no acumulado de janeiro a abril de 2024: 52,46 e 51,60 no- vas vagas (a cada 1.000 vagas já previamente existentes). Neste critério de avaliação, São Paulo cai para a décima nona posição. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 19Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs > Saldo de Emprego > Saldo por 1.000 Empregados PB 7.325 34,40 PE 12.829 21,86 RN 6.816 30,66 SE 4.676 33,33 AL 5.164 31,81 BA 21.714 24,95 PA 16.356 47,14 AM 6.972 45,35 GO 34.243 51,60 MS 10.718 36,37 MT 19.910 48,67 MG 60.610 27,73 SP 165.109 30,43 RS 33.969 24,44 PR 52.122 36,68 RO 2.387 15,90 AC 1.367 33,27 PI 4.788 30,63 CE 11.819 23,39 MA 7.641 33,41 TO 4.573 42,98 AP 1.585 44,63 ES 9.666 24,07 SC 43.360 39,19 RJ 30.744 19,52 DF 10.133 31,28 RR 1.459 52,46 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 20Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 3.3. Demanda por Crédito A demanda das micro e pequenas empresas por crédito avançou 15,3% em abril/24 na comparação com o mesmo mês do ano passado (abril/23). Com este resultado, o primeiro quadrimestre de 2024 encerrou com uma alta de 3,0% na demanda das MPEs por crédito. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito e são compostos por uma amostra de CNPJs consultados mensalmente nas bases dados da Serasa Experian, que estejam relacionados a transações caracterizadas pela busca por crédito, seja financeiro ou mercantil. A demanda das micro e pequenas empresas por crédito prossegue em trajetória de ex- pansão motivada, principalmente, pelo processo de redução gradual das taxas de juros e dos spreads bancários, o que normalmente acabam estimulando a procura por crédi- to. Além, claro, da economia brasileira permanecer em crescimento ao longo de 2024, por conta redução da inflação, dos juros e da expansão de massa real dos rendimentos da população. DEMANDA DAS MPES POR CRÉDITO - VAR. % ANUAL JAN 23 FEV 23 MAR 23 ABR 23 MAI 23 JUN 23 JUL 23 AGO 23 SET 23 OUT 23 NOV 23 DEZ 23 JAN 24 FEV 24 MAR 24 ABR 24 -4,2% -10,9% 0,9% 0,3% 0,1% -8,4% 10,2% 10,0% 10,5% 12,2% 0,2% -3,0% 15,3% 0,1% 0,9%1,1% EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 21Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs TOTAL DE CRÉDITO DO SFN ÀS EMPRESAS - R$ MILHÕES MPMES GRANDE 3.4. Oferta de Crédito Em abril de 2024, o total de crédito concedido pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) às micro, pequenas e médias empresas atingiu R$1,038 trilhão. Esse número repre- senta um avanço de 5,5% em relação à posição de abril/23. O crédito do SFN às MPMEs está crescendo praticamente no mesmo ritmo do que para as grandes empresas. O total de crédito concedido para grandes empresas foi de R$1,170 trilhão em abril/24, alta de 5,4% em comparação com abril/23. O crédito às micro, pequenas e médias empresas vem recuperando o terreno que havia sido perdido a partir da recessão de 2015/16. De fato, até 2013, o volume de crédito pelo SFN às MPMEs era similar ao que era concedido para as grandes empresas. 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 22Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 3.5. Acesso ao Crédito As condições de crédito – a disposição das instituições financeiras em conceder crédito – às micro, pequenas e médias empresas têm melhorado desde a segunda metade de 2023. Com efeito, o indicador que reflete essas condições, que varia de -2 a +2, sendo -2 quando as instituições financeiras estão absolutamente arredias a conceder crédito e +2 quando estão absolutamente propensas à concessão, encerrou o primeiro trimestre de 2024 no valor de 0,0 (vindo de -0,27 registrado no primeiro trimestre de 2023). Na verdade, este resultado foi o terceiro trimestre consecutivo não negativo para este indicador. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito do Banco Central do Brasil. PARTICIPAÇÃO DA MPMES NO TOTAL DECRÉDITO ÀS EMPRESAS 30% JAN 12 JAN 14 JAN 16 JAN 18 JAN 20 JAN 22 JAN 24 ABR 24 35% 40% 45% 50% 55% A recessão econômica e as consequências dela derivadas fizeram com que a partici- pação no crédito total concedido pelo SFN recuasse para cerca de 34% em meados de 2018. A partir de 2019, tal participação vem sendo recuperada e, atualmente, está em torno de 47% com tendência de continuar se elevando ao longo dos próximos trimestres. EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 23Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs É importante frisar que, com relação às micro, pequenas e médias empresas, o indica- dor operou no território negativo desde o início de 2022 até o final do primeiro trimestre do ano passado, revelando que, em função da escalada da inadimplência, o ambiente de crédito paras as micro, pequenas e médias empresas, encontrava-se bastante restriti- vo (muito embora menos restritivo se compararmos com o que ocorreu durante a reces- são de 2015/2016 ou com o início da pandemia em 2020). Na medida em que se espera uma normalização gradual da inadimplência e contando com a continuidade da redução das taxas de juros, a tendência é a melhora das condi- ções de crédito às micro, pequenas e médias empresas ao longo de 2024. INDICADOR DE CONDIÇÕES DE CRÉDITO MPMES GRANDES -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1T 11 1T 12 1T 13 1T 14 1T 15 1T 16 1T 17 1T 18 1T 19 1T 20 1T 21 1T 22 1T 23 1T 24 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 24Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 4. Inadimplência e Insolvência 4.1. Inadimplência das MPMEs Ao final de abril/24, 6,358 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplen- tes no país. Essa quantidade é a maior de toda a série histórica, iniciada em março/2016. Esse dado faz parte do Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. No Brasil, a evolução histórica da quantidade de micro e pequenas empresas inadim- plentes passou por três fases distintas: Na primeira fase, observamos uma tendência de crescimento quase que ininterrupta entre 2016 até meados de 2020 (início da pandemia da Covid-19), marcada pelas con- sequências de 2015/16 sobre a saúde financeira das micro e pequenas empresas. Já na segunda fase, com a pandemia, vieram uma série de estímulos fiscais, monetá- rios e creditícios. Alguns deles voltados especificamente às MPEs que, mesmo enfren- tando restrições de mobilidade social do período, conseguiram reduzir a inadimplência, pelo menos até a virada do terceiro para o quarto trimestre de 2021, quando se inicia a terceira fase. Por fim, na terceira fase, a alta da inflação e das taxas de juros para combater a ina- dimplência do consumidor desenvolveu uma trajetória de elevação a partir do quarto trimestre de 2021. E, com ela, também a inadimplência das micro e pequenas em- presas no país realizou o mesmo movimento, com a estatística atingindo sucessivos recordes históricos. TOTAL DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INADIMPLENTES EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 25Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs No entanto, olhar apenas a quantidade absoluta de micro e pequenas empresas ina- dimplentes não nos dá uma visão ampla sobre a conjuntura atual. É preciso levar em conta que o número de micro e pequenas empresas também crescerá, o que nos exibe, a longo prazo, uma tendência contínua de elevação. É preciso analisar o ritmo de crescimento anual da quantidade de inadimplentes, ob- servar se está mais (ou menos) acelerado. Pensando assim, notamos que, apesar dos sucessivos recordes históricos recentes, o ritmo de crescimento anual da quantidade absoluta de micro e pequenas empresas em situação de inadimplência está na casa dos 3,4% (abril/24), abaixo da taxa média histórica de crescimento anual (4,7%) para o período de 2016 a 2023. Esse movimento abaixo da média histórica está relacionado com as sucessivas e re- centes reduções da taxa básica de juros (taxa Selic) promovidas pelo Banco Central do Brasil desde agosto do ano passado. Essas reduções deverão continuar prevalecendo, embora num ritmo menor, ao longo dos próximos meses. Juros menores favorecem as renegociações de dívidas e tendem a impulsionar a economia, favorecendo a geração de caixa das micro e pequenas empresas. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INADIMPLÊNCIA VARIAÇÃO ANUAL % VAR. ANUAL MÉDIA HISTÓRICA -10% -5% 0% 5% 10% 15% EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 26Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs As micro e pequenas empresas do setor de serviços são maioria entre as inadimplen- tes. É o que aponta a evolução da participação setorial da inadimplência para esse porte de empresas. Desde a virada de 2017 para 2018, as micro e pequenas empresas do setor de serviços superaram as do setor de comércio neste índice. Dois fatores podem explicar isto: 1. O setor de serviços tem concentrado a abertura de novos negócios ao longo dos úl- timos anos. Segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento das Empresas, de 2016 para cá, o setor de serviços foi responsável por 2/3 da quantidade de empresas que abriram no país. Diante disto, a participação do setor de serviços, em qualquer estatística, tende a aumentar. 2. O setor de serviços foi o mais atingido pela pandemia, impulsionando ainda mais a sua participação no total da inadimplência. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS INADIMPLÊNCIA EVOLUÇÃO SETORIAL % SERVIÇOS INDÚSTRIACOMÉRCIO 0% 10% 20% 30% 50% 60% EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 27Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 4.2. Falências e Recuperações Judiciais No primeiro quadrimestre de 2024, 486 micro e pequenas empresas solicitaram abertura de processos de recuperação judicial. O número é 98,4% maior que a quantidade de pedi- dos de recuperações judiciais, por MPEs, observada no período de janeiro a abril de 2023. As micro e pequenas empresas registraram o maior crescimento dos pedidos no ano até agora. Entre empresas de médio porte, o crescimento no número de pedidos foi 45,1% e de 45,7% nas grandes empresas em comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado. Estes dados são do Indicador Serasa Experian de Falências e Recupe- rações Judiciais. Com relação aos pedidos de falências, a situação é inversa. Nos primeiros quatro me- ses de 2024, 168 micro e pequenas empresas sofreram pedidos de falências por parte de seus credores. O número foi 11,1% menor que a quantidade de pedidos de falências requerida contra MPEs, observada no primeiro quadrimestre de 2023. A queda nos pedidos de falência e a alta nos pedidos de recuperação judicial entre as micro e pequenas empresas podem, na verdade, revelar uma tendência de avanço na maturidade dessas empresas. Diante das dificuldades financeiras gravíssimas, se anteci- pariam aos seus credores solicitando, proativamente, a abertura de processos de recupe- rações judiciais antes que seus credores solicitem pedidos de falências contra elas. PEDIDOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL ACUMULADO NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE MÉDIAS GRANDESMICRO E PEQUENAS 219 226 205 160 245 486 93 99 52 86 91 132 59 52 22 29 46 67 2019 2020 2021 2022 2023 2024 EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 28Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs 5. Conclusões As micro e pequenas empresas são extremamente relevantes dentro da economia bra- sileira. Juntas, representam quase 94% do total das empresas ativas no país, geram cerca de 30% da riqueza anual produzida no território nacional e respondem por quase 60% dos empregos formais existentes. Apesar da sua relevância econômica, o cenário para essa categoria pode ser bastante desafiador e é preciso enfrentar um longo caminho em direção à sustentabilidade finan- ceira. Neste contexto, estaremos juntos para transpor barreiras estruturais e conjunturais. Falando em barreiras estruturais, notamos que apenas 13,4% delas possuem score su- perior a 600 pontos, o que lhes permitiria acessar linhas de crédito que não lhes custas- sem tanto e de melhor qualidade. Ou seja, para a ampla maioria dasmicro e pequenas empresas – 86,6% delas com pontuações abaixo de 600 pontos – o acesso ao crédito é bem mais restrito. E, quando conseguem, é invariavelmente caro. Com estruturas de capital frágeis, o crédito escasso e caro para a maioria das micro e pequenas empresas é um empecilho considerável à sua própria sobrevivência financei- ra. Como, de fato, acontece com 74,3% das empresas desse porte, que não sobrevivem mais do que cinco anos após sua fundação. Fatores que estão fora do negócio podem ser citados como responsáveis dessa situ- ação (os juros são altos, a economia não cresce etc.), mas temos que ressaltar que deficiências de gestão também podem influenciar em resultados não tão favoráveis. Para minimizar esses impactos, informação de qualidade e ferramentas de análise de crédito podem ajudar na tomada de decisão e potencialização de resultados. Com relação às barreiras conjunturais, observamos uma relativa flexibilização a partir da segunda metade do ano passado. Na esteira do processo gradual de redução da taxa bá- sica de juros (taxa Selic), iniciado em agosto de 2023, observamos os seguintes avanços: a) O grau de confiança das micro e pequenas empresas está maior neste primeiro tri- mestre de 2024 do que verificávamos no primeiro trimestre de 2023 b) Estamos presenciando uma desaceleração (crescimento abaixo do ritmo médio his- tórico) da inadimplência das micro e pequenas empresas EDIÇÃO DE JUNHO DE 2024 | 29Empreender Brasil | Inteligência de Mercado para MPMEs c) A geração de emprego formal pelas micro e pequenas empresas está maior neste início de 2024 quando comparado com o mesmo período do ano passado d) A participação das micro e pequenas empresas no mercado de crédito às pessoas jurídicas está crescendo e os bancos parecem estar mais propensos a expandir a concessão de crédito (condições de crédito saindo do território restritivo às MPEs) Essas tendências conjunturais estão em seus estágios iniciais e para ganharem con- sistência é imperativo que o processo de redução gradual da taxa de juros prossiga ao longo de 2024 e avance também em 2025. Mas, para que isto ocorra, é imprescindível que tanto a inflação corrente quanto as expectativas de inflação para os próximos anos mantenham-se ancoradas em suas metas. Isso só será possível por meio de uma política fiscal responsável, que possa mitigar a percepção sobre o principal risco macroeconômico brasileiro, o risco fiscal. Afastando qualquer possibilidade de crescimento descontrolado e ininterrupto, seja atual ou futu- ro, do endividamento do setor público brasileiro. Aprimorando a gestão, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento do risco de crédito e contando com uma melhora gradativa do quadro conjuntural da economia brasileira, é possível superar esses obstáculos estruturais. Micro e pequenas empresas conseguirão expandir e realizar todas as suas potenciali- dades, conquistando seu sucesso financeiro e contribuindo cada vez mais para a gera- ção de emprego e renda, e também para o desenvolvimento do nosso país. A Serasa Experian, reconhecendo a importância deste segmento para o país, reitera seu compromisso em apoiar e fortalecer o ecossistema empreendedor brasileiro, impulsionando a expansão e o sucesso das MPMEs fornecendo ferramentas e insights que promovam a sustentabilidade financeira e o crescimento destes negócios no Brasil. Por meio do acesso a soluções de análise de score e monitoramento do mercado, as micro, pequenas e médias empresas podem não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente econômico desafiador. Ao investir na melhoria da gestão e na mitigação dos riscos, essas empresas têm o potencial de expandir suas operações, gerar empre- gos e contribuir de forma significativa para o desenvolvimento econômico do país. home: Page 2: Page 3: Page 4: Page 5: Page 6: Page 7: Page 8: Page 9: Page 10: Page 11: Page 12: Page 13: Page 14: Page 15: Page 16: Page 17: Page 18: Page 19: Page 20: Page 21: Page 22: Page 23: Page 24: Page 25: Page 26: Page 27: Page 28: Page 29: